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Estrateqia CONCURSOS Aula 08 Português p/ INSS - Técnico do Seguro Social Professor: Fabiano Sales

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  • EstrateqiaCONCURSOS

    Aula 08

    Portugus p/ INSS - Tcnico do Seguro Social

    Professor: Fabiano Sales

  • Lngua Portuguesa para INSSTeoria e questes comentadas

    Prof. Fabiano Sales Aula 08

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    Aula 08

    Vitoriosos alunos, esta aula n 08 do preparatrio para o Instituto Nacionalda Seguridade Social.

    Neste encontro, apresentarei os conceitos de Tipologia Textual,Compreenso e Interpretao de textos, Coerncia e Coeso e SignificaoContextual das Palavras.

    Para melhor orient-los em seus estudos, apresento o sumrio abaixo avocs:

    SUMRIO

    01. Gnero Textual versus Tipologia Textual ..............................................0102. Tipologia Textual ......................................................................................0203. O Texto Narrativo .....................................................................................0204. Tipos de Discurso ....................................................................................0605. Discurso Direto .........................................................................................0606. Discurso Indireto ......................................................................................0607. Transposio de Discurso ......................................................................0708. Discurso Indireto Livre ............................................................................0709. O Texto Descritivo ....................................................................................0810. O Texto Injuntivo ......................................................................................1211. O Texto Dissertativo ................................................................................1412. Compreenso e Interpretao Textual ...................................................2413. Coerncia e Coeso .................................................................................3114. Significao Contextual das Palavras ....................................................4115. Lista das Questes Comentadas na Aula ..............................................72

    Gnero Textual X Tipologia Textual

    Inicialmente, importante esclarecer que gnero textual e tipologia textualno se confundem.

    O gnero textual relaciona-se funo, ao objetivo do texto. A observnciados ttulos e da fonte (veculo material onde se encontra o texto) muito importantepara se saber qual o objetivo textual. Por exemplo, qual o objetivo do gneroanncio? provocar uma atitude de compra. E do gnero manual deinstrues? Quem j teve contato com esse gnero sabe que a finalidade auxiliar na utilizao adequada de algum aparelho. O gnero noticirio tem afuno de informar. Um editorial tem a finalidade de expor um fato. Por fim, ognero horscopo, presente diariamente em jornais e revistas, apresenta afinalidade de prever.

    Com relao tipologia textual, podemos dizer que h obedincia aaspectos lingusticos prprios, relacionados estrutura do texto. Por exemplo, ognero noticirio, quando analisado sob a ptica estrutural, apresentacaractersticas pertencentes a uma narrativa; por sua vez, o gnero horscopo,quanto ao modo de organizao do discurso, contm caractersticas relativas a umtexto injuntivo (ou instrucional).

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    Logo, necessrio observar o objetivo a que se destina o texto e astcnicas/caractersticas pertinentes a cada tipo textual.

    TIPOLOGIA TEXTUAL

    Seguindo a tradio exigida em concursos pblicos organizados pela bancaFundao Carlos Chagas, abordaremos os tipos de textos mais recorrentes, sendoclassificados em narrativos, descritivos, injuntivos (instrucionais) edissertativos (expositivos ou argumentativos). Por ser o texto dissertativo--argumentativo a modalidade discursiva mais recorrente em concursos pblicos,daremos nfase a essa tipologia.

    Dificilmente encontra-se um texto que apresente caractersticasexclusivamente narrativas, descritivas, injuntivas ou dissertativas (expositivas ouargumentativas). Em provas, frequente a combinao de caractersticas inerentesa esses tipos de textos em uma s superfcie textual, mas, normalmente, h apredominncia de uma dessas formas. Assim, devemos dizer que O texto predominantemente narrativo, descritivo, injuntivo ou dissertativo (expositivo ouargumentativo).

    Vocs podem me perguntar: Fabiano, como saberemos se um texto possuipredominantemente caractersticas narrativas, descritivas, injuntivas oudissertativas?

    Meus amigos, por isso estudaremos as caractersticas dos principais tipos detextos.

    O TEXTO NARRATIVO

    Definio

    Narrar contar uma histria, uma sequncia de fatos ocorridos emdeterminado local e tempo. Em outras palavras, o retrato de um fato real ouimaginrio contado por um narrador.

    Para que vocs consigam compreender uma narrao, preciso que onarrador evidencie:

    - O fato ocorrido;

    - O motivo de sua ocorrncia;

    - De que forma ocorreu; e

    - Com quem o fato ocorreu.

    Para tanto, necessrio conhecer os elementos bsicos de um textonarrativo: narrador, personagem, espao, tempo e enredo.

    NARRADOR - aquele que relata os fatos. A histria pode ser narrada porum narrador-personagem (1 pessoa) ou por um narrador-observador(3 pessoa).

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    Conceito ExemploN

    arra

    dor-

    pers

    onag

    em(1

    pes

    soa)

    uma personagem que, ao mesmo tempo,participa da histria e narra osacontecimentos. Em outras palavras, apersonagem v os fatos de dentro dahistria (ponto de vista interno). Com onarrador-personagem, o foco narrativo de1 pessoa, sendo marcado pelo emprego dopronome pessoal reto eu, alm de suasformas oblquas correspondentes (me,mim). Com o narrador-personagem, anarrao subjetiva, isto , os fatos sonarrados de acordo com os sentimentos eas emoes daquele que narra.

    Contou-me um guia emBuenos Aires, que quando sediz que essa cidade a maiseuropeia das Amricas,muitas pessoas torcem onariz. Pura dor de cotovelo!Quem conhece Buenos Airescomo eu, sabe que isso verdade.

    Nar

    rado

    r-ob

    serv

    ador

    (3 p

    esso

    a)

    Relata os acontecimentos da narrativacomo observador. Em outras palavras,algum est observando o fato de fora e orelata. O foco narrativo de 3 pessoa,sendo marcado tanto pelo emprego dospronomes ele(s), ela(s) quanto pelo uso deverbos em 3 pessoa. Com o narrador-observador, a narrao objetiva, ou seja,aquele que relata os fatos narra-os semdemonstrar seus sentimentos.

    Ele morava numa cidade-zinha do interior. Tinhanascido ali, conhecia todomundo. Era muito dado, dadodemais para o gosto damulher, que estava sempre deolho nos salamaleques queele vivia fazendo para amulherada do lugar. Purasgentilezas - dizia ele.

    PERSONAGEM o elemento que participa da histria. Pode ser pessoa,coisa ou animal. O narrador deve sempre cri-la, pois no h narrao sempersonagem.

    Havendo mais de uma personagem, o narrador pode separ-las emprotagonista e antagonista. Esta (antagonista) a personagem que se ope principal. Aquela (protagonista) a personagem principal, em quem se centraliza anarrativa. H, ainda, as personagens secundrias: so aquelas que participam dosfatos, mas no constituem o ncleo da narrativa.

    ESPAO (ou LUGAR) - a localizao fsica e geogrfica dos fatosnarrados, a fim de estimular a imaginao do leitor. Vamos ver um exemplo.

    Muitos anos mais tarde, Ana Terra costumava sentar-se na frente de sua casa parapensar no passado. E, no seu pensamento como que ouvia o vento de outros tempos esentia o tempo passar, escutava vozes, via caras e lembrava-se de coisas... O ano de 81trouxera um acontecimento triste para o velho Maneco: Horcio deixara a fazenda, acontragosto do pai, e fora para o Rio Pardo, onde se casara com a filha dum tanoeiro e seestabelecera com uma pequena venda. (rico Verssimo, O Tempo e o Vento)

    Esse texto caracteriza-se narrativo, porque:

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    est situado no tempo (81); faz meno a lugares onde a trama (enredo) se desenvolve (frente da casa,fazenda e Rio Pardo); e apresenta personagens (Ana Terra, Maneco e Horcio).

    TEMPO - o momento em que a histria se passa. O tempo da narraopode ser presente, passado ou futuro. Em narrativas, h o predomnio do tempopassado (pretrito), pois essa tipologia textual tem como caracterstica bsica o fatoconsumado, isto , o fato narrado j ocorreu. Quando a inteno a criao doimaginrio ou a sensao de fantasia, usa-se a forma do pretrito imperfeito doindicativo.

    Exemplo:

    Joo Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilnianum barraco sem nmero.

    Uma noite, ele chegou ao Bar Vinte de Novembro.BebeuCantouDanou

    Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado."

    (Manuel Bandeira)

    O tempo da narrativa pode ser cronolgico (linear, ocorrendo na ordemnatural dos fatos por exemplo, um dia, uma semana) ou psicolgico (a memriado narrador de acordo com as lembranas do narrador, a ordem dosacontecimentos pode ser modificada).

    Exemplo de tempo cronolgico (tempo real)

    Aps o expediente, partiu para comemorar seu aniversrio na casa de seusqueridos amigos. Sabia que l haveria muita brincadeira, alegria e descontrao.Assim que chegou ao local, foi recebido alegremente por todos.

    Exemplo de tempo psicolgico (tempo mental)

    Aguardava o socorro dos bombeiros para ser retirado das ferragens. Pensouem sua vida, na famlia, nos amigos, nos planos que ainda no realizara. Tinha umaesposa linda, muito carinhosa, e uma filha que s lhe trazia alegrias. Mas voltou a siao sentir as pernas presas nas ferragens.

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    ENREDO - definido como a trama desenvolvida em torno das personagens,sendo formado pela sequncia de aes (causa e efeito) que se desenrolamdurante a narrativa.

    Memorizem isto: toda narrao marcada por uma progresso temporal!O que pretendo dizer com isso? Que toda narrao contm uma exposio, emque se apresentam a ideia principal, as personagens e o espao (ou lugar); umdesenvolvimento, em que se detalha a ideia principal, que, por sua vez, divide-seem dois momentos distintos: a complicao (tm incio os conflitos entre aspersonagens) e o clmax (ponto culminante); e um desfecho, que a concluso danarrativa.

    Exemplos:

    O rapaz varou a noite inteira conversando com os amigos pela Internet (exposio).O pai, quando acordou s seis horas, percebeu a porta do escritrio fechada e a luz acesa(complicao). O filho ainda estava no computador e no havia ido dormir. Sem que estepercebesse, trancou a porta por fora (clmax). Meia hora depois, o filho queria sair e teveque chamar o pai, que abriu a porta (desfecho).

    Joo Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilnia numbarraco sem nmero. (exposio)

    Uma noite, ele chegou ao Bar Vinte de Novembro.BebeuCantou (complicao)Danou

    Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas (clmax) e morreu afogado(desfecho)."

    (Manuel Bandeira)

    Narrao(s01008991538n

    tese)

    Podemos dizer, em linhas gerais, que a narrao conceitua-se porapresentar:

    narrador participante (narrador-personagem) ou no (narrador-observador)dos fatos narrados;

    personagens que vivenciam tais fatos, localizando-os no tempo e no espao;

    fatos em sequncia (progresso temporal), numa relao de causa e efeito.

