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Quando utilizar o método de
estudo de caso?
Principais Questões Controle dos eventos
comportamentais
Qual é o fenômeno?
Estudo de Caso pode ser um método
preferencial quando você necessita descrever
de maneira ampla e profunda algum fenômeno
social complexo. As principais questões do
estudo são:
• Como...?
• Por quê...?
1
É especialmente importante utilizar-se desta
metodologia quando:
• Existe pouco ou nenhum controle sobre os
eventos comportamentais
2
3
Caso você esteja estudando um fenômeno
contemporâneo (ao invés de um fenômeno
completamente histórico), o Estudo de Caso
pode ser indicado.
• Caso é estudado em seu contexto real
• Fronteiras entre fenômeno e contexto não
são muito claros.
Variações
• Pode incluir casos únicos ou
múltiplos (multinível)
• Pode ser limitado a
evidências quantitativas
Fonte: Yin, Robert K (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman
.
Quando utilizar – Building Theory
from Study Case Research?
Quando uma nova perspectiva é necessária
• Seja porque pouco se sabe sobre o fenômeno
• Perspectivas existentes não parecem apropriadas por não terem
evidências empírica, ou por conflitarem entre si
• Porque a questão de pesquisa não poderia ser respondida pelas
perspectivas/teorias prévias
4
Fonte: Eisenhardt, K.M. (1989). Building Theory from Case Study Research. Academy of Management, Vol. 14,
No 5, pp. 548; Graebner e Eisenhardt (2007). Theory Building from cases: opportunities and challenges.
Academy of Management, Vol. 50, No 1, p. 25-32.
Building Theory from Study Case Research pode ser
interessante por não “confiar” na literatura ou evidência
empírica prévia
Relações Hierárquicas: um questionamento
Fonte: Yin, Robert K (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman. pp 7.
Método Situação
Estudo de Caso • Seria mais aproveitável na fase exploratória de uma
investigação
Levantamentos e histórias • Seriam mais apropriados na fase descritiva
Experimentos • Seria “a única maneira” de se fazer pesquisas explicativas
ou causais.
Muitos pesquisadores acreditariam que:
Seria o Estudo de Caso
Uma ferramenta de pesquisa preliminar?
Não seria possível utilizá-la para
descrever ou testar proposições?
Sua coleta de dados se daria somente
como trabalho de campo?
Definição formal de Estudo de
Caso
Fonte: Yin, Robert K (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman. pp 48, pp 140..
Eisenhardt, K. (1989). Building Theory from Case Study Research. The Academy of Management
Review, Vol. 14, No. 4
“É um método que tenta iluminar
uma decisão* (ou um conjunto
delas); por que elas são tomadas,
como são implementadas e com
que resultados”
(Yin, 2005 apud Scharamm, 1971)
*indivíduos, organizações, programas,
eventos....
“É uma estratégia de pesquisa que
se foca em compreender a
dinâmica apresentada dentro de
contextos específicos”
(Eisendhardt, 1989)
Além disso, o Estudo de Caso pode descrever um fenômeno, testar teoria, ou
gerar teoria (Eisenhardt, 1989).
Estudo de Caso “tem caráter de
profundidade e detalhamento”
(Vergara, 1997 apud Serra et al, 2007)
Quando utilizar?
O estudo de caso deve ser utilizado como ponto base para desenvolver teoria indutivamente, compreendendo que cada caso serve como uma experiência distinta para replicação, contraste, eliminação de explicações alternativas e extensão da teoria. A partir de um ou mais casos é possível criar construtos, proposições e/ou demonstrar evidência empírica.
A popularidade e relevância da construção de teorias por meio do estudo de caso se dá pela conexão da evidência qualitativa ao objetivo central da pesquisa dedutiva.
