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ESTRATÉGIAS DE DISPERSÃO DE ESPÉCIES ARBÓREAS DE UMA VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA EM TAMANDARÉ, PE Roseane Karla Soares da Silva 1 , Rosival Barros de Andrade Lima 2 , Giselle Barros de Andrade Lima 3 , Jorge Irapuan de Souza Barbosa 4 , Wedson Batista dos Santos 5 , Thyêgo Nunes Alves Barreto 6 , Luiz Carlos Marangon 7 e Ana Lícia Patriota Feliciano 8 ________________ 1. Mestranda em Ciências Florestais, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52.171-900. E-mail: [email protected] 2. Mestrando em Ciências Florestais, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52.171-900. 3. Graduada em Ciências Biológicas pela Faculdade de Formação de Professores da Mata Sul de Pernambuco, Palmares, PE. 4. Bolsista Pesquisador, Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Av. General San Martin, 1371, San Martin, Recife, PE, CEP 50.761-000. 5. Graduando em Engenharia Florestal, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Rua Dom Manoel de Medeiros s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52.171-900. 6. Graduando em Engenharia Florestal, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Rua Dom Manoel de Medeiros s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52.171-900. 7. Professor do Departamento de Ciência Florestal, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Rua Dom Manoel de Medeiros s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52.171-900. 8. Professora do Departamento de Ciência Florestal, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Rua Dom Manoel de Medeiros s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52.171-900. Introdução As plantas desenvolveram uma ampla variedade de estratégias de dispersão para longe da planta-mãe. Algumas espécies não precisam de vetores para lançar seus diásporos a longas distâncias (dispersão autocórica). Por outro lado, na maioria dos casos, as espécies vegetais necessitam de vetores para dispersão, podendo ser o vento (dispersão anemocórica), a água (hidrocórica) ou animais (zoocórica) [1]. Os animais são os principais dispersores em florestas tropicais [2], sendo que vertebrados e formigas destacam-se como os dois maiores grupos de animais dispersores [3]. A morfologia dos frutos pode estar diretamente relacionada com seus possíveis agentes dispersores. Frutos maduros apresentam diferentes características como cor, presença de alas, deiscência de cápsula e apresentação de semente com arilo, que indicam adaptação para a dispersão por diferentes vetores ou síndromes [3]. O tipo e o tamanho dos diásporos, bem como seus principais agentes dispersores, constituem fatores fundamentais na chegada e no estabelecimento das plantas. As síndromes de dispersão predominantes na comunidade permitem inferir sobre a estrutura da vegetação, seu estádio sucessional e seu grau de conservação [4], portanto esse trabalho teve por objetivo investigar as síndromes de dispersão de espécies arbóreas de uma vegetação secundária em Tamandaré, Pernambuco. Material e métodos O estudo foi realizado em uma área de 11,2 ha, pertencente à fazenda Boa Esperança, localizada no Município de Tamandaré - PE, sob as coordenadas 08º 44’ 18.6” de latitude sul e 035º 07’ 52.6” de longitude oeste, distante 120 km da capital, Recife. O clima predominante da região é o tropical úmido (As’), segundo a classificação de Köppen, apresentando uma precipitação média anual de 1500 mm, temperatura média anual de 25°C e umidade relativa geralmente acima de 60% [5]. Os solos predominantes são os Latossolos Vermelho - Amarelos distróficos, com pequenas variações texturais como: argiloso, franco argiloso, argilo arenoso e franco argilo arenoso. A fim de se investigar as síndromes de dispersão das espécies foi realizada uma varredura na área de estudo, onde foram amostrados todos os indivíduos arbóreos que apresentavam Circunferência a Altura do Peito (CAP), igual ou superior a 15 cm. Esses indivíduos foram georreferenciados, receberam placas de PVC com numeração crescente e tiveram sua altura estimada. As espécies foram agrupadas quanto às síndromes de dispersão, com base na classificação de Pijl [6], em três categorias: anemocóricas, zoocóricas e autocóricas. A caracterização das síndromes de dispersão foi baseada em análises de literatura, incluindo-se apenas os táxons identificados em nível de espécie. O material botânico de cada indivíduo foi coletado e encaminhado ao Herbário Dárdano de Andrade Lima do Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA, para identificação botânica. As determinações foram feitas

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ESTRATÉGIAS DE DISPERSÃO DE ESPÉCIES ARBÓREAS DE UMA VEGETAÇÃO

SECUNDÁRIA EM TAMANDARÉ, PERoseane Karla Soares da Silva1, Rosival Barros de Andrade Lima2, Giselle Barros de Andrade Lima3, Jorge Irapuan de