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    TIPOS DE DISCURSO

    H trs tipos de discurso, a saber:

    DISCURSO DIRETO as personagens apresentam suas prprias palavras,sendo precedidas dos chamados verbos declarativos, tais como falar, dizer,responder, argumentar, confessar, ponderar, expressar etc.

    O discurso direto tambm marcado por alguns recursos de pontuao(dois-pontos, travesso, aspas, mudana de linha), cuja finalidade anunciar aparticipao direta das personagens.

    Exemplos:

    (1) O servidor disse ao chefe: Pretendo fazer hora extra.

    (2) Pretendo fazer hora extra - disse o servidor ao chefe.

    (3) O servidor disse ao chefe: Pretendo fazer hora extra.

    (4) Pretendo fazer hora extra, disse o servidor ao chefe.

    DISCURSO INDIRETO

    Ocorre quando o narrador, com suas prprias palavras, transmite a fala daspersonagens.

    O discurso indireto apresenta os verbos declarativos (falar, dizer,responder, argumentar, confessar, ponderar, expressar etc.), sendo marcadotambm pela subordinao (orao subordinada substantiva objetiva direta) entreas oraes, com as conjunes integrantes que e se.

    Exemplo: O servidor disse ao chefe que pretendia fazer hora extra.

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    TRANSPOSIO DE DISCURSO

    Discurso Direto Discurso Indireto

    Enunciado em 1 ou 2 pessoa.Ex.: O aluno disse:

    - Irei escola.

    Verbo no presente do indicativo.Ex.: O aluno disse:

    - Sou estudioso.

    Verbo no pretrito perfeito do indicativo.Ex.: O aluno disse:

    - Estudei ontem.

    Enunciado em 3 pessoa.Ex.: O aluno disse que iria escola.

    Verbo no pretrito imperfeito doindicativo.Ex.: O aluno disse que era estudioso.

    Verbo no pretrito mais-que-perfeito doindicativo.Ex.: O aluno disse que estudara ontem.

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    TRANSPOSIO DE DISCURSO

    Discurso Direto Discurso Indireto

    Verbo no futuro do presente.Ex.: O aluno disse:

    - Estudarei muito.

    Verbo no imperativo, presente dosubjuntivo ou futuro do subjuntivo.Ex.: -No faa escndalo - disse o aluno.

    Orao justaposta.Ex.: O aluno disse: - A prova est fcil.

    Orao interrogativa direta.Ex.: O aluno perguntou:

    - L bom?

    Pronomes demonstrativos de 1 (este, esta,isto) ou 2 (esse, essa, isso) pessoas.Ex.: O aluno disse:

    -Esta a prova.

    Advrbios de lugar aqui e c.Ex.: O aluno disse:

    Aqui est a prova.

    Presena de vocativo.

    Ex.: Voc vai aplicar a prova, professor? perguntou o aluno.

    Verbo no futuro do pretrito.Ex.: O aluno disse que estudaria muito.

    Verbo no pretrito imperfeito dosubjuntivo.Ex.: O aluno disse que no fizesseescndalo.

    Orao com conjuno.Ex.: O aluno disse que a prova estavafcil.

    Orao interrogativa indireta (formadeclarativa).Ex.: O aluno perguntou se l era bom.

    Pronome demonstrativo de 3 pessoa(aquele, aquela, aquilo).Ex.: O aluno disse que aquela era aprova.

    Advrbio de lugar ali e l.Ex.: O aluno disse que ali estava a prova.

    Presena de objeto indireto na oraoprincipal.

    Ex.: O aluno perguntou ao professor seele aplicaria a prova.

    DISCURSO INDIRETO LIVRE

    O discurso indireto livre ocorre quando as falas da personagem e donarrador se misturam (narrador onisciente aquele que, alm de conhecer osfatos, sabe em que a personagem est pensando), isto , a fala da personagem includa no discurso do narrador. Nesse tipo de discurso, no h verbosdeclarativos e recursos de pontuao (dois-pontos, travesso, aspas, mudana delinha). Essa mistura ocasiona um monlogo da personagem.

    Exemplo:

    "Aperto o copo na mo. Quando Lorena sacode a bola de vidro a neve sobe toleve. Rodopia flutuante e depois vai caindo no telhado, na cerca e na menininha de capuzvermelho. Ento ela sacode de novo. Assim tenho neve o ano inteiro. Mas por que neve oano inteiro? Onde que tem neve aqui? Acha linda a neve. Uma enjoada. Trinco a pedra degelo nos dentes."

    (Lygia Fagundes Telles, As meninas)

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    Notamos que a primeira frase em destaque pertence ao narrador, todavia asegunda se confunde entre narrador e personagem. Com esse recurso, a narrativase torna mais fluente, aproximando narrador e personagem.

    O TEXTO DESCRITIVO

    Definio

    Podemos definir descrio como o retrato de uma sequncia decaractersticas, de impresses, de detalhes sobre uma pessoa, um objeto,podendo ser um animal, um ambiente ou uma paisagem.

    Na descrio, h valorizao dos processos verbais no significativos ou deligao, ou seja, os verbos de ao ou movimento so secundrios. Nessa tipologiatextual, o tempo verbal o presente do indicativo ou o pretrito imperfeito.Entretanto, utilizam-se em maior nmero as formas nominais do verbo (gerndio,particpio ou infinitivo), proporcionando a imobilidade do objeto descrito.

    Exemplo:

    Estavam no ptio de uma fazenda sem vida. O curral deserto, o chiqueiro dascabras arruinado e tambm deserto, a casa do caseiro fechada, tudo anunciava abandono.

    (Graciliano Ramos, Vidas Secas)

    O pargrafo descritivo, pois:

    so relatadas imagens, cenas, lugares, com adjetivaes (fazenda sem vida,curral deserto) de um lugar concreto (ptio); e os acontecimentos so simultneos, isto , no h progresso temporal nemtransformao de estado (as cenas ocorrem ao mesmo tempo na fazenda)

    Tipos de Descrio

    De acordo com o objeto descrito, a descrio pode ser:

    CONCEITO EXEMPLO

    Des

    cri

    oO

    bjet

    iva

    (Exp

    ress

    ioni

    sta)

    O autor descreve o objeto de forma precisa eimparcial, sem emitir opinio, ou seja, quemdescreve mostra a realidade concreta, comuma perspectiva isenta e imparcial. A descrioobjetiva marcada, predominantemente, pelalinguagem denotativa, aproximando o objetoda realidade, por substantivos concretos e poradjetivos pospostos.

    Ele tem uma estrutura demadeira, recoberta de espu-ma. Sobre a espuma h umtecido grosso. o sof daminha sala.

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    Des

    cri

    o S

    ubje

    tiva

    (Impr

    essi

    onis

    ta) O autor descreve o objeto de forma emotiva,

    fazendo uso de adjetivos, locues adjetivas,oraes adjetivas e verbos de estado. Quemdescreve apresenta uma viso pessoal eparcial, na tentativa de impressionar o leitor.A descrio subjetiva marcada, predominan-temente, pela linguagem conotativa, por subs-tantivos abstratos e por adjetivos antepostos.

    Monique era magra, muitofina de corpo, com uma cormorena. Tinha as pernas e osbraos muito longos e umavoz ligeiramente rouca.

    Des

    cri

    oEs

    ttic

    a Na descrio esttica, autor e objeto estoparados, sem movimentar-se. semelhante auma fotografia, em que o autor faz umadescrio detida e atenta do objeto ou dolugar que observa.

    Tem trinta anos, masaparenta mais de quarenta.Sentado no velho sof decouro, olhos fechados, pensanos amigos ausentes ...

    Des

    cri

    oD

    inm

    ica

    Na descrio dinmica, enquanto o autor estparado, o objeto descrito movimenta-se. uma cena em movimento, a qual exige muitaconcentrao do observador.

    Ficava grande parte do diaem p, andando de mesa emmesa. Um prazer de tirar ossapatos, as meias, mexer osdedos dos ps ...(Jorge Amado)

    Des

    cri

    oF

    sica O autor descreve traos fsicos da personagem:altura, cor dos olhos, cabelo, forma do rosto, do

    nariz, da boca, porte, trajes.

    Sua pele era muito branca,os olhos azuis, bochechasrosadas. Estatura mediana,magra. Parecia um anjo.

    Des

    cri

    oPs

    icol

    gic

    a

    O autor apresenta o comportamento dapersonagem, seus hbitos, atitudes epersonalidade.

    Era sonhadora. Desejavasempre o impossvel erecusava-se a ver arealidade.

    01008991538

    ESTRUTURA DA DESCRIO

    Estruturalmente, a descrio deve ser dividida em:

    Primeiro pargrafo Introduo: parte do texto em que devem serapresentados os aspectos gerais externos e/ou e internos, referentes procedncia do objeto ou sua localizao;

    Pargrafo(s) central(is) Desenvolvimento: parte do texto em que sodetalhadas as caractersticas fsicas e/ou psicolgicas do objeto descrito;

    ltimo pargrafo Concluso: parte do texto em que so mencionados osdemais aspectos gerais do objeto (utilidade ou caracterstica que o representecomo um todo).

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    Exemplos:

    Este pequeno objeto que ora descrevemos encontra-se numa sala de aula e

    serve para escrever. Tem mais ou menos dez centmetros e lembra um lpis,

    esttica e funcionalmente: uma de suas extremidades menos grossa que a outra

    e, para ser usado, precisa estar entre os dedos. pressionado de encontro ao

    quadro, causando riscos que tm a forma pretendida por quem o manipula.

    (aspectos gerais)O material de que feito, o gesso, confere-lhe peso e consistncia

    insignificantes. medida que usado, vai-se decompondo, sendo visvel tambm a

    poeira que dele resulta. (caractersticas fsicas)No h variedade de modelos: qualquer um apresenta o formato bsico.

    Diferentes so as cores, pois h os azuis, os amarelos, os vermelhos e outros mais.

