estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

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Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos depositados nos recifes lateríticos na Área de Proteção Ambiental Costa das Algas, Aracruz - ES Sabrina Brahim Neves Dissertação de Mestrado em Biodiversidade Tropical Mestrado em Biodiversidade Tropical Universidade Federal do Espírito Santo São Mateus, março de 2015

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Page 1: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e

sedimentos depositados nos recifes lateríticos

na Área de Proteção Ambiental Costa das Algas,

Aracruz - ES

Sabrina Brahim Neves

Dissertação de Mestrado em Biodiversidade Tropical

Mestrado em Biodiversidade Tropical

Universidade Federal do Espírito Santo

São Mateus, março de 2015

Page 2: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos
Page 3: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)(Biblioteca Central da Universidade Federal do Espírito Santo, ES, Brasil)

Neves, Sabrina Brahim das, 1989- N518e Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimento

depositados nos recifes lateríticos na Área de Proteção AmbientalCosta das Algas, Aracruz-ES / Sabrina Brahim das Neves. – 2015.

77 f. : il.

Orientador: Mauricio Hostim Silva.Coorientador: Karla Gonçalves da Costa. Dissertação (Mestrado em Biodiversidade Tropical) –

Universidade Federal do Espírito Santo, Centro Universitário Norte do Espírito Santo.

1. Bentos. 2. Fauna marinha. 3. Variação (Biologia). 4. Zoobentos. I. Silva, Maurício Hostim, 1962-. II. Costa, Karla Gonçalves da, 1977-. III. Universidade Federal do Espírito Santo. Centro Universitário Norte do Espírito Santo. IV. Título.

CDU: 502

Page 5: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

AGRADECIMENTOS

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Supeiror (CAPES)

pela concessão da bolsa;

Ao professor Dr. Maurício Hostim Silva pela confiança ao aceitar ser meu

orientador, muito obrigada;

À minha orientadora e amiga Dra. Karla Gonçalves da Costa, responsável por

despertar há uns bons anos atrás meu interesse e amor pelos bentos.

Obrigada por me acompanhar na minha trajetória!

Ao professor Luis Fernando Duboc, por fazer parte da banca de avaliação, e

por toda colaboração durante esses dois anos estando sempre disposto a

ajudar;

Ao Guilherme H. Pereira Filho por aceitar participar da minha banca, todo o

apoio e incentivo;

À todos os docentes do PPGBT que contribuíram compartilhando

conhecimentos e prestando todo o apoio necessário para realização desse

trabalho;

Ao professor Dr. Franklin Noel Santos pela identificação dos Mollusca;

Ao Dr. Jesser Fidelis da UFPE pela recepção em seu laboratório e auxilio na

identificação dos Crustacea;

À todos (muitos!) estagiários do Laboratório de Ecologia Bentônica e

agregados, Nair e Geórgia, que me ajudaram nos campos, em todas as

etapas do laboratório, me aturando de mal humor e fazendo meus dias mais

divertidos. Um obrigado especial para a Gi. Valeu!

À Jaqueline por ser um exemplo de determinação e superação, me fazendo rir

nos dias mais cansativos.

Ao Gean, muuuito obrigado! Pela amizade, caronas, artigos, companhia até

tarde no laboratório, muitas risadas e todo o resto!

À minhas colegas de turma, 2013/01, que me fizeram aprender com as

diferenças;

À Roney, pelo amor, companheirismo, incentivo e muita paciência!

Aos meus pais, irmão e minha família pelo total apoio. Gratidão, gratidão!

Page 6: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 10

2. OBJETIVOS .............................................................................................. 14

2.1. Objetivo Geral ..................................................................................... 14

2.2. Objetivos Específicos .......................................................................... 14

3. MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................ 15

3.1 Área de Estudo ................................................................................... 15

3.2 Procedimentos de campo .................................................................... 18

3.2.3 Coleta dos rodolitos ...................................................................... 20

3.3 Procedimentos de laboratório ............................................................. 21

3.3.1 Fauna associada ao sedimento inconsolidado ............................. 21

3.3.2. Fauna associada ao rodolito ......................................................... 21

3.3.3. Granulometria e matéria orgânica do sedimento .......................... 22

3.3.4. Matéria Orgânica dos rodolitos ..................................................... 23

3.4. Análise de dados ................................................................................. 23

4. RESULTADOS .......................................................................................... 25

4.1 Fatores abióticos ................................................................................. 25

4.1.1 Características sedimentológicas ................................................. 25

4.1.2 Características dos nódulos ......................................................... 26

4.2 Meiofauna ........................................................................................... 28

4.3 Macrofauna ......................................................................................... 36

5. DISCUSSÃO ............................................................................................. 48

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 56

7. REFERÊNCIAS ......................................................................................... 58

Page 7: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Mapa da área de estudo. Em destaque a Praia de Gramuté, os

limites da Área de Proteção Ambiental Costa das Algas e Refúgio da Vida

Silvestre de Santa Cruz. ................................................................................... 16

Figura 2: Precipitação mensal acumulada (mm; barras) e média mensal das

temperaturas (ºC; linhas) registradas de abril de 2013 a março de 2014. Setas

indicam meses de coleta. ................................................................................. 18

Figura 3: Foto da Praia de Gramuté, evidenciando as poças de erosão e

mesolitoral exposto. ......................................................................................... 19

Figura 4: Delineamento amostral, expondo os três fatores estudados (estações

do ano, zonas de praia e substratos). .............................................................. 19

Figura 5: Porcentagem média de matéria orgânica nos sedimentos em cada

estação do ano, nas três zonas da praia (Média ± intervalo de confiança). ..... 26

Figura 6: Diagrama Tri-plot (Graham & Midgley 2000) com a forma dos

nódulos baseados nas medidas dos três eixos. Em ambos n=48. ................... 27

Figura 7: Porcentagem média de matéria orgânica nos rodolitos em cada

estação do ano, nas três zonas da praia (Média ± intervalo de confiança). ..... 28

Figura 8: Número de táxons da meiofauna bentônica entre os substratos (a),

estações do ano (b), zonas da praia (c), substrato X estação (d) e substrato X

zonação (e) da praia de Gramuté-ES (Média ± Intervalo de confiança). S() =

sedimento; R() =rodolito; O =outono; I =inverno; P =primavera; V= verão;

IL=infralitoral; ML= mesolitoral; PE=poça de erosão. Barras de erros indicam

intervalo de confiança de 95%. ........................................................................ 30

Figura 9: Densidade (indivíduos/cm³) da meiofauna bentônica entre os

substratos (a), estações do ano (b), zonas da praia (c), substrato X estação (d)

e substrato X zonação (e) da praia de Gramuté-ES. (Média ± Intervalo de

confiança). S() = sedimento; R() =rodolito; O =outono; I =inverno; P

=primavera; V= verão; IL=infralitoral; ML= mesolitoral; PE=poça de erosão. ... 30

Figura 10: Curva de dominância acumulada (%) dos grupos meiofaunais

coletados por estação do ano (a) e zona (b) da Praia de Gramuté. O =outono; I

=inverno; P =primavera; V= verão; IL=infralitoral; ML= mesolitoral; PE=poça de

erosão. ............................................................................................................. 31

Page 8: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

Figura 11: Densidade (indiv./cm³) dos grupos taxonômicos mais abundantes.

a) Crustacea, b) Nematoda e c) Polychaeta. Barras em branco representam

sedimento e em cinza rodolitos (Média ± intervalo de confiança). S() =

sedimento; R() =rodolito; O =outono; I =inverno; P =primavera; V= verão;

IL=infralitoral; ML= mesolitoral; PE=poça de erosão. ....................................... 33

Figura 12: Análise de ordenação (MDS) da meiofauna bentônica nos diferentes

substratos (a), estações do ano (b) e zonas (c) na Praia de Gramuté, ES. ..... 35

Figura 13: Abundância da macrofauna (sedimento + rodolito) por estação do

ano e zonação na praia de Gramuté, ES. (Média ± Intervalo de confiança) O

=outono; I =inverno; P =primavera; V= verão; IL=infralitoral; ML= mesolitoral;

PE=poça de erosão. ......................................................................................... 37

Figura 14: Densidade da macrofauna dos sedimentos (indiv./100Cm²) (a), e

associados aos rodolitos (indiv./100cm³) (b) por estação do ano e zonação na

praia de Gramuté, ES. (Média ± Intervalo de confiança) O =outono; I =inverno;

P =primavera; V= verão; IL=infralitoral; ML= mesolitoral; PE=poça de erosão. 38

Figura 15: Análise de variância não paramétrica do número de espécies

estimadas (n=50) da macrofauna bentônica entre os substratos(a), estações do

ano(b), zonas da praia (c), substrato X estação (d) e substrato X zonação (e)

da praia de Gramuté-ES. (Média ± Intervalo de confiança). S()= sedimento;

R()=rodolito; O =outono; I =inverno; P =primavera; V= verão; IL= infralitoral;

ML= mesolitoral; PE=poça de erosão. ............................................................. 39

Figura 16: Densidade (indivíduos/100cm²) dos três táxons mais abundantes no

sedimento arenoso da Praia de Gramuté por estação do ano e zonas da praia

(Média ± Intervalo de confiança). O =outono; I =inverno; P =primavera; V=

verão; IL=infralitoral; ML= mesolitoral; PE=poça de erosão. ............................ 41

Figura 17: Densidade (indivíduos/100cm³) dos três táxons mais abundantes

associado a rodolitos da Praia de Gramuté por estação do ano e zonas de

praia. (Média ± Intervalo de confiança). O =outono; I =inverno; P =primavera;

V= verão; IL=infralitoral; ML= mesolitoral; PE=poça de erosão........................ 43

Figura 18: Análise de ordenação (MDS) da macrofauna bentônica nos

diferentes substratos (a) e entre as estações do ano (b) e zonas (c) na Praia de

Gramuté, ES. .................................................................................................... 45

Page 9: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Temperatura (ºC) e salinidade da água durante as estações do ano

coletadas. ......................................................................................................... 17

Tabela 2: Parâmetros sedimentológicos em cada estação do ano, nas três

zonas da praia. (CAS, cascalho; ARE, areia; SIL, silte; ARG, argila). .............. 25

Tabela 3: Média (erro padrão) dos diâmetros médios(cm) e porosidade (cm³)

dos nódulos em cada faixa nas estações do ano. (±erro padrão). ................... 26

Tabela 4: Resultado SIMPER para a dissimilaridade dos grupos taxonômicos

da meiofauna bentônica entre os substratos e estações no ano...................... 35

Tabela 5: Resultados da análise de similaridade ANOSIM da macrofauna

bentônica na Praia de Gramuté, ES. ................................................................ 45

Tabela 6: Resultado SIMPER para a dissimilaridade dos táxons da macrofauna

bentônica entre os substratos e estações no ano. ........................................... 46

Page 10: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

RESUMO

Os recifes de arenito exercem um importante papel na zona costeira abrigando

grande diversidade de organismos, como invertebrados bentônicos e peixes,

fornecendo proteção e alimento. Prestam diversos serviços ecossistêmicos e são

reconhecidos ambientes de alta produtividade, constituindo um sistema

autossustentável. No Espírito Santo esses ambientes possuem sedimento

inconsolidado depositados sobre os recifes, composto predominantemente por

material bioclástico como fragmentos de conchas e algas, como os rodolitos. Rodolitos

são algas calcárias de vida livre que exibem estrutura tridimensional. Por modificarem

as características físicas do ambiente, propiciam a criação de novos microhabitats

passiveis de serem habitados por diversos organismos. Dessa forma, o objetivo do

presente estudo foi caracterizar a composição e distribuição espaço-temporal da

comunidade bentônica associadas aos rodolitos e nos sedimentos depositados nos

recifes lateríticos da Praia de Gramuté, Aracruz-Es, inserida na Área de Proteção

Costa das Algas. Análises uni- e multifatoriais evidenciaram diferenças significativas

dos componentes da fauna bentônica entre os substratos (p<0,05). Meio e

macrofauna tiveram maior número de táxons associados aos rodolitos que nos

sedimentos. A densidade da meiofauna também foi muito superior nos rodolitos. O

sedimento teve maior quantidade de organismos da macrofauna que os rodolitos.

Copepoda foi o grupo taxonômico mais abundante da meiofauna, seguido por

Nematoda e Polychaeta. Para a macrofauna, os Polychaeta, principalmente da família

de Syllidae, apresentaram maior densidade em todo o estudo em ambos os

substratos, seguidos por Crustacea e Nematada no sedimento, e Ophiuroidea no

rodolito. Riqueza e densidade de macro e meiofauna apresentaram diferenças

espaciais e temporais, porém macro e meiofauna se comportaram de maneiras

diferentes. As análises multivariadas corroboraram com os resultados das univariadas,

evidenciando variações entre os substratos, estação e zonas da praia. A presença dos

rodolitos na praia de Gramuté contribui para o aumento da heterogeneidade do

ecossistema, que eleva a riqueza de táxons e abundância do bentos no ambiente. A

caracterização da comunidade bentônica e a descrição de sua dinâmica, aspectos

aqui abordados, são de suma importância para auxiliar nas ações de conservação.

Palavras-chave: Macrofauna, meiofauna, variação espacial e sazonal.

Page 11: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

ABSTRACT

Sandstone reefs have an important role in the costal zone sheltering a great

diversity of organisms, such as benthic invertebrates and fishes, providing protection

and food. They pay services to the ecosystems and they are recognized environments

of great productivity, constituting a self-sustainable system. In Espírito Santo these

environments have unconsolidated sediment deposited over the reefs, mainly

composed of bioclastic material like fragments of shells and seaweed, like the

rhodolith. Rhodoliths are free-living calcareous seaweeds that display three-

dimensional structures. By modifying the environment's physical characteristics, they

appease the creation of new microhabitats passable of being inhabited by several

organisms. This way, the objective of this study was to characterize the spacial and

temporal composition and distribution of the benthic community associated to the

rhodolith and in the deposited sediments in the lateritic reeds of Gramuté Beach,

Aracruz-ES, embbeded in the Costa das Algas Environmental Protection Area. Uni and

multifactor analysis showed significant differences in the benthic fauna components

among the substrates (p<0,05). Meio and macrofauna had higher number of taxa

associated to the rhodolith than in the sediments. The density of the meiofauna was

also superior than the rhodolith. On the other hand, the sediment had a higher quantity

of organisms of macrofauna organisms than the rhodolith. Copepoda was the mos

abundant taxanomic group of the meiofauna, followed by Nematoda and Polychaeta.

For the macrofauna, the Polychaeta, from the Syllidae family mainly, presented the

higher density throughout all the study in both substrates, followed by the Crustacea

and the Nematada in the sediment, and the Ophiuroidea in the rhodolith. Richness and

density of macro and meiofauna presented spacial and temporal differences, although

macro and meiofauna behaved in different ways. Multivariate analysis corroborate with

the results of the univariate, showing variations between substrates, seasons and

beach zones. The presence of the rhodolith in the beach of Gramuté contributes to the

increase of the heterogeneity of the ecosystem, that increases the richness of taxas

and the abundance of benthos in the environment. The characterization of the benthic

community and the description of this dynamic aspects discussed here are of

extremely importance to assist in conservative actions.

