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PLANO NACIONAL DE RECURSOS HIDRICOS - PNRH

Estudo de Cenários para o PNRH 2020

Avaliação dos Cenários Prováveis (Versão Preliminar)

PRODOC 704BRA2041 ANA/UNESCO PRODUTO 02

Nome do Consultor:

Antônio Carlos Tatit Holtz

Brasília, 3 de Dezembro de 2005

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República Federativa do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva Presidente Ministério do Meio Ambiente – MMA Marina Silva Ministra Agência Nacional de Águas - ANA Diretoria Colegiada José Machado – Diretor-Presidente Benedito Braga Oscar de Morais Cordeiro Netto Bruno Pagnoccheschi Dalvino Troccoli Franca Superintendência de Planejamento de Recursos Hídricos João Gilberto Lotufo Conejo Superintendência de Usos Múltiplos Joaquim Guedes Corrêa Gondim Filho Superintendência de Conservação de Água e Solo Antônio Félix Domingues Superintendência de Outorga e Cobrança Francisco Lopes Viana Superintendência de Fiscalização Gisela Damm Forattini Superintendência de Apoio a Comitês Rodrigo Flecha Ferreira Alves Superintendência de Informações Hidrológicas Valdemar Santos Guimarães Superintendência de Tecnologia e Capacitação José Edil Benedito Superintendência de Administração e Finanças Luis André Muniz Superintendência de Programas e Projetos Paulo Lopes Varella Neto

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©© Agência Nacional de Águas – ANA Setor Policial Sul, Área 5, Quadra 3, Blocos B, L e M CEP 70610-200, Brasília / DF PABX: 2109-5400 Endereço eletrônico: http://www.ana.gov.br Equipe editorial: Supervisão editorial: Elaboração dos originais: Revisão dos originais: Editoração eletrônica dos originais: Projeto gráfico, editoração e arte-final: Capa e ilustração: Diagramação: Todos os direitos reservados É permitida a reprodução de dados e de informações contidos nesta publicação, desde que citada a fonte. CIP-Brasil (Catalogação-na-publicação)

ANA - CDOC

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO. 1

2. A CONSTRUÇÃO DOS CENÁRIOS. 1

2.1. Seminários Regionais 2

2.2. Oficinas. 3

2.3. Incertezas críticas e atores relevantes 4

2.4. Cenários resultantes 6

3. CONSTRUINDO O FUTURO: O BRASIL 2020 7

4. AVALIAÇÃO DOS CENÁRIOS PROVÁVEIS. 10

4.1. Exemplo do setor de energia 10

4.1.1. Evolução da matriz energética 10

4.1.2. A energia elétrica 11

5. ELABORAÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA ROBUSTA. 12

5.1. Indicadores a serem usados 14

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15 LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Elementos do Cenário 10

Quadro 2 – Uso Final Setorial (%) 11

Quadro 3- Uso Final (%) 11

Quadro 4 – Geração de Energia Elétrica (TWh) 11

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1. INTRODUÇÃO.

Nesta primeira versão da Avaliação dos Cenários Prováveis para o PNRH estão apresentados comentários sobre os resultados já obtidos nas reuniões, estudos e seminários realizados a partir da metodologia estabelecida para a elaboração do trabalho.

Igualmente, se discute pontos da estratégia de procurar seguir um caminho que conduza ao melhor cenário possível para a gestão dos recursos hídricos.

Este relatório se constitui no Produto 02 previsto no contrato firmado com o Consultor.

A previsão de sua apresentação era para o dia 5 do mês de novembro de 2005 o que se revelou impossível porque os trabalhos realizados pelo MMA/SRHrelativos aos Cenários somente ficaram disponíveis para o Seminário Nacional de Consolidação de Diretrizes e Programas do PNRH, ocorrido nos dias 28 a 30 daquele mês.

2. A CONSTRUÇÃO DOS CENÁRIOS.

Neste capítulo se apresenta um resumo dos pontos mais importantes para o entendimento do processo de construção dos cenários que estão sendo discutidos na preparação do PNRH de âmbito regional e nacional.

Como ponto de partida para a sua construção, foi estabelecido que os cenários deveriam procurar descrever futuros alternativos, como ferramenta do planejamento numa realidade carregada de riscos. Deveriam lidar com eventos e processos incertos, sem eliminar as incertezas e sem fazer predições de futuro.

