estrategia. acampamento do guerreiro

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32 VParte I - Montagem da Estratégia Introdução às Táticas de Guerrilha Todos anos, cerca de sessenta e cinco mil candidatos se inscrevem nos Exames de Qualificação da UERJ, em busca do tão almejado conceito "A". Eu divido esses candidatos em três tipos: os aventureiros, os tradicionais e os guerrilheiros. Qual deles você é? Aventureiro É aquele que se inscreve no concurso esperando passar com alguma ajuda divina ou sorte. Não se dedica aos estudos, e não tem nem ideia do que realmente precisa estudar e por onde começar. O aventureiro é totalmente perdido e não tem chance de passar. Tradicional É esforçado, estuda muito, mas não sabe a melhor forma de se preparar. A maioria dos que passam são os tradicionais, mas com muito mais suor e tropeços do que seria necessário. Seu sonho é ter acesso aos melhores cursos preparatórios e aos melhores livros e apostilas para, estudando muito, conseguir passar. Guerrilheiro Tem um planejamento para alcançar o objetivo e o segue com disciplina. Nesse plano ele sabe exatamente o que precisa estudar, como estudar e por onde estudar. Ele não se atém aos métodos tradicionais que aprendeu ao longo da vida escolar, e usa e abusa de estratégias e táticas. E por isso sua preparação é mais simples, mais rápida e mais segura. E então, que tipo de candidato você é? Os aventureiros nem sabem que as Táticas de Guerrilha existem. Guerrilheiros não precisam delas. Este curso foi escrito para você que ainda é tradicional. Não quero dizer aqui que o candidato tradicional está fadado ao fracasso. Pelo contrário, como os guerrilheiros são uma minoria e os aventureiros não tem a mínima chance, a maioria dos que passam são tradicionais. O problema é que a preparação tradicional é o caminho mais difícil, mais longo e mais inseguro para a aprovação. Nem todo mundo pode se dar ao luxo de ficar um, dois, três ou até quatro anos gastando tempo e dinheiro com preparação convencional até ser aprovado. Se você é como eu, e também não tem tempo e nem dinheiro a perder, chegou a hora de você conhecer as Táticas de Guerrilha. As Táticas de Guerrilha servem para você? Existem candidatos que não conseguem se preparar de forma não- convencional. Eles precisam de um curso preparatório, com sala de aula, com professores, com livros volumosos e muito estudo. Quem

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Estrategia para estudos em concursos

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Page 1: Estrategia. Acampamento Do Guerreiro

VParte I - Montagem da Estratégia

Introdução às Táticas de GuerrilhaTodos anos, cerca de sessenta e cinco mil candidatos se inscrevem nos Exames de Qualificação da UERJ, em busca do tão almejado conceito "A". Eu divido esses candidatos em três tipos: os aventureiros, os tradicionais e os guerrilheiros. Qual deles você é?

AventureiroÉ aquele que se inscreve no concurso esperando passar com alguma ajuda divina ou sorte. Não se dedica aos estudos, e não tem nem ideia do que realmente precisa estudar e por onde começar. O aventureiro é totalmente perdido e não tem chance de passar.TradicionalÉ esforçado, estuda muito, mas não sabe a melhor forma de se preparar. A maioria dos que passam são os tradicionais, mas com muito mais suor e tropeços do que seria necessário. Seu sonho é ter acesso aos melhores cursos preparatórios e aos melhores livros e apostilas para, estudando muito, conseguir passar.GuerrilheiroTem um planejamento para alcançar o objetivo e o segue com disciplina. Nesse plano ele sabe exatamente o que precisa estudar, como estudar e por onde estudar. Ele não se atém aos métodos tradicionais que aprendeu ao longo da vida escolar, e usa e abusa de estratégias e táticas. E por isso sua preparação é mais simples, mais rápida e mais segura.E então, que tipo de candidato você é? Os aventureiros nem sabem que as Táticas de Guerrilha existem. Guerrilheiros não precisam delas. Este curso foi escrito para você que ainda é tradicional.

Não quero dizer aqui que o candidato tradicional está fadado ao fracasso. Pelo contrário, como os guerrilheiros são uma minoria e os aventureiros não tem a mínima chance, a maioria dos que passam são tradicionais.

O problema é que a preparação tradicional é o caminho mais difícil, mais longo e mais inseguro para a aprovação. Nem todo mundo pode se dar ao luxo de ficar um, dois, três ou até quatro anos gastando tempo e dinheiro com preparação convencional até ser aprovado. Se você é como eu, e também não tem tempo e nem dinheiro a perder, chegou a hora de você conhecer as Táticas de Guerrilha.

As Táticas de Guerrilha servem para você?Existem candidatos que não conseguem se preparar de forma não-convencional. Eles precisam de um curso preparatório, com sala de aula, com professores, com livros volumosos e muito estudo. Quem não consegue abrir a mente para ideias não convencionais, não consegue se tornar um guerrilheiro.

Por exemplo, tem algumas coisas que são muito valorizadas pelos tradicionais, mas que não são tão importantes para guerrilheiros. Estudar muito; fazer curso preparatório; ter muito tempo livre. Esses são exemplos de coisas muito valorizadas pelos tradicionais e que, apesar de serem bem vindas, não são importantes para o guerrilheiro. Na verdade, para iniciar-se na arte da preparação guerrilheira, você só precisa de três coisas: um computador, acesso à internet e uma mente guerrilheira. Só isso e mais nada.

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Como são as Táticas de GuerrilhaEu passei os últimos três anos em busca do caminho mais fácil, mais rápido e mais seguro para a aprovação na UERJ. Depois de analisar um mar de dados e informações, fazer pesquisas e fazer testes com simulados, finalmente cheguei num sistema bastante simples, mas extremamente poderoso quando colocado em ação. Esse livro é o resultado final de todo esse trabalho.

Muita coisa do que eu vou falar aqui você já sabia, mas talvez ainda não tenha percebido a dimensão e o poder dessa informação. As vezes é preciso um empurrãozinho de um guru para liberamos todo nosso potencial. Outras técnicas são tão inovadoras a ponto de você perceber que não as encontraria em nenhum outro lugar que não fosse aqui.

Porém, os princípios que sustentam as Táticas de Guerrilha não são originais. A filosofia por trás do nosso curso já estava escrita por volta de 500 anos a.c., por uma das maiores mentes militares da história: Sun Tzu. Com certeza você conhece, ou pelo menos ouviu falar, sobre sua maior obra, chamada “A Arte da Guerra”. Em 13 capítulos, Sun Tzu revela o segredo para o sucesso, em qualquer área da sua vida.

Eu li a Arte da Guerra de Sun Tzu pela primeira vez quando ainda estava na Academia de Polícia Militar. Desde então, esse é o meu livro de cabeceira. Os ensinamentos de Sun Tzu são minha referência para liderar tropas, para comandar operações policiais e para todas as outras batalhas diárias da vida, inclusive os concursos.

A Arte da Guerra está repleta de ótimas ideias, mas três princípios básicos se destacam, resumem e unificam a filosofia de Sun Tzu. Por isso, este curso se divide em três partes, fundamentadas nesses três princípios básicos:

1. “Conhece-te a ti mesmo e ao teu inimigo e, em cem batalhas que sejam, nunca correrás perigo.” (Parte I - Montagem da Estratégia)

2. “Evite a força, ataque a fraqueza” (Parte II - Táticas de Ataque.")

3. “Vencer cem batalhas não é o auge da habilidade, mas subjugar o inimigo sem lutar, é.” (Parte III - Táticas de Defesa)

Agora que você já leu sobre as Táticas de Guerrilha, está pronto para começar! Vá agora mesmo para a montagem da estratégia, ou use a caixa abaixo para comentar o texto, tirar algum dúvida ou contribuir com a discussão.

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CAPITOLO – I: As vulnerabilidades do Concurso CFOConhece-te a ti mesmo e ao teu inimigo e, em cem batalhas que sejam, nunca correrás perigo”Sun Tzu

Você está prestes a ler um verdadeiro Raio-X do Exame de Qualificação da UERJ. Vai ver que é um exame com várias vulnerabilidades para serem exploradas. Além disso, vai conhecer as armas que a própria banca da UERJ disponibiliza para ser utilizadas contra si mesma.

Como você já passou pelo Acampamento de Recrutas, já deve saber como é o Exame de Qualificação. Sabe que é uma prova de múltipla escolha que corresponde a primeira fase do Vestibular da UERJ. A segunda fase, é um outro exame, chamado “Exame Discursivo”, do qual não falaremos aqui.

Nessa fase do Exame de Qualificação ainda não há escolha de instituição nem de carreira. Essa escolha você só vai fazer no Exame Discursivo.

O Exame de Qualificação tem 60 questões de múltipla escolha e o tempo de realização é de 4 horas. Se dividirmos esse tempo de prova pelo número de questões, dá uma média de quatro minutos por questão.

Duas chances por anoO Exame de Qualificação acontece duas vezes por ano. Tem o 1º Exame de Qualificação e o 2º Exame de Qualificação. As inscrições para o primeiro exame costumam ser no primeiro semestre do ano e para o segundo exame são no segundo semestre.

