estratÉgias de combate ao trÁfico de animais silvestre s - opinião sos fauna

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A SOS Fauna vem a público manifestar-se em relação ao fato noticiado abaixo ________________________________________________________________________________________ Força tarefa/MS Ministério Público monta estratégia contra tráfico de animais silvestres no Estado 06 de junho de 2012 às 19:40 A reunião definiu estratégia para combater o tráfico de aves silvestre (Foto: Reprodção/Midiamax) Em reunião realizada na manhã de hoje (6) no Ministério Público Estadual, promotores do órgão, junto com representantes da PMA (Polícia Militar Ambiental), Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) e Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) traçaram estratégias para montar uma força tarefa no sentido de impedir o tráfico de animais silvestres, especificamente papagaios. O pedido partiu de São Paulo , que tem identificado grande quantidade desses animais sendo comercializados na fronteira do Estado. Após solicitação da promotora de Justiça de São Paulo, Vânia Maria Tuglio, do Gecap (Grupo Especial de Combate aos Crimes Ambientais e de Parcelamento Irregular do Solo) e colunista da ANDA, a procuradora de Justiça, Marigô Regina Bittar Bezerra, que é coordenadora do Coama (Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça do Mato Grosso do Sul), organizou o grupo de trabalho para fazer o levantamento de informações. O trabalho tem caráter preventivo, já que junho é o mês em que os papagaios estão botando e chocando seus ovos . Nessa primeira fase serão identificados os locais com maior incidência de aves silvestres, com o objetivo de impedir que os filhotes sejam retirados de seus ninhos. Posteriormente as pessoas que forem flagradas apreendendo e transportando esses animais serão identificadas e

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A SOS Fauna vem a público manifestar-se em relação ao fato noticiado abaixo ________________________________________________________________________________________ Força tarefa/MS Ministério Público monta estratégia contra tráfico de animais silvestres no Estado

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Page 1: ESTRATÉGIAS DE COMBATE AO TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRE S - Opinião SOS Fauna

A SOS Fauna vem a público manifestar-se em relação ao fato noticiado abaixo

________________________________________________________________________________________

Força tarefa/MS

Ministério Público monta estratégia contra tráfico de animais silvestres no Estado 06 de junho de 2012 às 19:40

A reunião definiu estratégia para combater o tráfico de aves silvestre (Foto: Reprodção/Midiamax)

Em reunião realizada na manhã de hoje (6) no Ministério Público Estadual, promotores do órgão, junto com representantes da PMA (Polícia Militar Ambiental), Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) e Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) traçaram estratégias para montar uma força tarefa no sentido de impedir o tráfico de animais silvestres, especificamente papagaios. O pedido partiu de São Paulo, que tem identificado grande quantidade desses animais sendo comercializados na fronteira do Estado.

Após solicitação da promotora de Justiça de São Paulo, Vânia Maria Tuglio, do Gecap (Grupo Especial de Combate aos Crimes Ambientais e de Parcelamento Irregular do Solo) e colunista da ANDA, a procuradora de Justiça, Marigô Regina Bittar Bezerra, que é coordenadora do Coama (Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça do Mato Grosso do Sul), organizou o grupo de trabalho para fazer o levantamento de informações.

O trabalho tem caráter preventivo, já que junho é o mês em que os papagaios estão botando e chocando seus ovos. Nessa primeira fase serão identificados os locais com maior incidência de aves silvestres, com o objetivo de impedir que os filhotes sejam retirados de seus ninhos. Posteriormente as pessoas que forem flagradas apreendendo e transportando esses animais serão identificadas e

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autuadas, para impedir que atravessem a fronteira em rotas direcionadas, principalmente para os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Segundo informações do Coama, a princípio será autuado tráfico de papagaios, mas a medida deve ser ampliada para outras espécies de aves silvestres, como o Canário da Terra e Peruano, por exemplo. Além disso, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) deve participar da operação, uma vez que esse tipo de tráfico é comandado por quadrilhas.

