estudo da ionosfera da região brasileira com dados dos...
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INPE-16695-TDI/1639
ESTUDO DA IONOSFERA DA REGIAO BRASILEIRA
COM DADOS DOS SATELITES FORMOSAT-3/COSMIC
E DE DIGISSONDAS
Claudia Vogel Ely
Dissertacao de Mestrado do Curso de Pos-Graduacao em Geofısica Espacial,
orientada pela Dra. Inez Staciarini Batista, aprovada em 01 de marco de 2010.
URL do documento original:
<http://urlib.net/sid.inpe.br/mtc-m19@80/2010/02.10.20.18>
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Sao Jose dos Campos
2010
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INPE-16695-TDI/1639
ESTUDO DA IONOSFERA DA REGIAO BRASILEIRA
COM DADOS DOS SATELITES FORMOSAT-3/COSMIC
E DE DIGISSONDAS
Claudia Vogel Ely
Dissertacao de Mestrado do Curso de Pos-Graduacao em Geofısica Espacial,
orientada pela Dra. Inez Staciarini Batista, aprovada em 01 de marco de 2010.
URL do documento original:
<http://urlib.net/sid.inpe.br/mtc-m19@80/2010/02.10.20.18>
INPE
Sao Jose dos Campos
2010
Dados Internacionais de Catalogacao na Publicacao (CIP)
Ely, Claudia Vogel.El91es Estudo da ionosfera da regiao brasileira com dados dos satelites
FORMOSAT-3/COSMIC e de Digissondas / Claudia Vogel Ely. –Sao Jose dos Campos : INPE, 2010.
xxiv + 123 p. ; (INPE-16695-TDI/1639)
Dissertacao (Mestrado em Geofısica Espacial) – Instituto Na-cional de Pesquisas Espaciais, Sao Jose dos Campos, 2010.
Orientadora : Dra. Inez Staciarini Batista.
1. Ionosfera. 2. Digissonda. 3. FORMOSAT-3/COSMIC.4. F3/C. 5. Anomalia equatorial da ionizacao. 6. Radio oculta-cao GPS. 7. Baixa atividade solar. I.Tıtulo.
CDU 550.388.2(81)
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ii
“Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colheraquilo que plantamos.”
(Proverbio chines)
v
A meus pais Pedro e Dulce, a meus irmãos e amigos
vii
AGRADECIMENTOS
Agradeco a todas as pessoas que me deram apoio durante a realizacao do curso de
mestrado, especialmente a minha famılia e aos meus amigos.
Agradeco a Dra. Inez Staciarini Batista pela orientacao e apoio durante a execucao
do trabalho, ao grupo IONO pelo fornecimento dos dados e auxılio, aos colegas de
trabalho e ao INPE como um todo.
Aos membros da banca de defesa pelas observacoes e sugestoes pertinentes para este
trabalho.
Aos professores pelo profissionalismo e dedicacao no processo de ensino.
Ao CNPq pelo financiamento do mestrado e a cordenacao do curso de Geofısica
Espacial do INPE pelo amparo.
Tambem sou muito grata ao grupo UCAR - COSMIC que disponibilizou os dados
do satelite e me deu suporte quando necessitei.
ix
RESUMO
Este trabalho visa melhorar o estudo da ionosfera da regiao brasileira com a utiliza-cao de dados da constelacao de satelites FORMOSAT-3/COSMIC que fornece dadosglobais da atmosfera quase em tempo real. Os dados ionosfericos destes satelites per-mitem a construcao de mapas dos parametros para monitorar o desenvolvimento e amanutencao das estruturas da ionosfera, a alimentacao de modelos computacionaisempıricos e a comparacao com dados de outros equipamentos ou modelos. Na regiaobrasileira, a utilizacao de dados de satelite oferece vantagens visto que ha uma cober-tura muito pequena de sondadores em solo (dada a sua grande extensao territoriale a dificuldade de acesso a algumas localidades). Alem disso, esta regiao e bastanteespecial por se situar dentro da abrangencia da Anomalia Magnetica do AtlanticoSul e ter boa parte do territorio situado nas zonas equatorial e tropical que podemser severamente afetadas por irregularidades ionosfericas e bolhas de plasma, comprejuızo nas comunicacoes transionosfericas e na propagacao de sinais de GPS. Comos dados dos satelites podemos obter medidas para mais localidades e sob quais-quer condicoes de tempo. Neste trabalho, analisamos a ionosfera utilizando dadosdos satelites FORMOSAT-3/COSMIC e de Digissondas durante perıodo de baixaatividade solar. Foram feitos estudos comparativos e a construcao de mapas globaisdos valores medios de TEC e NmF2 para os anos de 2006, 2007 e 2008.
xi
STUDY OF BRAZILIAN REGION IONOSPHERE USING DATAFROM THE FORMOSAT-3/COSMIC SATELLITES AND
DIGISONDES
ABSTRACT
This work aims to improve the studies of the Brazilian region ionosphere usingdata from the satellites constellation FORMOSAT-3/COSMIC that provides overallatmospheric measures almost in real time. The ionospheric data from thesesatellites allow the construction of maps of various parameters used to monitorthe development and maintenance of ionospheric structures. They can also be usedas input to empirical models and can be compared with data from other equipmentor from models. In the Brazilian region, the use of satellite data offers advantagesbecause there is very little coverage of ground based sounders (due the large territoryextension and the difficulty to access certain areas). Furthermore, this region isvery special by being within the scope of the South Atlantic Magnetic Anomalyand having a good part of the territory in equatorial and tropical zones. Theseregions may be severely affected by ionospheric irregularities and plasma bubbleswith resulting interferences in transionospheric communications and in propagationof GPS signals. The satellite data can provide measurements for more locationsand under any weather conditions. We examined the ionosphere using data fromFORMOSAT-3/COSMIC satellites and digisonde during period of low solar activity.Comparative studies and global maps of mean values of TEC and NmF2 for the years2006, 2007 and 2008 were constructed.
xiii
LISTA DE FIGURAS
Pag.
2.1 Exemplo qualitativo de producao de uma camada de ionizacao. . . . . . 6
2.2 Perfil de densidade eletronica mostrando as principais radiacoes ion-
izantes e os principais ıons de cada camada. . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.3 Perfil vertical demonstrativo da densidade eletronica da ionosfera para o
dia e para a noite. E’ e C representam camadas esporadicas. . . . . . . . 8
2.4 Perfil de condutividades calculadas para medias latitudes ao meio dia. 1
e.m.u.(cgs) = 1011S/m (SI). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.5 Esquema representativo de formacao da anomalia de Appleton. . . . . . 11
2.6 Concepcao artıstica da anomalia equatorial mostrando tambem o efeito
fonte do plasma equatorial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.7 Graficos da seccao transversal da anomalia equatorial da ionizacao em
regioes de longitude com EIA mais forte (80 O) e de EIA mais fraco
(120 O) as 1400-1600 LT. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.1 Seis satelites FORMOSAT-3/COSMIC no veıculo de lancamento Minotaur. 16
3.2 Constelacao final FORMOSAT-3/COSMIC. . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.3 Variacoes temporais da estrutura longitudinal de quatro picos do con-
teudo eletronico total integrado entre 400 e 450 km em segmentos de
2h. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.4 Configuracao dos satelites envolvidos na tecnica RO mostrando a refracao
sofrida pelo sinal de radio ao atravessar a atmosfera terrestre. . . . . . . 19
3.5 Variacao do ponto tangente na tecnica RO GPS. . . . . . . . . . . . . . . 20
3.6 Geometria usada na radio ocultacao GPS. . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.7 Rede Mundial de Digissondas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.8 Sondador DPS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.9 Antena do equipamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.10 Digissonda DPS e campo de antenas da DPS em Fortaleza. . . . . . . . . 25
3.11 Exemplo de Ionograma. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4.1 Comparacao de perfis do dia 249 de 2006 para a estacao de Cachoeira
Paulista e ionograma correspondente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4.2 Comparacao de perfis do dia 269 de 2006 para a estacao de Cachoeira
Paulista e ionograma correspondente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
xv
4.3 Comparacao de perfis do dia 269 de 2006 para a estacao de Sao Luıs e
ionograma correspondente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.4 Ilustracao do efeito de ventos meridionais nas concentracao de plasma. . 35
4.5 Comparacao de perfis do dia 323 de 2006 para a estacao de Fortaleza e
ionograma correspondente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4.6 Imagem de luminescencia atmosferica mostrando a presenca de bolhas
de plasma na noite do dia 19 de Novembro de 2006 as 192958LT sobre a
regiao de Sao Joao do Cariri - PB. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
4.7 Comparacao de valores de NmF2 (acima) e hmF2 obtidos pelo F3/C e
por Digissondas, na estacao de Cachoeira Paulista. . . . . . . . . . . . . 39
4.8 Comparacao de valores de NmF2 (acima) e hmF2 obtidos pelo F3/C e
por Digissondas, na estacao de Fortaleza. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
4.9 Comparacao de valores de NmF2 (acima) e hmF2 obtidos pelo F3/C e
por Digissondas, na estacao de Sao Luıs. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4.10 Comparacao de valores de NmF2 obtidos, pelo F3/C e por Digissondas,
nas tres estacoes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
4.11 Comparacao de valores de hmF2 obtidos, pelo F3/C e por Digissondas,
nas tres estacoes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
4.12 Mapa de NmF2 das 00-02 UT. Na parte inferior da Figura sao mostradas,
em mapas de contorno, as medias correspondentes ao conjunto de dados
medidos no perıodo (mapa superior). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
4.13 Mapa de NmF2 das 08-10 UT. Na parte inferior da Figura sao mostradas,
em mapas de contorno, as medias correspondentes ao conjunto de dados
medidos no perıodo (mapa superior). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
4.14 Mapa de NmF2 das 16-18 UT. Na parte inferior da Figura sao mostradas,
em mapas de contorno, as medias correspondentes ao conjunto de dados
medidos no perıodo (mapa superior). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
4.15 Mapa de NmF2 das 20-22 UT. Na parte inferior da Figura sao mostradas,
em mapas de contorno, as medias correspondentes ao conjunto de dados
medidos no perıodo (mapa superior). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
4.16 Mapa de TEC das 00-02 UT. Na parte inferior da Figura sao mostradas,
em mapas de contorno, as medias correspondentes ao conjunto de dados
medidos no perıodo (mapa superior). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
4.17 Mapa de TEC das 08-10 UT. Na parte inferior da Figura sao mostradas,
em mapas de contorno, as medias correspondentes ao conjunto de dados
medidos no perıodo (mapa superior). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
xvi
4.18 Mapa de TEC das 16-18 UT. Na parte inferior da Figura sao mostradas,
em mapas de contorno, as medias correspondentes ao conjunto de dados
medidos no perıodo (mapa superior). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
4.19 Mapa de TEC das 20-22 UT. Na parte inferior da Figura sao mostradas,
em mapas de contorno, as medias correspondentes ao conjunto de dados
medidos no perıodo (mapa superior). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
4.20 Comparativo de hmF2 medio para perıodos de baixa atividade solar dis-
tintos - 1996 (DIG) e 2007 (F3/C). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
4.21 Comparativo de foF2 medio para perıodos de baixa atividade solar dis-
tintos - 1996 (DIG) e 2007 (F3/C). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
4.22 Indices Dst, Kp e Bz para os meses de setembro e outubro de 2007. . . . 60
xvii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ARTIST – Automatic Real Time Ionogram Scaling with Trues height analysisCADI – Canadian Advanced Digital IonosondeCDAAC – COSMIC Data Analysis and Archival CenterCE – CearaCHAMP – Challenging Minisatellite PayloadCP – Cachoeira PaulistaCOSMIC – Constelation Observing System for Meteorology, Ionosphere and ClimateDAE – Divisao de AeronomiaDPS – Digisonde Portable SounderEIA – Equatorial Ionization AnomalyEUA – Estados Unidos da AmericaEUV – Extreme Ultra-violetF3/C – FORMOSAT-3/COSMICfoF2 – Frequencia crıtica da camada F2F1 – Camada ionosferica F1F2 – Camada ionosferica F2F3 – Camada ionosferica F3F10.7 – Fluxo solar em 10,7 cmFZ – FortalezaGNSS – Global Navigation Satellite SystemGRACE – Gravity Recovery and Climate ExperimentHF – High frequencyGPS – Global Positioning SystemGPS/MET – Global Positioning System/MeteorologicalhmF2 – Altura do pico da camada F2INPE – Instituto Nacional de Pesquisas EspaciaisIONO – Linha de pesquisa IonosferaIRI – International Reference Ionosphere ModelISR – Incoherent Scatter RadarLEO – Low Earth OrbitingLSA – Low Solar ActivityLT – Local TimeLUME – Grupo de luminescencia atmosfericaMA – MaranhaoMATLAB – MAtrix LABoratoryMetEd – Meteorology Education and TrainingNASA – National Aeronautics and Space AdministrationNCAR – National Center for Atmospheric Research
xix
NCURO – National Central University Radio OccultationNGDC – National Geophysical Data CenterNmF2 – Densidade eletronica do pico da camada F2NOAA – National Oceanographic and Atmospheric AdministrationNSF – National Science FoundationNSPO – Taiwan’s National Space OrganizationPB – ParaıbaPOLAN – Polinomial AnalysisPRN – Pseudo Random NumberRO – Radio OccultationSAC-C – Scientific Application Satellite-CSJC – Sao Jose dos CamposSL – Sao LuısSP – Sao PauloSPIDR – Space Physics Interactive Data ResourceSUPIM – Sheffield University Plasmasphere-Ionosphere ModelTBB – Tri Band BeaconTEC – Total Electron ContentTIEGCM – Termosphere-Ionosphere-Electrodynamics General Circulation ModelTIP – Tiny Ionospheric PhotometerTECu – Unidade de TECTT&C – Tracking Telemetry and CommandUCAR – University Corporation for Atmospheric ResearchUT – Universal Time
xx
LISTA DE SIMBOLOS
a – Parametro de Impacto
α – Angulo de CurvaturaB – Modulo do Vetor Campo GeomagneticoB – Campo GeomagneticoD – Declinacao MagneticaDhmF2 – hmF2 medido pela DigissondaDNmF2 – NmF2 medido pela Digissondae – Carga Eletrica ElementarE – Campo EletricoEpar – Componente paralela do vetor campo Eletrico EEperp – Componente perpendicular do vetor campo Eletrico EEZ – Campo Vertical de Polarizacaoη – Eficiencia de Ionizacaof – FrequenciafoF2 – Frequencia Crıtica da Camada F2g – Aceleracao da GravidadeH – Altura de EscalahmF2 – Altura do pico da camada F2HT – Altura de EscalaI – Inclinacao MagneticaJ – Densidade de CorrenteK – Constante de Boltzmann
λ – Angulo Zenital Solarm – Massa das Partıculasmi – Massa Ionicame – Massa Eletronicaµ – Densidade de Partıculas Neutrasµj – Densidade de Partıculas Carregada da Especie jµe – Densidade Eletronica
n – Indice de RefracaoN – Refractividadeνe – Frequencia de Colisao Eletronicaνi – Frequencia de Colisao IonicaNmF2 – Densidade Eletronica do pico da camada F2Ωi – Frequencia de Cıclotron IonicaΩe – Frequencia de Cıclotron Eletronicap1 – Pressao atmosfericap2 – Pressao parcial do vapor d’agua
xxi
q – Taxa de Producao de Ionizacaoqm – Producao maxima de producaosfu – Unidade de Fluxo solarShmF2 – hmF2 medido pelo sateliteSNmF2 – NmF2 medido pelo sateliteσ – Condutividade EletricaσC – Condutividade Cowlingσ0 – Condutividade LongitudinalσP – Condutividade PedersenσH – Condutividade Hallσ – Tensor Condutividade Eletricar0 – Distancia do Centro da Terra ao Ponto TangenteR – RadiacaoR∞ – Radiacao incidente no Topo da AtmosferaT – TemperaturaV – Velocidade das PartıculasVN – Vento NeutroV TEC – TEC verticalZ – Altura Reduzida
xxii
SUMARIO
Pag.
1 INTRODUCAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
2 REVISAO BIBLIOGRAFICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.1 A Ionosfera . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2 A anomalia equatorial da ionizacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3 INSTRUMENTACAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.1 Satelites FORMOSAT-3/COSMIC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.1.1 A tecnica de radio ocultacao GPS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.2 Digissondas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
4 RESULTADOS E DISCUSSOES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
5 CONCLUSOES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
APENDICE A - PROCESSAMENTO DE DADOS DO F3/C . . . . 73
APENDICE B - CODIGOS COMPUTACIONAIS . . . . . . . . . 79
xxiii
1 INTRODUCAO
A estrutura da ionosfera durante um perıodo de 24 horas locais e observada pela
constelacao de satelites FORMOSAT-3/COSMIC (F3/C). Com dados deste con-
junto de satelites podem-se obter mapas do conteudo eletronico total (TEC), das al-
turas de pico e densidades ionosfericas, monitorar o desenvolvimento e a manutencao
da estrutura da ionosfera equatorial e comparar estes resultados com dados de outros
equipamentos ou modelos.
Este trabalho visa melhorar o estudo da ionosfera da regiao brasileira com a uti-
lizacao de dados de satelite. O uso de dados de satelite complementa as medicoes
da ionosfera e no Brasil auxilia, significativamente, na expansao do banco de da-
dos visto que a regiao brasileira possui uma cobertura de sondadores em solo muito
pequena (dada a sua grande extensao territorial e a dificuldade de acesso a certas
areas) e e, ao mesmo tempo, uma regiao bastante especial por se situar dentro da
abrangencia da anomalia magnetica do Atlantico Sul. Alem disso, boa parte do ter-
ritorio nacional se situa nas regioes equatorial e tropical. Estas regioes podem ser
severamente afetadas por irregularidades ionosfericas e bolhas de plasma com pre-
juızo nas comunicacoes transionosfericas e na propagacao de sinais de GPS. Com
os dados dos satelites pode-se obter medidas para mais localidades sob quaisquer
condicoes de tempo.
O objetivo deste trabalho de Mestrado e o estudo das caracterısticas da ionosfera da
regiao brasileira utilizando dados da constelacao de satelites F3/C e de Digissondas
durante o perıodo de baixa atividade solar (LSA do ingles Low Solar Activity) que
vai da metade de 2006 ao final de 2008.
OBJETIVO GERAL: Caracterizar o comportamento da ionosfera na regiao
brasileira para o perıodo de baixa atividade solar 2006-2008.
Objetivos Especıficos:
a) Validar a tecnica de radio ocultacao dos satelites F3/C para o territorio
brasileiro utilizando dados de Digissondas das seguintes estacoes: Sao Luıs
- MA (Geog.: 2, 5 S, 44, 2 O; Mag.: I = −3, 5, D = −19, 5), Fortaleza
- CE (Geog.: 3, 8 S, 38 O; Mag.: I = −12, 6, D = −20) e Cachoeira
Paulista - SP (Geog.: 22, 7 S, 45 O; Mag.: I = −33, 5,D = −19, 3);
1
b) Estudo das caracterısticas da ionosfera da regiao brasileira utilizando dados
da constelacao de satelites F3/C e de Digissondas durante perıodos de
baixa atividade solar. Comparar a media dos meses de setembro e outubro
de 2007 obtidas pelo F3/C com os dados do mesmo perıodo do ano de 1996
obtidos atraves de Digissonda (BATISTA; ABDU, 2004);
c) Construir mapas dos parametros ionosfericos (TEC e NmF2) para mo-
nitorar a dinamica ao longo do dia para determinados perıodos do ano,
especialmente sobre toda a regiao brasileira;
d) Desenvolver competencias no uso da tecnica de radio ocultacao.
Para alcancar os objetivos foi necessario o desenvolvimento de uma revisao teorica
sobre ionosfera, especialmente sobre a camada F e origem da anomalia equatorial
da ionizacao (EIA), sobre o funcionamento dos satelites F3/C, a tecnica de radio
ocultacao e geracao dos dados, sobre Digissondas, alem da familiarizacao com o
software MATLAB (“Matrix Laboratory”), com o desenvolvimento de programas
especıficos e com o tratamento dos dados em formato netCDF.
Primeiramente foram analisados os dados disponıveis em ambos os equipamentos
para as regioes brasileiras com Digissondas em operacao. Nestas regioes foi feita
uma validacao da tecnica de obtencao dos dados a partir dos satelites. Em seguida
foram construıdos mapas globais de valores medios do TEC e NmF2 e feitos estudos
comparativos.
Para este estudo foram utilizados os seguintes parametros: hmF2 que representa a
altura do pico da camada F2 da ionosfera para um determinado local tendo como
unidade o quilometro; NmF2 que representa a densidade eletronica da camada F2
para uma determinada regiao e tempo e e dada em numero de eletrons por cm3;
e o conteudo eletronico total (cuja sigla, proveniente de Total Electron Content
em ingles, e TEC) que e obtido integrando a densidade eletronica ao longo de um
caminho. Ele informa quantos eletrons ha ao longo de uma coluna de seccao igual
a 1 cm2 e sua unidade e numero de eletrons por cm2 (onde 1012 eletrons/cm2 = 1
unidade de TEC (TECu)).
Os resultados obtidos darao uma importante contribuicao para uma melhor com-
preensao das variacoes diurnas das estruturas da ionosfera e serao muito uteis nos
esforcos futuros em clima espacial. E importante salientar que o Brasil planeja ter
2
em breve um satelite com receptor GPS para realizar medidas por meio da radio
ocultacao GPS. Por isso, desenvolver competencias no uso desta tecnica no INPE e
necessario.
Esta Dissertacao foi dividida em 5 capıtulos, organizados da seguinte maneira:
• Capıtulo 2: Neste capıtulo e feita uma revisao bibliografica dos topicos da
ionosfera que serao utilizados no trabalho. Ele e dividido em duas secoes:
A Secao 2.1 que aborda a dinamica basica de ionosfera e a Secao 2.2 que
aborda sobre a anomalia equatorial da ionizacao;
• Capıtulo 3: Neste capıtulo e feita uma descricao detalhada do conjunto de
satelites utilizados neste estudo (Secao 3.1), a descricao da tecnica de radio
ocultacao, utilizada pelos satelites para obtencao dos parametros ionosferi-
cos (Subsecao 3.1.1) e e explicado o funcionamento basico das Digissondas
(Secao 3.2);
• Capıtulo 4: Neste capıtulo serao apresentados os resultados obtidos e as
discussoes pertinentes;
• Capıtulo 5: Neste capıtulo serao apresentadas as conclusoes e tambem as
perspectivas do trabalho.
3
2 REVISAO BIBLIOGRAFICA
2.1 A Ionosfera
Ionosfera e a camada da atmosfera terrestre em que as partıculas encontram-se em
estado ionizado e a densidade dessas partıculas livres, carregadas eletricamente, e
suficiente para interferir na propagacao de ondas eletromagneticas. Os principais
processos de ionizacao envolvidos sao a absorcao da radiacao solar na faixa eletro-
magnetica do ultravioleta (EUV) e de raios-X (ionizacao primaria); e a ionizacao
devida as colisoes de partıculas energeticas com partıculas neutras da atmosfera
(ionizacao secundaria).
