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FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE COLETIVA JÉSSICA RAMALHO DA FONSÊCA ESTUDO DESCRITIVO DA DISTRIBUIÇÃO POR SEXO E FAIXA ETÁRIA DA HIPERTENSÃO E DIABETES NO MUNICÍPIO DO PAULISTA-PE RECIFE 2018

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Page 1: ESTUDO DESCRITIVO DA DISTRIBUIÇÃO POR SEXO …...5 FONSECA, Jéssica Ramalho da. Estudo descritivo da distribuição por sexo e faixa etária da hipertensão e diabetes no município

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES

DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA

RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE COLETIVA

JÉSSICA RAMALHO DA FONSÊCA

ESTUDO DESCRITIVO DA DISTRIBUIÇÃO POR SEXO E FAIXA ETÁRIA DA

HIPERTENSÃO E DIABETES NO MUNICÍPIO DO PAULISTA-PE

RECIFE

2018

Page 2: ESTUDO DESCRITIVO DA DISTRIBUIÇÃO POR SEXO …...5 FONSECA, Jéssica Ramalho da. Estudo descritivo da distribuição por sexo e faixa etária da hipertensão e diabetes no município

JÉSSICA RAMALHO DA FONSÊCA

ESTUDO DESCRITIVO DA DISTRIBUIÇÃO POR SEXO E FAIXA ETÁRIA DA

HIPERTENSÃO E DIABETES NO MUNICÍPIO DO PAULISTA-PE

Monografia apresentada ao curso de

Residência Multiprofissional em Saúde

Coletiva do Departamento em Saúde Coletiva,

Instituto Aggeu Magalhães, da Fundação

Oswaldo Cruz, para obtenção do título de

especialista em saúde coletiva.

Orientadora: Msc. Rafaela Cavalcanti Lira

Recife

2018

Page 3: ESTUDO DESCRITIVO DA DISTRIBUIÇÃO POR SEXO …...5 FONSECA, Jéssica Ramalho da. Estudo descritivo da distribuição por sexo e faixa etária da hipertensão e diabetes no município

Catalogação na fonte: Biblioteca do Instituto Aggeu Magalhães

F675e

Fonseca, Jéssica Ramalho da.

Estudo descritivo da distribuição por sexo e faixa etária da

hipertensão e diabetes no município do Paulista-PE/ Jéssica Ramalho

da Fonseca. — Recife: [s. n.], 2018.

16 p.: il.

Monografia (Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva) -

Departamento de Saúde Coletiva, Instituto Aggeu Magalhães,

Fundação Oswaldo Cruz.

Orientadora: Rafaela Cavalcanti Lira.

1. Atenção Primária à Saúde. 2. Hipertensão. 3. Diabetes

Mellitus. 4 Doença Crônica. 4. Sistema Único de Saúde. I. Lira,

Rafaela Cavalcanti. II. Título.

CDU 614.2

Page 4: ESTUDO DESCRITIVO DA DISTRIBUIÇÃO POR SEXO …...5 FONSECA, Jéssica Ramalho da. Estudo descritivo da distribuição por sexo e faixa etária da hipertensão e diabetes no município

JÉSSICA RAMALHO DA FONSÊCA

ESTUDO DESCRITIVO DA DISTRIBUIÇÃO POR SEXO E FAIXA ETÁRIA DA

HIPERTENSÃO E DIABETES NO MUNICÍPIO DO PAULISTA-PE

Monografia apresentada ao curso de

Residência Multiprofissional em Saúde

Coletiva do Departamento em Saúde Coletiva,

Instituto Aggeu Magalhães, da Fundação

Oswaldo Cruz, para obtenção do título de

especialista em saúde coletiva.

Aprovado em: 15/03/2018

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________

Prof. Dr. Louisiana Regadas de Macêdo Quinino

Instituto de Pesquisas Aggeu Magalhães/Fiocruz PE

____________________________________________

Msc. Rafaela Cavalcanti Lira

Secretaria Municipal de Saúde do Paulista

Page 5: ESTUDO DESCRITIVO DA DISTRIBUIÇÃO POR SEXO …...5 FONSECA, Jéssica Ramalho da. Estudo descritivo da distribuição por sexo e faixa etária da hipertensão e diabetes no município

ESTUDO DESCRITIVO DA DISTRIBUIÇÃO POR SEXO E FAIXA ETÁRIA DA

HIPERTENSÃO E DIABETES NO MUNICÍPIO DP PAULISTA - PE

DESCRIPTIVE STUDY OF DISTRIBUTION BY SEX AND AGE GROUP OF

HYPERTENSION AND DIABETES IN THE MUNICIPALITY DP PAULISTA - PE

Jéssica Ramalho da Fonsêca 1

(1) Intituto Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz

Jéssica Ramalho da Fonsêca. Rua Arnaldo Bastos, 20, Recife – Pernambuco – Brasil, 50610-

130.

