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2013 ETP – ESCOLA TÉCNICA DO PIAUÍ CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM [ESTUDO DE CASO] TUBERCULOSE PULMONAR - TP

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2013ETP – ESCOLA TÉCNICA DO PIAUÍ

CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

[ ]TUBERCULOSE PULMONAR - TP

Piracuruca2013

JOÃO GUALBERTO DA COSTA RIBEIRO JÚNIOR

CHRISTIANE DE SOUSA ROCHA

TUBERCULOSE PULMONAR - TP Relato de Caso

Estudo de Caso apresentado à disciplina de Centro Cirúrgico, do Curso Técnico em Enfermagem, da Escola Técnica do Piauí – ETP, como requisito parcial para obtenção de nota, concernente ao estágio curricular obrigatório.

Prof.ª Francisca Maria Fontenele Amaral

Piracuruca2013

INTRODUÇÃO

A reunião dos dados coletados foi feita através da historia de saúde

e da avaliação de saúde do paciente, tornando possível objetivar habilidades

de conduta com relação ao tratamento e os cuidados diários que permitissem

uma melhor adaptação ao quadro patológico apresentado.

Tais recursos favorecem a estruturação do trabalho no tocante a

elaboração de um plano de assistência de Enfermagem, baseados em

preceitos científicos e visando, sobretudo, atender as necessidades básicas

afetadas do paciente, bem como fornecer informações especiais de

autocuidado.

Neste trabalho será abordado um caso de um cliente que apresenta

diagnóstico médico de Tuberculose Pulmonar (TP), a qual relata suas

limitações físicas, descreve sua história e informa seus sintomas atuais.

Será descrito sobre esta patologia, a definição de TP, suas principais

manifestações clínicas, avaliação diagnóstica e tratamento. Assim como

relataremos um sumário de situação do cliente em estudo, os mais importantes

diagnósticos de enfermagem voltados para as necessidades individuais do

cliente.

A TUBERCULOSE PULMONAR – (TP)

A tuberculose pulmonar (TP) é uma infecção bacteriana contagiosa

que afeta os pulmões, mas que pode se disseminar para outros órgãos.

A tuberculose pulmonar (TP) é causada pela bactéria

Mycobacterium tuberculosis (M. tuberculosis). Você pode contrair TP ao inalar

gotículas de ar provenientes de uma tosse ou um espirro de uma pessoa

infectada. Essa é denominada TP primária.

Nos Estados Unidos, a maioria das pessoas se recupera da infecção

de TP primária sem mostrar mais evidências da doença. A infecção pode

permanecer latente ou inativa (adormecida) durante anos. No entanto, em

algumas pessoas ela pode se manifestar novamente.

A maioria das pessoas que desenvolve sintomas de uma infecção de

TP foi infectada pela primeira vez no passado. No entanto, em alguns casos, a

doença pode se tornar ativa dentro de semanas após a infecção primária.

As seguintes pessoas apresentam maior risco de contrair a TP

ativa:

Idosos

Bebês

Pessoas imunodeprimidas, por exemplo, devido a AIDS,

quimioterapia, diabetes ou determinados medicamentos.

O risco de contrair TP aumenta se você:

Estiver em contato frequente com portadores da tuberculose

Estiver malnutrido

Viver em condições de vida insalubres ou com aglomeração de

pessoas

Os seguintes fatores podem aumentar a taxa de infecção de TP

em uma população:

Aumento nas infecções por HIV

Aumento no número de desabrigados (ambiente de pobreza e má

nutrição)

Aparecimento de cepas de TB resistentes aos medicamentos

EXAMES

O exame pode mostrar:

Baqueteamento digital das mãos ou dos pés (em pessoas com

doença avançada)

Nódulos linfáticos aumentados ou sensíveis no pescoço ou em

outras áreas

Líquido ao redor do pulmão (efusão pleural)

Sons de respiração incomuns (estalidos)

Os testes podem incluir:

Biópsia do tecido afetado (raro)

Broncoscopia

Tomografia computadorizada torácica

Raios-X do tórax

Exame de sangue interferon gama, como o teste QFT-Gold para

testar a existência de infecção de TP.

Teste de saliva e culturas

Toracocentese

Teste tuberculínico cutâneo (TST)

SINTOMAS DE TUBERCULOSE PULMONAR

Geralmente, o estágio primário da tuberculose não causa sintomas.

Quando os sintomas de TP ocorrem, eles podem incluir:

Tosse (algumas vezes produzindo muco)

Tosse com sangue

Sudorese excessiva, especialmente à noite.

Fadiga

Febre

Perda de peso involuntária

Outros sintomas que podem ocorrer com essa doença:

Dificuldade para respirar

Dor no peito

Respiração difícil e ruidosa

TRATAMENTO DE TUBERCULOSE PULMONAR

O objetivo do tratamento é curar a infecção com medicamentos que

combatam a bactéria da TP. O tratamento de TP pulmonar ativa sempre

envolverá uma combinação de vários medicamentos (geralmente, quatro

medicamentos). Todas as drogas devem ser continuadas até que os testes de

laboratório mostrem quais medicamentos terão os melhores resultados.

Entre os medicamentos mais usados estão:

Isoniazida

Rifampicina

Pirazinamida

Etambutol

Entre outras drogas que podem ser usadas para tratar da TP estão:

Amicacina

Etionamida

Moxifloxacina

Ácido paraminossalicílico

Estreptomicina

Você pode precisar tomar vários comprimidos em momentos

diferentes do dia por seis meses ou mais. É muito importante que você tome os

comprimidos seguindo as instruções de seu médico.

Quando as pessoas não ingerem os medicamentos para tuberculose

seguindo as recomendações, o tratamento da infecção se torna muito mais

difícil. A bactéria da TP pode se tornar resistente ao tratamento e, algumas

vezes, os medicamentos não ajudam mais no tratamento da infecção.

Quando houver a preocupação de que um paciente não está

tomando os medicamentos conforme a orientação, o médico pode precisar

monitorar a pessoa para que ela tome os medicamentos prescritos. É chamada

de terapia diretamente observada. Neste caso, os medicamentos podem ser

ministrados 2 ou 3 vezes por semana, conforme prescrito pelo médico.

Talvez, seja necessária a internação em um hospital por 2 a 4

semanas para evitar a disseminação da doença para outros até passar a fase

de contágio.

Por lei, o médico ou enfermeiro deve relatar a doença de TP à

secretaria de saúde local. A equipe de assistência médica se certificará de que

você receba a melhor assistência para o tratamento da TP.

Expectativas

Os sintomas costumam melhorar após um período de duas a três

semanas. Um Raios-X do tórax mostrará esta melhora somente mais tarde. A

perspectiva é excelente se a TP for diagnosticada precocemente e o

tratamento for iniciado rapidamente.

Complicações possíveis

A TP pulmonar pode causar danos permanentes nos pulmões se

não for tratada desde o início.