Fonte: Midiamax Fato:

1. Em meados de setembro do ano passado – 2011 – enviamos através de SEDEX e com AR (Aviso de Recebimento) o documento intitulado “COMUNICADO DE RELEVANTE IMPORTÂNCIA E DE INTERESSE DO PODER PÚBLICO” às instituições abaixo identificadas pelo recebimento dos ARs e outras através de protocolo;

2. Desde 1989 lidamos com a questão TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES NO BRASIL, de forma única, como poucos ou talvez ninguém lide em todo o território brasileiro, com dedicação extrema ao estudo e dentro das possibilidades, em conjunto com as autoridades, a repressão a estes crimes. Não nos julgamos os melhores, apenas nos dedicamos ao estudo do problema de uma fora diferente, dedicada. E ainda, nos últimos anos, pensando e agindo em relação a realizar solturas cuidadosamente planejadas e cientificamente fundamentadas, embora estas ações, em um país que se dedica pouco à questão, atingem somente as consequências do problema, pois o tratamento das causas ainda está há anos de acontecer, por inúmeros motivos;

3. Desde outubro de 2006, em face de um grupo de 72 papagaios que recebemos, fruto de uma apreensão na Rodovia Presidente Castelo Branco, município de Quadra – SP, cujo total perfaziam 192 espécimes e que em relação aos 120 restantes nunca mais tivemos notícias, intensificou-se mais ainda nossa dedicação em relação a pesquisar com muita profundidade o tráfico de filhotes de Amazona aestiva, em todas as suas manifestações. De forma que implementamos, no município de Nova Andradina – MS, um projeto para tratar da devolução das aves citadas e que ainda conosco se encontram, destinadas a vida livre e ainda fornecer suporte em relação a apreensões de filhotes aos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul em situações emergenciais, 24 horas dia/sete dias por semana, pois é fato que existem dias e momentos que algumas instituições oficiais, por falta Deus sabe do que, comportam-se como restaurantes que fecham para o almoço, como foi o caso da apreensão de Piquerobi – SP, em 2012, de forma que o chefe do escritório (médico veterinário) do IBAMA que atende o município negou primeiros socorros ao Delegado de Policia local, alegando que naquele momento seu expediente já havia sido encerrado, posteriormente confirmando e assumindo tal fato e posicionamento conosco, por telefone;

4. O encontro realizado em Campo Grande – MS, na data de 06 de junho de 2012, certamente se deu em função de nossas investidas e exposições ao Poder Público em relação ao problema, pois não acreditamos que tenha havido a percepção do problema, sem mais nem menos, como mágica, de algo que é GRAVÍSSIMO e que já ocorre há algumas décadas e justamente

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ou coincidentemente depois de toda a mobilização da SOS Fauna para chamar a atenção das instituições oficiais em relação ao tráfico de filhotes desta espécie, tal fato tenha ocorrido;

5. O que aconteceu nos últimos anos em relação ao tráfico desta espécie pela falta de ações de inteligência do Poder Público em relação ao problema, é algo incontroverso, incontestável e que ilustra muito bem o descaso em relação ao problema;

6. Fica a dúvida de onde surgiu a informação, no noticiário acima, de que os papagaios botam seus ovos em junho, sendo que os primeiros filhotes (reprodução no cerrado) nascem praticamente nos últimos dias de agosto e a incubação pós-postura é de 27 à 30 dias;

7. Canários-da-terra-peruanos – Sicalis flaveola valida. Isso dá um dossiê a parte, é um assunto muito longo e com ações ou falta delas, absolutamente imperdoáveis;

8. Finalizando, que o grupo de trabalho citado na notícia tenha excelentes resultados em relação à busca de informações e que saiba onde busca-las e principalmente sem despertar a atenção dos envolvidos no tráfico. Não é um bicho de sete cabeças botar as mãos nestas pessoas, boa sorte!

Lamento: Lamentamos muito e nos entristecemos em demasia ao perceber que poderíamos ser de extrema ajuda em uma reunião como a realizada no dia 06 de junho de 2012 em Campo Grande, ainda mais pelo motivo que tal reunião somente deve ter ocorrido em função de nossas manifestações, orientações e cobranças em relação à problemática. Lamentamos também por ter plena convicção de que não há, por Parte do Poder Público, domínio sobre o problema. Nós também não temos este domínio, mas nosso estudo, nossa vivência e a dedicação em relação à problemática por vinte e três anos, certamente pesam e poderiam ser úteis. A única maneira de mensurar isso seria através de diálogos, pode ser que tenhamos conhecimento superior e possamos ajudar muito em relação à como agir em todas as linhas, só que isso não se dá por e-mails ou telefone, mas sim através de contatos pessoais, diálogos e ida a campo. Também pode ser que nosso conhecimento seja muito inferior aos que atuam oficialmente neste campo, mas ai ficaria a pergunta: Se há domínio de conhecimento sobre o problema, de como agir, por que as ações, durante todos estes anos, praticamente nunca existiram?