Melhor Utilização
A construção de teoria através dos casos normalmente responde a perguntas de pesquisa que abordem “Como” e “Por que” em áreas de pesquisa inexploradas. Na contrapartida, essa estratégia de pesquisa é mal-equipada para lidar com questões “quantas vezes” ou “quantos” ou perguntas sobre a importância empírica relativa das construções.
Aplicabilidade
• Novas áreas de processos de mudanças longitudinais; ou
• Proporcionar frescor na perspectiva de um tema já pesquisado, quando a teoria existente parece inadequada (Cisne Preto).
Um passo a mais...
Ao utilizar a construção de teoria a partir de casos é necessário justificar porque a questão de pesquisa é melhor tratada pela construção da teoria em vez da pesquisa que visa testar a teoria.
8 Passos
A construção de teoria através da pesquisa de estudo de caso deve ser pensada como um processo, que segundo a autora, é constituído de 8 passos.
1 – Getting Started
Etapa Atividade Razão
Começando
Definir a questão de pesquisa;
Definir o construto (a
priori).
Esforços concentrados; Proporcionar base empírica mais bem fundamentada para a teoria emergente.
Primeiro Desafio
Desafio: Por que este é um estudo indutivo?
Resposta: O autor deve esclarecer por que a questão de pesquisa é significativa e por que não existe uma teoria que dê uma resposta viável (teorias conflitantes não são suficientes).
É necessário demonstrar que a pesquisa existente, ou não aborda a questão de pesquisa como um todo, ou a faz de forma inadequada, ou é suscetível de ser um caso falso para teoria.
Segundo Desafio
Desafio: justificar a necessidade do estudo de caso indutivo para questões de pesquisa orientada para a teoria.
Resposta: O pesquisador deve enquadrar a investigação dentro do contexto da teoria e demonstrar como a construção de teoria indutiva é necessária (estender a teoria existente).
Terceiro Desafio
Desafio: justificar a pesquisa quando a questão de pesquisa é orientada pelo fenômeno.
Resposta: o pesquisador deve enquadrar a pesquisa em termos da importância do fenômeno e a falta de plausibilidade da teoria existente.
2 – Selecting Cases
Etapa Atividade Razão
Selecionando os casos
Amostragem teórica, não
aleatória
Mantém flexibilidade teórica; Restringe a variação estranha e define limites para a generalização dos resultados; O objetivo da amostragem teórica é escolher casos úteis para replicar ou estender a teoria emergente.
Amostragem Teórica de Casos – Outro Desafio Desafios: Como a teoria pode generalizar se os casos não são representativos?
Resposta: A proposta é desenvolver teoria e não testá-la. Portanto, a amostra de caso selecionada são adequadas para oferecer uma visão teórica, tais como:
1. replicar resultados de outros casos,
2. revelar um fenômeno incomum
3. replicação contrária,
4. eliminar explicações alternativas,
5. elaborar teoria emergente.
Escolha dos Casos
Os casos são escolhidos porque são extraordinariamente reveladores, exemplos extremos ou para o acesso de uma investigação incomum.
A construção de teoria através do caso atuará com:
• Estudo de caso único; ou
• Múltiplos casos.
Estudo de Caso Único
•Visa explorar oportunidades para observar um fenômeno significativo em raras circunstâncias extremas;
•Seu propósito é descrever ricamente a existência de um fenômeno.
Múltiplos Casos
•Oferece forte base para a construção de teoria;
•Possibilita comparações que esclarece se o resultado emergente é uma simples idiossincrasia (característica peculiar daquele caso) ou uma replicação consistente de vários casos;
•Provê teoria mais robusta uma vez que, as proposições são mais profundamente fundamentadas em evidência empírica variada e atua a um nível apropriado de abstração;
•Possibilita exploração mais ampla e elaboração teórica.
Múltiplos Casos - Tipos Polares
Uma abordagem de amostragem teórica importante é a chamada “Tipos Polares”, em que o pesquisador trabalha com amostras extremas a fim de observar padrões contrastantes nos dados.