A producao de ionizacao q e proporcional ao numero de fotons incidentes (R) e ao
numero de partıculas ionizaveis (µ). Sabe-se ainda que a densidade µ de partıcula
diminui com a altura e R aumenta com a altura uma vez que a radiacao proveniente
do Sol vai sendo absorvida a medida que penetra a atmosfera e apenas uma pequena
quantidade atinge as baixas altitudes. Desta forma e possıvel perceber que a taxa
de producao apresentara um maximo de ionizacao (qm) num ponto intermediario
da ionosfera (conforme mostrado na Figura 2.1). A taxa de producao q obedece a
funcao de Chapman como segue:
q =ηR∞He
exp (1− Z − exp(−Z) secλ) (2.1)
onde λ representa o angulo zenital solar, η a eficiencia de ionizacao (numero de
foton-eletrons produzidos por foton absorvido), Z a altura reduzida (Z =∫dh/H),
H a altura de escala (H = KT/mg), e a carga do eletron e R∞ e a intensidade
da radiacao vertical total incidente. K corresponde a constante de Boltzmann, T a
temperatura, m a massa e g a aceleracao da gravidade.
A ionosfera terrestre e subdividida em camadas de acordo com os constituintes
quımicos e suas radiacoes ionizantes (Figuras 2.2 e 2.3). Seus limites nao sao muito
bem definidos; mas em geral pode-se considerar 50 e 1000 km como limites inferior
e superior, respectivamente. Acima dessa altitude superior a atmosfera e muito ra-
refeita. Surgem, entao, a heliosfera, que e caracterizada pela predominancia dos ıons
de helio, e a protonosfera, que e composta principalmente por ıons de hidrogenio.
A ionosfera diurna esta subdividida em regioes D, E e F, cujas principais caracterıs-
5
Figura 2.1 - Exemplo qualitativo de producao de uma camada de ionizacao.Fonte: Adaptada de Kirchhoff (2001).
ticas serao descritas a seguir.
• Regiao D: esta na porcao inferior da ionosfera e vai ate aproximadamente
80 km de altitude, sendo uma regiao com densidade atmosferica ainda bas-
tante significativa em que as colisoes de partıculas neutras com partıculas
ionizadas sao muito importantes. Esta camada desaparece rapidamente
apos o por do Sol.
• Regiao E: situa-se entre 80 e 150 km e e uma regiao muito importante
por possuir condutividade eletrica bastante elevada e por apresentar um
importante sistema de correntes eletricas. Os principais ıons dessa regiao
sao o oxigenio molecular (O+2 ), o nitrogenio molecular (N+
2 ), o oxido nıtrico
(NO+) e o oxigenio atomico (O+), sendo o NO+ e o O+2 os majoritarios.
Alem desses ıons, e nessa regiao que se encontram os ıons metalicos, tais
como Fe+, Mg+, Ca+ e Si+. Na regiao E equatorial (±4 de latitude
em torno do equador magnetico), por volta dos 105 km de altitude, ha a
formacao de uma forte corrente eletrica que flui para o leste durante o dia:
o eletrojato equatorial.
6
Figura 2.2 - Perfil de densidade eletronica mostrando as principais radiacoes ionizantes eos principais ıons de cada camada.Fonte: Adaptada de Banks e Kockarts (1973).
• Regiao F: e a regiao que contem a maior concentracao de plasma da ionos-
fera. Esta camada se situa na regiao que vai de 180 km ate em torno de
1000 km. Ela contem, na regiao de aproximadamente 300 km de altitude,
o pico de densidade eletronica e e subdividida em pelo menos duas regioes
(F1 e F2). A regiao F e dominada pelos processo de transporte.
Um parametro de grande relevancia na ionosfera e a condutividade eletrica σ, que
e calculada pela razao entre o vetor densidade de corrente , J, e o campo eletrico
E. J pode ser expressa em funcao da densidade de partıculas carregadas µj (onde j
representa a especie de partıculas do meio - ıons “i” ou eletrons “e”) e da velocidade
V destas partıculas: J = ±µj e V. Nesta o sinal positivo e para ıons e o negativo
para eletrons e e e a carga eletrica fundamental.
A condutividade ionosferica e anisotropica (RISHBETH; GARIOTT, 1969) e relaciona
os campos eletricos do dınamo com as correntes ionosfericas. Cada uma das camadas
apresenta condicoes especiais de condutividade. Por ser anisotropica, a condutivi-
dade ionosferica e representada por um tensor σ. De forma generalizada, o tensor
7
Figura 2.3 - Perfil vertical demonstrativo da densidade eletronica da ionosfera para o diae para a noite. E’ e C representam camadas esporadicas.
condutividade pode ser escrito por:
σ =
σ0 cos2(I) + σP sin2(I) σH sin(I) −(σ0 − σP ) cos(I) sin(I)
−σH sin(I) σP −σH cos(I)
−(σ0 − σP ) cos(I) sin(I) σH cos(I) σ0 sin2(I) + σP cos2(I)
(2.2)
onde I representa a inclinacao do campo geomagnetico B, σ0 e a condutividade
longitudinal, na direcao Epar (componente de E paralela a direcao do campo geo-
magnetico B), σP e a condutividade Pedersen ou transversal, na direcao de Eperp
(componente perpendicular a direcao de B), e σH e a condutividade Hall, referente
8
a condutividade na direcao perpendicular tanto a B quanto a Eperp. Na regiao do
equador magnetico onde o angulo de inclinacao magnetica e zero, o tensor condu-
tividade e dado por:
σ =
σ0 0 0
0 σP −σH
0 σH σP
(2.3)
Estas condutividades sao funcoes das frequencias ciclotronicas Ωi e Ωe (ionica e
eletronica, respectivamente), das frequencias de colisao νi e νe (ionica e eletronica,
respectivamente), das massas dos ıons (mi) e dos eletrons (me) e da densidade
eletronica de plasma (µe), de acordo com as equacoes 2.4, 2.5 e 2.6:
σ0 = e2µe
[1
meνe
+1
miνi
](2.4)
σP = e2µe
[νe
me(ν2e + Ω2
e)+
νi
mi(ν2i + Ω2
i )
](2.5)
σH = e2µe
[Ωi
mi(ν2i + Ω2
i )− Ωe
me(ν2e + Ω2
e)
](2.6)
As expressoes para as frequencias ciclotronicas sao:
Ωi =eB
mi
(2.7)
Ωe =−eBme
(2.8)
A Figura 2.4 mostra o comportamento das condutividades em funcao da altura.
Pelo grafico, ve-se que as maximas condutividades Pedersen e Hall se encontram
na regiao E. Devido a queda brusca, em altura, destas condutividades tanto acima
quanto abaixo do pico de condutividade, a corrente vertical fica aprisionada em uma
estreita faixa de altura, criando o campo vertical de polarizacao (Ez). Na regiao
9
equatorial este campo de polarizacao intenso contribui para a formacao do eletrojato
equatorial.
Figura 2.4 - Perfil de condutividades calculadas para medias latitudes ao meio dia. 1e.m.u.(cgs) = 1011S/m (SI).Fonte: Adaptada de Akasofu e Chapman (1972)
A soma das correntes Pedersen σPEy e Hall σHEz forma a corrente total do eletro-
jato. No equador magnetico essa corrente e σCEy, onde σC e denominada condu-
tividade Cowling e e uma relacao entre as condutividades Pedersen e Hall dada
por:
σC = σP +σ2
H
σP
(2.9)
2.2 A anomalia equatorial da ionizacao
A anomalia equatorial da ionizacao (EIA do ingles Equatorial Ionization Anomaly)
ou anomalia de Appleton (ANDERSON, 1973a; ANDERSON, 1973b; HARGREAVES,
1992; KELLEY, 1989) e produzida pelo efeito fonte no plasma equatorial, no qual
o campo eletrico diurno, para leste, gera a deriva vertical E × B para cima. Esta
deriva eleva o plasma sobre o equador magnetico para alturas maiores. Este plasma
10
elevado, por sua vez, difunde para baixo seguindo as linhas de campo magnetico,
criando duas cristas de ionizacao em ambos os lados do equador magnetico. Para
valores maiores do campo eletrico, o plasma atingira latitudes mais afastadas do
equador, estendendo as cristas da EIA. Assim, a distribuicao latitudinal de densidade
eletronica da ionosfera apresenta picos nas latitudes magneticas em torno de 15 a
20 em cada lado do equador magnetico, podendo variar de acordo com a hora local,
atividade solar, atividade geomagnetica, estacao do ano, dinamica da atmosfera e
intensidade dos campos eletricos.
Um esquema representativo para a formacao da anomalia da ionizacao na ionosfera
terrestre e mostrado na Figura 2.5. A Figura 2.6 apresenta uma concepcao artıstica
deste mesmo fenomeno.
Figura 2.5 - Esquema representativo de formacao da anomalia de Appleton.
No Brasil, que tem boa parte de seu territorio atravessado pela linha do equador
magnetico, a influencia dessa anomalia e importante para o setor de telecomuni-
cacoes. As regioes que nao estao sob as cristas da ionizacao possuem densidade
eletronica mais baixa na regiao F da ionosfera e, portanto, sao atravessadas por
ondas eletromagneticas de frequencias mais baixas do que aquelas necessarias para
atravessar as regioes de latitudes magneticas em torno de 18, norte ou sul.
A Figura 2.7 mostra graficos da densidade eletronica versus latitude e altitude, nos
11
Figura 2.6 - Concepcao artıstica da anomalia equatorial mostrando tambem o efeito fontedo plasma equatorial.Fonte: Souza (1997)
meridianos de EIA mais intensa (80 O - regiao da America do Sul) e EIA mais fraca
(120 O - oceano Pacıfico - onde as cristas permanecem mais proximas do equador)
as 1400-1600 LT. Estes graficos foram obtidos com dados dos satelites COSMIC para
os meses de setembro e outubro de 2006 (LIN et al., 2007a).
Ha varios fatores que afetam significativamente a formacao da EIA. A componente
meridional do vento neutro (VN) transporta as partıculas carregadas ao longo das
linhas de campo magnetico e origina assimetrias. Ventos neutros mais fortes para
o equador ajudam a manter o plasma em mais altas altitudes, resultando em um
reforco na intensidade da EIA. Recombinacoes tambem podem contribuir para as
variacoes das densidades e das altitudes de pico para as diferentes longitudes.
Investigacoes detalhadas da anomalia equatorial da ionizacao observada durante
meses de equinocio e num mınimo solar (LIN et al., 2007b) indicam que os picos
comecam a se formar proximo do equador magnetico as 0900 LT (09 horas local)
12
Figura 2.7 - Graficos da seccao transversal da anomalia equatorial da ionizacao em regioesde longitude com EIA mais forte (80 O) e de EIA mais fraco (120 O) as1400-1600 LT.Fonte: Lin et al. (2007a)
deslocando-se em direcao aos polos ate atingir cerca de 16 de latitude as 1600 LT.
Entao eles comecam a se mover de volta ao equador e desaparecem por completo
pelas 2100 LT. Durante anos de atividade solar maxima, a dependencia temporal dos
picos e um pouco diferente. Embora o desenvolvimento da anomalia seja no mesmo
horario local, os picos mantem seu movimento em direcao aos polos ate cerca de
2000 LT, quando ocorre o maximo afastamento em latitude e os picos comecam a se
dirigir novamente para o equador. Neste perıodo a anomalia equatorial geralmente
persiste a noite pelo menos ate as 0200 LT.
Os setores americano (entre as longitudes geograficas de 150 O a 30 O), africano
(de 30 O a 60 L) e asiatico (de 60 L a 150 O) apresentam diferentes caracterısticas
para a anomalia, dependendo do ciclo solar (LYON; THOMAS, 1963).
13
3 INSTRUMENTACAO
3.1 Satelites FORMOSAT-3/COSMIC
FORMOSAT-3/COSMIC (FORMOSA satellite Series n 3/ Constelation Observing
System for Meteorology, Ionosphere and Climate ou, simplesmente, F3/C) e uma
missao de cooperacao entre Taiwan e EUA para pesquisas sobre tempo, clima, clima
espacial e geodesia, e e uma das primeiras missoes de radio ocultacao GPS (sigla do
ingles Global Positioning System) do mundo. A missao F3/C foi lancada com sucesso
em 15 de abril de 2006. Seis micro-satelites terrestres de baixa orbita (LEO do ingles
Low Earth Orbiting) identicos, cada um transportando um receptor GPS de radio
ocultacao (GPS radio occultation receiver no ingles), um fotometro (TIP do ingles
Tiny Ionospheric Photometer) de 135, 6 nm e um sinalizador tri-banda (TBB do
ingles Tri Band Beacon) (150, 400 e 1067 MHz), foram colocados em orbita em torno
da Terra. A Figura 3.1 mostra os seis satelites montados no veıculo lancador (FONG
et al., 2008). Os satelites lancados pela Organizacao Espacial Nacional de Taiwan
(Taiwan’s National Space Organization - NSPO) atingiram suas orbitas finais, a 800
km de altitude em planos separados por 30 graus, perto do fim do mes de outubro de
2007 (Figura 3.2). O angulo de inclinacao de cada satelite e 72 e o perıodo orbital
e de aproximadamente 100 min. Os dados cientıficos gerados pelos satelites estao
sendo obtidos a cada orbita completa por duas estacoes NOAA TT&C (no Alasca
e na Noruega) e uma estacao de NSF/NASA (em McMurdo, Antartica) e entao
transferidos para o Centro de analise e armazenamento de dados (COSMIC Data
Analysis and Archival Center - CDAAC) da UCAR em Boulder, Colorado, EUA.
Atualmente o CDAAC processa os dados cientıficos do COSMIC quase que em tempo
real (90 por cento de perfis de RO sao depositados nos centros de tempo e clima
em ate 3 horas da observacao). O CDAAC tambem reprocessa, dentro de 6 semanas
da observacao, os dados do COSMIC (como tambem outras missoes GPS/MET,
CHAMP, SAC-C, e GRACE) de modo a obter informacoes mais precisas e confiaveis.
O COSMIC esta provendo diariamente entre 1000-2500 perfis de RO da atmosfera
neutra, 1000-2500 perfis de densidade eletronica e curvas de conteudo eletronico to-
tal e produtos de radiacao TIP. Os dados ja demonstraram imenso valor operacional
para previsao de tempo, previsao de furacoes e investigacoes da camada limite atmos-
ferica. Os dados estao sendo intensivamente usados para testar modelos ionosfericos
e seu uso em modelos do clima espacial esta em desenvolvimento.
15
Figura 3.1 - Seis satelites FORMOSAT-3/COSMIC no veıculo de lancamento Minotaur.Fonte: Fong et al. (2008)
Figura 3.2 - Constelacao final FORMOSAT-3/COSMIC.Fonte: Fong et al. (2008)
16
Os trabalhos possıveis com dados dos seis micro-satelites sao bastante vastos e uteis
para aqueles que trabalham com climatologia e pesquisas. Lin et al. (2007a) usou ma-
pas globais da densidade eletronica construıdos com observacoes de radio ocultacao
a bordo da constelacao F3/C para mostrar a existencia da estrutura longitudinal de
quatro picos, um tipo de estrutura visıvel na ionosfera terrestre se a regiao ionizada
for estratificada e mapas em hora local forem gerados para cada uma das faixas
de altura. Na Figura 3.3 o TEC foi calculado entre as alturas de 400 e 450 km de
0000 as 2400 LT em segmentos de 2h. Analisando estes mapas pode-se perceber
que, sobre a regiao proxima do equador magnetico, existem longitudes preferenci-
ais onde ocorre acumulo de plasma, dando origem a regioes com maior densidade
eletronica. A estrutura longitudinal de quatro picos da EIA comeca a se formar das
0800-1000 LT nas quatro regioes (oeste da America do Sul, oeste da Africa, India e
sudeste da Asia, e pacıfico central). Os picos de cada uma destas regioes se tornam
mais proeminentes das 1200 as 1600 LT, voltando a ficar fracos das 1600 as 2000.
Entre 2000 e 2200 LT os picos voltam a ficar em evidencia maior, embora o TEC
seja menor. Os picos continuam discernıveis ate 0200-0400 LT e depois desapare-
cem totalmente. Segundo Lin et al. (2007a), estes resultados sugerem que as mares
atmosfericas influenciam a regiao F de plasma mudando o dınamo da regiao E, ao
inves de se propagarem apenas para cima e modularem a camada F diretamente.
Os mapas globais da ionosfera foram construıdos juntando medidas dos meses de
setembro e outubro de 2006, a cada 2h de dados de ocultacao e sem perıodos mag-
neticamente perturbados, e tomando os valores medios das observacoes localizadas
na mesma grade (2, 5 - 2, 5 - 1 km, longitude-latitude-altitude).
Dados provenientes dos satelites sao bastante uteis pois eles podem cobrir quase
todo o globo e sob quaisquer condicoes de tempo, complementando os dados das
ionossondas, que permitem que se obtenham apenas informacoes locais. Os dados
utilizados neste trabalho sao dados de reanalise disponibilizados no banco de dados
CDAAC da UCAR. Para mais detalhes, ver Apendice A.
3.1.1 A tecnica de radio ocultacao GPS
A tecnica da Radio Ocultacao (RO) tem sido aplicada por decadas para investigar
a atmosfera dos planetas no sistema solar (LIOU et al., 2007). Ela e baseada no fato
de que a velocidade de propagacao das ondas de radio e intensificada ou retardada
ao longo de seu percurso devido a presenca de refratividade na atmosfera. Uma
das tecnicas mais atuais para obtencao de dados atmosfericos e a radio ocultacao
17
Figura 3.3 - Variacoes temporais da estrutura longitudinal de quatro picos do conteudoeletronico total integrado entre 400 e 450 km em segmentos de 2h.Fonte: Lin et al. (2007a)
GPS (GPS Radio Occultation em Ingles). A tecnica de RO GPS utiliza o fato de
que as ondas de radio, que sao emitidas de um satelite GPS e recebidas em outro
satelite atras do limbo do planeta, sofrem refracao e sao defletidas ao atravessarem a
atmosfera (Figura 3.4). Disso sao feitas algumas suposicoes e calculados, por meio da
transformada de Abel, os perfis atmosfericos (SYNDERGAARD, 2009; HEALY, 2009).
Na tecnica RO GPS utilizando os satelites F3/C o sinal e emitido de um dos 32
satelites do grupo GNSS - sigla do Ingles Global Navigation Satellite System - que
18
Figura 3.4 - Configuracao dos satelites envolvidos na tecnica RO mostrando a refracaosofrida pelo sinal de radio ao atravessar a atmosfera terrestre.Fonte: Adaptada da apresentacao “Introduction to GPS RadioOccultation” (SYNDERGAARD, 2009)
orbitam a Terra a aproximadamente 20200 km, e recebido por um dos 6 satelites
do COSMIC - numa orbita a aproximadamente 800 km de altitude. Os dados obti-
dos por esse conjunto de satelites podem ser aplicados para monitorar e estudar a
dinamica da ionosfera, o clima espacial, a estrutura da atmosfera, a gravidade ter-
restre e as ondas de gravidade. Esses dados podem aumentar ainda a acuracia da
previsao do tempo (CHIU et al., 2008). Na Figura 3.5 mostra-se o esquema para dois
satelites e um conjunto descendente de raios de ocultacao, devido ao movimento dos
satelites, e, consequentemente, a progressao do ponto tangente.
A geometria utilizada nos calculos e mostrada na Figura 3.6.
Os sinais GPS sao transmitidos em duas frequencias: 1575, 42 MHz (L1) e 1227, 60
MHz (L2). Na atmosfera o ındice de refracao (definido como a razao da veloci-
dade da luz c pela velocidade de propagacao da onda v) e dado de acordo com
a Equacao 3.1 (SYNDERGAARD, 2009)
n ≈ 1 + 77, 6p1
T+ 3, 73× 105 p2
T 2+ 40, 3
µe
f 2(3.1)
onde p1 representa a pressao atmosferica (milibar), T a temperatura (Kelvin), p2
a pressao parcial do vapor d‘agua (milibar), µe a densidade eletronica e f a fre-
19
quencia da onda eletromagnetica. O primeiro e o segundo termos (hidrostatico
seco e hidrostatico umido, respectivamente) dominam abaixo de 70 km de alti-
tude. O termo de umidade e muito importante na troposfera e constitui mais de
30% da refratividade na superfıcie dos tropicos. Acima dos 70 km, o terceiro termo
(ionosferico) domina. Considera-se simetria local esferica, o angulo de curvatura (α)
como sendo funcao do parametro de impacto (a), e a refratividade (definida como
Figura 3.5 - Variacao do ponto tangente na tecnica RO GPS.Fonte: Adaptada do curso de radio ocultacao do METEOROL-OGY EDUCATION AND TRAINING (2009)
Figura 3.6 - Geometria usada na radio ocultacao GPS.Fonte: Adaptada do curso de radio ocultacao do METEO-ROLOGY EDUCATION AND TRAINING (2009)
20
N(r0) = (n(r0)− 1)× 106) e a densidade eletronica como sendo funcoes da altura.
No meio esferico simetrico, a lei de Snell e substituıda pela lei de Bouger. Dessa
forma pode-se obter o angulo de curvatura como na Equacao 3.2
α(a) = −2a
∫ r0
∞
d lnn/dr√(n2r2 − a2)
dr (3.2)
em que dr representa incrementos radiais a partir do centro da Terra. Esta integral
e calculada de um ponto no infinito ate o ponto r0, de interseccao com o caminho
de ocultacao. Uma vez obtido esse angulo faz-se a troca de variaveis, x ≡ nr, e
aplica-se a transformada integral de Abel para obter o ındice de refracao no ponto
r0 tal como mostrado na Equacao 3.3
n(r0) = exp
(1
π
∫ a
∞
α(x)√(x2 − a2)
dx
)(3.3)
em que n(r0)r0 = a.
Com o ındice de refracao, toda a configuracao do meio pode ser obtida ao juntar,
em modelos numericos, parametros meteorologicos auxiliares tais como pressao, tem-
peratura e umidade medidos na atmosfera. Para a obtencao dos dados ionosfericos
pode-se ignorar a curvatura do raio na maior parte desta regiao.
Da definicao, o TEC e calculado como mostra a Equacao 3.4
TEC = 10−16
∫ rLEO
rGPS
µeds (3.4)
onde os extremos de integracao (rLEO e rGPS) representam as localizacoes respectivas
dos satelites LEO e GPS, e ds e o caminho da onda eletromagnetica.
Porem na tecnica de RO GPS o TEC(r), entre os satelites LEO e GPS, e calculado
conforme a Equacao 3.5
TEC(r) =S1 − S2
40, 3× 1016
f 21 f
22
f 21 − f 2
2
(3.5)
21
na qual f1 e f2 correspondem as frequencias de L1 e L2, respectivamente, e S obedece
a Equacao 3.6
Si(t) =
∫ rLEO
rGPS
(10−6µ− 40, 3µe
f 2i
)ds ; i = 1, 2. (3.6)
Com o valor deste TEC, entre os satelites, a densidade eletronica pode ser derivada
atraves da Equacao 3.7
µe(r0) =1016
π
∫ rLEO
r0
dTEC(r)/dr√(r2 − r2
0)dr . (3.7)
Esta integral e feita entre o ponto tangente (r0) e a posicao do satelite LEO, sendo
dr o caminho do sinal entre estes pontos.
Ha varios algoritmos desenvolvidos para processar os dados de RO, muitos deles
desenvolvidos pela UCAR. Os algoritmos sao baseados, principalmente, em metodos
como o geometrico, a retro-propagacao, o holografico, o de recuperacao da amplitude,
e incluem operacoes como a filtragem, o refinamento e a atribuicao empırica de pesos.
