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ARTIGOS Arquivos Brasileiros de Psicologia; Rio de Janeiro, 68 (3): 125-144 125 Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores: revisão sistemática da literatura nacional Lúcia Petrucci de Melo I Mary Sandra Carlotto II Sandra Yvonne Spiendler Rodriguez III Liciane Diehl IV Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores: revisão sistemática da literatura nacional RESUMO O presente estudo objetivou realizar levantamento dos artigos empíricos nacionais publicados de 2009 a 2013 sobre estratégias de enfrentamento (coping) utilizadas por trabalhadores, bem como analisar as variáveis associadas ao coping. A busca ocorreu nas bases de dados Lilacs, SciELO Brasil e PePSIC. Do total de 655 artigos identificados, 18 artigos atenderam aos critérios de seleção. Resultados identificaram que o instrumento mais utilizado para avaliar o coping é o Inventário de Estratégia de Coping, de Folkman e Lazarus (1984), no qual, 44% e 50% dos estudos anali- sados eram de delineamento analítico, sendo o estresse (22%) a principal variável associada. Entre as estratégias mais utilizadas pelos trabalhadores, estão a resolução de problemas (100%) e o confronto (55%); e as menos utilizadas são afastamento (33%) e aceitação de responsabilidades (22%). Nota-se a importância de ampliar estudos com amostra probabilística que permitam avaliação das relações de causa e efeito dos fenômenos, bem como de corte longitudinal que ampliem o campo de conhecimento sobre possibilidades de mudanças. Palavras-chave: Coping; Trabalhadores; Revisão sistemática; Estratégias de enfrentamento. Coping in workers: a systematic review of national literature ABSTRACT The study aimed to examine empirical articles on coping strategies used by Brazilian workers published in Brazil from 2009 to 2013 as well as to analyze the variables associated with them. The search was performed on the databases Lilacs, SciELO Brasil and PePSIC. From the 655 articles identified, 18 met the selection criteria.

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ARTIGOS

Arquivos Brasileiros de Psicologia; Rio de Janeiro, 68 (3): 125-144 125

Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores: revisão sistemática da literatura nacional

Lúcia Petrucci de MeloI

Mary Sandra CarlottoII

Sandra Yvonne Spiendler RodriguezIII

Liciane DiehlIV

Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores: revisão sistemática da literatura nacional

RESUMO

O presente estudo objetivou realizar levantamento dos artigos empíricos nacionais publicados de 2009 a 2013 sobre estratégias de enfrentamento (coping) utilizadas por trabalhadores, bem como analisar as variáveis associadas ao coping. A busca ocorreu nas bases de dados Lilacs, SciELO Brasil e PePSIC. Do total de 655 artigos identificados, 18 artigos atenderam aos critérios de seleção. Resultados identificaram que o instrumento mais utilizado para avaliar o coping é o Inventário de Estratégia de Coping, de Folkman e Lazarus (1984), no qual, 44% e 50% dos estudos anali-sados eram de delineamento analítico, sendo o estresse (22%) a principal variável associada. Entre as estratégias mais utilizadas pelos trabalhadores, estão a resolução de problemas (100%) e o confronto (55%); e as menos utilizadas são afastamento (33%) e aceitação de responsabilidades (22%). Nota-se a importância de ampliar estudos com amostra probabilística que permitam avaliação das relações de causa e efeito dos fenômenos, bem como de corte longitudinal que ampliem o campo de conhecimento sobre possibilidades de mudanças.

Palavras-chave: Coping; Trabalhadores; Revisão sistemática; Estratégias de enfrentamento.

Coping in workers: a systematic review of national literature

ABSTRACT

The study aimed to examine empirical articles on coping strategies used by Brazilian workers published in Brazil from 2009 to 2013 as well as to analyze the variables associated with them. The search was performed on the databases Lilacs, SciELO Brasil and PePSIC. From the 655 articles identified, 18 met the selection criteria.

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Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores: revisão sistemática da literatura nacional

Results found that 44% of the studies used Folkman and Lazarus Inventory (1984) to assess the coping, and that stress (22%) was the primary variable associated. Among the strategies used by workers problem solving (100%) and confrontation (55%) were the most used and distancing (33%) and accepting responsibility (22%) were the least used. It is possible to note the importance of conducting further stud-ies with probabilistic samples that allow assessing the cause and effect relations for the phenomena, in addition to longitudinal studies that enable advanced knowledge on the possibilities of change.

Keywords: Coping; Workers; Systematic review; Coping strategies.

Estrategias de afrontamiento (coping) en los trabajadores: revisión sistemática de la literatura nacional

RESUMEN

El estudio tuvo como objetivo analizar artículos empíricos brasileños publicados desde 2009 hasta 2013 sobre estrategias de afrontamiento utilizadas por trabajado-res y analizar las variables asociadas a estas. La búsqueda se produjo en las bases Lilacs, SciELO Brasil y PePSIC. Del total de 655 artículos identificados, 18 cumplieron con los criterios de selección. Con base en los resultados, fue posible identificar que el Inventario de Estrategias de Afrontamiento de Folkman y Lázaro (1984) (44%) es el más utilizado para evaluar el afrontamiento y que el estrés (22%) es la principal variable asociada. Las estrategias más utilizadas por los trabajadores son la resolu-ción de problemas (100%) y la confrontación (55%), y las menos utilizadas son el distanciamiento (33%) y la aceptación de la responsabilidad (22%). Se observó la importancia de ampliar los estudios con muestra probabilística que permita la eva-luación de las causas y efectos de los fenómenos, así como de corte longitudinal que promuevan amplíen el campo de conocimiento sobre posibilidades de cambio.

Palabras clave: Afrontamiento; Trabajadores; Revisión Sistemática; Estrategias de afrontamiento.

Introdução

As inovações técnicas e tecnológicas nas organizações, como fruto da modernidade, têm ocasionado o aumento do estresse ocupacional em trabalhadores. A emergên-cia desses avanços permite testemunhar profundas mudanças sociais nos processos produtivos e nos arranjos das relações de trabalho (Fernandes & Vasques-Menezes, 2012). A nova arquitetura organizacional exige dos trabalhadores constantes adap-tações e novas estratégias, necessárias à manutenção da qualidade de vida para enfrentar mudanças e administrar situações estressantes, crônicas ou traumáticas (Guido, Linch, Pitthan, & Umann, 2011; Murta & Tróccoli, 2007).

Pesquisadores, preocupados com a saúde mental dos trabalhadores, têm realizado estudos sobre o estresse ocupacional em diversas categorias profissionais e reconhe-cem esse como um dos principais riscos ao bem-estar psicossocial do indivíduo com implicações fisiológicas, psicológicas e comportamentais (Carlotto & Câmara, 2010; Griep, Rotenberg, Landsbergis, & Vasconcellos-Silva, 2011; Souza, Guimarães, &

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Araújo, 2013). As alterações no estado de saúde, derivadas do estresse, podem comprometer o equilíbrio físico e mental do trabalhador, dessa maneira, ocasionando consequências no desempenho do profissional, baixa moral, alta rotatividade, absen-teísmo e violência no local de trabalho (Rodrigues & Chaves, 2008).

As pessoas nem sempre estão preparadas para evitar o estresse, mas a forma como lidam com ele faz diferença para sua saúde mental (Murta & Tróccoli, 2007; O’Dris-coll, 2013). Estudos empíricos têm demonstrado o poder do coping como preditor da saúde ocupacional, evidenciando que as estratégias de enfrentamento utiliza-das pelos indivíduos são determinantes na evolução do estresse e desenvolvimento de doenças ocupacionais (Prati, Pietrantoni, & Cicognani, 2011; Sousa, Mendonça, Zanini, & Nazareno, 2009).