A metodologia de elaboração dos cenários passou pelos seguintes passos: 1.Identificação das principais variáveis (variáveis motrizes; invariâncias e

incertezas críticas);

2.Identificação dos principais atores;

3.Investigação morfológica;

4.Matriz de sustentação política e árvore de coerência;

5.Filosofia e detalhamento; e

6.Quantificações

Essa seqüência foi seguida durante a realização de oficinas com a participação de usuários e da sociedade civil.

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De fato, após a reunião do CT PNRH em que foi aprovada a itemização do Volume III, foram realizadas diversas reuniões com dinâmica de consulta e de interesse direto para a elaboração do Volume III do relatório do PNRH como os 12 seminários regionais, um para cada Região Hidrográfica, as 2 oficinas sobre Cenários e, finalmente, o seminário nacional, quando se pode discutir o assunto sobre sua visão integral.

Os principais comentários sobre essas reuniões são apresentados a seguir.

2.1. Seminários Regionais

Nesses seminários procurou-se definir as prioridades e avaliar quais seriam as diretrizes e os programas propostos para cada uma das regiões hidrográficas. Vários temas foram recorrentes nessas reuniões e quase sempre se apresentaram como prioridades a:

o Criação de Comitês de Bacia;

o Definição de como será o financiamento do sistema;

o Definição da política de saneamento ambiental;

o Avaliação da matriz energética;

o Definição da política de águas subterrâneas;

o Implantação de sistemas de agropecuária sustentável.

As diretrizes e programas propostos foram muito numerosos dentro de dois grandes componentes:

o Desenvolvimento da gestão integrada de recursos hídricos no Brasil

o Articulação intersetorial, inter-institucional e intra-institucional da gestão

integrada de recursos hídricos no Brasil

Essas diretrizes também servem para deixar claro aos formuladores dos cenários quais são as ações efetivas que os atores das bacias enxergam como necessárias para alcançar um futuro mais promissor em termos de gestão dos recursos.

Com relação a alguns setores é importante destacar que, apesar de não ser objeto do seminário, observou-se, pelas discussões ocorridas nas plenárias, fortes divergências de opiniões, com relação à matriz energética brasileira, ao setor usuário da navegação e às áreas de proteção ambiental.

No primeiro tema, houve um grupo que defendeu a necessidade de expansão da matriz energética usando o imenso potencial hidráulico da região amazônica e outros defendem a utilização de outro modelo energético para o País, para evitar a construção de barragens nessa região.

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Também ficou claro que o problema entre o setor elétrico e a navegação está mais relacionado a decisão sobre quem deverão recair os custos de construção de eclusas do que a outras diferenças conceituais.

A criação de novas áreas ambientais é vista por alguns setores como uma forma de impedir o desenvolvimento das atividades econômicas. Numa outra visão, essa medida é vista como necessária à preservação da biodiversidade.

O grupo que defendeu a construção de barragens para produção de energia, considera, no entanto, que uma maior parcela dos recursos financeiros arrecadados com o consumo fique no local onde será produzida a energia elétrica.

Uma coisa importante para o estabelecimento de diretrizes, programas e mesmo para interpretar os cenários é saber que há a falta de esclarecimentos universalizados de parte dos atores, quanto aos seguintes aspectos:

o As necessidades futuras do País em relação à produção de energia em geral e, em particular, de eletricidade.

o Os custos, locais de implantação, insumos, impactos ambientais de outras alternativas para a atual matriz considerando as demandas futuras e explicitando os benefícios / prejuízos associados a cada uma delas.

o As fontes de recursos para manutenção e gestão das áreas ambientais, as quais podem ser articuladas com os empreendimentos acima mencionados.

Discute-se essas questões e outras questões relevantes à esse assunto nos capítulos a seguir.

2.2. Oficinas.

Neste item apenas se descrevem e se comentam alguns aspectos das oficinas realizadas e as suas principais conclusões que foram aplicadas na elaboração dos cenários para 2020.

A primeira oficina teve como objetivo discutir variáveis e atores que interessavam ao tema de cenários. A segunda já teve como objetivo principal validar as incertezas críticas, gerar a base dos cenários e analisar o grau de sustentação dos mesmos, tomando em consideração os atores mais relevantes definidos na primeira oficina (concebidos como indivíduos ou coletividades que tendo identidade própria reconhecida socialmente modificam, com suas ações, o contexto onde se situam).