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COMUNICADO DE RELEVANTE IMPORTÂNCIA E DE INTERESSE DO PODER PÚBLICO

Comunicado nº 001/2011

Referente: Informe do início do período de intenso tráfico de filhotes da espécie Amazona aestiva (papagaio-verdadeiro) com destino à região metropolitana de São Paulo.

O presente comunicado tem como objetivo, três pontos básicos:

1. Informar ao Poder Público, em especial aos que tem como dever, como atribuição, cuidar das causas inerentes ao meio ambiente, do período que estamos entrando;

2. Sugerir orientações de como proceder face à uma apreensão envolvendo espécimes da espécie em questão, haja visto que as ações dotadas de trabalhos de inteligência por iniciativa do Poder Público em relação à repressão ao tráfico desta espécie praticamente inexistem;

3. Informar as conseqüências do que procedimentos errôneos ou não executados podem ocasionar.

Papagaio-verdadeiro Amazona aestiva PERÍODO CRÍTICO: O mês de setembro dá início ao período reprodutivo – fase do nascimento - de um grande número de espécies de nossa fauna silvestre que habitam o bioma de cerrado brasileiro, entre eles o da espécie Amazona aestiva, conhecido popularmente como papagaio-verdadeiro, papagaio-curau ou papagaio-trombeteiro.

Papagaio-verdadeiro Amazona aestiva – filhotes foram retirados do ninho praticamente no dia do nascimento

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Setembro de 2006, a SOS Fauna recebe 72 dos 192 espécimes apreendidos pela Policia Militar Rodoviária do Estado de São Paulo, no município de Quadra, as aves sobreviventes desta apreensão e que foram encaminhadas à SOS Fauna, somente agora, depois de quase cinco anos regressarão ao estado de Mato Grosso do Sul, região de onde, quando filhotes, foram coletados pelo tráfico. Das 120 aves encaminhadas à criadores autorizados pelo IBAMA, não se tem nenhuma notícia. Até fevereiro de 1998, antes da vigência da nova lei dos crimes ambientais – Lei Federal nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1.998 – a lei que vigorava em relação os crimes contra nossa fauna silvestre era a Lei Federal nº 5.197 de 03 de janeiro de 1.967. A lei nº 5.197 tratava das penas em relação aos crimes contra a fauna silvestre de maneira muito mais rígida, sendo que estas eram de reclusão e os crimes inafiançáveis. Com a chegada da Lei nº 9.605, em fevereiro de 1.998, tais crimes, através do Art. 29 desta lei, tiveram as penalidades amainadas e ainda enquadraram-se na Lei 9.099 de 26 de setembro de 1.995, passando a ser considerados como crimes de menor potencial ofensivo. Tal fato, no decorrer dos anos após 1.998, foi se tornando de amplo conhecimento entre as pessoas que operavam no comércio ilegal de fauna silvestre em nossos país, onde a informação de que não havia possibilidade de serem presos em regime fechado – reclusão – se espalhou entre os praticantes desta atividade criminosa, fomentando ainda mais o cruel e ilegal comércio de animais da fauna silvestre brasileira. No ano de 2007, em trabalho realizado pela Sétima Delegacia Seccional de Polícia de São Paulo – Itaquera - e com apoio da SOS Fauna, pela primeira vez após 1.998 e com a colaboração do Poder Judiciário Paulista na autorização da implantação de grampos telefônicos em praticantes do comércio ilegal de fauna silvestre sob suspeita de união entre os mesmos, foi possível levar à prisão, em regime fechado, mais de dez pessoas envolvidas no crime previsto no Art. 288 do Código Penal Brasileiro – FORMAÇÃO DE BANDO OU QUADRILHA para o comércio ilegal de espécimes da fauna silvestre brasileira. Tal fato tirou de circulação da região metropolitana de São Paulo, elementos que praticavam o comércio ilegal de nossa fauna silvestre em proporções consideráveis em relação à número de animais traficados. Mas infelizmente tais estratégias policiais também começaram a ser percebidas por pessoas envolvidas no tráfico de animais silvestres, notando-se então, que por parte destes, já havia certa cautela quando da negociação com outras pessoas envolvidas no mesmo crime em diálogos telefônicos.

