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10/27/2017 1 Prof. (a): Juliana de Oliveira Moraes Estruturas Celulares SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL Instituto Federal de Alagoas - Campus Piranhas ENGENHARIA AGRONÔMICA Piranhas - AL 2017 Células bacterianas 1.

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Prof. (a): Juliana de Oliveira Moraes

Estruturas Celulares

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

Instituto Federal de Alagoas - Campus Piranhas

ENGENHARIA AGRONÔMICA

Piranhas - AL

2017

Células bacterianas 1.

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MORFOLOGIA CELULAR

Forma celular

Vocabulário essencial para microbiologia

Principais morfologias celulares:

Cocos (esferas)

Bastonetes ou bacilos (cilindros)

Espirilo (espiralado)

Streptococcus (cadeia de cocos)

Staphylococcus (aglomerado de cocos semelhante ao cacho de uvas)

Apendiculadas (extensões celulares em forma de tubos)

Quadradas

Estrelas

Existem variações das principais morfologias: bacilos longos, bacilos curtos, bacilos

finos.

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MORFOLOGIA E BIOLOGIA

É impossível prever fisiologia, ecologia, filogenia, potencial patogênico,

ou particularmente qualquer outra propriedade de uma célula procariótica

simplesmente conhecendo sua morfologia.

O que determina a morfologia de uma espécie em particular?

Varias forças seletivas auxiliaram a definição da morfologia de uma

determinada espécie.

Otimização da captação de nutrientes

Motilidade por deslizamento.

A morfologia não é uma característica qualquer de uma célula, mas sim

uma propriedade geneticamente codificada, que maximiza a adequação

do organismo para o sucesso em hábitat especifico.

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TAMANHO CELULAR

A taxa metabólica de uma célula varia inversamente em relação do quadrado do seu

tamanho.

Em células muito grandes a captação de nutrientes eventualmente limita o

metabolismo a um ponto em que a célula não é mais competitiva em relação a

células pequenas.

Vantagens de ser pequeno:

Relação Superfície (S) e volume (V) (S/V)

Quanto maior o tamanho da célula menor a S/V

S/V afeta a célula em vários aspectos:

Biologia/evolução

Captação de nutrientes

Taxa de crescimento

Necessidade energética (células necessitam de menor concentração de nutrientes

para manter ou duplicar sua população).

Taxa de crescimento

Taxa de duplicação de

DNA

Taxa de mutações

MUTAÇÕES:

Erros que ocorrem no momento da replicação de DNA

Matéria-prima da evolução

Quanto maior p numero de mutações maiores as possibilidades evolutivas.

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Eucariontes

• S/V menor

• Maior possibilidade de Correção de erros na duplicação do DNA (mutações)

Procariontes

• S/V maior

• Menor possibilidade de correção de erros na duplicação do DNA (mutações)

Diferenças fundamentais no tamanho e genética entre células eucariotas e

procariotas, são os principais motivos de o porquê os procariotos se adaptam mais

rapidamente às mudanças nas condições ambientais, sendo capazes de explorar

mais facilmente novos hábitats, que as células eucariotas.

Membrana citoplasmática e transporte 2.

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Membrana Citoplasmática

ESTRUTURA DA MEMBRANA

Estrutura que:

Circunda o citoplasma e o separa do ambiente externo.

Oferece integridade a célula e impede a morte celular

Permite permeabilidade seletiva (servem de porteiras)

COMPOSIÇÃO DA MEMBRANA

Dupla camada de fosfolipídios com proteínas embebidas.

Ácido graxos (hidrofóbica)

Glicerol-fosfato (hidrofílica)

Unidade de membrana: cada camada ou

folha de fosfolipídio.

Construção fundamental: a) superfície

hidrofílico externas e b) interior hidrofóbico.

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PROTEINAS DA MEMBRANA

Estão envolvidas no metabolismo energético e transporte das células.

