estimulação elétrica transcutânea do nervo: analgesia ... · colecistectomia por laparotomia....

140
DANILO RIBEIRO GUERRA Estimulação elétrica transcutânea do nervo: analgesia preemptiva em colecistectomia por laparotomia Dissertação de Mestrado apresentada ao Departamento de Biomecânica, Medicina e Reabilitação do Aparelho Locomotor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo para obtenção do Título de Mestre em Reabilitação. Orientador: Prof. Dr. Luís Vicente Garcia Ribeirão Preto 2005

Upload: others

Post on 18-Jan-2021

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

DANILO RIBEIRO GUERRA

Estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea do nervo analgesia

preemptiva em colecistectomia por laparotomia

Dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada aoDepartamento de Biomecacircnica Medicina eReabilitaccedilatildeo do Aparelho Locomotor daFaculdade de Medicina de Ribeiratildeo Preto daUniversidade de Satildeo Paulo para obtenccedilatildeo doTiacutetulo de Mestre em Reabilitaccedilatildeo

Orientador Prof Dr Luiacutes Vicente Garcia

Ribeiratildeo Preto2005

AUTORIZO A REPRODUCcedilAtildeO E DIVULGACcedilAtildeO TOTAL OU PARCIAL DESTETRABALHO POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETROcircNICO PARAFINS DE ESTUDO E PESQUISA DESDE QUE CITADA A FONTE

Guerra Danilo RibeiroEstimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea do nervo analgesia preemptiva em

colecistectomia por laparotomia Danilo Ribeiro Guerra orientadorProf Dr Luiacutes Vicente Garcia Ribeiratildeo Preto ndash SP Ribeiratildeo Preto2005

139 f fig

Dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada ao Departamento deBiomecacircnica Medicina e Reabilitaccedilatildeo do Aparelho Locomotor daFaculdade de Medicina de Ribeiratildeo Preto da Universidade de Satildeo Paulo

1 Dor 2 Estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea do nervo 3Colecistectomia 4 Analgesia preemptiva

DEDICATOacuteRIA

Aos meus pais Salvino Guerra Filho e Maria Luiacuteza Ribeiro Guerra por todo o amor

dedicaccedilatildeo e liccedilotildees de vida que possibilitaram a concretizaccedilatildeo desse trabalho

AGRADECIMENTOS

A Deus ser superior que nos acompanha constantemente natildeo apenas nos momentos de

euforia e alegria mas principalmente quando necessitamos de um passo maior para superar os

obstaacuteculos da vida

Ao orientador Prof Dr Luiacutes Vicente Garcia por toda a confianccedila depositada em meu trabalho

desde a eacutepoca em que ainda era um graduando e apoio e incentivo na realizaccedilatildeo dessa

pesquisa mesmo diante de tanto trabalho Obrigado por tudo professor A minha gratidatildeo por

ti eacute imensa Continua sempre com essa energia positiva e essa paz interior que o teu caminho

seraacute sempre bem iluminado

Aos meus pais ndashndash Salvino Guerra Filho e Maria Luiacuteza Ribeiro Guerra irmatildeos ndashndash Salvino

Guerra Neto e Ticiana Ribeiro Guerra e sobrinhos ndashndash Juliano Guerra de Castro e Letiacutecia

Guerra ndashndash por serem o meu grande alicerce O meu amor por vocecircs seraacute eterno

A toda a minha famiacutelia ndashndash tios e primos ndashndash em especial ao Dr Wagner da Silva Ribeiro e a

Ivana Almeida da Silva Ribeiro

Aos meus professores da graduaccedilatildeo Dr Francisco Prado Reis Dr Joseacute Aderval Aragatildeo Dr

Ronaldo Queiroz Gurgel e Dr Walderi Monteiro da Silva Juacutenior verdadeiros pais na minha

vida acadecircmica As liccedilotildees ndashndash cientiacuteficas e de vida ndashndash sempre tatildeo vaacutelidas proveitosas e

essenciais para o processo de aprendizado cientiacutefico ficaratildeo guardadas para todo o sempre

A todos os integrantes do Departamento de Biomecacircnica Medicina e Reabilitaccedilatildeo do

Aparelho Locomotor da Faculdade de Medicina de Ribeiratildeo Preto pela disponibilidade e

atenccedilatildeo fornecidas em especial a Maria de Faacutetima Feitosa Lima

Aos amigos Vaacutelter Joviniano de Santana Filho e Josimari Melo de Santana que sempre me

acolheram como verdadeiros pais nessa nova jornada que se processou em minha vida

Obrigado de coraccedilatildeo a vocecircs pela amizade incentivo carinho e respeito

Aos companheiros de pesquisa Thaiacutesa Barreto Brenno Santiago Jaqueline Lobatildeo Joseacute Nery

Marcelo Prata Paulo Autran Thaiacutes Costa e Renata Essa pesquisa eacute um dos frutos que

colhemos ao longo de todos esses meses

Aos amigos de longas datas pelas saacutebias palavras conselhos viagens e por saberem

compreender o verdadeiro sentido da palavra Amizade Valeska Dias Andrei Ribeiro Thiago

Paulino Taacutecito Leite Murilo Arauacutejo Mariana Godoy Alina Alberto Ribeiro Wylner

Cardozo Elisvacircnia Barroso e Larissa Sampaio

Aos novos amigos que me acolheram em Ribeiratildeo Preto Badauecirc Keka Luquinhas Mateus

Emiacutelson Ricardo Maacutercio Manuela Carol e Mariana Ainda temos muita estrada para

compartilharmos juntos Obrigado por tudo

A todos os integrantes da Liga de Dor de Ribeiratildeo Preto ndashndash professores e estudantes ndashndash pelo

profissionalismo e sobretudo pelo clima de amizade sempre presente Poder compartilhar um

mesmo ambiente com pessoas tatildeo dedicadas e saacutebias tem sido um processo de aprendizado

muito relevante para mim Em especial ao Prof Dr Joseacute Geraldo Speciali e agrave Profordf Drordf

Faacutetima Aparecida Emm Faleiros Souza

Agrave Profordf Drordf Claacuteudia Benedita dos Santos pelo grande apoio na reta final e simpatia sempre

presente Desejo-lhe imenso sucesso nessa proacutexima etapa da sua vida profissional

Agraves funcionaacuterias do Hospital das Cliacutenicas de Ribeiratildeo Preto em especial Rita e Siacutelvia que

sempre me atenderam e ldquosocorreramrdquo com um carinho e simpatia muito grandes

A todos os funcionaacuterios do Hospital Satildeo Domingos Saacutevio ndashndash cirurgiotildees anestesiologistas

enfermeiros teacutecnicas em enfermagem e porteiros ndashndash que sempre se mostraram receptivos a

nossa presenccedila e principalmente aos pacientes que se disponibilizaram a participar da nossa

pesquisa

ldquoAprendemos em decorrecircncia de literalmente centenas de experiecircncias que existe um limite

para a eficaacutecia de qualquer terapia empregada poreacutem felizmente os efeitos de duas ou mais

terapias fornecidas em combinaccedilatildeo satildeo cumulativosrdquo

Melzack e Wall 1987

RESUMO

GUERRA D R Estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea do nervo analgesia preemptiva emcolecistectomia por laparotomia 2005 139 f Dissertaccedilatildeo de mestrado ndashndash Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto 2005

Introduccedilatildeo O uso da Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo (TENS) vem sendo muito

pesquisado em poacutes-operatoacuterios todavia os estudos natildeo analisam se a TENS de baixa

frequumlecircncia ndashndash que estimula a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos ndashndash seria eficiente em promover

analgesia preemptiva Objetivo Analisar se essa modalidade de TENS aplicada antes de

colecistectomias por laparotomia poderia proporcionar analgesia preemptiva Casuiacutestica e

meacutetodo A pesquisa ndashndash cliacutenica controlada randomizada e duplamente encoberta ndashndash foi

realizada no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio e teve uma amostra de 50 pacientes todas do sexo

feminino grupo preemptivo (n = 25) e placebo (n = 25) As pacientes do primeiro grupo

foram submetidas agrave aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia antes da cirurgia e as do grupo

placebo a uma falsa estimulaccedilatildeo Houve a padronizaccedilatildeo do cloridrato de bupivacaiacutena (05)

como droga anesteacutesica associado ao fentanil (2 ml) para a realizaccedilatildeo das colecistectomias e

da medicaccedilatildeo analgeacutesica utilizada no poacutes-operatoacuterio dipirona prescrita de 6 em 6 horas e

diclofenaco de soacutedio como medicaccedilatildeo de resgate A intensidade de dor poacutes-operatoacuteria foi

mensurada pela Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END) em 8 momentos (2frac12 3frac12

4frac12 5frac12 7 8 e 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico aleacutem de uma uacuteltima

verificaccedilatildeo no momento da alta hospitalar) e pelo Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ)

aplicado 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico Outrossim o grau de satisfaccedilatildeo das

pacientes com o tratamento foi mensurado pela Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (ESP) Os

dados foram analisados por meio de testes estatiacutesticos descritivos Teste de Mann-Whitney

Teste-t de Student para amostras natildeo-pareadas e qui-quadrado sendo o niacutevel de significacircncia

de 5 Resultados A intensidade de dor mensurada pela END foi significantemente menor

no grupo preemptivo nas terceira e quarta coletas Natildeo houve diferenccedila significante quanto

aos iacutendices obtidos pelo MPQ e nem quanto agrave satisfaccedilatildeo das pacientes o consumo de drogas

analgeacutesicas no poacutes-operatoacuterio e o tempo para o primeiro requerimento de diclofenaco de

soacutedio Conclusatildeo A TENS de baixa frequumlecircncia proporcionou analgesia preemptiva apoacutes

colecistectomia por laparotomia

Palavras-chave dor estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea do nervo colecistectomia analgesiapreemptviva

ABSTRACT

GUERRA D R Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation preemptive analgesia inopen cholecystectomy 2005 139 f Masterrsquos dissertation ndashndash Faculdade de Medicina deRibeiratildeo Preto Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto 2005

Introduction Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation (TENS) has been searched in the

postoperative period however these studies donrsquot analyze whether low frequency TENS ndashndash

that stimulates the release of endogenous opioids ndashndash could be efficient to provide preemptive

analgesia Objective The aim of this study was to verify whether low frequency TENS

applied before open cholecystectomies could provide it Cases and method It was a

controlled randomized and double-blinded trial carried out at the Hospital Satildeo Domingos

Saacutevio (Aracaju city Brazil) and had a sample of 50 patients preemptive group (n = 25) and

placebo (n = 25) The patients from the first group were submitted to the application of TENS

before the surgery and the placebo group to a false stimulation There was the standardization

of the bupivacaine (05 ) as anesthetic drug plus fentanyl (2 ml) for the accomplishment of

the cholecystectomies and of the analgesic medication used in the postoperative period

dipyrone prescribed for every 6 hours and diclofenac only if the patients complained about

pain Pain intensity was measured by the Numerical Rating Scale (NRS) in 8 moments (2frac12

3frac12 4frac12 5frac12 7 8 e 16 hours after inducing the anesthesia besides one last verification at the

hospital discharge) and by the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (Br-MPQ)

applied 16 hours after inducing the anesthesia Patient satisfaction level in relation to the

treatment was measured by the Patient Satisfaction Scale (PSS) The data were analyzed by

Mann-Whitney Test unpaired t-test and qui-square being significant those data with p lt

005 Results Pain intensity measured by the NRS was lower in the preemptive group in the

third and fourth verifications There was no difference neither in relation to the indexes

obtained with the Br-MPQ nor the PSS consume of analgesics in the postoperative and time

for the first request of diclofenac Conclusion Low frequency TENS provided preemptive

analgesia after open cholecystectomy

Keywords pain transcutaneous electrical nerve stimulation cholecystectomy preemptive

analgesia

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 ndashndash Aparelho Dualpex 961

Figura 2 ndashndash Aparelho Physiotonus Four

Figura 3 ndashndash Simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENS

Figura 4 ndashndash Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor numerada de 0 a 10cm

Graacutefico 1 ndashndash Representaccedilatildeo das idades das pacientes

Graacutefico 2 ndashndash Representaccedilatildeo dos pesos das pacientes

Graacutefico 3 ndashndash Representaccedilatildeo das estaturas das pacientes

Graacutefico 4 ndashndash Representaccedilatildeo dos Iacutendices de Massa Corporal (IMC) das pacientes

Graacutefico 5 ndashndash Relato das pacientes sobre o periacuteodo em meses em que vinham sentindodor devido agrave doenccedila da vesiacutecula biliar

Graacutefico 6 ndashndash Estado fiacutesico das pacientes de acordo com a classificaccedilatildeo da SociedadeAmericana de Anestesiologia

Graacutefico 7 ndashndash Relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos antes da colecistectomiapara o tratamento da dor decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou deoutras doenccedilas crocircnicas

Graacutefico 8 ndashndash Representaccedilatildeo do tempo decorrido desde o teacutermino da aplicaccedilatildeo daEstimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo ateacute a induccedilatildeo do bloqueioAnesteacutesico nas pacientes

Graacutefico 9 ndashndash Representaccedilatildeo da duraccedilatildeo das cirurgias

Graacutefico 10 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia da intensidade de dor incisional por meio daEND (Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)

Graacutefico 11 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento queestava sendo realizado obtida pela ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente)

Graacutefico 12 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total eem cada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivoe placebo

Graacutefico 13 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia do Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e emcada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo eplacebo

35

35

37

39

46

47

47

48

50

51

52

53

54

56

58

64

66

Graacutefico 14 ndashndash Representaccedilatildeo do consumo de diclofenaco de soacutedio pelas pacientes nasprimeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico

Graacutefico 15 ndashndash Representaccedilatildeo dos intervalos desde a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ateacute asolicitaccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio nas pacientes que assim a fizeram nasprimeiras 16 horas apoacutes tal induccedilatildeo

Graacutefico 16 ndashndash Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram diclofenaco de soacutedio desdeo iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar

Graacutefico 17 ndashndash Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram dipirona desde o iniacutecio doperiacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar

Graacutefico 18 ndashndash Ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes em algummomento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio durante a internaccedilatildeo hospitalar

Graacutefico 19 ndashndash Uso de metoclopramida pelas pacientes durante o periacuteodo de internaccedilatildeohospitalar

Graacutefico 20 ndashndash A aplicaccedilatildeo da TENS

Graacutefico 21 ndashndash Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dorpoacutes-operatoacuteria usar

67

68

69

70

71

72

73

74

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndashndash Dados demograacuteficos da amostra

Tabela 2 ndashndash Distribuiccedilatildeo da categoria de peso das pacientes de acordo com os dadosobtidos pelo iacutendice de massa corporal (IMC)

Tabela 3 ndashndash Niacutevel de escolaridade das pacientes

Tabela 4 ndashndash Diagnoacutestico cliacutenico das pacientes

Tabela 5 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) da intensidade de dorincisional mensurada por meio da END (Escala Numeacuterica deMensuraccedilatildeo da Dor

Tabela 6 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) do grau de satisfaccedilatildeodas pacientes com o tratamento que estava sendo realizado

Tabela 7 ndashndash Relaccedilatildeo dos descritores do Questionaacuterio de Dor McGill selecionadospelas pacientes

Tabela 8 ndashndash Nuacutemero de pacientes que selecionou cada subcategoria do Questionaacuterio deDor McGill

Tabela 9 ndashndash Descritores do Questionaacuterio de Dor McGill mais frequumlentementeselecionados pelas pacientes

Tabela 10 ndashndash Iacutendice do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill

Tabela 11 ndashndash Relaccedilatildeo do Nuacutemero de Palavras Escolhidas nas categorias sensorial(NWC-S) e afetiva (NWC-Af) entre os grupos preemptivo e placebo

Tabela 12ndashndash Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cada categoria doQuestionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placebo

Tabela 13 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo preemptivo

Tabela 14 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo placebo

Tabela 15 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupo preemptivo com otratamento que estava sendo realizado obtidos pela Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

Tabela 16 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupo placebo com otratamento que estava sendo realizado obtidos pela Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

46

49

49

49

55

57

60

61

62

63

63

65

133

134

1356

Tabela 17 ndashndash Uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico e tempo decorrido desde essa induccedilatildeo ateacute a primeirasolicitaccedilatildeo dessa droga nos grupos preemptivo e placebo

Tabela 18 ndashndash Presenccedila de dor no ombro direito no periacuteodo poacutes-operatoacuterio naspacientes dos grupos preemptivo e placebo

Tabela 19 ndashndash Quantidade de vezes em que a metoclopramida o diclofenaco de soacutedio ea dipirona foram administradas em cada paciente durante todo o periacuteodopoacutes-operatoacuterio em que elas estavam internadas

136

137

138

139

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACTH

AMPc

ASA

acirc-LPH

END

ESP

Adrenocorticotropina

Adenosina monofosfato

American Society of Anesthesiology (Sociedade Americana de Anestesiologia)

acirc-lipotropina

Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente

IASP International Association for the Study of Pain (Associaccedilatildeo Internacional para o

Estudo da Dor)

IBA

IMC

MPQ

NMDA

NWC

NWC-t

NWC-s

NWC-af

NWC-av

NWC-m

PPI

Iniacutecio do Bloqueio Anesteacutesico

Iacutendice de Massa Corporal

McGill Pain Questionnaire (Questionaacuterio de Dor McGill)

N-metil-D-aspartato

Number of Words Chosen (Nuacutemero de Palavras Escolhidas)

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Total

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Sensorial

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Afetiva

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Avaliativa

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Miscelacircnea

Present Pain Intensity (Intensidade de Dor Presente)

PRI Pain Rating Iacutendex (Iacutendice Quantitativo de Dor)

RNA

SEM

Aacutecido Ribonucleacuteico

Standard Error Mean (Erro Padratildeo da Meacutedia)

SN

SUS

TENS

TNLs

VAS

Sistema Nervoso

Sistema Uacutenico de Sauacutede

Transcutaneus Electrical Nerve Stimulation (Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do

Nervo)

Terminaccedilotildees Nervosas Livres

Visual Analogue Scale (Escala Analoacutegica Visual)

LISTA DE SIacuteMBOLOS

cm Centiacutemetro

g

H+

K+

h

Hz

Kg

m

ml

min

micros

acirc

auml

divide2

Grama

Iacuteon hidrogecircnio

Iacuteon potaacutessio

Hora

Hertz

Kilograma

Metro

Mililitro

Minuto

Microsegundo

Beta

Delta

Qui-quadrado

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 18

2 OBJETIVO

3 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

31 DESENHO DO ESTUDO

32 LOCAL

33 CASUIacuteSTICA E CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO E EXCLUSAtildeO

34 INTERNAMENTO DAS PACIENTES

35 RANDOMIZACcedilAtildeO

36 AVALIACcedilAtildeO CLIacuteNICA

37 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

38 MATERIAIS

39 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

391 Os grupos de pacientes da pesquisa

392 Teacutecnica de aplicaccedilatildeo da TENS

393 Teacutecnica anesteacutesica

394 Cirurgia e prescriccedilatildeo de medicamentos

395 Instrumentos de coleta de dados

3951 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END)

3952 Questionaacuterio de Dor McGill

3953 Escala de Satisfaccedilatildeo dos Pacientes

3954 Ficha do consumo de faacutermacos

3955 Questionaacuterio sobre a aplicaccedilatildeo da TENS

310 ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS DADOS

311 TEacuteCNICA UTILIZADA PARA A DEMONSTRACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

27

29

29

29

29

32

33

33

34

34

35

35

36

37

38

39

39

40

41

42

42

43

43

4 RESULTADOS

5 DISCUSSAtildeO

51 DADOS DEMOGRAacuteFICOS E CLIacuteNICOS

52 ANAacuteLISE DA DOR PELA ESCALA NUMEacuteRICA DE MENSURACcedilAtildeO DA DOR

53 ANAacuteLISE DA SATISFACcedilAtildeO DAS PACIENTES COM O TRATAMENTO

44

75

76

79

90

54 ANAacuteLISE DA DOR PELO QUESTIONAacuteRIO DE DOR McGILL

55 TEMPO PARA A PRIMEIRA ADMINISTRACcedilAtildeO DO DICLOFENACO DE

SOacuteDIO

56 ANAacuteLISE DO CONSUMO DE ANALGEacuteSICOS NO POacuteS-OPERATOacuteRIO

57 DOR REFERIDA

58 ANAacuteLISE DO CONSUMO DE METOCLOPRAMIDA

59 QUESTIONAacuteRIO SOBRE A TENS

6 CONCLUSAtildeO

92

99

101

104

105

106

108

REFEREcircNCIAS 110

APEcircNDICES 123

18

INTRODUCcedilAtildeO

19

1 INTRODUCcedilAtildeO

A dor um dos mais importantes mecanismos de defesa do corpo humano propicia

um sinal de alerta ao enceacutefalo de que os tecidos estatildeo expostos a uma situaccedilatildeo de perigo

mesmo que a dor ocorra antes de um real dano fiacutesico Haacute longiacutenquo tempo o homem pesquisa

maneiras para aliviar a dor o que proporcionou vaacuterios avanccedilos no campo das modalidades

analgeacutesicas com destaque para os opioacuteides ndashndash entre os faacutermacos e na fisioterapia os

estimuladores eleacutetricos como a Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo (Transcutaneus

Electrical Nerve Stimulation ndashndash TENS) modalidade terapecircutica que consiste na aplicaccedilatildeo de

corrente eleacutetrica ao corpo humano com fins analgeacutesicos (CHANDRAN SLUKA 2003

DuGAS 1988 FORTH BEYER PETER 1995 LOW REED 2001 STARKEY 2001

TEIXEIRA SOUZA 2001 WOOD 1998)

A tecnologia e a ciecircncia deram suporte agrave TENS natildeo apenas pela criaccedilatildeo dos

modernos e praacuteticos aparelhos eletroteraacutepicos mas tambeacutem pelo conhecimento acerca do seu

mecanismo de accedilatildeo possibilitando que essa teacutecnica fosse amplamente difundida em vaacuterios

paiacuteses De um modo geral a TENS possui inuacutemeras indicaccedilotildees podendo ser aplicada em

qualquer siacutendrome dolorosa aguda ou crocircnica de causa diagnosticada inclusive no periacuteodo

poacutes-operatoacuterio (ANTUNES et al 2002 BUTTON SAWYER 1999 CREPON 1996

DAMIANE C DAMIANE G 1998 IMAMURA et al 1995 ROBINSON 2001

SANTIESTEBAN 1993 SLUKA WALSH 2003)

Ultimamente tem-se abordado bastante o uso da TENS para o tratamento de dores

poacutes-operatoacuterias como as decorrentes de cirurgias cardiacuteacas colecistectomias toracotomias

endoscopias microlariacutengeas cirurgias laparoscoacutepicas gastrectomias entre outras A TENS

tem sido na maioria das pesquisas um recurso analgeacutesico eficiente em poacutes-operatoacuterios na

dependecircncia do tipo de cirurgia metodologia empregada grau de dor gerado e medicaccedilatildeo

20

concorrente Todavia as pesquisas tecircm restringido seu uso somente ao periacuteodo poacutes-ciruacutergico

natildeo a empregando antes de cirurgias com o intuito de tratar a dor antes mesmo do seu

surgimento (BENEDETTI et al 1997 CARROL BADURA 2001 LOMBARD et al 1996

MARIANO BEN 1998 MARIN CASTRO 1986 TOYOTA SATAKE AMAKI 1999

ZAacuteRATE et al 2001)

Existem quatro modalidades de TENS convencional acupuntura burst e breve-

intensa A TENS acupuntura muito conhecida como TENS de baixa frequumlecircncia estimula a

liberaccedilatildeo pela glacircndula hipoacutefise de ACTH (adrenocorticotropina) e acirc-lipotropina (acirc-LPH)

que eacute a substacircncia precursora da acirc-endorfina ocorrendo entatildeo a ligaccedilatildeo dessa com os

receptores das fibras nervosas bloqueando assim a passagem do impulso doloroso As acirc-

endorfinas permaneceriam circulando pelo organismo durante algumas horas promovendo

analgesia prolongada Outros autores relatam que haacute tambeacutem com o uso da TENS de baixa

frequumlecircncia a liberaccedilatildeo de outros tipos de opioacuteides endoacutegenos (BISSCHOP G BISSCHOP

Eacute COMMANDREacute 2001 CHESTERTON et al 2003 CREPON 1996 DAMIANE C

DAMIANE G 1998 ROBINSON 2001 SALGADO 1999 SLUKA et al 1999 SLUKA

2000 STARKEY 2001)

O uso da TENS para o tratamento da dor poacutes-operatoacuteria eacute estimulado pela tendecircncia

atual da analgesia multimodal que se caracteriza pela combinaccedilatildeo sineacutergica de agentes

analgeacutesicos ndashndash farmacoloacutegicos e natildeo-farmacoloacutegicos ndashndash com diferentes mecanismos de accedilatildeo e

vias de administraccedilatildeo proporcionando analgesia mais efetiva e com menor incidecircncia de

efeitos adversos devido agraves menores dosagens empregadas (LABRADA JIMEacuteNEZ-

GARCIA 2004 TORRE et al 2002) Outros recursos natildeo-farmacoloacutegicos tambeacutem tecircm sido

usados como acupuntura eletroacupuntura termoterapia massoterapia cinesioterapia

posicionamento imobilizaccedilatildeo outras correntes eletroanalgeacutesicas e teacutecnicas de relaxamento

meditaccedilatildeo e imaginaccedilatildeo (SOFAER 1994 YENG et al 2001)

21

Seguindo esse conceito de analgesia multimodal alguns experimentos cliacutenicos tecircm

analisado o efeito da analgesia preemptiva O qualificativo traduzido livremente do inglecircs

para a liacutengua portuguesa tem origem da palavra preemptive e significa profilaacutetico Assim

drogas analgeacutesicas e anesteacutesicas tecircm sido administradas antes mesmo do ato ciruacutergico com o

objetivo de minimizar o quadro aacutelgico no poacutes-operatoacuterio por inibiccedilatildeo dos fenocircmenos de

hipersensibilidade central e perifeacuterica Embora satisfatoacuterios resultados jaacute tenham sido obtidos

com a utilizaccedilatildeo desse meacutetodo ainda existem muitas controveacutersias sobre o tema tendo em

vista algumas tentativas frustradas de se obter esse tipo de estrateacutegia de analgesia (AIDA et

al 1999 KONRAD CORDEIRO COELI 2001 MCQUAY 1995 MOINICHE KEHLET

DAHL 2002 ONG et al 2005 PONTES PRADO 2002 SEKAR et al 2004 SINATRA

2002 WARNCKE STUBHAUG JORUM 2000)

Uma das questotildees mais polecircmicas sobre a analgesia preemptiva reside no seu

proacuteprio conceito e eacute relevante que esse seja bem definido para evitar interpretaccedilotildees erradas de

resultados Kissin (1994) afirma que constantemente haacute um errocircneo uso do termo em questatildeo

que deve ser restrito apenas agrave intervenccedilatildeo procedida antes da cirurgia com o objetivo de

reduzir a dor poacutes-operatoacuteria De acordo com Hepner (2000) algumas pesquisas vg a de

Motamed (2000) tecircm analisado o efeito de drogas antes do fechamento da incisatildeo ciruacutergica o

que natildeo caracteriza a analgesia preemptiva jaacute que o procedimento natildeo fora realizado antes da

cirurgia (ONG et al 2005)

Kissin (2000) criticou as 3 definiccedilotildees mais usadas de analgesia preemptiva a)

tratamento que comeccedila antes da cirurgia b) que previne o estabelecimento da

hipersensibilidade central causada pela lesatildeo incisional e c) que previne a hipersensibilidade

central causada pelas lesotildees incisional e inflamatoacuteria A primeira seria errocircnea pois a palavra

preemptivo significa preventivo e natildeo somente antes da incisatildeo ciruacutergica Assim bloqueios

ineficientes natildeo podem ser considerados preemptivos A segunda seria muito restrita pois

22

exclui a hipersensibilidade central causada pela inflamaccedilatildeo que ocorre no periacuteodo poacutes-

operatoacuterio inicial ideacuteia ratificada por Ong et al (2005) Contudo essa eacute a mais utilizada visto

que as diferenccedilas entre os resultados obtidos com as intervenccedilotildees que se processam antes e

apoacutes a cirurgia a evidenciam A uacuteltima eacute a mais ampla pois tambeacutem abrange a prevenccedilatildeo da

hipersensibilidade provocada pelo processo inflamatoacuterio

Inicialmente seu conceito abrangia apenas o tempo de administraccedilatildeo da droga para

verificar seu efeito comparando os momentos preacute e poacutes-operatoacuterios poreacutem natildeo englobava os

estudos que comparavam tratamentos com uso de medicaccedilatildeo analgeacutesica preacute-operatoacuteria versus

aqueles que natildeo a utilizavam (MOINICHE KEHLET DAHL 2002) Esse eacute o conceito de

analgesia preemptiva que estamos utilizando nessa pesquisa em que iremos comparar o uso

da TENS no periacuteodo preacute-operatoacuterio com um grupo placebo e natildeo comparar o seu efeito preacute

versus poacutes-operatoacuterio Alguns autores consideram que esse desenho de estudo estabelecido

em nossa pesquisa verificaria apenas uma analgesia preventiva e natildeo preemptiva natildeo

obstante nos detemos agravequeles que tambeacutem consideram esse desenho como meacutetodo para

verificar analgesia preemptiva

A colecistectomia eacute a cirurgia realizada para extrair a vesiacutecula biliar que se encontra

enferma seja devido a caacutelculos inflamaccedilotildees eou infecccedilotildees tendo uma alta incidecircncia

principalmente sobre a populaccedilatildeo mais idosa Ela pode ser procedida por laparotomia ou

laparoscopia O primeiro meacutetodo que eacute mais agressivo proporciona dor de caraacuteter moderado

a intenso no poacutes-operatoacuterio em decorrecircncia da incisatildeo ciruacutergica manipulaccedilatildeo da regiatildeo

ocasional irritaccedilatildeo da pleura pulmonar diafragmaacutetica e do nervo frecircnico e processo

inflamatoacuterio (ANDRADE 2002 BLUMGART 1988 BRENTANO 2003 GOFFI GOFFI

JUacuteNIOR SORBELLO 1996 MACHADO RAIA 1994 MARIANO BEN 1998

MERINO 2001 PEREacuteZ-AYUSO 2002 ROSLYN ZINNER 1996 WAY DUNPHY

1993)

23

Quando ocorre a lesatildeo tecidual perifeacuterica ndashndash decorrente vg da cirurgia ndashndash haacute dois

tipos de respostas do Sistema Nervoso (SN) sensibilizaccedilatildeo perifeacuterica ndashndash que eacute a diminuiccedilatildeo

do limiar de excitabilidade dos nociceptores perifeacutericos e sensibilizaccedilatildeo central ndashndash aumento

da excitabilidade dos neurocircnios da medula espinhal Essas modificaccedilotildees determinaratildeo o

estado de hipersensibilidade dolorosa caracteriacutestico de poacutes-operatoacuterios em que se verifica

reduccedilatildeo do limiar de dor e aumento da resposta aos estiacutemulos nocivos tanto no local da lesatildeo

quanto nos tecidos adjacentes (VALE 2000 WOOLF CHONG 1993)

Sabe-se que apoacutes o trauma ciruacutergico altas concentraccedilotildees de substacircncias

algiogecircnicas satildeo liberadas de ceacutelulas lesadas como os leucoacutecitos mastoacutecitos e plaquetas e de

moleacuteculas livres presentes no interior dos vasos sanguumliacuteneos Dentre essas substacircncias

destacam-se prostaglandinas leucotrienos aacutecido araquidocircnico bradicininas H+ K+

histamina substacircncia P tromboxanos serotonina entre outras que satildeo capazes de

sensibilizar os nociceptores das fibras Aauml e C amplamente distribuiacutedos nos tecidos

facilitando a transmissatildeo do impulso doloroso fenocircmeno conhecido como hiperalgesia

primaacuteria caracterizado pela reduccedilatildeo do limiar das terminaccedilotildees nervosas livres (TNLs) aos

estiacutemulos nocivos Em algumas horas a hiperalgesia secundaacuteria aumenta o tamanho da aacuterea

dolorida agrave medida que substacircncias quiacutemicas se difundem aos tecidos vizinhos tornando-os

hipersensiacuteveis (BONICA et al 1990 BRIDENBAUGH 1994 KISSIN 2000 ONG et al

2005 SINATRA 2002 STARKEY 2001 WOOLF CHONG 1993)

Sob condiccedilotildees normais os impulsos das fibras aferentes primaacuterias e dos

interneurocircnios espinhais ativam somente a zona de gatilho da ceacutelula localizada no seu centro

natildeo sendo suficiente para deflagrar o potencial de accedilatildeo na regiatildeo adjacente a este sendo o

estiacutemulo entatildeo sublimiar Todavia quando essas ceacutelulas sofrem sensibilizaccedilatildeo esses inputs

que eram sublimiares satildeo convertidos em estiacutemulos supra-limiares A maior excitabilidade

dessas ceacutelulas eacute responsaacutevel pela expansatildeo do nuacutemero de receptores especializados aumento

24

da magnitude e duraccedilatildeo da resposta aos estiacutemulos supra-limiares e reduccedilatildeo do limiar

incluindo aumento da excitabilidade tambeacutem dos mecanorreceptores de baixo limiar

(WOOLF CHONG 1993)

Isso tudo ocorreria porque a repetida deflagraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo nas fibras Aauml

e C acarretaria liberaccedilatildeo na medula espinhal de aacutecido glutacircmico e neuropeptiacutedeos A somaccedilatildeo

desses potenciais provoca progressivo aumento e duraccedilatildeo da despolarizaccedilatildeo dos neurocircnios da

coluna dorsal que ocorre em consequumlecircncia agrave ativaccedilatildeo de receptores N-metil-D-aspartato

(NMDA) e possivelmente de receptores de taquininas pela substacircncia P e neurocinina A

Essa ativaccedilatildeo seria resultado da entrada de caacutelcio atraveacutes dos canais iocircnicos ligante e

voltagem dependentes e da ativaccedilatildeo de proteiacutenas guanosina trifosfato e promoveria

mudanccedilas da concentraccedilatildeo de mensageiros secundaacuterios nos neurocircnios espinhais Esses

mensageiros secundaacuterios incluindo o AMPc (adenosina monofosfato) ciacuteclico alteram a

ativaccedilatildeo da proteiacutena cinase que pela fosforilaccedilatildeo de proteiacutenas como canais iocircnicos e

enzimas podem alterar suas funccedilotildees A ativaccedilatildeo da proteiacutena quinase em resposta agrave substacircncia

P tem demonstrado exercer um efeito de feedback positivo nos receptores NMDA dos

neurocircnios espinhais aumentando a eficaacutecia deles pela reduccedilatildeo da sua suscetibilidade ao

bloqueio de Magneacutesio (WOOLF CHONG 1993)

Mensageiros secundaacuterios podem tambeacutem dar origem a moleacuteculas de natureza ainda

natildeo bem elucidada que penetram nos neurocircnios e alcanccedilam o nuacutecleo celular provocando

modificaccedilotildees em sua expressatildeo geneacutetica com subsequumlente siacutentese de RNA mensageiro Este

estimula a produccedilatildeo de moleacuteculas que atuam como receptores excitatoacuterios e tambeacutem estaacute

envolvido na siacutentese de neurotransmissores retroacutegrados como oacutexido niacutetrico monoacutexido de

carbono e prostaglandinas que se disseminam das ceacutelulas para o interstiacutecio acarretando

liberaccedilatildeo de mais neurotransmissores excitatoacuterios dos aferentes primaacuterios O termo wind up

tem sido empregado para descrever esse aumento da excitabilidade dos neurocircnios do corno

25

posterior da medula espinhal Parece existir tambeacutem sensibilizaccedilatildeo neuronal das estruturas do

sistema liacutembico e nuacutecleos talacircmicos (KELLY AHMAD BRULL 2001 SINATRA 2002

TEIXEIRA 2001 WOOLF CHONG 1993)

Opioacuteides ndashndash sistecircmicos ou locais ndashndash anesteacutesicos locais antiinflamatoacuterios natildeo-

esteroidais antagonistas de receptores NMDA e antagonistas do receptor aacute-2 adreneacutergico tecircm

sido usados na tentativa de promover analgesia preemptiva por meio da inibiccedilatildeo de alguns

desses fenocircmenos citados anteriormente contudo o uso de recursos natildeo-farmacoloacutegicos

ainda natildeo tem sido muito empregado para tal finalidade (AIDA et al 1999 GOTTSCHALK

OCHROCH 2003 MAESTRONI et al 2002 MOINICHE KEHLET DAHL 2002

ROSAEG et al 2001 SINATRA 2002 TAYLOR 2002 WU et al 2003)

Logo a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia no momento imediatamente anterior

agrave realizaccedilatildeo da colecistectomia por laparotomia tem o intuito de promover uma

eletroanalgesia preemptiva ndashndash por meio da minimizaccedilatildeo da hipersensibilidade central ndashndash que

poderia modular a dor poacutes-operatoacuteria nas suas propriedades mais marcantes latecircncia

duraccedilatildeo intensidade e remissatildeo Isso poderia ocorrer pois a TENS poderia estimular a

liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos que por sua vez iriam prevenir a sensibilizaccedilatildeo central

O emprego da TENS de baixa frequumlecircncia para o tratamento da dor poacutes-operatoacuteria

pode proporcionar uma diminuiccedilatildeo da administraccedilatildeo dos faacutermacos analgeacutesicos habitualmente

usados no poacutes-operatoacuterio evitando alguns efeitos adversos decorrentes do uso dessas drogas

eg naacuteuseas vocircmito reaccedilotildees toacutexicas e aleacutergicas hipotensatildeo retenccedilatildeo urinaacuteria sonolecircncia

depressatildeo respiratoacuteria convulsatildeo constipaccedilatildeo e prurido A TENS aleacutem de natildeo ocasionar

esses problemas eacute um meacutetodo natildeo-invasivo de faacutecil aplicabilidade e que tem um pequeno

nuacutemero de contra-indicaccedilotildees (ANTUNES et al 2002 CHEN et al 1998 EISENBAUER

MURPHY 1998 FRAMPTON 1998 JAFFE MARTIN 1991 MARIANO BEN 1998

SILVA 1998 SLUKA et al 1999 TRIBIOLI 2003) De acordo com a pesquisa de Silveira

26

e Lima (2004) a TENS utilizada como meacutetodo analgeacutesico no poacutes-operatoacuterio imediato de

hernioplastia inguinal foi economicamente mais viaacutevel do que o tratamento convencional

visto que houve significante reduccedilatildeo das despesas hospitalares durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo dos pacientes em virtude do menor consumo de analgeacutesicos seringas descartaacuteveis

agulhas aacutelcool algodatildeo e luvas descartaacuteveis ndashndash materiais natildeo-biodegradaacuteveis que podem

proporcionar poluiccedilatildeo ambiental apresentar certo grau toacutexico e ocasionar infecccedilotildees Ong et

al (2005) ressaltam sobre a relevacircncia de se diminuir os custos com medicamentos e que a

analgesia preemptiva talvez possa contribuir para tal

27

OBJETIVO

28

2 OBJETIVO

A presente pesquisa teve como objetivo analisar o efeito da TENS de baixa

frequumlecircncia como recurso analgeacutesico preemptivo em pacientes submetidas a colecistectomia

por laparotomia

29

CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

30

3 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

31 Desenho do Estudo

Esse estudo foi uma pesquisa cliacutenica prospectiva controlada randomizada e

duplamente encoberta

32 Local

A pesquisa foi procedida no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio privado localizado na

cidade de Aracaju no periacuteodo de dezembro de 2003 a abril de 2005 com a experimentaccedilatildeo

em pacientes que foram submetidos a colecistectomia por laparotomia com incisatildeo do tipo

transversa subcostal direita sendo utilizada a TENS de baixa frequumlecircncia

33 Casuiacutestica e Criteacuterios de Inclusatildeo e Exclusatildeo

Como criteacuterios de inclusatildeo ficou estabelecido que soacute participariam da pesquisa os

pacientes que

bull fossem submetidos agrave colecistectomia por laparotomia em caraacuteter eletivo apenas com

incisatildeo transversa subcostal

bull tivessem sido operados por meio de financiamento do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

numa tentativa de ldquopadronizarrdquo a classe social dos pacientes

bull fossem operados no periacuteodo da tarde para evitar possiacuteveis influecircncias do ciclo circadiano

(MORIN et al 2000)

31

bull pertencessem ao sexo feminino somente para evitar a possibilidade de influecircncia do sexo

na percepccedilatildeo do fenocircmeno doloroso A escolha do sexo teve como fator preponderante a

alta incidecircncia de colecistectomias sobre as mulheres implicando minimizaccedilatildeo da

dificuldade em se obter uma casuiacutestica satisfatoacuteria Ademais ateacute por fatores culturais as

mulheres da nossa sociedade satildeo consideradas no que se concerne aos seus relatos sobre

dor mais sinceras do que os homens que muitas vezes natildeo satildeo tatildeo fidedignos por

questotildees machistas a esses relatos

bull possuiacutessem idade entre 21 e 65 anos

bull pertencessem aos estados fiacutesicos I e II da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA)

ASA I eacute a classificaccedilatildeo empregada para pacientes saudaacuteveis que natildeo tenham doenccedila de

base e ASA 2 para os que possuem uma doenccedila de base controlada com ou sem drogas

bull fossem naturais do Brasil e que compreendessem bem a liacutengua portuguesa para evitar

possiacuteveis dificuldades durante a coleta de dados

bull natildeo tivessem distuacuterbios de audiccedilatildeo visatildeo ou fala

bull natildeo tivessem distuacuterbios mentais eou intelectuais para natildeo somente compreender e aceitar

participar da pesquisa mas tambeacutem natildeo apresentar empecilhos durante a coleta dos dados

(PIMENTA TEIXEIRA 1997)

bull nunca tivessem sido submetidas a algum tipo de cirurgia abdominal alta o que poderia

influenciar na percepccedilatildeo da dor visto que a percepccedilatildeo eacute influenciada por preacutevias

experiecircncias

bull e que natildeo fossem portadoras de algum tipo de hepatopatia ou nefropatia diagnosticadas

32

Natildeo participariam da pesquisa os pacientes

bull que tivessem diagnoacutestico de enfermidade maligna pelas caracteriacutesticas diferenciadas das

dores oncoloacutegicas (MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO BRASIL 2001)

bull em que a TENS fosse um recurso contra-indicado (eg feridas na regiatildeo onde deveriam

ser colocados os eletrodos)

bull que fizessem ou fizeram uso crocircnico de opioacuteides pelo desenvolvimento de toleracircncia agrave

TENS (SLUKA et al 2000)

bull que tivessem feito uso de drogas analgeacutesicas em um periacuteodo inferior a 7 dias

bull que jaacute tivessem conhecimento sobre a TENS ou sido submetidos a algum tratamento com

o uso da mesma

bull que possuiacutessem alergia ou contra-indicaccedilatildeo agrave dipirona ou ao diclofenaco de soacutedio

medicaccedilotildees que eram prescritas para o periacuteodo poacutes-operatoacuterio

bull e que se recusassem ou desistissem de participar do trabalho ndashndash mesmo apoacutes assinatura

do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (apecircndice B)

34 Internamento das Pacientes

Todas as pacientes foram internadas pelo turno da manhatilde e ficavam aguardando a

cirurgia que era sempre realizada no periacuteodo da tarde em um dos 3 apartamentos coletivos

com capacidade para ateacute 4 pessoas cada um Os leitos ndashndash todos similares ndashndash eram os mesmos

que as pacientes ocupavam no periacuteodo poacutes-operatoacuterio O hospital somente aceitava um

maacuteximo de 2 internamentos por dia para a realizaccedilatildeo das colecistectomias por laparotomia

33

35 Randomizaccedilatildeo

Foram impressos em 32 pequenos papeacuteis a informaccedilatildeo ldquogrupo preemptivordquo e em

outros 32 ldquogrupo placebordquo que foram colocados em uma pequena caixa O processo de

randomizaccedilatildeo ocorreu com o auxiacutelio de duas pessoas que natildeo tinham conhecimento algum

sobre a pesquisa sendo solicitado agraves mesmas que retirassem cada um desses papeacuteis da caixa e

os colocassem dentro de envelopes ndashndash numerados de 1 a 64 ndashndash opacos que eram entatildeo

lacrados e somente abertos apoacutes a concordacircncia da paciente em participar da pesquisa

36 Avaliaccedilatildeo Cliacutenica

Inicialmente era procedida uma avaliaccedilatildeo cliacutenica realizada 2 h antes do horaacuterio

previsto para a realizaccedilatildeo da cirurgia com o propoacutesito de verificar se a paciente se

enquadrava ou natildeo nos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo estabelecidos pelo nosso protocolo

