estocagem subterrÂnea de gÁs natural · cei - comunidade dos estados independentes :...

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Empresa de Pesquisa Energética Ministério de Minas e Energia Empresa de Pesquisa Energética Ministério de Minas e Energia ESTOCAGEM SUBTERRÂNEA DE GÁS NATURAL: ASPECTOS GERAIS, REGULATÓRIOS, ESTIMATIVA DE CUSTOS E SIMULAÇÃO Ana Cláudia S. Pinto, Carolina O. de Castro, Cláudia M.C. Bonelli, Gabriel de F. Costa, Henrique P.G. Rangel e Luiz Paulo B. da Silva Diretoria de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis - DPG Superintendência de Gás Natural e Biocombustíveis - SGB Rio de Janeiro/RJ 18 dez. 2018

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Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

ESTOCAGEM SUBTERRÂNEA DE GÁS NATURAL:ASPECTOS GERAIS, REGULATÓRIOS,

ESTIMATIVA DE CUSTOS E SIMULAÇÃO

Ana Cláudia S. Pinto, Carolina O. de Castro, Cláudia M.C. Bonelli, Gabriel de F. Costa, Henrique P.G. Rangel e Luiz Paulo B. da Silva

Diretoria de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis - DPG

Superintendência de Gás Natural e Biocombustíveis - SGB

Rio de Janeiro/RJ • 18 dez. 2018

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

Analisar a experiência internacional acerca

da atividade de ESGN, suas características

técnicas, custos e aspectos regulatórios,

além de avaliar, por meio de estudos de

caso elaborados pela EPE, a viabilidade

econômica e técnica desta atividade no

Brasil.

Objetivo

http://www.epe.gov.br/pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/estocagem-subterranea-de-gas-natural-aspectos-gerais-regulatorios-estimativa-de-custos-e-simulacao

OBJETIVO DA NOTA TÉCNICA

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

INTRODUÇÃO1

ASPECTOS GERAIS E REGULATÓRIOS DA ESGN2

CONSIDERAÇÕES FINAIS6

ESTUDO DE CASO: VIABILIDADE ECONÔMICA DE ESGN NO BRASIL4

ESTUDO DE CASO: SIMULAÇÃO DE ESGN NA MALHA DE DUTOS NO BRASIL5

ESTIMATIVA DE CUSTOS3

AGENDA

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

INTRODUÇÃO

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

• Objetivos da ESGN

Flexibilidade nos momentos de pico de demanda

Segurança do suprimento de gás natural;

Manutenção da flexibilidade operacional e balanceamento da

malha de gasodutos;

Ferramenta na mitigação da volatilidade de preços.

• ESGN no Brasil

Maior diversidade de agentes e maior divisão de riscos de operação

da malha de gasodutos poderão alavancar a necessidade de uso de

ESGN;

Garantia de segurança de suprimento e balanceamento da malha de

gasodutos

A atividade de ESGN se encontra muito incipiente no país.

Foto: Engie

INTRODUÇÃO

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

ASPECTOS GERAIS E REGULATÓRIOS DA

ESGN

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

Fonte: Adaptado de Procesi (2013)

Fonte: Adaptado de Edi (2016)

DEFINIÇÕES E CARACTERÍSTICAS DE ESGN

Inventário

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

Fonte: Adaptado de Procesi (2013)

Campo Depletado Caverna Salina Aquífero

Uso Principal Ciclo Sazonal Picos de consumo Ciclo Sazonal

Vantagens Instalação pronta e conhecida Altas taxas de injeção e retirada; baixo volume de gás de base; alto

número de ciclos

Adequado na ausência de campo depletado

Desvantagens Em geral, baixas taxas de injeção e

retirada

Alto custo de investimento

comparado com campo depletado e geração de água salobra

Alto custo de delimitação da estrutura; alto volume de gás de base

Lead time*

(anos) 5-8 1-5 10-12

Fonte: Adaptado de EDI (2016)* tempo que inclui fases de planejamento, projeto, construção e comissionamento da instalação

TIPOS DE ESGN

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

Capacidade de gás útil dos sítios por regiões (%)

Dez países com maiores capacidades de gás útil

Fonte: Elaboração própria EPE, com base em CEDIGAZ (2017).