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O processo utilizado nessas oficinas foi interessante e permitiu convergir rapidamente, abordando aspectos de cenários mundiais e nacionais e das incertezas consideradas como críticas.

Uma estruturação da matriz de análise morfológica permitiu rapidamente a definição de cenários obtida através de trabalhos realizados em grupos. A análise da matriz de promoção e da viabilidade dos cenários gerados completou essa fase dos trabalhos e permitiu a elaboração e nomenclatura dos cenários a serem adotados.

2.3. Incertezas críticas e atores relevantes

Este item procurará definir e analisar as principais incertezas críticas que por sua natureza podem determinar futuros dos recursos hídricos no Brasil 2020 bastante diferentes entre si, dentre as alternativas mais prováveis. Também descreve os atores que mais poderão influenciar as incertezas críticas, no contexto interno e externo do País.

As sete incertezas críticas são as seguintes: 1. Cenários internacionais: qual será o ritmo do crescimento econômico?

2. Cenários nacionais: qual será o dinamismo econômico (forma e ritmo)?

3. Principais atividades econômicas: como, em que ritmo, com

tecnologia e onde será a expansão da agricultura de irrigação, pecuária,

indústria, aqüicultura e transporte?

4. Hidrelétricas: quantas, onde, como?

5. Saneamento: ritmo e forma da resposta às demandas contidas e novas?

6. Gestão de Recursos Hídricos: como será a implantação do SINGRHE,

elaboração e implementação dos planos, integração das políticas

públicas e participação social?

7. Investimentos em proteção de recursos hídricos: qual o volume e

localização?

Chegou-se a um máximo de 21 atores que podem ser agrupados como se segue: 1.As grandes potências internacionais;

2. empresários de indústrias impactantes sobre os recursos hídricos;

3. empresários industriais de grande consumo de água;

4. empresários da agroindústria;

5. empresários da agricultura irrigada;

6. empresários da agricultura moderna convencional;

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7. empresários do turismo;

8. usuários e empresários da navegação;

9. empresas mineradoras;

10. empresas de produção de energia hidrelétrica;

11. empresas de abastecimento e saneamento;

12. formuladores de políticas públicas;

13. agências reguladoras e implementadoras

14. instituições de fiscalização e controle; 15. Ministério Público;

16. governos estaduais;

17. governos municipais;

18. ONGs ambientalistas;

19. movimentos populares e religiosos;

20. países limítrofes ao Brasil; e

21. instituições nacionais e multilaterais de cooperação e financiamento.

A partir das incertezas críticas e várias hipóteses de configuração dessas incertezas foram imaginados inter-relações que mantivessem coerência entre as várias incertezas para cada hipótese.

Foi possível identificar 6 diferentes caminhos que depois se traduziram em três cenários.

As dimensões envolvidas nos cenários são as seguintes: 1.Internacional: como o mundo evoluirá, em algumas de suas variáveis mais

essenciais

2.Nacional: qual a lógica e o ritmo do desenvolvimento econômico e o grau de

inserção na economia mundial,

3.Principais atividades econômicas: indústria, agricultura, pecuária, mineração,

aqüicultura, extração vegetal, pesca, turismo, hidroelétricas etc;

4.Ocupação e uso do solo: demografia, rede urbana e saneamento

5.Desenvolvimento da infra-estrutura econômica: transporte (fluvial e

multimodal), comunicação, armazenagem, portos e aeroportos

6.CT&I: Produção de conhecimento e acessibilidade às informações

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7.Gestão pública: implantação do SINGREH, participação da sociedade civil,

Integração das políticas públicas, existência e implementação dos Planos de

Recursos Hídricos, adoção de instrumentos.