Artigo a ser encaminhado para a Revista de Atenção Primária à Saúde.

Page 6: ESTUDO DESCRITIVO DA DISTRIBUIÇÃO POR SEXO …...5 FONSECA, Jéssica Ramalho da. Estudo descritivo da distribuição por sexo e faixa etária da hipertensão e diabetes no município

5

FONSECA, Jéssica Ramalho da. Estudo descritivo da distribuição por sexo e faixa etária

da hipertensão e diabetes no município do paulista-PE. 2018. Monografia (Residência

Multiprofissional em Saúde Coletiva) – Departamento de Saúde Coletiva, Instituto Aggeu

Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, Recife, 2018.

RESUMO

A incidência das Doenças Crônicas não Transmissíveis tem aumentado com ao longo dos

anos em todo o mundo. A hipertensão e o diabetes importantes agravos que fazem parte deste

grupo, e que acometem grande parcela da população brasileira. Entender como ocorre a

distribuição por sexo e faixa etária destas duas doenças torna-se fundamental para a adoção de

estratégias de combate e controle, e consequente melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

O presente estudo descreveu essa distribuição no município do Paulista – PE, e constatou que

há um predomínio de hipertensão e diabetes no sexo feminino, e na faixa etária acima de 60

anos, assim como ocorre no Brasil e na maioria dos demais países do mundo (excetuando-se o

predomínio da diabetes no sexo feminino). Buscaram-se na literatura os fatores que possuem

relação com este fenômeno, e que explicam a segregação desta forma. Foram identificadas

questões como mudanças hormonais, alimentação e prática de exercícios físicos, e como elas

acontecem nos sexos e faixas etárias. Tendo em vista que o conhecimento da situação de

saúde de um determinado grupo e das questões que a determinam, bem como a forma como se

comportam os agravos considerando as peculiaridades dos indivíduos, são fundamentais para

um planejamento em saúde satisfatório, é possível inferir que este as informações deste estudo

funcionam como subsídio para o processo de tomada de decisão e de gestão da saúde do

município do Paulista.

Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde, Doenças Crônicas, Sistema Único de Saúde

ABSTRACT

The incidence of Chronic Noncommunicable Diseases has increased over the years

worldwide. Hypertension and diabetes are important diseases that are part of this group, and

which affect a large part of the Brazilian population. Understanding how the distribution by

sex and age range of these two diseases becomes fundamental for the adoption of strategies of

combat and control, and consequent improvement of the quality of life of the patients. The

present study described this distribution in the city of Paulista - PE, and found that there is a

predominance of hypertension and diabetes in the female sex, and in the age group over 60

years, as in Brazil and most other countries in the world ( except for the predominance of

diabetes in females). We searched the literature for the factors that have relation with this

phenomenon, and that explain the segregation of this form. Issues such as hormonal changes,

feeding and physical exercise have been identified, and how they occur in the sexes and age

groups. Considering that the knowledge of the health situation of a given group and the issues

that determine it, as well as the way in which the injuries behave considering the peculiarities

of the individuals, are fundamental for a satisfactory health planning, it is possible to infer that

this the information in this study serves as a subsidy for the decision-making and health

management process of the municipality of Paulista.

Keywords: Primary Health Care, Chronic Diseases, Single Health System

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6

INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, as Doenças Crônicas não Transmissíveis – DCNTs – tem aumentado

expressivamente em número de ocorrência em todo o mundo, principalmente entre os países

de baixa renda(1,2)

. As doenças mostram-se como a principal causa de morte dos indivíduos,

tanto em países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento(3,4)

. O diabetes tem se

mantido no ranking das dez principais causas de morte no mundo(3)

. De acordo com um

relatório produzido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2012 houve 38 milhões

de vidas perdidas em 2012 por DCNT, sendo que 42% eram evitáveis e prematuras(5)

. Ainda

segundo a OMS, países como Turquia, Hungria, Argentina, Chile, Canadá e Estados Unidos

tem adotado medidas exitosas no combate às DCNTs, porém estes ainda são poucos, frente

aos mais de 150 países que estão recebendo intervenção da Organização Mundial(5)

.

