estudando com andre luiz - os mensageiros capitulo 01 renovação

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OS MENSAGEIROS CAPITULO 1 RENOVAÇÃO

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OS MENSAGEIROS CAPITULO 1 RENOVAÇÃO

Cap.1 –

Renovação

"Desligando-me dos laços inferiores que me prendiam às atividades terrestres, elevado

entendimento felicitou-me o espírito. Semelhante libertação, contudo, não se fizera espontânea. Sabia, no fundo, quanto me custara abandonar a paisagem doméstica, suportar a incompreensão da esposa e a divergência dos filhos amados. Guardava a certeza de que amigos espirituais, abnegados e poderosos,

me haviam a auxiliado a alma pobre e imperfeita, na grande transição.

Dantes vivia à feição do caramujo segregado na concha, impermeável aos grandiosos espetáculos da natureza, rastejando no lodo...

Foi assim que, eminentemente surpreendido,

observei minha própria transformação, no curso

dos acontecimentos."

Somente agora, percebia quão distanciado vivera das leis sublimes que regem a evolução das criaturas. Até então, vivera em “Nosso Lar” como hóspede enfermo de um palácio brilhante, tão extremamente preocupado comigo mesmo, que me tornara incapaz de anotar deslumbramentos e maravilhas.

Convencia- me que a dor agira em minha construção mental, a maneira do aluvião (inundação, cheia, enchente, enxurrada) pesado, cujos golpes eu não entendera de Pronto...

O alvião (picareta,enxada) quebrara a concha de antigas viciações do sentimento...

Libertara- me. Expusera- me o organismo espiritual ao sol da bondade infinita...

Comecei a ver mais alto,

alçando longa

distância.

Passou a ver...

adversários Benfeitores

lar oficina

Ex-esposa e atual

marido

irmãos

filhos companheiros

Substituiu...

A curiosidade

Conversa elevada

Desejo de servir

Renovação

O outro lado do amor...

Compelido a destruir meus castelos de exclusivismo injusto,

senti que outro amor se instalava em minh’alma.

Órfão de afetos terrenos e conformado com os desígnios superiores que me haviam traçado diverso rumo ao destino, comecei a ouvir o apelo profundo e divino, da consciência universal.

O outro lado do amor...

...perdera totalmente a paixão pelos assuntos de ordem menos digna. As descrições dos enfermos, figuravam-se-me desprovidas de maior interesse. Não mais desejava informar-me da procedência dos infelizes, não indagava de suas aventuras nas zonas mais baixas. Buscava irmãos necessitados. Desejava saber em que lhes poderia ser útil. Identificando essa profunda transformação, falou-me Narcisa certo dia:

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Sei que você experimenta intraduzível alegria ao contato da harmonia universal, após o abandono de suas criações caprichosas, mas reconheço que, ao lado das rosas do júbilo, defrontando os novos caminhos que se descerram para sua esperança, há espinhos de tédio nas margens das velhas estradas inferiores que você vai deixando para trás. Seu coração é uma taça iluminada aos raios do alvorecer divino, mas vazia dos sentimentos do mundo, que a encheram por séculos consecutivos.

Não poderia, eu mesmo, formular tão exata definição do meu estado espiritual.

Narcisa lhe disse que nessa fase de

renovação mental extremas dificuldades

espirituais nos assaltam o coração. Ela lhe

sugere a meditação no Evangelho de Jesus e o

empenho cada vez maior no serviço em prol

dos semelhantes.

“Todos nós somos portadores da planta do

Cristo, na terra do coração. (...) Quando

crescemos para o Senhor, seus ensinos

crescem igualmente aos nossos olhos. Vamos

fazer o bem, meu caro! Encha seu cálice com

o bálsamo do amor divino.” (Narcisa)

“... Quando o homem desperta para os sentimentos superiores, verifica que as lições do Mestre têm vida própria e revelam expressões desconhecidas da sua

inteligência, à medida que se esforça na edificação de si mesmo, como instrumento do Pai.”