Como os exames são independentes entre si, você tem que fazer uma nova inscrição para cada um dos exames. Inclusive para o Exame Discursivo, caso seja aprovado no Exame de Qualificação.

Você pode optar por fazer o 1º Exame de Qualificação, ou o 2º Exame de Qualificação ou, ainda, fazer os dois. Nesse caso valerá a maior nota alcançada. Ou seja, na prática, são duas chances por ano para para conseguir alcançar o conceito máximo!

Apenas quatro alternativasEnquanto na maioria dos vestibulares e concursos o número de respostas possíveis é cinco, indo de “A” a “E”, no Exame de Qualificação da UERJ o gabarito traz apenas quatro alternativas (A, B, C, D). Essa é uma das características que eu mais gosto nessa prova!

Isso facilita bastante a vida do candidato, porque a chance de acertar, mesmo chutando, sobe de 20% para 25%. Se você utilizar as Táticas de Guerrilha para resolução de provas de múltipla escolha, elevará a chance para 30% ou 50%!

A interdisciplinaridadeO conteúdo programático do Exame de Qualificação é bem diferente do que a maioria dos candidatos está acostumado. Ele não vem dividido da forma tradicional “Português,

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Matemática, Física, Química, Biologia, História e Geografia”. Ao invés disso, as disciplinas são agrupadas em três áreas do conhecimento:

ÁREADISCIPLINAS CORRESPONDENTES

Nº DE QUESTÕES

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Português e Língua Estrangeira 21

Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias

Matemática, Física, Química e Biologia 22

Ciências Humanas e suas Tecnologias História e Geografia 17

Essas áreas de conhecimento por sua vez são divididas em “eixos interdisciplinares”. Nos eixos, não há um limite claro de onde termina uma disciplina e começa outra. Isso se chama interdisciplinaridade, que é uma marca do vestibular UERJ.A interdisciplinaridade permite que a prova cobre diferentes conhecimentos, até de diferentes disciplinas, numa mesma questão. Então, é comum uma questão exigir conhecimentos tanto de Química quanto de Física, ou você não saber distinguir se a questão é de História ou é de Geografia, por exemplo.

Essa salada de conteúdos no Exame de Qualificação não permite muita especificidade e aprofundamento demasiados nos tópicos da matéria. Dessa forma, são privilegiados mais os conceitos básicos, e é dado um enfoque mais prático do que teórico.As questões são sempre contextualizadas em situações próximas da vivência do candidato que é atualizado. Esse modelo de prova privilegia o candidato que não é alienado. Ou seja, que está atento ao que acontece à sua volta e consegue estabelecer relações entre aquilo que estuda e o que se passa no seu cotidiano, no Brasil e no mundo.Toda questão do Exame de Qualificação tem um objetivo relacionado a uma competência ou habilidade. Pode ser de estabelecer relações, analisar fatos, estabelecer uma hipótese, interpretar um grafico, etc. Por isso a UERJ sempre divulga um anexo ao edital com o título “Habilidades e Competências” com uma lista de habilidades ligadas às competências que serão avaliadas.O candidato que tem uma atitude crítica diante do conhecimento, que tem curiosidade, que questiona, que sabe interpretar e fazer relações com certeza tem vantagem nesse modelo de prova.

Leitura e compreensão de textos é outra capacidade fundamental exigida no exame. Candidatos que tenham algum grau de analfabetismo funcional, ou seja, sabem ler mas não compreendem o que lêem, tem sérias dificuldades com a prova da UERJ. Ao passo que as questões são mais fáceis para quem sabe intepretar textos, mapas, imagens, tabelas e gráficos.

Repare que na área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias tem Língua Estrangeira. O candidato é que escolhe qual a Língua Estrangeira que vai fazer meu Exame de Qualificação, na hora da inscrição. Você pode escolher entre Inglês, Espanhol e Francês. Se está em dúvida sobre qual escolher, sugiro que escolha Espanhol.

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Como calcular o resultadoDe acordo com o número de questões acertadas no Exame de Qualificação, você fica numa faixa de conceito (A, B, C, D ou E) e pode ganhar pontos para serem somadas à nota da segunda fase (Exame Discursivo).

CONCEITO ACERTOS (%) ACERTOS (Nº)BÔNUS (PARA SOMAR À 2º FASE)

A Mais de 70% 43 a 60 20 pontos

B De 60% a 70% 37 a 42 15 pontos

C De 50% a 60% 31 a 36 10 pontos

D De 40% a 50 % 25 a 30 5 pontos

E Menos de 40% 0 a 24 Reprovado

O melhor desse esquema de pontuação é o fator psicológico. Repare que nesta fase do vestibular você não está concorrendo com ninguém, a não ser você mesmo. Não importa o desempenho dos demais candidatos, você só tem que conseguir 43 acertos. Acertando 43 questões já começa com 20 pontos à frente, na mesmíssima situação de quem acertou 100% e gabaritou.

A UERJ segue padrões muito bem definidosA UERJ segue um mesmo padrão de prova, sem grandes modificações, a mais de dez anos. Ela segue um padrão para distribuir as letras no gabarito, um padrão dos assuntos que serão cobrados na prova, um padrão de tipos de enunciados, um padrão de distribuição das questões segundo sua dificuldade, dentre outros padrões.

Quando você tem a capacidade de identificar padrões, você é capaz de prever o futuro. Uma vez que você descobre o padrão você prevê o que vai cair na prova, qual vai ser seu nível de dificuldade, e onde estarão as respostas corretas, etc.

O desafio do candidato guerrilheiro é descobrir quais são esses padrões. Depois que os padrões são identificados, metade do caminho já está percorrido. A outra metade será de utilizar táticas que explorem essas vulnerabilidades.

O CT de Guerrilha traz os levantamentos completos de todos os padrões mapeados por mim e táticas já testadas que realmente funcionam para o Vestibular da UERJ. Dessa forma você poderá se concentrar somente em utilizá-las e comprovar todo seu poder.

A UERJ entrega o ouroA UERJ não tem nenhuma preocupação de esconder seus padrões. Pelo contrário, disponibiliza várias armas que podem ser utilizadas contra si mesma. Além do site do Vestibular UERJ (www.vestibular.uerj.br), que disponibiliza uma coleção completa das suas provas anteriores, editais e anexos, tem a Revista Eletrônica do Vestibular UERJ (www.revista.vestibular.uerj.br).

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Lançada em 2009, a Revista Eletrônica do Vestibular UERJ é uma ferramenta valiosíssima na preparação para o vestibular. E pouca gente se deu conta disso até agora!

Lá tem conselhos, dicas, textos e comentários da própria banca responsável pela prova. Uma das sessões mais interessantes da revista são as questões comentadas.

Nas questões comentadas você escolhe quais provas quer visualizar, e aí a mágica acontece! O comentarista da banca explica qual item do conteúdo programático está sendo cobrado, qual o objetivo da questão e a resolução. E ainda diz qual foi a porcentagem de acertos da questão e ainda a classifica em Fácil, Médio e Difícil!

As possibilidades a partir daí são enormes. Cruzamento de informações, identificação de padrões estatísticos, a quantidade de questões fáceis, médias e difíceis que caem e sua relação com os assuntos, e ainda "ler a mente" da banca e perceber suas intenções por trás dos enunciados, segundo eles mesmos. Dessa forma é muito mais fácil identificar os padrões da UERJ.

O Exame de Qualificação é difícil?Até aqui já dei vários motivos para você acreditar que a UERJ é uma prova diferente e muita mais fácil que outros vestibulares e concursos, só perdendo talvez para o ENEM.

Fácil e difícil são classificações muito subjetivas. Será que existe uma forma mais objetiva de saber a dificuldade do Exame de Qualificação? Sim, tem.

A UERJ tem uma forma interessante de classificar a dificuldade das questões da prova de acordo com o número de acertos alcançados pelos candidatos, veja:

Dificuldade Critério: nº de acertos dos candidatos

Fácil acima de 70%

Médio acima de 30% e igual ou abaixo de 70%

Difícil abaixo de 30%

Se você analisar os seis Exames de Qualificação dos últimos três anos vai perceber que a UERJ segue uma padrão de distribuição das questões de acordo com seu nível de dificuldade. Veja a estatística para esse período:

10% a 15% das questões foram consideradas fáceis.

65% a 75% das questões foram consideradas médias.

15% a 25% das questões foram consideradas difíceis.

Pode-se concluir que a tendência é que o próximo Exame de Qualificação venha com 6 a 9 questões fáceis, 39 a 45 questões médias e 9 a 15 questões difíceis.

Outra conclusão interessante é que, para alcançar a nota máxima, bastaria o candidato acertar as questões médias e fáceis. Mesmo que errasse todas as questões difíceis, ainda assim conseguiria o mínimo de 43 questões para alcançar o conceito A .

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1º EQ x 2º EQ: Qual é o mais difícil?Em 2008, a UERJ divulgou uma enquete em sua revista eletrônica, perguntando ao candidato qual tinha sido o Exame de Qualificação mais difícil daquele ano, o primeiro ou o segundo. Segue o resultado da enquete:

Em relação ao 1º exame de qualificação do vestibular 2009, como você classifica a prova do 2º exame?