Keywords: macrofauna, meiofauna, seasonal variation, spatial variation.

Page 12: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

10

1. INTRODUÇÃO

Os recifes de arenito, comumente chamados na literatura de arenitos de

praia ou beachrocks, são rochas sedimentares formadas por cimentação de

grãos dispostas paralelamente à linha de costa, na zona intertidal (SUGUIO,

1992). Possuem ampla distribuição global, porém são frequentemente

encontrados em regiões tropicais, visto que é necessária temperatura média da

água acima de 20ºC em pelo menos seis meses no ano para que ocorra o

processo de cimentação (COOPER, 1991). São considerados bons indicadores

geológicos do nível do mar, além de proteger a linha de costa contra processos

erosivos, dissipando a energia das ondas (SUGUIO, 2003; SUPERGEON, 2003;

FERREIRA-JÚNIOR, 2012).

Os recifes exercem um importante papel na zona costeira, desempenhando

função de fundação, sobre os quais podem se desenvolver recifes de coral ou

de outros organismos (VIANA, 2013). Uma grande diversidade de organismos,

como invertebrados bentônicos e peixes, se beneficiam desses recifes que

fornecem abrigo e alimento. São reconhecidos por serem ambientes de alta

produtividade (BAPTISTA, 2010; MARANHÃO, 2003), constituindo um sistema

autossustentável (LORENZI, 2004).

No Brasil, os grãos de quartzo são os principais minerais formadores dos

recifes de arenito, constituindo cerca de 90% do sedimento cimentado

(STODDART, 1965; FERREIRA-JÚNIOR, 2012). O cimento aglutinante pode ser

composto de carbonato de cálcio e também de óxido de ferro (BAPTISTA, 2010),

sendo os últimos chamados arenitos ferruginosos, de coloração avermelhada.

No litoral do Espírito Santo, a ocorrência de arenitos ferruginosos estão

associados à Formação Barreiras (VILLAÇA, 2009; ALBINO et al., 2000) e são

terraços de abrasão que permanecem expostos durante a maré baixa.

É comum a retenção de sedimentos inconsolidados sobre os recifes de

arenito, no qual há ocorrência de uma diversa comunidade bentônica (VIANA,

2013). No caso do Espírito Santo, o sedimento depositado é composto

predominantemente por material bioclástico como fragmentos de conchas e

algas (ALBINO & SUGUIO, 1999; ALBINO, 2000), além de cobertura de

macroalgas aderidas (MIOSSI et al., 2004; BARATA, 2004) e de vida livre, como

Page 13: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

11

os rodolitos que são trazidos até a praia pelo fenômeno da arribada (DIAS &

VILAÇA, 2009) e contribuem para a sedimentação local.

Rodolitos são algas calcárias não-articuladas (Rhodophyta, Corallinales e

Sporolithales) (FOSTER, 2001) de vida livre, que crescem não aderidas a um

substrato, formando nódulos. São encontrados desde a zona entre-marés,

poças de maré (PEÑA & BARBARA, 2008) até profundidades onde haja

luminosidade suficiente para processo de fotossíntese (FOSTER, 2001).

Também há registros de rodolitos mortos ou fragmentos, contribuindo para

formação de praias e dunas (SEWELL et al., 2007).

Quando encontrado em grandes concentrações cobrindo amplas áreas, os

rodolitos formam bancos (AMADO-FILHO & PEREIRA-FILHO, 2012). Bancos de

rodolitos possuem relevante importância em diversos processos ecológicos nos

ecossistemas marinhos (VILLAS-BÔAS et al., 2014). Entre os serviços

ecossistêmicos prestados por esses bancos destaca-se o fornecimento de

microhabitats para uma grande diversidade de fauna e flora associadas (ÁVILA

& RIOSMEMA-RODRIGUES, 2011), informações sobre o passado geológico

marinho e também contribuem para a manutenção do pH da agua do mar

(ÁVILA & RIOSMEMA-RODRIGUES, 2011; GONDIM et al., 2014). Além disso, os

rodolitos possuem deposição de CaCO3, explicando a contribuição de até 95%

da biomassa da alga (AMANCIO, 2007). Os rodolitos têm ampla utilização

econômica, por exemplo, como fertilizantes, corretor de solo, purificação de

água potável e indústria farmacêutica e de cosméticos (DIAS, 2000; DE GRAVE

et al., 2000). A plataforma continental brasileira possui a maior área de bancos

de rodolitos do mundo (AMADO-FILHO et al., 2012).

Os rodolitos exibem uma forma tridimensional e, por modificarem as

características físicas do ambiente, podem ser classificados como “engenheiros

do ecossistema” (BRUNO & BERTNESS, 2001; FIGUEIREDO et al., 2007;

BERLANDI et al., 2011; NELSON, 2009). Assim, propiciam a criação de novos

microhabitats passiveis de serem habitados por outras algas, invertebrados e

peixes, alguns de importância comercial (DE GRAVE, 1999; AMADO-FILHO &

PEREIRA-FILHO, 2012; GONDIM et al., 2014), além de servirem de berçário para

diversas espécies (KAMENOS et al., 2004; GONDIM, 2014).

Page 14: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

12

STELLER (1993) adotou a classificação dos invertebrados como: Epifauna,

os organismos que vivem na superfície de rodolitos e outros substratos;

criptofauna, os indivíduos que habitam as fendas do nódulo e; infauna, os que

ficam enterrados nos sedimentos inconsolidados.

Por possuírem lento crescimento são considerados recursos não-

renováveis (RIUL et al., 2009; BLAKE & MAGGS, 2003). O fato das agregações

de rodolitos estarem localizados em zonas costeiras de baixas profundidades

faz com que tais organismos sejam mais vulneráveis ás ações antrópicas.

Os bancos de rodolitos brasileiros, sobretudo os localizados no litoral do

Espírito Santo, têm sido alvos de intensa exploração (AMADO-FILHO et al.,

2007) e diversas empresas de mineração já requereram junto ao Departamento

Nacional de Produção Mineral – DNPM a permissão de exploração dos

recursos carbonáticos (ALGADERMIS, 2010). A explotação dos nódulos resulta

na redução de populações associadas e degradação do ambiente como um

todo (FOSTER, 2001). Consequentemente, tais ecossistemas são considerados

como de alta prioridade para conservação (MMA 2002). A lacuna de

informações sobre o papel ecológico do ecossistema, somadas a grande

pressão econômica tornam mais difíceis a estratégias de conservação e gestão

(PASCELLI et al., 2013).

Estudos sobre bancos de rodolitos aumentaram consideravelmente em todo

o mundo nas ultimas décadas (KONAR et al., 2006; PEÑA, & BARBARA, 2008;

BAHIA et al., 2010; AMADO-FILHO et al., 2012a), principalmente estudos

descritivos e ecológicos sobre flora bentônica (RIUL et al., 2009; AMADO-FILHO

et al., 2010). No Brasil poucos estudos de macrofauna associada aos rodolitos

foram desenvolvidos, destacando-se estudos com comunidades de ascídias,

poliquetas, moluscos e equinodermos (ROCHA et al., 2006; METRI, 2006;

FIGUEIREDO et al., 2007; DOS SANTOS et al., 2011; BERLANDI et al., 2011;

GONDIM, 2014; DUARTE, 2011). Entretanto ainda são escassas na literatura

pesquisas relacionadas à fauna de invertebrados associada aos rodolitos

arribados em praias.

A importância ecológica dos recifes de arenito somada á presença de

rodolitos no ambiente, assim como a escassez de estudos sobre estes

ecossistemas no Brasil, sobretudo na Área de Proteção Ambiental Costa das

Page 15: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

13

Algas, foi o principal estímulo para a proposição deste trabalho. Acredita-se

que para a implantação de ações de manejo e conservação em ecossistemas

marinhos, primeiro existe a necessidade de determinar a composição e a

estruturas das comunidades presentes em um ecossistema, assim como sua

dinâmica ao longo do espaço e tempo.

Portanto, espera-se que as informações aqui levantadas constituam uma

base útil para a realização de estudos sobre biodiversidade, além de fornecer

informações para a elaboração de plano de manejo e conservação do

ambiente.

Page 16: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

14

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Caracterizar a estrutura da comunidade bentônica (meio e macrofauna)

presente nas concreções lateríticas da Praia de Gramuté, Aracruz-ES.

2.2. Objetivos Específicos

Descrever as comunidades bentônicas presentes nos rodolitos e nos

sedimentos depositados nas concreções;

Verificar a distribuição espacial da fauna bentônica em três zonas da

praia;

Estimar a variação sazonal na estrutura da fauna bentônica de rodolitos

e sedimentos depositados;

Determinar a granulometria do sedimento e a matéria orgânica presente

nos diferentes substratos e sua relação com a estrutura da fauna

encontrada

Page 17: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

15

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Área de Estudo

O estudo foi realizado na praia de Gramuté (19º58’S e 40º08”W), no

município de Aracruz, Espírito Santo, que se encontra inserida na Área de

Proteção Ambiental (APA) Costa das Algas (Figura 1). Na região existe

também o Refúgio da Vida Silvestre (RVS) de Santa Cruz.

Essas Unidades de Conservação marinhas foram criadas em Julho de 2010

com objetivo de proteger a diversidade biológica local, priorizando os

ambientes colonizados por algas e fauna bentônica associada, manguezais,

vegetações costeiras e formações sedimentares. Pretendem, também, a

valorização das atividades pesqueiras e extrativistas por comunidades

tradicionais, garantindo assim a conservação da biodiversidade. As mesmas

não possuem plano de manejo nem outros instrumentos de planejamento de

gestão (CNUC –MMA, 2014).

Segundo a caracterização fisiográfica do litoral de Aracruz-ES, a praia

de Gramuté está inserida em um terraço de abrasão da Formação Barreiras

(ALBINO & SUGUIO, 1999; MARTIN et al., 1996), com substrato recoberto por

formações de arenito de praia ferruginoso, com espessura menor que 1 m e

que permanecem expostos na baixamar, atingindo grandes extensões do meso

e infralitoral (ALBINO et al., 2006).

A presença dessas couraças lateríticas provoca dissipação das ondas

de mar aberto quando atingem águas rasas, caracterizando um baixo

hidrodinamismo na região (GOMES, 2008). Todavia, a energia das ondas é o

principal responsável pela erosão nesse ambiente (LONGO, 1997). A constante

erosão provocada pelas ondas favorece a formação de escavações

semelhantes a poças de maré. Porém, tais poças recebem influxo de água pelo

fundo, não se mantendo isoladas da massa d’água. Como essa característica

não permite a denominação dessas escavações como poças de maré, neste

trabalho será utilizado a terminologia “poças-de-erosão”, proposta por Longo

(1997).

Page 18: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

16

Figura 1: Mapa da área de estudo. Em destaque em vermelho a Praia de Gramuté, os

limites da Área de Proteção Ambiental Costa das Algas e Refúgio da Vida Silvestre de

Santa Cruz.

Page 19: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

17

Durante as coletas, foram medidas e registradas a salinidade e

temperatura da água no infralitoral, com termômetro e refratômetro,

respectivamente. A salinidade manteve-se praticamente constante em 38,

variando para 39 no verão e a temperatura da água foi a menor no outono com

26,2ºC e maior no verão, com 29,5ºC. Os valores encontram-se na Tabela 1.

Tabela 1: Temperatura (ºC) e salinidade da água durante as estações do ano coletadas.

Outono Inverno Primavera Verão

Temperatura da água (ºC) 26,2 28,0 28,0 29,5

Salinidade 38 38 38 39

Durante o período do estudo, as temperaturas atmosféricas médias

variaram entre o máximo de 27,2ºC em fevereiro e os valores mínimos

registrados em julho e agosto, ambos com média de 22,4ºC (Figura 2).

Setembro correspondeu ao mês mais seco do período estudado, enquanto que

o final da primavera e inicio do verão foi caracterizado por picos de

precipitação, com valores de pluviosidade acumulada muito superior aos outros

meses do ano (INCAPER, 2014). Dados meteorológicos como pluviosidade e

temperatura atmosférica durante todo o período estudado foram obtidos pela

estação automática mais próxima, da cidade de Vitória-ES (INMET, 2104).

Page 20: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

18

Figura 2: Precipitação mensal acumulada (mm; barras) e média mensal das temperaturas (ºC; linhas) registradas de abril de 2013 a março de 2014. Setas indicam meses de coleta.

3.2 Procedimentos de campo

3.2.1 Delineamento amostral

Para caracterização da fauna bentônica, foram realizadas quatro

amostragens, nos meses de maio, agosto e dezembro de 2013 e fevereiro de

2014, correspondendo respectivamente às estações Outono, Inverno,

Primavera e Verão. Em cada amostragem, as coletas ocorreram no infralitoral

raso (<1m), mesolitoral e poça de erosão (Figura 3). Dentro dessas zonas,

foram coletados rodolitos e sedimento não consolidado, como demostrado no

desenho amostral (Figura 4). As amostragens foram realizadas sempre na

baixamar da maré de sizígia, com licença concedida pelo Sistema de

Autorização e Informação da Biodiversidade – SISBIO, sob número 23658-1.

77 77 83 62

83

33

66

357

711

51 40

76

0

5

10

15

20

25

30

0

200

400

600

800

Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar

Te

mp

era

tura

dia

(ºC

)

Pre

cipi

taçã

o (m

m)

Precipitação Temperatura média

Page 21: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

19

Figura 3: Foto da Praia de Gramuté, evidenciando as poças de erosão e mesolitoral exposto.

Figura 4: Delineamento amostral, expondo os três fatores estudados (estações do ano,

zonas de praia e substratos).

Poça de Erosão

Mesolitoral

Page 22: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

20

3.2.2 Coleta de sedimento

Em cada zona do recife, foram coletadas quatro réplicas de sedimento para

análise da macrofauna e quatro para meiofauna. Uma vez que o fundo da área

de estudo é extremamente fragmentado, contendo substrato consolidado

subsuperficialmente, as amostras para macrofauna foram obtidas com auxílio

de quadrat (área = 225cm²), onde o material foi retirado da área delimitada com

auxilio de colher e raspagem com PVC. Esse sedimento foi lavado em campo

com rede de malha 500µm, acondicionados em sacos plásticos e fixado com

formalina a 10%.

Já as amostras de meiofauna foram retiradas com uma seringa plástica (2

cm de diâmetro e profundidade de 5 cm 15,7 cm3), acondicionadas em

frascos plásticos e fixadas em solução de formalina a 10%.

Para os parâmetros sedimentológicos granulometria e conteúdo orgânico

foram coletadas três réplicas de sedimento em cada zona, com os mesmos

coletores utilizados para as amostras de macrofauna, e acondicionadas em

sacos plásticos.

3.2.3 Coleta dos rodolitos

Para a amostragem dos rodolitos, foram coletados quatro nódulos

manualmente de cada zona, acondicionados em sacos plásticos, com

acréscimo de Cloreto de Magnésio (MgCl2) à 7%, que é utilizado como

anestésico para a fauna e, após 2 horas, fixados com solução de formalina a

10%. O mesmo nódulo foi utilizado para caracterização da macro e da

meiofauna de rodolitos.