Projetos de Estudo de
Caso
Fonte: Cosmos Corporation
Holística (unidade única de análise)
Integrado (unidades múltiplas de análise)
Projetos de caso único Projetos de casos múltiplos
Contexto
Caso
Contexto
Caso Unidade
Integrada de análise I
Unidade Integrada de
análise II
Contexto
Caso
Contexto
Caso
Contexto
Caso
Contexto
Caso
Contexto
Caso Unidade
Integrada de análise I
Unidade Integrada de
análise II
Contexto
Caso Unidade
Integrada de análise I
Unidade Integrada de
análise II
Contexto
Caso Unidade
Integrada de análise I
Unidade Integrada de
análise II
Contexto
Caso Unidade
Integrada de análise I
Unidade Integrada de
análise II
3 – Crafting Instruments and Protocols Etapa Atividade Razão
Elaboração de Instrumentos e
Protocolos
Múltiplos métodos de coleta de
dados;
Dados qualitativos e quantitativos combinados;
Diversos
investigadores.
A triangulação possibilitada por múltiplos métodos de coleta de dados fornece forte fundamentação do construto e hipóteses; Visão sinérgica das evidências; Visões complementares que promovem diferentes perspectivas e constrói confiança nos resultados.
Protocolo para estudo de caso
Fonte: Yin, Robert K (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman.
O protocolo permite aumentar a confiabilidade da pesquisa de estudo de caso e se
destina a orientar o investigador na realização da coleta de dados.
Mantém seu alvo sobre o tópico do estudo de caso e força a antecipar vários
problemas, incluindo a maneira como o relatório deve ser completado.
Deve conter:
a) Uma visão geral do projeto do estudo de caso
b) Procedimentos de campo
c) Questões de estudo de caso
d) Um guia para o relatório do estudo de caso
a) Uma visão geral do projeto
Fonte: Yin, Robert K (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman.
a) Uma visão geral do projeto do estudo de caso:
Declaração sobre o projeto, que pode ser apresentada para qualquer pessoas que
queira conhecê-lo;
Justificativa para a selação dos casos, as proposições ou hipóteses sendo
examinadas;
Relevância teórica da investigação, citando leituras essenciais;
b) Procedimentos de campo
Fonte: Yin, Robert K (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman.
b) Procedimentos de campo:
Projetar procedimentos de campo apropriados, pois estará coletando dados das pessoas
e instituições nas situações do dia-a-dia;
Obter acesso às organizações-chave ou aos entrevistados;
Apresentação de credenciais;
Proteção dos participantes;
Ser capaz de agir como observador;
Ter recursos suficientes enquanto no campo;
Desenvolver um procedimento para solicitar assistência ou orientação;
Fazer uma programação clara das atividades, dentro do tempo disponível;
Transporte, registro e arquivo de documentos;
c) Questões de estudo de caso
Fonte: Yin, Robert K (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman.
c) Questões de estudo de caso:
Questões que refletem sua verdadeira linha de investigação;
As questões devem ser formuladas para o investigador e não o entrevistado;
Cada questão deve ser acompanhada de fontes prováveis de evidência;
Esboço de uma tabela, definindo as filas e as colunas de uma séria de dados;
d) Guia para o relatório do estudo
Fonte: Yin, Robert K (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman.
d) Um guia para o relatório do estudo de caso:
Esboço inicial do relatório;
Facilita a coleta de dados relevantes no formato apropriado;
Uso de outra documentação e informação bibliográfica;
Reduz a possibilidade de novas visitas ao local de investigação;
Triagem dos "casos"candidatos
Fonte: Yin, Robert K (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman..
A meta do procedimento de triagem é garantir que você identifique os casos
finais apropriados, antes da coleta formal de dados;
Evite que a triagem se transforme num “miniestudo”de cada caso candidato;
Defina um conjunto de critérios operacionais adequados para selecionar os
candidatos;
Pode-se utilizar um procedimento de triagem em dois estágios (quantitativo
e depois qualitativo);
Estudo de caso piloto
Fonte: Yin, Robert K (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman.