Representadas por:

Proteínas periféricas ou periplasmáticas:

Estão voltadas para uma das faces da membrana

Proteínas integrais:

Incorporadas na membrana e entram em contato tanto com face

externa quanto a face interna da membrana

Proteínas transportadoras

FUNÇÃO

Transporte de solutos através da membrana

Reações de transporte será contra o gradiente de concentração (deslocar nutrientes de um local menos concentrado para outro ambiente de maior concentração deste nutriente).

O sistema de transporte exibem várias propriedades características:

Efeito saturado

Alta especificidade

Altamente regulada

Carreadores específicos (maior concentração)

Carreadores de ALTA afinidade (menor concentração)

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Membrana bactérias x arqueias

BACTÉRIAS

Possuem ácido graxo na composição

Bicamada de fosfolipídios

ARQUEIAS

Ausência de ácido graxo na composição (outros lipídeos)

Bicamada ou monocamada de fosfolipídios

FUNÇÃO DA MEMBRANA

Impedir o extravasamento passivo de substancias para dentro ou para

fora – Controle de fluidos.

Servir de sítio de ligação de proteínas/enzimas

Transporte de substancias

Conservação de energia – células eletricamente carregadas

H+ = superfície externa da membrana

OH- = superfícies internas da membrana

Separação de carga : estado energizado (força próton-motiva)

Força próton-motiva: responsável por:

Transporte

Motilidade

Síntese de ATP

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Permeabilidade

Citoplasma: solução de sais, açúcares, aminoácidos, nucleotídeos e

outras substâncias

Porção hidrofóbica: barreira contra difusão de substancias polares

Moléculas polares somente ultrapassam a membra com auxilio de

proteínas transportadoras.

Exceto moléculas muito pequenas e polares como água ultrapassam a

membrana com auxilio de aquaporinas (proteínas)

Transporte de substâncias

Entrada de nutrientes e saída de resíduos.

Transporte simples:

Envolve apenas uma proteína transportadora ou carreador transmembranar

Translocação em grupo:

Sistema ABC (3 componentes)

A - Proteínas de ligação ao substrato

B - Transportador integrado a membrana (canal)

C - Proteína que hidrolisa ATP ou composto rico em energia

Essas proteínas sofrem mudanças conformacionais – Abre/fecha

O transporte pode ser de três tipos:

Uniporte

Contraporte

Simporte

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Parede celular das bactérias 3.

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Parede celular

FUNÇÃO:

Impedir a lise celular

Dar forma a bactérias

POR QUE CONHECER A ESTRUTURA?

Nos permite entender a ação de agente antimicrobianos

COMPOSIÇÃO

Peptideoglicano: polissacarídeos compostos por dois derivados de açucares, além de aminoácidos como alanina, acido glutâmico, lisina ou ácido diaminopimélico (DAP)

Divisão das bactérias em dois grupos:

GRAM-positivas

GRAM-negativas

Peptiodeoglicano

Folha que circunda a célula;

Sintetizada adjacentes entre si;

Cadeias são ligadas por ligações cruzadas de aminoácidos e ligações

covalentes entre açucares;

Essas ligações oferecem rigidez a parede celular;

Quanto mais ligações cruzadas maior a rigidez da parede.

O peptideoglicano pode ser destruído ou impedir a síntese por

determinados agentes (lisozima/penicilina).

Gram-positivas Gram-negativas

Ligação cruzada ocorre porte ponte inter

peptídica, sendo o tipo e numero de

aminoácidos presentes nessas pontes varável

de espécie para espécie

Ligações peptídicas entre o grupo amino do

ácido diaminopimélico – DAP.

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Embora permeável a pequenas moléculas, membrana externa é

impermeável à proteínas e outros grandes moléculas.

Periplasma: espaço entre membrana externa e membrana citoplasmática

Porinas: canais presentes na membrana externa que permitem entrada e saída de solutos.