    Est presente em todas as salas de aula convencionais, pois se trata de um valioso

    instrumento no exerccio da atividade docente. (aspectos gerais)

    Este pequeno objeto que agora descrevemos encontra-se sobre uma mesa

    de escritrio e sua funo a de prender folhas de papel. (aspectos gerais)Tem o formato semelhante ao de uma torre de igreja. constitudo por um

    nico fio metlico que, dando duas voltas sobre si mesmo, assume a configurao

    de dois desenhos (um dentro do outro), cada um deles apresentando uma forma

    especfica. Essa forma composta por duas figuras geomtricas: um retngulo cujo

    lado maior apresenta aproximadamente trs centmetros e um lado menor de cerca

    de um centmetro e meio; um dos seus lados menores , ao mesmo tempo, a base

    de um tringulo equiltero, o que acaba por torn-lo um objeto ligeiramente

    pontiagudo. (caractersticas fsicas)O material metlico de que feito confere-lhe um peso insignificante. Por ser

    niquelado, apresenta um brilho suave. Prendemos as folhas de papel, fazendo com

    que elas se encaixem no meio dele. (caractersticas fsicas)Est presente em todos os escritrios onde se necessitam separar folhas em

    blocos diferenciados. Embora aparentemente insignificante, dadas as suas

    reduzidas dimenses, muito til na organizao de papis. (aspectos gerais)(Branca Granatic, Tcnicas bsicas de redao)

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    Descrio(sntese)

    Podemos dizer, em linhas gerais, que a descrio:

    caracteriza-se por meio de imagens ou palavras, seres, processos, cenas elugares;

    emprega termos com funo adjetiva (adjetivos, locues adjetivas, oraesadjetivas) e verbos de ligao;

    estabelece comparaes (metforas, por exemplo);

    faz inferncias a impresses sensoriais: cores, formas, gostos, cheiros, sonsetc.

    Vamos visualizar as diferenas entre narrao e descrio:

    NARRAO DESCRIO

    Fatos no simultneos, marcandouma temporalidade (h progressotemporal).

    Fatos simultneos, concomitantes,marcando uma atemporalidade(ausncia de progresso temporal).

    dinmica, com presena deverbos significativos, uma vez que oimportante a ao, isto , o queaconteceu.

    esttica, isto , destituda de ao;o ser, o objeto ou o ambiente tmmais importncia.

    Destaca as relaes lgicas, ascausalidades. Em outras palavras,sempre haver o desenrolar de umfato: a ao; a presena de quemparticipa do fato: a personagem;o lugar em que ocorre fato:o espao; o instante em que ocorreo fato: o tempo; algum que conta ofato: o narrador; e o fato pro-priamente dito: o enredo.

    Destaca os seres, os objetos, im-pondo-lhes caractersticas. Poressa razo, as frases tm comodestaque o substantivo (representacenas, paisagens, ambientes, seres,coisas e estados psquicos) e oadjetivo (indica aspectos maiscaractersticos, representando oregistro de impresses sobre odescrito, marcando cor, sonoridade,textura, aroma ou sabor).

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    Exemplo de pargrafo narrativo

    Eram sete horas da noite em So Paulo e a cidade toda se agitava naquele clima dequase tumulto tpico dessa hora. De repente, uma escurido total caiu sobre todos comouma espessa lona opaca de um grande circo. Os veculos acenderam os faris altos,insuficientes para substituir a iluminao anterior.

    Esse texto caracteriza-se narrativo, pois:

    relata fatos concretos, num espao concreto (So Paulo) e tempo definido(sete horas da noite); e

    os fatos narrados no so simultneos: h mudana de um estado paraoutro, e, por isso, existe uma relao de anterioridade e posteridade entre osenunciados (antes ... a cidade toda se agitava e depois ... uma escurido totalcaiu sobre todos ...).

    Exemplo de pargrafo descritivo

    Eis So Paulo s sete horas da noite. O trnsito caminha lento e nervoso. Nas ruas,pedestres apressados se atropelam. Nos bares, bocas cansadas conversam, mastigam ebebem em volta das mesas. Luzes de tons plidos incidem sobre o cinza dos prdios.

    O pargrafo descritivo, pois:

    so relatadas vrias adjetivaes (trnsito lento e nervoso; pessoasapressadas; bocas cansadas) de um lugar concreto num ponto esttico do tempo(Eis So Paulo s sete horas da noite);

    os acontecimentos so simultneos ou concebido como se fossem , isto ,no h progresso temporal entre os enunciados (tudo ocorre s sete horas danoite).

    O TEXTO01008991538 INJUNTIVO

    Definio

    O texto injuntivo (ou instrucional) aquele que, atravs de uma linguagemapelativa, tem como objetivo persuadir o leitor/alocutrio a realizar uma ao ou aadotar determinado comportamento.

    Nessa tipologia textual, exprimem-se ordens, pedidos, sugestes,orientaes. Alm disso, o texto injuntivo marcado pelo emprego de formasverbais no imperativo, seja no afirmativo, seja no negativo, e pelo uso da segundapessoa (pronomes tu e voc) para aproximar o receptor da mensagem.

    Essa tipologia muito recorrente em textos publicitrios, propagandas,receitas, manuais, leis, horscopos, provrbios e discursos polticos. Vejam.

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    (Encarte pster, inserido na ed. 147, revista VendaMais, de julho de 2006.)

    No texto acima, encontramos formas verbais no imperativo (sonhe,estude, analise, reveja etc.) denotando ordem, pedido e a forma pronominalvoc, empregadas com a inteno de aproximar receptor e mensagem. Socaractersticas do texto injuntivo.

    Essa para quem mais antigo (eu, por exemplo...rs). Quem no serecorda da famosa propaganda da Garoto? Vejam abaixo:

    Compre Baton. Compre Baton. Seu filho merece Baton!

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    No anncio, percebe-se a clara inteno de persuadir o receptor damensagem, levando-o compra do produto. Como os publicitrios conseguiramobter esse efeito? Atravs do emprego de formas imperativas (Compre, Compre),aproximando, mais uma vez, mensagem e receptor.

    Injuno(sntese)

    Podemos dizer, em sntese, que o texto injuntivo:

    caracteriza-se por uma linguagem apelativa, direta e persuasiva;

    emprega formas verbais no imperativo (afirmativo ou negativo); e

    lana mo de formas pronominais de segunda pessoa (tu e voc), com ainteno de aproximar receptor e mensagem.

    A partir de agora, entramos no objeto da prova Discursiva Redao, ouseja, estudaremos o texto dissertativo. Apertem o cinto e venham comigo!

    Definio

    O TEXTO DISSERTATIVO

    Podemos definir dissertao como a apresentao de fatos ou a emisso deuma opinio, baseada em argumentos, acerca de um determinado assunto.

    Existem dois tipos de dissertao: a expositiva (objetiva) e aargumentativa (subjetiva).

    O texto dissertativo expositivo (objetivo), tambm conhecido cominformativo, aquele em que o autor no defende sua opinio. Em outras palavras,o autor apenas explica as ideias, sem preocupar-se em convencer os leitores, tendopor objetivo apenas informar, apresentar, definir ou explicar o fato aosinterlocutores. Esse tipo de texto usado na imprensa, em livros didticos, emenciclopdias, em biografias e em revistas de divulgao tcnica e cientfica.Exemplo:

    Cor da casca depende da rao

    Por que existem ovos de galinha com a casca branca e outros com a cascamarrom? H algumas diferenas nutritivas, entre elas a cor da casca dos ovos, quedependem basicamente da composio da rao que dada galinha. Existem vriasopes de composio. Cada criador escolhe a que mais se adapta ao tipo de animal queest criando, explica a engenheira de alimentos Eney Martucci, da Universidade Estadualde Campinas (Unicamp), em So Paulo. Se houver, por exemplo, beterraba ou cenoura narao, a colorao da casca ser alterada e ela ficar mais escura. A cor do ovo, portanto,no tem relao com a cor da galinha que o gerou.

    (Revista Superinteressante, novembro de 1995, com adaptaes)

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    Com uma abordagem objetiva, o autor do texto acima tem por finalidadeapenas informar o leitor acerca do motivo que acarreta as diferenas entre as coresdos ovos: a rao que oferecida galinha.

    Exposio

    Em resumo, podemos dizer que o texto expositivo (ou informativo) apresenta:

    objetividade vocabulrio preciso e denotativo;

    impessoalidade/imparcialidade o autor no emite opinio; apenas expe o assunto;

    documentao o autor baseia as informaes em testemunhos de autoridades,citar fontes etc.

    J o texto dissertativo argumentativo (subjetivo) tem como finalidade odesenvolvimento de um tema, sendo composto por opinies do autor acerca doassunto. baseado em argumentos que pretendem persuadir o leitor.

    Exemplo:Preconceito contra a roa

    A sociedade brasileira, infelizmente, enxerga seu universo rural com preconceito.Em decorrncia, menospreza a importncia da agropecuria na gerao de emprego e darenda nacional. Pior, atribui ao setor uma pecha negativa: o moderno est na cidade; oatraso, na roa.

    Razes variadas explicam esse terrvel preconceito. Suas origens remontam aosistema latifundirio. Com a acelerada urbanizao, o violento xodo rural subverteu, emuma gerao, os valores sociais: quem restou no campo virou passado. As distnciasgeogrficas do interior, a defesa ecolgica, a confuso da reforma agrria, o endividamentorural, todos esses fatores explicam a preveno contra o ruralismo.

    Na linguagem popular, o apelido depreciativo sempre da agricultura. Fulano burro, v plantar batatas! Nas finanas, o malandro laranja. Que pepino, hein? Um grandeabacaxi! Ningum usa comparaes positivas: ntegro como boi, bonito qual jequitib! Namsica, a sanfona, ou a viola, brega. Pior de tudo, nas festas juninas, crianas sovestidas com calas remendadas, chapu de palha desfiado e, pasmem, dentes pintados depreto para parecerem banguelas.

    Triste pas que deprecia suas origens. Um misto de desinformao e preconceitoque impede que a agricultura ressalte sua fora e seu valor. As mazelas do campo - ainda

    so muitas - suplantam, na mdia, os benefcios da modernidade rural. Os meios decomunicao focalizam seus problemas e no as vitrias alcanadas. Miopia cultural.

    (Xico Graziano. O Estado de S. Paulo, Caderno 2, 25/7/2001, com adaptaes.)

    No texto acima, o autor claramente demonstra seu ponto de vista ao criticara depreciao do universo rural feita sociedade brasileira. Para a defesa de suatese, o autor tenta persuadir o leitor, evidenciando a importncia da agropecuria nagerao de emprego e da renda nacional, fazendo uso de modalizadores indicadores de opinio (infelizmente, pior, terrvel) e de expressescontrrias ao preconceito (Miopia cultural).

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    Agora, vamos praticar com alguns exerccios de fixao.

    1. Leia os pargrafos a seguir e marque:

    (1) Narrao (4) Dissertao expositiva(2) Descrio (5) Dissertao argumentativa(3) Injuno

    ( ) "Existem momentos em que autoridades pblicas adotam decises que levam oobservador comum a duvidar de suas condies para ocupar os cargos para osquais foram designados, ou ento, a admitir que algo mais, no revelado ao comumdos mortais - ns todos - existe por detrs dos aparentes absurdos."