Distribuição mundial de sítios de ESGN por capacidade de gás útil

CEI - Comunidade dos Estados Independentes : organização

formada por repúblicas da ex-URSS

Argentina

PANORAMA DO MUNDO

Seriam necessários

projetos de ESGN

somando 1 BCM de gás

útil

Situação( fim 2016):672 instalações424 bcm gás útil

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

País Órgão ReguladorPrincipal instrumento

de regulação de acesso

Acesso de terceiros às instalações de

ESGN

Regime de contrato de operação

Alemanha

Agência Federal de Redes de Eletricidade, Gás, Telecomunicações,

Correios e Linhas Férreas

Energy Industry Act Negociado Autorização

FrançaComissão de Regulação

de EnergiaLei nº 2017-1839 Regulado Concessão

ItáliaAutoridade Regulatória

para Redes de Energia e de Meio Ambiente

Decreto Leinº 164/ 2000 (Decreto

Letta)Regulado Concessão

EUAComissão Federal

Reguladora de Energia*FERC Order 636 e FERC

Order 678Negociado Autorização

RússiaMinistério de Energia da

Federação RussaResolução

nº 858 / 1997Híbrido (negociado /

regulado)Autorização

* Regulamenta instalações de ESGN operadas por companhias interestaduais. Outros sítios são regulados por Agências dos Estados Americanos ou Comissões. Fonte: Elaboração EPE

COMPARAÇÃO ENTRE MODELOS REGULATÓRIOS INTERNACIONAIS

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

• Iniciativa Gás para Crescer (Resolução CNPE 10/2016)

Objetivo: Propor ações de aprimoramento dos marcos legal e

regulatório do setor de gás natural diante do desinvestimento da

Petrobras, tendo por base um amplo debate com todos os agentes que

compõem o mercado de GN.

• Instituição do CT-GN e dos 8 Subcomitês para propor mudanças

•Agentes da indústria de GN e partes interessadasNúcleo Operacional

• Criação do Subcomitê 2 de Transporte e Estocagem

Elaboração de diretrizes para o estímulo ao desenvolvimento de

instalações de ESGN, inclusive reavaliação do modelo de outorga

PROPOSTA DE REGULAÇÃO DE ESGN NO BRASIL COM A INICIATIVA GÁS PARA CRESCER

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

Como é hoje?Qual é a proposta do

Gás para Crescer?

Exercício da atividade de estocagem por

concessão (Lei 11.909/2009)

Principais

Mudanças

As formações geológicas que serão objeto da autorização serão

estabelecidas pelo Poder Concedente ou, por delegação, pela ANP

ANP disponibilizará aos interessados, de forma onerosa, os dados

geológicos relativos às áreas com potencial para estocagem

Acesso de terceiros às instalações de estocagem subterrânea, nos

termos da regulação da ANP

O gás natural armazenado em formações geológicas não constitui

propriedade da União

Exercício da atividade de estocagem por

autorização

PROPOSTA DE REGULAÇÃO DE ESGN NO BRASIL COM A INICIATIVA GÁS PARA CRESCER

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

Concessionário do Campo: Santana Exploração e

Produção de Óleo e Gás Ltda (grupo STOGAS);

O Plano de Desenvolvimento (PD) apresentado pela

empresa contemplava atividade de estocagem, que foi

avaliada e autorizada pela ANP através deste

documento no final de 2015.

Aprovação do primeiro projeto de ESGN

no Brasil – Campo de Santana

Resolução ANP nº 17/2015, de 18/03/2015 –

estabelece que as etapas técnicas do projeto de

instalação de ESGN devem ser apresentadas no Plano

de Desenvolvimento, se houver previsão de estocagem.

PROJETO DE ESGN APROVADO NO BRASIL

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

ESTIMATIVA DE CUSTOS

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

O Brasil tem um imenso potencial exploratório, principalmente, no pré-sal.

... embora seja importador líquido de derivados.

~

547

mil b/d

Nafta: 179 mil b/d

Gasolina A: 77 mil b/d

QAV: 10 mil b/d

Óleo Diesel A: 223 mil b/d

700

mil b/d

Avaliar a existência de mercado para novas instalações;

Avaliar o retorno financeiro;

Custos dependentes de vários fatores;

Agrupados em dois grandes grupos: CAPEX e OPEX;

ESTIMATIVAS DE CUSTOS

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

Fonte: Elaboração própria EPE, com base em MUÑOZ (2012).

15%

32%

12%

18%

8%

6%4% 3%

2%

CAVERNASALINA

23%

27%16%

8%

6%

6%7%

7%

CAMPOSDEPLETADOS

33%

27%

13%

7%

5%

4%5% 6%

AQUÍFEROS

COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

Fonte: Adaptado de ANYADIEGWU et al. (2012).