Dessa forma era solicitado agraves pacientes que respondessem agraves questotildees presentes na Ficha de

Identificaccedilatildeo do Paciente (apecircndice A) que possuiacutea questionamentos sobre idade sexo peso

estatura doenccedilas associadas diagnoacutestico cliacutenico entre outros Caso a paciente atendesse a

todos os preacute-requisitos era entatildeo rompido o lacre do envelope que correspondia ao seu

nuacutemero na pesquisa e somente entatildeo se sabia a que grupo pertenceria tal paciente O

pesquisador que ficava ciente dessa informaccedilatildeo acompanhava a paciente nas seguintes etapas

avaliaccedilatildeo cliacutenica explicaccedilatildeo sobre os instrumento de coleta de dados aplicaccedilatildeo da TENS e

acompanhamento da paciente no centro ciruacutergico Ou seja esse pesquisador natildeo era

responsaacutevel pela coleta dos dados no periacuteodo poacutes-operatoacuterio que era efetuada por outros

pesquisadores que natildeo sabiam a que grupo as pacientes pertenciam pois eles natildeo tinham

34

acesso nem agrave Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C) e nem aos

envelopes

Apoacutes a avaliaccedilatildeo cliacutenica era efetuada a etapa de treinamento das pacientes sobre as

escalas ndashndash posteriormente descritas ndashndash que seriam utilizadas apoacutes a cirurgia para que as

mesmas jaacute se habituassem com elas e pudessem realizar os seus questionamentos sobre tais

37 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Todas as pacientes que fizeram parte dessa pesquisa autorizaram a sua participaccedilatildeo

por meio de assinatura ou impressatildeo digital em concordacircncia ao que estava exposto no

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (apecircndice B) que constava de informaccedilotildees

sobre a forma de tratamento que lhes estava sendo proposta assim como seus benefiacutecios e

finalidades explicando que o estudo natildeo implicaria dano agrave sauacutede informando-lhes tambeacutem

quanto ao direito de solicitar novas informaccedilotildees esclarecer duacutevidas e desistir de participar da

pesquisa a qualquer momento Logo o estudo foi procedido de acordo com as normas

expressas na resoluccedilatildeo 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10101996 A coleta de

dados soacute teve iniacutecio apoacutes aprovaccedilatildeo pelo comitecirc de eacutetica e pesquisa

38 Materiais

Foram utilizados 2 aparelhos para o fornecimento da corrente eleacutetrica da TENS ndashndash

apoacutes preacutevia calibraccedilatildeo no Laboratoacuterio de Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe ndashndash o

Dualpex 961 e o Fisiotonus Four cujas fotos estatildeo apresentadas nas figuras 1 e 2

respectivamente Entre os materiais de consumo utilizados destacam-se esparadrapos gazes

e gel condutor Foram usados cabos que conectavam os aparelhos geradores de corrente

eleacutetrica aos eletrodos ndashndash de borracha quadrangulares e com aacuterea de 9 cm2 A reacutegua da Escala

35

Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END) foi utilizada para coletar a intensidade da dor aleacutem

do Questionaacuterio de Dor McGill e da Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente Algumas fichas

contidas no apecircndice e descritas posteriormente foram utilizadas para o registro de diversos

dados

Figura 1 Aparelho Dualpex 961 Figura 2 Aparelho Physiotonus FourFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra Fonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

39 Procedimentos Metodoloacutegicos

391 Os grupos de pacientes da pesquisa

As pacientes foram alocadas de forma aleatoacuteria em dois grupos

bull Grupo preemptivo ndashndash sendo submetidas agrave aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia durante

60 min antes da cirurgia com a utilizaccedilatildeo dos seguintes paracircmetros duraccedilatildeo de pulso de

250 micros e frequumlecircncia de 4 Hz A intensidade utilizada foi a maacutexima suportada pela

paciente em niacutevel motor Esses paracircmetros estatildeo de acordo com as orientaccedilotildees de

36

Johnson et al (1989) Low e Reed (2001) Robinson (2001) Salgado (1999) Starkey

(2001) Walsh et al (1998) e Wang et al (1997)

bull Grupo placebo ndashndash os eletrodos eram colocados nas pacientes poreacutem todos os paracircmetros

(duraccedilatildeo de pulso frequumlecircncia e intensidade) ficavam com referecircncia zero natildeo

possibilitando a passagem da corrente eleacutetrica O tempo da falsa aplicaccedilatildeo tambeacutem foi de

60 min

392 Teacutecnica de aplicaccedilatildeo da TENS

Antes da aplicaccedilatildeo da TENS era feita uma limpeza com o uso de aacutelcool da regiatildeo

onde seriam colocados os eletrodos a fim de diminuir a oleosidade da pele e remover sujeiras

facilitando dessa maneira a passagem da corrente eleacutetrica

A TENS de baixa frequumlecircncia foi aplicada nas pacientes ainda em seus leitos antes

de serem encaminhadas ao centro ciruacutergico sendo utilizada a teacutecnica quadripolar com os

eletrodos de borracha dispostos de maneira cruzada abrangendo os dermaacutetomos da regiatildeo

onde posteriormente seria realizada a incisatildeo ciruacutergica subcostal direita Os dados sobre a

aplicaccedilatildeo da TENS assim como as observaccedilotildees que se mostrassem relevantes eram

registrados na Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C) A foto da figura

3 representa a simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENS no periacuteodo preacute-operatoacuterio Apoacutes a aplicaccedilatildeo

da TENS as pacientes eram preparadas para serem encaminhadas ao centro ciruacutergico

37

Figura 3 Simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENSA linha vermelha ilustra o local onde seria realizada a incisatildeosubcostal direitaFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

393 Teacutecnica anesteacutesica

Em todas as pacientes houve administraccedilatildeo de diazepam como medicaccedilatildeo preacute-

anesteacutesica Houve padronizaccedilatildeo do meacutetodo anesteacutesico tendo sido utilizadas como drogas

anesteacutesicas o cloridrato de bupivacaiacutena (05) com vasoconstrictor administrado via

peridural podendo ou natildeo estar associado agrave xilocaiacutena com vasoconstrictor (20) associaccedilatildeo

essa que natildeo exercia influecircncia na duraccedilatildeo da analgesia e o fentanil (2 ml) tambeacutem

administrado via peridural A escolha dessas drogas deu-se por jaacute fazer parte da rotina desse

tipo de procedimento ciruacutergico no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio Os dados sobre as drogas

utilizadas observaccedilotildees necessaacuterias classificaccedilatildeo do estado fiacutesico da ASA entre outros eram

registrados na Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C)

38

394 Cirurgia e prescriccedilatildeo de medicamentos

A equipe meacutedica responsaacutevel pela realizaccedilatildeo de todas as intervenccedilotildees ciruacutergicas foi

composta por 4 cirurgiotildees e 3 anestesiologistas que se revezavam entre os dias da semana ndashndash

segunda a quinta-feira Todas as cirurgias foram realizadas por laparotomia sempre com

incisatildeo do tipo transversa subcostal direita

Apoacutes a cirurgia a prescriccedilatildeo meacutedica foi padronizada da seguinte forma a dipirona

(2 ml 500 mgml) era administrada de 6 em 6 h (sendo a primeira administraccedilatildeo efetuada 5 h

apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico que era determinado como sendo o momento em que

era introduzido o cloridrato de bupivacaiacutena no espaccedilo peridural) via intravenosa diclofenaco

de soacutedio (3 ml 25 mgml) prescrito como medicaccedilatildeo de resgate via intra-muscular somente

sendo administrado caso houvesse solicitaccedilatildeo por parte da paciente e a metoclopramida (2

ml 5 mgml) tambeacutem como medicaccedilatildeo de resgate Essa prescriccedilatildeo foi efetuada dessa

maneira porque a dor gerada pela colecistectomia por laparotomia tem um niacutevel de moderado

a intenso o que implicou a necessidade de algum faacutermaco analgeacutesico prescrito em horaacuterio

programado nesse caso a dipirona

O estabelecimento dessa teacutecnica de prescriccedilatildeo decorreu dos resultados obtidos com

as 6 pacientes do estudo piloto ndashndash em que toda a medicaccedilatildeo analgeacutesica era administrada

somente em caso de solicitaccedilatildeo pelas mesmas Percebeu-se analgesia insatisfatoacuteria dado os

relatos de altos iacutendices de dor e desconforto Dessa forma objetivamos nesse estudo a

utilizaccedilatildeo da TENS como um recurso analgeacutesico coadjuvante e natildeo uacutenico

39

395 Instrumentos de coleta de dados

3951 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

Como escala unidimensional para mensuraccedilatildeo da intensidade da dor foi utilizada a

END (figura 4) que consiste de uma reacutegua demarcada horizontalmente com valores em

centiacutemetros de 0 a 10 representando o primeiro valor a ausecircncia absoluta de dor e o maior

a dor mais insuportaacutevel possiacutevel sendo solicitado agrave paciente que indicasse aquele que melhor

caracterizaria o seu niacutevel de dor estando a paciente em repouso A dor leve estaria

representada por nuacutemeros compreendidos no intervalo de 0 a 3 a moderada pelos nuacutemeros 4

5 e 6 e a intensa por 7 8 9 e 10

Os dados foram registrados na Ficha de Avaliaccedilatildeo da Dor pela Escala Numeacuterica de

Mensuraccedilatildeo da Dor (apecircndice D) A coleta da intensidade de dor era procedida de acordo

com o horaacuterio de induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico sendo investigada 2frac12 h (ENDa) 3frac12 h

(ENDb) 4frac12 h (ENDc) 5frac12 h (ENDd) 7 h (ENDe) 8 h (ENDf) e 16 h (ENDg) apoacutes a sua

induccedilatildeo aleacutem de uma uacuteltima coleta procedida no momento da alta hospitalar (ENDh) dois

dias apoacutes a cirurgia pela manhatilde Optou-se em utilizar como referecircncia o horaacuterio da induccedilatildeo

Figura 4 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor numerada de 0 a 10 cmFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

40

do bloqueio anesteacutesico ao inveacutes do horaacuterio de teacutermino da cirurgia visto que grandes variaacuteveis

no tempo despendido para a realizaccedilatildeo das cirurgias poderiam influenciar nos niacuteveis de dor

relatados pelas pacientes jaacute que haveria assim discrepacircncias no tempo decorrido desde a

induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash momento de referecircncia para a contagem do tempo de

metabolizaccedilatildeo das drogas ndashndash ateacute as averiguaccedilotildees da intensidade de dor

Eacute relevante salientar que o pesquisador responsaacutevel pela coleta do niacutevel de dor natildeo

tinha conhecimento sobre o grupo a que pertencia a paciente e nem esta sobre em que grupo

estava alocada o que caracterizou um estudo do tipo duplamente encoberto

3952 Questionaacuterio de Dor McGill

O Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ) eacute composto por 78 descritores distribuiacutedos

em 4 categorias sensorial composta por 10 subcategorias cujos descritores aiacute contidos

traduzem a natureza somaacutetica e estatildeo relacionados com a fisiologia da dor afetiva que

conteacutem 5 subcategorias cujos descritores fornecem discernimentos sobre os aspectos

psicoloacutegicos que acompanham a dor avaliativa com uma uacutenica que descreve a intensidade

global da dor e finalmente a miscelacircnea que eacute composta por 4 subcategorias Eacute solicitado

ao paciente que circule ou sublinhe as palavras que melhor descrevem a sua dor ou apenas as

indique verbalmente (GRAHAM 1980 MELZACK 1975)

O MPQ possui trecircs partes a primeira serve para que o paciente indique em um

graacutefico do corpo humano a regiatildeo onde estaacute sentindo a dor ndashndash diagrama corporal da dor a

segunda eacute uma escala verbal para avaliar a intensidade de dor (Present Pain Intensity ndashndash PPI)

utilizando-se de cinco palavras leve desconfortaacutevel perturbadora horriacutevel e excruciante e a

uacuteltima utiliza os 78 descritores podendo-se daiacute se obterem dois iacutendices o Quantitativo da Dor

(PRI ndashndash Pain Rating Index) e o do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC ndashndash Number of

41

Words Chosen) Cada descritor tem um correspondente nuacutemero que seraacute utilizado para o

estabelecimento do PRI Por exemplo em uma subcategoria que contenha 3 descritores aos

mesmos seratildeo atribuiacutedos respectivamente os valores 1 2 e 3 de acordo com a ordem em que

aparecem na lista dos descritores (FERNANDEZ BOYLE 2001 PEREIRA SOUSA 1998

PIMENTA 1995 STARKEY 2001 TEIXEIRA et al 1999)

Em nossa pesquisa foi utilizada a versatildeo brasileira do MPQ (apecircndice E) ndashndash

validada pelos profissionais do Ambulatoacuterio de Dor da Cliacutenica Neuroloacutegica do Hospital das

Cliacutenicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Satildeo Paulo (PIMENTA TEIXEIRA

1997) Esse questionaacuterio que eacute indicado por Graham et al (1980) para dores imediatas foi

aplicado ndashndash sob a forma de entrevista ndashndash apenas uma vez 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico dada a inviabilidade de utilizaacute-lo no mesmo dia do ato ciruacutergico Resolveu-se

adaptar esse questionaacuterio e usar apenas uma parte dele a dos 78 descritores haja vista que

natildeo se achou necessaacuteria a utilizaccedilatildeo do PPI e do diagrama corporal da dor por estarmos

utilizando a END e por jaacute sabermos o local da dor incisional Entatildeo a partir desse

questionaacuterio adaptado pudemos analisar o PRI e o NWC O primeiro obtido por meio da

soma dos valores atribuiacutedos a cada descritor escolhido e o segundo pela soma do nuacutemero de

palavras escolhidas para qualificar a dor segundo Fernandez e Boyle (2001) e Pereira e Sousa

(1998)

3953 Escala de Satisfaccedilatildeo dos Pacientes

O grau de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que lhes estava sendo realizado

foi avaliado por meio da Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (ESP) escala verbal que permite agrave

paciente escolher um entre nuacutemeros que variam de 0 a 10 indicando respectivamente

insatisfaccedilatildeo completa com o tratamento e a maior satisfaccedilatildeo possiacutevel Os horaacuterios de coleta

42

foram os seguintes 3frac12 h (ENDb) 5frac12 h (ENDd) 8 h (ENDf) e 16 h (ENDg) apoacutes a induccedilatildeo

do bloqueio anesteacutesico aleacutem de uma uacuteltima coleta procedida no momento da alta hospitalar

(ENDh) Os dados coletados eram registrados na Ficha de Avaliaccedilatildeo da Satisfaccedilatildeo dos

Pacientes pela Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (apecircndice F) Essa escala foi utilizada na

pesquisa realizada por Melo e Santana Filho (2003) que tinha linha de trabalho semelhante

3954 Ficha do consumo de faacutermacos

O consumo de faacutermacos analgeacutesicos ou natildeo de cada paciente foi anotado na Ficha

de Registro da Administraccedilatildeo de Faacutermacos no Poacutes-operatoacuterio (apecircndice G) que constou de

campo para informaccedilotildees como o tipo de faacutermaco administrado horaacuterio de administraccedilatildeo via

de acesso e dosagem aleacutem do tempo decorrido desde o horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico ateacute a primeira administraccedilatildeo caso houvesse do diclofenaco de soacutedio (prescrito

como medicaccedilatildeo de resgate)

3955 Questionaacuterio sobre a Aplicaccedilatildeo da TENS

Foram efetuados dois questionamentos para as pacientes o primeiro sobre o

desconforto promovido pela aplicaccedilatildeo da TENS e o segundo sobre a vontade da paciente em

usaacute-la numa proacutexima cirurgia (Apecircndice H) Em virtude da necessidade de esse questionaacuterio

ter sido percebida somente no decorrer da coleta de dados o mesmo fora empregado em 19

pacientes do grupo preemptivo e em 17 do placebo

43

310 Anaacutelise e Interpretaccedilatildeo dos Dados

A anaacutelise estatiacutestica dos dados foi feita com a utilizaccedilatildeo dos programas GraphPad

Prism 40 e Statistica 60 Inicialmente foram realizados testes estatiacutesticos descritivos meacutedia e

erro padratildeo da meacutedia (SEM) Para a anaacutelise dos dados demograacuteficos de alguns dados cliacutenicos

e do tempo para a primeira administraccedilatildeo de diclofenaco de soacutedio foi utilizado o teste t de

Student para amostras natildeo pareadas (parameacutetrico) Para a anaacutelise de alguns dados cliacutenicos e

do uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico foi

utilizado o teste do qui-quadrado Para a anaacutelise da END ESP PRI NWC e do nuacutemero de

vezes em que foram administrados o diclofenaco de soacutedio dipirona e metoclopramida foi

utilizado o teste de Mann-Whitney (natildeo-parameacutetrico) Em todos os testes como niacutevel de

significacircncia foi considerado o valor de 5 (p lt 005)

311 Teacutecnica Utilizada para a Demonstraccedilatildeo dos Resultados

Para a exposiccedilatildeo dos resultados foram utilizados graacuteficos elaborados nos programas

GraphPad Prism 40 e Statistica 60 aleacutem de tabelas elaboradas no Microsoft Word XP

Vaacuterios dados foram apresentados sob a forma de meacutedia plusmn SEM

44

RESULTADOS

45

4 RESULTADOS

Sessenta e quatro pacientes concordaram em participar da pesquisa e assinaram o

termo de consentimento livre e esclarecido Poreacutem 14 foram excluiacutedas seis por se tratarem

de pacientes que pertenciam a um estudo piloto cujo meacutetodo foi posteriormente alterado

duas por terem sido submetidas a anestesia geral quatro por erro na prescriccedilatildeo meacutedica de

analgeacutesicos uma por natildeo conseguir responder ao McGill Pain Questionnaire (MPQ) e uma

pela grande dificuldade em compreender a Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END)

Destarte a amostra ficou constituiacuteda por 50 pacientes grupo preemptivo (n = 25) e grupo

placebo (n = 25)

Os dados referentes agrave idade peso estatura e iacutendice de massa corporal (IMC) das

pacientes estatildeo presentes na tabela 1 e ilustrados respectivamente nos graacuteficos 1 2 3 e 4

tendo sido analisados por meio do teste t de Student para amostras independentes Natildeo houve

em nenhuma das caracteriacutesticas demograacuteficas diferenccedila significante entre os grupos

A idade miacutenima foi de 25 anos no grupo preemptivo e de 21 anos no placebo

enquanto a maacutexima foi de 65 no preemptivo e de 59 no placebo Os pesos miacutenimo e maacuteximo

foram respectivamente iguais a 40 Kg e 86 Kg no grupo preemptivo e 48 Kg e 77 Kg no

placebo As estaturas miacutenima e maacutexima foram respectivamente iguais a 149 m e 170 m

(grupo preemptivo) e 151 m e 170 m (grupo placebo) E os valores miacutenimo e maacuteximo do

IMC foram 1880 Kgm2 e 35 Kgm2 (grupo preemptivo) e 1914 Kgm2 e 2890 Kgm2

(grupo placebo)

46

Tabela 1 ndashndash Dados demograacuteficos da amostraPreemptivo Placebo

Meacutedia plusmn SEM Meacutedia plusmn SEM p

Idade (anos) 3956 plusmn 197 3852 plusmn 238 0738

Peso (Kg) 6108 plusmn 288 6348 plusmn 172 0478

Estatura (m) 157 plusmn 001 160 plusmn 001 0168

IMC (Kgm2) 2568 plusmn 105 2475 plusmn 059 0447IMC ndashndash iacutendice de massa corporal SEM ndashndash erro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante em nenhuma das variaacuteveis analisadas

Preemptivo Placebo0

10

20

30

40

50

60

70

Idad

e(a

nos)

Graacutefico 1 Representaccedilatildeo das idades das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicamo erro padratildeo da meacutedia Teste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0738)

47

Preemptivo Placebo30

40

50

60

70

80

90Pe

so(K

g)

Graacutefico 2 Representaccedilatildeo dos pesos das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicamo erro padratildeo da meacutedia Teste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0478)

Preemptivo Placebo

150

155

160

165

170

175

Alt

ura

(m)

Graacutefico 3 Representaccedilatildeo das estaturas das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0168)

48

Preemptivo Placebo15

20

25

30

35

40IM

C(K

gm

m)

Graacutefico 4 Representaccedilatildeo dos Iacutendices de Massa Corporal (IMC) daspacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0447)

49

A tabela 2 apresenta os dados referentes agrave categoria de peso das pacientes de ambos

os grupos a tabela 3 o niacutevel de escolaridade das mesmas e a tabela 4 o diagnoacutestico cliacutenico

Natildeo houve de acordo com o teste do divide2 diferenccedila significante entre os grupos em nenhuma

dessas variaacuteveis analisadas

Tabela 2 ndashndash Distribuiccedilatildeo da categoria de peso das pacientes de acordo com os dados obtidospelo iacutendice de massa corporal (IMC ndashndash Kgm2)

Grupo Abaixodo peso(lt185)

Pesonormal

(185ndash249)

Sobrepeso(25 ndash 299)

Obesidadegrau I

(30 ndash 349)

Obesidadegrau II

(35 ndash 399)

Obesidadegrau III

( 40)Preemptivo 2 7 11 3 2 0

Placebo 0 12 13 0 0 0Os dados apresentados entre parecircntesis referem-se aos paracircmetros de referecircncia do IMC que determinam aquelacategoria de pesoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0075)

Tabela 3 ndashndash Niacutevel de escolaridade das pacientesGrupo Nunca

estudou1deg grau

incompleto1deg grau

completo2deg grau

incompleto2deg grau

completo3deg grau

incompletoPreemptivo 3 8 3 4 5 2

Placebo 3 11 2 6 1 2Teste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0587)

Tabela 4 ndashndash Diagnoacutestico cliacutenico das pacientesGrupo Colelitiacutease Colecistite

agudaColecistite

crocircnicaColecistite

(sem descriccedilatildeo)Colelitiacutease

+ colecistitePreemptivo 12 6 2 1 4

Placebo 10 2 4 5 4Teste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0238)

50

O graacutefico 5 apresenta os dados sobre o periacuteodo compreendido entre a eacutepoca em que

as pacientes relataram ter iniciado as primeiras dores devido agrave doenccedila da vesiacutecula biliar e a

realizaccedilatildeo da colecistectomia Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos por meio de

anaacutelise realizada pelo teste do divide2

Preemptivo Placebo0

5

10

15Nunca sentiu dorMenos de 6 mesesEntre 6 e 119 mesesEntre 12 e 24 mesesAcima de 24 meses

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 5 Relato das pacientes sobre o periacuteodo em meses em que vinham sentindo dordevido agrave doenccedila da vesiacutecula biliarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0183)

51

O estado fiacutesico das pacientes dos dois grupos segundo o criteacuterio de classificaccedilatildeo da

Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA) estaacute expresso no graacutefico 6 Natildeo houve

diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p = 0479) de acordo com o teste do divide2

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25ASA 1ASA 2

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 6 Estado fiacutesico das pacientes de acordo com a classificaccedilatildeo da Sociedade Americanade AnestesiologiaTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0479)

52

O relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos para o tratamento da dor

decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou de outra dor devido a doenccedilas crocircnicas estatildeo

representados no graacutefico 7 De acordo com o teste do divide2 natildeo houve diferenccedila significante

entre os grupos preemptivo e placebo (p = 0765) Eacute importante considerar que as pacientes

que relataram ter usado tais drogas somente as utilizaram ateacute no maacuteximo uma semana antes

da data da cirurgia haja vista que foi previamente estabelecido como criteacuterio de exclusatildeo o

uso de drogas analgeacutesicas dentro do periacuteodo de 7 dias que antecedia a realizaccedilatildeo da

colecistectomia

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25SimNatildeo

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 7 Relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos antes da colecistectomia para otratamento da dor decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou de outras doenccedilas crocircnicasEntende-se por ldquoantes da colecistectomiardquo o uso de analgeacutesicos em um prazo superior aos 7 dias que antecediama realizaccedilatildeo do procedimento ciruacutergicoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0765)

53

Em todas as pacientes o aparelho de TENS foi colocado durante 60 min e o

intervalo meacutedio entre o teacutermino da sua aplicaccedilatildeo ndashndash verdadeira ou natildeo ndashndash e a induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico foi de 7472 plusmn 1046 min no grupo preemptivo e de 6028 plusmn 723 min no

placebo natildeo havendo diferenccedila significante (p = 0261) entre os grupos de acordo com o

teste t de Student para amostras natildeo pareadas (graacutefico 8) O menor e maior intervalos foram

respectivamente iguais a 10 min e 195 min (grupo preemptivo) e 15 min e 115 min (grupo

placebo)

Preemptivo Placebo0

50

100

150

200

Tem

po(m

in)

Graacutefico 8 Representaccedilatildeo do tempo decorrido desde o teacutermino daaplicaccedilatildeo da Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo ateacute a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico nas pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0261)

54

A meacutedia de duraccedilatildeo das cirurgias (graacutefico 9) no grupo preemptivo foi de 3812 plusmn

194 min e no placebo 3540 plusmn 184 min natildeo havendo diferenccedila significante (p = 0315)

Natildeo houve complicaccedilatildeo ciruacutergica em nenhum procedimento todas as pacientes receberam

alta hospitalar 2 dias apoacutes o ato ciruacutergico no turno da manhatilde e o iacutendice de mortalidade foi

em ambos os grupos igual a zero As cirurgias mais raacutepidas e mais prolongadas tiveram

respectivamente duraccedilatildeo de 21 min e 58 min (grupo preemptivo) e de 20 min e 50 min

(grupo placebo)

Preemptivo Placebo0

10

20

30

40

50

60

Tem

pode

ciru

rgia

(min

)

Graacutefico 9 Representaccedilatildeo da duraccedilatildeo das cirurgiasA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0315)

55

Ao analisar a dor incisional por meio da END pocircde-se perceber que o grupo

preemptivo apresentou niacutevel de dor significantemente menor que o do placebo nas terceira

(ENDc) e quarta coletas (ENDd) que representam 4frac12 h e 5frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico O teste utilizado para tal anaacutelise foi o de Mann-Whitney A tabela 5 apresenta os

valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia em todas as verificaccedilotildees do niacutevel de dor nos dois

grupos e o graacutefico 10 ilustra tais valores

Tabela 5 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) daintensidade de dor incisional mensurada por meio da END (EscalaNumeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)

Preemptivo Placebo

Momento Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

a 084 plusmn 034 072 plusmn 029 0756

b 116 plusmn 039 224 plusmn 056 0171

c 202 plusmn 053 384 plusmn 066 0042

d 278 plusmn 056 48 plusmn 067 0029

e 322 plusmn 056 474 plusmn 059 0068

f 342 plusmn 050 488 plusmn 066 0135

g 356 plusmn 061 364 plusmn 050 0497

h 096 plusmn 033 176 plusmn 042 0145a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c(4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g(16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar que corresponde ao 2deg dia poacutes-operatoacuterio) SEM ndashndash erro padratildeo da meacutediaFoi utilizada a END (0-10 cm)Teste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005

56

a b c d e f g h00

25

50

75

100PreemptivoPlacebo

Momento da coleta

END

Graacutefico 10 Representaccedilatildeo da meacutedia da intensidade de dor incisional por meio da END (EscalaNumeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12 h apoacutesa IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a END (0-10 cm)As colunas indicam os valores da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005

57

Na tabela 6 estatildeo expressos os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do grau de

satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estava sendo realizado O instrumento de

mensuraccedilatildeo utilizado foi a escala numeacuterica do grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes (ESP) Natildeo se

verificou pelo Teste de Mann-Whitney diferenccedila estatiacutestica significante entre os dois grupos

Para a obtenccedilatildeo desses dados a amostra foi composta por 49 pacientes tendo em vista que

uma paciente do grupo placebo natildeo conseguiu compreender a ESP O graacutefico 11 ilustra tais

dados

Tabela 6 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) do grau desatisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estava sendo realizado

Preemptivo Placebo

Momento Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

b 944 plusmn 017 9 plusmn 026 0312

d 956 plusmn 015 9 plusmn 031 0389

f 952 plusmn 015 912 plusmn 027 0435

g 962 plusmn 017 925 plusmn 032 0756

h 992 plusmn 005 933 plusmn 035 0406b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente de 0 a 10) SEM ndashndash erro padratildeoda meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Grupo preemptivo (n = 25) e grupo placebo (n = 24)

58

b d f g h0

5

PreemptivoPlacebo

8

9

10

Momento da coleta

ESP

Graacutefico 11 Representaccedilatildeo da meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estavasendo realizado obtida pela ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente)b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes aIBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a ESP de 0 a 10As colunas indicam os valores da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos em nenhum momento de coleta da ESPGrupo preemptivo (n = 25) e grupo placebo (n = 24)

59

As tabelas 7 e 8 apresentam respectivamente o nuacutemero de vezes em que cada

descritor e em que cada subcategoria do Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ) foram

selecionados pelas pacientes dos grupos preemptivo e placebo Na tabela 9 estatildeo expressos

os descritores que melhor caracterizaram a dor incisional promovida pela colecistectomia por

laparotomia e que de acordo com Dubuisson e Melzack (1996) e Gagliesi e Melzack (2003)

seriam aqueles que fossem selecionados por pelo menos 33 dos pacientes Todas as

anaacutelises procedidas a partir do MPQ foram realizadas com 21 pacientes do grupo preemptivo

e com 20 do grupo placebo A discussatildeo sobre a ldquoAnaacutelise da Dor pelo Questionaacuterio de Dor

McGillrdquo (item 54) explica o motivo para tal

Na tabela 10 estatildeo apresentados os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Total (NWC-t) e em cada categoria do MPQ e no graacutefico

12 eles estatildeo representados A tabela 11 apresenta uma comparaccedilatildeo das categorias sensorial

e afetiva no que se refere ao nuacutemero de pacientes que selecionou mais descritores de uma ou

de outra categoria assim como o nuacutemero de pacientes que os selecionaram de forma

equumlitativa nessas categorias Nota-se que os valores estatildeo apresentados em porcentagens ndashndash

meacutetodo recomendado por Veilleux e Melzack (1976) ndashndash dado o nuacutemero diferente de

subcategorias que compotildee cada uma dessas categorias (sensorial 10 e afetiva 5) Em ambos

os grupos houve proporcionalmente maior seleccedilatildeo dos descritores da categoria sensorial

principalmente no grupo preemptivo

60

Tabela 7 ndashndash Relaccedilatildeo dos descritores do Questionaacuterio de Dor McGill selecionados pelaspacientes

Subctg Descritores Preemp Plac Subctg Descritores Preemp Plac

1ordf

vibraccedilatildeotremorpulsantelatejantecomo batidacomo pancada

213912

0111211

11ordfcansativaexaustiva

173

182

2ordfpontadachoquetiro

1060

922

12ordfenjoadasufocante

174

182

3ordf

agulhadaperfurantefacadapunhaladaem lanccedila

65200

71211

13ordf

castiganteatormentaaterrorizantemalditamortal

105000

610010

4ordffinacortanteestraccedilalha

1550

1510

14ordfamedrontadaapavorantecruel

833

425

5ordf

beliscatildeopressatildeomordidacoacutelicaesmagamento

32262

62053

15ordf miseraacutevelenlouquecedora

26

44

6ordffisgadapuxatildeoem torccedilatildeo

4103

466

16ordf

chataque incomodadesgastanteforteinsuportaacutevel

110244

513101

7ordf

calorqueimaccedilatildeoferventeem brasa

7910

51011

17ordf

espalhairradiapenetraatravessa

3073

11141

8ordfformigamentococeiraardorferroada

11162

13111

18ordf

apertaadormecerepuxaespremerasga

511112

321101

9ordf

mal-localizadadoloridamachucadadoiacutedapesada

112313

29243

19ordffriageladacongelante

400

422

10ordf

sensiacutevelesticadaesfolanterachando

41302

3523

20ordf

aborrecidadaacute naacuteuseaagonizantepavorosatorturante

116102

88012

Subctg (subcategoria do Questionaacuterio de Dor McGill) Preemp (preemptivo n = 21) Plac (placebo n = 20)

61

Tabela 8 ndashndash Nuacutemero de pacientes que selecionou cada subcategoria do Questionaacuterio de DorMcGill

Subcat Preemptivo Placebo p Subcat Preemptivo Placebo p

1ordf 18 16 0626 11ordf 20 20 0323

2ordf 16 13 0431 12ordf 21 20 1

3ordf 13 12 0900 13ordf 15 17 0294

4ordf 20 16 0136 14ordf 14 11 0444

5ordf 15 16 0522 15ordf 8 8 0900

6ordf 17 16 0938 16ordf 21 20 1

7ordf 17 17 0730 17ordf 13 17 0095

8ordf 20 16 0136 18ordf 20 17 0269

9ordf 20 20 0323 19ordf 4 8 0140

10ordf 19 13 0048 20ordf 20 19 0971

Teste do divide2 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

62

Tabela 9 ndashndash Descritores do Questionaacuterio de Dor McGill mais frequumlentementeselecionados pelas pacientes

Subcategoria Descritor Preemptivo Placebo p

1ordf latejante 9 (4285) 12 (60) 027

2ordf pontada 10 (4761) 9 (45) 086

3ordf agulhada 6 (2857) 7 (35) 065

4ordf fina 15 (7142) 15 (75) 079

5ordf - - - -

6ordf puxatildeo 10 (4761) 6 (30) 024

7ordf calor

queimaccedilatildeo

7 (3333)

9 (4285)

5 (25)

10 (50)

055

075

8ordf ardor 16 (7619) 11 (55) 015

9ordf dolorida 12 (5714) 9 (45) 043

10ordf esticada 13 (6190) 5 (25) 001 (divide2 = 566)

11ordf cansativa 17 (8095) 18 (90) 041

12ordf enjoada 17 (8095) 18 (90) 041

13ordf castigante

atormenta

10 (4761)

5 (2380)

6 (30)

10 (50)

024

008

14ordf amedrontada 8 (3809) 4 (20) 020

15ordf - - - -

16ordf que incomoda 10 (4761) 13 (65) 026

17ordf espalha

penetra

3 (1428)

7 (3333)

11 (55)

4 (20)

0006 (divide2 = 755)

033

18ordf repuxa 11 (5238) 11 (55) 086

19ordf - - - -

20ordf aborrecida

daacute naacuteusea

11 (5238)

6 (2857)

8 (40)

8 (40)

042

044

Foi considerado como descritor mais frequumlentemente selecionado aquele que assim o fossepor pelo menos 33 das pacientes de cada grupo em cada subcategoria Os valores entreparecircntesis correspondem agrave porcentagem de pacientes do referido grupo que selecionou taldescritorTeste utilizado divide2 p lt 005 aacute = 5Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

63

Tabela 10 ndashndash Iacutendice do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill

Preemptivo Placebo

Categoria Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

Sensorial (NWC-s) 819 plusmn 038 765 plusmn 050 0449

Afetiva (NWC-af) 371 plusmn 025 375 plusmn 020 0958

Avaliativa (NWC-av) 100 plusmn 0 100 plusmn 0 1

Miscelacircnea (NWC-m) 276 plusmn 018 315 plusmn 021 0155

Total (NWC-t) 1561 plusmn 061 1540 plusmn 084 0937SEM ndashndash erro padratildeo da meacutedia s ndashndash sensorial af ndashndash afetiva av ndashndash avaliativa m ndashndash miscelacircnea e t ndashtotalTeste de Mann-Whitney aacute = 5Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

Tabela 11 ndashndash Relaccedilatildeo do Nuacutemero de Palavras Escolhidas nas categorias sensorial (NWC-s) e afetiva (NWC-af) entre os grupos preemptivo e placebo

Categoria Nuacutemero de pacientes que selecionou

Grupo Sensorial Afetiva S gt Af S = Af Af gt S

Preemptivo 819

(819)

371

(7428)

12 4 5

Placebo 765

(7650)

375

(75)

6 8 6

Nas colunas referentes agrave categoria estatildeo expressos os valores da meacutedia do NWC nas categorias sensoriale afetiva e entre parecircntesis os valores em taxas percentuais que foram assim transformados porquantoessas categorias possuem um nuacutemero diferenciado de subcategorias ndashndash a sensorial conteacutem 10subcategorias e a afetiva 5 ndashndash para que assim fosse possiacutevel uma comparaccedilatildeo entre essas categorias oque eacute recomendado por Veilleux e Melzack (1976)S ndashndash categoria sensorial Af ndashndash categoria afetiva Nas uacuteltimas 3 colunas da tabela estatildeo expressos onuacutemero absoluto de pacientes que selecionou proporcionalmente mais uma categoria do que a outraassim como o daqueles que selecionou de forma semelhante as duas categoriasTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0182)Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

64

Sensorial Afetiva Avaliativa Miscelacircnea Total0

5

10

15

20PreemptivoPlacebo

Categoria

NW

C

Graacutefico 12 Representaccedilatildeo da meacutedia do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e emcada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placeboAs colunas indicam o valor da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos em nenhuma das categorias assim como no iacutendicetotalGrupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

65

A tabela 12 apresenta os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do Iacutendice

Quantitativo da Dor (PRI) Total e em cada categoria do MPQ e o graacutefico 13 ilustra tais

valores Natildeo houve de acordo com o Teste de Mann-Whitney diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos no que se refere ao PRI-t todavia ao analisaacute-lo pelo mesmo

teste separadamente em cada categoria houve diferenccedila estatiacutestica significante na categoria

avaliativa (p = 0019) em que o grupo preemptivo apresentou maior valor

Tabela 12ndashndash Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cada categoria doQuestionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placebo

Preemptivo Placebo

Categoria Meacutedia SEM Meacutedia e SEM p

Sensorial (PRIndashs) 1842 plusmn 092 1875 plusmn 145 0896

Afetiva (PRI-af) 5 plusmn 045 540 plusmn 041 0473

Avaliativa (PRI-av) 3 plusmn 028 205 plusmn 022 0019

Miscelacircnea (PRI-m) 628 plusmn 056 657 plusmn 071 1

Total (PRI-t) 3271 plusmn 163 3245 plusmn 208 0906SEM ndashndash erro padratildeo da meacutedia s ndashndash sensorial af ndashndash afetiva av ndashndash avaliativa m ndashndash miscelacircneae t ndashndash totalTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

66

Sensorial Afetiva Avaliativa Miscelacircnea Total0

7

14

21

28

35PreemptivoPlacebo

Categoria

PRI

Graacutefico 13 Representaccedilatildeo da meacutedia do Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placeboAs colunas indicam as meacutedias e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

67

Das 25 pacientes do grupo preemptivo 12 necessitaram de diclofenaco de soacutedio nas

primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico e das 25 do grupo placebo 15 o

utilizaram A anaacutelise estatiacutestica efetuada por meio do teste do divide2 demonstrou natildeo haver

diferenccedila significante entre os dois grupos pois o valor de p foi igual a 0394 (graacutefico 14)

Avaliou-se o uso dessa droga especificamente nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico haja vista que nesse periacuteodo todas as pacientes tinham em seus prontuaacuterios a

mesma prescriccedilatildeo meacutedica ndashndash diclofenaco de soacutedio como medicaccedilatildeo de resgate e dipirona de

6 em 6 h ndashndash o que natildeo ocorreu na segunda prescriccedilatildeo jaacute que ficava a criteacuterio do meacutedico optar

se seria melhor continuar com a mesma prescriccedilatildeo ou mudaacute-la (mas sempre utilizando as

mesmas duas drogas)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25UsouNatildeo usou

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 14 Representaccedilatildeo do consumo de diclofenaco de soacutedio pelas pacientes nas primeiras16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesicoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0394)

68

Daquelas do grupo preemptivo em que foi administrado o diclofenaco de soacutedio nesse

periacuteodo o intervalo meacutedio para tal foi de 48750 plusmn 5344 min e das do grupo placebo 47010

plusmn 4619 min natildeo havendo diferenccedila significante quanto a este tempo (p = 0807) de acordo

com o teste t de Student para amostras natildeo pareadas (graacutefico 15) O menor e maior tempo

para tal administraccedilatildeo foram respectivamente iguais a 224 min e 805 min (grupo

preemptivo) e 25 min e 840 min (grupo placebo)

Preemptivo Placebo0

250

500

750

1000

Tem

po(m

in)

Graacutefico 15 Representaccedilatildeo dos intervalos desde a induccedilatildeo do bloqueioanesteacutesico ateacute a solicitaccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio nas pacientes queassim a fizeram nas primeiras 16 horas apoacutes tal induccedilatildeoA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0807)Grupo preemptivo (n = 12) e grupo placebo (n = 15)

69

Em se tratando do consumo de diclofenaco de soacutedio (graacutefico 16) e de dipirona

(graacutefico 17) desde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar que

ocorreu em todas as pacientes no turno da manhatilde no 2deg dia poacutes-operatoacuterio natildeo houve de

acordo com o teste de Mann-Whitney diferenccedila significante entre os grupos

Preemptivo Placebo0

1

2

3

Ndeg

deve

zes

que

cons

umiu

dicl

ofen

aco

(75

mg)

Graacutefico 16 Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram diclofenacodesde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalarA barra indica o valor da medianaO diclofenaco de soacutedio foi administrado via intra-muscularA alta hospitalar ocorreu no 2deg dia poacutes-operatoacuterio no turno da manhatildeTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0260)

70

Preemptivo Placebo0

1

2

3

4

5

6

7N

degde

veze

squ

eco

nsum

iudi

piro

na(1

g)

Graacutefico 17 Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram dipironadesde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da altahospitalarA barra indica o valor da medianaA alta hospitalar ocorreu no 2deg dia poacutes-operatoacuterio no turno da manhatildeA dipirona foi administrada via intra-venosaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0788)

71

Foi tambeacutem analisada a ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes

em algum momento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio Das 25 pacientes do grupo preemptivo 10

relataram dor nessa regiatildeo e das pacientes do outro grupo um total de 8 relataram a

ocorrecircncia de tal dor Essa diferenccedila natildeo foi estatisticamente significante (p = 0555) segundo

o teste do divide2 (graacutefico 18)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25SimNatildeo

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 18 Ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes em algum momento doperiacuteodo poacutes-operatoacuterio durante a internaccedilatildeo hospitalarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0555)

72

O uso de metoclopramida foi avaliado durante todo o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar Cinco pacientes do grupo preemptivo fizeram uso de tal droga enquanto 8 do

grupo placebo a consumiram natildeo havendo diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p

= 0333) fato verificado pelo teste do divide2 (graacutefico 19)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25UsouNatildeo usou

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 19 Uso de metoclopramida pelas pacientes durante o periacuteodo de internaccedilatildeohospitalarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0333)

73

Os 2 graacuteficos seguintes estatildeo relacionados ao questionaacuterio que foi aplicado no

momento da alta hospitalar Devido ao fato de o mesmo ter sido elaborado no decorrer da

coleta de dados natildeo foi aplicado em toda a amostra restringindo-se a 19 pacientes do grupo

preemptivo e a 17 do placebo Em relaccedilatildeo agrave aplicaccedilatildeo da TENS no grupo preemptivo

2631 das pacientes disseram que esta natildeo incomodou 5789 que a mesma incomodou

um pouco e 1578 que incomodou razoavelmente No grupo placebo 8824 relataram que

natildeo incomodou e 1176 que incomodou um pouco (graacutefico 20) Logo houve diferenccedila

estatiacutestica significante entre os grupos de acordo com o teste do divide2 (p = 00008) No grupo

preemptivo 9473 das pacientes relataram que em uma proacutexima cirurgia iriam preferir

usar a TENS e os medicamentos analgeacutesicos para o tratamento de suas dores enquanto

apenas 526 fizeram a assertiva de que gostariam de usar apenas a TENS Das do outro

grupo 7647 gostariam de usar os dois recursos e 2352 apenas os medicamentos (graacutefico

21) fato que natildeo evidencia segundo o teste do divide2 (p = 0057) diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos

Preemptivo Placebo0

5

10

15Natildeo incomodouIncomodou um poucoIncomodou razoavelmenteIncomodou muito

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 20 A aplicaccedilatildeo da TENSTeste do divide2 aacute = 5Houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p = 00008)Grupo preemptivo (n = 19) e grupo placebo (n = 17)

74

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20Somente a TENSSomente os medicamentosA TENS e os medicamentos

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 21 Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dor poacutes-operatoacuteria usarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos(p = 0057)Grupo preemptivo (n = 19) e grupo placebo (n = 17)