Coloração de Gram e Parede celular

Diferenças na composição da parede celular

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Outras estruturas celulares de

superfícies e inclusões 4.

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Produção de polissacarídeo

CAMADA LIMOSA:

Polissacarídeos frouxamente ligados a parede celular

CAPSULA:

Matriz compacta de polissacarídeo aderida firmemente a parede celular

e ao peptideoglicano.

Função:

Adesão a superfície abióticas e bióticas

Desenvolvimento e manutenção de biofilme

Prevenção de desidratação

Fator de virulência (capsula)

Fímbrias e Pili

Estruturas filamentosas que se projetam a partir das superfície da célula.

FÍMBRIAS:

adesão a superfícies

recobre toda superfície celular

PILI

Semelhantes as fímbrias porém são longos e cada célula possui um ou

dois.

Mediadores de transferência genética (conjugação)

Motilidade pulsantes – deslizamento longo de uma superfície sólida.

Pili tipo IV

Tipo diferente de motilidade

Células em forma de bastonetes

Presente nos polos da célula bacteriana

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Inclusões celulares

Somente bactérias apresentam (20 gêneros de bactérias gram-negativas)

Função:

Reserva de energia ou substancias essenciais na forma insolúvel dentro de uma membrana

de camada única.

Tipos:

INCLUSÕES MAGNETICAS

Magnetossomos: particulas intracelulares compostas de óxido de ferro magnetita (Fe3S4) e

enxofre greigite (Fe3S4)

Orientação em um campo magnético

POLÍMEROS DE ARMAZENAMENTO DE CARBONO

Síntese de nucleotídeos e fosfolipídios, e ainda, ATP.

POLIFOSFATOS, ENXOFRE E MINERAIS CARBONADOS

Grânulos de enxofre elementar S0

Fonte de energia para bactérias sulfurosas

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Vesículas de gás

Procariotos planctônicos flutuam em ambientes

aquáticos.

Cianobactérias

Endósporos

“ENDO” = no interior

São células altamente diferenciadas que exibem extrema resistência ao calor,

produtos químicos e radiação.

São facilmente dispersos pela a ação do vento ou água.

Estrutura de resistência

Estágio de latência do ciclo de vida de uma bactéria

Processo de esporulação

Ativação:

exposição a temperaturas subletais (elevadas por alguns minutos)

Germinação:

exposição a nutrientes específicos de aminoácidos, onde ocorre a perda da

refringência microscópica do endósporo

Extrusão:

envolve um intumescimento visível pela captação de água, proteínas e DNA. Por fim,

a célula vegetativa emerge a partir do rompimento do endósporo.

Célula vegetativa

Endósporo

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Endósporo

A estrutura difere das células vegetativas possuindo várias camada;

Camadas:

Camada mais externa:

Exósporo – envoltório proteico delgado

Após o exósporo encontra-se as capas do esporo

Córtex:

Peptideoglicano com ligações frouxas

Cerne

Membrana citoplasmática

Citoplasma possui ¼ do teor de água do citoplasma da célula vegetativa

(gel);

Nucleoide, ribossomos e outros constituintes da célula;

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Endósporo

Ainda no Cerne encontra-se: ácido dipocólico complexado com íons de cálcio, que protege o DNA

de desnaturação e reduz a disponibilidade de água na célula.

Pequenas Proteínas ácido-solúveis (PPASs) – produzidas durante a

esporulação; protegem o DNA da ação radiação UV e calor seco, e

ainda, serve de fonte de energia e carbono na fase de extrusão.

Locomoção microbiana 5.

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Flagelos e motilidade natatória

São apêndices finos e longos com uma das extremidades livre e a outra ligada a célula.

Flagelo atua por rotação, empurrando ou puxando a célula através de um meio LÍQUIDO.

A flagelação de uma célula pode ser:

FLAGELAÇÃO POLAR: flagelo ligado a uma ou duas das extremidades das células.

