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Profs. Rudinei Toneto Jr. e Luciano Nakabashi (Coordenadores) André Luís Menegatti, Eduardo Teixeira, Francielly de F. Almeida, Henrique Neves Plens, Cristiane Costa, Jean Dantas, João P. Costa, João V. Buscariolo, Thainá Raganicchi, Thiago Sinzato Fevereiro/2020 Estrutura produtiva nas regiões paulistas Este Boletim traz uma análise da estrutura produtiva e conjuntura regional com foco no es- tado de São Paulo e suas regiões, sendo apresen- tados alguns resultados recentes de indicadores de atividade econômica, além de dados sobre o mercado de trabalho. As Figuras 1 e 2 trazem informações sobre a estrutura do valor adicionado do estado de São Paulo e suas regiões e da participação das regiões paulistas no valor adicionado e no PIB do estado. Nota-se, na Figura 1, que grande parte do valor adicionado no estado é proveniente do setor de serviços (76,7%), indústria tem uma participação de 21,4% e a agropecuária de apenas 1,9%. Em ter- mos de composição setorial das regiões, a Região Metropolitana de São Paulo tem sua estrutura produtiva constituída essencialmente pelo setor de Serviços (85,5%) e Indústria (14,4%). A Região Administrativa de São José dos Campos é a que apresenta uma estrutura produtiva mais diversi- ficada, com melhor distribuição das participações entre os setores da indústria (42,3%) e de serviços (57,3%). Essa região, juntamente com a Região Administrativa de Campinas (32%) tem as maio- res participações da indústria, enquanto as Regi- ões Administrativas de Itapeva e de Registro tem estruturas produtivas com as maiores participa- ções da agropecuária dentre todas as regiões do estado, com percentuais de 21,1% e 15,3%, respec- tivamente. Figura 1: Estrutura do Valor Adicionado em 2018 (composição setorial %) Regiões Administrativas, RMSP e estado de São Paulo Fonte: Elaborado a partir de dados da Fundação Seade. Na Figura 2 são apresentados dados da participação das regiões administrativas no PIB do estado de São Paulo em 2018, considerando a participação em termos das desagregações setori- ais. A Região Metropolitana de São Paulo repre- sentou mais de 50% do PIB estadual em 2018, com 1,9 0,1 1,6 0,4 3,6 0,3 3,8 8,8 5,7 5,6 10,7 8,5 9,4 9,7 21,1 9,2 15,3 21,4 14,4 32,0 42,3 29,8 22,5 20,6 20,2 25,7 28,1 18,6 20,1 20,9 24,7 14,4 28,3 27,1 76,7 85,5 66,4 57,3 66,6 77,1 75,6 71,0 68,6 66,4 70,7 71,4 69,7 65,6 64,5 62,5 57,7 0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 Agropecuária Indústria Serviços

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Page 1: Estrutura produtiva nas regiões paulistas...Fevereiro/2020 Estrutura produtiva nas regiões paulistas Este Boletim traz uma análise da estrutura produtiva e conjuntura regional com

Profs. Rudinei Toneto Jr. e Luciano Nakabashi (Coordenadores)

André Luís Menegatti, Eduardo Teixeira, Francielly de F. Almeida, Henrique Neves Plens,

Cristiane Costa, Jean Dantas, João P. Costa, João V. Buscariolo, Thainá Raganicchi, Thiago Sinzato

Fevereiro/2020

Estrutura produtiva nas regiões paulistas

Este Boletim traz uma análise da estrutura

produtiva e conjuntura regional com foco no es-

tado de São Paulo e suas regiões, sendo apresen-

tados alguns resultados recentes de indicadores

de atividade econômica, além de dados sobre o

mercado de trabalho.

As Figuras 1 e 2 trazem informações sobre

a estrutura do valor adicionado do estado de São

Paulo e suas regiões e da participação das regiões

paulistas no valor adicionado e no PIB do estado.