75

DISCUSSAtildeO

76

5 DISCUSSAtildeO

51 Dados Demograacuteficos e Cliacutenicos

A relevacircncia da homogeneidade entre os grupos dos dados referentes agrave idade

contidos na tabela 1 consiste em evitar a possibilidade de a diferenccedila de idade ter

influenciado ndashndash dada a divergecircncia de opiniotildees entre diversos autores ndashndash no relato da

experiecircncia dolorosa pelas pacientes Para Wilkieson et al (1993) a intensidade de dor

obtida a partir do uso de escalas unidimensionais aumenta com o avanccedilar da idade para

Turk Okifuji e Scharff (1995) diminui e para Gagliesi e Melzack (2003) e Sorkin et al

(1990) natildeo sofre influecircncia Em se tratando do MPQ Benbow Cossins e Wiles (1996)

verificaram que os iacutendices obtidos a partir desse questionaacuterio eram menores em idosos do que

em jovens entretanto Lichtenberg Swensen e Skehan (1986) natildeo observaram tal diferenccedila

Gagliesi e Melzack (1997) sugerem que as diferenccedilas observadas com a idade podem ser

dependentes do tipo de escala utilizada e o fato de a maioria das escalas terem sido validadas

em amostras de pacientes jovens pode tambeacutem influenciar

Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos quanto ao IMC poreacutem trecircs

pacientes do grupo preemptivo pertenciam agrave categoria de obesidade grau I e duas obesidade

grau II dados contidos na tabela 2 Como em pacientes obesos haacute maior impedacircncia para a

passagem da corrente eleacutetrica dada a maior espessura da camada de gordura ndashndash que tem

menor conteuacutedo de aacutegua ndashndash isso poderia talvez influenciar no efeito da TENS (STARKEY

2001)

A semelhanccedila quanto ao niacutevel de escolaridade dos grupos presente na tabela 3 eacute

relevante pois marcantes diferenccedilas poderiam influenciar na compreensatildeo das escalas e

questionaacuterios utilizados

77

Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante quanto ao diagnoacutestico cliacutenico das

pacientes como pocircde ser observado na tabela 4 A relevacircncia desse dado reside no proacuteprio

conceito de dor que foi elaborado pelo comitecirc de taxonomia da International Association for

the Study of Pain (IASP ndashndash Associaccedilatildeo Internacional para o Estudo da Dor) em 1986 que a

define como ldquoexperiecircncia sensorial e emocional desagradaacutevel associada ou descrita em termos

de lesatildeo tecidual real ou potencialrdquo Caso houvesse diferenccedila quanto ao diagnoacutestico isso

poderia influenciar talvez no relato de dor das pacientes dada suas diferentes experiecircncias

preacutevias e desiguais periacuteodos em que vinham sofrendo devido agrave dor (BISSCHOP G

BISSCHOP Eacute COMMANDREacute 2001 KONRAD CORDEIRO COELI 2001 PIMENTA

TEIXEIRA 1997 p 1 SPOacuteSITO 1993)

Seguindo a mesma linha de raciociacutenio eacute que se deu destaque ao tempo em que as

pacientes relataram estar sentindo dor em decorrecircncia da doenccedila da vesiacutecula biliar ndashndash

ilustrado no graacutefico 5 O fato de uma paciente vg estar se queixando de dor haacute mais de 2

anos e uma outra nunca ter tido tal queixa poderia influenciar na percepccedilatildeo da dor todavia a

anaacutelise estatiacutestica possibilitou a verificaccedilatildeo de uma amostra homogecircnea em relaccedilatildeo a esse

tempo

Diferenccedilas significantes no escore do estado fiacutesico determinado pela ASA podem

influenciar na percepccedilatildeo da dor vg pela presenccedila de doenccedilas associadas que natildeo estejam

sob controle Logo o estabelecimento como criteacuterio de inclusatildeo de pacientes que

pertencessem somente aos iacutendices I e II associado agrave ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos minimizou a possibilidade de influecircncia na percepccedilatildeo dolorosa

(graacutefico 6)

Em se tratando do preacutevio uso de analgeacutesicos para o tratamento da dor decorrente da

doenccedila da vesiacutecula ou de outras doenccedilas crocircnicas como pocircde ser observado no graacutefico 7 a

ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica significante mostrou ser homogecircnea a amostra quanto ao uso

78

desse tipo de droga e a anaacutelise sobre o tempo em que as pacientes se queixavam de dor

tambeacutem natildeo mostrou diferenccedila significante (graacutefico 5) o que diminui a possibilidade de as

pacientes terem vivenciado grandes diferenccedilas em relaccedilatildeo agraves suas experiecircncias dolorosas

Tambeacutem natildeo houve diferenccedila significante quanto ao periacuteodo desde o teacutermino da

aplicaccedilatildeo da TENS ateacute a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico dados contidos no graacutefico 8 A

atenccedilatildeo despendida a esse tempo foi dada em virtude da preocupaccedilatildeo de poder haver grande

diferenccedila no tempo entre as aplicaccedilotildees da TENS o que poderia influenciar na concentraccedilatildeo

de opioacuteides endoacutegenos nos momentos de averiguaccedilatildeo da intensidade de dor sendo um

consideraacutevel vieacutes

O fato de as cirurgias terem duraccedilatildeo semelhante (graacutefico 9) e natildeo ter havido

complicaccedilatildeo em nenhum procedimento pode estar eliminando a possibilidade de estas

intercorrecircncias influenciarem na transduccedilatildeo do estiacutemulo doloroso ndashndash e consequumlentemente nas

outras etapas da dor ndashndash dado o maior tempo de manipulaccedilatildeo da aacuterea ciruacutergica

79

52 Anaacutelise da Dor pela Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

De acordo com Pimenta Cruz e Santos (1998) os instrumentos para mensuraccedilatildeo da

dor podem ser de dois tipos unidimensionais que consideram apenas uma uacutenica dimensatildeo da

dor e multidimensionais que a mensuram considerando duas ou mais dimensotildees

Para Buxton (2001) Pereira e Sousa (1998) Pimenta Cruz e Santos (1998) e Vetter

e Heiner (1996) essa escala eacute uma das mais utilizadas em pesquisas cliacutenicas e na praacutetica

meacutedica diaacuteria tanto pela praticidade de manuseio quanto pela facilidade de compreensatildeo por

parte do paciente podendo ser utilizada vaacuterias vezes ao dia Moiniche Kehlet e Dahl (2002) e

Ong et al (2005) em seus artigos de revisatildeo sobre analgesia preemptiva a indicam como o

instrumento mais frequumlentemente empregado para a mensuraccedilatildeo da intensidade de dor

(CAMERON 1999 GRIEVE 1986 HAMZA et al 1999 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO

BRASIL 2001 PIMENTA CRUZ SANTOS 1998 PIMENTA TEIXEIRA 1997

ROBINSON 2001)

Segundo Huskisson (1983) escalas que aumentam os valores da esquerda para a

direita se comportam de forma similar agraves que o fazem ao contraacuterio o que justifica o uso da

escala da figura 4 A escolha dessa escala ao inveacutes da analoacutegica visual (VAS) deu-se por

exigir menor abstraccedilatildeo por parte das pacientes sendo mais faacutecil de ser compreendida uma

vez que Gagliesi e Melzack (1997) observaram que cerca de 30 dos pacientes idosos natildeo

conseguem compreender a VAS Para Ketovuori e Poumlntinen (1981) muitos pacientes satildeo

incapazes de imaginar a sua dor como um ponto em uma linha reta

O grupo preemptivo apresentou meacutedia de intensidade de dor incisional mais baixa

que o placebo ndashndash agrave exceccedilatildeo da primeira observaccedilatildeo ndashndash sendo essa diferenccedila estatisticamente

significante nas terceira (ENDc) e quarta (ENDd) verificaccedilotildees que se procederam

respectivamente 4frac12 h e 5frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico e cujos valores de p

80

foram iguais a 0042 e 0029 Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos na primeira

(ENDa) segunda (ENDb) quinta (ENDe) sexta (ENDf) seacutetima (ENDg) e oitava (ENDh)

averiguaccedilotildees que corresponderam a 2frac12 h 3frac12 h 7 h 8 h e 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico e momento da alta hospitalar respectivamente Nessas coletas os valores de p

foram respectivamente iguais a 0756 0171 0068 0135 0497 e 0145 Todos esses dados

estatildeo contidos na tabela 5

Nas 2 primeiras averiguaccedilotildees da intensidade de dor pela END verificou-se

pequenos niacuteveis aacutelgicos em ambos os grupos fato que ocorreu devido agrave accedilatildeo das drogas

anesteacutesicas ndashndash cloridrato de bupivacaiacutena (05) e fentanil (2 ml) ndashndash utilizadas para a

realizaccedilatildeo dos procedimentos ciruacutergicos e que quando associadas proporcionam

potencializaccedilatildeo do efeito analgeacutesico no poacutes-operatoacuterio De acordo com Dierking et al (1992)

Pontes e Prado (2002) e Prado e Oliveira (2000) o bloqueio anesteacutesico ocasiona depleccedilatildeo da

sensaccedilatildeo dolorosa o que justifica esses diminutos niacuteveis aacutelgicos nessas coletas

A conjunccedilatildeo do anesteacutesico ao opioacuteide eacute recomendada por Castillo [1999] que

observou por meio da VAS menores iacutendices de dor nos pacientes que fizeram uso conjugado

dessas duas drogas em comparaccedilatildeo agravequeles em que somente fora administrado o cloridrato de

bupivacaiacutena Aleacutem da diminuiccedilatildeo do quadro aacutelgico a sua associaccedilatildeo possibilita menor

administraccedilatildeo de anesteacutesicos melhor qualidade anesteacutesica no intra-operatoacuterio e reduccedilatildeo da

necessidade do uso de faacutermacos analgeacutesicos no periacuteodo poacutes-operatoacuterio

Agrave medida que houve um distanciamento em relaccedilatildeo ao horaacuterio da induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico as drogas utilizadas para a realizaccedilatildeo do ato ciruacutergico comeccedilaram a

diminuir seu poder de accedilatildeo O cloridrato de bupivacaiacutena ndashndash anesteacutesico ndashndash tem uma meia-vida

de aproximadamente 3 horas e o seu efeito perdura por cerca de 4 a 5 h (RANG DALE

1993)

81

Assim o cloridrato de bupivacaiacutena em associaccedilatildeo ao fentanil contribuiu para que

natildeo houvesse diferenccedila significante entre os niacuteveis de dor incisional nas 2 primeiras coletas o

que estaacute em concordacircncia com outra pesquisa jaacute realizada pelo nosso grupo em

colecistectomias por laparotomia em que Santos et al (2004) com a mesma padronizaccedilatildeo de

drogas e horaacuterios de averiguaccedilatildeo dos niacuteveis de dor natildeo observaram tal diferenccedila nesses

momentos entre os grupos experimental ndashndash que fazia uso da TENS de alta e baixa

frequumlecircncias somente no poacutes-operatoacuterio ndashndash e placebo

Isso estaacute em concordacircncia tambeacutem com Ke et al (1998) que nas primeiras 4 h apoacutes

a realizaccedilatildeo de laparotomias natildeo verificaram diferenccedila significante nos niacuteveis aacutelgicos entre os

grupos de pacientes que foram utilizados para a anaacutelise do efeito analgeacutesico preemptivo do

cloridrato de bupivacaiacutena quando aplicado pelo meacutetodo de infiltraccedilatildeo incisional

A meacutedia de intensidade de dor do grupo preemptivo foi a partir da ENDb inferior agrave

do placebo Tal fato pode ter ocorrido devido agrave preacutevia aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia que pode ter estimulado a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos potencializando a

analgesia no periacuteodo poacutes-operatoacuterio ao ativar o sistema descendente de controle da dor O

fato de isso natildeo ter ocorrido na primeira investigaccedilatildeo deve ser atribuiacutedo agrave accedilatildeo das drogas

anesteacutesicas ndashndash como jaacute citado anteriormente Ademais ao analisar a diferenccedila estatiacutestica entre

os dois grupos nessa coleta percebe-se que esse foi o momento em que houve a menor

diferenccedila estatiacutestica pois o valor de p foi igual a 0756 e as meacutedias de 084 plusmn 034 e 072 plusmn

029 nos grupos preemptivo e placebo respectivamente

Quando ocorreu a transiccedilatildeo entre a segunda (ENDb) e terceira (ENDc) verificaccedilotildees

o efeito do cloridrato de bupivacaiacutena possivelmente jaacute estava cessando o que explicou o

aumento mais acentuado do niacutevel de dor no grupo placebo jaacute que provavelmente somente o

fentanil estava agindo contudo essa grande elevaccedilatildeo natildeo foi observada no grupo preemptivo

o que permite a assertiva de que tenha havido talvez uma potencializaccedilatildeo do efeito

82

analgeacutesico pela associaccedilatildeo do fentanil agrave TENS de baixa frequumlecircncia ndashndash que estimula a

liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos tanto em niacutevel espinhal quanto supra-espinhal ndashndash

aumentando assim ainda mais as concentraccedilotildees de opioacuteides As terceira (ENDc) e quarta

(ENDd) verificaccedilotildees foram justamente os momentos em que houve diferenccedila estatiacutestica

significante entre os dois grupos pois as meacutedias de intensidade de dor foram respectivamente

iguais a 202 plusmn 053 e 278 plusmn 056 no grupo preemptivo e 384 plusmn 066 e 48 plusmn 067 no

placebo sendo os valores de p iguais a 0042 e 0029 respectivamente

A quinta verificaccedilatildeo (ENDe) foi o momento em que embora natildeo tenha havido

diferenccedila estatiacutestica significante os valores se aproximaram bastante de tal possibilidade

visto que o valor de p lt 01 A relevacircncia desse momento consiste em ser o ponto a partir do

qual a diferenccedila entre os niacuteveis de dor dos grupos diminui progressivamente ateacute a seacutetima

observaccedilatildeo (ENDg) Isso incita a assertiva de que o efeito da TENS aplicada como meacutetodo

analgeacutesico preemptivo possivelmente seria mais evidente nas primeiras horas apoacutes o

bloqueio anesteacutesico e seria interessante realizar aplicaccedilotildees da TENS tambeacutem no periacuteodo

poacutes-operatoacuterio para a obtenccedilatildeo de um melhor efeito analgeacutesico tendo como base os dados

da pesquisa de Santos et al (2004) Alguns autores sugerem que o efeito da TENS poder-se-

ia estender por 2 a 6 h dependendo das atividades de vida diaacuteria posturas e niacuteveis de dor

contudo outros relatam um efeito ainda mais duradouro (CREacutePON 1996 DAMIANE C

DAMIANE G 1998 SALGADO 1999)

Esses achados estatildeo em concordacircncia com a maioria dos estudos os quais revelam

que a analgesia preemptiva ocorreria nas 6 primeiras horas poacutes-ciruacutergicas apesar de algumas

pesquisas sugerirem que ela promoveria um longo tempo de analgesia que poderia perdurar

por ateacute 7 a 10 dias poacutes-operatoacuterios (BRIDENBAUGH 1994 ROSAEG et al 2001)

83

O niacutevel aacutelgico mais elevado do grupo placebo ocorreu na sexta (ENDf) investigaccedilatildeo

com meacutedia igual a 488 plusmn 066 Jaacute no grupo preemptivo o maior iacutendice de dor foi observado

na seacutetima verificaccedilatildeo (ENDg) cuja meacutedia foi igual a 356 plusmn 061 Esses dados sugerem que a

TENS possa talvez ter aumentando o periacuteodo de latecircncia da dor

Apoacutes o efeito das drogas anesteacutesicas em ambos os grupos a menor meacutedia de

intensidade de dor ocorreu na uacuteltima coleta (ENDh) sendo de 096 plusmn 033 para o preemptivo

e 176 plusmn 042 para o placebo Isso demonstra que ao passo em que o processo inflamatoacuterio

decorrente do trauma ciruacutergico vai diminuindo haacute consequumlentemente reduccedilatildeo dos niacuteveis

aacutelgicos e que os maiores niacuteveis de dor do grupo placebo em relaccedilatildeo ao preemptivo podem ter

sido responsaacuteveis por promoverem maior memorizaccedilatildeo da dor contribuindo assim para que

mesmo 2 dias apoacutes a operaccedilatildeo as pacientes do grupo placebo ainda exibissem um maior

quadro aacutelgico embora natildeo diferente sob o ponto de vista estatiacutestico Logo a eletroanalgesia

preemptiva pode tambeacutem estar influenciando na qualidade de remissatildeo da dor

Ao conjuminar esses dados podemos inferir que o grupo preemptivo em todos os

momentos de anaacutelise da intensidade de dor apresentou niacuteveis leves ao passo que o placebo

chegou a atingir niacuteveis moderados em 3 verificaccedilotildees (ENDd ENDe ENDf) Isso demonstra

que as pacientes do grupo placebo natildeo obtiveram analgesia tatildeo satisfatoacuteria quanto as do outro

grupo Eacute importante ressaltar que a colecistectomia por laparotomia gera um niacutevel de dor

severo no poacutes-operatoacuterio e que esse soacute natildeo deve ter sido atingido em nenhum dos grupos

porque a dipirona ndashndash antiinflamatoacuterio natildeo-esteroidal ndashndash estava sendo administrada de 6 em 6

horas

No graacutefico 10 eacute possiacutevel perceber que houve no grupo preemptivo uma ascensatildeo

do niacutevel de dor menos iacutengreme que a do placebo nas primeiras coletas Esse achado parece

estar em concordacircncia com a proposta de Melo e Santana Filho (2003) de aplicar a TENS em

periacuteodo preacute-operatoacuterio para minimizar os picos aacutelgicos no poacutes-operatoacuterio de hernioplastias

84

inguinais pois apesar de eles terem obtido satisfatoacuteria analgesia com o seu uso no poacutes-

operatoacuterio verificaram que havia picos dolorosos assim que ocorria o teacutermino do efeito

anesteacutesico e que os mesmos poderiam talvez serem atenuados com a aplicaccedilatildeo da TENS

antes do ato ciruacutergico

Essa atenuaccedilatildeo do pico aacutelgico obtida com a aplicaccedilatildeo da TENS jaacute no periacuteodo preacute-

operatoacuterio pode ser realmente observada ao confrontamos os nossos resultados com os de

Santos et al (2004) ndashndash trabalho jaacute citado anteriormente ndashndash tendo em vista que percebemos

que nas quinta e sexta coletas as meacutedias de intensidade de dor do grupo preemptivo

[pertencente ao nosso trabalho] foram inferiores agraves do experimental [pertencente agrave pesquisa

de Santos et al (2004)] que tiveram valores de 379 plusmn 284 e 370 plusmn 329 respectivamente o

que pode ter decorrido do fato de a TENS ter promovido um efeito anti-nociceptivo Mariano

e Ben (1998) obtiveram resultados satisfatoacuterios tambeacutem com a aplicaccedilatildeo da TENS no poacutes-

operatoacuterio de colecistectomias no entanto natildeo podemos comparar diretamente os resultados

devido agraves diferenccedilas de meacutetodos empregados

Natildeo estatildeo expressas na literatura pesquisada publicaccedilotildees sobre analgesia

preemptiva induzida pela TENS em humanos apenas trabalhos com a utilizaccedilatildeo de drogas e

eletroacupuntura com esse propoacutesito e que tiveram iniacutecio principalmente a partir da deacutecada

passada Dessa forma a nossa discussatildeo seraacute sempre cotejada agraves pesquisas envolvendo esses

dois recursos de forma preemptiva tal como trabalhos que empregaram a TENS no poacutes-

operatoacuterio

Apenas um trabalho realizado por Javier et al (1999) sobre o uso da TENS como

recurso analgeacutesico preemptivo foi encontrado na literatura pesquisada entretanto foi

procedido em ratos Eles observaram que a TENS mormente em sua modalidade de baixa

frequumlecircncia proporcionou efeito anti-nociceptivo em procedimentos ciruacutergicos realizados

nesses animais o que corrobora nossos achados Mesmo sendo aplicados a espeacutecies

85

diferentes o trabalho de Javier et al (1999) e o nosso estatildeo em concordacircncia pois ambos

obtiveram analgesia preemptiva com a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia

Muito embora tenha sido empregado meacutetodo diferenciado analgesia preemptiva

tambeacutem foi obtida por Kotani et al (2001) com o uso da eletroacupuntura antes de cirurgias

abdominais altas e baixas sendo verificados pela VAS menores niacuteveis de dor nos pacientes

em que foi aplicada a eletroestimulaccedilatildeo em relaccedilatildeo aos do grupo controle ndashndash natildeo submetidos

agrave corrente eleacutetrica

A grande importacircncia em confrontar os resultados da nossa pesquisa com os de

Kotani et al (2001) baseia-se no similar mecanismo de accedilatildeo da eletroacupuntura e da TENS

de baixa frequumlecircncia que se daria pelo aumento dos niacuteveis de opioacuteides endoacutegenos que agiriam

ambos em receptores micro-opioacuteides (CHEN HAN 1992 HAN et al 1986) Contudo Zhou e

Xi (1986) observaram em coelhos que a naloxona antagonizou parcialmente o efeito da

eletroacupuntura mas natildeo o da TENS de baixa frequumlecircncia

A administraccedilatildeo de faacutermacos analgeacutesicos em periacuteodo preacute-operatoacuterio proporcionou

bons resultados na diminuiccedilatildeo do quadro aacutelgico em algumas pesquisas vg Pontes e Prado

(2002) analisando o uso do cetoprofeno antes da realizaccedilatildeo de incisotildees plantares em ratos

verificaram satisfatoacuterio efeito anti-nociceptivo dessa droga Ke et al (1998) observaram ndashndash

em laparotomias ndashndash menor iacutendice de dor (mensurado pelo MPQ) no grupo de pacientes em

que a bupivacaiacutena fora administrada antes da cirurgia quando comparado ao dos outros dois

grupos pacientes em que ela foi administrada apoacutes a cirurgia e aqueles que receberam apenas

soluccedilatildeo salina Diversos outros autores tambeacutem relatam sobre os bons resultados obtidos com

a analgesia preemptiva (AIDA et al 1999 GOTTSCHALK OCHROCH 2003 KE

PORTERA LINCOLN 1998 LEE I-H LEE I-O 2005 WALL 1988) Na revisatildeo

sistemaacutetica de Ong et al (2005) analisando 66 artigos a analgesia peridural com opioacuteides

destacou-se por ser a teacutecnica mais eficiente para promover analgesia preemptiva conclusatildeo

86

tambeacutem obtida por Moiniche Kehlet e Dahl (2002)

Na literatura existem pesquisas principalmente com a utilizaccedilatildeo de faacutermacos em

que natildeo se obteve analgesia preemptiva Pontes e Prado (2002) eg natildeo promoveram

analgesia preemptiva com o uso de dipirona morfina e diclofenaco antes da realizaccedilatildeo de

incisotildees plantares em ratos e de acordo com esses autores em outra pesquisa a infiltraccedilatildeo

preacute-ciruacutergica de anesteacutesico local natildeo exerceu influecircncia nos niacuteveis aacutelgicos nem de pacientes

submetidos a colecistectomias nem herniorrafias Assim como esses muitos outros estudos

tambeacutem obtiveram resultados negativos e naqueles em que foi observada analgesia

preemptiva a mesma ocorreu em pequena magnitude (KISSIN 1994 2000 2002

MAESTRONI et al 2002 ONG et al 2005 SINATRA 2002 WOOLF CHONG 1993)

Entretanto os bons resultados jaacute obtidos tanto cliacutenicos quanto experimentais satildeo

provavelmente suficientes para indicar que a analgesia preemptiva eacute um fenocircmeno vaacutelido e

que um maior efeito poderaacute ser obtido com o desenvolvimento de novas e mais especiacuteficas

teacutecnicas (KISSIN 2000 2002)

As pesquisas tecircm restringido o uso da TENS em humanos apenas ao periacuteodo poacutes-

ciruacutergico Os resultados na sua grande maioria tecircm demonstrado gratificante aliacutevio do

quadro aacutelgico sobretudo naqueles procedimentos em que a dor gerada tem intensidade de

leve a moderada

Guerra et al (2003) verificaram menores niacuteveis aacutelgicos por meio da END nos

pacientes que foram submetidos agrave aplicaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia

inguinal em relaccedilatildeo aos que natildeo o foram assim como Chiu et al (1999) em

hemorroidectomias Chen et al (1998) em histerectomia abdominal total e miomectomia

Carrol et al (1996) em 786 pacientes submetidos a diversos procedimentos ciruacutergicos Castro

e Carlos (1986) em laparotomias com 22 de reduccedilatildeo da queixa de dor sendo os melhores

resultados obtidos nas histerectomias e os piores nas gastrectomias o que pode ser atribuiacutedo

87

talvez ao fato de a gastrectomia ser um procedimento ciruacutergico abdominal alto e ocasionar

entatildeo maiores niacuteveis de dor

Os nossos resultados natildeo podem ser diretamente confrontados aos dessas pesquisas

tendo em vista o grande nuacutemero de variaacuteveis existentes destacando-se o diferente modelo de

dor que cada procedimento ciruacutergico ocasiona e o fato de a TENS ter sido empregada sempre

apoacutes as cirurgias O que se pode e deve ser discutido eacute que talvez os resultados das pesquisas

em que a TENS foi bem sucedida como recurso analgeacutesico pudessem ser ainda melhores caso

a tivessem empregado tambeacutem antes das cirurgias e os das que natildeo obtiveram sucesso com a

TENS pudessem ter tido com essa preacutevia aplicaccedilatildeo pois as respostas analgeacutesicas poderiam

ser potencializadas

A maior concentraccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos apoacutes a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia eacute relatada por diversos autores (JOHNSON ASHTON THOMPSOM 1991

MERKEL GUSTEIN MALVIYA 1999 SLUKA WALSH 2003 THOMSON SKINNER

PIERCY 1994 TOYOTA STATAKE AMAKI 1999) Eriksson Sjolund e Neilzen (1979)

e Salar Job e Mingrino (1981) demonstraram um aumento da concentraccedilatildeo de opioacuteides no

liquor lombar apoacutes a TENS De acordo com Starkey (2001) essa modalidade de corrente

eleacutetrica estimularia a glacircndula hipoacutefise a liberar ACTH e acirc-lipotropina (moleacutecula precursora

da acirc-endorfina) na corrente sanguumliacutenea Crielaard et al ([sd] apud TRIBIOLI 2003)

observaram amento de 22 da taxa de acirc-endorfina apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia com intensidade elevada a ponto de produzir contraccedilatildeo muscular ritmada na

regiatildeo lombar de pacientes Entretanto OacuteBrien et al (1984 apud TRIBIOLI 2003) natildeo

verificaram incremento dos niacuteveis de acirc-endorfina no sangue apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS ndashndash tanto

de baixa frequumlecircncia (2 Hz) quanto de alta (80 Hz)

88

Chandran e Sluka (2003) observaram assim como Chen e Han (1992) Kalra Urban

e Sluka (2001) King e Sluka (2001) Sluka et al (1999) e Sluka et al (2000) que a TENS de

baixa frequumlecircncia estimulava a liberaccedilatildeo de opioacuteides que agiam sobre os receptores micro

localizados tanto em niacutevel espinhal (micro2) quanto supra-espinhal (micro1) fato ratificado por Han

et al (1991) que observaram que a endomorfina-1 ligante opiacuteoacuteide para os receptores micro-

opioacuteides mediava o efeito dessa modalidade de TENS Em alguns desses estudos concluiu-

se que a accedilatildeo da TENS se dava sobre esse tipo de receptor ao conseguir inibir o seu efeito

pela preacutevia administraccedilatildeo de baixas doses de naloxona ndashndash antagonista desses receptores

Hansson et al (1986) Lundeberg Bondesson e Lundstron (1985) e Olausson et al (1986)

verificaram que a TENS de baixa frequumlecircncia natildeo foi eficiente na reduccedilatildeo da dor nos pacientes

em que foi previamente administrada a naloxona

Apesar de a maioria dos autores apontar a accedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia como

sendo sobre os receptores micro-opioacuteides Chen e Han (1992) observaram que ela tambeacutem agiria

sobre os receptores auml-opioacuteides Outros autores como Han et al (1991) e Hughes et al

(1984) tambeacutem relataram sobre um aumento da concentraccedilatildeo de acirc-endorfina na circulaccedilatildeo

sanguumliacutenea de indiviacuteduos saudaacuteveis apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de baixa ou alta frequumlecircncias e

no liquor lombar concentraccedilotildees elevadas de metionina-encefalina (agonista auml-opioacuteide) e

dinorfina A (agonista ecirc-opioacuteide) apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de alta e baixa frequumlecircncia

respectivamente Para Basford (1994) seria mais evidente a liberaccedilatildeo de opioacuteides com a

aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia

Algumas controveacutersias quanto ao uso da TENS ainda persistem a) se haveria

liberaccedilatildeo de outras substacircncias capazes de modular a dor b) se sujeitos com e sem dor

diferem na resposta agrave estimulaccedilatildeo c) e caso sejam liberados neurotransmissores para a

modulaccedilatildeo da dor quais seriam os paracircmetros de estimulaccedilatildeo mais efetivos para tal

(BASFORD 1994)

89

A eletroanalgesia preemptiva pode ter sido obtida nessa pesquisa por meio da

inibiccedilatildeo pela TENS da hipersensibilidade central o que estaacute em concordacircncia com a

assertiva de King e Sluka (2001) e Sluka (2000) de que a TENS de baixa frequumlecircncia reduz

significantemente a hiperalgesia secundaacuteria poreacutem natildeo tem efeito sobre a primaacuteria

90

53 Anaacutelise da Satisfaccedilatildeo das Pacientes com o Tratamento

No grupo preemptivo a meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que

estava sendo realizado obtida a partir dos dados coletados com o uso da Escala de Satisfaccedilatildeo

do Paciente (ESP) foi sempre superior agrave do placebo em todos os momentos de coleta

entretanto natildeo houve em nenhuma das verificaccedilotildees diferenccedila estatiacutestica significante entre os

grupos como pocircde ser evidenciado na tabela 6 O intuito de aplicar tal escala foi tentar

observar se haveria um grau de satisfaccedilatildeo significantemente mais elevado no grupo

preemptivo em relaccedilatildeo ao placebo tendo em vista o papel da dor como fator de grande

influecircncia na qualidade do tratamento poacutes-operatoacuterio Poreacutem isso natildeo ocorreu nem na ESPd

verificaccedilatildeo que coincidia com o horaacuterio da ENDd em que houve niacutevel de dor

significantemente menor no grupo preemptivo

Rosaeg et al (2001) relatam sobre a ausecircncia de correlaccedilatildeo entre a analgesia

preemptiva e o grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes Isso ocorreria porquanto diversos fatores

aleacutem da dor poacutes-operatoacuteria contribuem para determinar o grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes

Nos dois grupos os niacuteveis de satisfaccedilatildeo sempre se mostraram bastante elevados Levando-se

em consideraccedilatildeo que todas as pacientes que participaram da presente pesquisa foram

assistidas pelo SUS e que comumente ndashndash ateacute por fatores culturais ndashndash estatildeo mais habituadas a

um ldquofriordquo relacionamento profissional de sauacutede-paciente esse alto grau de satisfaccedilatildeo talvez

possa ter sido atribuiacutedo agrave intensa assistecircncia dada aos dois grupos decircs o periacuteodo preacute-ciruacutergico

em que foram fornecidas informaccedilotildees a respeito da cirurgia que seria realizada da dor

incisional ndashndash e porventura visceral ndashndash do tratamento proposto dos meacutetodos de mensuraccedilatildeo

da dor bem assim orientaccedilotildees para que as mesmas evitassem falar apoacutes a cirurgia porque natildeo

se acumulassem gases ateacute o momento da alta hospitalar com os questionamentos sobre os

niacuteveis aacutelgicos Aleacutem disso as pacientes podem ter se sentido constrangidas ou terem

91

apresentado receio em relatar sobre a sua real satisfaccedilatildeo podendo supor que isso viria a

influenciar nos cuidados que a equipe meacutedica estaria despendendo para as mesmas

(BARROS 2001 JACHUCK 1982)

Caso tivesse sido realizada a coleta da ESP em todos os horaacuterios da END talvez fosse

possiacutevel observar diferenccedila significante entre os grupos em algum momento Entanto

preferiu-se realizar 5 averiguaccedilotildees da ESP aos inveacutes de 8 com o intuito de natildeo somente

abordar as pacientes um menor nuacutemero de vezes perturbando-as dessa forma um pouco

menos como tambeacutem minimizar a possibilidade de elas confundirem as duas escalas logo

que ambas satildeo constituiacutedas de nuacutemeros embora uma seja aplicada por meio de uma reacutegua e a

outra de forma verbal o que em princiacutepio diminuiria a possibilidade de confusatildeo

Em ambos os grupos a coleta em que houve a maior meacutedia de satisfaccedilatildeo com o

tratamento foi a uacuteltima sendo os valores nos grupos preemptivo e placebo respectivamente

de 992 plusmn 005 e 933 plusmn 035 Esses dados ao serem confrontados com os da END nesse

horaacuterio de coleta mostram que o maior grau de satisfaccedilatildeo apoacutes o pico aacutelgico deu-se

justamente no momento em que as pacientes estavam sentido uma menor intensidade de dor

Diferentemente dos nossos achados o uso da TENS no poacutes-operatoacuterio de

hernioplastia inguinal promoveu meacutedias de satisfaccedilatildeo com o tratamento ndashndash tambeacutem

mensurada pela ESP ndashndash significantemente superiores agraves do grupo placebo (MELO

SANTANA FILHO 2003)

Em pesquisa realizada por Hamza et al (1999) em cirurgias abdominais baixas

observou-se tambeacutem maior satisfaccedilatildeo por parte dos pacientes que usaram a TENS de baixa

frequumlecircncia no poacutes-operatoacuterio visto que 76 desses pacientes apresentaram alto grau de

satisfaccedilatildeo com o emprego de tal aparato para o controle da dor poacutes-ciruacutergica enquanto apenas

24 dos pacientes do grupo placebo apresentaram tal grau de satisfaccedilatildeo

92

54 Anaacutelise da Dor pelo Questionaacuterio de Dor McGill

A linguagem da dor repetidamente enfatizada por Merskey (1980) fornece

relevantes indiacutecios sobre o sofrimento e a dor das pessoas Melzack (1975) desenvolveu um

meacutetodo sistemaacutetico que incorporou descritores verbais para a expressatildeo da dor o MPQ que

se tornou o instrumento de pesquisa mais empregado no mundo para a mensuraccedilatildeo das

propriedades multidimensionais da dor abordando os componentes sensoriais afetivos e de

intensidade segundo Fernandez e Boyle (2001) e Fernandez e Towery (1996)

O MPQ adaptado foi utilizado apenas uma vez ndashndash 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico ndashndash no primeiro dia poacutes-operatoacuterio A opccedilatildeo por tal horaacuterio deu-se a partir da

experiecircncia obtida no estudo piloto em que o mesmo era administrado 7 h apoacutes a induccedilatildeo do

bloqueio A dificuldade para conseguir a atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo das pacientes condiccedilotildees

essenciais para responder de forma adequada ao mesmo foi muito grande fato que pode ser

atribuiacutedo ao relato de cansaccedilo por parte das pacientes porquanto as mesmas eram submetidas

ao procedimento ciruacutergico em torno das 1600 e assim o MPQ no estudo piloto era aplicado

aproximadamente agraves 2300 momento em que elas normalmente estavam dormindo ou entatildeo

tentando dormir mas relatando grande desconforto que pocircde ser observado natildeo apenas por

meio de avaliaccedilatildeo cliacutenica durante a coleta de dados como tambeacutem pelos niacuteveis aacutelgicos nesse

periacuteodo mensurados pela END e contidos na tabela 5

Apesar de alguns pesquisadores utilizarem o MPQ para a mensuraccedilatildeo de dores

passadas e relatarem que o mesmo possa ser usado para a anaacutelise de dores de ateacute uma semana

atraacutes optou-se para evitar maiores vieses por usaacute-lo para mensurar a dor incisional que a

paciente estava relatando naquele momento pois muitos pacientes apresentam dificuldade em

abstrair e sumariar experiecircncias dolorosas passadas (PIMENTA TEIXEIRA 1997) Para

93

isso elas eram instruiacutedas a respondecirc-lo com base na dor que estavam vivenciando naquele

momento

De acordo com Melzack (1975) esse instrumento somente deve ser aplicado para os

pacientes que estejam relatando dor Em virtude disso natildeo foram utilizados para a realizaccedilatildeo

da anaacutelise estatiacutestica dos iacutendices do MPQ os dados das 50 pacientes mas os de 41 (21 do

grupo preemptivo e 20 do placebo) pois 9 pacientes estavam relatando niacutevel de dor igual a

zero mensurado pela END no momento da aplicaccedilatildeo do MPQ

Veilleux e Melzack (1976) relatam que o MPQ eacute suficientemente sensiacutevel para

detectar diferenccedilas entre meacutetodos de tratamento da dor e proporciona informaccedilotildees a respeito

do efeito de determinada terapia antaacutelgica sobre as dimensotildees sensorial afetiva e avaliativa da

dor Optou-se pela natildeo utilizaccedilatildeo da forma reduzida do MPQ dado o pequeno nuacutemero de

descritores e cujos significados estatildeo mais frequumlentemente relacionadas agrave dor crocircnica do que

agrave aguda (MELZACK 1987)

A utilizaccedilatildeo do MPQ foi relevante porque esse instrumento multidimensional

fornece informaccedilotildees mais ricas sobre a experiecircncia dolorosa ndashndash envolvendo tambeacutem

componentes psicoloacutegicos e emocionais ndashndash natildeo se limitando apenas agrave mensuraccedilatildeo da

intensidade de dor como o satildeo a END VAS de faacutecies e tantas outras Para Prieto e

Geisinger (1983) apesar de a intensidade global da dor ser importante condiccedilatildeo para

compreender a experiecircncia dolorosa medidas que refletem apenas essa caracteriacutestica satildeo

insensiacuteveis a variaccedilotildees nos diferentes aspectos qualitativos da dor (KELLY AHMAD

BRULL 2001)

A categoria sensorial refere-se agraves propriedades mecacircnicas teacutermicas temporais e

espaciais da dor a afetiva-motivacional agrave dimensatildeo afetiva nos aspectos de tensatildeo medo e

propriedades autonocircmicas a avaliativa possibilita que o paciente expresse uma avaliaccedilatildeo

global da sua experiecircncia dolorosa e a miscelacircnea que engloba descritores das outras

94

categorias natildeo se refere a nenhuma propriedade especiacutefica (KETOVUORI POumlNTINEN

1981 MELZACK 1975 PIMENTA TEIXEIRA 1997 TEIXEIRA et al 1999)

A partir da sua utilizaccedilatildeo pudemos obter o Iacutendice do Nuacutemero de Palavras

Escolhidas (NWC) e o Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) O graacutefico 12 apresenta a

comparaccedilatildeo do NWC total obtido por meio da soma do nuacutemero de descritores selecionados

pelas pacientes nas 4 categorias que compotildeem o MPQ entre os grupos preemptivo e placebo

assim como o NWC em cada categoria do MPQ (tabela 10) De acordo com Pimenta e

Teixeira (1997) quanto maior o valor do NWC maior tambeacutem seraacute o niacutevel de dor dos

pacientes

Eacute possiacutevel observar que natildeo houve diferenccedila significante quanto ao NWC total entre

os grupos haja vista que o valor de p foi igual a 0937 tendo o grupo preemptivo selecionado

em meacutedia 1562 plusmn 061 palavras e o placebo 1540 plusmn 084 Vale ressaltar que o maacuteximo valor

possiacutevel do NWC total eacute 20 pois cada paciente natildeo pode escolher mais do que um descritor

em cada subcategoria

O grupo preemptivo selecionou em meacutedia 371 plusmn 025 e 276 plusmn 018 descritores nas

categorias afetiva e miscelacircnea respectivamente e o placebo 375 plusmn 020 e 315 plusmn 021 Na

categoria sensorial diferentemente dessas duas o grupo preemptivo (819 plusmn 038) selecionou

mais palavras que o placebo (765 plusmn 050) Na avaliativa ambos os grupos selecionaram em

meacutedia uma palavra Eacute importante ressaltar que em nenhum desses iacutendices houve diferenccedila

significante o que jaacute era esperado pois o NWC natildeo eacute eficiente para mostrar o malogro ou

sucesso de uma terapia analgeacutesica para um aliacutevio parcial da dor De acordo com Melzack

(1975) o paciente que tem um aliacutevio parcial da dor natildeo necessariamente deveria ter um

menor NWC pois haveria uma tendecircncia em selecionar um descritor que indicasse um menor

iacutendice de dor mas natildeo a recusa por parte desse paciente em selecionar determinada

subcategoria Dessa forma apenas o PRI poderia apresentar variaccedilatildeo

95

Apesar de natildeo ter havido diferenccedila significante a maior utilizaccedilatildeo ndashndash em termos

proporcionais ndashndash dos descritores da categoria sensorial em relaccedilatildeo aos da afetiva conforme

foi observada na tabela 11 em ambos os grupos estaacute de acordo com Pimenta (1995) Reading

(1983) e Teixeira et al (1999) que verificaram que os pacientes que sofriam de dores agudas

tinham preferecircncia por tais descritores enquanto aqueles que padeciam de dor crocircnica pelos

da afetiva Todavia talvez exista uma tendecircncia maior para a escolha dos descritores da

categoria sensorial pois a mesma engloba 539 (42 palavras) dos descritores do MPQ

enquanto que a afetiva 179 (14 palavras) Portanto a categoria sensorial apresenta o triplo

de descritores da afetiva apesar de possuir somente o dobro de subcategorias

Eacute interessante observar a importacircncia da categoria avaliativa (16ordf subcategoria) pois

todas as pacientes a utilizaram para selecionar um descritor (tabela 8) Melzack (1975)

descreveu que 95 dos 248 pacientes ndashndash de diversas doenccedilas ndashndash analisados em seu estudo

selecionaram um descritor dessa categoria o que estaacute em concordacircncia com nossos dados

Outras subcategorias muito utilizadas foram a 9ordf 11ordf 12ordf e 20ordf De forma inversa a 19ordf

subcategoria foi a menos selecionada (4 pacientes do grupo preemptivo e 8 do placebo) o que

eacute justificado por se tratarem de descritores que abordam os aspectos relacionados agrave sensaccedilatildeo

de frio sendo mais frequumlentemente utilizados para a descriccedilatildeo de dores de dente de acordo

com Gagliesi e Melzack (2003) e Melzack (1975)

Em ambos os grupos os descritores mais selecionados foram ldquocansativardquo e

ldquoenjoadardquo que pertencem agrave categoria afetiva 8095 das pacientes do grupo preemptivo

selecionaram esses descritores e 90 das do placebo assim o fizeram Na categoria sensorial

ambos os grupos selecionaram mais frequumlentemente o descritor ldquofinardquo 7142 das pacientes

do grupo preemptivo e 75 das do placebo Na miscelacircnea 55 das pacientes do grupo

placebo optaram mais comumente pelos descritores ldquoespalhardquo e ldquorepuxardquo e 5238 das do

preemptivo por ldquorepuxardquo e ldquoaborrecidardquo

96

Ao considerar os descritores mais apropriados para caracterizar a dor incisional

nessa pesquisa (tabela 9) ndashndash considerados por Gagliesi e Melzack (2003) como aqueles que

tenham sido selecionados por pelo menos 33 dos pacientes ndashndash os que foram escolhidos de

forma comum aos dois grupos foram na categoria sensorial (latejante pontada fina

queimaccedilatildeo ardor e dolorida) afetiva (cansativa e enjoada) avaliativa (que incomoda) e na

miscelacircnea (repuxa e aborrecida) Houve diferenccedila significante entre os dois grupos na

frequumlecircncia de seleccedilatildeo dos descritores ldquoesticadardquo da 10ordf subcategoria e ldquoespalhardquo da 17ordf

subcategoria que eacute justificada pelo fato de na 10ordf subcategoria das 19 pacientes do grupo

preemptivo que a utilizaram 13 selecionaram o descritor ldquoesticadardquo e das 13 do grupo

placebo apenas 5 Em se tratando da 17ordf subcategoria apenas 3 das 13 pacientes que

indicaram essa subcategoria selecionaram o descritor ldquoespalhardquo enquanto 11 do grupo

placebo o selecionou das 17 que optaram por tal subcategoria

No graacutefico 13 haacute a comparaccedilatildeo do PRI total obtido pela soma dos valores que satildeo

atribuiacutedos a cada descritor escolhido pelas pacientes nas 4 categorias do MPQ ndashndash podendo

atingir um maacuteximo valor de 78 ndashndash entre os dois grupos assim como do PRI para cada uma

das categorias do MPQ Para Pimenta e Teixeira (1997) quanto maior o valor desse iacutendice

maior a percepccedilatildeo dolorosa das pacientes Natildeo houve diferenccedila significante quanto ao PRI

total assim como para as categorias sensorial afetiva e miscelacircnea O grupo preemptivo

apresentou PRI total igual a 3274 plusmn 163 e o placebo 3245 plusmn 208 A categoria avaliativa foi

a uacutenica em que houve diferenccedila significante entre os grupos pois o PRI do grupo preemptivo

foi igual a 3 plusmn 028 e o do placebo a 205 plusmn 022 sendo o valor de p igual a 0019

A ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica significante entre os dois grupos tanto no NWC

total quanto no PRI total estaacute em concordacircncia com os resultados obtidos pela ENDg 16 h

apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico pois em nenhum desses iacutendices houve diferenccedila

significante entre os grupos

97

Apesar das dificuldades existentes ndashndash tempo de aplicaccedilatildeo e compreensatildeo de alguns

descritores pelas pacientes ndashndash a aplicaccedilatildeo desse questionaacuterio possibilitou ao investigador uma

experiecircncia muito produtiva pois permitiu a visualizaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo ndashndash seja por palavras

ou expressotildees faciais ndashndash da maioria das pacientes em encontrar palavras que as auxiliassem a

transmitir sua experiecircncia dolorosa Em pesquisa realizada por Pimenta e Teixeira (1997)

96 dos pacientes disseram que o MPQ ajudou ou ajudou muito na descriccedilatildeo de seu quadro

doloroso

Os dados obtidos a partir do MPQ infelizmente tornam-se um pouco limitados para

a comparaccedilatildeo com outras pesquisas dadas as diferenccedilas da liacutengua Esse eacute um dos motivos

pelos quais as escalas unidimensionais satildeo mundialmente mais usadas possibilitando o cotejo

dos resultados obtidos em diferentes paiacuteses e liacutenguas

Sabe-se que os aspectos econocircmicos culturais e sociais tecircm influecircncia sobre o relato

da dor pelos pacientes ndashndash embora em menor magnitude nas dores de caraacuteter agudo vg a

poacutes-operatoacuteria do que nas de caraacuteter crocircnico segundo Pimenta e Teixeira (1997) ndashndash mas

Katz e Melzack (1999) e Melzack (1975) demonstraram que o MPQ possui elevado niacutevel de

fidedignidade e transcende a tais diferenccedilas talvez por ter sido elaborado com base no

referencial teoacuterico sobre a fisiologia da dor No Brasil 95 dos entrevistados em uma

pesquisa disseram ser capazes de compreender o inventaacuterio sem grande dificuldade mas os

estudos natildeo avaliam a magnitude dessa dificuldade mormente quando se trata de indiviacuteduos

de baixa escolaridade ou idosos (PIMENTA 1995 PIMENTA TEIXEIRA 1997

TEIXEIRA 2001)

Entretanto essa talvez natildeo seja a realidade desse questionaacuterio no Brasil ndashndash um dos

liacutederes mundiais em desigualdade social e que possui diferenccedilas marcantes quanto agraves

expressotildees idiomaacuteticas regionais ndashndash o que permite supor que os resultados de uma pesquisa

realizada com uma amostra extraiacuteda de uma populaccedilatildeo rica de uma capital brasileira possam

98

talvez diferenciar significantemente dos daqueles obtidos em uma pobre cidade do sertatildeo

nordestino dada a complexidade na compreensatildeo de alguns descritores (BARROS 2001)

Em decorrecircncia dessas questotildees eacute que foi dada atenccedilatildeo nessa pesquisa ao niacutevel de

escolaridade das pacientes ndashndash que eacute ressaltado por Melzack (1987) como um dos fatores

limitantes para o seu uso assim como foram estabelecidos como criteacuterios de inclusatildeo vg

somente a participaccedilatildeo de pacientes que fossem assistidas pelo SUS e que fossem operadas no

Hospital Satildeo Domingos Saacutevio

99

55 Tempo para a Primeira Administraccedilatildeo do Diclofenaco de Soacutedio

Em contraposiccedilatildeo a Moininche Kehlet e Dahl (2002) Ong et al (2005) relatam que

o tempo para o primeiro requerimento de analgeacutesicos tem menor acuraacutecia para verificar o

efeito da analgesia preemptiva do que a intensidade de dor e o consumo de drogas

analgeacutesicas e que esse natildeo seria o objetivo principal da analgesia preemptiva todavia sua

importacircncia cliacutenica reside no fato de que ao prolongaacute-lo estaria havendo maior efeito do

recurso analgeacutesico utilizado antes da cirurgia ndashndash em nosso caso a TENS ndashndash podendo traduzir

em menor iacutendice de dor e consumo total de analgeacutesicos bem assim maior conforto agrave paciente

As pacientes do grupo preemptivo que consumiram diclofenaco de soacutedio ndashndash droga

que estava prescrita como medicaccedilatildeo de resgate ndashndash nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico solicitaram-no em meacutedia 48750 plusmn 5344 min apoacutes esta jaacute as do grupo

placebo 47010 plusmn 4619 min natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos porquanto o

valor de p foi igual a 0807 o que pode ser visualizado no graacutefico 15 que ilustra esse tempo

Esperava-se que com a preacutevia aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia o tempo para a

solicitaccedilatildeo dessa droga pudesse ser significantemente maior dado o possiacutevel aumento do

periacuteodo de latecircncia da dor devido agrave eletroanalgesia preemptiva

Por meio da END foi verificado que as pacientes do grupo placebo apresentaram no

poacutes-operatoacuterio imediato um pico aacutelgico alcanccedilado no momento da sexta coleta de dor o que

coincide com o tempo para a requisiccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio por essas pacientes

Como natildeo se conhecem pesquisas averiguando esse consumo com o uso da TENS

de forma preacute-operatoacuteria a discussatildeo a seguir far-se-aacute a partir de pesquisas que empregaram

meacutetodos diferenciados Assim Benedetti et al (1997) analisando esse tempo em pacientes

submetidos a toracotomias poacutestero-laterais tambeacutem verificaram diferenccedila estatiacutestica natildeo-

significante entre os pacientes que fizeram uso da TENS no poacutes-operatoacuterio e os que natildeo a

100

utilizaram tal como Garcia (2000) ao analisar o efeito preemptivo do fentanil em

histerectomias

Jaacute no estudo de Lin et al (2002) que avaliou a eletroacupuntura de forma

preemptiva em cirurgias abdominais baixas foi demonstrado que o tempo para o primeiro

requerimento de morfina foi de 10 18 28 e 28 min respectivamente nos grupos A

(preemptivo controle) B (preemptivo placebo) C (preemptivo de baixa frequumlecircncia 2 Hz) e D

(preemptivo de alta 100 Hz) e no de Ke et al (1998) foi demonstrado que a bupivacaiacutena

exerceu efeito preemptivo em laparoscopias ao retardar o tempo para o requerimento do

primeiro analgeacutesico entre os 3 grupos da pesquisa A (pacientes em que a bupivacaiacutena foi

administrada antes do ato ciruacutergico e soluccedilatildeo salina apoacutes) 4867 plusmn 4353 min B (soluccedilatildeo

salina antes e bupivacaiacutena depois) 2294 plusmn 3304 min e C (soluccedilatildeo salina antes e depois)

1431 plusmn 1567 min

Benedetti et al (1997) obtiveram aumento do tempo para o primeiro requerimento

de analgeacutesicos nos pacientes que usaram a TENS no poacutes-operatoacuterio de costotomias

esternotomias toracotomias com afastamento muscular e viacutedeo toracoscopias

101

56 Anaacutelise do Consumo de Analgeacutesicos no Poacutes-operatoacuterio

Em 48 das pacientes do grupo preemptivo (12 pacientes) foi administrado o

diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico enquanto que

no grupo placebo isso ocorreu em 60 (15 pacientes) diferenccedila natildeo estatisticamente

significante (graacutefico 14) Para Kissin (1996) o consumo de analgeacutesicos eacute possivelmente uma

variaacutevel natildeo fidedigna para averiguar a analgesia preemptiva e pode ser influenciado por

vaacuterios fatores psicoloacutegicos Todavia Konrad Cordeiro e Coeli (2001) Moiniche Kehlet e

Dahl (2002) e Ong et al (2005) ressaltam a relevacircncia desse consumo para analisar a

analgesia preemptiva

Ao analisar o consumo de diclofenaco de soacutedio e dipirona durante todo o periacuteodo de

internaccedilatildeo tambeacutem natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos como pocircde ser

observado nos graacuteficos 16 e 17 respectivamente Quanto ao consumo de dipirona esse

resultado era previsto pois essa droga estava prescrita de 6 em 6 h E quanto agrave administraccedilatildeo

de diclofenaco de soacutedio a ausecircncia de diferenccedila foi um resultado natural haja vista que nem

nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash periacuteodo em que haveria maior

efeito da analgesia preemptiva ndashndash houve diferenccedila significante

Cotejando nossos resultados aos de pesquisas envolvendo a aplicaccedilatildeo da

eletroacupuntura de forma preemptiva em procedimentos ciruacutergicos para avaliaccedilatildeo do

consumo de medicamentos analgeacutesicos nossos achados divergem dos de Lin et al (2002)

que em cirurgias abdominais baixas observaram reduccedilatildeo de 22 desse consumo nas

primeiras 24 h poacutes-ciruacutergicas nos pacientes que fizeram uso da modalidade de baixa

frequumlecircncia em relaccedilatildeo aos do grupo placebo Kotani et al (2001) conseguiram ao aplicar a

eletroacupuntura antes de cirurgias abdominais altas e baixas reduzir em 50 o consumo de

morfina pelos pacientes

102

Ao analisar o consumo de analgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio com o meacutetodo de analgesia

preemptiva induzida por drogas Levent (2001) em histerectomias abdominais totais e

salpingo-ooforectomias bilaterais natildeo verificou diferenccedila significante desse consumo entre as

pacientes em que a morfina fora administrada antes do ato ciruacutergico e apoacutes o fechamento do

peritocircnio e Garcia (2000) tambeacutem natildeo observou diferenccedila significante entre as que fizeram

uso do fentanil 30 min antes das histerectomias e as que o utilizaram apoacutes o ato ciruacutergico

Maestroni et al (2002) embora tenham verificado analgesia preemptiva em colecistectomias

laparoscoacutepicas mensurada pela VAS tambeacutem natildeo observaram diferenccedila significante quanto

ao consumo de analgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio o que estaacute de acordo com os nossos achados

Os nossos resultados divergem dos de diversos autores como Hamza et al (1999)

que demonstraram a efetividade da TENS na diminuiccedilatildeo do consumo de analgeacutesicos no

periacuteodo poacutes-operatoacuterio senatildeo nessas pesquisas a TENS foi aplicada somente apoacutes a cirurgia

Destarte natildeo estamos em concordacircncia com os resultados da pesquisa de Guerra et

al (2003) em que houve significante reduccedilatildeo do consumo de analgeacutesicos com o uso da TENS

no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia inguinal Apenas 1 dos 9 pacientes do grupo experimental

ndashndash que usou a TENS ndashndash solicitou uma uacutenica vez medicaccedilatildeo analgeacutesica ao passo que todos

os pacientes do grupo placebo (n = 9) solicitaram esse tipo de medicaccedilatildeo 255 vezes em

meacutedia Essa diferenccedila em relaccedilatildeo aos achados eacute fruto dos meacutetodos usados tipos de cirurgia

drogas anesteacutesicas e analgeacutesicas niacuteveis e tipos de dor paracircmetros de estimulaccedilatildeo tempo de

aplicaccedilatildeo e horaacuterios de aplicaccedilatildeo da TENS

Algumas pesquisas obtiveram satisfatoacuterios resultados com o uso da TENS no

periacuteodo poacutes-operatoacuterio como a de Chiu et al (1999) em hemorroidectomias cirurgias que

geram um quadro aacutelgico intenso em que houve reduccedilatildeo significante do consumo de morfina

Chen et al (1998) em histerectomias e miomectomias que observaram reduccedilatildeo de 37 da

administraccedilatildeo de opioacuteides com o uso da TENS de forma pericicatricial e de 39 quando

103

aplicada nos pontos de acupuntura Bjordal Johnson e Ljungreen (2003) que analisaram

1350 pacientes submetidos a diferentes procedimentos ciruacutergicos e verificaram reduccedilatildeo de

355 do consumo de analgeacutesicos Nuntildeez e Carrasco (2000) que minimizaram esse consumo

em cesaacutereas sem no entanto diminuir a intensidade e o periacuteodo de remissatildeo da dor

Benedetti et al (1997) que conseguiram minimizar a intensidade de dor em costotomias

esternotomias toracotomias com afastamento muscular e viacutedeo toracocospias e Castro e

Carlos (1986) em laparotomias que o minimizaram em 63 naqueles que fizeram uso desse

recurso sendo mais significante nos que foram submetidos a histerectomias e menos a

gastrectomias

Embora a reduccedilatildeo do consumo de diclofenaco natildeo tenha sido significante os nossos

achados satildeo muito relevantes haja vista que ao serem confrontados com os da anaacutelise da

intensidade de dor pela END possibilita a verificaccedilatildeo do mais importante aspecto desse

trabalho que foi conseguir manter o niacutevel de dor do grupo preemptivo inferior ao do placebo

sem haver no entanto um maior consumo de drogas analgeacutesicas para tal Ou seja se as

pacientes do grupo preemptivo tivessem consumido mais drogas que as do placebo seria

inviaacutevel inferir sobre a ocorrecircncia de analgesia preemptiva

57 Dor Referida

104

A ocorrecircncia de dor referida no ombro direito ndashndash condiccedilatildeo que sugere irritaccedilatildeo do

diafragma ou diretamente do nervo frecircnico ndashndash deu-se em 40 (10 pacientes) das pacientes do

grupo preemptivo e em 32 (8 pacientes) daquelas do placebo (graacutefico 18) Essa incidecircncia

estaacute em concordacircncia com os achados na literatura que a indicam em cerca de um terccedilo dos

pacientes submetidos a colecistectomia por laparotomia (ORLOFF 1970 SCHWARTZ

SHIRES SPENCER 1996 WAY DUNPHY 1993)

Natildeo se objetivou nessa pesquisa analisar a intensidade de dor referida no ombro ndashndash

apesar de os dados tambeacutem terem sido coletados Objetivou-se apenas verificar a sua

incidecircncia que com a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia natildeo apresentou diferenccedila

significante entre as pacientes que a usaram e as que natildeo

De acordo com Antunes et al (2002) a TENS tem eficaacutecia jaacute bastante comprovada

para o tratamento das dores de origem cutacircnea mas natildeo eacute necessariamente eficiente para as

de origem visceral o que corrobora a pesquisa de Nuntildeez e Carrasco (2000) que usaram a

TENS no poacutes-operatoacuterio de cesaacutereas

58 Anaacutelise do Consumo de Metoclopramida

105

Em um total de 20 das pacientes (5 pacientes) do grupo preemptivo houve

administraccedilatildeo dessa droga enquanto que em 32 (8 pacientes) isso ocorreu (graacutefico 19) O

consumo dessa droga ndashndash que natildeo tem accedilatildeo analgeacutesica ndashndash foi verificado para auxiliar a avaliar

a qualidade de recuperaccedilatildeo poacutes-ciruacutergica logo que um dos preditores de naacuteuseas e ecircmesis eacute a

dor E como a TENS eacute um recurso analgeacutesico poderia entatildeo tambeacutem minimizar o consumo

dessa substacircncia

Nossos resultados satildeo semelhantes aos de Zaacuterate et al (2001) que natildeo obtiveram

significante reduccedilatildeo do consumo de drogas anti-emeacuteticas com o uso da eletroacupuntura antes

de colecistectomias por laparoscopia Todavia Chen et al (1998) conseguiram reduzir a

incidecircncia de naacuteuseas e vocircmitos em aproximadamente um terccedilo das mulheres que se

submeteram a histerectomia abdominal total ou miomectomia com o uso da TENS todavia

esse recurso foi aplicado no poacutes-operatoacuterio Kotani et al (2001) observaram reduccedilatildeo de 20

a 30 da incidecircncia de naacuteuseas em cirurgias abdominais altas e baixas com a analgesia

preemptiva induzida pela eletroacupuntura e Lin et al (2002) em cirurgias abdominais

baixas

59 Questionaacuterio sobre a TENS

106

Durante a coleta dos dados observou-se que algumas pacientes do grupo preemptivo

relataram que a aplicaccedilatildeo da TENS ocasionava determinado incocircmodo Assim para a

obtenccedilatildeo de dados mais concretos sobre esses relatos resolveu-se acrescentar esse

questionaacuterio (Apecircndice H) ndashndash mesmo com a coleta de dados jaacute em andamento

Os resultados obtidos ilustrados no graacutefico 20 confirmam o que foi evidenciado na

praacutetica cliacutenica a respeito do relato das pacientes sobre o incocircmodo da estimulaccedilatildeo eleacutetrica de

baixa frequumlecircncia e alta intensidade pois a maioria (5789) das pacientes do grupo

preemptivo disse que a TENS incomodava um pouco e 1578 que incomodava

razoavelmente Esses dados foram significantemente diferentes dos do grupo placebo em que

8824 relataram que a TENS natildeo incomodava e 1176 que incomodava um pouco O fato

de ter havido queixa por parte de 2 pacientes do grupo placebo pode ter ocorrido talvez por

essas permanecerem durante 60 min deitadas com os eletrodos posicionados sobre o abdome

sem terem liberdade para deambular ou realizar atividades que solicitassem grande

movimentaccedilatildeo

Pesquisas recentes realizadas por Sluka et al (2000) tecircm demonstrado que a TENS

de alta frequumlecircncia tambeacutem estimula a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos e diante da

experiecircncia cliacutenica sabe-se que o uso de tal frequumlecircncia eacute mais confortaacutevel que o da de baixa

que normalmente eacute aplicada em niacutevel motor de estimulaccedilatildeo com a maacutexima intensidade

suportada pelo paciente Logo poder-se-ia utilizar a TENS de alta frequumlecircncia em pesquisas

para observar a possiacutevel ocorrecircncia de analgesia preemptiva comparando com os resultados

da de baixa frequumlecircncia e selecionar qual seria a mais adequada para tal dando grande ecircnfase

em tal escolha ao conforto e satisfaccedilatildeo do paciente

107

A maioria das pacientes de ambos os grupos relatou que gostaria de em uma

proacutexima cirurgia usar a TENS e os medicamentos (graacutefico 21) Esses dados parecem refletir a

satisfaccedilatildeo das pacientes em receber uma melhor assistecircncia da equipe de sauacutede assim como

terem agrave sua disposiccedilatildeo alguns recursos diferentes para o tratamento do quadro aacutelgico o que

reforccedila a relevacircncia e a aceitaccedilatildeo da analgesia multimodal

108

CONCLUSAtildeO

109

6 CONCLUSAtildeO

A aplicaccedilatildeo da modalidade de baixa frequumlecircncia da estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea

do nervo durante 60 minutos no periacuteodo preacute-operatoacuterio de pacientes do sexo feminino

submetidas a colecistectomia por laparotomia promoveu analgesia preemptiva

110

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

111

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AIDA S et al The effectiveness of preemptive analgesia varies according to the type ofsurgery a randomized double-blind study Anesthesia and Analgesia Baltimore v 89 n 3p 711 Set 1999

ANDRADE R F A Comportamento da litiacutease biliar no Estado de Sergipe 2002Monografia (graduaccedilatildeo em medicina) ndashndash Departamento de Medicina da Universidade Federaldo Estado de Sergipe Aracaju 2002

ANTUNES A A M et al Os efeitos da estimulaccedilatildeo eleacutetrica nervosa transcutacircnea no poacutes-operatoacuterio de cirurgias toraacutecicas e abdominais ndashndash revisatildeo de literatura e relato de casosRevista de Fisioterapia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 9 n 1 p 23-25janjun 2002

BARROS N Qualidade de vida ndashndash conceito e meacutetodos de avaliaccedilatildeo In ANDRADE FILHOA C de C Dor diagnoacutestico e tratamento Roca Satildeo Paulo 2001 53-61 p

BASFORD J R Eletroterapia In KOTTKE F J LEHMANN J F Tratado de medicinafiacutesica e reabilitaccedilatildeo de Krusen 4 ed Satildeo Paulo Manole 1994 363-388 p

BENBOW S J COSSINS L WILES J R A comparative study of disability depressionand pain severity in young and chronic pain in patients VIIIth World Congress on PainVancouver 1996

BENEDETTI F et al Control of postoperative pain by transcutaneous electrical nervestimulation after thoracic operations Ann Thoracic Surgery Torino v 63 n 3 p 773-776Mar 1997

BISSCHOP G de BISSCHOP Eacute de COMMANDREacute F TENS In BISSCHOP G deBISSCHOP Eacute de COMMANDREacute F Eletrofisioterapia Satildeo Paulo Santos 2001 5-62 p

BJORDAL J M JOHNSON M I LJUNGREEN A E Transcutaneous electrical nervestimulation (TENS) can reduce postoperative analgesic consumption A meta-analysis withassessment of optimal treatment parameters postoperative pain European Journal of PainErlangen v 7 n 2 p 181-188 Apr 2003

BLUMGART L H Cirugiacutea del hiacutegado y de las viacuteas biliares Buenos Aires EditoriaMeacutedica Panamericana 1988 655-665 p

BONICA J J et al Biochemistry and the modulation of nociception and pain In BONICAJ J The management of pain Phyladelphia Lea amp Febiger 1990 95-121 p

BRENTANO L Colecistectomia [sl] ABC da Sauacutede 2003 Disponiacutevel emhttpwwwabcdasaudecombrartigophp86 Acesso em 30 de agosto de 2004

BRIDENBAUGH P O Preemptive analgesia ndashndash is it clinically relevant Anesthesia ampAnalgesia Baltimore v 78 n 2 p 203-4 Feb 1994

112

BUTTON B SAWYER S Fisioterapia do aparelho respiratoacuterio do adolescente InBURNS Y R MCDONALD J Fisioterapia e crescimento na infacircncia Satildeo PauloSantos 1999 247-261 p

BUXTON B P A fisiologia e a psicologia da dor In STARKEY C RecursosTerapecircuticos em Fisioterapia Satildeo Paulo Manole 2001 37-69 p

CAMERON M H Physical agents in rehabilitation ndashndash from research to practicePhyladelphia W B Saunders Company 1999 31-54 p

CARROLL D et al Randomization is important in studies with pain outcomes systematicreview of transcutaneous electrical nerve stimulation in acute postoperative pain BritishJournal of Anaesthesia Oxford v 77 n 6 p 798-803 Dec 1996

CARROL E N BADURA A S Focal intense brief transcutaneous electric nervestimulation for treatment of radicular and posthoracotomy pain Archives of PhysicalMedicine and Rehabilitation Cleveland v 82 n 2 p262-264 Feb 2001

CASTILLO G L B Estudio comparativo entre bupivacaina + fentanyl vs bupivacainasola por viacutea peridural para el control del dolor obsteacutetrico Tesis para obtener el diplomauniversitario en la especialidad de anestesiologiacutea Quereacutetaro [1999]

CASTRO M L CARLOS E S Post-laparotomy pain control by transcutaneous electricalnerve stimulation preliminary report Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeirov 36 n 3 p 207-14 mar 1986

CHANDRAN P SLUKA K A Development of opioid tolerance with repeatedtranscutaneous electrical nerve stimulation administration Pain Seattle v 102 n 1-2 p195-201 Mar 2003

CHEN L et al The effect of location of transcutaneous electrical nerve stimulation onpostoperative opioid analgesic requirement acupoint versus nonacupoint stimulationAnesthesia amp Analgesdia Baltimore v 87 n 5 p 1129-1134 Nov 1998

CHEN L HAN J S Analgesia induced by electroacupuncture of different frequencies ismediated by different types of opioid receptors another cross-tolerance study BehavioralBrain Research Amsterdam v 47 n 2 p 143-149 Apr 1992

CHESTERTON L S et al Effects of TENS frequency intensity and stimulation siteparameter manipulation on pressure pain thresholds in healthy human subjects Pain Seattlev 106 n 1-2 p 73-80 Nov 2003

CHIU J H et al Effect of transcutaneous electrical nerve stimulation relief on patientsundergoing hemorrhoidectomy prospective randomized controlled trial Diseases of theColon amp Rectum New York v 42 n 2 p 180-185 Feb 1999

CREPON F Eletrofisioterapia e Reeducaccedilatildeo Funcional Satildeo Paulo Lovise 1996 80-101p

113

CRIELAARD et al apud TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendoparacircmetros de estimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85fDissertaccedilatildeo (mestrado em bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de SatildeoPaulo Ribeiratildeo Preto 2003

DAMIANE C DAMIANE G TENS eletroanalgesia In RODRIGUES E MGUIMARAtildeES C S Manual de recursos fisioterapecircuticos Rio de Janeiro Revinter 199853-80 p

DIERKING G et al Effect of pre vs post-operative inguinal field block on postoperative painafter herniorraphy British Journal of Anaesthesia Oxford v 68 n 4 p 344-348 Apr1992

DUBUISSON D MELZACK R Classification of clinical pain descriptors by multiplegroup discriminant analysis Experimental Neurology Michigan v 51 n 2 p 480-487May 1976

DuGAS B W Medicaccedilotildees In______ Enfermagem praacutetica 4 ed Rio de JaneiroGuanabara 1988 465-487 p

EISENBAUER L A MURPHY M A Pharmacotherapeutics amp advanced nursingpractice San Diego McGraw Hill Companies 1998 253 p

ERIKSSON M B E SJOLUND B H NEILZEN S Long term results of peripheralconditioning stimulation as an analgesic measure in chronic pain Pain Seattle v 6 n 3 p335-347 Jun 1979

FERNANDEZ E BOYLE G J Affective and evaluative descriptors of pain in the McGillPain Questionnaire reduction and reorganization The Journal of Pain Philadelphia v 2 n6 p 318-325 Dec 2001

FERNANDEZ E TOWERY S A parsimonious set of verbal descriptors of pain sensationderived from the Mcgill Pain Questionnaire Pain Seattle v 66 n 1 p 31-37 Jul 1996

FORTH W BEYER A PETER K Highly potent analgesics opiates and opioids InFORTH W BEYER A PETER K Aliacutevio da dor uma visatildeo analiacutetica das vantagens edesvantagens da moderna administraccedilatildeo da dor Satildeo Paulo Hoechest 1995 40-49 p

FRAMPTON V Estimulaccedilatildeo Nervosa Eleacutetrica Transcutacircnea In KITCHEN S BAZIN SEletroterapia de Clayton 10 ed Satildeo Paulo Manole 1998 276-294 p

GAGLIESI L MELZACK R Age differences in the quality of chronic pain a preliminarystudy Pain Research amp Management Oakville v 2 n3 p 157-162 Winter 1997

GAGLIESE L MELZACK R Age-related differences in the qualities but not the intensityof chronic pain Pain Seattle v 104 n 3 p 597-608 Aug 2003

114

GARCIA J B dos S Preemptive analgesia with epidural bupivacaine plus fentanyl inhysterectomy serum interleukin-6 implications 2000 Tese para obtenccedilatildeo do tiacutetulo dedoutorado ndashndash Escola Paulista de Medicina ndashndash Universidade Federal de Satildeo Paulo Satildeo Paulo2000

GOFFI F S GOFFI JUacuteNIOR P S SORBELLO A A Cirurgia das vias biliares InGOFFI F S Teacutecnica ciruacutergica bases anatocircmicas fisiopatoloacutegicas e teacutecnicas da cirurgia 4ed Satildeo Paulo Atheneu 1996 691-694 p

GOTTSCHALK A OCHROCH E A Preemptive analgesia what do we do nowAnesthesiology Philadelphia v 98 n1 p 280-281 Jan 2003

GRAHAM C et al Use of the McGill Pain Questionnaire in the assessment of cancer painreplicability and consistency Pain Seattle v 8 n 3 p 377-387 Jun 1980

GRIEVE G P Modern manual therapy of the vertebral column New York ChurchillLivingstone 1986 233-249 p

GUERRA D R et al A Utilizaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio imediato de pacientessubmetidos a cirurgia de heacuternia inguinal In V CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeOCIENTIacuteFICA PIBICUFS 2003 Universidade Federal de Sergipe Anais Satildeo CristoacutevatildeoUniversidade Federal de Sergipe 2003 215 p

HAMZA M A et al Effect of the frequency of transcutaneous electrical nerve stimulationon the postoperative opioid analgesic requirement and recovery profile AnesthesiologyPhiladelphia v 91 n 5 p 1232-1238 Nov 1999

HAN J S et al Frequency as the cardinal determinant for electroacupuncture analgesia to bereversed by opioid antagonists Chinese Medical Journal Peking v 38 n 5 p 475-482Oct 1986

HAN J S et al Effect of low and high frequency TENS on met-enkephalin-arg-phe anddynorphin A immunoreactivity in human lumbar CSF Pain Seattle v 47 n 3 p 295-298Dec 1991

HANSSON B et al Influence of naloxone on relief of acute oro-facial pain bytranscutaneous electrical nerve stimulation (TENS) or vibration Pain Seattle v 24 n 3 p323-329 Mar 1986

HEPNER D L Preemptive analgesia what does it really mean AnesthesiologyPhiladelphia v 93 n 5 p 1368 nov 2000

HUGHES G S et al Response of plasma beta-endorphins to transcutaneous electrical nervestimulation in healthy subjects Physical Therapy Alexandria v 64 n 7 p 1062-1066 Jul1984

HUSKISSON E C Visual Analogue Scales In MELZACK R Pain measurement andassessment New York Raven Press 1983 33-37 p

115

IMAMURA M et al Eletroestimulaccedilatildeo nervosa transcutacircnea In LEITAtildeO V A Cliacutenica dereabilitaccedilatildeo Satildeo Paulo Atheneu 1995 301-309 p

JACHUCK S J et al The effect of hypotensive drugs on the quality of life The BritishJournal of the Royal College General Practitioners London v 32 n 235 p 103-105Feb 1982

JAFFE J H MARTIN W R Analgeacutesicos opioacuteides e antagonistas In GILMAN A G etal Goodman e Gilman As Bases farmacoloacutegicas da terapecircutica 8 ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1991 320-343 p

JAVIER G P et al Analgesia preventiva en un modelo experimental de dolor visceralRevista Mexicana de Anestesiologia v 22 n 2 p 116-121 abr-jun 1999

JOHNSON M I et al Analgesic effects of different frequencies of transcutaneous electricalnerve stimulation on cold-induced pain in normal subjects Pain Seattle v 39 n 2 p 231-236 Nov 1989

JOHNSON M I ASHTON C H THOMPSOM J W An in depth study of long termusers of transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) Implications for clinical use ofTENS Pain Seattle v 44 n 3 p 221-229 Mar 1991

KALRA A B URBAN M O SLUKA K A Blockade of opiod receptors in rostralventral medulla prevents antihyperalgesia produced by transcutaneous electrical nervestimulation (TENS) The Journal of Pharmacology and Experimental TherapeuticsBethesda v 298 n 1 p 257-263 Jul 2001

KATZ J MELZACK R Measurement of pain Surgery Clinical North American v 79n 2 p 231-252 Apr 1999

KE R W PORTERA S G LINCOLN S R A randomized blinded trial of preemptivelocal anesthesia in laparoscopy Primary Care Update for Obstetric and Gynecology v 5n 4 p 197-198 Jul 1998

KE R W et al A randomized double-blinded trial of preemptive analgesia in laparoscopyObstetrics amp Gynecology Denver v 92 n 6 p 972-5 Dec 1998

KELLY D J AHMAD M BRULL S Preemptive analgesia I physiological pathways andpharmacological modalities Canadian Journal of Anesthesia Toronto v 48 n 10 p1000-1010 Nov 2001

KETOVUORI H POumlNTINEN P J A pain vocabulary in finnish ndashndash the finnish painquestionnaire Pain Seattle v 11 n 1 p 247-253 Aug 1981

KING E W SLUKA K A The effect of varying frequency and intensity of transcutaneouselectrical nerve stimulation on secundary mechanical hyperalgesia in an animal model ofinflammation The Journal of Pain Philadelphia v 2 n 2 p 128-133 Apr 2001

KISSIN I Preemptive analgesia terminology and clinical relevance Anesthesia andanalgesia Baltimore v 79 n 4 p 809 Oct 1994

116

______ Preemptive analgesia ndashndash Why its effect is not always obvious AnesthesiologyPhiladelphia v 84 n 5 p 1015-1019 May 1996

______ Preemptive analgesia Anesthesiology Philadelphia v 93 n 4 p 1138-1143 Oct2000

______ Study design to demonstrate clinical value of preemptive analgesia is it commonlyused approach valid Regional Anesthesia and Pain Medicine Seattle v27 n3 p 242-244 May-Jun 2002

KONRAD K CORDEIRO S M COELI M Dor Fisiopatologia e tratamento InLIANZA S Medicina de Reabilitaccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001 137-150p

KOTANI N et al Preoperative intradermal acupuncture reduces postoperative pain nauseaand vomiting analgesic requiriment and sympathoadrenal responses AnesthesiologyPhiladelphia v 95 n 2 p 349-356 Aug 2001

LABRADA A JIMEacuteNEZ-GARCIA Y Preventive multimodal analgesia a comparativestudy Revista de la Sociedad Espantildeola del Dolor Madrid v 11 n 3 p 122-128 abr2004

LEE I-H LEE I-O Preemptive effect of intravenous ketamine in the rat concordancebetween pain behavior and spinal fos-like immunoreactivity Acta AnaesthesiologicaScandinavica Oxford v 49 n 2 p 160-165 Feb 2005

LEVENT K The effect of preemptive intravenous morphine on postoperative analgesia andsurgical stress response Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeiro v 51 n 6 p503-510 dez 2001

LICHTENBERG P A SWENSEN C H SKEHAN M W Further investigation of therole of personality lifestyle and arthritic severity in predicting pain Journal ofPsychosomatic Research New York v 30 n 3 p 327-337 maio 1986

LIN J et al The effect of high and low frequency eletroacupuncture in pain after lowabdominal surgery Pain Seattle v 99 n 3 p 509-514 out 2002

LOMBARD B et al Evaluation de lrsquoeacutelectrostimulation transcutaneacutee dans la prise en chargedes douleurs post-amygdalectomie chez lrsquoadulte Revue Laryngologie Otologie RhinologieBordeaux Ceacutedex v 117 n 2 p 89-92 abr 1996

LOW J REED A Eletroterapia explicada 3 ed Satildeo Paulo Manole 2001 472 p

LUNDEBERG T BONDESSON L LUNDSTRON V Relief of primary dysmenorrhea bytranscutaneous electrical nerve stimulation Acta Obstetetricia et GynecologicaScandinavica Gothenburg v 64 n 6 p 491-497 ago 1985

MACHADO M C C RAIA A A Anatomia ndash Histologia ndash Embriologia ndash Fisiologia davesiacutecula e vias biliares ndash Fisiologia da bile In CORREcircA NETTO A RAIA A AZERBINO E de J Cliacutenica Ciruacutergica 4 ed Satildeo Paulo Sarvier 1994 785-789 p

117

MAESTRONI U et al A new method of preemptive analgesia in laparoscopiccholecystectomy Surgical Endoscopy New York v 16 n 9 p 1336-1340 Sep 2002

MARIANO T F BEN V F G Efeitos da eletroestimulaccedilatildeo transcutacircnea (TENS) emindiviacuteduos adultos no poacutes-operatoacuterio imediato de colecistectomia 1998 Trabalho deConclusatildeo de Curso ndashndash Universidade Catoacutelica Dom Bosco (UCDB) Campo Grande 1998

MARIN L I CASTRO C E S Post laparotomy pain control by transcutaneous electricalnerve stimulation preliminary report Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeirov 36 n 3 p 207-214 maio-jun 1986

MCQUAY H J Pre-emptive analgesia a systematic review of clinical studies Annals ofMedicine Stockholm v 27 n 2 p 249-56 Apr 1995

MELO J N SANTANA FILHO V J Efeito da TENS convencional no requerimento deanalgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio imediato de herniorrafia inguinal 2003 Monografiaapresentada ao curso de fisioterapia para tiacutetulo de bacharel Universidade Tiradentes Aracaju2003

MELZACK R The McGill Pain Questionnaire major properties and scoring methods PainSeattle v 1 n 3 p 277-299 Sep 1975

MELZACK R WALL P O desafio da dor Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 1987189-250 p

MERINO C S Colecistectomiacutea laparoscoacutepica comparada con colecistectomiacutea claacutesica encolecistitis aguda Revista Chilena de Cirurgia Santiago v 53 n 1 p 53-59 2001

MERKEL S I GUSTEIN H B MALVIYA S Use of transcutaneous electrical nervestimulation in a young child with pain from open perineal lesions Journal of Pain andSymptom Management New York v 18 n 5 p 376-81 Nov 1999

MERSKEY H Some features of the history of the idea of pain Pain Seattle v 9 n 1 p 3-8 Aug 1980

MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO BRASIL Cuidados paliativos oncoloacutegicos controle da dorRio de Janeiro INCA 2001 16-32 p

MOINICHE S KEHLET H DAHL J B A qualitative and quantitative systematic reviewof preemptive analgesia for postoperative pain relief Anesthesiology Philadelphia v 96 n3 p 725-41 Mar 2002

MORIN C et al Differences between the sexes in post-surgical pain Pain Seattle v 85 n1-2 p 79-85 Mar 2000

MOTAMED C et al Preemptive intravenous morphine-6-glucuronide is ineffective forpostoperative pain relief Anesthesiology Philadelphia v 92 n 2 p 355-360 Feb 2000

118

NUNtildeEZ C N CARRASCO M P Estimulacioacuten eleacutectrica transcutaacutenea (EET) para reducirel dolor despueacutes de la cesaacuterea Ginecologiacutea y Obstetricia de Meacutexico Ciudad del Meacutexico v68 n 1 p 60-63 fev 2000

OacuteBRIEN et al apud TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendoparacircmetros de estimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85fDissertaccedilatildeo (mestrado em bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de SatildeoPaulo Ribeiratildeo Preto 2003

OLAUSSON B et al Effects of naloxone on dental pain threshold following muscleexercises and low frequency transcutaneous nerve stimulation a comparative study in manActa Physiologica Scandinavica Stockholm v 126 n 2 p 299-305 Sep 1986

ONG C K-S et al The efficacy of preemptive analgesia for acute postoperative painmanagement a meta-analysis Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 100 n 3 p 757-773Mar 2005

ORLOFF M J Fiacutegado e sistema biliar In DAVIS I Christopher Cliacutenica Ciruacutergica 2 edRio de Janeiro Guanabara Koogan 1970 772-783 p

PATINtildeO J F LONDONtildeO E GARCIacuteA L G Colecistectomia mini-traumaacuteticahospitalizacioacuten de corta estancia Revista Colombiana de Cirurgia Bogotaacute v 6 n 2 p 70-75 ago 1991

PEREIRA L V SOUSA F A E F Mensuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo da dor poacutes-operatoacuteria umabreve revisatildeo Revista Latino-americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 3 p 77-84 jul 1998

PEacuteREZ-AYUSO R M et al Historia natural de la colelitiasis Incidencia de colescistectomiacuteaen un aacuterea urbana y una rural mapuche en la uacuteltima deacutecada Revista Meacutedica de ChileSantiago v 130 n 7 p 723-730 jul 2002

PIMENTA C A M Avaliaccedilatildeo da experiecircncia dolorosa Revista de Medicina Satildeo Paulo v74 n 2 p 69-75 ago-set 1995

PIMENTA C A de M CRUZ Dde A L M da C SANTOS J L F dos Instrumentospara avaliaccedilatildeo da dor O que haacute de novo no nosso meio Arquivo Brasileiro deNeurocirurgia Satildeo Paulo v 17 n 1 p 15-24 jun 1998

PIMENTA C A TEIXEIRA M J Questionaacuterio de Dor Mcgill proposta de adaptaccedilatildeo paraa liacutengua portuguesa Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeiro v 47 n 2 p 177-186 ago 1997

PONTES R M C PRADO W A Presurgical ketoproten but not morphine dipyronediclofenac preempts post-incisional mechanica allodynia in rats Brazilian Journal ofMedical and Biological Research Ribeiratildeo Preto v 35 n 1 p 11-119 jan 2002

119

PRADO W A OLIVEIRA R Anti-hyperalgesic effect of electroacupuncture in a model ofpost-incisional pain in rats Brazilian Journal of Medical and Biological ResearchRibeiratildeo Preto v 33 n 8 p 957-960 ago 2000

PRIETO E J GEISINGER K F Factor-analytic studies of the McGill Pain QuestionnaireIn MELZACK R Pain measurement and assessment New York Raven Press 1983 63-70 p

RANG H P DALE M M Farmacologia 2 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1993460 p

READING A E The McGill Pain Questionnaire an appraisal In MELZACK R Painmeasurement and assessment New York Raven Press 1983 55-61 p

RIVERA A R F Incisioacuten transversa contra incisioacuten media en colecistectomiacutea Cuaacutel esmenos dolorosa Cirurgiacutea General v 18 n 3 p 178-181 jul-set 1996

ROBINSON A J Instrumentaccedilatildeo para eletrotrerapia In ROBINSON A J SNYDER-MACKLER L Eletrofisiologia cliacutenica eletroterapia e teste eletrofisoloacutegico 2 ed PortoAlegre Artmed 2001 43-83 p

ROSAEG O P et al Effect of preemptive multimodal analgesia for arthroscopic KneeLigament repair Regional Anesthesia and Pain Medicine Seattle v 26 n 2 p 125-130Mar-Apr 2001

ROSLYN J J ZINNER M J Gallbladder and extra-hepatic billiary system InSCHWARTZ S I SHIRES G T SPENCER F C 6 ed Principles of surgery EstadosUnidos Mc Graw Hill 1996 1367-1399 p

SALAR G JOB I MINGRINO S et al Effects of transcutaneous electrotherapy on CSFb-endorphin content in patients without pain problems Pain Seattle v 10 n 2 p 169-172apr 1981

SALGADO A S I Manual cliacutenico de eletrofisioterapia Londrina Midiograf 1999 112-147 p

SANTIESTEBAN A J Agentes fiacutesicos e dor muacutesculo-esqueleacutetica In GOULD J AFisioterapia na ortopedia e na medicina do esporte 2 ed Satildeo Paulo Manole 1993 181-193 p

SANTOS et al Aplicaccedilatildeo da TENS de alta e baixa frequumlecircncias no poacutes-operatoacuterio imediato decolecistectomia convencional In VI CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICAPIBICUFS 2004 Universidade Federal de Sergipe Anais Satildeo Cristoacutevatildeo UniversidadeFederal de Sergipe 2004 p242

SCHWARTZ S I SHIRES G T SPENCER F C Princiacutepios de cirurgia 6ed MeacutexicoInteramericana 1996 416-449 p

120

SEKAR C et al Preemptive analgesia for postoperative relief in lumbosacral spine surgeriesa randomized controlled trial The Spine Journal La Grange v 4 n 3 p 261-264 May-Jun 2004

SILVA P Anesteacutesicos locais e outros faacutermacos que afetam os canais iocircnicos In RANG HP DALE M M RITTER J M Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1998 485-505 p

SILVEIRA I A M LIMA P A L Estudo da reduccedilatildeo de custo no hospital SatildeoDomingos Saacutevio com a utilizaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia inguinal2004 Monografia para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de bacharel em fisioterapia UniversidadeTiradentes Aracaju 2004

SINATRA R Role of COX-2 inhibitors in the evolution of acute pain management Journalof Pain and Sympton Management New York v 24 n 1S p S18-27 Jul 2002

SLUKA K A Systemic morphine in combination with TENS produces an increaseantihyperalgesia in rats with acute inflamation The Journal of Pain Philadelphia v 1 n 3p 204-211 Sep 2000

SLUKA K A et al Spinal blockade of opiod receptors prevents the analgesia produced byTENS in arthritic rats The Journal of Pharmacology and Experimental TherapeuticsBethesda v 289 n 2 p 840-846 May 1999

SLUKA K A et al Low frequency TENS is less effective than high frequency TENS atreducing inflammation-induced hyperalgesia in morphine-tolerant in rats European Journalof Pain Erlangen v 4 n 2 p 185-93 Jun 2000

SLUKA K A WALSH D Transcutaneous electrical nerve stimulation basic sciencemechanisms and clinical effectiveness The Journal of Pain Philadelphia v 4 n 3 p 109-121 Apr 2003

SOFAER B Assessing pain In______ Pain a handbook for nurses 2 ed New YorkChapman amp Hall 1994 44-57 p

SORKIN B A et al Chronic pain in young and old patients differences appear lessimportant than similarities J Gerontol Psychol Sci Washington v 45 n 2 p 64-68 Mar1990