Flagelos lofotríquios: tufos de flagelos em uma das extremidades da célula

Flagelos anfitríquios: tufos de flagelos em ambos polos da célula

FLAGELAÇÃO PERITRÍQUIA : espalhados por toda superfície das células.

FLAGELOS POLARES FLAGELOS PERITRÍQUIOS

Movem-se rapidamente par um lado e para o outro. Movem-se lentamente em linha reta

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Flagelos e motilidade natatória

Filamento do flagelo: composto por varias cópias de proteínas

FLAGELINA (20.000 moléculas).

Crescem a partir da extremidade.

ORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA:

Base

Filamento

Gancho

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Motilidade por deslizamento

Movimento lento e suave;

Ocorre em células em forma de bacilos;

Movimentação em superfícies SÓLIDAS.

Ocorre por vários mecanismo:

Secreção de polissacarídeos limosos (extrusão limosa)

Motilidade pulsante – pili tipo IV

Movimento das proteínas da superfície celular

Quimiotaxia e outras taxias

Taxia = movimento direcionado

Quimiotaxia: resposta estímulos de agentes químicos/quimioreceptores

Fototaxia: resposta a estímulos da luz/fotoreceptores

Oscilação: : flagelo gira em sentido horário (sem movimento)

Aerotaxia: aproximação ou afastamento do oxigênio.

Osmotaxia: aproximação ou afastamento a ambientes de alta pressão

iônica;

Hidrotaxia: movem-se em direção a ága pu ao gradiente de direção

crescente de água.

Observado tanto em bactérias natatórias e bactérias deslizantes.

Mecanismos:

Corrida: flagelo gira em sentido anti-horário (em movimento)

A corrida se da em direção ao agente atrativo de acordo com o gradiente de

concentração.

Oscilação: : flagelo gira em sentido horário (sem movimento)

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Esses mecanismos se dão pela atuação de quimiorreceptores, que se ligam

a substância químicas dispersas no ambiente.

Enquanto se movimenta a célula monitora o estado químico do ambiente

envolto da mesma.

Pelo fato de serem capazes de aproximar-se ou distanciar-se de vários

estímulo, as células procarióticas aumentam as possibilidades de

competir de forma bem sucedida por recursos, e evitam efeitos nocivos

de substancias que poderiam danificá-las ou matá-las.

Célula microbiana eucariótica 6.

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Células microbianas eucariontes

Fungos, algas e protozoários.

Diferem das células procarióticas pelo maior numero de organelas e núcleo

individualizado por ser envolvido por membrana.

Núcleo:

Nucleólo – Rico em RNA e proteínas ribossomais – sito de síntese de

RNAribossômicio

Membrana interna

Nucleoplasma

Membrana externa

Poros

Mitocôndria

Mitocôndria:

Membrana externa

Membrana interna:

Cristais mitocondriais

Matriz mitocondrial

Hipótese da endossimbiótica

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Hidrossomo

Células que não são dotadas de mitocôndrias – bactérias anóxicas ou

anaeróbicas.

Estrutura semelhante a mitocôndria, porém não possui enzimas que

participam do ciclo do acido cítrico (ciclo de Krebs)

Realizam fermentação:

Piruvato => H2

CO2 => acetato

Cloroplastos

Organelas que possuem clorofila (fotorreceptor);

Eucariontes autótrofos/ fotossíntese;

Estroma = semelhante a matriz da mitocôndria;

Contem a enzima Ribulose bifosfato carboxila (RubisCO) que participa

no ciclo de Calvin.

CO2 => compostos orgânicos

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Organelas

Organelas Função

Reticulo endoplasmático (RE) • RE-rugoso: sínteses de glicoproteínas

• RE-liso: síntese de lipídeos e carboidratos

Complexo de Golgi Excreção e transporte de substâncias

Lisossomo Digestão (bolsa de enzimas)

Citoesqueleto

Microtúbulos:

25nm de diâmetro

Função:

Manutenção da forma da célula

Motilidade de flagelos e cílios

Movimentação dos cromossomos na divisão celular

Movimentação de organelas

Microfilamentos:

7nm

Função: manutenção da forma

Motilidade por pseudopodes e durante a divisão celular.