Nota-se, na Figura 1, que grande parte do valor

adicionado no estado é proveniente do setor de

serviços (76,7%), indústria tem uma participação

de 21,4% e a agropecuária de apenas 1,9%. Em ter-

mos de composição setorial das regiões, a Região

Metropolitana de São Paulo tem sua estrutura

produtiva constituída essencialmente pelo setor

de Serviços (85,5%) e Indústria (14,4%). A Região

Administrativa de São José dos Campos é a que

apresenta uma estrutura produtiva mais diversi-

ficada, com melhor distribuição das participações

entre os setores da indústria (42,3%) e de serviços

(57,3%). Essa região, juntamente com a Região

Administrativa de Campinas (32%) tem as maio-

res participações da indústria, enquanto as Regi-

ões Administrativas de Itapeva e de Registro tem

estruturas produtivas com as maiores participa-

ções da agropecuária dentre todas as regiões do

estado, com percentuais de 21,1% e 15,3%, respec-

tivamente.

Figura 1: Estrutura do Valor Adicionado em 2018 (composição setorial %)

Regiões Administrativas, RMSP e estado de São Paulo

Fonte: Elaborado a partir de dados da Fundação Seade.

Na Figura 2 são apresentados dados da

participação das regiões administrativas no PIB

do estado de São Paulo em 2018, considerando a

participação em termos das desagregações setori-

ais. A Região Metropolitana de São Paulo repre-

sentou mais de 50% do PIB estadual em 2018, com

1,9 0,1 1,6 0,4 3,6 0,3 3,8 8,8 5,7 5,6 10,7 8,5 9,4 9,721,1

9,2 15,321,4 14,4

32,042,3 29,8

22,5 20,620,2 25,7 28,1 18,6 20,1 20,9 24,7

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0,0

20,0

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60,0

80,0

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120,0

Agropecuária Indústria Serviços

Page 2: Estrutura produtiva nas regiões paulistas...Fevereiro/2020 Estrutura produtiva nas regiões paulistas Este Boletim traz uma análise da estrutura produtiva e conjuntura regional com

Profs. Rudinei Toneto Jr. e Luciano Nakabashi (Coordenadores)

André Luís Menegatti, Eduardo Teixeira, Francielly de F. Almeida, Henrique Neves Plens,

Cristiane Costa, Jean Dantas, João P. Costa, João V. Buscariolo, Thainá Raganicchi, Thiago Sinzato

Fevereiro/2020

participações de 58,1% no total do valor adicio-

nado gerado no setor de serviços, de 35% no valor

adicionado da indústria paulista e de 3,9% no se-

tor da agropecuária. A Região Administrativa de

Campinas aparece na sequência, com uma partici-

pação de 18,3% no PIB paulista, representando

26,9% do valor adicionado total gerado na indús-

tria do estado e 15,6% no setor de serviços. Essa

região, juntamente, com a Região Administrativa

de São José do Rio Preto concentram a maior parte

da produção agropecuária paulista, com partici-

pações de 15,0% e 12,0%, respectivamente.

Figura 2: Participação do Valor Adicionado setorial e do PIB no total da economia paulista, segundo as

regiões administrativas – 2018

Fonte: Elaborado a partir de dados da Fundação Seade.

Economia paulista mostra melhor dinamismo que a brasileira em 2019

Nas figuras a seguir serão retratados da-

dos em relação ao dinamismo da atividade econô-

mica no estado de São Paulo. A Figura 3 apresenta

dados da taxa de crescimento do valor adicionado

por setores de atividade econômica e do PIB. No

primeiro painel tem-se a evolução do PIB brasi-

leiro e do PIB paulista, destacando-se a trajetória

do PIB industrial no período correspondente ao

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RM São Paulo

RA Campinas

RA São José dos Campos

RA Sorocaba

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RA Ribeirão Preto

RA São José do Rio Preto

RA Bauru

RA Central

RA Marília

RA Presidente Prudente

RA Araçatuba

RA Franca

RA Itapeva

RA Barretos

RA Registro

PIB Serviços Indústria Agropecuária

Page 3: Estrutura produtiva nas regiões paulistas...Fevereiro/2020 Estrutura produtiva nas regiões paulistas Este Boletim traz uma análise da estrutura produtiva e conjuntura regional com

Profs. Rudinei Toneto Jr. e Luciano Nakabashi (Coordenadores)

André Luís Menegatti, Eduardo Teixeira, Francielly de F. Almeida, Henrique Neves Plens,

Cristiane Costa, Jean Dantas, João P. Costa, João V. Buscariolo, Thainá Raganicchi, Thiago Sinzato

