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ESTRUTURA
ATMOSFRERAINTERACÇÃO RADIAÇÃO-MATÉRIA
Efeitos do solo e da radiação soIar
na temperatura da atmosfera terrestreA temperatura da atmosfera terrestre depende de dois parâmetros:
• Da proximidade em relação ao solo e
• Das radiações solares que a atravessam.
Absorção de energia pode causar dois efeitos:
• - efeito térmico - as partículas utilizam a energia
absorvida para aumentar a sua energia cinética,
o que faz aumentar a sua temperatura (fig.);
• - efeito químico - as partícu1as absorvem a
energia das radiações, a qual servirá para
desencadear reacções químicas.
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Efeitos do solo
e da radiação
soIar
na temperatura
da atmosfera
terrestre
Fazem-se sentir os
dois efeitos -
químico e térmico
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Efeito QuímicoAs partículas absorvem as radiações solares, utilizando
a sua energia para:
1. quebrar ligações dentro das moléculas ou para
2. ionizar átomos ou moléculas.
Fotólises ou Reacções
Fotoquímicas
As reacções fotoquímicas que levam à ruptura de ligações dentro das
Moléculas (1) ocorrem, principalmente, na zona cimeira da Troposfera e na
Estratosfera. Trata-se de dissociações de moléculas, das quais resultam
espécies muito reactivas por terem um electrão desemparelhado,
representado por uma pinta (•). Essas espécies chamam-se radicais livres.
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Radicais na
Troposfera
• Como se forma?
Alguns radicais livres na
atmosfera são: OH• , O •, Cl• ,Br •.
O radical livre OH • é um
dos mais abundantes na
Troposfera. Por ser muito
reactivo, desencadeia
reacções químicas
noutras moléculas da
atmosfera e também nas
células. O seu contacto
com a pele pode
desencadear reacções
inflamatórias,
envelhecimento e até, a
longo prazo, causar
mutações nas celular.
(1)
(2)
(3)
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Radicais na
Troposfera
• Mas, para dissociar cada uma das
moléculas anteriores é necessário
fornecer-lhes um valor mínimo de
energia
Energia de
Dissociação
O que significa que para quebrar a molécula
de O2 é necessário que a radiação que nela
incida tenha pelo menos 8,3 x 10-19 J de
energia (radiação UV)
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Radicais na
Troposfera
• Se a radiação incidente na molécula tiver energia
superior à energia de dissociação da molécula o
excesso vai ser absorvida como energia cinética
pelas partículas formadas. O aumento de energia
cinética vai traduzir-se no aumento da temperatura
dessas partículas.
• Se a radiação UV, incidente na molécula, tiver
energia inferior à energia de dissociação da
molécula não provoca dissociação.
Energia de
Dissociação
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Iões na
Atmosfera
• Quando a energia/ radiação absorvida é
utilizada para IONIZAR átomos ou moléculas,
é removido um electrão, ficando cada partícula
com carga eléctrica +1.
Pelo facto de as
energias de
ionização serem
relativamente
elevadas, as
ionizações são
mais frequentes na
Termosfera e
menos frequentes
na Mesosfera.
Camadas muito pouco densas, os gases que aí
predominam são o azoto (N2) e o oxigénio (O2).
São eles que absorvem a radiação solar e que
se ionizam
Também ocorrem dissociações seguidas de
ionizações. Por exemplo, o oxigénio existente nestas
camadas também se dissocia, originando oxigénio
que é posteriormente ionizado.
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Absorção de radiações (UV de energia entre 6,6x10-19J e 9,9x10-19J
O2 O3 CFCs
Energia é suficiente apenas para formar radicais
livres
N2 O2
A energia é suficientemente elevada para ionizar
as moléculas
• a dissociação das moléculas N2 e O2 e a formação
dos respectivos radicais livres - N• e O•;
• a ionização das partículas existentes - formação,
sobretudo, de N2+ O2
+ mas também de O•+;
• o aumento da energia cinética destas partículas,
devido ao excesso de energia absorvida
relativamente ao efeito químico, dissociação ou
ionização.
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Em Suma
A atmosfera funciona como um filtro da
radiação solar: deixa passar as radiações
de energia mais baixa e retém (absorve) as
de energia superior.
Se assim não fosse, as radiações mais energéticas (UV e outras)
atingiriam a superfície da Terra, interagindo com as moléculas dos
seres vivos, danificando-as e causando o desaparecimento da
vida na Terra, a
longo termo.