    (Jornal Almanara)

    ( ) "As folhas das rvores nem se mexiam; as carroas de gua passavamruidosamente a todo instante, abalando os prdios; e os aguadeiros, em manga decamisa e pernas arregaadas, invadiam sem cerimnia as casas para encher asbanheiras e os potes." (Alusio de Azevedo)

    ( ) Irene preta"Irene boa"Irene sempre de bom humor" (Manuel Bandeira)

    ( ) O PREVINVEST padro de vida durante a aposentadoria. Com ele, voc podeescolher o tipo de fundo de investimento em que voc quer aplicar seus recursos, ovalor da contribuio ou da renda desejada e a partir de quando pretende receber obenefcio. O PREVINVEST oferecido em duas modalidades: PGBL e VGBL. (...)

    (Prova da CAIXA. Caderno 15 1 Cargo: Tcnico Bancrio)

    ( ) "O homem um animal poltico, portanto, animal que s se desenvolve emsociedade, dependente, para sobreviver, da interao de indivduos, grupos oucls." (R. A. Amaral Vieira)

    ( ) A explorao do trabalho infantil fere os direitos que a criana tem de vivercom plenitude a infncia: a criana que queima esta etapa de sua vida amadurecemuito cedo, o que pode trazer-lhe problemas psicolgicos srios na fase adulta; Eisporque, independentemente do que consta nas leis e nos estatutos dos menores, acriana no deve trabalhar. Ela deve brincar o suficiente para ser um adultoequilibrado e feliz.

    ( ) O Cacique estava indo de trem para a cidade para assinar um Tratado de Pazcom o branco. Ia ele e o ajudante de ordens ao lado. De repente, o Cacique vira-separa o ajudantes de ordens e diz:

    Ajudante Pomba Roxa, Cacique Touro Sentado tem sede. Buscar gua.Pomba Roxa pegou o copo, foi ao toalete do vago, voltou com o copo cheio

    dgua. Cacique bebeu.(Ziraldo)

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    GABARITO E COMENTRIOS

    (4) Dissertao expositiva (ou objetiva) Com uma abordagem objetiva, o autordo texto tem por finalidade informar o leitor acerca das decises adotadas pelasautoridades pblicas.

    (2) Descrio dinmica Os objetos descritos esto em movimento: as carroaspassavam; os aguadeiros (...) invadiam. caracterizada por seres carroas eaguadeiros, cenas passavam ruidosamente a todo instante, abalando os prdios.Tudo atemporal, ou seja, ocorre ao mesmo tempo.

    (2) Descrio fsica e psicolgica Manuel Bandeira descreve traos fsicos epsicolgicos da personagem Irene: preta, boa e sempre de bom humor.

    (3) Injuno O texto tem como objetivo persuadir o leitor a aderir o PREVINVEST. marcado pelo emprego da forma pronominal voc para aproximar o receptor damensagem, com uma linguagem apelativa e persuasiva: um excelenteinvestimento para quem quer manter seu padro de vida durante a aposentadoria.

    (5) Dissertao argumentativa (ou subjetiva) No trecho, o autor demonstra seuponto de vista ao fazer a concluso (...) portanto, animal que s se desenvolve emsociedade, dependente, para sobreviver, da interao de indivduos (...).

    (5) Dissertao argumentativa (ou subjetiva) O excerto dissertativo--argumentativo, pois o autor defende a tese os direitos da criana, acerca do temaexplorao infantil: Ela (a criana) deve brincar o suficiente para ser um adultoequilibrado e feliz.

    (1) Narrao O trecho narrativo por apresentar personagens envolvidos nosenredo, o qual se desenvolve no tempo e no espao. Notem que os verbospresentes so significativos, isto , denotam ao estava indo, Ia, vira-se,Buscar, foi. A narrao tambm caracterizada pela presena do discurso direto,marcado por verbos declarativos (diz) e por recursos de pontuao dois-pontos,travesso, aspas e mudana de linha.

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    QUESTES DA FUNDAO CARLOS CHAGAS

    1. (FCC-2011/Banco do Brasil)

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    Considerando-se o teor do texto, correto afirmar que se trata de:

    (A) narrativa sobre o sucesso do esporte brasileiro em todo o mundo, com destaquepara o futebol, bem mais popular.(B) exposio de um ponto de vista pessoal a respeito das qualidades dosbrasileiros na rea dos esportes, particularmente no futebol.(C) discusso aprofundada sobre os problemas socioeconmicos que levam atletasbrasileiros de destaque a sair do pas.(D) proposta de maior apoio aos esportistas brasileiros, para que possam dedicar-seaos treinos e melhorar seu desempenho.(E) depoimento de um ex-jogador em que se nota a decepo com os recentesresultados negativos do futebol brasileiro.

    Comentrio: O texto apresenta uma exposio de impresses pessoais do autoracerca das qualidades dos brasileiros na rea dos esportes, notadamente nofutebol. No decorrer da superfcie textual, o autor faz consideraes que expemseu posicionamento sobre os jogadores que praticam futebol e o referido esporte,conforme podemos confirmar com os trechos abaixo:

    O futebol acabou. Esta frase ecoa nos ares brasileiros sempre que perdemos.Para mim, esta frase ... (linhas 1-2)

    E nada mais real do que o nosso futebol (linhas 30-31)

    No toa que nossos maiores jogadores desfilam seus dotes, espalhados portodo o planeta (linhas 37-38)

    Gabarito: B.

    2. (FCC-2011/TRE-RN)

    Rio Grande do Norte: a esquina do continente

    Os portugueses tentaram iniciar a colonizao em 1535, mas os ndiospotiguares resistiram e os franceses invadiram. A ocupao portuguesa s seefetivou no final do sculo, com a fundao do Forte dos Reis Magos e da Vila deNatal. O clima pouco favorvel ao cultivo da cana levou a atividade econmica paraa pecuria. O Estado tornou-se centro de criao de gado para abastecer osEstados vizinhos e comeou a ganhar importncia a extrao do sal hoje, o RioGrande do Norte responde por 95% de todo o sal extrado no pas. O petrleo outra fonte de recursos: o maior produtor nacional de petrleo em terra e osegundo no mar. Os 410 quilmetros de praias garantem um lugar especial para oturismo na economia estadual.

    O litoral oriental compe o Polo Costa das Dunas - com belas praias, falsias,dunas e o maior cajueiro do mundo , do qual faz parte a capital, Natal. O PoloCosta Branca, no oeste do Estado, caracterizado pelo contraste: de um lado, acaatinga; do outro, o mar, com dunas, falsias e quilmetros de praias praticamentedesertas. A regio grande produtora de sal, petrleo e frutas; abriga stiosarqueolgicos e at um vulco extinto, o Pico do Cabugi, em Angicos. Mossor a

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    segunda cidade mais importante.Alm da rica histria, conhecida por suas guas termais, pelo artesanato

    reunido no mercado So Joo e pelas salinas. Caic, Currais Novos e Aaricompem o chamado Polo do Serid, dominado pela caatinga e com stiosarqueolgicos importantes, serras majestosas e cavernas misteriosas. Em Caic hvrios audes e formaes rochosas naturais que desafiam a imaginao dohomem. O turismo de aventura encontra seu espao no Polo Serrano, cujo climaameno e geografia formada por montanhas e grutas atraem os adeptos doecoturismo.

    Outro polo atraente Agreste/Trairi, com sua sucesso de serras, rochas elajedos nos 13 municpios que compem a regio. Em Santa Cruz, a subida aoMonte Carmelo desvenda toda a beleza do serto potiguar em breve,o local vai abrigar um complexo voltado principalmente para o turismo religioso. Avaquejada e o Arrai do Lampio so as grandes atraes de Tangar, que ofereceainda um belssimo panorama no Aude do Trairi.

    (Nordeste. 30/10/2010, Encarte no jornal O Estado de S. Paulo).

    O texto se estrutura notadamente:

    (A) sob forma narrativa, de incio, e descritiva, a seguir, visando a despertarinteresse turstico para as atraes que o Estado oferece.(B) de forma instrucional, como orientao a eventuais viajantes que se disponhama conhecer a regio, apresentando-lhes uma ordem preferencial de visitao.(C) com o objetivo de esclarecer alguns aspectos cronolgicos do processo histricode formao do Estado e de suas bases econmicas, desde a poca dacolonizao.(D) como uma crnica baseada em aspectos histricos, em que se apresentamtpicos que salientam as formaes geogrficas do Estado.(E) de maneira dissertativa, em que se discutem as vrias divises regionais doEstado com a finalidade de comprovar qual delas se apresenta como a mais bela.

    Comentrio: Conforme vimos, dificilmente encontraremos um texto que apresentecaractersticas puramente narrativas, descritivas, injuntivas ou dissertativas. Nocaso em tela, percebemos que o texto iniciado por uma estrutura narrativa, situadano espao (Rio Grande do Norte) e no tempo (1535). Em seguida, o texto vai seconstruindo com uma estrutura descritiva: no h progresso temporal entre osenunciados, ou seja, os acontecimentos so simultneos (ao final do sculo) Aocupao portuguesa s se efetivou no final do sculo, com a fundao do Fortedos Reis Magos e da Vila de Natal. O clima pouco favorvel ao cultivo da canalevou a atividade econmica para a pecuria. O Estado tornou-se centro de criaode gado para abastecer os Estados vizinhos e comeou a ganhar importncia aextrao do sal.

    No segundo pargrafo, h o uso de adjetivaes, conforme se percebe naslinhas 11 e 12: O litoral oriental compe o Polo Costa das Dunas - com belaspraias, falsias, dunas e o maior cajueiro do mundo. H uma descrio do PoloCosta Branca: O Polo Costa Branca, no oeste do Estado, caracterizado pelocontraste: de um lado, a caatinga; do outro, o mar, com dunas, falsias equilmetros de praias praticamente desertas.

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    No terceiro pargrafo, h aluso ao turismo de aventura: O turismo deaventura encontra seu espao no Polo Serrano, cujo clima ameno e geografiaformada por montanhas e grutas atraem os adeptos do ecoturismo.

    Essas consideraes so suficientes para que percebamos a inteno dotexto: despertar interesse turstico para as atraes oferecidas pelo estado do RioGrande do Norte.

    Gabarito: A.

    3. (FCC-2011/DPE-RS) A transformao da frase "Eu nunca parei de pensar sobreisso", disse Goodwin para discurso indireto :

    (A) Goodwin disse que nunca parara de pensar sobre aquilo.(B) Goodwin diz que nunca tivera parado de pensar sobre aquilo.(C) Goodwin disse: "Eu nunca parei de pensar sobre isso".(D) Goodwin diz: "Eu nunca parei de pensar sobre isso".(E) Goodwin disse o que pensava sobre aquilo.