Fevereiro/2020

primeiro trimestre de 2003 ao terceiro trimestre de

2019. Nota-se que a trajetória é semelhante, com o

PIB do estado de São Paulo recuando de forma

mais significativa ao longo do período da crise, do

2º trim./2014 ao 3º trim./2015. Ao longo de 2019,

por sua vez, a economia paulista mostrou-se mais

dinâmica em relação à economia brasileira: O PIB

de São Paulo cresceu 1,6% no 1º trim./2019 em re-

lação ao mesmo trimestre de 2018 e 2,7% e 2,8%

nos segundo e terceiro trimestres, respectiva-

mente, enquanto a economia brasileira registrou

crescimento de 0,6% no 1º trim./2019 e de 1,0% nos

segundos e terceiro trimestres de 2019 frente ao

mesmo período do ano anterior.

O crescimento no estado foi puxado, so-

bretudo, pelo setor de serviços - como pode ser

observado no segundo painel - que seguiu trajetó-

ria de crescimento ao longo de 2019, com taxas tri-

mestrais de 2,9%, 3,5% e 3,8%, ao longo dos três

trimestres do ano. Destaque também para a indús-

tria que esboçou recuperação nos segundo e ter-

ceiro trimestres, com altas de 1,3% e 1,7% em rela-

ção ao mesmo período de 2018.

Figura 3: Taxa de crescimento do VA por setores de atividade econômica e do PIB (%)

(trim./mesmo trim. do ano anterior)

Fonte: Elaborado a partir de dados da Fundação Seade.

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Agropecuária Indústria Serviços PIB

Painel A

Painel B

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Profs. Rudinei Toneto Jr. e Luciano Nakabashi (Coordenadores)

André Luís Menegatti, Eduardo Teixeira, Francielly de F. Almeida, Henrique Neves Plens,

Cristiane Costa, Jean Dantas, João P. Costa, João V. Buscariolo, Thainá Raganicchi, Thiago Sinzato

Fevereiro/2020

A Figura 4, por sua vez, reporta a taxa de

crescimento do PIB nos três trimestres de 2019 nas

regiões do estado de São Paulo. Nas Regiões Ad-

ministrativas de Araçatuba, Barretos e Marília, o

PIB recuou de forma consecutiva nos três primei-

ros trimestres de 2019 na comparação com igual

período de 2018, enquanto na RMSP e nas Regiões

Administrativas de Campinas, Itapeva e Soro-

caba, foi registrado crescimento nos 1º, 2º e 3º tri-

mestres de 2019, seguindo tendência do estado.

As maiores contribuições para o cresci-

mento de 2,8% no 3º trim./19 no estado paulista,

vieram da RMSP cujo PIB cresceu 4,3%, da Região

Administrativa de Itapeva, com uma taxa de cres-

cimento de 3,7%, Região Administrativa de Ribei-

rão Preto, que, após dois trimestres com variação

negativa, cresceu 3% frente ao 3º trim./18 e da Re-

gião Administrativa de Campinas, cujo PIB apre-

sentou variação positiva de 2,7%.

Figura 4: Taxas de crescimento do PIB – Taxa trimestral % (trim./mesmo trim. ano anterior)

Fonte: Elaborado a partir de dados da Fundação Seade.

Dados da produção industrial divulgados

pela Pesquisa Industrial Mensal do IBGE comple-

mentam as informações sobre o desempenho da

economia paulista, revelando um dinamismo

ainda fraco da produção industrial na variação

percentual acumulada nos últimos 12 meses.

Após manter uma variação positiva de Ago./17 ao

fim de 2018, a produção física industrial voltou a

apresentar variações negativas ao longo de 2019,

conforme mostra a Figura 5.

Nos dois últimos meses do referido ano,

no entanto, a indústria no estado de São Paulo es-

boçou uma relativa recuperação, apresentando

um quadro melhor que o registrado no Brasil. En-

quanto no estado paulista a produção física re-

cuou 0,3% e 0,1%, em Nov./19 e Dez./19, respecti-

vamente, na comparação em 12 meses, no Brasil a

queda foi de 1,3% em ambos os meses. Em Jan./20,

a produção industrial brasileira manteve o mal

desempenho, recuando 1,1% frente a Jan./19.