No campo de estudo do estresse no trabalho, há uma perspectiva teórica que enfatiza a importância das variáveis individuais como atenuadoras dos seus efeitos, enten-dendo que estas são produtos do sujeito baseado na valoração que o mesmo atribui ao evento estressor, fazendo com que a avaliação que os indivíduos realizam sobre um mesmo acontecimento seja diferente. Uma das variáveis individuais que tem recebido maior atenção dos estudiosos é a estratégia de enfrentamento (coping) (Puente, Gutiérrez, Pueyo, & López, 2000).

Ao longo do tempo, o entendimento sobre o conceito de coping tem sofrido altera-ções. No início do século XX, ele foi tratado como um mecanismo de defesa, motivado interna e inconsistentemente como a maneira do indivíduo de lidar com seus con-flitos sexuais e agressivos; sendo tratado como estável, numa hierarquia de saúde versus psicopatologia (Vaillant, 1994; Antoniazzi, Dell’Aglio, & Bandeira, 1998). Uma segunda geração classificou os comportamentos associados ao coping como um pro-cesso transacional entre a pessoa e o ambiente, com ênfase no processo tanto quanto em traços de personalidade, com isso, desfazendo a característica de inflexibilidade que até então era adotada (Folkman & Lazarus, 1985; Antoniazzi, Dell’Aglio, & Ban-deira, 1998). A terceira geração de pesquisadores, no final do século XX, direcionou seus estudos para a convergência entre coping e personalidade. Essa tendência foi motivada, em parte, por pesquisas que indicaram que fatores situacionais não são capazes de explicar toda a variação nas estratégias de enfrentamento utilizadas pelos indivíduos (Antoniazzi, Dell’Aglio, & Bandeira, 1998).

O conceito de estratégias de enfrentamento (coping) mais empregado na literatura e aceito na comunidade científica compreende esse como o conjunto de medidas inten-cionais, cognitivas e comportamentais adotado pelas pessoas para adaptarem-se a diferentes circunstâncias estressantes com o propósito de minimizar sua susceptibi-lidade e retornar ao seu estado anterior (Folkman, 1984; Murta & Tróccoli, 2007; Pocinho & Perestrelo, 2011; Rocha Sobrinho & Porto, 2012; Kleinubing, Goulart, Silva, Umann, & Guido, 2013). O modelo proposto por Folkman e Lazarus (1980) divide o coping em duas categorias funcionais: o coping focalizado no problema e o coping focalizado na emoção. O coping focalizado no problema constitui-se no esforço despen-dido pelo sujeito para atuar na situação que deu origem ao estresse, tentando mudá--la. A função dessa estratégia é alterar o problema existente na relação entre a pessoa e o ambiente que está causando a tensão. O coping focalizado na emoção é compre-endido como um esforço para regular o estado emocional que é associado ao estresse e reduzir a sensação física desagradável que é gerada. Estes esforços são dirigidos a um nível somático e/ou a um nível de sentimentos, tendo por consequência a alteração do estado emocional do indivíduo. Apesar da grande variedade de estudos conduzidos sobre essa temática, é crucial que mais atenção seja dada às pesquisas, uma vez que o coping tem demonstrado ser o centro do bem-estar psicológico (O’Driscoll, 2013).

Apesar de ser uma temática investigada desde a década de 1980, no campo da Psi-cologia Organizacional e do Trabalho (POT), e alvo de atenção de pesquisadores de

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diferentes disciplinas (Tamayo, Mendonça, & Silva, 2012), ainda há pouca investiga-ção sobre coping. A revisão sistemática realizada por Tonetto, Amazarray, Koller e Gomes (2008), com artigos publicados em POT, de 2001 a 2005, corrobora o resul-tado obtido ao revelar que o coping foi investigado em apenas um estudo entre os 178 artigos analisados.

A revisão sistemática da literatura é um meio para obtenção de subsídios para a prática baseada em evidência, que permite ordenar, a partir de um dado período de tempo, um conjunto de informações e resultados já obtidos sobre determinado tema, de forma a investigar pontos consolidados do conhecimento e identificar novas pautas de pesquisa (Briner, 2012; Campos & Nakano, 2012; De-la-Torre-Ugarte-Guanilo, Takahaschi, & Berto-lozzi, 2011). Desta forma, este estudo tem como objetivo realizar uma revisão sistemática da literatura de pesquisas brasileiras a respeito de estratégias de enfrentamento (coping) utilizadas por trabalhadores, bem como analisar as variáveis associadas ao coping.

Método

Para este estudo, operacionalizou-se a pesquisa bibliográfica mediante a busca eletrô-nica de artigos indexados nas seguintes bases: SciELO Brasil (http://www.scielo.com.br), Lilacs – Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (http://www.bireme.br) e PePSIC – Periódicos Eletrônicos em Psicologia (http://pepsic. bvs--psi.org.br), a partir das palavras relacionadas aos temas “coping” e “trabalhadores”. Optou-se por essas bases porque contemplam revistas conhecidas e de ampla divul-gação e abrangência nacional. A busca foi realizada nos meses de janeiro a março de 2014, incluiu artigos publicados no período de 2009 a 2013 e combinou as pala-vras “enfrentamento” AND “trabalhadores”, “enfrentamento” AND “trabalho”, “coping” AND “workers”, “coping” AND “professionals”, “coping” AND “employers”, “coping” AND “work”, “enfrentamiento” AND “trabajadores”, “enfrentamiento” AND “trabajo”.

No final do levantamento nas bases, realizou-se uma pesquisa manual de artigos rela-cionados ao tema investigado no Google Acadêmico como forma de validação da pes-quisa e possível identificação de novos artigos. Na primeira busca, foram identificados 655 artigos. A partir desta relação, foram adotados os seguintes critérios de inclusão para a seleção das produções científicas analisadas nesta revisão: (1) artigos publi-cados em língua portuguesa, inglesa e espanhola; (2) trabalhos empíricos de método quantitativo, delineamento possível de atender ao objetivo do estudo, realizados com amostra de trabalhadores brasileiros; (3) artigos que tivessem como objetivo de estudo identificar as estratégias de enfrentamento utilizadas por trabalhadores. A amostra final ficou composta por 18 artigos. A Figura ilustra a busca e seleção dos estudos.

Com o intuito de proporcionar um tratamento detalhado dos dados para a análise, foram recuperados na íntegra os 18 artigos finais. De posse do material, foi realizada uma leitura de cada artigo, para tanto, organizando as informações de acordo com as seguintes dimensões de análise estabelecidas: (1) Ano de publicação; (2) Periódico; (3) Campo de atuação do autor; (4) Categoria profissional estudada; (5) Tipo de amostra; (6) Instrumento utilizado para avaliação do coping; (7) Variáveis associa-das ao estudo de coping; (8) Principais resultados.

Resultados e discussão

As bases de dados utilizadas para o levantamento de artigos deste estudo foram importantes para a confirmação das principais fontes de busca de periódicos nacio-

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nais pertinentes ao tema investigado. Os 18 artigos que compuseram a amostra final foram organizados no Quadro em ordem de data de publicação, o qual apresenta uma visão geral das características selecionadas como critérios deste estudo.

Perfil das publicaçõesÉ possível observar equilíbrio e linearidade quanto ao ano das publicações, pois, em 2011, houve cinco artigos publicados (27%), enquanto que, em 2009, foram qua-tro publicações (22%) e, em 2010, 2012 e 2013, manteve-se a quantidade de três publicações em cada ano (16%). Considerando a quantidade de artigos publicados, pode-se pensar que este ainda é um tema pouco investigado (Tamayo et al., 2012; Tonetto et al., 2008).

A psicologia aparece como a área de formação dos pesquisadores que mais investi-gam sobre coping em trabalhadores (n = 11; 61%). Contudo é também objeto de estudo em outras áreas do conhecimento como enfermagem (n = 4; 22%), geron-tologia, educação, nutrição e educação física (cada uma com um artigo; 5%), o que demonstra que o tema é de interesse multidisciplinar. É possível pensar que a grande concentração de estudos se encontre relacionada à psicologia em virtude de o constructo teórico mais aceito pela comunidade científica internacional ter sido desenvolvido por Suzan Folkman e Richard Lazarus, na década de 1980, e sob a pers-pectiva de um fenômeno psicológico. Além disso, ambos os autores são psicólogos e reconhecidos internacionalmente por suas contribuições teóricas e empíricas para o campo de estresse psicológico e coping (O’Driscoll, 2013).