    Comentrio: O enunciado da questo marcado pelo discurso direto, haja vista apresena do verbo parar no pretrito perfeito do indicativo, alm do pronomedemonstrativo de 1 pessoa isso. No discurso indireto, o narrador transmite, comsuas prprias palavras, a fala das personagens. Esse tipo discursivo podeapresentar os verbos declarativos (falar, dizer, responder, argumentar,confessar, ponderar, expressar etc.) e marcado pela subordinao entre asoraes, com as conjunes integrantes que e se. Sendo assim, para realizar atransposio para o discurso indireto, deveremos:

    - fazer uma construo subordinada entre as oraes: Goodwin disse que ...;

    - transpor a forma verbal parei para o pretrito mais-que-perfeito do indicativoparara;

    - usar o pronome demonstrativo de 3 pessoa aquilo.

    Logo, teremos a seguinte construo: Goodwin disse que nunca parara de pensarsobre aquilo.

    Gabarito: A.

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    4. (FCC-2010/TRF-4 REGIO)

    Ao se dirigir ao juiz, pediu-lhe o advogado de defesa que adiasse a sesso,informando ao magistrado que sua principal testemunha estava adoentada e, poressa razo, impossibilitada de comparecer.

    Indique a afirmao INCORRETA sobre o texto acima.

    a) A presena de personagens e o encadeamento temporal so traos queautorizam qualificar esse texto como narrativo.b) Em discurso direto, a fala correta do advogado seria: Solicito-lhe, Meritssimo,que adie a sesso, uma vez que minha principal testemunha encontra-seadoentada, o que a impede de comparecer.c) H um encadeamento causal nesta sucesso de eventos: estava adoentada,impossibilitada de comparecer e pediu-lhe o advogado de defesa que adiasse asesso.d) Caso o advogado fosse um entusiasta dos latinismos, ele poderia,adequadamente, usar a expresso tabula rasa, para indicar seu respeito aomagistrado, e ipso facto, no sentido de por essa razo.e) A forma verbal estava, explcita em estava adoentada, est elptica naconstruo seguinte, impossibilitada de comparecer.

    Comentrio: Vamos analisar as opes.

    A) Resposta correta. Segundo as lies de tipologia textual, a presena depersonagens imprescindvel narrativa, isto , sem personagem no h narrao.No excerto, as personagens so o juiz, o advogado e a testemunha. Essa tipologiatextual tambm marcada pela progresso temporal entre os enunciados, sendocaracterstica de toda histria narrada: Ao se dirigir ao juiz, pediu-lhe ....B) Resposta correta. No discurso direto, as personagens apresentam suas prpriaspalavras, o que ocorre no trecho apresentado na assertiva B.C) Resposta correta. Toda narrao marcada por uma progresso temporal, ouseja, contm uma exposio, em que se apresentam a ideia principal (adiamentoda sesso), as personagens (juiz, advogado e testemunha) e o espao (tribunal ideia implcita); um desenvolvimento, em que se detalha a ideia principal, que sedivide em dois momentos distintos: a complicao (pedido de adiamento dasesso) e o clmax (a testemunha estava adoentada); e um desfecho, que aconcluso da narrativa (o no comparecimento da testemunha).D) Resposta incorreta. A expresso latina tabula rasa significa ser humano serdesprovido de qualquer conhecimento ou impresso. Logo, seria desrespeitosa como magistrado. Por sua vez, o latinismo ipso facto significa o efeito em consequnciada ao em causa. Por isso, seria adequado ao contexto, assumindo o sentido depor essa razo.E) Resposta correta. No trecho sua principal testemunha estava adoentada e, poressa razo, impossibilitada de comparecer., ocorreu o emprego da vrgula devido elipse (omisso) da forma verbal estava, evitando sua repetio no texto.

    Gabarito: D.

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    5. (FCC-2010/AL-SP)

    Representatividade tica

    Costuma-se repetir exausto, e com as consequncias caractersticas doabuso de frases feitas e lugares-comuns, que as esferas do poder pblico so oreflexo direto das melhores qualidades e dos piores defeitos do povo do pas.

    Na esteira dessa convico geral, afirma-se que as casas legislativasbrasileiras espelham fielmente os temperamentos e os interesses dos eleitoresbrasileiros. o caso de se perguntar: mesmo que seja assim, deve ser assim? Poisuma vez aceita essa correspondncia mecnica, ela acaba se tornando umoportuno libi para quem deseja inocentar de plano a classe poltica, atribuindo seusdeslizes a vocaes disseminadas pela nao inteira...

    Perguntariam os cnicos se no seria o caso, ento, de no mais delegar opoder apenas a uns poucos, mas buscar reparti-lo entre todos, numa grande efestiva anarquia, eliminando-se os intermedirios. O velho e divertido Baro deItarar j reivindicava, com a acidez tpica de seu humor: "Restaure-se amoralidade, ou ento nos locupletemos todos!".

    As casas legislativas, cujos membros so todos eleitos pelo voto direto, nopodem ser vistas como uma sntese cristalizada da ndole de toda uma sociedade,incluindo-se a as perverses, os interesses escusos, as distores de valor. Achancela da representatividade, que legitima os legisladores, no os autoriza emhiptese alguma a duplicar os vcios sociais; de fato, tal representao deve serconsiderada, entre outras coisas, como um compromisso firmado para a eliminaodessas mazelas. O poder conferido aos legisladores deriva, obviamente, daspostulaes positivas e construtivas de uma determinada ordem social, que sepretende cada vez mais justa e equilibrada.

    Combater a circulao dessas frases feitas e lugares-comuns que pretendemabonar situaes injuriosas uma forma de combater a estagnao crtica ? essaoportunista aliada dos que maliciosamente se agarram ao fatalismo das "fraquezashumanas" para tentar justificar os desvios de conduta do homem pblico. Entre astarefas do legislador, est a de fazer acreditar que nenhuma sociedade estcondenada a ser uma comprovao de teses derrotistas.

    (Demtrio Saraiva, indito) O velho e divertido Baro de Itarar j reivindicava (...): "Restaure-se amoralidade, ou ento nos locupletemos todos!".

    Transpondo-se adequadamente o trecho acima para o discurso indireto, ele ficar:O velho e divertido Baro de Itarar j reivindicava que

    a) ou bem se restaurasse a moralidade, seno nos locupletaramos todos.b) fosse restaurada a moralidade, ou ento que nos locupletssemos todos.c) seja restaurada a moralidade, ou todos nos locupletvamos.d) seria restaurada a moralidade, caso contrrio nos locupletssemos.e) a moralidade seja restaurada, quando no venhamos a nos locupletar.

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    Comentrio: Para transpor o discurso direto encontrado no trecho O velho edivertido Baro de Itarar j reivindicava (...): "Restaure-se a moralidade, ou entonos locupletemos todos!, ser necessrio fazer as seguintes modificaes:

    - transpor a forma Restaure-se, flexionada no imperativo, para a estrutura de vozpassiva analtica (SER + PARTICPIO), flexionada no pretrito imperfeito dosubjuntivo fosse restaurada;

    - transpor a forma locupletemos, flexionada no imperativo, para o pretritoimperfeito do subjuntivo locupletssemos.

    Dessa forma, a transposio do discurso direto para o indireto seria:

    O velho e divertido Baro de Itarar j reivindicava que fosse restaurada amoralidade, ou ento que nos locupletssemos todos.

    Gabarito: B.

    COMPREENSO E INTERPRETAO DE TEXTOS

    Antes de passar propriamente para o estudo da compreenso e dainterpretao textual, necessrio esclarecer o que texto.

    Texto no um aglomerado de palavras e de frases desconexas, mas, sim,um todo, com unidade de sentido e intencionalidade do discurso. Em outraspalavras, texto qualquer mensagem, todo tipo de comunicao de sentidocompleto, oral ou escrita (no se restringe linguagem escrita).

    Para Plato e Fiorin, possvel tirar duas concluses de noo de texto:

    - uma leitura no pode basear-se em fragmentos isolados do texto, j que o significadodas partes determinado pelo todo em que esto encaixadas.

    - uma leitura, de um lado, no pode levar em conta o que no est no interior do texto e,de outro lado, deve levar em conta a relao, assinalada de uma forma ou de outra, pormarcas textuais, que um texto estabelece com outros.

    Meus alunos, quero dizer o seguinte a vocs: uma frase s far sentido notexto, o qual, por sua vez, s ter sentido no discurso. Por exemplo, em um dia demuito frio, se o interlocutor estiver em um nibus, olhar para a janela e disser Quefrio!, entenderemos que ele deseja que a janela seja fechada.

    Outro exemplo: se, de repente, algum grita Fogo!, bvio que, em geral,nossa primeira reao ser sair correndo, o que nos permite chegar conclusode que a mensagem foi compreendida.

    Com isso, percebemos que a situao em que se produz a linguagem e ainteno dos interlocutores, clara ou subentendida, essencial ao entendimentodo texto.

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    DICAS DE LEITURA

    Ideia-chave

    Uma boa dica de leitura de textos dividir os pargrafos (ou partes dele),fazendo um resumo da(s) ideia(s) principal(is) apresentada(s) em cada um. atcnica das ideias-chave.

    Palavra-chave

    Outra boa estratgia de leitura buscar as palavras mais importantes decada pargrafo. Elas constituiro as palavras-chave do texto, em torno das quaisas outras se organizaro e criaro um intercmbio de significao para produziremsentidos.

    As palavras-chave representam uma sntese temtica, contm a ideiacentral do texto. Funcionam como uma chave que introduz o leitor ao assuntoprincipal da mensagem. A correlao entre texto e ttulo, em geral, feita atravsdas palavras-chave. Portanto, nem sempre preciso saber a acepo de todas aspalavras do texto para compreend-lo.

    Por adquirir tal importncia na estrutura textual, as palavras-chavenormalmente aparecem ao longo de todo o texto das mais variadas formas:

    repetidas, modificadas, retomadas por sinnimos etc. Elas estruturam ocaminho da leitura, levando o receptor a compreender melhor o texto.

    Inferncia lexical

    A inferncia lexical faz parte de uma srie de recursos utilizados paraidentificar o sentido da mensagem que se deseja entender, ou seja, um recursoque auxilia na compreenso do texto.

    um procedimento usado por ns desde bebs, na linguagem verbal edesde a alfabetizao, na linguagem escrita. Por exemplo, um bilhete mal escrito,com partes apagadas, expresses desconhecidas ou estrangeirismos, muitas vezesno impede o entendimento da mensagem.

    Do vocabulrio que utilizamos hoje, apenas algumas poucas palavrasprocuramos no dicionrio ou algum nos disse seu significado. O conhecimento dosignificado da grande maioria foi atravs da deduo pelo contexto. As palavrasadquirem um sentido peculiar, s vezes nico, dependendo do contexto. Somenteatravs do uso podemos determinar, com exatido, o seu significado.

    Quando precisamos saber o significado de uma palavra ou expresso quedesconhecemos e que fundamental para a compreenso do texto ou pararespondermos a uma pergunta proposta, devemos buscar um significado que seadapte ao contexto, atravs das informaes verbais e no-verbais que jpossumos ou pela posio na frase ou pela classe gramatical.