Custo dos poços

abandonados

Custo do gás recuperável

remanescente

Custo de perfuração dos

poços

Custo da estrutura de

controle dos poços

Construção de linhas e

gasodutos

Faixa de Servidão e Custos

Ambientais

Custo Administrativo

Aquisição

Custos das Instalações de

Superfície

Gás de Colchão

Custo

Operacional

Custo total da

estocagem

Custo total do

investimento

Aquisição da Instalação

Desenvolvimento

COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

Tipo de ESGN

Profundidade (m)

Volume de gás útil (milhões

de m³)

Custo de investimento

(U$S/m³)

Custo de operação (U$S/m³)

Campo Depletado

< 1.000 500 – 1.000 0,14 - 0,17 0,008 - 0,017

1.000 - 2.000 500 – 1.000 0,10 - 0,30 0,010

> 2.000 500 – 1.000 0,07 - 0,36 0,006 - 0,016

Aquífero > 1.000

< 500 0,42 - 0,66 0,019

500 – 1.000 0,22 - 0,42 0,006 - 0,020

> 1.000 0,12 - 0,26 -

CavernaSalina

< 1.000 < 500 0,94 0,054 - 0,170

1.000 – 2.000 - 0,49 - 0,62 -

Fonte: Elaboração própria EPE, com base em MUÑOZ (2012).

OPEX 7% ao

ano

Foto: Uprom.

ESTIMATIVA MÉDIA DE CUSTOS POR TIPO DE ESGN

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

ESTUDO DE CASO:

VIABILIDADE ECONÔMICA DE ESGN NO BRASIL

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

Venda do Serviço

(US$/MMBtu)

Reserva de

Capacidade

(US$/MMBtu/mês)

Tarifa de Reserva de Capacidade:

depende do CAPEX, OPEX e Capacidade de

Estocagem

Tarifa de Venda do Serviço:

depende do regime de injeções e retiradas, e

do inventário máximo que será utilizado na

campanha

TARIFAS APLICADAS A ESGN

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

O Brasil tem um imenso potencial exploratório, principalmente, no pré-sal.

... embora seja importador líquido de derivados.

~

547

mil b/d

Nafta: 179 mil b/d

Gasolina A: 77 mil b/d

QAV: 10 mil b/d

Óleo Diesel A: 223 mil b/d

700

mil b/d

• Campo Depletado

3 anos de construção

Vida útil de 30 a 40 anos

30 anos de Fluxo de Caixa

Fonte: adaptado de EDI (2016).

• TIR de 10% e 15%

• Capacidade Útil = 120 MMm³

US$ 100 milhões(já considerando o gás de

base)7% ao ano

-250

-200

-150

-100

-50

-

50

100

150

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 24 25 26 27 28 29 30

mi U

S$2

00

6Caverna Salina Aquífero Campo Depletado

CASO BASE: Viabilidade de um Projeto de ESGN

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

O Brasil tem um imenso potencial exploratório, principalmente, no pré-sal.

... embora seja importador líquido de derivados.

~

547

mil b/d

Nafta: 179 mil b/d

QAV: 10 mil b/d

Óleo Diesel A: 223 mil b/d

Modelo de Negócio: Reserva de Capacidade;

Cobrança por US$/MMBtu/mês;

Independe do regime de injeções/retiradas, mas está

limitado aos fatores técnicos do projeto (recomendado:

um ciclo por ano).

-40

-35

-30

-25

-20

-15

-10

-5

-

5

10

15

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

Flu

xo d

e C

aixa

De

sco

nta

do

(U

S$ m

i)

Tarifa de US$ 0,47 /MMBtu/mês

(foi usada para os próximos

Casos)

Tarifa de US$ 0,63 /MMBtu/mês

TIR DE 10%:

TIR DE 15%:

CASO BASE: Viabilidade de um Projeto de ESGN

Caso base: fluxo de caixa descontado de um projeto de ESGN

Fonte: Elaboração própria EPE.

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

O Brasil tem um imenso potencial exploratório, principalmente, no pré-sal.

... embora seja importador líquido de derivados.