Scielo 296 artigos

LILACS 344 artigos

PePSIC 15 artigos

1º. Passo - Busca de artigos nas bases de dados (Scielo, LILACS e PePSIC)655 artigos localizados

2º. Passo - Triagem dos artigos: exclusão de artigos repetidos entre as bases453 artigos mantidos

3º. Passo - Apuração dos artigos: exclusão de artigos de amostra não brasileira394 artigos mantidos

5º. Passo - Busca manual de artigos1 artigo identificado.

4º. Passo - Seleção dos artigos: exclusão de artigos teóricos (54), amostra de não trabalhadores (61),de metodologia qualitativa (126), relato de experiência (8), não investigavam fatores associados (23)

17 artigos mantidos, os quais foram analisados.

LILACS 145 artigos

PePSIC 08 artigos

Scielo/Lilacs 168 artigos

Lilacs/PePSIC 06 artigos

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Scielo 125 artigos

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Figura: Critérios de seleção dos artigos incluídos na revisão sistemática

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es c

onco

mita

ntes

, cop

ing

mod

erad

o e

rein

terp

reta

ção

posi

tiva,

dim

inui

o se

ntim

ento

de

dist

anci

amen

to d

a cl

ient

ela

e, q

uant

o m

aior

o u

so d

e co

ping

ativ

o, m

aior

a re

aliz

ação

no

traba

lho.

Sant

os, A

. F. O

. &

Car

doso

, C. L

. Pr

ofiss

iona

is de

saúd

e m

ental

: estr

esse

, en

frent

amen

to e

qu

alida

de d

e vid

a.

Psico

logi

a: Te

oria

e Pe

squi

sa, 2

010.

Psico

logi

a

Avali

ar a

man

ifesta

ção

de es

tress

e e a

quali

dade

de

vid

a de p

rofis

siona

is de

saúd

e men

tal d

e se

rviço

s sub

stitu

tivos

ca

racte

rizad

os p

elo m

odo

psico

ssoc

ial d

e aten

ção,

be

m co

mo

as es

tratég

ias d

e en

frent

amen

to u

tiliza

das

ante

a situ

ação

cotid

iana

de co

ntato

com

usu

ário

em

sofri

men

to m

ental

.

Profi

ssio

nais

de sa

úde

n =

25

Não

pr

obab

ilísti

ca

Inve

ntár

io d

e Es

tratég

ias d

e Cop

ing,

Fo

lkm

an e

Laza

rus,

1984

. Vali

dado

par

a o

Bras

il po

r Sav

oia,

19

99. Í

ndice

de

confi

abili

dade

inter

na:

acim

a de 0

,70.

(3)

Estre

sse e

Q

ualid

ade d

e Vi

da

As e

strat

égia

s mai

s util

izad

as fo

ram

: sup

orte

soci

al,

reso

luçã

o de

pro

blem

as e

aut

ocon

trole

. As m

enos

ut

iliza

das f

oram

: afa

stam

ento

e c

onfro

nto.

As m

ulhe

res

utili

zam

mai

s a e

strat

égia

de

supo

rte so

cial

que

os

hom

ens.

Qua

nto

mai

or o

nív

el d

e es

cola

ridad

e, m

aior

a

utili

zaçã

o da

estr

atég

ia d

e re

solu

ção

de p

robl

ema.

Q

uant

o m

aior

o te

mpo

de

serv

iço,

men

or é

o u

so d

as

estra

tégi

as d

e co

nfro

nto,

afa

stam

ento

, ace

itaçã

o da

re

spon

sabi

lidad

e, fu

ga-e

squi

va, r

esol

ução

de

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lem

as

e re

aval

iaçã

o po

sitiv

a. A

s méd

ias d

as e

strat

égia

s de

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stam

ento

e fu

ga-e

squi

va fo

ram

mai

ores

nos

pr

ofiss

iona

is co

m p

rese

nça

de in

dica

dore

s de

estre

sse.

Peça

nha,

D. L

. &

Cam

pana

, D. P

. Av

aliaç

ão q

uali-

quan

titati

va d

e in

terve

nção

com

Yo

ga n

a pro

moç

ão

da q

ualid

ade d

e vid

a em

um

a uni

versi

dade

. Bo

letim

Aca

dem

ia

Paul

ista d

e Psic

olog

ia,

2010

.

Psico

logi

a e C

iência

s So

ciais

Verifi

car a

pos

sibili

dade

de

incr

emen

tar a

quali

dade

de

vid

a de s

ervi

dore

s de

um

a uni

versi

dade

. Co

nhec

er a

perc

epçã

o do

s par

ticip

antes

re

lativ

amen

te à q

ualid

ade

de v

ida n

o tra

balh

o,

iden

tifica

r os e

stilo

s de

copi

ng e

com

para

r os

estil

os u

tiliza

dos p

elos

parti

cipan

tes an

tes e

após

a

inter

venç

ão.

Func

ioná

rios

de

univ

ersid

ade.

n =

10N

ão

prob

abilí

stica

Inve

ntár

io d

e Res

posta

s de

Cop

ing

no tr

abalh

o (IR

C-T)

, tra

duçã

o e

adap

tação

vali

dada

pa

ra o

cont

exto

labo

ral

do C

opin

g Re

spon

ses

Inve

ntor

y, Sh

aefe

r &

Mos

s, 19

98, p

or

Peça

nha,

2006

. Índ

ice

de co

nfiab

ilida

de

inter

na: i

gual

a 0,9

6.(5

)

Qua

lidad

e de

Vida

Pós-i

nter

venç

ão: h

ouve

aum

ento

da u

tiliz

ação

das

es

tratég

ias d

e enf

rent

amen

to e

dim

inui

ção

da es

traté

gia

evita

ção

dos p

robl

emas

.

Con

tinua

Page 8: Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores ...pepsic.bvsalud.org/pdf/arbp/v68n3/10.pdf · teísmo e violência no local de trabalho (Rodrigues & Chaves, 2008). As pessoas

132

Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores: revisão sistemática da literatura nacional

Cont

inua

ção

Font

es, A

. P., N

eri,

A. L

. & Y

assu

da, M

. S.

Enf

rent

amen

to d

e es

tress

e no

traba

lho:

re

laçõe

s ent

re id

ade,

ex

periê

ncia,

auto

eficá

cia

e agê

ncia.

Psic

olog

ia,

Ciên

cia e

Profi

ssão

, 20

10.

Ger

onto

logi

a e

Educ

ação

Pesq

uisa

r rela

ções

entre

id

ade,

expe

riênc

ia de

tra

balh

o e e

straté

gias

de

enfre

ntam

ento

de

estre

ssor

es n

o tra

balh

o,

med

iados

por

cren

ças d

e ag

ência

e de

auto

eficá

cia.

Líde

res d

e em

pres

a de

ener

gia

n =

71N

ão

prob

abilí

stica

Esca

la d

e Cop

ing

Ocu

paci

onal

, Lat

ack,

19

86. V

alid

ada p

ara

o Br

asil

por P

inhe

iro,

Tam

ayo

e Tró

ccol

i , 2

003.

Índi

ce d

e co

nfiab

ilida

de in

tern

a:

entre

0,7

7 e 0

,81.

(1)

Estre

sse

Cren

ças

Aut

oefic

ácia

A es

tratég

ia co

ntro

le m

ostro

u re

lação

pos

itiva

entre

au

toefi

cácia

e cr

ença

s de a

gênc

ia pe

ssoa

l e in

terp

esso

al,

bem

com

o a e

straté

gia m

anejo

de s

into

mas

e cr

ença

s de

agên

cia in

terpe

ssoa

l.