    Alm das estratgias disponveis, podemos fazer uso da analogia e deconhecimentos prvios sobre o assunto. preciso ter cautela, entretanto, com oque chamamos de conhecimento prvio ou conhecimento de mundo. Issoporque, muitas vezes, uma questo pode levar vocs a extrapolar, a responder no

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    Prof. Fabiano Sales Aula 08o que est no texto, mas exatamente aquilo em que vocs acreditam ou aquilo quevocs conhecem.

    Enunciados das perguntas

    Para compreendermos os enunciados das perguntas, devemos utilizar asmesmas estratgias de leitura que utilizamos para o texto (a busca daspalavras/ideias-chaves, a deduo pelo contexto etc.).

    A partir do enunciado da pergunta, decidimos o que vamos buscar no texto,se a ideia global, uma referncia numrica ou uma informao especfica.

    Caso o enunciado mencione tema ou ideia principal, procurem a respostanos pargrafos de introduo e/ou concluso. comum retomada do principalcontedo apresentado. Se, no enunciado, o examinador mencionar argumento,procurem a resposta nos pargrafos de desenvolvimento.

    Vamos ver como aplicar alguns conceitos apresentados.

    6. (FCC-2005/TCE-MA)

    Com as agravantes do desmatamento e do aquecimento global, a seca naAmaznia ganha alguns contornos de novidade que se dissipam no longo do cursoda histria da regio. De acordo com o meteorologista Pedro Dias, do InstitutoNacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a atual reduo das chuvas se encaixano padro de ciclos observado na Amaznia no ltimo sculo. o que os tcnicoschamam de variabilidade decadal do Oceano Pacfico, que impacta o Atlntico.

    Os regimes de chuvas ao norte e ao sul do Rio Amazonas se tm alternado,em ciclos de trs dcadas, ao longo de 120 anos. Nos anos 40, 50 e 60 choveumenos na Amaznia. Nas trs dcadas seguintes, as chuvas aumentaram. Agora,no incio do sculo XXI, a regio pode estar comeando um novo ciclo de 10% a15% a menos de chuva, assim como aconteceu no incio do sculo XX. Nosltimos 100 a 120 anos, os ciclos tm sido bastante regulares, diz.

    Coincidentemente, as variaes possivelmente causadas pelo efeito estufatambm so da ordem de 10% a 15%. H um consenso de que o aumento doefeito estufa j tem uma grande magnitude comparvel da variao natural,registra Pedro Dias. Assim, o que poderia acontecer, falando grosseiramente, que a variao causada por esse efeito venha se somar variao natural,duplicando o impacto sobre o ambiente. O meteorologista salienta, em qualquercaso, que se trata de variaes mdias ao longo de trs dcadas, e no de ano aano, quando o comportamento pode ser bem diferente.

    Numa escala maior de tempo, a atual seca se torna mais relativa. Entre 5mil e 3 mil anos atrs, onde hoje existe floresta, havia grandes extenses desavana, caracterstica de regies com longos perodos de seca. Tambm hregistros de grandes variaes nas chuvas e de perodos em que os rios baixaram,causando mudanas significativas na fauna e na flora, lembra Virglio Viana,Secretrio do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel do Amazonas.

    Esta a maior seca com internet e cobertura em tempo real, ironizaElpdio Gomes Filho, Superintendente da Administrao das Hidrovias daAmaznia Ocidental (Ahimoc). Adaptados a grandes variaes de profundidadedos rios entre os perodos de chuva e de estiagem, os portos da Amaznia tm um

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    sistema de braos flutuantes inventado pelos ingleses que sobem e descem,acompanhando a superfcie da gua.

    Os rios sobem 14 metros durante 6 meses e descem 14 metros durante 6meses, de forma previsvel, milenar e regularmente, assegura Elpdio.

    (Adaptado de Lourival SantAnna. O Estado de S. Paulo, 16 de outubro de 2005, A 13).

    A frase que resume corretamente o texto :

    (A) Efeito estufa determina escassez de chuvas na Amaznia.(B) Seca d incio a novo ciclo, diz especialista.(C) 2005 o ano da maior seca em toda a regio amaznica.(D) Desmatamento na Amaznia determina o aquecimento global.(E) Meios de comunicao mascaram conseqncias da seca na Amaznia.

    Comentrio: O primeiro pargrafo de cada texto apresenta a ideia principal, a qual retomada, explcita ou implicitamente, nos pargrafos de desenvolvimento e deconcluso.

    No primeiro pargrafo do texto em anlise, temos como tpico frasal (frasenuclear, mais importante) os trechos (...) a seca na Amaznia ganha algunscontornos de novidade que se dissipam no longo do curso da histria da regio. e(...), a atual reduo das chuvas se encaixa no padro de ciclos observado naAmaznia no ltimo sculo.

    Percebam que o texto se constri em torno das palavras-chaves seca eciclo. com base nesse encadeamento que a superfcie textual desenvolvida:

    1 pargrafo: (...) a seca na Amaznia ganha alguns contornos de novidade quese dissipam no longo do curso da histria da regio.

    1 pargrafo: (...), a atual reduo das chuvas se encaixa no padro de ciclosobservado na Amaznia no ltimo sculo.

    2 pargrafo: Nos anos 40, 50 e 60 choveu menos na Amaznia. Nas trsdcadas seguintes, as chuvas aumentaram. Agora, no incio do sculo XXI, aregio pode estar comeando um novo ciclo de 10% a 15% a menos de chuva.

    4 pargrafo: Numa escala maior de tempo, a atual seca se torna mais relativa.Entre 5 mil e 3 mil anos atrs, onde hoje existe floresta, havia grandes extensesde savana, caracterstica de regies com longos perodos de seca.

    5 pargrafo: Esta a maior seca com internet e cobertura em tempo real,ironiza Elpdio Gomes Filho.

    Em outras palavras, a frase que resume corretamente o texto deve conter tanto aideia central quanto as palavras-chaves seca e ciclo. o que encontramos naassertiva B: Seca d incio a novo ciclo, diz especialista.

    Gabarito: B.

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    Vencida essa etapa inicial, partiremos para o estudo de sua compreenso einterpretao.

    COMPREENSO TEXTUAL

    Quando mencionamos compreenso textual, referimo-nos ao que estescrito no texto, isto , a compreenso baseia-se no plano do enunciado.

    Erros clssicos de entendimento textual

    Em provas da FCC, possvel que a banca induza vocs a alguns errosclssicos de extrapolao, reduo ou contradio. Mas o que caracteriza cadaum desses erros? Vejam:

    Extrapolao ocorre quando vamos alm dos limites do texto, isto , quandorealizamos inferncias sem base no texto analisado. Por exemplo, se o enunciadotrouxer o perodo

    Nem todas as plantas hortcolas se do bem durante todo o ano. ,

    um erro de extrapolao ocorreria se compreendssemos que

    Todas as plantas hortcolas se do bem durante todo o ano.

    Reduo uma particularizao indevida. Nesses casos, ao invs de sairmos docontexto, restringimos a significao de uma palavra ou passagem textual. Porexemplo, aproveitando o primeiro enunciado

    Nem todas as plantas hortcolas se do bem durante todo o ano. ,

    haveria um erro de reduo caso compreendssemos o perodo acima como

    Nenhuma planta hortcola se d bem durante todo o ano.

    Contradio a reescritura contrria passagem original do texto. Tomando porbase o enunciado

    Nem todas as plantas hortcolas se do bem durante todo o ano. ,

    um erro de contradio ocorreria se entendssemos que

    Todas as plantas hortcolas no se do bem durante o ano todo.

    Um entendimento correto acerca do enunciado em questo seria, porexemplo:

    Algumas plantas hortcolas se do bem durante o ano todo.

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    INTERPRETAO TEXTUAL

    Interpretar um texto no simplesmente saber o que se passava na cabeado autor enquanto ele escrevia. , antes de tudo, perceber a intencionalidade dotexto, inferir (deduzir). Por exemplo, se eu disser

    Levei minha filha caula ao parque. ,

    podemos inferir que tenho mais de uma filha.

    Em outras palavras, inferir retirar informaes implcitas e explcitas dotexto. E mais: ser com essas informaes que vocs resolvero as questes deinterpretao na prova.

    preciso ter cuidado, entretanto, com o que chamamos de conhecimentoprvio, conhecimento de mundo.

    Conhecimento prvio

    Conhecimento prvio (ou conhecimento de mundo) o conhecimentoacumulado do assunto abordado no texto. aquilo que todos carregamos conosco,fruto do que aprendemos na escola, com os amigos, assistindo televiso, enfim,vivendo.

    Em um contexto conhecido, a deduo de palavras feita por analogia comas informaes que j possumos sobre o tema. Portanto, o conhecimento prvio dotema em questo facilita, ratificando ou ampliando o entendimento do texto.

    No basta, porm, retirar informaes de um texto para respondercorretamente s questes. necessrio saber de onde tir-las. Para tanto, temosque ter conhecimento, tambm, da estrutura textual e por quais processos se passaum texto at seu formato final de narrao, descrio, injuno ou dissertao(expositiva ou argumentativa), conforme j estudamos.

    Em geral, os textos tm a seguinte estrutura: introduo, desenvolvimentoe concluso. Ao l-lo, devemos procurar a coerncia, a coeso, a relao entre asideais apresentadas.

    Agora, chamarei a ateno de vocs para as interpretaes indutiva ededutiva.

    TIPOS DE RACIOCNIO

    Entre os vrios tipos de pargrafos argumentativos, h os indutivos e osdedutivos.

    Os indutivos tm como tpico frasal (frase nuclear) uma premissa(afirmativa) de carter particular. O raciocnio desenvolvido e a concluso a quese chega de carter geral (do particular para o geral). o que chamamos deinterpretao indutiva (ou inferncia). Cuidado com isso, pessoal!Geralmente, essa interpretao pode induzi-los a cometerem erros.

    Exemplo: Os mdicos entrevistados declararam que seus pacientes tiveram uma boareao ao genrico Amoxilina (carter particular). Por isso, hoje, quando precisam pres-

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    crever antibitico, ressaltam que a nica diferena entre o Amoxil e o Amoxilina est novalor a pagar. Portanto, todo genrico to eficiente quanto o seu correspondente defantasia (carter geral).

    um equvoco considervel chegar concluso de que todo remdiogenrico mantm o grau de eficincia de seu correspondente de fantasia. Aindaque partamos da premissa de que os pacientes dos mdicos entrevistados tenhamtido uma boa reao ao genrico Amoxilina, h o conhecimento de que somenteestes pacientes apresentaram esse resultado (no sabemos a reao dos outrospacientes que no foram entrevistados).