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Mas, para trazer ainda mais problemas e contribuir com a degradação de nossa biodiversidade, em julho deste ano – 2011 – ocorreu uma alteração no Código de Processo Penal Brasileiro, onde os crimes com pena prevista inferior a quatro anos dariam ao agente, sob fiança, o direito de responder aos mesmos em liberdade. Por esta alteração no Código de Processo Penal ter efeito retroativo, uma das grandes quadrilhas que operavam o tráfico de animais silvestres no estado de São Paulo e Mato Grosso do Sul, com dez elementos presos em março passado pelo crime de formação de quadrilha associado ao comércio ilegal de fauna silvestre, fruto de excelente trabalho da Policia Federal de Mato Grosso do Sul, teve seus elementos colocados em liberdade, em apenas quatro dias depois da alteração no Código de Processo Penal. Sendo assim, a possibilidade de levar à prisão um grupo de pessoas que cometa crimes contra a nossa fauna silvestre se torna algo praticamente impossível de acontecer, em suma, nosso país, em conseqüência de sua legislação extremamente flácida, fomenta de forma explicita, inaceitável e revoltante o tráfico de animais silvestres em qualquer ponto do território brasileiro. Tais fatos, principalmente neste ano de 2011, irão contribuir de forma bastante expressiva para a retirada em massa de filhotes de papagaio-verdadeiro das regiões onde esta espécie ocorre, de uma forma como talvez nunca tenha ocorrido, certamente estamos às vésperas de um desastre ambiental silencioso, que não traz suas conseqüências de forma imediata, que a coletividade não se sensibiliza a ponto de agir em prol da defesa e conservação de nossa fauna silvestre. Que gera discursos muito bonitos e nenhuma medida pratica repressiva e nem mesmo educativa com relação a trabalhar o problema em sua raiz. Os números relativos às apreensões desta espécie nos últimos dez anos já apontam dados assustadores. Embora tais dados não possam ser mensurados com precisão quando tratamos de crimes consumados e não descobertos, mas é possível, através de avançado e aprofundado estudo nos dois extremos desta atividade criminosa, áreas de coleta de filhotes e destino final dos mesmos, algumas estimativas das retiradas destes filhotes. A própria Policia Militar Ambiental do estado de Mato Grosso do Sul, acredita que o número de filhotes apreendidos principalmente entre os meses de setembro, outubro e início de novembro de todos os anos, não chegue nem mesmo a 5% do volume total de filhotes de papagaio-verdadeiro que são retirados para atender ao comércio ilegal de fauna silvestre na região metropolitana de São Paulo e também no Rio de Janeiro. Os dados colhidos em campo na região metropolitana de São Paulo também apontam para um brutal comércio destes filhotes nesta época, principalmente a partir do dia 15 de setembro até o final do mês de outubro. Os números de filhotes apreendidos nos últimos dez anos, sendo que a maioria deles tem suas cargas montadas no estado de Mato Grosso do Sul, oscila entre 400 e 1.200 indivíduos por temporada, se fizermos uma média destes parâmetros, podemos dizer que o número médio de espécimes apreendidos nestes últimos dez anos chegue à pelo menos 600 indivíduos por temporada, se 600 aves seriam 5% do volume médio total retirado somente do estado de Mato Grosso do Sul, tristemente chegamos ao aterrador dado de que, anualmente, pelo menos DOZE MIL FILHOTES são retirados somente do estado de Mato Grosso do Sul para atender ao comércio ilegal nas regiões metropolitanas dos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro. Lembrando que não estamos contabilizando a retirada de filhotes que também ocorre nos estados de Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Minas Gerais e oeste do estado da Bahia.

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Uma breve idéia do que ocorre pode ser facilmente percebida em apenas três apreensões ocorridas entre os meses de setembro e outubro, independente do ano, pois todos os anos a coisa acontece da mesma forma. Por mais incrível e inacreditável que possa parecer, são raros os trabalhos para coibir esta atividade criminosa nas regiões de coleta de filhotes e também no destino final dos mesmos. Em nossa lembrança, nestes vinte e dois anos que acompanhamos a questão, em relação a trabalhos de inteligência, merece destaque o que fora realizado pela Policia Federal de Mato Grosso do Sul na região da bacia do rio Paraná e metrópole paulistana. Infelizmente um caso isolado. A ausência de comunicação entre instituições públicas agregada à falta de amor pelo trabalho que é atribuído à grande parte dos servidores públicos nesta seara, sem dúvida alguma é um dos principais pontos que impedem que apreensões sejam realizadas em proporções bem maiores do que as que ocorrem normalmente. Vejam a exposição abaixo:

DA COLETA DE FILHOTES AO CONSUMIDOR FINAL AÇÕES DE REPRESSÃO

POSSIBILIDADE DE REGRESSO À NATUREZA DESDE QUE OCORRAM PRIMEIROS

SOCORROS E MANEJO PARA REGRESSO À VIDA LIVRE REALIZADOS DE FORMA

ADEQUADA Coleta de filhotes Praticamente inexistentes, inexpressivas ALTA Transito para montagem de grupos Praticamente inexistentes, inexpressivas ALTA Montagem de cargas Praticamente inexistentes, inexpressivas ALTA Trânsito das cargas até os grandes centros urbanos

Regular, poderiam ser mais dedicadas ALTA

Depósitos nos grandes centros urbanos Praticamente inexistentes, inexpressivas ALTA Distribuição nos grandes centros urbanos Praticamente inexistentes, inexpressivas ALTA Consumidor final Regulares MÉDIA Tal fato se dá, na maioria dos casos pela falta de dedicação. Qualquer trabalho de inteligência que tivesse sido iniciado há pelo menos três meses antes do mês de setembro, ou seja, em junho, traria ao Poder Público resultados surpreendentes em relação à repressão ao tráfico de papagaios-verdadeiros nesta época do ano, todavia nada disso é possível sem que haja:

1. Criteriosa seleção de quem trabalhará com inteligência em campo; 2. Criteriosa seleção de quem trabalhará com inteligência em apoio às pessoas de campo; 3. Treinamento de quem trabalhará em campo e fora dele; 4. Dedicação extrema, com trabalhos realizados principalmente em finais de semana; 5. Investimento financeiro, baixo em relação aos gastos públicos que se tem com coisas que podem ser

consideradas desnecessárias. Quem deve trabalhar nesta atividade precisa gostar do que faz e entender do porquê está realizando o seu trabalho, se o policial/fiscal não for munido destes dois fatores, nem vale a pena começar qualquer coisa, a

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má vontade de um funcionário público em exercer suas atribuições é uma das formas mais transparentes de mostrar como o recurso público está sendo jogado na lata do lixo. PROCEDIMENTOS NO MOMENTO DA APREENSÃO: Por motivos desconhecidos, mas que talvez até possam nos remeter ao que citamos anteriormente, a má vontade, até hoje, desde o ano em que iniciamos nosso trabalho em relação à defesa e conservação da fauna silvestre brasileira vítima do tráfico, mais precisamente dezembro de 1.989, não há, em nenhum veículo público que trabalhe diretamente envolvido em ações de repressão ao comércio ilegal de fauna silvestre, em todo o território nacional, um conjunto básico de itens de PRIMEIROS SOCORROS, não há sequer (e se há desconhecemos) uma garrafa de água aliada a uma pitada de sal e outra de açúcar para que em caso de necessidade de aplicação de um soro caseiro em animais necessitando de socorros, tal procedimento ocorra. Erroneamente inúmeros órgãos de imprensa divulgam informações de que nesta ou naquela apreensão um grande de animais foram a óbito em conseqüência dos maus tratos, porém tal causa se dá principalmente pela falta de primeiros socorros no momento da apreensão e também pela ausência de conhecimento, quase que de forma genérica, em relação à protocolos de atuação por espécie e por situação à serem realizados naquele momento. Apreensões de interceptação de cargas, em depósitos clandestinos e feiras de “rolo”, são às que mais submetem os animais ao sofrimento, à crueldade, exatamente pela ausência de pessoas dotadas de conhecimento de como se deve proceder, pela ausência de pessoas com boa vontade e ainda pela falta de itens necessários e básicos aos vitais e essenciais procedimentos de PRIMEIROS SOCORROS necessários naquele momento. Todos estes fatores favorecem com que animais silvestres caminhem para o óbito, muitas vezes em massa. Posteriormente a culpa pelo acontecido é atribuída ao traficante de animais. Obviamente que este é, sem dúvida alguma, o maior culpado, pois se não cometesse o crime, esta ou aquela situação não estariam ocorrendo. É preciso entender que animais silvestres são a mercadoria de quem trabalha com o comércio ilegal de fauna, e “sua mercadoria” precisa estar viva para ser vendida, e tenham certeza, salvo raras exceções, esta realmente permanece viva. As taxas de óbito desde a captura de animais silvestres na natureza, até a chegada ao consumidor final, raramente ultrapassa os 10%, não 90% como muitas instituições públicas e órgãos de imprensam divulgam.