Os medicamentos usados para tratar a TP podem causar efeitos

colaterais, incluindo problemas no fígado. Entre os efeitos colaterais estão:

Alterações na visão

Lágrimas e urina cor de laranja ou marrom

Erupções

Um exame de vista pode ser feito antes do tratamento para que seu

médico possa monitorar as alterações na saúde de seus olhos ao longo do

tempo.

PREVENÇÃO

A TP é uma doença que pode ser evitada, mesmo naqueles que

foram expostos a uma pessoa infectada. O teste cutâneo (PPD) para TP é

usado em populações de alto risco ou em pessoas que possam ter sido

expostas à TP, como profissionais da área médica.

Um teste cutâneo positivo indica a exposição à TP e uma infecção

inativa. Converse com seu médico sobre uma terapia preventiva. As pessoas

expostas à TP devem ser submetidas ao teste cutâneo imediatamente e devem

passar por um teste de acompanhamento em uma data posterior se o primeiro

teste for negativo.

O tratamento imediato é extremamente importante para controlar a

disseminação de TP daqueles que têm doença de TP ativa para aqueles que

foram infectados com a doença.

As pessoas que tomaram a BCG ainda podem passar por teste

cutâneo para TP. Converse com seu médico sobre os resultados do teste (se

forem positivos).

DESENVOLVIMENTO

Identificação do paciente

Nome: A. P. M. C. J

Sexo: Masculino

Idade: 24 anos

Ocupação: Eletricista

Estado civil: Solteiro

Endereço: Rua 21 de Abril

Bairro: Fátima, S/N

Naturalidade: Parnaíba

Expectativas e Percepções

Esclarecido quanto a sua doença e ao tratamento, porem receoso

quanto a eficácia do mesmo. Almeja restabelecer sua saúde plena. Recebe

apoio psicológico de sua família e de sua namorada. Crê em Deus e tem fé na

sua melhora. O cliente ficou inicialmente preocupado com os seguintes

aspectos: o longo tempo de terapêutica que foi estabelecida, a possibilidade de

transmissão aos seus familiares e a mudança que seria necessária em sua

rotina como esporte, estudo, trabalho e alimentação. Sendo que houve até a

necessidade de adiamento de uma viagem familiar já planejada. O cliente

encontra-se bem orientado em relação à patologia e apresenta uma boa

adesão ao tratamento o que tem levado a uma melhora clínica considerável. O

mesmo nos apresentou vários exames feitos, juntos deles os resultados e um

relatório dado pelo Dr. Paulo Ferraz, explicando tudo sobre a patologia,

cuidados e prevenção.

Necessidades humanas básicas

Reside em área urbana, casa própria, 07 cômodos, saneamento

básico, higiene corporal adequado, frequência de 03 banhos ao dia, higiene

oral após as refeições, unhas curtas e limpas, dorme +/- 7hs por noite, não

queixa insônia, às vezes cochila durante o dia, atividade física restrita ao

trabalho, sedentário quanto a pratica de exercícios físicos programados, sem

dificuldade para interação social, toma decisões rapidamente, possui crença

religiosa, ouve musica, assisti televisão, vai às praças da cidade com pouca

frequência, lê muito pouco, faz +/- 4 refeições diárias, come carnes vermelhas

e brancas, pouca variedade de verdura, sem habito de comer frutas, leite uma

vez ao dia, pouca ingesta hídrica, diurese mais que cinco vezes ao dia,

eliminações intestinais 01 vezes ao dia, não tem relação sexual há +/- 7 meses.

ANÁLISE INTEGRAL

Aspectos fisiopatológicos

A tuberculose usualmente ataca os pulmões, causando uma

condição conhecida como tuberculose pulmonar. As células do sistema imune

tentam destruir o germe agressor, mas usualmente não podem destruir todos.

O bacilo causa escavação nos pulmões e aparecimento de corpos cavernosos,

mas pode também afetar a coluna, arcos costais e parte do corpo. Meses

depois aparecerão sintomas próprios da chamada tuberculose "pós-primária",

que se manifesta dos seguintes modos: Infiltrado pulmonar geralmente nos

ápices dos pulmões, podendo formar cavidades, que constitui a maioria dos

casos; Derrame pleural pela formação de líquido na cavidade pleural;

Pneumonia pela contaminação de um lobo ou segmento pulmonar; Miliar

consequência da disseminação por meio do sangue, comprometendo os

pulmões de maneira difusa e Tuberculoma que apresenta um formato de tumor

ou nódulo no parênquima pulmonar.

ASPECTOS BIOQUÍMICOS

HEMOGRAMA COMPLETO

ERITOGRAMA

VALORES

ENCONTRADOS REFERÊNCIAS

Hemácias

Hematócritos

Hemoglobina

VCM

HCM

CHCM

RDW

Eritroblastos

5.08 tera/l

41.9 %

14.3 g/dl

82.48 ft

28.15 pg

34.13 g/dl

13.2 %

0 /100 leuco

4.5 a 6.0

41.0 a 51.0

14.0 a 18.0

82.0 a 98.0

27.0 a 34.0

32.0 a 36.0

13.0 a 17.0

0

Plaquetas 177.000 150.000 a 600.000

LEUCOGRAMA RELATIVOS

%

ABSOLUTOS

mm³

RELATIVOS

%

ABSOLUTOS

mm³

Leucócitos

Mielócitos

Metamielócitos

Bastonetes

Segmentados

Neutro. Totais

Eosinófilos

Basófilos

Linfócitos

Linf. Atípicos

Monócitos

100

0

0

05

54

59

02

0

35

0

04

4500

0

0

225

2430

2655

90

0

1575

0

180

100

0

0 a 1

1 a 5

50 a 60

51 a 65

1 a 4

0 a 1

20 a 33

0

2 a 8

4500 a 10000

0

0 a 100

45 a 500

2250 a 6000

2295 a 6500

45 a 400

0 a 100

900 a 3300

0

90 a 800

Plasmócitos 0 0 0 a 1 0 a 100

BIOQUÍMICA

EXAMES RESULTADOS REF. SEXO

MASCULINO

Uréia

Creatinina

Glicose

24 mg/dl

0.5 mg/dl

79.0 mg/dl

20 a 40

0.4 a 1.1

70 a 110

EXAMES RESULTADOS REF. SEXO

MASCULINO

Trans. Oxalacética –

TGO

Trans. Pirúvica – TGP

25 Un/L

34 Un/L

07 a 45

09 a 43

Pesquisa de bacilo ácido álcool resistente (BAAR) - ausente

Teste tuberculino (PPD) – Reator 18

RADIOLÓGICOS

Raios-X de tórax (P.A e Perfil) – Laudo: infiltrado pulmonar em ápice esquerdo.

ASPECTOS FARMACOLÓGICOS

Terapêutica instituída com Rifampicina composta (Rifampicina +

Isoniazida) e Pirazinamida durante seis meses.