Souza Barbosa4, Wedson Batista dos Santos5, Thyêgo Nunes Alves Barreto6, Luiz Carlos Marangon7 e Ana Lícia Patriota Feliciano8

________________1. Mestranda em Ciências Florestais, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52.171-900. E-mail: [email protected]. Mestrando em Ciências Florestais, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52.171-900.3. Graduada em Ciências Biológicas pela Faculdade de Formação de Professores da Mata Sul de Pernambuco, Palmares, PE.4. Bolsista Pesquisador, Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Av. General San Martin, 1371, San Martin, Recife, PE, CEP 50.761-000. 5. Graduando em Engenharia Florestal, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Rua Dom Manoel de Medeiros s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52.171-900.6. Graduando em Engenharia Florestal, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Rua Dom Manoel de Medeiros s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52.171-900.7. Professor do Departamento de Ciência Florestal, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Rua Dom Manoel de Medeiros s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52.171-900.8. Professora do Departamento de Ciência Florestal, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Rua Dom Manoel de Medeiros s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52.171-900.

Introdução

As plantas desenvolveram uma ampla variedade de estratégias de dispersão para longe da planta-mãe. Algumas espécies não precisam de vetores para lançar seus diásporos a longas distâncias (dispersão autocórica). Por outro lado, na maioria dos casos, as espécies vegetais necessitam de vetores para dispersão, podendo ser o vento (dispersão anemocórica), a água (hidrocórica) ou animais (zoocórica) [1]. Os animais são os principais dispersores em florestas tropicais [2],sendo que vertebrados e formigas destacam-se como os dois maiores grupos de animais dispersores [3].

A morfologia dos frutos pode estar diretamente relacionada com seus possíveis agentes dispersores. Frutos maduros apresentam diferentes características como cor, presença de alas, deiscência de cápsula e apresentação de semente com arilo, que indicam adaptação para a dispersão por diferentes vetores ou síndromes [3]. O tipo e o tamanho dos diásporos, bem como seus principais agentes dispersores, constituem fatores fundamentais na chegada e no estabelecimento das plantas.

As síndromes de dispersão predominantes na comunidade permitem inferir sobre a estrutura da vegetação, seu estádio sucessional e seu grau de conservação [4], portanto esse trabalho teve por objetivo investigar as síndromes de dispersão de espécies arbóreas de uma vegetação secundária em Tamandaré, Pernambuco.

Material e métodos

O estudo foi realizado em uma área de 11,2 ha, pertencente à fazenda Boa Esperança, localizada no Município de Tamandaré - PE, sob as coordenadas 08º 44’ 18.6” de latitude sul e 035º 07’ 52.6” de longitude oeste, distante 120 km da capital, Recife.

O clima predominante da região é o tropical úmido (As’), segundo a classificação de Köppen, apresentando uma precipitação média anual de 1500 mm, temperatura média anual de 25°C e umidade relativa geralmente acima de 60% [5]. Os solos predominantes são os Latossolos Vermelho - Amarelos distróficos, com pequenas variações texturais como: argiloso, franco argiloso, argilo arenoso e franco argilo arenoso.

A fim de se investigar as síndromes de dispersão das espécies foi realizada uma varredura na área de estudo, onde foram amostrados todos os indivíduos arbóreos que apresentavam Circunferência a Altura do Peito (CAP), igual ou superior a 15 cm. Esses indivíduos foram georreferenciados, receberam placas de PVC com numeração crescente e tiveram sua altura estimada. As espécies foram agrupadas quanto às síndromes de dispersão, com base na classificação de Pijl [6], em três categorias: anemocóricas, zoocóricas e autocóricas. A caracterização das síndromes de dispersão foi baseada em análises de literatura, incluindo-se apenas os táxons identificados em nível de espécie.

O material botânico de cada indivíduo foi coletado e encaminhado ao Herbário Dárdano de Andrade Lima do Instituto Agronômico de Pernambuco - IPA, para identificação botânica. As determinações foram feitas

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por meio de comparações com exsicatas depositadas no herbário e com o auxílio de especialistas. O material fértil foi depositado no Herbário Dárdano de Andrade Lima. A identificação taxonômica ocorreu de acordo com o sistema de classificação de Cronquist [7] e todos os taxa foram confirmados e atualizados no Missouri Botanical Garden (http://www.tropicos.org/).

Resultados e discussão

Na varredura realizada na área foram relacionados trinta táxons, sendo vinte e seis identificados em nível de espécie, um em nível de gênero e trêsindeterminados. Os indivíduos amostrados estão distribuídos em vinte e uma famílias botânicas. Dos trinta táxons relacionados no levantamento florístico, vinte e seis, tiveram seus mecanismos de dispersão investigados (Tab. 1).