Filamentos intermediários:

8 a 12 nm

Manutenção da forma

Posicionamento das organelas

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Flagelos e cílios

Flagelos

Apêndices filamentosos longos

Flagelos do eucariontes: chicote

Flagelos do procariontes: rotação

Cílios

Apêndices filamentosos curto

Movimentação: semelhante a um chicote

Microscopia 7.

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Microscopia

É a ferramenta mais básica e antiga utilizada pelos microbiologistas no

estudo de estruturas microbianas.

• Podemos dividir esses equipamentos em

dois grupos:

• Microscópios ópticos:

• Faz uso de feixe de luz visível

elétrons para obtenção da

visualização de estruturas celulares.

• Microscópios eletrônicos:

• Faz uso de feixe de elétrons para

obtenção da visualização de

estruturas celulares.

Mic

rosc

óp

ios

óptico

s Campo claro

Campo escuro

Fluorescência

Contraste de fase

Contraste de interferência diferencial

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Componentes

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Índice de refração

É a medida de capacidade de curvatura da luz em

um meio.

A coloração altera o índice de refração das

amostras.

Ampliação total

Apresentam duas lentes:

Lente objetiva – 4x, 10, 40x e 100x

Lente ocular – 10 x ou 20x

Máximo de aumento: 2.000x

Uso de óleo de imersão: aumenta a capacidade de concentração de

luz de uma lente (diminuindo os feixe de luz que iriam emergir para

fora do campo visual)

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Usado na lente objetiva de maior alcanço (100x)

Como preservar da direção dos raios

de luz?

Uso de óleo de imersão (óleo mineral)

Mesmo índice de refração do vidro

Aumenta a potencia de resolução

Resolução = capacidade das lentes

diferençar detalhes e estruturas

Microscópios ópticos de campo claro

Estruturas podem ser observadas pela diferença de

contraste existente entre as estruturas celulares e o

meio circundante.

Ocorre porque as células absorvem ou dispersão luz

em graus variáveis.

Geralmente faz uso de corantes (visualização de

células mortas)

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Microscópios ópticos de campo escuro

Não faz uso de corante (células vivas)

O organismo a ser observado é atingido somente lateralmente pela luz, pois a única luz que atinge a lente ocular corresponde àquela desviada pelo organismo observado e, dessa forma, o organismo parece claro em um fundo escuro.

Técnica excelente para visualizar a motilidade microbiana, uma vez que os flagelos são atingidos por essa técnica.

Faz uso de um condensador de campo escuro (disco opaco), o disco bloqueia a luz que poderia entrar na lente objetiva diretamente.

Somente a luz que é refletida para fora (devolvida) da amostra entra na lente objetiva é visualizada, uma vez que não há luz de fundo direta (fonte de luz bloqueada).

A amostra aparece iluminada contra um fundo preto.

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Microscópios ópticos de fluorescência

Algumas células sofrem fluorescência

quando expostos a luz ultravioleta, já

outras precisam ser corados.

Fluorocromos = corantes florescentes

Amostras são visualizadas luminosas e

brilhantes.

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Microscópios ópticos de contraste de fase

Não faz uso de corantes (visualização de células vivas).

Baseia-se no principio que as células diferem do seu meio

quanto a seu índice de refração.

A luz que atravessa a célula apresenta uma diferença na fase

em relação a luz que atravessa o liquido circundante.

Adição de um dispositivo chamado anel de fase que é

acoplado a lente objetiva

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Microscópios ópticos de contraste

com interferência diferencial

Semelhante ao contraste de fase, pois baseia-se na diferençado índice de

refração.