8.Investimento e despesa pública em proteção dos recursos hídricos 9.Desenvolvimento humano: IDH, mortalidade infantil, segurança alimentar,

desigualdade social, pobreza, diversidade social e gênero

10.Educação: Ações de educação em geral e sobre os recursos hídricos

11.Meio ambiente: Biomas, ecossistemas, sistemas estuarinos, alteração do

regime natural dos corpos de água, bioinvasão, eventos hidrológicos críticos e

clima

12.Conflitos: locais, nacional e internacionais

13.Resultados: qualidade da água, balanço hídrico (disponibilidade de águas superficiais e subterrâneas e crescimento da demanda) e usos múltiplos (atividades econômicas, energia, lazer e turismo e meio ambiente), eficácia no uso da água

2.4. Cenários resultantes

O professor Elimar Nascimento completou os trabalhos realizados nas oficinas, dando aos cenários a sua forma final que foi apresentada no seminário dos dias 28 a 30 de novembro de 2005, com as seguintes nomenclaturas:

• “Desenvolvimento integrado” ou “Brasil sustentável”, intitulado de cenário Águas Azuis, que imagina um mundo que cresce de maneira contínua. Nele, o Brasil adota modelo de desenvolvimento que reduz a pobreza e as desigualdades sociais, com bom índice de crescimento econômico e políticas sociais consistentes e integradas. Por isso, as atividades econômicas se expandem em todo o País, bem como a infra-estrutura urbana, com fortes mas declinantes impactos sobre os recursos hídricos, graças a uma gestão operativa, significativos investimentos de proteção dos recursos hídricos e a adoção de novas tecnologias. Impulsionado, em parte, pelos freqüentes conflitos, o País encontra uma forma mais eficaz no uso das águas, incluindo o uso múltiplo.

• “Desenvolvimento desigual” ou “Brasil excludente”, intitulado Águas Amarelas, em que se imagina que o mundo e o Brasil são regidos por forte dinamismo excludente, com expansão das atividades econômicas no País, fortes impactos sobre os recursos hídricos e aumento da desigualdade social. Crescem fortemente as usinas hidrelétricas e medianamente a rede de saneamento. A degradação dos recursos hídricos é notória, com uma gestão liberal, planos inoperantes, participação social formal e pouca regulamentação e fiscalização no uso das águas. Assim, os conflitos crescem e a degradação compromete a qualidade dos recursos hídricos. O

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uso múltiplo das águas é parcialmente resolvido nas áreas de exportação; e

• “Degradação e pobreza” ou “Brasil insuportável”, intitulado Águas Penosas, onde se imagina que o Brasil não aproveita as poucas oportunidades de um mundo instável e fragmentado, e tem pequeno crescimento das atividades econômicas e da infra-estrutura urbana, com manutenção dos índices de pobreza e desigualdade social. Não há expansão significativa no fornecimento de energia hidrelétrica. Os investimentos em proteção de recursos hídricos são pequenos, seletivos e corretivos, sob uma gestão burocrática. Os conflitos e problemas em torno dos recursos hídricos crescem, particularmente nas regiões hidrológicas já deficientes e localidades já problemáticas. A contaminação das águas subterrâneas, em algumas regiões hidrológicas, agrava-se..

3. CONSTRUINDO O FUTURO: O BRASIL 2020

Foi preparado, em paralelo ao desenvolvimento dos trabalhos das oficinas e seminários, um estudo sobre que cenário de desenvolvimento se poderia esperar para a conjuntura macroeconômica global e nacional.

O estudo considera que no período do PNRH, deverá prevalecer o aprofundamento do modelo de integração competitiva da economia brasileira que vem se estruturando desde os anos 90. Esse modelo tem sido repensado e reformulado à medida que os seus impactos sobre o processo de desenvolvimento sustentável do País vão se configurando com maior nitidez e dramaticidade.

Para que haja esse crescimento econômico, no entanto, há percalços a serem vencidos que dizem respeito à composição de nossa pauta de exportações, à inserção do país nos blocos regionais de comércio e à posição relativa das empresas nacionais no cenário mundial.

Os conceitos aplicáveis para a competitividade do país são de que suas empresas terão de basear suas estratégias no progresso e na inovação, numa disposição de competir e no conhecimento e disposição de melhorar o seu ambiente nacional/regional/local.

É bom ter em mente que esses conceitos são aplicáveis a todas as empresas, inclusive as que são atores diretamente envolvidos com os assuntos de recursos hídricos, como as produtoras de energia (gás, petróleo e eletricidade), as do agro-negócio e as de transporte fluvial.

Isso é importante para que os responsáveis pela gestão dos recursos hídricos terem em mente a importância de não inviabilizar a competitividade daquelas empresas e das que usam seus serviços (consumidores de energia, indústria alimentícia, etc).