RIFAMPICINA

A Rifampicina está indicada para o tratamento das diversas formas

de tuberculose e hanseníase, causadas por microrganismos sensíveis, mesmo

que em associação com outros antibacterianos, na tentativa de diminuir a

resistência. É também o fármaco de escolha no tratamento de portadores

nasofaringeos de Neisseria meningitides de indivíduos que mantiveram contato

com portadores de meningite meningocócica ou de crianças pequenas e sem

imunização específica, que tiveram contato familiar com meningite pelo

Hemófilo B.

Contraindicações de Rifampicina

Pacientes com história anterior de hipersensibilidade às Rifampicina

ou portadores de insuficiência hepática, pelo risco de agravamento deste

quadro e ainda, uso concomitante de contraceptivos orais ou fármacos

hepatotóxicos, insuficiência renal grave, gravidez e lactação.

Advertências

O aparecimento de coloração avermelhada na urina, saliva, lágrimas

e lentes de contato gelatinosas, podendo inclusive manchá-las definitivamente.

Hiperbilirrubinemia ou aumento de transaminases por isoladamente não

impõem a suspensão do tratamento, sugerindo-se uma avaliação clínica e

laboratorial antes de qualquer decisão. Exames pré-clínicos demonstraram

teratogenia quandoutilizado em roedores, sob doses elevadas. Portadores de

disfunção hepática só devem fazer uso desta terapêutica depois de totalmente

avaliada a relação risco/benefício.

Uso na gravidez de Rifampicina

Contraindicado.

Interações medicamentosas de Rifampicina

A Rifampicina pode causar diminuição dos níveis de prednisona,

quinidina, cetoconazol, propranolol, digitoxina, clofibra e da sulfoniluréia, além

de diminuir a eficácia dos anticoagulantes cumarínicos e dos contraceptivos

orais. Além disso, é sabido que os antiácidos e o cetoconazol reduzem a

absorção intestinal da Rifampicina.

Reações adversas / Efeitos colaterais de Rifampicina

Rubor facial, prurido e rush cutâneo generalizado, assim como

púrpura, epistaxe, metrorragia, hemorragia gengival e anemia hemolítica.

Síndrome pseudogripal com febre, astenia, cefaleia, tremores e mialgia,

podendo evoluir com nefrite intersticial, necrose tubular aguda, trombocitopenia

e choques. Na área digestiva: Mal estar, inapetência, náusea, vômitos, icterícia,

insuficiência hepática e diarreia.

Rifampicina - Posologia

Para garantir rápida e completa absorção aconselha-se a

administração de Rifampicina com estômago vazio, longe das refeições.

Tratamento das formas de tuberculose pulmonar e extrapulmonar: Primeira

fase (dois meses): Até 20 kg: 10mg/kg, em doses diárias; 20 kg a 35 kg:

300mg, em doses diárias; 35 kg a 45 kg: 450mg, em doses diárias; acima de

45 kg: 600mg, em doses diárias. Segunda fase (quatro meses): Até 20 kg:

10mg/kg, em doses diárias; 20 kg a 35 kg: 300mg, em doses diárias; 35 kg a

45 kg: 450mg, em doses diárias; acima de 45 kg: 600mg, em doses diárias.

Tratamento da meningite tuberculosa: Primeira fase (dois meses): Menores de

15 anos: 20mg/kg, em doses diárias; maiores de 15 anos: 600mg, em doses

diárias. Segunda fase (quatro meses): Menores de 15 anos: 20mg/kg, em

doses diárias; maiores de 15 anos: 600mg, em doses diárias. Rifampicina

geralmente deve ser associada a outros tuberculostáticos. Tratamento de

infecções inespecíficas: Adultos: Recomenda-se dosagem diária de 600mg;

nas formas graves esta dosagem pode ser aumentada para 900 a 1.200mg.

Nas infecções das vias urinárias, a dosagem diária recomendada é de 900 a

1.200mg. Nos casos de dosagens maiores, estas deverão ser fracionadas em

duas administrações. Na blenorragia é indicada uma única administração diária

de 900mg, que eventualmente poderá ser repetida também no 2o e 3o dias.

Crianças: Recomenda-se dosagem diária de 20mg/kg em uma ou duas

administrações. Em todos os casos (exceto na blenorragia), prolongar o

tratamento por mais alguns dias, mesmo após o desaparecimento dos

sintomas.

Rifampicina - Informações

A Rifampicina é um derivado semissintético da Rifampicina B, esta,

produzida com resultado de processo de fermentação do Streptomyces

mediterranei. Com ação em diversas bactérias Gram-negativas e Gram-

positivas. O principal mecanismo de ação é a inibição da atividade RNA-

polimerase DNA-dependente. Embora tenha boa ação antibacteriana, tem sido

reservado para o tratamento de hanseníase e tuberculose, em associação com

outros antibacterianos, causando rápida resistência, principalmente por

mutação na unidade b da RNA-polimerase. Tem boa absorção no trato

gastrointestinal, se reduzindo, no entanto, na presença de alimentos. Apresenta

boa distribuição, atingindo inclusive o sistema nervoso. Atravessa a barreira

placentária e leite materno. Sua metabolização se faz no fígado, com meia-vida

de 3 horas de 600mg, diminuindo um pouco com doses repetidas o que é

recompensado porque apresenta ação antibacteriana com níveis mínimos de

concentração sanguínea.

ISONIAZIDA

Indica-se em diversas formas de tuberculose causadas por bactérias

sensíveis.

Contraindicações de Isoniazida

Hipersensibilidade aos componentes do produto. Hepatopatia grave

é contraindicação relativa pelo risco de agravamento das condições do fígado.

Uso de medicamentos que induzem disfunção no fígado. Uso concomitante de

contraceptivos orais ou fármacos hepatotóxicos. Insuficiência renal, gravidez e

lactação.

Advertências

Uso cauteloso em pacientes que têm hepatopatia (monitorizar

funções do fígado). Pacientes idosos, alcoólatras, diabéticos e desnutridos

podem apresentar polineuropatia periférica que se evita com a utilização

preventiva de piridoxina. Evitar uso concomitante de salicilatos e laxantes

contendo magnésio. É maior a incidência de hepatite medicamentosa nos

pacientes que tomam diariamente bebidas alcoólicas. Deve-se considerar a

possibilidade de aumento na frequência de convulsões em epiléticos.

Considerar também insuficiência renal, condições de acetilação lenta (aumenta

o risco de efeitos adversos), antecedentes de psicose, e gravidez e lactação. O

paciente deve ser advertido da possibilidade de ocorrência de coloração

avermelhada da urina, saliva, lágrimas e de lentes de contato gelatinosas que

podem se manchar em caráter definitivo. Em alguns pacientes pode ocorrer

Hiperbilirrubinemia por competição. A elevação das bilirrubinas ou

transaminases como dado isolado não impõe a interrupção no emprego do

produto. Indica-se avaliação clínica e laboratorial evolutiva para melhor

decisão.