SPOacuteSITO M M M Manual de medicina fiacutesica e de reabilitaccedilatildeo Satildeo Paulo [sn] 199373-93 p

STARKEY C Agentes eleacutetricos In ______ Recursos terapecircuticos em fisioterapia SatildeoPaulo Manole 2001 176-276 p

TAYLOR D New ways to contain post-op pain 2002 Disponiacutevel em lthttp wwwoutpatientsurgerynet2002os08f2shtmlgt Acesso em 22 de outubro de 2004

TEIXEIRA M J Fisiopatologia da dor neuropaacutetica In ANDRADE FILHO A C de CDor diagnoacutestico e tratamento Roca Satildeo Paulo 2001 7-42 p

121

TEIXEIRA M J SOUZA A C F Dor ndashndash evoluccedilatildeo histoacuterica dos conhecimentos InTEIXEIRA M J FIGUEIROacute J A B Dor epidemiologia fisiopatologia avaliaccedilatildeosiacutendromes dolorosas e tratamento Satildeo Paulo Grupo Editorial Moreira Jr 2001 8-13 p

TEIXEIRA M J et al Avaliaccedilatildeo da dor fundamentos teoacutericos e anaacutelise criacutetica Revista deMedicina Satildeo Paulo v 78 n 2 (pt 1) p 85-114 abr 1999

THOMSON A SKINNER A PIERCY J Habilidades da fisioterapia In ______Fisioterapia de Tidy 12 ed Satildeo Paulo Santos 1994 417-465 p

TORRE A et al Analgesia Preventiva Revista Venezuelana de Anestesiologia Caracasv 7 n 1 p 15-26 jun 2002

TOYOTA S STATAKE T AMAKI Y Transcutaneous electrical nerve stimulation as analternative therapy for microlaryngeal endoscopic surgery Anesthesia amp AnalgesiaBaltimore v 89 n 5 p 1236-8 Nov 1999

TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendo paracircmetros deestimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85f Dissertaccedilatildeo (mestradoem bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade de Medicina de RibeiratildeoPreto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto2003

TURK D C OKIFUJI A SCHARFF L Chronic pain and depression role of perceivedimpact and perceived control in different ages cohorts Pain Seattle v 61 n 1 p 93-101Apr 1995

VALE F M Dor Novos aspectos fisiopatoloacutegicos e consequumlentes estrateacutegiasfarmacoloacutegicas Revista da Faculdade de Medicina de Lisboa Lisboa v 5 n 5 p 291-304 set-out 2000

VEILLEUX S MELZACK R Pain in psychotic patients Experimental NeurologyMichigan v 52 n 1 p 535-543 Jul 1976

VETTER T R HEINER E J Discordance between patient self-reported visual analog scalepain scores and observed pain-related behavior in older children after surgery Journal ofClinical Anesthesia New York v 8 n 5 p 371-375 Aug 1996

WALL P D The prevention of postoperative pain Pain Seattle v 33 n 2 p 289-90 May1988

WALSH D M et al Transcutaneous electrical nerve stimulation effect of peripheral nerveconduction mechanical pain threshold and tactile threshold in humans Archives of PhysicalMedicine and Rehabilitation Philadelphia v 79 n 9 p 1051-8 Sep 1998

WANG B et al Effect of the intensity of transcutaneous acupoint electrical stimulation onthe postoperative analgesic requirement Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 85 n 2 p406-413 Aug 1997

122

WARNCKE T STUBHAUG A JORUM E Preinjury treatment with morphine orketamine inhibits the development of experimentally induced secondary hyperalgesia in manPain Seattle v 86 n 1-2 p 293-303 Mar 2000

WAY L W DUNPHY J E Biliary tract In WAY L W DUNPHY J E Cirurgiadiagnoacutestico e tratamento 9 ed Rio de Janeiro Guanabara koogan 1993 525-552 p

WILKIESON C A et al Toleration side-effects an efficacy of sulphasalazine in rheumatoidarthritis patients of different ages Quarterly Journal of Medicine Oxford v 86 n 8 p501-505 Aug 1993

WOOD L Fisiologia da dor In KITCHEN S BAZIN S Eletroterapia de Clayton 10ed Satildeo Paulo Manole 1998 80-85 p

WOOLF C J CHONG M-S Preemptive analgesia treating postoperative pain bypreventing the establishment of central sensitization Anesthesia amp Analgesia Baltimore v77 n 2 p 362-379 Aug 1993

WU W-P et al The very-high-efficacy 5-HT1A receptor agonist F 13640 preempts thedevelopment of allodynia-like behaviors in rats with spinal cord injury European Journal ofPharmacology Utrecht v 478 n 2-3 p 131-137 Oct 2003

YENG L T et al Medicina fiacutesica e reabilitaccedilatildeo em doentes com dor crocircnica In TEIXEIRAM J FIGUEIROacute J A B Dor epidemiologia fisiopatologia avaliaccedilatildeo siacutendromesdolorosas e tratamento Satildeo Paulo Grupo Editorial Moreira Jr 2001 131-140 p

ZAacuteRATE E et al The use of transcutaneous acupoint electrical stimulation for preveningnausea and vomiting after laparoscopic surgery Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 92 n3 p 629-35 Mar 2001

ZHOU G Z XI G F Comparison between transcutaneous nerve stimulation analgesiceffect and electroacupuncture Analgesic effect in rabbits Acupuncture and Electro-therapeutics Research Oxford v 11 n 2 p 119-125 May 1986

123

APEcircNDICE

124

APEcircNDICE

APEcircNDICE A ndashndash Ficha de identificaccedilatildeo da paciente

Nuacutemero do estudo __________

Leito__________

Data da cirurgia __________

Hospital ________________________________

Nome___________________________________

Prontuaacuterio da paciente ______________

Idade ________ Peso ________ Estatura ________ Sexo ( ) M ( ) F

Diagnoacutestico cliacutenico _______________________________

Profissatildeo ________________________

Naturalidade _____________________

Niacutevel de escolaridade ( ) Nunca estudou ( ) 1deg grau incompleto ( ) 1deg grau completo

( )2deg grau incompleto ( )2deg grau completo ( )3deg grau incompleto ( )3deg grau completo

Possui ( ) Hepatopatia ( ) Nefropatia ( ) Algum tipo de enfermidade maligna

( ) Hipertensatildeo arterial ( ) Diabetes Outra_________________

Sentia dor Em caso de sim haacute quanto tempo ____________________________________

Utilizava algum medicamento para combatecirc-la ( ) Sim ( ) Natildeo

Qual _____________________________

Faz ou fez uso de algum outro tipo de medicaccedilatildeo para combater essa dor Em caso de sim

qual e haacute quanto tempo

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

125

APEcircNDICE B ndashndash Termo de consentimento livre e esclarecido

A senhora seraacute submetida a uma cirurgia na qual o tratamento poacutes-ciruacutergico eacute feito

com remeacutedios para aliviar a dor A nossa pesquisa intitulada ldquoESTIMULACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

TRANSCUTAcircNEA DO NERVO ANALGESIA PREEMPTIVA EM COLECISTECTOMIA

POR LAPAROTOMIArdquo usaraacute antes da realizaccedilatildeo da cirurgia durante 60 minutos um

aparelho chamado TENS Queremos saber no periacuteodo poacutes-operatoacuterio o seu niacutevel de dor e a

sua satisfaccedilatildeo com o tratamento Esse tipo de tratamento por noacutes proposto natildeo promove danos

lesivos agrave sua sauacutede e natildeo oferece fatores de risco O fato de vocecirc concordar em participar

desse estudo natildeo implica prejuiacutezo agrave sauacutede bem assim natildeo alteraraacute de nenhuma forma o

tratamento jaacute estabelecido

Eu ________________________________ RG _____________________ fui

informada dos objetivos da pesquisa acima de maneira clara e detalhada Recebi informaccedilotildees

a respeito do tratamento proposto e esclareci minhas duacutevidas Sei que a qualquer momento

poderei solicitar novas informaccedilotildees e modificar minha decisatildeo se assim o desejar Sei tambeacutem

que todos os dados dessa pesquisa ficaratildeo em sigilo e terei a liberdade de retirar meu

consentimento de participaccedilatildeo na pesquisa

________________________________ ____________________________

Paciente Pesquisador

Digital (para caso de pacientes natildeo letrados)

126

APEcircNDICE C ndashndash Ficha de aplicaccedilatildeo da TENS e do ato ciruacutergico

APLICACcedilAtildeO DA TENS

Nuacutemero do estudo ________ Leito__________

Grupo a que pertence a paciente ( ) Preemptivo ( ) Placebo

Paracircmetros de aplicaccedilatildeo da TENS duraccedilatildeo de pulso (T) = 250 micros frequumlecircncia (F) = 4 Hz

e tempo = 60 min

Iniacutecio da aplicaccedilatildeo _____________h

Teacutermino da aplicaccedilatildeo ___________h

Obs _______________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ATO CIRUacuteRGICO

ASA I ( ) II ( )

Horaacuterio de induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ____________h

Medicaccedilatildeo anesteacutesica _________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Horaacuterio da cirurgia Iniacutecio ________h Teacutermino ________ h

Duraccedilatildeo da cirurgia _____________min

Meacutedico cirurgiatildeo ______________________________

Meacutedico anestesista _____________________________

Houve alguma intercorrecircncia ciruacutergica ( )Sim ( ) Natildeo

Horaacuterio da intercorrecircncia ______h

OBS_______________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Obs Lembrar de solicitar ao cirurgiatildeo que a dipirona seja prescrita de 6 em 6 h e o

diclofenaco de soacutedio e a metoclopramida como medicaccedilatildeo de resgate Informaacute-lo que essa

prescriccedilatildeo deveraacute ser procedida durante todo o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar

127

APEcircNDICE D ndashndash Ficha de avaliaccedilatildeo da dor pela Escala Numeacuterica de

Mensuraccedilatildeo da Dor

Nuacutemero do estudo_____ Leito __________________Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________Nome da paciente_______________________________________Horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio Anesteacutesico __________h-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------1) Horaacuterio_______h (2 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)

ENDa na cicatriz_______ENDa em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

2) Horaacuterio_______h (3 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDb na cicatriz_______ENDb em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

3) Horaacuterio_______h (4 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDc na cicatriz_______ENDc em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

4) Horaacuterio_______h (5 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDd na cicatriz_______ENDd em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________

Obs______________________________________________________________________

5) Horaacuterio_______h (7 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDe na cicatriz_______ENDe em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) _________________________Obs_____________________________________________________________________

6) Horaacuterio_______h (8 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDf na cicatriz_______ENDf em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

7) Horaacuterio_______h (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDg na cicatriz_______ENDg em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

8) Horaacuterio_______h (agraves 0700 h do dia de alta hospitalar)ENDh na cicatriz_______ENDh em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________Sentiu dor no ombro em algum momento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio _________________

128

APEcircNDICE E ndashndash Questionaacuterio de Dor McGill

Nuacutemero do estudo_____ Leito__________Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________Nome da paciente_______________________________________Aplicaccedilatildeo do MPQ (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico) __________hldquoAlgumas das palavras que eu vou ler descrevem a sua dor atual Diga-me qual palavra de cada grupomelhor descreve a sua dor Natildeo escolha aquelas que natildeo se aplicam Escolha somente uma palavra decada grupo a mais adequada para a descriccedilatildeo de sua dor Caso nenhuma palavra expresse a sua dorvocecirc pode dizer nenhumardquo

1ordf

( ) 1VIBRACcedilAtildeO

( ) 2TREMOR

( ) 3PULSANTE

( ) 4LATEJANTE

( ) 5COMO BATIDA

( ) 6COMO PANCADA

2ordf

( ) 1PONTADA

( ) 2CHOQUE

( ) 3TIRO

3ordf

( ) 1AGULHADA

( ) 2PERFURANTE

( ) 3FACADA

( ) 4PUNHALADA

( ) 5EM LANCcedilA

4ordf

( ) 1FINA

( ) 2CORTANTE

( ) 3ESTRACcedilALHA

5ordf

( ) 1BELISCAtildeO

( ) 2PRESSAtildeO

( ) 3MORDIDA

( ) 4COacuteLICA

( ) 5ESMAGAMENTO

6ordf

( ) 1FISGADA

( ) 2PUXAtildeO

( ) 3EM TORCcedilAtildeO

7ordf

( ) 1CALOR

( ) 2QUEIMACcedilAtildeO

( ) 3FERVENTE

( ) 4EM BRASA

8ordf

( ) 1FORMIGAMENTO

( ) 2COCEIRA

( ) 3ARDOR

( ) 4FERROADA

9ordf

( ) 1MAL LOCALIZADA

( ) 2DOLORIDA

( ) 3MACHUCADA

( ) 4DOIacuteDA

( ) 5PESADA

10ordf

( ) 1SENSIacuteVEL

( ) 2ESTICADA

( ) 3ESFOLANTE

( ) 4RACHANDO

11ordf

( ) 1CANSATIVA

( ) 2EXAUSTIVA

12ordf

( ) 1ENJOADA

( ) 2SUFOCANTE

13ordf

( ) 1CASTIGANTE

( ) 2ATORMENTA

( ) 3ATERRORIZANTE

( ) 4MALDITA

( ) 5MORTAL

14ordf

( ) 1AMEDRONTADA

( ) 2APAVORANTE

( ) 3CRUEL

15ordf

( ) 1MISERAacuteVEL

( ) 2ENLOUQUECEDORA

16ordf

( ) 1CHATA

( ) 2QUE INCOMODA

( ) 3DESGASTANTE

( ) 4FORTE

( ) 5INSUPORTAacuteVEL

129

17ordf

( ) 1ESPALHA

( ) 2IRRADIA

( ) 3PENETRA

( ) 4ATRAVESSA

18ordf

( ) 1APERTA

( ) 2ADORMECE

( ) 3REPUXA

( ) 4ESPREME

( ) 5RASGA

19ordf

( ) 1FRIA

( ) 2GELADA

( ) 3CONGELANTE

20ordf

( ) 1ABORRECIDA

( ) 2DAacute NAacuteUSEA

( ) 3AGONIZANTE

( ) 4PAVOROSA

( ) 5TORTURANTE

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Iacutendice Quantitativo de Dor

Sensorial SensorialAfetiva Afetiva

Avaliativa AvaliativaMiscelacircnea Miscelacircnea

Total Total

130

APEcircNDICE F ndashndash Ficha de avaliaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo dos pacientes pela Escala

de Satisfaccedilatildeo do Paciente

Nuacutemero do estudo_____

Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________

Nome da paciente_______________________________________

Horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio Anesteacutesico __________h

Leito__________

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

1) Horaacuterio_______h (3 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPb_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

2) Horaacuterio_______h (5 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPd_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

3) Horaacuterio_______h (8 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio o bloqueio)ESPf_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

4) Horaacuterio________h (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPg_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

5) Horaacuterio________h (momento da alta hospitalar)ESPh_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

131

APEcircNDICE G ndashndash Ficha de registro da administraccedilatildeo de faacutermacos no poacutes-operatoacuterio

Qual o tempo decorrido desde a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ateacute a 1ordf requisiccedilatildeo deanalgeacutesicos _____

MEDICAMENTO DIA DOSE HORAacuteRIO VIA DE ADMINISTRACcedilAtildeO

DIPIRONA

_____________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

DICLOFENACO DE

SOacuteDIO

_____________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

METOCLOPRAMIDA

____________________________________________

____________________________________________________

________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

OUTROS

____________________________________________

____________________________________________________

________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

Observaccedilotildees sobre naacuteuseas e ecircmesis____________________________________________________________________________________________________________________________

132

APEcircNDICE H ndashndash Questionaacuterio sobre a aplicaccedilatildeo da TENS

As perguntas que eu vou ler para a senhora referem-se agrave TENS (Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica

Transcutacircnea do Nervo) aquele aparelho que foi utilizado na senhora antes da cirurgia

1) A aplicaccedilatildeo da TENS

( ) Natildeo incomodou

( ) Incomodou um pouco

( ) Incomodou razoavelmente

( ) Incomodou muito

2) Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dor poacutes-operatoacuteriausar

( ) Somente a TENS

( ) Somente os medicamentos

( ) A TENS e os medicamentos

133

APEcircNDICE I ndashndash Lista de tabelas com os resultados da pesquisa

Tabela 13 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo preemptivoPaciente a b c d e f g h

1deg 4 3 4 4 3 3 2 22deg 0 0 0 0 0 0 3 03deg 5 5 55 8 8 5 0 04deg 0 0 4 3 75 75 9 35deg 0 2 4 3 5 5 10 06deg 0 0 0 0 5 6 0 77deg 0 0 0 0 0 0 0 08deg 0 0 0 0 0 0 3 29deg 0 0 0 0 1 4 6 0

10deg 0 2 1 3 3 0 2 311deg 0 0 0 5 0 6 3 112deg 0 0 3 3 2 0 3 313deg 0 2 3 6 3 3 4 014deg 0 0 10 10 3 5 7 115deg 3 3 1 3 3 2 2 016deg 0 0 0 0 4 4 6 017deg 0 0 5 3 8 4 3 018deg 0 0 0 0 0 0 3 019deg 0 0 0 0 4 7 9 020deg 0 0 0 0 0 2 2 021deg 0 0 0 1 3 3 2 022deg 0 0 0 2 0 2 0 023deg 5 7 4 7 9 8 8 224deg 0 0 0 35 6 6 1 025deg 4 5 6 5 3 3 2 0

a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da altahospitalar)

134

Tabela 14 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo placeboPaciente a b c d e F g h

1deg 0 0 0 1 5 10 4 42deg 1 1 0 2 3 1 4 23deg 0 0 3 5 10 10 5 54deg 3 5 3 3 3 3 0 25deg 0 0 0 0 4 8 7 46deg 5 5 8 8 3 3 0 07deg 0 0 4 5 9 9 6 08deg 5 10 10 0 0 0 7 19deg 0 2 4 10 8 9 3 8

10deg 0 0 0 0 0 2 3 411deg 0 0 1 4 5 8 7 412deg 0 0 1 4 4 5 5 013deg 0 6 7 4 45 3 3 314deg 0 1 9 9 6 6 4 215deg 0 0 0 4 6 7 5 016deg 0 0 6 10 2 3 4 017deg 1 5 7 8 8 5 4 118deg 0 0 5 8 2 2 3 019deg 0 0 2 3 5 6 0 020deg 0 0 0 10 9 2 6 021deg 2 3 6 7 2 3 3 122deg 0 5 7 2 4 0 0 023deg 0 7 0 0 0 0 1 024deg 0 3 8 8 8 9 8 325deg 1 3 5 5 8 8 0 0

a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da altahospitalar)

135

Tabela 15 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupopreemptivo com o tratamento que estava sendo realizado obtidospela Escala de Satisfaccedilatildeo dos PacientesPaciente b d f g h

1deg 8 8 9 9 92deg 8 10 10 10 103deg 8 8 9 9 94deg 9 9 9 95 105deg 8 10 10 10 106deg 8 8 10 10 107deg 10 10 10 10 108deg 10 10 10 10 109deg 10 10 10 10 10

10deg 10 10 10 10 1011deg 10 10 10 10 1012deg 10 10 10 10 1013deg 10 10 8 10 1014deg 10 10 10 10 1015deg 9 9 9 9 1016deg 8 8 8 9 1017deg 10 10 10 10 1018deg 10 10 10 10 1019deg 10 9 8 6 1020deg 10 10 10 10 1021deg 10 10 10 10 1022deg 10 10 8 9 1023deg 10 10 10 10 1024deg 10 10 10 10 1025deg 10 10 10 10 10

b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)

136

Tabela 16 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupoplacebo com o tratamento que estava sendo realizado obtidos pelaEscala de Satisfaccedilatildeo dos PacientesPaciente b d f g h

1deg 8 10 7 10 82deg 8 8 9 9 93deg 10 10 10 10 104deg 10 10 10 10 105deg 10 10 10 10 106deg 10 10 10 10 107deg 9 6 8 8 98deg 8 8 8 4 39deg 5 5 5 8 10

10deg - - - - -11deg 10 10 10 10 1012deg 7 7 7 5 513deg 9 9 9 9 1014deg 8 6 9 9 1015deg 10 10 8 10 1016deg 10 9 10 10 1017deg 8 10 10 10 1018deg 10 10 10 10 1019deg 10 10 10 10 1020deg 8 10 10 10 1021deg 8 10 10 10 1022deg 10 10 10 10 1023deg 10 10 10 10 1024deg 10 8 9 10 1025deg 10 10 10 10 10

b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar) A 10deg paciente desse grupo natildeo conseguiu compreender a Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

137

Tabela 17 ndashndash Uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico e tempo decorrido desde essa induccedilatildeo ateacute a primeira solicitaccedilatildeodessa droga nos grupos preemptivo e placebo

Uso de diclofenaco de soacutedio Tempo (min)

Paciente Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo

1deg Natildeo Sim - 2302deg Natildeo Natildeo - -3deg Natildeo Sim - 4404deg Natildeo Sim - 2255deg Sim Sim 224 6906deg Natildeo Sim - 5057deg Natildeo Natildeo - -8deg Sim Sim 805 3009deg Sim Natildeo 465 -

10deg Natildeo Sim - 84011deg Sim Natildeo 435 -12deg Sim Natildeo 415 -13deg Sim Sim 330 41014deg Sim Sim 310 36015deg Natildeo Sim - 72216deg Sim Natildeo 716 -17deg Sim Sim 685 40018deg Sim Sim 570 39519deg Natildeo Natildeo - -20deg Natildeo Sim - 61521deg Natildeo Sim - 42022deg Natildeo Natildeo - -23deg Sim Sim 305 50024deg Sim Natildeo 590 -25deg Natildeo Natildeo - -

138

Tabela 18 ndashndash Presenccedila de dor no ombro direito noperiacuteodo poacutes-operatoacuterio nas pacientes dos grupospreemptivo e placebo

Relato de dor no ombro direito

Paciente Grupo preemptivo Grupo placebo

1deg Natildeo Sim2deg Sim Natildeo3deg Natildeo Natildeo4deg Natildeo Sim5deg Sim Sim6deg Natildeo Natildeo7deg Natildeo Natildeo8deg Natildeo Natildeo9deg Sim Natildeo10deg Natildeo Natildeo11deg Natildeo Natildeo12deg Natildeo Sim13deg Natildeo Natildeo14deg Sim Sim15deg Sim Natildeo16deg Natildeo Natildeo17deg Sim Natildeo18deg Natildeo Sim19deg Sim Natildeo20deg Natildeo Natildeo21deg Sim Natildeo22deg Sim Sim23deg Natildeo Natildeo24deg Sim Natildeo25deg Natildeo Sim

139

Tabela 19 ndashndash Quantidade de vezes em que a metoclopramida o diclofenaco de soacutedio e adipirona foram administradas em cada paciente durante todo o periacuteodo poacutes-operatoacuterio em queelas estavam internadas

Metoclopramida (10 mg) Diclofenaco de soacutedio(75 mg)

Dipirona (1 g)

Paciente Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo

1deg - - - 1 7 72deg 1 - 2 2 4 73deg - - - 1 7 74deg - - 1 1 7 75deg - - 2 3 4 76deg - 2 - 1 7 67deg 1 2 - - 6 78deg 1 - 1 2 7 79deg - - 3 - 6 7

10deg 3 - - 1 3 711deg - - 1 - 7 612deg 1 - 1 - 7 713deg - - 1 2 7 714deg - 2 3 1 7 715deg - 2 - 2 7 416deg - 1 - - 7 617deg - 1 1 1 7 718deg - - 1 3 7 719deg - - - 1 6 720deg - - 1 3 7 721deg - - - 1 7 722deg - - 1 1 7 423deg - 2 1 2 7 224deg - 1 3 - 3 425deg - - - 1 7 3

  • ElementosPre-textuaispdf
  • EstimulaccedilatildeoEleacutetricaTranscutacircneaDoNervo-AnalgesiaPreemptivapdf

AUTORIZO A REPRODUCcedilAtildeO E DIVULGACcedilAtildeO TOTAL OU PARCIAL DESTETRABALHO POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETROcircNICO PARAFINS DE ESTUDO E PESQUISA DESDE QUE CITADA A FONTE

Guerra Danilo RibeiroEstimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea do nervo analgesia preemptiva em

colecistectomia por laparotomia Danilo Ribeiro Guerra orientadorProf Dr Luiacutes Vicente Garcia Ribeiratildeo Preto ndash SP Ribeiratildeo Preto2005

139 f fig

Dissertaccedilatildeo de Mestrado apresentada ao Departamento deBiomecacircnica Medicina e Reabilitaccedilatildeo do Aparelho Locomotor daFaculdade de Medicina de Ribeiratildeo Preto da Universidade de Satildeo Paulo

1 Dor 2 Estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea do nervo 3Colecistectomia 4 Analgesia preemptiva

DEDICATOacuteRIA

Aos meus pais Salvino Guerra Filho e Maria Luiacuteza Ribeiro Guerra por todo o amor

dedicaccedilatildeo e liccedilotildees de vida que possibilitaram a concretizaccedilatildeo desse trabalho

AGRADECIMENTOS

A Deus ser superior que nos acompanha constantemente natildeo apenas nos momentos de

euforia e alegria mas principalmente quando necessitamos de um passo maior para superar os

obstaacuteculos da vida

Ao orientador Prof Dr Luiacutes Vicente Garcia por toda a confianccedila depositada em meu trabalho

desde a eacutepoca em que ainda era um graduando e apoio e incentivo na realizaccedilatildeo dessa

pesquisa mesmo diante de tanto trabalho Obrigado por tudo professor A minha gratidatildeo por

ti eacute imensa Continua sempre com essa energia positiva e essa paz interior que o teu caminho

seraacute sempre bem iluminado

Aos meus pais ndashndash Salvino Guerra Filho e Maria Luiacuteza Ribeiro Guerra irmatildeos ndashndash Salvino

Guerra Neto e Ticiana Ribeiro Guerra e sobrinhos ndashndash Juliano Guerra de Castro e Letiacutecia

Guerra ndashndash por serem o meu grande alicerce O meu amor por vocecircs seraacute eterno

A toda a minha famiacutelia ndashndash tios e primos ndashndash em especial ao Dr Wagner da Silva Ribeiro e a

Ivana Almeida da Silva Ribeiro

Aos meus professores da graduaccedilatildeo Dr Francisco Prado Reis Dr Joseacute Aderval Aragatildeo Dr

Ronaldo Queiroz Gurgel e Dr Walderi Monteiro da Silva Juacutenior verdadeiros pais na minha

vida acadecircmica As liccedilotildees ndashndash cientiacuteficas e de vida ndashndash sempre tatildeo vaacutelidas proveitosas e

essenciais para o processo de aprendizado cientiacutefico ficaratildeo guardadas para todo o sempre

A todos os integrantes do Departamento de Biomecacircnica Medicina e Reabilitaccedilatildeo do

Aparelho Locomotor da Faculdade de Medicina de Ribeiratildeo Preto pela disponibilidade e

atenccedilatildeo fornecidas em especial a Maria de Faacutetima Feitosa Lima

Aos amigos Vaacutelter Joviniano de Santana Filho e Josimari Melo de Santana que sempre me

acolheram como verdadeiros pais nessa nova jornada que se processou em minha vida

Obrigado de coraccedilatildeo a vocecircs pela amizade incentivo carinho e respeito

Aos companheiros de pesquisa Thaiacutesa Barreto Brenno Santiago Jaqueline Lobatildeo Joseacute Nery

Marcelo Prata Paulo Autran Thaiacutes Costa e Renata Essa pesquisa eacute um dos frutos que

colhemos ao longo de todos esses meses

Aos amigos de longas datas pelas saacutebias palavras conselhos viagens e por saberem

compreender o verdadeiro sentido da palavra Amizade Valeska Dias Andrei Ribeiro Thiago

Paulino Taacutecito Leite Murilo Arauacutejo Mariana Godoy Alina Alberto Ribeiro Wylner

Cardozo Elisvacircnia Barroso e Larissa Sampaio

Aos novos amigos que me acolheram em Ribeiratildeo Preto Badauecirc Keka Luquinhas Mateus

Emiacutelson Ricardo Maacutercio Manuela Carol e Mariana Ainda temos muita estrada para

compartilharmos juntos Obrigado por tudo

A todos os integrantes da Liga de Dor de Ribeiratildeo Preto ndashndash professores e estudantes ndashndash pelo

profissionalismo e sobretudo pelo clima de amizade sempre presente Poder compartilhar um

mesmo ambiente com pessoas tatildeo dedicadas e saacutebias tem sido um processo de aprendizado

muito relevante para mim Em especial ao Prof Dr Joseacute Geraldo Speciali e agrave Profordf Drordf

Faacutetima Aparecida Emm Faleiros Souza

Agrave Profordf Drordf Claacuteudia Benedita dos Santos pelo grande apoio na reta final e simpatia sempre

presente Desejo-lhe imenso sucesso nessa proacutexima etapa da sua vida profissional

Agraves funcionaacuterias do Hospital das Cliacutenicas de Ribeiratildeo Preto em especial Rita e Siacutelvia que

sempre me atenderam e ldquosocorreramrdquo com um carinho e simpatia muito grandes

A todos os funcionaacuterios do Hospital Satildeo Domingos Saacutevio ndashndash cirurgiotildees anestesiologistas

enfermeiros teacutecnicas em enfermagem e porteiros ndashndash que sempre se mostraram receptivos a

nossa presenccedila e principalmente aos pacientes que se disponibilizaram a participar da nossa

pesquisa

ldquoAprendemos em decorrecircncia de literalmente centenas de experiecircncias que existe um limite

para a eficaacutecia de qualquer terapia empregada poreacutem felizmente os efeitos de duas ou mais

terapias fornecidas em combinaccedilatildeo satildeo cumulativosrdquo

Melzack e Wall 1987

RESUMO

GUERRA D R Estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea do nervo analgesia preemptiva emcolecistectomia por laparotomia 2005 139 f Dissertaccedilatildeo de mestrado ndashndash Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto 2005

Introduccedilatildeo O uso da Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo (TENS) vem sendo muito

pesquisado em poacutes-operatoacuterios todavia os estudos natildeo analisam se a TENS de baixa

frequumlecircncia ndashndash que estimula a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos ndashndash seria eficiente em promover

analgesia preemptiva Objetivo Analisar se essa modalidade de TENS aplicada antes de

colecistectomias por laparotomia poderia proporcionar analgesia preemptiva Casuiacutestica e

meacutetodo A pesquisa ndashndash cliacutenica controlada randomizada e duplamente encoberta ndashndash foi

realizada no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio e teve uma amostra de 50 pacientes todas do sexo

feminino grupo preemptivo (n = 25) e placebo (n = 25) As pacientes do primeiro grupo

foram submetidas agrave aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia antes da cirurgia e as do grupo

placebo a uma falsa estimulaccedilatildeo Houve a padronizaccedilatildeo do cloridrato de bupivacaiacutena (05)

como droga anesteacutesica associado ao fentanil (2 ml) para a realizaccedilatildeo das colecistectomias e

da medicaccedilatildeo analgeacutesica utilizada no poacutes-operatoacuterio dipirona prescrita de 6 em 6 horas e

diclofenaco de soacutedio como medicaccedilatildeo de resgate A intensidade de dor poacutes-operatoacuteria foi

mensurada pela Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END) em 8 momentos (2frac12 3frac12

4frac12 5frac12 7 8 e 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico aleacutem de uma uacuteltima

verificaccedilatildeo no momento da alta hospitalar) e pelo Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ)

aplicado 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico Outrossim o grau de satisfaccedilatildeo das

pacientes com o tratamento foi mensurado pela Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (ESP) Os

dados foram analisados por meio de testes estatiacutesticos descritivos Teste de Mann-Whitney

Teste-t de Student para amostras natildeo-pareadas e qui-quadrado sendo o niacutevel de significacircncia

de 5 Resultados A intensidade de dor mensurada pela END foi significantemente menor

no grupo preemptivo nas terceira e quarta coletas Natildeo houve diferenccedila significante quanto

aos iacutendices obtidos pelo MPQ e nem quanto agrave satisfaccedilatildeo das pacientes o consumo de drogas

analgeacutesicas no poacutes-operatoacuterio e o tempo para o primeiro requerimento de diclofenaco de

soacutedio Conclusatildeo A TENS de baixa frequumlecircncia proporcionou analgesia preemptiva apoacutes

colecistectomia por laparotomia

Palavras-chave dor estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea do nervo colecistectomia analgesiapreemptviva

ABSTRACT

GUERRA D R Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation preemptive analgesia inopen cholecystectomy 2005 139 f Masterrsquos dissertation ndashndash Faculdade de Medicina deRibeiratildeo Preto Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto 2005

Introduction Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation (TENS) has been searched in the

postoperative period however these studies donrsquot analyze whether low frequency TENS ndashndash

that stimulates the release of endogenous opioids ndashndash could be efficient to provide preemptive

analgesia Objective The aim of this study was to verify whether low frequency TENS

applied before open cholecystectomies could provide it Cases and method It was a

controlled randomized and double-blinded trial carried out at the Hospital Satildeo Domingos

Saacutevio (Aracaju city Brazil) and had a sample of 50 patients preemptive group (n = 25) and

placebo (n = 25) The patients from the first group were submitted to the application of TENS

before the surgery and the placebo group to a false stimulation There was the standardization

of the bupivacaine (05 ) as anesthetic drug plus fentanyl (2 ml) for the accomplishment of

the cholecystectomies and of the analgesic medication used in the postoperative period

dipyrone prescribed for every 6 hours and diclofenac only if the patients complained about

pain Pain intensity was measured by the Numerical Rating Scale (NRS) in 8 moments (2frac12

3frac12 4frac12 5frac12 7 8 e 16 hours after inducing the anesthesia besides one last verification at the

hospital discharge) and by the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (Br-MPQ)

applied 16 hours after inducing the anesthesia Patient satisfaction level in relation to the

treatment was measured by the Patient Satisfaction Scale (PSS) The data were analyzed by

Mann-Whitney Test unpaired t-test and qui-square being significant those data with p lt

005 Results Pain intensity measured by the NRS was lower in the preemptive group in the

third and fourth verifications There was no difference neither in relation to the indexes

obtained with the Br-MPQ nor the PSS consume of analgesics in the postoperative and time

for the first request of diclofenac Conclusion Low frequency TENS provided preemptive

analgesia after open cholecystectomy

Keywords pain transcutaneous electrical nerve stimulation cholecystectomy preemptive

analgesia

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 ndashndash Aparelho Dualpex 961

Figura 2 ndashndash Aparelho Physiotonus Four

Figura 3 ndashndash Simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENS

Figura 4 ndashndash Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor numerada de 0 a 10cm

Graacutefico 1 ndashndash Representaccedilatildeo das idades das pacientes

Graacutefico 2 ndashndash Representaccedilatildeo dos pesos das pacientes

Graacutefico 3 ndashndash Representaccedilatildeo das estaturas das pacientes

Graacutefico 4 ndashndash Representaccedilatildeo dos Iacutendices de Massa Corporal (IMC) das pacientes

Graacutefico 5 ndashndash Relato das pacientes sobre o periacuteodo em meses em que vinham sentindodor devido agrave doenccedila da vesiacutecula biliar

Graacutefico 6 ndashndash Estado fiacutesico das pacientes de acordo com a classificaccedilatildeo da SociedadeAmericana de Anestesiologia

Graacutefico 7 ndashndash Relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos antes da colecistectomiapara o tratamento da dor decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou deoutras doenccedilas crocircnicas

Graacutefico 8 ndashndash Representaccedilatildeo do tempo decorrido desde o teacutermino da aplicaccedilatildeo daEstimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo ateacute a induccedilatildeo do bloqueioAnesteacutesico nas pacientes

Graacutefico 9 ndashndash Representaccedilatildeo da duraccedilatildeo das cirurgias

Graacutefico 10 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia da intensidade de dor incisional por meio daEND (Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)

Graacutefico 11 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento queestava sendo realizado obtida pela ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente)

Graacutefico 12 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total eem cada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivoe placebo

Graacutefico 13 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia do Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e emcada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo eplacebo

35

35

37

39

46

47

47

48

50

51

52

53

54

56

58

64

66

Graacutefico 14 ndashndash Representaccedilatildeo do consumo de diclofenaco de soacutedio pelas pacientes nasprimeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico

Graacutefico 15 ndashndash Representaccedilatildeo dos intervalos desde a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ateacute asolicitaccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio nas pacientes que assim a fizeram nasprimeiras 16 horas apoacutes tal induccedilatildeo

Graacutefico 16 ndashndash Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram diclofenaco de soacutedio desdeo iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar

Graacutefico 17 ndashndash Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram dipirona desde o iniacutecio doperiacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar

Graacutefico 18 ndashndash Ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes em algummomento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio durante a internaccedilatildeo hospitalar

Graacutefico 19 ndashndash Uso de metoclopramida pelas pacientes durante o periacuteodo de internaccedilatildeohospitalar

Graacutefico 20 ndashndash A aplicaccedilatildeo da TENS

Graacutefico 21 ndashndash Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dorpoacutes-operatoacuteria usar

67

68

69

70

71

72

73

74

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndashndash Dados demograacuteficos da amostra

Tabela 2 ndashndash Distribuiccedilatildeo da categoria de peso das pacientes de acordo com os dadosobtidos pelo iacutendice de massa corporal (IMC)

Tabela 3 ndashndash Niacutevel de escolaridade das pacientes

Tabela 4 ndashndash Diagnoacutestico cliacutenico das pacientes

Tabela 5 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) da intensidade de dorincisional mensurada por meio da END (Escala Numeacuterica deMensuraccedilatildeo da Dor

Tabela 6 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) do grau de satisfaccedilatildeodas pacientes com o tratamento que estava sendo realizado

Tabela 7 ndashndash Relaccedilatildeo dos descritores do Questionaacuterio de Dor McGill selecionadospelas pacientes

Tabela 8 ndashndash Nuacutemero de pacientes que selecionou cada subcategoria do Questionaacuterio deDor McGill

Tabela 9 ndashndash Descritores do Questionaacuterio de Dor McGill mais frequumlentementeselecionados pelas pacientes

Tabela 10 ndashndash Iacutendice do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill

Tabela 11 ndashndash Relaccedilatildeo do Nuacutemero de Palavras Escolhidas nas categorias sensorial(NWC-S) e afetiva (NWC-Af) entre os grupos preemptivo e placebo

Tabela 12ndashndash Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cada categoria doQuestionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placebo

Tabela 13 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo preemptivo

Tabela 14 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo placebo

Tabela 15 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupo preemptivo com otratamento que estava sendo realizado obtidos pela Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

Tabela 16 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupo placebo com otratamento que estava sendo realizado obtidos pela Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

46

49

49

49

55

57

60

61

62

63

63

65

133

134

1356

Tabela 17 ndashndash Uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico e tempo decorrido desde essa induccedilatildeo ateacute a primeirasolicitaccedilatildeo dessa droga nos grupos preemptivo e placebo

Tabela 18 ndashndash Presenccedila de dor no ombro direito no periacuteodo poacutes-operatoacuterio naspacientes dos grupos preemptivo e placebo

Tabela 19 ndashndash Quantidade de vezes em que a metoclopramida o diclofenaco de soacutedio ea dipirona foram administradas em cada paciente durante todo o periacuteodopoacutes-operatoacuterio em que elas estavam internadas

136

137

138

139

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACTH

AMPc

ASA

acirc-LPH

END

ESP

Adrenocorticotropina

Adenosina monofosfato

American Society of Anesthesiology (Sociedade Americana de Anestesiologia)

acirc-lipotropina

Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente

IASP International Association for the Study of Pain (Associaccedilatildeo Internacional para o

Estudo da Dor)

IBA

IMC

MPQ

NMDA

NWC

NWC-t

NWC-s

NWC-af

NWC-av

NWC-m

PPI

Iniacutecio do Bloqueio Anesteacutesico

Iacutendice de Massa Corporal

McGill Pain Questionnaire (Questionaacuterio de Dor McGill)

N-metil-D-aspartato

Number of Words Chosen (Nuacutemero de Palavras Escolhidas)

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Total

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Sensorial

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Afetiva

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Avaliativa

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Miscelacircnea

Present Pain Intensity (Intensidade de Dor Presente)

PRI Pain Rating Iacutendex (Iacutendice Quantitativo de Dor)

RNA

SEM

Aacutecido Ribonucleacuteico

Standard Error Mean (Erro Padratildeo da Meacutedia)

SN

SUS

TENS

TNLs

VAS

Sistema Nervoso

Sistema Uacutenico de Sauacutede

Transcutaneus Electrical Nerve Stimulation (Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do

Nervo)

Terminaccedilotildees Nervosas Livres

Visual Analogue Scale (Escala Analoacutegica Visual)

LISTA DE SIacuteMBOLOS

cm Centiacutemetro

g

H+

K+

h

Hz

Kg

m

ml

min

micros

acirc

auml

divide2

Grama

Iacuteon hidrogecircnio

Iacuteon potaacutessio

Hora

Hertz

Kilograma

Metro

Mililitro

Minuto

Microsegundo

Beta

Delta

Qui-quadrado

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 18

2 OBJETIVO

3 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

31 DESENHO DO ESTUDO

32 LOCAL

33 CASUIacuteSTICA E CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO E EXCLUSAtildeO

34 INTERNAMENTO DAS PACIENTES

35 RANDOMIZACcedilAtildeO

36 AVALIACcedilAtildeO CLIacuteNICA

37 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

38 MATERIAIS

39 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

391 Os grupos de pacientes da pesquisa

392 Teacutecnica de aplicaccedilatildeo da TENS

393 Teacutecnica anesteacutesica

394 Cirurgia e prescriccedilatildeo de medicamentos

395 Instrumentos de coleta de dados

3951 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END)

3952 Questionaacuterio de Dor McGill

3953 Escala de Satisfaccedilatildeo dos Pacientes

3954 Ficha do consumo de faacutermacos

3955 Questionaacuterio sobre a aplicaccedilatildeo da TENS

310 ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS DADOS

311 TEacuteCNICA UTILIZADA PARA A DEMONSTRACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

27

29

29

29

29

32

33

33

34

34

35

35

36

37

38

39

39

40

41

42

42

43

43

4 RESULTADOS

5 DISCUSSAtildeO

51 DADOS DEMOGRAacuteFICOS E CLIacuteNICOS

52 ANAacuteLISE DA DOR PELA ESCALA NUMEacuteRICA DE MENSURACcedilAtildeO DA DOR

53 ANAacuteLISE DA SATISFACcedilAtildeO DAS PACIENTES COM O TRATAMENTO

44

75

76

79

90

54 ANAacuteLISE DA DOR PELO QUESTIONAacuteRIO DE DOR McGILL

55 TEMPO PARA A PRIMEIRA ADMINISTRACcedilAtildeO DO DICLOFENACO DE

SOacuteDIO

56 ANAacuteLISE DO CONSUMO DE ANALGEacuteSICOS NO POacuteS-OPERATOacuteRIO

57 DOR REFERIDA

58 ANAacuteLISE DO CONSUMO DE METOCLOPRAMIDA

59 QUESTIONAacuteRIO SOBRE A TENS

6 CONCLUSAtildeO

92

99

101

104

105

106

108

REFEREcircNCIAS 110

APEcircNDICES 123

18

INTRODUCcedilAtildeO

19

1 INTRODUCcedilAtildeO

A dor um dos mais importantes mecanismos de defesa do corpo humano propicia

um sinal de alerta ao enceacutefalo de que os tecidos estatildeo expostos a uma situaccedilatildeo de perigo

mesmo que a dor ocorra antes de um real dano fiacutesico Haacute longiacutenquo tempo o homem pesquisa

maneiras para aliviar a dor o que proporcionou vaacuterios avanccedilos no campo das modalidades

analgeacutesicas com destaque para os opioacuteides ndashndash entre os faacutermacos e na fisioterapia os

estimuladores eleacutetricos como a Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo (Transcutaneus

Electrical Nerve Stimulation ndashndash TENS) modalidade terapecircutica que consiste na aplicaccedilatildeo de

corrente eleacutetrica ao corpo humano com fins analgeacutesicos (CHANDRAN SLUKA 2003

DuGAS 1988 FORTH BEYER PETER 1995 LOW REED 2001 STARKEY 2001

TEIXEIRA SOUZA 2001 WOOD 1998)

A tecnologia e a ciecircncia deram suporte agrave TENS natildeo apenas pela criaccedilatildeo dos

modernos e praacuteticos aparelhos eletroteraacutepicos mas tambeacutem pelo conhecimento acerca do seu

mecanismo de accedilatildeo possibilitando que essa teacutecnica fosse amplamente difundida em vaacuterios

paiacuteses De um modo geral a TENS possui inuacutemeras indicaccedilotildees podendo ser aplicada em

qualquer siacutendrome dolorosa aguda ou crocircnica de causa diagnosticada inclusive no periacuteodo

poacutes-operatoacuterio (ANTUNES et al 2002 BUTTON SAWYER 1999 CREPON 1996

DAMIANE C DAMIANE G 1998 IMAMURA et al 1995 ROBINSON 2001

SANTIESTEBAN 1993 SLUKA WALSH 2003)