O algoritmo desenvolvido pela NCURO (CHIU et al., 2008) considera a atmosfera
da Terra como esferica e com multicamadas, e utiliza uma tecnica de Laco-aberto
(Open-Loop technique) para corrigir o atraso da fase do sinal recebido do GPS. E
gracas a esses algoritmos que e possıvel confiar na acuracia dos dados, especialmente
para baixas altitudes onde o sinal pode se deteriorar (seguir multiplos caminhos
ou flutuar fortemente, em fase e em amplitude, em virtude da presenca de uma
atmosfera bastante densa e umida).
3.2 Digissondas
O sondador ionosferico Digissonda e, essencialmente, um radar pulsado no qual as
frequencias de estudo podem ser variadas de 1 a 40 MHz, de acordo com o interesse
cientıfico (UMass..., 2009; REINISCH, 1986; REINISCH et al., 1989; REINISCH, 2005).
Com este equipamento e possıvel obter o perfil vertical de densidade eletronica, a
velocidade de deriva do plasma, a polarizacao entre outras informacoes da ionosfera
no lugar onde ele se encontra em operacao. Para isso, ele usa as propriedades da
reflexao de um pulso de onda de radio na ionosfera, em funcao da frequencia da
onda. Na Figura 3.7 e mostrada a rede mundial de Digissondas.
22
Figura 3.7 - Rede Mundial de Digissondas.Fonte: http://ulcar.uml.edu/
Existem cerca de 40 instituicoes ao redor do mundo que utilizam equipamentos
do tipo DigissondaTM . Alguns exemplos de ionossondas digitais sao a Canadian
Advanced Digital Ionosonde (CADI) e a DigisondeTM Portable Sounder (DPS). O
Sondador Portatil Digissonda (DPS) e produzido pelo Centro de Estudos Atmos-
fericos da Universidade de Massachusetts Lowell, EUA. O sistema atual compensa
o fato de emitir em uma baixa potencia (300 W ao inves de 10 kW como nos mo-
delos anteriores) com o emprego de fase codificada intra-pulso, compressao de pulso
digital e integracao Doppler. A emissao e recepcao do sinal, o controle e o processa-
mento de sinal, a apresentacao dos dados, armazenamento e analise automatica das
funcoes foram condensadas em um sistema de computador multiprocessador sim-
ples. A Figura 3.8 mostra um modelo de DPS em operacao e a Figura 3.9 mostra o
esquema de uma antena do mesmo equipamento.
O objetivo com o desenvolvimento da DPS foi conseguir tirar o maximo de infor-
macoes da ionosfera com o mınimo de gasto de energia e que automatizasse a coleta
e a analise dos dados.A altura da camada de estudo e determinada pelo tempo de
atraso do eco recebido com relacao ao pulso enviado, supondo que este viaja a veloci-
dade da luz. Para determinar o angulo de incidencia, a DPS incorpora os princıpios
basicos da interferometria (REINISCH, 1986). Como a frequencia da onda eletromag-
netica tem uma relacao direta com a densidade eletronica na regiao em que ela e
23
Figura 3.8 - Sondador DPS.Fonte: http://ulcar.uml.edu/
refletida, atraves da emissao de pulsos subsequentes na faixa de frequencias citada
e possıvel obter-se a porcao inferior do perfil ionosferico. Sao sete os parametros
observaveis, que podem ser medidos simultaneamente dos sinais refletidos (ou re-
fratados, na incidencia obliqua), na ionosfera: 1) frequencia; 2) o alcance (ou altura
no caso de medida vertical); 3) a amplitude; 4) a fase da onda; 5) o desvio Doppler
e o espalhamento; 6) o angulo de chegada; e 7) a polarizacao da onda.
A Digissonda dispensa um operador no local para colher os dados. Alem da ar-
mazenagem, esse equipamento dispoe os dados para acesso em tempo real via inter-
net, permitindo uma analise da ionosfera local a distancia. A Figura 3.10 mostra a
Digissonda DPS instalada em Itaitinga, Fortaleza - CE.
Por causa da influencia que os parametros fısicos do plasma ionosferico tem na
propagacao de ondas, deixando-as passar ou nao atraves do gas ionizado, e possıvel
medir esses parametros para valores discretos de altura e frequencias e mapear a
estrutura do plasma da ionosfera. Centenas de medidas sequenciais permitem tornar
as curvas do ionograma quase contınuas. O ionograma e o resultado, em forma de
grafico, da medida das amplitudes do sinal com a frequencia e com a altura virtual.
Na Figura 3.11 mostra-se um ionograma tıpico, no qual apenas cinco dimensoes sao
mostradas por vez devido as limitacoes do software atual. A abscissa representa a
frequencia, a ordenada representa a altura de reflexao (que pode ser transformada
em tempo com a simples suposicao de que a onda se propaga com 3 × 108m/s). A
24
Figura 3.9 - Antena do equipamento.Fonte: http://ulcar.uml.edu/
Figura 3.10 - Digissonda DPS e campo de antenas da DPS em Fortaleza.Fonte: http://www.dae.inpe.br/iono
amplitude do sinal e representada pela intensidade (ou pixels) da curva, o desvio
Doppler pela cor da curva e a polarizacao pelo gradiente de cores (as cores “frias” -
escalas de azul-verde-cinza - mostram polarizacao do modo extraordinario, e as cores
“quentes” - escalas de vermelho-amarelo-branco - mostrando polarizacao ordinaria).
A linha solida preta do grafico anterior e calculada atraves de um modelo intrınseco
da DPS que calcula o perfil da ionosfera a partir das medicoes e ja converte a
altura virtual em altura real. A parte acima do pico de densidade da camada F2
25
Figura 3.11 - Exemplo de Ionograma.
e uma extrapolacao que busca se aproximar do perfil real, pois a ionossonda so
obtem informacoes ate o pico NmF2. Os sinais emitidos acima da frequencia limite,
correspondente ao pico, atravessam toda a ionosfera e nao sao refletidos.
26
4 RESULTADOS E DISCUSSOES
Utilizando dados de perfil ionosferico dos satelites e de Digissondas, foi possıvel con-
duzir estudos comparativos e demonstrar a utilidade dos dados de satelite para
analise da ionosfera da regiao brasileira. Foram encontrados alguns perıodos de
grande interesse para estudos futuros. Os dados ionosfericos dos satelites F3/C
demonstraram ter aplicabilidade mesmo em circunstancias nas quais as medidas
das Digissondas estavam prejudicadas pela presenca de irregularidades do plasma.
Nas Figuras 4.1, 4.2, 4.3 e 4.5 podem-se ver exemplos de comparacao de perfis do
satelite e Digissonda medidos quase simultaneamente e no mesmo local e os respec-
tivos ionogramas obtidos pela Digissonda. Estes perfis foram selecionados dentre
varios analisados e buscam mostrar as diferentes situacoes que se pode ter. No gra-
fico superior de cada uma das Figuras, os dados em vermelho referem-se ao perfil
obtido pela Digissonda em uma das tres localidades brasileiras (Cachoeira Paulista
- CP, Sao Luıs - SL e Fortaleza - FZ) no horario indicado no tıtulo do grafico apos
a letra D (por exemplo, D19.45 se refere ao ionograma obtido as 19:45 UT). Os
dados em azul sao referentes ao perfil obtido pelos satelites F3/C. Foram escolhidos
para comparacao os perfis cujos picos de densidade eletronica tenham sido obtidos
nas proximidades das estacoes ionosfericas de solo (afastamento maximo de 5 em
latitude e 5 em longitude). A data e o horario do perfil do satelite tambem estao
identificados no tıtulo das Figuras (por exemplo, 2.2006.269.19.39.G17 significa que
o perfil foi obtido pelo satelite COSMIC numero 2 para o ano de 2006, dia 269, as
19:39 UT e o sinal foi recebido do satelite GNSS de PRN 17). Os valores da altura
e da densidade eletronica no pico dos perfis estao listados na legenda inferior de
cada grafico superior. O grafico interno a eles, no canto superior direito, apresenta
o caminho no qual foi feita a radio ocultacao (linha solida azul), as coordenadas
do ponto mais baixo do perfil obtido pelo satelite (cırculo), a localizacao do pico de
densidade do perfil do satelite (asterisco azul) e da estacao de Digissonda em questao
(asterisco vermelho). Na parte de baixo de cada Figura e mostrado o ionograma que
foi utilizado para extrair o perfil de Digissonda.
Nestes graficos comparativos e necessaria a percepcao de que perfis de ocultacao
nao podem ser comparados rigorosamente com perfis de sondadores em solo, pois os
dados de RO GPS nao sao fornecidos para uma localidade fixa. A comparacao so
e valida quando os dados obtidos atraves das duas tecnicas sao obtidos no mesmo
local. Dessa forma, e possıvel comparar as alturas e densidades do pico dos perfis
27
quando os asteriscos vermelho e azul estiverem muito proximos um do outro. Esta
comparacao dos parametros do pico da camada F2 sera feita de forma mais criteriosa
na sequencia do trabalho.
Nos perfis de densidade dos satelites sempre devem ser desprezados, por nao terem
sentido ou introduzirem muitos erros, os valores negativos e medidas em altitudes
inferiores a 70km de altura. E preciso lembrar ainda que na regiao da ionosfera
em torno de 300 km acima da superfıcie cada grau de diferenca, em latitude ou
em longitude, pode significar uma distancia horizontal de cerca de 115 km. Assim,
dependendo do criterio adotado, pode-se estar comparando dados de regioes com
configuracoes ionosfericas bem distintas.
As Figuras 4.1 e 4.2 mostram exemplos de perfis com boa concordancia. A Figura 4.1
apresenta um exemplo no qual a densidade eletronica do pico do perfil medido pelo
satelite foi obtida em local muito proximo da estacao de Digissonda em Cachoeira
Paulista, como pode ser visto pela localizacao mostrada no grafico com a trajetoria
do satelite (as longitudes estao quase coincidentes e as latitudes diferem por menos
que 1, 5). Este exemplo mostrou concordancia muito boa em quase todo o perfil.
E importante salientar que para este exemplo o afastamento maximo entre a me-
dida do satelite e a estacao e menor que 2, 5 em latitude e em torno de 3, 5 em
longitude. A densidade NmF2 medida pelo satelite foi 7, 67 × 105 el/cm3 e pela
Digissonda 7, 58× 105 el/cm3. Esses valores de densidade equivalem as frequencias
7,86 e 7,82 MHz, respectivamente; portanto a diferenca entre as frequencias medidas
pelo satelite e pela Digissonda e menor do que o passo de varredura em frequencia
da sondagem feita pela Digissonda que e de 0,1 MHz. Logo, pode-se afirmar que a
concordancia das medidas de densidade eletronica e excelente. Em relacao a altura,
no entanto, a diferenca e um pouco maior, sendo que a medida do satelite para hmF2
(232,0 km) esta 16, 6 km abaixo do valor fornecido pela Digissonda (248,6 km). A
posicao do satelite durante as medidas realizadas proximo ao topo e tal que ele esta
se aproximando da estacao em latitude, mas esta se afastando em longitude. Nesta
regiao os perfis diferem bastante, embora estejam sendo medidos em latitudes pro-
ximas da estacao. Portanto as causas das discrepancias podem estar no metodo de
calculo da parte superior do perfil pela Digissonda, que ajusta uma funcao a curva de
densidade utilizando parametros (tal como a altura de escala HT ) medidos na parte
inferior da camada (RAM et al., 2009). Na parte inferior do perfil pode-se ressaltar a
boa concordancia observada para a camada E e a ausencia da estratificacao devida
28
a camada F1 no perfil medido pelo satelite e a sua presenca no perfil da Digissonda
(a camada F1 esta muito bem definida no ionograma correspondente ao perfil aqui
apresentado, como pode ser visto na parte inferior da Figura 4.1).
No exemplo apresentado na Figura 4.2, o ponto tangente da RO esta muito proximo
da estacao durante as medidas realizadas na parte inferior do perfil (a medida do
satelite inicia por volta de 24, 5 S, 44 O, bem proximo da estacao CP), portanto,
a melhor concordancia e obtida nas altitudes abaixo do pico. A densidade NmF2
medida pelo satelite foi 5, 75×105 el/cm3 e pela Digissonda 5, 57×105 el/cm3. Esses
valores de densidade equivalem as frequencias 6,81 e 6,7 MHz, respectivamente; a
diferenca entre as frequencias crıticas e de 0,11 MHz ou seja, aproximadamente igual
ao passo de varredura da sondagem feita pela Digissonda. Neste exemplo pode-se
concluir novamente que a concordancia entre as densidades de pico e muito boa,
sobretudo se levarmos em consideracao que o satelite esta aproximadamente 5 em
latitude e 4 em longitude afastado da estacao CP. Por outro lado, a altura do
pico apresentou diferenca menor que a da Figura 4.1, sendo que nesse caso a altura
do pico medida pelo satelite ficou 7 km acima da observada pela Digissonda. Esta
diferenca esta muito proxima da resolucao em altura das medidas da Digissonda
que e de 5 km. Ainda em relacao a esta comparacao, deve-se observar que ha uma
diferenca de 6 minutos entre as medidas realizadas pelo satelite e pela Digissonda (a
medida de satelite foi realizada as 19:39 e a da Digissonda as 19:45 UT). Buscou-se
complementar a informacao sobre o comportamento da ionosfera com os resultados
registrados no ionograma das 19:30 UT. Observou-se que nesse intervalo de tempo
(19:30 e 19:45 UT) a frequencia crıtica da camada F decresceu de 8,2 para 6,7 MHz
e que a altura do pico decresceu de 235,4 km para 219.9 km. Portanto, parte da
diferenca observada entre os dois perfis pode ser atribuıda a alta variabilidade da
ionosfera neste horario. A medida que os resultados dos satelites avancam para a
parte superior da ionosfera, as medidas se distanciam da estacao. Essa pode ser uma
das razoes para as discrepancias observadas nas medidas acima do pico da camada
F. Em relacao a parte inferior do perfil observa-se que ha uma boa concordancia
na representacao da camada F1 e que ha uma diferenca significativa na densidade
eletronica da camada E. O ionograma para este horario, mostrado na parte inferior
da Figura 4.2, mostra a presenca de uma camada E esporadica, a qual pode ter
prejudicado a leitura da frequencia crıtica da camada E, contribuindo para justificar
parte das diferencas observadas.
29
Figura 4.1 - Comparacao de perfis do dia 249 de 2006 para a estacao de Cachoeira Paulistae ionograma correspondente.
30
Figura 4.2 - Comparacao de perfis do dia 269 de 2006 para a estacao de Cachoeira Paulistae ionograma correspondente.
31
Os perfis apresentados na Figura 4.3 diferiram significativamente em todo o inter-
valo de altura e, mesmo na regiao em que as medidas do satelite e da Digissonda
estao mais proximas, a diferenca e muito grande. Os perfis foram obtidos em horarios
muito proximos (08:35 UT e 08:36 UT para a Digissonda e satelite, respectivamente).
Em relacao a posicao, vale ressaltar que a medida do satelite teve inıcio no equador
geografico, proximo de 45, 5 O, e foi feita toda no hemisferio Norte (ate aproxi-
madamente 8 N). A estacao SL fica no hemisferio Sul, proxima do equador (2, 5
S; 44, 2 O). Embora os perfis tenham sido obtidos em hemisferios diferentes, a dife-
renca de longitude e pequena. Como os dados se referem a um perıodo de equinocio
(dia 269 ou 26 de setembro), nao se esperaria uma variacao tao grande entre os dois
perfis, simplesmente pela diferenca nas latitudes das observacoes. Outro fator que
poderia introduzir diferencas e que os perfis se referem a um horario muito proximo
do amanhecer local. Portanto pequenas diferencas em longitude poderiam acarretar
diferencas significativas no fluxo de radiacao solar e, consequentemente na densi-
dade eletronica. Na presente comparacao o perfil do satelite no pico de densidade
eletronica e na parte superior da camada foi obtido para longitudes a leste da lon-
gitude da Digissonda e, portanto, em uma regiao ja mais iluminada pelo sol. Logo
seria esperado que apresentassem densidade eletronica superiores as obtidas pela
Digissonda. No entanto o perfil do satelite apresenta valores de densidade eletronica
inferiores ao da Digissonda acima do pico da camada F e valores superiores ao da
Digissonda nas altitudes abaixo do pico. A provavel causa da grande discrepancia
nos resultados obtidos pelos dois equipamentos, alem da separacao latitudinal en-
tre satelite e estacao, pode ser a presenca de vento transequatorial dirigido para
o norte. Este vento para o norte carrega consigo o plasma, ao longo dos tubos de
fluxo magnetico, elevando a camada no lado sul e levando o plasma para uma regiao
de alta taxa de recombinacao (altitude mais baixa) no lado norte do equador mag-
netico. Dessa forma a densidade eletronica no norte sera diminuıda. A orientacao
sugerida para o vento neutro, neste caso, e indicada no quadro interno da Figura 4.3.
A Figura 4.4 mostra um diagrama ilustrando o surgimento de vento efetivo (ao longo
das linhas de campo magnetico), a partir de tres diferentes configuracoes de ventos
meridionais (aqui apresentados como VN), que arrasta consigo o plasma ionosferico
alterando sua altitude. Quando o plasma e levado para uma regiao mais baixa o
efeito da alta taxa de colisao causa perda maior das especies ionizadas e conse-
quente diminuicao da densidade eletronica. Ao elevar o plasma ionosferico o efeito
e o contrario pois, conforme aumenta a altitude, menores sao as perdas por coli-
soes e o campo magnetico passa a governar o movimento das partıculas carregadas
32
eletricamente.
Em relacao a comparacao da regiao E, deve-se ressaltar que, nos horarios em que tal
camada nao e detectada pela Digissonda por apresentar baixa densidade eletronica
(como e o caso da Figura 4.3), o software de processamento dos dados da Digissonda
utiliza um modelo teorico para construir o perfil da regiao E. Portanto os mesmos
argumentos utilizados para explicar possıveis discrepancias na parte superior do
perfil da Figura 4.1 podem ser utilizados nesse caso.
O caso da Figura 4.5, assim como o da Figura 4.3, e um exemplo em que houve
bastante discordancia entre o perfil da Digissonda e o perfil do satelite. No exemplo
apresentado na Figura 4.5 observa-se grande diferenca na regiao em torno do pico de
densidade eletronica. Os perfis foram obtidos as 22:32 UT e 22:30 UT pelo satelite e
Digissonda, respectivamente. O ionograma para este horario, mostrado na parte infe-
rior da Figura, mostra a presenca de espalhamento da camada F (spread F ) causado
por irregularidades de plasma, as quais prejudicam a interpretacao do ionograma.
Durante a presenca de espalhamento, a interpretacao do ionograma e feita mediante
a analise de varios ionogramas sequenciais. Porem esta interpretacao esta sujeita a
imprecisoes. No perfil medido pelo satelite, observam-se flutuacoes na densidade de
plasma entre 270 e 470 km e a ocorrencia de uma forte deplecao em torno de 320
km. Observa-se que para este caso o satelite encontra-se mais proximo da estacao na
parte da trajetoria que esta medindo a parte inferior do perfil. No entanto, a parte
inferior do perfil do satelite mostra a ionosfera mais baixa do que a Digissonda. Neste
caso os valores apresentados como latitude, longitude, densidade e altura do pico da
camada F2, sao na realidade referentes ao ponto de maior densidade na curva em
azul do grafico. A tecnica nao e capaz de precisar corretamente onde deveria ser o
pico da ionosfera se nao houvesse a irregularidade presente. Investigando este dia de
grandes instabilidades observa-se que, sobre a regiao de Fortaleza, houve a formacao
de uma grande bolha de plasma, mostrada na Figura 4.6. A imagem da bolha foi
obtida com dados de imageador da estacao de Sao Joao do Cariri - PB (7, 13 S;
35, 52 O) para as 19:30 LT (22:30 UT). A localizacao da estacao esta indicada por
um ponto preto no grafico interno da Figura 4.5. Este equipamento faz observacoes
de luminescencia atraves de dados do airglow (OI 630,0 nm) coletados por um ima-
geador All Sky. A emissao do OI 630,0 em baixas latitudes resulta da dissociacao
recombinativa dos ıons O+2 . O raio desta imagem e de aproximadamente 1800km
e, portanto, abrange as estacoes SL e FZ. Este evento demonstrou a utilidade dos
33
Figura 4.3 - Comparacao de perfis do dia 269 de 2006 para a estacao de Sao Luıs e iono-grama correspondente.
34
Figura 4.4 - Ilustracao do efeito de ventos meridionais nas concentracao de plasma.Fonte: Adaptada de Rishbeth (1977)
dados de perfil do satelite para indicar irregularidades no plasma local. Surpreenden-
temente, neste caso, a parte superior do perfil obtido pelas duas tecnicas apresenta
excelente concordancia.
Trabalhos anteriores tambem ja fizeram comparacao de perfis de ocultacao com
dados de radar e ionossondas em solo. Lei et al. (2007) compararam dados do F3/C
com dados de radar de espalhamento incoerente (ISR), das estacoes de Millstone Hill
(42, 6 N; 71, 5 O) e de Jicamarca (11, 9 S; 76 O), e com ionossondas de 31 estacoes
(dados do National Geophysical Data Center, NGDC - NOAA, SPIDR Database).
Compararam tambem os valores de hmF2 e NmF2 do COSMIC com os modelos
IRI-2001 (International Reference Ionosphere Model) e NCAR-TIEGCM (National
Center for Atmospheric Research Termosphere-Ionosphere-Electrodynamics General
Circulation Model). Na comparacao de perfis de ISR com os dados do COSMIC
utilizaram seis perfis de Millstone Hill e dois perfis de Jicamarca. Para que os perfis
do COSMIC fossem representativo da estacao, os autores tomaram o valor de hmF2
35
Figura 4.5 - Comparacao de perfis do dia 323 de 2006 para a estacao de Fortaleza e iono-grama correspondente.
36
Figura 4.6 - Imagem de luminescencia atmosferica mostrando a presenca de bolhas deplasma na noite do dia 19 de Novembro de 2006 as 192958LT sobre a regiaode Sao Joao do Cariri - PB.Fonte: Cortesia do grupo LUME/DAE, INPE
(medido muito proximo da estacao de radar) e utilizaram-no para construir, a partir
do ajuste de uma funcao de Chapman, o perfil de densidade completo. Em Millstone
Hill os pontos tangentes de RO GPS na altura do pico de densidade podiam estar
afastados de 6 em latitude e 6 em longitude. Ja em Jicamarca o ponto de medida da
altura do pico pelo satelite podia estar 3 em latitude e 9 em longitude afastado da
estacao. Mesmo assim todos os perfis de densidade do ISR mostrados apresentaram
boa concordancia com os perfis do COSMIC. Em Jicamarca as diferencas entre
os perfis foram um pouco maiores e isto foi atribuıdo aos gradientes horizontais
de densidade eletronica maiores do que em Millstone Hill. Tais resultados estao
em conformidade com as comparacoes de perfis apresentados nesta dissertacao. E
importante notar que a estacao de Jicamarca esta proxima do equador magnetico,
tal como Fortaleza e Sao Luıs.