– Encha sua taça nas águas eternas daquele que é o Doador Divino. Em períodos como o que você atravessa, há mais facilidade para nos desenvolvermos com êxito, se soubermos aproveitar as oportunidades e o Evangelho de Jesus não lhe parece mais que repositório de ensinamentos comuns...

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Narcisa tinha razão. Suprema alegria inundava-me o espírito, ao lado de incomensurável sensação de tédio, quanto às situações da natureza inferior. Sentia-me liberto de pesados grilhões, porém, não mais possuía o lar, a esposa, os filhos amados. Regressava frequentemente ao círculo doméstico e aí trabalhava pelo bem de todos, mas sem qualquer estímulo. Minha devotada amiga acertara. Meu coração era bem um cálice luminoso, porém, vazio. A definição comovera-me.

Coração vazio de emoções humanas

Lembrando-se das

palavras de Narcisa...

“Você poderá aproveitar

os novos cursos de

serviço...Muitos

companheiros habilitam-

se a prestar concurso na

terra”...

Renovando os

propósitos

Introdução Pensando desta forma, feliz e renovada, André é levado por

Tobias, seu companheiro de trabalho nas Câmeras de

Retificação, até Aniceto, nobre Instrutor no Ministério da

Comunicação.

Aprovado para ingressar no quadro de aprendizes, André Luiz

tem a oportunidade de conhecer o fascinante serviço de

formação de médiuns para fins de tarefas específicas na

Crosta.

Suprema alegria inundava-me o espírito, ao lado de incomensurável sensação de tédio, quanto às situações da natureza inferior. Regressava frequentemente ao círculo doméstico e aí trabalhava pelo bem de todos, mas sem qualquer estímulo. Meu coração era bem um cálice luminoso, porém, vazio.

Conceito de tédio : O tédio é um sentimento humano, um estado de falta de estímulo e sensação de enfado, de aborrecimento ou cansaço, causada por algo árido, estupido, por sensação de desgosto, ou vazio sem causas objetivas claras; é um enfado, fastio, melancolia, tristeza, um vazio existencial ...

O que fazer nestas horas tão difíceis e críticas? Insistiremos com a rotina? Chutamos o balde e abandonamos tudo? Procuraremos a ajuda de algum irmão com maior maturidade espiritual?

a apatia é umas das piores coisas na vida

“Sabeis por que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos vossos corações e vos leva a considerar amarga a vida?

Evangelho Segundo Espiritismo - Melancolia

A melancolia segundo os Espíritos Impressiona, a atualidade das obras fundamentais do Espiritismo. Revela conceitos de uma profundidade filosófica e psicológica que vão ao encontro dos conflitos existenciais de nossos dias.

Um exemplo está na mensagem “A melancolia”, O Evangelho segundo o Espiritismo; onde essa página psicológica o Espírito François de Genéve, se dedica a caracterizar a melancolia delineando as marcas que deixa na alma, sua causa espiritual e apresenta também estratégias de superação desse sentimento, concitando o seu portador ao uso enérgico da vontade para escapar do estado de prostração que a melancolia deixa naquele que a cultiva. ... caracteriza a melancolia como um sentimento de tristeza que levando o indivíduo a identificar a vida com amargor. Em se demorando nessa postura sombria, pode-se cair na apatia, lassidão e profundo abatimento sob o domínio da alma triste. Nessa condição, julgamo-nos por demais infelizes.

Desse modo, diante da “opressão” dos desafios da vida corpórea nos sentimos abafados em nossas possibilidades e a realidade extrafísica pode parecer mais atrativa por força do que a respeito dela trazemos nos arcanos do inconsciente.

Contudo, o Espírito não deixa de considerar que a aspiração por liberdade é comum no Espírito reencarnado. As condições existenciais concretas em que vivemos nos fazem desejar, inconscientemente, o gozo da liberdade espiritual, na ânsia de afastarmo-nos dos problemas que enfrentamos, nada obstante, o fato de que estes não passem de provas e expiações no roteiro do nosso progresso espiritual,

Mas.... a morte não elimina as dores da alma. Allan Kardec, pioneiro dos estudos psicológicos a luz da Ciência Espírita pôde registrou na obra O Céu e o Inferno em que cada qual vive.