    Por apresentar informaes no contidas nas premissas, isto , porextrapolar, a concluso apresentada no exemplo errada.

    J os pargrafos dedutivos so justamente o contrrio: o tpico frasalcontm afirmativa de carter geral (do geral para o particular). o quechamamos de interpretao dedutiva.

    Exemplo: A violncia uma caracterstica das cidades grandes (carter geral). Abusca de emprego, apontam os socilogos, , entre outros fatores, responsvel pelarecepo constante de imigrantes. O mercado de trabalho no Rio de Janeiro, por exemplo,no tem como absorver tanta mo de obra. Da h um verdadeiro efeito domin. A falta deemprego gera a misria que, por sua vez, gera a violncia. O Rio de Janeiro uma dascidades mais violentas do mundo (carter particular).

    Nos argumentos dedutivos, chega-se a uma concluso que se faz presentenas premissas. Em outras palavras, a concluso no apresenta um conhecimentonovo, ou seja, no extrapola as premissas.

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    INDUO DEDUO

    Parte do particular para o geral(universal).

    Parte do geral (universal) para oparticular.

    Por basear-se na hiptese, pode levar auma concluso que no se faz presentenas premissas, podendo acarretarextrapolao.

    Leva a uma concluso que se fazpresente nas premissas, ou seja, porno apresentar novos dados, no hextrapolao.

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    COERNCIA

    O devido emprego de marcas lingusticas na superfcie textual implicacoeso. No entanto, esta por si s no garante a coerncia, pois um texto pode sersimultaneamente coeso e contraditrio. Vamos ver o exemplo a seguir:

    Talvez seja adiado o jogo entre Botafogo e Flamengo, pois o estado dogramado do Maracan no dos piores.

    No perodo acima, percebemos que h uma incoerncia, uma vez que aconjuno explicativa pois e o advrbio no foram empregados incorretamente.Poderamos reescrever, coerentemente, o excerto acima das seguintes formas:

    Talvez seja adiado o jogo entre Botafogo e Flamengo, pois o estado dogramado do Maracan dos piores.

    Talvez seja adiado o jogo entre Botafogo e Flamengo, pois o estado dogramado do Maracan no dos melhores.

    Talvez seja adiado o jogo entre Botafogo e Flamengo, ainda que o estadodo gramado do Maracan no seja dos piores.

    importante chamar a ateno de vocs quanto existncia de textoscoerentes, mas sem coeso.

    Exemplo:

    pau pedra o fim do caminho um resto de toco um pouco sozinho um caco de vidro a vida, o sol(...)

    01008991538

    (Tom Jobim)

    Segundo as lies de William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhes,texto coerente o resultado da articulao das ideias de um texto; aestruturao lgico-semntica que faz com que numa situao discursiva palavrase frases componham um todo significativo para os interlocutores.

    Ento, meus amigos, conclumos que coerncia a harmonia existenteentre as vrias partes do texto, produzindo uma unidade de sentido.

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    COESO

    Importantssimo fator a ser observado em um texto coeso, isto , apassagem harmnica de uma orao outra, de um perodo para outro, de umpargrafo para outro.

    A coeso estabelece elos entre as partes, garantindo a unidade do todo.Essas relaes lgicas entre os enunciados e os pargrafos so explicitadasatravs de marcas lingusticas, que so os mecanismos de coeso, os nexosoracionais, articuladores textuais (conjunes, pronomes, preposies, artigos,advrbios etc.).

    Principais mecanismos de coeso textual

    Coeso referencial um elemento sequencial do texto se refere a um termo damesma superfcie textual.

    Exemplos:

    A mulher foi passear na capital. Dias depois o marido dela recebeu um telegrama:Envie quinhentos cruzeiros. Preciso comprar uma capa de chuva. Aqui estchovendo sem parar.E ele respondeu:Regresse. Aqui chove mais barato.

    No exemplo acima:(Ziraldo. In: As Anedotas do Pasquim)

    - o pronome ela em dela (linha 1) tem como referente o substantivo mulher(linha 1);- o pronome ele (linha 4) tem como referente a palavra marido (linha 1);- o advrbio aqui (linha 2) refere-se capital (linha 1).

    Capitu deu-me as costas, voltando-se para o espelhinho. Peguei-lhe doscabelos, colhi-os todos e entrei a alis-los com o pente (...)

    No excerto acima, verificamos que:(Machado de Assis. In: Dom Casmurro)

    - o pronome oblquo -os (colhi-os) refere-se a cabelos;- a forma pronominal -los (alis-los) tambm se refere a cabelos.

    importante chamar a ateno de vocs para a existncia de dois tipos decoeso referencial: a exofrica e a endofrica.

    - Exofrica (ou ditica): ocorre quando o referente est fora da superfcie textual,ou seja, faz parte da situao comunicativa (extratextual).

    Exemplos:

    Porque ser que ele no chegou ainda? (ele = a pessoa de quem se fala)

    L muito quente. (L = lugar a que a pessoa se referiu)

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    - Endofrica: ocorre quando o referente se encontra expresso no texto(intratextual).

    Exemplos: Joo disse que estava a caminho. Por que ser que ele no chegou ainda? (elerefere-se a Joo)

    Nas frias, viajei para Mato Grosso do Sul. L muito quente. (L refere-se a Mato Grossodo Sul)

    A coeso endofrica, por sua vez, subdivide-se em anafrica e catafrica.

    - Anafrica: o termo refere-se a um elemento anteriormente mencionado no texto.

    Exemplo:

    Vasco e So Paulo: esses so os melhores times do campeonato brasileiro.

    No exemplo acima, o pronome esses retoma os termos Vasco e So Paulo.

    - Catafrica: o termo refere-se a um elemento que ainda no foi mencionado notexto.

    Exemplo:

    Estes so os melhores times do campeonato brasileiro: Vasco e So Paulo.

    Neste exemplo, o pronome estes refere-se aos termos Vasco e So Paulo,que ainda no haviam sido citados no texto.

    01008991538

    Para estabelecer a diferena entre dois elementos anteriormente citados, emprega--se este(s), esta(s) e isto, em relao ao que foi mencionado por ltimo, e aquele(s),aquela(s), aquilo, em relao ao que foi nomeado em primeiro lugar.

    Exemplo: Jos de Alencar e Machado de Assis so importantes escritores brasileiros; esteescreveu Dom Casmurro; aquele, Iracema.

    Coeso sequencial o emprego de elementos coesivos (preposies,locues prepositivas, conjunes, locues conjuntivas, articuladores sintticos, ouseja, conectivos) que permitem o encadeamento e, por consequncia, a evoluodo texto. Difere da coeso referencial, pois no se trata de referncias a elementosintratextuais ou extratextuais.

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    Exemplos:

    Embora tivesse estudado pouco, passou no concurso. o conectivo emboraestabelece uma relao de concesso.

    No posso atend-lo, visto que suas pretenses so descabidas. o conectivovisto que apresenta uma relao de causa.

    A Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) classifica as conjunes(e locues conjuntivas) em coordenativas e subordinativas.

    As coordenativas relacionam palavras ou oraes de mesma funogramatical. Subdividem-se em:

    Coordenativas Exemplos

    Aditivas apresentam ideia de soma,correlao, sendo estabelecida pelosarticuladores e, mas tambm, alm disso,ademais ...

    O aluno estuda e trabalha.No s estuda, mas tambmtrabalha.

    Adversativas apresentam ideia deoposio, contraste, sendo estabelecida pelosarticuladores mas, porm, todavia, contudo,entretanto, no entanto ...

    Estuda pouco, mas passou emvrios concursos.Foi ao cinema, no entanto dormiu.

    Alternativas apresentam ideia dealternncia, escolha ou excluso, sendoestabelecida pelos articuladores ou, j...j,ou...ou, ora...ora, quer...quer etc.

    Deseja isso ou aquilo?Ora estuda, ora dorme.Quer chova, quer faa sol, iremos praia.

    Conclusivas apresentam ideia deconcluso lgica, sendo estabelecida pelosarticuladores pois (aps o verbo), portanto,assim, por isso, logo, ento, em vistadisso ...

    Estudou muito, logo acertar asquestes.Dormiu tarde, portanto no foi aula.

    Explicativas apresentam ideia deexplicao, esclarecimento, justificativa,sendo estabelecida pelos articuladores pois(antes do verbo), porque, que, porquanto...

    Faam as questes, pois vocsprecisam passar na prova.Entre, que (=pois) tarde!

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    Por sua vez, as subordinativas determinam ou completam o sentido de umaorao. Subdividem-se em:

    Subordinativas Exemplos

    Causais exprimem causa, razo,motivo, em relao orao principal. Osprincipais articuladores so porque, visto que,que (=porque), uma vez que ...

    O aluno obteve boa pontuaoporque estudou.Ficou feliz uma vez que foiaprovado.

    Comparativas expressam ideia decomparao ou confrontam ideias em relao orao principal. Os principais articuladores socomo, tal qual, to quanto (= como), feito (=como), que (nas correlaes mais (do) que,menos (do) que, maior (do) que,menor (do) que, melhor (do) que, pior (do)que ...

    Esta moa mais bonita do queaquela.Ele estudou to quanto a irm.

    Condicionais exprimem ideia decondio, possibilidade, hiptese. Os principaisarticuladores so caso, se (= caso), contantoque, desde que (= caso), sem que, salvo se,a no ser que, dado que ...

    Contanto que voc compre osingressos, iremos ao cinema.Dado que (=caso) erre a questo,estude mais.

    Concessivas expressam ideiasopostas, concessivas s da orao principal.Os principais articuladores so embora, aindaque, mesmo que, posto que, por mais que,se bem que, conquanto, dado que (= aindaque), que (= ainda que) ...

    Com conjunes concessivas, o verbofica no modo subjuntivo.

    Embora cansados, foram estudar.Obteve a aprovao sem que(=embora no) se dedicasse.Persevere, nem que (=ainda que)os estudos sejam cansativos.

    Conformativas apresentam ideia deconformidade em relao ao fato da oraoprincipal. Os principais articuladores sosegundo, como, conforme, consoante, que(= conforme) ...

    Segundo o gabarito oficial, acerteitodas as questes da prova.Conforme vocs sabem, oFluminense o atual campeobrasileiro de futebol.

    Consecutivas expressam ideia deconsequncia, resultado em relao oraoprincipal. Os principais articuladores so que(nas correlaes to...que, tanto que,tamanho que, tal que, de sorte que, demaneira que) ...

    Estudou tanto que gabaritou aprova.Tamanha foi a exploso, quetodos acordaram.

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    Subordinativas Exemplos

    Finais expressam finalidade, objetivo.Os principais articuladores so para que, a fimde que, que (= para que), porque (= para que)...

    Fez-lhe sinal porque (= para que)se calasse.Estudou muito a fim de quepassasse no concurso.

