estudo comparativo entre aÇo e concreto protendido … · estudo comparativo entre aÇo e concreto...

24
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE AÇO E CONCRETO PROTENDIDO NO DIMENSIONAMENTO DA SUPERESTRUTURA DE UMA PONTE FERROVIÁRIA Glauco José de Oliveira Rodrigues, D.Sc. Coordenação de Pós Graduação e Pesquisa / Engenharia Civil UNISUAM Av. Paris 72, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Departamento de Engenharia Civil FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A. Rua Real Grandeza, 219, A502, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. [email protected] José António Otto Vicente SF Engenharia Av. Presidente Vargas 1733, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. [email protected] Resumo: Este Trabalho apresenta um estudo comparativo entre o dimensionamento da superestrutura de uma ponte ferroviária, cujo o vigamento foi projetado em concreto protendido, e a alternativa composta por duas vigas metálicas de alma cheia e seus devidos contraventamentos, mista com a laje em concreto armado. O projeto desta ponte ferroviária foi desenvolvido para a Companhia Vale do Rio Doce, e integra a Estrada de Ferro Vitória Minas, importante ferrovia de transporte de minério, que interliga os estado de Minas Gerais e Espírito Santo. No dimensionamento estrutural, foi utilizada a NBR 8800:2008, bem como todas as verificações nela prescritas, além de software computacional para análise estrutural. Além do dimensionamento estrutural das longarinas em perfil “I” soldado, apresenta-se, ao final, uma tabela comparativa de custos entre a opção adotada (com vigamento principal em concreto protendido), e a alternativa proposta, em vigamento misto aço x concreto. Palavras-Chave: Pontes, Dimensionamento Estrutural, Estruturas de Aço.

Upload: lytruc

Post on 04-Aug-2018

245 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE AÇO E CONCRETO

PROTENDIDO NO DIMENSIONAMENTO DA

SUPERESTRUTURA DE UMA PONTE FERROVIÁRIA

Glauco José de Oliveira Rodrigues, D.Sc.

Coordenação de Pós Graduação e Pesquisa / Engenharia Civil – UNISUAM

Av. Paris 72, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Departamento de Engenharia Civil – FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.

Rua Real Grandeza, 219, A502, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

[email protected]

José António Otto Vicente

SF Engenharia

Av. Presidente Vargas 1733, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

[email protected]

Resumo: Este Trabalho apresenta um estudo comparativo entre o dimensionamento da superestrutura de uma ponte ferroviária, cujo o vigamento foi projetado em concreto protendido, e a alternativa composta por duas vigas metálicas de alma cheia e seus devidos contraventamentos, mista com a laje em concreto armado. O projeto desta ponte ferroviária foi desenvolvido para a Companhia Vale do Rio Doce, e integra a Estrada de Ferro Vitória Minas, importante ferrovia de transporte de minério, que interliga os estado de Minas Gerais e Espírito Santo. No dimensionamento estrutural, foi utilizada a NBR 8800:2008, bem como todas as verificações nela prescritas, além de software computacional para análise estrutural. Além do dimensionamento estrutural das longarinas em perfil “I” soldado, apresenta-se, ao final, uma tabela comparativa de custos entre a opção adotada (com vigamento principal em concreto protendido), e a alternativa proposta, em vigamento misto aço x concreto. Palavras-Chave: Pontes, Dimensionamento Estrutural, Estruturas de Aço.

1 – INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por objetivo principal, estabelecer uma comparação entre duas possibilidades para solução estrutural para elaboração do projeto de OAE de grande relevância, pois a mesma integra a Estrada de Ferro Vitória/Minas, importante ferrovia de transporte de minério que liga o estado de Minas Gerais ao do Espírito Santo.

Conforme o projeto executivo original, a superestrutura da OAE em questão, foi projetada em concreto protendido. Entretanto, devido ao custo final apresentado, foi sugerida uma avaliação da solução em aço estrutural, objetivando-se estabelecer comparação de custos para empreendimentos futuros. O conteúdo deste trabalho consiste na apresentação detalhada do dimensionamento das vigas metálicas de alma cheia, conforme as prescrições da NBR 8800:2008, e a comparação quantitativa desta solução com a em concreto protendido, conforme projetado.

Para determinação dos esforços na estrutura utilizou-se o software FTOOL.