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2019.I 2019.II 2019.III

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Profs. Rudinei Toneto Jr. e Luciano Nakabashi (Coordenadores)

André Luís Menegatti, Eduardo Teixeira, Francielly de F. Almeida, Henrique Neves Plens,

Cristiane Costa, Jean Dantas, João P. Costa, João V. Buscariolo, Thainá Raganicchi, Thiago Sinzato

Fevereiro/2020

Figura 5: Produção Física Industrial - Var. acumulada nos últimos 12 meses (%)

(Base: últimos 12 meses anteriores)

Fonte: Elaborado a partir de dados da Pesquisa Industrial Mensal/PIM-PF - IBGE.

Setor de Serviços registra bom desempenho no estado de São Paulo em 2019

A Figura 3 traz dados da Pesquisa Mensal

de Serviços do IBGE, para o período de Dez./12 a

Nov./19. O setor de serviços avançou 6,43% em

Nov./19 no estado de São Paulo, maior variação

para o mês, na base de comparação acumulada em

12 meses, desde 2013. A maior variação ocorreu

no segmento de outros serviços, com alta de cerca

de 11,1%, seguido por serviços prestados às famí-

lias (9,85%) e serviços de informação e comunica-

ção (9,75%).

Figura 6. Índice de receita real de serviços - Variação acumulada de 12 meses (%)

Fonte: Elaborado a partir da Pesquisa Mensal de Serviços – IBGE. Dados deflacionados pelo IPCA.

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Total Serviços prestados às famílias

Serviços de informação e comunicação Serviços profissionais, administrativos e complementares

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio Outros serviços

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São Paulo Brasil

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André Luís Menegatti, Eduardo Teixeira, Francielly de F. Almeida, Henrique Neves Plens,

Cristiane Costa, Jean Dantas, João P. Costa, João V. Buscariolo, Thainá Raganicchi, Thiago Sinzato

Fevereiro/2020

Taxa de Desemprego recua no estado paulista, mas ainda permanece elevada e em-

prego formal atinge melhor resultado em seis anos

A Figura 7 traz informações relacionadas

ao mercado de trabalho, apresentando, no gráfico

à esquerda, a evolução da taxa de desemprego

para o estado de São Paulo, região Sudeste e Brasil

para o período do 1º trim./12 ao 3º trim./19. O grá-

fico à direita, por sua vez, apresenta dados da taxa

de desemprego apenas nos três primeiros trimes-

tres do ano de 2019, numa análise comparativa en-

tre o estado e a região Metropolitana de São Paulo

com Brasil, grandes regiões e demais estados da

região Sudeste.

A taxa de desemprego em São Paulo segue

trajetória similar à observada na região Sudeste e

Brasil. Ao longo de 2019, o desemprego recuou em

praticamente todas as regiões. No 3º trim./19, a

taxa de desemprego foi de 12% no estado paulista,

praticamente a mesma registrada no país (11,8%)

e na região Sudeste (11,9%). Na RMSP, a taxa de

desocupação foi de 13,1%. Em relação aos demais

estados da região Sudeste, a taxa de desemprego

no estado de São Paulo, em 2019, foi inferior ape-

nas à registrada no Rio de Janeiro (14,5%).

Figura 7: Taxa de desocupação (%)

Fonte: Elaborado a partir de dados da PNAD Contínua trimestral.

Ainda em relação ao mercado de trabalho,

a Figura 8 mostra a evolução do rendimento mé-

dio real no Brasil e em São Paulo para a série tem-

poral correspondente do 1º trim./13 ao 3º trim./19.

Após apresentar crescimento ao longo de 2018, o

rendimento voltou a cair em 2019. No Brasil, o 1º

trim./19 apresentou variação positiva, enquanto

no estado de São Paulo, o rendimento médio real

caiu na comparação em 12 meses ao longo dos três

trimestres de 2019 e, de forma mais expressiva,

quando comparado com o Brasil. Os recuos do

rendimento no estado paulista foram de 0,42% no

1º trim./19, 2,31% no 2º trim./19, e 1,77% no 3º

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6

trim

estr

e 2

01

6

trim

estr

e 2

01

7

trim

estr

e 2

01

7

trim

estr

e 2

01

8

trim

estr

e 2

01

8

trim

estr

e 2

01

9

trim

estr

e 2

01

9

Brasil Sudeste São Paulo

Page 7: Estrutura produtiva nas regiões paulistas...Fevereiro/2020 Estrutura produtiva nas regiões paulistas Este Boletim traz uma análise da estrutura produtiva e conjuntura regional com