Ram

pelo

tto, C

. M.

& A

baid

, J. L

. W.

Estra

tégias

de c

opin

g ut

iliza

das p

or p

iloto

s de

caça

. Bar

baró

i, 20

11.

Psico

logi

a

Expl

orar

e de

scre

ver

os ti

pos d

e eve

ntos

es

tress

antes

, as e

straté

gias

de

copi

ng e

as p

rincip

ais

font

es d

e apo

io d

e pilo

tos

de ca

ça d

e um

esqu

adrã

o m

ilitar

do

Rio

Gra

nde

do S

ul, v

iven

ciada

s em

re

lação

ao tr

abalh

o.

Pilo

tos d

e caç

an

= 13

Não

pr

obab

ilísti

ca

Inve

ntár

io d

e Es

tratég

ias d

e Cop

ing,

Fo

lkm

an e

Laza

rus,

1984

. Vali

dado

par

a o

Bras

il po

r Sav

oia,

19

99. Í

ndice

de

confi

abili

dade

inter

na:

acim

a de 0

,70.

(3)

Estre

sse

As p

rincip

ais es

tratég

ias d

e cop

ing

utili

zada

s são

: sup

orte

so

cial,

reav

aliaç

ão p

ositi

va e

reso

luçã

o de

pro

blem

as. E

as

men

os u

tiliza

das s

ão fu

ga e

esqu

iva,

afas

tam

ento

e

conf

ront

o.

Carlo

tto, M

. S.

Tecn

oestr

esse

: di

fere

nças

entre

ho

men

s e m

ulhe

res.

Revi

sta P

sicol

ogia:

O

rgan

izaçõ

es e

Tr

abalh

o, 2

011.

Psico

logi

a

Iden

tifica

r a ex

istên

cia d

e di

fere

nças

na a

ssoc

iação

en

tre as

dim

ensõ

es d

o tec

noes

tress

e, va

riáve

is so

ciode

mog

ráfic

as

e lab

orais

e tam

bém

di

fere

nças

nas

estra

tégias

de

enfre

ntam

ento

ut

iliza

das p

or h

omen

s e

mul

here

s em

relaç

ão a

es

tress

ores

pre

sent

es n

o tra

balh

o co

m te

cnol

ogia

de

info

rmaç

ão e

com

unica

ção

(TIC

).

Profi

ssio

nais

de te

cnol

ogia

de

info

rmaç

ão

e com

unica

ção

n =

668

Não

pr

obab

ilísti

ca

Esca

la de

Cop

ing

no

Trab

alho

(CO

PE),

Carv

er, S

heier

e

Wein

traub

, 198

9.

Índi

ce d

e con

fiabi

lidad

e in

terna

: ent

re 0

,60

e 0,

86.(4

)

Tecn

oestr

esse

Os h

omen

s util

izam

com

mais

freq

uênc

ia es

traté

gias

de

enfre

ntam

ento

ativ

o, p

laneja

men

to e

supr

essã

o de

ati

vida

des c

onco

mita

ntes

. As m

ulhe

res u

tiliz

am m

ais

estra

tégias

de s

upor

te so

cial e

emoc

iona

l, re

torn

o pa

ra a

re

ligio

sidad

e, fo

co n

a em

oção

, neg

ação

, des

ligam

ento

co

mpo

rtam

ental

e m

ental

.

Con

tinua

Page 9: Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores ...pepsic.bvsalud.org/pdf/arbp/v68n3/10.pdf · teísmo e violência no local de trabalho (Rodrigues & Chaves, 2008). As pessoas

Arquivos Brasileiros de Psicologia; Rio de Janeiro, 68 (3): 125-144 133

Melo L. P., Carlotto M. S., Rodriguez S. Y. S., Diehl L.

Cont

inua

ção

Sous

a, J.

R. A

ssoc

iaçõe

s da

per

sona

lidad

e,

enfre

ntam

ento

e su

porte

so

cial c

om o

estad

o nu

tricio

nal.

Psico

logi

a,

Saúd

e e D

oenç

as, 2

011.

Nut

rição

Obs

erva

r as a

ssoc

iaçõe

s ex

isten

tes en

tre o

estad

o nu

tricio

nal e

var

iáveis

ps

icoss

ociai

s, co

mo

traço

s de p

erso

nalid

ade,

en

frent

amen

to p

sicol

ógico

e s

upor

te so

cial.

Func

ioná

rios

de h

ospi

tal

n =

317

Não

pr

obab

ilísti

ca

Vers

ão A

brev

iada

do

Inve

ntár

io

do P

ensa

men

to

Con

stru

tivo

(CTI

-S),

Epst

ein

e M

eier

, 19

89. Í

ndic

e de

co

nfiab

ilida

de in

tern

a:

igua

l a 0

,92.

(6)

Perso

nalid

ade,

su

porte

socia

l e e

stado

nu

tricio

nal

Nos

hom

ens,

a dim

ensã

o en

frent

amen

to co

mpo

rtam

enta

l é

mais

elev

ada q

ue n

as m

ulhe

res.

Enqu

anto

que

a di

men

são

de su

porte

socia

l é m

aior e

ntre

o g

êner

o fe

min

ino.

Gui

do, L

. A.;

Linc

h,

G. F

. C.;

Piith

an,

L. O

. & U

man

n,

J. Es

tress

e, c

opin

g e

esta

do d

e sa

úde

entre

enf

erm

eiro

s ho

spita

lare

s. R

evis

ta

Esco

la d

e En

ferm

agem

U

SP, 2

011.

Enfe

rmag

em

Con

hece

r as s

ituaç

ões

que

os e

nfer

mei

ros

iden

tifica

m c

omo

estre

ssor

es c

omun

s à

atua

ção

em a

mbi

ente

ho

spita

lar,

assi

m c

omo

iden

tifica

r o e

stad

o ge

ral

de sa

úde

e as

form

as d

e en

fren

tam

ento

util

izad

as

pelo

s enf

erm

eiro

s no

ambi

ente

de

traba

lho.

Enfe

rmeir

osn

= 14

3N

ão

prob

abilí

stica

Inve

ntár

io d

e Es

tratég

ias d

e Cop

ing,

Fo

lkm

an e

Laza

rus,

1984

. Vali

dado

par

a o

Bras

il po

r Sav

oia,

19

99. Í

ndice

de

confi

abili

dade

inter

na:

acim

a de 0

,70.

(3)

Estre

sse e

es

tado

gera

l de

saúd

e

Reso

luçã

o de

pro

blem

as co

rresp

onde

u a e

strat

égia

de

maio

r méd

ia, e

a de m

enor

méd

ia fo

i con

front

o. N

ão h

ouve

as

socia

ção

signi

ficati

va en

tre es

tress

e e co

ping

. Qua

nto

ao

estad

o de

saúd

e e co

ping

, hou

ve as

socia

ção

posit

iva.

Neg

rom

onte

, M. R

. O

& A

rauj

o, T

. C.

C. F

. Im

pact

o do

m

anej

o cl

ínic

o da

dor

: av

alia

ção

de e

stre

sse

e en

fren

tam

ento

en

tre p

rofis

sion

ais

de sa

úde.

Rev

ista

La

tino-

Am

eric

ana

de

Enfe

rmag

em, 2

011.

Psico

logi

a

Inve

stiga

r a p

erce

pção

de

estre

sse e

as es

tratég

ias d

e en

frent

amen

to ad

otad

as

por p

rofis

siona

is de

eq

uipe

s esp

ecial

izada

s, re

spec

tivam

ente,

no

acom

panh

amen

to d

e pa

cient

es co

m d

or ag

uda e

do

r crô

nica

.

Profi

ssio

nais

de sa

úde

n =

62N

ão

prob

abilí

stica

Inve

ntár

io d

e Es

tratég

ias d

e Cop

ing,

Fo

lkm

an e

Laza

rus,

1984

. Vali

dado

par

a o

Bras

il po

r Sav

oia,

19

99. Í

ndice

de

confi

abili

dade

inter

na:

acim

a de 0

,70.