O paciente deve ser orientado a evitar o uso de bebidas alcoólicas durante o

tratamento.

Uso na gravidez de Isoniazida

USO DURANTE A GRAVIDEZ Como não existem estudos que

comprovem a segurança da utilização de Isoniazida e Rifampicina durante a

gravidez e a Rifampicina atravessa a placenta, este medicamento não deve ser

usado, a menos que, a critério médico, os benefícios esperados para a mãe

sejam superiores aos possíveis riscos para o feto. Categoria de risco na

gravidez: C (ambos os fármacos) USO DURANTE A AMAMENTAÇÃO A

Isoniazida passa para o leite materno e, portanto, é preciso avaliar a relação

risco/benefício. Caso seja administrado, existe um risco teórico de neuropatia e

convulsões. Recomenda-se uso preventivo de piridoxina para a mãe e o bebê.

Deve-se monitorar o lactente para identificar possível toxicidade,

Interações medicamentosas de Isoniazida

a) Isoniazida Aumento da hepatotoxicidade com a administração de

Isoniazida com anestésicos como enflurano, halotano ou isoflurano. Aumento

da neurotóxicidade com cicloserina. A Isoniazida aumenta a ação e o risco de

efeitos tóxicos da carmabazepina, etossuximida, fenitoína, diazepam e teofilina.

A carbamazepina possivelmente aumenta o efeito tóxico no fígado de

Isoniazida. Antiácidos (hidróxido de alumínio e magnésio) e adsorventes

(carvão ativado) reduzem a absorção da Isoniazida, diminuindo, assim, sua

ação. A Isoniazida pode diminuir a eficácia do cetoconazol. Teofilina: a

Isoniazida possivelmente aumenta a concentração plasmática de teofilina,

aumentando seu efeito e risco de toxicidade. Meperidina: uso concomitante

aumenta risco de hipotensão arterial ou depressão do sistema nervoso central

Dissulfiram: uso concomitante pode causar alterações comportamentais ou na

coordenação motora. Anticoagulantes orais como varfarin podem ter efeito

aumentado pela Isoniazida.

b) Rifampicina Os antiácidos e o cetoconazol reduzem a absorção

intestinal da Rifampicina. Vários medicamentos têm sua concentração

plasmática diminuída em consequência de seu metabolismo acelerado no uso

concomitante com Rifampicina: Ansiolíticos: diazepam. Antiarrítmicos: quinidina

e disopiramida. Antibacterianos: cloranfenicol e dapsona. Anticoagulantes:

cumarinas e varfarina (reduz o efeito anticoagulante). Anticoncepcionais orais.

Antidepressivos tricíclicos: imipramina, clomipramina. Antidiabéticos:

clorpropramida, tolbutamida e possivelmente outras sulfoniluréias (reduz o

efeito, dificultando o controle). Antiepiléticos: carbamazepina e fenitoína.

Antifúngicos: fluconazol, itraconazol e cetoconazol. Antipsicóticos: haloperidol.

Antirretrovirais: indinavir, nelfinavir e saquinavir (evitar o uso concomitante).

Betabloqueadores: propranolol. Bloqueadores de canais de cálcio: diltiazem,

nifedipino e verapamil e possivelmente o mesmo ocorre com isradipino e

nisoldipino. Ciclosporina. Citotóxicos: azatioprina (uso com rifampicina

possivelmente leva à rejeição de transplantes). Corticosteroides. Estrogênios e

progestogênios em combinação ou progestogênios: o efeito contraceptivo se

reduz, exigindo uso de outro método se se quiser evitar a gestação.

Levotiroxina: pode aumentar a necessidade no hipotireoidismo. Tacrolimus.

Teofilina. Outros medicamentos que tem sua ação diminuída: metadona,

digoxina, paracetamol, clofibrato, Levotiroxina, amitriptilina e nortriptilina.

Álcool: o consumo diário de álcool pode aumentar o risco de efeitos tóxicos e

do metabolismo da rifampicina.

INTERAÇÃO COM ALIMENTOS, CHÁS OU ÁLCOOL.

Podem surgir sintomas se o paciente comer alimentos ricos em

tiramina e histamina (alguns queijos, vinho, salame, soja, suplementos em pó

contendo proteínas, carne de sol). O consumo diário de álcool aumenta o risco

de hepatoxicidade da Isoniazida. A absorção de rifampicina é diminuída

quando administrada junto com alimentos. A erva-de-São João pode diminuir a

ação da Rifampicina.

INTERFERÊNCIA EM EXAMES LABORATORIAIS

A Isoniazida interfere na determinação da glicosúria e dos níveis

sanguíneos de bilirrubinas e de transaminases. Elevação moderada e

transitória dos níveis séricos das transaminases ocorre em alguns doentes,

mas geralmente há retorno à normalidade sem interromper o tratamento.

Reações adversas / Efeitos colaterais de Isoniazida

a) Isoniazida As reações mais graves são neuropatia periférica e

hepatite especialmente em pessoas com mais de 35 anos. A neuropatia, em

geral reversível, é mais comum em desnutridos, alcoólatras ou hepatopatas e

quando se usam doses elevadas. A hepatite, efeito adverso mais importante, é

mais frequente no idoso e nos alcoólatras, e pode ser fatal. Outras

manifestações são náuseas, vômitos, dor epigástrica e reações de

hipersensibilidade que incluem febre, linfadenopatia, erupção cutânea e

vasculite, eritema multiforme, púrpura, agranulocitose. Ademais foi relatada

neurite óptica, convulsões, episódios psicóticos, síndrome semelhante ao lúpus

eritematoso sistêmico, pelagra, hiperglicemia e ginecomastia, além de acidose

metabólica, síndrome reumatoide e retenção urinária. b) rifampicina As mais

comuns são: anorexia, náuseas, vômitos e diarreia. Pode ocorrer colite

associada ao uso do antibiótico. Também pode ocorrer rubor facial, urticária,

erupções cutâneas, icterícia, insuficiência hepática, pancreatite, púrpura

trombocitopenia, epistaxe, metrorragia, hemorragias gengivais, anemia

hemolítica e síndrome pseudogripal com febre, fraqueza, dor de cabeça,

tremores e mialgia. Há registros de nefrite intersticial, necrose tubular aguda e

choque, distúrbios do SNC (confusão mental, ataxia, alterações visuais

transitórias), neurite aguda e trombose venosa.