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ESTRUTURA
ATMOSFRERAO OZONO NA ESTRATOSFERA
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Formação e
Decomposição
• Cerca de 90% do ozono presente na
atmosfera encontra-se na Estratosfera
Há um equilíbrio dinâmico entre a formação e o consumo de ozono, que em principio, deveria manter constante a concentração de ozono na Estratosfera
“CAMADA OZONO”
Sendo a velocidade de
formação
ozono igual à sua velocidade de
decomposição
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Camada de Ozono
Não existe numa camada regular mas disperso
no oxigénio e no azoto entre 15 km e 50 km de
altitude.
Se todo o ozono da Estratosfera fosse
agrupado numa única camada gasosa à
volta da Terra, nas condições PTN, teria
apenas uma espessura de 3 mm.
Apesar de reduzida, a quantidade de ozono
na Estratosfera é suficiente para absorver as
radiações UV de energia compreendida entre
6,6 x 10-19 J e 9,9 x 10-19 J
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Camada de Ozono
UVA
UVB
UVC
Formação
da camada
de ozono
O ozono estratosférico
funciona como um filtro
natural que nos protege
da radiação solar
Na Troposfera é uma
substância nociva que
irrita os olhos, o nariz e
a garganta
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ESTRUTURA
ATMOSFRERAO “Buraco de Ozono”
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Substâncias que influenciam o equilíbrio
de formação e decomposição do ozono
Quantidade de ozono, em unidades específicas
(unidades Dobson), medida todos os meses de
Outubro.
• Quebrou-se o equilíbrio dinâmico
que mantinha constante a
concentração de ozono na
estratosfera
• A velocidade de decomposição do
ozono tornou-se maior do que a
velocidade de formação
As medições feitas ao longo do tempo confirmam
que a concentração de ozono está a diminuir na
Estratosfera.
PORQUÊ?
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Substâncias que influenciam o equilíbrio
de formação e decomposição do ozono
Investigações efectuadas levaram à conclusão que certas
substâncias presentes na Estratosfera, ainda que em
quantidades ínfimas, actuam como catalisadores acelerando
a reacção de decomposição do ozono.
ÓXIDOS DE AZOTO
RADICAIS DE CLORO
Os óxidos de azoto formam-se a partir do oxigénio e do azoto
atmosféricos, quando submetidos a temperaturas elevadas. É o que
acontece, por exemplo, com os aviões supersónicos que voam na
Estratosfera
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Substâncias que influenciam o equilíbrio
de formação e decomposição do ozono
Os radicais Cl, admite-se actualmente que derivam
fundamentalmente dos CFC, conhecidos comercialmente pelo nome
de “freons”.
CFCI3 (triclorofluormetano)
CF2Cl 2 (diclorodifluormetano).
Têm propriedades óptimas para determinados usos industriais e comerciais.
São voláteis, facilmente liquefeitos, relativamente inertes, não tóxicos e
incombustíveis
Usados como fluidos no arrefecimento dos frigoríficos e aparelhos de ar
condicionado, como agentes expansivos em espumas de isolamento térmico
e em artefactos de uso doméstico, como pratos, copos, etc. Em aerossóis,
sprays, etc..
Derivados
halogenados de
hidrocarbonetos
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Destruição do Ozono
Como são praticamente inertes, os CFC atingem a Estratosfera,
alterando o equilíbrio dinâmico da formação e consumo do
ozono
são decompostos pelas radiações UV,
libertando os radicais cloro
O cloro atómico, muito reactivo, vai reagir com o ozono,
originando monóxido de cloro e oxigénio
O monóxido de cloro reagindo com o oxigénio atómico,
que abunda na Estratosfera, origina, de novo, o cloro
atómico
Os átomos de cloro não vão ser consumidos. Funcionam como catalisadores.
Cada átomo de cloro pode destruir cerca de 100 000
moléculas de O3 antes de ser removido da atmosfera por
outra reacção
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Destruição do Ozono
Outras substâncias que funcionam como catalisadores
da reacção de decomposição do ozono, nomeadamente,
as que produzem os radicais livres:
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NOMENCLATURA DE
ALCANOS E ALGUNS
DERIVADOSHidrocarbonetos Saturados
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O que são hidrocarbonetos?
Compostos orgânicos formados por carbono e hidrogénio
Hidrocarbonetos Saturados (alcanos), contêm apenas ligações
covalentes simples entre os átomos de carbono.
