estrutura geológica do brasil ud ii - assunto: 2.1. os recursos naturais e as atividades...

30
Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA: ADAS, Melhen e ADAS, Sérgio. Panorama Geográfico do Brasil: contradições, impasses e desafios socioespaciais. 4ª edição reformulada. São Paulo: Moderna, 2004. OBJETIVOS ESPECÍFICOS A SEREM ATINGIDOS: a. Correlacionar a estrutura geológica do território brasileiro às ocorrências minerais. b. Identificar as características geomorfológicas do território brasileiro.

Upload: internet

Post on 18-Apr-2015

105 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

Estrutura Geológica do Brasil

UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas)

BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA: ADAS, Melhen e ADAS, Sérgio. Panorama Geográfico do Brasil: contradições, impasses e desafios socioespaciais. 4ª edição reformulada. São Paulo: Moderna, 2004.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS A SEREM ATINGIDOS:a. Correlacionar a estrutura geológica do território brasileiro às ocorrências minerais.b. Identificar as características geomorfológicas do território brasileiro.

Page 2: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

Teoria da Tectônica de Placas (Jason Morgan – 1967) Teoria da Deriva Continental ou

de Wegener (1910)

Page 3: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

- Pangéia + Pantalassa

- Gondwana + Laurásia – Mar de Tétis

Page 4: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

Eras Períodos Duração (anos)

Cenozóica - Quaternário

- Terciário

Holoceno

Pleistoceno

Plioceno

Mioceno

Oligoceno

Eoceno

Paleoceno

1 milhão

70 milhões

Mesozóica

Cretáceo

Jurássico

Triássico170 milhões

Paleozóica

Permiano

Carbonífero

Devoniano

Siluriano

Ordoviciano

Cambriano

320 milhões

Pré-CambrianaProterozóico

Arqueozóico 4 bilhões de anos

Azóica

Page 5: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

- Camadas da Terra (revisão...)

Page 6: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

- Terra: raio médio – 6.371 km

- Grau geotérmico médio: 1º C / 33 m

- litosfera: crosta terrestre (SiAl – 25 km + SiMa – 35 km) + região rígida / externa do manto superior

Descontinuidade de Mohorovicic

- manto: 4.600 km

Descontinuidade de Wiechert-Gutenberg

- núcleo (NiFe): 1.700 km

Page 7: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

Astenosfera: camada do manto superior (100 a 350 km – correntes de convecção

Page 8: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

- orogênese – movimentos horizontais – dobramentos modernos (Período Terciário – Cenozóico): Andes, Himalaia, Rochosas, Alpes, Atlas. - afastamento das placas: sul-americana e africana;

Page 9: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

- Sinclinais e Anticlinais

Page 10: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

- epirogênese (isostasia): movimentos verticais (soerguimento/rebaixamento) – falhas e transgressões/regressões marinhas

Page 11: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

Material submetido a pressões: 2 situações:

- plasticidade: arqueamentos ou rebaixamentos

- ñ plasticidade: falhamentos (grabens ou horst)

Diastrofismo ou tectonismo: dobramentos + falhamentos

Page 12: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

- diferenciação planetária – formação de jazidas

- Rochas: agregado de minerais

a) magmáticas ou ígneas

- intrusivas ou plutônicas – faneríticas (granito)

- vulcânicas, efusivas, extrusivas

– afaníticas (basalto)

Page 13: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

b) sedimentares ou estratificadas

- detríticas ou clásticas (arenito, argilito)

- orgânicas ou fósseis (carvão mineral)

- químicas (estalactites, estalagmites, sal gema)

Page 14: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

c) metamórficas (aumento de temperatura e pressão) - granito origina gnaisse- calcário origina mármore- arenito origina quartizito

Page 15: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

Minério ≠ Mineral

- Minério: mineral do qual se extrai substâncias químicas para uso econômico

- Hematita – minério de Fe

- Bauxita – minério de Al

Todo minério advém de um mineral, mas nem todo mineral é um minério.

Page 16: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

- Território Brasileiro: totalmente alojado na Placa Sul-

Americana: ampla estabilidade tectônica

- não ocorre orogênese – ausência de dobramentos modernos.

- epirogênese?

Page 17: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

- Estrutura geológica: é o embasamento que recebe formas (estrutura é diferente de forma)

a) crátons: Era Pré-Cambriana – aproximadamente 4,5 bilhões de anos (escudos cristalinos + plataf. cobertas/embasamento cristalino) – 36% do território brasileiro.

- Brasil: dois grandes escudos: Guiano e Brasileiro

Estrutura Geológica Brasileira

Page 18: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

- 32% Era Arqueozóica (Serras do Mar e da Mantiqueira)

- 4% Era Proterozóica (Serra do Espinhaço, Escudo Guiano, Carajás, Serra do Navio, Maciço do Urucum, Oriximiná, etc.)