Do total, 62% das espécies apresentaram estratégia zoocórica, 15% apresentaram estratégia anemocórica, 8% eram autocóricas e 15% não tiveram sua estratégia de dispersão identificada, por falta de informação na literatura. Conforme Budke et al. [8] a acentuada porcentagem de espécies zoocóricas confirma a importância dos agentes bióticos no fluxo gênico em formações florestais. A dispersão de sementes feitas por animais pode ser considerada uma relação mutualística, onde as plantas se beneficiam com a dispersão e os animais obtêm alimento seja dos frutos carnosos ou das reservas da própria semente [9]. A autocoria foi a estratégia menos incidente, sendo representada pelas espécies Caesalpinia echinata e Mimosa caesalpiniaefolia, esta última é uma espécie típica do semi-árido, portanto trata-se de uma espécie introduzida na área.

A escassez de estudos relacionados com síndromes de dispersão impossibilitou a caracterização completa das espécies, portanto existe a necessidade da realização de trabalhos que abordem esse tema, principalmente em escala regional.

Agradecimentos

Aos pesquisadores do Herbário Dárdano de Andrade Lima do Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA e ao Professor Luiz Carlos Marangon do DCFL/UFRPE, pela ajuda na identificação das espécies.

Referências[1] WILSON, M. F.; TRAVESSET, A. The ecology of seed

dispersal. In: FENNER, M. (ed.) Seeds: the ecology of regeneration in plant communities. Oxon: CABI Publishing.

[2] MORELLATO, L. P. C.; LEITÃO-FILHO, H. F. Padrões de frutificação e dispersão na Serra do Japi. In: MORELLATO, L. P. C. (Ed.). História natural da Serra do Japi: ecologia epreservação de uma área florestal no sudeste do Brasil.Campinas: Ed. UNICAMP. p. 112-140, 1992.

[3] GORB, S. N.; GORB, E. V.; PUNTTILA, P. Effects of redispersal of seeds by ants on the vegetation pattern in a deciduous forest: A case study. Acta Oecologica, v. 21, n. 4-5, p. 293-301, 2000.

[4] PIVELLO, R. V. et al. Chuva de sementes em fragmentos de Floresta Atlântica (São Paulo, SP, Brasil), sob diferentes situações de conectividade, estrutura florestal e proximidade da borda. Revista Acta Botânica Brasílica. São Paulo. v. 20, n.4, 2006.

[5] CPRH – AGÊNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS. Diagnóstico socioambiental: litoral sul de Pernambuco. Recife: CPRH, 2001.

[6] PIJL, L. V. D. Principles of dispersal in higher plants. 2 ed., Springer-Verlag, Berlim. 1982.

[7] CRONQUIST, A. The evolution and classification of flowering plants. New York: The New York Botanical Garden, 1988. 555 p.

[8] BUDKEL, J. C. et al. Composição florística e estratégias de dispersão de espécies lenhosas em uma floresta ribeirinha, arroio Passo das Tropas, Santa Maria, RS, Brasil. Série Botânica, Porto Alegre, v. 60, n. 1, p. 17-24, 2005.

[9] RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. 2001. Biologia Vegetal. 6a. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 906 p.

[10] BACHAND, M. Dieta de Tapirus terrestres Linnaeus em um fragmento de Mata Atlântica do Nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 7, n.2, p.188-194, 2009.

[11] IZA, O. B. 2002. Parâmetros de autoecologia de uma comunidade arbórea de floresta ombrófila densa, no parque botânico do Morro Baú, Ilhota, SC. Dissertação de Mestrado, Curso de Pós-graduação em Biologia Vegetal, UFSC, Florianópolis.

[12] YAMAMOTO, L. F.; KINOSHITA, L. S.; MARTINS, F. R. Síndromes de polinização e de dispersão em fragmentos da Floresta Estacional Semidecídua Montana, SP, Brasil. Revista Acta Botânica Brasílica. São Paulo. v. 21, n.3, 2007. p. 553-573.

[13] CARVALHO, P. E. R. Espécies florestais brasileiras –recomendações Silviculturais, Potencialidades e uso da madeira. Brasília: EMBRAPA-CNPF/SPI, p.113-117. 1994.

[14] LOCATELLI, E. M.; MACHADO, I. C. Fenologia de espécies arbóreas de uma Mata Serrana (Brejo dos Cavalos) em Pernambuco, Nordeste do Brasil. In: PÔRTO, K. C.; CABRAL, J. J.; TABARELLI, M. (Org.). Brejos de Altitude: História Natural, Ecologia e Conservação. Brasília: MMA/PROBIO, v.1, p.255-276, 2004.

