estrutura de concreto

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Estrutura de Concreto Concretagem - práticas A concretagem é a etapa final de um ciclo de execução da estrutura e, embora seja a de menor duração, necessita de um planejamento que considere os diversos fatores que interferem na produção, visando melhor aproveitamento de recursos. Basicamente, as etapas da concretagem podem ser resumidas em: Transporte O transporte do concreto é um item importante da concretagem, pois interfere diretamente nas definições das características do concreto (trabalhabilidade desejada, por exemplo), na produtividade do serviço e, se houver, na elaboração de um projeto para produção. O sistema de transporte deve ser tal que permita o lançamento direto nas fôrmas, evitando-se depósitos intermediários ou transferência de equipamentos. O tempo de duração do transporte deve ser o menor possível, para minimizar os efeitos relativos à redução da trabalhabilidade com o passar do tempo. De acordo com o grau de racionalização proporcionado pelo sistema de transporte, podemos classificá-los como: Sistema de transporte Capacidade Características Carrinho de mão Menos de 80 litros Concebido para movimentação de terra, seu uso improdutivo, pois há a dificuldade de equilíb em apenas uma roda. Jerica 110 a 180 litros Evolução do carrinho de mão, facilita a movimentação horizontal do concreto. Bombas de concreto 35 a 45 m3/hora Permite a continuidade no fluxo do material. Reduz a quantidade de mão de obra. Grua e caçamba 15 m3/hora Realiza a movimentação horizontal e vertical um único equipamento. Apresenta um abastecime

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Artigo Técnico (dicas)

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Estrutura de ConcretoConcretagem - prticasA concretagem a etapa final de um ciclo de execuo da estrutura e, embora seja a de menor durao, necessita de um planejamento que considere os diversos fatores que interferem na produo, visando melhor aproveitamento de recursos. Basicamente, as etapas da concretagem podem ser resumidas em:TransporteO transporte do concreto um item importante da concretagem, pois interfere diretamente nas definies das caractersticas do concreto (trabalhabilidade desejada, por exemplo), na produtividade do servio e, se houver, na elaborao de um projeto para produo.

O sistema de transporte deve ser tal que permita o lanamento direto nas frmas, evitando-se depsitos intermedirios ou transferncia de equipamentos. O tempo de durao do transporte deve ser o menor possvel, para minimizar os efeitos relativos reduo da trabalhabilidade com o passar do tempo. De acordo com o grau de racionalizao proporcionado pelo sistema de transporte, podemos classific-los como:Sistema de transporteCapacidadeCaractersticas

Carrinho de moMenos de 80 litrosConcebido para movimentao de terra, seu uso improdutivo, pois h a dificuldade de equilbrio em apenas uma roda.

Jerica110 a 180 litrosEvoluo do carrinho de mo, facilita a movimentao horizontal do concreto.

Bombas de concreto35 a 45 m3/horaPermite a continuidade no fluxo do material. Reduz a quantidade de mo de obra.

Grua e caamba15 m3/horaRealiza a movimentao horizontal e vertical com um nico equipamento. Apresenta um abastecimento do concreto descontinuado. Libera o elevador de cargas.

Para a escolha e o dimensionamento do sistema de transporte do concreto, considere: O volume a ser concretado. A velocidade de aplicao. A distncia - horizontal e vertical - entre o recebimento e a utilizao. O arranjo fsico do canteiro.Tipos de bomba

As bombas de concreto podem ser estacionrias ou acopladas a lanas. A bomba lana um equipamento com tubulao acoplada a uma lana mvel, montado sobre um veculo automotor. Tem a praticidade de movimentar mecanicamente o mangote, alm de no ter a necessidade de montar e desmontar a tubulao fixa. Tem como desvantagem a limitao da altura, as dimenses da laje e os espaos no canteiro.J a bomba estacionria um equipamento rebocvel para o lanamento do concreto. Tem presso maior, alcanando maiores alturas. Tem como desvantagem a necessidade de ter uma tubulao fixa, bem como a retirada e remontagem dos tubos no decorrer da concretagem.LanamentoEsta atividade geralmente realizada pelo prprio equipamento de transporte. Devido maior probabilidade de segregao do concreto durante as operaes de lanamento, a consistncia deve ser escolhida em funo do sistema a ser adotado. Os cuidados necessrios durante o lanamento so: O concreto preparado na obra deve ser lanado logo aps o amassamento, no sendo permitido intervalo superior a 1 hora aps o preparo. No concreto bombeado, o tamanho mximo dos agregados no deve ser superior a 1/3 do dimetro do tubo no caso de brita ou 2/5 no caso de seixo rolado. Em nenhuma hiptese o lanamento pode ocorrer aps o incio da pega. Nos pilares, a altura de queda livre do concreto no pode ser superior a 2 m, pois pode ocorrer a segregao dos componentes. Nas lajes e vigas, o concreto deve ser lanado encostado poro colocada anteriormente, no devendo formar montes separados de concreto para distribu-lo depois. Esse procedimento deve ser respeitado, pois possibilita a separao da argamassa que flui frente do agregado grado. Nas lajes, se o transporte do concreto for realizado com jericas, necessrio o emprego de passarelas ou caminhos apoiados sobre o assoalho da frma, para proteger a armadura e facilitar o transporte.