Ultimamente tem-se abordado bastante o uso da TENS para o tratamento de dores

poacutes-operatoacuterias como as decorrentes de cirurgias cardiacuteacas colecistectomias toracotomias

endoscopias microlariacutengeas cirurgias laparoscoacutepicas gastrectomias entre outras A TENS

tem sido na maioria das pesquisas um recurso analgeacutesico eficiente em poacutes-operatoacuterios na

dependecircncia do tipo de cirurgia metodologia empregada grau de dor gerado e medicaccedilatildeo

20

concorrente Todavia as pesquisas tecircm restringido seu uso somente ao periacuteodo poacutes-ciruacutergico

natildeo a empregando antes de cirurgias com o intuito de tratar a dor antes mesmo do seu

surgimento (BENEDETTI et al 1997 CARROL BADURA 2001 LOMBARD et al 1996

MARIANO BEN 1998 MARIN CASTRO 1986 TOYOTA SATAKE AMAKI 1999

ZAacuteRATE et al 2001)

Existem quatro modalidades de TENS convencional acupuntura burst e breve-

intensa A TENS acupuntura muito conhecida como TENS de baixa frequumlecircncia estimula a

liberaccedilatildeo pela glacircndula hipoacutefise de ACTH (adrenocorticotropina) e acirc-lipotropina (acirc-LPH)

que eacute a substacircncia precursora da acirc-endorfina ocorrendo entatildeo a ligaccedilatildeo dessa com os

receptores das fibras nervosas bloqueando assim a passagem do impulso doloroso As acirc-

endorfinas permaneceriam circulando pelo organismo durante algumas horas promovendo

analgesia prolongada Outros autores relatam que haacute tambeacutem com o uso da TENS de baixa

frequumlecircncia a liberaccedilatildeo de outros tipos de opioacuteides endoacutegenos (BISSCHOP G BISSCHOP

Eacute COMMANDREacute 2001 CHESTERTON et al 2003 CREPON 1996 DAMIANE C

DAMIANE G 1998 ROBINSON 2001 SALGADO 1999 SLUKA et al 1999 SLUKA

2000 STARKEY 2001)

O uso da TENS para o tratamento da dor poacutes-operatoacuteria eacute estimulado pela tendecircncia

atual da analgesia multimodal que se caracteriza pela combinaccedilatildeo sineacutergica de agentes

analgeacutesicos ndashndash farmacoloacutegicos e natildeo-farmacoloacutegicos ndashndash com diferentes mecanismos de accedilatildeo e

vias de administraccedilatildeo proporcionando analgesia mais efetiva e com menor incidecircncia de

efeitos adversos devido agraves menores dosagens empregadas (LABRADA JIMEacuteNEZ-

GARCIA 2004 TORRE et al 2002) Outros recursos natildeo-farmacoloacutegicos tambeacutem tecircm sido

usados como acupuntura eletroacupuntura termoterapia massoterapia cinesioterapia

posicionamento imobilizaccedilatildeo outras correntes eletroanalgeacutesicas e teacutecnicas de relaxamento

meditaccedilatildeo e imaginaccedilatildeo (SOFAER 1994 YENG et al 2001)

21

Seguindo esse conceito de analgesia multimodal alguns experimentos cliacutenicos tecircm

analisado o efeito da analgesia preemptiva O qualificativo traduzido livremente do inglecircs

para a liacutengua portuguesa tem origem da palavra preemptive e significa profilaacutetico Assim

drogas analgeacutesicas e anesteacutesicas tecircm sido administradas antes mesmo do ato ciruacutergico com o

objetivo de minimizar o quadro aacutelgico no poacutes-operatoacuterio por inibiccedilatildeo dos fenocircmenos de

hipersensibilidade central e perifeacuterica Embora satisfatoacuterios resultados jaacute tenham sido obtidos

com a utilizaccedilatildeo desse meacutetodo ainda existem muitas controveacutersias sobre o tema tendo em

vista algumas tentativas frustradas de se obter esse tipo de estrateacutegia de analgesia (AIDA et

al 1999 KONRAD CORDEIRO COELI 2001 MCQUAY 1995 MOINICHE KEHLET

DAHL 2002 ONG et al 2005 PONTES PRADO 2002 SEKAR et al 2004 SINATRA

2002 WARNCKE STUBHAUG JORUM 2000)

Uma das questotildees mais polecircmicas sobre a analgesia preemptiva reside no seu

proacuteprio conceito e eacute relevante que esse seja bem definido para evitar interpretaccedilotildees erradas de

resultados Kissin (1994) afirma que constantemente haacute um errocircneo uso do termo em questatildeo

que deve ser restrito apenas agrave intervenccedilatildeo procedida antes da cirurgia com o objetivo de

reduzir a dor poacutes-operatoacuteria De acordo com Hepner (2000) algumas pesquisas vg a de

Motamed (2000) tecircm analisado o efeito de drogas antes do fechamento da incisatildeo ciruacutergica o

que natildeo caracteriza a analgesia preemptiva jaacute que o procedimento natildeo fora realizado antes da

cirurgia (ONG et al 2005)

Kissin (2000) criticou as 3 definiccedilotildees mais usadas de analgesia preemptiva a)

tratamento que comeccedila antes da cirurgia b) que previne o estabelecimento da

hipersensibilidade central causada pela lesatildeo incisional e c) que previne a hipersensibilidade

central causada pelas lesotildees incisional e inflamatoacuteria A primeira seria errocircnea pois a palavra

preemptivo significa preventivo e natildeo somente antes da incisatildeo ciruacutergica Assim bloqueios

ineficientes natildeo podem ser considerados preemptivos A segunda seria muito restrita pois

22

exclui a hipersensibilidade central causada pela inflamaccedilatildeo que ocorre no periacuteodo poacutes-

operatoacuterio inicial ideacuteia ratificada por Ong et al (2005) Contudo essa eacute a mais utilizada visto

que as diferenccedilas entre os resultados obtidos com as intervenccedilotildees que se processam antes e

apoacutes a cirurgia a evidenciam A uacuteltima eacute a mais ampla pois tambeacutem abrange a prevenccedilatildeo da

hipersensibilidade provocada pelo processo inflamatoacuterio

Inicialmente seu conceito abrangia apenas o tempo de administraccedilatildeo da droga para

verificar seu efeito comparando os momentos preacute e poacutes-operatoacuterios poreacutem natildeo englobava os

estudos que comparavam tratamentos com uso de medicaccedilatildeo analgeacutesica preacute-operatoacuteria versus

aqueles que natildeo a utilizavam (MOINICHE KEHLET DAHL 2002) Esse eacute o conceito de

analgesia preemptiva que estamos utilizando nessa pesquisa em que iremos comparar o uso

da TENS no periacuteodo preacute-operatoacuterio com um grupo placebo e natildeo comparar o seu efeito preacute

versus poacutes-operatoacuterio Alguns autores consideram que esse desenho de estudo estabelecido

em nossa pesquisa verificaria apenas uma analgesia preventiva e natildeo preemptiva natildeo

obstante nos detemos agravequeles que tambeacutem consideram esse desenho como meacutetodo para

verificar analgesia preemptiva

A colecistectomia eacute a cirurgia realizada para extrair a vesiacutecula biliar que se encontra

enferma seja devido a caacutelculos inflamaccedilotildees eou infecccedilotildees tendo uma alta incidecircncia

principalmente sobre a populaccedilatildeo mais idosa Ela pode ser procedida por laparotomia ou

laparoscopia O primeiro meacutetodo que eacute mais agressivo proporciona dor de caraacuteter moderado

a intenso no poacutes-operatoacuterio em decorrecircncia da incisatildeo ciruacutergica manipulaccedilatildeo da regiatildeo

ocasional irritaccedilatildeo da pleura pulmonar diafragmaacutetica e do nervo frecircnico e processo

inflamatoacuterio (ANDRADE 2002 BLUMGART 1988 BRENTANO 2003 GOFFI GOFFI

JUacuteNIOR SORBELLO 1996 MACHADO RAIA 1994 MARIANO BEN 1998

MERINO 2001 PEREacuteZ-AYUSO 2002 ROSLYN ZINNER 1996 WAY DUNPHY

1993)

23

Quando ocorre a lesatildeo tecidual perifeacuterica ndashndash decorrente vg da cirurgia ndashndash haacute dois

tipos de respostas do Sistema Nervoso (SN) sensibilizaccedilatildeo perifeacuterica ndashndash que eacute a diminuiccedilatildeo

do limiar de excitabilidade dos nociceptores perifeacutericos e sensibilizaccedilatildeo central ndashndash aumento

da excitabilidade dos neurocircnios da medula espinhal Essas modificaccedilotildees determinaratildeo o

estado de hipersensibilidade dolorosa caracteriacutestico de poacutes-operatoacuterios em que se verifica

reduccedilatildeo do limiar de dor e aumento da resposta aos estiacutemulos nocivos tanto no local da lesatildeo

quanto nos tecidos adjacentes (VALE 2000 WOOLF CHONG 1993)

Sabe-se que apoacutes o trauma ciruacutergico altas concentraccedilotildees de substacircncias

algiogecircnicas satildeo liberadas de ceacutelulas lesadas como os leucoacutecitos mastoacutecitos e plaquetas e de

moleacuteculas livres presentes no interior dos vasos sanguumliacuteneos Dentre essas substacircncias

destacam-se prostaglandinas leucotrienos aacutecido araquidocircnico bradicininas H+ K+

histamina substacircncia P tromboxanos serotonina entre outras que satildeo capazes de

sensibilizar os nociceptores das fibras Aauml e C amplamente distribuiacutedos nos tecidos

facilitando a transmissatildeo do impulso doloroso fenocircmeno conhecido como hiperalgesia

primaacuteria caracterizado pela reduccedilatildeo do limiar das terminaccedilotildees nervosas livres (TNLs) aos

estiacutemulos nocivos Em algumas horas a hiperalgesia secundaacuteria aumenta o tamanho da aacuterea

dolorida agrave medida que substacircncias quiacutemicas se difundem aos tecidos vizinhos tornando-os

hipersensiacuteveis (BONICA et al 1990 BRIDENBAUGH 1994 KISSIN 2000 ONG et al

2005 SINATRA 2002 STARKEY 2001 WOOLF CHONG 1993)

Sob condiccedilotildees normais os impulsos das fibras aferentes primaacuterias e dos

interneurocircnios espinhais ativam somente a zona de gatilho da ceacutelula localizada no seu centro

natildeo sendo suficiente para deflagrar o potencial de accedilatildeo na regiatildeo adjacente a este sendo o

estiacutemulo entatildeo sublimiar Todavia quando essas ceacutelulas sofrem sensibilizaccedilatildeo esses inputs

que eram sublimiares satildeo convertidos em estiacutemulos supra-limiares A maior excitabilidade

dessas ceacutelulas eacute responsaacutevel pela expansatildeo do nuacutemero de receptores especializados aumento

24

da magnitude e duraccedilatildeo da resposta aos estiacutemulos supra-limiares e reduccedilatildeo do limiar

incluindo aumento da excitabilidade tambeacutem dos mecanorreceptores de baixo limiar

(WOOLF CHONG 1993)

Isso tudo ocorreria porque a repetida deflagraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo nas fibras Aauml

e C acarretaria liberaccedilatildeo na medula espinhal de aacutecido glutacircmico e neuropeptiacutedeos A somaccedilatildeo

desses potenciais provoca progressivo aumento e duraccedilatildeo da despolarizaccedilatildeo dos neurocircnios da

coluna dorsal que ocorre em consequumlecircncia agrave ativaccedilatildeo de receptores N-metil-D-aspartato

(NMDA) e possivelmente de receptores de taquininas pela substacircncia P e neurocinina A

Essa ativaccedilatildeo seria resultado da entrada de caacutelcio atraveacutes dos canais iocircnicos ligante e

voltagem dependentes e da ativaccedilatildeo de proteiacutenas guanosina trifosfato e promoveria

mudanccedilas da concentraccedilatildeo de mensageiros secundaacuterios nos neurocircnios espinhais Esses

mensageiros secundaacuterios incluindo o AMPc (adenosina monofosfato) ciacuteclico alteram a

ativaccedilatildeo da proteiacutena cinase que pela fosforilaccedilatildeo de proteiacutenas como canais iocircnicos e

enzimas podem alterar suas funccedilotildees A ativaccedilatildeo da proteiacutena quinase em resposta agrave substacircncia

P tem demonstrado exercer um efeito de feedback positivo nos receptores NMDA dos

neurocircnios espinhais aumentando a eficaacutecia deles pela reduccedilatildeo da sua suscetibilidade ao

bloqueio de Magneacutesio (WOOLF CHONG 1993)

Mensageiros secundaacuterios podem tambeacutem dar origem a moleacuteculas de natureza ainda

natildeo bem elucidada que penetram nos neurocircnios e alcanccedilam o nuacutecleo celular provocando

modificaccedilotildees em sua expressatildeo geneacutetica com subsequumlente siacutentese de RNA mensageiro Este

estimula a produccedilatildeo de moleacuteculas que atuam como receptores excitatoacuterios e tambeacutem estaacute

envolvido na siacutentese de neurotransmissores retroacutegrados como oacutexido niacutetrico monoacutexido de

carbono e prostaglandinas que se disseminam das ceacutelulas para o interstiacutecio acarretando

liberaccedilatildeo de mais neurotransmissores excitatoacuterios dos aferentes primaacuterios O termo wind up

tem sido empregado para descrever esse aumento da excitabilidade dos neurocircnios do corno

25

posterior da medula espinhal Parece existir tambeacutem sensibilizaccedilatildeo neuronal das estruturas do

sistema liacutembico e nuacutecleos talacircmicos (KELLY AHMAD BRULL 2001 SINATRA 2002

TEIXEIRA 2001 WOOLF CHONG 1993)

Opioacuteides ndashndash sistecircmicos ou locais ndashndash anesteacutesicos locais antiinflamatoacuterios natildeo-

esteroidais antagonistas de receptores NMDA e antagonistas do receptor aacute-2 adreneacutergico tecircm

sido usados na tentativa de promover analgesia preemptiva por meio da inibiccedilatildeo de alguns

desses fenocircmenos citados anteriormente contudo o uso de recursos natildeo-farmacoloacutegicos

ainda natildeo tem sido muito empregado para tal finalidade (AIDA et al 1999 GOTTSCHALK

OCHROCH 2003 MAESTRONI et al 2002 MOINICHE KEHLET DAHL 2002

ROSAEG et al 2001 SINATRA 2002 TAYLOR 2002 WU et al 2003)

Logo a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia no momento imediatamente anterior

agrave realizaccedilatildeo da colecistectomia por laparotomia tem o intuito de promover uma

eletroanalgesia preemptiva ndashndash por meio da minimizaccedilatildeo da hipersensibilidade central ndashndash que

poderia modular a dor poacutes-operatoacuteria nas suas propriedades mais marcantes latecircncia

duraccedilatildeo intensidade e remissatildeo Isso poderia ocorrer pois a TENS poderia estimular a

liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos que por sua vez iriam prevenir a sensibilizaccedilatildeo central

O emprego da TENS de baixa frequumlecircncia para o tratamento da dor poacutes-operatoacuteria

pode proporcionar uma diminuiccedilatildeo da administraccedilatildeo dos faacutermacos analgeacutesicos habitualmente

usados no poacutes-operatoacuterio evitando alguns efeitos adversos decorrentes do uso dessas drogas

eg naacuteuseas vocircmito reaccedilotildees toacutexicas e aleacutergicas hipotensatildeo retenccedilatildeo urinaacuteria sonolecircncia

depressatildeo respiratoacuteria convulsatildeo constipaccedilatildeo e prurido A TENS aleacutem de natildeo ocasionar

esses problemas eacute um meacutetodo natildeo-invasivo de faacutecil aplicabilidade e que tem um pequeno

nuacutemero de contra-indicaccedilotildees (ANTUNES et al 2002 CHEN et al 1998 EISENBAUER

MURPHY 1998 FRAMPTON 1998 JAFFE MARTIN 1991 MARIANO BEN 1998

SILVA 1998 SLUKA et al 1999 TRIBIOLI 2003) De acordo com a pesquisa de Silveira

26

e Lima (2004) a TENS utilizada como meacutetodo analgeacutesico no poacutes-operatoacuterio imediato de

hernioplastia inguinal foi economicamente mais viaacutevel do que o tratamento convencional

visto que houve significante reduccedilatildeo das despesas hospitalares durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo dos pacientes em virtude do menor consumo de analgeacutesicos seringas descartaacuteveis

agulhas aacutelcool algodatildeo e luvas descartaacuteveis ndashndash materiais natildeo-biodegradaacuteveis que podem

proporcionar poluiccedilatildeo ambiental apresentar certo grau toacutexico e ocasionar infecccedilotildees Ong et

al (2005) ressaltam sobre a relevacircncia de se diminuir os custos com medicamentos e que a

analgesia preemptiva talvez possa contribuir para tal

27

OBJETIVO

28

2 OBJETIVO

A presente pesquisa teve como objetivo analisar o efeito da TENS de baixa

frequumlecircncia como recurso analgeacutesico preemptivo em pacientes submetidas a colecistectomia

por laparotomia

29

CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

30

3 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

31 Desenho do Estudo

Esse estudo foi uma pesquisa cliacutenica prospectiva controlada randomizada e

duplamente encoberta

32 Local

A pesquisa foi procedida no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio privado localizado na

cidade de Aracaju no periacuteodo de dezembro de 2003 a abril de 2005 com a experimentaccedilatildeo

em pacientes que foram submetidos a colecistectomia por laparotomia com incisatildeo do tipo

transversa subcostal direita sendo utilizada a TENS de baixa frequumlecircncia

33 Casuiacutestica e Criteacuterios de Inclusatildeo e Exclusatildeo

Como criteacuterios de inclusatildeo ficou estabelecido que soacute participariam da pesquisa os

pacientes que

bull fossem submetidos agrave colecistectomia por laparotomia em caraacuteter eletivo apenas com

incisatildeo transversa subcostal

bull tivessem sido operados por meio de financiamento do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

numa tentativa de ldquopadronizarrdquo a classe social dos pacientes

bull fossem operados no periacuteodo da tarde para evitar possiacuteveis influecircncias do ciclo circadiano

(MORIN et al 2000)

31

bull pertencessem ao sexo feminino somente para evitar a possibilidade de influecircncia do sexo

na percepccedilatildeo do fenocircmeno doloroso A escolha do sexo teve como fator preponderante a

alta incidecircncia de colecistectomias sobre as mulheres implicando minimizaccedilatildeo da

dificuldade em se obter uma casuiacutestica satisfatoacuteria Ademais ateacute por fatores culturais as

mulheres da nossa sociedade satildeo consideradas no que se concerne aos seus relatos sobre

dor mais sinceras do que os homens que muitas vezes natildeo satildeo tatildeo fidedignos por

questotildees machistas a esses relatos

bull possuiacutessem idade entre 21 e 65 anos

bull pertencessem aos estados fiacutesicos I e II da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA)

ASA I eacute a classificaccedilatildeo empregada para pacientes saudaacuteveis que natildeo tenham doenccedila de

base e ASA 2 para os que possuem uma doenccedila de base controlada com ou sem drogas

bull fossem naturais do Brasil e que compreendessem bem a liacutengua portuguesa para evitar

possiacuteveis dificuldades durante a coleta de dados

bull natildeo tivessem distuacuterbios de audiccedilatildeo visatildeo ou fala

bull natildeo tivessem distuacuterbios mentais eou intelectuais para natildeo somente compreender e aceitar

participar da pesquisa mas tambeacutem natildeo apresentar empecilhos durante a coleta dos dados

(PIMENTA TEIXEIRA 1997)

bull nunca tivessem sido submetidas a algum tipo de cirurgia abdominal alta o que poderia

influenciar na percepccedilatildeo da dor visto que a percepccedilatildeo eacute influenciada por preacutevias

experiecircncias

bull e que natildeo fossem portadoras de algum tipo de hepatopatia ou nefropatia diagnosticadas

32

Natildeo participariam da pesquisa os pacientes

bull que tivessem diagnoacutestico de enfermidade maligna pelas caracteriacutesticas diferenciadas das

dores oncoloacutegicas (MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO BRASIL 2001)

bull em que a TENS fosse um recurso contra-indicado (eg feridas na regiatildeo onde deveriam

ser colocados os eletrodos)

bull que fizessem ou fizeram uso crocircnico de opioacuteides pelo desenvolvimento de toleracircncia agrave

TENS (SLUKA et al 2000)

bull que tivessem feito uso de drogas analgeacutesicas em um periacuteodo inferior a 7 dias

bull que jaacute tivessem conhecimento sobre a TENS ou sido submetidos a algum tratamento com

o uso da mesma

bull que possuiacutessem alergia ou contra-indicaccedilatildeo agrave dipirona ou ao diclofenaco de soacutedio

medicaccedilotildees que eram prescritas para o periacuteodo poacutes-operatoacuterio

bull e que se recusassem ou desistissem de participar do trabalho ndashndash mesmo apoacutes assinatura

do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (apecircndice B)

34 Internamento das Pacientes

Todas as pacientes foram internadas pelo turno da manhatilde e ficavam aguardando a

cirurgia que era sempre realizada no periacuteodo da tarde em um dos 3 apartamentos coletivos

com capacidade para ateacute 4 pessoas cada um Os leitos ndashndash todos similares ndashndash eram os mesmos

que as pacientes ocupavam no periacuteodo poacutes-operatoacuterio O hospital somente aceitava um

maacuteximo de 2 internamentos por dia para a realizaccedilatildeo das colecistectomias por laparotomia

33

35 Randomizaccedilatildeo

Foram impressos em 32 pequenos papeacuteis a informaccedilatildeo ldquogrupo preemptivordquo e em

outros 32 ldquogrupo placebordquo que foram colocados em uma pequena caixa O processo de

randomizaccedilatildeo ocorreu com o auxiacutelio de duas pessoas que natildeo tinham conhecimento algum

sobre a pesquisa sendo solicitado agraves mesmas que retirassem cada um desses papeacuteis da caixa e

os colocassem dentro de envelopes ndashndash numerados de 1 a 64 ndashndash opacos que eram entatildeo

lacrados e somente abertos apoacutes a concordacircncia da paciente em participar da pesquisa

36 Avaliaccedilatildeo Cliacutenica

Inicialmente era procedida uma avaliaccedilatildeo cliacutenica realizada 2 h antes do horaacuterio

previsto para a realizaccedilatildeo da cirurgia com o propoacutesito de verificar se a paciente se

enquadrava ou natildeo nos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo estabelecidos pelo nosso protocolo

Dessa forma era solicitado agraves pacientes que respondessem agraves questotildees presentes na Ficha de

Identificaccedilatildeo do Paciente (apecircndice A) que possuiacutea questionamentos sobre idade sexo peso

estatura doenccedilas associadas diagnoacutestico cliacutenico entre outros Caso a paciente atendesse a

todos os preacute-requisitos era entatildeo rompido o lacre do envelope que correspondia ao seu

nuacutemero na pesquisa e somente entatildeo se sabia a que grupo pertenceria tal paciente O

pesquisador que ficava ciente dessa informaccedilatildeo acompanhava a paciente nas seguintes etapas

avaliaccedilatildeo cliacutenica explicaccedilatildeo sobre os instrumento de coleta de dados aplicaccedilatildeo da TENS e

acompanhamento da paciente no centro ciruacutergico Ou seja esse pesquisador natildeo era

responsaacutevel pela coleta dos dados no periacuteodo poacutes-operatoacuterio que era efetuada por outros

pesquisadores que natildeo sabiam a que grupo as pacientes pertenciam pois eles natildeo tinham

34

acesso nem agrave Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C) e nem aos

envelopes

Apoacutes a avaliaccedilatildeo cliacutenica era efetuada a etapa de treinamento das pacientes sobre as

escalas ndashndash posteriormente descritas ndashndash que seriam utilizadas apoacutes a cirurgia para que as

mesmas jaacute se habituassem com elas e pudessem realizar os seus questionamentos sobre tais

37 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Todas as pacientes que fizeram parte dessa pesquisa autorizaram a sua participaccedilatildeo

por meio de assinatura ou impressatildeo digital em concordacircncia ao que estava exposto no

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (apecircndice B) que constava de informaccedilotildees

sobre a forma de tratamento que lhes estava sendo proposta assim como seus benefiacutecios e

finalidades explicando que o estudo natildeo implicaria dano agrave sauacutede informando-lhes tambeacutem

quanto ao direito de solicitar novas informaccedilotildees esclarecer duacutevidas e desistir de participar da

pesquisa a qualquer momento Logo o estudo foi procedido de acordo com as normas

expressas na resoluccedilatildeo 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10101996 A coleta de

dados soacute teve iniacutecio apoacutes aprovaccedilatildeo pelo comitecirc de eacutetica e pesquisa

38 Materiais

Foram utilizados 2 aparelhos para o fornecimento da corrente eleacutetrica da TENS ndashndash

apoacutes preacutevia calibraccedilatildeo no Laboratoacuterio de Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe ndashndash o

Dualpex 961 e o Fisiotonus Four cujas fotos estatildeo apresentadas nas figuras 1 e 2

respectivamente Entre os materiais de consumo utilizados destacam-se esparadrapos gazes

e gel condutor Foram usados cabos que conectavam os aparelhos geradores de corrente

eleacutetrica aos eletrodos ndashndash de borracha quadrangulares e com aacuterea de 9 cm2 A reacutegua da Escala

35

Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END) foi utilizada para coletar a intensidade da dor aleacutem

do Questionaacuterio de Dor McGill e da Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente Algumas fichas

contidas no apecircndice e descritas posteriormente foram utilizadas para o registro de diversos

dados

Figura 1 Aparelho Dualpex 961 Figura 2 Aparelho Physiotonus FourFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra Fonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

39 Procedimentos Metodoloacutegicos

391 Os grupos de pacientes da pesquisa

As pacientes foram alocadas de forma aleatoacuteria em dois grupos

bull Grupo preemptivo ndashndash sendo submetidas agrave aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia durante

60 min antes da cirurgia com a utilizaccedilatildeo dos seguintes paracircmetros duraccedilatildeo de pulso de

250 micros e frequumlecircncia de 4 Hz A intensidade utilizada foi a maacutexima suportada pela

paciente em niacutevel motor Esses paracircmetros estatildeo de acordo com as orientaccedilotildees de

36

Johnson et al (1989) Low e Reed (2001) Robinson (2001) Salgado (1999) Starkey

(2001) Walsh et al (1998) e Wang et al (1997)

bull Grupo placebo ndashndash os eletrodos eram colocados nas pacientes poreacutem todos os paracircmetros

(duraccedilatildeo de pulso frequumlecircncia e intensidade) ficavam com referecircncia zero natildeo

possibilitando a passagem da corrente eleacutetrica O tempo da falsa aplicaccedilatildeo tambeacutem foi de

60 min

392 Teacutecnica de aplicaccedilatildeo da TENS

Antes da aplicaccedilatildeo da TENS era feita uma limpeza com o uso de aacutelcool da regiatildeo

onde seriam colocados os eletrodos a fim de diminuir a oleosidade da pele e remover sujeiras

facilitando dessa maneira a passagem da corrente eleacutetrica

A TENS de baixa frequumlecircncia foi aplicada nas pacientes ainda em seus leitos antes

de serem encaminhadas ao centro ciruacutergico sendo utilizada a teacutecnica quadripolar com os

eletrodos de borracha dispostos de maneira cruzada abrangendo os dermaacutetomos da regiatildeo

onde posteriormente seria realizada a incisatildeo ciruacutergica subcostal direita Os dados sobre a

aplicaccedilatildeo da TENS assim como as observaccedilotildees que se mostrassem relevantes eram

registrados na Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C) A foto da figura

3 representa a simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENS no periacuteodo preacute-operatoacuterio Apoacutes a aplicaccedilatildeo

da TENS as pacientes eram preparadas para serem encaminhadas ao centro ciruacutergico

37

Figura 3 Simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENSA linha vermelha ilustra o local onde seria realizada a incisatildeosubcostal direitaFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

393 Teacutecnica anesteacutesica

Em todas as pacientes houve administraccedilatildeo de diazepam como medicaccedilatildeo preacute-

anesteacutesica Houve padronizaccedilatildeo do meacutetodo anesteacutesico tendo sido utilizadas como drogas

anesteacutesicas o cloridrato de bupivacaiacutena (05) com vasoconstrictor administrado via

peridural podendo ou natildeo estar associado agrave xilocaiacutena com vasoconstrictor (20) associaccedilatildeo

essa que natildeo exercia influecircncia na duraccedilatildeo da analgesia e o fentanil (2 ml) tambeacutem

administrado via peridural A escolha dessas drogas deu-se por jaacute fazer parte da rotina desse

tipo de procedimento ciruacutergico no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio Os dados sobre as drogas

utilizadas observaccedilotildees necessaacuterias classificaccedilatildeo do estado fiacutesico da ASA entre outros eram

registrados na Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C)

38

394 Cirurgia e prescriccedilatildeo de medicamentos

A equipe meacutedica responsaacutevel pela realizaccedilatildeo de todas as intervenccedilotildees ciruacutergicas foi

composta por 4 cirurgiotildees e 3 anestesiologistas que se revezavam entre os dias da semana ndashndash

segunda a quinta-feira Todas as cirurgias foram realizadas por laparotomia sempre com

incisatildeo do tipo transversa subcostal direita

Apoacutes a cirurgia a prescriccedilatildeo meacutedica foi padronizada da seguinte forma a dipirona

(2 ml 500 mgml) era administrada de 6 em 6 h (sendo a primeira administraccedilatildeo efetuada 5 h

apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico que era determinado como sendo o momento em que

era introduzido o cloridrato de bupivacaiacutena no espaccedilo peridural) via intravenosa diclofenaco

de soacutedio (3 ml 25 mgml) prescrito como medicaccedilatildeo de resgate via intra-muscular somente

sendo administrado caso houvesse solicitaccedilatildeo por parte da paciente e a metoclopramida (2

ml 5 mgml) tambeacutem como medicaccedilatildeo de resgate Essa prescriccedilatildeo foi efetuada dessa

maneira porque a dor gerada pela colecistectomia por laparotomia tem um niacutevel de moderado

a intenso o que implicou a necessidade de algum faacutermaco analgeacutesico prescrito em horaacuterio

programado nesse caso a dipirona

O estabelecimento dessa teacutecnica de prescriccedilatildeo decorreu dos resultados obtidos com

as 6 pacientes do estudo piloto ndashndash em que toda a medicaccedilatildeo analgeacutesica era administrada

somente em caso de solicitaccedilatildeo pelas mesmas Percebeu-se analgesia insatisfatoacuteria dado os

relatos de altos iacutendices de dor e desconforto Dessa forma objetivamos nesse estudo a

utilizaccedilatildeo da TENS como um recurso analgeacutesico coadjuvante e natildeo uacutenico

39

395 Instrumentos de coleta de dados

3951 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

Como escala unidimensional para mensuraccedilatildeo da intensidade da dor foi utilizada a

END (figura 4) que consiste de uma reacutegua demarcada horizontalmente com valores em

centiacutemetros de 0 a 10 representando o primeiro valor a ausecircncia absoluta de dor e o maior

a dor mais insuportaacutevel possiacutevel sendo solicitado agrave paciente que indicasse aquele que melhor

caracterizaria o seu niacutevel de dor estando a paciente em repouso A dor leve estaria

representada por nuacutemeros compreendidos no intervalo de 0 a 3 a moderada pelos nuacutemeros 4

5 e 6 e a intensa por 7 8 9 e 10

Os dados foram registrados na Ficha de Avaliaccedilatildeo da Dor pela Escala Numeacuterica de

Mensuraccedilatildeo da Dor (apecircndice D) A coleta da intensidade de dor era procedida de acordo

com o horaacuterio de induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico sendo investigada 2frac12 h (ENDa) 3frac12 h

(ENDb) 4frac12 h (ENDc) 5frac12 h (ENDd) 7 h (ENDe) 8 h (ENDf) e 16 h (ENDg) apoacutes a sua

induccedilatildeo aleacutem de uma uacuteltima coleta procedida no momento da alta hospitalar (ENDh) dois

dias apoacutes a cirurgia pela manhatilde Optou-se em utilizar como referecircncia o horaacuterio da induccedilatildeo

Figura 4 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor numerada de 0 a 10 cmFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

40

do bloqueio anesteacutesico ao inveacutes do horaacuterio de teacutermino da cirurgia visto que grandes variaacuteveis

no tempo despendido para a realizaccedilatildeo das cirurgias poderiam influenciar nos niacuteveis de dor

relatados pelas pacientes jaacute que haveria assim discrepacircncias no tempo decorrido desde a

induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash momento de referecircncia para a contagem do tempo de

metabolizaccedilatildeo das drogas ndashndash ateacute as averiguaccedilotildees da intensidade de dor

Eacute relevante salientar que o pesquisador responsaacutevel pela coleta do niacutevel de dor natildeo

tinha conhecimento sobre o grupo a que pertencia a paciente e nem esta sobre em que grupo

estava alocada o que caracterizou um estudo do tipo duplamente encoberto

3952 Questionaacuterio de Dor McGill

O Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ) eacute composto por 78 descritores distribuiacutedos

em 4 categorias sensorial composta por 10 subcategorias cujos descritores aiacute contidos

traduzem a natureza somaacutetica e estatildeo relacionados com a fisiologia da dor afetiva que

conteacutem 5 subcategorias cujos descritores fornecem discernimentos sobre os aspectos

psicoloacutegicos que acompanham a dor avaliativa com uma uacutenica que descreve a intensidade

global da dor e finalmente a miscelacircnea que eacute composta por 4 subcategorias Eacute solicitado

ao paciente que circule ou sublinhe as palavras que melhor descrevem a sua dor ou apenas as

indique verbalmente (GRAHAM 1980 MELZACK 1975)

O MPQ possui trecircs partes a primeira serve para que o paciente indique em um

graacutefico do corpo humano a regiatildeo onde estaacute sentindo a dor ndashndash diagrama corporal da dor a

segunda eacute uma escala verbal para avaliar a intensidade de dor (Present Pain Intensity ndashndash PPI)

utilizando-se de cinco palavras leve desconfortaacutevel perturbadora horriacutevel e excruciante e a

uacuteltima utiliza os 78 descritores podendo-se daiacute se obterem dois iacutendices o Quantitativo da Dor

(PRI ndashndash Pain Rating Index) e o do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC ndashndash Number of

41

Words Chosen) Cada descritor tem um correspondente nuacutemero que seraacute utilizado para o

estabelecimento do PRI Por exemplo em uma subcategoria que contenha 3 descritores aos

mesmos seratildeo atribuiacutedos respectivamente os valores 1 2 e 3 de acordo com a ordem em que

aparecem na lista dos descritores (FERNANDEZ BOYLE 2001 PEREIRA SOUSA 1998

PIMENTA 1995 STARKEY 2001 TEIXEIRA et al 1999)

Em nossa pesquisa foi utilizada a versatildeo brasileira do MPQ (apecircndice E) ndashndash

validada pelos profissionais do Ambulatoacuterio de Dor da Cliacutenica Neuroloacutegica do Hospital das

Cliacutenicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Satildeo Paulo (PIMENTA TEIXEIRA

1997) Esse questionaacuterio que eacute indicado por Graham et al (1980) para dores imediatas foi

aplicado ndashndash sob a forma de entrevista ndashndash apenas uma vez 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico dada a inviabilidade de utilizaacute-lo no mesmo dia do ato ciruacutergico Resolveu-se

adaptar esse questionaacuterio e usar apenas uma parte dele a dos 78 descritores haja vista que

natildeo se achou necessaacuteria a utilizaccedilatildeo do PPI e do diagrama corporal da dor por estarmos

utilizando a END e por jaacute sabermos o local da dor incisional Entatildeo a partir desse

questionaacuterio adaptado pudemos analisar o PRI e o NWC O primeiro obtido por meio da

soma dos valores atribuiacutedos a cada descritor escolhido e o segundo pela soma do nuacutemero de

palavras escolhidas para qualificar a dor segundo Fernandez e Boyle (2001) e Pereira e Sousa

(1998)

3953 Escala de Satisfaccedilatildeo dos Pacientes

O grau de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que lhes estava sendo realizado

foi avaliado por meio da Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (ESP) escala verbal que permite agrave

paciente escolher um entre nuacutemeros que variam de 0 a 10 indicando respectivamente

insatisfaccedilatildeo completa com o tratamento e a maior satisfaccedilatildeo possiacutevel Os horaacuterios de coleta

42

foram os seguintes 3frac12 h (ENDb) 5frac12 h (ENDd) 8 h (ENDf) e 16 h (ENDg) apoacutes a induccedilatildeo

do bloqueio anesteacutesico aleacutem de uma uacuteltima coleta procedida no momento da alta hospitalar

(ENDh) Os dados coletados eram registrados na Ficha de Avaliaccedilatildeo da Satisfaccedilatildeo dos

Pacientes pela Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (apecircndice F) Essa escala foi utilizada na

pesquisa realizada por Melo e Santana Filho (2003) que tinha linha de trabalho semelhante

3954 Ficha do consumo de faacutermacos

O consumo de faacutermacos analgeacutesicos ou natildeo de cada paciente foi anotado na Ficha

de Registro da Administraccedilatildeo de Faacutermacos no Poacutes-operatoacuterio (apecircndice G) que constou de

campo para informaccedilotildees como o tipo de faacutermaco administrado horaacuterio de administraccedilatildeo via

de acesso e dosagem aleacutem do tempo decorrido desde o horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico ateacute a primeira administraccedilatildeo caso houvesse do diclofenaco de soacutedio (prescrito

como medicaccedilatildeo de resgate)

3955 Questionaacuterio sobre a Aplicaccedilatildeo da TENS

Foram efetuados dois questionamentos para as pacientes o primeiro sobre o

desconforto promovido pela aplicaccedilatildeo da TENS e o segundo sobre a vontade da paciente em

usaacute-la numa proacutexima cirurgia (Apecircndice H) Em virtude da necessidade de esse questionaacuterio

ter sido percebida somente no decorrer da coleta de dados o mesmo fora empregado em 19

pacientes do grupo preemptivo e em 17 do placebo

43

310 Anaacutelise e Interpretaccedilatildeo dos Dados

A anaacutelise estatiacutestica dos dados foi feita com a utilizaccedilatildeo dos programas GraphPad

Prism 40 e Statistica 60 Inicialmente foram realizados testes estatiacutesticos descritivos meacutedia e

erro padratildeo da meacutedia (SEM) Para a anaacutelise dos dados demograacuteficos de alguns dados cliacutenicos

e do tempo para a primeira administraccedilatildeo de diclofenaco de soacutedio foi utilizado o teste t de

Student para amostras natildeo pareadas (parameacutetrico) Para a anaacutelise de alguns dados cliacutenicos e

do uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico foi

utilizado o teste do qui-quadrado Para a anaacutelise da END ESP PRI NWC e do nuacutemero de

vezes em que foram administrados o diclofenaco de soacutedio dipirona e metoclopramida foi

utilizado o teste de Mann-Whitney (natildeo-parameacutetrico) Em todos os testes como niacutevel de

significacircncia foi considerado o valor de 5 (p lt 005)

311 Teacutecnica Utilizada para a Demonstraccedilatildeo dos Resultados

Para a exposiccedilatildeo dos resultados foram utilizados graacuteficos elaborados nos programas

GraphPad Prism 40 e Statistica 60 aleacutem de tabelas elaboradas no Microsoft Word XP

Vaacuterios dados foram apresentados sob a forma de meacutedia plusmn SEM

44

RESULTADOS

45

4 RESULTADOS

Sessenta e quatro pacientes concordaram em participar da pesquisa e assinaram o

termo de consentimento livre e esclarecido Poreacutem 14 foram excluiacutedas seis por se tratarem

de pacientes que pertenciam a um estudo piloto cujo meacutetodo foi posteriormente alterado

duas por terem sido submetidas a anestesia geral quatro por erro na prescriccedilatildeo meacutedica de

analgeacutesicos uma por natildeo conseguir responder ao McGill Pain Questionnaire (MPQ) e uma

pela grande dificuldade em compreender a Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END)

Destarte a amostra ficou constituiacuteda por 50 pacientes grupo preemptivo (n = 25) e grupo

placebo (n = 25)

Os dados referentes agrave idade peso estatura e iacutendice de massa corporal (IMC) das

pacientes estatildeo presentes na tabela 1 e ilustrados respectivamente nos graacuteficos 1 2 3 e 4

tendo sido analisados por meio do teste t de Student para amostras independentes Natildeo houve

em nenhuma das caracteriacutesticas demograacuteficas diferenccedila significante entre os grupos

A idade miacutenima foi de 25 anos no grupo preemptivo e de 21 anos no placebo

enquanto a maacutexima foi de 65 no preemptivo e de 59 no placebo Os pesos miacutenimo e maacuteximo

foram respectivamente iguais a 40 Kg e 86 Kg no grupo preemptivo e 48 Kg e 77 Kg no

placebo As estaturas miacutenima e maacutexima foram respectivamente iguais a 149 m e 170 m

(grupo preemptivo) e 151 m e 170 m (grupo placebo) E os valores miacutenimo e maacuteximo do

IMC foram 1880 Kgm2 e 35 Kgm2 (grupo preemptivo) e 1914 Kgm2 e 2890 Kgm2

(grupo placebo)

46

Tabela 1 ndashndash Dados demograacuteficos da amostraPreemptivo Placebo

Meacutedia plusmn SEM Meacutedia plusmn SEM p

Idade (anos) 3956 plusmn 197 3852 plusmn 238 0738

Peso (Kg) 6108 plusmn 288 6348 plusmn 172 0478

Estatura (m) 157 plusmn 001 160 plusmn 001 0168

IMC (Kgm2) 2568 plusmn 105 2475 plusmn 059 0447IMC ndashndash iacutendice de massa corporal SEM ndashndash erro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante em nenhuma das variaacuteveis analisadas

Preemptivo Placebo0

10

20

30

40

50

60

70

Idad

e(a

nos)

Graacutefico 1 Representaccedilatildeo das idades das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicamo erro padratildeo da meacutedia Teste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0738)

47

Preemptivo Placebo30

40

50

60

70

80

90Pe

so(K

g)

Graacutefico 2 Representaccedilatildeo dos pesos das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicamo erro padratildeo da meacutedia Teste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0478)

Preemptivo Placebo

150

155

160

165

170

175

Alt

ura

(m)

Graacutefico 3 Representaccedilatildeo das estaturas das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0168)

48

Preemptivo Placebo15

20

25

30

35

40IM

C(K

gm

m)

Graacutefico 4 Representaccedilatildeo dos Iacutendices de Massa Corporal (IMC) daspacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0447)

49

A tabela 2 apresenta os dados referentes agrave categoria de peso das pacientes de ambos

os grupos a tabela 3 o niacutevel de escolaridade das mesmas e a tabela 4 o diagnoacutestico cliacutenico

Natildeo houve de acordo com o teste do divide2 diferenccedila significante entre os grupos em nenhuma

dessas variaacuteveis analisadas

Tabela 2 ndashndash Distribuiccedilatildeo da categoria de peso das pacientes de acordo com os dados obtidospelo iacutendice de massa corporal (IMC ndashndash Kgm2)

Grupo Abaixodo peso(lt185)

Pesonormal

(185ndash249)

Sobrepeso(25 ndash 299)

Obesidadegrau I

(30 ndash 349)

Obesidadegrau II

(35 ndash 399)

Obesidadegrau III

( 40)Preemptivo 2 7 11 3 2 0

Placebo 0 12 13 0 0 0Os dados apresentados entre parecircntesis referem-se aos paracircmetros de referecircncia do IMC que determinam aquelacategoria de pesoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0075)

Tabela 3 ndashndash Niacutevel de escolaridade das pacientesGrupo Nunca

estudou1deg grau

incompleto1deg grau

completo2deg grau

incompleto2deg grau

completo3deg grau

incompletoPreemptivo 3 8 3 4 5 2

Placebo 3 11 2 6 1 2Teste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0587)

Tabela 4 ndashndash Diagnoacutestico cliacutenico das pacientesGrupo Colelitiacutease Colecistite

agudaColecistite

crocircnicaColecistite

(sem descriccedilatildeo)Colelitiacutease

+ colecistitePreemptivo 12 6 2 1 4

Placebo 10 2 4 5 4Teste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0238)