No Brasil. as DCNTs tornaram-se as principais responsáveis pelas maiores cargas de doença,

além de se apresentarem, também, como a maior causa de mortalidade(2)

. É importante inferir

que, assim como ocorre nos demais países, elas estão diretamente relacionadas com as

maiores proporções de anos de vida perdidos por morte prematura. Duas das mais frequentes

doenças dessa categoria são a hipertensão e o diabetes. Suas taxas tem crescido

consideravelmente, o que se observa ainda mais quando são considerados os casos

autorrelatados(1,6)

. Um fato preocupante e importante de ser destacado diz respeito à

divulgação feita pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo – Cremesp – ,

em Fevereiro de 2018, que aponta que 78% dos médicos recém-formados não sabem realizar

o diagnóstico do diabetes. Este dado foi extraído do resultado de um exame aplicado aos

novos profissionais da medicina pelo próprio Conselho. Esta avaliação não é obrigatória, mas

é utilizada como critério para contratação na rede de saúde e em programas de residência

médica e demais concursos. Diante disto, Bráulio Luna Filho, primeiro secretário do Cremesp

e coordenador do exame, propõe que o mesmo seja obrigatório, e que haja reciclagem do

conhecimento desses profissionais, como forma de proteger a população (7)

. Esta informação é

bastante inquietante, ao se observar o que está exposto a seguir.

Dados extraídos do Programa de Hipertensão Arterial e Diabetes (HiperDia) – programa

instituído em 2001 pelo Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao

Diabetes como uma ferramenta para acompanhamento dos pacientes hipertensos e diabéticos

cadastrados nas Unidades Básicas de Saúde do Brasil (8,9)

– , revelam que: em 2012 (último

ano com registro disponível no HiperDia), dos 370.286 portadores de hipertensão no Brasil

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7

cadastrados no HiperDia, 233.082 (63%) eram do sexo feminino; com relação ao diabetes,

foram encontrados 25.113 registros, sendo que 57% são mulheres e 43% são homens(10)

. No

estado de Pernambuco, o número de hipertensos cadastrados neste mesmo ano (2012) foi

12.879, dos quais 67% eram mulheres. Neste mesmo ano, havia 1057 diabéticos cadastrados,

e 62% deste eram do sexo feminino(10)

.

Alguns pesquisadores correlacionam a predominância de tais agravos no sexo feminino à

frequência desigual quanto à prática regular de exercícios físicos: a mulher faz, em média, 18

minutos de exercícios por dia, contra 30 minutos do homem, ocorrendo mais casos de

sedentarismo entre mulheres(11)

. É sabido que o sedentarismo é um grande fator de risco para

o desenvolvimento das doenças em estudo(12)

. Condições socioeconômicas também interferem

diretamente neste tipo de adoecimento, visto que são determinantes no que diz respeito ao

todo o processo saúde-doença, incluindo acesso a formas de prevenção de fatores de risco, a

serviços de saúde, e a medidas terapêuticas. Ao perceber que mulheres tem, em geral,

condições socioeconômicas inferiores às do sexo oposto, nota-se a ligação entre o sexo e os

maiores percentuais de diabetes e hipertensão cadastrados(12,13)

.

Ainda de acordo com a plataforma DATASUS, há uma predominância da ocorrência de tais

agravos na faixa etária acima de 60 anos. No Brasil, para o ano de 2012, 50% dos hipertensos

tinha idade igual ou superior a 60 anos. Já os diabéticos com essa mesma faixa etária

representavam 33% do total de portadores de diabetes(10)

. Em Pernambuco, as pessoas com 60

anos ou mais também representaram os maiores percentuais entre os portadores de

hipertensão e diabetes, cujos resultados são, respectivamente: 49% e 31%. Isto explica-se por

alguns fatores como o próprio envelhecimento do organismo; por exemplo, o endurecimento

natural das artérias que ocorre nos idosos é fator contribuinte para o desenvolvimento de

hipertensão. Outro importante fato que deve ser considerado é, além da diminuição da

aceleração do metabolismo, a sobrecarga dos efeitos de hábitos acumulados ao longo da vida.