Quando o lanamento interrompido, formam-se juntas de concretagem, que devem ser tratadas, para garantir a ligao do concreto endurecido com o novo. Para isso, os locais da parada de concretagem devem ser estudados previamente, de modo que estejam localizadas em sees pouco solicitadas, para no influir no comportamento da estrutura.Em locais de maior solicitao, pode-se aplicar um adesivo estrutural na junta.

AtenoPara a opo do tipo de bomba deve-se considerar a altura do local onde ser concretado, dimenses e condies do canteiro.

O concreto bombeado exerce uma presso maior sobre o escoramento lateral, se compararmos com o lanamento convencional. Assim, importante que o travamento das frmas, bem como o escoramento, sejam reforados.Nos pilares, h empresas que realizam o lanamento s da argamassa no fundo da pea estrutural, para evitar o aparecimento de bicheiras. Esse procedimento no necessrio e, quando utilizado, devem ser tomados cuidados especiais para que a argamassa no permanea no fundo, sem misturar com o restante do concreto.DicaNos pilares, realize o lanamento do concreto em camadas inferiores a 50 cm, para que a vibrao seja realizada de forma eficiente.

AdensamentoAtividade que tem como funo retirar os vazios do concreto, diminuindo a porosidade e, consequentemente, aumentando a resistncia do elemento estrutural. Tem tambm a funo de acomodar o concreto na frma, para tornar as superfcies aparentes com textura lisa, plana e esttica.A energia e o tempo de adensamento dependem da trabalhabilidade do concreto, devendo crescer no sentido do emprego de concretos de consistncias plsticas para secas. O adensamento pode ser realizado de forma manual ou mecnica. No adensamento manual, utilizam-se barras de ao ou de madeira, que atuam como soquetes estreitos, que expulsam as bolhas de ar do concreto. um procedimento que exige experincia e tem baixa eficincia, de modo que deve ficar restrito a servios de pequeno porte, utilizando-se neste caso concretos com abatimentos superiores a 8 cm, tendo as camadas de concreto uma espessura mxima de 20 cm.Geralmente, o adensamento realizado mecanicamente e, neste caso, o equipamento mais utilizado o vibrador de imerso. Quando utilizar esse equipamento, a espessura das camadas no deve ser superior a 3/4 do comprimento da agulha e a distncia entre os pontos de aplicao do vibrador deve ser de 6 a 10 vezes o dimetro da agulha. Para agulhas com dimetros de 35 a 45 mm, as distncias variam de 25 a 35 cm.No caso de lajes, pode-se empregar tambm a rgua vibratria, que tem a vantagem de nivelar e adensar simultaneamente. O manuseio desse equipamento exige certa habilidade por parte de quem opera, alm de possuir limitaes quanto s dimenses e espessura da laje.

Cuidados

Durante o adensamento, deve-se evitar a vibrao da armadura, para que no se formem vazios ao seu redor, prejudicando a aderncia da armadura ao concreto. Deve-se tambm manter uma distncia de aproximadamente 10 cm da frma, para no forar excessivamente as paredes laterais. O tempo de vibrao depende da frequncia de vibrao, abatimento, forma dos agregados e densidade da armadura. melhor vibrar por perodos curtos em pontos prximos do que por muito tempo em pontos mais distantes. O excesso de vibrao produz segregao, de modo que o adensamento deve ser cessado quando a superfcie se tornar lisa e brilhante e quando no aparecer mais bolhas de ar na superfcie.