2 – AÇOS UTILIZADOS NAS PONTES FERROVIÁRIAS BRASILEIRAS

As pontes ferroviárias brasileiras são, em sua grande maioria, construídas com aço carbono do tipo A24 ou ST37, similares ao ASTM A36, os chamados aços de média resistência, tendo tensão de escoamento da ordem de 240 MPa, sendo um pequeno número construídas em aço de alta resistência, como o SAC-50. Além disso, foi amplamente usado, em forma de chapas, o material conhecido como “ferro pacote”, que trata-se de uma liga formada a partir da mistura a quente de vários tipos diferentes de aços.

3 – PONTES FERROVIÁRIAS EM ESTRADO

O estrado da ponte é composto pelo vigamento secundário, longarinas e transversinas, e é responsável por receber diretamente os esforços oriundos da superestrutura da via permanente, ou seja, trilhos, dormentes e lastro. O estrado pode ser de dois tipos: estrado aberto, sem lastro e estrado fechado, com ou sem lastro. No estrado aberto, os dormentes apoiam-se diretamente sobre o vigamento. No fechado, existe uma laje de concreto ou uma chapa de aço, sobre a qual é colocado o lastro de pedra ou os dormentes diretamente. A solução em estrado aberto é mais leve e econômica, sendo usada correntemente, enquanto que o fechado, com lastro de pedra, torna a ponte equivalente ao terrapleno, assegurando a uniformidade da via, com vantagens para sua manutenção.

Conforme sua posição relativa às vigas principais, o estrado ainda pode ser classificado em superior, médio ou inferior, conforme mostra a Figura 1. O estrado superior fica colocado sobre as vigas principais (figura 1a), enquanto o estrado médio ou inferior fica situado entre as mesmas. Neste último caso, a altura acima da linha pode ser livre ou limitada por contraventamento horizontal superior. A solução em estrado superior é geralmente mais econômica, pois as

cargas originadas pelo trem transferem-se diretamente às vigas principais. Entretanto, a solução com estrado médio ou inferior, permite ocupar menor espaço abaixo da via, uma vez que a altura da viga se desenvolve nos lados da linha.

Figura 1 – Classificação do estrado quanto à posição relativa às vigas

principais.

(a) estrado superior; (b) estrado médio; (c) estrado inferior

1 – trilho; 2 – dormente; 3 – longarina; 4 – transversinas; 5 –vigas principais; H – altura da

construção

4 – TABULEIROS FERROVIÁRIOS MISTOS

Os tabuleiros das pontes podem ser construídos em concreto protendido, totalmente em aço ou mistos aço-concreto. A avaliação técnico-econômica depende de vários fatores, os vãos, o processo construtivo, as condições geotécnicas, os aspetos econômicos (custos de construção e manutenção), o prazo de construção, a estética e integração paisagística.

As pontes com tabuleiros mistos aço-concreto procuram uma solução em que se aperfeiçoam as melhores características de cada um dos materiais, onde o concreto é um material com grande resistência à compressão e o aço à tração. A conjugação dos dois materiais conduz a uma solução com uma boa combinação de resistência, ductilidade e durabilidade.

A experiência tem demonstrado que as pontes com tabuleiros mistos aço-concreto, em comparação com soluções de concreto protendido apresentam alguns benefícios. As vantagens das soluções mistas aço-concreto são:

Redução das cargas permanentes, ou seja, menor peso próprio do tabuleiro que traduz menores esforços;

Redução no custo de pilares, de fundações e de aparelhos de apoio;

Redução das ações sísmicas;

Métodos construtivos simples, devido ao peso próprio do tabuleiro reduzido e ainda pela possibilidade da estrutura metálica ser utilizada como suporte para a forma da laje de concreto, o que permite reduzir muito, ou mesmo eliminar, a interferência da área sob o tabuleiro durante a construção.

Concepção de tabuleiros largos e de pontes inseridas em curvas;

Redução do prazo de execução, o que pode ser um critério determinante na escolha de uma dada solução.

Contudo, as soluções de tabuleiros mistos aço-concreto apresentam também algumas desvantagens relevantes que devem ser levadas em consideração na decisão de escolha da solução, que são:

Maior custo inicial devido ao custo do aço estrutural e à necessidade de mão-de-obra mais qualificada para a sua montagem;

Custos de manutenção mais elevados para garantir o bom funcionamento da proteção do aço exposto;

Exigência duma maior tecnologia construtiva.