Além dos nódulos para analise da fauna, também foram tomadas três

amostras de rodolitos em cada zonação para quantificação da matéria

orgânica.

Page 23: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

21

3.3 Procedimentos de laboratório

3.3.1 Fauna associada ao sedimento inconsolidado

Em laboratório, as amostras de sedimento contendo a macrofauna foram

lavadas em peneira com abertura de malha de 500 µm. O material retido foi

triado com auxílio de microscópio estereoscópico e os organismos encontrados

foram identificados no menor táxon possível.

Para identificação e quantificação da meiofauna, inicialmente as amostras

foram lavadas em um jogo de peneiras de 500 e 63 µm. Após o peneiramento,

a fauna retida na peneira de menor malha foi separada do sedimento por

flotação em solução de açúcar com densidade relativa de 1,14 (ESTEVES et. al.,

1995). Posteriormente, as amostras foram transferidas para glicerol e lâminas

semipermanentes foram confeccionadas. A meiofauna foi identificada em

grandes grupos taxonômicos e quantificada.

3.3.2. Fauna associada ao rodolito

Em laboratório, inicialmente os rodolitos passaram por uma pré-lavagem

em jogos de peneiras com abertura de malha de 500 µm e 63 µm. Após a

lavagem, todos os nódulos foram fotografados e passaram por processo de

retirada da flora associada.

Posteriormente foram tomadas medidas dos eixos maior, intermediário e

menor (x, y e z, respectivamente). Tais medidas foram utilizadas para

determinação do diâmetro médio e esfericidade conforme proposto por Sneed

& Folk (1958).

Os cálculos do volume e porosidade dos nódulos foram feitos a partir de

emersão em recipiente graduado com volume inicial conhecido. Primeiro, os

rodolitos foram encapados com papel filme e submergidos. A diferença entre o

volume inicial e o deslocamento do líquido foi chamado de Volume Total ou V1.

Para medir a porosidade e também facilitar a remoção da infauna, os rodolitos

foram cuidadosamente quebrados com auxílio de um prego e martelo. Os

fragmentos do rodolito provenientes da quebra foram triados para remoção da

Page 24: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

22

fauna interna e foram novamente submetidos à emersão, para o calculo do

deslocamento do líquido consistindo, agora, no Volume Real ou V2. Com a

subtração do V1 pelo V2 têm-se a porosidade do nódulo.

Após essa etapa, os fragmentos foram novamente lavados sob o

mesmo jogo de peneiras sobrepostas. O material retido na peneira de maior

malha foi triado com auxílio de microscópio estereoscópio e a macrofauna

encontrada foi identificada ao menor táxon possível, com chaves de

identificação e ajuda de especialistas. O restante do material, retido na peneira

de 63 µm de abertura foi armazenado em álcool 70% para posterior análise da

meiofauna.

Dentre todos os organismos identificados, parte dos crustáceos foi

depositado na Coleção Carcinológica do Museu de Oceanografia “Prof.

Petrônio Alves Coelho” da Universidade Federal de Pernambuco, e o restante,

junto com os demais grupos, será depositado na coleção de Zoologica do

CEUNES/UFES.

Repetiu-se com o material retido na peneira de 63 µm proveniente da

lavagem dos rodolitos mesmo procedimento realizado para extração e

identificação da meiofauna do sedimento inconsolidado.

3.3.3. Granulometria e matéria orgânica do sedimento

As amostras de sedimento destinadas às análises granulométricas e

conteúdo de matéria orgânica foram lavadas para a retirada do sal e secas em

estufa a 80ºC por 48 horas. Após seco, 50 g de sedimento foi separado para

peneiramento utilizando peneiras granulométricas, sendo determinadas as

porcentagens das frações granulométricas (SUGUIO, 1973).

Separou-se também aproximadamente 50 g do sedimento para

determinação da matéria orgânica, o que foi realizado através de combustão

em mufla à 550ºC por 1 hora. A diferença do peso inicial da amostra e após a

calcinação determinou a quantidade de matéria orgânica.

Page 25: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

23

3.3.4. Matéria Orgânica dos rodolitos

Os rodolitos coletados para análise de teor de matéria orgânica foram

lavados para a retirada do sal e secos em estufa. Depois, foram macerados e

separou-se uma alíquota de aproximadamente 50 g. Repetiu-se o

procedimento utilizado para quantificação de matéria orgânica no sedimento.

3.4. Análise de dados

Para os componentes da fauna bentônica (meiofauna e macrofauna),

medidas univariadas incluíram densidade (indivíduos/100 cm³ - para meiofauna

de ambos os substratos e macrofauna associada a rodolitos; indivíduos/cm² -

para macrofauna de sedimento); número de grupos taxônomicos para

meiofauna, diversidade de Shannon-Wiener (H’- Log2) e o número esperado de

espécies (ESn) para macrofauna. Esse último é menos dependente do

tamanho das amostras (SOETAERT & HEIP, 1995), foi baseado na técnica de

rarefação de Sanders (1968) e modificado por Hurlbert (1971). Nesse índice, o

número de espécies esperado (ES) de cada amostra é calculado para um

número determinado de indivíduos. No presente estudo foram definidos 50

indivíduos (ES50).

Para testar a significância das variações dos descritores univariados da

fauna e demais variáveis (granulometria, matéria orgânica, biometria do

rodolito) foram aplicadas análises de variância paramétrica (ANOVA), com

dados transformados se possivel, ou não-paramétrico (Kruskal-Wallis),

dependendo do resultado do teste de homogeneidade Cochran. Testes de

comparação de Fisher, para dados paramétricos, e testes de comparações

múltiplas, para dados não paramétricos, foram utilizados quando diferenças

significativas foram detectadas (p<0,05) pela ANOVA e Kruskal-Wallis,

respectivamente.

Em relação às análises multivariadas, matrizes de similaridade foram

construídas utilizando o índice de dissimilaridade de Bray-Curtis a partir dos

dados da fauna bentônica. Para os testes da meiofauna, utilizou-se a

densidade (indivíduos/100 cm³) transformados em log(x+1).Já para a

macrofauna, os dados de abundância foram transformados em abundância

Page 26: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

24

relativa de cada tâxon para eliminar o problema de comparações de amostras

com diferentes tamanhos. Os dados foram ordenados e plotados através da

análise de ordenação (MDS, Multidimensional Scaling) e testados por meio da

análise de similaridade não paramétrica ANOSIM. A contribuição relativa de

cada espécie para a dissimilaridade entre os fatores, quando encontrada, foi

determinada através da análise de classificação SIMPER.

As análises uni- e multivariadas acima citadas foram realizadas como

proposto por Elliot (1979), Field et al. (1982), Burd et al. (1990), Clarke &

Ainsworth (1993) e Clarke & Warwick (1994).

Para a realização das análises estatísticas foram utilizadas os aplicativos

STATISTICA, PRIMER, e para o processamento dos dados das análises

granulométricas, o SysGran.

Para o cálculo de esfericidade, foram utilizados as medidas dos nódulos,

inseridos na planilha TRILOP de Graham & Midgley (2000) que classifica os

rodolitos em formas esferoidal, discoide e elipsoidal.

Page 27: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

25

4. RESULTADOS

4.1 Fatores abióticos

4.1.1 Características sedimentológicas

Os parâmetros de sedimento analisados são mostrados na Tabela 2. Em

geral, em todas as estações do ano e em todas as zonas da praia, o sedimento

era composto principalmente pelas frações de areia grossa e areia muito

grossa, com pouca variação durante o período amostrado.

Tabela 2: Parâmetros sedimentológicos em cada estação do ano, nas três zonas da praia. (CAS, cascalho; ARE, areia; SIL, silte; ARG, argila).

A porcentagem de matéria orgânica no sedimento para as estações do

ano e nas zonas da praia é mostrada na Figura 5. Durante todo o período

amostrado, ocorreu pequena variação no teor de matéria orgânica, não

exibindo diferenças significativas (p<0,05) temporais e sazonais.

Média Classificação % CAS %ARE %SIL / ARG

Out

ono

Infralitoral 0,329 Areia grossa 13,07 86,81 0,1286

Poça de erosão 0,343 Areia grossa 19,33 79,27 1,394

Mesolitoral 0,043 Areia grossa 10,96 88,98 0,05504

Inve

rno

Infralitoral 0,211 Areia grossa 8,029 91,87 0,1005

Poça de erosão 0,189 Areia grossa 9,018 90,82 0,1578

Mesolitoral 0,043 Areia grossa 8,614 91,33 0,05204

Prim

ave

ra Infralitoral 0,029 Areia grossa 16,5 83,16 0,3392

Poça de erosão 0,395 Areia grossa 16,67 83,13 0,2066

Mesolitoral 0,211 Areia grossa 2,587 97,4 0,01784

Ver

ão Infralitoral -0,083 Areia muito grossa 20 79,89 0,1164

Poça de erosão -0,256 Areia muito grossa 15,51 84,41 0,08208

Mesolitoral 0,823 Areia grossa 7,822 91,95 0,2282

Page 28: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

26

% Matéria Orgânica

Infralitoral Mesolitoral Poça de erosão

Outono Inverno Primavera Verão0

1

2

3

4

5%

Figura 5: Porcentagem média de matéria orgânica nos sedimentos em cada estação do ano,

nas três zonas da praia (Média ± intervalo de confiança).

4.1.2 Características dos nódulos

Os valores dos eixos maior, intermediário e menor, o diâmetro médio e a

porosidade dos nódulos estão demonstrados na Tabela 3.

Tabela 3: Média (erro padrão) dos diâmetros médios(cm) e porosidade (cm³) dos nódulos em cada faixa nas estações do ano. (±erro padrão).

Diâmetro médio (cm) Porosidade (cm³)

Porosidade relativa (%)

Out

ono

Infralitoral 4,9 (0,38) 27 (11,5) 31,20 (4,30)

Mesolitoral 5,62 (0,28) 33,75 (11,8) 24,70 (8,16)

Poça de Erosão

5,16 (0,60) 25,25 (9,8) 24,02 (7,54)

Inve

rno

Infralitoral 5,49 (0,81) 30,5 (7,2) 21,72 (2,35)

Mesolitoral 5,64 (1,19) 37,5 (20,9) 23,96 (2,40)

Poça de Erosão

5,24 (0,55) 33,5 (4,9) 28,25 (3,33)

Prim

aver

a Infralitoral 4,08 (0,61) 32 (13,3) 39,35 (6,74)

Mesolitoral 3,82 (0,60) 15,25 (3,0) 32,01 (2,34)

Poça de Erosão

5,50 (0,56) 47,5 (11,2) 34,5 (7,28)

Page 29: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

27

Ver

ão

Infralitoral 3,45 (0,41) 30,75 (6,4) 36,37 (5,56)

Mesolitoral 5,05 (0,81) 46,75 (8,2) 27,00 (3,47)

Poça de Erosão

5,02 (0,93) 44,75 (11,8) 25,98 (4,28)

Foi realizado teste de variância para verificar se as dimensões

analisadas diferiram entre as estações do ano e zonação. Entretanto nenhuma

dessas características demostraram diferenças sazonais e espaciais

significativas.

Em geral, os rodolitos apresentaram forma intermediária entre os

formatos esferoidal, discoidal e elipsoidal. A classificação obtida pelo diagrama

Tri-plot não mostrou diferença entre os formatos, nem entre as estações do

ano, nem entre as zonas da praia (Figura 6).

Figura 6: Diagrama Tri-plot (Graham & Midgley 2000) com a forma dos nódulos baseados nas medidas dos três eixos. Em ambos n=48.

Da mesma maneira que ocorreu nos sedimentos, a concentração de

matéria orgânica nos nódulos apresentou pequena oscilação, não sendo

estatisticamente significativa (p<0,05) em relação a estações do ano e zonas

da praia (Figura 7).

Page 30: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

28

Infralitoral Mesolitoral Poça de Erosão

Outono Inverno Primavera Verão0

1

2

3

4

5

6

7

% M

atér

ia O

rgân

ica

Figura 7: Porcentagem média de matéria orgânica nos rodolitos em cada estação do ano, nas três zonas da praia (Média ± intervalo de confiança).

4.2 Meiofauna

Foram registrados 3.061 organismos e 11 táxons no sedimento e 21.933

organismos em dezesseis táxons associados aos rodolitos, totalizando 24.994

indivíduos registrados no presente estudo. A média de indivíduos encontrados

no sedimento foi de 203 indiv./100cm³ e 1.790 indiv./100cm³ nos rodolitos.

Nesse estudo foram registrados dezesseis grupos taxonômicos

pertencentes à meiofauna. A lista com a distribuição desses organismos

encontra-se nos Anexo 1. Desses, Priapulida, Sipuncula, Tanaidacea,

Cumacea e Cladocera ocorreram somente nos rodolitos, enquanto que os

demais grupos ocorreram em ambos os substratos estudados.

Os rodolitos apresentaram riqueza taxonômica da meiofauna

significativamente maiores que o sedimento (p>0,05) (Figura 8). Quanto as

análises realizadas para cada substrato individualmente, observa-se que

ocorreu significativa diferença sazonal no número de táxons apenas do

sedimento (p>0,05), sendo que na primavera houve maior riqueza que no

verão. Já os rodolitos tiveram mudanças espaciais na riqueza, com o infralitoral

possuindo número de táxons significativamente maior (p>0,05) que o

mesolitoral.

Page 31: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

29

A densidade de meiofauna também foi significativamente maior

associada aos rodolitos (p>0,05). Entretanto, não apresentou diferenças

temporais e espaciais significativas (Figura 9).

a) H (1, N= 96) =24,392 p =,000

S R0

2

4

6

8

10

de tá

xons

b) H(3, N= 96) =7,386 p =,060

O I P V0

2

4

6

8

10

c) H(2, N=96) =2,811 p=,245

IL ML PE0

2

4

6

8

10

d) H(3, N=48)=10,723, p=,013

O I P V0

2

4

6

8

10

de

xon

s

H(3, N=48)=1,359, p=,715

O I P V0

2

4

6

8

10

e) H(2, N=48)=1,138, p=,566

IL ML PE0

2

4

6

8

10

de

xon

s

H(2, N=48)=6,528, p=,038

IL ML PE0

2

4

6

8

10

Sedimento

Sedimento

Rodolito

Rodolito

Page 32: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

30

Figura 8: Número de táxons da meiofauna bentônica entre os substratos (a), estações do ano

(b), zonas da praia (c), substrato X estação (d) e substrato X zonação (e) da praia de Gramuté-

ES (Média ± Intervalo de confiança). S() = sedimento; R() =rodolito; O =outono; I =inverno;

P =primavera; V= verão; IL=infralitoral; ML= mesolitoral; PE=poça de erosão. Barras de erros

indicam intervalo de confiança de 95%.

a) F(1, 94)=77,697, p=,000

S R0

1

2

3

4

5

6

7

De

nsi

da

de

(in

div

./1

00

cm³)

(Ra

iz q

ua

rta

)

b) F(3, 92)=,597, p=,618

O I P V0

1

2

3

4

5

6

7

c) F(2, 93)=,016, p=,983

IL ML PE0

1

2

3

4

5

6

7

d) F(3, 88)=,687, p=,562

O I P V0

1

2

3

4

5

6

7

De

nsi

da

de

(in

div

./1

00

cm³)

(Ra

iz q

ua

rta

)

e) F(2, 90)=2,789, p=,0668

IL ML PE0

1

2

3

4

5

6

7

Figura 9: Densidade (indivíduos/cm³) da meiofauna bentônica entre os substratos (a), estações

do ano (b), zonas da praia (c), substrato X estação (d) e substrato X zonação (e) da praia de

Gramuté-ES. (Média ± Intervalo de confiança). S() = sedimento; R() =rodolito; O =outono; I

=inverno; P =primavera; V= verão; IL=infralitoral; ML= mesolitoral; PE=poça de erosão.