Alcanos
de cadeia aberta de cadeia fechada
(cicloalcanos)
de cadeia linear de cadeia ramificada
derivados dos
alcanos
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Nomenclatura Alcanos Cadeia Linear
Fórmulas de estrutura, na qual as ligações entre os átomos do
composto são indicadas através de traços
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Nomenclatura Alcanos Cadeia Linear
• Nos alcanos, cada átomo de carbono está ligado a
outros quatro átomos.
• O mais simples dos alcanos é o metano, com apenas um
átomo de carbono, de fórmula molecular CH4.
Fórmula de estrutura do metano.
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Nomenclatura Alcanos Cadeia Linear
• O propano (C3H8) e o butano (C4H10), possuem,
respectivamente, 3 e 4 átomos de carbono na cadeia
carbonada.
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Nomenclatura Alcanos Cadeia Linear
• Nos alcanos seguintes, o nome obtém-se adicionando
ao prefixo que indica o número de átomos de carbono
a terminação ,”ano”.
• Um modo simples de confirmar se um hidrocarboneto é
um alcano é verificar se a fórmula respectiva obedece à
fórmula geral: CnH2n+2
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Nomenclatura Alcanos Cadeia Ramificada
• Os átomos nas moléculas do metano, do etano e do propano não
têm possibilidade de se organizar de outro modo. Mas quando o
número de átomos de carbono na cadeia carbonada é superior a
três, as hipóteses de ligação entre os átomos de carbono aumentam,
as suas cadeias carbonadas podem ser ramificadas.
Cadeia principal
Ramificação
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Nomenclatura Alcanos Cadeia Ramificada
• Os grupos de átomos que constituem as ramificações
chamam-se radicais aquilo ou grupos alquilo e são
simbolizados por R.
• Os nomes dos radicais alquilo obtêm-se a partir do nome
do alcano respectivo, substituindo a terminação “ano”
por “ilo”.
• Exemplos: - CH3 é o grupo metilo;
- C2H5 é o grupo etilo;
- C3H7 é o grupo propilo;
- C4H9 é o grupo butilo, etc.
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Nomenclatura Alcanos Cadeia Ramificada
• Regras de nomenclatura
1. o nome corresponde ao do alcano que tem o mesmo número de
átomos de carbono que a cadeia linear mais comprida – cadeia
principal - presente no composto;
2. cada átomo de carbono da cadeia principal é, em seguida,
numerado em sequência, começando pela extremidade que
originará menor soma dos números dos átomos de carbono
(índices)ligados às ramificações;
3. cada ramificação é indicada pelo nome e posição do radical, na
cadeia principal, antes do nome desta;
4. a posição de cada ramificação é separada do nome respectivo
da cadeia principal por um hífen (-);
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Nomenclatura Alcanos Cadeia Ramificada
• se existem dois ou mais grupos alquilo iguais acrescenta-se um dos
prefixos multiplicativos - di, tri, tetra, etc. -, ao nome do grupo alquilo;
a sua posição deve ser indicada por ordem crescente;
• as posições ocupadas pelos grupos alquilo são assinaladas antes do
respectivo prefixo e separadas entre si por vírgulas;
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Nomenclatura Alcanos Cadeia Ramificada
• os diferentes grupos alquilo ligados à cadeia principal
devem ser indicados por ordem alfabética.
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Nomenclatura Alcanos Cadeia Fechada
• o nome do cicloalcano é igual ao do alcano de cadeia aberta de
estrutura semelhante (com o mesmo número de átomos de carbono),
antecedido pelo prefixo “ciclo”;
• os átomos de carbono também são numerados sequencialmente.
Quando só um átomo de hidrogénio é substituído por um radical, não
há necessidade de indicar a sua posição, e o radical é designado
antes do nome da cadeia principal;
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Nomenclatura Alcanos Cadeia Fechada
• quando há mais de um radical implantado na cadeia carbonada, a
sua posição é indicada pelos números dos átomos de carbono da
cadeia cíclica a que se encontram ligados, sendo estes numerados
de modo a que a soma desses números seja o mais baixa possível;
• Os nomes dos radicais são indicados por ordem alfabética.
A fórmula geral dos cicloalcanos é CnH2n.
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Compostos halogenados derivados dos alcanos
• Quando os substituintes das cadeias carbonadas são halogéneos.
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Compostos halogenados derivados dos alcanos
• Os que possuem nas suas cadeias carbonadas átomos de
halogéneos são os haloalcanos ou derivados halogenados dos
alcanos - CFCs
Nomes de alguns clorofluorcarbonetos
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