Mais fácil: 398 - 11,98%

Mais difícil: 2532 - 76,22%

Mesmo nível de dificuldade: 392 - 11,80%

Total de votos: 3322

Os candidatos tiveram uma clara percepção de que o segundo exame foi mais difícil que o primeiro.

Existe uma possível explicação para isso. O primeiro Exame de Qualificação costuma acontecer no meio do ano. A essa altura, os candidatos que estão cursando o terceiro ano do ensino médio ainda não viram todos os conteúdos do programa. A UERJ parece reconhecer e se importar com esse problema.

A banca cobra um nível geral de conhecimento nas primeiras provas, que na maioria dos casos corresponde ao conhecimento inicial do assunto abordado. Já as provas do segundo exame de qualificação contêm um nível de aprofundamento maior na maioria das questões. Isso pode explicar a maior percepção de dificuldade no segundo exame.

No entanto, segundo aquele levantamento que falei no tópico anterior, sobre o padrão de distribuição das questões de acordo com sua dificuldade, nada muda de um exame para o outro. A quantidade de questões fáceis, médias e difíceis seguem o mesmo padrão, tanto no primeiro como no segundo exame.

Agora você conhece bem o seu inimigo. Mas será que você conhece a si mesmo? Chegou a hora de montar a sua estratégia, e tudo começa com um objetivo definido. Saiba como estabelecer o seu!

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CAPITULO- II : Sinta o poder do objetivo definido

“Aquele que consegue concentrar suas fileiras em um só objetivo será vitorioso”Sun TzuEm todo lugar onde lermos sobre como iniciar um projeto, um empreendimento, um plano ou qualquer realização, dirá que devemos começar tendo um objetivo.

E isso é verdade mesmo, ainda que o seu "grandioso projeto" seja ir da sua casa até a padaria da esquina. Se você não sabe aonde quer chegar, das duas uma: ou você não vai chegar a lugar algum, ou vai chegar em qualquer lugar.

Você deve estar lendo esse livro porque tem um sonho. Talvez o sonho de ser Oficial da Polícia Militar, ou de ser Oficial do Corpo de Bombeiros Militar, ou de seguir outras carreiras de ensino superior que a UERJ oferece. Talvez você encare esse sonho como um "objetivo" em sua vida.

Ter um sonho é um excelente começo, mas não é o suficiente. Você precisa cristalizá-lo num objetivo definido.

Para que você realize seu sonho, existem 3 passos que você deve dar. Primeiro, você precisa desejar ardentemente realizar seu sonho. Em seguida, você precisa cristalizar esse sonho num objetivo definido. E, finalmente, deve realizar as ações adequadas para alcançar o objetivo.

Atente bem para isso: objetivo definido.Para ilustrar o que é um objetivo definido, vou conversar com três aspiras: um aventureiro, um tradicional e um guerrilheiro. Digamos que eu pergunte a eles sobre o próximo exame de qualificação da UERJ. Qual será o objetivo deles?

O aspira aventureiro diz: meu objetivo é tirar a maior nota possível.O aspira tradicional diz: meu objetivo é tirar A no exame de qualificação.O aspira guerrilheiro diz: meu objetivo é acertar 43 questões no exame de qualificação.E o aventureiro e o tradicional em coro estranham: qual é a diferença?!

A essa altura você já sabe que o resultado do Exame de Qualificação da UERJ pode ser um conceito A, B, C, D ou E, de acordo com o número de acertos. O conceito máximo é o conceito A, para quem acerta pelo menos 43 questões do total de 60 questões da prova.

Ora, então qual a diferença entre quem diz que quer tirar A e quem quer acertar 43 questões? Acertar 43 questões é um objetivo específico e mensurável. Nem mais nem menos que isso. Não importa o nível de preparação dos outros candidatos. Pouco importa se você fez cursos caros ou só "pegou bizu pela net", se estudou por livros volumosos ou estudou por resumos. Nem mesmo importa se você soube responder ou chutou a maioria das questões. Você acerta as 43 questões e cumpre seu objetivo. Simples assim.

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A mágica acontece quando você transforma seu objetivo em algo específico e mensurável. Ele deixa de ser um mero objetivo para ser um objetivo definido.

O poder do objetivo definidoA definição de um objetivo específico e mensurável tem um efeito psicológico de impressionar o seu inconsciente de tal maneira que o seu objetivo vai virar um lema que dominará as suas atividades no dia-a-dia. Isso vai te guiar, passo a passo, para a realização desse objetivo.

Isso não é mágica, não é supertição, não é mistiscismo. Não tem nada de sobrenatural no poder do objetivo definido.

Existe um explicação simples e até óbvia para isso. Todo movimento voluntário do corpo humano é causado, controlado e dirigido por nossa mente. Então é fácil supor que, quando nós temos o pensamento voltado para um objetivo definido, nossa mente estará constantemente alerta para os fatos, informações, e conhecimentos que nos levem a alcançar esse objetivo.

Sua mente começa tanto conscientemente como inconscientemente a reunir e armazenar aquilo que é necessário e dirigir suas ações em direção ao objetivo.

Os mais místicos chamam isso de "Lei da Atração". A indústria da auto-ajuda promoveu-o recentemente como "O Segredo". A Psicologia chama de "auto-sugestão". Mas, o que menos importa é o mecanismo e o nome que se dá ao fenômeno. O mais importante é que funciona mesmo!

Mantendo o foco no objetivoQuando você tem um objetivo definido, você não dissipa energia e não se distrai em assuntos e direções inúteis. Pelo contrário, você passa a concentrar toda a atenção nessa missão, até realizá-la. Para isso, basta que durante a preparação você se pergunte o tempo todo: "isso contribui para eu alcançar meu objetivo do jeito mais fácil, mais rápido e mais seguro?" Se a resposta for não, jogue fora!Nós vamos conseguir qualquer coisa que quisermos, se tivermos um sonho que desejemos ardentemente realizar, se cristalizarmos esse sonho em um objetivo definido e se tivermos a persistência suficiente para agir em direção ao objetivo, até alcançá-lo.

Tem, porém, uma grande diferença entre simplesmente sonhar com alguma coisa e acreditar que vai obter realmente. Os vencedores são aqueles que acreditam. Aqueles que acreditam que podem alcançar o seu objetivo não reconhecem a palavra "impossível”. Nem se importam com as derrotas temporárias, pois sabem que estão caminhando para o sucesso. E sobretudo, os vencedores são aqueles que saem da estaca zero e partem para a ação!

Missão dada é missão cumprida!Escreva seu objetivo definido em um papel, de maneira clara e concisa. Escreva e coloque num lugar onde possa vê-lo pelo menos uma vez por dia. Por exemplo, na parede em frente a cama ou fixado no espelho. A partir de agora seu objetivo definido é o seu lema e

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deve viver dentro de você. Lembre-se dele continuamente, durma com ele, viva com ele diante de você.

 

Você cumpriu a missão? Então coloque a foto na caixa de comentários, como fiz aqui em cima, para a gente ver! Agora que você sabe onde quer chegar no futuro, chegou a hora de conhecer a si mesmo, no presente. Qual seria seu desempenho se a prova fosse hoje? Vá para o próximo capítulo para medir seu desempenho atual.

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CAPITOLO-III: Saiba como está o seu desempenho atual“Avaliando os fatores favoráveis, torna o plano exequível; analisando os desfavoráveis, poder-se-ão solucionar as dificuldades” Sun Tzu

Toda caminhada do candidato durante a preparação para alcançar o objetivo definido pode ser resumido em uma sentença muito simples. Você está no ponto A (situação atual). Quer chegar ao ponto B (objetivo). Há um caminho a ser percorrido entre o ponto A e o ponto B (preparação).

Agora que você já conhece seu ponto B, chegou a hora de conhecer seu ponto A . Vamos imaginar os 3 tipos de aspiras em 3 tipos de carros, tentando ir do ponto A ou ponto B.

Os aspiras aventureiros, que não sabem nada ou quase nada sobre o concurso e a carreira, deram a partida em seu carro estilo “adventure” e foram rumo ao ponto B. Não sabiam que entre o ponto A e o ponto B tinha um desfiladeiro. O mais recomendável era passar por uma ponte a metros dali. Que ponte?! Bum! Caiu. Esborrachou-se. Escafedeu-se.Já os aspiras tradicionais querem estudar logo, o quanto antes melhor! E estudar muito, o mais que puderem melhor! Assim, acreditam, vão chegar na frente. Afinal, para que perder tempo planejando?Os aspiras tradicionais sabiam tudo sobre a ponte e sobre o ponto B. Querem partir logo com o seu lindo carro clássico com design retrô e partir com toda velocidade.Mas durante o caminho aconteceu de tudo. O pneu furou, acabou o combustível, deu pane no motor, vazou óleo, estourou a caixa de marcha e ficaram perdidos. Até chegaram ao ponto B, e valeu a pena. Mas foi muito mais sofrido do que poderia ser.