Os gráficos de dominância acumulativa demonstram que três grupos

taxonômicos foram responsáveis por aproximadamente 90% do total da

Page 33: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

31

meiofauna encontrada em todas as estações do ano e zonas da praia (Figura

10).

Figura 10: Curva de dominância acumulada (%) dos grupos meiofaunais coletados por estação

do ano (a) e zona (b) da Praia de Gramuté. O =outono; I =inverno; P =primavera; V= verão;

IL=infralitoral; ML= mesolitoral; PE=poça de erosão.

Os três grupos taxonômicos mais abundantes foram Copepoda, Nematoda

e Polychaeta, que representaram 56,2%, 24,0% e 11,5% do total,

respectivamente. Em ambos os substratos, Copepoda foi responsável por mais

de 50% da meiofauna, seguido pelos Nematoda e Polychaeta.

0 3 6 9 12 15 18

Nº de grupos taxônomicos

0

20

40

60

80

100

Do

min

ân

cia

Acu

mu

lativ

a (

%)

OIPV

0 3 6 9 12 15 18

Nº de grupos taxônomicos

0

20

40

60

80

100

Do

min

ân

cia

Acu

mu

lativ

a (

%)

ILMLPE

a)

n

kj

b

b)

n

kj

b

Page 34: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

32

A ANOVA evidenciou diferenças significativas na densidade desses grupos

durante o estudo (p<0,05). A densidade de Copepoda no rodolito foi

significativamente maior que no sedimento (p>0,05). No entanto, não

ocorreram variações da densidade desses organismos entre as estações e

zonas em cada substrato separadamente (Figura11a).

Os Nematoda também apresentaram densidade significativamente maior

nos rodolitos. Houve também variação temporal, sendo que todas as estações

apresentaram densidades significativamente mais altas que o verão (p>0,05).

Contudo, não ocorreram variações da densidade desses organismos entre as

zonas e entre as interações de substratosXestações e substratosXzonas

(Figura 11b).

Já a densidade de poliquetas, além de ser significativamente maior nos

rodolitos (p<0,001), também variou significativamente quando houve

interações de substratosXestações e substratosXzonação. A densidade de

poliqueta no sedimento do inverno foi maior que no outono, enquanto que nos

rodolitos, a densidade foi maior na primavera que no inverno e verão. Quanto

as zonas de praia, apenas houve diferença na densidade de poliquetas entre

os substratos do Infralitoral, onde o rodolito obteve maior densidade que o

sedimento (p<0,05) (Figura 11c).

a) Copepoda

Substrato: F(1, 88)=79,440, p=,000Estação: F(3, 88)=,672, p=,571

Substrato X Estação: F(3, 88)=,359, p=,782

O I P V0

1

2

3

4

5

6

7

De

nsi

da

de

(in

div

./1

00

cm³)

(R

aiz

qu

art

a)

Substrato: F(1, 90)=82,408, p=,000Zonação: F(2, 90)=,116, p=,890

Substrato X Zonação: F(2, 90)=2,131, p=,124

IL ML PE0

1

2

3

4

5

6

7

Page 35: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

33

b) Nematoda

Substrato F(1, 88)=165,665, p=,000 Estação F(3, 88)=3,089, p=,031

Substrato X Estação F(3, 88)=1,605, p=,193

O I P V0

1

2

3

4

5

6

De

nsi

da

de

(in

div

./1

00

cm³)

(Ra

iz q

ua

rta

)

Substrato: F(1, 90)=148,919, p=,000Zonação: F(2, 90)=,141, p=,867

Substrato X Zonação: F(2, 90)=,739, p=,480

IL ML PE0

1

2

3

4

5

6

c) Polychaeta

Substrato: F(3, 88)=37,288, p=,000Estação: F(3, 88)=2,064, p=,110

Substrato X Estação: F(3, 88)=3,215, p=,026

O I P V0

1

2

3

4

5

De

nsi

da

de

(in

div

./1

00

cm³)

(Ra

iz q

ua

rta

)

Substrato: F(1, 90)=36,785, p=,000Zonação: F(2, 90)=0,354, p=,702

Substrato X Zonação: F(2, 90)=5,865, p=,004

IL ML PE0

1

2

3

4

5

6

Figura 11: Densidade (indiv./cm³) dos grupos taxonômicos mais abundantes. a) Crustacea, b)

Nematoda e c) Polychaeta. Barras em branco representam sedimento e em cinza rodolitos

(Média ± intervalo de confiança). S() = sedimento; R() =rodolito; O =outono; I =inverno; P

=primavera; V= verão; IL=infralitoral; ML= mesolitoral; PE=poça de erosão.

A análise multivariada de ordenação (MDS) demonstrou clara separação

dos substratos (Figura 12). Esse resultado foi corroborado pela ANOSIM que

Page 36: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

34

confirmou a significância da diferença (R Global=0,536; p<0,05). Apesar de não

haver nítida separação entre as amostras das estações do ano (MDS), o teste

de similaridade demostrou diferença significativa em comparações par-a-par

entre o inverno e a primavera (R Global=0,032; p<0,05). As zonas da praia,

entretanto, não formaram agrupamentos bem definidos e não houve diferença

significativa.

a)

b)

Page 37: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

35

Figura 12: Análise de ordenação (MDS) da meiofauna bentônica nos diferentes substratos (a),

estações do ano (b) e zonas (c) na Praia de Gramuté, ES.

Variações das densidades de Copepoda, Nematoda, Polychaeta e

Amphipoda foram responsáveis pela maior parte das dissimilaridades entre os

substratos (SIMPER). Enquanto que os táxons que causaram dissimilaridades

entre as estações foram Cladocera, Nematoda, Amphipoda, Ostracoda e

Polychaeta. Os táxons responsáveis por cerca de 50% da dissimilaridade entre

os substratos e estações do ano podem ser observados na Tabela 4.

Tabela 4: Resultado SIMPER para a dissimilaridade dos grupos taxonômicos da meiofauna

bentônica entre os substratos e estações no ano.

Dissimilaridade média (Sedimento X Rodolito) = 39,42%

Táxons Densi. Média Sedimento

Densi. Média Rodolito

Contribuição (%)

Acumulado (%)

Nematoda 2,66 5,74 17,35 17,35

Copepoda 4,21 6,62 13,65 31,00

Polychaeta 2,75 4,84 13,14 44,14

Amphipoda 0,24 2,11 10,74 54,88

Dissimilaridade média (Inverno X Primavera) = 34,00%

c)

Page 38: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

36

Táxons Densi. Média

Inverno Densi. Média

Primavera Contribuição

(%) Acumulado (%)

Cladocera 2,50 1,65 13,26 13,26

Nematoda 4,52 4,35 11,92 25,17

Amphipoda 0,91 2,07 10,72 35,89

Ostracoda 2,73 3,49 8,89 44,78

Polychaeta 4,17 4,55 8,75 53,53

Alterações na estrutura da meiofauna do sedimento e rodolitos foram

pouco relacionadas com as variáveis ambientais (BIO-ENV). Os melhores

valores de p para a meiofauna associada aos rodolitos foi de 0,172, que

indicaram o teor de matéria orgânica, temperatura e volume do rodolito como

as variáveis que mais se relacionam com a estrutura da meiofauna. Para o

sedimento, o valor de correlação foi muito mais baixo, sendo o melhor valor de

p 0,042 e indicou a porcentagem de areia e teor de matéria orgânica como as

variáveis ambientais que mais se relacionaram.

4.3 Macrofauna

Neste estudo foram encontrados 8.252 indivíduos da macrofauna em

ambos os substratos, sendo 5.374 organismos como infauna do sedimento

inconsolidado e 2.878 organismos associados aos rodolitos.

No sedimento ocorreram 75 táxons, enquanto que associados aos rodolitos,

incluindo endofauna não séssil e criptofauna, foram registrados 106 táxons. Os

10 filos da macrofauna encontrados no presente estudo ocorreram em ambos

os substratos estudados. A lista completa encontra-se no Anexo 2.

A análise de variância ANOVA mostrou diferenças significativas na

abundância total de organismos entre as estações do ano e zonas de praia

(p<0,05). De acordo com o teste post-hoc LSD de Fisher, o inverno apresentou

menor abundância relativa de organismos, sendo estatisticamente diferente de

todas as outras estações. Por sua vez, a poça de erosão foi a zona estudada

com maior número de organismos, sendo superior ao infra e ao mesolitoral

(Figura 13).

Page 39: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

37

F(3, 92)=4,3862, p=,006

O I P V0,0

0,3

0,6

0,9

1,2

1,5

1,8

2,1A

bu

nd

ân

cia

(lo

g x

+1

)

F(2, 93)=5,506, p=,005

IL ML PE0,0

0,3

0,6

0,9

1,2

1,5

1,8

2,1

Figura 13: Abundância da macrofauna (sedimento + rodolito) por estação do ano e zonação na

praia de Gramuté, ES. (Média ± Intervalo de confiança) O =outono; I =inverno; P =primavera;

V= verão; IL=infralitoral; ML= mesolitoral; PE=poça de erosão.

Quando se analisou a densidade de cada substrato separadamente, o

sedimento apresentou diferenças significativas espacial e temporalmente

(p<0,05), uma vez que na primavera houve maior abundância que no verão,

enquanto que a poça de erosão teve maior densidade quando comparada a

outras zonas da praia (Figura 14a). Já a macrofauna associada aos rodolitos

não apresentou diferenças significativas na densidade de organismos entre as

estações de ano e zonas da praia (Figura 14b).

a) Sedimento

H(3, N=48)=12,389, p=,006

O I P V0

20

40

60

80

100

120

140

De

nsi

da

de

(in

div

./1

00

cm²)

H(2, N=48)=13,637, p=,001

IL ML PE0

20

40

60

80

100

120

140

Page 40: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

38

b) Rodolito

b) F(3, 44)=2,541, p=,068

O I P V0,0

0,9

1,8

2,7

3,6

4,5D

en

sid

ad

e (

ind

iv./

10

0cm

³)(R

aiz

qu

art

a)

F(2, 45)=,273, p=,762

IL ML PE0,0

0,9

1,8

2,7

3,6

4,5

Figura 14: Densidade da macrofauna dos sedimentos (indiv./100Cm²) (a), e associados aos

rodolitos (indiv./100cm³) (b) por estação do ano e zonação na praia de Gramuté, ES. (Média ±

Intervalo de confiança) O =outono; I =inverno; P =primavera; V= verão; IL=infralitoral; ML=

mesolitoral; PE=poça de erosão.

A análise de variância ANOVA do número esperado de espécies entre

os substratos estudados, mostrou que os rodolitos tiveram valor

significativamente maior (p<0,05) (Figura 15). Além disso, apresentou

diferenças significativas também entre as estações do ano, zonas da praia e a

combinação destes fatores com o tipo de substrato. O maior número de táxons

esperado foi registrado no verão, sendo significativamente diferente do

registrado no inverno (p<0,05). O infralitoral apresentou número estimado de

espécies significativamente maior que as outras faixas da praia.

Analisando os substratos separadamente, o número estimado de

espécies do sedimento não foi diferente entre as estações e as zonas (Figura

15d,e). Apenas nos rodolitos houve diferença espacial, a diferença se deu na

estimativa de espécies do mesolitoral, que foi menor que nas outras zonas

(Figura 15e).

Page 41: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

39

a) H(1, N=96)=38,418, p=,000

S R0

3

6

9

12

15

18E

S5

0

b) H(3, N=99)=3,252, p=,354

O I P V0

3

6

9

12

15

18

c) H(2, N=96)=2,350, p=,308

IL ML PE0

3

6

9

12

15

18

Figura 15: Análise de variância não paramétrica do número de espécies estimadas (n=50) da

macrofauna bentônica entre os substratos(a), estações do ano(b), zonas da praia (c), substrato

X estação (d) e substrato X zonação (e) da praia de Gramuté-ES. (Média ± Intervalo de

d) H(3, N=48)=10,086, p=,018

O I P V0

3

6

9

12

15

18

ES

50

H(3, N=48)=6,820, p=,077

O I P V0

3

6

9

12

15

18

e) H(2, N=48)=3,667, p=,159

IL ML PE0

3

6

9

12

15

18

H(2, N=48)=11,350, p=,003

IL ML PE0

3

6

9

12

15

18

Page 42: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

40

confiança). S()= sedimento; R()=rodolito; O =outono; I =inverno; P =primavera; V= verão;

IL= infralitoral; ML= mesolitoral; PE=poça de erosão.

Os três grupos taxonômicos com maior abundancia na infauna do

sedimento foram os Polychaeta (72,2%), Crustacea (16,2%) e Nematoda

(6,3%) respectivamente. Os poliquetas da família Syllidae estiveram presentes

em todas as amostras. Além da maior frequência de ocorrência, esses

poliquetas também foram os mais representativos em quantidade. De acordo

com a análise de variância ANOVA, a densidade de poliquetas foi

significativamente diferente espacial e temporalmente (p<0,005) (Figura 16a). A

densidade na poça de erosão foi muito elevada em comparação com as outras

duas faixas. Já em relação à variação temporal, outono e primavera foram

significativamente maiores que o inverno.

Já os crustáceos do sedimento não tiveram diferenças espaciais,

contudo, apresentaram um pico de abundância durante a amostragem da

primavera, que diferiu essa estação das demais (p<001) (Figura 16b). Dois

gêneros de Tanaidacea (Leptochelia sp. e Bunakenia sp.) foram os principais

contribuintes para a alta densidade desse subfilo.

Os Nematoda foram encontrados em maior quantidade no sedimento

das poças de erosão, sendo significativamente mais abundantes que no

infralitoral. Também apresentaram diferenças sazonais, já que o inverno e

primavera tiveram densidade maior que o outono (Figura 16c).

Page 43: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

41

a) Polychaeta

F(3, 44)=3,258, p=,003

O I P V0,0

0,4

0,8

1,2

1,6

2,0D

en

sid

ad

e (

ind

iv./

10

0cm

²)(l

og

x +

1)

F(2, 45)=12,248, p=,000

IL ML PE0,0

0,4

0,8

1,2

1,6

2,0

b) Crustacea

F(2, 45)=1,961, p=,480

IL ML PE0,0

0,3

0,6

0,9

1,2

1,5

c) Nematoda

F(3, 44)=3,437, p=,024

O I P V0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

De

nsi

da

de

(in

div

.10

0cm

²)(l

og

x +

1)

F(2, 45)=5,075, p=,001

IL ML PE0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

Figura 16: Densidade (indivíduos/100cm²) dos três táxons mais abundantes no sedimento

arenoso da Praia de Gramuté por estação do ano e zonas da praia (Média ± Intervalo de

F(3, 44)=1,961, p=,000

O I P V0,0

0,3

0,6

0,9

1,2

1,5

De

nsi

da

de

(in

div

.10

0cm

²)(l

og

x +

1)

Page 44: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

42

confiança). O =outono; I =inverno; P =primavera; V= verão; IL=infralitoral; ML= mesolitoral;

PE=poça de erosão.