Um trágico exemplo disso foi quando em 2009, apesar de todo o esforço do delegado de policia local, bem como sua equipe, no município de Piquerobi – SP, dezenas de filhotes foram a óbito pela ausência de primeiros socorros por pessoa dotada de amplo conhecimento para tal procedimento. A apreensão ocorreu em uma sexta feira, final de tarde, começo de noite. Embora o delegado tenha tentado contato com a unidade do IBAMA que atende o município, esta foi infrutífera, sob alegação que o expediente do órgão já havia se encerrado naquele dia, manifestando recusa ao recebimento dos filhotes bem como os primeiros socorros necessários. Fotografia à esquerda, outras fotografias coletadas na internet. Com base em tudo que fora exposto até o momento, orientamos:

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1. Que diante de uma apreensão envolvendo elevado números de filhotes de Amazona aestiva (papagaio-verdadeiro) ou de qualquer outra espécie de filhote de psitacídeo (todas as aves da família dos popularmente conhecidos papagaios, araras, periquitos e maritacas), que estamos à disposição para ajudar, colaborar, orientar, que se as autoridades envolvidas na apreensão precisem de qualquer auxílio, que sejamos comunicados imediatamente, que mesmo se por motivos de força maior não pudermos de maneira imediata realizar os primeiros socorros necessários, independente do município, atuaremos via telefone e internet repassando e orientando em relação às informações de como proceder nestes casos. Independente da distância da capital paulista que um fato vier a ocorrer, nos esforçaremos ao máximo para realizar o deslocamento imediato até o local em apoio às autoridades solicitantes, em qualquer dia, em qualquer horário;

2. Que face à experiência adquirida em todos estes anos, temos facilidade no trato com estas questões através de profissionais habilitados e disponibilidade imediata de itens dos primeiros socorros necessários, além do reiteramos que a SOS Fauna opera 24 horas por dia, sete dias por semana, não havendo óbice algum se o fato vier a ocorrer em dias normais, em horário comercial, à noite, finais de semana ou feriados;

3. Que o diálogo com a ou com as pessoas envolvidas na apreensão é de IMPORTÂNCIA CRUCIAL à possível identificação da origem geográfica das aves apreendidas, e mesmo no caso de tendo sido tentadas todas as formas de envolvimento (psicologia) do ou dos envolvidos de modo a obter este dado, quase sempre os instrumentos utilizados no crime trazem indícios que podem conduzir a alguma informação de origem. E que em último caso ainda existem técnicas de envolvimento diferenciadas, mas se houver a liberação das pessoas envolvidas no crime, que esta liberação só ocorra quando houver a certeza total e absoluta de que se extraiu o máximo de informações que poderiam ser obtidas, caso contrário tudo se perde!!! As informações de origem geográfica, as mais precisas possíveis, são elementos fundamentais a futuros planos de manejo objetivando regresso das aves apreendidas à vida livre. Nós também nos dispomos a auxiliar neste processo de ponta a ponta.

AS CONSEQUÊNCIAS DE NÃO PROCEDER DA MELHOR FORMA POSSÍVEL: Não levar em consideração os primeiros socorros no momento da apreensão, desde o instante ZERO, pode levar inúmeros animais à morte. Como exemplo disso podemos citar as apreensões que ocorrem em depósitos clandestinos ou interceptação de cargas, quando alguns erros gravíssimos ocorrem:

1. Em depósitos clandestinos há a retirada imediata dos animais e estes são conduzidos à delegacia. Tal procedimento é errado, o primeiro passo é avaliar a situação sob o ponto de vista técnico, de diminuição máxima do nível de estresse dos animais, elaborar um rápido protocolo de procedimentos, objetivando causar o menor impacto e conseqüentemente menores riscos aos animais;

2. Em interceptação de cargas não ocorre de forma diferente, em geral tudo é descarregado do veículo, geralmente na delegacia, há uma ansiedade muito grande por parte das autoridades em contar o número de espécimes apreendidos, platéias se formam em volta dos animais, aumentando mais ainda o nível de estresse. Fumam próximos aos animais, podendo lhes causar problemas de ordem respiratória, falam alto, gritam, chegam perto constantemente, dão alimentos de forma errada, grãos para quem come fruta, fruta para quem come grãos.