E os guerrilheiros? Acho que um jipe ou uma camionete pega bem para um grupo de guerrilheiros. Além de conhecerem bem o caminho e conhecerem o ponto B, preocuparam-se em conhecer também o ponto A.Temos combustível suficiente? Quando foi a última revisão do carro? Mecânica, elétrica, tudo ok? Pneus estão cheios? Qual o caminho mais fácil e mais curto que vamos pegar? GPS! Que luxo, temos um GPS!

O final dessa história você sabe. Viagem mais rápida e segura até o ponto B.

Falando em concursês, quais as matérias que você tem maior afinidade? Qual foi seu desempenho em concursos anteriores? Qual seu histórico em relação a concursos? Quais as maiores dificuldades que enfrenta na preparação?

É conhecendo a situação atual que você poderá traçar o caminho mais rápido, mais curto e mais seguro até a aprovação. E a melhor forma de ter um retrato da sua situação atual no ponto A é fazer uma prova anterior do concurso.

Alguns candidatos tem resistência quanto a resolver provas anteriores. Espero que esse não seja o seu caso. Essa atitude traz uma discreta carga de vaidade, do medo de não ter um bom resultado, e lhe tira a oportunidade de evoluir. Além disso, essa será sua próxima missão!

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Missão dada é missão cumprida!Entre no Site do Vestibular UERJ (www.vestibular.uerj.br), e baixe uma prova do Exame de Qualificação do Vestibular 2005 ou mais recente (pois foi a partir do Vestibular 2005 que vigorou o modelo atual de 60 questões).Lembre-se que o ano do vestibular é sempre um ano posterior ao de realização dele. Por exemplo, o Vestibular 2005 foi realizado no ano de 2004.

Escolha um ambiente em que não tenha interrupções por pelo menos 4 horas, que é a duração do Exame de Qualificação da UERJ.

Simule ao máximo que puder. Encare a prova como se tivesse no dia da prova realmente. Sem interrupções, num lugar silencioso, respeitando o tempo de prova, sentado numa cadeira e diante de uma mesa.

Não esqueça de prever o tempo para preenchimento do cartão resposta. Clique aqui para baixar o modelo (contribuição do Rafael Sant' Anna). Mais abaixo explico como utilizar esse cartão.Resolva do jeito que der. Não consulte material, não estude, não cole, não trapaceie com você mesmo! Faça o melhor possível , mesmo que o melhor possível seja chutar.

Dica opcional: faça a prova de Espanhol. As Táticas de Guerrilha não vão contemplar Inglês e Francês.

Ter um mau resultado será normal! Estamos somente começando. Se você for bem, que bom! Se for mau, beleza, você já sabia. A partir daí saberá como melhorar esse resultado. Enfim, mentir no simulado só prejudicará a si mesmo.

Este não será um simulado tradicionalComo é mesmo que tradicionalmente se faz um simulado? Você resolve a prova, compara com o gabarito, olha o número de acertos e diz: "fui mal, tenho que melhorar" ou "fui bem, tô no caminho certo". E isso é tudo.

Os aspiras tradicionais que tem potencial para serem guerrilheiros vão um pouco além e tentam identificar "pontos fracos e pontos fortes". Entenda-se isso por "qual matéria fui melhor e qual matéria fui pior". E geralmente chega-se a uma conclusão simplória de que deve estudar mais as matérias que foi pior para melhorar o desempenho na prova.

A partir de agora chega dessa mesmisse de fazer simulados do jeito tradicional! Quando você resolve uma prova anterior, fica diante de uma gama de informações que te permitem fazer uma análise completa e poderosa da sua situação atual, e ainda, quais os próximos passos rumo ao objetivo!

Após fazer a correção com o gabarito, em vez de somente anotar quantas questões acertou, ANOTE:

Quantos acertos você teve no total?

Quantos acertos você teve em cada área de conhecimento?

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Qual conceito você alcançou?

Você achou a prova em geral fácil, mediana ou difícil?

Linguagens estava fácil, mediana ou difícil?

Espanhol estava fácil, mediana ou difícil?

Ciências da Natureza estava fácil, mediana ou difícil?

Ciências Humanas estava fácil, mediana ou difícil?

Em quantas questões você tinha certeza a resposta?

Em quantas questões você ficou em dúvida entre duas ou três alternativas?

Em quantas questões você não fazia nem idéia da resposta?

Das questões que você tinha certeza da resposta, quantos acertos conseguiu?

Das questões que você ficou em dúvida ou não sabia a resposta, quantos acertos conseguiu?

Você utilizou alguma técnica para chutar ou foi chute aleatório mesmo?

O tempo de prova foi suficiente?

Quais as matérias que você mais gosta, menos gosta ou é indiferente?

Clique aqui para baixar o cartão respostas em branco.Cumpra a missão e guarde todos os dados do seu simulado. Caso ainda tenha alguma dúvida sobre como cumprir essa missão, faça sua pergunta no espaço de comentários abaixo. Depois você pode seguir para o próximo capítulo e aprender como fazer uma estimativa do seu desempenho futuro.

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CAPITULO IV: Como fazer uma estimativa de desempenho futuro“Avaliando os fatores favoráveis, torna o plano exequível; analisando os desfavoráveis, poder-se-ão solucionar as dificuldades” Sun Tzu

Neste capítulo você vai aprender a "Técnica do Balanceamento" para simular um desempenho "ideal" para a prova. A técnica leva em conta suas capacidades já rastreadas no primeiro simulado e o seu objetivo definido. Discutimos ambos os assuntos nas duas missões anteriores, você lembra?

Na primeira missão você cristalizou um objetivo específico e mensurável. Ou seja, definiu seu objetivo em um número de acertos que deve perseguir para alcançar o conceito máximo no Exame de Qualificação: 43 acertos.

Na segunda missão você resolveu uma prova anterior do Exame de Qualificação da UERJ. Na ocasião você pôde identificar, em quais matérias está melhor ou pior, quais matérias tem mais facilidade ou dificuldade, e quais tem mais afinidade ou menos afinidade.

Agora vou mostrar a Técnica do Balanceamento, passo-a-passo.

Passo 1: distribuição das questõesA primeira coisa a ser feita é identificar como as disciplinas são distribuídas na prova, pegando-se o número de questões de cada uma. Veja por exemplo, como é o Exame de Qualificação da UERJ, desde 2005:

Exame de Qualificação - Vestibular UERJ

DISCIPLINAS QUANTIDADE DE QUESTÕES

Linguagens 15

Espanhol 6

Natureza 22

Humanas 17

Total 60

Olhando para o quadro acima, você já consegue identificar que algumas matérias caem mais que outras. Em tese, as que caem mais seriam as mais importantes, já que contribuem com mais peso no final. Reserve isso e vamos em frente.

Passo 2: desempenho do mundo realAgora vamos "destrinchar" nosso objetivo nas matérias. O objetivo de quem vai fazer Exame de Qualificação da UERJ é acertar mais de 70% das 60 questões. Isso corresponde às 43 questões corretas do seu objetivo definido.

Vamos supor um mundo ideal, em que nos preparamos para todas as matérias de modo igual, gostamos de todas as matérias de modo igual, temos as mesmas facilidades e

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dificuldades em todas as matérias de modo igual. Imaginemos um desempenho igual para todas as matérias.

Exame de Qualificação - Vestibular UERJ

DISCIPLINAS QUANTIDADE DE QUESTÕES 71% DE ACERTOS

Linguagens 15 11

Espanhol 6 4

Natureza 22 16

Humanas 17 12

Total 60 43

Porém nós sabemos que o mundo não é perfeito, que nós não gostamos igualmente de todas as matérias e nem temos a mesma facilidade em todas elas. Então precisamos dar o próximo passo de, a partir dessa base, "balancear" o número de acertos de acordo com nossas necessidades.

Passo 3: Técnica do BalanceamentoO princípio aqui é simples: se você tende a ter um desempenho menor em alguma matéria, deverá compensar com um desempenho maior em outra matéria. Então você brinca com a tabela ali de cima, tirando acertos de uma matéria e colocando em outra, de acordo com suas capacidades.

Eu por exemplo. Sou muito ruim em Ciência da Natureza: Matemática, Física, Química e Biologia, nessa ordem. Dificilmente acertaria as 16 questões de Ciências da Natureza que estão na tabela lá em cima. Mas modéstia a parte, mando muito bem em Linguagens, Espanhol e Humanas. O jeito é compensar acertando mais dessas!

Vamos supor um candidato que tenha a mesma dificuldade que eu: resolvendo as provas anteriores ele não alcança as 16 questões de Ciências da Natureza de jeito nenhum, sendo essa a matéria de maior dificuldade.

Em Humanas ele também não vai bem, mas como gosta de História e Geografia, então acredita que prosseguindo com os estudos conseguiria as 12 questões, ou perto disso.

Linguagens e Espanhol ele não tem dificuldades, conseguindo alto número de acertos. Nessa situação, ele poderia ter o seguinte quadro de balanceamento:

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Quadro de Balanceamento

DISCIPLINAS QUANTIDADE DE QUESTÕESQUANTIDADE DE

ACERTOS

Linguagens 15 12

Espanhol 6 5

Ciências 22 12

Humanas 17 14

Total 60 43

Ou seja, o candidato do exemplo poderia dar-se ao luxo de errar 4 questões a mais do que poderia em Ciências da Natureza, graças à sua esperada melhor performance em Linguagens, Espanhol e Humanas.