50

O graacutefico 5 apresenta os dados sobre o periacuteodo compreendido entre a eacutepoca em que

as pacientes relataram ter iniciado as primeiras dores devido agrave doenccedila da vesiacutecula biliar e a

realizaccedilatildeo da colecistectomia Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos por meio de

anaacutelise realizada pelo teste do divide2

Preemptivo Placebo0

5

10

15Nunca sentiu dorMenos de 6 mesesEntre 6 e 119 mesesEntre 12 e 24 mesesAcima de 24 meses

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 5 Relato das pacientes sobre o periacuteodo em meses em que vinham sentindo dordevido agrave doenccedila da vesiacutecula biliarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0183)

51

O estado fiacutesico das pacientes dos dois grupos segundo o criteacuterio de classificaccedilatildeo da

Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA) estaacute expresso no graacutefico 6 Natildeo houve

diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p = 0479) de acordo com o teste do divide2

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25ASA 1ASA 2

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 6 Estado fiacutesico das pacientes de acordo com a classificaccedilatildeo da Sociedade Americanade AnestesiologiaTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0479)

52

O relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos para o tratamento da dor

decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou de outra dor devido a doenccedilas crocircnicas estatildeo

representados no graacutefico 7 De acordo com o teste do divide2 natildeo houve diferenccedila significante

entre os grupos preemptivo e placebo (p = 0765) Eacute importante considerar que as pacientes

que relataram ter usado tais drogas somente as utilizaram ateacute no maacuteximo uma semana antes

da data da cirurgia haja vista que foi previamente estabelecido como criteacuterio de exclusatildeo o

uso de drogas analgeacutesicas dentro do periacuteodo de 7 dias que antecedia a realizaccedilatildeo da

colecistectomia

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25SimNatildeo

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 7 Relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos antes da colecistectomia para otratamento da dor decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou de outras doenccedilas crocircnicasEntende-se por ldquoantes da colecistectomiardquo o uso de analgeacutesicos em um prazo superior aos 7 dias que antecediama realizaccedilatildeo do procedimento ciruacutergicoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0765)

53

Em todas as pacientes o aparelho de TENS foi colocado durante 60 min e o

intervalo meacutedio entre o teacutermino da sua aplicaccedilatildeo ndashndash verdadeira ou natildeo ndashndash e a induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico foi de 7472 plusmn 1046 min no grupo preemptivo e de 6028 plusmn 723 min no

placebo natildeo havendo diferenccedila significante (p = 0261) entre os grupos de acordo com o

teste t de Student para amostras natildeo pareadas (graacutefico 8) O menor e maior intervalos foram

respectivamente iguais a 10 min e 195 min (grupo preemptivo) e 15 min e 115 min (grupo

placebo)

Preemptivo Placebo0

50

100

150

200

Tem

po(m

in)

Graacutefico 8 Representaccedilatildeo do tempo decorrido desde o teacutermino daaplicaccedilatildeo da Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo ateacute a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico nas pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0261)

54

A meacutedia de duraccedilatildeo das cirurgias (graacutefico 9) no grupo preemptivo foi de 3812 plusmn

194 min e no placebo 3540 plusmn 184 min natildeo havendo diferenccedila significante (p = 0315)

Natildeo houve complicaccedilatildeo ciruacutergica em nenhum procedimento todas as pacientes receberam

alta hospitalar 2 dias apoacutes o ato ciruacutergico no turno da manhatilde e o iacutendice de mortalidade foi

em ambos os grupos igual a zero As cirurgias mais raacutepidas e mais prolongadas tiveram

respectivamente duraccedilatildeo de 21 min e 58 min (grupo preemptivo) e de 20 min e 50 min

(grupo placebo)

Preemptivo Placebo0

10

20

30

40

50

60

Tem

pode

ciru

rgia

(min

)

Graacutefico 9 Representaccedilatildeo da duraccedilatildeo das cirurgiasA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0315)

55

Ao analisar a dor incisional por meio da END pocircde-se perceber que o grupo

preemptivo apresentou niacutevel de dor significantemente menor que o do placebo nas terceira

(ENDc) e quarta coletas (ENDd) que representam 4frac12 h e 5frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico O teste utilizado para tal anaacutelise foi o de Mann-Whitney A tabela 5 apresenta os

valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia em todas as verificaccedilotildees do niacutevel de dor nos dois

grupos e o graacutefico 10 ilustra tais valores

Tabela 5 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) daintensidade de dor incisional mensurada por meio da END (EscalaNumeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)

Preemptivo Placebo

Momento Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

a 084 plusmn 034 072 plusmn 029 0756

b 116 plusmn 039 224 plusmn 056 0171

c 202 plusmn 053 384 plusmn 066 0042

d 278 plusmn 056 48 plusmn 067 0029

e 322 plusmn 056 474 plusmn 059 0068

f 342 plusmn 050 488 plusmn 066 0135

g 356 plusmn 061 364 plusmn 050 0497

h 096 plusmn 033 176 plusmn 042 0145a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c(4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g(16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar que corresponde ao 2deg dia poacutes-operatoacuterio) SEM ndashndash erro padratildeo da meacutediaFoi utilizada a END (0-10 cm)Teste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005

56

a b c d e f g h00

25

50

75

100PreemptivoPlacebo

Momento da coleta

END

Graacutefico 10 Representaccedilatildeo da meacutedia da intensidade de dor incisional por meio da END (EscalaNumeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12 h apoacutesa IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a END (0-10 cm)As colunas indicam os valores da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005

57

Na tabela 6 estatildeo expressos os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do grau de

satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estava sendo realizado O instrumento de

mensuraccedilatildeo utilizado foi a escala numeacuterica do grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes (ESP) Natildeo se

verificou pelo Teste de Mann-Whitney diferenccedila estatiacutestica significante entre os dois grupos

Para a obtenccedilatildeo desses dados a amostra foi composta por 49 pacientes tendo em vista que

uma paciente do grupo placebo natildeo conseguiu compreender a ESP O graacutefico 11 ilustra tais

dados

Tabela 6 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) do grau desatisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estava sendo realizado

Preemptivo Placebo

Momento Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

b 944 plusmn 017 9 plusmn 026 0312

d 956 plusmn 015 9 plusmn 031 0389

f 952 plusmn 015 912 plusmn 027 0435

g 962 plusmn 017 925 plusmn 032 0756

h 992 plusmn 005 933 plusmn 035 0406b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente de 0 a 10) SEM ndashndash erro padratildeoda meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Grupo preemptivo (n = 25) e grupo placebo (n = 24)

58

b d f g h0

5

PreemptivoPlacebo

8

9

10

Momento da coleta

ESP

Graacutefico 11 Representaccedilatildeo da meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estavasendo realizado obtida pela ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente)b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes aIBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a ESP de 0 a 10As colunas indicam os valores da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos em nenhum momento de coleta da ESPGrupo preemptivo (n = 25) e grupo placebo (n = 24)

59

As tabelas 7 e 8 apresentam respectivamente o nuacutemero de vezes em que cada

descritor e em que cada subcategoria do Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ) foram

selecionados pelas pacientes dos grupos preemptivo e placebo Na tabela 9 estatildeo expressos

os descritores que melhor caracterizaram a dor incisional promovida pela colecistectomia por

laparotomia e que de acordo com Dubuisson e Melzack (1996) e Gagliesi e Melzack (2003)

seriam aqueles que fossem selecionados por pelo menos 33 dos pacientes Todas as

anaacutelises procedidas a partir do MPQ foram realizadas com 21 pacientes do grupo preemptivo

e com 20 do grupo placebo A discussatildeo sobre a ldquoAnaacutelise da Dor pelo Questionaacuterio de Dor

McGillrdquo (item 54) explica o motivo para tal

Na tabela 10 estatildeo apresentados os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Total (NWC-t) e em cada categoria do MPQ e no graacutefico

12 eles estatildeo representados A tabela 11 apresenta uma comparaccedilatildeo das categorias sensorial

e afetiva no que se refere ao nuacutemero de pacientes que selecionou mais descritores de uma ou

de outra categoria assim como o nuacutemero de pacientes que os selecionaram de forma

equumlitativa nessas categorias Nota-se que os valores estatildeo apresentados em porcentagens ndashndash

meacutetodo recomendado por Veilleux e Melzack (1976) ndashndash dado o nuacutemero diferente de

subcategorias que compotildee cada uma dessas categorias (sensorial 10 e afetiva 5) Em ambos

os grupos houve proporcionalmente maior seleccedilatildeo dos descritores da categoria sensorial

principalmente no grupo preemptivo

60

Tabela 7 ndashndash Relaccedilatildeo dos descritores do Questionaacuterio de Dor McGill selecionados pelaspacientes

Subctg Descritores Preemp Plac Subctg Descritores Preemp Plac

1ordf

vibraccedilatildeotremorpulsantelatejantecomo batidacomo pancada

213912

0111211

11ordfcansativaexaustiva

173

182

2ordfpontadachoquetiro

1060

922

12ordfenjoadasufocante

174

182

3ordf

agulhadaperfurantefacadapunhaladaem lanccedila

65200

71211

13ordf

castiganteatormentaaterrorizantemalditamortal

105000

610010

4ordffinacortanteestraccedilalha

1550

1510

14ordfamedrontadaapavorantecruel

833

425

5ordf

beliscatildeopressatildeomordidacoacutelicaesmagamento

32262

62053

15ordf miseraacutevelenlouquecedora

26

44

6ordffisgadapuxatildeoem torccedilatildeo

4103

466

16ordf

chataque incomodadesgastanteforteinsuportaacutevel

110244

513101

7ordf

calorqueimaccedilatildeoferventeem brasa

7910

51011

17ordf

espalhairradiapenetraatravessa

3073

11141

8ordfformigamentococeiraardorferroada

11162

13111

18ordf

apertaadormecerepuxaespremerasga

511112

321101

9ordf

mal-localizadadoloridamachucadadoiacutedapesada

112313

29243

19ordffriageladacongelante

400

422

10ordf

sensiacutevelesticadaesfolanterachando

41302

3523

20ordf

aborrecidadaacute naacuteuseaagonizantepavorosatorturante

116102

88012

Subctg (subcategoria do Questionaacuterio de Dor McGill) Preemp (preemptivo n = 21) Plac (placebo n = 20)

61

Tabela 8 ndashndash Nuacutemero de pacientes que selecionou cada subcategoria do Questionaacuterio de DorMcGill

Subcat Preemptivo Placebo p Subcat Preemptivo Placebo p

1ordf 18 16 0626 11ordf 20 20 0323

2ordf 16 13 0431 12ordf 21 20 1

3ordf 13 12 0900 13ordf 15 17 0294

4ordf 20 16 0136 14ordf 14 11 0444

5ordf 15 16 0522 15ordf 8 8 0900

6ordf 17 16 0938 16ordf 21 20 1

7ordf 17 17 0730 17ordf 13 17 0095

8ordf 20 16 0136 18ordf 20 17 0269

9ordf 20 20 0323 19ordf 4 8 0140

10ordf 19 13 0048 20ordf 20 19 0971

Teste do divide2 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

62

Tabela 9 ndashndash Descritores do Questionaacuterio de Dor McGill mais frequumlentementeselecionados pelas pacientes

Subcategoria Descritor Preemptivo Placebo p

1ordf latejante 9 (4285) 12 (60) 027

2ordf pontada 10 (4761) 9 (45) 086

3ordf agulhada 6 (2857) 7 (35) 065

4ordf fina 15 (7142) 15 (75) 079

5ordf - - - -

6ordf puxatildeo 10 (4761) 6 (30) 024

7ordf calor

queimaccedilatildeo

7 (3333)

9 (4285)

5 (25)

10 (50)

055

075

8ordf ardor 16 (7619) 11 (55) 015

9ordf dolorida 12 (5714) 9 (45) 043

10ordf esticada 13 (6190) 5 (25) 001 (divide2 = 566)

11ordf cansativa 17 (8095) 18 (90) 041

12ordf enjoada 17 (8095) 18 (90) 041

13ordf castigante

atormenta

10 (4761)

5 (2380)

6 (30)

10 (50)

024

008

14ordf amedrontada 8 (3809) 4 (20) 020

15ordf - - - -

16ordf que incomoda 10 (4761) 13 (65) 026

17ordf espalha

penetra

3 (1428)

7 (3333)

11 (55)

4 (20)

0006 (divide2 = 755)

033

18ordf repuxa 11 (5238) 11 (55) 086

19ordf - - - -

20ordf aborrecida

daacute naacuteusea

11 (5238)

6 (2857)

8 (40)

8 (40)

042

044

Foi considerado como descritor mais frequumlentemente selecionado aquele que assim o fossepor pelo menos 33 das pacientes de cada grupo em cada subcategoria Os valores entreparecircntesis correspondem agrave porcentagem de pacientes do referido grupo que selecionou taldescritorTeste utilizado divide2 p lt 005 aacute = 5Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

63

Tabela 10 ndashndash Iacutendice do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill

Preemptivo Placebo

Categoria Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

Sensorial (NWC-s) 819 plusmn 038 765 plusmn 050 0449

Afetiva (NWC-af) 371 plusmn 025 375 plusmn 020 0958

Avaliativa (NWC-av) 100 plusmn 0 100 plusmn 0 1

Miscelacircnea (NWC-m) 276 plusmn 018 315 plusmn 021 0155

Total (NWC-t) 1561 plusmn 061 1540 plusmn 084 0937SEM ndashndash erro padratildeo da meacutedia s ndashndash sensorial af ndashndash afetiva av ndashndash avaliativa m ndashndash miscelacircnea e t ndashtotalTeste de Mann-Whitney aacute = 5Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

Tabela 11 ndashndash Relaccedilatildeo do Nuacutemero de Palavras Escolhidas nas categorias sensorial (NWC-s) e afetiva (NWC-af) entre os grupos preemptivo e placebo

Categoria Nuacutemero de pacientes que selecionou

Grupo Sensorial Afetiva S gt Af S = Af Af gt S

Preemptivo 819

(819)

371

(7428)

12 4 5

Placebo 765

(7650)

375

(75)

6 8 6

Nas colunas referentes agrave categoria estatildeo expressos os valores da meacutedia do NWC nas categorias sensoriale afetiva e entre parecircntesis os valores em taxas percentuais que foram assim transformados porquantoessas categorias possuem um nuacutemero diferenciado de subcategorias ndashndash a sensorial conteacutem 10subcategorias e a afetiva 5 ndashndash para que assim fosse possiacutevel uma comparaccedilatildeo entre essas categorias oque eacute recomendado por Veilleux e Melzack (1976)S ndashndash categoria sensorial Af ndashndash categoria afetiva Nas uacuteltimas 3 colunas da tabela estatildeo expressos onuacutemero absoluto de pacientes que selecionou proporcionalmente mais uma categoria do que a outraassim como o daqueles que selecionou de forma semelhante as duas categoriasTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0182)Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

64

Sensorial Afetiva Avaliativa Miscelacircnea Total0

5

10

15

20PreemptivoPlacebo

Categoria

NW

C

Graacutefico 12 Representaccedilatildeo da meacutedia do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e emcada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placeboAs colunas indicam o valor da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos em nenhuma das categorias assim como no iacutendicetotalGrupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

65

A tabela 12 apresenta os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do Iacutendice

Quantitativo da Dor (PRI) Total e em cada categoria do MPQ e o graacutefico 13 ilustra tais

valores Natildeo houve de acordo com o Teste de Mann-Whitney diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos no que se refere ao PRI-t todavia ao analisaacute-lo pelo mesmo

teste separadamente em cada categoria houve diferenccedila estatiacutestica significante na categoria

avaliativa (p = 0019) em que o grupo preemptivo apresentou maior valor

Tabela 12ndashndash Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cada categoria doQuestionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placebo

Preemptivo Placebo

Categoria Meacutedia SEM Meacutedia e SEM p

Sensorial (PRIndashs) 1842 plusmn 092 1875 plusmn 145 0896

Afetiva (PRI-af) 5 plusmn 045 540 plusmn 041 0473

Avaliativa (PRI-av) 3 plusmn 028 205 plusmn 022 0019

Miscelacircnea (PRI-m) 628 plusmn 056 657 plusmn 071 1

Total (PRI-t) 3271 plusmn 163 3245 plusmn 208 0906SEM ndashndash erro padratildeo da meacutedia s ndashndash sensorial af ndashndash afetiva av ndashndash avaliativa m ndashndash miscelacircneae t ndashndash totalTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

66

Sensorial Afetiva Avaliativa Miscelacircnea Total0

7

14

21

28

35PreemptivoPlacebo

Categoria

PRI

Graacutefico 13 Representaccedilatildeo da meacutedia do Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placeboAs colunas indicam as meacutedias e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

67

Das 25 pacientes do grupo preemptivo 12 necessitaram de diclofenaco de soacutedio nas

primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico e das 25 do grupo placebo 15 o

utilizaram A anaacutelise estatiacutestica efetuada por meio do teste do divide2 demonstrou natildeo haver

diferenccedila significante entre os dois grupos pois o valor de p foi igual a 0394 (graacutefico 14)

Avaliou-se o uso dessa droga especificamente nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico haja vista que nesse periacuteodo todas as pacientes tinham em seus prontuaacuterios a

mesma prescriccedilatildeo meacutedica ndashndash diclofenaco de soacutedio como medicaccedilatildeo de resgate e dipirona de

6 em 6 h ndashndash o que natildeo ocorreu na segunda prescriccedilatildeo jaacute que ficava a criteacuterio do meacutedico optar

se seria melhor continuar com a mesma prescriccedilatildeo ou mudaacute-la (mas sempre utilizando as

mesmas duas drogas)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25UsouNatildeo usou

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 14 Representaccedilatildeo do consumo de diclofenaco de soacutedio pelas pacientes nas primeiras16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesicoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0394)

68

Daquelas do grupo preemptivo em que foi administrado o diclofenaco de soacutedio nesse

periacuteodo o intervalo meacutedio para tal foi de 48750 plusmn 5344 min e das do grupo placebo 47010

plusmn 4619 min natildeo havendo diferenccedila significante quanto a este tempo (p = 0807) de acordo

com o teste t de Student para amostras natildeo pareadas (graacutefico 15) O menor e maior tempo

para tal administraccedilatildeo foram respectivamente iguais a 224 min e 805 min (grupo

preemptivo) e 25 min e 840 min (grupo placebo)

Preemptivo Placebo0

250

500

750

1000

Tem

po(m

in)

Graacutefico 15 Representaccedilatildeo dos intervalos desde a induccedilatildeo do bloqueioanesteacutesico ateacute a solicitaccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio nas pacientes queassim a fizeram nas primeiras 16 horas apoacutes tal induccedilatildeoA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0807)Grupo preemptivo (n = 12) e grupo placebo (n = 15)

69

Em se tratando do consumo de diclofenaco de soacutedio (graacutefico 16) e de dipirona

(graacutefico 17) desde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar que

ocorreu em todas as pacientes no turno da manhatilde no 2deg dia poacutes-operatoacuterio natildeo houve de

acordo com o teste de Mann-Whitney diferenccedila significante entre os grupos

Preemptivo Placebo0

1

2

3

Ndeg

deve

zes

que

cons

umiu

dicl

ofen

aco

(75

mg)

Graacutefico 16 Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram diclofenacodesde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalarA barra indica o valor da medianaO diclofenaco de soacutedio foi administrado via intra-muscularA alta hospitalar ocorreu no 2deg dia poacutes-operatoacuterio no turno da manhatildeTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0260)

70

Preemptivo Placebo0

1

2

3

4

5

6

7N

degde

veze

squ

eco

nsum

iudi

piro

na(1

g)

Graacutefico 17 Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram dipironadesde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da altahospitalarA barra indica o valor da medianaA alta hospitalar ocorreu no 2deg dia poacutes-operatoacuterio no turno da manhatildeA dipirona foi administrada via intra-venosaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0788)

71

Foi tambeacutem analisada a ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes

em algum momento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio Das 25 pacientes do grupo preemptivo 10

relataram dor nessa regiatildeo e das pacientes do outro grupo um total de 8 relataram a

ocorrecircncia de tal dor Essa diferenccedila natildeo foi estatisticamente significante (p = 0555) segundo

o teste do divide2 (graacutefico 18)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25SimNatildeo

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 18 Ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes em algum momento doperiacuteodo poacutes-operatoacuterio durante a internaccedilatildeo hospitalarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0555)

72

O uso de metoclopramida foi avaliado durante todo o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar Cinco pacientes do grupo preemptivo fizeram uso de tal droga enquanto 8 do

grupo placebo a consumiram natildeo havendo diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p

= 0333) fato verificado pelo teste do divide2 (graacutefico 19)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25UsouNatildeo usou

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 19 Uso de metoclopramida pelas pacientes durante o periacuteodo de internaccedilatildeohospitalarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0333)

73

Os 2 graacuteficos seguintes estatildeo relacionados ao questionaacuterio que foi aplicado no

momento da alta hospitalar Devido ao fato de o mesmo ter sido elaborado no decorrer da

coleta de dados natildeo foi aplicado em toda a amostra restringindo-se a 19 pacientes do grupo

preemptivo e a 17 do placebo Em relaccedilatildeo agrave aplicaccedilatildeo da TENS no grupo preemptivo

2631 das pacientes disseram que esta natildeo incomodou 5789 que a mesma incomodou

um pouco e 1578 que incomodou razoavelmente No grupo placebo 8824 relataram que

natildeo incomodou e 1176 que incomodou um pouco (graacutefico 20) Logo houve diferenccedila

estatiacutestica significante entre os grupos de acordo com o teste do divide2 (p = 00008) No grupo

preemptivo 9473 das pacientes relataram que em uma proacutexima cirurgia iriam preferir

usar a TENS e os medicamentos analgeacutesicos para o tratamento de suas dores enquanto

apenas 526 fizeram a assertiva de que gostariam de usar apenas a TENS Das do outro

grupo 7647 gostariam de usar os dois recursos e 2352 apenas os medicamentos (graacutefico

21) fato que natildeo evidencia segundo o teste do divide2 (p = 0057) diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos

Preemptivo Placebo0

5

10

15Natildeo incomodouIncomodou um poucoIncomodou razoavelmenteIncomodou muito

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 20 A aplicaccedilatildeo da TENSTeste do divide2 aacute = 5Houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p = 00008)Grupo preemptivo (n = 19) e grupo placebo (n = 17)

74

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20Somente a TENSSomente os medicamentosA TENS e os medicamentos

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 21 Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dor poacutes-operatoacuteria usarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos(p = 0057)Grupo preemptivo (n = 19) e grupo placebo (n = 17)

75

DISCUSSAtildeO

76

5 DISCUSSAtildeO

51 Dados Demograacuteficos e Cliacutenicos

A relevacircncia da homogeneidade entre os grupos dos dados referentes agrave idade

contidos na tabela 1 consiste em evitar a possibilidade de a diferenccedila de idade ter

influenciado ndashndash dada a divergecircncia de opiniotildees entre diversos autores ndashndash no relato da

experiecircncia dolorosa pelas pacientes Para Wilkieson et al (1993) a intensidade de dor

obtida a partir do uso de escalas unidimensionais aumenta com o avanccedilar da idade para

Turk Okifuji e Scharff (1995) diminui e para Gagliesi e Melzack (2003) e Sorkin et al

(1990) natildeo sofre influecircncia Em se tratando do MPQ Benbow Cossins e Wiles (1996)

verificaram que os iacutendices obtidos a partir desse questionaacuterio eram menores em idosos do que

em jovens entretanto Lichtenberg Swensen e Skehan (1986) natildeo observaram tal diferenccedila

Gagliesi e Melzack (1997) sugerem que as diferenccedilas observadas com a idade podem ser

dependentes do tipo de escala utilizada e o fato de a maioria das escalas terem sido validadas

em amostras de pacientes jovens pode tambeacutem influenciar

Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos quanto ao IMC poreacutem trecircs

pacientes do grupo preemptivo pertenciam agrave categoria de obesidade grau I e duas obesidade

grau II dados contidos na tabela 2 Como em pacientes obesos haacute maior impedacircncia para a

passagem da corrente eleacutetrica dada a maior espessura da camada de gordura ndashndash que tem

menor conteuacutedo de aacutegua ndashndash isso poderia talvez influenciar no efeito da TENS (STARKEY

2001)

A semelhanccedila quanto ao niacutevel de escolaridade dos grupos presente na tabela 3 eacute

relevante pois marcantes diferenccedilas poderiam influenciar na compreensatildeo das escalas e

questionaacuterios utilizados

77

Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante quanto ao diagnoacutestico cliacutenico das

pacientes como pocircde ser observado na tabela 4 A relevacircncia desse dado reside no proacuteprio

conceito de dor que foi elaborado pelo comitecirc de taxonomia da International Association for

the Study of Pain (IASP ndashndash Associaccedilatildeo Internacional para o Estudo da Dor) em 1986 que a

define como ldquoexperiecircncia sensorial e emocional desagradaacutevel associada ou descrita em termos

de lesatildeo tecidual real ou potencialrdquo Caso houvesse diferenccedila quanto ao diagnoacutestico isso

poderia influenciar talvez no relato de dor das pacientes dada suas diferentes experiecircncias

preacutevias e desiguais periacuteodos em que vinham sofrendo devido agrave dor (BISSCHOP G

BISSCHOP Eacute COMMANDREacute 2001 KONRAD CORDEIRO COELI 2001 PIMENTA

TEIXEIRA 1997 p 1 SPOacuteSITO 1993)

Seguindo a mesma linha de raciociacutenio eacute que se deu destaque ao tempo em que as

pacientes relataram estar sentindo dor em decorrecircncia da doenccedila da vesiacutecula biliar ndashndash

ilustrado no graacutefico 5 O fato de uma paciente vg estar se queixando de dor haacute mais de 2

anos e uma outra nunca ter tido tal queixa poderia influenciar na percepccedilatildeo da dor todavia a

anaacutelise estatiacutestica possibilitou a verificaccedilatildeo de uma amostra homogecircnea em relaccedilatildeo a esse

tempo

Diferenccedilas significantes no escore do estado fiacutesico determinado pela ASA podem

influenciar na percepccedilatildeo da dor vg pela presenccedila de doenccedilas associadas que natildeo estejam

sob controle Logo o estabelecimento como criteacuterio de inclusatildeo de pacientes que

pertencessem somente aos iacutendices I e II associado agrave ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos minimizou a possibilidade de influecircncia na percepccedilatildeo dolorosa

(graacutefico 6)

Em se tratando do preacutevio uso de analgeacutesicos para o tratamento da dor decorrente da

doenccedila da vesiacutecula ou de outras doenccedilas crocircnicas como pocircde ser observado no graacutefico 7 a

ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica significante mostrou ser homogecircnea a amostra quanto ao uso

78

desse tipo de droga e a anaacutelise sobre o tempo em que as pacientes se queixavam de dor

tambeacutem natildeo mostrou diferenccedila significante (graacutefico 5) o que diminui a possibilidade de as

pacientes terem vivenciado grandes diferenccedilas em relaccedilatildeo agraves suas experiecircncias dolorosas

Tambeacutem natildeo houve diferenccedila significante quanto ao periacuteodo desde o teacutermino da

aplicaccedilatildeo da TENS ateacute a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico dados contidos no graacutefico 8 A

atenccedilatildeo despendida a esse tempo foi dada em virtude da preocupaccedilatildeo de poder haver grande

diferenccedila no tempo entre as aplicaccedilotildees da TENS o que poderia influenciar na concentraccedilatildeo

de opioacuteides endoacutegenos nos momentos de averiguaccedilatildeo da intensidade de dor sendo um

consideraacutevel vieacutes

O fato de as cirurgias terem duraccedilatildeo semelhante (graacutefico 9) e natildeo ter havido

complicaccedilatildeo em nenhum procedimento pode estar eliminando a possibilidade de estas

intercorrecircncias influenciarem na transduccedilatildeo do estiacutemulo doloroso ndashndash e consequumlentemente nas

outras etapas da dor ndashndash dado o maior tempo de manipulaccedilatildeo da aacuterea ciruacutergica

79

52 Anaacutelise da Dor pela Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

De acordo com Pimenta Cruz e Santos (1998) os instrumentos para mensuraccedilatildeo da

dor podem ser de dois tipos unidimensionais que consideram apenas uma uacutenica dimensatildeo da

dor e multidimensionais que a mensuram considerando duas ou mais dimensotildees

Para Buxton (2001) Pereira e Sousa (1998) Pimenta Cruz e Santos (1998) e Vetter

e Heiner (1996) essa escala eacute uma das mais utilizadas em pesquisas cliacutenicas e na praacutetica

meacutedica diaacuteria tanto pela praticidade de manuseio quanto pela facilidade de compreensatildeo por

parte do paciente podendo ser utilizada vaacuterias vezes ao dia Moiniche Kehlet e Dahl (2002) e

Ong et al (2005) em seus artigos de revisatildeo sobre analgesia preemptiva a indicam como o

instrumento mais frequumlentemente empregado para a mensuraccedilatildeo da intensidade de dor

(CAMERON 1999 GRIEVE 1986 HAMZA et al 1999 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO

BRASIL 2001 PIMENTA CRUZ SANTOS 1998 PIMENTA TEIXEIRA 1997

ROBINSON 2001)

Segundo Huskisson (1983) escalas que aumentam os valores da esquerda para a

direita se comportam de forma similar agraves que o fazem ao contraacuterio o que justifica o uso da

escala da figura 4 A escolha dessa escala ao inveacutes da analoacutegica visual (VAS) deu-se por

exigir menor abstraccedilatildeo por parte das pacientes sendo mais faacutecil de ser compreendida uma

vez que Gagliesi e Melzack (1997) observaram que cerca de 30 dos pacientes idosos natildeo

conseguem compreender a VAS Para Ketovuori e Poumlntinen (1981) muitos pacientes satildeo

incapazes de imaginar a sua dor como um ponto em uma linha reta

O grupo preemptivo apresentou meacutedia de intensidade de dor incisional mais baixa

que o placebo ndashndash agrave exceccedilatildeo da primeira observaccedilatildeo ndashndash sendo essa diferenccedila estatisticamente

significante nas terceira (ENDc) e quarta (ENDd) verificaccedilotildees que se procederam

respectivamente 4frac12 h e 5frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico e cujos valores de p

80

foram iguais a 0042 e 0029 Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos na primeira

(ENDa) segunda (ENDb) quinta (ENDe) sexta (ENDf) seacutetima (ENDg) e oitava (ENDh)

averiguaccedilotildees que corresponderam a 2frac12 h 3frac12 h 7 h 8 h e 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico e momento da alta hospitalar respectivamente Nessas coletas os valores de p

foram respectivamente iguais a 0756 0171 0068 0135 0497 e 0145 Todos esses dados

estatildeo contidos na tabela 5

Nas 2 primeiras averiguaccedilotildees da intensidade de dor pela END verificou-se

pequenos niacuteveis aacutelgicos em ambos os grupos fato que ocorreu devido agrave accedilatildeo das drogas

anesteacutesicas ndashndash cloridrato de bupivacaiacutena (05) e fentanil (2 ml) ndashndash utilizadas para a

realizaccedilatildeo dos procedimentos ciruacutergicos e que quando associadas proporcionam

potencializaccedilatildeo do efeito analgeacutesico no poacutes-operatoacuterio De acordo com Dierking et al (1992)

Pontes e Prado (2002) e Prado e Oliveira (2000) o bloqueio anesteacutesico ocasiona depleccedilatildeo da

sensaccedilatildeo dolorosa o que justifica esses diminutos niacuteveis aacutelgicos nessas coletas

A conjunccedilatildeo do anesteacutesico ao opioacuteide eacute recomendada por Castillo [1999] que

observou por meio da VAS menores iacutendices de dor nos pacientes que fizeram uso conjugado

dessas duas drogas em comparaccedilatildeo agravequeles em que somente fora administrado o cloridrato de

bupivacaiacutena Aleacutem da diminuiccedilatildeo do quadro aacutelgico a sua associaccedilatildeo possibilita menor

administraccedilatildeo de anesteacutesicos melhor qualidade anesteacutesica no intra-operatoacuterio e reduccedilatildeo da

necessidade do uso de faacutermacos analgeacutesicos no periacuteodo poacutes-operatoacuterio

Agrave medida que houve um distanciamento em relaccedilatildeo ao horaacuterio da induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico as drogas utilizadas para a realizaccedilatildeo do ato ciruacutergico comeccedilaram a

diminuir seu poder de accedilatildeo O cloridrato de bupivacaiacutena ndashndash anesteacutesico ndashndash tem uma meia-vida

de aproximadamente 3 horas e o seu efeito perdura por cerca de 4 a 5 h (RANG DALE

1993)

81

Assim o cloridrato de bupivacaiacutena em associaccedilatildeo ao fentanil contribuiu para que

natildeo houvesse diferenccedila significante entre os niacuteveis de dor incisional nas 2 primeiras coletas o

que estaacute em concordacircncia com outra pesquisa jaacute realizada pelo nosso grupo em

colecistectomias por laparotomia em que Santos et al (2004) com a mesma padronizaccedilatildeo de

drogas e horaacuterios de averiguaccedilatildeo dos niacuteveis de dor natildeo observaram tal diferenccedila nesses

momentos entre os grupos experimental ndashndash que fazia uso da TENS de alta e baixa

frequumlecircncias somente no poacutes-operatoacuterio ndashndash e placebo

Isso estaacute em concordacircncia tambeacutem com Ke et al (1998) que nas primeiras 4 h apoacutes

a realizaccedilatildeo de laparotomias natildeo verificaram diferenccedila significante nos niacuteveis aacutelgicos entre os

grupos de pacientes que foram utilizados para a anaacutelise do efeito analgeacutesico preemptivo do

cloridrato de bupivacaiacutena quando aplicado pelo meacutetodo de infiltraccedilatildeo incisional

A meacutedia de intensidade de dor do grupo preemptivo foi a partir da ENDb inferior agrave

do placebo Tal fato pode ter ocorrido devido agrave preacutevia aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia que pode ter estimulado a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos potencializando a

analgesia no periacuteodo poacutes-operatoacuterio ao ativar o sistema descendente de controle da dor O

fato de isso natildeo ter ocorrido na primeira investigaccedilatildeo deve ser atribuiacutedo agrave accedilatildeo das drogas

anesteacutesicas ndashndash como jaacute citado anteriormente Ademais ao analisar a diferenccedila estatiacutestica entre

os dois grupos nessa coleta percebe-se que esse foi o momento em que houve a menor

diferenccedila estatiacutestica pois o valor de p foi igual a 0756 e as meacutedias de 084 plusmn 034 e 072 plusmn

029 nos grupos preemptivo e placebo respectivamente

Quando ocorreu a transiccedilatildeo entre a segunda (ENDb) e terceira (ENDc) verificaccedilotildees

o efeito do cloridrato de bupivacaiacutena possivelmente jaacute estava cessando o que explicou o

aumento mais acentuado do niacutevel de dor no grupo placebo jaacute que provavelmente somente o

fentanil estava agindo contudo essa grande elevaccedilatildeo natildeo foi observada no grupo preemptivo

o que permite a assertiva de que tenha havido talvez uma potencializaccedilatildeo do efeito

82

analgeacutesico pela associaccedilatildeo do fentanil agrave TENS de baixa frequumlecircncia ndashndash que estimula a

liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos tanto em niacutevel espinhal quanto supra-espinhal ndashndash

aumentando assim ainda mais as concentraccedilotildees de opioacuteides As terceira (ENDc) e quarta

(ENDd) verificaccedilotildees foram justamente os momentos em que houve diferenccedila estatiacutestica

significante entre os dois grupos pois as meacutedias de intensidade de dor foram respectivamente

iguais a 202 plusmn 053 e 278 plusmn 056 no grupo preemptivo e 384 plusmn 066 e 48 plusmn 067 no

placebo sendo os valores de p iguais a 0042 e 0029 respectivamente

A quinta verificaccedilatildeo (ENDe) foi o momento em que embora natildeo tenha havido

diferenccedila estatiacutestica significante os valores se aproximaram bastante de tal possibilidade

visto que o valor de p lt 01 A relevacircncia desse momento consiste em ser o ponto a partir do

qual a diferenccedila entre os niacuteveis de dor dos grupos diminui progressivamente ateacute a seacutetima

observaccedilatildeo (ENDg) Isso incita a assertiva de que o efeito da TENS aplicada como meacutetodo

analgeacutesico preemptivo possivelmente seria mais evidente nas primeiras horas apoacutes o

bloqueio anesteacutesico e seria interessante realizar aplicaccedilotildees da TENS tambeacutem no periacuteodo

poacutes-operatoacuterio para a obtenccedilatildeo de um melhor efeito analgeacutesico tendo como base os dados

da pesquisa de Santos et al (2004) Alguns autores sugerem que o efeito da TENS poder-se-

ia estender por 2 a 6 h dependendo das atividades de vida diaacuteria posturas e niacuteveis de dor

contudo outros relatam um efeito ainda mais duradouro (CREacutePON 1996 DAMIANE C

DAMIANE G 1998 SALGADO 1999)

Esses achados estatildeo em concordacircncia com a maioria dos estudos os quais revelam

que a analgesia preemptiva ocorreria nas 6 primeiras horas poacutes-ciruacutergicas apesar de algumas

pesquisas sugerirem que ela promoveria um longo tempo de analgesia que poderia perdurar

por ateacute 7 a 10 dias poacutes-operatoacuterios (BRIDENBAUGH 1994 ROSAEG et al 2001)

83

O niacutevel aacutelgico mais elevado do grupo placebo ocorreu na sexta (ENDf) investigaccedilatildeo

com meacutedia igual a 488 plusmn 066 Jaacute no grupo preemptivo o maior iacutendice de dor foi observado

na seacutetima verificaccedilatildeo (ENDg) cuja meacutedia foi igual a 356 plusmn 061 Esses dados sugerem que a

TENS possa talvez ter aumentando o periacuteodo de latecircncia da dor

Apoacutes o efeito das drogas anesteacutesicas em ambos os grupos a menor meacutedia de

intensidade de dor ocorreu na uacuteltima coleta (ENDh) sendo de 096 plusmn 033 para o preemptivo

e 176 plusmn 042 para o placebo Isso demonstra que ao passo em que o processo inflamatoacuterio

decorrente do trauma ciruacutergico vai diminuindo haacute consequumlentemente reduccedilatildeo dos niacuteveis

aacutelgicos e que os maiores niacuteveis de dor do grupo placebo em relaccedilatildeo ao preemptivo podem ter

sido responsaacuteveis por promoverem maior memorizaccedilatildeo da dor contribuindo assim para que

mesmo 2 dias apoacutes a operaccedilatildeo as pacientes do grupo placebo ainda exibissem um maior

quadro aacutelgico embora natildeo diferente sob o ponto de vista estatiacutestico Logo a eletroanalgesia

preemptiva pode tambeacutem estar influenciando na qualidade de remissatildeo da dor

Ao conjuminar esses dados podemos inferir que o grupo preemptivo em todos os

momentos de anaacutelise da intensidade de dor apresentou niacuteveis leves ao passo que o placebo

chegou a atingir niacuteveis moderados em 3 verificaccedilotildees (ENDd ENDe ENDf) Isso demonstra

que as pacientes do grupo placebo natildeo obtiveram analgesia tatildeo satisfatoacuteria quanto as do outro

grupo Eacute importante ressaltar que a colecistectomia por laparotomia gera um niacutevel de dor

severo no poacutes-operatoacuterio e que esse soacute natildeo deve ter sido atingido em nenhum dos grupos

porque a dipirona ndashndash antiinflamatoacuterio natildeo-esteroidal ndashndash estava sendo administrada de 6 em 6

horas

No graacutefico 10 eacute possiacutevel perceber que houve no grupo preemptivo uma ascensatildeo

do niacutevel de dor menos iacutengreme que a do placebo nas primeiras coletas Esse achado parece

estar em concordacircncia com a proposta de Melo e Santana Filho (2003) de aplicar a TENS em

periacuteodo preacute-operatoacuterio para minimizar os picos aacutelgicos no poacutes-operatoacuterio de hernioplastias

84

inguinais pois apesar de eles terem obtido satisfatoacuteria analgesia com o seu uso no poacutes-

operatoacuterio verificaram que havia picos dolorosos assim que ocorria o teacutermino do efeito

anesteacutesico e que os mesmos poderiam talvez serem atenuados com a aplicaccedilatildeo da TENS

antes do ato ciruacutergico

Essa atenuaccedilatildeo do pico aacutelgico obtida com a aplicaccedilatildeo da TENS jaacute no periacuteodo preacute-

operatoacuterio pode ser realmente observada ao confrontamos os nossos resultados com os de

Santos et al (2004) ndashndash trabalho jaacute citado anteriormente ndashndash tendo em vista que percebemos

que nas quinta e sexta coletas as meacutedias de intensidade de dor do grupo preemptivo

[pertencente ao nosso trabalho] foram inferiores agraves do experimental [pertencente agrave pesquisa

de Santos et al (2004)] que tiveram valores de 379 plusmn 284 e 370 plusmn 329 respectivamente o

que pode ter decorrido do fato de a TENS ter promovido um efeito anti-nociceptivo Mariano

e Ben (1998) obtiveram resultados satisfatoacuterios tambeacutem com a aplicaccedilatildeo da TENS no poacutes-

operatoacuterio de colecistectomias no entanto natildeo podemos comparar diretamente os resultados

devido agraves diferenccedilas de meacutetodos empregados

Natildeo estatildeo expressas na literatura pesquisada publicaccedilotildees sobre analgesia

preemptiva induzida pela TENS em humanos apenas trabalhos com a utilizaccedilatildeo de drogas e

eletroacupuntura com esse propoacutesito e que tiveram iniacutecio principalmente a partir da deacutecada

passada Dessa forma a nossa discussatildeo seraacute sempre cotejada agraves pesquisas envolvendo esses

dois recursos de forma preemptiva tal como trabalhos que empregaram a TENS no poacutes-

operatoacuterio

Apenas um trabalho realizado por Javier et al (1999) sobre o uso da TENS como

recurso analgeacutesico preemptivo foi encontrado na literatura pesquisada entretanto foi

procedido em ratos Eles observaram que a TENS mormente em sua modalidade de baixa

frequumlecircncia proporcionou efeito anti-nociceptivo em procedimentos ciruacutergicos realizados

nesses animais o que corrobora nossos achados Mesmo sendo aplicados a espeacutecies

85

diferentes o trabalho de Javier et al (1999) e o nosso estatildeo em concordacircncia pois ambos

obtiveram analgesia preemptiva com a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia

Muito embora tenha sido empregado meacutetodo diferenciado analgesia preemptiva

tambeacutem foi obtida por Kotani et al (2001) com o uso da eletroacupuntura antes de cirurgias

abdominais altas e baixas sendo verificados pela VAS menores niacuteveis de dor nos pacientes

em que foi aplicada a eletroestimulaccedilatildeo em relaccedilatildeo aos do grupo controle ndashndash natildeo submetidos

agrave corrente eleacutetrica

A grande importacircncia em confrontar os resultados da nossa pesquisa com os de

Kotani et al (2001) baseia-se no similar mecanismo de accedilatildeo da eletroacupuntura e da TENS

de baixa frequumlecircncia que se daria pelo aumento dos niacuteveis de opioacuteides endoacutegenos que agiriam

ambos em receptores micro-opioacuteides (CHEN HAN 1992 HAN et al 1986) Contudo Zhou e

Xi (1986) observaram em coelhos que a naloxona antagonizou parcialmente o efeito da

eletroacupuntura mas natildeo o da TENS de baixa frequumlecircncia

A administraccedilatildeo de faacutermacos analgeacutesicos em periacuteodo preacute-operatoacuterio proporcionou

bons resultados na diminuiccedilatildeo do quadro aacutelgico em algumas pesquisas vg Pontes e Prado

(2002) analisando o uso do cetoprofeno antes da realizaccedilatildeo de incisotildees plantares em ratos

verificaram satisfatoacuterio efeito anti-nociceptivo dessa droga Ke et al (1998) observaram ndashndash

em laparotomias ndashndash menor iacutendice de dor (mensurado pelo MPQ) no grupo de pacientes em

que a bupivacaiacutena fora administrada antes da cirurgia quando comparado ao dos outros dois

grupos pacientes em que ela foi administrada apoacutes a cirurgia e aqueles que receberam apenas

soluccedilatildeo salina Diversos outros autores tambeacutem relatam sobre os bons resultados obtidos com

a analgesia preemptiva (AIDA et al 1999 GOTTSCHALK OCHROCH 2003 KE

PORTERA LINCOLN 1998 LEE I-H LEE I-O 2005 WALL 1988) Na revisatildeo

sistemaacutetica de Ong et al (2005) analisando 66 artigos a analgesia peridural com opioacuteides

destacou-se por ser a teacutecnica mais eficiente para promover analgesia preemptiva conclusatildeo