Isoniazida - Posologia

Deve-se observar o Manual de Normas para o Controle de

Tuberculose, 4ª edição modificada e revisada, da Fundação Nacional de Saúde

do Ministério da Saúde (1995) ou edição subsequente. Em todas as formas de

tuberculose pulmonar e extrapulmonar exceto meningite, pacientes com mais

de 20 kg de peso, devem tomar, por dia, as seguintes doses: Peso do paciente

Isoniazida rifampicina Cápsulas De 20 a 35 kg 200 mg 300 mg Uma cápsula

de FURP-Isoniazida + RIFAMPICINA 200:300 mg De 35 a 45 kg 300 mg 450

mg Uma cápsula de FURP-Isoniazida + RIFAMPICINA 200:300 mg e outra de

FURP-Isoniazida + RIFAMPICINA 100:150 mg Mais de 45 kg 400 mg 600 mg

Duas cápsulas de FURP-Isoniazida + RIFAMPICINA 200:300 mg A dose diária

é administrada em tomada única de manhã, em jejum, ou duas horas após a

refeição. Se houver grande desconforto gástrico, pode-se administrar após

refeição leve. Este esquema deve permanecer por 6 meses mas, nos dois

primeiros meses é preciso associar um terceiro fármaco, geralmente a

Pirazinamida. Para tuberculose meningoencefálica a primeira etapa do

tratamento, de dois meses, é igual à descrita acima (com uso de três fármacos

antituberculose), mas a segunda etapa, quando se mantém FURP - Isoniazida

+ Rifampicina, tem a duração de 7 meses. NB: Crianças com menos de 20 kg

de peso devem receber doses individualizadas de cada um dos fármacos,

Isoniazida e rifampicina.

Superdosagem

As manifestações devidas à Isoniazida são vômitos, acidose

metabólica, hiperglicemia, convulsões e coma. Superdosagem de rifampicina

pode provocar coloração da pele em tom vermelho alaranjado, edema

periorbital ou facial, urticária e náuseas, vômitos, diarreia e outras

manifestações como as descritas no item anterior. Deve-se promover o

esvaziamento gástrico nas ingestões recentes e administrar carvão ativado na

dose de 1 g/kg de peso até a dose de 50g. Deve-se aplicar piridoxina, em

doses elevadas, por via intravenosa. Também se promove a diurese com

agentes osmóticos. Nos casos mais graves, são indicadas medidas para

reposição hidroeletrolítica, correção da acidose com bicarbonato de sódio e

medicação sintomática.

Características farmacológicas

O produto combina um tuberculostático (Isoniazida) com um

antibiótico macrocíclico (rifampicina) também ativo contra o M. tuberculosis que

são usados associados com grande frequência na prática clínica.

Farmacocinética

a) Isoniazida É bem absorvida no sistema digestivo, mas pode

ocorrer significativo metabolismo de primeira passagem. Possui ampla

distribuição nos diversos tecidos e fluidos corporais incluindo o líquido

cefalorraquidiano, quando apresenta níveis equivalentes a 20% dos níveis no

sangue, mas que se elevam quando existe inflamação das meninges, podendo

se igualar à concentração sérica. Atravessa a barreira placentária e é

excretada no leite. A biotransformação é hepática, por acetilação. Em seres

humanos há heterogeneidade genética quanto à velocidade de acetilação da

Isoniazida, isto é, existem indivíduos que são acetiladores rápidos e outros

lentos, sendo estes os que tendem a apresentar manifestações de

hepatotoxicidade.

A sua meia-vida fica em torno de uma hora em indivíduos acetiladores rápidos

e de três a cinco horas nos lentos, elevando-se ainda mais na presença de

hepatopatias. A duração da ação é prolongada e assim os níveis da

concentração sanguínea necessários para que ocorra ação contra as

microbactérias são muito baixos. Permite o uso de dose única diária ou em dias

alternados. A absorção e biodisponibilidade oral são diminuídas com a

presença de alimentos. b) rifampicina É bem absorvida pelo trato

gastrintestinal, mas esta absorção se reduz quando é administrada com

alimentos. Tem ampla distribuição orgânica incluindo o sistema nervoso.

Atravessa a barreira placentária e é encontrada no leite materno. A

metabolização é hepática. A sua meia-vida é de três horas após uma dose

única de 600 mg, diminuindo um pouco para as doses repetidas. É longa sua

duração de ação porque são mínimos os níveis necessários para a atividade

antibacteriana.

Farmacodinâmica

A Isoniazida é um derivado sintético do ácido isonicotínico. Age

inibindo a síntese do ácido micólico, um componente importante da parede de

microbactérias, não atuando contra outros tipos de bactérias. É considerado

um fármaco primário, sendo utilizada no tratamento de todas as formas de

tuberculose causadas por cepas de Mycobacterium tuberculosis sensíveis à

isonizada. Tem ação bactericida extracelular. A rifampicina é um antibiótico

derivado semissintético da rifampicina B. As rifamicinas são derivadas do

Nocardia mediterranei. A rifampicina age contra Mycobacterium leprae,

M.tuberculosis, diversas outras micobactérias e bactérias gram-positivas e

gram-negativas. M. fortuitum é resistente. O mecanismo de ação é a inibição

da biossíntese do ARN bacteriano. Embora tenha ação contra diversas

bactérias, sua utilização é quase exclusiva para o tratamento da hanseníase e

da tuberculose, sempre em associação com outros antibacterianos adequados,

pois é muito rápida a emergência de resistência bacteriana. A causa mais

comum de resistência bacteriana é a mutação na subunidade beta da ARN

polimerase, onde ocorre a ligação da rifampicina.

Modo de usar

O produto deve ser ingerido pela manhã, em jejum ou duas horas

após a refeição, com algum líquido, sem mastigar, com outros medicamentos

para tuberculose. A administração de FURP-Isoniazida + Rifampicina não

deve ser interrompida nem se deve alterar a dose e o intervalo da

administração sem orientação médica. É muito importante respeitar os horários

de tomada deste medicamento.

Caso você se esqueça de tomar uma dose, tome-a o quanto antes, a

menos que esteja muito próximo da dose seguinte. Nunca tome duas doses ao

mesmo tempo. Se houver esquecimento de duas ou mais doses, o médico

deve ser avisado. Em caso de grande desconforto digestivo, recomenda-se

administrar junto de uma refeição leve.

Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco

USO EM IDOSOS

Pacientes idosos podem apresentar polineuropatia que pode ser

evitada com uso de piridoxina.

GRUPOS DE RISCOS

Pacientes diabéticos, alcoólatras e desnutridos podem apresentar

polineuropatia periférica pela Isoniazida que pode ser evitada com uso

preventivo de piridoxina. Os pacientes com disfunção hepática ou renal

apresentam grande de efeitos tóxicos da rifampicina. Só se deve empregar em

caso de real necessidade e sob supervisão médica, com monitorização de

enzimas no sangue.

PIRAZINAMIDA

IQUEGO-Pirazinamida é indicado para o tratamento da tuberculose,

depois que os tratamentos de primeira escolha não foram eficazes, sempre em

associação com outros antituberculosos.

Contraindicações de Pirazinamida

O IQUEGO - Pirazinamida é contraindicado para indivíduos com

algum grau de disfunção hepática, a menos que seja absolutamente inevitável,

e em pacientes com história de hipersensibilidade à Pirazinamida ou a

qualquer outro componente da fórmula.