Ajuda a refinar os planos de coleta de dados com relação ao conteúdo dos dados e aos procedimentos. Deve ocorrer antes da busca da aprovação final do CRI. a) Seleção dos casos-piloto Conveniência, acesso e proximidade são critérios importante; Permite um relacionamento menos estruturado e mais prolongado; Oferecer em troca um feedback sobre o caso; b) Escopo da investigação dos casos-piloto Pode ser mais amplo e menos focado do que o plano final da coleta; Oferece informações sobre as questões de campo relevantes; Informações sobre a logística de campo; c) Natureza dos relatórios dos casos-piloto Devem ser redigidos claramente, mesmo que em forma de memorandos; Devem ser explicitos sobre as lições aprendidas, tanto para o projeto de pesquisa quanto para os procedimento em campo;
4 – Entering the Field
Etapa Atividade Razão
Entrando no Campo
Sobreposição de coleta de dados e análises, incluindo notas de campo;
Métodos de coleta de dados flexíveis.
Permite ajustes na coleta de dados ao adicionar casos, fontes de dados nos casos selecionados ou nos instrumentos de coleta; Permite que os investigadores tirem proveito da singularidade de um caso em específico e/ou de temas emergentes.
Entrevistas – Resposta ao Desafio
Desafio: Como limitar o viés na entrevista?
Resposta: Entrevistar diversos informantes altamente conhecedores que veem o fenômeno focal de diversas perspectivas.
Os informantes podem ser de diversos níveis hierárquicos, áreas funcionais, grupos, localidades, ou atores de outras organizações relevantes e observadores externos como os analistas de mercado.
Entrevistas – Resposta ao Desafio
Combinar casos retrospectivos (por meio de entrevistas tornando-se mais precisa quando os eventos são recentes) com casos em tempo real (coleção de entrevistas de dados longitudinal).
Para a coleta lembrar
Fonte: Yin, Robert K (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman. pp 48, pp 109.
TESTES Tática do Estudo de Caso Fase da pesquisa na
qual a tática ocorre
Confiabilidade
Interna
• Usa múltiplas fontes de evidência
• Estabelece encadeamento de evidências
• Tem informantes-chave para a revisão do rascunho do
relatório do estudo de caso
• Coleta de Dados
• Coleta de Dados
• Composição
Validade
Interna
• Realiza a combinação de padrão
• Realiza a construção da explicação
• Aborda as explicações rivais
• Usa modelos lógicos
• Análise de Dados
• Análise de Dados
• Análise de Dados
• Análise de Dados
Validade
Externa
• Usa a teoria nos estudos de casos únicos
• Usa a lógica da replicação nos estudos de caso
múltiplos
• Projeto de Pesquisa
• Projeto de Pesquisa
Confiabilidade
Externa
• Usa o protocolo do estudo de caso
• Desenvolve uma base de dados de estudo de caso
• Coleta de Dados
• Coleta de Dados
Usar múltiplas fontes
de evidências
Fonte: Yin, Robert K (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman. pp 124-125.
Triangulação (Patton, 2002)
1.Das fontes de dados (triangulação dos dados)
2.Entre os diferentes avaliadores (triangulação do
investigador)
3.De perspectivas para o mesmo conjunto de dados
(triangulação da teoria)
4.Dos métodos (triangulação metodológica)
6 fontes de evidências
Fonte: Yin, Robert K (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman. pp 109.
