estudo de impacto de vizinhança (eiv) do hospital do subúrbio

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Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) do Hospital do Subúrbio Periperi, Salvador-BAHIA

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Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)do Hospital do SubúrbioPeriperi, Salvador-BAHIA

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Av. Luiz Tarquínio, 1821, Sl. 21C – Centro Com. da Torre-Jardim Belo Horizonte-Lauro de Freitas/Ba – CEP:42700-000 Tel / Fax: (71) 3379-4587 / (71) 3369-1421

Estudo de Impacto de Vizinhança Hospital do Subúrbio de Salvador

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A. INTRODUÇÃO

O presente trabalho se constitui do Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV- do

Hospital do Subúrbio, projeto desenvolvido pela Secretaria de Saúde do Governo do

Estado da Bahia, localizado na Rua Manoel Lino (Código 23.609), Zona de

Concentração de Uso 31 - Valéria, Região Administrativa 15, Periperi, Município de

Salvador – BA.

Este Estudo cumpre as recomendações constantes da Lei Federal no. 10.257,

aprovada em 10/07/2001 e em vigor desde 10 de outubro do mesmo ano

(especialmente no que tocam os seus artigos 36 a 38). Esta lei, também conhecida

como Estatuto da Cidade, regulamenta o Capítulo de Política Urbana da Constituição

Federal de 1988, ao tempo em que estabelece diretrizes gerais e apresenta

instrumentos de política urbana a serem utilizados pelos governos municipais e as

comunidades locais. Essas diretrizes e instrumentos atendem aos princípios do direito

a cidades sustentáveis para as atuais e futuras gerações.

Os problemas urbanos verificados principalmente nas grandes cidades brasileiras,

decorrentes do elevado ritmo de urbanização da população nas últimas décadas, ditam

a urgência na aplicação desses instrumentos, para minimizar os graves problemas

urbanos já acumulados, - o esgotamento dos grandes aglomerados urbanos, a

degradação das relações de vizinhança, as dificuldades de circulação, insalubridade,

degradação do ambiente urbano, conseqüente processo crescente de degradação da

vida urbana - em, busca da melhoria dos padrões de qualidade de vida urbana.

Com o propósito de oferecer um embasamento consistente para o projeto e subsidiar a

construção, discussão e implementação do mesmo com a comunidade, foi elaborado

este Estudo de Impacto de Vizinhança.

O foco deste EIV é um equipamento urbano voltado ao atendimento de saúde, em

implantação na franja do Parque Metropolitano de São Bartolomeu, conforme o projeto

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original apresentado pela Secretaria de Saúde do Governo do Estado da Bahia à

Secretaria de Planejamento SEPLAM .

Este Estudo apresenta os efeitos esperados sobre a cidade. Para o tema "valorização

imobiliária", por exemplo, descreve as conseqüências do projeto, e avalia se tais

conseqüências serão positivas (valorização propriamente dita) ou negativas

(desvalorização imobiliária). Do mesmo modo, em relação ao tráfego, demonstra os

efeitos do empreendimento e as medidas necessárias para que os problemas sejam

contornados. A implantação de uma nova via já prevista no PDDU, a duplicação ou

alargamento de vias de acesso são alternativas analisadas.

A preocupação em controlar os efeitos deste empreendimento no planejamento urbano

e indicar ações mitigadoras e compensatórias para a minimização de riscos e danos

ambientais e descontroles urbanísticos na área de entorno do empreendimento, faz

deste estudo um instrumento de real valor para o licenciamento do uso hospitalar no

local proposto.

A1. Considerações Quanto à Aplicação da Lei que Regulamenta o Estudo de Impacto de Vizinhança.

A Constituição Federal

A Constituição Federal de 1988 privilegiou o planejamento urbano nas cidades

brasileiras, bem como o controle dos problemas causados pelo fenômeno da

urbanização, nos seus Artigos 182 e 183, os quais integram o Capítulo II do seu Título

VII -- Da Ordem Econômica e Financeira. Através deste dispositivo, a Constituição

estabelece a necessária regulamentação das diretrizes gerais da política de

desenvolvimento urbano e assume o Plano Diretor como instrumento básico da política

de desenvolvimento e de expansão urbana.

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O Estatuto da Cidade

Cumprindo o que está estabelecido na Constituição, em 10 de julho de 2001, foi

promulgada a Lei Federal 10.257, denominada Estatuto da Cidade, que ''estabelece

normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana

em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como o

equilíbrio ambiental".

O enunciado da lei e as diretrizes gerais estabelecidas no Estatuto da Cidade refletem

uma clara preocupação do Congresso Nacional com relação à harmonização entre os

fatores econômicos, ambientais e sociais urbanos, em busca da garantia do direito a

cidades sustentáveis.

A complexidade das ações de preservação, recuperação e revitalização das áreas

urbanas, requer do poder público ações integradas e multidisciplinares, que ao mesmo

tempo organize a ocupação do solo, a circulação e estabeleça medidas de respeito à

convivência nas cidades. Para enfrentar esta complexidade, o Estatuto da Cidade,

criou um sistema de normas e institutos que têm em seu cerne a ordem urbanística,

fazendo nascer um direito urbano-ambiental dotado de institutos e características

peculiares, que possibilita a construção do conceito de cidade sustentável, com suas

contradições, dicotomias e pluralidade.

O Estatuto da Cidade é, portanto, a expressão legal da política pública urbana, que traz

um novo paradigma, caracterizado pela análise da cidade e dos empreendimentos

pontualmente considerados, a partir do direito urbano. Este novo direito separa o direito

de propriedade do direito de construir, não reconhece a propriedade se esta não

cumprir com a função social, tem no Plano Diretor o instrumento principal da política

urbana e o definidor da função social da propriedade na cidade, bem como reforça a

gestão e os instrumentos para atuação municipal.

Ressalte-se que as audiências públicas estão previstas no Estatuto da Cidade, como

um dos instrumentos de gestão democrática da cidade.

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Determina essa Lei que:

"Art. 2° A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das

funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes

diretrizes gerais:

[...]

XIII - audiência do Poder Público municipal e da população interessada nos

processos de implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos

potencialmente negativos sobre o meio ambiente natural ou construído, o

conforto ou a segurança da população;

[...]

Art. 43. Para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados,

entre outros, os seguintes instrumentos:

[...]

II - debates, audiências e consultas públicas;

O Estudo de Impacto de Vizinhança

O Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/01) acima comentado, trouxe um novo instrumento

de controle da Política Urbana: o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), disciplinado

nos artigos 36 37 e 38, na Seção XII do Capítulo II - Dos Instrumentos da Política

Urbana.

À semelhança do Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA), o EIV está voltado para

as questões urbanísticas, contudo, aspectos estritamente ambientais, como ventilação

e iluminação (Art. 37, VI, Estatuto da Cidade), deverão ser analisados pelo EIV.

Os incisos do art. 37 indicam as questões mínimas a serem contempladas no EIV,

entre as quais a "valorização imobiliária" (inciso IV) e a "geração de tráfego e demanda

por transporte público" (inciso V).

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Art 37. O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do

empreendimento ou atividade, quanto a qualidade de vida da população residente na

área e suas proximidades, incluindo a análise, no mínimo, das seguintes questões:

I - Adensamento populacional

II - Equipamentos urbanos e comunitários

III - Uso e ocupação do solo

IV - Valorização imobiliária

V - Geração de tráfego e demanda por transporte público

VI - Ventilação e iluminação

VII - Paisagem urbana e patrimônio natural e cultural

O EIV é regulamentado por lei municipal que define os empreendimentos e atividades

privadas ou públicas que merecerão sua aplicação, observando os efeitos positivos e

negativos que os mesmos possam causar à qualidade de vida da população residente

na área e suas proximidades e somente após a análise e aprovação do EIV serão

autorizadas as licenças de Construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder

Público Municipal.

A2. Considerações quanto ao Estudo de Impacto de Vizinhança

Tradicionalmente, as licenças de construção controlavam a estética do projeto, a

acomodação às normas de polícia de construção individualmente tratadas. A partir do

advento das licenças urbanísticas passou-se a controlar as atividades urbanas, visando

a adequação ao planejamento urbanístico.

O Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), está dentre os instrumentos de gestão sob

regulamentação municipal, o qual impõe a avaliação prévia dos empreendimentos e

atividades urbanas, objetivando a previsão de impactos provocados pela implantação

de grandes empreendimentos nas cidades. Assim como o Estudo de Impacto

Ambiental (EIA), analisa os efeitos positivos e negativos do empreendimento sobre o

ambiente natural, com vistas ao licenciamento ambiental, o EIV analisa os efeitos do

projeto na cidade, como condicionante para emissão de licenças, autorizações de

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construção, de ampliação ou de funcionamento a cargo do Poder Público municipal.

Desse modo, possibilita às autoridades públicas exigir o cumprimento de medidas

preventivas e corretivas, capazes de evitar ou minimizar malefícios e maximizar

benefícios do projeto.

O EIV integra o processo de aprovação urbanística, sendo exigido como pré-requisito

deste e necessariamente integrado ao Plano Diretor, justamente porque é instrumento

desta inovação trazida a partir das avaliações dos impactos. Trata-se, portanto, de um

instrumento que tem sua matriz no cumprimento da função social da propriedade.

Com a análise dos impactos é possível avaliar a pertinência da implantação do

empreendimento ou atividade no local indicado, ou seja, avaliar se o proposto está

adequado ao local, estabelecendo uma relação da cidade com o empreendimento e do

empreendimento com a cidade, considerando o meio no qual está inserido, apontar

formas de mitigação do impacto gerado, além de apontar medidas compensatórias

para o mesmo meio no qual a atividade ou empreendimento se instalará.

Além das tradicionais limitações físico-territoriais e de zoneamento, relacionadas ao

regime urbanístico da gleba e da atividade prevista para a região, a implantação de

empreendimentos e atividades, passa a se submeter a possibilidade de absorção, bem

como da compatibilidade com o local no qual pretende se instalar.

A elaboração deste estudo contempla uma série extensa de pesquisa, alem de uma

boa base cartográfica para espacializações temáticas, observando-se estudos e

projeções a respeito de: educação, saúde, segurança, cultura, esporte, lazer, turismo,

transporte, físico territoriais, ambientais, institucionais, legais

Com o EIV busca-se evitar:

Enchentes;

Congestionamentos;

Falta ou inadequação de espaços públicos;

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Ocupações desordenadas/sem critério;

Infra-estrutura inadequada/subdimensionada;

Equipamentos urbanos insuficientes (saúde, educação, etc.);

Insegurança;

Transportes ineficientes/inadequados;

Investimentos públicos inadequados;

Degradação urbana;

Deseconomias.

O objetivo maior do Estudo de Impacto de Vizinhança é democratizar o sistema de

tomada de decisões sobre os grandes empreendimentos a serem realizados na cidade,

dando a oportunidade de adequações e melhorias no projeto proposto. Neste sentido, é

fundamental a participação popular no processo de tomada de decisão.

Vantagens do EIV para o Empreendimento

Alem das vantagens que o EIV representa para o controle do ordenamento do uso e

ocupação do solo urbano, o que se reflete em melhorias para a cidade e para o

cidadão, o EIV traz inegavelmente um conjunto de vantagens para o empreendimento e

em conseqüência para o empreendedor. Entre estas vantagens pode-se enumerar:

Contribui para o processo de aprovação do Empreendimento;

Estabelece de condições ou contrapartidas para seu funcionamento;

Apresenta sugestões das adequações necessárias para a defesa ambiental, de

forma a viabilizar o empreendimento;

Recomenda o direcionamento dos ajustes necessários na infra-estrutura do

entorno do mesmo, com objetivo de melhorar ou minimizar os impactos gerados

para esta região urbana.

Este estudo visa também, debater o projeto do empreendimento, em conjunto com o

empreendedor e órgãos públicos, a fim de promover as alterações técnicas

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necessárias à viabilização do mesmo, buscando mitigar os impactos gerados pelo

empreendimento em especial quanto:

A destinação adequada dos efluentes sanitários;

A redução do consumo de água potável;

O equacionamento do grave problema da poluição por águas pluviais;

O grave problema da impermeabilização do solo;

A destinação correta dos resíduos sólidos gerados pelo empreendimento;

A reserva de área verde quando for o caso;

A melhor solução para o sistema viário, dando condições para que, os que

acorrerem para o novo empreendimento possam fazê-lo com segurança e

conforto;

As adequações das áreas de carga e descarga.

B. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO INFORMAÇÕES GERAIS

B.1. Identificação das instituições envolvidas

O Empreendimento Hospital do Subúrbio é uma iniciativa do Governo do Estado da

Bahia, que através da Secretaria Estadual de Saúde SESAB, planeja, e opera os

equipamentos de atendimento de saúde pública do Estado. A execução da obra

encontra-se sob a responsabilidade da Superintendência de Construções

Administrativas da Bahia – SUCAB, a qual contratou a Construtora MRM, para a

construção do mesmo.

B.2. Autoria do projeto

O autor do projeto é o Arquiteto Rose Brandão, CREA 32.302, o qual responde como

responsável técnico pelo mesmo.

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B.3. Características específicas

Classificação de uso

De acordo com a Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo do Município de

Salvador, - Lei nº 3.377/84, modificada pela Lei nº 3.853/88 - o empreendimento está

classificado como “uso institucional de apoio a saúde”

Composição de Áreas

O projeto apresentado ocupa uma área de cerca de 26% (11.956,57m²) de uma área

de terreno que mede 45.525,38 m², e propõe uma utilização de aproximadamente 44%,

deixando cerca de 28% de área permeável.

A distribuição de áreas proposta pelo projeto está apresentada no quadro abaixo:

AREA DO TERRENO M² 45.525,38 m² ÁREA ÚTIL TOTAL 15.798,05 m² ÁREA CONSTRUÍDA TOTALM² 19.825,93 m² ÁREA OCUPADA TOTAL M² 11.956,57 m² ÁREA PAVIMENTADA (PASSEIOS) m² 4.556,98 m² ÁREA PERMEÁVEL COMUM m² 12.703,72 m² ÁREA PERMEÁVEL (PISO INTERTRAVADO) m² 15.220,00 m²

Índices Urbanísticos

Pelo que se pode aferir do quadro acima exposto, os índices urbanísticos do projeto do

Hospital do Subúrbio, comparativamente aos permitidos pelo Plano Diretor Urbano de

Salvador, encontram-se expostos no quadro abaixo.

ÍNDICES URBANÍSTICOS

PDDU/ LOUOS PROJETO

CAB 1,50 0,44

IO 0,50 0,26

IP 0,15 0,30

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Pelo exposto, pode-se afirmar que, o projeto apresentado se encontra dentro dos

limites e parâmetros admitidos pela Lei de Uso e Ocupação do Solo de Salvador, com

larga margem para atingir os limites estabelecidos.

B.4. Objetivos

Os objetivos do projeto do Hospital do Subúrbio, proposto pela Secretaria de Saúde do

Estado da Bahia, é o de complementar a rede pública de atendimento hospitalar de

Salvador, hoje com deficiências qualitativas e quantitativas e distorções espaciais e de

acessibilidade, buscando dar cobertura e assistência médico hospitalar a uma área

extremamente carente de serviços públicos, especialmente de saúde.

PLANTA – PROJETO ARQUITETÔNICO

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PLANTA – IMPLANTAÇÃO

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B.5. Áreas Propostas para Implantação do Empreendimento.

O programa do Hospital do Subúrbio está distribuído em um pavilhão principal

desenvolvido em quatro pisos, alem de construções de apoio, perfazendo um total de

19.825,93m², de acordo com a tabela abaixo: DETALHAMENTO DAS ÁREAS

EDIFICAÇÕES ÁREA ÚTIL

m² ÁREA

CONSTRUÍDA m²

COTA DE NÍVEL

m

EDFÍCIO PRINCIPAL TÉRREO

9.702,37

11.856,13 73,5

1- PAVIMENTO 2.397,78

3.122,42

78

PAVIMENTO TÉCNICO – 1º PAV. 3.274,82

3.367,78

77,25

PAVIMENTO TÉCNICO – 2º PAV.

423,08 436,90 80,8

TOTAL: 15.798,05

18.783,23

EDFICAÇÕES DE APOIO (ANEXOS)

GUARITA - 12,25 77,75

CAPELA 65,14

78,66

73,33

GARAGEM DE AMBULÂNCIAS - - -

ABRIGO DE RESÍDUOS - 74.64 71,95

SUSESTAÇÃO 01 - 75,60

72,96

SUSESTAÇÃO 02 - 10,43 73,55

SUSESTAÇÃO 03 - 75,60

73,43

CASA DE MEDIÇÃO - 15,21

72,72

CENTRAL. DE GASES MEDICINAIS

- 54,83

73.73

CENTRAL DE ÁGUA GELADA - 228,63

73,75

RESERVATÓRiOS 276,85

73,l9

CALDEIRA - 40,00

72,05

TOTAL: 65,14

1.042,70

-

TOTAL DAS EDIFICAÇÕES; 15.863,19

19.825,93

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B.6. Dados da Localização do Imóvel (Entorno e Localização Direta)

O Projeto proposto pela SESAB, para o Hospital do Subúrbio, localiza-o a Noroeste

do Município de Salvador, próximo ao limite com o Município de Simões Filho, a Norte,

onde se encontra, o Centro Industrial de Aratu. Trata-se de uma localização

estratégica, uma vez que se constitui de um centro geográfico que polariza a populosa

região do subúrbio a oeste e a não menos populosa região do “Miolo” de Salvador a

Leste, onde se localizam os assentamentos de Valéria e Cajazeiras.

Esta região de características físico-ambientais peculiares sofreu a partir da década de

1970, um processo intenso de ocupação. Predominando uma população de baixo

poder aquisitivo, a região ficou à margem do ciclo de desenvolvimento econômico do

Estado, embora neste período, tivesse ocorrido a implantação do CIA e posteriormente

do Pólo Petroquímico de Camaçari.

A ação do poder público na região, com a implantação de grandes loteamentos acabou

por representar um forte vetor de ocupação desta região. A este, somaram-se as

invasões como a Coutos, Rio Sena e Nova Constituinte na década de 1980 –

resultando em assentamentos de baixa qualidade urbanística, implicando no processo

de “favelização do subúrbio”.

Este estado demanda ações urgentes de qualificação urbana pela administração

pública.

B.7. Justificativas para Construção do Empreendimento

A rede de saúde estadual na Região Metropolitana de Salvador, mesmo com o apoio

de hospitais que se localizam nos municípios da sua composição, ainda depende muito

do Hospital Geral do Estado (HGE), que tem uma logística complicada para

atendimento rápido, pela sua localização central na capital que implica em acessos

saturados e de tráfego lento.

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A construção do Hospital do Subúrbio, sobre o ponto de vista da sua localização

permitirá um atendimento a partir da BR-324, articulada à BA-528, possibilitando o

atendimento mais rápido a demandas emergenciais em áreas contíguas a essas

rodovias, dilatando o seu atendimento aos municípios vizinhos e, sobretudo,

desafogando o Hospital João Batista Caribé, único hospital que até então atende o

Subúrbio Ferroviário.

Na planta a seguir, nota-se que os hospitais de Salvador entranham-se no seu

saturado sistema viário, de velocidade média muito reduzida (em torno de 30km/h nos

pontos críticos). A articulação do Hospital do Subúrbio às vias expressas é um

diferencial que poderá ter um peso vital na configuração do sistema urbano da Região

Metropolitana.

A área escolhida para o Hospital está localizada na região contígua ao importante

subcentro municipal de Periperi. O valor histórico-cultural das áreas de Pirajá e Parque

São Bartolomeu, nas suas proximidades, associados ao maior remanescente de Mata

Atlântica urbana da América Latina, criam condições efetivas para se pensar o seu

desenvolvimento integrado, tornando necessária a recuperação e desenvolvimento

desse espaço.

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B.8. Legislação Disciplinadora

Segundo o Plano Diretor Urbano de Salvador, a área do Hospital do Subúrbio incide

sobre uma macrozona que a orienta a proteção e requalificação ambiental na área de

estudo, justificada por sua interferência por proximidade com a bacia do cobre e à

macrozona sobre a qual incide a sua APA (Macrozona de Proteção Ambiental).

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Há também a incidência de uma ZPR3 – Zona de Uso Predominantemente Residencial

sobre o terreno do Hospital, regida pelo Zoneamento Urbano da lei nº 7400/2008, que

orienta o uso e ocupação do solo da cidade de Salvador, conforme mapa a seguir.

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Sobre estas duas determinações físicas para a área do Hospital, retira-se do Plano

Diretor, com caráter específico e/ou genérico o seguinte grupo de determinações:

Subseção III

Da Macroárea de Proteção e Recuperação Ambiental

Art. 160. A Macroárea de Proteção e Recuperação Ambiental compreende

áreas:

I - de valor ambiental significativo em que a ocupação urbana ocorreu de forma

ambientalmente inadequada, ou nas quais se quer promover a ocupação de

forma sustentada;

II - adjacentes a Unidades de Conservação integral ou de uso sustentável cuja

ocupação desordenada pode comprometer a qualidade ambiental das

unidades vizinhas;

III - que oferecem risco para a ocupação humana, em razão das características

geomorfológicas ou geotécnicas do solo.

Art. 161. O ordenamento territorial na Macroárea de Proteção e Recuperação

Ambiental tem como objetivo qualificar os assentamentos existentes de modo

a minimizar os impactos negativos decorrentes da ocupação indevida do

território, e prevenir ocupações que venham a comprometer o equilíbrio

ambiental ou resultar em situações de risco para as populações humanas.

Art. 162. São diretrizes para a Macroárea de Proteção e Recuperação

Ambiental:

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I - nos casos de áreas já ocupadas, localizadas no entorno de Unidades de

Conservação:

a) manutenção da densidade populacional e de ocupação do solo em níveis

compatíveis com a sustentabilidade do ambiente, e restrição a usos que

possam comprometer a qualidade ambiental da área ou de espaços vizinhos

de relevante valor ecológico;

b) elevação dos padrões de qualidade dos assentamentos precários ou

implantados indevidamente nas imediações de áreas de relevante valor

ambiental;

II - nos casos de áreas ambientalmente degradadas, recuperação ambiental,

com a promoção de usos que possam ser compatibilizados com a

sustentabilidade ambiental da área;

III - nos casos de áreas de interesse ambiental passíveis de ocupação:

a) estabelecimento de densidades populacionais e de ocupação do solo

compatíveis com o uso sustentável da área;

b) compatibilização dos planos de parcelamento do solo e dos projetos de

urbanização com a conservação das áreas de preservação permanente, em

especial das faixas de proteção à rede hídrica;

c) restrição a usos que possam comprometer o meio ambiente pela descarga

de efluentes líquidos ou gasosos ou disposição de resíduos sólidos sem

tratamento adequado.

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Art. 163. Aplicam-se à Macroárea de Proteção e Recuperação Ambiental,

prioritariamente, os seguintes instrumentos de Política Urbana, entre aqueles

previstos por esta Lei e facultados pelo Estatuto da Cidade:

I - zoneamento ambiental;

II - Transferência do Direito de Construir;

III - Direito de Preferência;

IV - Zonas Especiais de Interesse Social;

V - incentivos fiscais e financeiros para a conservação das unidades;

VI - Outorga Onerosa do Direito de Construir

Art. 166. As Zonas Predominantemente Residenciais, ZPR, são destinadas

preferencialmente aos usos uni e multiresidenciais, admitindo-se outros usos

desde que compatíveis com os usos residenciais, de acordo com os critérios e

restrições estabelecidos pela legislação de ordenamento do uso e ocupação

do solo.

Parágrafo único. São diretrizes para as Zonas Predominantemente

Residenciais, ZPR:

I - garantia da qualidade da moradia mediante a imposição de critérios, índices

e parâmetros de uso e ocupação do solo que minimizem os conflitos entre

usos, contemplando as necessidades básicas, nos âmbitos sociais, comerciais

de serviços e religiosas da população;

II - incentivo à participação das comunidades locais na fiscalização do uso e

ocupação do solo, exercidas pelo Poder Público;

III - realização de Estudos de Impactos de Vizinhança, EIV, para

empreendimentos geradores de relevante impacto urbanístico-ambiental;

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IV - realização de estudos com propostas de solução para os impactos na

mobilidade como pré-requisito para aprovação de empreendimentos geradores

de tráfego.