Advertências

IQUEGO - Pirazinamida deve ser administrada associada com

outros tuberculostáticos, devido ao risco de desenvolvimento de resistência

bacteriana. A terapêutica antituberculose deve ser mantida por um período de 6

meses a 2 anos, dependendo do tipo de tratamento utilizado. Pacientes com

imunodeficiência adquirida (AIDS) concomitante podem necessitar um período

maior de tratamento. Pacientes com função renal diminuída não necessitam de

redução da dose. O risco/benefício deve ser avaliado em situações clínicas

como: gota, função hepática comprometida, hipersensibilidade a Pirazinamida,

etionamida, Isoniazida, ácido nicotínico ou outros medicamentos quimicamente

relacionados. Monitorar a função hepática (enzimas) e ácido úrico.

Uso na gravidez de Pirazinamida

USO DURANTE A GRAVIDEZ Como não existem estudos que

comprovem a segurança da utilização de Isoniazida e rifampicina durante a

gravidez e a rifampicina atravessa a placenta, este medicamento não deve ser

usado, a menos que, a critério médico, os benefícios esperados para a mãe

sejam superiores aos possíveis riscos para o feto. Categoria de risco na

gravidez: C (ambos os fármacos) USO DURANTE A AMAMENTAÇÃO A

isoniazida passa para o leite materno e, portanto, é preciso avaliar a relação

risco/benefício. Caso seja administrado, existe um risco teórico de neuropatia e

convulsões. Recomenda-se uso preventivo de piridoxina para a mãe e o bebê.

Deve-se monitorar o lactente para identificar possível toxicidade.

Reações adversas / Efeitos colaterais de Pirazinamida

Lesão hepática. Elevações das TGO e TGP plasmáticas são as

principais anormalidades provocadas pela droga.Todos os pacientes tratados

com Pirazinamida devem ser submetidos a exames da função hepática antes

de administrar-se a droga, o que deve ser repetido a intervalos freqüentes

durante todo o período do tratamento. Se houver evidências de lesão hepática

significativa, o tratamento deve ser interrompido. Citam-se também artralgias,

anorexia, náuseas e vômitos, disúria, mal-estar e febre. Pode interferir com

nitroprussiato de sódio, produzindo uma cor rósea-acastanhada que interfere

na análise urinária, bem como na determinação de corpos cetônicos na urina e,

podendo aumentar a concentração sérica de ácido úrico.

Pirazinamida - Posologia

A dose diária é de 20 a 35 mg/kg, por via oral, fracionada em três ou

quatro doses administradas em intervalos iguais. A quantidade máxima a ser

dada é de 3 g por dia, independente do peso corporal.

Superdosagem

Em caso de superdosagem procure orientação médica.As

manifestações devidas à isoniazida são vômitos, acidose metabólica,

hiperglicemia, convulsões e coma. Superdosagem de rifampicina pode

provocar coloração da pele em tom vermelho alaranjado, edema periorbital ou

facial, urticária e náuseas, vômitos, diarréia e outras manifestações como as

descritas no item anterior. Deve-se promover o esvaziamento gástrico nas

ingestões recentes e administrar carvão ativado na dose de 1 g/kg de peso até

a dose de 50g. Deve-se aplicar piridoxina, em doses elevadas, por via

intravenosa. Também se promove a diurese com agentes osmóticos. Nos

casos mais graves, são indicadas medidas para reposição hidro-eletrolítica,

correção da acidose com bicarbonato de sódio e medicação sintomática.

Características farmacológicas

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS O produto combina um

tuberculostático (isonizida) com um antibiótico macrocíclico (rifampicina)

também ativo contra o M. tuberculosis que são usados associados com grande

freqüência na prática clínica. Farmacocinética a) isoniazida É bem absorvida no

sistema digestivo, mas pode ocorrer significativo metabolismo de primeira

passagem. Possui ampla distribuição nos diversos tecidos e fluidos corporais

incluindo o líquido cefalorraquidiano, quando apresenta níveis equivalentes a

20% dos níveis no sangue mas que se elevam quando existe inflamação das

meninges, podendo se igualarem à concentração sérica. Atravessa a barreira

placentária e é excretada no leite. A biotransformação é hepática, por

acetilação. Em seres humanos há heterogeneidade genética quanto à

velocidade de acetilação da isoniazida, isto é, existem indivíduos que são

acetiladores rápidos e outros lentos, sendo estes os que tendem a apresentar

manifestações de hepatotoxicidade. A sua meia-vida fica em torno de uma hora

em indivíduos acetiladores rápidos e de três a cinco horas nos lentos,

elevando-se ainda mais na presença de hepatopatias. A duração da ação é

prolongada e assim os níveis da concentração sangüínea necessários para que

ocorra ação contra as micobactérias são muito baixos. Permite o uso de dose

única diária ou em dias alternados. A absorção e biodisponibilidade oral são

diminuídas com a presença de alimentos. b) rifampicina É bem absorvida pelo

trato gastrintestinal mas esta absorção se reduz quando é administrada com

alimentos. Tem ampla distribuição orgânica incluindo o sistema nervoso.

Atravessa a barreira placentária e é encontrada no leite materno. A

metabolização é hepática. A sua meia-vida é de três horas após uma dose

única de 600 mg, diminuindo um pouco para as doses repetidas. É longa sua

duração de ação porque são mínimos os níveis necessários para a atividade

antibacteriana. Farmacodinâmica A isoniazida é um derivado sintético do ácido

isonicotínico. Age inibindo a síntese do ácido micólico, um componente

importante da parede de micobactérias, não atuando contra outros tipos de

bactérias. É considerada um fármaco primário, sendo utilizada no tratamento

de todas as formas de tuberculose causadas por cepas de Mycobacterium

tuberculosis sensíveis à isonizada. Tem ação bactericida extracelular. A

rifampicina é um antibiótico derivado semi-sintético da rifamicina B. As

rifamicinas são derivadas do Nocardia mediterranei. A rifampicina age contra

Mycobacterium leprae, M.tuberculosis, diversas outras micobactérias e

bactérias gram-positivas e gram-negativas. M. fortuitum é resistente. O

mecanismo de ação é a inibição da biossíntese do ARN bacteriano. Embora

tenha ação contra diversas bactérias, sua utilização é quase exclusiva para o

tratamento da hanseníase e da tuberculose, sempre em associação com outros

antibacterianos adequados, pois é muito rápida a emergência de resistência

bacteriana. A causa mais comum de resistência bacteriana é a mutação na

subunidade beta da ARN polimerase, onde ocorre a ligação da rifampicina.