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Ao contrário, o ideal é que se busque os instrumentos que garantam essa competitividade, respeitando a solução dos problemas sócio–ambientais que possam eventualmente ser causados.

Para que haja um crescimento ininterrupto do país será necessária a eliminação de pontos de estrangulamento que constituem óbices à mobilização das potencialidades de desenvolvimento econômico e sócio-ambiental.

Entre as razões para que se espere um novo ciclo de expansão da economia brasileira está a de que o país possui uma base de recursos naturais, renováveis e não renováveis, ampla e diversificada, que pode lhe dar vantagens comparativas internacionais para um crescimento acelerado.

Não se pode, portanto, esquecer que o PNRH trata de recurso hídrico que é um recurso natural ainda abundante no país e que permeia sobre todos os outros, uma vez que é essencial para qualquer atividade.

Um cenário de crescimento tendencial da economia poderia levar a uma situação de deterioração por várias razões entre as quais a ausência de um efetivo sistema nacional de planejamento que dificulta a inserção das questões de desenvolvimento sustentável nas prioridades do governo. Por isso é necessário atuar para conduzir o processo e não deixar somente as coisas acontecerem mantendo sua tendência.

Assim, a elaboração e a implantação do PNRH deverão procurar atuar como contribuições para a correção dos rumos. As diretrizes e metas desse plano deverão ser buscadas numa concepção adequada de desenvolvimento com um crescente processo de inclusão social e sustentabilidade ambiental.

Outro conceito interessante enfatizado pelo trabalho do Prof Haddad é que um desenvolvimento endógeno é concebido e implementado a partir da capacidade que dispõe a comunidade para a mobilização social e política de recursos humanos, materiais e institucionais, com transparência e legitimidade conseguida através de um planejamento participativo. O PNRH tem elementos para conduzir a esse objetivo uma vez que foi elaborado dentro dessa vertente participativa.

Ademais, toda a legislação do setor de recursos hídricos e a concepção de seu funcionamento conduzem a um processo extremamente participativo da sociedade e usuários, organizados em comitês, agências e sistemas de gestão.

Conclui o trabalho do Prof Haddad que o mundo está caminhando para um capitalismo natural, com uma nova revolução industrial na qual se processam mudanças radicais na produtividade no uso dos recursos materiais e de energia.

Os responsáveis pelo plano deverão estar muito atentos para esse aspecto e deverão interagir profundamente com os diversos usuários da água para melhor

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compreender a lógica de sua busca para encontrar as melhores soluções para atender suas demandas, com máxima produtividade no uso dos recursos envolvidos.

Há dois aspectos a serem considerados: o lado dos consumidores que representam a demanda dos grandes usuários da água (energia, infraestrutura, agro-negócio) e o lado desses próprios usuários.

Do lado dos consumidores, eles estarão buscando melhorar sua competitividade reduzindo seus custos, inclusive, gastos com energia e serviços.

O setor de energia, por exemplo, deverá ser afetado pela busca da maior produtividade no uso dos recursos que tem disponível e pela maior eficiência buscada pelos seus consumidores. Em geral, a maior eficiência de uso da energia por parte dos consumidores pode levar a uma migração do uso de alguns energéticos para outros, com alterações na Matriz Energética.

O uso da eletricidade quase sempre é mais eficiente para a indústria que a utilização de outros energéticos. O desejo de conseguir aumento de eficiência pode significar, portanto, preferência por parte dos consumidores pelo uso da energia elétrica ao invés de outros energéticos, como os derivados de petróleo, por exemplo. É verdade que isso é possível para várias finalidades mas pouco se aplica para o setor de transportes no caso do Brasil.

Do lado do usuário de água (setor energético), para a produção dessa eletricidade o setor tentará buscar as soluções mais econômicas entre as disponíveis. Não se pode esquecer que todo tipo de alternativa utiliza água e não somente a hidroeletricidade. A localização de usinas termelétricas (a óleo combustível, nucleares, a carvão, ou a biomassa) terá de ser bem avaliada pela sua necessidade de água para refrigeração e pelos efeitos que isso pode ter no curso d’água que lhe servirá de fonte.

A busca da sustentabilidade levará ao uso de fontes renováveis de geração. Até este momento a hidroeletricidade é realmente a solução mais barata, mesmo computados os custos ambientais, mas se faz necessário preparar o país para o uso de outras fontes para não haver descontinuidades de fornecimento.