    Proporcionais apresentam ideia deproporo, concomitncia, simultaneidade entrefatos da orao subordinada e da oraoprincipal. Principais articuladores: medidaque, proporo que, quanto mais...mais,quanto menos...menos ...

    medida que vive, mais aprendecom as pessoas.Quanto mais estudo, maisaprendo.

    Temporais apresentam ideia de tempoem relao ao fato da orao principal.Principais articuladores: logo que, assim que,antes que, depois que, quando, enquanto ...

    Logo que soube o resultado,chamou todos os amigos.Ficou emocionado desde que viuo resultado do concurso.

    Integrantes conjunes empregadasno lugar de substantivo. Por essa razo,sempre iniciaro oraes subordinadassubstantivas. Felizmente (rs), so apenas duas:que e se.

    Para facilitar a anlise das conjunesintegrantes, faam a substituio pela palavraISSO.

    Exemplo:Fabiano deseja que vocs sejam aprovados.

    Fabiano deseja isso.

    Logo, no perodo acima, o que umaconjuno integrante.

    Quero que vocs sejamconvocados.(= Quero isso.)

    Gostaria de saber se voc vir.(=Gostaria de saber isso.)

    Independentemente da classificao apresentada pela NGB, importante quevocs faam a anlise do contexto para identificar a relao apresentada entre asoraes.

    Vejam a seguir:

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    MASAdversativo Estudou bastante, mas foi reprovado.

    Aditivo No s pratica jud, mas tambm faz natao.

    Aditivo Arrumou-se e foi trabalhar.

    E Adversativo No estudou, e passou no concurso.

    Consecutivo Faltou luz, e no conseguimos estudar noite.

    Explicativo No beba, pois prejudicial sade.

    POIS Conclusivo inteligente; ser, pois (= portanto), aprovado.

    Causal Estava irrequieto, pois ganhou uma casa.

    Explicativo Estude, porque (=pois) ser aprovado.

    PORQUE Final Mudei-me de cidade porque (=para que) fosse feliz.

    Causal Chorei porque passei no concurso.

    LOGOConclusivo Estudou muito, logo (=portanto) ser classificado.

    Temporal Logo que (=assim que) chegou, foi tomar banho.

    UMA VEZ QUECausal Sorriu uma vez que acertou todas as questes.

    Condicional Uma vez que estude, ser aprovado.(= Se estudar, ser aprovado.)

    QUANTOComparativo Meu irmo to estudioso quanto meu pai.

    Aditivo Ela tanto estuda quanto trabalha.(= Ela estuda e trabalha.)

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    DESDE QUECondicional Desde que compre o ingresso, irei ao cinema.

    Temporal Desde que cheguei, quero ir ao cinema.

    Condicional Sem que (= Caso no) estudem, no passaro.

    SEM QUE Concessivo Sem que estudasse muito, passou na prova.

    Comparativo Ela fala como (= igual a) uma vitrola.

    COMOConformativo Estudou como (= conforme) combinamos.

    Aditivo - No s trabalha como tambm pratica esportes.

    Causal Como (=J que) estava cansado, resolveu dormir.

    PORQUANTOExplicativo Ele deve ter corrido, porquanto est suado.

    Causal Estavam felizes porquanto foram aprovados.

    Condicional Se voc estudar, lograr xito no concurso.SE

    Conjuno integrante No sei se voc vir. (= No sei isso.)

    01008991538

    7. (FCC-2011/TRE-TO)

    De volta Antrtida

    A Rssia planeja lanar cinco novos navios de pesquisa polar como parte deum esforo de US$ 975 milhes para reafirmar a sua presena na Antrtida naprxima dcada. Segundo o blog Science Insider, da revista Science, umdocumento do governo estabelece uma agenda de prioridades para o continentegelado at 2020. A principal delas a reconstruo de cinco estaes de pesquisana Antrtida, para realizar estudos sobre mudanas climticas, recursos pesqueiros

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    e navegao por satlite, entre outros. A primeira expedio da extinta UnioSovitica Antrtida aconteceu em 1955 e, nas trs dcadas seguintes, a potnciacomunista construiu sete estaes de pesquisa no continente. A Rssia herdou asestaes em 1991, aps o colapso da Unio Sovitica, mas pouco conseguiuinvestir em pesquisa polar depois disso. O documento afirma que Moscou devetrabalhar com outras naes para preservar a "paz e a estabilidade" na Antrtida,mas salienta que o pas tem de se posicionar para tirar vantagemdos recursos naturais caso haja um desmembramento territorial do continente.

    (Pesquisa Fapesp, dezembro de 2010, no 178, p. 23)

    A principal delas a reconstruo de cinco estaes de pesquisa naAntrtida, para realizar estudos sobre mudanas climticas, recursospesqueiros e navegao por satlite, entre outros.

    O segmento grifado na frase acima tem sentido:

    (A) adversativo.(B) de consequncia.(C) de finalidade.(D) de proporo.(E) concessivo.

    Comentrio: A orao subordinada adverbial para realizar estudos sobremudanas climticas, recursos pesqueiros e navegao por satlite, entre outros.Estabelece, com a orao principal, uma relao sinttico-semntica de finalidade,sendo introduzida pela conjuno subordinativa para.

    Gabarito: C.

    8. (FCC-2011/TRE-RN)

    Mal sugeria imagem de vida(Embora a figura chorasse).

    correto afirmar que a frase entre parnteses tem sentido:(A) adversativo.(B) concessivo.(C) conclusivo.(D) condicional.(E) temporal.

    Comentrio: Conforme vimos, a conjuno subordinativa adverbial emboraintroduz uma orao concessiva, equivalendo a ainda que, mesmo que, posto que,conquanto, dado que (= ainda que) etc. Vale lembrar que, com conjunesconcessivas, o verbo fica no modo subjuntivo, em conformidade com o enunciadoda questo: Embora a figura chorasse.

    Gabarito: B.

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    9. (FCC-2011/TRE-RN) Ainda assim, provavelmente no foi a captura para oconsumo pelo homem o que selou o destino do dod, pois sua extinoocorreu sobretudo pelos efeitos indiretos da perturbao humana.

    Os elementos grifados na frase acima podem ser substitudos, sem prejuzopara o sentido e a correo, respectivamente, por:

    (A) Contudo -(B) Conquanto -(C) Em que pese isso -

    - visto que.- porquanto.

    Comentrio: Em Ainda assim, provavelmente (...), o conectivo em destaqueapresenta a noo de contraste, oposio, concesso. Sendo assim, podemoseliminar a assertiva E, uma vez que o conectivo por isso indica concluso. Por suavez, o conectivo pois encerra uma relao de causalidade. Sendo assim, pode sersubstitudo, sem alterao que o sentido e a correo do texto original sejamprejudicados, pelo conectivo visto que. Logo, o conectivo Ainda assim sersubstitudo por Apesar disso, indicando uma ideia de concesso.

    Gabarito: D.

    10. (FCC-2011/TRF-1 Regio)

    Assim como os antigos moralistas escreviam mximas, deu-me vontade deescrever o que se poderia chamar de mnimas, ou seja, alguma coisa que, ajustadas limitaes do meu engenho, traduzisse um tipo de experincia vivida, que nochega a alcanar a sabedoria mas que, de qualquer modo, resultado de viver.

    Andei reunindo pedacinhos de papel em que estas anotaes vadias foramfeitas e ofereo-as ao leitor, sem que pretenda convenc-lo do que penso nemconvid-lo a repensar suas ideias. So palavras que, de modo canhestro, aspiram aenveredar pelo avesso das coisas, admitindo-se que elas tenham um avesso, nemsempre perceptvel mas s vezes curioso ou surpreendente.

    (Carlos Drummond de Andrade. O avesso das coisas [aforismos]. 5.ed. Rio de Janeiro: Record,2007, p. 3)

    ... que no chega a alcanar a sabedoria mas que, de qualquer modo, resultadode viver.

    Iniciando o segmento acima com que, de qualquer modo, resultado de viver, asequncia que preserva o sentido original e a correo :

    (A) porm no chega a alcanar a sabedoria.(B) ainda que no chegue a alcanar a sabedoria.(C) e no chega assim a alcanar a sabedoria.(D) considerando que no chega a alcanar a sabedoria.(E) sendo o caso que no chegue a alcanar a sabedoria.

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    Comentrio: Percebemos que, no enunciado, h uma relao de oposio,concesso, em virtude da expresso de qualquer modo. Assim, ao iniciarmos osegmento por que, de qualquer modo, deveremos manter essa relao, atentando--nos para a correo gramatical do perodo. Logo, teremos a seguinte construo:

    ... que, ainda que no chegue a alcanar a sabedoria, resultado de viver

    Gabarito: B.

    SIGNIFICAO CONTEXTUAL DAS PALAVRAS

    A anlise de textos pode ser influenciada pelas relaes lexicais, as quaissero mostradas a seguir.

    Campo Semntico

    possvel que as palavras se associem de diversas maneiras. Uma dessasassociaes ocorre quando os vocbulos apresentam o mesmo radical palavraspertencentes mesma famlia, chamadas cognatas , isto , pertencem ao mesmocampo semntico.

    Exemplo:

    terra

    terraterrestre

    terreiroterrqueo.

    Entretanto, no necessrio que as palavras possuam o mesmo radical parapertencerem ao mesmo campo semntico. possvel que os vocbulos serelacionem pelo sentido em um determinado contexto.

    Exemplo:

    Joo Camilo dirigia-se casa de Maria Odete. No meio do percurso, ouviuum trovo. De repente, o cu ficou escuro; viu um relmpago. Comeou a chuva eJoo teve de voltar a casa.

    No contexto acima, os vocbulos trovo, relmpago e chuva, ainda queno possuam o mesmo radical, aproximam-se pelo sentido, ou seja, pertencem aomesmo campo semntico.

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    Prof. Fabiano Sales Aula 08HOMONMIA

    Homnimos so palavras que, embora tenham significados diferentes, tma mesma estrutura fonolgica. Tripartem-se em:

    Homnimos homFONOS mesmo som (pronncia) e grafias diferentes.

    Exemplos:coser (costurar) / cozer (cozinhar);expiar (pagar a culpa) / espiar (observar secretamente);cela (quarto de dormir) / sela (pea de couro posta sobre o lombo da cavalgadura);

    Homnimos homGRAFOS mesma grafia (escrita) e pronnciasdiferentes.

    Exemplos:colher (verbo) / colher (substantivo);sede // (lugar principal) / sede // (secura, necessidade de ingerir lquido).

    Homnimos perfeitos - pronncia e grafia iguais.

    Exemplos:so (verbo ser) / so (adjetivo = sadio).

    Os alunos do Estratgia Concursos so demais! (verbo ser)Mente s no corpo so. (adjetivo = sadio)

    cedo (advrbio de t