Utiliza condensador especial com diafragma anelar.

Todavia, possui dois feixes de luz, e ainda, um prisma que separa cada luz,

dando cores diferentes a amostras.

Microscópios eletrônicos

São utilizados para visualizar vírus ou estruturas intracelulares muito

pequenas.

Objetos menores que 0,2 µm (<0,0000002m)

Faz uso de uma feixe de elétrons e lentes eletromagnéticas.

Comprimento de onda dos elétrons são 100mil vezes menores que o

comprimento de onda visível.

Quanto menor o comprimento da onda melhor a resolução da imagem

observada.

Microscópios eletrônico

de Transmissão (MET)

de Varredura (MEV)

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Microscópios eletrônico de transmissão

(MET)

Visualiza estrutura menores que 2,5 ηm (0,0000000025 m).

Aumento: 10.000 a 100.000 x tridimensional.

Morte da célula

Feixe de elétrons , lentes magnéticas e lamina de cobre.

Corte da amostra ultrafino, previamente preparado (fixado e desidratado e fatiado em

fatias de 100 ηm de espessura.

Projeção da sombra

Platina ou Ouro (metais pesados)

Pulverizados em um ângulo de 45°

Coloração somente de um lado da célula, permitindo visualização da forma

tridimensional (Micrografia eletrônica de transmissão).

Coloração

Faz uso de metais pesados (Chumbo, urânio)

Coloração positiva: fixados na amostra

Coloração negativa: causa opacidade do meio circundante.

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Microscópios eletrônico de Varredura (MEV)

Feixe de elétrons finamente focalizado (feixe eletrônico primário.

O feixe primário passa pela amostra e arrasta elétrons (elétrons

secundários)

Elétrons secundários são transmitidos ao um coletor de elétrons

amplificados para produzir uma imagem uma tela ou imagem fotográfica

(micrografia eletrônica de varredura).

Observação da superfície de células ou vírus.

Aumento: 1.000 a 10.000x

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Microscópio óptico Características

Campo claro • Utiliza luz visível

• Não visualiza estrutura me < 0,2 µm.

• Barato e fácil de usar.

• Necessário uso de corantes

Campo escuro • Usa condensador especial com disco opaco que bloqueia

a entrada de luz diretamente na lente objetiva.

• Não é necessário uso de corantes

Contraste de fase • Utiliza condensador especial com diafragma anelar.

• Não é necessário uso de corantes

Contraste com

interferência

diferencial

• Utiliza condensador especial com diafragma anelar.

• Feixe de luz separado por prisma, gerando cores

diferentes na amostra.

• Não é necessário uso de corantes

Fluorescência • Fonte de luz ultravioleta

• Amostra emite luz, geralmente verde.

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Exercicio de Fixação

1. Explique por que o vocabulário da morfologia celular das bactérias é essencial ara microbiologia?

2. Com base na razão superfície/volume celular (V/S) e na taxa de metabolismo Discuta a seguinte

frase: “A morfologia não é uma característica qualquer de uma célula, mas sim uma propriedade

geneticamente codificada, que maximiza a adequação do organismo para o sucesso em hábitat

especifico.”

3. Cite aspectos essenciais que a composição da membrana citoplasmática e da parede celular são

importantes para perpetuação dos seres procariotos no planeta.

4. Discuta como os apêndices celulares de movimentação são um fator importante para vida de seres

procariotos.

5. Conceitue ataxia e suas vantagens para os seres que sofrem esse fenômeno.

6. Estrutura denominada de fímbrias e pilus são encontradas na superfície celular de algumas células

procarióticas. Quais as vantagens evolutivas assegurada por estas estruturas?

7. Os microscópios evoluíram com as investigações científicas e atualmente temos vários

equipamentos que possibilitam a visualização de estruturas celulares diminutas. Diante disto, discuta

a importância do uso de microscópios ópticos e eletrônicos para vida no planeta.

Obrigada!!!