~

547

mil b/d

Nafta: 179 mil b/d

QAV: 10 mil b/d

Óleo Diesel A: 223 mil b/d

Compra e injeção por 9 meses;

Retirada e venda por 3 meses;

Preço do GNL comprado, regaseificado e injetado: US$

7,00 /MMBtu (média do 1º semestre de 2017);

TIR DE 10%:

$

$

O preço do GNL deve ser US$ 6,16 /MMBtu mais

caro no inverno, para que a estratégia seja viável

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

In

ven

tário

(m

ilh

ões d

e m

³)

In

jeção

e R

eti

rad

a

(m

ilh

ões d

e m

³/

dia

)

Injeção Retirada Inventário

-

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

out/06 jul/09 abr/12 dez/14 set/17 jun/20

Preço m

éd

io F

OB

do G

NL s

pot

con

trata

do p

elo

Brasil

(U

S$

/M

MB

tu)

Preço do GNL que deve ser vendido :

CASO 1: Arbitragem de Preços de GNL

Caso 1: arbitragem de preços de GNL

Fonte: Elaboração própria EPE.

Preços de GNL spot no Brasil

Fonte: Elaboração própria EPE, com base em MME (2017a).

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

O Brasil tem um imenso potencial exploratório, principalmente, no pré-sal.

... embora seja importador líquido de derivados.

~

547

mil b/d

Nafta: 179 mil b/d

QAV: 10 mil b/d

Óleo Diesel A: 223 mil b/d

Compra e injeção por 10 meses (de um produtor, em

base firme);

Retirada e venda por 2 meses (para UTE que aceitaria

pagar preços de GNL);

Preço do gás natural comprado e injetado: US$ 7,00

/MMBtu (400 mil m³/d, base firme);

TIR DE 10%:

O A UTE deve estar disposta a pagar US$ 5,15 /MMBtu a

mais, no contrato flexível, do que o valor de venda do gás

natural pelo produtor em base firme.

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

0,0

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0,8

1,2

1,6

2,0

2,4

2,8

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

In

ven

tário

(m

ilh

ões d

e m

³)

In

jeção

e R

eti

rad

a

(m

ilh

ões d

e m

³/

dia

)

Injeção Retirada Inventário

Preço do gás natural que deve ser vendido:

CASO 2: Venda de Gás Natural para UTEs

Caso 2: venda de gás natural para UTEs

Fonte: Elaboração própria EPE.

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

O Brasil tem um imenso potencial exploratório, principalmente, no pré-sal.

... embora seja importador líquido de derivados.

~

547

mil b/d

Nafta: 179 mil b/d

QAV: 10 mil b/d

Óleo Diesel A: 223 mil b/d

Compra e injeção no pico de produção (até 1 milhão de

m³/d por 6 meses);

Retirada e venda no vale de produção (até 1 milhão de

m³/d por 6 meses);

Preço do gás natural comprado e injetado: US$ 0,00

/MMBtu (será vendido o serviço).

TIR DE 10%:

O serviço de peak-shaving deve ser oferecido ao

produtor a um preço de US$ 5,75 /MMBtu para

que a estratégia seja viável.

Preço do serviço :

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

In

ven

tário

(m

ilh

ões d

e m

³)

In

jeção

e R

eti

rad

a

(m

ilh

ões d

e m

³/

dia

)

Injeção Retirada Inventário

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

milhões d

e m

³/d

Produção Líquida de um projeto de E&P hipotético

CASO 3: Peak-Shaving para Produtores

Caso 3: peak-shaving para produtores de gás natural

Fonte: Elaboração própria EPE.

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

O Brasil tem um imenso potencial exploratório, principalmente, no pré-sal.

... embora seja importador líquido de derivados.

~

547

mil b/d

Nafta: 179 mil b/d

QAV: 10 mil b/d

TIR DE 10%:

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

-

5

10

15

20

25

jan/1

0

abr/

10

jul/

10

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10

jan/1

1

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11

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jan/1

2

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3

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4

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14

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14

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5

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15

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6

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16

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16

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7

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17

jul/

17

out/

17

Inventá

rio (

milhão d

e m

³)

Com

pra

e V

enda (

milhões d

e m

³/d

)

Compra da CDL

Venda para as UTEs

InventárioVariações na demanda de gás natural do RJ entre 2010

e 2017;

Variações dos preços de GNL no mercado internacional.

A estratégia

seria viável.Seriam necessários

projetos de ESGN

somando 1 BCM de gás

útil

Seriam VPL igual a US$ 790

milhões, ou seja, US$ 99

milhões/ano (12% do CAPEX

por ano, considerando 8

projetos de US$ 100 milhões).

E SE HOUVESSE ESTOCAGEM?

O operador da ESGN poderia ter comprado volumes

firmes com as CDLs por ano, a preços de gás natural

nacional, que seriam injetados e retirados, e repassados

às UTEs conforme a necessidade.