(3)

Estre

sse

As

estra

tégi

as fr

eque

ntem

ente

util

izad

as fo

ram

: fu

ga-e

squi

va, c

onfr

onto

, aut

ocon

trole

, res

oluç

ão d

e pr

oble

mas

, afa

stam

ento

, sup

orte

soc

ial,

acei

taçã

o de

resp

onsa

bilid

ade

e re

aval

iaçã

o po

sitiv

a. F

oi

iden

tifica

da m

aior

util

izaç

ão d

a es

traté

gia

de

reso

luçã

o de

pro

blem

as e

ntre

pro

fissi

onai

s qu

e pa

rtici

para

m d

e tre

inam

ento

vol

tado

par

a o

man

ejo

clín

ico

de d

or.

Con

tinua

Page 10: Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores ...pepsic.bvsalud.org/pdf/arbp/v68n3/10.pdf · teísmo e violência no local de trabalho (Rodrigues & Chaves, 2008). As pessoas

134

Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores: revisão sistemática da literatura nacional

Cont

inua

ção

Kur

ebay

ashi

, L.

F. S

.; G

natta

, J.

R.;

Bor

ges,

T. P

. &

Silv

a, M

. J. P

. A

plic

abili

dade

da

auri

culo

tera

pia

para

re

duzi

r est

ress

e e

com

o es

trat

égia

de

cop

ing

em

prof

issi

onai

s de

en

ferm

agem

. Rev

ista

La

tino-

Am

eric

ana

de

Enfe

rmag

em, 2

012.

Enfe

rmag

em

Avali

ar a

eficá

cia d

a au

ricul

oter

apia

com

ag

ulha

s e se

men

tes, p

ara a

di

min

uiçã

o do

s nív

eis d

e es

tress

e dos

colab

orad

ores

da

equi

pe d

e enf

erm

agem

de

um

hos

pital

; ide

ntifi

car

e ana

lisar

dife

renç

as en

tre

o an

tes e

o de

pois

do

tratam

ento

nos

dom

ínio

s de

copi

ng.

Enfe

rmeir

osn

= 75

Não

pr

obab

ilísti

ca

Inve

ntár

io d

e Es

tratég

ias d

e Cop

ing,

Fo

lkm

an e

Laza

rus,

1984

. Vali

dado

par

a o

Bras

il po

r Sav

oia,

19

99. Í

ndice

de

confi

abili

dade

inter

na:

acim

a de 0

,70.

(3)

Estre

sse

A re

avali

ação

pos

itiva

é a p

rincip

al es

traté

gia d

e en

frent

amen

to u

tiliza

da. F

oi id

entifi

cada

men

or u

tiliz

ação

da

s estr

atégi

as af

astam

ento

, con

trole

e sup

orte

soci

al en

tre

os p

rofis

siona

is qu

e rea

lizar

am o

trat

amen

to.

Roc

ha S

obrin

ho, F

. , P

orto

, J. B

. Bem

-es

tar n

o tra

balh

o:

um e

stud

o so

bre

suas

rela

ções

co

m c

lima

soci

al,

copi

ng e

var

iáve

is

dem

ográ

ficas

. Rev

ista

de

Adm

inis

traçã

o C

onte

mpo

râne

a, 2

012.

Psico

logi

a

Iden

tifica

r o im

pacto

de

variá

veis

dem

ográ

ficas

, cli

ma s

ocial

e co

ping

no

bem

-esta

r no

traba

lho.

Func

ioná

rios

de u

ma

orga

niza

ção

do ra

mo

de

educ

ação

n =

2.43

8N

ão

prob

abilí

stica

Esca

la de

Cop

ing

Ocu

pacio

nal,

Latac

k,

1986

. Vali

dada

par

a o

Bras

il po

r Pin

heiro

, Ta

may

o e T

rócc

oli,

2003

. Índ

ice d

e co

nfiab

ilida

de in

terna

: en

tre 0

,77

e 0,8

1.(1

)

Bem

-esta

r no

traba

lho

Nos

fato

res d

e cop

ing,

man

ejo d

e sin

tom

as e

cont

role

tiv

eram

asso

ciaçã

o po

sitiv

a com

clim

a soc

ial.

O cl

ima

socia

l e as

estra

tégias

de e

nfre

ntam

ento

do

estre

sse

impa

ctam

no

bem

-esta

r no

traba

lho.

Gui

do, L

. A.,

Silv

a,

R. M

., G

oula

rt, C

. T.

, Kle

inüb

ing,

R.

E. &

Um

ann,

J.

Estre

ss e

cop

ing

entre

en

ferm

eiro

s de

um

a un

idad

e ci

rúrg

ica

de

hosp

ital u

nive

rsitá

rio.

Rev

ista

da

Red

e de

Enf

erm

agem

do

Nor

dest

e, 2

012.

Enfe

rmag

em

Iden

tifica

r os e

stres

sore

s, o

níve

l de e

stres

se

e as e

straté

gias

de

enfre

ntam

ento

util

izada

s po

r enf

erm

eiros

de

uma u

nida

de d

e clín

ica

cirúr

gica

.

Enfe

rmeir

osn

= 09

Não

pr

obab

ilísti

ca

Inve

ntár

io d

e Es

tratég

ias d

e Cop

ing,

Fo

lkm

an e

Laza

rus,

1984

. Vali

dado

par

a o

Bras

il po

r Sav

oia,

19

99. Í

ndice

de

confi

abili

dade

inter

na:

acim

a de 0

,70.

(3)

Estre

sse

A re

solu

ção

de p

robl

emas

é o

fato

r mais

util

izad

o e o

fato

r ac

eitaç

ão d

e res

pons

abili

dade

o m

enos

util

izad

o.

Con

tinua

Page 11: Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores ...pepsic.bvsalud.org/pdf/arbp/v68n3/10.pdf · teísmo e violência no local de trabalho (Rodrigues & Chaves, 2008). As pessoas

Arquivos Brasileiros de Psicologia; Rio de Janeiro, 68 (3): 125-144 135

Melo L. P., Carlotto M. S., Rodriguez S. Y. S., Diehl L.

Cont

inua

ção

Serv

ino,

S.;

Rabe

lo,

E. &

Cam

pos,

R. P.

Es

tress

e ocu

pacio

nal

e estr

atégi

as d

e en

frent

amen

to

entre

pro

fissio

nais

de te

cnol

ogia

da

info

rmaç

ão.

Ger

ais: R

evist

a In

terin

stitu

ciona

l de

Psico

logi

a, 20

13.

Psico

logi

a

Inve

stiga

r o es

tress

e ent

re

os p

rofis

siona

is de

TI

dent

ro d

as o

rgan

izaçõ

es

bras

ileira

s, en

fatiz

ando

co

mo

esse

pro

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nal

perc

ebe e

lida

com

o

fenô

men

o ne

ste in

ício

da

segu

nda d

écad

a do

sécu

lo

XX

I.

Profi

ssio

nais

de te

cnol

ogia

da

info

rmaç

ão

n =

307

Não

pr

obab

ilísti

ca

Inve

ntár

io d

e Es

tratég

ias d

e Cop

ing,

Fo

lkm

an e

Laza

rus,

1984

. Vali

dado

par

a o

Bras

il po

r Sav

oia,

19

99. Í

ndice

de

confi

abili

dade

inter

na:

acim

a de 0

,70.

(3)

Estre

sse

A e

stra

tégi

a m

ais

utili

zada

é a

reso

luçã

o de

pr

oble

mas

e a

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os u

tiliz

ada

é a

de c

onfr

onto

. M

ulhe

res

utili

zam

mai

s a

estr

atég

ia d

e su

port

e so

cial

que

os

hom

ens.