Conforme mencionado anteriormente, os perfis de RO nao sao fornecidos para uma
localidade fixa. Por esse motivo, foram selecionados para comparacao apenas os
perfis de ocultacao cujos picos de densidade se encontravam proximos das estacoes
de Digissonda. Assim os valores de NmF2 e hmF2 do perfil da Digissonda foram
comparados com os dados de radio ocultacao do FORMOSAT-3/COSMIC. Estes
resultados sao importantes para validar a tecnica de RO dos satelites F3/C para
37
a regiao brasileira. Os comparativos sao mostrados nas Figuras 4.7, 4.8, 4.9, 4.10
e 4.11. Os graficos foram construıdos com dados de alguns dias dos anos de 2006 a
2008, medidos quase simultaneamente (diferenca maxima de 7, 5 minutos) e para a
mesma regiao (diferenca maxima de 2, 5 em latitude e 5 em longitude) pelos dois
instrumentos. Nestes graficos sao mostrados os dados dos melhores perfis analisados
dentro do perıodo, ou seja, foram descartados aqueles cujos ionogramas apresen-
tassem espalhamento significativo ou que, por algum outro motivo, nao estivessem
bem definidos. A linha preta representa a funcao em que o valor do parametro para o
satelite seria igual ao valor para a Digissonda (x = y), e a linha rosa tracejada e um
ajuste linear para os pontos mostrados. A cor azul significa que os dados sao repre-
sentativos do perıodo noturno (h < 8 UT ou h > 21 UT). A cor vermelha representa
as medidas feitas durante o dia (das 8 UT as 21 UT - incluıdos). Isso e mostrado na
legenda inferior, assim como a quantidade de pontos e a correlacao encontrada. O
eixo das abscissas representa o valor medido pela Digissonda ao passo que o eixo das
ordenadas representa o valor medido pelo satelite. Cada Figura (em 4.7, 4.8 e 4.9)
corresponde a dados para uma estacao (identificada no tıtulo). As tres Figuras foram
construıdas da mesma forma e, em cada uma delas, o diagrama de cima representa
a comparacao de NmF2 e o de baixo a comparacao de hmF2.
A Figura 4.7 representa a comparacao dos dados de satelite e de Digissonda para a
regiao de Cachoeira Paulista.
Para a estacao CP foram utilizados 62 pontos para a comparacao. Observou-se uma
boa concordancia entre as medidas de NmF2 feitas pelo satelite e pela Digissonda,
com coeficiente de correlacao R = 0, 94778. Pode-se ver que os pontos estao todos
bem proximos a reta de igual valor (SNmF2 = DNmF2). A unica excecao e um
ponto na cor azul, que apresenta valor de densidade medido pelo satelite bem acima
do valor fornecido pela Digissonda. Este ponto refere-se ao horario de 21:01 UT e
a posicao do satelite no momento da passagem do mesmo pelo pico da camada dis-
tava aproximadamente 2 em latitude e 2, 2 em longitude da estacao CP. Este e
um horario em que a anomalia equatorial de ionizacao pode estar com desenvolvi-
mento avancado e, portanto, com gradientes latitudinais de ionizacao mais intensos.
Possivelmente o perfil obtido pelo satelite se refere a uma posicao mais proxima
do pico da anomalia de ionizacao, pois apresenta valor mais alto que o obtido pela
Digissonda. As alturas do pico da camada F medidas pelos dois equipamentos apre-
sentaram coeficiente de correlacao R = 0, 60488. A concordancia das medidas de
38
Figura 4.7 - Comparacao de valores de NmF2 (acima) e hmF2 obtidos pelo F3/C e porDigissondas, na estacao de Cachoeira Paulista.
39
NmF2 foi bem superior do que a de hmF2.
A Figura 4.8 representa a comparacao dos dados de satelite e de Digissonda para a
regiao de Fortaleza.
Para a estacao FZ percebe-se uma boa correlacao tanto para hmF2 quanto para
NmF2, apesar de terem sido usados bem menos pontos para a estatıstica. Para esta
estacao foram analisados 18 conjuntos de perfis e encontrou-se que o coeficiente
de correlacao entre ShmF2 e DhmF2 foi igual a R = 0, 92761. Ja o coeficiente de
correlacao entre SNmF2 e DNmF2 foi igual a R = 0, 95962, superior ao coeficiente
para hmF2.
A Figura 4.9 representa a comparacao dos dados de satelite e de Digissonda para a
regiao de Sao Luıs.
Para a estacao SL percebem-se boas correlacoes. Foram utilizados 59 perfis simulta-
neos e encontradas as seguintes correlacoes: ShmF2 e DhmF2 possuem um coe-
ficiente de correlacao R = 0, 79768; SNmF2 e DNmF2 estao correlacionados por
R = 0, 89535, tambem superior ao do coeficiente para hmF2. E interessante ressaltar
que as alturas do pico de densidade eletronica da camada F obtidas pelo satelite es-
tao quase sempre abaixo das alturas medidas pela Digissonda. A reta de ajuste linear
aos dados de hmF2 para Sao Luıs esta, em media, 25 km abaixo da reta de ajuste
perfeito (ShmF2 = DhmF2).
As regioes de FZ e SL, mais proximas do equador, possuem menos perfis disponıveis
para comparacao pois as ocultacoes ocorrem com menos frequencia proximo a regiao
equatorial. Alem disso, a alta incidencia de espalhamento nos ionogramas dessas duas
estacoes faz com que um numero menor de perfis fique disponıvel para comparacao.
Em virtude de criterio utilizado para selecionar os dados, a analise aqui apresentada
contemplou um numero menor de perfis para a localidade de Fortaleza que para as
outras duas.
A Figura 4.10 mostra a comparacao feita para o parametro NmF2 juntando os
dados das tres estacoes. Os pontos no grafico, correspondentes a cada estacao, estao
identificados por sımbolos diferentes: cırculos correspondem a CP, losangos a FZ
e quadrados a SL. O codigo de cores e o mesmo usado nas Figuras comparativas
anteriores, ou seja, azul para o perıodo noturno e vermelho para o perıodo diurno
(explicacao detalhada na legenda do canto inferior direito). A correlacao encontrada
40
Figura 4.8 - Comparacao de valores de NmF2 (acima) e hmF2 obtidos pelo F3/C e porDigissondas, na estacao de Fortaleza.
41
Figura 4.9 - Comparacao de valores de NmF2 (acima) e hmF2 obtidos pelo F3/C e porDigissondas, na estacao de Sao Luıs.
42
para NmF2 ao juntar os dados das tres estacoes (138 pontos) foi de R = 0, 93351.
Observa-se que os pontos estao todos bem proximos a reta de ajuste perfeito (x = y).
A unica excecao e o ponto correspondente a estacao de Cachoeira Paulista para o
horario 21:01 UT, o qual ja foi discutido ao se descrever a Figura 4.7.
Figura 4.10 - Comparacao de valores de NmF2 obtidos, pelo F3/C e por Digissondas, nastres estacoes.
A Figura 4.11 mostra um comparativo do parametro hmF2 para estas tres estacoes,
feito da mesma forma que a Figura anterior. A correlacao encontrada para hmF2 ao
juntar os dados das tres estacoes foi de R = 0, 75497. Observa-se que a correlacao
entre as alturas foi menor do que a correlacao entre as frequencias. Alem disso,
observa-se que, em geral, a altura medida pelo satelite e menor do que a altura
fornecida pela Digissonda e que essa diferenca aumenta com a altitude, conforme
pode ser visto pelo afastamento entre as retas da Figura.
Os dados apresentaram boa compatibilidade para quase todos os perıodos em to-
43
Figura 4.11 - Comparacao de valores de hmF2 obtidos, pelo F3/C e por Digissondas, nastres estacoes.
das as estacoes. Cachoeira Paulista teve a pior correlacao para hmF2. Uma possıvel
explicacao para este fato e que esta estacao esta situada na regiao sob influencia
da crista da EIA. Esta regiao possui gradientes latitudinais de densidade maiores
e dificulta a aplicacao da tecnica RO alem do que, pequenas variacoes em lati-
tude podem implicar em grandes variacoes nas condicoes ionosfericas. Embora haja
menos pontos no perıodo noturno (azul), estes parecem estar concordando tao bem
quanto os pontos diurnos (vermelhos), porque apenas perfis que puderam ser bem
determinados (sem ocorrencia de espalhamento) foram utilizados na comparacao. A
determinacao de NmF2 atraves da tecnica de RO GPS e melhor do que a de hmF2.
Isto ficou evidenciado em todas as estacoes. Kelley et al. (2009) fizeram um trabalho
de comparacao para junho de 2006 utilizando dados do F3/C e de radar de espa-
lhamento incoerente (ISR) para a estacao de Arecibo (18, 3 N, 66, 8 O). Naquele
trabalho os autores encontraram que a densidade de pico da regiao F ionosferica e
relativamente bem caracterizada, mas que a altura do pico e superestimada pelas
44
medidas do satelite (em comparacao com as do radar) acima de cerca de 300 km
e subestimada abaixo desta altura. Os resultados de Kelley et al. (2009) estao em
conformidade com os deste trabalho pois foram constatadas boas concordancias com
os perfis do COSMIC. As densidades do pico tambem parecem estar concordando
melhor para baixas densidades. Porem na comparacao de hmF2 feita neste trabalho
(Figura 4.11) foi constatado que as alturas do pico da Digissonda, em media, eram
maiores do que as alturas obtidas pelo F3/C, e que a diferenca aumentava com a
altura. Kelley et al. (2009) concluıram, ainda, que a transformada de Abel, apenas,
nao e suficiente para determinar os perfis da regiao E, mesmo durante o dia.
Na comparacao do parametro NmF2 de 31 estacoes de ionossondas com medidas
do COSMIC Lei et al. (2007) encontraram um coeficiente de correlacao de 0, 85.
Para a obtencao desse resultado os autores usaram 276 conjuntos de dados nos
quais as medidas do satelite distavam no maximo 2 em latitude ou em longitude da
estacao ionosferica. Este resultado tambem e coerente com a correlacao das medidas
de NmF2 encontrada nesta dissertacao (Figura 4.10), apesar de terem sido usados
criterios um pouco diferentes nas duas comparacoes.
Outra comparacao do parametro NmF2 de ionossondas em solo com NmF2 do F3/C
foi feita por Chu et al. (2009). Naquele trabalho os autores concluıram que os valores
medios de NmF2 do COSMIC sao sistematicamente menores do que os observados
pelas ionossondas sendo a diferenca maior em altas latitudes. hmF2 do F3/C foi
sistematicamente maior do que o medido pelas ionossondas. Essa diferenca para as
alturas hmF2 pode ser 20% ou maior nas regioes de baixa latitude. Na avaliacao dos
autores, hmF2 derivada da altura virtual atraves do metodo POLAN (TITHERIDGE,
1985) parece subestimar a altura real do pico. Vale ressaltar que os resultados obtidos
para a regiao brasileira e apresentados nesta dissertacao para hmF2 diferem dos
de Chu et al. (2009) pois mostraram valores de hmF2 obtidos pelos satelites menores
que os obtidos pela Digissonda. Os perfis da Digissonda analisados neste trabalho
foram calculados a partir dos ionogramas utilizando o ARTIST (HUANG; REINISCH,
1996), que e outro metodo de inversao (usado nas Digissondas) para transformar a
altura virtual em altura real. Batista et al. (1991) fizeram uma comparacao entre
perfis verticais obtidos atraves da Digissonda e do POLAN e encontraram que as
alturas fornecidas pelo POLAN eram sistematicamente menores que as fornecidas
pelo ARTIST.
Chu et al. (2009) encontraram ainda um coeficiente de correlacao para NmF2 de
45
0, 86 no setor de latitude e longitude que engloba SL e FZ. Foram utilizadas para
este calculo todas as medidas do F3/C e de ionossondas da regiao de 20 - 100 O
e 0 - 20 S de novembro de 2006 a fevereiro de 2007, em que a medida do satelite
no pico e a estacao nao distassem mais do que 1, em que o ındice Kp no perıodo
nao fosse maior do que 3 e que o intervalo de tempo centrado na ocultacao nao
fosse maior do que 30 min. No entanto estes resultados tem que ser utilizados com
cautela, pois nesse setor eles analisaram dados de ionossondas apenas da estacao de
Jicamarca. Logo os resultados sao, na realidade, representativos apenas da latitude
e longitude de Jicamarca e nao de um setor, conforme sugerido no trabalho. Apesar
dessas consideracoes, os valores de correlacao encontrados por Chu et al. (2009) para
NmF2 sao muito proximos dos valores que foram encontrados nesta dissertacao.
Nota-se nos resultados apresentados de 4.7 a 4.11 que, mesmo tendo incluıdo alguns
perıodos em que as condicoes nao eram geomagneticamente calmas, a correlacao de
NmF2 nao foi muito diferente. E claro que foram eliminados nesta analise os perfis de
Digissonda que nao puderam ser bem definidos (conforme explicado anteriormente).
Porem aqui foi observado que os valores de hmF2 do satelite foram mais baixos do
que os valores de hmF2 para as Digissondas, especialmente para perıodos em que o
pico da camada estava mais elevado.
Foi necessario o desenvolvimento de varios codigos computacionais para visualizar
e para interpretar os dados de ocultacao dos satelites juntamente com os dados de
Digissonda (Apendice B). Com alguns destes codigos computacionais foi possıvel
gerar mapas dos parametros ionosfericos de interesse, os quais sao mostrados nas
Figuras 4.12 a 4.19. Este tipo de mapa tambem tem grande utilidade no estudo
da ionosfera. No tıtulo dos mapas apresenta-se o parametro a que se refere o gra-
fico, o ano e os dias analisados (por exemplo, 2007(244-304)[3] significa que foram
agrupados neste grafico todas as medidas feitas entre os dias 244 e 304 de 2007 e
para geracao dos mapas medios de contorno foi utilizada a opcao 3). O numero en-
tre colchetes se refere-se a opcao que define a janela (em latitude versus longitude)
utilizada nas medias. Nesta dissertacao sao mostrados apenas mapas com a opcao
3, que foi a que apresentou os melhores resultados, pois usou uma janela relativa-
mente pequena e teve pouca ocorrencia de brancos no mapa de contorno. Todas
as outras janelas foram testadas tambem. Em sua configuracao atual o programa
permite escolher dentre as seguintes opcoes: [1] para 20 × 40, [2] para 10 × 20,
[3] para 5× 10, [4] para 2.5× 5. O programa permite ainda agrupar os dados de
2 em 2 horas e de 4 em 4 horas. Na parte inferior ha uma legenda indicando a faixa
46
de horario a qual pertencem os dados apresentados no mapa. Nos mapas de pontos
(parte superior de cada Figura) estao localizadas tambem as tres estacoes brasileiras
de Digissonda (quadrados vermelhos) consideradas neste estudo. As estacoes de SL
e FZ sao mostradas proximas da linha do equador magnetico (linha rosa) e a estacao
CP esta mais ao sul.
Nas Figuras 4.12, 4.13, 4.14 e 4.15 alguns dos mapas globais de NmF2 para diferentes
faixas de horario sao mostrados. Na geracao dos mapas os dados medidos no perıodo
de setembro e outubro de 2007 (mapas superiores de cada Figura) foram agrupados
de duas em duas horas. Para o calculo das medias (mapas inferiores) foram utilizados
todos os dados medidos e ajustada uma grade de latitude e longitude. Dentro de cada
celula dessa grade, de tamanho de 5 graus em latitude por 10 graus em longitude,
foi feita a media de todos os pontos. Nestes mapas e possıvel visualizar a evolucao
da estrutura da ionosfera ao longo do dia.
Os mapas de NmF2 conseguem mostrar claramente a distribuicao longitudinal da
EIA, a qual se concentra do lado diurno da Terra, conforme esperado. Portanto das 0
as 2 UT o maximo de ionizacao se encontra sobre a regiao do oceano Pacıfico. Das 8
as 10 UT as cristas de ionizacao se encontram na regiao asiatica e comecam a entrar
no continente africano. Das 16 as 18 UT o maximo esta sobre a regiao do oceano
Atlantico. Das 20 as 22 UT as cristas ainda estao sobre o continente americano.
E interessante notar as assimetrias apresentadas para a EIA. Em quase todos os
horarios apresentados a crista abaixo da linha do equador apresentou intensidade
superior a outra crista. Porem no setor americano esta configuracao se inverteu e
o pico mais intenso estava do lado norte do equador magnetico. Outro ponto a ser
destacado e que a intensidade das cristas e menor no setor do oceano Pacıfico do
que em outras partes do globo.
Convem salientar que os mapas aqui apresentados nao permitem visualizar a es-
trutura de quatro picos que tem sido estudada utilizando dados dos satelites
F3/C (LIN et al., 2007a) e apresentada na Figura 3.3. Nos mapas da Figura 3.3 os
dados sao agrupados em tempo local, ou seja, reunem no mesmo mapa as medidas
de uma determinada hora local de todo o globo, sejam essas medidas no mesmo dia
ou nao (por exemplo o mapa das 1800-2000 possui os dados medidos das 18h as 20h
- tempo local - em cada uma das longitudes). Neste trabalho de Lin et al. (2007a)
os dados de dois meses foram agrupados de duas em duas horas para o calculo das
medias.
47
Figura 4.12 - Mapa de NmF2 das 00-02 UT. Na parte inferior da Figura sao mostradas,em mapas de contorno, as medias correspondentes ao conjunto de dadosmedidos no perıodo (mapa superior).
48
Figura 4.13 - Mapa de NmF2 das 08-10 UT. Na parte inferior da Figura sao mostradas,em mapas de contorno, as medias correspondentes ao conjunto de dadosmedidos no perıodo (mapa superior).
49
Figura 4.14 - Mapa de NmF2 das 16-18 UT. Na parte inferior da Figura sao mostradas,em mapas de contorno, as medias correspondentes ao conjunto de dadosmedidos no perıodo (mapa superior).
50
Figura 4.15 - Mapa de NmF2 das 20-22 UT. Na parte inferior da Figura sao mostradas,em mapas de contorno, as medias correspondentes ao conjunto de dadosmedidos no perıodo (mapa superior).
51
Foram criados tambem mapas do conteudo eletronico total com dados do F3/C de
2006, 2007 e 2008. Nas Figuras 4.16, 4.17, 4.18 e 4.19 sao mostrados, em sequencia,
alguns mapas globais de TEC para setembro e outubro de 2007, agrupados de duas
em duas horas.
Estes mapas apresentam a evolucao do TEC global. Diferentemente dos mapas para
NmF2, que mostraram claramente as cristas da anomalia equatorial de ionizacao,
os mapas de TEC apresentaram apenas uma significativa intensificacao da den-
sidade, aproximadamente centrada no equador magnetico. Ou seja, os mapas de
TEC nao mostraram a presenca clara da anomalia equatorial da ionizacao. Resul-
tado semelhante, porem utilizando outros metodos, foi obtido por Nogueira (2009).
Em seu trabalho de mestrado o autor realiza, com dados de Digissonda e re-
ceptores GPS em solo, um estudo da anomalia equatorial da ionizacao para um
perıodo de alta atividade solar (dez/2001) e tambem para um perıodo de ativi-
dade solar baixa (dez/2006). Nesses dois perıodos analisou apenas dias geomag-
neticamente calmos. Para quantificar a anomalia durante os anos de baixa e de
alta atividade solar, Nogueira (2009) utilizou as seguintes quantidades: ∆foF2 =
foF2CP − foF2SL e ∆V TEC = V TECSJC − V TECSL. SJC representa a estacao
de Sao Jose dos Campos que fica muito proxima de Cachoeira Paulista. Durante o
ano de LSA o ındice ∆V TEC nao mostra a estrutura da EIA tal como nos anos de
maximo. ∆foF2, ao contrario, mostra a presenca da anomalia em todos os perıodos.
A causa para a diferenca na estrutura da EIA mostrada pelos mapas de NmF2 e
de TEC, assim como entre ∆V TEC e ∆foF2, pode ser devida a configuracao da
densidade em toda a regiao, uma vez que o TEC e obtido atraves da integracao
da densidade da base da ionosfera ate a altura do satelite. O mapa do TEC nao
tem so contribuicoes da regiao do pico da camada F (tal como NmF2), mas leva em
conta tambem a regiao acima e abaixo deste pico as quais, neste caso, devem estar
contribuindo significativamente para o resultado. O perıodo aqui analisado se refere
a uma epoca de baixa atividade solar. De acordo com os resultados teoricos e expe-
rimentais sobre a ocorrencia da camada F3 (BALAN et al., 1998; JENKINS et al., 1997;
BATISTA et al., 2002), essa camada ocorre com mais frequencia em perıodos de baixa
atividade solar em uma estreita faixa de latitude em torno do equador magnetico.
A camada F3 ocorre durante o dia, sob configuracoes propıcias de campo eletrico
e vento termosferico. Os perfis verticais de densidade eletronica com a presenca da
camada F3 sao mais largos e possuem menor gradiente vertical na regiao proxima ao
52
Figura 4.16 - Mapa de TEC das 00-02 UT. Na parte inferior da Figura sao mostradas, emmapas de contorno, as medias correspondentes ao conjunto de dados medidosno perıodo (mapa superior).
53
Figura 4.17 - Mapa de TEC das 08-10 UT. Na parte inferior da Figura sao mostradas, emmapas de contorno, as medias correspondentes ao conjunto de dados medidosno perıodo (mapa superior).
54
Figura 4.18 - Mapa de TEC das 16-18 UT. Na parte inferior da Figura sao mostradas, emmapas de contorno, as medias correspondentes ao conjunto de dados medidosno perıodo (mapa superior).
55
Figura 4.19 - Mapa de TEC das 20-22 UT. Na parte inferior da Figura sao mostradas, emmapas de contorno, as medias correspondentes ao conjunto de dados medidosno perıodo (mapa superior).
56
pico. Dessa forma e possıvel que a presenca da camada F3 nas regioes proximas ao
equador magnetico contribua para o aumento do conteudo eletronico dessas regioes,
de tal forma que a EIA nao e percebida nesse parametro com a mesma intensidade
que e percebida no parametro NmF2. Convem ressaltar que as medidas de TEC
feitas pelo F3/C sao resultantes da integracao da densidade eletronica desde a base
do perfil ate o topo da camada sondada pelo satelite (ponto tangente) e, portanto,
nao tem contribuicao devida a ionizacao da plasmasfera. Portanto, a possıvel con-
tribuicao da plasmasfera nao pode ser considerada como causa para os altos valores
de TEC observados proximo ao equador magnetico.
Por ultimo foram analisados dois perıodos de baixa atividade solar utilizando dados
de Digissonda e de F3/C. Foi feita uma comparacao semi-qualitativa do valor medio
de hmF2, obtido por meio de Digissonda, nos meses de setembro e outubro de
1996 (ano de mınimo do ciclo solar (BATISTA; ABDU, 2004)) com hmF2, obtido
pelo F3/C, dos mesmos meses do ano de 2007 (Figura 4.20), para as localidades
de Cachoeira Paulista e Sao Luıs. O mesmo foi feito para foF2 (Figura 4.21). No
perıodo de setembro e outubro de 1996 analisado o fluxo solar medio em 10,7 cm
(F10.7, valores ajustados) era de 69, 4 sfu (1 sfu = 1 × 10−22W/(m2 · Hz)). Os
resultados apresentados por Batista e Abdu (2004) foram obtidos a partir da media
feita para os dias calmos dos meses de setembro e outubro de 1996. No perıodo de
setembro-outubro de 2007 o fluxo solar F10.7 medio foi de 67, 4 sfu, Kp < 5 e Dst
> -50 nT (conforme mostrado na Figura 4.22). Nestes graficos foram eliminados os
dados de satelite para os horarios em que a altura do pico de F2 era menor do que
150, de forma que nao se tenham influencias de eventuais camadas esporadicas no
resultado final.
