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Estratégias Operacionais Setup Joe DiNapoli 10 julho 2011 - Carlos Sampaio Seguindo com os artigos sobre estratégias operacionais, o artigo em questão foca em mais um setup voltado para movimentos voláteis , não é um seguidor de tendências, mas sim um setup que visa aproveitar a compra em um ativo que se encontra em uma tendência de baixa, mas que pode armar um pivot de alta, acionando compra. O setup foi criado por Joe DiNapoli e leva o seu nome. É um setup que tem um ponto claro de entrada e um alvo fixo de saída e simples de executar, podendo ser usado em qualquer periodicidade , ou seja, day-trade, swing ou position. Lembrando que o exemplo aqui mostrado é colocado em gráfico semanal. O setup consiste em trabalharmos com uma MME3 deslocada em 3 períodos . Isso significa que é uma média dos preços projetada N períodos para frente, ou seja, esse deslocamento é o número de períodos que a média será jogada para frente. No caso do setup, significa que a média de 3 dos preços foi jogada 3 períodos para frente. Bem, então ao inserirmos uma média de 3 deslocada de 3 em um gráfico, iremos observar trechos nesse gráfico em que os preços vem fechando abaixo dessa média , como mostra o exemplo do gráfico da Vale:

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Método JNaoe di

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Page 1: Estratégias Operacionais

Estratégias Operacionais

Setup Joe DiNapoli

10 julho 2011 - Carlos Sampaio

Seguindo com os artigos sobre estratégias operacionais, o artigo em questão foca em mais um setup voltado para movimentos voláteis, não é um seguidor de tendências, mas sim um setup que visa aproveitar a compra em um ativo que se encontra em uma tendência de baixa, mas que pode armar um pivot de alta, acionando compra.

O setup foi criado por Joe DiNapoli e leva o seu nome. É um setup que tem um ponto claro de entrada e um alvo fixo de saída e simples de executar, podendo ser usado em qualquer periodicidade, ou seja, day-trade, swing ou position. Lembrando que o exemplo aqui mostrado é colocado em gráfico semanal.

O setup consiste em trabalharmos com uma MME3 deslocada em 3 períodos. Isso significa que é uma média dos preços projetada N períodos para frente, ou seja, esse deslocamento é o número de períodos que a média será jogada para frente. No caso do setup, significa que a média de 3 dos preços foi jogada 3 períodos para frente.

Bem, então ao inserirmos uma média de 3 deslocada de 3 em um gráfico, iremos observar trechos nesse gráfico em que os preços vem fechando abaixo dessa média, como mostra o exemplo do gráfico da Vale:

Ao se visualizar esse trecho, esperaremos que o preço volte a fechar acima da MME3. Isso ocorrendo, os preços devem voltar a fechar abaixo da média de 3 e, o fator

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importante a se observar para o setup ser validado, ao voltar a fechar abaixo da média de 3, o fundo formado anteriormente não pode ser perdido, se isso ocorrer descaracteriza o setup. Veja no exemplo:

Com esse cenário montado, espera-se que os preços voltem, novamente, a fechar acima da MME3. Ao ocorrer, a entrada pelo setup se dará no rompimento da máxima do candle que fechou acima da MME3 . Veja no exemplo:

A forma de conduzir esse trade é colocar o stop loss no fundo prévio, o último fundo que se formou antes do candle fechar acima da média de 3. O alvo da operação será a expansão de 161,8% de Fibonnati. Essa expansão é plotada pela perna de alta a partir do primeiro fundo formado até a máxima do candle que rompeu pela primeira vez

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a MME3 (não está clara esta descrição). Veja no exemplo a condução do trade do ponto de entrada, com o stop loss até seu ponto de saída.

O setup Joe DiNapoli pode ser executado também na ponta vendedora, invertendo as posições. Lembrando sempre de se executar backtestes sempre antes de entrar em uma operação por um setup. É importante o trader saber como o setup pode per formar em um ativo em uma determinada periodicidade, só assim saberá avaliar se pode valer executar operações com determinado setup.