Não

hou

ve d

ifer

ença

s si

gnif

icat

ivas

ent

re g

rupo

s oc

upac

iona

is. O

s pr

ofis

sion

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autô

nom

os u

tiliz

am m

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a es

trat

égia

de

afa

stam

ento

, e o

s te

rcei

riza

dos,

sup

orte

so

cial

. Pro

fiss

iona

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om m

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tem

po d

e tr

abal

ho

utili

zam

as

estr

atég

ias

de c

onfr

onto

e a

fast

amen

to.

Prof

issi

onai

s qu

e ut

iliza

m c

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onto

ou

a fu

ga-

esqu

iva

são

os c

om o

mai

or n

ível

de

estr

esse

. A

est

raté

gia

de e

nfre

ntam

ento

ace

itaçã

o de

re

spon

sabi

lidad

es d

imin

ui o

s ní

veis

de

estr

esse

.

Vieir

a, L.

F., C

arru

zo,

N. M

., Aiza

va, P

. V.

S. &

Rig

oni,

P. A

. G.

Aná

lise d

a sín

drom

e de

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out e

das

estra

tégias

de

copi

ng em

atlet

as

bras

ileiro

s de v

ôlei

de

praia

. Rev

ista B

rasil

eira

de E

duca

ção

Físic

a e

Espo

rte, 2

013.

Educ

ação

sica

Ana

lisar

a sín

drom

e de

burn

out e

as es

tratég

ias

de co

ping

de j

ogad

ores

de

vôlei

de p

raia.

Atle

tasn

= 14

4N

ão

prob

abilí

stica

Inve

ntár

io A

tlétic

o da

s Es

tratég

ias d

e Cop

ing,

Sm

ith et

al., 1

995.

Va

lidad

o pa

ra a

língu

a po

rtugu

esa p

or S

erpa

&

Palm

eira,

1997

. Ín

dice

de c

onfia

bilid

ade

inter

na: i

gual

a 0,7

5. (7

)

Sínd

rom

e de

burn

out

Hom

ens

utili

zam

mai

s as

est

raté

gias

de

rend

imen

to m

áxim

o so

b pr

essã

o, c

once

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ção,

fo

rmul

ação

de

obje

tivos

, con

fian

ça e

mot

ivaç

ão

para

a r

ealiz

ação

, tre

inab

ilida

de e

índi

ce d

e co

nfro

nto

no e

spor

te. A

cat

egor

ia s

ub-2

1 ut

iliza

co

m m

ais

estr

atég

ias

rela

cion

adas

à a

usên

cia

de p

reoc

upaç

ões

e tr

eina

bilid

ade,

enq

uant

o a

cate

gori

a op

en r

ealiz

a m

ais

estr

atég

ias

de

rend

imen

to m

áxim

o so

b pr

essã

o. O

s at

leta

s ra

nque

ados

ent

re o

5º e

8º l

ugar

apr

esen

tara

m

mai

or e

stra

tégi

a pa

ra r

endi

men

to m

áxim

o so

b pr

essã

o, e

m r

elaç

ão a

os a

tleta

s do

9º l

ugar

em

di

ante

. O e

stud

o id

entif

icou

que

qua

nto

mai

s al

tos

são

os n

ívei

s de

bur

nout

dos

atle

tas,

men

or

é a

freq

uênc

ia d

e ut

iliza

ção

das

estr

atég

ias

de

enfr

enta

men

to, r

endi

men

to m

áxim

o so

b pr

essã

o,

conf

ront

o co

m a

dver

sida

de, c

once

ntra

ção,

fo

rmul

ação

de

obje

tivos

, con

fian

ça e

mot

ivaç

ão

para

a r

ealiz

ação

, tre

inab

ilida

de e

índi

ce d

e co

nfro

nto

no e

spor

te.

Con

tinua

Page 12: Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores ...pepsic.bvsalud.org/pdf/arbp/v68n3/10.pdf · teísmo e violência no local de trabalho (Rodrigues & Chaves, 2008). As pessoas

136

Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores: revisão sistemática da literatura nacional

Cont

inua

ção

Brau

n, A

. C. &

Car

lotto

, M

. S. S

índr

ome d

e bu

rnou

t em

pro

fess

ores

de

ensin

o es

pecia

l. Ba

rbar

ói, 2

013.

Psico

logi

a

Verifi

car a

pre

valên

cia

das d

imen

sões

da

síndr

ome d

e bur

nout

e

a rela

ção

com

var

iáveis

so

ciode

mog

ráfic

as,

labor

ais e

estra

tégias

de

copi

ng o

cupa

ciona

l em

pr

ofes

sore

s de e

nsin

o es

pecia

l.

Prof

esso

res

n =

88N

ão

prob

abilí

stica

Esca

la de

Cop

ing

Ocu

pacio

nal,

Latac

k,

1986

. Vali

dada

par

a o

Bras

il po

r Pin

heiro

, Ta

may

o e T

rócc

oli,

2003

. Índ

ice d

e co

nfiab

ilida

de in

terna

: en

tre 0

,77

e 0,8

1.(1

)

Sínd

rom

e de

burn

out

Qua

nto

maio

r é o

uso

de e

straté

gias

de c

ontro

le m

aior

é

o se

ntim

ento

de I

lusã

o pe

lo T

raba

lho.

A m

aior

util

izaç

ão

de es

tratég

ias d

e esq

uiva

aum

enta

o D

esga

ste P

síqui

co,

Indo

lência

e di

min

ui a

Ilusã

o pe

lo T

raba

lho.

Not

a: (1

) - A

pres

enta

46

itens

, agr

upad

os e

m tr

ês fa

tore

s: a

) Con

trole

: açõ

es p

ara

lidar

com

a fo

nte

gera

dora

de

estre

sse

e re

aval

iaçõ

es c

ogni

tivas

de

tais

font

es; b

) Esq

uiva

: aç

ões

ou c

ogni

ções

de

evita

ção

da fo

nte

gera

dora

de

estre

sse;

c) M

anej

o de

sin

tom

as: a

ções

ou

cogn

içõe

s us

adas

par

a lid

ar c

om o

s si

ntom

as d

o es

tress

e. (2

) - A

pres

enta

45

itens

, dis

tribu

ídos

em

qua

tro fa

tore

s: a

) Enf

rent

amen

to fo

caliz

ado

no p

robl

ema:

est

raté

gias

com

porta

men

tais

que

repr

esen

tam

apr

oxim

ação

em

rela

ção

ao e

stre

ssor

, vol

tada

s pa

ra o

seu

man

ejo

ou s

oluç

ão, b

em c

omo

estra

tégi

as c

ogni

tivas

dire

cion

adas

par

a a

reav

alia

ção

e re

ssig

nific

ação

do

prob

lem

a; b

) En

fren

tam

ento

foc

aliz

ado

na e

moç

ão:

estra

tégi

as c

ogni

tivas

e c

ompo

rtam

enta

is d

e es

quiv

a e/

ou n

egaç

ão, e

xpre

ssão

de

emoç

ões

nega

tivas

, pen

sam

ento

fan

tasi

oso,

aut

ocul

pa e

/ou

culp

abili

zaçã

o de

out

ros,

com

fu

nção

pal

iativ

a ou

de

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tam

ento

do

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lem

a; c

) Bus

ca d

e su

porte

soc

ial:

proc

ura

de a

poio

soc

ial e

moc

iona

l ou

inst

rum

enta

l par

a aj

udar

a li

dar c

om o

pro

blem

a; d

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ca

de p

rátic

as re

ligio

sas:

pen

sam

ento

s e

com

porta

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tos

relig

ioso

s co

mo

mod

os d

e en

fren

tam

ento

e m

anej

o do

est

ress

or. (

3) -

Apr

esen

ta 6

6 ite

ns, a

grup

ados

em

oito

fato

res:

C

onfr

onto

; Afa

stam

ento

; Aut

ocon

trole

; Sup

orte

soci

al; A

ceita

ção

de re

spon

sabi

lidad

e; F

uga-

esqu

iva;