Neste caso, as UTEs poderiam estar dispostas a pagar pelo gás

natural o mesmo valor que pagariam pelo GNL, já regaseificado,

em cada mês.

CASO 4: Análise Hipotética Usando Dados Históricos

Caso 4: análise usando dados históricos

Fonte: Elaboração própria EPE.

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

O Brasil tem um imenso potencial exploratório, principalmente, no pré-sal.

~

Nafta: 179 mil b/d

TIR DE 10%:

Caso Base: US$ 0,47 ou US$ 0,63 /MMBtu/mês

Caso 1: GNL no inverno US$ 6,16 /MMBtu mais caro

Caso 2: UTE pagaria US$ 5,15 /MMBtu pela flexibilidade

Caso 3: produtor pagaria US$ 5,75 /MMBtu pelo peak-shaving

Caso 4: o VPL teria sido positivo, US$ 99 milhões/ano

Foto: Gazprom.

RESULTADOS

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

ESTUDO DE CASO:

SIMULAÇÃO DE ESGN NA MALHA DE DUTOS NO BRASIL

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

Desenvolver um modelo de ESGN em um campo depletado teórico na Bacia do Recôncavo a fim de realizar

simulações termofluido-hidráulicas em um trecho de malha de gasodutos de transporte, avaliando impactos e

funcionalidades, com base na demanda projetada no ano de 2026.

Modelagem da ESGN teórica

(dados de STOGAS, ANP e da literatura) Modelagem da malha de gasodutos de transporte

(dados da ANP e das transportadoras)

Caracterização do comportamento da ESGN

Quanto tempo há fornecimento até atingir o gás de

colchão variando-se as taxas de retirada?

Estudo de caso – impacto

da ESGN na malha

Para demanda termelétrica

máxima, em 2026, na Bahia, sem

ofertas extras de UPGNs e GNL,

como seria o atendimento:

Cenário 1:

Sem ESGN

Cenário 2:

ESGN fornece o gás

equivalente ao aumento

dessa demanda

ESTUDO DE CASO: OBJETIVOS E ETAPAS PRINCIPAIS

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

Bacias terrestres com interesse para estudos de ESGN em campos depletados.

Fonte: Elaboração própria EPE, com base em ANP (2017).

Detalhe da área de estudo.

Fonte: Elaboração própria EPE, com base em WEBMAPS (2018).

LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

𝑄 = 𝑛 𝑃𝑅 − 𝑃𝑤ℎ𝑘

Pipeline Studio - Equação de Capacidade de Entrega Estabilizada (Rawlins e Schellhardt, 1935)

𝑉𝑟 =𝐵𝑔𝑖𝐺

𝛷 𝑆𝑔𝑖𝐵𝑔𝑖 =

𝑃𝑠𝑡𝑑

𝑇𝑆𝑡𝑑

𝑍 𝑇

𝑃

𝑉𝑝 = 𝑉𝑟 𝛷

sendo que

1,4 MMm³/dia 2,7 MMm³/dia

G = 240 MMm³

G = Vgu + Vgc

Vr = 8,15 MMm³

Parâmetros Valores Unidades Fontes

Pressão estática do reservatório (P) 225 Kgf/cm² LIMA (2014)

Temperatura do reservatório (T) 60 °C LIMA (2014)

Pressão de referência (Pstd) 1,05 Kgf/cm2 premissa

Temperatura de referência (Tstd) 20 °C premissa

Volume de gás útil (Vgu) 120 MMm³ STOGAS (2015)

Volume de gás de colchão (Vgc) 120 MMm³ premissa

Volume de gás total no reservatório

(G)240 MMm³ premissa

Porosidade do reservatório (ɸ) 14 (%) ANP (2016)

Saturação de gás inicial (Sgi) 100 % premissa

Volume do reservatório (Vr) 8,15 MMm³ calculado

Volume poroso (Vp) 1,13 MMm³ calculado

Taxas de injeção e retirada (Q) 1,4 e 2,7 MMm³/d ANP (2016)

Pressão na cabeça do poço (Pwh) 60 Kgf/cm2 premissa

Geometria do reservatório (n) 0,112 - premissa

Tipo de fluxo 0,5 a 1,0 (k) 0,85 - premissa

MODELAGEM DA ESGN TEÓRICA

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

Vazões (MMm³/dia)

2,7* 2,00* 1,35** Variável

Tempo até reduzir a taxa de retirada 110h (4,6 d) 550h (22,9 d) 1400h (58,3 d) -

Tempo até atingir o gás de colchão 1150h (47,9 d) 1500h (62,5 d) 2150h (89,6 d) 2200h (91,6 d)