QUADRO 01

PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO URBANO DO MUNICÍPIO DO SALVADOR

ZONEAMENTO – COEFICIENTES DE APROVEITAMENTO

ZONA SUBZONA IDENTIFICAÇÃO

COEFICIENTE DE

APROVEITAMENTO

CAB CAM

ZONAS DE USOS RESIDENCIAIS

ZPR ZONA PREDOMINANTEMENTE RESIDENCIAL

ZPR-1 Zona Predominantemente Residencial 1 0,50 –

ZPR-2 Zona Predominantemente Residencial 2 0,50 1,00

ZPR-3 Zona Predominantemente Residencial 3 1,50 –

ZPR-4 Zona Predominantemente Residencial 4 1,00 2,00

ZPR-5 Zona Predominantemente Residencial 5 1,50 2,50

ZPR-6 Zona Predominantemente Residencial 6 2,00 –

ZPR-7 Zona Predominantemente Residencial 7 1,00 2,50

ZPR-8 Zona Predominantemente Residencial 8 2,00 3,00

Seção II

Das Zonas de Usos Residenciais

Subseção I

Das Zonas Predominantemente Residenciais

Art. 166. As Zonas Predominantemente Residenciais, ZPR, são destinadas

preferencialmente aos usos uni e multiresidenciais, admitindo-se outros usos

desde que compatíveis com os usos residenciais, de acordo com os critérios e

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restrições estabelecidos pela legislação de ordenamento do uso e ocupação

do solo.

Parágrafo único. São diretrizes para as Zonas Predominantemente

Residenciais, ZPR:

I - garantia da qualidade da moradia mediante a imposição de critérios, índices

e parâmetros de uso e ocupação do solo que minimizem os conflitos entre

usos, contemplando as necessidades básicas, nos âmbitos sociais, comerciais

de serviços e religiosas da população;

II - incentivo à participação das comunidades locais na fiscalização do uso e

ocupação do solo, exercidas pelo Poder Público;

III - realização de Estudos de Impactos de Vizinhança, EIV, para

empreendimentos geradores de relevante impacto urbanístico-ambiental;

IV - realização de estudos com propostas de solução para os impactos na

mobilidade como pré-requisito para aprovação de empreendimentos geradores

de tráfego.

Conclui-se que, a partir destas determinações, o Hospital do Subúrbio fica sujeito a

apresentar soluções de tratamento adequado de efluentes e dejetos orgânicos, como

condicionante à sua implantação nesta zona urbana, sendo insignificantes os prejuízos

atmosféricos gerados pelo empreendimento.

B.9. Descrição do Projeto

“A unidade contará com emergência pediátrica e de adulto, além de 248

leitos, assim distribuídos: 30 de UTI, 30 de Semi-intensivo, 178 leitos clínicos

e 10 unidades para queimados. Será equipado ainda com centro cirúrgico,

unidade de imagem com RX, tomógrafo, ultrassonografia, endoscopia e

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eletrocardiograma, laboratório, central de material esterilizado, lavanderia,

farmácia centralizada, almoxarifado, cozinha, refeitório e serviço de

engenharia clínica.

A conclusão da obra está prevista para março 2010, com investimento

previsto de R$ 42 milhões, beneficiando diretamente a população dos bairros

do Subúrbio e adjacências, além do atender aos pacientes regulados do

interior do estado. A área total do hospital será de 45,5 mil metros

quadrados, sendo 19 mil metros quadrados de área construída.”

(Agecom - Assessoria Geral de Comunicação Social do Governo do Estado

da Bahia)

B.10. Características das instalações DADOS GERAIS

Nº DE LEITOS UTI ADULTO 20

LEITOS

UTI PEDlATRICA 20

LEITOS

SEMl-ÍNTENSIVA 20

LEITOS

QUEIMADOS 10

LEITOS

INTERNAÇÃO ADULTO 114

LEITOS

INTERNAÇÃO PEDIÁTRICA

64

LEITOS

TOTAL DE LEITOS 248

LEITOS

Nº DE VAGAS ESTACIONAMENTO

VAGAS VISITANTES 146

VAGAS

VAGAS ACESSÍVEIS VISITANTES

4

VAGAS

VAGAS FUNCIONÁRIOS 84

VAGAS

VAGAS ACESSÍVEIS FUNCIONÁRIOS

2

VAGAS

TOTAL VAGAS 230

VAGAS

TOTAL VAGAS ACESSÍVEIS

6

VAGAS

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C. DEFINIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ENTORNO

A Área do Projeto

A área de implantação do Hospital do Subúrbio é um terreno bastante antropizado pela

extração de arenoso e por um loteamento preexistente que lhes causou

desconfiguração completa topográfica e vegetacional. Planificada, a área localiza-se

em um cume de morro que divide a Bacia do Cobre e a Bacia do Paraguari, à qual

participa.

A bacia hidrográfica do Paraguari, que se desenvolve a oeste do terreno do Hospital,

abriga uma área verde de encosta não protegida e uma planície de inundação, onde se

encontra a nascente do Rio Paraguari. Nesta área encontra-se uma ocupação marcada

por assentamentos subnormais, visivelmente marginalizados e que apresentam

deficiências de serviços urbanos e de atividades econômicas.

A ocupação desta área é problemática em decorrência de uma geomorfologia

caprichosa, conformada em substratos argilosos expansivos, de fácil desestabilização,

o que resulta em formações de encostas íngremes de solos instáveis (composição de

massapé).

Ao sudoeste também se estende uma ocupação irregular ao longo de uma via sem

pavimentação, sinuosa e íngreme até conectar-se ao Loteamento Rio Sena, com

acesso direto e mais amplo até Mirantes de Periperi.

Todas as áreas vicinais restantes, principalmente na porção Leste, configuram-se como

vazio urbano, assegurado pela delimitação do Parque Metropolitano de Pirajá. O

Parque possui uma superfície de 1500 ha, dos quais 75 ha correspondem a uma área

religioso/cultural, denominada Parque São Bartolomeu. Embora fortemente degradado

por desmatamentos, ocupações irregulares e mineração nas zonas limítrofes ao

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hospital, a área detém uma importante contribuição para a Bacia Hidrográfica do

Cobre.

Barreiras

A partir de avaliações em campo e da cartografia foi possível constituir um diagrama de

barreiras físicas que, através de características geográficas e de mobilidade urbana.

A definição de “barreira” deve levar em conta a interrupção das inter-relações entre

duas áreas, definindo desenvolvimentos diversos dentro do contexto urbanístico. Neste

estudo, estas barreiras apresentam-se principalmente por desníveis topográficos ou por

áreas não urbanizadas, não capacitadas a produzir qualquer fluxo ou apoio à

mobilidade urbana.

A BA-528, por sua vez, desenvolve uma barreira antrópica criada pelo tipo de tráfego

que ali se insere, o que afere uma demarcação territorial e estabelece interrupção e

alteração nas relações entre suas margens.

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Impacto Primário

Através da análise das barreiras que limitam a relação imediata do hospital com seu

entorno e da estimativa de uma distância de conforto para trajeto a pé de 500 metros,

considerando a adversidade da topografia acidentada, a inserção do Hospital do

Subúrbio irá mobilizar interações urbanísticas diretas na área determinada no mapa

abaixo.

A área de Impacto Primário será a reflexiva imediata das interações físicas, sociais e

econômicas que se desenvolverão com a inserção do hospital. Conforme a lógica que

a define, estará inevitavelmente relacionada a uma nova dinâmica que exigirá sua

requalificação urbana para aporte de serviços agregados ao funcionamento do

Hospital, sobretudo para o apoio ao fluxo e permanência de uma população flutuante

de baixa renda que irá povoar esta região.

No mapa abaixo estão relacionados os setores censitários que se sobrepõem à área de

Impacto Primário, e que serão os principais instrumentos para avaliação sócio-

econômica.

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Impacto Secundário

A localização do Hospital do Subúrbio possibilita uma dilatação do alcance da sua

operação a 2 regiões administrativas (RA) de Salvador, que terão em grande parcela o

acesso facilitado pelo caráter expresso das rodovias BR-324 e BA-528. Destarte, serão

consideradas como região de entorno, sujeita ao impacto secundário de interferência,

as RAs XVI (Subúrbios Ferroviários) e XVII (Valéria).

Este entorno deve ser compreendido como uma zona de atenção à acessibilidade do

hospital e de interação social, mobilizando uma resposta sistemática da lógica urbana.

Estima-se que o hospital será o equipamento de saúde preferido pela população destas

RA’s, e em caráter de emergência será considerado como melhor opção para

operações de salvamentos.

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IMPACTO SECUNDÁRIO - RAs

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Descrição do Entorno de Impacto Secundário A zona de entorno de impacto secundário do Hospital do Subúrbio define-se pelo vetor

de expansão Norte da Cidade do Salvador e está localizado a noroeste do município,

estendendo-se ao longo da borda da Baía de Todos os Santos, incorporando a planície

litorânea, a Falha Geológica do Recôncavo e a margem oeste da BR-324, conforme

figura em anexo.

Abrange uma área de aproximadamente 4.842 hectares, com uma densidade média de

61,45 habitantes por hectare (RA XVI: 91,4 hab/ha; RA XVII: 31,5 hab/ha). A RA XVII,

correspondente à Valéria, possui uma distorção em relação a sua densidade pela

incidência do Parque São Bartolomeu em sua poligonal, o que lhe confere uma

redução pela grande área desocupada do Parque. No entanto, a característica e o

padrão dos assentamentos nestas duas RAs, são em maioria semelhantes. Com

algumas exceções de padrões pouco mais elevados, como é o caso de Periperi,

grande parte dos assentamentos nas duas áreas se apresentam com alta densidade e

conformam bolsões de pobreza de crescimento desenfreado, caótico e com grandes

problemas de ordem social.

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Tipologia de Assentamento

Habitações Espontâneas

São as habitações implantadas em áreas ocupadas de forma espontânea, ao

longo de antigos sistemas viários principais, ou em antigos loteamentos

projetados em desacordo com a legislação municipal. Apresentam arruamentos

retilíneos delimitados, com infra-estrutura parcialmente implantada pelas

autoridades públicas e progressivamente melhorada pelos moradores,

encontrando-se em precário estado de conservação. Distribuem-se por vezes no

início das encostas, em solos areno-argilosos e são afetadas por processos

erosivos laminares, ou por vezes em planícies marinhas, em solos arenosos,

com declividade entre 0 e 15%. Podem ser servidas por ruas pavimentadas ou

por ruas sem pavimentação. Dispõem de rede de abastecimento de água e rede

elétrica. O sistema de esgotamento sanitário predominante é do tipo fossa

rudimentar. As águas pluviais escoam geralmente através de sarjetas. A coleta

de lixo é regular. As habitações são construídas predominantemente com blocos

de tijolos rebocados e cobertas com telhas cerâmicas; possuem área que varia

de 50 a 70 m2 e gabarito de 1 ou 2 pavimentos.

Habitações Irregulares

São as habitações situadas em encostas íngremes, ao longo de vias estreitas

implantadas em desacordo com as normas técnicas. Apresentam carência de

infra-estrutura básica e, as eventualmente existentes, são afetadas por

problemas de projeto e manutenção. Distribuem-se nas encostas íngremes do

vale, em solos argilo-arenosos (Grupo Ilhas) com declividade entre 15 e 50%.

São afetadas por processos erosivos.O sistema viário é constituído por ruas não

pavimentadas, escadas e caminhos. A água é fornecida através de rede

implantada pela própria comunidade ou com ligações clandestinas. O sistema de

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esgotamento sanitário predominante é constituído por fossas rudimentares ou

por canalizações, implantadas pelos próprios moradores, com lançamento a céu

aberto. As águas pluviais escoam diretamente no terreno. A coleta de lixo é

irregular, devido à dificuldade de acesso por parte dos veículos coletores. A

habitações, em sua maioria, são construídas com blocos de tijolos sem reboco e

cobertas com telhas de fibrocimento; possuem área de 30 a 50 m2 com gabarito

de 1 ou 2 pavimentos.

Conjuntos habitacionais

Localizados nas partes mais altas, implantados em terrenos terraplenados, os

conjuntos habitacionais são servidas por infra-estrutura básica e por sistema

viário pavimentado. Dispõem de rede de abastecimento de água, energia,

incluindo iluminação pública, e de esgotamento sanitário. As águas pluviais

escoam por meio de sarjetas e canalizações subterrâneas. A coleta de lixo é

regular. As habitações são construídas em blocos de tijolos rebocados, cobertas

com telhas cerâmicas ou de fibrocimento, área média entre 100 e 150 m2,

gabarito de 4 pavimentos.