Res

oluç

ão d

e pr

oble

mas

, e R

eava

liaçã

o po

sitiv

a. (4

) - A

pres

enta

60

itens

qu

e se

agr

upam

em

15

fato

res (

4 ite

ns p

ara

cada

fato

r): a

) Cop

ing

ativ

o: re

mov

er o

u m

elho

rar o

s efe

itos d

o es

tress

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neja

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to: p

ensa

r sob

re a

ltern

ativ

as p

ara

lidar

com

um

est

ress

or; c

) Su

pres

são

de a

tivid

ades

con

com

itant

es: s

uprim

ir at

ivid

ades

que

dis

traia

m o

suj

eito

do

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rep

rese

ntad

o pe

lo e

stre

ssor

; d)

Cop

ing

mod

erad

o: e

sper

ar u

ma

opor

tuni

dade

apr

opria

da p

ara

a aç

ão, r

estri

ngin

do a

impu

lsiv

idad

e; e

) Bus

ca d

e su

porte

soci

al p

or ra

zões

inst

rum

enta

is: p

rocu

rar p

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onse

lho

ou in

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sobr

e o

estre

ssor

; f)

Bus

ca d

e su

porte

soc

ial p

or ra

zões

em

ocio

nais

: bus

car a

poio

mor

al, c

ompa

ixão

ou

ente

ndim

ento

; g) F

oco

na e

xpre

ssão

de

emoç

ões:

foca

lizar

na

expe

riênc

ia d

e es

tress

e,

expr

essa

ndo

sent

imen

tos

nega

tivos

; h) D

eslig

amen

to c

ompo

rtam

enta

l: ab

ando

nar t

enta

tivas

par

a at

ingi

r met

as n

as q

uais

o e

stre

ssor

inte

rfira

; i) D

eslig

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to m

enta

l: ut

iliza

r at

ivid

ades

alte

rnat

ivas

par

a afa

star

o p

robl

ema d

a men

te; j

) Rei

nter

pret

ação

pos

itiva

: rei

nter

pret

ar u

ma s

ituaç

ão te

nsa;

k) N

egaç

ão: r

ecus

a em

acre

dita

r na e

xist

ênci

a do

estre

ssor

; l)

Ace

itaçã

o: p

erce

ber o

est

ress

or c

omo

real

e, p

oste

riorm

ente

, ace

itá-lo

com

o um

fenô

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o na

tura

l; m

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orno

par

a a

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iosi

dade

: vol

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e pa

ra a

relig

ião

com

o fo

rma

de

aliv

iar a

tens

ão; n

) Hum

or: f

azer

gra

ça d

a si

tuaç

ão e

stre

ssor

a; o

) Uso

de

subs

tânc

ias:

des

viar

do

prob

lem

a at

ravé

s do

uso

de su

bstâ

ncia

s psi

coat

ivas

. (5)

- A

pres

enta

48

itens

que

se

agru

pam

em d

ois t

ipos

: enf

rent

amen

to e

evita

ção.

(6) -

For

nece

resu

ltado

s em

sete

esca

las:

um

a esc

ala g

loba

l e se

is es

cala

s esp

ecífi

cas.

As e

scal

as es

pecí

ficas

são

as se

guin

tes:

En

fren

tam

ento

em

ocio

nal,

Enfr

enta

men

to c

ompo

rtam

enta

l, Pe

nsam

ento

cat

egór

ico,

Pen

sam

ento

sup

erst

icio

so, P

ensa

men

to e

soté

rico

e O

timis

mo

ingê

nuo.

(7) -

Apr

esen

ta 2

8 ite

ns o

rgan

izad

os e

m se

te su

besc

alas

: a) R

endi

men

to m

áxim

o so

b pr

essã

o; b

) Aus

ênci

a de

pre

ocup

açõe

s; c

) Con

fron

to c

om a

adv

ersi

dade

; d) C

once

ntra

ção;

e) F

orm

ulaç

ão d

e ob

jetiv

os; f

) Con

fianç

a e

mot

ivaç

ão p

ara

a re

aliz

ação

e g

) Tre

inab

ilida

de o

u di

spon

ibili

dade

par

a ap

rend

izag

em a

par

tir d

o tre

ino.

Page 13: Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores ...pepsic.bvsalud.org/pdf/arbp/v68n3/10.pdf · teísmo e violência no local de trabalho (Rodrigues & Chaves, 2008). As pessoas

Arquivos Brasileiros de Psicologia; Rio de Janeiro, 68 (3): 125-144 137

Melo L. P., Carlotto M. S., Rodriguez S. Y. S., Diehl L.

Possivelmente, como reflexo da concentração de pesquisadores oriundos da psicolo-gia, os periódicos de publicação dos estudos concentram-se nesta área de conheci-mento (n = 11; 61%), seguidos da área da enfermagem (n = 5, 28%), administração (n = 1; 5,5%) e educação física (n = 1; 5,5%). Com relação às categorias profissio-nais investigadas, os profissionais de saúde são os mais estudados (n = 8; 44%), mas o coping é pesquisado em uma variedade de trabalhadores, incluindo cargos administrativos (n = 3, 17%), professores (n = 3; 17%), profissionais de tecnologia da informação (TI) (n = 2; 11%), atletas (n = 1; 5%) e pilotos de caça (n = 1; 5%). Isso evidencia preocupação em investigar as estratégias de enfrentamento em pro-fissionais cujas características do trabalho os tornam mais vulneráveis ao estresse laboral (Hypolito & Grishcke, 2013).

Análise metodológica dos estudosA análise evidencia que a totalidade dos estudos restringiu-se à avaliação de amostras não probabilísticas, sem possibilidade de generalização de seus resultados. Pode-se pen-sar que a investigação do coping seja ainda influenciada por características próprias de a sua origem estar centrada no campo da psicologia, área que focaliza o conhecimento da subjetividade do comportamento e a metodologia qualitativa (Paulin & Luzio, 2009). Ademais, observa-se que é recente a aproximação da psicologia à saúde pública, na qual se prioriza a investigação dos fenômenos epidemiológicos, de prevalência, fatores de risco, com método sustentado por mensurações e inferências estatísticas (Turato, 2005) com o intuito de transpor os resultados para a população investigada.

O instrumento mais utilizado para avaliação do coping em trabalhadores é o Inven-tário de Estratégias de Coping, de Lazarus e Folkman (1984) (n = 8; 44%), seguido pela Escala de Coping Ocupacional, de Latack (1986) (n = 4; 22%). Observou-se a presença de outros instrumentos de avaliação como a Escala Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP), de Seidl, Troccoli, e Zannon (2001); Inventário de Respostas de Coping no trabalho (IRC-T) – tradução e adaptação validada para o contexto laboral do Coping Responses Inventory, de Shaefer e Moss (1998); Escala de Coping no Traba-lho (COPE), de Carver, Sheier e Weintraub (1989); Versão Abreviada do Inventário do Pensamento Construtivo (CTI-S), de Epstein e Meier (1989); e Inventário Atlético das Estratégias de Coping, de Smith, Schutz, Smoll e Ptacek (1995).

Se, por um lado, os pesquisadores têm a seu dispor uma grande variedade de ins-trumentos para avaliar coping em trabalhadores, por outro, essa mesma heteroge-neidade de escalas pode ocasionar riscos na medida em que se estuda um mesmo constructo por meio de diferentes definições. Além disso, os instrumentos avaliam as estratégias de enfrentamento dos trabalhadores com grau de profundidade bastante variado, critério de escolha que precisa ser cuidadosamente definido. Enquanto o Inventário de Coping no Trabalho, de Shaefer e Moss (1998), agrupa as estratégias de coping em apenas dois tipos de resultados: enfrentamento e evitação, a Escala de Coping no Trabalho, de Carver et al. (1989), compreende o uso de estratégias de enfrentamento por meio do mapeamento de 15 fatores detalhadamente descritos, o que permite uma análise mais abrangente sobre as diversas possibilidades de com-portamentos para lidar com estressores ocupacionais.