Modo de usar

O produto deve ser ingerido pela manhã, em jejum ou duas horas

após a refeição, com algum líquido, sem mastigar, com outros medicamentos

para tuberculose. A administração de FURP-Isoniazida + Rifampicina não deve

ser interrompida nem se deve alterar a dose e o intervalo da administração sem

orientação médica. É muito importante respeitar os horários de tomada deste

medicamento. Caso você se esqueça de tomar uma dose, tome-a o quanto

antes, a menos que esteja muito próximo da dose seguinte. Nunca tome duas

doses ao mesmo tempo. Se houver esquecimento de duas ou mais doses, o

médico deve ser avisado. Em caso de grande desconforto digestivo,

recomenda-se administrar junto de uma refeição leve. Conservar este

medicamento em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), proteger da luz e

umidade.

Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco.

USO EM IDOSOS Pacientes idosos podem apresentar

polineuropatia que pode ser evitada com uso de piridoxina. GRUPOS DE

RISCOS Pacientes diabéticos, alcoólatras e desnutridos podem apresentar

polineuropatia periférica pela isoniazida que pode ser evitada com uso

preventivo de piridoxina. Os pacientes com disfunção hepática ou renal

apresentam grande de efeitos tóxicos da rifampicina. Só se deve empregar em

caso de real necessidade e sob supervisão médica, com monitorização de

enzimas no sangue.

Pirazinamida - Informações

QUEGO - Pirazinamida é um análogo pirazínico sintético da

Nicotinamida. Apresenta atividade bactericida in vitro apenas em pH

ligeiramente ácido, o bacilo da tuberculose dentro dos monócitosin vitro são

destruídos pela droga na concentração de 12,5 g/ml. A resistência desenvolve-

se, rapidamente, se a Pirazinamida for utilizada isoladamente.

ASPECTOS BIOGENÉTICOS

Não há relação desta patologia com fatores genéticos.

ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS

Apesar de seguir as normas internacionais de controle da

tuberculose, o Brasil está entre os 22 países com maior número absoluto de

casos da doença, ocupando o 15º lugar no ranking.Esse grupo de nações é

responsável por 80% dos casos da doença no mundo, de acordo com a OMS.

Segundo dados do Centro Nacional de Epidemiologia do Ministério da Saúde,

em 2001, o País registrou 71.319 casos de tuberculose e 5.381 mortes.

Dos 192 países que fazem parte da OMS, 155 já adotam as normas

de controle da doença. Ao todo, mais de 60% da população mundial tem

acesso a serviços de saúde que seguem as estratégias internacionais para

combater a tuberculose.

Os dados fazem parte de um relatório sobre doença no mundo,

divulgado pela OMS. Uma das estratégias internacionais de combate à

tuberculose é o tratamento supervisionado. Significa que o paciente toma o

remédio todo dia na frente de um profissional de saúde. O tratamento precisa

ser seguido à risca, sem interrupções, por seis meses. Se o paciente deixa de

tomar os remédios, a bactéria que provoca a doença (também chamada de

bacilo) fica resistente. Nesse caso, são necessárias drogas mais forte e cara e,

mesmo assim, com menor chance de cura - só 20% em vez de 100%.

O tratamento da tuberculose no Brasil é todo centralizado na rede

pública de saúde. A meta é curar 85% dos pacientes. Para atingir esse

objetivo, o Programa de Controle de Tuberculose no Estado de São Paulo,

procura atingir 70% dos pacientes com tratamento supervisionado. São Paulo é

o Estado com maior número absoluto de casos de tuberculose. A cada ano, 21

mil casos são registrados. Desses, 18 ou 19 mil são novos e o restante é

retratamento. Por ano, o Estado registra 1.500 mortes provocadas por

tuberculose.

ASPECTOS LEGAIS

O paciente tem direito a atendimento humano, atencioso e

respeitoso, por parte de todos os profissionais de saúde. Tem direito a um local

digno e adequado para seu atendimento.

O paciente tem direito a ser identificado pelo nome e sobrenome.

Não deve ser chamado pelo nome da doença ou do agravo à saúde, ou ainda

de forma genérica ou quaisquer outras formas impróprias, desrespeitosas ou

preconceituosas.

O paciente tem direito a receber do funcionário adequado, presente

no local, auxílio imediato e oportuno para a melhoria de seu conforto e bem-

estar.

O paciente tem direito a identificar o profissional por crachá

preenchido com o nome completo, função e cargo.

O paciente tem direito a consultas marcadas, antecipadamente, de

forma que o tempo de espera não ultrapasse a trinta (30) minutos.

O paciente tem direito de exigir que todo o material utilizado seja

rigorosamente esterilizado, ou descartável e manipulado segundo normas de

higiene e prevenção.

O paciente tem direito de receber explicações claras sobre o exame

a que vai ser submetido e para qual finalidade irá ser coletado o material para

exame de laboratório.

O paciente tem direito a informações claras, simples e

compreensivas, adaptadas à sua condição cultural, sobre as ações

diagnósticas e terapêuticas, o que pode decorrer delas, a duração do

tratamento, a localização de sua patologia, se existe necessidade de anestesia,

qual o instrumental a ser utilizado e quais regiões do corpo serão afetadas

pelos procedimentos.

O paciente tem direito a ser esclarecido se o tratamento ou o

diagnóstico é experimental ou faz parte de pesquisa, e se os benefícios a

serem obtidos são proporcionais aos riscos e se existe probabilidade de

alteração das condições de dor, sofrimento e desenvolvimento da sua

patologia.

O paciente tem direito de consentir ou recusar a ser submetido à

experimentação ou pesquisas. No caso de impossibilidade de expressar sua

vontade, o consentimento deve ser dado por escrito por seus familiares ou

responsáveis.

O paciente tem direito a consentir ou recusar procedimentos,

diagnósticos ou terapêuticos a serem nele realizados. Deve consentir de forma

livre, voluntária, esclarecida com adequada informação. Quando ocorrerem

alterações significantes no estado de saúde inicial ou da causa pela qual o

consentimento foi dado, este deverá ser renovado.

O paciente tem direito de revogar o consentimento anterior, a

qualquer instante, por decisão livre, consciente e esclarecida, sem que lhe

sejam imputadas sanções morais ou legais.

O paciente tem o direito de ter seu prontuário médico elaborado de

forma legível e de consultá-lo a qualquer momento. Este prontuário deve conter

o conjunto de documentos padronizados do histórico do paciente, princípio e

evolução da doença, raciocínio clínico, exames, conduta terapêutica e demais

relatórios e anotações clínicas.

O paciente tem direito a ter seu diagnóstico e tratamento por escrito,

identificado com o nome do profissional de saúde e seu registro no respectivo

Conselho Profissional, de forma clara e legível.

O paciente tem direito de receber medicamentos básicos, e também

medicamentos e equipamentos de alto custo, que mantenham a vida e a

saúde.

O paciente tem o direito de receber os medicamentos

acompanhados de bula impressa de forma compreensível e clara e com data

de fabricação e prazo de validade.