Setup IFR14 Ajustado

27 fevereiro 2011 - Carlos Sampaio

Seguindo a série de estratégias operacionais, apresento neste artigo mais um setup com uso do IFR. Diferentemente do setup apresentado com o IFR anteriormente, o IFR2, ao qual é um setup voltado exclusivamente para a volatilidade do mercado, o setup com o IFR14 é justamente o oposto.

O IFR é um dos indicadores mais utilizados dentro da Análise Técnica, cada trader encontra em seu uso uma forma de melhor se adaptar as suas estratégias operacionais. A idéia principal do IFR é estabelecer um momento sobre comprado e um momento sobre vendido do mercado, seriam movimentos “pendulares” que o mercado propicia.

Seguindo essa idéia, o setup do IFR14 é um setup extremamente simples e fácil, muito indicado as pessoas que não tem tempo de acompanhar o mercado constantemente, mas querem identificar pontos claros de entrada e saída de um ativo,

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sem estresse, ansiedade, medo e angústia. Não é um setup seguidor de tendência propriamente dito e sim um setup de longo prazo.

Pelo setup clássico, temos os índices de 30 e 70 trabalhando com o IFR14. No caso específico, ajustamos os índices do IFR pelos níveis de suporte e resistência feitos pelos ativos ao longo de um tempo. Esses índices vão variar de ativo para ativo e, como dito antes, bem simples de operar. Vamos a exemplos.

Utilizando o gráfico da Vale, adicionamos o IFR de 14, afastamos bem o gráfico.

Com isso podemos identificar os níveis em que o IFR14 testou mais vezes como suporte e resistência, traçando então as respectivas linhas, que não necessariamente vão estar nos níveis de 30 e 70.

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Pelo exemplo usado com a Vale, os pontos em que tivemos o suporte do IFR14 rompido, foram justamente nos anos de crash (1998 e 2008). Nesses casos, uma entrada é possível quando voltamos para o nível normal de suporte.

Temos um ponto de entrada no trade quando identificamos um nível em que o IFR14 fica bem encostado na linha de suporte, sinalizando um mercado sobre vendido. Marcamos então o candle respectivo e no rompimento da máxima desse candle temos o ponto de entrada no trade.

O ponto de saída do trade ocorre quando identificamos o IFR14 bem próximo a sua linha de resistência, sinalizando um mercado sobre comprado. Marcamos o candle respectivo e colocamos o stop-loss na mínima desse candle. Ao perder essa mínima temos o stop-loss acionado e encerramos posição.

Dando um zoom no gráfico, podemos ver exatamente o ponto de entrada e saída produzido pelo setup, no exemplo, o trade nos deu um ganho de 59,61% em 110 dias:

O stop-loss inicial pode ser colocado ou não. Caso o trader não coloque um stop-loss inicial, o mercado pode cair um pouco além do nível de suporte para depois voltar a subir, nesse caso o trader arca com uma perda inicial para depois uma recuperação. Outra forma, seria colocar um stop-loss inicial no candle que produziu a entrada no trade, com isso o trader assume um prejuízo inicial para depois entrar novamente no trade.

Um ponto importante a se lembrar é que não existe condução de stop-loss pela mínima de cada candle. Esse stop só vai ser movimentado quando o IFR14 atingir níveis de resistência, onde colocamos o stop na mínima do candle e nesse momento é que vamos conduzindo pela mínima até sermos estopados.

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Relembrando, é um setup para longo prazo, pois não sabemos quando o nível de sobre comprado vai ser atingindo. Produz boa rentabilidade e tem a vantagem de não causar “danos emocionais” ao trader, pois não há preocupações com volatilidades.

Setup IFR2

26 setembro 2010 - Carlos Sampaio

Seguindo os estudos das estratégias operacionais, apresento o setup IFR2. Diferente dos setups apresentados anteriormente, esse setup não é seguidor de tendências e sim para volatilidades.

O setup foi criado pelo Alexandre Wolwacs (Stormer) da Leandro&Stormer. Como dito, é um setup para traders que gostam de trabalhar com volatilidade, entradas e saídas mais rápidas. Tem uma boa rentabilidade e pode ser utilizado em qualquer tempo de operação, é usado mais em ponta compradora, onde também fiz meus testes e desconheço o uso desse setup em ponta da venda.