Atraves dessa comparacao, o comportamento relativo medio dos parametros hmF2
e foF2 em perıodo de baixa atividade solar, medidos pelo satelite e pela Digissonda,
pode ser investigado para um perıodo de 24 horas. As linhas em azul nas Figuras 4.20
e 4.21 representam medidas dos satelites F3/C para setembro e outubro de 2007 e
as linhas em vermelho representam dados de Digissonda (DIG) para os meses de
setembro e outubro do ano de 1996. As medias para as Digissondas foram tomadas
a cada hora completa, incluindo ainda barras de erro. A linha azul mais grossa e um
ajuste polinomial aos dados do F3/C. No eixo horizontal e apresentada a hora (em
tempo universal) e no eixo vertical a medida do parametro (hmF2 ou foF2). Embora
os dados tenham sido obtidos para perıodos diferentes, o valor do fluxo solar F10.7
57
(a)
(b)
Figura 4.20 - Comparativo de hmF2 medio para perıodos de baixa atividade solar distintos- 1996 (DIG) e 2007 (F3/C).
58
(a)
(b)
Figura 4.21 - Comparativo de foF2 medio para perıodos de baixa atividade solar distintos- 1996 (DIG) e 2007 (F3/C).
59
Figura 4.22 - Indices Dst, Kp e Bz para os meses de setembro e outubro de 2007.
esta muito proximo (69,4 e 67,4, respectivamente). Os dados de 1996 sao representa-
tivos dos perıodos calmos, enquanto os dados de 2007 sao referentes a todos os dias
dos meses de setembro e outubro de 2007. Conforme pode ser visto pelo grafico dos
ındices magneticos apresentados na Figura 4.22, apenas perturbacoes magneticas
fracas e moderadas foram observadas no perıodo. Portanto pode-se considerar que
a comparacao contempla perıodos com caracterısticas muito semelhantes.
Na Figura 4.20(a), que e representativa da estacao de Cachoeira Paulista, as curvas
medias para hmF2 apresentam excelente concordancia 10 as 18. Neste perıodo a
60
curva para o satelite (em azul) encontra-se sempre dentro da margem de erro da curva
para a Digissonda (em vermelho). No restante do perıodo estas curvas destoaram. Ja
para SL (Figura 4.20(b)) percebe-se que as barras de erro da medida da Digissonda
foram menores do que as registradas em CP e que em poucos perıodos a medida
do satelite estava dento desta faixa de erro. Neste caso as menores diferencas foram
registradas das 10 UT as 20 UT.
O mınimo absoluto nas alturas do pico da camada F sao quase coincidentes nestes
dois graficos. Em Cachoeira Paulista as duas tecnicas observam o mınimo por volta
de 10 UT. Ja em Sao Luıs ha uma defasagem de aproximadamente uma hora entre
o horario do mınimo observado pelo satelite e pela Digissonda (deve-se salientar que
os dados de Digissonda para este estudo foram tomados a cada hora, portanto nao
se pode ter muita precisao no horario do mınimo observado nestes dados).
Comparando as frequencias foF2 dos dois perıodos (4.21) e possıvel notar que a
concordancia e maior do que aquela apresentada para hmF2. Para Cachoeira Paulista
(mostrada em 4.21(a))a concordancia e muito boa. Somente em poucos perıodos a
curva do satelite esta fora da margem de erro dos dados da Digissonda. As maiores
diferencas sao observadas no perıodo entre 19 e 21 UT.
Na estacao de Sao Luıs (mostrada em 4.21(b)) as maiores discrepancias ocorreram
das 0 as 07 UT, das 10 as 12 UT e as 23 UT. No restante do perıodo os valores
estavam muito proximos. As 03 UT a diferenca entre as curvas chegou a ser 4 MHz.
Os mınimos e os maximos nas curvas de foF2 (nos graficos de 4.21) coincidiram
bem. Para ambas as estacoes o maximo de foF2 ocorre entre as 17 e 19 UT e o
mınimo entre 06 e 08 UT. Novamente parece haver um deslocamento de uma hora
em relacao ao horario de ocorrencia do mınimo em foF2 para a estacao de Sao Luıs,
sendo que este aparece mais cedo nos dados do satelite.
A grande diferenca observada entre os dados do satelite e os da Digissonda as 0
UT, em quase todos os graficos, pode ter sido introduzida pela tecnica empregada
para gerar o polinomio, a qual nao se mostrou adequada nas bordas (subestima ou
superestima os valores medidos).
As principais diferencas nas curvas podem ser percebidas no perıodo da noite. A
possıvel explicacao para essa discrepancia mais significativa durante o perıodo da
noite pode ser a presenca maior de instabilidades que prejudicam as medidas. A
61
presenca de irregularidades afeta as medidas feitas tanto pela Digissonda como as
feitas pelo satelite. Durante as noites dos meses escolhidos a ionosfera brasileira
apresenta bastante incidencia de irregularidades e de bolhas de plasma (ABDU et
al., 2000). Essa taxa maior de ocorrencia de bolhas comeca em torno das 21 UT e
pode se estender ate o amanhecer do dia seguinte. Percebe-se ainda que as curvas de
foF2 para os dois perıodos apresentaram diferencas menores do que as diferencas das
alturas de pico da camada F2, o que esta consistente com os resultados apresentados
anteriormente quando foi feita a discussao das Figuras 4.7 a 4.11.
62
5 CONCLUSOES
Neste trabalho foi analisada a tecnica de radio ocultacao dos satelites FORMOSAT-
3/COSMIC e foram estudados alguns aspectos da ionosfera da regiao brasileira.
Da comparacao dos perfis medidos quase simultaneamente pelos satelites e pela
Digissonda nas estacoes brasileiras e possıvel perceber que os perfis de ocultacao
se estendem da base a alturas bastante elevadas da ionosfera e podem ser gera-
dos inclusive durante perıodos perturbados. A grande maioria dos perfis de satelite
analisados nao mostrou grande diferenca para os perfis das Digissondas. E preciso,
todavia, deixar claro que esses dois tipos de perfis nao podem ser comparados ri-
gorosamente, pois, o perfil de RO GPS nao e dado para uma localidade fixa tal
como o perfil da Digissonda. Por isso, para comparacao e validacao da tecnica de
radio ocultacao GPS do COSMIC para a a regiao brasileira foram utilizados apenas
os parametros hmF2 e NmF2 do pico da camada F, somente quando a medida do
satelite era bem proxima da estacao.
As diferencas mostradas entre os perfis de satelite e de Digissonda podem ser expli-
cadas por varios fatores. Primeiro sabe-se que as medidas do satelite, por nao serem
para uma posicao fixa, podem estar subestimando ou superestimando as medidas
das Digissondas, uma vez que podem estar medindo regioes bastante distintas. Outro
fator pode ser o horario e tambem as longitudes em que sao feitas as medidas. Pode
haver, ainda, a inadequacao dos modelos intrınsecos utilizados pela Digissonda para
extrapolar a parte superior da ionosfera e tambem a regiao E quando esta nao esta
bem nıtida nos ionogramas.
As grandes oscilacoes nos perfis do satelite nao indicam por si so a existencia de
estruturas de irregularidades de plasma, tal como bolhas, mas fornecem um bom
indıcio para isto. Para confirmar e necessaria a conferencia de dados de outras fontes
e analisar o caminho da ocultacao. No entanto, atraves do exemplo mostrado neste
trabalho, constatou-se a viabilidade de utilizar a tecnica de RO GPS para estudar
perfis de densidade eletronica durante a ocorrencia de bolhas de plasma.
Da analise do comparativo dos parametros do pico de densidade ionosferica, NmF2 e
hmF2, pela tecnica de RO GPS e pela Digissonda, observou-se que NmF2 concorda
melhor que hmF2. A possıvel causa para essa maior discrepancia nas medidas de
altura, conforme ja levantado por outros autores (KELLEY et al., 2009), pode ser
63
a transformada de Abel, usada no processamento dos dados brutos pelo CDACC,
que possivelmente determina NmF2 melhor do que hmF2. Mas a razao para esta
diferenca na determinacao dos parametros atraves da tecnica de RO GPS e uma
questao ainda em aberto para a qual ha esforcos envolvidos. Sabe-se que com a
inversao Abel, significativos erros surgem abaixo da camada F2 (SCHREINER et al.,
2009; YUE et al., 2010). Acima dessa camada os erros sao menores. O controle de
qualidade no processamento dos dados de Densidade eletronica ainda precisa ser
melhorado.
De uma forma geral, a concordancia entre NmF2 medido pelo F3/C e pela Digissonda
e muito boa, porem, durante as horas do anoitecer percebem-se algumas divergencias
maiores entre as medidas do satelite e da Digissonda. A explicacao pode ser devida ao
fato de que nestas horas (em torno de 21 UT) a EIA pode estar bem desenvolvida e,
consequentemente, os gradientes latitudinais de ionizacao podem ser mais intensos.
No que se refere a altura do pico da camada F, hmF2, observa-se que, em geral, a
medida do satelite e menor do que a fornecida pela Digissonda e que essa diferenca
aumenta com a altitude.
Da analise dos mapas feitos no trabalho, conclui-se que esses sao bastante uteis nos
estudos da ionosfera. Os mapas de NmF2 e TEC podem auxiliar no acompanha-
mento da dinamica das estruturas da ionosfera e analisar anomalias. Assim como
em trabalhos anteriores, observou-se que a EIA e bem caracterizada nos dados de
NmF2, porem nao nos dados de TEC. Essas diferencas precisam ser melhor estu-
dadas mas acredita-se que a configuracao do perfil de ionizacao da ionosfera durante
perıodo de baixa atividade solar, com a presenca da camada F3, possa contribuir
para essa diferenca. Outra conclusao e de que as contribuicoes da plasmasfera nao
sao as unicas responsaveis pela diferenca mostrada na estrutura da EIA atraves
dos mapas de NmF2 e do TEC, porque os dados de TEC do F3/C nao incluem a
contribuicao dessa porcao da ionosfera.
Do comparativo de dois perıodos de atividade solar baixa com caracterısticas se-
melhantes, foi possıvel notar que os comportamentos da ionosfera sao parecidos
tambem. Porem durante o perıodo noturno a diferenca entre as curvas medias sao
mais acentuadas possivelmente devido a presenca de irregularidades de plasma, que
aumentam a incerteza das medidas. Os meses analisados foram apenas setembro e
outubro, meses de equinocio em que a incidencia de bolhas de plasma durante a
noite e elevada na regiao equatorial, mesmo durante perıodos de baixa atividade
64
solar (ABDU et al., 2000).
No aspecto computacional, esta dissertacao ofereceu a oportunidade de estudar e
implementar diversas ferramentas para o estudo de comportamento da ionosfera.
Varios programas foram desenvolvidos e poderao ser aproveitados para novos estudos
com apenas alguns ajustes.
O trabalho tambem foi muito importante por desenvolver competencias no uso de
produtos da tecnica de radio ocultacao. Num futuro proximo o INPE tambem pos-
suira satelite com receptor GPS capaz de utilizar a tecnica de RO para obtencao de
perfis ionosfericos.
Finalmente, como perspectivas para trabalhos futuros, sugere-se a utilizacao destes
dados de satelite para alimentacao de modelos semi-empıricos da ionosfera, para
estudar a ionosfera durante perıodos de baixa atividade solar e entender melhor a
formacao das cristas da EIA atraves de mapas de TEC e NmF2, para estudar dias
em que os perfis de satelite estao bastante perturbados e comparar os mapas do
F3/C com mapas gerados por modelos.
65
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jan. 2010. 64
71
APENDICE A - PROCESSAMENTO DE DADOS DO F3/C
O dados de satelite utilizados neste trabalho sao dados pos-processados de ionPrf
(level 2) pelo CDAAC e disponibilizados na pagina http://cosmic-io.cosmic.
ucar.edu/cdaac/. Muitos outros tipos de dados estao disponıveis para download
a partir do centro UCAR - COSMIC. Os produtos possıveis do COSMIC sao ex-
plicados na pagina http://cosmic-io.cosmic.ucar.edu/cdaac/login/cosmic/,
sendo varios deles de interesse em estudos ionosfericos. O formato da maioria destes
dados e netCDF. Para extrair sua informacao e necessaria a utilizacao de softwares
especıficos.
No caso do Matlab e necessaria a instalacao dos pacotes netcdf toolbox, mexnc e
scntool. Uma vez instaladas as ferramentas para netCDF, os dados globais e de perfil
podem ser extraıdos utilizando o seguinte bloco de comando (mostrando apenas
alguns parametros a serem extraıdos):
nc = netcdf(filename,’nowrite’);
%%%%%%%%%%%%%% Dados Gerais: %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% edmaxtime e o tempo local (segundos GPS) da densidade do Pico de f0F2
% time = nc.edmaxtime(:);
% la e lon localizam o pico de f0F2 em Latitude e Longitude
la = nc.edmaxlat(:); lon = nc.edmaxlon(:);
% lt e o tempo local local (h) no edmaxtime e edmaxlon
lt = nc.edmaxlct(:);
NmF2 = nc.edmax(:);
hmF2 = nc.edmaxalt(:);
% azim = nc.edmaxaz(:);
% y = nc.year(:);
% m = nc.month(:);
% edhour = nc.hour(:);
% edmin = nc.minute(:);
tecmax = nc.tec0(:);
%%%%%%%%%%%%%%% Dados de Perfil: %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
alt(:) = nc’MSL_alt’(:);
Glon(:) = nc’GEO_lon’(:);
Glat(:) = nc’GEO_lat’(:);
den(:) = nc’ELEC_dens’(:);
73
% azi(:) = nc’OCC_azi’(:);
tec(:) = nc’TEC_cal’(:);
close(nc);
Para ter acesso aos dados e necessario fazer um cadastro e aguardar aprovacao do
grupo do CDAAC. Ha varias formas de obter estes dados. Uma forma direta e fazer
download de todas as ocultacoes dia a dia. Para isto basta entrar no diretorio do pro-
duto que se pretende baixar. Para cada dia do ano havera um diretorio no formato
YYYY.DDD/. No caso do ionPrf estes dados estao em http://cosmic-io.cosmic.
ucar.edu/cdaac/login/cosmic/level2/ionPrf/. A outra maneira e utilizando
“data interface” (http://cosmic-io.cosmic.ucar.edu/cdaac/DBif/index.html)
para escolher parametros especıficos, restringir os dados a determinados perıodos ou
localidades. Ha tres interfaces possıveis (Low-Level, High-Level e Field Experiment).
Tutoriais na pagina ajudam iniciantes. Mas este sistema ainda esta sujeito a in-
umeros problemas.
O formato de todos os tipos de dados disponibilizados pelo COSMIC
e dado na pagina http://cosmic-io.cosmic.ucar.edu/cdaac/fileFormats/
index.html. O nome dos arquivos netCDF do CDAAC segue a seguinte estrutura
ionPrf IIII.YYYY.DDD.HH.MM.GXX SSSS.VVVV nc:
• ionPrf: Especifica o produto “Perfis ionosfericos de densidade eletronica”;
• IIII: Identificador da Missao (CHAM, SACC, CO01-06, GPSM, etc). Os
dois ultimos caracteres representam o numero do LEO (01-06) para o caso
COSMIC (CO);
• YYYY: ano;
• DDD: dia do ano;
• HH: hora;
• MM: minuto;
• GXX: identificador do GNSS (G28 = satelite GPS 28);
• SSSS: subtipo (identifica o conjunto de acoes usada para gerar o arquivo);
• VVVV: versao (identifica a versao dos codigos utilizados na geracao do
arquivo).
74
Para os dados de perfil ionosferico o formato dos dados e dado em http://
cosmic-io.cosmic.ucar.edu/cdaac/fileFormats/ionPrf.html De acordo com
este formato ha dois conjunto de dados em cada arquivo netCDF. Um refere-se a
dados globais e o outro a dados de perfil. No trabalho foram utilizados os seguintes
parametros:
MSL alt
• Descricao: altitude do ponto de perigeu (tangente) em relacao ao nıvel
medio do mar;
• Tipo de dado: float;
• Unidade: km;
• Variacao: 0, 9999;
• Falta de valor: -999.
GEO lon
• Descricao: longitude geografica do ponto de perigeu (ponto tangente);
• Tipo de dado: float;
• Unidade: graus Leste;
• Variacao: -180, 180;
• Falta de valor: -999.
GEO lat
• Descricao: latitude geografica do ponto de perigeu;
• Tipo de dado: float;
• Unidade: graus Norte;
• Variacao: -90, 90;
75
• Falta de valor: -999.
TEC cal
• Descricao: TEC calibrado de ocultacao abaixo da orbita do LEO;
• Tipo de dado: float;
• Unidade: TECu;
• Variacao: -100000000, 100000000;
• Falta de valor: -999.
ELEC dens
• Descricao: densidade eletronica;
• Tipo de dado: float;
• Unidade: el/cm3;
• Variacao: -100000000, 100000000;
• Falta de valor: -999.
tec0
• Descricao: TEC integrado da base ao topo;
• Tipo de dado: double;
• Unidade: TECu.
edmax
• Descricao: densidade eletronica maxima;
• Tipo de dado: double;
76
• Unidade: el/cm3.
edmaxalt
• Descricao: altitude do pico de densidade eletronica;
• Tipo de dado: double;
• Unidade: km.
edmaxlat
• Descricao: Latitude do pico de densidade eletronica;
• Tipo de dado: double;
• Unidade: graus.
edmaxlon
• Descricao: Longitude do pico de densidade eletronica;
• Tipo de dado: double;
• Unidade: graus.
Algumas Rotinas para Matlab que foram utilizadas neste trabalho estao
no Apendice B.
77
APENDICE B - CODIGOS COMPUTACIONAIS
Programa Comparison F3C DIG.m:
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% Comparac~ao de dados dos satelites F3/C e Digissondas
% para a regiao brasileira (hmF2 and NmF2)(com apenas
% um arquivo *.TAB contendo todos o perfis de Digissonda -
% gerado por THTABLE.exe + STATION.LST) -> Usar as seguintes
% opcoes no THTABLE.exe: primeiro ’1’ para extrair o perfil
% |height vs. frequency| e depois ’2’ para gerar o *.TAB
% ESCOLHA --> path, filelist1,kind
% Claudia Vogel Ely 15/11/2009
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
clear all; close all; clc;
tic
% Station: ’S~ao Luıs’, ’Cachoeira Paulista’ or ’Fortaleza’
kind = input([’Tipo de analise [escolha 1 para comparar’...
’ todos os perfis medidos quase simultaneamente na ’...
’regi~ao das estac~oes; 2 para comparar somente os perfis’...
’ de Digissonda bem definidos]:’]);
Res = [];
points = 0;
for i = 1:3
if i == 1
sta = ’SL’;
Dig = ’SAA0K’;
station = ’S~ao Luıs’;
cor1 = -2.5;
cor2 = -44.2 ;
step = 7.5; % passo temporal da medida da Digissonda
end
if i == 2
sta = ’FZ’;
Dig = ’FZA0M’;
station = ’Fortaleza’;
79
cor1 = -3.8;
cor2 = -38;
step = 5; % passo temporal da medida da Digissonda
end
if i == 3
sta = ’CP’;
Dig = ’CAJ2M’;
station = ’Cachoeira Paulista’;
cor1 = -22.7;
cor2 = -45;
step = 7.5; % passo temporal da medida da Digissonda
end
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% DIRETORIO %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
%% PC ...
% % path = [’D:\Geofısica Espacial\Dados_pesquisa\FORMOST-3 ’...
% % ’COSMIC\COSMIC Data\Para as Estac~oes de Digissonda\’...
% % station ’\’ sta ’_Ocultac~oes 2006-2008_Dissertac~ao\’...
% % ’Todos SAO e NC para ’ sta ’\’];
% path = [’D:\Geofısica Espacial\Dados_pesquisa\FORMOST-3 ’...
% ’COSMIC\COSMIC Data\Para as Estac~oes de Digissonda\’...
% station ’\’ sta ’_Ocultac~oes 2006-2008_Dissertac~ao\’...
% ’Todos SAO e NC para ’ sta ’1\’];
%% NOTEBOOK ...
% path = [’D:\FORMOST-3 COSMIC\COSMIC Data\Para as Estac~oes’...
% ’ de Digissonda\’ station ’\’ sta ’_Ocultac~oes 2006-’...
% ’2008_Dissertac~ao\Todos SAO e NC para ’ sta ’\’];
path = [’D:\FORMOST-3 COSMIC\COSMIC Data\Para as Estac~oes’...
’ de Digissonda\’ station ’\’ sta ’_Ocultac~oes 2006’...
’-2008_Dissertac~ao\Todos SAO e NC para ’ sta ’1\’];
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
filelist = dir([path ’ionPrf*_nc’]);
if kind == 1
filelist1 = dir([path Dig ’*T.TAB’]); % for all the profiles
else
filelist1 = dir([path Dig ’*_SF.TAB’]); % without spreadF only
end
80
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
for l = 1:length(filelist)
k = 0;
filename = filelist(l).name;
fileloc = [path filename];
%%% Ler o arquivo netCDF %%%
nc = netcdf(fileloc,’nowrite’);
edlon = nc.edmaxlon(:);
edlat = nc.edmaxlat(:);
den = nc.edmax(:);
% tec = nc.tec0(:);
alt = nc.edmaxalt(:);
close(nc);
clear fileloc Dig station nc
for j = 1:length(filelist1)
filename1 = filelist1(j).name;
fileloc1 = [path filename1];
%%% Ler o arquivo *.TAB %%%
fid = fopen(fileloc1);
tline = fgets(fid); % primeira linha com STATION NAME
while 1
tline = fgets(fid);
% tline <- ******** NION,YEAR,DAY,HOUR,
% MINUTE 1 6 161 10 30 5 ********
if tline == -1 % verifica se e o final do arquivo
break
end
YS = filename(16); YD = tline(44); % Anos SAT e DIG
DS = filename(18:20); DD = tline(46:48); % dias SAT e DIG
HS = filename(22:23); HD = tline(51:52); % horas SAT e DIG
MS = filename(25:26); MD = tline(55:56); % minutos SAT e DIG
tline = fgets(fid);
while 1 % para pular dias sem perfil, apenas cabecalho
if tline(1:6) == ’******’
tline = fgets(fid);
else
81
break
end
end
% B <- [fN(MHz) h(km) N(1/cm**3) *dN/dh(1000/cm**3/km)]
B = textscan(fid, ’%f %f %f %*s %*f’);
% Se (YS = YD & DS = DD & HS = HD & |MS - MD| <= 7.5 min & |edlon - ...
% cor2| <= 10 & |edlat - cor1| <= 10)
if (str2num(YS) == str2num(YD) & str2num(DS) == str2num(DD)...
& str2num(HS) == str2num(HD) & abs(str2num(MS)- str2num(MD))...
<= step & (edlon >= cor2 -10 & edlon <= cor2 +10) & (edlat ...
>= cor1 -10 & edlat <= cor1 +10))
Data = [B1 B2 B3];
[NmF2,k] = max(Data(:,3));
% Res <- [DhmF2 ShmF2 DNmF2 SNmF2 Dlat Dlon Slat Slon Y DDD HS MS MD ...
% num_STA(1 - SL, 2 - FZ, 3 - CP)]
Res = [Res; Data(k,2) alt NmF2 den cor1 cor2 edlat edlon ...
str2num(YS) str2num(DS) str2num(HS) str2num(MS) str2num(MD) i];
clear Data NmF2
points = points + 1
end
end
fclose(fid);
clear B tline fid YS YD DS DD HS HD MS MD filename
end
end
end
clear filelist filelist1
if kind == 1
save ResT_F3C_DIG_comparision Res
% save ResT_F3C_DIG_comparision.dat Res -ascii
else
save RessSF_F3C_DIG_comparision Res
% save RessSF_F3C_DIG_comparision.dat Res -ascii
end
%
x = 1:50:100000000;
82
y = x;
Ymin = min(Res(:,9)); % Ano
Ymax = max(Res(:,9)); % Ano
Dmin = min(Res(:,10)); % Dia
Dmax = max(Res(:,10)); % Dia
siz = size(Res);
xl = 0; yl = 0; lim = [];
Res1 = []; % SL
Res2 = []; % FZ
Res3 = []; % CP
%%% Grafico de hmF2 %%%
figure(’visible’,’off’)
R = corrcoef(Res(:,1),Res(:,2));
for m = 1:siz(1)
switch Res(m,14)
case 1
if fix(Res(m,11)) < 8 | fix(Res(m,11)) > 21
h(1) = plot(Res(m,1),Res(m,2),’sb’,’MarkerSize’,...