No balanceamento seja prático e realista: jogue para cima as matérias mais fáceis e que você mais gosta , ou seja, que tem maiores chances de ir bem no futuro. Jogue para baixo as que estão do lado oposto: mais difíceis e que você menos gosta, e, portanto, as que as chances de ter um desempenho muito bom são menores.

Missão dada é missão cumprida!Faça sua estimativa de desempenho futuro utilizando a Técnica do Balanceamento, da forma que ensinei aqui. Seu objetivo definido ficará ainda mais claro, pois você conseguirá visualizar o caminho para alcançá-lo, na prática.

Utilize o quadro do balanceamento para direcionar seus estudos. Para isso, priorize estudar o que for mais importante (maior número de questões, maior peso, matéria que se repetirá na fase seguinte), o que for mais fácil (matérias consideradas mais fáceis, matérias que você mais gosta, matérias que você tem um desempenho melhor) e o que for mais seguro (matérias que você precisa melhorar o desempenho para alcançar o objetivo)

Visite o quadro do balanceamento nos próximos simulados, para saber se está se aproximando desse referencial ou está se afastando dele.

E por último, visite constantemente seu quadro do balanceamento para verificar se ele precisa ser atualizado! Pois, à medida que sua preparação avança, seu desempenho, sua afinidade com as matérias e a expectativa de melhores resultados também avançam, deixando o quadro obsoleto. Quando isso acontece, é hora de rebalancear!

Você já cumpriu sua missão e já tem seu quadro de balanceamento? Que tal compartilhar seu balanceamento no espaço de comentários? Depois você pode seguir para o próximo capítulo, sobre como calcular seus indicadores de desempenho.

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CAPITULO –V : Como calcular seus indicadores de desempenho

“Com muitos cálculos pode-se vencer, com poucos não o é possível, e sem nenhum, as probabilidades deixam de existir!” Sun TzuVocê está prestes a cumprir a parte de "conhecer a si mesmo" na preparação para o Vestibular UERJ. Você já definiu um objetivo, fez uma prova anterior, fez uma estimativa de desempenho futuro e agora chegou a hora de calcular seus indicadores de desempenho.

Espero que a partir de agora você nunca mais faça simulados de forma tradicional! Somente verificar quantos acertos teve e quais matérias foi mais fraco não é a forma de um guerrilheiro avaliar seu desempenho inicial.

O candidato aventureiro não faz simulados.O candidato tradicional faz simulados e conta quantos acertos teve e quais matérias precisa melhorarO candidato guerrilheiro faz simulados; verifica quantos acertos teve; identifica quais são as matérias em que está melhor e quais que está pior; faz uma estimativa com balanceamento; verifica quantas respostas marcou com convicção; quantas marcou com dúvida ou não tinha nem idéia da resposta; quantas das que tinha certeza acertou; e quantas das que tinha dúvida, acertou.Esses cálculos são "indicadores" de desempenho. São indicadores porque permitem monitorar o desempenho através de um número (ou até um gráfico).

No dia-a-dia lidamos com uma porção de indicadores. O painel de um carro é cheio deles: velocímetro, indicador de combustível, hodômetro (contador de kilometragem), etc. Através dos números e gráficos do painel, sabemos se se o carro está dentro das condições necessárias para uma boa viagem.

Os indicadores de desempenho em provas são a mesma coisa. São números, expressos em porcentagem, através dos quais você vai:

Avaliar se está bem ou mal; Controlar se, durante a preparação, você está melhorando ou piorando; Melhorar o desempenho, perseguindo um número que sirva de "alvo".

Esses indicadores são: o Nível de Segurança, a Taxa de Aproveitamento da Certeza e a Taxa de Aproveitamento da Incerteza.Vou explicar sobre cada um como fazer os cálculos (tudo o que você precisa é saber porcentagem, ou regra de três, ou usar a fórmula que vou mostrar).

Nível de Segurança (NS)

No questionário do capítulo 2, fiz perguntas como:

Em quantas questões você tinha certeza da resposta?

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Em quantas questões você ficou em dúvida entre 2 ou 3 alternativas?

Em quantas questões você não tinha nem idéia de qual poderia ser a resposta?

As respostas para as perguntas acima são necessárias para o cálculo do seu "nível de segurança" ao fazer a prova. O nível de segurança nada mais é que uma taxa (em porcentagem) das questões que se tem certeza da resposta em relação ao total de questões.

O nível de segurança mostra o quanto você estava seguro do seu conhecimento na hora da prova. Ele aumenta à medida que você estuda corretamente e assimila o conteúdo das disciplinas cobradas no concurso.

O número mágico que diz que você está seguro dos seus conhecimentos é um nível de segurança de pelo menos 70%. Esse deve ser o seu alvo.

Cálculo do Nível de Segurança (NS)Por exemplo, se no simulado respondi com convicção 41, das 60 questões da prova. Fórmula: NS = nº respostas convictas * 100 / total de questões

Nível de segurança: 68%

Avaliação: está perto, mas ainda teria que melhorar nas Táticas de Ataque, para ficar acima de 70%.

Taxa de Aproveitamento da Certeza (TAC)

Outra pergunta que que fiz no capítulo 2 foi:

- Quantos acertos conseguiu nas questões em que tinha certeza da resposta?Esse dado permite calcular a Taxa de Aproveitamento da Certeza, que nada mais é que a porcentagem de acertos nas questões que o candidato tem certeza da resposta.

Mesmo com um alto nível de segurança, é normal não acertar todas as questões em que se tem certeza da resposta. É aquele caso em que marcamos o cartão-resposta com convicção e quando olhamos o gabarito não entendemos porque nós erramos.

Embora se deva buscar sempre uma taxa de 100% de aproveitamento da certeza, uma taxa acima de 80% não deve causar nenhum desespero. Abaixo de 80% é que deve-se ligar o alerta!

A forma de chegar a uma taxa mais próxima de 100% é o básico: estudar corretamente e assimilar os conteúdos do programa.

Cálculo da Taxa de Aproveitamento da Certeza (TAC)Por exemplo, se acertei 30 das 41 questões que respondi com convicção.

Fórmula: TAC = nº acertos convictos * 100 / total de questões respondidas com convicção

Taxa de Aproveitamento da Certeza: 73%

Avaliação: não está tão longe, mas ainda teria que melhorar nas Táticas de Ataque, para ficar acima de 80%.

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Taxa de Aproveitamento da Incerteza (TAI)

Outra pergunta do capítulo 2, que considero importantíssima é:

- Quantos acertos você conseguiu nas questões em que não tinha certeza da resposta?A resposta para essa pergunta resulta na "Taxa Aproveitamento da Incerteza". A TAI é a porcentagem de acertos nas questões que não temos certeza da resposta. Essa taxa indica como está a sua capacidade de acertar mesmo quando não se sabe a resposta.

Porque eu considero essa informação importante? Porque de uma coisa você pode ter certeza: você não vai saber responder com convicção todas as questões da prova. Quem não acredita nisso está vivendo um mundo paralelo de fantasia e ainda não tomou a pílula vermelha!

Aqui, no mundo real, por mais que você estude muito, estude corretamente e seja o melhor dos alunos, vai chegar na hora da prova e não vai saber responder todas as questões. Vai ficar em dúvida em algumas e em outras não vai ter nem idéia de qual seria a resposta. Já que se trata de uma situação tão previsível, é inteligente traçar um plano para contornar essa desvantagem.

As Táticas de Defesa, que estão na terceira parte do livro, trazem técnicas que te garantam acertar pelo menos 50% das questões em que não se sabe a resposta no Exame de Qualificação da UERJ.

Cálculo da Taxa de Aproveitamento da Incerteza (TAI)Por exemplo, se acertei 9 das 19 que respondi sem convicção.

Fórmula: TAC = nº acertos não convictos * 100 / total de questões respondidas sem convicção

Taxa de Aproveitamento da Certeza: 47%

Avaliação: está perto, mas ainda tenho que me aprimorar nas Táticas de Defesa, para chegar pelo menos a 50%.

Nos próximos simulados, ou mesmo nos seus próximos Exames de Qualificação, esses indicadores terão que aumentar, indicando melhora no desempenho. Caso contrário, você terá que rever sua estratégia e fazer os ajustes necessários para o segundo exame.

Parabéns! Agora você tem um poderoso diagnóstico da sua situação hoje, já sabe onde quer chegar amanhã e o que precisa fazer para isso acontecer. Que tal compartilhar seus indicadores nos comentários, aqui embaixo? Depois você pode ir para a Parte II - Táticas de Ataque.

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Parte II - Táticas de Ataque

Introdução às Táticas de Ataque

Na introdução da primeira parte você aprendeu que a necessidade de “estudar muito” é um mito. Viu que em vez de focar em quantidade, devemos estudar com o máximo possível de qualidade e eficiência.

Sun Tzu também era muito centrado na noção de "como atinjo o meu objetivo com a menor quantidade de recursos e com a menor quantidade destruição". No livro A Arte da Guerra, Sun Tzu diminui a importância do ataque direto e põe ênfase nas manobras, na surpresa e no engodo.