A adoção do capitalismo natural, com a busca da maior eficiência no uso dos recursos naturais, poderá, portanto, conduzir a um maior uso de eletricidade e, particularmente, de hidroeletricidade e de termo eletricidade oriunda de fontes renováveis como é o caso da co-geração a partir do bagaço de cana, esta última atuando fortemente no aumento da economicidade do produto industrial almejado.

Naturalmente, este estudo do Prof. Haddad também serve para que se identifiquem quais os esforços que devem ser feitos no sentido de se caminhar para as condições indicadas no cenário mais favorável.

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4. AVALIAÇÃO DOS CENÁRIOS PROVÁVEIS.

Os cenários elaborados permitem a elaboração do Plano com a compreensão de que eles são apenas indicativos do que poderá acontecer no futuro. Entre os condicionantes para a realização do que poderia ser realizado dentro dos cenários emergem alguns que somam ao poder de impacto uma grande incerteza, denominadas de “incertezas críticas”, entre as quais se incluíram, como foi visto anteriormente, a evolução da hidroeletricidade.

Comenta-se esse assunto a seguir a título de exemplo e como forma de avaliar de alguma maneira os cenários.

4.1. Exemplo do setor de energia

4.1.1. Evolução da matriz energética

Em 2004 o Comitê Brasileiro do Conselho Mundial da Energia - CBCME, entidade autônoma, não ligada ao Governo mas sim aos produtores de energia e estudiosa do assunto, elaborou uma hipótese de evolução do balanço energético brasileiro baseada no cenário indicado no Quadro 1. Esses estudos foram comentados por Pietro Erber (IE/UFRJ) em 17/08/2005, com informações que se passa a reproduzir a seguir.

No site da Empresa de Pesquisa Energética - EPE (www.epe.gov.br), empresa do Ministério das Minas e Energia também se encontra um estudo intitulado Cenários Macro Econômicos para a Projeção de Mercado de energia – 2005. Ele se estende até o ano 2016.

Tanto o estudo do CBCME como o da EPE tem suas projeções econômicas não muito distante dos cenários considerados nos estudos do PNRH, o que nos permite pelo menos raciocinar sobre seus resultados com conclusões válidas para este plano. Infelizmente o estudo da EPE ainda não apresenta as projeções para o uso da energia no período, razão pela qual foi utilizado para esse fim o estudo do CBCME.

Quadro 1- Elementos do Cenário 2004 2010 2020 2004/20 PIB (109 US$/2004) 605 763 1129 3,98 % População (106) 182 193 214 1,02 % Demanda Final (106 tep) 191 251 377 4,34 %

Oferta Primária (106 tep) 213 288 428 4,46 %

De acordo com o estudo do CBCME a demanda de energia relativa a esse cenário econômico seria a mostrada nos Quadro 2 e Quadro 3, que apresentam a evolução da Demanda ou Uso Final de energia, em termos de participação percentual no total, envolvendo energias primárias e secundárias.

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Quadro 2 – Uso Final Setorial (%) SETOR 2004 2010 2020 Indústria 38 35 35 Transportes 27 28 27 Residencial, Serviços e Agrícola 20 22 22 Setor Energético e Usos Não Energéticos 15 15 16

Nota-se também no quadro a seguir a participação crescente da eletricidade e do gás natural (fora o usado para a produção de eletricidade), o que é auspicioso para o meio ambiente.

Quadro 3- Uso Final (%) ITEM 2004 2010 2020 Derivados de Petróleo 44 50 49 Energia Elétrica 16 16 18 Carvão Mineral 6 6 6 Gás Natural 6 7 9 Biomassa e Solar 28 21 18

4.1.2. A energia elétrica

O Quadro 4 particulariza a estrutura da produção de energia elétrica, com destaque para a notável expansão das energias renováveis com o aproveitamento do potencial hidrelétrico, a expansão do emprego da energia da biomassa e da energia eólica.

Quadro 4 – Geração de Energia Elétrica (TWh) FONTE 2004 2010 2020 Hidráulica 321 355 560 Petróleo 11 14 13 Gás Natural 19 52 87 Nuclear 12 21 57 Carvão Mineral 7 18 48 Biomassa 18 35 42 Eólica - 7 14 Importações Líquidas 37 55 65 TOTAL 425 557 886

O estudo do CBCME mostra que realmente os princípios acima relatados, tanto no trabalho do Prof. Haddad como nos estudos dos cenários, são válidos para o período em análise: crescimento do uso da eletricidade e busca do uso de energéticos renováveis.