6,’MarkerFaceColor’,’b’);
Res1 = [Res1;Res(m,:), 1];
else
h(1) = plot(Res(m,1),Res(m,2),’sr’,’MarkerSize’,...
6,’MarkerFaceColor’,’r’);
Res1 = [Res1;Res(m,:), 2];
end
hold on
case 2
if fix(Res(m,11)) < 8 | fix(Res(m,11)) > 21
h(2) = plot(Res(m,1),Res(m,2),’dk’,’MarkerSize’,...
6,’MarkerFaceColor’,’b’);
Res2 = [Res2;Res(m,:), 1];
else
h(2) = plot(Res(m,1),Res(m,2),’dk’,’MarkerSize’,...
6,’MarkerFaceColor’,’r’);
Res2 = [Res2;Res(m,:), 2];
end
83
hold on
case 3
if fix(Res(m,11)) < 8 | fix(Res(m,11)) > 21
h(3) = plot(Res(m,1),Res(m,2),’ob’,’MarkerSize’,...
6,’MarkerFaceColor’,’b’);
Res3 = [Res3;Res(m,:), 1];
else
h(3) = plot(Res(m,1),Res(m,2),’or’,’MarkerSize’,...
6,’MarkerFaceColor’,’r’);
Res3 = [Res3;Res(m,:), 2];
end
hold on
end
end
xl = xlim; yl = ylim;
box on
h(4) = plot(x,y,’k’,’LineWidth’,2); % linha 45graus
xlabel(’hmF2 DIG (km)’)
ylabel(’hmF2 SAT (km)’)
% annotation(’textbox’, ’Position’,[0.6391 0.1238 0.2592 0.13],...
% ’FitHeightToText’,’off’, ’String’,[’R = ’ num2str(R(1,2))],...
% [’Points = ’ num2str(points)],’Blue \rightarrow h > 21 UT ’...
% ’or h < 8 UT’,’Red \rightarrow h \in [8 UT,21 UT]’);
annotation(’rectangle’,[0.6596 0.1360 0.2284 0.1172]);
annotation(’textbox’, ’Position’,[0.6634 0.2053 0.247 0.05075],...
’FitHeightToText’,’on’,’LineStyle’,’none’,’FontSize’,8,...
’FontWeight’,’bold’,’String’,[’R = ’ num2str(R(1,2)) ’,’ ...
’ Pontos = ’ num2str(points)]);
annotation(’textbox’,’Position’,[0.6634 0.1663 0.3768 0.05075],...
’FitHeightToText’,’on’,’LineStyle’,’none’,’FontSize’,8,...
’FontWeight’,’bold’,’Color’,[0 0 1],’String’,[’Noite ’...
’\rightarrow h > 21 UT ou h < 8 UT’]);
annotation(’textbox’,’Position’,[0.6634 0.1282 0.3804 0.05075],...
’FitHeightToText’,’on’,’LineStyle’,’none’,’FontSize’,8,...
’FontWeight’,’bold’,’Color’,[1 0 0],’String’,[’Dia ’...
’\rightarrow h \in [8 UT,21 UT]’]);
84
p = polyfit(Res(:,1),Res(:,2),1); % ajuste linear
y2 = polyval(p,x);
h(5) = plot(x,y2,’--m’,’LineWidth’,2);
if xl(1,2) >= yl(1,2) % igualar os eixos x e y
lim = [150 xl(1,2)];
else
lim = [150 yl(1,2)];
end
xlim(lim); ylim(lim);
h(1) = plot(1,1,’sk’,’MarkerSize’,6);
h(2) = plot(1,1,’dk’,’MarkerSize’,6);
h(3) = plot(1,1,’ok’,’MarkerSize’,6);
legend([h(1) h(2) h(3) h(4) h(5)],’S~ao Luıs’,’Fortaleza’,...
’Cachoeira Paulista’,’ShmF2 = DhmF2’,’Ajuste linear’,’Location’,2);
title([’Comparativo de hmF2\_’ num2str(Ymin) ’e’ num2str(Ymax)...
’(’ num2str(Dmin,’%03i’) ’.’ num2str(Dmax,’%03i’) ’)’]);
saveas(gcf, [’CompT_hmF2_’ num2str(Ymin) ’and’ num2str(Ymax)...
’(’ num2str(Dmin,’%03i’) ’.’ num2str(Dmax,’%03i’) ...
’)br.png’], ’png’);
% saveas(gcf, [’CompT_hmF2_’ num2str(Ymin) ’and’ num2str(Ymax)...
% ’(’ num2str(Dmin,’%03i’) ’.’ num2str(Dmax,’%03i’)...
% ’)br.fig’], ’fig’);
clear h(1) h(2) h(3) h(4) h(5)
clear lim x1 y1 R p y2
%%% Grafico de NmF2 %%%
figure(’visible’,’off’)
R = corrcoef(Res(:,3),Res(:,4));
for m = 1:siz(1)
switch Res(m,14)
case 1
if fix(Res(m,11)) <= 8 | fix(Res(m,11)) >= 21
h(1) = plot(Res(m,3),Res(m,4),’sb’,’MarkerSize’,6,...
’MarkerFaceColor’,’b’);
else
h(1) = plot(Res(m,3),Res(m,4),’sr’,’MarkerSize’,6,...
’MarkerFaceColor’,’r’);
85
end
hold on
case 2
if fix(Res(m,11)) <= 8 | fix(Res(m,11)) >= 21
h(2) = plot(Res(m,3),Res(m,4),’dk’,’MarkerSize’,6,...
’MarkerFaceColor’,’b’);
else
h(2) = plot(Res(m,3),Res(m,4),’dk’,’MarkerSize’,6,...
’MarkerFaceColor’,’r’);
end
hold on
case 3
if fix(Res(m,11)) <= 8 | fix(Res(m,11)) >= 21
h(3) = plot(Res(m,3),Res(m,4),’ob’,’MarkerSize’,6,...
’MarkerFaceColor’,’b’);
else
h(3) = plot(Res(m,3),Res(m,4),’or’,’MarkerSize’,6,...
’MarkerFaceColor’,’r’);
end
hold on
end
end
xl = xlim; yl = ylim;
box on
h(4) = plot(x,y,’k’,’LineWidth’,2); % linha 45graus
xlabel(’NmF2 DIG (el/cm^3)’)
ylabel(’NmF2 SAT (el/cm^3)’)
% annotation(’textbox’, ’Position’,[0.6391 0.1238 0.2592 0.13],...
% ’FitHeightToText’,’off’, ’String’,[’R = ’ num2str(R(1,2))],...
% [’Points = ’ num2str(points)],’Blue \rightarrow h > 21 UT ’...
% ’or h < 8 UT’,’Red \rightarrow h \in [8 UT,21 UT]’);
annotation(’rectangle’,[0.6596 0.1360 0.2284 0.1172]);
annotation(’textbox’, ’Position’,[0.6634 0.2053 0.247 0.05075],...
’FitHeightToText’,’on’,’LineStyle’,’none’,’FontSize’,8,...
’FontWeight’,’bold’,’String’,[’R = ’ num2str(R(1,2)) ’,’ ...
’ Pontos = ’ num2str(points)]);
86
annotation(’textbox’,’Position’,[0.6634 0.1663 0.3768 0.05075],...
’FitHeightToText’,’on’,’LineStyle’,’none’,’FontSize’,8,...
’FontWeight’,’bold’,’Color’,[0 0 1],’String’,[’Noite ’...
’\rightarrow h > 21 UT ou h < 8 UT’]);
annotation(’textbox’,’Position’,[0.6634 0.1282 0.3804 0.05075],...
’FitHeightToText’,’on’,’LineStyle’,’none’,’FontSize’,8,...
’FontWeight’,’bold’,’Color’,[1 0 0],’String’,[’Dia ’...
’\rightarrow h \in [8 UT,21 UT]’]);
p = polyfit(Res(:,3),Res(:,4),1); % ajuste linear
y2 = polyval(p,x);
h(5) = plot(x,y2,’--m’,’LineWidth’,2);
if xl(1,2) >= yl(1,2) % igualar os eixos x e y
lim = [0 xl(1,2)];
else
lim = [0 yl(1,2)];
end
xlim(lim); ylim(lim);
h(1) = plot(3000000,3000000,’sk’,’MarkerSize’,6);
h(2) = plot(3000000,3000000,’dk’,’MarkerSize’,6);
h(3) = plot(3000000,3000000,’ok’,’MarkerSize’,6);
legend([h(1) h(2) h(3) h(4) h(5)],’S~ao Luıs’,’Fortaleza’,...
’Cachoeira Paulista’,’SNmF2 = DNmF2’,’Ajuste linear’,...
’Location’, 2);
title([’Comparativo de NmF2\_’ num2str(Ymin) ’e’ num2str(Ymax)...
’(’ num2str(Dmin,’%03i’) ’.’ num2str(Dmax,’%03i’) ’)’]);
saveas(gcf, [’CompT_NmF2_’ num2str(Ymin) ’and’ num2str(Ymax) ’(’ ...
num2str(Dmin,’%03i’) ’.’ num2str(Dmax,’%03i’) ’)br.png’], ’png’);
% saveas(gcf, [’CompT_NmF2_’ num2str(Ymin) ’and’ num2str(Ymax) ’(’ ...
% num2str(Dmin,’%03i’) ’.’ num2str(Dmax,’%03i’) ’)br.fig’], ’fig’);
clear h(1) h(2) h(3) h(4) h(5)
clear lim x1 y1 R p y2 siz m points
%%%%%%% Graficos simples (1 para cada estac~ao) %%%%%%%%%
siz1 = size(Res1);
siz2 = size(Res2);
siz3 = size(Res3);
for s = 1:3
87
%%% Grafico de hmF2 %%%
figure(’visible’,’off’)
switch s
case 1
sta = ’SL’;
R = corrcoef(Res1(:,1),Res1(:,2));
points = siz1(1);
for n = 1:points
if Res1(n,15) == 1
h1 = plot(Res1(n,1),Res1(n,2),’ob’,’MarkerSize’,...
6,’MarkerFaceColor’,’b’);
else
h1 = plot(Res1(n,1),Res1(n,2),’or’,’MarkerSize’,...
6,’MarkerFaceColor’,’r’);
end
hold on
end
p = polyfit(Res1(:,1),Res1(:,2),1); % ajuste linear
case 2
sta = ’FZ’;
R = corrcoef(Res2(:,1),Res2(:,2));
points = siz2(1);
for n = 1:points
if Res2(n,15) == 1
h1 = plot(Res2(n,1),Res2(n,2),’ob’,’MarkerSize’,...
6,’MarkerFaceColor’,’b’);
else
h1 = plot(Res2(n,1),Res2(n,2),’or’,’MarkerSize’,...
6,’MarkerFaceColor’,’r’);
end
hold on
end
p = polyfit(Res2(:,1),Res2(:,2),1); % ajuste linear
case 3
sta = ’CP’;
R = corrcoef(Res3(:,1),Res3(:,2));
88
points = siz3(1);
for n = 1:points
if Res3(n,15) == 1
h1 = plot(Res3(n,1),Res3(n,2),’ob’,’MarkerSize’,...
6,’MarkerFaceColor’,’b’);
else
h1 = plot(Res3(n,1),Res3(n,2),’or’,’MarkerSize’,...
6,’MarkerFaceColor’,’r’);
end
hold on
end
p = polyfit(Res3(:,1),Res3(:,2),1); % ajuste linear
end
E = xlim; F = ylim;
box on
h2 = plot(x,y,’k’,’LineWidth’,2); % linha 45graus
xlabel(’hmF2 DIG (km)’)
ylabel(’hmF2 SAT (km)’)
% annotation(’textbox’, ’Position’,[0.6391 0.1238 0.2592 0.13],...
% ’FitHeightToText’,’off’, ’String’,[’R = ’ num2str(R(1,2))],...
% [’Points = ’ num2str(points)],’Blue \rightarrow h > 21 UT ’...
% ’or h < 8 UT’,’Red \rightarrow h \in [8 UT,21 UT]’);
annotation(’rectangle’,[0.6596 0.1360 0.2284 0.1172]);
annotation(’textbox’, ’Position’,[0.6634 0.2053 0.247 0.05075],...
’FitHeightToText’,’on’,’LineStyle’,’none’,’FontSize’,8,...
’FontWeight’,’bold’,’String’,[’R = ’ num2str(R(1,2)) ’,’ ...
’ Pontos = ’ num2str(points)]);
annotation(’textbox’,’Position’,[0.6634 0.1663 0.3768 0.05075],...
’FitHeightToText’,’on’,’LineStyle’,’none’,’FontSize’,8,...
’FontWeight’,’bold’,’Color’,[0 0 1],’String’,[’Noite ’...
’\rightarrow h > 21 UT ou h < 8 UT’]);
annotation(’textbox’,’Position’,[0.6634 0.1282 0.3804 0.05075],...
’FitHeightToText’,’on’,’LineStyle’,’none’,’FontSize’,8,...
’FontWeight’,’bold’,’Color’,[1 0 0],’String’,[’Dia ’...
’\rightarrow h \in [8 UT,21 UT]’]);
y2 = polyval(p,x);
89
h3 = plot(x,y2,’--m’,’LineWidth’,2);
if E(1,2) >= F(1,2)
G = [150 E(1,2)];
else
G = [150 F(1,2)];
end
xlim(G); ylim(G);
h1 = plot(1,1,’ok’,’MarkerSize’,6);
legend([h1 h2 h3],’Dados’,’ShmF2 = DhmF2’,...
’Ajuste linear’,’Location’,2);
title([’Comparativo de hmF2 para ’ sta ’\_’ num2str(Ymin) ...
’e’ num2str(Ymax) ’(’ num2str(Dmin,’%03i’) ’.’ ...
num2str(Dmax,’%03i’) ’)’]);
saveas(gcf, [’Comp_hmF2_’ sta ’_’ num2str(Ymin) ’and’ ...
num2str(Ymax) ’(’ num2str(Dmin,’%03i’) ’.’ ...
num2str(Dmax,’%03i’) ’)br.png’], ’png’);
% saveas(gcf, [’Comp_hmF2_’ sta ’_’ num2str(Ymin) ’and’ ...
% num2str(Ymax) ’(’ num2str(Dmin,’%03i’) ’.’ ...
% num2str(Dmax,’%03i’) ’)br.fig’], ’fig’);
clear R points E F G p y2 sta h1 h2 h3 n
%%% Grafico de NmF2 %%%
figure(’visible’,’off’)
switch s
case 1
sta = ’SL’;
R = corrcoef(Res1(:,3),Res1(:,4));
points = siz1(1);
for n = 1:points
if Res1(n,15) == 1
h4 = plot(Res1(n,3),Res1(n,4),’ob’,’MarkerSize’,6,...
’MarkerFaceColor’,’b’);
else
h4 = plot(Res1(n,3),Res1(n,4),’or’,’MarkerSize’,6,...
’MarkerFaceColor’,’r’);
end
hold on
90
end
p = polyfit(Res1(:,3),Res1(:,4),1); % ajuste linear
case 2
sta = ’FZ’;
R = corrcoef(Res2(:,3),Res2(:,4));
points = siz2(1);
for n = 1:points
if Res2(n,15) == 1
h4 = plot(Res2(n,3),Res2(n,4),’ob’,’MarkerSize’,6,...
’MarkerFaceColor’,’b’);
else
h4 = plot(Res2(n,3),Res2(n,4),’or’,’MarkerSize’,6,...
’MarkerFaceColor’,’r’);
end
hold on
end
p = polyfit(Res2(:,3),Res2(:,4),1); % ajuste linear
case 3
sta = ’CP’;
R = corrcoef(Res3(:,3),Res3(:,4));
points = siz3(1);
for n = 1:points
if Res3(n,15) == 1
h4 = plot(Res3(n,3),Res3(n,4),’ob’,’MarkerSize’,6,...
’MarkerFaceColor’,’b’);
else
h4 = plot(Res3(n,3),Res3(n,4),’or’,’MarkerSize’,6,...
’MarkerFaceColor’,’r’);
end
hold on
end
p = polyfit(Res3(:,3),Res3(:,4),1); % ajuste linear
end
H = xlim; I = ylim;
box on
h5 = plot(x,y,’k’,’LineWidth’,2); % linha 45graus
91
xlabel(’NmF2 DIG (el/cm^3)’)
ylabel(’NmF2 SAT (el/cm^3)’)
% annotation(’textbox’, ’Position’,[0.6391 0.1238 0.2592 0.13],...
% ’FitHeightToText’,’off’, ’String’,[’R = ’ num2str(R(1,2))],...
% [’Points = ’ num2str(points)],’Blue \rightarrow h > 21 UT ’...
% ’or h < 8 UT’,’Red \rightarrow h \in [8 UT,21 UT]’);
annotation(’rectangle’,[0.6596 0.1360 0.2284 0.1172]);
annotation(’textbox’, ’Position’,[0.6634 0.2053 0.247 0.05075],...
’FitHeightToText’,’on’,’LineStyle’,’none’,’FontSize’,8,...
’FontWeight’,’bold’,’String’,[’R = ’ num2str(R(1,2)) ’,’ ...
’ Pontos = ’ num2str(points)]);
annotation(’textbox’,’Position’,[0.6634 0.1663 0.3768 0.05075],...
’FitHeightToText’,’on’,’LineStyle’,’none’,’FontSize’,8,...
’FontWeight’,’bold’,’Color’,[0 0 1],’String’,[’Noite ’...
’\rightarrow h > 21 UT ou h < 8 UT’]);
annotation(’textbox’,’Position’,[0.6634 0.1282 0.3804 0.05075],...
’FitHeightToText’,’on’,’LineStyle’,’none’,’FontSize’,8,...
’FontWeight’,’bold’,’Color’,[1 0 0],’String’,[’Dia ’...
’\rightarrow h \in [8 UT,21 UT]’]);
y2 = polyval(p,x);
h6 = plot(x,y2,’--m’,’LineWidth’,2);
if H(1,2) >= I(1,2)
J = [0 H(1,2)];
else
J = [0 I(1,2)];
end
xlim(J); ylim(J);
h4 = plot(3000000,3000000,’ok’,’MarkerSize’,6);
legend([h4 h5 h6],’Dados’,’SNmF2 = DNmF2’,...
’Ajuste linear’,’Location’, 2);
title([’Comparativo de NmF2 para ’ sta ’\_’ num2str(Ymin) ...
’e’ num2str(Ymax) ’(’ num2str(Dmin,’%03i’) ’.’ ...
num2str(Dmax,’%03i’) ’)’]);
saveas(gcf, [’Comp_NmF2_’ sta ’_’ num2str(Ymin) ’and’ ...
num2str(Ymax) ’(’ num2str(Dmin,’%03i’) ’.’ ...
num2str(Dmax,’%03i’) ’)br.png’], ’png’);
92
% saveas(gcf, [’Comp_NmF2_’ sta ’_’ num2str(Ymin) ’and’ ...
% num2str(Ymax) ’(’ num2str(Dmin,’%03i’) ’.’ ...
% \num2str(Dmax,’%03i’) ’)br.fig’], ’fig’);
clear R points H I J p y2 sta h1 h2 h3
end
clear x y siz1 siz2 siz3
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
total = toc;
total1 = cputime;
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% LOG %%%%%%%%%%%%%%%%%%%
fout1 = fopen(’Log_Comparison_F3C_DIG.log’,’a+’);
fprintf(fout1,’%f %f\n’,[total total1]);
fclose(fout1);
Programa Comp LSA 96 07.m:
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% Programa para comparar as medias dos parametros hmF2 e f0F2
% para dois perıodos de LSA distintos: 1996-1997 (dados de
% digissonda do trabalho de Batista e Abdu(2004)) e 2007-2008
% (dados do F3/C salvos anteriormente - nos arquivos
% data_stage*.dat pelo programa Plot_map_F3C_NmF2_TEC.m)
% Claudia Vogel Ely 12/2009
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
clear; close all; clc;
tic
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% DIRETORIO %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
%% PC ...
path = [’D:\Geofısica Espacial\Dados_pesquisa\FORMOST-3’...
’ COSMIC\RESULTADOS\Dissertac~ao\Comparativo de hmF2 e’...
’ foF2 (96-07)(SL-CP)\Dados Digissonda (1996-1997)\’];
path1 = [’D:\Geofısica Espacial\Dados_pesquisa\FORMOST-3’...
’ COSMIC\RESULTADOS\Dissertac~ao\Comparativo de hmF2 e’...
’ foF2 (96-07)(SL-CP)\Dados do F3C\’];
%% NOTEBOOK ...
% path = [’D:\FORMOST-3 COSMIC\RESULTADOS\Dissertac~ao\’...
93
% ’Comparativo de hmF2 e foF2 (96-07)(SL-CP)\Dados ’...
% ’Digissonda (1996-1997)\’];
% path1 = [’D:\FORMOST-3 COSMIC\RESULTADOS\Dissertac~ao\’...
% ’Comparativo de hmF2 e foF2 (96-07)(SL-CP)\Dados do F3C\’];
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% =============== F3C ============= %
% [ SL, FZ, CP ]
cor1 = [-2.5 -3.8 -22.7]; % lat
cor2 = [-44.2 -38.5 -45]; % long
Data2 =[];
for j = 1:12 % ou j = 1:6 se os dados foram agrupados de 4 em 4h
input2 = [path1 ’2007 - 09.10\data_stage’ num2str(j,’%02i’)...
’.DAT’];
fid = fopen(input2);
% Cada arquivo ’data_stage[X].dat’ contem os dados do F3/C para
% todos os dias dentro do perıodo analisado. Se X varia de 1 a
% 12 os dados foram juntados de duas em duas horas.
% C <- [h_UT *(lt - ut/15) Long Lat NmF2 *tecmax hmF2]
C = textscan(fid, ’%f %*f %f %f %f %*f %f ’);
fclose(fid);
Data2 = [Data2; C1 C2 C3 C4 C5];
end
foF2 = (Data2(:,4)/1.24e4).^0.5;
time = Data2(:,1);
hmF2 = Data2(:,5);
% Data2(:,5) > 150 elimina os efeitos de baixas altitudes
% e previne erros devido a presenca de camada E esporadica
cp = abs(cor1(3)- Data2(:,3)) <= 5 & abs(cor2(3)- ...
Data2(:,2)) <= 10 & Data2(:,5) > 150;
sl = abs(cor1(1)- Data2(:,3)) <= 5 & abs(cor2(1)- ...