Loteamentos Regulares

Estão localizados por vezes em cumeadas, sobre solos areno-argilosos e são

afetadas por processo erosivos laminares, por vezes em planícies marinhas, em

solos arenosos (Terraço Marinho). São servidas por ruas pavimentadas e

dispõem de rede de abastecimento de água e rede elétrica, incluindo iluminação

pública. O sistema de esgotamento sanitário é constituído por fossas sépticas,

algumas com problemas de manutenção, e fossas rudimentares. As águas

pluviais escoam por meio de sarjetas e canalizações subterrâneas. A coleta de

lixo é regular. As habitações são construídas predominantemente com blocos de

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tijolos rebocados e cobertas com telhas cerâmicas, possuem área que varia de

70 a 100 m2 e gabarito de 1 ou 2 pavimentos.

D. IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS

D.1. Impacto Econômico

A determinação dos impactos proporcionados pelas inversões públicas é um

instrumento fundamental para subsidiar a tomada de decisão pelos gestores

governamentais. Para tanto, a utilização de instrumentos de elaboração e avaliação

social torna-se essencial.

A adoção desta abordagem de welfare economics pelo gestor público revela o seu

pragmatismo e preocupação com o atingimento dos objetivos das políticas públicas. O

entendimento de que se o Bem Estar Econômico é a parcela do Bem Estar Geral que

pode ser medida, então deve ser utilizado para orientar a ação pública já se encontra

sedimentado nos trabalhos econômicos. A análise Custo-Benefício, um de seus

instrumentos essenciais, tem se revelado, ao longo do tempo, a mais popular técnica

econômica empregada para determinação de prioridades na avaliação de políticas.

Evidentemente, esta abordagem não exclui a avaliação de outras variáveis qualitativas,

que, em muitas oportunidades, revelam-se fundamentais para a tomada de decisão

final. No entanto, não restam dúvidas quanto à densidade e importância das

informações fornecidas pelas técnicas de avaliação social de projetos.

Assim, para atingir os seus objetivos, este estudo lançará concomitantemente mão (I)

de técnicas de welfare economics, com o intuito de avaliar a conveniência e os

benefícios econômicos advindos da implantação do Hospital do Subúrbio, e (II) de

análises qualitativas, com o objetivo de analisar como este projeto afetará o quotidiano

da população residente no entorno do empreendimento.

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D.1.1. Desenvolvimento Econômico Local A economia dos entornos primário e secundário apresenta baixo grau de

desenvolvimento, sendo marcada por elevado grau de informalidade de seus agentes.

Este fato tem origem na própria dificuldade de inserção da comunidade local no

sistema econômico, graças a carência de sua infra-estrutura física e parcas

oportunidades de emprego pela virtual inexistência de investimentos públicos e

privados de porte e significado econômico na região.

Para se perceber de modo mais objetivo o impacto da implantação do Hospital do

Subúrbio em seus entornos primário e secundário, deve-se decompor o conceito de

desenvolvimento em suas componentes essenciais, a saber: renda, educação e saúde.

Feito isto, evidente o modo como a sua implantação deve afetar o nível de

desenvolvimento no entorno do empreendimento. Este deve, em essência,

proporcionar um incremento na infra-estrutura de saúde deste entorno, permitindo a

esta população uma melhora no acesso a atendimento médico especializado.

Os efeitos sobre as dimensões renda e educação, conforme discutido a seguir, serão

limitados pelas características do empreendimento.

D.1.2. Geração de Empregos Por se tratar de um empreendimento de caráter público o efeito de geração de

emprego para a população residente no entorno do empreendimento deve ser baixo,

tanto no seu estágio de implantação quanto no de sua operação. Isto se deve à

necessidade do gestor público cumprir o princípio da impessoalidade, o que limita a

capacidade do mesmo privilegiar uma dada comunidade. Este princípio se

consubstancia na necessidade do gestor:

1. Realizar licitação para definir qual será a empresa responsável pela execução

da obra; e

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2. Realizar concurso público para contratar os funcionários do empreendimento,

caso este seja diretamente operado pelo estado; ou

3. Realizar licitação para contratar a instituição responsável pela gestão do

equipamento

D.1.3. Criação de Novas Alternativas Econômicas e Sustentabilidade da Economia Local A implantação do Hospital do Subúrbio vai implicar na geração de um fluxo de médicos,

funcionários, pacientes e seus acompanhantes para o entorno primário do

empreendimento. Este fluxo vai se tornar perene e implicar numa demanda por

serviços que dêem suporte às necessidades desta população.

Estes serviços vão oferecer à comunidade local uma série de novas oportunidades

econômicas, uma vez que boa parte delas não demanda investimento de capital

significativo. Dentre outras, o influxo de pessoas ao hospital deverá demandar serviços

de hospedagem, alimentação, transporte, saúde, fotocópia e funerária.

Para que se maximize a probabilidade de tais demandas efetivamente se

transformarem oportunidades será preciso uma ação conjunta do poder público e

órgãos de apoio como SEBRAE e SENAC para instrumentalizar a comunidade e

permitir que os empreendimentos construídos para fazer face a estas demandas

consigam superar a informalidade. A capacitação e financiamento dos empreendedores

locais serão, portanto, peça fundamental para a efetiva materialização de alternativas

econômicas sustentáveis pela população do entorno primário e secundário do

empreendimento.

A ausência de tais ações podem implicar num sub-aproveitamento de tais

oportunidades, seja pela incapacidade dos agentes econômicos locais de fugir à

informalidade,dadas as suas carências, seja pela captura de parcela significativa de

tais oportunidades por agentes econômicos oriundos de outras regiões da urbe.

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D.1.4. Valorização Imobiliária X Especulação/Depreciação

É fato bem conhecido que, terrenos situados no entorno de empreendimentos de porte,

voltados para o atendimento público em zonas urbanas adensadas, aumentam

significativamente de valor em função da sua proximidade, da nova atratividade, das

melhorias urbanas e da acessibilidade construída pelo mesmo. Dessa forma, o efeito

“positivo” desta valorização aplica-se em princípio ao proprietário do terreno. Porém,

efeitos multiplicadores de melhoria urbana podem ser esperados em função desta

valorização.

D.1.5. Integração da cadeia produtiva

A implantação do empreendimento não deve gerar impactos significativos sobre a

cadeia produtiva do entornos primário e secundário do empreendimento, na medida em

que em suas fronteiras não existem agentes econômicos capacitados para integrar a

montante a cadeia de suprimentos do Hospital.

O Hospital do Subúrbio é um empreendimento público que precisará, portanto, cumprir

os preceitos legais no momento de celebrar seus contratos de fornecimento. Isto torna

pouco plausível o estabelecimento de contratos com os agentes econômicos pouco

especializados e detentores de baixo grau de formalização instalados nos entornos

primário e secundário do Hospital do Subúrbio.

Como destacado anteriormente, a principal oportunidade para a comunidade residente

no entorno primário do empreendimento é a oferta de bens e serviços demandados

pelo afluxo de médicos, funcionários, pacientes e acompanhantes ao Hospital.

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D.1.6. Arrecadação de tributos Dados o alto grau de informalidade da economia dos entornos primário e secundário do

empreendimento, bem como a baixa participação relativa dos mesmos na arrecadação

tributária municipal, o efeito sobre a arrecadação tributária deve ficar restrito ao efeito

desconto gerado pela aquisição de insumos pelo Hospital de seus fornecedores

(terceiros e funcionários).

D.1.7. Benefícios, Prejuízos, compensações

Para se estimar os resultados econômicos da implantação do Hospital do Subúrbio,

este estudo lançou mão da abordagem da Avaliação Social de Projetos. Seu objetivo é

o de examinar os efeitos diretos e indiretos que serão causados por um determinado

projeto, permitindo verificar quando a economia como um todo está sendo prejudicada

ou beneficiada.

Para operacionalizar esta abordagem, que demanda a conversão dos preços de

mercado, que, por definição, são aqueles observados quotidianamente, em preços

sociais, que devem refletir os custos de oportunidade para a economia como um todo,

lançou-se mão dos fatores de conversão desenvolvidos pelo BID para operacionalizar o

PRODETUR no estado da Bahia. Além destes fatores, empregou-se também a taxa de

desconto social estimada pelo organismo em 12,0% a.a. (doze por cento ao ano). Esta

opção se deve à conveniência do uso de uma metodologia de avaliação de benefícios

sociais que tem sido largamente utilizada e se revelado bem sucedido ao longo das

últimas duas décadas.

Estudo do Entorno – Hospital do Subúrbio

A partir da base nos dados fornecidos pelo IBGE, por meio do Censo Demográfico

2000, este estudo busca entender o comportamento da renda no entorno primário do

Hospital do Subúrbio, conforme definido anteriormente. A partir do cruzamento das

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poligonais de interferência do Hospital do Subúrbio, conforme anteriormente exposto,

com os setores censitários do IBGE chegou-se ao seguinte quadro:

Tabela 1 - Setores Censitários IBGE Integrantes do Entorno Primário do Hospital do Subúrbio

SETORES CENSITÁRIOS

292740805130070 292740805130118 292740805160055

292740805130071 292740805160050 292740805160057

292740805130117 292740805160051 292740805260001

Caracterização do entorno primário - População

Dimensão Estrutural

a) Total Populacional

Esta definição permite determinar que o total populacional deste entorno é composto

por 7.098 (sete mil e noventa e oito) pessoas, residentes em 1.953 (hum mil

novecentos e cinqüenta e três) domicílios. Isto perfaz uma média de 3,6 (três inteiros e

seis décimos) habitantes por domicílio.

b) Pirâmide Etária

Esta população encontra-se com a seguinte distribuição etária:

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Tabela 2 – Entorno Primário do Hospital do Subúrbio: Pirâmide Etária

FAIXA ETÁRIA PESSOAS PARTICIPAÇÃO

RELATIVA PARTICIPAÇÃO

ACUMULADA

00-04 752 10,6% 10,6%

10-14 844 11,9% 35,6%

15-19 700 9,9% 45,5%

20-24 701 9,9% 55,4%

25-29 677 9,5% 64,9%

30-34 671 9,5% 74,4%

35-39 649 9,1% 83,5%

40-44 410 5,8% 89,3%

45-49 264 3,7% 93,0%

50-54 192 2,7% 95,7%

55-59 109 1,5% 97,3%

60-64 82 1,2% 98,4%

65-69 46 0,6% 99,1%

70-74 29 0,4% 99,5%

75-79 17 0,2% 99,7%

80 + 21 0,3% 100,0%

Total 7.098 100,00% -

Fonte: IBGE

Estes dados permitem rapidamente a juventude desta população, dado o significado

dos grupos de crianças (até 14 anos) e jovens adultos (entre 15 e 29 anos) na mesma.

Sendo o segmento mais numeroso, o grupo de crianças gera, principalmente, uma

demanda social por políticas e equipamentos de educação e saúde específicos para

este grupo.

Por sua vez, o grupo de jovens adultos é quase tão representativo quanto o de

crianças, representando 29,28% (vinte e nove inteiros e vinte e oito centésimos por

cento) do total. Este fato cria uma forte demanda social desta comunidade por inclusão

no mercado de trabalho. Esta é uma característica que apresenta absoluta

consonância com aquela da população de Salvador como um todo, sendo um

fenômeno que evidência a mudança na estrutura etária de sua população- o seu

envelhecimento.

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Dimensão Renda

A análise dos dados de renda fornecidos pelo IBGE permite determinar o perfil de

renda da população residente na região que compõe o entorno do Hospital do

Subúrbio, conforme abaixo.

a) Renda Média do Responsável pelo Domicílio

Para determinação da renda utilizou-se o critério “Renda Média do Responsável pelo

Domicílio”, extraído dos dados específicos de cada setor censitário integrante do

entorno do Hospital do Subúrbio.