NivelamentoTambm denominada sarrafeamento, uma atividade realizada nas lajes e vigas. A ferramenta empregada o sarrafo, que pode ficar apoiado em mestras, que por sua vez definem a espessura das lajes.Para essa atividade, recomendvel que a frma da laje esteja nivelada, pois isso facilita o posicionamento correto das mestras. A fim de obter maior controle no nivelamento das lajes, pode-se empregar taliscas ou mestras metlicas.No caso dos pilares, em vez do nivelamento, realizada uma conferncia do prumo, pois durante a concretagem as frmas podem sair do ajuste inicial.

Acabamento superficialEtapa em que se procura proporcionar laje determinada textura. De acordo com o padro desejado, podemos ter os seguintes tipos de laje: Convencionais: aquelas em que no so realizados controles do nivelamento e da rugosidade superficial. Niveladas: possuem controle do nivelamento, para que o contrapiso seja aplicado com a espessura definida no projeto. Acabadas: tambm conhecidas como laje zero, oferecem um substrato com rugosidade superficial adequada, bem como controle de planeza e nivelamento, sem a camada de contrapiso.Existem diversos equipamentos que proporcionam rugosidade diferente superfcie do concreto. preciso utilizar o equipamento adequado para cada tipo de acabamento. Para essa operao, so utilizadas desempenadeiras metlica ou de madeira. As primeiras so empregadas para obter um acabamento liso na superfcie de concreto. Pelo fato de a desempenadeira de madeira propiciar um acabamento rugoso, utilizada quando a especificao do projeto indicar o uso de contrapiso.

Ganhos de produtividade podem ser obtidos com o uso de desempenadeiras motorizadas, devendo ser aplicadas a partir do instante em que for possvel caminhar sobre o concreto, e sem esse estar completamente endurecido. O momento adequado para essa operao ocorre quando o concreto suporta a presso do operrio, deixando apenas uma pequena marca da bota, com cerca de 2 mm de profundidade.AtenoPara a definio da espessura das lajes, pode-se empregar taliscas de ao, madeira ou argamassa. A laje zero aquela executada com controle de nivelamento, planeza e textura superficial coerentes com o revestimento que o piso ir receber. Para isso, o controle dos nveis mais rgido que o convencional, empregando-se, muitas vezes, equipamentos acabadores de superfcie.

CuraConjunto de medidas que tem como finalidade evitar a evaporao prematura da gua necessria hidratao do cimento. Consiste em realizar o controle do tempo, temperatura e condies de umidade aps o lanamento do concreto nas frmas.A realizao da cura fundamental para a garantia da resistncia desejada na estrutura, pois evita a ocorrncia de fissurao plstica do concreto, uma vez que impede a perda precoce da umidade. Essa proteo precisa ser feita atentando-se para os seguintes fatos: A cura deve ser iniciada assim que a superfcie tenha resistncia ao da gua. No caso de lajes, recomenda-se a cura por um perodo mnimo de 7 dias. O concreto deve estar saturado com gua at que os espaos ocupados pela gua sejam inteirados por produtos da hidratao do cimento. Em peas estruturais mais esbeltas ou quando empregado concreto de baixa resistncia compresso, deve-se realizar a cura com bastante cuidado, pois, nessas situaes, ocorre um decrscimo de resistncia compresso caso a cura no seja realizada. As temperaturas iniciais so as mais importantes para o concreto, sendo as baixas temperaturas mais prejudiciais ao crescimento da resistncia, enquanto as altas o aceleram. Dessa forma, no inverno, deve-se tomar cuidado com resistncias menores em idades baixas (7 ou 14 dias), enquanto no vero haver maior crescimento, desde que a cura seja realizada adequadamente.

Tipos de curaA cura da obra pode ser realizada por: Molhagem das frmas, no caso de pilares. Irrigao peridica das superfcies. Recobrimento com material para manter a estrutura sempre mida, podendo ser areia, sacos de aniagem, papel impermevel ou mantas. Pelculas de cura. Submerso. Cura a vaporO melhor agente de cura a gua potvel. Na impossibilidade de utiliz-la, podem ser empregadas as pelculas, produtos obtidos por solues ou emulses aquosas de resinas e parafinas que se depositam durante certo prazo sobre a superfcie do concreto, impedindo a dessecao prematura. Aps esse perodo so naturalmente destrudas ou carreadas pela ao das intempries, restabelecendo a superfcie natural do concreto.Quem Somos|Cadastro|F