“Na guerra, a superioridade numérica apenas não oferece nenhuma vantagem. Não avance contando apenas com o poderio militar. ” Sun TzuPara Sun Tzu, é mais importante ser mais inteligente do que o inimigo e não mais poderoso. Um belo exemplo é a famosa Guerra do Vietnã. Foram as táticas e estratégias, e não o poder de fogo superior que levou os EUA a perderem a guerra do Vietnã. Mesmo com poderio militar superior e a bravura dos seus soldados, os EUA não conseguiram vencer aquela guerra.

No Vestibular da UERJ, também não importa se você tem mais tempo para estudar, mais dinheiro para investir em cursos, livros e professores, ou se estuda muito, o tempo todo. Essa "superioridade numérica" não é nada se não for utilizada uma estratégia adequada de estudo.

As estratégias das guerras e dos estudos

Existem dois tipos de estratégias tanto para a guerra, quanto para os estudos, que são utilizados em dois tipo de jogos: o xadrez e o jogo milenar chinês "go".

xadrez

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O xadrez é baseado na aflição. Você começa com muitas peças no tabuleiro, e no decorrer do jogo elas são eliminadas e no final você fica com pouquíssimas peças. O objetivo do xadrez, é forçar o seu oponente a se render, eliminando as peças deles. Cada peça tem seu valor e só pode se mover de maneira especifica. A meta do xadrez é matar o rei.Estudar com a estratégia do xadrez são para aqueles que encaram os estudos como uma batalha a ser vencida com sangue e sofrimento. Para esses, o segredo é estudar muito, e, se possível, o tempo todo, mesmo que isso signifique abrir mão do lazer e descanso. O objetivo do candidato que usa a estratégia do xadrez é estudar todos os assuntos possíveis do edital, para chegar na prova e acertar o maior número de questões que puder. 

go

O xadrez é um contraste com o jogo chinês "go" (ver na wikipedia). No go, você começa com o tabuleiro vazio e usa o menor número de peças possível para conquistar o máximo de territórios que puder. E nesse sentido é uma estratégia muito eficiente em termos de recursos. O objetivo do go não é a destruição das forças do oponente, mas a conquista de espaço. A meta do go é capturar o máximo de território com a menor quantidade de peças.Os estudos com a estratégia do go são para aqueles que encaram os estudos como parte de um plano para se atingir um objetivo definido, e não como um fim em si mesmo. Os que mais beneficiam da estratégia do go são aqueles que tem pouco tempo e pouco dinheiro. Por terem poucos recursos, são obrigados a utilizarem com o máximo de eficiência possível.

O candidato que usa a estratégia do go estuda somente o que é realmente importante e utilizando somente material de estudo específico para o concurso. 

Candidatos aventureiros não estudam.Candidatos tradicionais estudam utilizando a estratégia do xadrez.Candidatos guerrilheiros estudam utilizando a estratégia do go. 

Seguindo a filosofia do mestre Sun Tzu, vamos no preparar para essa guerra utilizando a estratégia do go. Nessa segunda parte você vai aprender a definir exatamente o que estudar, como estudar e por onde estudar, explorando as vulnerabilidades do Vestibular UERJ. Comece sabendo como definir o que é importante estudar.

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CAPITULO – VI :O que estudar para o Vestibular UERJ

“O que possibilita ao soberano inteligente e seu comandante conquistar o inimigo e realizar façanhas fora do comum é a previsão, conhecimento que só pode ser adquirido através de homens que estejam a par de toda movimentação do inimigo” Sun TzuUma pergunta que todo candidato faz (ou deveria fazer) antes de começar a estudar para um determinado concurso é: "o que devo estudar para essa prova?" Ou então: "em quais assuntos devo focar os meus estudos?".

Aspiras aventureiros não se importam em saber o que devem estudar.Aspiras tradicionais se importam, mas não sabem como definir exatamente o que é mais importante estudar.Aspiras guerrilheiros sabem exatamente o que devem estudar.

O tempo até a prova é limitado, e quanto menos tempo tiver, menos poderá perdê-lo estudando o que não é importante.Infelizmente muitos candidatos cometem esse erro de perder tempo com o que não é interessa para a prova. A maioria estuda assuntos e pesquisa por materiais sem nenhuma relação com o Vestibular UERJ. Não cometa esse erro! Saiba como focar seus estudos no que realmente interessa.

A resposta para o que você vai estudar para a prova está ao final de três passos:

1. No edital2. No conteúdo programático 3. Nas provas anterioresVocê vai ver que esses três passos funcionam como um "filtro de funil". A medida que for prosseguindo, o universo de assuntos para estudar vai diminuindo. Dessa forma você poderá se concentrar somente no que interessa para passar.

1. O que estudar, segundo o edital

O edital traz informações muito importantes sobre o concurso, sobre como são as provas e o método de avaliação. Precisamos estar a par dessas informações antes de começar os estudos.

Por exemplo, ao consultar os editais do Exame de Qualificação do Vestibular da UERJ, verificaremos que nesse concurso caem todos os conteúdos do ensino médio (Matemática, Português, Literatura, Língua Estrangeira, Biologia, Matemática, Química, Física, História e Geografia), distribuídos por "áreas de conhecimento" (Linguagens, Ciências da Natureza e Ciências Humanas).

Ainda pelos editais, saberemos que, de todas essas matérias, três delas vão se repetir na segunda fase, de Exame Discursivo, de acordo com a carreira pretendida. Uma dessas disciplinas terá peso 2. Logo, essas matérias são ainda mais importantes estudar desde o início, principalmente a que tem maior peso. Ao focar essas matérias desde o início, você estará se preparando para o Exame Discursivo também.

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2. O que estudar, segundo o conteúdo programático

O conteúdo programático traz os assuntos que caem dentro de cada matéria da prova. Nele, a banca examinadora diz quais assuntos poderão ser cobrados, e portanto, devem ser estudados. O conteúdo programático deve ser o guia, o "mapa da mina" do candidato, porque ali está exatamente o que poderá cair na prova.

É espantoso como tem candidato que não pauta seus estudos pelo conteúdo programático. Candidatos tradicionais guiam seus estudos pelo índice do livro ou apostila que estão estudando ou pelo programa de aulas do cursinho que frequentam. Que Deus os ajude!

Por exemplo, consultando o conteúdo programático do Exame de Qualificação da UERJ, você verá que, apesar de a prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias englobar Língua Portuguesa, você não vai encontrar conteúdos de gramática. Enquanto tem um monte de candidatos perdendo tempo estudando regras de acentuação, análise sintática, regras de formação de palavras, etc, nessa prova só cai interpretação de texto!

Da mesma forma, em Literatura, você não vai encontrar itens sobre as fases literárias e características e autores de cada fase. Em História do Brasil e Geral, a maior parte dos conteúdos que você vê nos livros de História não estão no conteúdo programático. Paro por aqui, só para citar alguns exemplos e continuaremos na Parte IV do livro.

3. O que estudar, segundo as provas anteriores

Aqui realmente está o grande "pulo do gato". A maioria dos candidatos tradicionais pára no segundo passo do filtro de funil (conteúdo programático) e por isso não são capazes de prever o que vai cair na prova.

Através de um levantamento do que caiu nas provas anteriores, você vai ver que nem tudo o que está no conteúdo programático é cobrado com frequência. Enquanto outros assuntos estão sempre presentes e são apostas certas para o próximo exame

Tem assuntos que nunca caem, ou caem pouco, enquanto outros caem muito, ou sempre caem. São nesses assuntos mais frequentes que se deve focar o estudo. Como fazer? Pegue as provas anteriores, e anote, questão por questão, o que foi cobrado.

Como você deve imaginar, isso dá uma trabalheira enorme! Você tem que pegar, questão por questão, o assunto do edital que foi cobrado. E não é fácil identificar o assunto cobrado! Primeiro porque o edital da UERJ usa uma nomenclatura que não estamos acostumados a ouvir na escola, em cursos e livros do Ensino Médio. Segundo porque no início da preparação nós não temos conhecimento de todos os assuntos do edital.

A boa notícia é que hoje em dia é muito mais fácil fazer esse levantamento. Com vocês, uma das maiores vulnerabilidades do vestibular UERJ: a Revista Eletrônica do Vestibular.

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A Revista Eletrônica foi lançada em 2009, e desde então tem sido uma ferramenta valiosíssima na preparação para o vestibular. Pouca gente se deu conta disso até agora! Uma das sessões mais interessantes da revista é o banco de questões. No banco de questões você escolhe quais provas quer visualizar. E aí a mágica acontece!O comentarista da banca explica qual item do conteúdo programático está sendo cobrado, qual o objetivo da questão e a resolução. E ainda diz qual foi a porcentagem de acertos da questão e ainda a classifica em Fácil, Médio e Difícil!

Você acha que esse levantamento é muito útil, mas está preocupado com o tempo que isso leva e o trabalho que dá? No CT de Guerrilha todo esse levantamento já está pronto, e cada item do edital vem com estatísticas de quantas vezes foi cobrado nos últimos anos. Enquanto as inscrições para o próximo CT de Guerrilha não abrem, você pode aprender como obter os melhores materiais de estudo para o Vestibular da UERJ.