Tabela 3 - Distribuição do Rendimento Mensal do Responsável pelo Domicílio

RENDA EM SALÁRIOS

MÍNIMOS

RESPONSÁVEIS PELO

DOMICÍLIO

PARTICIPAÇÃO

RELATIVA

PARTICIPAÇÃO

ACUMULADA

Sem Rendimento 420 21,5% 21,5%

Até ½ SM 89 4,6% 26,1%

1/2 a 1 SM 495 25,3% 51,4%

1 a 2 SM 462 23,7% 75,1%

2 a 3 SM 213 10,9% 86,0%

3 a 5 SM 198 10,1% 96,1%

5 a 10 SM 66 3,4% 99,5%

10 a 15 SM 7 0,4% 99,8%

15 a 20 SM 1 0,1% 99,9%

+ 20 SM 2 0,1% 100,0%

Total 1.953 100,00% -

Fonte: IBGE

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b) Distribuição por classes sociais

Tabela 4 – Entorno do Hospital do Subúrbio: Renda Média e Distribuição de Domicílios por Classe Social

RENDA

TOTAL (R$)

TOTAL DE

DOMICÍLIOS

RENDA MÉDIA

RESPONSÁVEL

(R$)

DOMICÍLIOS

CLASSE

A CLASSE

B CLASSE

C CLASSE

D CLASSE

E

1.418.715 1.953 726,43 2 8 66 411 1.466

Participação Relativa 0,1% 0,4% 3,4% 21,0% 75,1%

Fonte: IBGE

Para que se possa estabelecer uma conexão entre as classes sociais e o rendimento

mensal do responsável pela residência, adota-se aqui o critério de equivalência* entre

renda e classe sócio-econômica utilizada pela ABA/ABIPEME. Assim:

Tabela 5 - Equivalência entre Classe Social e Rendimento

CLASSE SÓCIO ECONÔMICA RENDA MENSAL

(SALÁRIOS-MÍNIMOS)

A 20 e mais

B 10 a 20

C 5 a 10

D 2 a 5

E Até 2

Este dados permitem inferir que:

I) As populações dos estratos D e E, em que os respectivos responsáveis pelo

domicílio percebem menos de 5 (cinco) salários mínimos de renda, representam a

maioria absoluta da população do entorno do Hospital do Subúrbio. Representam,

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respectivamente, 21,0% (vinte e um inteiros por cento) e 75,1% (setenta e cinco

inteiros e um décimo por cento) do total de residentes em seu entorno, totalizando

96,1% (noventa e seis inteiros e um décimo por cento) da população do entorno;

II) De outra forma, os estrato mais abastados, de classe A e B, compõem

apenas 0,1% (um centésimo por cento) e 0,4% (quatro centésimos por cento),

respectivamente, da população do entorno. Representam, destarte, 0,5% (cinco

centésimos por cento) do total.

Com base nestas informações, fica evidenciado o perfil de elevada carência econômica

que caracteriza esta população, em que as classes menos favorecidas constituem

basicamente toda a população.

Determinação da Característica do Entorno do Hospital do Subúrbio

Em face do até aqui observado, pode-se, a partir deste instante, determinar que o

entorno primário do Hospital do Subúrbio caracteriza-se como uma área habitada por

uma população extremamente jovem e de baixíssima renda, demandante de uma série

de ações do poder público para poder progredir, vencer as dificuldades quotidianas e

inserir-se na sociedade de modo pleno.

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Análise da Viabilidade Econômica

Orçamento

Planilha Orçamentária – preço de mercado

Uma vez de posse do orçamento do projeto, os valores devem ser agregados em

função dos seguintes critérios:

(1) Mão de Obra não Qualificada (MONQ)

(2) Mão de Obra Qualificada (MOQ)

(3) Materiais e Equipamentos (M&E)

Isto se deve à necessidade de se converter o montante investido a preços sociais.

Estes representam o esforço efetivo empreendido pela sociedade para consumar o

projeto. O quadro adiante expõe estes valores:

Tabela 6 - Hospital do Subúrbio: Orçamento Desagregado – Preço de Mercado

PREÇO DE

MERCADO

FATORES DESAGREGADOS

MOQ

MONQ

M&E

Orçamento (42.099.765,23) (6.314.964,78) (14.734.917,83) (23.154.870,88)

Destarte, vê-se que, a preço de mercado, o montante de inversões demandado para

concretizar o projeto atinge o montante de R$42.099.765,23 (quarenta e dois milhões

noventa e nove mil setecentos e sessenta e cinco reais e vinte e três centavos).

Planilha Orçamentária – Preços Sociais1

Uma vez adequadamente agregados os valores, pode-se, então, proceder ao cálculo

do custo social do Orçamento. Para tanto, aplicam-se Fatores de Conversão (FC) dos

preços de mercado, conforme a seguir: 1 Fatores de Conversão (FC) explicitados no Regulamento Operativo do Prodetur

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(1) Mão de Obra não Qualificada [FC – 0,23]

(2) Mão de Obra Qualificada [FC – 0,79]

(3) Materiais e Equipamentos [FC – 0,94]

Tabela 7 – Hospital do Subúrbio: Orçamento Desagregado – Preços Sociais

PREÇO SOCIAL FATORES DESAGREGADOS

MOQ

MONQ

M&E

Orçamento (30.143.431,90) (4.988.822,18) (3.389.031,10) (21.765.578,62)

Determinação do Valor Presente do Montante Total de Investimento a Preços Sociais

Após o ajuste promovido pelo emprego dos Fatores de Conversão, pode-se, enfim,

dimensionar o montante investido a preços sociais – R$30.143.431,90 (trinta milhões

cento e quarenta e três mil quatrocentos e trinta e um reais e noventa centavos). Este é

o montante do sacrifício demandado da sociedade para que o projeto seja levado a

cabo.

Custos com Operação, Administração e Manutenção (OAM)

Ao custo orçamentário, somam-se os custos com Operação, Administração e

Manutenção (OAM) do mesmo. Como não há ainda estimativas precisas quanto aos

custos de operação do empreendimento, estes foram estimados a partir da projeção da

depreciação dos seus ativos, que representa o custo de reposição dos ativos de

capital. Esta estimativa foi construída partindo das premissas de que (1) os ativos têm

uma vida útil de 25 anos e (2) que não possuem qualquer valor residual.

Deste modo, aplicou-se uma taxa de 4% a.a. (quatro por cento ao ano) ao valor dos

ativos, tanto a preços de Mercado- R$42.099.765,23 (quarenta e dois milhões noventa

e nove mil setecentos e sessenta e cinco reais e vinte e três centavos)- quanto a

preços sociais- R$30.143.431,90 (trinta milhões cento e quarenta e três mil

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quatrocentos e trinta e um reais e noventa centavos). A tabela abaixo expressa os

resultados obtidos:

Tabela 8 – Hospital do Subúrbio: Valor Presente dos Custos OAM

ANO PREÇO DE MERCADO

(R$) PREÇOS SOCIAIS

(R$)

1 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

2 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

3 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

4 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

5 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

6 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

7 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

8 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

9 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

10 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

11 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

12 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

13 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

14 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

15 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

16 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

17 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

18 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

19 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

20 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

21 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

22 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

23 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

24 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

25 (1.683.990,61) (1.205.737,28)

Valor Presente* dos Custos OAM (13.207.772,61) (9.456.765,19)

*Custo de Oportunidade empregado: 12% a.a. (doze por cento ao ano)

Disto resulta que o montante requerido para a manutenção do projeto, a preço de

mercado, alcança o total de R$13.207.772,61 (treze milhões, duzentos e sete mil,

setecentos e setenta e dois reais e sessenta e um centavos) ao longo do horizonte de

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análise deste estudo. No entanto, estes valores devem ser ajustados a preços de

eficiência.

O cálculo do montante dos custos de Operação, Administração e Manutenção (OAM)

do projeto de implantação do Hospital do Subúrbio a preços sociais, expresso na última

coluna da tabela, evidencia que estes atingem o montante de R$9.456.765,19 (nove

milhões quatrocentos e cinqüenta e seis mil setecentos e sessenta e cinco reais e

dezenove centavos).

Inversão Social Total

Com base no apurado até este item, pode-se afirmar que o montante total do sacrifício

que deve ser incorrido pela população, a preços sociais, para implantar o Hospital do

Subúrbio é de R$ 39.600.197,09 (trinta e nove milhões seiscentos mil cento e noventa

e sete reais e nove centavos).

Este valor tem origem no somatório do gasto relativo ao orçamento de obra, cujo total é

de R$30.143.431,90 (trinta milhões cento e quarenta e três mil quatrocentos e trinta e

um reais e noventa centavos), e do valor presente dos custos OAM, cujo montante

alcança R$9.456.765,19 (nove milhões quatrocentos e cinqüenta e seis mil setecentos

e sessenta e cinco reais e dezenove centavos).

Benefícios Sociais

Para se determinar adequadamente o montante dos benefícios advindos da

implantação do Hospital do Subúrbio, uma vez que se trata de um bem público, deve

ser empregado o Método da Avaliação Contingente. Este pode ser descrito como a

elaboração de cenários hipotéticos que, aplicados por meio de uma survey a uma dada

população, permite estimar o valor de sua disposição a pagar (DAP) para viabilizar a

manutenção e conservação do bem em estudo.

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Esta técnica tenta, ao estabelecer um cenário hipotético, ampliar a capacidade de

valoração adequada do bem em estudo pelo entrevistado, de modo que se possa

estabelecer um valor que reflita a máxima disposição a pagar deste para obter os

benefícios proporcionados por tal ativo. Este valor representa, assim, o valor atribuído

pela sociedade a um determinado bem.

Como alternativa à elaboração de uma pesquisa de campo para se determinar a DAP,

uma vez que se trata apenas de um primeiro exercício, este estudo busca apoiar-se na

metodologia empregada por Dubeuxs (1998)2 e verificar a plausibilidade da DAP mínima média individual necessária à viabilização do Investimento. Assim, em

lugar de procurar estimar a DAP real, busca-se aqui, apenas verificar a plausibilidade deste valor ser maior ou igual ao Investimento demandado para que se torne um empreendimento concreto. Para tanto, determina-se que DAP

mínima média individual é dada pela divisão da DAP total pela população beneficiada.

DAP x Investimento – População dos entornos primário e secundário

Toda a população residente nos limites determinados pelos entornos primário e

secundário indicados neste estudo beneficia-se da implantação do Hospital do

Subúrbio. Como anteriormente exposto, a população total residente nestes limites é de

313.202 (trezentos e treze mil duzentos e dois) habitantes, estando agrupada em

79.322 (setenta e nove mil trezentos e vinte e dois) domicílios. Do total, 245.217

(duzentos e quarenta e cinco mil duzentos e dezessete inteiros) habitantes residem em

61.981 (sessenta e um mil novecentos e oitenta e um inteiros) domicílios na RA

Subúrbios Ferroviários, enquanto 67.985 (sessenta e sete mil novecentos e oitenta e

cinco inteiros) habitantes residem em 17.341 (dezessete mil trezentos e quarenta e um

inteiros) domicílios da RA Valéria.

O objetivo desta seção é o de verificar qual a parcela da renda destes indivíduos que

deve ser voluntariamente transferida para viabilizar o empreendimento e verificar a 2 Dubeux, Carolina Burle Schmidt. A Valoração Econômica como Instrumento de Gestão Ambiental – o caso da despoluição da Baía de Guanabara. 1998. 89 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia, UFRJ, Rio de Janeiro.

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plausibilidade de tal hipótese. Considerando que o investimento total deve

corresponder à DAP total, a DAP mínima média individual corresponde ao fardo que

deve ser carregada por cada indivíduo da população.

Conforme estimado anteriormente, o valor global do investimento para implantação do

Hospital do Subúrbio, orçado a preços sociais, alcança, a valor presente, o montante

de R$ 39.600.197,09 (trinta e nove milhões seiscentos mil cento e noventa e sete reais

e nove centavos). O horizonte empregado para analisar o projeto foi estimado em 25

(vinte e cinco) anos e a taxa de desconto social em 12%a.a. (doze por cento ao ano).

Destarte, conhecendo-se tais variáveis, pode-se proceder o cálculo da DAP mínima

média para viabilizar o projeto por meio da determinação do fator de recuperação do

capital (FRC) que permita identificar o montante de cada anuidade de pagamentos

postecipados que equivale ao valor presente do Investimento. O fator de recuperação

de capital (FRC) é dado por:

FRC = i (1+i) n

(1+i)n-1

onde,

i – taxa de desconto;

n – número de períodos

Aplicando-se a equação aos dados conhecidos, tem-se:

FRC = 0,12 (1+0,12)25

(1+0,12)25 -1

FRC = 0,1275

O estudo sócio-econômico do entorno primário da área de implantação do projeto

evidenciou que a população total do mesmo é composta por 313.202 (trezentos e treze

mil duzentos e dois) pessoas, residentes em 79.322 (setenta e nove mil trezentos e

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vinte e dois) domicílios. Isto resulta numa média de 3,9 (três inteiros e nove décimos)

indivíduos residentes por domicílio.