A criptofauna e epifauna não séssil dos rodolitos foram compostas

principalmente por Polychaeta, Crustacea e Ophiuroidea. A densidade dos

poliquetas não diferiu significativamente entre as zonas (p>0,05) (Figura 17a),

porém a densidade apresentada no outono foi maior que no inverno e

primavera. Os poliquetas das famílias Syllidae e Eunicidae, principalmente do

gênero Nematonereis, foram os mais representativos associados aos rodolitos

no presente estudo.

A densidade de crustáceos foi significativamente maior nos rodolitos do

mesolitoral do que nos da poça de erosão (p<0,05) (Figura 17b). Entretanto

não ocorreu diferença em sua distribuição durante as estações do ano. Dentre

os crustáceos, o anfípoda Globosolembus sp. foi o táxon mais abundante.

O terceiro grupo taxonômico mais representativo associado aos rodolitos

foi o equinodermo da classe Ophiuroidea. Este foi significativamente mais

abundante no infralitoral e poça de erosão do que no mesolitoral (p<0,05). Não

apresentaram variação sazonal significativa (Figura 17c).

a) Polychaeta

H(3, N=48)=6,700, p=,082

O I P V0

50

100

150

200

250

300

De

nsi

da

de

(in

div

./1

00

cm²)

H(2, N=48)=1,976, p=,372

IL ML PE0

50

100

150

200

250

300

b) Crustacea

Page 45: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

43

H(3,N= 48)=3,700, p=,295

O I P V0

20

40

60

80

100

120

140D

en

sid

ad

e (

ind

iv./

10

0cm

³)

H(2, N=48)=8,094, p=,017

IL ML PE0

20

40

60

80

100

120

140

c) Ophiuroidea

F(3, 44)=,621, p=,604

O I P V0

4

8

12

16

20

De

nsi

da

de

(in

div

./1

00

cm³)

F(2, 45)=5,588, p=,006

IL ML PE0

4

8

12

16

20

Figura 17: Densidade (indivíduos/100cm³) dos três táxons mais abundantes associado a

rodolitos da Praia de Gramuté por estação do ano e zonas de praia. (Média ± Intervalo de

confiança). O =outono; I =inverno; P =primavera; V= verão; IL=infralitoral; ML= mesolitoral;

PE=poça de erosão.

Através da análise multivariada de ordenação (MDS) e também da

análise de similaridade (ANOSIM), foram detectadas diferenças significativas

na estrutura da macrofauna entre substratos e estações do ano (Figura 18). Em

relação aos substratos, no MDS é possível observar uma separação entre as

amostras do sedimento e rodolito, confirmado pelo ANOSIM (R Global=0,602;

p<0,05) (Tabela 5). Além disso, a análise de similaridade (ANOSIM) confirma

que a estrutura da macrofauna foi significativamente diferente entre as

estações (R Global=0,099; p<0,05), com todas as estações sendo diferentes

Page 46: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

44

uma das outras. Essa tendência de agrupamento também ocorreu em relação

às zonas da praia, confirmada pelo ANOSIM (R Global=0,056; p<0,05), com

todas as zonas distintas entre si.

a)

b)

Page 47: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

45

Figura 18: Análise de ordenação (MDS) da macrofauna bentônica nos diferentes substratos (a)

e entre as estações do ano (b) e zonas (c) na Praia de Gramuté, ES.

Tabela 5: Resultados da análise de similaridade ANOSIM da macrofauna bentônica na Praia

de Gramuté, ES.

R Global p

Sedimento x Rodolito 0,602 0,001

Outono x Inverno 0,096 0,018

Outono x Primavera 0,120 0,010

Outono x Verão 0,114 0,008

Inverno x Primavera 0,135 0,004

Inverno x Verão 0,065 0,039

Verão x Primavera 0,064 0,038

Infralitoral x Mesolitoral 0,067 0,014

Infralitoral x Poça de Erosão 0,058 0,036

Mesolitoral x Poça de Erosão 0,048 0,035

ns=não significativo

A macrofauna de sedimentos e rodolitos teve dissimilaridade de 75,50%

(Tabela 6). O anfípoda Globosolembus sp., com maior abundância relativa

associada aos rodolitos foi apontado pelo SIMPER com maior porcentagem de

contribuição para a dissimilaridade entre os substratos, seguido pelos

c)

Page 48: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

46

Nematoda, com quantidade superior no sedimento, e também pelo poliqueta

Nematonereis sp., bastante comum nos nódulos.

As diferenças entre as abundâncias relativas de Globossolembus sp.

Nematoda e do isópoda Cirolana sp., entre outros organismos listados na

Tabela 6, foram as principais responsáveis pela dissimilaridade entre as

estações do ano e zonas da praia.

Tabela 6: Resultado SIMPER para a dissimilaridade dos táxons da macrofauna bentônica entre

os substratos e estações no ano.

Dissimilaridade média (Sedimento X Rodolito) = 75,50%

Táxons Abund. Relat.

Média Sedimento

Abund. Relat. Média

Rodolito

Contribuição (%)

Acumulado (%)

Globosolembus sp. 0,25 1,71 5,42 5,42

Nematoda 1,89 0,42 5,41 10,83

Nematonereis sp. 0,27 1,36 4,16 14,99

Dissimilaridade média (Outono X Inverno) = 70,63%

Táxons Abund. Relat.

Média Outono

Abund. Relat. Média

Inverno

Contribuição (%)

Acumulado (%)

Nematoda 0,71 1,70 6,30 6,30

Cirolana sp. 0,39 1,27 4,48 10,78

Syllidae 3,67 3,09 4,13 14,92

Dissimilaridade média (Outono X Primavera) = 69,44%

Táxons Abund. Relat.

Média Outono

Abund. Relat. Média

Primavera

Contribuição (%)

Acumulado (%)

Globosolembus sp. 0,63 1,51 5,49 5,49

Leptochelia sp. 0,44 1,42 4,73 10,22

Bunakenia sp. 0,33 1,24 4,38 14,61

Dissimilaridade média (Outono X Verão) = 71,00%

Táxons Abund. Relat.

Média Outono

Abund. Relat. Média Verão

Contribuição (%)

Acumulado (%)

Nematoda 0,71 1,10 4,05 4,05

Globosolembus sp. 0,63 1,06 4,04 8,09

Cirratulidae 1,12 0,04 3,64 11,73

Dissimilaridade média (Inverno X Primavera) = 69,89%

Táxons Abund. Relat.

Média Abund. Relat.

Média Contribuição

(%) Acumulado (%)

Page 49: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

47

Inverno Primavera

Nematoda 1,70 1,11 5,70 5,70

Globosolembus sp. 0,76 1,51 5,35 11,05

Leptochelia sp. 0,21 1,42 4,80 15,85

Dissimilaridade média (Inverno X Verão) = 70,42%

Táxons Abund. Relat.

Média Inverno

Abund. Relat. Média Verão

Contribuição (%)

Acumulado (%)

Nematoda 1,70 1,10 5,71 5,71

Cirolana sp. 1,27 1,03 4,67 10,37

Globosolembus sp. 0,76 1,06 3,89 14,26

Dissimilaridade média (Primavera X Verão) = 69,89%

Táxons Abund. Relat.

Média Primavera

Abund. Relat. Média Verão

Contribuição (%)

Acumulado (%)

Nematoda 1,70 1,10 5,71 5,71

Cirolana sp. 1,27 1,03 4,67 10,37

Globosolembus sp.

0,76 1,06 3,89 14,26

Dissimilaridade média (Infralitoral X Mesolitoral) = 71,06%

Táxons Abund. Relat.

Média Infralitoral

Abund. Relat. Média

Mesolitoral

Contribuição (%)

Acumulado (%)

Globosolembus sp 1,16 1,17 5,04 5,04

Nematoda 0,99 1,39 4,83 9,87

Cirolana sp. 1,12 0,80 4,03 13,90

Dissimilaridade média (Infralitoral X Possa de Erosão) = 69,75%

Táxons Densi. Média

Infralitoral Densi. Média

Poça de Erosão Contribuição

(%) Acumulado (%)

Nematoda 0,99 1,06 4,82 4,82

Leptochelia sp. 1,12 0,61 4,27 9,08

Globosolembus sp. 1,16 0,67 4,08 13,17

Dissimilaridade média (Mesolitoral X Poça de Erosão) = 69,22%

Táxons Densi. Média Mesolitoral

Densi. Média Poça de Erosão

Contribuição (%)

Acumulado (%)

Nematoda 1,39 1,06 4,89 4,89

Globosolembus sp. 1,17 0,67 4,75 9,64

Nematonereis sp. 0,65 0,96 3,68 13,31

Pela análise BIOENV constatou-se que a estrutura da macrofauna dos

sedimentos depositados nas couraças lateríticas foi mais bem relacionada com

Page 50: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

48

a porcentagem de cascalho (r=0,113), no entanto, o valor caracteriza baixa

relação da fauna com as variáveis ambientais. Para o rodolito, todas as

correlações entre as variáveis ambientais foram negativas, sendo que o melhor

valor de p foi -0,30 e indicou o teor de matéria orgânica como a variável que

mais se relacionou negativamente.

5. DISCUSSÃO

A presença dos rodolitos formando bancos ou como nódulos livres no

ambiente contribui para o aumento da heterogeneidade do ecossistema

possibilitando novos hábitats e nichos e causando, por conseguinte, o aumento

da abundância e riqueza de espécies bentônicas (STELLER et al., 2003;

BERLANDI et al., 2011). Os resultados obtidos no presente estudo corroboram

tal afirmação, no qual o número de espécies de fauna bentônica (meiofauna e

macrofauna) foi superior nos rodolitos que no sedimento arenoso do entorno.

A variedade de substratos disponíveis permite que espécies

características de substratos inconsolidados e consolidados possam ser

encontradas por todo o ambiente (STELLER et al., 2003; SCIBERRAS, et al.

2009), com grupos taxonômicos comuns a praias arenosas, costões rochosos e

recifes de coral tendo representantes de diversos filos como Crustacea,

Polychaeta, Mollusca e Echinodermata (FIGUEIREDO et al., 2007).

A maior riqueza ou número esperado de táxons encontrada nos

rodolitos, tanto para a meiofauna como para a macrofauna, apoia a afirmação

que o aumento da complexidade estrutural está relacionado com o aumento no

número de espécies. Além disso, a maior densidade, que pôde ser comprovada

para a meiofauna, pode ter sido favorecida pelo acúmulo de sedimento entre os

talos, que permitiu que esses organismos de hábitos intersticiais tivessem mais

possibilidades de se abrigarem.

Variações anuais na temperatura, pluviosidade, luminosidade e

produção primária influenciam diretamente na ocorrência de espécies em

zonas costeiras e grandes flutuações são esperadas (GRAY & ELLIOT, 2009).

As variações temporais nas riquezas taxonômicas da meiofauna, e estimativas

de espécies da macrofauna, sugerem distintos padrões de distribuição entre

Page 51: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

49

essas comunidades. A meiofauna do sedimento, durante a primavera,

apresentou mais táxons, como Tardigrada, Amphipoda e Isopoda, que foram

ausentes no verão, possivelmente como consequência da intensa precipitação

registrada entre os períodos de coleta. Já o numero estimado de espécies da

macrofauna, em ambos os substratos, foi maior no verão do que o registrado

no inverno, o que é um evento esperado em regiões tropicais (GRAY & ELLIOT,

2009). Além disso, a abundância de todos os organismos da macrofauna, de

ambos os substratos, foi reduzida significativamente durante o inverno,

possivelmente associada às passagens de frentes frias que ocorrem nesse

período (GALLUCCI & NETTO, 2004, NEVES, 2011). Fonseca & Netto (2006)

compararam a variação temporal da meio- e macrofauna no Sistema lagunar

de Laguna-SC. Os autores expuseram que apesar de todos os componentes

da fauna estarem sujeitos às mesmas mudanças ambientais, eles mostram

diferentes padrões de variação, em que a densidade da macrofauna foi maior

no verão e da meiofauna no inverno. Segundo os autores, tais resultados estão

relacionados com as diferentes estratégias de vida da macrofauna e

meiofauna. Espécies macrobentônicas geralmente apresentam ciclo de vida

superior a um ano, sendo o indivíduo adulto capaz de tolerar as mudanças

periódicas das condições ambientais. A meiofauna, ao contrário, têm

tipicamente reprodução contínua e rotatividade de gerações.

As análises univariadas da densidade da meiofauna evidenciaram a

diferença entre rodolitos e sedimento, porém não demonstraram variações

espaciais e temporais durante o estudo. A estrutura da comunidade meiofaunal

é intensamente relacionada com as características sedimentares. Tanto as

características do sedimento quanto a complexidade estrutural dos nódulos não

apresentaram variações ao longo do estudo, o que possivelmente justifica a

semelhança na densidade dos organismos.

Apesar de não ter ocorrido variação sazonal na densidade geral da

meiofauna, houve uma redução significativa de Nematoda em ambos os

substratos no verão. Em contrapartida, o inverno teve a maior densidade de

poliquetas da meiofauna durante todo o estudo. Dessa maneira, o

comportamento dos poliquetas presentes na meiofauna foi oposto ao dos

poliquetas da macrofauna, pois na mesma estação, esses tiveram a menor

Page 52: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

50

densidade. É possível formular a hipótese de que os poliquetas da meiofauna

que apresentaram alta densidade no inverno seriam as larvas dos poliquetas

da macrofauna, que tiveram aumento significativo na primavera, estação

seguinte.

O boom de organismos macrofaunais que ocorreu no sedimento durante

a primavera pode ser consequência do aumento de temperatura que serve

como estímulo para a reprodução de alguns táxons. Os táxons que mais

contribuíram na densidade foram os Polychaeta, Nematoda e Crustacea e

ambos variaram sazonalmente de forma similar.

As diferenças apontadas pelas analises multivariadas (MDS, ANOSIM e

SIMPER) corroboram os resultados das análises univariadas, além de

demonstrar a mudança na distribuição dos táxons ao longo do tempo. As

análises multivariadas também mostram as diferenças espaciais, em que cada

zona da praia, cada uma com características próprias, condicionam diferentes

espécies e também diferentes densidades de organismos.