Seis Fontes
Mais Comuns (Yin, 2015)
Documentação Registros em Arquivo Entrevistas
Observações Diretas Observação
Participante Artefatos Físicos
• Cartas, memorandos, diários
• Anúncios, minutas, relatórios
• Propostas, relatórios de status
• Avaliações, notícias, artigos
• Arquivos de uso público (censo)
• Registros de serviços (clientes)
• Registros organizacionais
• Mapas e gráficos
[informantes-chave]
• Entrevistas prolongadas
• Entrevistas curtas
• Entrevistas de levantamento
• Observação de reuniões,
atividades de rua, trabalho
em fábrica, salas de aula, de
um bairro
• Obter acesso aos eventos ou
grupos que, de outro modo,
seriam inacessíveis ao
estudo
• Dispositivos tecnológicos
• Ferramentas ou instrumentos
• Obras de arte
• Evidências físicas
5 – Analyzing Data
Etapa Atividade Razão
Análise dos Dados
Within-case analysis;
Searching cross-case patterns (ao utilizar diferentes técnicas).
O investigador deve tornar-se intimamente familiarizado com cada caso e realizar descrição pura e simples (narrativa); Os investigadores devem olhar para além das impressões iniciais e ver evidências através de múltiplas lentes.
Estratégias para Análise
Fonte: Yin, Robert K (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman. pp 139.
Procurar padrões, insights ou conceitos que pareçam promissores,
através da manipulação de dados:
• Colocar a informação em séries diferentes
• Fazer uma matriz de categorias vs. evidências
• Criar modos de apresentação de dados – fluxogramas e outros
gráficos – para o exame dos dados
• Tabular a frequência dos diferentes eventos
• Colocar a informação em ordem cronológica ou usar algum outro
esquema temporal
4 Estratégias Gerais para Análise
Fonte: Yin, Robert K (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman. pp 48, pp 140.
Contando com
proposições teóricas
Tratando seus dados
“a partir do zero”
Desenvolvimento da
descrição do caso
Examinando explicações
rivais plausíveis
Uso de Proposição:
• reflete um conjunto de questões de
pesquisa, revisões da literatura e novas
hipóteses ou proposições
• Guia a análise do estudo de caso
• Aponta condições relevantes, bem como
explicações a serem examinadas
1
Sem Proposição:
• Ao invés de pensar sobre proposições
teóricas, deixe-se levar livremente pelos
seus dados.
Teoria Fundamentada (Grounded Theory)
• Corbin & Strauss, 2007; Glaser & Strauss,
1967
2
3 4
Alternativa se existirem dificuldades usando as
duas primeiras estratégias.
Algumas vezes, a finalidade original e explicita
do estudo de caso pode ter sido descritiva.
Definir e testar explicações rivais
Rivais Artesanais: a hipótese nula, ameaças à
validade, viés do pesquisador
Rivais do Mundo Real: rival direta, rival mista,
rival de implementação, teoria rival, super-
rival, rival social
5 Técnicas Analíticas
1. Combinação de Padrão
2. Construção da Explicação
3. Análise de Séries Temporais
4. Modelos Lógicos
5. Síntese Cruzada dos Dados
Fonte: Yin, Robert K (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman. pp 109, pp 146.
TESTES Tática do Estudo de Caso Fase da pesquisa na
qual a tática ocorre
Validade do
Constructo
• Usa múltiplas fontes de evidência
• Estabelece encadeamento de evidências
• Tem informantes-chave para a revisão do rascunho do
relatório do estudo de caso
• Coleta de Dados
• Coleta de Dados
• Composição
Validade
Interna
• Realiza a combinação de padrão
• Realiza a construção da explicação
• Aborda as explicações rivais
• Usa modelos lógicos
• Análise de Dados
• Análise de Dados
• Análise de Dados
• Análise de Dados
Validade
Externa
• Usa a teoria nos estudos de casos únicos
• Usa a lógica da replicação nos estudos de caso
múltiplos
• Projeto de Pesquisa
• Projeto de Pesquisa
Confiabilidade • Usa o protocolo do estudo de caso
• Desenvolve uma base de dados de estudo de caso
• Coleta de Dados
• Coleta de Dados
Técnica 1: Combinação de Padrão
Fonte: Yin, Robert K (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman. pp 147-148.