Para as mulheres, as mudanças hormonais relacionadas à menopausa constituem-se em mais

um agravante(14)

.

O estudo desses dados é proposto pelo campo da epidemiologia, que se se baseia em vertentes

como: determinação e tendência situacional de saúde, vigilância e investigação

epidemiológica, e avaliação das ações e serviços de saúde(15)

. Portanto, o conhecimento da

distribuição de agravos como hipertensão e diabetes num determinado grupo enquadra-se

entre os objetos da epidemiologia, tornando-se fundamental para um planejamento eficiente e

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eficaz das ações de saúde. Considerando que as informações extraídas de estudos desse tipo

subsidiam o estabelecimento de metas e objetivos, a partir da possibilidade de análise da

distribuição e dos fatores relacionados ao agravo estudado, é possível inferir que a

epidemiologia está diretamente relacionada com a gestão e o planejamento em saúde(16)

.

Sendo assim, diante do relato da importância da epidemiologia para um planejamento

satisfatório e para o desenvolvimento de uma gestão de boa qualidade, este trabalho justifica-

se por ser parte contribuinte deste processo, colaborando com a tomada de decisão no

desenvolvimento de ações de saúde.

MATERIAL E MÉTODOS

Trata-se de um estudo descritivo de abordagem quantitativa, sobre como ocorre a distribuição

de casos de hipertensão, diabetes, e ambos, quanto ao sexo e à faixa etária de seu respectivo

portador, e suas correlações, em Paulista – PE, caracterizando este município como o local do

estudo. O estudo descritivo caracteriza-se pela descrição de acontecimentos e fatos de

determinado grupo. Esse tipo de estudo pretende descrever os fatos e fenômenos de

determinado espaço, sendo necessária a exigência de que o pesquisador detenha uma série de

informações sobre a realidade que está sendo estudada(17)

. As variáveis observadas foram

idade e sexo dos pacientes portadores de hipertensão e diabetes do município do Paulista. Os

dados foram extraídos do registro de controle de pacientes – instrumento conhecido como

“Sala de Situação” – de todas as Unidades Básicas de Saúde do município, no ano de 2017.

Os sujeitos observados foram todos os munícipes do Paulista que são portadores de

hipertensão e/ou diabetes, e que estão cadastrados na Sala de Situação de sua UBS de

referência. Todos os dados coletados foram secundários, de domínio público, portanto, o

presente estudo não foi submetido à avaliação pelo Comitê de Ética. A coleta dos dados foi

realizada no mês de outubro de 2017, nos espaços físicos de todas as UBS do município em

estudo, sendo reunidos todos os dados encontrados nas Salas de Situação, sobre indivíduos

portadores dos agravos em questão. Os dados obtidos foram tabulados com o programa

Microsoft Office Excel® e analisados por meio de percentuais de distribuição entre cada um

dos sexos e faixas etárias.

RESULTADOS

Após a realização de consultas à “sala de situação” – instrumento público através do qual é

realizado monitoramento do perfil dos usuários de uma Única Básica de Saúde, e que contém

registro número de pacientes com determinadas enfermidades, observou-se: o município do

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9

Tabela 1: Distribuição por sexo e território dos pacientes

portadores de hipertensão do município do Paulista, 2017.

Gráfico 2: Distribuição por sexo dos pacientes portadores de

hipertensão do estado de Pernambuco, 2012.

Gráfico 1: Distribuição por sexo dos pacientes portadores de

hipertensão do município do Paulista, 2017.

Paulista apresenta um número total de 35.596 hipertensos cadastrados, dos quais 23.210 são

mulheres, representando aproximadamente 65% do total, e 12.386 são homens, com um

percentual equivalente a 35%, conforme gráfico 1. A prevalência do sexo feminino está

presente em todos os territórios, conforme tabela 1.

TERRITÓRIO Mulheres Homens

I 6170 3239

II 4544 2389

III 5753 3096

IV 6743 3662

Assim como apresentado em outros estudos, que mostram tanto situações municipais quanto

nacionais, conforme gráficos 2 e 3, a quantidade de mulheres hipertensas supera a dos

homens, atingindo diferenças que chegam a mais de 30%(10)

.