O infralitoral apresentou a maior riqueza taxonômica durante o estudo,

possivelmente devido a alta riqueza associada aos rodolitos, tanto da meio-

como da macrofauna. Os rodolitos do infralitoral são frequentemente

observados com outras algas aderidas. Essas algas são consideradas atrativas

a herbívoros e, além do mais, certos tipos morfológicos de algas podem reduzir

a mobilidade dos rodolitos contribuindo para a estabilidade da comunidade

associada (RIUL et al., 2009). Tais algas observadas na praia estudada, não

somente estão aderidas aos nódulos, como também ocorrem em grande

quantidade fixas à parte submersa do recife e outros fragmentos. Acredita-se

que pode haver troca entre a fauna associada a tais algas com as dos

rodolitos.

Os rodolitos do mesolitoral tiveram redução da riqueza de ambos os

componentes da fauna e, em ambos os substratos estudados dessa zona,

foram detectados os menores valores de abundância da macrofauna. Esse

resultado já era parcialmente esperado, porque rodolitos e sedimentos nessa

zona da praia são sujeitos às condições estressantes, como variação diária da

maré, exposição a dessecação e variações bruscas de temperatura e

salinidade. No entanto, apesar da redução da riqueza registrada nos rodolitos

Page 53: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

51

do mesolitoral, esses valores ainda foram maiores que o registrado no

sedimento.

Além dos períodos de emersão, os rodolitos presentes no mesolitoral

são submetidos às correntes de maré e os nódulos podem ser constantemente

movidos entre uma zona e outra da praia, provocando desgaste e

fragmentação. Apesar disso, supõe-se que em período de baixamar, os

organismos de maior mobilidade como os crustáceos, que possuem elevada

densidade nessa zona, recorram aos rodolitos, pois os nódulos retém

sedimento entre seus talos, mantendo a umidade durante o período de

emersão e reduzindo o estresse causado por essa condição (GIBBONS, 1988).

Alguns rodolitos coletados no mesolitoral não possuíam total cobertura

avermelhada característica da alga viva. A vitalidade do rodolito é um fator

importante a ser avaliado, uma vez que pode afetar a estrutura da comunidade

associada. Rodolitos vivos podem sustentar comunidades mais ricas do que

rodolitos mortos, cascalhos ou fundos de areia (BAHIA et al., 2010), pois a

própria alga é um atrativo como alimento, o que não ocorre sem a cobertura da

alga viva. Em uma monografia realizada recentemente com fauna de rodolitos

da mesma área de estudo, foi observado que a condição do rodolito, como vivo

ou morto, também influencia na composição da fauna (SILVA, 2014).

Uma vez que as poças de erosão não ficam completamente isoladas no

período de baixamar, havendo troca de água com o infralitoral (LONGO, 1997),

variações de temperatura e salinidade ocorrem, porém são pequenas,

supondo-se então que não tenham sido fatores desestabilizadores para a

comunidade. Ao mesmo tempo, o efeito da hidrodinâmica nas poças é bastante

atenuado pelos recifes de arenito circundantes, justificando a elevada

densidade de indivíduos da macrofauna no sedimento, principalmente de

Polychaeta e Nematoda.

Em estudos com rodolitos, devem-se tomar cuidados em relação à

comparação de resultados, já que as estimativas dos índices ecológicos são

dependentes do desenho amostral (SCIBERRAS et al., 2009). A diferença das

unidades de medida entre os substratos utilizados para análises da macrofauna

no presente estudo (volume para os rodolitos e área para o sedimento) não

permitiu uma comparação mais detalhada entre os índices ecológicos. Isso

Page 54: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

52

possivelmente justifica o resultado da abundância da macrofauna, onde o

sedimento arenoso teve maior contribuição no número de organismos que os

rodolitos.

Steller et al. (2003) investigaram a diferença na estrutura da

comunidade de invertebrados associados aos bancos de rodolitos e

sedimentos inconsolidados adjacentes e encontraram uma densidade de

criptofauna que ultrapassou a do sedimento em três unidades de grandeza,

1.402.000 indiv./m² nos rodolitos e 1.466 indiv./m² nos sedimentos. No estudo,

eles calcularam a densidade da fauna dos rodolitos pela relação do número de

organismos por volume de cada nódulo individual, que foram classificados, a

priori, em uma classe média de tamanho. Em seguida, contou-se a quantidade

de rodolitos de cada classe de tamanho por m² do banco para estimativa da

densidade. Este método não é indicado para rodolitos arribados em praia, uma

vez que a quantificação da quantidade de nódulos por m² é inviável, já que os

nódulos não são agregados como ocorrem em bancos e sua distribuição é

heterogênea. Já a comparação da densidade da meiofauna entre rodolitos e

sedimento foi possível, pois o instrumento utilizado para a amostragem da

meiofauna também foi mensurado em volume.

Os rodolitos encontrados na área de estudo, na sua grande maioria

encontravam-se isolados, distantes de outros nódulos. Assim, supõe-se que

ocorra migração de organismos do sedimento arenoso para o nódulo e vice-e-

versa. Outro fator importante que pode influenciar a estrutura da fauna

bentônica associada é a mobilidade, devido ao rolamento dos nódulos, que

pode desestruturar a epifauna. Além do mais, o deslocamento do nódulo pelo

movimento de maré e correntes, por exemplo, de uma zona para outra,

também pode ser responsável pelo deslocamento da fauna.

Outro fator determinante para a associação da fauna com o rodolito é a

morfologia do nódulo, que influencia na estrutura da comunidade criptofaunal

(BERLANDI et al., 2011). A forma de crescimento do rodolito provavelmente é

importante na determinação da riqueza e abundância da fauna associada

(HINOJOSA-ARANGO & RIOSMENA-RODRÍGUEZ, 2004). Além disso, formas

consideradas esféricas possivelmente são constituídas em sua totalidade por

algas, enquanto que nódulos de formas mais achatadas têm seu núcleo

Page 55: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

53

formado por outra partícula (VILLAS-BOAS et al., 2014). No presente estudo,

muitos dos nódulos que apresentaram forma intermediária tiveram seus

núcleos compostos por fragmentos de arenito.

Os grupos taxonômicos que mais contribuíram para a densidade da

meiofauna foram os mesmo para os dois tipos de substrato estudado. A

elevada densidade de Copepoda e Nematoda registrada no presente estudo,

em ambos os substratos, também foi registrada em estudos realizados em

sedimentos carbonáticos depositados nos recifes de coral de Atol das Rocas

(NETTO et al., 1999; PEREIRA et al., 2008) que possui características

granulométricas similares a da presente área de estudo. Maranhão (2003),

investigando a meiofauna associada aos sedimentos adjacentes a recifes de

arenito em Porto de Galinha (PE), também constatou a dominância desses dois

grupos.

Elevadas densidades de copépodas foram registradas durante todo o

estudo, não ocorrendo variações sazonais e espaciais. Em sedimentos

caracterizados pela predominância de areia grossa, os copépodas geralmente

são o grupo dominante, uma vez que são bem adaptados aos ambientes com

maior energia, devido a seu ciclo de vida ser mais rápido e pela preferência por

ambientes com oxigênio em abundância (HICKS, 1985; HIGGINS & THIEL, 1988).

A meiofauna associada ao fital também é dominada por copépodas, em sua

maioria da ordem Harpacticoida (SARMENTO et al., 2012).

Os Nematoda, segundo grupo em abundância no presente estudo,

também tiveram participação expressiva na macrofauna do sedimento

inconsolidado, sendo o terceiro grupo taxonômico em número de indivíduos. A

diversidade de peças bucais e o corpo pequeno e alongado permitem a

ocupação de espaços intersticiais em diversos ecossistemas com as mais

distintas características (RUPPERT & BARNES, 1996; KIONTKE & FITCH, 2013).

Como no presente estudo, os grãos sedimentares baseiam-se praticamente em

areia grossa ou muito grossa, além da própria porosidade dos rodolitos, os

espaços intersticiais são maiores, o que permite organismos de maiores

tamanhos.

Poliquetas são os mais abundantes e mais diversos em ampla variedade

de ecossistemas devido à grande diversidade de estratégias alimentares, o que

Page 56: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

54

permite a ocupação de vários nichos ecológicos diferentes (BERLANDI et al.,

2011). Esse grupo de organismos foi o mais abundante na macrofauna e o

terceiro na meiofauna em ambos os substratos. Além disso, outros trabalhos já

relataram a dominância de Polychaeta associada aos rodolitos (NELSON et al.,

2012; BERLANDI et al., 2011).

A família Syllidae, mais abundante nos substratos do presente estudo,

é uma das mais diversas e amplamente distribuídas em todo o mundo,

podendo ser encontrada em abundância em todos os ambientes marinhos e

em vários tipos de fundo, incluindo algas calcárias e regiões recifais

(ANTONIADOU & CHINTIROGLOU, 2006), principalmente em águas rasas.

Diversas estratégias alimentares (carnívoros, herbívoros, detritívoros) e

reprodutivas são fatores que podem explicar o sucesso dessa família em

habitar tais variedades de ambientes (FUKUDA, 2010). Paresque (2014)

estudou a composição e diversidade de Syllidae no litoral de Pernambuco e

Paraíba e observou elevada riqueza da família no ambiente. Ambos os locais

possuem características sedimentares semelhantes à da Praia de Gramuté,

incluindo recifes de arenito. O tamanho corporal reduzido e a alta diversidade

tornam os silídeos um dos grupos mais difíceis e complexos da comunidade

bentônica.

O subfilo Crustacea foi o segundo mais abundante da macrofauna, em

ambos os substratos. No sedimento arenoso, os tanaidáceos foram os mais

abundantes. A maioria dos tanaidáceos registrados no presente estudo

pertence ao gênero Leptochelia sp., considerado o gênero mais bem adaptado

(HEARD et al., 2003), podendo viver em substrato duro (epifauna), recifes de

arenito ou corais, substratos moles e formando tubos (ARAÚJO-SILVA, 2010).

São considerados os tanaidáceos mais abundante de águas rasas do mundo

(LARSEN & RAYMENT, 2002). Outro gênero abundante foi Bunakenia sp.,

abundantes em ambientes recifais, fundos arenosos com presença de rodolitos

e areia com material carbonático (ARAÚJO-SILVA, 2010). Estudo realizado na

região recifal de Sebastião Gomes e do Parcel dos Abrolhos –BA, contatou a

presença dos mesmos táxons em sedimento adjacente ao recife (GENISTRETTI,

2013).

Page 57: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

55

Quanto à grande abundância de anfípodas nos rodolitos, De Grave

(1999) verificou que a complexidade dos talos e a composição sedimentar do

banco influenciaram na comunidade de crustáceos associada a um banco de

rodolitos na Irlanda, de tal forma que 95% dos crustáceos encontrados foram

anfípodas, corroborando os resultados aqui apresentados.

O terceiro grupo mais representativo associado aos rodolitos foram os

Ophiuroidea. Gondim et al., 2014 já haviam observado que os equinodermos

apresentavam certa preferência por rodolitos. Em um banco de rodolitos na

Paraíba, Brasil, esses autores registraram maior riqueza e diversidade de

equinodermos do que em outros ambientes marinhos do mesmo estado. No

presente estudo, os ofiuróides foram menos abundantes no mesolitoral,

possivelmente evidenciando a baixa tolerância do grupo para ambientes muito

estressantes.

Dessa forma, o presente trabalho demonstra a elevada biodiversidade

encontrada na praia de Gramuté. A descrição da comunidade bentônica e sua

dinâmica são de suma importância para auxiliar nas ações de conservação.

Page 58: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

56

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A alta biodiversidade apresentada no presente estudo reflete a

complexidade da área estudada, uma vez que apresenta vários tipos de

substratos, cada um abrigando diferentes organismos. Dentre os dois tipos de

substratos abordados aqui, os rodolitos tiveram maiores valores de riqueza

associada, incluindo todos os componentes da fauna. Meiofauna e macrofauna

tiveram diferentes comportamentos durante o mesmo período, porém foi

evidenciado uma relações entre os dois, com indivíduos da meiofauna sendo

possíveis larvas de indivíduos macrofaunais.

Através das análises realizadas no presente estudo verificou-se que

existe uma flutuação sazonal de composição e abundância dos organismos em

ambos os substratos. No geral, o inverno teve as menores densidades,

enquanto que a primavera foi a estação com maior número de organismos. A

estrutura da fauna nas diferentes zonas da praia também foi diferente, sendo

que a comunidade responde de maneira contextualizada às características de

cada zona.

Mais dados necessitam ser avaliados a fim de elucidar melhor as

questões aqui levantadas, bem como no sentido de se compreender esse tipo

de ambiente tão peculiar e de elevada importância ecológica. Sugere-se que,

em estudos futuros, onde haja o objetivo de comparação entre dois substratos

distintos (como sedimento inconsolidado e rodolito), a metodologia aplicada

para a amostragem possibilite a utilização de uma única unidade de medida,

como por exemplo, a quantificação do volume de ambos os substratos.

Em termos de relevância, este trabalho foi o primeiro estudo a verificar a

comunidade de macro- e meiofauna bentônica em rodolitos arribados e

sedimentos depositados em recifes de arenito. Devido ao caráter pioneiro do

presente trabalho, a falta de material bibliográfico sobre o assunto dificulta uma

discussão mais profunda acerca da interação entre a fauna associada aos

rodolitos e sedimentos inconsolidados. Por ser uma unidade de conservação

com escassas informações sobre a biodiversidade local, existe uma real

necessidade de mais informações para que se consolide o status de prioridade

Page 59: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

57

de conservação. Este foi o ponto de partida para diversos estudos nesse

ambiente com características singulares e complexas.

Page 60: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

58

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Page 70: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

ANEXOS

Page 71: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

Anexo 1 – Lista de táxons e densidade (indivíduos/100cm³) de meiofauna do sedimento e associado aos rodolitos. (Média ± Erro Padrão).