Padrão previsto antes
de sua coleta de dados
Padrão baseado em
empirismo – baseado
nas descobertas Lógica: Vs.
Variável
Independente
Variável
Dependente A
Variável
Dependente B
Sistema computadorizado de
um escritório descentralizado: Empregados criarão novas
aplicações, idiossincráticas
Equipamento funciona independente
de qualquer provedor Produtividade aumentará vs.
sistema anterior
Técnica 1: Combinação de Padrão
Fonte: Yin, Robert K (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman. pp 150.
Variáveis rivais independentes como padrão
• Uso de Explicações Rivais
• Vários casos são conhecidos por apresentarem um determinado tipo de resultado
• Padrão de variáveis independentes e mutuamente exclusivas: se uma explicação for
válida, outras não podem ser.
Três Teorias Rivais
Tecnologia da
Empurrão
Puxar a
Demanda
Interação
Social
1. Pesquisadores
selecionam seus próprios
tópicos para estudo
2. Disseminam seus achados
para o mundo prático
Sucesso 1. Mundo prático identifica
os problemas
2. Atraem a atenção dos
pesquisadores
1 A. Pesquisadores
trabalham com profissionais,
identificando e testando
soluções
1 B. Profissionais trabalham
com pesquisadores,
identificando e testando
soluções
Técnica 2: Construção de Explicação
Fonte: Yin, Robert K (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman. pp 153.
• Um tipo especial de combinação de padrão, mas o procedimento é mais difícil
• “Explicar” um fenômeno é estipular um conjunto presumido de elos causais
sobre ele, ou “como” ou “’por que” algo aconteceu.
• Na maioria dos estudo de caso, a construção da explicação ocorre de forma
narrativa.
Natureza iterativa da construção dos explicações
A explicação final é, provavelmente, o resultado de uma série de iterações:
• Realização de uma declaração teórica inicial ou uma proposição explicativa inicial
• Comparação das descobertas de um caso inicial com essa declaração ou proposição
• Revisão da declaração ou da proposição
• Comparação dos outros detalhes do caso com a revisão
• Comparação da revisão com as descobertas de um segundo, terceiro ou mais casos
• Repetição deste processo tantas vezes quanto necessário
Nesse sentido, a explicação final pode não ter sido totalmente estipulada no inicio
do estudo e, portanto, difere das abordagens de combinação de padrão.
Técnica 3: Análise de Séries Temporais
Fonte: Yin, Robert K (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman. pp 155.
• Pode ser mais simples que a Combinação de Padrão: nas séries temporais, pode
haver uma única variável dependente ou independente.
• Estudos de Caso têm a capacidade de rastrear mudanças ao longo do tempo,
não são limitados a investigações transversais ou estáticas de uma determinada
situação.
Paridade entre a tendência observada (empírica) e uma das
seguintes:
a) Tendência teoricamente significativa especificada antes do
surgimento da investigação;
b) Alguma tendência rival, também especificada anteriormente.
Lógica:
• Séries Temporais complexas:
– elevação seguida de um declínio
– conjunto múltiplo de variáveis
– unidade de análise integrada
• Sequências Cronológicas
– meta analítica é comparar a cronologia com aquela prevista por alguma
teoria explicativa
Técnica 4: Modelos Lógicos
Fonte: Yin, Robert K (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman. pp 160.
• Também um tipo especial de combinação de padrão
• Estipula e operacionaliza um encadeamento complexo de acontecimentos ou
eventos durante um período longo de tempo.
• Eventos são estagiados em padrões repetidos de causa-efeito-causa-efeito,
pelas quais uma variável dependente (evento), em um estágio anterior, torna-se
variável independente (evento causal) para o estágio seguinte
• Comparar eventos empiricamente observados com eventos teoricamente
previstos (combinação de padrão)
Modelo de
Programa
Lógico
(Wholey, 1979)
Intervenção Resultado
Imediato
Resultado
Intermediário
Resultado
Definitivo
• Exemplos de aplicação: pesquisas sobre mudança organizacional, pesquisas
sobre desenvolvimento comunitário e econômico
Técnica 5: Síntese Cruzada dos Dados Análise Intercaso e Intracaso
Fonte: Yin, Robert K (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman. pp 170.