23210;

65%

12386;

35% mulheres

homens

Fonte: Salas de Situação das UBS do município do Paulista, 2017.

Fonte: Salas de Situação das UBS do município do Paulista, 2017.

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10

Gráfico 2: Distribuição por sexo dos pacientes portadores de

hipertensão do estado de Pernambuco, 2012.

Fonte DATASUS, 2012.

Ainda sobre os dados encontrados de hipertensão, é possível inferir que 303 (1%) tem idade

até 19 anos, 662 (2%) tem entre 20 e 29, 2.128 (6%) de 30 a 39, 5.241 (15%) para idades

entre 40 e 49, 8.616 (24%) de 50 a 59, e 18.631 (52%) tem idade igual ou acima de 60 anos,

conforme gráfico 4. A situação de maior percentual na idade igual ou acima de 60 anos

acontece em todos os territórios, conforme tabela 2.

8628;

67%

4251;

33% Mulheres

Homens

233.082;

63%

137.204;

37% mulheres

homens

Gráfico 3: Distribuição por sexo dos pacientes portadores de

hipertensão do Brasil, 2012.

Fonte: DATASUS, 2012.

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11

Gráfico 4: Distribuição por faixa etária pacientes portadores de

hipertensão no município do Paulista, 2017.

Tabela 2: Distribuição por faixa etária e território dos pacientes cadastrado com hipertensão no

município do Paulista, 2017.

Fonte: Salas de Situação das UBS do município do Paulista, 2017.

TERRITÓRIO Até 19

anos

De 20

a 29

anos

De 30

a 39

anos

De 40

a 49

anos

De 50

a 59

anos

60

anos e

mais

I 89 156 473 1214 2061 5400

II 52 152 427 1167 1800 3336

III 76 121 534 1195 2142 4781

IV 86 233 694 1665 2613 5114

Ao observar os gráficos 5 e 6, é possível perceber que Paulista acompanha a tendência

apresentada em Pernambuco e no Brasil:

303; 1% 662; 2% 2128; 6%

5241;

15%

8616; 24% 18631;

52%

até 19 anos

de 20 a 29 anos

de 30 a 39 anos

de 40 a 49 anos

50 a 59 anos

60 anos e mais

Fonte: Salas de Situação das UBS do município do Paulista, 2017.

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12

Gráfico 5: Distribuição por faixa etária pacientes portadores

de hipertensão no estado de Pernambuco, 2012.

Gráfico 6: Distribuição por faixa etária pacientes portadores

de hipertensão no Brasil, 2012.

Com relação aos usuários cadastrados com Diabetes – 11.780 –, foram encontradas 7.404

mulheres, número equivalente a 63% do total de diabéticos cadastrados, e 4.376 homens, 37%

do total, conforme gráfico 7. A distribuição de maior número entre as mulheres ocorreu em

todos os territórios, conforme tabela 3.

67;

1%

301; 2%

1066; 8%

2250;

17%

2940;

23%

6255;

49%

Até 19 anos

de 20 a 29 anos

de 30 a 39 anos

de 40 a 49 anos

de 50 a 59 anos

60 anos e mais

2044; 1% 7837; 2% 27479;

7%

61703;

17%

86080;

23%

185143;

50%

até 19 anos

de 20 a 29 anos

de 30 a 39 anos

de 40 a 49 anos

de 50 a 59 anos

60 anos e mais

Fonte: DATASUS, 2012.

Fonte: DATASUS, 2012.

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13

Gráfico 7: Distribuição por sexo dos pacientes portadores

de diabetes no município do Paulista, 2017.

Gráfico 8: Distribuição por sexo dos pacientes portadores

de diabetes no estado de Pernambuco, 2012.

Fonte: DATASUS, 2012.

Tabela 3: Distribuição por sexo e território dos pacientes

portadores de diabetes do município do Paulista, 2017.

TERRITÓRIO Mulheres Homens

I 2040 1218

II 1361 738

III 1816 1150

IV 2213 1270

Esse maior número de mulheres diabéticas em relação aos homens, ocorre também a níveis

estadual e nacional, conforme gráficos 8 e 9:

7404;

63%

4376;

37% mulheres

homens

14314;

57%

10799;

43%

mulheres

homens

Fonte: Salas de Situação das UBS do município do Paulista, 2017.

Fonte: Salas de Situação das UBS do município do Paulista, 2017.