A ausência de procedimentos corretos, como já dito, pode levar dezenas, centenas de animais ao óbito. A não identificação da origem geográfica de captura dos mesmos, por fatores ligados à genética de

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populações, pode levar estes animais a serem condenados ao cativeiro pelo resto de suas vidas, pois o Brasil ainda não possui um banco de dados referente à genética de populações de animais silvestres vítimas do tráfico. Tal banco daria parâmetros muito mais seguros quando falamos em regresso à vida livre. E para finalizar este documento, gostaríamos de abordar também as questões que envolvem as transações penais. Desde a aplicação da Lei Federal nº 9.099, dos Juizados Especiais Criminais, dos crimes de menor potencial ofensivo a quem pratica crimes contra a fauna silvestre brasileira em acordo com o Art. 29 da Lei Federal nº 9.605, dos Crimes Ambientais, são raros os casos em que na transação penal em crimes cometidos contra a fauna silvestre, esta se aproxime da reparação do dano causado, as transações, em quase sua totalidade se remetem à entrega de cestas básicas a entidades assistenciais ou à prestação de serviços à comunidade, ficando nossa fauna silvestre, como popularmente se fala: “À ver navios.” Além de aprisionada e indo a óbito. Depois se divulga que multas de elevado valor foram aplicadas, mas não se divulga que estas nunca serão pagas por quem pratica crimes contra a fauna silvestre, e mesmo que fossem pagas, será que os valores seriam destinados à defesa e conservação de quem sofre a agressão? Há uma seqüência de erros deste o instante zero da apreensão até o desfeche final da história frente ao Ministério Público e o Poder Judiciário. As autoridades, na maior parte das vezes, não documentam o fato com a atenção que este merece. Depois, ao dar entrada no Ministério Público e na seqüência o Poder Judiciário, infelizmente fica a impressão que a entrega de cestas básicas ou a prestação de serviços à comunidade, pelo infrator, repara o dano ambiental causado e educa quem o cometeu à este não mais se repetir. Oras, basta querer, encontrarão uma série de pessoas que foram detidas com centenas e até milhares de animais silvestres e como pena entregaram uma ou duas cestas básicas, é assim que devemos operar? E o desequilíbrio ecológico, como fica em cada caso? Crimes contra o meio ambiente, quer aceitemos ou não, tem como conseqüências danos ambientais que não respeitam fronteiras de municípios, estados, países. Na Terra, ecossistemas, tudo está interligado, ou não??? Crimes contra o meio ambiente são CRIMES CONTRA A HUMANIDADE! Considerações finais: As condições em que operam as formas de tratamento à nossa fauna silvestre, salvo algumas exceções, é algo degradante e vergonhoso para o nosso país. Quando se olha este universo com profundidade, podemos ver inúmeras coisas que ocorrem de maneira errada. Este documento não tem como objetivo realizar nenhuma forma de representação contra nenhuma instituição pública, pois entendemos que a comunicação entre estas e a coletividade, de forma a ouvir, discutir e principalmente conhecer na prática o que está ocorrendo, é o caminho para soluções. Este documento tem como fundamental objetivo, a UNIÃO em prol de cuidar das questões ambientais de forma bastante dedicada. A seleção de profissionais vocacionados ao tema é um dos pontos principais para iniciarmos algo mais consistente em relação à defesa e conservação de nossa biodiversidade.

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Entendemos que funcionários públicos que trabalham com questões ligadas ao meio ambiente e que nunca, de forma dedicada, desprendida, se doaram completamente às suas funções, não mudarão sua forma de agir, seu comportamento de uma hora para outra, como um milagre, aliás, acreditamos que jamais mudarão. Isso é fato, embora muitas vezes, sob determinações judiciais, possam até começar a realizar algo, porém nós todos sabemos que aquilo não estará sendo feito com esmero, com amor, com dedicação, com vontade!!! Mais cedo ou mais tarde tudo volta a ser o que era antes. Também queremos lembrar que:

1. Nós, como organização do terceiro setor, fazemos o máximo que podemos, pois temos limitações de recursos humanos e financeiros;