O setup funciona da seguinte maneira:

No gráfico colocamos duas médias, MME5 e MME49. Como indicador, utilizamos o IFR de 2 períodos, como ilustrado, no exemplo iremos utilizar o gráfico semanal da Vale5:

Para esse setup, existem duas formas de entrada no trade, através da entrada clássica ou uma entrada por um filtro de segurança. Apresentarei primeiro a entrada clássica.

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Pela primeira entrada, o trader baseia sua compra em um mercado sobre vendido. Visualizamos esse mercado sobre vendido pelo nível do IFR2. Quando no IFR estamos em níveis abaixo de 2, podemos marcar o candle onde esse nível se encontra. Traçamos um Fibonacci da máxima desse candle até sua mínima, para baixo e adicionamos o nível de 130% no Fibonacci. Esse ponto de 130% é onde ficará o stop-loss.

A entrada no trade ocorre no fechamento do candle que marcamos, com o stop-loss no nível de 130%.

Após a entrada no trade, a saída é dada em dois momentos, quando temos um lucro de 4% ou mais, no fechamento da semana seguinte e a próxima saída quando temos a média móvel de 5 virada para baixo.

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Pelo nosso exemplo, podemos perceber que na semana seguinte, em seu fechamento, estamos com um lucro de aproximadamente de 4% a partir da entrada no fechamento da semana anterior. Logo, deve se executar uma saída parcial no fechamento dessa semana, pois estamos com o lucro de 4%. O stop-loss do resto da posição continua no nível de 130% de Fibo.

Feito então a saída parcial, conduzimos o trade com o restante da posição até a média móvel de 5 virar para baixo. Ao visualizarmos a média móvel de 5 virada para baixo no gráfico, levantamos o stop-loss do restante da posição para a mínima do candle que produziu essa virada.

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No exemplo podemos ver que não teríamos sido stopado, pois a mínima do candle não foi atingida. A média móvel de 5 virou para cima no candle seguinte e continuamos assim no trade, até uma próxima virada da média para baixo, onde levantamos novamente o stop-loss.

É preciso lembrar que essa primeira forma de entrada no trade é uma forma mais arriscada, assim como todo setup o são, pois nenhum setup é 100% certo, o trader está comprando em um mercado que já está sobre vendido. O nível do stop-loss é longo justamente porque o mercado pode cair mais ainda, ficando assim mais sobre vendido, dessa forma gerando certo estresse para o trader.

A segunda forma de entrada no trade, por esse setup, foi criada justamente para aliviar esse nível de estresse gerado pela entrada clássica e consiste em adicionarmos um filtro de segurança no IFR2. A entrada dessa forma ocorre da seguinte maneira:

Utilizando o mesmo gráfico como exemplo, adicionamos uma MMA de 28 do IFR2, como mostrado no gráfico:

Quando temos o IFR cruzando de baixo para cima a MMA28, marcamos a máxima e a mínima do candle que produziu esse cruzamento, colocamos o stop-loss na mínima desse candle e a entrada no trade se dará com o rompimento dessa máxima.

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A saída no trade ocorre da mesma forma como conduzida anteriormente, lembrando de levantar o stop-loss para mínima do candle que produziu a virada da média móvel de 5 para baixo.

O intuito da média móvel de 49 é servir como uma “margem de segurança”, visto que alguns traders gostam de executar entradas por esse setup somente quando a média móvel de 5 estiver trabalhando acima da de 49, pois assim estará trabalhando mais a favor de uma tendência de alta.

Lembrando então, esse é um setup para ser trabalhado com volatilidade e não como seguidor de tendências. Tem uma rentabilidade boa, podendo ser utilizado em qualquer tempo de operação.

Lembrando também a necessidade de sempre antes executar backtests dos setups, identificar os papéis que apresentam melhor desempenho com o setup, esses são alguns trabalhos e estudos que o trader deve ter antes de executar uma operação.

Boa Semana!