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5. ELABORAÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA ROBUSTA.

Está estabelecido que na construção do futuro há necessidade de uma estratégia robusta de como serão alimentadas as decisões dos gestores dos recursos hídricos ao longo do tempo, apoiando-se nos aspectos comuns aos vários cenários, tratando os aspectos não comuns, próprios de cada um deles, e definindo como serão contornadas as incertezas.

Essa estratégia terá de levar em conta que o Plano deverá estabelecer as diretrizes de abrangência nacional para efetivar a gestão integrada e as metas de curto, médio e longo prazo.

Para se elaborar uma estratégia realmente robusta de se chegar a um desenvolvimento sustentável como discutido na elaboração do Plano, é preciso, em primeiro lugar, conhecer a lógica de atuação de seus usuários.

Para conseguir que haja o uso mais eficiente possível dos recursos, como descrito na conceituação do capitalismo natural, os gestores dos recursos hídricos devem estar atentos no sentido de se certificar de que os seus usuários estão realmente usando as soluções mais eficientes e econômicas, computados todos os custos, inclusive os ambientais e sociais. Para isso é importante que esses custos ambientais sejam computados e bem avaliados.

Por outro lado, a estratégia de implantação do Plano deverá também tomar em conta que, se os usuários estão computando todos os custos e trabalhando com as melhores e mais eficientes soluções, deverão ter o apoio e não restrições desses gestores, de modo que possam gerar de forma permanente o desenvolvimento esperado.

Em outras palavras, é importante que haja realmente articulação entre a política de recursos hídricos e as políticas dos setores econômicos, grandes usuários da água e causadores de fortes impactos ambientais, como identificado no Volume III do relatório do Plano.

Como exemplo, um estudo da ANA preparado para o Plano destaca que o setor elétrico já recomenda, além da realização de novos estudos de inventário, uma maior integração com o setor de meio ambiente, ao qual se deveria acrescentar o de recursos hídricos.

Os planos do setor recomendam uma integração dos projetos ou conjuntos de projetos no contexto dos Planos de Recursos Hídricos, por meio da articulação com os Órgãos Gestores, Comitês de Bacias, e demais instituições atuantes na bacia hidrográfica, o que mostra que há uma disposição de estabelecer um diálogo profícuo para todas as partes.

O atual presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL afirma que é preponderante realizar um planejamento integrado de recursos, o que permitiria a

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integração do planejamento de recursos hídricos e do planejamento setorial para aproveitamento do potencial hidráulico para geração de energia.

A ação no planejamento deverá remontar a época em que se fazem os inventários hidrelétricos e, eventualmente, preconizar algumas revisões em inventários já realizados, para ter uma ação mais eficiente e uma melhor avaliação dos impactos conjuntos sobre as bacias. Também se deve ter certeza de que nos estudos de viabilidade dos aproveitamentos todos os custos sócio- ambientais estão sendo computados.

A aplicação de algumas modalidades de Avaliação Ambiental Estratégica já vem sendo exigida em alguns Estados do País para subsidiar o processo de licenciamento ambiental de aproveitamentos hidrelétricos o que caminha no sentido correto de subsidiar com essas informações o processo de concessão de outorga de recursos hídricos.

Outro aspecto a ser considerado é que, além do planejamento da expansão, há o do planejamento e a efetiva operação dos sistemas, e ambos tem forte influência no setor de recursos hídricos.

Por isso, esse estreito contato deverá ocorrer também, desde o início com os órgãos federais e estaduais de meio ambiente e recursos hídricos, com a participação das comunidades envolvidas para evitar ou pelo menos minimizar os conflitos pelo uso dos recursos hídricos.

Nesse contexto não se pode esquecer da responsabilidade das entidades do setor dos recursos hídricos de desenvolver instrumentos duradouros que orientem os responsáveis pelo desenvolvimento de estudos de inventário para considerar todos os critérios de preservação dos usos múltiplos que serão utilizados por estes órgãos no momento de analisar os pedidos de Declaração de Reserva de Disponibilidade Hídrica para os projetos, de acordo com os processos legais vigentes.