- Núcleos cristalinos arqueados: são escudos ou crátons Pré-Cambrianos aflorados por epirogênese

- Planaltos da Borborema e Sul-Rio-Grandense

Page 19: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

- Crátons ou dobramentos antigos – Pré-Cambrianos - ciclo brasiliano

- diastrofismo Laurenciano – Arqueozóico (Serras do Mar e Mantiqueira)

- diastrofismo Huroniano – Proterozóico (Serra do Espinhaço e Chapada Diamantina)

- diastrofismo Caledoniano – Siluriano/Devoniano (Serra dos Pirineus/GO)

Page 20: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

b) bacias sedimentares – 64% do território brasileiro – bacias fanerozóicas (abrange os últimos 543 milhões de anos)

- Era Paleozóica (60 milhões de anos): formação do carvão mineral no sul do país;

- Era Mesozóica (37 milhões de anos): formação das bacias Paranaica, São Franciscana e do Meio-Norte; formação do petróleo, atividades vulcânicas.

- Era Cenozóica (8,5 milhões de anos): - Terciário – bacia sedimentar Amazônica, ilhas vulcânicas,

sedimentação costeira.

- Quaternário – bacia sedimentar do Pantanal, sedimentação costeira, Ilha de Marajó.

Page 21: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

- Zonas hipsométricas: medidas altimétricas

- terras: baixas (0 a 200 metros) – 41%

- altas (201 a 1200 metros) – 58,46%

- culminantes (1201 metros...) – 0,54%

- Norte: Pico da Neblina (2.994 m); Pico 31 de Março (2.992 m); Monte Roraima (2.875 m); Monte Caburaí (1.456 m);

- Sudeste: Pico da Bandeira (2.890 m); Agulhas Negras (2.787 m);

- Sul: Morro da Igreja (1.808 m)

Page 22: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

• Formas de Relevo: - Planalto (desgaste > deposição)- Planície (deposição > desgaste)- Depressões (absolutas e relativas)

- periféricas: esculpidas em sedimentos de bacias sedimentares (Depr. Perif. da Borda Leste da Bacia do Paraná)- marginais: esculpidas em rochas cristalinas (Depressão Marginal Norte/Sul Amazônica)- Interplanálticas: esculpidas em rochas cristalinas entre planaltos (Depr. do Araguaia, Depr. do São Francisco, Depr. do Tocantins)

Page 23: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

Agentes modeladores do relevo

- agentes internos ou endógenos (vulcanismo e tectonismo)

- agentes externos ou exógenos (rios, geleiras, chuvas, ventos, mar, seres vivos, etc).

Page 24: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

Classificações do relevo brasileiro

- Projetos anteriores a 1949 – muita ênfase geológica e desprezo à geomorfologia;

a) Aroldo de Azevedo (1949) – ênfase geomorfológica e, secundariamente, geológica – 7 unidades:

- 4 planaltos (das Guianas e Brasileiro – Central, Atlântico e Meridional);

- 3 planícies (Amazônica, do Pantanal e Costeira);

Page 25: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

b) Aziz Ab’Sáber (1962) – 10 unidades:

- divide: Planalto Atlântico (Serras e Planaltos do Leste e Sudeste + Planalto Nordestino)

- acresenta: Planalto do Maranhão-Piauí + Planalto Uruguaio-Sul-Rio Grandense.

Page 26: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

c) Jurandyr Ross (1989) – Projeto Radam-Brasil – 28 unidades

novos procedimentos:

- morfoestrutura (estrutura geológica);

- morfoclimática (climas atuais);

- morfoescultura (climas antigos – paleoclimas).

níveis hierárquicos:

- 1º - geomorfologia

- 2º - estrutura geológica

- 3º - denominações locais/regionais

- grande novidade: depressão

Page 27: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE
Page 28: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

Casos especiais- Cuesta: é uma forma de relevo assimétrico, muito comum em sequências de

camadas sedimentares com mergulho fraco intercalando níveis mais resistentes à erosão do que outros e que controlam (Erosão Diferenciada). Assim, o desenvolvimento geomorfológico com uma topografia plana e de gradiente suave, segundo o sentido do mergulho das camadas, é contraposta por escarpas de cuesta no sentido contrário.

- zona de contato entre: Depressão Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná e Planalto Ocidental Paulista.

Page 29: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE

- inselbergs ou “montanhas-ilhas”- montanhas pré-cambrianas, geralmente monolíticas, de ganisse ou granito que emergem abruptamente do plano que as cerca. relevos residuais da Depressão Sertaneja do São Francisco (erosão diferencial).

- sal-gema: transgressões marinhas ocorridas no Pré-Cambriano na Depressão Sertaneja.

Page 30: Estrutura Geológica do Brasil UD II - ASSUNTO: 2.1. Os recursos naturais e as atividades econômicas – (geomorfologia/bases geológicas) BIBLIOGRAFIA DE