Data2(:,2)) <= 10 & Data2(:,5) > 150;
Data3 = [time(cp) hmF2(cp) foF2(cp)]; % CP
Data3 = sortrows(Data3,1);
Data4 = [time(sl) hmF2(sl) foF2(sl)]; % SL
Data4 = sortrows(Data4,1);
94
% ================================== %
for i = 1:2
if i == 1
sta = ’CP’;
Data5 = Data3;
else
sta = ’SL’;
Data5 = Data4;
end
% =============== DIG ============= %
filename = [sta ’0996.DAT’]; % SET
filename1 = [sta ’1096.DAT’]; % OCT
input = [path sta ’\’ filename];
input1 = [path sta ’\’ filename1];
fid = fopen(input);
% A <- [1.hr 2.M_foF2 3.std_foF2 4.M_h’F 5.std_h‘F
% 6.M_hmF2 7.std_hmF2 *8.M_B0 *9.std_B0], *n~ao carregados
A = textscan(fid,’%f %f %f %f %f %f %f %*f %*f’);
fclose(fid);
%
fid1 = fopen(input1);
% B le [1.hr 2.M_foF2 3.std_foF2 4.M_h’F 5.std_h‘F
% 6.M_hmF2 7.std_hmF2 *8.M_B0 *9.std_B0], *n~ao carregados
B = textscan(fid1,’%f %f %f %f %f %f %f %*f %*f’);
fclose(fid1);
% ================================== %
%%%% 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D = [A2 A4 A6 B2 B4 B6 A1 A3 A5 A7 ...
B3 B5 B7];
% Data = [hr(discreto de 1 em 1) Mean_freq(MHz) Mean_h’F(km)
% Mean_peakF2(km) Mean_std_foF2 Mean_std_h’F Mean_std_hmF2]
Data = [D(:,7),(D(:,1)+ D(:,4))/2,(D(:,2)+ D(:,5))/2,...
(D(:,3)+ D(:,6))/2,(D(:,8)+ D(:,11))/2,(D(:,9)+ ...
D(:,12))/2,(D(:,10)+ D(:,13))/2];
% fout = fopen([’Data_’ sta ’_Comp_LSA_96_07.DAT’],’w’);
% fprintf(fout,’%f %f %f %f\n’,Data);
95
% fclose(fout);
x = [Data(:,1); 24];
%
Data6 = [];
figure(’visible’, ’off’) % foF2
h1 = plot(Data5(:,1),Data5(:,3));
hold;
p = polyfit(Data5(:,1),Data5(:,3),10);
t2 = 0:0.01:24;
y2 = polyval(p,t2);
h2 = plot(t2,y2,’-b’,’LineWidth’,2.5);
y = [Data(:,2); Data(1,2)];
% t = 0:.01:24;
% p = pchip(x,y,t);
h3 = scatter(x,y,’or’,’filled’,’LineWidth’,4);
M_std = [Data(:,5); Data(1,5)];
errorbar(x,y,M_std,’r’,’LineWidth’,2);
% h4 = plot(t,p,’-r’,’LineWidth’,2.5);
legend([h1 h2 h3],’Dados do F3/C (2007)’,...
’Ajuste polinomial F3/C’,...
’Dados de Digissonda (1996)’,4);
title([’foF2 medio\_’ sta ’ (set e out)’]);
xlabel(’Tempo (h)’);
ylabel(’foF2 (MHz)’);
xlim([0 24]);
saveas(gcf, [’M_foF2_’ sta ’_96-07br.png’], ’png’);
% saveas(gcf, [’M_foF2_’ sta ’_96-07br.fig’], ’fig’);
%
% figure(’visible’, ’off’) % h’F
% y = [Data(:,3); Data(1,3)];
% % t = 0:.01:24;
% % p = pchip(x,y,t);
% scatter(x,y,’or’,’filled’,’LineWidth’,4);
% M_std = [Data(:,6); Data(1,6)];
% hold;
96
% errorbar(x,y,M_std,’r’,’LineWidth’,2);
% % plot(t,p,’-r’,’LineWidth’,2.5);
% legend(’DIG data’,’DIG fit’,4);
% title([’h‘F medio\_’ sta ’ 09.10 - 96’]);
% xlim([0 24]);
% xlabel(’Tempo (h)’);
% ylabel(’h‘F (km)’);
% saveas(gcf, [’M_h‘F_’ sta ’_96-07br.png’], ’png’);
% % saveas(gcf, [’M_h‘F_’ sta ’_96-07br.fig’], ’fig’);
%
figure(’visible’, ’off’) % hmF2
h5 = plot(Data5(:,1),Data5(:,2));
hold;
p = polyfit(Data5(:,1),Data5(:,2),10);
t2 = 0:0.01:24;
y2 = polyval(p,t2);
h6 = plot(t2,y2,’-b’,’LineWidth’,2.5);
y = [Data(:,4); Data(1,4)];
% t = 0:.01:24;
% p = pchip(x,y,t);
h7 = scatter(x,y,’or’,’filled’,’LineWidth’,4);
M_std = [Data(:,7); Data(1,7)];
errorbar(x,y,M_std,’r’,’LineWidth’,2);
% h8 = plot(t,p,’-r’,’LineWidth’,2.5);
legend([h5 h6 h7],’Dados do F3/C (2007)’,...
’Ajuste polinomial F3/C’,...
’Dados de Digissonda (1996)’,4);
title([’hmF2 medio\_’ sta ’ (set e out)’]);
xlabel(’Tempo (h)’);
ylabel(’hmF2 (km)’);
xlim([0 24]);
saveas(gcf, [’M_hmF2_’ sta ’_96-07br.png’], ’png’);
% saveas(gcf, [’M_hmF2_’ sta ’_96-07br.fig’], ’fig’);
end
total = toc;
total1 = cputime;
97
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% LOG %%%%%%%%%%%%%%%%%%%
fout4 = fopen(’Log_Comp_LSA_96_07.log’,’a+’);
fprintf(fout4,’%f %f\n’,[total total1]);
fclose(fout4);
Programa Plot map F3C NmF2 TEC.m:
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% Constroi mapas do NmF2 e do TEC a partir dos dados gerais
% do COSMIC. Cada dia possui um diretorio com arquivos de
% RO.(ESCOLHA -> datadiru, Syear, Eyear, SDay, EDay, dotw,
% binh, binlola). A partir dos dados para o perıodo definido
% s~ao feitos graficos de pontos (NmF2 e TEC), e medias para
% os quadros definidos e mapas de contorno dessas medias. O
% programa faz ainda a o grafico dos parametros hmF2, TEC e
% hmF2 para cada uma das tres estac~oes de Digissonda no
% Brasil (durante um perıodo estipulado) e ajusta uma curva
% aos dados de forma a se obter as curvas medias para cada
% perıodo.
% Claudia Vogel Ely 09/2009
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
clear; close all; clc;
Syear = input(’Ano Inicial (YYYY):’,’s’);
Eyear = input(’Ano Final (YYYY):’,’s’);
% Syear = ’2006’;
Syr = str2num(Syear);
% Eyear = ’2006’;
Eyr = str2num(Eyear);
if Syr ~= Eyr
put = input([’Juntar os dados do mesmo dia desses dois’...
’ ou mais anos para calcular a media (s ou n)? [use’...
’ n para calcular a media dos meses de solstıcio de’...
’ Dezembro (valido somente para anos subsequentes’...
’)]:’],’s’);
else
put = ’s’;
98
end
disp([’Faixas de dias para as estac~oes do hemisferio Sul:’...
’ ver~ao 355-079, outono 080-171, inverno 172-265 e ’...
’primavera 266-354’])
SDay = input(’Dia Inicial (DDD):’);
EDay = input(’Dia Final (DDD):’);
% SDay = 244;
% % Sdy = str2num(SDay);
% EDay = 245;
% % Edy = str2num(EDay);
dotw = 10; % tamanho dos pontos no grafico
binh = input([’Juntar (1 para 2 em 2h, 2 for 4 em 4h):’],’s’);
% binh = ’2’;
binlola = input([’Quadro lat x long para o calculo das ’...
’medias (1 para 20g x 40g, 2 para 10g x 20g, ’...
’3 para 5g x 10g, 4 para 2.5g x 5g):’],’s’);
% binlola = ’3’;
tic %tic; statements; toc --> tempo decorrido
% ’year’ e o identificador do ano utilizado no nome
% dos arquivos saıda
if Syear == Eyear
year = num2str(Syr,’%04i’);
else
year = [num2str(Syr,’%04i’) ’-’ num2str(Eyr,’%04i’)];
end
%%%%%%%%%%% CARREGAR ARQUIVO COM DADOS GEOMAGNETICOS %%%%%%%%%%%
% % permite que se plote o equador geomagnetico nos mapas
% arquivo = ’I_Grid_2005.mf’;
% fid = fopen(arquivo,’rt’);
% templist = fscanf(fid,’%g %g %g\n’, [3 inf]);
% a = templist’;
% fclose(fid);
% column1 = a(:,1);% Long
% column2 = a(:,2);% Lat
% column3 = a(:,3);% Inclinacao
% x = size(column1);
99
% k = 1;
% for i = 1:x(1)
% if column3(i) <= 0.5 & column3(i) >= -0.5
% R1(k,:) = [column1(i) column2(i)];
% % [(Long of Inclination 0) (Lat of Inclination 0)]
% k = k+1;
% end
% end
% R1 = sortrows(R1,1);
% classifica a a matriz R1 de acordo com a primeira coluna
load geomagnetic_equator %carrega os dados geomagneticos de R1
clear templist a arquivo fid column1 column2 column3 ...
x Syear Eyear
%%%%%%%%%%%%%%% DIRETORIO RAIZ (dos dados) %%%%%%%%%%%%%%%%%
%PC
% datadiru = [’D:\Geofısica Espacial\Dados_pesquisa\FORMOST-3’...
% ’ COSMIC\COSMIC Data\ionPrf\’];
% Note
% datadiru = ’D:\FORMOST-3 COSMIC\COSMIC Data\ionPrf\’;
% HD
datadiru = ’H:\ionPrf\’;
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
i = 1;
% contador de ocultac~oes encontradas (utilizada nos vetores)
yr_count = 0;
for yr = Syr:Eyr
yr_count = yr_count +1;
if EDay < SDay & put == ’n’
if yr_count == 1
if yr == 2008 | yr == 2012
dayn = SDay:366;
else
dayn = SDay:365;
end
else
dayn = 1:EDay;
100
end
else
dayn = SDay:EDay;
end
for daynumber = dayn
datadir = [datadiru num2str(yr,’%04i’) ’.’ ...
num2str(daynumber,’%03i’) ’\’];
filelist = dir([datadir ’ionPrf*_nc’]);
for j =1:length(filelist)
fname = filelist(j).name;
% fname1 = str2num(fname(18:20)); % Day
% fname2 = str2num(fname(13:16)); % year
% if (length(fname) > 10 & (fname1 >= SDay ...
% & fname1 <= EDay) & fname2 == yr)
fullfname = [datadir fname];
nc = netcdf(fullfname,’nowrite’);
%%%%%%%%%%%% General data: %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% time = nc.edmaxtime(:);
% edmaxtime e o tempo local(em segundos GPS) da
% densidade do Pico de f0F2
lt(i) = nc.edmaxlct(:);
%lt e o tempo local (h) no edmaxtime e edmaxlon
la(i) = nc.edmaxlat(:);lon(i)= nc.edmaxlon(:);
% localizam o pico de f0F2 em Latitude e Longitude
NmF2(i) = nc.edmax(:);
hmF2(i) = nc.edmaxalt(:);
% azim(i) = nc.edmaxaz(:);
% y(i) = nc.year(:);
% m(i) = nc.month(:);
% edhour(i) = nc.hour(:);
% edmin(i) = nc.minute(:);
tecmax(i) = nc.tec0(:);
%%%%%%%%%%%%%% Profile data: %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% alt(:,i) = nc’MSL_alt’(:);
% Glon(:,i) = nc’GEO_lon’(:);
% Glat(:,i) = nc’GEO_lat’(:);
101
% den(:,i) = nc’ELEC_dens’(:);
% azi(:,i) = nc’OCC_azi’(:);
% tec(:,i) = nc’TEC_cal’(:);
close(nc);
if tecmax(i) > 60 | tecmax(i) < 0 | NmF2(i) > 2000000 | NmF2(i) < 0
tecmax(i) = [];
NmF2(i) = [];
hmF2(i) = [];
la(i) = [];
lon(i)= [];
lt(i) = [];
else
i = i+1;
end
clear nc fullname fname
% end
end
end
end
clear filelist
% total = i - 1;
% informa o total de ocultac~oes encontradas
% foF2 = (NmF2/1.24e4).^0.5;
ut = mod(lt - lon/15,24);
% mod(x,y) -> Modulo apos a divisao de x por y.
% E o resto da divis~ao quando o quociente e inteiro.
% ut sera um vetor linha em que cada coluna, correspondente as
% colunas dos vetores lidos, tera a hora universal.
% cor1, cor2, cor3 e cor4 representam coordenadas das estac~oes
% de Digissonda
cor1 = [-2.5 -3.8 -22.7];
cor2 = [-44.2 -38.5 -45];
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% faixas de horario
if binh == ’1’
ut1 = 1:2:23; %juntar dados de 2h em 2h
102
binh1 = 1;
binh2 = 2;
end
if binh == ’2’
ut1 = 2:4:22; %juntar dados de 4h em 4h
binh1 = 2;
binh2 = 4;
end
% 1 for 20deg x 40deg, 2 for 10deg x 20deg, 3 for 5 x 10,
% 4 for 2.5 x 5(LATxLONG)
if binlola == ’1’
latt = -90:20:90;
longg = -180:40:180;
var1 = 10;
var2 = 20;
end
if binlola == ’2’
latt = -90:10:90;
longg = -180:20:180;
var1 = 5;
var2 = 10;
end
if binlola == ’3’
latt = -90:5:90;
longg = -180:10:180;
var1 = 2.5;
var2 = 5;
end
if binlola == ’4’
latt = -90:2.5:90;
longg = -180:5:180;
var1 = 1.25;
var2 = 2.5;
end
%%%%%%%%%%%%%% INICIO DO PLOT %%%%%%%%%%%%%%%%
load coast
103
if ~exist([’C:\MATLAB7\work\’ year ’(’ num2str(SDay,’%03i’)...
’-’ num2str(EDay,’%03i’) ’)(’ num2str(binh2) ’h)[’ ...
num2str(binlola,’%01i’) ’]\’])
dos([’mkdir "C:\MATLAB7\work\’ year ’(’ num2str(SDay,’%03i’)...
’-’ num2str(EDay,’%03i’) ’)(’ num2str(binh2) ’h)[’ ...
num2str(binlola,’%01i’) ’]\"’]);
end
cd([’C:\MATLAB7\work\’ year ’(’ num2str(SDay,’%03i’) ’-’ ...
num2str(EDay,’%03i’) ’)(’ num2str(binh2) ’h)[’ ...
num2str(binlola,’%01i’) ’]\’]);
% cada i representa um faixa de horarios
i = 1;
table1 = [];
v = [0 0];
for ut2 = ut1
% figure(i) % Mapa de pontos
figure(’visible’,’off’)
output = [’data_stage’ num2str(i,’%02i’) ’.dat’];
fid = fopen(output,’a+’);
fout = sprintf(output);
annotation(’textbox’,’Position’,[0.3401 0.9508 0.3129 0.05442],...
’LineStyle’,’none’,’FitHeightToText’,’off’,’FontSize’,10,...
’FontWeight’,’bold’,’HorizontalAlignment’,’center’,...
’String’,[’Mapa de pontos de NmF2 ’ year ’(’ num2str(SDay,’%03i’)...
’-’ num2str(EDay,’%03i’) ’) [’ binlola ’]’] ); % Title
fp = abs(ut-ut2) <= binh1;
% verifica os dados a cada iterac~ao e junta eles de quatro
% em 4 em 4 horas. Trocar 2 por 1 para juntar a cada 2 h
m = i*binh2; n = (i-1)*binh2;
% hora de inıcio e fim de cada plot
table1 = [ut(fp)’ (lt(fp)-lon(fp)/15)’ lon(fp)’ la(fp)’...
NmF2(fp)’ tecmax(fp)’ hmF2(fp)’];
table1 = sortrows(table1,1);
save(fout, ’table1’, ’-ascii’);
fclose(fid);
scatter(lon(fp),la(fp),dotw,NmF2(fp),’filled’);
104
clear fid table1 fp
colormap(jet);
if v == [0 0]
v = caxis;
else
caxis(v);
end
colorbar
set(gca,’box’,’on’,’xlim’,[-180 180],’xtick’,...
[-180:60:180],’xticklabel’,[-180:60:180],’ylim’,...
[-84 84],’ytick’,[-80:20:80],’yticklabel’,[-80:20:80])
xlabel(’Longitude (graus)’);
ylabel(’Latitude (graus)’);
zlabel(’el/cm^3’);
annotation(’textbox’,’Position’,[0.6714 0.01429 ...
0.2143 0.05238],’FitHeightToText’,’off’, ’String’,...
[’Grafico das: ’ num2str(n,’%02i’) ’-’ ...
num2str(m,’%02i’) ’ UT’]);
hold on
plot(long,lat,’color’,’k’,’LineWidth’,2)
plot(R1(:,1),R1(:,2),’-m’,’LineWidth’,2)
plot(cor2(1),cor1(1), ’sr’,’LineWidth’,2)
plot(cor2(2),cor1(2), ’sr’,’LineWidth’,2)
plot(cor2(3),cor1(3), ’sr’,’LineWidth’,2)
saveas(gcf, [’NmF2Sc_’ num2str(i,’%02i’) ’_h’ ...
num2str(binh,’%01i’) ’_bin’ num2str(binlola,’%01i’) ...
’_’ year ’(’ num2str(SDay,’%03i’) ’-’ ...
num2str(EDay,’%03i’) ’)br.png’], ’png’);
% saveas(gcf, [’NmF2Sc_’ num2str(i,’%02i’) ’_h’...
% num2str(binh,’%01i’) ’_bin’ num2str(binlola,’%01i’)...
% ’_’ year ’(’ num2str(SDay,’%03i’) ’-’...
% num2str(EDay,’%03i’) ’)br.fig’], ’fig’);
i = i+1;
end
clear lt
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
105
p = i;
for ut3 = ut1
% figure(i) % mapa de contorno
figure(’visible’,’off’)
annotation(’textbox’,’Position’,[0.1853 0.9345 ...
0.6307 0.06947],’LineStyle’,’none’,’FitHeightToText’,...
’off’,’FontWeight’,’bold’, ’HorizontalAlignment’,...
’center’,’String’,[’Mapa de contorno da media ’...
’de NmF2 ’ year ’(’ num2str(SDay,’%03i’) ’-’ ...
num2str(EDay,’%03i’) ’) [’ binlola ’]’]);
k = 1;
% cada incremento em k representa uma faixa de longitude
for latt2=latt
j = 1;
% cada incremento em j representa uma faixa de latitude
for long2 = longg
fp = abs(la-latt2)<= var1 & abs(lon-long2)<= var2 &...
abs(ut-ut3)<= binh2;
% bin of 20dg of lat(10 for each side centred on latt),
% 40dg of long (20 for each side centred on longg) and 4 h
% fo(k,j)= median(NmF2(fp)); % evaluates the median
average(k,j) = nanmean(NmF2(fp)); % evaluates the average
j = j+1;
end
k = k+1;
end
[C,h] = contourf(longg,latt,average);
% clabel(C,h,’LabelSpacing’,200000);
colormap(jet);
caxis(v);
colorbar;
set(gca,’box’,’on’,’xlim’,[-180 180],’xtick’,...
[-180:60:180],’xticklabel’,[-180:60:180],’ylim’,...
[-90 90],’ytick’,[-90:30:90],’yticklabel’,[-90:30:90])
hold on;
m = (i-(p-1))*binh2; n = (i-p)*binh2;
106
% hora de inıcio e fim de cada plot
plot(long,lat,’color’,’w’,’LineWidth’,2);
% hold on;
plot(R1(:,1),R1(:,2),’-m’,’LineWidth’,2)
xlabel(’Longitude (graus)’);
ylabel(’Latitude (graus)’);
zlabel(’el/cm^3’);
annotation(’textbox’,’Position’,[0.6714 0.01429...
0.2143 0.05238],’FitHeightToText’,’off’, ’String’,...
[’Grafico das: ’ num2str(n,’%02i’) ’-’...
num2str(m,’%02i’) ’ UT’]); % plota a faixa de horario
saveas(gcf, [’NmF2Co_’ num2str(i,’%02i’) ’_h’ ...
num2str(binh,’%01i’) ’_bin’ num2str(binlola,’%01i’)...
’_’ year ’(’ num2str(SDay,’%03i’) ’-’...
num2str(EDay,’%03i’) ’)br.png’], ’png’);
% saveas(gcf, [’NmF2Co_’ num2str(i,’%02i’) ’_h’...
% num2str(binh,’%01i’) ’_bin’ num2str(binlola,’%01i’)...
% ’_’ year ’(’ num2str(SDay,’%03i’) ’-’...
% num2str(EDay,’%03i’) ’)br.fig’], ’fig’);
i = i+1;
end
% close all
i = 1;
v = [0 0];
for ut2 = ut1
% figure(i) % Mapa de pontos
figure(’visible’,’off’)
annotation(’textbox’,’Position’,[0.3401 0.9508...
0.3129 0.05442],’LineStyle’,’none’,...
’FitHeightToText’,’off’,’FontSize’,10,...
’FontWeight’,’bold’,’HorizontalAlignment’,’center’,...
’String’,[’Mapa de pontos do TEC ’ year ’(’...
num2str(SDay,’%03i’) ’-’ num2str(EDay,’%03i’)...
’)[’ binlola ’]’] );
fp = abs(ut-ut2) <= binh1;
% verifica os dados a cada iterac~ao e junta eles de quatro
107
% em 4 em 4 horas. Trocar 2 por 1 para juntar a cada 2 h
m = i*binh2; n = (i-1)*binh2;
% hora de inıcio e fim de cada plot
scatter(lon(fp),la(fp),dotw,tecmax(fp),’filled’);
clear fp
colormap(jet);
if v == [0 0]
v = caxis;
else
caxis(v);
end
colorbar
set(gca,’box’,’on’,’xlim’,[-180 180],’xtick’,...
[-180:60:180],’xticklabel’,[-180:60:180],’ylim’,...
[-84 84],’ytick’,[-80:20:80],’yticklabel’,[-80:20:80]);
xlabel(’Longitude (graus)’);
ylabel(’Latitude (graus)’);
zlabel(’TECu’);
annotation(’textbox’,’Position’,[0.6714 0.01429...
0.2143 0.05238],’FitHeightToText’,’off’, ’String’,...
[’Grafico das: ’ num2str(n,’%02i’) ’-’...
num2str(m,’%02i’) ’ UT’]);
hold on
plot(long,lat,’color’,’k’,’LineWidth’,2)
plot(R1(:,1),R1(:,2),’-m’,’LineWidth’,2)
plot(cor2(1),cor1(1), ’sr’,’LineWidth’,2)
plot(cor2(2),cor1(2), ’sr’ ,’LineWidth’,2)
plot(cor2(3),cor1(3), ’sr’,’LineWidth’,2)
saveas(gcf, [’TECSc_’ num2str(i,’%02i’) ’_h’...
num2str(binh,’%01i’) ’_bin’ num2str(binlola,’%01i’)...
year ’(’ num2str(SDay,’%03i’) ’-’ num2str(EDay,’%03i’)...
’)br.png’], ’png’);
% saveas(gcf, [’TECSc_’ num2str(i,’%02i’) ’_h’...
% num2str(binh,’%01i’) ’_bin’ num2str(binlola,’%01i’)...
% year ’(’ num2str(SDay,’%03i’) ’-’ num2str(EDay,’%03i’)...
% ’)br.fig’], ’fig’);
108
i = i+1;
end
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
p = i;
for ut3 = ut1
% figure(i) % mapa de contorno
figure(’visible’,’off’)
annotation(’textbox’,’Position’,[0.1853 0.9345 ...