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CAPITULO - VII: Por onde estudar para o Vestibular UERJ

Existe uma dica simples de como identificar os melhores materiais de estudo para o vestibular UERJ. É um princípio básico para que você estude sempre com o melhor material. Chama-se “princípio da especificidade”.O princípio da especificidade funciona assim: quanto mais específico para o seu concurso, melhor é.Quais são os melhores livros e apostilas

Quais os melhores livros e apostilas para estudar para o Exame de Qualificação da UERJ? Quanto mais específico é o livro ou apostila, melhor é.

Reconheço que não é fácil encontrar bons materiais de estudo feitos de forma exclusiva e específica para o Vestibular UERJ, com base no seu edital e suas provas anteriores.

Diante dessa situação de escassez, você mesmo deve fazer seu material de estudo. A partir da imensa oferta de materiais de estudo na internet, do edital e das provas anteriores do Vestibular UERJ, monte sua própria apostila, exclusiva e específica.

O primeiro e mais importante material que você deve ter está ao seu alcance: são o edital e as provas anteriores. É a partir do edital e das provas anteriores que os demais materiais serão coletados e montados.

Essa é uma abordagem diferente do estudo tradicional. O modo tradicional de estudar para concursos é uma abordagem “de fora para dentro”. Nesse modelo, primeiro arruma-se o que é tido como um bom livro ou apostila de determinada matéria. Esses conteúdos são estudados e depois serão adaptados da melhor forma possível para resolver as questões da prova.Já o modelo não convencional das Táticas de Guerrilha apresenta uma abordagem “de dentro para fora”. A partir do conteúdo programático e das provas anteriores, o candidato guerrilheiro busca os melhores materiais de estudo e não o contrário.Será que você está colecionando um monte de apostilas e vídeo aulas no seu computador e está em dúvidas se é o suficiente, se realmente é bom, por qual material começar a estudar? Então provavelmente você está utilizando uma abordagem “de fora para dentro”.

A seguir vou ensinar como selecionar seu material com a abordagem de “dentro para fora”. Primeiramente, entenda que o melhor material didático não é o mais extenso, nem é o mais curto. Não é o mais profundo, nem é o mais resumido. O melhor material didático é aquele que tem extensão e profundidade suficiente para que você:

Compreenda o assunto

Memorize o assunto

Resolva as questões da prova

Só isso e nada mais!

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Como fazer seu próprio material de estudo

1. O primeiro passo é identificar o que é realmente importante estudar, como ensinado no capítulo anterior. Para isso, você precisa analisar o conteúdo programático do edital e as provas anteriores.

2. Após identificar o que é realmente importante estudar, vá para o segundo passo, que é o de pesquisa. Pesquise materiais de estudo variados na Internet, o Google e o Youtube são ótimos para isso. Outra dica é a própria Comunidade Aspiras.

Não tenha como objetivo achar apostilas completas das disciplinas. A busca não é por apostilas de Matemática, Português, História, etc. Não! A busca é por materiais que atendam individualmente os assuntos do conteúdo programático, item por item.

3. A partir da imensidão de informações que vai obter, vá para o terceiro passo que é o de compilar somente o que é de qualidade e interessa para o vestibular UERJ. O seja, somente aquilo que te permita compreender o assunto e resolver questões de provas anteriores sobre esse assunto.

4. Se chegou nesse passo, você tem apostilas e vídeo-aulas imbatíveis sob medida para suas necessidades. Porém, esse ainda não é o seu principal material de estudo, são apenas “fontes de estudo”. O verdadeiro material de estudo é a apostila que você mesmo faz.À medida que for estudando através das suas fontes de estudo que coletou, rabisque, sublinhe, pinte, destaque, recorte, vire de cabeça para baixo para que se transformem no seu próprio resumo. Faça mapas mentais, quadros sinópticos, quadros de conceitos, tabelas comparativas. Use e abuse de cores, palavras-chave, imagens e símbolos. Isso o fará memorizar melhor o assunto.

Monte sua própria apostila com esses resumos, de forma que o material fique num espaço bastante reduzido. Pode ser em A4, A5, fichas pautadas ou até papel de pão. Eu gosto de colocar em folhas de A4 cortadas em quatro partes, para caber no bolso.

É através desses resumos que você deve estudar no sentido literal da palavra, lendo, memorizando e levando a todo lugar para aproveitar todas as oportunidades de revisar o material.

Ao final desses quatro passos, você terá o melhor material de estudos, exclusivo e específico para o vestibular UERJ. Use-o da seguinte forma:

Use suas fontes de estudo para compreender o assunto.  Use seus resumos para memorizar e revisar a matéria.  Use as provas anteriores para exercitar e revisar.

Os melhores materiais de estudo gratuitos da internet forem cuidadosamente pesquisados e classificados dentro do CT de Guerrilha. Assim você terá acesso somente o mínimo de

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material que interesse e funcione. Enquanto não abrem as inscrições para o próximo CT de Guerrilha, você pode conhecer as Táticas de Defesa.

Parte III - Táticas de Defesa

Introdução a Táticas de Defesa

Nas Táticas de Ataque você aprendeu como ter o máximo de eficiência nos estudos. Aprendeu a estudar só o que é realmente importante e por materiais que realmente funcionem com o Vestibular da UERJ.

Mas, por mais que você tenha se tornado um perito nas táticas de ataque, uma coisa é certa: você não chegará na prova tendo certeza de todas as respostas. Por mais que se prepare, vai ficar em dúvida ou não saberá a resposta em algumas (ou várias) questões. E você tem que estar preparado para isso!

Infelizmente, a maioria dos cursos, dos livros, dos professores e dos alunos só visam estudar e assimilar o máximo possível de conteúdo. Isso porque os métodos convencionais só tem como objetivo chegar na prova com o máximo de convicção possível nas respostas. É tudo o que conseguem com a estratégia do xadrez.

Para as questões em dúvida ou que não se sabe a resposta os tradicionais não bolam nenhum plano específico, sendo obrigados a praticam o “chute cego” e torcer pela sorte.

Já as Táticas de Guerrilha preparam o candidato para todas as situações, inclusive para quando não souber a resposta da questão. Todo candidato guerrilheiro deve buscar se tornar perito nas Táticas de Defesa, para aumentar ainda mais seu desempenho nas provas.

Sun Tzu disse:

“Aquele cuja força é insuficiente, defende-se; ataca quando sua força é abundante. Os peritos em defesa ocultam-se como se as nove dobras da Terra os cobrissem. Os peritos de ataque deslocam-se como se caminhassem sobre a nove dobras do céu. Tanto uns quanto outros conseguem proteger-se e obter vitórias completas.”Nesse ensinamento de Sun Tzu, entenda a “força” como o conhecimento das matérias. Os peritos em ataque tem muita força, porque estudam com eficiência e são seguros dos seus conhecimentos para a hora da prova.

Os peritos em defesa são aqueles que não tem pleno conhecimento das matérias, mas conseguem acertar as questões, devido ao grande conhecimento dos padrões da UERJ.

Peritos em ataque não são melhores que peritos em defesa, e vice-versa. Tanto uns quanto outros conseguem atingir o objetivo, e é isso que importa. Porém, o ideal é que você conjugue o máximo de perícia em ataque com o máximo de perícia em defesa. Assim você se tornará imbatível!

O segredo: identificação de padrões

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A UERJ segue um mesmo padrão de distribuição de letras no gabarito, sem grandes modificações, a mais de dez anos. Uma vez que você descobre o padrão que a UERJ segue para “eleger” uma letra como correta, você é capaz de prever onde estará a resposta certa, mesma que não saiba o conteúdo cobrado na questão.

As Táticas de Defesa são um estudo estatístico dos padrões que a UERJ segue desde que começou seu atual modelo de prova. Elas devem fazer com que você acerte pelo menos 50% das questões que não souber responder na hora do exame.

Você está pronto para aprender as Táticas de Defesa? Conheça todos os estudos realizados em cima dos padrões de gabarito da UERJ.

Padrões do Gabarito do Vestibular UERJ“O que possibilita ao soberano inteligente e seu comandante conquistar o inimigo e realizar façanhas fora do comum é a previsão, conhecimento que só pode ser adquirido através de homens que estejam a par de toda movimentação do inimigo” Sun Tzu

Conheça agora um sofisticado estudo estatístico dos padrões do gabarito que a UERJ segue desde que começou seu atual modelo de prova. Elas devem fazer com que você acerte pelo menos 50% das questões que não souber responder no Exame de Qualificação da UERJ.

CAPITULO – VIII: Padrões de Gabarito em vídeo 

 

Estudo de FrequênciaAs boas bancas examinadoras de concurso se preocupam em não concentrar as alternativas corretas em determinada letra. Porque, vamos supor que mais de 90% das questões corretas de uma prova são a letra "C": caso o candidato opte por chutar todas as questões numa mesma letra, e tenha a sorte de optar pela letra "C", ele quase que vai gabaritar essa prova!