5 – TABULEIROS FERROVIÁRIOS EM VIGA MISTA

Conforme mostrado na figura 2, a solução estrutural de um tabuleiro em viga mista consiste em:

Laje de concreto, eventualmente protendida transversalmente;

Duas vigas de alma cheia, cuja ligação à laje de concreto é feita através de conectores, reforçadas transversalmente e longitudinalmente;

Sistema de contraventamento vertical entre vigas;

Sistema de contraventamento horizontal ao nível do banzo inferior.

Figura 2 – Componentes de um tabuleiro misto

7 – DESCRIÇÃO GERAL DO PROJETO

Viaduto Ferroviário composto de vão isostático de 20,0m em estrutura mista aço - concreto.

Largura: Tabuleiro com largura total de 6,00 metros sendo dois passeios de 0,65m e uma caixa de brita de 4,70m.

Trem-Tipo de Cálculo: Tipo de Trem TB–360. Infraestrutura: Fundação indireta, através de estacas escavadas com

diâmetro de 1100 mm. Meso-estrutura: Encontros E1 e E2 para os apoios extremos, constituído

por paredes em concreto armado. Na transmissão dos esforços verticais, horizontais, transversais e longitudinais, estão previstos aparelhos de apoio de elastômero fretado, com transferência para os mesmos dos esforços horizontais e longitudinais gerais da obra.

Superestrutura: Sistema em viga de aço trabalhando em conjunto com laje de placas pré-moldadas em concreto armado.

8 – DADOS DE PROJETO

Em perfil – Em rampa com inclinação de 1,175 %.

Em planta – Trecho tangente.

Concreto fck = 30MPa

Aço: Para concreto armado: CA-50; Para aço estrutural: ASTM A588.

Pesos Específicos

Concreto Estrutural: 25,0KN/m³

Lastro (Pedra Britada): 18,0KN/m³

Impermeabilização: 22,0KN/m³

Aço Estrutural: 78,5KN/m³

Coeficientes de Segurança

Majoração: Para Esforços de Carga Permanente = 1,35;

Para Esforços de Carga Móvel = 1,50

.

Minoração:Resistência do Concreto = 1,40; Resistência do Aço = 1,15

9 – VIGAS PRINCIPAIS

Caraterísticas geométricas do perfil – VS 1800X511

Caraterísticas geométricas da seção mista

Cálculo e dimensionamento na direção longitudinal

Determinação da largura efetiva

NBR 8800/2008 – Anexo O – Item – O.2.2.1

1

2

3

1900237,5

8

280140

2

160

c

c

c

b cm

b cm

b cm

1

2

3

2

2

2 2 140 280

c

c

c

c

b

b xmenor b

b

b b x cm

Razão modular

NBR-8800/2008 – Anexo O – Item O.1.2.1

0,85 5600

0,85 5600 30

2071,6

cs

cs

cs

E x fck

E x

E MPa

200.000

7,6726071,6

a

c

Ee

E

e

d = 1800mm A = 651 cm2

bf = 500mm Ix = 3597089 cm4

tf = 37,5mm Wx = 39968 cm3

tw = 16mm rx = 74,3 cm

h = 1725mm Zx = 44949 cm3

C.G. = 900mm Peso = 511 Kg/m

Determinação da linha neutra:

1

1

2

280 2525 180 651 90

7,67 2149,83

28025 651

7,67

150

m

m

m

b tcxtcx d AxCG

ey

bxtc A

e

x x x

y cm

x

Adotado y cm

Linha neutra considerando a fluência do concreto

2

2

2

280 2525 180 651 90

23 2122,6

28025 651

23

123

ml

ml

m

b tcxtcx d AxCG

ey

bxtc A

e

x x x

y cm

x

Adotado y cm

Determinação do momento de inércia da seção mista

32

2 1m

1

32

2

m

4

m

I12 2

28025

280 257,67I 3597089 651 150 90 25 180 150

12 7,67 2

I 7.636.690,74

x m m

tcxtc

e b bI Ax y CG xtcx d y

e

x

x x x

cm

Momento de inércia considerando a fluência do concreto

32

2

m

32

2

m

4

2I12 2 2

28025

280 2523I 3597089 651 123 90 25 180 12312 23 2

I 5.791.955,54

L x m m

L

mL

tcxtc

b beI Ax y CG xtcx d ye

x

x x x

cm

Determinação do Módulo resistente elástico

Módulo resistente elástico superior

3

7636690,74

180 150

254.556,36

MSM

m

SM

SM

IW

d y

W

W cm

Módulo resistente elástico inferior

3

7636690,74

150

50.911,27

MIM

m

IM

IM

IW

y

W

W cm

Módulo resistente elástico para seção mista acrescida da razão modular

1

3

7636690,74 7,67

180 25 150

1.064.971,24

MM

m

M

M

I eW

d tc y

xW

W cm

Módulo resistente elástico superior considerando a fluência do concreto

3

5.791.955,54

180 123

101.613,26

MLSML

ml

SML

SML

IW

d y

W

W cm

Módulo resistente elástico inferior considerando a fluência do concreto

3

5.791.955,54

123

47.089,07

MLIML

ml

IML

IML

IW

y

W

W cm

Módulo resistente elástico para seção mista acrescida da razão modular

2

3

5791955,54 23

180 25 123

1.624.572,90

MSML

m

IML

ML

I eW

d tc y

xW

W cm

Flambagem Local da Mesa – FLM

NBR 8800/2008 – Anexo G – Tabela G.1

3

506,67

2 2 3,75

200 100,38 0,38 3,18

345p

bf

tf x

E x

fy

NBR 8800/2008 – Anexo F – alínea “c”

4 40,385

/ 1725 /16c

w

kh t

NBR 8800/2008 – Anexo G – nota 5

0,3

0,3 345

103,5

r

r

r

fy

x

MPa

Conforme Anexo G – nota 6 da NBR 8800/2008

3200 100,95 0,95

345 103,5

0,385

16,96

r

r

c

r

E x

fy

k

Momento Fletor Resistente de Cálculo

NBR 8800/2008 - Anexo G – Item G.2.2

Momento de plastificação:

44949 34,5

1.550.740,50

pl x

pl

pl

M Z fy

M x

M KNcm

Momento de início de escoamento:

34,5 103,5 39968

965.227,20

r r x

r

r

M fy W

M x x

M KNcm

Momento Fletor Resistente – Mrd1

NBR 8800/2008 - Anexo G – Item G.2.2. – alínea “b”

1

1

1

1

1

1 6,67 3,181.550.740,50 1.550.740,50 965.227,20

1,1 16,96 3,18

1.274.954,66 12.749,55

p

rd pl pl r

a r p

rd

rd

M M M M

M

M KNcm KNm

Flambagem Local da Alma – FLA

NBR 8800/2008 – Anexo G – Tabela G.1

3

3

1725107,81

16

200 103,76 3,76 90,53

345

200 105,70 5,70 137,24

345

w

p

r

h

t

E x

fy

E x

fy

Momento de início de escoamento:

34,5 39968

1.378.896,0

r x

r

r

M fyW

M x

M KNcm

Momento Resistente – Mrd2

NBR 880/2008 - Anexo G – Item G.2.2. – alínea “b”

2

1

2

2

1

1 107,81 90,531.550.740,50 1.550.740,50 1.378.896,0

1,1 137,24 90,53

1.351.970,88 13.519,71

p

rd pl pl r

a r p

rd

rd

M M M M

M

M KNcm KNm

Momento Fletor Resistente Limite (Flecha) – Mrd3

3

1

3

3

1,5

34,51,5 39968

1,1

1.880.312,73 (18.803,13 )

rd

a

rd

rd

fyM Wfyd fyd

M x x

M KNcm KNm

Momento Fletor Resistente de Cálculo - Mrd

1

2

3

1 1.2749,55

rd

rd rd

rd

rd rd

M

M menor M

M

M M KNm

Momento Fletor Solicitante - Msd

2

2

8

1,35 24,15 19

8

1.471,20

(viga a solicitação da cura do concreto)

sd

sd

sd

sd rd

qlM

x xM

M KNm

M M atende antes

Verificação da Viga Mista

Conforme Anexo O – Item O.2.2.1

NBR 8800/2008 - Item – O.4.2.1.1 do anexo O, temos:

1

2

cs c

cs

rd

g p cs ucs

cs

A fckE

Q menorR R A f

Propriedades do Conector tipo pino com cabeça

NBR 8800/2008 – Anexo A – Item A.5.2.