O homem é assim o árbitro constante de sua própria sorte. Ele pode aliviar o seu suplício ou prolongá-lo indefinidamente. Sua felicidade ou sua desgraça dependem da sua vontade de fazer o bem. Allan Kardec.

Pensando desta forma, feliz e renovada, André é levado por Tobias, seu companheiro de trabalho nas Câmeras de Retificação, até Aniceto, para novas tarefas que viriam....

Deve ficar evidente que precisamos verificar o nível de tristeza que nos invade, se está relacionada com o constrangimento que o corpo estabelece ao Espírito ou se estamos experimentando um sentimento oriundo de dores morais edificadas por nós, cabendo-nos o trabalho pessoal de superação dessa mazela.

A atitude de André no momento decisivo de sua vida, quando viu-se esquecido pela família que amava, foi de compreensão e auxilio. Reflita: Como seria seu destino se não se conformasse com a situação e se revoltasse?

Renovação

Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo! (II Coríntios 5:17)

André Luiz alcançou a renovação mental pelas atitudes no Bem e no Amor que adotou em seu antigo lar. A sua renovação propiciou ser um cidadão de Nosso Lar, abrindo novos caminhos junto aos Mensageiros. Renovação é crescimento, libertação e perdão. Renovar-se não é lutar contra si, mas conquistar novos valores, crenças e pensamentos que o levam a ser melhor.

Renovação

Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo! (II Coríntios 5:17)

Quem se renova alcança a maior das conquistas: o prazer de viver. Pense em Jesus, em Deus que concede a cada amanhecer novas oportunidades de vida e crescimento, agradeça por um novo dia; podendo hoje ser nova criatura. Que Jesus ilumine os nossos pensamentos e abençoa os nossos caminhos no Bem; vivamos o de dia de hoje com esperança e alegria, olhando as pessoas com amor, compreensão e bondade.

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Têm-se procurado processos para a formação de médiuns, como se têm buscado diagnóstico para a mediunidade. É importante, porém, que procuremos a orientação nitidamente espírita, esclarecedora e segura, a fim de que o desenvolvimento da mediunidade se efetue normal e equilibradamente e, ainda, de que o médium se desenvolva com conhecimento de causa, para evitar os percalços e os desenganos.

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A pessoa que se apresenta candidata a médium deve, antes de tudo, verificar se possui a faculdade, através de indicações que poderão ser caracterizados como sintomas de mediunidade, é importante saber que estes sinais não são uniformes, mas se apresentam de múltiplas maneiras e, apenas por eles não se pode diagnosticar a existência da faculdade, com certeza absoluta.

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Não se pode, só pelos sinais, afirmar “a priori” que alguém possui este ou aquele tipo de faculdade. Só a experimentação perseverante, sensata e desprovida de condicionamentos, poderá confirmar ou não o desabrochamento de uma faculdade.

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Muito importante é que, no caso de suspeita de mediunidade, o candidato a médium recorra a meios seguros, em locais que lhe inspirem segurança e certeza da real prática mediúnica espírita, pois uma faculdade em vias de desenvolvimento requer boa orientação. Quando mal orientada, torna-se canal de perturbação.

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“O desejo, natural de todo aspirante a médium é o de poder confabular com o Espírito das pessoas que lhe são caras; deve, porém, moderar a sua impaciência, porquanto a comunicação com determinado Espírito apresenta muitas vezes dificuldades

materiais que a tornam impossível ao principiante.

“Trata-se de obstáculos resultantes da própria organização mediúnica em desdobramento e das condições espirituais da entidade. Daí o não aconselhamento da evocação ostensiva de certos Espíritos, deixando aos Orientadores Espirituais o auxílio ao desenvolvimento da faculdade do médium.

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Lembramos que a manifestação dos Espíritos atende a condições gerais e específicas. Assim, para que um Espírito possa comunicar-se é preciso que haja entre ele e o médium relações fluídicas, que nem sempre se estabelecem instantaneamente.