0.6307 0.06947],’LineStyle’,’none’,...
’FitHeightToText’,’off’,’FontWeight’,’bold’,...
’HorizontalAlignment’,’center’,’String’,...
[’Mapa de contorno do TEC medio ’ year ’(’...
num2str(SDay,’%03i’) ’-’ num2str(EDay,’%03i’)...
’)[’ binlola ’]’]);
k = 1;
% cada incremento em k representa uma faixa de longitude
for latt2 = latt
j = 1;
% cada incremento em j representa uma faixa de latitude
for long2 = longg
fp = abs(la-latt2) <= var1 & abs(lon-long2) <= var2 & ...
abs(ut-ut3) <= binh2;
% bin of 20dg of lat(10 for each side centred on latt),
% 40dg of long (20 for each side centred on longg) and 4 h
% fo(k,j)= median(tecmax(fp)); % evaluates the median
average(k,j) = nanmean(tecmax(fp)); % evaluates the average
j = j+1;
end
k = k+1;
end
[C,h] = contourf(longg,latt,average);
% clabel(C,h);
colormap(jet);
caxis(v);
colorbar
set(gca,’box’,’on’,’xlim’,[-180 180],’xtick’,...
109
[-180:60:180],’xticklabel’,[-180:60:180],’ylim’,...
[-90 90],’ytick’,[-90:30:90],’yticklabel’,[-90:30:90]);
hold on
m = (i-(p-1))*binh2; n = (i-p)*binh2;
% hora de inıcio e fim de cada plot
plot(long,lat,’color’,’w’,’LineWidth’,2);
clear fp
plot(R1(:,1),R1(:,2),’-m’,’LineWidth’,2)
xlabel(’Longitude (graus)’);
ylabel(’Latitude (graus)’);
zlabel(’TECu’);
annotation(’textbox’,’Position’,[0.6714 0.01429 ...
0.2143 0.05238],’FitHeightToText’,’off’, ’String’,...
[’Grafico das: ’ num2str(n,’%02i’) ’-’...
num2str(m,’%02i’) ’ UT’]); % plota a faixa de horario
saveas(gcf, [’TECCo_’ num2str(i,’%02i’) ’_h’...
num2str(binh,’%01i’) ’_bin’ num2str(binlola,’%01i’)...
year ’(’ num2str(SDay,’%03i’) ’-’ ...
num2str(EDay,’%03i’) ’)br.png’], ’png’);
% saveas(gcf, [’TECCo_’ num2str(i,’%02i’) ’_h’ ...
% num2str(binh,’%01i’) ’_bin’ num2str(binlola,’%01i’)...
% year ’(’ num2str(SDay,’%03i’) ’-’ ...
% num2str(EDay,’%03i’) ’)br.fig’], ’fig’);
i = i+1;
end
% close all
%%%%%%%%%%% Calculo para cada estac~ao %%%%%%%%%%%
for st = 1:3
table2 = [];
if st == 1
sta = ’SL’;
station = ’S~ao Luıs’;
cor3 = cor1(st);
cor4 = cor2(st) ;
end
if st == 2
110
sta = ’FZ’;
station = ’Fortaleza’;
cor3 = cor1(st);
cor4 = cor2(st);
end
if st == 3
sta = ’CP’;
station = ’Cachoeira Paulista’;
cor3 = cor1(st);
cor4 = cor2(st);
end
%%%%%%% VERIFICA SE O DADO E PARA A ESTAC~AO DE DIGISSONDA %%%%
% utiliza os parametros var1 e var2 definidos pelo usuario
% (diferenca da estac~ao em lat e long, respectivamente)
% fs = (la >= (cor3-var1) & la <= (cor3+var1)) &
% (lon >= (cor4-var2) & lon <= (cor4+var2));
fs = la >= (cor3-10) & la <= (cor3+10) & ...
lon >= (cor4-10) & lon <= (cor4+10);
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% Faz figura para o tecmax, NmF2 e para hmF2
% Para a estac~ao escolhida
table2 = [ut(fs)’ NmF2(fs)’ tecmax(fs)’ hmF2(fs)’];
table2 = sortrows(table2,1);
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
p = 0;
figure(’visible’,’off’)
plot(table2(:,1),table2(:,2));
Title([’NmF2\_’ sta])
grid on
xlabel(’Tempo (UT)’); ylabel(’NmF2 (el/cm^3)’);
set(gca,’box’,’on’,’xlim’,[0 24]);
hold on
% Gera a curva de ajuste
p = polyfit(table2(:,1),table2(:,2),10);
t2 = 0:0.1:24;
y2 = polyval(p,t2);
111
plot(t2,y2,’-r’,’LineWidth’,2);
xlim([0 24]);
ylim([0 1800000]);
legend(’Dados’,’Modelo polinomial’);
saveas(gcf, [’NmF2_’ sta ’_’ year ’(’ num2str(SDay,’%03i’)...
’-’ num2str(EDay,’%03i’) ’)br.png’], ’png’);
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
p = 0;
figure(’visible’,’off’)
plot(table2(:,1),table2(:,3));
Title([’TECmax\_’ sta])
grid on
xlabel(’Tempo (UT)’); ylabel(’tecmax (TECu)’);
set(gca,’box’,’on’,’xlim’,[0 24]);
hold on
% Gera a curva de ajuste
p = polyfit(table2(:,1),table2(:,3),10);
t2 = 0:0.1:24;
y2 = polyval(p,t2);
plot(t2,y2,’-r’,’LineWidth’,2);
xlim([0 24]);
ylim([0 50]);
legend(’Dados’,’Modelo polinomial’);
saveas(gcf, [’tecmax_’ sta ’_’ year ’(’ num2str(SDay,’%03i’)...
’-’ num2str(EDay,’%03i’) ’)br.png’], ’png’);
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
p = 0;
figure(’visible’,’off’)
plot(table2(:,1),table2(:,4));
Title([’hmF2\_’ sta])
grid on
xlabel(’Tempo (UT)’); ylabel(’hmF2 (km)’);
set(gca,’box’,’on’,’xlim’,[0 24]);
hold on
% Gera a curva de ajuste
p = polyfit(table2(:,1),table2(:,4),10);
112
t2 = 0:0.1:24;
y2 = polyval(p,t2);
plot(t2,y2,’-r’,’LineWidth’,2);
xlim([0 24]);
ylim([150 500]);
legend(’Dados’,’Modelo polinomial’);
saveas(gcf, [’hmF2_’ sta ’_’ year ’(’ num2str(SDay,’%03i’)...
’-’ num2str(EDay,’%03i’) ’)br.png’], ’png’);
end
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% % CL = input(’Close files? y/n:’,’s’);
% CL = ’y’;
% if CL == ’y’, close all, end
cd(’C:\MATLAB7\work\’);
total = toc;
total1 = cputime;
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% LOG %%%%%%%%%%%%%%%%%%%
fout1 = fopen(’Log_Plot_map_F3C_NmF2_TEC.log’,’a+’);
fprintf(fout1,’%04i %04i %03.0f %03.0f %02i %s %s %f %f’,...
[Syr Eyr SDay EDay dotw binh binlola total total1]);
fclose(fout1);
Programa Plot ionprf SAT DIG.m:
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% Le os dados do satelite no formato netCDF e plota
% o perfil da densidade eletronica junto com o perfil da
% Digissonda (dentro do arquivo *.TAB com todos os perfis
% processados pelos THTABLE.exe + STATION.LST sobre *.SAO).
% Usar as seguintes opcoes no THTABLE.exe: primeiro ’1’
% para extrair o perfil |height vs. frequency| e depois
% ’2’ para gerar o *.TAB
% ESCOLHA --> sta
% Claudia Vogel Ely 06/12/2009
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
clear all,close all,clc
113
tic
% Station... (’S~ao Luıs’, ’Cachoeira Paulista’ or ’Fortaleza’)
sta = input(’Station (SL, FZ or CP):’,’s’);
if sta == ’SL’
Dig = ’SAA0K’;
station = ’S~ao Luıs’;
cor1 = -2.5;
cor2 = -44.2;
step = 7.5; % Tempo necessario entre um ionograma e o proximo
end
if sta == ’FZ’
Dig = ’FZA0M’;
station = ’Fortaleza’;
cor1 = -3.8;
cor2 = -38;
step = 5;
end
if sta == ’CP’
Dig = ’CAJ2M’;
station = ’Cachoeira Paulista’;
cor1 = -22.7;
cor2 = -45;
step = 7.5;
end
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% DIRETORIO %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% PC
% path = [’D:\Geofısica Espacial\Dados_pesquisa\FORMOST-3’...
% ’ COSMIC\COSMIC Data\Para as Estac~oes de Digissonda\’...
% station ’\’ sta ’_Ocultac~oes 2006-2008_Dissertac~ao\’];
% path1 = [’D:\Geofısica Espacial\Dados_pesquisa\FORMOST-3’...
% ’ COSMIC\COSMIC Data\Para as Estac~oes de Digissonda\’...
% station ’\’ sta ’_Ocultac~oes 2006-2008_Dissertac~ao\’...
% sta ’ processados SAO\’];
% % Note
path = [’D:\FORMOST-3 COSMIC\COSMIC Data\Para as Estac~oes’...
’ de Digissonda\’ station ’\’ sta ’_Ocultac~oes 2006-’...
114
’2008_Dissertac~ao\’];
path1 = [’D:\FORMOST-3 COSMIC\COSMIC Data\Para as Estac~oes’...
’ de Digissonda\’ station ’\’ sta ’_Ocultac~oes 2006-’...
’2008_Dissertac~ao\’ sta ’ processados SAO\’];
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
filelist = dir([path ’ionPrf*_nc’]);
filelist1 = dir([path1 Dig ’*.TAB’]);
j = 1;
B = [];
for i = 1:length(filelist)
k = 0;
% inicio da variavel que identifica a linha com o pico de densidade
filename = filelist(i).name;
fileloc = [path filename];
%%% Le o arquivo netCDF %%%
nc = netcdf(fileloc,’nowrite’);
edlon = nc.edmaxlon(:);
edlat = nc.edmaxlat(:);
alt = nc’MSL_alt’(:);
Glon = nc’GEO_lon’(:);
Glat = nc’GEO_lat’(:);
den = nc’ELEC_dens’(:);
close(nc);
for l = 1:length(filelist1)
filename1 = filelist1(l).name;
fileloc1 = [path1 filename1];
%%% Le os perfis de Digissonda %%%
fid = fopen(fileloc1);
tline = fgets(fid);
% Ignora primeira linha com STATION NAME ...
% ex.: "STATION NAME : Cachoeira Paulista"
while 1
tline = fgets(fid);
% tline <- "******** NION,YEAR,DAY,HOUR,MINUTE...
% 1 6 161 10 30 5 ********"
if tline == -1 % teste fim do arquivo
115
break
end
DS = filename(18:20); DD = tline(46:48);
% dias SAT e DIG (Formato DDD, Char) resp.
HS = filename(22:23); HD = tline(51:52);
% horas SAT e DIG (Formato HH, Char) resp.
MS = filename(25:26); MD = tline(55:56);
% minuto SAT e DIG (Formato MM, Char) resp.
YS = tline(44); YD = filename(16);
nHD = str2num(HD); nMD = str2num(MD);
tline = fgets(fid);
while 1 % para pular dias sem perfil, apenas cabecalho
if tline(1:6) == ’******’
tline = fgets(fid);
else
break
end
end
A = textscan(fid, ’%f %f %f %*s %*f’);
% Se (YS = YD & DS = DD & HS = HD & |MS - MD| < 7.5 min)
if YD == YS & str2num(DS) == str2num(DD) & ...
str2num(HS) == nHD & abs(str2num(MS)- nMD) ...
<= step % & (edlon >= cor2 -10 & edlon <= ...
% cor2 +10) & (edlat >= cor1 -10 & edlat <= cor1 +10)
%B <- fN(MHz) h(km) N(1/cm**3)
B = [A1 A2 A3];
end
siz = size(B);
if siz(1) > 1
%%% Plota o perfil de densidade eletronica %%%
figure(j)
[peak,k] = max(den);
[peak1,m] = max(B(:,3));
plot(den,alt,’LineWidth’,2.5)
grid on
hold on
116
plot(B(:,3),B(:,2),’r’,’LineWidth’,2.5)
annotation(’textbox’, ’Position’,[0.5286 0.1857 ...
0.2393 0.0381],’FitHeightToText’,’on’,...
’LineStyle’,’none’,’FontSize’,8,’FontWeight’,...
’bold’,’String’,’Valores do maximo:’);
annotation(’textbox’,’Position’,[0.5286 0.15 ...
0.3768 0.03492],’FitHeightToText’,’on’,...
’LineStyle’,’none’,’FontSize’,8,’FontWeight’,...
’bold’,’Color’,[0 0 1],’String’,[’SAT ’...
’\rightarrow h = ’ num2str(alt(k)) ...
’ , den = ’ num2str(peak)]);
annotation(’textbox’,’Position’,[0.5268 0.1095 ...
0.3804 0.04048],’FitHeightToText’,’on’,...
’LineStyle’,’none’,’FontSize’,8,’FontWeight’,...
’bold’,’Color’,[1 0 0],’String’,[’DIG ’...
’\rightarrow h = ’ num2str(B(m,2)) ’ , den = ’...
num2str(peak1)]);
xlabel(’Densidade Eletronica (el/cm^3)’)
ylabel(’Altitude (km)’)
title([’Perfis para ’ sta ’ (’ filename(11:30) ’\_D’...
num2str(nHD,’%02i’) ’.’ num2str(nMD,’%02i’) ’)’])
h=axes(’position’,[0.68 0.7 0.2 0.2]);
box on
plot(Glon,Glat,’.b’,’markersize’,1)
hold on
plot(edlon,edlat,’*b’,’markersize’,10) % pico
xlabel(’Longitude (E)’,’fontsize’,8)
ylabel(’Latitude (N)’,’fontsize’,8)
set(h,’fontsize’,8)
grid on
hold on
plot(Glon(1),Glat(1),’ob’,’markersize’,10) %inicio
plot(cor2,cor1,’*r’,’markersize’,10) % Estac~ao
saveas(gcf, [’perfil_’ sta ’_’ filename(11:30)...
’_D’ num2str(nHD,’%02i’) ’.’ num2str(nMD,’%02i’)...
’br.png’], ’png’);
117
% saveas(gcf, [’perfil_’ sta ’_’ filename(11:30) ’_D’...
% num2str(nHD,’%02i’) ’.’ num2str(nMD,’%02i’) ’br.fig’],...
% ’fig’);
j = j+1;
B = [];
end
end
fclose(fid);
end
end
total = toc;
total1 = cputime;
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% LOG %%%%%%%%%%%%%%%%%%%
fout1 = fopen(’Log_Plot_ionprf_SAT_DIG.log’,’a+’);
fprintf(fout1,’%s %f %f’,[sta total total1]);
fclose(fout1);
Programa V erify pass.m:
% =====================================================
% Verifica quais das ocultac~oes ocorreram em cada estac~ao
% de Digissonda, copia os arquivos netcdf para um
% diretorio especıfico e armazena a lista para ser usada
% no programa de comparac~ao (SAT DIG). Analisa todos os
% dados disponıveis, ano a ano, dia a dia (previamente
% baixados)... ESCOLHA --> Syr, Eyr SDay, EDay, Dlat,
% Dlong, local, datadiru
% Claudia Vogel Ely 10/2009
% =======================================================
clear all,close all,clc
tic
Syr = input(’Start Year (YYYY):’);
Eyr = input(’End Year (YYYY):’);
% Syr = 2008; Eyr = 2008;
SDay = input(’Start Day (DDD):’);
EDay = input(’End Day (DDD):’);
118
% SDay = 111 ; EDay = 365;
% Dlat e Dlong especificam a variac~ao, em lat e long em torno da
% estac~ao respect., que e tolerada na selec~ao dos dados
Dlat = 2.5;
Dlong = 5;
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% local indicates the place to save the files
% local = ’C:\MATLAB7\work\’; % PC
% local = ’D:\’;
local = ’F:\’;
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
if ~exist([local ’SL_l’ num2str(Dlat) ’_lg’ num2str(Dlong) ’\’])
dos([’mkdir ’ local ’SL_l’ num2str(Dlat) ’_lg’ num2str(Dlong)]);
end
if ~exist([local ’FZ_l’ num2str(Dlat) ’_lg’ num2str(Dlong) ’\’])
dos([’mkdir ’ local ’FZ_l’ num2str(Dlat) ’_lg’ num2str(Dlong)]);
end
if ~exist([local ’CP_l’ num2str(Dlat) ’_lg’ num2str(Dlong) ’\’])
dos([’mkdir ’ local ’CP_l’ num2str(Dlat) ’_lg’ num2str(Dlong)]);
end
% coordenadas das estac~oes brasileiras de Digissonda. Coluna1 SL,
% Coluna2 FZ e Coluna3 CP
cor = [-2.5 -3.8 -22.7; -44.2 -38 -45];
%%%%%%%%%%%% DIRETORIO RAIZ (dos dados) %%%%%%%%%%%%%%%%
% PC
% datadiru = ’D:\Geofısica Espacial\Dados_pesquisa\’...
% ’FORMOST-3 COSMIC\COSMIC Data\ionPrf\’;
% NOTE
% datadiru=’D:\FORMOST-3 COSMIC\COSMIC Data\ionPrf\’;
% HD
datadiru = ’H:\ionPrf\’;
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
for yr = Syr:Eyr
for daynumber = SDay:EDay
clear Syr Eyr SDay EDay
datadir = [datadiru num2str(yr,’%04i’) ’.’ ...
119
num2str(daynumber,’%03i’) ’\’]
filelist = dir([datadir ’ionPrf*_nc’]);
for i = 1:length(filelist)
filename = filelist(i).name;
fileloc = [datadir filename];
%%% Le o arquivo netCDF %%%
nc = netcdf(fileloc,’nowrite’);
edlon = nc.edmaxlon(:);
edlat = nc.edmaxlat(:);
close(nc)
Ver = abs(edlon-cor(2,:)) <= Dlong & ...
abs(edlat-cor(1,:)) <= Dlat;
if Ver(1) == 1
sta = ’SL’;
elseif Ver(2) == 1
sta = ’FZ’;
elseif Ver(3) == 1
sta = ’CP’;
else
continue
end
if ~exist([local sta ’_l’ num2str(Dlat) ’_lg’...
num2str(Dlong) ’\’ filename])
dos([’COPY "’ fileloc ’" ’ local sta ’_l’...
num2str(Dlat) ’_lg’ num2str(Dlong) ’\’ ]);
end
clear Ver edlon edlat nc filename fileloc
end
end
end
clear sta filelist datadir datadiru cor i
% As linhas 85 a 161 podem ser comentadas para
% n~ao gerar a lista dos arquivos
for i = 1:3
if i == 1
sta = ’SL’;
120
% Dig = ’SAA0K’;
% station = ’S~ao Luıs’;
% cor1 = -2.5;
% cor2 = -44.2 ;
end
if i == 2
sta = ’FZ’;
% Dig = ’FZA0M’;
% station = ’Fortaleza’;
% cor1 = -3.8;
% cor2 = -38;
end
if i == 3
sta = ’CP’;
% Dig = ’CAJ2M’;
% station = ’Cachoeira Paulista’;
% cor1 = -22.7;
% cor2 = -45;
end
cd([local sta ’_l’ num2str(Dlat) ’_lg’ num2str(Dlong)]);
dos([’DIR ionPrf*_nc /b/o:n > ListRO_’ sta ’_l’ ...
num2str(Dlat) ’_lg’ num2str(Dlong) ’.txt’]);
List1 = [];
input = [’ListRO_’ sta ’_l’ num2str(Dlat) ’_lg’...
num2str(Dlong) ’.txt’];
fid1 = fopen(input,’r’);
% Abre a lista *.txt (gerada anteriormente) e que contem
% os nomes dos arquivos netCDF dentro do diretorio para
% cada estac~ao
[A,count] = fscanf(fid1, ’%s’, [43, inf]);
% Le a lista linha por linha (43 colunas cada) ate o final
B = A’;
fclose(fid1);
x = size(B);
% x --> le as dimens~oes da matrix ASCII
% na forma: x(1)=linha, x(2)=coluna
121
for i = 1:x(1);
v = B(i,(1:x(2)));
% List1 = [year day hour minute]
List1 = [List1; str2num(v(13:16)) str2num(v(18:20))...
str2num(v(22:23)) str2num(v(25:26))];
end
List1 = sortrows(List1,1);
List2 = [];
List3 = [];
List4 = [];
List5 = [];
for i = 1:x(1)
if List1(i,1) == 2006
List2 = [List2;List1(i,:)];List2 = sortrows(List2,2);
end
if List1(i,1) == 2007
List3 = [List3;List1(i,:)];List3 = sortrows(List3,2);
end
if List1(i,1) == 2008
List4 = [List4;List1(i,:)];List4 = sortrows(List4,2);
end
if List1(i,1) == 2009
List5 = [List5;List1(i,:)];List5 = sortrows(List5,2);
end
end
% List6 = [year day hour minute]
List6 = [List2; List3; List4; List5];
clear List1 List2 List3 List4 List5 v A B input fid1
output1 = [’List6RO_’ sta ’_l’ num2str(Dlat) ’_lg’...
num2str(Dlong) ’.txt’];
fid2 = fopen(output1,’w’);
for i = 1:x(1)
fprintf(fid2,’%4.0f %03.0f %02.0f %02.0f\n’,...
List6(i,1),List6(i,2),List6(i,3),List6(i,4));
end
fclose(fid2);
122
clear output1 fid2
end
cd(’C:\MATLAB7\work\’);
total = toc;
total1 = cputime;
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% LOG %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
fout1 = fopen(’Log_Verify.log’,’a+’);
fprintf(fout1,’%f %f %f %f/n’,[Dlong Dlat total total1]);
fclose(fout1);
123
PUBLICACOES TECNICO-CIENTIFICAS EDITADAS PELO INPE
Teses e Dissertacoes (TDI) Manuais Tecnicos (MAN)
Teses e Dissertacoes apresentadas nosCursos de Pos-Graduacao do INPE.
Sao publicacoes de carater tecnico queincluem normas, procedimentos, instru-coes e orientacoes.
Notas Tecnico-Cientıficas (NTC) Relatorios de Pesquisa (RPQ)
Incluem resultados preliminares depesquisa, descricao de equipamentos,descricao e ou documentacao de progra-mas de computador, descricao de sis-temas e experimentos, apresentacao detestes, dados, atlas, e documentacao deprojetos de engenharia.
Reportam resultados ou progressos depesquisas tanto de natureza tecnicaquanto cientıfica, cujo nıvel seja com-patıvel com o de uma publicacao emperiodico nacional ou internacional.
Propostas e Relatorios de Projetos(PRP)
Publicacoes Didaticas (PUD)
Sao propostas de projetos tecnico-cientıficos e relatorios de acompanha-mento de projetos, atividades e con-venios.
Incluem apostilas, notas de aula e ma-nuais didaticos.
Publicacoes Seriadas Programas de Computador (PDC)
Sao os seriados tecnico-cientıficos: bo-letins, periodicos, anuarios e anais deeventos (simposios e congressos). Cons-tam destas publicacoes o InternacionalStandard Serial Number (ISSN), que eum codigo unico e definitivo para iden-tificacao de tıtulos de seriados.
Sao a sequencia de instrucoes ou codi-gos, expressos em uma linguagem deprogramacao compilada ou interpre-tada, a ser executada por um computa-dor para alcancar um determinado obje-tivo. Aceitam-se tanto programas fontequanto os executaveis.
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