Profs. Rudinei Toneto Jr. e Luciano Nakabashi (Coordenadores)

André Luís Menegatti, Eduardo Teixeira, Francielly de F. Almeida, Henrique Neves Plens,

Cristiane Costa, Jean Dantas, João P. Costa, João V. Buscariolo, Thainá Raganicchi, Thiago Sinzato

Fevereiro/2020

trim./19, enquanto em âmbito nacional, o rendi-

mento teve decréscimos de 0,31% e 0,13% nos se-

gundo e terceiro trimestres de 2019.

Figura 8: Rendimento médio real - Var.% em relação ao mesmo trim. do ano anterior

Fonte: Elaborado a partir de dados da PNAD Contínua trimestral.

A Figura 9 traz, por sua vez, informações

em relação ao emprego formal no estado paulista.

Os dados são do CAGED e estão apresentados no

saldo acumulado no ano. O saldo gerado em 2019

foi de 162.639 vagas de emprego com carteira as-

sinada, o maior desde 2013, quando foram gera-

dos 176.197 empregos formais. O setor de Serviços

respondeu pelo maior volume de contratações, se-

guido pelo Comércio, gerando 121.524 e 33.767

postos de trabalho com carteira assinada em 2019,

respectivamente. A indústria foi o único setor a

encerrar o ano com destruição de vagas de em-

prego formal, registrando um saldo acumulado lí-

quido negativo em 10.338 vagas.

Numa análise mais desagregada, o comér-

cio e administração de imóveis, valores mobiliários,

serv. técnico (71.811), serviços médicos, odontológicos

e veterinários (27.265), comércio varejista (26.254) e

construção civil (15.206) foram responsáveis pelos

saldos de contratações mais expressivos em 2019.

Por outro lado, os piores resultados vieram da In-

dústria Têxtil e Material de Transportes, com destrui-

ção de 4.276 e 7.472 vagas líquidas, respectiva-

mente.

A Região Administrativa de Campinas foi

a que mais criou empregos em 2019 (20.906), con-

forme reportado na Figura 10, com destaque para

com. e administração de imóveis, valores mobiliários,

serv. técnico (5.605) e comércio varejista (4.363). Em

seguida, aparecem as Regiões Administrativas de

Sorocaba (7.037) e de Ribeirão Preto (6.212). Nes-

tas respectivas regiões, o destaque foi serviços mé-

dicos, odontológicos e veterinários que gerou 2.505

vagas na RA de Sorocaba e 1.546 vagas na RA de

Ribeirão Preto. A Região Administrativa de Ara-

çatuba apresentou o menor saldo do emprego for-

mal, registrando a criação de 188 postos.

1,12

-0,31-0,13

-0,42

-2,31-1,77

-8,00

-6,00

-4,00

-2,00

0,00

2,00

4,00

6,00

Brasil São Paulo

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Profs. Rudinei Toneto Jr. e Luciano Nakabashi (Coordenadores)

André Luís Menegatti, Eduardo Teixeira, Francielly de F. Almeida, Henrique Neves Plens,

Cristiane Costa, Jean Dantas, João P. Costa, João V. Buscariolo, Thainá Raganicchi, Thiago Sinzato

Fevereiro/2020

Figura 9: Emprego Formal em São Paulo – Saldo acumulado no ano

Fonte: Elaborado a partir de dados do CAGED.

Figura 10: Emprego Formal nas Regiões Adm. (RA) – Saldo acumulado no ano de 2019

Fonte: Elaborado a partir de dados do CAGED.

242.150 176.197

-10.855

-477.956

-401.552

-24.034

122.512 162.639

-500.000

-400.000

-300.000

-200.000

-100.000

-

100.000

200.000

300.000

-500.000

-400.000

-300.000

-200.000

-100.000

-

100.000

200.000

300.000

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Industria Construcao Civil

Comércio Serviços

Agropecuaria, extr vegetal, caca e pesca Total - eixo secundário

20.906

7.037 6.212 5.587 4.226 4.112 4.101 3.167 3.038 2.842 1.843 1.426

407 188 -

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000