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14

Gráfico 9: Distribuição por sexo dos pacientes portadores

de diabetes no Brasil, 2012.

Fonte: DATASUS, 2012.

Porém, essa não é uma realidade de todo o mundo(8,14)

.Estudos mostraram que nos últimos 30

anos, a doença tornou-se mundialmente mais comum entre os homens que entre as mulheres.

Em países como China e Índia, os números de diabetes masculina mais que dobraram, no

período de 1980 a 2014(18)

. Ao observar as faixas etárias dos pacientes em questão, obteve-se

o seguinte resultado: 275 (2%) tem idade até 19 anos, 202 (2%) tem entre 20 e 29, 434 (4%)

de 30 a 39, 1.175 (10%) para idades entre 40 e 49, 2.658 (22%) de 50 a 59, e 7.063 (60%) tem

idade igual ou acima de 60, conforme gráfico 10. Observou-se, também, que o predomínio de

pacientes na faixa etária com idade igual ou superior a 60 anos ocorreu em todos os

territórios, conforme tabela 4.

14314;

57%

10799;

43%

mulheres

homens

275; 2% 202; 2% 434; 4%

1175; 10%

2658;

22% 7063;

60%

até 19 anos

de 20 a 29 anos

de 30 a 39 anos

de 40 a 49 anos

de 50 a 59 anos

60 anos e mais

Gráfico 10: Distribuição por faixa etária dos pacientes

portadores de diabetes no município do Paulista, 2017.

Fonte: Salas de Situação das UBS do município do Paulista, 2017.

Page 16: ESTUDO DESCRITIVO DA DISTRIBUIÇÃO POR SEXO …...5 FONSECA, Jéssica Ramalho da. Estudo descritivo da distribuição por sexo e faixa etária da hipertensão e diabetes no município

15

Tabela 4: Distribuição por faixa etária e território dos pacientes cadastrado com diabetes no

município do Paulista, 2017.

TERRITÓRIO Até 19

anos

De 20

a 29

anos

De 30

a 39

anos

De 40

a 49

anos

De 50

a 59

anos

60

anos e

mais

I 79 46 108 280 632 2114

II 57 45 66 246 541 1144

III 54 43 110 276 647 1836

IV 85 68 150 373 838 1969

De acordo com DATASUS, a tendência em Paulista acompanha a estadual e a nacional, com

a maioria do surgimento do diabetes a partir dos 60 anos(10)

, conforme gráficos 11 e 12:

31; 3% 37; 4%

136; 13%

215; 20%

280; 26%

358; 34%

até 19 anos

de 20 a 29 anos

de 30 a 39 anos

de 40 a 49 anos

de 50 a 59 anos

60 anos e mais

Fonte: Salas de Situação das UBS do município do Paulista, 2017.

Gráfico 11: Distribuição por faixa etária dos pacientes

portadores de diabetes no estado de Pernambuco, 2012.

Fonte: DATASUS, 2012.

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16

Essa é também uma tendência observada em praticamente todo o mundo e que, com o

aumento da população idosa, fez quadruplicar o número de diabéticos no mundo, em 40

anos(18)

.

DISCUSSÃO

Ao realizar este estudo, algumas limitações foram encontradas, como a necessidade de se

utilizar dados secundários, devido ao curto tempo disponível para a pesquisa. Este tipo de

dado pode ter qualidade prejudicada, no que diz respeito à cobertura e à completitude. Outra

dificuldade foi o atraso na disponibilidade dos dados apresentados no DATASUS. Existe uma

desatualização de seis anos que pode ser prejudicial à qualidade das informações extraídas.

Porém, é importante destacar suas potencialidades. Discutir sobre diabetes e hipertensão tem

se mantido na atualidade, visto a relevância do problema. Apesar de serem agravos que

deveriam ser prevenidos e tratados na Atenção Primária à Saúde (APS), ambos vem se

encontrando entre principais causas de morte, bem como tem aumentado sua incidência e

consequente prevalência, denotando graves falhas na APS(1,3,6)

. Portanto, tona-se necessário

diversos estudos e pesquisas na área, visando a busca por melhoria em seus indicadores,

refletindo melhor qualidade de vida do indivíduos.