As boas eleboradoras de prova tentam evitar isso, fazendo uma distribuição balanceada entre a quantidade das letras do gabarito. A UERJ tem uma ótima banca examinadora e também faz essa distribuição balanceada. Vamos identificar qual é o padrão de distribuição das letras do gabarito utilizado pela UERJ.

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1º EXAME UERJ 2009 2º EXAME UERJ 2009

Nº de questões proporção % Nº de questões proporção %

A 17 28.33 15 25.00

B 15 25.00 17 28.33

C 13 21.67 16 26.67

D 15 25.00 12 20.00

Total 60 100 60 100

A seguir tem uma planilha com três colunas. Uma coluna com as alternativa das questões, uma com quantidade de alternativas corretas para cada uma das letras, e uma coluna com a proporção em porcentagem que cada uma representa. Segue um pequeno exemplo de como fica, com as informações do Vestibular 2009:

Veja como as letras do gabarito são distribuídas mais ou menos numa proporção parecida! Se você fizer isso com todas os Exame de Qualificação, vai chegar a conclusões bem interessantes.

Vai verificar por exemplo, que nunca acontece de uma letra ficar com menos de 12 questões. E também vai verificar que apenas uma vez uma alternativa ficou com mais de 18 questões da prova.Mesmo comparando-se com as provas da época que a prova tinha 64 questões (2002 a 2004), pela proporção da distribuição, vamos ver que o padrão de distribuição fica sempre entre 25% e 30%. A exceção foi apenas quando teve 19 questões (2º exame de qualificação do vestibular 2008), ficando com 31,67%, nunca mais que isso.

Como aplicar na provaAo fazer terminar a prova, é natural que não você saiba alguma questões ou fique em dúvida, tendo chutado algumas. Você pode aperfeiçoar seu chute. Agora você já sabe que nunca uma letra fica com menos de 12 questões. Se na sua prova só tem 11 ou menos questões em determinada letra, tem alguma coisa errada! Chute nas letras que estão faltando.Você sabe também que a distribuição nunca vem com mais de 19 questões em determinada letra. Nesse caso, evite chutar pela 20º vez na mesma letra. A não ser que você tenha certeza da resposta!

Lembre-se que isso é lidar com probabilidade estatística. Ou seja, estamos olhando os padrões do passado e constatando uma grande probabilidade de repetir-se no futuro. Não há garantia de que o padrão vá se repetir, mas a tendência é que se repita.

Chutar todas as questões numa mesma letra pode dar certo?Como vimos lá em cima, o máximo de concentração de questões que determinada letra tem é de 19 questões. Esse é o máximo que o candidato vai conseguir chutando tudo numa mesma letra, e por isso ficará reprovado.

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Outra conclusão fácil de ter apenas olhando o gabarito divulgado pela UERJ, é que a repetição de 3 letras em sequência é comum ocorrer. Porém somente uma vez ocorreu uma sequência de 4 letras seguidas. 5 questões nunca ocorreu! Ou seja, no vestibular UERJ, chutar todas as questões na mesma letra não dá certo!

Estudo de Frequência, por áreaA mesma contagem de quantidade de letras pode ser feita de forma separada para cada área de conhecimento: Linguagens, Espanhol, Ciências da Natureza e Ciências Humanas. Fazendo isso com todos os anos anteriores, você chegará a algumas conclusões bem interessantes! A forma de utilizar as informações é a mesma.

Uma vez tendo feito a planilha com todas as informações desde 2005 (quando iniciou-se o modelo atual de 60 questões), você poderá verificar que todas as letras aparecerem dentro das áreas de conhecimento pelo menos 2 vezes.

Somente uma vez aconteceu de apenas 1 determinada letra aparecer (letra "D", no 2º exame de qualificação do vestibular 2008, em Linguagens). Em todos os outros exames cada letra apareceu pelo menos 2 vezes em cada área de conhecimento.

Como aplicar na provaOu seja, se na hora do seu exame, determinada matéria só tiver uma ou nenhuma letra A, B, C ou D, desconfie!Da mesma forma, nunca aparecem mais de 8 questões de determinada letra, dentro de uma mesma matéria. Desconfie se isso acontecer nas suas repostas na hora prova!

Além do Estudo de Frequência, existem outros dois estudos de padrões de gabarito. São o Estudo de Densidade e o Estudo de Afinidade, e você vai entender sobre cada um agora. Ambos os estudos estão completos na parte IV das Táticas de Guerrilha,

Estudo de DensidadeO Estudo de Densidade te dá parâmetros de quantidades mínimas e máximas que as letras podem se repetir no gabarito.

A forma de se chegar a esses dados é a mesma do estudo anteriores: olhar os padrões históricos e identificar tendências de esse padrão repetir-se no futuro.

Para você entender o Estudo de Densidade, observe o quadro abaixo. Na linha de cima, as alternativas do gabarito. Na parte de baixo, um exemplo de quantidade de vezes que cada letra apareceu numa prova hipotética de Ciências Humanas, por exemplo.

A B C D

2 6 5 4

O gabarito tinha 2 letras A, 6 letras B, 5 letras C e 4 letras D, totalizando as 17 questões de Ciências Humanas.

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Ordenando essas quantidades em ordem decrescente de número de ocorrências ficará assim: “6,5,4,2”. Veja que “densidade máxima” desse gabarito é 6 e a “densidade mínima” é 2.

Fazendo-se esse exercício com todos os gabaritos de provas anteriores, você vai encontrar um padrão que servirá como parâmetro na hora da prova.

Exemplo práticoPor exemplo, fiz esse levantamento para todas as provas de Ciências Humanas, desde 2005. Seguem algumas das minhas conclusões.Nunca aconteceu de a densidade ser maior que 7 no gabarito de Ciências Humanas. Apenas uma vez (1º EQ do vestibular 2007) aconteceu uma densidade 7. Ou seja, numa prova típica, o máximo que você vai encontrar é uma letra repetindo-se 6 vezes. Se você marcou determinada letra mais de 6 vezes, desconfie!

Também nunca aconteceu uma densidade menor que 2. Ou seja, no seu gabarito, todas as letras vão ter que aparecer pelo menos 2 vezes. Se tiver menos que isso, desconfie!

O padrão de distribuição das letras do gabarito de Ciências Humanas mais frequente é o "5,4,4,4". este padrão apareceu 6 vezes nas 14 edições do Exame de Qualificação da UERJ desde 2005, só ficando de fora em 2009 e 2011. O segundo mais frequente é o "6,5,4,2", que apareceu 2 vezes no mesmo período (em 2005 e 2009).

Na hora de chutar as questões que não souber a resposta, leve em conta esses parâmetros. Chute de forma que seu gabarito se adeque a esses padrões seguidos todos anos pela UERJ.

Estudo de AfinidadeNos meu estudos e pesquisas descobri, pasme, que algumas disciplinas gostam mais de umas letras do que de outras. Essas disciplinas podem amar algumas letras e algumas vezes odiar certas letras!Como explicar, por exemplo, que levantando-se todas as questões que caíram conteúdo de Física nos últimos seis Exames de Qualificação, a quantidade das letras do gabarito fica assim:

A B C D

7 7 9 13

Repare que a quantidade de D supera, e muito as outras letras. Então eu digo que Física ama a letra D! Não posso afirmar nada sobre as outras letras, ja que não há uma diferença significativa entre elas. Eu digo que Física é indiferente com A, B e C.

Vamos a um exemplo de uma disciplina que odeia alguma letra. É o caso da Matemática, que, não me pergunte o porquê, odeia a letra A. Veja o mesmo levantamento para os últimos seis exames:

A B C D

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3 12 18 10

Está muito claro que Matemática odeia a letra A. E ainda, arriscaria C se estivesse em dúvida entre C e D, por exemplo.

Exemplo práticoVamos supor que, ao final da prova, voce esteja em dúvida em qual letra marcar numa questão com conteúdo de Física. Você já aplicou o Estudo de Frequência e o Estudo de Densidade, e ainda está em dúvida entre a letra C e a letra D. Qual que você vai marcar? Letra D, claro, pois como vimos, Física ama a letra D.Lembrando mais uma vez que tudo isso é um estudo estatístico de um padrão histórico e que não há nenhuma garantia de repetição no futuro. Mas aí eu pergunto: quando você não sabe qual letra marcar, essa é ou não é uma dica valiosíssima?

Não utilize isoladamenteA utilidade do Estudo de Afinidade pode ser muito baixa se você utilizá-lo isoladamente. Quando você utiliza os estudos de Frequência, Densidade e Afinidade, nessa ordem e em conjunto, sua Taxa de Aproveitamento da Incerteza sobe assustadoramente! Você pode comprovar isso fazendo uma prova anterior.

Verifiquei que o Estudo de Afinidade é muito eficaz para as disciplinas da área de Ciências da Natureza, menos eficaz para Ciências Humanas e não tem eficácia para Linguagens.

Todos os levantamentos de padrão de gabarito, para todas as disciplinas, estão completas no CT de Guerrilha. Agora que você já sabe como montar uma estratégia e como ser um perito nas táticas de ataque e de defesa, você está pronto para entrar para o Centro de Treinamento Guerrilheiro. Parabéns!

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