• Aplica-se somente à análise dos casos múltiplos; técnica relevante se o estudo
de caso consistir em ao menos dois casos
• Examinar se casos diferentes parecem compartilhar perfil semelhantes e
merecem ser considerados exemplos (replicações) do mesmo “tipo” de caso
geral;
• Alternativamente, os perfis podem ser suficientemente diferentes, de modo que
os casos merecem ser considerados casos contrastantes.
Maximizar diferenças
Expatriado para
Europa
Expatriado para
Ásia
Maximizar
semelhanças
Expatriado que
exerce
função comercial
Caso A1 Caso B1
Expatriado que
exerce
função técnica
Caso A2 Caso B2
Exemplo criado para discussão:
Não adianta ser apenas tecnicamente correto. Precisa ter as seguintes características:
• Significativo: incomum e de interesse público geral
• Completo: sentido de totalização, exaustão de evidências
• Considerar perspectivas alternativas: análise de proposições rivais; exame da evidência a
partir de diferentes perspectivas
• Apresentar evidências suficientes: deve permitir que o leitor alcance juízo independente
em relação aos méritos do estudo de caso e descobertas
• Elaborado de maneira envolvente: estilo de redação claro mas que estimule o leitor a
continuar a leitura; redação sedutora
Fonte: Yin, R. K. (2015). Estudo de Caso-: Planejamento e Métodos. Bookman editora
Estudo de caso exemplar
6 – Shaping Hypotheses
Etapa Atividade Razão
Formação de
Hipóteses
Tabulação interativa de evidência para cada
construto;
Replicação da lógica através dos casos;
Pesquisar o “por quê”
através dos relacionamentos.
Dá ênfase a definição de construto, sua validade e mensurabilidade; Confirma, estende e forma a teoria emergente; Construção de validade interna.
Apresentando a Evidência Empírica
Estudo de Caso Único
Apresentar a história completa dentro do texto constituído de narrativa que intercala citações dos informantes-chave e outros elementos de evidência com a teoria para demonstrar a conexão entre a evidência empírica e a teoria emergente.
Apresentando a Evidência Empírica
Múltiplos Casos
Limitado as restrições espacial, será necessário transmitir a teoria emergente (objetivo da pesquisa) e a riqueza da evidencia empírica que suporta a teoria.
Evidência Empírica – Resposta ao Desafio
Desafio: “Melhor História” versus “Melhor Teoria”
Resposta: desenvolver a teoria em sessões ou proposições distintas de maneira em que cada um é apoiada por evidências empíricas. O uso de tabelas de resumos complementa as descrições das histórias e enfatiza o rigor e profundidade da sustentação empírica da teoria.
Escrevendo a Teoria Emergente
• Escreva a teoria de múltiplas maneiras: • comece por esboçar a teoria na introdução; • depois no corpo do artigo escreva cada proposição e vincule-a a evidência
empírica; • escreva os argumentos teóricos subjacentes que fornecem ligação lógica
entre os construtos dentro de uma proposição.
• Forneça um sumário visual da teoria: • quadros, tabelas, esquemas, diagramas, etc.
• Transmita rigor, criatividade e abertura aos processos de investigação;
• A teoria deve explorar plenamente as evidências disponíveis em termos de possíveis nuances e interpretações alternativas.
7 – Enfolding Literature
Etapa Atividade Razão
Envolvendo a literatura
Comparação da literatura conflitante;
Comparação da
literatura similar.
Constrói validade interna, aumenta o nível teórico, e dá ênfase as definições do construto; Dá ênfase a generalização, melhora a definição do construto, e aumenta o nível teórico.