Sedimento Rodolito

Táxa Outono Inverno Primavera Verão Outono Inverno Primavera Verão

IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PM IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PM

PRIAPULIDA _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,7 0,7 _ 1,1 _ _ _ 3,2 _ _

(±0,7) 0,6 (±1,0) (±2,3)

CNIDARIA 0,8 _ _ _ _ 0,8 1,6 _ _ 0,8 _ 1,6 8,9 _ 6,6 _ _ _ 3,1 17,5 3,1 _ _ _

(±0,8) (±0,8) (±0,9) (±0,8) (±0,9) (±4,9) (±3,5) (±1,4) (±8,3) (±2,5) SIPUNCULA _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 1,0 (±1,0) PLATYHELMINTHES Tubellaria _ 2,4 3,2 4,8 _ 3,2 1,6 4,0 3,2 1,6 2,4 0,8 16,5 3,9 34,8 11,0 2,3 5,2 2,9 14,2 11,1 8,9 17,1 16,9 (±2,4) (±1,3) (±1,6) (±1,3) (±0,9) (±1,5) (±1,3) (±1,6) (±1,5) (±0,8) (±10,3) (±2,3) (±30,2) 7,9 (±1,6) (±2,8) (±1,6) (±7,8) (±4,1) (±2,9) (±10,7) (±8,2)

NEMATODA 19,1 89,2 14,3 49,4 30,3 37,4 24,7 48,6 6,4 15,9 11,1 13,5 891,2 163,9 691,1 349,8 285,2 447,1 373,5 895,9 362,4 308,8 250,2 415,3

(±10,6) (±36,7) (±7,1) (±15,6) (±9,1) (±18,5) (±6,7) (±31,8) (±2,3) (±15,9) (±9,1) (±5,7) (±437,3) (±40,1) (±313,5) 70,8 (±98,6) (±156,2) (±134,1) (±63,0) (±126,7) (±97,3) (±58,6) (±208,7)

ANNELIDA Polychaeta 6,4 19,9 35,8 10,4 65,3 39,0 9,6 85,2 23,9 19,1 16,7 16,7 405,6 108,7 226,9 112,0 70,8 138,3 179,1 468,3 212,9 286,4 24,0 176,6 (±3,9) (±9,0) (±20,3) (±3,5) (±17,8) (±11,4) (±5,0) (±30,9) (±9,2) (±5,7) (±9,6) (±7,0) (±137,1) (±14,4) (±66,6) 30,3 (±22,7) (±44,3) (±21,9) (±89,6) (±45,2) (±46,7) (±10,7) (±114,9)

Oligochaeta _ 0,8 _ 0,8 2,4 0,8 7,2 2,4 _ 0,8 _ 0,8 1,4 _ 1,6 4,9 4,8 3,6 3,1 5,4 0,5 _ _ _

(±0,8) (±0,8) (±1,5) (±0,8) (±7,2) (±0,8) (±0,8) (±0,8) (±1,4) (±1,5) 4,3 (±3,0) (±2,1) (±1,4) (±3,1) (±0,5)

TARDIGRADA _ _ _ _ _ _ 3,2 _ _ _ _ _ _ _ _ 1,2 _ _ _ _ _ _ _ _

(±1,3) 1,1 ARTHOROPODA Crustacea Copepoda 31,1 107,5 133,0 74,8 54,1 172,8 87,6 311,3 40,6 85,2 144,1 82,8 2009,3 362,2 1085,9 1059,9 323,4 834,4 534,8 2070,7 977,4 1071,8 558,2 1297,1

11,7) (±42,3) (±47,3) (±13,9) (±16,9) (±110,3) (±24,2) (±164,5) (±18,8) (±36,1) (±72,3) (±25,3) (±1004,4) (±113,5) (±310,8) 167,5 (±65,7) (±240,3) (±127,4) (±273,9) (±235,1) (±163,0) (±51,4) (±680,0)

Ostracoda 15,9 19,9 26,3 8,8 8,8 27,9 4,8 38,2 9,6 17,5 20,7 15,1 104,0 30,1 49,5 31,1 15,5 18,2 71,9 119,0 39,1 44,3 20,7 50,3

(±4,1) (±9,7) (±13,3) (±4,9) (±0,8) (±8,9) (±2,0) (±22,0) (±2,9) (±3,0) (±12,0) (±10,0) (±66,1) (±7,3) (±20,9) 9,4 (±8,2) (±5,8) (±22,1) (±18,8) (±7,1) (±5,3) (±4,6) (±18,4)

Amphipoda _ _ _ 0,8 _ _ 13,5 1,6 _ _ _ _ 18,7 20,6 16,4 20,3 1,1 8,8 24,0 74,6 16,6 11,7 4,0 7,1

(±0,8) (±7,0) (±1,6) (±12,5) (±15,2) (±11,4) 3,0 (±0,8) (±3,0) (±10,2) (±28,1) (±10,3) (±4,5) (±2,3) (±3,6)

Isopoda _ 0,8 _ _ _ _ _ _ 0,8 _ _ _ 4,4 _ 4,2 5,1 0,3 _ _ 10,6 1,0 0,5 2,1 _

(±0,8) (±0,8) (±2,4) (±4,1) 2,8 (±0,2) (±4,8) (±1,0) (±0,5) (±1,5)

Tanaidacea _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 1,2 3,7 0,3 _ 2,6 _ _ 0,5 _ 1,0

(±0,7) 3,2 (±0,2) (±2,6) (±0,5) (±1,0)

Cumacea _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 3,3 _ 3,2 0,5 1,2 5,7 _ _ 0,7 _ _

(±2,3) 1,9 (±0,5) (±0,7) (±4,4) (±0,6) Cladorcera _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 5,9 12,3 _ 1,9 _ _ _ 8,7 0,4 1,8 (±3,6) 1,3 (±1,1) (±3,7) (±0,3) (±0,8) Arachnida

Acari _ 8,8 21,5 3,2 6,4 15,1 15,9 11,1 7,2 8,0 16,7 8,0 19,8 5,8 26,9 18,6 28,1 49,5 43,0 88,3 43,9 49,2 42,6 40,1

(±4,9) (±15,5) (±1,3) (±3,4) (±4,2) (±11,0) (±6,0) (±3,5) (±1,6) (±6,8) (±3,3) (±11,9) (±3,4) (±11,0) 3,2 (±6,9) (±23,5) (±13,9) (±17,3) (±17,5) (±18,8) (±6,8) (±23,2)

N.I. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 1,3 _ _ _ _ _ _ 2,5 _ _ _ _

(±1,25) (±2,5)

Densidade 165,6 587,6 482,5 355,1 364,6 631,4 363,9 1053,3 189,5 313,7 434,7 292,2 3481,1 698,4 2151,8 1506,4 732,3 1509,4 1243,8 3767,1 1668,1 1794,6 919,2 2007,2

(indiv./100cm³) (±45,9) (±171,8) (±127,9) (±65,7) (±95,9) (±314,0) (±88,5) (±295,0) (±52,2) (±77,7) (±220,4) (±83,7) (±1673,4) (±129,5) (±727,3) (±182,0) (±176,3) (±408,9) (±322,6) (±438,1) (±404,8) (±282,3) (±89,9) (±1054,7)

Nº de táxons 6 9 7 9 7 9 11 9 8 9 7 9 11 8 13 14 11 11 11 11 10 12 9 10

Page 72: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

Anexo 2 – Anexo 1 – Lista de táxons e densidade de macrofauna do sedimento (indivíduos/100cm²) e associado aos rodolitos (indivíduos/100cm³). (Média ± Erro Padrão).

Táxa

Sedimento Rodolito

Outono Inverno Primavera Verão Outono Inverno Primavera Verão

IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE

PRIAPULIDA _ _ _ _ 0,25 _ _ 0,25 0,75 0,50 _ _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

(±0,25) (±0,25) (±0,48) (±0,29) (±0,25)

CNIDARIA

Anthozoa sp. _ _ _ _ _ 2,00 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,50 _ 1,00 _

(±1,41) (±0,50) (±1,00)

NEMERTEA _ 0,25 1,00 0,50 0,75 1,25 0,25 _ 1,75 _ 1,5 1,5 0,25 1,50 _ 2,25 0,25 0,50 0,50 0,50 0,25 _ 0,75 0,50

(±0,25) (±0,75) (±0,50) (±0,25) (±0,75) (±0,25) (±1,44) (±1,19) (±1,50) (±0,25) (±1,50) (±0,75) (±0,25) (±0,50) (±0,29) (±0,50) (±0,25) (±0,48) (±0,29)

SIPUNCULA _ 1,25 0,75 0,25 1,25 _ 0,25 3,25 1,5 0,75 0,75 _ 1,00 1,50 0,25 1,25 0,50 1,75 _ 0,50 0,25 1,00 3,25 1,50

(±0,48) (±0,48) (±0,25) (±0,75) (±0,25) (±3,25) (±0,65) (±0,48) (±0,75) (±0,40) (±1,20) (±0,25) (±0,48) (±0,29) (±1,19) (±0,29) (±0,25) (±0,40) (±1,70) (±0,96)

PLATYHELMINTHES _ _ _ _ 0,25 _ _ 0,5 _ _ 0,25 _ _ 0,50 0,50 0,25 _ 0,50 _ _ 0,25 _ 2,00 _

(±0,25) (±0,50) (±0,25) (±0,50) (±0,50) (±0,25) (±0,50) (±0,25) (±1,41)

NEMATODA 1,25 2,5 5,5 3,25 5 16 4,5 15,25 17,75 2,75 4 6,75 0,25 1,00 _ 2,25 0,25 0,25 _ 2,25 _ _ 0,75 1,50

(±0,95) (±1,5) (±2,5) (±1,70) (±2,55) (±3,34) (±1,66) (±5,68) (±9,23) (±1,80) (±1,91) (±3,12) (±0,25) (±0,70) (±1,65) (±0,25) (±0,25) (±1,10) (±0,48) (±0,96)

MOLLUSCA

Gastropoda

Fissurela sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _

(±0,25)

Diodora sp. _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ 0,50 _ 0,5 _ _ 0,25 0,25 _ _ _ _ 0,5 _

(±0,25) (±0,29) (±0,50) (±0,25) (±0,25) (±0,50)

Olivella sp. _ _ _ _ _ _ 0,25 _ 0,25 0,25 0,75 1,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

(±0,25) (±0,25) (±0,25) (±0,75) (±1,25)

Bivalvia

Petricolidae sp. 0,50 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

(±0,50) (±0,25) Nuculana sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _

(±0,25) (±0,25)

Entodesma sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

(±0,25)

Semele sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25

(±0,25)

Barbatia sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _

(±0,25)

Codakia sp. _ _ _ _ _ _ _ 3 0,25 _ 0,25 0,25 0,5 0,5 _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25

(±2,35) (±0,25) (±0,25) (±0,25) (±0,29) (±0,50) (±0,25)

Isognomon sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25

Page 73: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

Táxa

Sedimento Rodolito

Outono Inverno Primavera Verão Outono Inverno Primavera Verão

IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE

(±0,25)

Veneridae sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25

(±0,25)

Brachidontes sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25

(±0,25)

Kellia sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 1,00

(±0,25) 0,71

Acanthochitona sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ 0,50 _ 2,75 0,50 _ 0,50 0,75 0,75 0,50 0,50 _ 0,25

(±0,25) (±0,50) (±2,10) (±0,50) (±0,29) (±0,48) (±0,48) (±0,50) (±0,50) (±0,25)

Ischinochiton sp. _ 0,50 _ _ _ _ 0,25 0,50 _ 0,25 _ _ 4,25 1,25 1,50 0,75 0,25 0,75 0,25 0,75 0,50 0,50 0,50 2,00

(±0,29) (±0,25) (±0,29) (±0,25) (±0,75) (±0,75) (±0,50) (±0,48) (±0,25) (±0,48) (±0,25) (±0,48) (±0,29) (±0,29) (±0,50) 1,35

ANNELIDA Clitellata

Oligochaeta sp. _ _ _ _ _ _ 3,5 10,25 5,25 0,75 5,75 9,25 _ _ _ _ _ _ 0,25 1,00 0,25

(±2,87) (±6,05) (±4,92) (±0,48) (±4,01) (±3,88) (±0,25) (±1,00) (±0,25)

Polychaeta

n.i. _ 0,75 _ 0,5 0,5 _ _ 0,5 _ 0,75 1,00 _ 1,50 _ _ _ _ _ 0,75 0,75 0,75 0,75 0,25

(±0,75) (±0,50) (±0,50) (±0,50) (±0,75) (±0,50) (±1,50) (±0,48) (±0,48) (±0,48) (±0,25) (±0,25)

Sp1. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 3,75 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

(±3,75)

Poly placa na cabeça _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 1,50 _ _ _ _ _ _ 0,75 0,75 0,75 0,75 0,25

(±1,50) (±0,48) (±0,48) (±0,48) (±0,25) (±0,25)

Ampharetidae

sp1. _ _ 0,25 _ _ _ _ 0,5 0,5 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

(±0,25) (±0,50) (±0,50) Amphicteis sp. _ _ _ _ _ _ 0,25 _ 0,5 _ _ _ _ _ 0,50 _ _ _ _ _ _ _ _ _

(±0,25) (±0,50) (±0,50)

Amphinomidae

sp1. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 1,00 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _

(±1,00) (±0,25)

Chloeia sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _

(±0,25) Eurythoe sp. _ _ _ _ _ _ _ _ 0,5 0,25 0,25 _ 0,25 _ 1,50 0,25 _ 1,75 _ _ 1,75 1,50 _ _

(±0,50) (±0,25) (±0,25) (±0,25) (±0,96) (±0,25) (±0,85) (±1,75) (±0,86)

Capitellidae Capitella sp. _ _ _ _ 1 2,75 0,25 _ _ _ _ 0,25 _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

(±1,00) (±2,75) (±0,25) (±0,25) (±0,25) Capitomastus sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,5 _ _ _ _ _ _ 0,5 _ _

(±0,50) (±0,50)

Capitellidae 5 set _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 1 _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

Page 74: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

Táxa

Sedimento Rodolito

Outono Inverno Primavera Verão Outono Inverno Primavera Verão

IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE

(±1,00) (±0,25) Leiocapitella sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,5 _ _ (±0,50) Mediomastus sp. _ _ _ _ _ _ 0,25 0,5 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ (±0,25) (±0,50) Notomastus sp. _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 3,75 5,25 _ _ _ _ _ 2,75 0,25 0,75 2,75

(±0,25) (±2,60) (±4,92) (±2,75) (±0,25) (±0,48) (±1,75)

Cirratulidae spp. 2,5 1,25 _ _ 0,25 _ _ 7,75 2,00 _ _ _ 1,75 6,25 1,75 _ _ 2,25 _ _ 1,25 _ _ 0,25

(±1,66) (±0,95) (±0,25) (±7,42) (±1,68) (±0,75) (±4,67) (±0,85) (±0,85) (±0,95) (±0,25) Cossura sp. _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ (±0,25) Dorvileidae sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _

(±0,25) (±0,25) Eunice sp. _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _ 1,25 3,25 1,25 0,50 0,75 2,00 _ 2,00 2,75 1,25 _ 0,75 (±0,25) (±0,48) (±1,97) (±0,63) (±0,50) (±0,48) (±0,71) (±0,71) (±1,60) (±0,48) (±0,25) Marphysa sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 2,00 1,75 0,25 0,25 0,25 0,50 _ 0,50 0,50 0,25 _ _ (±0,71) (±1,44) (±0,25) (±0,25) (±0,25) (±0,50) (±0,29) (±0,50) (±0,25) Lysidice sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,75 1,00 0,75 0,25 0,50 1,00 _ 0,25 1,25 0,25 _ 0,25 (±0,71) (±0,71) (±0,48) (±0,25) (±0,50) (±1,00) (±0,25) (±0,95) (±0,25) (±0,25) Nematonereis sp. 0,25 0,25 0,25 1,25 0,75 _ 1,25 0,25 0,25 _ _ _ 1,75 4,00 5,00 2,00 0,25 3,50 0,50 3,75 1,75 4,25 0,25 6,50

(±0,25) (±0,25) (±0,25) (±1,25) (±0,48) (±1,25) (±0,25) (±0,25) (±0,48) (±1,78) 1,68 1,22 (±0,25) 1,04 (±0,29) (±1,11) (±1,44) (±1,65) (±0,25) (±1,85) Pherusa sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 1,00 1,00 0,75 0,50 _ 1,25 _ 0,25 0,50 1,25 _ 0,50

(±1,00) (±1,00) (±0,48) (±0,29) (±0,95) (±0,25) (±0,50) (±0,25) (±0,50)

Glyceridae sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ 0,5 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

(±0,25) (±0,50)

Hesionidae NID _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ 0,75 0,50 _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _

(±0,25) (±0,48) (±0,29) (±0,25) Podarke sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _

(±0,25)

Nereididae NID _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,50 _ _

(±0,25) (±0,25) (±0,29) Neanthes sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 1,50 1,00 0,50 0,50 0,50 0,50 _ 0,25 1,00 0,50 0,75 0,25

(±0,50) (±0,71) (±0,50) (±0,29) (±0,50) (±0,50) (±0,25) (±0,71) (±0,29) (±0,75) (±0,25) Nereis sp. _ _ _ _ 0,5 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ 0,75 0,75 1,50 1,75

(±0,29) (±0,25) (±0,48) (±0,48) (±1,19) (±0,48)

Gymnonereis sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

(±0,25)

Perinereis sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,50 2,00 0,25 0,25 0,75 1,25 0,25 1,00 0,50 0,25 3,75 _

(±0,29) (±1,68) (±0,25) (±0,25) (±0,75) (±0,63) (±0,25) (±0,41) (±0,50) (±0,25) (±3,09)

Platynereis sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ 0,25 0,50 _ _ _ _ _ _ _ 0,25

(±0,25) (±0,25) (±0,50) (±0,25)

Page 75: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

Táxa

Sedimento Rodolito

Outono Inverno Primavera Verão Outono Inverno Primavera Verão

IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE

Arabella sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 0,25 _ _ _ _ 0,50 _ (±0,25) (±0,25) (±0,50) Kinbergonuphis sp. _ 0,25 1,25 _ 1,75 _ 5,5 2 8 1,5 0,75 _ _ _ _ 1 _ _ _ _ _ _ _ 2,25

(±0,25) (±1,25) (±1,75) (±2,02) (±1,35) (±4,43) (±0,29) (±0,49) (±0,71) (±2,25)

Ophellidae sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

(±0,25) Leitoscoloplos sp. _ _ _ _ _ 2 2 1 2,25 0,25 2,25 2,5 _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ 0,25 _ 1,25

(±1,41) (±1,22) (±0,71) (±0,85) (±0,25) (±1,31) (±1,66) (±0,25) (±0,25) (±1,25)

Oweniidae sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

(±0,25)

Paraonidae sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _

(±0,25) Aedicira sp. _ _ _ _ 0,25 1 0,5 0,5 0,25 _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ (±0,25) (±0,71) (±0,50) (±0,50) (±0,25) (±0,25) (±0,25) Levinsenia sp. _ _ _ _ _ _ 2,75 2 0,25 0,5 _ _ 0,25 _ _ 0,5 _ _ _ _ _ _ _ _

(±1,38) (±2,00) (±0,25) ±

(0,29)

(±0,25) (±0,29)

Pholoe sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _

(±0,25)

Lepdonotus sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

(±0,25)

Lysarete sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25

(±0,25)

Lumbrinereis sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ 1,00 _ _

(±0,25) (±0,58)

Mesochaetopterus sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 2,25 1,50 _ 0,50 _ _ _ 5,75 _ 0,75 0,25 _

(±2,25) (±1,50) (±0,29) (±5,42) (±0,75) (±0,25)

Spionidae spp. _ _ 0,5 _ _ _ 0,25 _ 5 _ 0,5 _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

(±0,50) (±0,25) (±5,00) (±0,50) (±0,25)

Laonice sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

(±0,25) (±0,25)

Paraprionospio sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 0,75 _ _ _ _ _ _ _ _ 1,25 0,25 _

(±0,25) (±0,75) (±0,75) (±0,25)

Prionospio sp. _ _ _ _ _ _ _ _ 0,75 1 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,50 _ _

(±0,48) (±0,71) (±0,50)

Dipolydora sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 2,00 _

(±1,41)

Spiophanes sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,50 _ _ _ _ _ _

(±0,50)

Spio sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,50 _ _

(±0,29)

Page 76: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

Táxa

Sedimento Rodolito

Outono Inverno Primavera Verão Outono Inverno Primavera Verão

IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE

Sabellidae sp. _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,75 2,25 _ _ _ 0,25 _ 0,25 _ _ 0,25 1,25

(±0,25) (±0,48) (±2,25) (±0,25) (±0,25) (±0,25) (±0,94)

Phragmatopoma sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,75 0,25 _ 0,25 0,25 _ _ _ _ _ 0,25 _

(±0,75) (±0,25) (±0,25) (±0,25) (±0,25)

Scalibregmidae sp. _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

(±0,25)

Syllidae spp. 19,5 23,25 140 1,25 18,75 186,8 26,75 88,25 261,5 16,5 13 86,25 16,50 34,50 18,25 8,25 3,50 19,00 6,50 13,25 14,5 27,75 11,00 24,75

(±8,29) (±8,53) (±46,01) (±0,49) (±16,78) (±135,87) (±9,58) (±43,28) (±159,01) (±6,84) (±5,70) (±19,68) (±1,90) (±20,28) (±10,54) (±2,13) (±1,19) (±2,80) (±2,90) (±6,85) (±4,77) (±4,95) (±2,85) (±6,26) Polycirrus sp. _ _ _ _ _ _ _ 0,25 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25

(±0,25) (±0,25) (±0,25) Terebellides sp. _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ (±0,25) ARTHOROPODA Crustacea

Penaeidae _ _ 0,25 _ _ 0,5 0,25 _ 0,25 0,25 _ _ _ _ _ _ _ 0,75 0,25 _ 0,25 _ _ 0,50

(±0,25) -0,29 (±0,25) (±0,25) (±0,25) (±0,75) (±0,25) (±0,25) (±0,29)

Amphipoda n.i. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ 0,25 _ 0,5 _ _ _ 0,25 _ _

(±0,25) (±0,25) (±0,29) (±0,25) Cymadusa sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _ (±0,25)

Amphilochidae sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,75 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

(±0,48) Globosolembos sp. _ 0,25 _ 0,25 1,5 _ _ _ _ 1,75 _ _ 0,75 12,00 0,75 3,00 _ 1,25 13,00 24,50 3,75 3,00 26,75 2,25

(±0,25) (±0,25) -1,5 (±1,18) (±0,48) (±7,22) (±0,48) (±0,81) (±0,25) (±7,01) (±9,36) (±0,85) (±1,08) (±19,85) (±1,11) Batea sp. 0,5 _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ 0,5 1,00 _ 0,50 3,50 _ 1,75 0,50 _ 1,50 0,25 _ 1,00

(±0,50) (±0,25) (±0,50) (±0,57) (±0,29) 1,6583 (±0,85) (±0,50) (±0,64) (±0,25) (±0,71) Parhyale sp. 0,5 0,25 0,25 _ _ 0,5 6,75 2 1,75 1 _ _ 0,25 1,50 _ 2,75 4,50 0,25 0,25 0,25 0,25 1,00 0,50 _

(±0,29) (±0,25) (±0,25) -0,29 (±4,01) (±1,22) (±1,75) (±1,00) (±0,25) (±0,87) (±2,43) (±3,23) (±0,25) (±0,25) (±0,25) (±0,25) (±0,71) (±0,50) Elasmopus spp. _ _ _ _ _ _ _ 1,5 _ 2,5 0,5 _ 0,50 1,75 0,25 2,25 _ 0,75 _ _ 1,50 1,00 1,50 1,00

(±1,50) (±2,50) (±0,50) (±0,29) (±0,75) (±0,25) (±1,60) (±0,48) (±0,65) (±1,00) (±0,96) (±1,00) Melita sp. _ 0,5 _ _ _ _ _ _ _ 0,5 0,25 0,25 _ _ 1,50 _ 0,25 5,25 1,25 1,00 1,00 0,25 _

(±0,50) (±0,50) (±0,25) _ (±0,25) (±1,19) (±0,25) (±3,97) (±0,95) (±1,00) (±0,41) (±0,25) Gammaropsis sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

(±0,25) Microphoxus sp. _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _ 0,25 _ _ 0,25 0,25 0,50 0,25 _ _ 0,25 _ _ _ _ _

(±0,25) (±0,25) (±0,25) (±0,25) (±0,50) (±0,25) (±0,25) Tiburonella sp. 0,25 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _

(±0,25) (±0,25) (±0,25)

Dulichiella sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ 1,75 1,00 0,25 0,25 _ _

(±0,25) (±1,75) (±1,00) (±0,25) (±0,25)

Page 77: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

Táxa

Sedimento Rodolito

Outono Inverno Primavera Verão Outono Inverno Primavera Verão

IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE

Leucothoe sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _ 0,25 _ _ _

(±0,25) (±0,25) Emerita sp. _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

(±0,25)

Paguridae sp. _ _ _ _ _ _ _ _ 0,5 _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ 0,25 _ 0,50 0,25

(±0,29) (±0,25) (±0,25) (±0,50) (±0,25)

Brachyura spp. _ 0,5 _ _ 0,5 _ 0,5 _ 0,25 _ 0,5 _ 0,25 0,50 0,50 0,25 0,75 _ _ _ 0,25 0,50 0,50 0,25

(±0,29) (±0,50) (±0,50) (±0,25) (±0,29) (±0,25) (±0,29) (±0,29) (±0,25) (±0,75) (±0,25) (±0,29) (±0,50) (±0,25)

Copepoda spp. 0,75 _ _ _ _ 0,5 _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ (±0,75) (±0,50) (±0,25) Cumacea spp. 0,25 0,25 _ _ _ _ 0,75 _ 0,25 _ _ _ 0,25 _ _ _ _ _ 0,50 _ _ 0,25 _ _

(±0,25) (±0,25) (±0,25) (±0,25) (±0,25) (±0,29) (±0,25)

Isopoda

Amakusanthura sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,50 _ 0,25 0,50 _ _ _ 0,50 0,25 _ _ _

(±0,29) (±0,25) (±0,29) (±0,50) (±0,25) Quantanthura sp. 0,25 0,25 0,5 _ _ _ _ _ _ _ _ _ 1,25 0,50 1,00 2,50 0,75 1,25 0,50 1,00 0,75 1,75 0,25 2,00

(±0,25) (±0,25) (±0,50) (±0,48) (±0,50) (±0,41) (±1,89) (±0,75) (±0,75) (±0,50) (±0,58) (±0,48) (±0,48) (±0,25) (±1,08) Cirolana sp. _ _ _ 0,25 0,25 2 3,25 1,5 0,75 3,25 2,25 0,25 2,50 1,25 0,75 9,75 1,50 3,50 1,50 0,25 0,25 2,25 8,25 1,75

(±0,25) (±0,25) (±1,41) (±0,48) (±1,19) (±0,25) (±2,02) (±1,60) (±0,25) (±2,18) (±0,25) (±0,75) (±3,64) (±1,19) (±1,66) (±1,19) (±0,25) (±0,25) (±1,31) (±7,28) (±1,44) Gnathia sp. 0,5 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ 0,25 _

(±0,50) (±0,25) (±0,25) Accalathura sp. _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,50 0,75 0,25 _ _ _ _ 0,25 0,75 1,00 0,25 _

(±0,25) (±0,29) (±0,75) (±0,25) (±0,25) (±0,75) (±1,00) (±0,25) Cymodoce sp. _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ 0,75 _ _ 1,50 _ _ _ _ _ 0,25 0,50 _

(±0,25) (±0,25) (±0,96) (±0,25) (±0,50)

Cymodocella sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 2,50 0,25 0,75 _ _ _ _ _ _ _ _

(±1,66) (±0,25) (±0,48)

Dynamenella sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 1,00 _ _ _ _ 0,75 _ 1,75 _

(±0,71) (±0,75) (±1,44)

Stenetrium sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

Ligia sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _ _ _ _ _ _ 0,50 0,25

(±0,25) (±0,50) (±0,25)

Ostracoda sp. _ 1,25 0,25 0,50 2,25 5,00 3,75 3,00 7,5 0,25 2,25 _ 6,75 1,75 1,00 3,50 _ 0,75 2,25 0,50 0,50 2,25 0,75 0,50

(±0,95) (±0,25) (±0,50) (±1,31) (±4,36) (±2,75) (±0,71) (±3,75) (±0,25) (±2,25) (±4,46) (±1,11) (±0,71) (±1,55) (±0,75) (±1,93) (±0,50) (±0,29) (±1,11) (±0,48) (±0,29)

Tanaidacea Bunakenia sp. _ 1,75 2,75 _ 1,00 1,75 29,25 9,50 13,25 0,25 0,25 0,50 _ _ _ _ _ _ 0,25 0,50 _ _ 0,25 _

(±0,85) (±1,80) (±1,00) (±1,75) (±21,63) (±1,85) (±6,37) (±0,25) (±0,25) (±0,50) (±0,25) (±0,50) (±0,25) Leptochelia sp. 2,25 0,25 0,25 _ 0,25 1,25 45,5 5,00 11,25 4,75 _ _ 0,50 0,25 1,25 _ _ 0,50 2,00 0,50 1,25 1,50 _ 0,25

(±2,25) (±0,25) (±0,25) (±0,25) (±0,75) (±28,81) (±2,08) (±1,89) (±1,49) (±0,29) (±0,25) (±0,95) (±0,50) (±0,82) (±0,50) (±0,95) (±1,50) (±0,25) Paraleiopus sp. 1,00 _ 0,50 _ _ 0,75 6,50 _ 1,00 0,50 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

Page 78: Estrutura da fauna bentônica de rodolitos e sedimentos

Táxa

Sedimento Rodolito

Outono Inverno Primavera Verão Outono Inverno Primavera Verão

IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE IL ML PE

(±0,71) (±0,50) (±0,75) (±2,84) (±1,00) (±0,29) Apseudidae sp. _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,50 _ _ 0,25 _ _ _ _ 0,25 0,75 _ 0,25 (±0,50) (±0,25) (±0,25) (±0,48) (±0,25)

Parapseudidae sp. _ _ _ _ _ _ 1,00 _ _ _ _ _ _ _ _ 0,75 _ _ _ _ 0,25 _ _ 0,25

(±1,00) (±0,48) (±0,25) (±0,25)

ECHINODERMATA

Ophiuroidea spp. _ _ _ _ 0,25 _ _ 0,25 _ _ _ _ 5,75 _ 2,25 2,50 _ 6,75 2,50 0,75 5,75 5,25 _ 2,25

(±0,25) (±0,25) (±3,01) (±1,65) (±0,50) (±0,48) (±2,18) (±0,48) (±3,30) (±3,01) (±0,75)

Peixe* _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 0,25 _ _ _

(±0,25)

Densidade 13,9 16,4 69,7 3,7 17,6 99,3 65,0 70,9 153,4 19,2 18,7 49,3 329,1 261,6 417,9 198,6 54,1 178,4 115,0 392,0 113,2 236,9 162,3 188,1

(±3,9) (±5,2) (±21,4) (±1,8) (±10,7) (±59,9) (±18,8) (±23,8) (±72,1) (±5,8) (±6,7) (±17,7) (±87,4) (±51,1) (±229,6) (±15,2) (±13,5) (±21,6) (±7,7) (±109,3) (±16,4) (±23,7) (±24,7) (±73,3)

Riqueza 16 25 23 10 22 17 26 27 29 30 21 20 48 40 34 43 19 37 21 34 44 44 40 40