Tabela 6 – Estimativa da DAP mínima média mensal individual (preços sociais)

ORÇAMENTO FRC

DAP TOTAL

ANUAL – R$

DAP TOTAL

MENSAL–R$

POPULAÇÃO

TOTAL

DAP MÍNIMA

MÉDIA - R$

39.600.197,09 0,1275 5.049.025,13 420.725,09 313.202 1,34

Por sua vez, para se converter a DAP mínima média individual, exposta a preços

sociais, para moeda corrente aplica-se o Fator de Conversão de benefícios sociais

genérico de 0,94 (noventa e quatro centésimos). Assim, percebe-se que DAP Mínima

Média Mensal Individual necessária para viabilizar o investimento é de R$1,43 (um real

e quarenta e três centavos).

Com base no estudo realizado, sabe-se que esta população agrupa-se em domicílios

cuja renda média mensal do responsável é de R$726,43 (setecentos e vinte e seis

reais e quarenta e três centavos). Promovendo um ajuste na DAP mínima média

individual (multiplicando-a por 3,9– média de residentes por domicílio) encontra-se a

DAP mínima média mensal residencial de R$5,56 (cinco reais e cinqüenta e seis

centavos). Esta representa, assim, meros 0,77% (setenta e sete centésimos por cento)

da renda média mensal do responsável pelo domicílio.

Isto implica em que mesmo que o peso do investimento recaia apenas sobre os ombros dos responsáveis pelos domicílios dos entornos primário e secundário do Hospital do Subúrbio, este representaria menos de 1% (um por cento) da sua renda, sendo, portanto, um custo marginal que pode ser facilmente suportado por estes.

Com base nesta evidência é plausível se afirmar que o valor de uso estimado pelo

cálculo da DAP mínima média mensal residencial do entorno do projeto por si só

garantiria a viabilidade econômica, sob o ponto de vista social, do projeto, uma vez que

as inversões demandadas pelo mesmo poderiam ser facilmente assimiladas pela

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capacidade de pagamento da população, sendo pouco provável que, dados os

benefícios advindos da oferta de um moderno centro de saúde à população, esta

apresenta DAP inferior ao mínimo necessário ao necessário para justificar a realização

do mesmo. Isto implica na conclusão de que o projeto, sob o ponto de vista econômico,

proporciona um incremento no bem estar da população, devendo ser levado a cabo

Determinação da Rentabilidade Econômica do Projeto

Apenas a título de ilustração, elaborou-se a seguir uma tabela síntese dos resultados

econômicos do projeto, considerando a plausibilidade da DAP mínima e, portanto,

incorporando os seus efeitos sobre o mesmo.

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Tabela 9 –Hospital do Subúrbio: Análise Sintética da Rentabilidade Econômica

ANO

BENEFÍCIOS

ECONÔMICOS CUSTOS ECONÔMICOS

FLUXO

DAP INVESTIMENTO CUSTOS OAM TOTAL DE

CUSTOS

LÍQUIDO

0 39.600.197,09 (30.143.431,90) 9.456.765,19

1 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

2 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

3 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

4 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

5 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

6 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

7 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

8 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

9 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

10 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

11 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

12 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

13 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

14 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

15 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

16 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

17 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

18 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

19 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

20 - - (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

21 (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

22 (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

23 (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

24 (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

25 (1.205.737,28) (1.205.737,28) (1.205.737,28)

VALOR PRESENTE* (39.600.197,09) 0,00

TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) ANUAL 12,0%

*Considerando um custo de oportunidade social de 12%a.a (doze por cento ao ano)

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D.2. Impacto Social Tendo como único equipamento de saúde de porte o Hospital João Batista Caribé, o

Subúrbio é extremamente carente de serviços de alta complexidade.

Em 2005, numa parceria com o Governo Ferederal, foi colocada à disposição desta

população 5 ambulâncias dedicadas do Serviço de Atendimento Médico de Urgência

(SAMU). Também foram construídas e reformadas outras menores unidades de saúde,

como o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), que tem capacidade para

realizar até 3,5 mil procedimentos por mês e atende a população gratuitamente.

Ainda assim, a região é extremamente carente de equipamentos e, historicamente,

demarca um dos principais vetores de pobreza e segregação social do município.

Neste sentido a inserção de equipamentos de porte é essencial para diminuir a

distância social e redirecionar as atenções de investimentos para esta região.

Interações Sociais Sobre Área de Impacto Primário A permanência de visitantes e acompanhantes de pacientes em caráter de internação

criam um fluxo elevado de pessoas no entorno, o que acaba por mobilizar pequenos

comércios e presença de ambulantes. Esta dinâmica envolve, inevitavelmente,

atenções especiais à segurança, principalmente por ser a área em questão parte de

uma região que vive sob severas ameaças por altos indicies de criminalidade.

O fluxo de acompanhantes também cria um problema em relação aos espaços

dormitórios. A falta de pousadas no entorno poderá criar um acúmulo de pessoas e

bagagens nas imediações do edifício, como solução precária e única para os

acompanhantes vindos de outros municípios, sem guarida próxima ou condição para

pagar uma pousada e transporte diário.

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D.3. Impacto Sobre a Infra-Estrutura (Demanda X Capacidade Instalada)

D.3.1. Água e Esgoto Para funcionamento do Hospital do Subúrbio, o projeto deverá atender as

condicionantes exigidas pela operadora Embasa, conforme carta expedida em 19 de

agosto de 2008, cuja cópia está anexa a este documento.

D.3.2. Resíduos Sólidos Da Fase de Execução (Período de Obra)

É da empresa construtora a responsabilidade de remoção do material de expurgo

gerado na obra.

Da Fase de Operação A área é devidamente atendida por coleta de resíduos domiciliares e exigirá o

requerimento de Viabilidade de Coleta à Limpurb, com devido armazenamento dos

resíduos em contêineres.

No que diz respeito aos resíduos de serviços de saúde (RSSs), conforme resolução do

CONAMA 283/2001 e a Resolução RDC nº306/04 da ANVISA, o tratamento e

disposição dos resíduos fica a cargo do órgão gestor do Hospital. Sendo necessário um

plano de neutralização dos riscos de contaminação local que inclua coleta, transporte,

tratamento e disposição final. D.3.3. Rede Elétrica e Iluminação Pública

Conforme ofício emitido pela Coelba em 11 de agosto de 2008, de referência

1481/2008, em anexo, há viabilidade para atendimento à demanda de energia do

Hospital do Subúrbio.

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Entretanto, as vias locais são mal iluminadas e a área do hospital não dispõe de

iluminação pública.

D.4. IMPACTO AMBIENTAL URBANO D.4.1. Impacto na Morfologia

A área de implantação do Hospital, localizado na porção leste do Vale do Paraguari é

formada por um relevo mamelonizado, de topos aplanados, distribuídos em cotas

superiores a 70 metros, onde ocorrem coberturas arenosas da Formação Barreiras e

relevos suavemente ondulados com declividades das vertentes variadas, sobre

sedimentos argilosos do Grupo Ilhas. Em geral as declividades ficam entre 10 e 30%,

porém em pontos específicos ocorrem declividades superiores a 30% sobre solos

argilosos expansivos do Grupo Ilhas, constituindo-se áreas de instabilidade

geotécnicas onde ocupação sem os devidos cuidados podem ocasionar deslizamentos

das vertentes.

A área específica do Hospital é remanescente de uma jazida de arenoso, cuja

suspensão das atividades permitiu a regularização do solo através de terraplenagem e

compactação do fundo da jazida, o que preparou o terreno para suportar a edificação.

D.4.2. Hidrografia e Recursos Hídricos

A hidrografia local está representada pela bacia do Rio Paraguari, uma bacia bastante

diminuta, em forma de quarto crescente de lua, a qual tem a sua área de recarga

praticamente local, desenvolvendo-se da falha geológica do Recôncavo até a praia a

cerca de 4,5 km. Nesta bacia, alem das nascentes do Rio Paraguari, e da sua área

estuarina, encontram-se as encostas arenosas e a área de fundo de vale subdividida

em espelho permanente de água e as áreas da planície de inundação do rio Paraguari.

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Observa-se que a área estuarina próxima a foz do Paraguari encontra-se retificada por

um canal, o qual alterou as características originais do ambiente lagunar enquanto

regulador da sua vazão, além de sobrecarregar a sua capacidade de funcionar como

filtro biológico de cargas poluentes lançadas em seu corpo hídrico através da sua

vegetação hidrófila que exerce papel purificador de cargas orgânicas contaminantes.

Observe-se que a ocupação destas áreas mais próximas do canal do Paraguari vem

reduzindo drasticamente esta vegetação.

Este fato está por exigir a reversão da ocupação, principalmente pela inexistência de

um sistema de esgotamento sanitário eficiente.

D.4.3. Geotecnia Urbana

A área de implantação do projeto do Hospital do Subúrbio, em si, está localizada em

um altiplano, o qual se desenvolve a cerca de 80 metros de altitude, formando um

divisor de águas a leste do Vale do Paraguari. Á área é remanescente de uma jazida

de arenoso e integra a “formação barreiras,” composta por sedimentos areno-argilosos,

dispostos sub-horizontalmente e de forma tabular em cotas quase sempre superiores a

70 m.

Este solo que abriga sedimentos areno-argilosos, com intercalações de lentes

caoliníticas, apresenta uma elevada susceptibilidade a processos erosivos

especialmente em declives, onde a cobertura vegetal venha a ser removida. Este

processo intensifica a erosão do solo provocando o assoreamentos das calhas dos

cursos d´água.

D.4.4. Paisagem, Insolação e Ventilação em Terrenos Lindeiros As alterações promovidas pela exploração de arenoso no terreno do Hospital

sujeitaram a sua implantação a uma conformação cercada quase que totalmente por

porções mais elevadas de terrenos, com declividades suaves ou em cortes abruptos

causados pela mineração.

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Esta condição criou uma barreira visual que, ainda que considerada a sua cota máxima

de elevação, assegura a baixíssima ou nula alteração na paisagem local, em especial a

partir da visada de manutenção mais importante configurada a partir do Parque São

Bartolomeu.

Pelo mesmo motivo, não há alterações na ventilação ou insolação nos terrenos

lindeiros, conforme o diagrama demonstra.

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E. MATRIZ OBJETIVA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO PRIMÁRIO Como forma de consolidar as avaliações aqui decorridas acerca dos

possíveis impactos que incidirão sobre a dinâmica geográfica e urbana do

entorno primário do Hospital do Subúrbio, utilizou-se como método a

construção de uma matriz de indicadores. Esta matriz permite aferir a

intensidade dos impactos e o perfil conseqüencial total do empreendimento

sobre o ambiente urbano ao qual se insere.

A matriz objetiva incorpora informações que permitem uma avaliação

conclusiva através dos seguintes fatores:

• grau de impacto de cada ação sobre cada elemento componente que

integra a vizinhança;

• os coeficientes de impactos de todas as ações sobre cada um dos

componentes que integram a vizinhança;

• o balanço dos impactos de cada ação sobre todos os componentes

que integram a vizinhança.

O método utilizado afere pesos que variam de -1 a +1, considerando-se a

seguinte escala de valoração:

1 Altamente positivo

0,5 Positivo0 Inócuo

-0,5 Negativo-1 Altamente negativo

Nesta matriz foram consideradas em linha todas as ações relacionadas a

implantação do Hospital do Subúrbio, para aferição dos impactos das

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mesmas sobre a vizinhança. Assim foram relacionadas as ações de

terraplenagem, Fundações, Construção, Equipagem e operação do Hospital.

Na coluna da esquerda foram relacionados todos os itens da vizinhança,

considerados objeto de impacto (ou de serem impactados). Aí se encontram

relacionados como elementos componentes que integram a vizinhança:

Emprego, demografia, Equipamentos urbanos, uso e ocupação do solo,

valorização imobiliária, sistema viário e tráfego, transportes, ventilação,

iluminação, paisagem, infra-estrutura, ambiente urbano, dinâmica urbana e

dinâmica social.