[15] VILANOVA, S. R. F. 2008. Composição florística e valoração econômica de uma unidade de conservação urbana, Cuiabá-Mato Grosso. Dissertação de Mestrado, Curso de Pós-graduação em Ciências Florestais, UFM, Cuiabá.

[16] PESSOA, M. S. 2008. Comparação da comunidade arbórea e fenologia reprodutiva de duas fisionomias em floresta atlântica no sul d Bahia, Brasil. Dissertação de Mestrado, Curso de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus.

[17] TAKAHASI, A.; FINA, B. G. Síndromes de dispersão de sementes de uma área do Morro do Paxixi, Aquidauana, MS, Brasil. In: SIMPÓSIO SOBRE RECURSOS NATURAIS E SÓCIO ECONÔMICOS DO PANTANAL, 2004, Corumbá. Anais... Corumbá: EMBRAPA, 2004.Cd-Rom.

[18] OLIVEIRA, M. A. 2003. Efeito da fragmentação de habitats sobre as árvores em trecho de floresta Atlântica Nordestina. Dissertação de Mestrado, Curso de Pós-graduação em Biologia vegetal, UFPE, Recife.

[19] CARVALHO, P. E. Sabiá – Mimosa caesalpiniifolia. Circular Técnica. Colombo, n.135, p.01-09, 2007.

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Tabela 1. Relação das famílias e espécies encontradas na Fazenda Boa Esperança, Tamandaré, PE, em ordem alfabética por família. Número de indivíduos amostrados (Ni), Síndrome de dispersão (zoo = zoocoria, ane = anemocoria e auto = autocoria (-) = ausência de informação), Espécies não caracterizadas (*) e Literaturas consultadas (Referências).

Família Nome Comum Espécie SD Referências

ANACARDIACEAE Cajá Spondias mombin L. zoo Bachand [10]

Cupiúba-branca Tapirira guianensis Aubl. zoo Bachand [10]

BIGNONIACEAEIpê roxo Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb. ane Iza [11]

BORAGINACEAE ------- Cordia sellowiana Cham. ane Yamamoto et al. [12]

CAESALPINIACEAE Pau brasil Caesalpinia echinata Lam. auto Carvalho[13]

Jacarandá Swartzia pickellii Killip ex Ducke zoo Locatelli & Machado [14]

CECROPIACEAE Embaúba Cecropia pachystachya Trécul zoo Locatelli & Machado [14]

CLUSIACEAE Lacre Vismia guianensis (Aubl.) Pers zoo Locatelli & Machado [14]

DILLENIACEAE Cajueiro bravo Curatella americana L. zoo Vilanova [15]

EUPHORBIACEAE ------- Sapium glandulatum (Vell.) Pax. zoo Yamamoto et al. [12]

FABACEAE Angelim Andira nitida Mart. zoo Pessoa [16]

------- Andira fraxinifolia Benth. zoo Yamamoto et al. [12]

Sucupira Bowdichia virgilioides Kunth ane Locatelli & Machado [14]

LECYTHIDACEAE Embiriba Eschweilera ovata (Cambess.) Miers zoo Bachand [10]

MALPIGHIACEAE Murici Byrsonima sericea DC. zoo Takahasi & Fina [17]

MELASTOMATACEAE ------- Miconia albicans (Sw.) Triana zoo Bachand [10]

------- Miconia minutiflora (Bonpl.) DC zoo Locatelli & Machado [14]

MIMOSACEAE Ingá Inga cayennensis Sagot ex Benth. - -

Ingá Inga ingoides (Rich.) Willd. zoo Oliveira [18]

Budão de velhoSamanea tubulosa (Benth.) Barneby & J.W.

Grimes- -

Sabiá Mimosa caesalpiniaefolia Benth. auto Carvalho [19]

RUTACEAE Limãozinho Zanthoxylum rhoifolium Lam. zoo Locatelli & Machado [14]

SAPINDACEAE Caboatã de rego Cupania racemosa Radlk. zoo Bachand [10]

Pitomba da mata Talisia sp. * *

SAPOTACEAE Sapoti Manilkara zapota L. P. Royen - -

STERCULIACEAE Mutamba Guazuma ulmifolia Lam. zoo Oliveira [18]

TILIACEAE Açoita cavalo Luehea ochrophylla Mart. - -

INDETERMINADA 1 ------- ------- * *

INDETERMINADA 2 ------- ------- * *

INDETERMINADA 3 ------- ------- * *