Aço estrutural = ASTM A108 – Grau 1020

Fy= 345Mpa

Fu=415Mpa

NBR 6118/2003 – Item 8.2.8

0,85

0,85 5600

0,85 5600 30

26.071,60

cs ci

cs

cs

cs

E E

E x fck

E x

E MPa

Determinação da força resistente de um conector ao cisalhamento:

2

1

1

2,23 2067,2

1 1 4

2 2 1,25

134,48 /

cs c

rd

cs

rd

xxA fckE

Q

Q KN conector

2

2

2

2 1

2

2,21 1 41,5

4

1,25

126,20 /

126,20 /

g p cs ucs

rd

cs

rd

rd rd

rd rd

xx x xR R A f

Q

Q KN conector

Q Q

Q Q KN conector

Força resistente a compressão da laje de concreto

0,85

3,00,85 280 25

1,4

12750

cd c

cd

cd

R fcdbt

R x x x

R KN

Força resistente a tração do perfil

34,5

6511,1

20417,73

td a

td

td

R A fyd

R x

R KN

Força horizontal resistente de cálculo:

12750

cd

hrd

td

cd td hrd

RF menor

R

R R F KN

Número de conetores entre a seção de maior momento positivo e a

seção adjacente de momento nulo:

12750101 conectores (adotado 102 con

linh

ectores)126

as de 3 conectores a ca

,

da 25

2

cm

hrd

rd

Ad

Fn

Q

otado

12872,4 ( )

102 126,2

rd hrd

rd rd

rd

Q K

Q nQ

Q

N F atende

x

Momento Fletor resistente de Cálculo da Seção Mista

Linha neutra plástica na alma do perfil

( ) 0,85

34,5( ) (651 187,5) 14.537,05

1,1

34,5 3,00,85 187,5 0,85 280 25 18.630,68

1

( ) 0,85 ( atende)

,1 1,4

f f c

f f c

f

f c

A A fyd A fyd fcdbt

A A fyd x KN

A fyd fcdbt x

A A fyd A fyd fcdbt não

x x x KN

Com o resultado acima teremos a linha neutra plástica na mesa superior do

perfil.

1

2

1 34,5651 12750

2 1,1

3.833,86

ad a cd cd hrd

ad

ad

C A fyd R R F

C x x

C KN

3.833,863,75 2,45

34,5187,5

1,1

adp f

f

p

Cy t

A fyd

y x cm

x

1,23

2

p

c

yy cm

12.750 3.833,8687,55

34,5528,5

1,1

87,6

adt ad cd td

t

t

t

Ty y T R R

A fyd

y x

x

y cm

2

251 3.833,86 180 87,6 1,23 12750 0 180 87,6

2

1.687.008,0 16.870,00

crd vm ad t c cd f t

rd

rd

tM C d y y C h d y

M x x x

M KNcm KNm

Diagramas dos esforços solicitantes

Cargas Permanentes – CP

Reação na viga devido às cargas permanentes - item 5.1.3 - Rviga = 51,1KN/m

Peso próprio da viga metálica – ppviga = 5,11KN/m

51,1 5,11 56,21

cp viga viga

cp

q R pp

KNq

m

DMF – Momento Fletor – Mcp

Carga Móvel – CM

DMF - Momento Fletor – Mcm

1,35 1,50

1,35 2536,5 1,

(

50 4967,5

10.875,53

)

sd cp cm

sd

sd

rd sd

M M M

M x x

M M atende

M KNm

Verificação das Tensões atuantes:

Tensão de tração na mesa inferior

2 2

34,521,3

1.087.553,0

50.911

6 31,36 ( )1,1

,27td

IM

td

KN KNfyd atende

cm

Msd

cm

W

Tração de compressão na laje de concreto

2 2

1.087.553,

3,

0

7,67 254.55

00,56 2,

6,36

14 ( )1,4

td

cd

SM

Msd

eW

KN KNfcd

x

atendecm cm

10 – CONCLUSÃO

Conforme mostram as tabelas a seguir, pode-se notar que, tradauzidos em

volumes e, considerando-se os custos unitários dos materiais empregados, a solução

em vigamento misto (aço x concreto), é menos custosa que a alternativa por

vigamento em concreto protendido. Além, é claro, de um grande alívio no peso total da

estrutura, que acarretará meso e infra estruturas menos carregadas e,

consequentemente, igualmente menos custosas.