Só à medida que a faculdade se desenvolve é que o médium adquire, pouco a pouco, a aptidão necessária para pôr-se em comunicação com o Espírito que se apresente.

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Pode dar-se, pois, que aquele com quem o médium deseja comunicar-se não esteja em condições propícias a fazê-lo, embora se ache presente, como também pode acontecer que não tenha possibilidade nem permissão para acudir ao chamado que lhe é dirigido.

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Como pré-requisito essencial, para o desenvolvimento, diz-nos Kardec: “no médium aprendiz, a fé não é condição rigorosa. Sem dúvida” — prossegue — “secunda-Ihe os esforços, mas não é indispensável; a pureza de intenção, o desejo e a boa vontade bastam.

Têm-se visto pessoas inteiramente incrédulas ficarem espantadas de escrever a seu mau grado, enquanto que crentes sinceros não o conseguem, o que prova que esta faculdade se prende a uma disposição orgânica”.

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Por outro lado, o desenvolvimento mediúnico dentro de um grupo organizado para tal fim apresenta uma série de condições favoráveis.

“Os que se reúnem com um intento comum formam em todo o coletivo, cuja forca e sensibilidade se encontram acrescidas por uma espécie de influência magnética”, que satura o ambiente de fluidos propícios e, “entre os Espíritos atraídos por esse recurso de vontades, estarão, provavelmente, alguns que descobrirão nos assinantes o instrumento que lhes convenha.

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“Evitemos as sessões espíritas nos lares. A organização espiritual não se improvisa”. O ambiente do Centro Espírita está em permanente ação e é formado como posto de socorro diverso, sob a orientação e desempenho dos bons Espíritos.

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Para que o futuro médium se desenvolva consciente e adequadamente, é fundamental que se empenhe no conhecimento através do estudo.

Mesmo com a faculdade desenvolvida, jamais poderá “crer-se dispensado de qualquer instrução mais, porquanto apenas terá vencido uma resistência material. Do ponto a que chegou é que começam as verdadeiras dificuldades, só que ele mais do que nunca precisa dos conselhos da prudência e da experiência, se não quiser cair nas mil armadilhas que lhe vão ser preparadas. Se pretender muito cedo voar com suas próprias asas, não tardará em ser vítima de Espíritos mentirosos, que procurarão lhe explorar a presunção”.

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“Uma vez desenvolvida a faculdade, é essencial que o médium não abuse dela. Deve lembrar-se de que ela lhe foi dada para o bem e não, para a satisfação e vã curiosidade. Convém, portanto, que só se utilize dela nas ocasiões oportunas e não, a todo momento. Adotemos o sistema de só trabalhar em dias e horas determinados, porque assim se entregará ao trabalho em condições de maior recolhimento e os Espíritos que o queriam auxiliar, estando prevenidos, se disporão a prestar esse auxílio”.

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Sob o ponto de vista espírita, a mediunidade é uma iniciação religiosa das mais sérias; é um mandato que nos é outorgado pela Espiritualidade Superior, a fim de ser fielmente desempenhado.

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Dessa forma o aspirante à mediunidade, à luz da Doutrina Espírita, deve partir da conscientização de seus ensinamentos e esforçar-se desde o início de sua formação e informação mediúnica, por ser um ESPÍRITA-CRISTÃO.

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“Revisão e reconstrução dos hábitos, permutando os vícios por virtudes legitimamente cristãs que são as únicas que sobreviverão eternamente e que nos abrirão as portas de planos mais elevados que os atuais”.

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Dentro destes critérios de desenvolvimento da mediunidade, mesmo que nenhuma faculdade venha desabrochar, tenhamos certeza de que nós estaremos desenvolvendo espiritualmente e capacitando-nos para verdadeira mediunidade com Jesus — a Mediunidade do Bem.

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ROTEIRO:

DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO

AIIan Kardec

“Livro dos Médiuns”

2ª. parte, cap. Vll, itens

208,209,211,217 e 218