Na coluna da direita foram relacionados os coeficientes de impactos

específicos, resultante de todas as ações sobre cada elemento objeto da

vizinhança. Na linha inferior estão relacionados os balanços de impacto de

cada ação sobre a vizinhança. Estas duas ultimas são resultado do

somatório de cada impacto de uma ação específica sobre um dos elementos

específicos objeto da vizinhança. MATRIZ OBJETIVA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

AÇÕES Terraplenagem Fundações Construção Equipagem Operação Coeficiente de

Impactos específicos

Emprego

Já realizada

0,5 1 0,5 1 3

Demografia 0 0,5 0,5 0,5 1,5

Equipamentos Urbanos 0 1 1 1 3

Uso e Ocupação 0,5 0,5 1 1 1 4

Valorização Imobiliária 0 0 0,5 0,5 1 2

Sistema Viário eTráfego -0,5 -0,5 -1 -1 -1 -4

Transporte 0 -0,5 -1 -1 -1 -3,5

Ventilação 0 0 0 0 0 0

Iluminação 0 0 0,5 0,5 0,5 1,5

Paisagem 0,5 0 -0,5 0 0 0

Infra-estrutura 0,5 0 -1 -1 -1 -2,5

Ambiente -0,5 0 -1 1 0 -0,5

Dinâmica Urbana 0 0 1 0,5 1 2,5

Dinâmica social 0 0 1 0,5 1 2,5

Balanço de Impacto da Ação 0,5 0 2 3 4 9,5

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F. CONCLUSÕES

Há que se observar que quase todas as ações apresentaram um balanço

positivo, sendo nula apenas a de Fundações.

A terraplanagem consegue um coeficiente positivo especialmente por

promover a recomposição parcial do passivo ambiental legado pela lavra de

arenoso que funcionou no local, sendo ainda necessário um estudo mais

aprofundado de caráter paisagístico que possa requalificar o local através do

recondicionamento morfológico e vegetacional.

Segue-se a construção que, no que pesem os transtornos decorrentes das

obras, atingiu o grau 2, especialmente por representar uma etapa de maior

mobilização de pessoas, gerando respostas de pequenas atividades de

comércio e serviço informais e serviços periféricos ao corpo técnico da

empresa construtora, que podem vir a ser demandados por contratação

direta no local.

Destaque para a equipagem e operação do hospital, que atingiram um

coeficiente máximo de 3 e 4 respectivamente. Considera-se que a

equipagem e a operação conjuntamente, são fatores primordiais para o

funcionamento do hospital e a prestação dos serviços necessários à

comunidade.

Estes impactos são altamente positivos no que se refere ao caminho para o

reequilíbrio social através da inserção de um importante equipamento no

Subúrbio, reestruturando a assistência à saúde. É esta a mais importante

influência do empreendimento, que tem seu alcance estendido à região

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definida como de Impacto Secundário, demandando estudos de

acessibilidade que possam tornar esta interação otimizada e eficiente.

Impacto altamente positivo também no que se refere à implantação de um

novo padrão de ocupação e uso do solo na área de Impacto Primário e no

que se refere à valorização imobiliária, uma vez que a área em estudo

apresenta hoje os mais baixos valores de ocupação do solo no Município de

Salvador.

AÇÕES Terraplenagem Fundações Construção Equipagem Operação Coeficiente de

Impactos específicos

Balanço de Impacto da Ação 0,5 0 2 3 4 9,5

Impactos Específicos

A análise dos coeficientes de impactos específicos permite-nos observar os

impactos positivos e negativos de cada ação sobre os diversos itens

analisados, alem do balanço dos impactos da ação específica sobre o item

analisado.

Assim, no que se refere à geração de emprego e renda, não foi analisada

a ação de terraplenagem, devido a mesma já se encontrar realizada, à

época deste estudo. O coeficiente de impactos específicos das ações de

implantação do Hospital do Subúrbio sobre a vizinhança é altamente

positivo.

A implantação das fundações e a equipagem do Hospital, no que pese o

impacto positivo sobre o quadro de emprego, pela natureza da ação, não se

pode afirmar que, os empregos diretos recaiam sobre na vizinhança.

AÇÕES Terraplenagem Fundações Construção Equipagem Operação Coeficiente de

Impactos específicos

Emprego Já realizada 0,5 1 0,5 1 3

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Considera-se que apenas os indiretos terão um reflexo maior na vizinhança,

especialmente os informais. Já no caso da construção civil e da operação do

Hospital, pode-se contar seguramente com empregos para a população

local, especialmente nos setores de mão de obra não especializada.

Tendo em vista estas considerações, foram arroladas como medidas mitigadoras:

1. Preferência a contratação de mão de obra local, tanto na fase de

construção quanto na fase de operação;

2. Implantação de cursos de formação de mão de obra específica para a

área de saúde, voltado para moradores da região;

3. Implantação de treinamentos específicos para a área de saúde,

voltado para moradores da região.

AÇÕES Terraplenagem Fundações Construção Equipagem Operação Coeficiente de

Impactos específicos

Demografia 0 0,5 0,5 0,5 1,5

Com relação aos aspectos demográficos, embora o coeficiente de impacto

tenha resultado positivo, considera-se que a construção do hospital em si,

não traz em princípio uma alteração significativa, especialmente levando-se

em consideração a dinâmica demográfica da cidade do Salvador. É fato que

o Hospital gera uma maior atratividade para a região do subúrbio, na medida

em que ele melhora as condições de assistência de saúde na área. Contudo,

a sua inexistência, não foi suficiente para reduzir a pressão demográfica

sobre a região. Pode-se apostar em um aumento na expectância de vida na

região em função das novas condições de atendimento de saúde, o que

poderia resultar em um aumento futuro da população na área. A curto prazo,

a valorização imobiliária provocada pela implantação de um equipamento

deste porte, pode gerar um efeito refreador na tendência de ocupação da

baixa renda, em grande parte informal. Em qualquer hipótese, os fatores da

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dinâmica demográfica local e regional são de tal ordem complexos, que as

observações aqui desenvolvidas, não passam de conjecturas.

Tendo em vista o arrazoado, não foram arroladas medidas mitigadoras

relacionadas à demografia.

AÇÕES Terraplenagem Fundações Construção Equipagem Operação Coeficiente de

Impactos específicos

Equipamentos Urbanos 0 1 1 1 3

Com relação a equipagem urbana da Região do Subúrbio, observa-se que

o Hospital do Subúrbio apresenta um coeficiente de impacto sobre a

vizinhança, altamente positivo. Sem dúvida, o Hospital vem complementar o

sistema de assistência médico hospitalar na região, constituindo-se desta

forma em um empreendimento altamente positivo, com impactos desejáveis.

Evidentemente estes impactos desejáveis encontram-se diretamente

vinculados a operação eficiente do equipamento, o que é função não só da

sua construção e administração como também da sua equipagem e dotação

de quadros capacitados e suficientes.

As medidas mitigadoras, se é que se pode assim nominá-las, estão

diretamente relacionadas a potencialização do seu funcionamento, sendo

desta forma medidas potencializadoras.

AÇÕES Terraplenagem Fundações Construção Equipagem Operação Coeficiente de

Impactos específicos

Uso e Ocupação 0,5 0,5 1 1 1 4

Com relação ao uso e ocupação do solo observa-se um coeficiente de

impacto sobre a vizinhança altamente positivo. A terraplenagem já realizada,

recompôs o terreno remanescente de uma jazida de arenoso, transformando

uma área totalmente degradada em um terreno urbano de melhor qualidade.

A construção do equipamento bem como a sua equipagem acabam por

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configurar uma ocupação de alta qualidade para a região, a qual abrigará um

uso nobre e qualificado na área.

As normas urbanísticas incidentes na área demandam como medida condicionante a solução eficiente sobre a disposição dos efluentes e

resíduos sólidos, sem nenhuma interação ambiental de prejuízo ecológico

significativo.

Como medida mitigadora, é importante que haja rígido controle do Uso do

Solo para que não haja transgressões do uso determinado como

preferencialmente residencial, com proibição de equipamentos que possam

gerar qualquer risco ou dano ambiental dentro da zona urbana e macrozona

nas quais se insere o Hospital.

É também importante que haja controle sobre as especificidades de usos

impulsionados pela presença do hospital na área, tais como a possibilidade

de funerárias (comumente clandestinas), seguradoras e pousadas.

AÇÕES Terraplenagem Fundações Construção Equipagem Operação Coeficiente de

Impactos específicos

Valorização Imobiliária 0 0 0,5 0,5 1 2

Com relação a valorização imobiliária, a Construção, Equipagem e

Operação são claramente valorativas, resultando em um coeficiente de

impactos específicos positivos. Esta valorização em princípio beneficiará aos

proprietários de terras na área de impacto primário.

Combinando-se as observações referentes ao uso e ocupação do solo com a valorização imobiliária, considera-se que a atratividade do uso

gerará inexoravelmente o surgimento de usos afins, que podem

perfeitamente ser regulados pela legislação vigente. Contudo, como já

relatado neste estudo, considerando as características locais, a proliferação

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de usos e atividades informais potencialmente a se desenvolver no entorno e

proximidades do hospital, estão por exigir uma previsão de regularização

urbanística e social das mesmas, evitando-se desta forma a degradação

ambiental urbana decorrente.

Tendo em vista estas observações, sugere-se como medida mitigadora:

1. Aplicação da legislação urbanística na vizinhança;

2. Desenvolvimento de projeto de urbanização integrada na área de

impacto imediato;

3. Projeto e regularização de atividades informais no entorno do Hospital.

AÇÕES Terraplenagem Fundações Construção Equipagem Operação Coeficiente de

Impactos específicos

Sistema Viário eTráfego -0,5 -0,5 -1 -1 -1 -4

Com relação ao Sistema Viário e Tráfego, afere-se um impacto altamente

negativo, em decorrência basicamente das deficiências de acessibilidade

locais. O Hospital se encontra localizado em um platô situado em cota acima

dos 70m de altitude. O seu acesso atual se dá através da Estrada Velha de

Periperi (Ruadas Pedrinhas), uma via implantada no século passado, a meia

encosta (situada em cota de 30m), estreita e sinuosa, responsável pela

principal ligação de Paripe e Periperi à região central do município de

Salvador, onde se encontra o Distrito industrial urbano de Salvador e o

Distrito Industrial de Aratú.

A ação de terraplenagem já realizada, por aproximar o terreno da cota de

implantação da Via de acesso, foi considerada positiva. As demais ações,

por se constituírem em pólo gerador de tráfego, apresentam impactos

negativos sobre a deficiente estrutura viária atual.

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Na fase de construção o acesso de maquinário pesado, a demanda por

transporte de equipamentos e materiais de construção, normalmente

efetuados em caçambas, trucks e carretas, torna esta importante via no

caminho natural destes veículos pesados. Agregue-se a esta movimentação,

o acesso de trabalhadores da construção civil.

Na fase de operação, a demanda por acesso rápido e seguro a ambulâncias,

carros de suprimentos cujo transporte é de risco (Caminhão de gás,

Oxigênio, Compressores), caminhão de coleta de lixo, suprimento de

equipamento, medicamentos, alimentos, vestuário, utensílios, etc., alem da

acessibilidade a automóveis, ônibus, motos, bicicletas e pedestres, vão

exigir um sistema viário adequado as novas demandas.

AÇÕES Terraplenagem Fundações Construção Equipagem Operação Coeficiente de

Impactos específicos

Transporte 0 -0,5 -1 -1 -1 -3,5

No que se refere aos transportes públicos, da mesma forma que o sistema

viário e tráfego, afere-se um impacto altamente negativo, em decorrência

também das deficiências de acessibilidade locais.

Em atenção aos itens de Sistema Viário e Transporte será necessário o

desenvolvimento de um estudo específico de acessibilidade do Hospital do Subúrbio.

AÇÕES Terraplenagem Fundações Construção Equipagem Operação Coeficiente de

Impactos específicos

Ventilação 0 0 0 0 0 0

No que se refere aos impactos do Hospital sobre a ventilação nas suas

vizinhanças, o coeficiente de impactos específicos é nulo. Considera-se o

impacto inócuo, devido a sua localização encovada no topo do morro, nas

vizinhanças do Parque Metropolitano de São Bartolomeu.

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Com relação ao impacto sobre a ventilação no entorno, não há indicação de

medida mitigadora.