O presente estudo identificou o perfil, com relação à idade e faixa etária dos usuários

cadastrados nas UBS do município do Paulista, portadores de diabetes e hipertensão –

doenças crônicas não transmissíveis responsáveis por grande carga de enfermidade no

Brasil(1)

. Foi observado que Paulista segue a tendência nacional e mundial de altos índices das

enfermidades em questão, fato que merece uma atenção especial por parte da Secretaria

Municipal de Saúde. Em 2017 havia 25.227 pacientes cadastrados com hipertensão, e 2.863

2260; 9%

1256; 5%

3014;

12%

4520;

18% 5776;

23%

8287;

33%

Até 19

de 20 a 29 anos

de 30 a 39 anos

de 40 a 49 anos

de 50 a 59 anos

60 anos e mais

Gráfico 12: Distribuição por faixa etária dos pacientes

portadores de diabetes no Brasil, 2012.

Fonte: DATASUS, 2012.

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17

com diagnóstico de Diabetes Mellitus – número considerado alto, frente a uma população de

328.353 habitantes(19)

.

A partir da realização da segregação por sexo, é possível inferir que existe uma distribuição

desigual entre mulheres e homens. Os cadastros com registro de sexo feminino apareceram

com maior percentual, tanto no caso de hipertensão, quanto de diabetes. Esta predominância,

para a hipertensão, ocorre de forma semelhante na maioria dos países da América, na Ásia e

área África Subsaariana(5,20)

. Porém, em países mais desenvolvidos como o Canadá e Grã

Bretanha, que possuem os menores números de hipertensos, o percentual de mulheres é

inferior ao dos homens(20)

. No Brasil, um estudo de 2013 mostrou que nas capitais brasileiras,

existe cerca de 3% a mais de mulheres que homens hipertensos, com aumento dessa diferença

a partir do 50 anos, considerando todas as mudanças hormonais e de metabolismo(21)

. Essa

diferença pode ser explicada o se observar os fatores de risco associados à hipertensão, a

exemplo, o sedentarismo. Pesquisas apontam que o hábito da prática de exercícios tem maior

incidência na população masculina, e que a mulher faz, em média, 12 minutos a menos de

exercícios físicos diários que os homens(11)

.

Outro fator associado à hipertensão diz respeito à má alimentação(22)

. O alto consumo de

alimentos processados, utilização em larga escala de hormônios em animais de abate, e o

desequilíbrio na ingestão de nutrientes estão se tornando hábitos cada vez mais comuns (11)

. É

importante inferir que o acesso a alimentos de melhor qualidade, com ingredientes

considerados básicos e tradicionais, e a uma dieta equilibrada é mais dispendioso – o que gera

desigualdade quanto a sua aquisição. Portanto, ao constatar que as mulheres tem menores

rendas salariais que os homens, é possível dizer sua situação econômica está diretamente

relacionada aos altos índices de mulheres hipertensas(12,13)

. Ainda discutindo sobre a

determinação social dos agravos em estudo, torna-se importante inferir que também há

desigualdade quanto ao acesso às práticas de controle dos mesmos, estimulada pelas

diferenças socioeconômicas, o que agrava ainda mais a segregação observada(23)

.

Falar em Determinação Social da Saúde é falar sobre como a posição social ocupada por um

indivíduo afeta seu processo saúde/doença. É falar de acesso a bens de consumo, a serviços de

saúde de qualidade, a condições de prevenção de agravos, de acesso à boa alimentação, à

prática de exercícios físicos, e também a um modo de vida que proporcione estado mental

tranquilo. De modo geral, refere-se a como se dá, e em quais condições acontece, o modo de

vida e trabalho das pessoas (24)

A Organização Mundial da Saúde define os Determinantes

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Sociais em Saúde (DSS) como “as condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham”

(25). Nancy Krieger (2001) apresenta os DSS como “os fatores e mecanismos através dos quais

as condições sociais afetam a saúde e que potencialmente podem ser alterados através de

ações baseadas em informação” (26)

. Sendo assim, observando a interferência do aporte

salarial, do acesso à boa alimentação, à pratica de exercícios físicos e, de forma geral, do

acesso hábitos saudáveis sobre os agravos em estudo, torna-se notória a influência que os

DSS exercem na ocorrência da hipertensão e, também, do diabetes.