Entre os estudos de associação, o coping é, em sua maioria, relacionado com o estresse (n = 4; 22%), seguido da síndrome de burnout (n = 3; 17%), personalidade e bem-estar no trabalho (cada um com um artigo; 5%). Nos estudos sobre estresse, o constructo tem sido objeto de grande interesse, especialmente em como o uso de determinadas estratégias pode ter uma influência importante no bem-estar do indi-víduo (O’Driscoll, 2013).

Quanto aos resultados obtidos nos estudos, observou-se a predominância de estudos analíticos (n = 9; 50%), seguidos de estudos descritivos (n = 6; 33%) e de interven-ção (n = 3; 17%). A escassez de estudos de intervenção reforça o distanciamento

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entre teoria e prática (Briner, 2012), limitando a aplicabilidade do conhecimento aca-dêmico para a promoção de qualidade de vida no trabalho.

Principais resultados dos estudosTendo em vista a variedade de inventários utilizados para avaliação de coping em trabalhadores nas pesquisas avaliadas nesta revisão, optou-se pela análise dos prin-cipais resultados encontrados nos estudos a partir do modelo de Folkman e Lazarus (1980), considerando ser destes autores o instrumento mais utilizado.

A análise dos artigos que associaram estresse com coping (n = 4; 22%) permitiu observar que os trabalhadores com maior indicação de estresse fazem mais uso de estratégias como fuga-esquiva, afastamento e confronto. Em relação à associação de coping com a síndrome de burnout (n = 2; 11%), o resultado dos estudos aponta que, quanto mais altos os níveis de burnout, menor é a frequência de utilização de estratégias como resolução de problemas e controle, e maior a utilização de fuga--esquiva. Assim, pode-se pensar que, quanto maior a capacidade do profissional em focar na reavaliação cognitiva dos estressores laborais, maior a eficácia em lidar com os problemas do seu cotidiano profissional e com as situações adversas, assim, tor-nando-se menos vulnerável a adoecimentos.

Entre os estudos que objetivaram investigar quais as estratégias mais utilizadas por trabalhadores, todos apontaram a estratégia de resolução de problemas como a mais utilizada e 55% deles apontaram a estratégia de confronto como a menos utilizada, seguida de afastamento (33%) e aceitação de responsabilidade (22%). A estratégia de resolução de problemas pressupõe um planejamento adequado para lidar com os estressores, em que, ao invés de anular ou afastar a situação estressante de seu cotidiano, o indivíduo opta por resolver seu problema, modificar suas atitudes, desse modo, sendo capaz de lidar com as pressões das pessoas e do ambiente ao seu redor, com isso, diminuindo ou eliminando a fonte geradora de estresse (Damião, Rossato, Fabri, & Dias, 2009).

Alguns estudos revelaram diferenças entre homens e mulheres no que se refere às estratégias de enfrentamento (n = 4; 22%). Seus achados apontam que homens utilizam mais estratégias de enfrentamento ativo, planejamento e concentração, enquanto que as mulheres fazem uso de estratégias de suporte social e emocional e retorno à religiosidade. Outros estudos que realizaram esta mesma análise identifi-caram que homens adultos usam formas de enfrentamento mais diretas e focalizadas no problema ou mesmo de evitação, enquanto que as mulheres assumem uma pos-tura fundamentada na emoção ou tentam resolver o estressor de forma aproximativa (Câmara & Carlotto, 2007). Esse fato pode ser entendido à luz dos processos de socialização entre homens e mulheres (Frydenberg, 1997; Piko, 2001), pelo qual os homens tendem a ser mais objetivos, autoritários, produtivos, competitivos e racio-nais em seu ambiente de trabalho, separando a vida privada da pública (Caetano & Neves, 2009), ao passo que mulheres possuem maior rede de apoio social e recursos para se proteger de estressores emocionais e interpessoais gerados pelo trabalho (Barros, 2008; Hermida & Stefani, 2011).

Em relação aos estudos com intervenção (n = 3; 17%), observou-se que houve alteração na estratégia de enfrentamento utilizada pelos envolvidos antes e depois. Todos obtiveram em seus resultados aumento no uso de estratégias de enfrentamento focadas no problema, tais como controle e resolução de proble-mas. Isso indica que as intervenções são importantes para que os indivíduos possam desenvolver habilidades de enfrentamento eficazes de acordo com cada circunstância vivenciada. Tão importante quanto à escolha da estratégia, o que determina a sua efetividade é que o trabalhador tenha domínio sobre a situação estressora (Demorouti, 2014).

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Considerações finais

Esta revisão sistemática permitiu traçar um panorama dos estudos brasileiros que, nos últimos cinco anos, investigaram sobre estratégias de enfrentamento (coping) utilizadas por trabalhadores. Levando-se em conta o descarte de artigos que se repe-tiram ou não preencheram os critérios de inclusão estabelecidos, pode-se afirmar que o número de artigos identificados, que constituíram a amostra final deste estudo, serve como ilustração da produção científica brasileira sobre o coping em trabalhado-res, sendo, portanto, um recorte que permitiu entender o tema pesquisado e mapear oportunidades para futuras investigações.

A partir das análises feitas, foi possível identificar lacunas metodológicas a serem preenchidas na produção de conhecimento sobre coping. Detectou-se espaço para a produção de estudos de delineamento experimental, os quais permitem a coleta de evidências para avaliação das relações de causa e efeito dos fenômenos (Breakwell & Rose, 2010; Davis & Bremner, 2010) e longitudinais que possibilitam compreender a natureza dinâmica dos processos e relacionamentos entre variáveis (Taris & Kompier 2014). Considerando o elevado número de estudos qualitativos, sugere-se a realiza-ção de estudo de metassíntese que possa dar conta do conhecimento acumulado por meio desse método (Denzin & Lincoln, 2000).

Embora os estudos analíticos apresentem vantagens em relação a custo e agili-dade, os de intervenção permitem a avaliação das mudanças e avanços de certos temas de estudos ao longo do tempo (Francisco, Donalisio, Barros, Cesar, Caran-dina, & Goldbaum, 2008; Mota, 2010). Como a estratégia de resolução de proble-mas mostrou-se eficaz na redução dos estressores ocupacionais, é possível pensar em intervenções direcionadas ao desenvolvimento desta habilidade, podendo ser colocada em prática, no mundo do trabalho, através de treinamentos e capacita-ções. Além disso, é importante dar seguimento a novos estudos no Brasil, a partir de amostras probabilísticas em contextos ocupacionais, a fim de ampliar a com-preensão sobre coping em trabalhadores, dessa maneira, ampliando as categorias profissionais investigadas.

A análise das estratégias de enfrentamento em diferentes categorias profissionais pode oferecer informações importantes para auxiliar no desenvolvimento das polí-ticas públicas em saúde do trabalhador, assim como para prevenção e desenvolvi-mento de programas de promoção de saúde ocupacional.

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Submetido em: 18/08/2014 Revisto em: 12/10/2016 Aceito em: 04/12/2016

Endereços para correspondência

Lúcia Petrucci de Melo [email protected]

Mary Sandra Carlotto [email protected]

Sandra Yvonne Spiendler Rodriguez [email protected]

Liciane Diehl [email protected]

I. Psicóloga. Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Porto Alegre. Estado do Rio Grande do Sul. Brasil.

II. Psicologa. Doutora em Psicologia Social. Docente do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). São Leopoldo. Estado do Rio Grande do Sul. Brasil.

III. Psicóloga. Doutora em Psicologia. Docente da Escola de Saúde e Bem Estar do Centro Universitário FADERGS. Porto Alegre. Estado do Rio Grande do Sul. Brasil.

IV. Psicóloga. Doutoranda em Psicologia na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Docente. Universidade do Vale do Taquari (UNIVATES). Lajeado. Estado do Rio Grande do Sul. Brasil.