O paciente tem o direito de receber as receitas com o nome genérico

do medicamento (Lei do Genérico) e não em código, datilografadas ou em

letras de forma, ou com caligrafia perfeitamente legível, e com assinatura e

carimbo contendo o número do registro do respectivo  Conselho Profissional.

O paciente tem direito de saber com segurança e antecipadamente,

através de testes ou exames, que não é diabético, portador de algum tipo de

anemia, ou alérgico a determinados medicamentos (anestésicos, penicilina,

sulfas, soro antitetânico, etc.) antes de lhe serem administrados.

O paciente tem direito à sua segurança e integridade física nos

estabelecimentos de saúde, públicos ou privados.

O paciente tem direito de ter acesso às contas detalhadas referentes

às despesas de seu tratamento, exames, medicação, internação e outros

procedimentos médicos.

O paciente tem direito de não sofrer discriminação nos serviços de

saúde por ser portador de qualquer tipo de patologia, principalmente no caso

de ser portador de HIV / AIDS ou doenças infectocontagiosas.

O paciente tem direito de ser resguardado de seus segredos,

através da manutenção do sigilo profissional, desde que não acarrete riscos a

terceiros ou à saúde pública. Os segredos do paciente correspondem a tudo

aquilo que, mesmo desconhecido pelo próprio cliente, possa o profissional de

saúde ter acesso e compreender através das informações obtidas no histórico

do paciente, exames laboratoriais e radiológicos.

O paciente tem direito a manter sua privacidade para satisfazer suas

necessidades fisiológicas, inclusive alimentação adequada e higiênica, quer

quando atendido no leito, ou no ambiente onde está internado ou aguardando

atendimento.

O paciente tem direito a acompanhante, se desejar, tanto nas

consultas, como nas internações. As visitas de parentes e amigos devem ser

disciplinadas em horários compatíveis, desde que não comprometam as

atividades médico/sanitárias.

O paciente tem direito à indenização pecuniária no caso de qualquer

complicação em suas condições de saúde motivadas por imprudência,

negligência ou imperícia dos profissionais de saúde.

O paciente tem direito à assistência adequada, mesmo em períodos

festivos, feriados ou durante greves profissionais.

O paciente tem direito de receber ou recusar assistência moral,

psicológica, social e religiosa.

O paciente tem direito a uma morte digna e serena, podendo optar

ele próprio (desde que lúcido), a família ou responsável, por local ou

acompanhamento e ainda se quer ou não o uso de tratamentos dolorosos e

extraordinários para prolongar a vida.

O paciente tem o direito de não ter nenhum órgão retirado de seu

corpo sem sua prévia aprovação.

O paciente tem direito a órgão jurídico de direito específico da

saúde, sem ônus e de fácil acesso.

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM

Ansiedade, caracterizado por receio, relacionado á

transmissão/contagio interpessoal familiar.

Medo, caracterizado por apreensão, relacionado á separação do

sistema de apoio em situação potencialmente estressante.

Padrão de sono perturbado, caracterizados por despertares

prolongado, relacionado por despertar causado por outros.

Déficit de laser, caracterizado por cansaço, relacionado á falta de

motivação.

Déficit no volume de líquidos, caracterizado por baixo numera de

micções diárias, relacionado á baixa ingesta hídrica.

PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM

Orientar o paciente quanto à terapia medicamentosa, o período de

transmissibilidade, bem como as precauções que deverão ser adotadas para

evitar a transmissão.

Oferecer apoio psicológico ao paciente e orientá-lo quanto a sua

patologia. Propiciar ambiente seguro e confortável, desprovido de barulhos e

incômodos. Incentivar a socialização com a companheira e com todos os

grupos etários, aumentar o sentimento de produtividade e de autovalorização,

encorajar o auto desafio.

Orientar o cliente á manter um registro escrito do liquido ingerido, da

eliminação urinaria e do peso diário (ingerir 2000 ml de água ao dia, eliminar no

máximo 1500 ml a cada 24hs, monitorar eletrólitos séricos, monitorar peso

corporal).

EVOLUÇÃO

Paciente consciente, orientado, verbalizando, deambulando;

Eupnéico com FR =18 Rpm, ausculta pulmonar com murmúrios vesicular

diminuído em ápice esquerdo; Normocárdico com FC =72 Bpm, bulhas

cardíacas normofonéticas sem presença de sopro, normotenso com

P.A=110X70 mmHg sem uso de fármacos reguladores; Normotérmico com

temperatura axilar = 36.5°C , pele íntegra, membros sem anormalidades;

Abdome plano, não doloroso á palpação, RH +, cicatriz cirúrgica de

apendicectomia em região flanco direito, Paciente relata dieta adequada sem

perca de peso e/ou apetite, pouca ingesta hídrica( - de 2lt ) ao dia, diurese

espontânea e com poucas micções diárias, evacuação normal; Paciente

orientado quanto a sua patologia, bem como ao tratamento.

PROGNÓSTICO

Paciente com alta médica do tratamento superou as expectativas

negativas quanto ao mesmo, voltando á sua rotina normal vencida os

preconceitos e rejeições de colegas e pessoas do seu meio comum, tranquilo

quanto a saúde de seus familiares, amigos e namorada, relata períodos de

sonos mais tranquilos e adequados proporcionando descanso no dia seguinte,

relata retomada de atividade física semanal e melhora da ingesta hídrica diária.

CONCLUSÃO

Com o presente estudo clinico feito por nós (Gualberto Júnior e

Christiane Rocha), foi possível observar e compreender a complexidade e a

inter-relação dos sinais e sintomas apresentados pelo paciente, relacionando

com a analise fisiopatológica da Insuficiência Cardíaca Congestiva associada

ao tratamento instituído que visa deter a progressão e desenvolvimento da

doença.

Para que seja alcançado o objetivo deve ser valorizada a atuação da

equipe de Enfermagem, a prescrição medica as respostas terapêuticas e a

educação em saúde na intenção de promover o autocuidado e garantir a

adesão ao tratamento proposto.

Com a finalidade de ampliar ainda mais o conhecimento acerca do

que seja Insuficiência cardíaca Congestiva, Proporcionando ao Enfermeiro (a)

um bom desempenho em seu diagnostico, prescrição, contribuindo de forma

eficaz e positiva na evolução para a melhora do cliente com as manifestações

clínicas da patologia.

BIBLIOGRAFIA

Hargrove- Huttel,R.A, serie de estudos em enfermagem medico –

cirúrgica. 2° edição. Rio de Janeiro,RJ. Guanabara Koogan,1998.

West – John B. fisiopatologia pulmonar moderna. 4° edição. São

Paulo,SP. Editora Manole Ltda,2001

Worta ,Wanda de Aguiar, processo de enfermagem.14°

reimpressão. São Paulo,SP. EPU,2001

Portaria do Ministério da Saúde nº1286 de 26/10/93- art.8º e nº74

de  04/05/94

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