No que se refere aos impactos do Hospital sobre a iluminação pública nas

suas vizinhanças, o coeficiente de impactos específicos é positivo. A sua

localização no topo do morro, nas vizinhanças do Parque Metropolitano de

São Bartolomeu, em trecho onde não há iluminação pública hoje, torna a

área bastante perigosa para o transeunte. Considera-se o impacto positivo,

tendo em vista que a simples presença do equipamento no local provocará a

iluminação pública no mesmo. Na Terraplanagem e Fundações, a

iluminação ainda muito pontual foi considerada inócua, mas considerou-se

significativa nas etapas de construção, equipagem e operação.

Como indicação de medida mitigadora sugere-se: 1. Iluminação pública da Rua das Pedrinhas;

2. Iluminação pública em trecho de 500 metros, para ambos os lados do

acesso ao hospital na estrada da Base Naval;

3. Iluminação de toda a área do entorno do hospital, contida na poligonal do

projeto;

4. Iluminação de todos os acessos a partir do hospital até a Rua das

Pedrinhas e até a Estrada da Base Naval;

5. Iluminação do acesso a Nova Constituinte.

AÇÕES Terraplenagem Fundações Construção Equipagem Operação Coeficiente de

Impactos específicos

Iluminação 0 0 0,5 0,5 0,5 1,5

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O impacto sobre a paisagem foi analisado do ponto de vista dos espaços

canais, dos pontos de concentração e dos espaços mitrantes. Os espaços

canais considerados forma a Rua das Pedrinhas e a Estrada da Base Naval

de Aratú. Ambas implantadas em cotas mais baixas, não permitem um visual

franco da edificação, que é bloqueado pela vegetação de encosta e pelas

próprias encostas.

Os pontos de concentração são inexistentes na vizinhança, já os espaços

mirantes identificados foram as áreas livres da Nova Constituinte e os topos

do Parque São Bartolomeu. Em ambos os casos os visuais são dificultados

pela altura do empreendimento e pelas barreiras físicas naturais

representadas pela encostas arborizadas. Uma possível visualização da

cobertura considera-se inócua a paisagem.

Como medida potencializadora, sugere-se:

1. Implantação de vegetação arbórea autóctone (endógena) no entorno do

Hospital e ao longo dos seus acessos.

2. Realização de PRAD e projeto paisagístico para área de maior impacto

visual deixada pela atividade de mineração.

O impacto sobre a infra-estrutura é decorrente do acréscimo de demanda

representado pelas atividades do Hospital, tanto em sua fase de

implementação, quanto em sua fase de operação. O coeficiente de impactos

específicos aferido é em princípio altamente negativo. Há uma sobre-

demanda por coleta e destino final do lixo, energia elétrica, iluminação

pública, abastecimento de água e por esgotos.

AÇÕES Terraplenagem Fundações Construção Equipagem Operação Coeficiente de

Impactos específicos

Paisagem 0,5 0 -0,5 0 0 0

AÇÕES Terraplenagem Fundações Construção Equipagem Operação Coeficiente de

Impactos específicos

Infra-estrutura 0,5 0 -1 -1 -1 -2,5

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AÇÕES Terraplenagem Fundações Construção Equipagem Operação Coeficiente de

Impactos específicos

Ambiente -0,5 0 -1 1 0 -0,5

Considera-se que o ambiente urbano é afetado pela construção do hospital

no que se refere às transformações na topografia, na forração/capeamento

do solo, e na nova performance da urbanização, e poderá vir a ser afetado

na fase de operação, por eventuais descartes diretos na superfície e em

corpos dágua.

Observe-se que os descartes estão devidamente equacionados pelas

concessionárias de serviços públicos, restando como medida preventiva, a

criação de condições de acondicionamento provisório em caso de pane nos

sistemas. Observe-se ainda que a EMBASA vem operando sob sistema de

manobra, o que se por um lado racionalisa a distribuição de água, por outro

cria solução de continuidade no abastecimento, impondo as economias

disporem de reserva estratégica de água potável.

Como medida mitigadora de eventuais alterações ambientais, sugere-se:

1. ampliação de rede água: Vide carta consulta a EMBASA;

• Criação de reservatório de água para o período mínimo de 3 dias;

• ampliação de rede esgoto pluvial: Desenvolvimento de projeto e

implantação de rede de drenagem para toda a área de implantação

do Hospital e de seus acessos;

• ampliação de rede esgoto sanitário: Vide carta consulta a EMBASA;

• Criação de acondicionamento provisório de esgoto do hospital, para o

período mínimo de 3 dias.

• ampliação de rede eletricidade: Vide carta consulta a COELBA;

• Implantação de sistema próprio de geração de energia, acoplado a no

break.

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• ampliação de rede iluminação pública: Vide carta consulta a SUMAC

e a COELBA;

• Criação de acondicionamento provisório de lixo hospitalar para o

período de pelo menos 3 dias;

AÇÕES Terraplenagem Fundações Construção Equipagem Operação Coeficiente de Impactos

específicos

Dinâmica Urbana 0 0 1 0,5 1 2,5

Com relação aos impactos da implantação do hospital sobre a dinâmica urbana da vizinhança, atingiu-se um coeficiente de impactos específicos,

altamente positivo. Estes impactos estão expressos pela nova e ampliada

atratividade da área e pelos fluxos de acorrência a mesma. Estes fatores

contribuem para ampliar os efeitos multiplicadores da nova dinâmica sobre

os espaços vizinhos, com a atração de atividades e usos afins, ampliando os

serviços e o comércio no entorno, imprimindo desta forma uma nova

dinâmica a vizinhança, com perspectivas de novos empregos e atividades

econômicas e de desenvolvimento urbanístico e imobiliário no entorno.

Embora seja em princípio positivo o impacto, tendo em vista possíveis

distorções decorrentes da nova dinâmica urbana, volta-se a reforçar como

medida mitigadora e de capitalização do desenvolvimento do entorno:

1. Projeto e regularização de atividades informais no entorno do Hospital;

2. Aplicação da legislação urbanística na vizinhança.

E ainda:

3. Projetos urbanísticos no entorno primário que busquem equipar o

espaço urbano permitindo a qualificação dos acessos e desafogando as

intermediações do Hospital de visitantes e ambulantes;

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4. Projeto de Requalificação de bairros do entorno, sobretudo em Nova

Constituinte.

AÇÕES Terraplenagem Fundações Construção Equipagem Operação Coeficiente de

Impactos específicos

Dinâmica social 0 0 1 0,5 1 2,5

Por fim, a análise dos impactos sobre a dinâmica social da vizinhança

resultou em um coeficiente de impactos específicos altamente positivo, na

medida em que, a presença de um equipamento diferenciado, de grande

porte e voltado para o atendimento social de alta demanda, traz sobre todos

os aspectos um impacto positivo de dinamização social. Estes impactos

estão expressos em novos serviços de atendimento médico hospitalar, na

atratividade de clínicas, laboratórios bioquímicos, farmácias, serviços de

apoio e manutenção afins, comércio, serviços complementares como

refeições e hospedaria, etc. Há alem disto, a expectativa de

desenvolvimento/difusão de conhecimento, treinamento e preparação de

mão de obra, qualificação de serviços, etc.

Da mesma forma que o previsto quando da análise da dinâmica urbana,

embora seja em princípio positivo o coeficiente de impactos específicos

sobre a dinâmica social, deve-se levar em conta possíveis distorções

decorrentes da nova dinâmica urbana, volta-se a reforçar como medida

mitigadora e de capitalização do desenvolvimento do entorno:

1. Projeto e regularização de atividades informais no entorno do Hospital;

2. Aplicação da legislação urbanística na vizinhança;

3. Projeto de Requalificação de bairros do entorno, sobretudo em Nova

Constituinte.

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RELATÓRIO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

SÍNTESE E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS (POSITIVOS, NEGATIVOS) MEDIDAS MITIGADORAS PROPOSTAS

Em vista das análises feitas e das questões apresentadas, a conclusão

deste Estudo é que os efeitos positivos da obra sobre a vizinhança

sobrepõem-se de forma cabal aos efeitos negativos indicando ser adequada

e bem vinda a construção deste tipo de empreendimento no local.

Para eliminar ou minimizar eventuais impactos-negativos a serem gerados

pelo empreendimento, sugere-se as seguintes medidas compensatórias:

I - execução de melhorias na infra-estrutura urbana em relação à rede física, através da qual o Poder Público ou a concessionária alcança ao cidadão o serviço e/ou o abastecimento, tais como:

ampliação de rede água: Vide carta consulta a EMBASA;

Criação de reservatório de água para o período mínimo de 3 dias;

ampliação de rede esgoto pluvial: Desenvolvimento de projeto e

implantação de rede de drenagem para toda a área de implantação

do Hospital e de seus acessos;

ampliação de rede esgoto sanitário: Vide carta consulta a EMBASA;

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Criação de acondicionamento provisório de esgoto do hospital, para o

período mínimo de 3 dias.

ampliação de rede eletricidade: Vide carta consulta a COELBA;

Implantação de sistema próprio de geração de energia, acoplado a no

break.

ampliação de rede iluminação pública incluindo:

Iluminação pública da Rua das Pedrinhas;

Iluminação pública em trecho de 500 metros, para ambos os lados do

acesso ao hospital na estrada da Base Naval;

Iluminação de toda a área do entorno do hospital, contida na poligonal

do projeto;

Iluminação de todos os acessos a partir do hospital até a Rua das

Pedrinhas e até a Estrada da Base Naval;

Iluminação do acesso a Nova Constituinte.

Criação de acondicionamento provisório de lixo hospitalar para o

período de pelo menos 3 dias;

II - execução de ações integradas que visem suporte direto ao Hospital:

desenvolvimento de projeto de urbanização integrada – projetos

urbanísticos relacionados ao apoio de usuários e visitantes;

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Projeto e regularização de atividades informais no entorno do

Hospital;

aplicação da legislação urbanística na vizinhança;

III - execução de ações integradas que visem reparação social e qualificação sócio-econômica do entorno:

Projeto de Requalificação de bairros do entorno, sobretudo em Nova

Constituinte.

IV criação de cotas de emprego e cursos de capacitação profissional;

Preferência a contratação de mão de obra local, tanto na fase de

construção quanto na fase de operação;

Implantação de cursos de formação de mão de obra específica para a

área de saúde, voltado para moradores da região;

Implantação de treinamentos específicos para a área de saúde,

voltado para moradores da região.

V. Proteção paisagística

Implantação de vegetação arbórea autóctone ()endógena) no entorno

do Hospital e ao longo dos seus acessos;

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Realização de PRAD e projeto paisagístico para área de maior

impacto visual deixada pela atividade de mineração.

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G. EQUIPE PROFISSIONAL FORMAÇÃO

Coord.Técnica e Executiva Leandro

Engenheiro Civil - UFBA

Urbanista Carolina Borges Zanetti Arquiteto Urbanista - UFBA

Coord. Engenharia André Moraes Mesquita de Carvalho

Engenheiro Civil – UFBA

Apoio Marcus Paulo Almeida Rêgo

Engenharia Civil - UFBA Estudante de Arquitetura e Urbanismo - UNIME

Apoio Rodrigo Oliveira Moreno Estudante de Arquitetura e Urbanismo - UFBA

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ANEXOS ANEXO I. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CONDER, Programa Piloto de Investimento, Infra-estrutura Social e

Urbana, Comunidade de Nova Constituinte/Vale do Paraguari.SSA Março

2007.

GEOHIDRO - Projetos de Contenção de Encostas, SSA Jun 2000.

COBRAPE – Diagnóstico do Subúrbio. SSA. Set 1998

MEDAUAR, Odete & ALMEIDA, Fernando Dias Menezes de

(Coordenação). São Paulo. Estatuto da Cidade: Lei 10.257, de 10.07.2001:

Comentários. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004.

PRESTES, Vanêsca Buzelato. Plano Diretor, Estudo de Impacto Ambiental

(EIA) e Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) In Revista de Direito

Ambiental - Ano 11, no. 42 - abril-julho de 2006. São Paulo: Revista dos

Tribunais, 2006.

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ANEXO I. PARECERES DAS CONCESSIONÁRIAS PÚBLICAS ANEXO II. LEVANTAMENTOS E PROJETOS BÁSICOS ANEXO III. TOPOGRAFIA ANEXO IV. IMPLANTAÇÃO GERAL

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Anexo I

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Anexo II

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Anexo III

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Anexo IV

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