2. Que só nascemos em conseqüência do Poder Público ser demasiado ausente nesta área, como em muitas outras;

3. Que temos limitações, embora muitos se dirijam a nós como se fossemos uma instituição pública;

4. E para finalizar, expor que as coisas poderiam estar um pouco menos piores se as transações penais relativas aos crimes contra o meio ambiente fossem, em cem por cento dos casos, destinadas ao meio ambiente, pois somos testemunhas, em face de inúmeros LAUDOS PERICIAIS que já realizamos em relação a crimes contra fauna silvestre, encaminhados ao Poder Judiciário e que ainda os animais ficaram sob nossa responsabilidade, gerando custos financeiros elevados, mantendo-os VIVOS, e que como resultado em colaboração às nossas atividades, algo pudesse ser destinado. Mas nunca, jamais e em tempo algum recebemos sequer qualquer valor como objeto de transação penal, compensação ambiental, ou algo semelhante. Para tornar isso bem lúcido, transparente, segue abaixo, como ilustração, o trabalho realizado desde 2006 quando recebemos setenta e dois filhotes de papagaio-verdadeiro, oriundos do tráfico e que somente agora, graças ao árduo trabalho para se captar recursos e fazer uma soltura o mais responsável e técnica possível, conseguiremos enviá-los, através de um projeto de soltura, à Nova Andradina, no estado de Mato Grosso do Sul, segue exposto abaixo, nivelando-se por baixo em número de sessenta espécimes, pois dos setenta e dois recebidos ainda temos vivos pouco mais de sessenta, todos aptos ao regresso imediato em vida livre imediatamente. Tomamos com base que cada papagaio gera aproximadamente um custo médio diário de manutenção no valor de R$ 1,50.

NÚMERO TOTAL DE INDIVÍDUOS DE À CUSTO DIÁRIO POR

INDIVÍDUO

CUSTO DE CADA INDÍVÍDUO PELO

PERÍODO

DIAS CORRIDOS

CUSTO DO GRUPO PELO PERÍODO

60 01 OUT 2006 30 SET 2007 R$ 1,50 R$ 547,50 365 R$ 32.850,00 60 01 OUT 2007 30 SET 2008 R$ 1,50 R$ 547,50 365 R$ 32.850,00 60 01 OUT 2008 30 SET 2009 R$ 1,50 R$ 547,50 365 R$ 32.850,00 60 01 OUT 2019 30 SET 2010 R$ 1,50 R$ 547,50 365 R$ 32.850,00 60 01 OUT 2010 04 SET 2011 R$ 1,50 R$ 508,50 339 R$ 30.510,00

Custo aproximado de gastos já realizados pela SOS Fauna, através de doações recebidas, para implementação do projeto de soltura dos papagaios em Nova Andradina – MS desde junho de 2009

R$ 55.000,00

Custo estimado desde o transporte das aves até o estado de Mato Grosso do Sul + período de ambientação, soltura e monitoramento por doze meses R$ 42.000,00

CUSTO TOTAL R$ 258.910,00

Todos os gastos expostos acima, exceto apenas cerca de 15% do valor de R$ 55.000,00 ainda não foram pagos. Das instituições públicas não recebemos:

1. Nenhuma colaboração de qualquer valor;

Page 19: ESTRATÉGIAS DE COMBATE AO TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRE S - Opinião SOS Fauna

2. Nenhum contato procurando colaborar; 3. Nenhum contato interessados em saber mais a respeito.

Todas as aves se encontram em perfeitas condições – fotografia: mês de agosto de 2011 Dentre as instituições que este COMUNICADO será encaminhado, destacam-se:

Policia Militar Ambiental do Estado de São Paulo; Comando de Policiamento Militar Rodoviário do Estado de São Paulo; Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo; Polícia Rodoviária Federal no Estado de São Paulo; Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo – Câmara Reservada ao Meio Ambiente; Centro de Apoio ao Meio Ambiente do Ministério Público do Estado de São Paulo; Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Policia

Federal no Estado de São Paulo; Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Policia

Federal no Estado de Mato Grosso do Sul; Divisão de Investigações sobre Infrações ao Meio Ambiente do Departamento de Proteção à Pessoa

e à Cidadania da Policia Civil de São Paulo; Comissão de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil – São Paulo; Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Sede em Brasília; Parlamentares diversos com inclinação às questões ambientais.

Juquitiba – SP, domingo, 04 de setembro de 2011. Marcelo Pavlenco Rocha Presidente SOS Fauna