Vale ressaltar que, esta conclusão, refere-se exclusivamente ao caso particular

analisado no prestente trabalho que não possui qualquer pretensão de afirmar ser

possível a extrapolação da mesma, devendo cada caso ser analisado individualmente.

Quantitativos – Estrutura em Concreto Protendido

Volume do tabuleiro

Superestrutura Altura (m) Largura (m) Comp. (m) Área (m²) Quant.

Volume

(m³)

Laje 0,25 6 19,8 1,5 1 29,70

Caixa de passagem - - 19,8 0,115 2 4,55

Pingadeira 0,050 0,4 19,8 0,02 2 0,79

TOTAL - 35,05

Volume das longarinas

Largura (m) Altura (m) Comp. (m) Área (m²) Quant.

Volume

(m³)

V1 = V2 0,80 1,68 19,80 1,34 2 53,22

Volume das

transversinas

Largura

(m) Altura (m) Comp. (m) Área (m²) Quant.

Volume

(m³)

Transv. dos apoios 0,30 1,35 2,00 0,41 2 1,62

Transv. meio do vão 0,30 1,48 2,00 0,44 1 0,89

Quantidade de aço CA-50

Armadura

Vigas e transversinas 228,0 Kg

Tabuleiro 5.254,0 Kg

TOTAL 5.482,0 Kg

Peso total da Estrutura

Material Peso (Kg)

Concreto 217.872,0

Aço Estrutural 5.482,0

Aço CP-190RB 2.356,0

Total 226.070,0

Quantitativos – Estrutura Mista aço – concreto

Volume do tabuleiro

Superestrutura Altura (m) Largura (m) Comp. (m) Área (m²) Quant.

Volume

(m³)

Laje 0,25 6 19,8 1,5 1 29,70

Caixa de passagem - - 19,8 0,115 2 4,55

Pingadeira 0,050 0,4 19,8 0,02 2 0,79

TOTAL - 35,05

Quantidade de aço das longarinas

VS-1800x511 Altura (m) Comp. (m) Quant. Peso (Kg)

V1 = V2 1,80 19,80 2 20.236,0

L-4"x4"x5/16"

Comp. (m)

Quant.

Peso Kg

D1 = D2

2,95

8

288

M1

2,68

16

523

TOTAL

811

Peso total da Estrutura

Material

Peso (Kg)

Concreto

87.625,0

Aço Estrutural

21.047,0

Total

108.672,0

Quantidade de aço dos diafragmas

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2003). NBR 7189 - Cargas

móveis para projeto estrutural de obras ferroviárias: Rio de Janeiro.

MARTHA, L. F. ( 2008). FTOOL – Two Dimensional Frame Analysis Tool.

www.tecgraf.puc-rio.br/ftool.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2008). NBR 8800 - Projeto e

execução de estruturas de aço de edifícios: método dos estados limites. Rio de

Janeiro.

MASON, J.; GHAVAMI, K. (1994). Development in brazilian steel bridge

construction. Journal of Steel Constructional Research, v. 28, p. 81-100.

MASON, J. (1976). Pontes metálicas e mistas em viga reta: projeto e calculo. Rio

de Janeiro, McGraw-Hill.

RFFSA (1979). IVO-04: Manual de Inspeção de Pontes e Viadutos Ferroviários. Normas e Instruções Gerais de Via Permanente, vol. 1. Rio de Janeiro.

PINHO, F.O. (1998). Projeto de pontes metálicas. Volta Redonda, RJ, Curso de capacitação - Escola de Engenharia e Informática de Volta Redonda.

CBCA, Centro Brasileiro da Construção em Aço (2005). Rio de Janeiro. Aços estruturais. Disponível em: <http://www.cbca-ibs.org.br/aços_estruturais.asp>. 2005. Acesso em 17 nov.

KLINSKY, G.E.R. G. Uma contribuição ao estudo das pontes em vigas mistas.

1999. 184p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Estruturas) - Universidade de

São Paulo, São Carlos, 1999.

ANEXOS