Por outro lado, é imprescindível que as autoridades do MMA trabalhem junto a outros setores do governo no sentido de encorajar que os vários setores envolvidos (transporte aqüaviário e irrigação) desenvolvam estudos de planejamento que permitam o estabelecimento de Diretrizes para a construção de uma Política Nacional realista no setor.

Só assim se poderá ter uma visão global que deverá compatibilizar várias visões e trazer à tona conflitos potenciais ou mesmo trazer sugestões de soluções aos já existentes.

Por outro lado, é da competência dos gestores de recursos hídricos disseminar entre os usuários a percepção do valor da água para o país e da importância desses recursos para o desenvolvimento econômico e social de maneira sustentada para que os instrumentos e medidas de gestão sobre a demanda de

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água sejam aceitas num ambiente de parceria e não de confrontação. Se impõe um trabalho constante de comunicação social e de educação.

Também é importante fazer um trabalho para incorporar a política de gestão das águas na política macroeconômica, para que seja tomada em consideração na ocasião do estabelecimento dos orçamentos e no estabelecimento de prioridades.

O SINGREH terá de encontrar essa forma de interlocução e parceria, tanto com os usuários de água como com as autoridades que controlam a área econômica nos diversos níveis do país.

Mas para que os participantes do SINGREH tenham credibilidade é imprescindível melhorar a gestão que se tornará o elemento essencial para a execução do plano.

5.1. Indicadores a serem usados

Um ponto importante para a decisão de que indicadores utilizar para avaliar os resultados e a evolução da implantação do PNRH é saber que, mesmo que o diagnóstico seja feito no nível de bacia, a maior parte das ações, tanto as que afetam negativamente os recursos, como as que os melhoram, ocorre no nível municipal, principalmente as relativas ao uso da terra.

Assim sendo, é importante conhecer as informações nesse nível e apontar os programas de forma a poder envolver esse nível administrativo pelo menos tão fortemente quanto o estadual ou o nacional. Para isso é necessário que as informações sejam disponíveis nesses diversos níveis.

No estudo realizado pela ANA de Conjuntura dos Recursos Hídricos ficou decidido que para retratar essa conjuntura fossem escolhidas, para cada Tema específico, algumas variáveis e indicadores, cujas avaliações ou cálculos dependiam de dados que são colhidos ou no nível municipal ou ao longo dos rios ou das bacias, para diversos níveis de abrangência (Região Hidrográfica, Unidade Hidrográfica, Unidades de Planejamento e Micro Bacia).

Foram estabelecidas regras para transformar tais dados em informações úteis ao estudo da conjuntura dos recursos, regras essas que passaram por desagregações e agregações de dados e estabelecimento de fórmulas de cálculo.

De acordo com a filosofia com que foi preparado o grande Banco de Dados, que está sendo completado, as informações obtidas ao nível de municípios foram desagregadas do nível municipal para as Micro Bacias e para as Unidades de Gestão Local e, quando era o caso, foram depois acumuladas para as Regiões Hidrográficas, passando também pela agregação para as Unidades Hidrográficas.

A ANA já tem agora um Banco de Dados cujas informações poderão ser consultadas sem restrições para todos os vários Níveis de Abrangência e para

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todos os Temas, Variáveis e Indicadores. A Agência também tem a capacidade de produzir saídas de informações individualizadas ou condensadas, conforme a necessidade do usuário.

A elaboração do PNRH parece ser uma excelente oportunidade para a ANA discutir os indicadores que poderão ser utilizados para a verificação dos ganhos havidos com a implantação do Plano e colocá-los em seu sistema de modo a poder consultá-los permanentemente e dar ao público acesso aos mesmos, nos níveis em que forem requeridos.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Empresa de Pesquisas Energéticas – Cenários Macro Econômicos para a Projeção do Mercado de Energia Elétrica - 2005

MMA/SRH – PNRH, Volume III, Águas para o Futuro, Cenários de Recursos Hídricos para o Brasil 2020, Brasília, Novembro 2005

Comitê Nacional Brasileiro do Conselho Mundial de Energia – A Matriz Energética Brasileira, 2004

Agência Nacional de Águas – Cadernos de Recursos Hídricos – Aproveitamento do Potencial Hidráulico para Geração de Energia, maio de 2005

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