* Seminário ANP Estocagem (STOGAS, 2015) - taxa de retirada de 2 a 3 MMm3/dia

** metade da taxa máxima adotada

CARACTERIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO DA ESGN

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

Dados de Oferta e

Demanda do PDE 2026

(em 2026)

UTEs Celso Furtado, Rômulo Almeida

e Prosperidade

Acionadas simultaneamente (15min até demanda

máxima) SEM fornecimento adicional das UPGNs e

do GNL para suprir essa demanda extra

Tempo de simulação0 h 0,25 h 500h

GNL + UPGNs (OFERTA) 13 MMm³/d 13 MMm³/d 13 MMm³/dReservatório de ESGN Inexistente Inexistente InexistenteTérmicas (CONSUMO) 0 2,2 MMm³/d 2,2 MMm³/dPressão mínima nos pontos de entrega 23 kgf/cm2 23 kgf/cm2 23 kgf/cm2

ESTUDO DE CASO: CENÁRIO 1 – SEM ESGN (em 2026)

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

6 horas

Acionamento simultâneo das termelétricas (15min até máximo)

Riscos de atendimento de gás (pressões, vazões, etc)

(23 kgf/cm2 nos pontos de entrega)

ESTUDO DE CASO: CENÁRIO 1 – SEM ESGN

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

Dados de Oferta e

Demanda do PDE 2026

(em 2026)

gasoduto de

16’’ com 13km

UTEs Celso Furtado, Rômulo Almeida e Prosperidade

Acionadas simultaneamente (15min até demanda máxima) SEM fornecimento

adicional das UPGNs e do GNL para suprir essa demanda extra

Tempo de simulação0 h 0,25 h 2500h

GNL + UPGNs (OFERTA) 13 MMm³/d 13 MMm³/d 13 MMm³/dTérmicas (CONSUMO) 0 2,2 MMm³/d 2,2 MMm³/dPressão Mínima nos pontos de entrega 23 kgf/cm² 23 kgf/cm² 23 kgf/cm²Reservatório de ESGN ABERTO ABERTO ABERTOVolume de Gás inicial (gás in place) 240 MMm³ Calculado* Calculado* Pressão do Reservatório 225 kgf/cm² Calculado* Calculado* Pressão da Cabeça do Poço 60 kgf/cm² Calculado* Calculado*

ESTUDO DE CASO: CENÁRIO 2 – COM ESGN (em 2026)

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

29 diasRiscos de atendimento de gás (pressões, vazões, etc)

(23 kgf/cm2 nos pontos de entrega)

ESTUDO DE CASO: CENÁRIO 2 – COM ESGN

Acionamento simultâneo das termelétricas (15min até máximo)

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

A ESGN consegue assegurar o atendimento das demandas em situações adversas de balanço de oferta e demanda.

A ESGN elevaria significativamente o tempo de operação da malha de gasodutos da região, até a ocorrência de uma falha.

Apesar de concorrentes, a operação em conjunto entre o GNL e a ESGN poderia trazer mais flexibilidade de operação da

malha de transporte de gás natural.

Há simplificações e restrições de aplicabilidade.

COMENTÁRIOS SOBRE O ESTUDO DE CASO

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Empresa de Pesquisa Energética

Ministério de Minas e Energia

Com a política de desinvestimento da Petrobras, a ESGN poderia garantir segurança de suprimento de gás

natural em caso de dificuldades de fornecimento por parte dos agentes produtores ou carregadores;•

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os campos depletados tem mais projetos em operação no mundo por terem menores custos associados às

pesquisas prévias, instalações pré-existentes e maior capacidade de gás útil. No Brasil, pode ser o tipo mais

promissor;

A iniciativa Gás para Crescer trouxe uma contribuição para o setor de ESGN com a proposta de alteração do

modelo de outorga de concessão para autorização;

•Há diversas estratégias possíveis para monetização da atividade de ESGN, porém, deve ser observada a incidência

de margem de distribuição, tarifa de transporte, impostos e tributos pois, duplo pagamento de alguma destas

parcelas (tanto na injeção quanto na retirada) pode comprometer a viabilidade;

•As simulações termofluido-hidráulicas em um campo teórico na Bacia do Recôncavo sugeriram que a ESGNpoderia atender, adequadamente, as demandas termelétricas e da malha no Nordeste, bem como teria sinergia como GNL.

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Analistas de Pesquisa Energética