Com relação ao diabetes foi possível constatar que Paulista acompanha a segregação

observada no estado de Pernambuco e no Brasil, na qual o número de cadastros de mulheres

acometidas por esta patologia é predominante em relação ao sexo oposto(10)

. Porém, ao

analisar estudos a nível mundial, nota-se que a incidência de homens diabéticos tem crescido

muito, superando os valores femininos(18)

. É sabido que um dos mais importantes fatores de

risco para o desenvolvimento do diabetes é o sobrepeso e a obesidade – fato que pode explicar

essas diferenças de tendência(27)

. Em geral, no mundo, a obesidade masculina tem crescido

mais rapidamente que a feminina, o que pode estar relacionado coma maior incidência do

agravo em questão neste sexo. Porém, os registros do Brasil apontam que a obesidade

feminina sobressai, relacionando esse fato com a grande quantidade de mulheres

diabéticas(27)

.

No que diz respeito ao observado na distribuição por faixa etária, podemos inferir que o Brasil

é um país que está passando por um processo de transição demográfica, e sua pirâmide

populacional está nitidamente sofrendo mudanças. O envelhecimento populacional está

ocorrendo de forma constante, exigindo adaptação dos serviços de saúde às novas

necessidades(19)

. A hipertensão e o diabetes, assim como as demais DCNTs são muito

frequentes na população idosa, dada a exposição aos fatores de risco, mudanças no

metabolismo, hábitos de vida, entre outros(6)

. A hipertensão tem sido alvo de muitos estudos e

processos de prevenção, pois seu número tem crescido em todo o mundo, com aumento

especial na população idosa (10,20)

. Além disso, os riscos que ela traz são muito perigosos,

podendo ser até letais, principalmente se estiverem relacionados a idades superiores a 60

anos(22)

.

Em Paulista, o predomínio da ocorrência de hipertensão e diabetes ocorre nas faixas etárias

acima de 60 anos, em conformidade com as tendências estaduais, nacionais e mundiais(10,18,20)

.

As alterações metabólicas e hormonais são intrínsecas ao ser humano, e ocorrem naturalmente

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com o passar dos anos, potencializando-se na velhice. Além disso, quanto mais velho, maior é

a chance de mais tempo de exposição a fatores de risco externos – constatações que explicam

e subsidiam ainda mais os resultados encontrados de maior predominância de hipertensão e

diabetes na população de faixa etária acima de 60 anos(27)

.

CONCLUSÃO

Assim como todo Brasil, o município do Paulista segue a tendência mundial de crescimento

da carga de Doenças Crônicas não Transmissíveis. O número de pacientes cadastrados nas

UBS com diagnóstico de hipertensão e diabetes é bastante alto e requer uma atenção especial.

Este estudo mostrou que a distribuição da incidência de tais agravos quanto ao sexo e à faixa

etária é bastante desigual. Ao observar as ocorrências de hipertensão, foi possível inferir que o

sexo feminino e a faixa etária acima de 60 nos predominam em Paulista, assim como ocorre

no estado de Pernambuco, no Brasil, e na maioria dos demais países do mundo. Com relação

ao diabetes, Paulista acompanha a tendência brasileira e mundial quanto à faixa etária

(predomínio acima de 60 anos), porém segue o Brasil mas difere da média mundial, quanto ao

sexo (no município estudado e no Brasil, a maior ocorrência é no sexo feminino; no mundo, o

predomínio está no masculino.). A forma como ocorre tal distribuição por sexo e por faixa

etária desses agravos mostra que existem diversos fatores envolvidos com o desenvolvimento

dos mesmos. Há o envolvimento de questões intrínsecas ao organismo, como metabolismo e

alterações hormonais, e também questões extrínsecas, como acesso à alimentação de

qualidade, prática de exercícios físicos, acesso a serviços de prevenção e controle, e exposição

a demais fatores de risco, denotando a participação de determinantes sociais neste processo de

adoecimento. Todas essas informações devem ser consideradas no momento de planejamento

da saúde. Recomenda-se portanto, que sejam realizadas mais pesquisas voltadas à esta

temática, com divulgação e publicação de seus resultados. É necessário compreender as várias

questões que estão envolvidas no adoecimento por hipertensão e diabetes, atentando para as

peculiaridades de cada grupo, bem como para seus determinantes. A partir disso, os gestores

podem praticar estratégias que visem uma maior atenção aos hipertensos e diabéticos de seu

município, contribuindo para uma melhor qualidade de vida dos mesmos.

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