86

tambeacutem obtida por Moiniche Kehlet e Dahl (2002)

Na literatura existem pesquisas principalmente com a utilizaccedilatildeo de faacutermacos em

que natildeo se obteve analgesia preemptiva Pontes e Prado (2002) eg natildeo promoveram

analgesia preemptiva com o uso de dipirona morfina e diclofenaco antes da realizaccedilatildeo de

incisotildees plantares em ratos e de acordo com esses autores em outra pesquisa a infiltraccedilatildeo

preacute-ciruacutergica de anesteacutesico local natildeo exerceu influecircncia nos niacuteveis aacutelgicos nem de pacientes

submetidos a colecistectomias nem herniorrafias Assim como esses muitos outros estudos

tambeacutem obtiveram resultados negativos e naqueles em que foi observada analgesia

preemptiva a mesma ocorreu em pequena magnitude (KISSIN 1994 2000 2002

MAESTRONI et al 2002 ONG et al 2005 SINATRA 2002 WOOLF CHONG 1993)

Entretanto os bons resultados jaacute obtidos tanto cliacutenicos quanto experimentais satildeo

provavelmente suficientes para indicar que a analgesia preemptiva eacute um fenocircmeno vaacutelido e

que um maior efeito poderaacute ser obtido com o desenvolvimento de novas e mais especiacuteficas

teacutecnicas (KISSIN 2000 2002)

As pesquisas tecircm restringido o uso da TENS em humanos apenas ao periacuteodo poacutes-

ciruacutergico Os resultados na sua grande maioria tecircm demonstrado gratificante aliacutevio do

quadro aacutelgico sobretudo naqueles procedimentos em que a dor gerada tem intensidade de

leve a moderada

Guerra et al (2003) verificaram menores niacuteveis aacutelgicos por meio da END nos

pacientes que foram submetidos agrave aplicaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia

inguinal em relaccedilatildeo aos que natildeo o foram assim como Chiu et al (1999) em

hemorroidectomias Chen et al (1998) em histerectomia abdominal total e miomectomia

Carrol et al (1996) em 786 pacientes submetidos a diversos procedimentos ciruacutergicos Castro

e Carlos (1986) em laparotomias com 22 de reduccedilatildeo da queixa de dor sendo os melhores

resultados obtidos nas histerectomias e os piores nas gastrectomias o que pode ser atribuiacutedo

87

talvez ao fato de a gastrectomia ser um procedimento ciruacutergico abdominal alto e ocasionar

entatildeo maiores niacuteveis de dor

Os nossos resultados natildeo podem ser diretamente confrontados aos dessas pesquisas

tendo em vista o grande nuacutemero de variaacuteveis existentes destacando-se o diferente modelo de

dor que cada procedimento ciruacutergico ocasiona e o fato de a TENS ter sido empregada sempre

apoacutes as cirurgias O que se pode e deve ser discutido eacute que talvez os resultados das pesquisas

em que a TENS foi bem sucedida como recurso analgeacutesico pudessem ser ainda melhores caso

a tivessem empregado tambeacutem antes das cirurgias e os das que natildeo obtiveram sucesso com a

TENS pudessem ter tido com essa preacutevia aplicaccedilatildeo pois as respostas analgeacutesicas poderiam

ser potencializadas

A maior concentraccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos apoacutes a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia eacute relatada por diversos autores (JOHNSON ASHTON THOMPSOM 1991

MERKEL GUSTEIN MALVIYA 1999 SLUKA WALSH 2003 THOMSON SKINNER

PIERCY 1994 TOYOTA STATAKE AMAKI 1999) Eriksson Sjolund e Neilzen (1979)

e Salar Job e Mingrino (1981) demonstraram um aumento da concentraccedilatildeo de opioacuteides no

liquor lombar apoacutes a TENS De acordo com Starkey (2001) essa modalidade de corrente

eleacutetrica estimularia a glacircndula hipoacutefise a liberar ACTH e acirc-lipotropina (moleacutecula precursora

da acirc-endorfina) na corrente sanguumliacutenea Crielaard et al ([sd] apud TRIBIOLI 2003)

observaram amento de 22 da taxa de acirc-endorfina apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia com intensidade elevada a ponto de produzir contraccedilatildeo muscular ritmada na

regiatildeo lombar de pacientes Entretanto OacuteBrien et al (1984 apud TRIBIOLI 2003) natildeo

verificaram incremento dos niacuteveis de acirc-endorfina no sangue apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS ndashndash tanto

de baixa frequumlecircncia (2 Hz) quanto de alta (80 Hz)

88

Chandran e Sluka (2003) observaram assim como Chen e Han (1992) Kalra Urban

e Sluka (2001) King e Sluka (2001) Sluka et al (1999) e Sluka et al (2000) que a TENS de

baixa frequumlecircncia estimulava a liberaccedilatildeo de opioacuteides que agiam sobre os receptores micro

localizados tanto em niacutevel espinhal (micro2) quanto supra-espinhal (micro1) fato ratificado por Han

et al (1991) que observaram que a endomorfina-1 ligante opiacuteoacuteide para os receptores micro-

opioacuteides mediava o efeito dessa modalidade de TENS Em alguns desses estudos concluiu-

se que a accedilatildeo da TENS se dava sobre esse tipo de receptor ao conseguir inibir o seu efeito

pela preacutevia administraccedilatildeo de baixas doses de naloxona ndashndash antagonista desses receptores

Hansson et al (1986) Lundeberg Bondesson e Lundstron (1985) e Olausson et al (1986)

verificaram que a TENS de baixa frequumlecircncia natildeo foi eficiente na reduccedilatildeo da dor nos pacientes

em que foi previamente administrada a naloxona

Apesar de a maioria dos autores apontar a accedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia como

sendo sobre os receptores micro-opioacuteides Chen e Han (1992) observaram que ela tambeacutem agiria

sobre os receptores auml-opioacuteides Outros autores como Han et al (1991) e Hughes et al

(1984) tambeacutem relataram sobre um aumento da concentraccedilatildeo de acirc-endorfina na circulaccedilatildeo

sanguumliacutenea de indiviacuteduos saudaacuteveis apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de baixa ou alta frequumlecircncias e

no liquor lombar concentraccedilotildees elevadas de metionina-encefalina (agonista auml-opioacuteide) e

dinorfina A (agonista ecirc-opioacuteide) apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de alta e baixa frequumlecircncia

respectivamente Para Basford (1994) seria mais evidente a liberaccedilatildeo de opioacuteides com a

aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia

Algumas controveacutersias quanto ao uso da TENS ainda persistem a) se haveria

liberaccedilatildeo de outras substacircncias capazes de modular a dor b) se sujeitos com e sem dor

diferem na resposta agrave estimulaccedilatildeo c) e caso sejam liberados neurotransmissores para a

modulaccedilatildeo da dor quais seriam os paracircmetros de estimulaccedilatildeo mais efetivos para tal

(BASFORD 1994)

89

A eletroanalgesia preemptiva pode ter sido obtida nessa pesquisa por meio da

inibiccedilatildeo pela TENS da hipersensibilidade central o que estaacute em concordacircncia com a

assertiva de King e Sluka (2001) e Sluka (2000) de que a TENS de baixa frequumlecircncia reduz

significantemente a hiperalgesia secundaacuteria poreacutem natildeo tem efeito sobre a primaacuteria

90

53 Anaacutelise da Satisfaccedilatildeo das Pacientes com o Tratamento

No grupo preemptivo a meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que

estava sendo realizado obtida a partir dos dados coletados com o uso da Escala de Satisfaccedilatildeo

do Paciente (ESP) foi sempre superior agrave do placebo em todos os momentos de coleta

entretanto natildeo houve em nenhuma das verificaccedilotildees diferenccedila estatiacutestica significante entre os

grupos como pocircde ser evidenciado na tabela 6 O intuito de aplicar tal escala foi tentar

observar se haveria um grau de satisfaccedilatildeo significantemente mais elevado no grupo

preemptivo em relaccedilatildeo ao placebo tendo em vista o papel da dor como fator de grande

influecircncia na qualidade do tratamento poacutes-operatoacuterio Poreacutem isso natildeo ocorreu nem na ESPd

verificaccedilatildeo que coincidia com o horaacuterio da ENDd em que houve niacutevel de dor

significantemente menor no grupo preemptivo

Rosaeg et al (2001) relatam sobre a ausecircncia de correlaccedilatildeo entre a analgesia

preemptiva e o grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes Isso ocorreria porquanto diversos fatores

aleacutem da dor poacutes-operatoacuteria contribuem para determinar o grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes

Nos dois grupos os niacuteveis de satisfaccedilatildeo sempre se mostraram bastante elevados Levando-se

em consideraccedilatildeo que todas as pacientes que participaram da presente pesquisa foram

assistidas pelo SUS e que comumente ndashndash ateacute por fatores culturais ndashndash estatildeo mais habituadas a

um ldquofriordquo relacionamento profissional de sauacutede-paciente esse alto grau de satisfaccedilatildeo talvez

possa ter sido atribuiacutedo agrave intensa assistecircncia dada aos dois grupos decircs o periacuteodo preacute-ciruacutergico

em que foram fornecidas informaccedilotildees a respeito da cirurgia que seria realizada da dor

incisional ndashndash e porventura visceral ndashndash do tratamento proposto dos meacutetodos de mensuraccedilatildeo

da dor bem assim orientaccedilotildees para que as mesmas evitassem falar apoacutes a cirurgia porque natildeo

se acumulassem gases ateacute o momento da alta hospitalar com os questionamentos sobre os

niacuteveis aacutelgicos Aleacutem disso as pacientes podem ter se sentido constrangidas ou terem

91

apresentado receio em relatar sobre a sua real satisfaccedilatildeo podendo supor que isso viria a

influenciar nos cuidados que a equipe meacutedica estaria despendendo para as mesmas

(BARROS 2001 JACHUCK 1982)

Caso tivesse sido realizada a coleta da ESP em todos os horaacuterios da END talvez fosse

possiacutevel observar diferenccedila significante entre os grupos em algum momento Entanto

preferiu-se realizar 5 averiguaccedilotildees da ESP aos inveacutes de 8 com o intuito de natildeo somente

abordar as pacientes um menor nuacutemero de vezes perturbando-as dessa forma um pouco

menos como tambeacutem minimizar a possibilidade de elas confundirem as duas escalas logo

que ambas satildeo constituiacutedas de nuacutemeros embora uma seja aplicada por meio de uma reacutegua e a

outra de forma verbal o que em princiacutepio diminuiria a possibilidade de confusatildeo

Em ambos os grupos a coleta em que houve a maior meacutedia de satisfaccedilatildeo com o

tratamento foi a uacuteltima sendo os valores nos grupos preemptivo e placebo respectivamente

de 992 plusmn 005 e 933 plusmn 035 Esses dados ao serem confrontados com os da END nesse

horaacuterio de coleta mostram que o maior grau de satisfaccedilatildeo apoacutes o pico aacutelgico deu-se

justamente no momento em que as pacientes estavam sentido uma menor intensidade de dor

Diferentemente dos nossos achados o uso da TENS no poacutes-operatoacuterio de

hernioplastia inguinal promoveu meacutedias de satisfaccedilatildeo com o tratamento ndashndash tambeacutem

mensurada pela ESP ndashndash significantemente superiores agraves do grupo placebo (MELO

SANTANA FILHO 2003)

Em pesquisa realizada por Hamza et al (1999) em cirurgias abdominais baixas

observou-se tambeacutem maior satisfaccedilatildeo por parte dos pacientes que usaram a TENS de baixa

frequumlecircncia no poacutes-operatoacuterio visto que 76 desses pacientes apresentaram alto grau de

satisfaccedilatildeo com o emprego de tal aparato para o controle da dor poacutes-ciruacutergica enquanto apenas

24 dos pacientes do grupo placebo apresentaram tal grau de satisfaccedilatildeo

92

54 Anaacutelise da Dor pelo Questionaacuterio de Dor McGill

A linguagem da dor repetidamente enfatizada por Merskey (1980) fornece

relevantes indiacutecios sobre o sofrimento e a dor das pessoas Melzack (1975) desenvolveu um

meacutetodo sistemaacutetico que incorporou descritores verbais para a expressatildeo da dor o MPQ que

se tornou o instrumento de pesquisa mais empregado no mundo para a mensuraccedilatildeo das

propriedades multidimensionais da dor abordando os componentes sensoriais afetivos e de

intensidade segundo Fernandez e Boyle (2001) e Fernandez e Towery (1996)

O MPQ adaptado foi utilizado apenas uma vez ndashndash 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico ndashndash no primeiro dia poacutes-operatoacuterio A opccedilatildeo por tal horaacuterio deu-se a partir da

experiecircncia obtida no estudo piloto em que o mesmo era administrado 7 h apoacutes a induccedilatildeo do

bloqueio A dificuldade para conseguir a atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo das pacientes condiccedilotildees

essenciais para responder de forma adequada ao mesmo foi muito grande fato que pode ser

atribuiacutedo ao relato de cansaccedilo por parte das pacientes porquanto as mesmas eram submetidas

ao procedimento ciruacutergico em torno das 1600 e assim o MPQ no estudo piloto era aplicado

aproximadamente agraves 2300 momento em que elas normalmente estavam dormindo ou entatildeo

tentando dormir mas relatando grande desconforto que pocircde ser observado natildeo apenas por

meio de avaliaccedilatildeo cliacutenica durante a coleta de dados como tambeacutem pelos niacuteveis aacutelgicos nesse

periacuteodo mensurados pela END e contidos na tabela 5

Apesar de alguns pesquisadores utilizarem o MPQ para a mensuraccedilatildeo de dores

passadas e relatarem que o mesmo possa ser usado para a anaacutelise de dores de ateacute uma semana

atraacutes optou-se para evitar maiores vieses por usaacute-lo para mensurar a dor incisional que a

paciente estava relatando naquele momento pois muitos pacientes apresentam dificuldade em

abstrair e sumariar experiecircncias dolorosas passadas (PIMENTA TEIXEIRA 1997) Para

93

isso elas eram instruiacutedas a respondecirc-lo com base na dor que estavam vivenciando naquele

momento

De acordo com Melzack (1975) esse instrumento somente deve ser aplicado para os

pacientes que estejam relatando dor Em virtude disso natildeo foram utilizados para a realizaccedilatildeo

da anaacutelise estatiacutestica dos iacutendices do MPQ os dados das 50 pacientes mas os de 41 (21 do

grupo preemptivo e 20 do placebo) pois 9 pacientes estavam relatando niacutevel de dor igual a

zero mensurado pela END no momento da aplicaccedilatildeo do MPQ

Veilleux e Melzack (1976) relatam que o MPQ eacute suficientemente sensiacutevel para

detectar diferenccedilas entre meacutetodos de tratamento da dor e proporciona informaccedilotildees a respeito

do efeito de determinada terapia antaacutelgica sobre as dimensotildees sensorial afetiva e avaliativa da

dor Optou-se pela natildeo utilizaccedilatildeo da forma reduzida do MPQ dado o pequeno nuacutemero de

descritores e cujos significados estatildeo mais frequumlentemente relacionadas agrave dor crocircnica do que

agrave aguda (MELZACK 1987)

A utilizaccedilatildeo do MPQ foi relevante porque esse instrumento multidimensional

fornece informaccedilotildees mais ricas sobre a experiecircncia dolorosa ndashndash envolvendo tambeacutem

componentes psicoloacutegicos e emocionais ndashndash natildeo se limitando apenas agrave mensuraccedilatildeo da

intensidade de dor como o satildeo a END VAS de faacutecies e tantas outras Para Prieto e

Geisinger (1983) apesar de a intensidade global da dor ser importante condiccedilatildeo para

compreender a experiecircncia dolorosa medidas que refletem apenas essa caracteriacutestica satildeo

insensiacuteveis a variaccedilotildees nos diferentes aspectos qualitativos da dor (KELLY AHMAD

BRULL 2001)

A categoria sensorial refere-se agraves propriedades mecacircnicas teacutermicas temporais e

espaciais da dor a afetiva-motivacional agrave dimensatildeo afetiva nos aspectos de tensatildeo medo e

propriedades autonocircmicas a avaliativa possibilita que o paciente expresse uma avaliaccedilatildeo

global da sua experiecircncia dolorosa e a miscelacircnea que engloba descritores das outras

94

categorias natildeo se refere a nenhuma propriedade especiacutefica (KETOVUORI POumlNTINEN

1981 MELZACK 1975 PIMENTA TEIXEIRA 1997 TEIXEIRA et al 1999)

A partir da sua utilizaccedilatildeo pudemos obter o Iacutendice do Nuacutemero de Palavras

Escolhidas (NWC) e o Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) O graacutefico 12 apresenta a

comparaccedilatildeo do NWC total obtido por meio da soma do nuacutemero de descritores selecionados

pelas pacientes nas 4 categorias que compotildeem o MPQ entre os grupos preemptivo e placebo

assim como o NWC em cada categoria do MPQ (tabela 10) De acordo com Pimenta e

Teixeira (1997) quanto maior o valor do NWC maior tambeacutem seraacute o niacutevel de dor dos

pacientes

Eacute possiacutevel observar que natildeo houve diferenccedila significante quanto ao NWC total entre

os grupos haja vista que o valor de p foi igual a 0937 tendo o grupo preemptivo selecionado

em meacutedia 1562 plusmn 061 palavras e o placebo 1540 plusmn 084 Vale ressaltar que o maacuteximo valor

possiacutevel do NWC total eacute 20 pois cada paciente natildeo pode escolher mais do que um descritor

em cada subcategoria

O grupo preemptivo selecionou em meacutedia 371 plusmn 025 e 276 plusmn 018 descritores nas

categorias afetiva e miscelacircnea respectivamente e o placebo 375 plusmn 020 e 315 plusmn 021 Na

categoria sensorial diferentemente dessas duas o grupo preemptivo (819 plusmn 038) selecionou

mais palavras que o placebo (765 plusmn 050) Na avaliativa ambos os grupos selecionaram em

meacutedia uma palavra Eacute importante ressaltar que em nenhum desses iacutendices houve diferenccedila

significante o que jaacute era esperado pois o NWC natildeo eacute eficiente para mostrar o malogro ou

sucesso de uma terapia analgeacutesica para um aliacutevio parcial da dor De acordo com Melzack

(1975) o paciente que tem um aliacutevio parcial da dor natildeo necessariamente deveria ter um

menor NWC pois haveria uma tendecircncia em selecionar um descritor que indicasse um menor

iacutendice de dor mas natildeo a recusa por parte desse paciente em selecionar determinada

subcategoria Dessa forma apenas o PRI poderia apresentar variaccedilatildeo

95

Apesar de natildeo ter havido diferenccedila significante a maior utilizaccedilatildeo ndashndash em termos

proporcionais ndashndash dos descritores da categoria sensorial em relaccedilatildeo aos da afetiva conforme

foi observada na tabela 11 em ambos os grupos estaacute de acordo com Pimenta (1995) Reading

(1983) e Teixeira et al (1999) que verificaram que os pacientes que sofriam de dores agudas

tinham preferecircncia por tais descritores enquanto aqueles que padeciam de dor crocircnica pelos

da afetiva Todavia talvez exista uma tendecircncia maior para a escolha dos descritores da

categoria sensorial pois a mesma engloba 539 (42 palavras) dos descritores do MPQ

enquanto que a afetiva 179 (14 palavras) Portanto a categoria sensorial apresenta o triplo

de descritores da afetiva apesar de possuir somente o dobro de subcategorias

Eacute interessante observar a importacircncia da categoria avaliativa (16ordf subcategoria) pois

todas as pacientes a utilizaram para selecionar um descritor (tabela 8) Melzack (1975)

descreveu que 95 dos 248 pacientes ndashndash de diversas doenccedilas ndashndash analisados em seu estudo

selecionaram um descritor dessa categoria o que estaacute em concordacircncia com nossos dados

Outras subcategorias muito utilizadas foram a 9ordf 11ordf 12ordf e 20ordf De forma inversa a 19ordf

subcategoria foi a menos selecionada (4 pacientes do grupo preemptivo e 8 do placebo) o que

eacute justificado por se tratarem de descritores que abordam os aspectos relacionados agrave sensaccedilatildeo

de frio sendo mais frequumlentemente utilizados para a descriccedilatildeo de dores de dente de acordo

com Gagliesi e Melzack (2003) e Melzack (1975)

Em ambos os grupos os descritores mais selecionados foram ldquocansativardquo e

ldquoenjoadardquo que pertencem agrave categoria afetiva 8095 das pacientes do grupo preemptivo

selecionaram esses descritores e 90 das do placebo assim o fizeram Na categoria sensorial

ambos os grupos selecionaram mais frequumlentemente o descritor ldquofinardquo 7142 das pacientes

do grupo preemptivo e 75 das do placebo Na miscelacircnea 55 das pacientes do grupo

placebo optaram mais comumente pelos descritores ldquoespalhardquo e ldquorepuxardquo e 5238 das do

preemptivo por ldquorepuxardquo e ldquoaborrecidardquo

96

Ao considerar os descritores mais apropriados para caracterizar a dor incisional

nessa pesquisa (tabela 9) ndashndash considerados por Gagliesi e Melzack (2003) como aqueles que

tenham sido selecionados por pelo menos 33 dos pacientes ndashndash os que foram escolhidos de

forma comum aos dois grupos foram na categoria sensorial (latejante pontada fina

queimaccedilatildeo ardor e dolorida) afetiva (cansativa e enjoada) avaliativa (que incomoda) e na

miscelacircnea (repuxa e aborrecida) Houve diferenccedila significante entre os dois grupos na

frequumlecircncia de seleccedilatildeo dos descritores ldquoesticadardquo da 10ordf subcategoria e ldquoespalhardquo da 17ordf

subcategoria que eacute justificada pelo fato de na 10ordf subcategoria das 19 pacientes do grupo

preemptivo que a utilizaram 13 selecionaram o descritor ldquoesticadardquo e das 13 do grupo

placebo apenas 5 Em se tratando da 17ordf subcategoria apenas 3 das 13 pacientes que

indicaram essa subcategoria selecionaram o descritor ldquoespalhardquo enquanto 11 do grupo

placebo o selecionou das 17 que optaram por tal subcategoria

No graacutefico 13 haacute a comparaccedilatildeo do PRI total obtido pela soma dos valores que satildeo

atribuiacutedos a cada descritor escolhido pelas pacientes nas 4 categorias do MPQ ndashndash podendo

atingir um maacuteximo valor de 78 ndashndash entre os dois grupos assim como do PRI para cada uma

das categorias do MPQ Para Pimenta e Teixeira (1997) quanto maior o valor desse iacutendice

maior a percepccedilatildeo dolorosa das pacientes Natildeo houve diferenccedila significante quanto ao PRI

total assim como para as categorias sensorial afetiva e miscelacircnea O grupo preemptivo

apresentou PRI total igual a 3274 plusmn 163 e o placebo 3245 plusmn 208 A categoria avaliativa foi

a uacutenica em que houve diferenccedila significante entre os grupos pois o PRI do grupo preemptivo

foi igual a 3 plusmn 028 e o do placebo a 205 plusmn 022 sendo o valor de p igual a 0019

A ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica significante entre os dois grupos tanto no NWC

total quanto no PRI total estaacute em concordacircncia com os resultados obtidos pela ENDg 16 h

apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico pois em nenhum desses iacutendices houve diferenccedila

significante entre os grupos

97

Apesar das dificuldades existentes ndashndash tempo de aplicaccedilatildeo e compreensatildeo de alguns

descritores pelas pacientes ndashndash a aplicaccedilatildeo desse questionaacuterio possibilitou ao investigador uma

experiecircncia muito produtiva pois permitiu a visualizaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo ndashndash seja por palavras

ou expressotildees faciais ndashndash da maioria das pacientes em encontrar palavras que as auxiliassem a

transmitir sua experiecircncia dolorosa Em pesquisa realizada por Pimenta e Teixeira (1997)

96 dos pacientes disseram que o MPQ ajudou ou ajudou muito na descriccedilatildeo de seu quadro

doloroso

Os dados obtidos a partir do MPQ infelizmente tornam-se um pouco limitados para

a comparaccedilatildeo com outras pesquisas dadas as diferenccedilas da liacutengua Esse eacute um dos motivos

pelos quais as escalas unidimensionais satildeo mundialmente mais usadas possibilitando o cotejo

dos resultados obtidos em diferentes paiacuteses e liacutenguas

Sabe-se que os aspectos econocircmicos culturais e sociais tecircm influecircncia sobre o relato

da dor pelos pacientes ndashndash embora em menor magnitude nas dores de caraacuteter agudo vg a

poacutes-operatoacuteria do que nas de caraacuteter crocircnico segundo Pimenta e Teixeira (1997) ndashndash mas

Katz e Melzack (1999) e Melzack (1975) demonstraram que o MPQ possui elevado niacutevel de

fidedignidade e transcende a tais diferenccedilas talvez por ter sido elaborado com base no

referencial teoacuterico sobre a fisiologia da dor No Brasil 95 dos entrevistados em uma

pesquisa disseram ser capazes de compreender o inventaacuterio sem grande dificuldade mas os

estudos natildeo avaliam a magnitude dessa dificuldade mormente quando se trata de indiviacuteduos

de baixa escolaridade ou idosos (PIMENTA 1995 PIMENTA TEIXEIRA 1997

TEIXEIRA 2001)

Entretanto essa talvez natildeo seja a realidade desse questionaacuterio no Brasil ndashndash um dos

liacutederes mundiais em desigualdade social e que possui diferenccedilas marcantes quanto agraves

expressotildees idiomaacuteticas regionais ndashndash o que permite supor que os resultados de uma pesquisa

realizada com uma amostra extraiacuteda de uma populaccedilatildeo rica de uma capital brasileira possam

98

talvez diferenciar significantemente dos daqueles obtidos em uma pobre cidade do sertatildeo

nordestino dada a complexidade na compreensatildeo de alguns descritores (BARROS 2001)

Em decorrecircncia dessas questotildees eacute que foi dada atenccedilatildeo nessa pesquisa ao niacutevel de

escolaridade das pacientes ndashndash que eacute ressaltado por Melzack (1987) como um dos fatores

limitantes para o seu uso assim como foram estabelecidos como criteacuterios de inclusatildeo vg

somente a participaccedilatildeo de pacientes que fossem assistidas pelo SUS e que fossem operadas no

Hospital Satildeo Domingos Saacutevio

99

55 Tempo para a Primeira Administraccedilatildeo do Diclofenaco de Soacutedio

Em contraposiccedilatildeo a Moininche Kehlet e Dahl (2002) Ong et al (2005) relatam que

o tempo para o primeiro requerimento de analgeacutesicos tem menor acuraacutecia para verificar o

efeito da analgesia preemptiva do que a intensidade de dor e o consumo de drogas

analgeacutesicas e que esse natildeo seria o objetivo principal da analgesia preemptiva todavia sua

importacircncia cliacutenica reside no fato de que ao prolongaacute-lo estaria havendo maior efeito do

recurso analgeacutesico utilizado antes da cirurgia ndashndash em nosso caso a TENS ndashndash podendo traduzir

em menor iacutendice de dor e consumo total de analgeacutesicos bem assim maior conforto agrave paciente

As pacientes do grupo preemptivo que consumiram diclofenaco de soacutedio ndashndash droga

que estava prescrita como medicaccedilatildeo de resgate ndashndash nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico solicitaram-no em meacutedia 48750 plusmn 5344 min apoacutes esta jaacute as do grupo

placebo 47010 plusmn 4619 min natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos porquanto o

valor de p foi igual a 0807 o que pode ser visualizado no graacutefico 15 que ilustra esse tempo

Esperava-se que com a preacutevia aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia o tempo para a

solicitaccedilatildeo dessa droga pudesse ser significantemente maior dado o possiacutevel aumento do

periacuteodo de latecircncia da dor devido agrave eletroanalgesia preemptiva

Por meio da END foi verificado que as pacientes do grupo placebo apresentaram no

poacutes-operatoacuterio imediato um pico aacutelgico alcanccedilado no momento da sexta coleta de dor o que

coincide com o tempo para a requisiccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio por essas pacientes

Como natildeo se conhecem pesquisas averiguando esse consumo com o uso da TENS

de forma preacute-operatoacuteria a discussatildeo a seguir far-se-aacute a partir de pesquisas que empregaram

meacutetodos diferenciados Assim Benedetti et al (1997) analisando esse tempo em pacientes

submetidos a toracotomias poacutestero-laterais tambeacutem verificaram diferenccedila estatiacutestica natildeo-

significante entre os pacientes que fizeram uso da TENS no poacutes-operatoacuterio e os que natildeo a

100

utilizaram tal como Garcia (2000) ao analisar o efeito preemptivo do fentanil em

histerectomias

Jaacute no estudo de Lin et al (2002) que avaliou a eletroacupuntura de forma

preemptiva em cirurgias abdominais baixas foi demonstrado que o tempo para o primeiro

requerimento de morfina foi de 10 18 28 e 28 min respectivamente nos grupos A

(preemptivo controle) B (preemptivo placebo) C (preemptivo de baixa frequumlecircncia 2 Hz) e D

(preemptivo de alta 100 Hz) e no de Ke et al (1998) foi demonstrado que a bupivacaiacutena

exerceu efeito preemptivo em laparoscopias ao retardar o tempo para o requerimento do

primeiro analgeacutesico entre os 3 grupos da pesquisa A (pacientes em que a bupivacaiacutena foi

administrada antes do ato ciruacutergico e soluccedilatildeo salina apoacutes) 4867 plusmn 4353 min B (soluccedilatildeo

salina antes e bupivacaiacutena depois) 2294 plusmn 3304 min e C (soluccedilatildeo salina antes e depois)

1431 plusmn 1567 min

Benedetti et al (1997) obtiveram aumento do tempo para o primeiro requerimento

de analgeacutesicos nos pacientes que usaram a TENS no poacutes-operatoacuterio de costotomias

esternotomias toracotomias com afastamento muscular e viacutedeo toracoscopias

101

56 Anaacutelise do Consumo de Analgeacutesicos no Poacutes-operatoacuterio

Em 48 das pacientes do grupo preemptivo (12 pacientes) foi administrado o

diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico enquanto que

no grupo placebo isso ocorreu em 60 (15 pacientes) diferenccedila natildeo estatisticamente

significante (graacutefico 14) Para Kissin (1996) o consumo de analgeacutesicos eacute possivelmente uma

variaacutevel natildeo fidedigna para averiguar a analgesia preemptiva e pode ser influenciado por

vaacuterios fatores psicoloacutegicos Todavia Konrad Cordeiro e Coeli (2001) Moiniche Kehlet e

Dahl (2002) e Ong et al (2005) ressaltam a relevacircncia desse consumo para analisar a

analgesia preemptiva

Ao analisar o consumo de diclofenaco de soacutedio e dipirona durante todo o periacuteodo de

internaccedilatildeo tambeacutem natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos como pocircde ser

observado nos graacuteficos 16 e 17 respectivamente Quanto ao consumo de dipirona esse

resultado era previsto pois essa droga estava prescrita de 6 em 6 h E quanto agrave administraccedilatildeo

de diclofenaco de soacutedio a ausecircncia de diferenccedila foi um resultado natural haja vista que nem

nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash periacuteodo em que haveria maior

efeito da analgesia preemptiva ndashndash houve diferenccedila significante

Cotejando nossos resultados aos de pesquisas envolvendo a aplicaccedilatildeo da

eletroacupuntura de forma preemptiva em procedimentos ciruacutergicos para avaliaccedilatildeo do

consumo de medicamentos analgeacutesicos nossos achados divergem dos de Lin et al (2002)

que em cirurgias abdominais baixas observaram reduccedilatildeo de 22 desse consumo nas

primeiras 24 h poacutes-ciruacutergicas nos pacientes que fizeram uso da modalidade de baixa

frequumlecircncia em relaccedilatildeo aos do grupo placebo Kotani et al (2001) conseguiram ao aplicar a

eletroacupuntura antes de cirurgias abdominais altas e baixas reduzir em 50 o consumo de

morfina pelos pacientes

102

Ao analisar o consumo de analgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio com o meacutetodo de analgesia

preemptiva induzida por drogas Levent (2001) em histerectomias abdominais totais e

salpingo-ooforectomias bilaterais natildeo verificou diferenccedila significante desse consumo entre as

pacientes em que a morfina fora administrada antes do ato ciruacutergico e apoacutes o fechamento do

peritocircnio e Garcia (2000) tambeacutem natildeo observou diferenccedila significante entre as que fizeram

uso do fentanil 30 min antes das histerectomias e as que o utilizaram apoacutes o ato ciruacutergico

Maestroni et al (2002) embora tenham verificado analgesia preemptiva em colecistectomias

laparoscoacutepicas mensurada pela VAS tambeacutem natildeo observaram diferenccedila significante quanto

ao consumo de analgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio o que estaacute de acordo com os nossos achados

Os nossos resultados divergem dos de diversos autores como Hamza et al (1999)

que demonstraram a efetividade da TENS na diminuiccedilatildeo do consumo de analgeacutesicos no

periacuteodo poacutes-operatoacuterio senatildeo nessas pesquisas a TENS foi aplicada somente apoacutes a cirurgia

Destarte natildeo estamos em concordacircncia com os resultados da pesquisa de Guerra et

al (2003) em que houve significante reduccedilatildeo do consumo de analgeacutesicos com o uso da TENS

no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia inguinal Apenas 1 dos 9 pacientes do grupo experimental

ndashndash que usou a TENS ndashndash solicitou uma uacutenica vez medicaccedilatildeo analgeacutesica ao passo que todos

os pacientes do grupo placebo (n = 9) solicitaram esse tipo de medicaccedilatildeo 255 vezes em

meacutedia Essa diferenccedila em relaccedilatildeo aos achados eacute fruto dos meacutetodos usados tipos de cirurgia

drogas anesteacutesicas e analgeacutesicas niacuteveis e tipos de dor paracircmetros de estimulaccedilatildeo tempo de

aplicaccedilatildeo e horaacuterios de aplicaccedilatildeo da TENS

Algumas pesquisas obtiveram satisfatoacuterios resultados com o uso da TENS no

periacuteodo poacutes-operatoacuterio como a de Chiu et al (1999) em hemorroidectomias cirurgias que

geram um quadro aacutelgico intenso em que houve reduccedilatildeo significante do consumo de morfina

Chen et al (1998) em histerectomias e miomectomias que observaram reduccedilatildeo de 37 da

administraccedilatildeo de opioacuteides com o uso da TENS de forma pericicatricial e de 39 quando

103

aplicada nos pontos de acupuntura Bjordal Johnson e Ljungreen (2003) que analisaram

1350 pacientes submetidos a diferentes procedimentos ciruacutergicos e verificaram reduccedilatildeo de

355 do consumo de analgeacutesicos Nuntildeez e Carrasco (2000) que minimizaram esse consumo

em cesaacutereas sem no entanto diminuir a intensidade e o periacuteodo de remissatildeo da dor

Benedetti et al (1997) que conseguiram minimizar a intensidade de dor em costotomias

esternotomias toracotomias com afastamento muscular e viacutedeo toracocospias e Castro e

Carlos (1986) em laparotomias que o minimizaram em 63 naqueles que fizeram uso desse

recurso sendo mais significante nos que foram submetidos a histerectomias e menos a

gastrectomias

Embora a reduccedilatildeo do consumo de diclofenaco natildeo tenha sido significante os nossos

achados satildeo muito relevantes haja vista que ao serem confrontados com os da anaacutelise da

intensidade de dor pela END possibilita a verificaccedilatildeo do mais importante aspecto desse

trabalho que foi conseguir manter o niacutevel de dor do grupo preemptivo inferior ao do placebo

sem haver no entanto um maior consumo de drogas analgeacutesicas para tal Ou seja se as

pacientes do grupo preemptivo tivessem consumido mais drogas que as do placebo seria

inviaacutevel inferir sobre a ocorrecircncia de analgesia preemptiva

57 Dor Referida

104

A ocorrecircncia de dor referida no ombro direito ndashndash condiccedilatildeo que sugere irritaccedilatildeo do

diafragma ou diretamente do nervo frecircnico ndashndash deu-se em 40 (10 pacientes) das pacientes do

grupo preemptivo e em 32 (8 pacientes) daquelas do placebo (graacutefico 18) Essa incidecircncia

estaacute em concordacircncia com os achados na literatura que a indicam em cerca de um terccedilo dos

pacientes submetidos a colecistectomia por laparotomia (ORLOFF 1970 SCHWARTZ

SHIRES SPENCER 1996 WAY DUNPHY 1993)

Natildeo se objetivou nessa pesquisa analisar a intensidade de dor referida no ombro ndashndash

apesar de os dados tambeacutem terem sido coletados Objetivou-se apenas verificar a sua

incidecircncia que com a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia natildeo apresentou diferenccedila

significante entre as pacientes que a usaram e as que natildeo

De acordo com Antunes et al (2002) a TENS tem eficaacutecia jaacute bastante comprovada

para o tratamento das dores de origem cutacircnea mas natildeo eacute necessariamente eficiente para as

de origem visceral o que corrobora a pesquisa de Nuntildeez e Carrasco (2000) que usaram a

TENS no poacutes-operatoacuterio de cesaacutereas

58 Anaacutelise do Consumo de Metoclopramida

105

Em um total de 20 das pacientes (5 pacientes) do grupo preemptivo houve

administraccedilatildeo dessa droga enquanto que em 32 (8 pacientes) isso ocorreu (graacutefico 19) O

consumo dessa droga ndashndash que natildeo tem accedilatildeo analgeacutesica ndashndash foi verificado para auxiliar a avaliar

a qualidade de recuperaccedilatildeo poacutes-ciruacutergica logo que um dos preditores de naacuteuseas e ecircmesis eacute a

dor E como a TENS eacute um recurso analgeacutesico poderia entatildeo tambeacutem minimizar o consumo

dessa substacircncia

Nossos resultados satildeo semelhantes aos de Zaacuterate et al (2001) que natildeo obtiveram

significante reduccedilatildeo do consumo de drogas anti-emeacuteticas com o uso da eletroacupuntura antes

de colecistectomias por laparoscopia Todavia Chen et al (1998) conseguiram reduzir a

incidecircncia de naacuteuseas e vocircmitos em aproximadamente um terccedilo das mulheres que se

submeteram a histerectomia abdominal total ou miomectomia com o uso da TENS todavia

esse recurso foi aplicado no poacutes-operatoacuterio Kotani et al (2001) observaram reduccedilatildeo de 20

a 30 da incidecircncia de naacuteuseas em cirurgias abdominais altas e baixas com a analgesia

preemptiva induzida pela eletroacupuntura e Lin et al (2002) em cirurgias abdominais

baixas

59 Questionaacuterio sobre a TENS

106

Durante a coleta dos dados observou-se que algumas pacientes do grupo preemptivo

relataram que a aplicaccedilatildeo da TENS ocasionava determinado incocircmodo Assim para a

obtenccedilatildeo de dados mais concretos sobre esses relatos resolveu-se acrescentar esse

questionaacuterio (Apecircndice H) ndashndash mesmo com a coleta de dados jaacute em andamento

Os resultados obtidos ilustrados no graacutefico 20 confirmam o que foi evidenciado na

praacutetica cliacutenica a respeito do relato das pacientes sobre o incocircmodo da estimulaccedilatildeo eleacutetrica de

baixa frequumlecircncia e alta intensidade pois a maioria (5789) das pacientes do grupo

preemptivo disse que a TENS incomodava um pouco e 1578 que incomodava

razoavelmente Esses dados foram significantemente diferentes dos do grupo placebo em que

8824 relataram que a TENS natildeo incomodava e 1176 que incomodava um pouco O fato

de ter havido queixa por parte de 2 pacientes do grupo placebo pode ter ocorrido talvez por

essas permanecerem durante 60 min deitadas com os eletrodos posicionados sobre o abdome

sem terem liberdade para deambular ou realizar atividades que solicitassem grande

movimentaccedilatildeo

Pesquisas recentes realizadas por Sluka et al (2000) tecircm demonstrado que a TENS

de alta frequumlecircncia tambeacutem estimula a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos e diante da

experiecircncia cliacutenica sabe-se que o uso de tal frequumlecircncia eacute mais confortaacutevel que o da de baixa

que normalmente eacute aplicada em niacutevel motor de estimulaccedilatildeo com a maacutexima intensidade

suportada pelo paciente Logo poder-se-ia utilizar a TENS de alta frequumlecircncia em pesquisas

para observar a possiacutevel ocorrecircncia de analgesia preemptiva comparando com os resultados

da de baixa frequumlecircncia e selecionar qual seria a mais adequada para tal dando grande ecircnfase

em tal escolha ao conforto e satisfaccedilatildeo do paciente

107

A maioria das pacientes de ambos os grupos relatou que gostaria de em uma

proacutexima cirurgia usar a TENS e os medicamentos (graacutefico 21) Esses dados parecem refletir a

satisfaccedilatildeo das pacientes em receber uma melhor assistecircncia da equipe de sauacutede assim como

terem agrave sua disposiccedilatildeo alguns recursos diferentes para o tratamento do quadro aacutelgico o que

reforccedila a relevacircncia e a aceitaccedilatildeo da analgesia multimodal

108

CONCLUSAtildeO

109

6 CONCLUSAtildeO

A aplicaccedilatildeo da modalidade de baixa frequumlecircncia da estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea

do nervo durante 60 minutos no periacuteodo preacute-operatoacuterio de pacientes do sexo feminino

submetidas a colecistectomia por laparotomia promoveu analgesia preemptiva

110

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

111

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AIDA S et al The effectiveness of preemptive analgesia varies according to the type ofsurgery a randomized double-blind study Anesthesia and Analgesia Baltimore v 89 n 3p 711 Set 1999

ANDRADE R F A Comportamento da litiacutease biliar no Estado de Sergipe 2002Monografia (graduaccedilatildeo em medicina) ndashndash Departamento de Medicina da Universidade Federaldo Estado de Sergipe Aracaju 2002

ANTUNES A A M et al Os efeitos da estimulaccedilatildeo eleacutetrica nervosa transcutacircnea no poacutes-operatoacuterio de cirurgias toraacutecicas e abdominais ndashndash revisatildeo de literatura e relato de casosRevista de Fisioterapia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 9 n 1 p 23-25janjun 2002

BARROS N Qualidade de vida ndashndash conceito e meacutetodos de avaliaccedilatildeo In ANDRADE FILHOA C de C Dor diagnoacutestico e tratamento Roca Satildeo Paulo 2001 53-61 p

BASFORD J R Eletroterapia In KOTTKE F J LEHMANN J F Tratado de medicinafiacutesica e reabilitaccedilatildeo de Krusen 4 ed Satildeo Paulo Manole 1994 363-388 p

BENBOW S J COSSINS L WILES J R A comparative study of disability depressionand pain severity in young and chronic pain in patients VIIIth World Congress on PainVancouver 1996

BENEDETTI F et al Control of postoperative pain by transcutaneous electrical nervestimulation after thoracic operations Ann Thoracic Surgery Torino v 63 n 3 p 773-776Mar 1997

BISSCHOP G de BISSCHOP Eacute de COMMANDREacute F TENS In BISSCHOP G deBISSCHOP Eacute de COMMANDREacute F Eletrofisioterapia Satildeo Paulo Santos 2001 5-62 p

BJORDAL J M JOHNSON M I LJUNGREEN A E Transcutaneous electrical nervestimulation (TENS) can reduce postoperative analgesic consumption A meta-analysis withassessment of optimal treatment parameters postoperative pain European Journal of PainErlangen v 7 n 2 p 181-188 Apr 2003

BLUMGART L H Cirugiacutea del hiacutegado y de las viacuteas biliares Buenos Aires EditoriaMeacutedica Panamericana 1988 655-665 p

BONICA J J et al Biochemistry and the modulation of nociception and pain In BONICAJ J The management of pain Phyladelphia Lea amp Febiger 1990 95-121 p

BRENTANO L Colecistectomia [sl] ABC da Sauacutede 2003 Disponiacutevel emhttpwwwabcdasaudecombrartigophp86 Acesso em 30 de agosto de 2004

BRIDENBAUGH P O Preemptive analgesia ndashndash is it clinically relevant Anesthesia ampAnalgesia Baltimore v 78 n 2 p 203-4 Feb 1994

112

BUTTON B SAWYER S Fisioterapia do aparelho respiratoacuterio do adolescente InBURNS Y R MCDONALD J Fisioterapia e crescimento na infacircncia Satildeo PauloSantos 1999 247-261 p

BUXTON B P A fisiologia e a psicologia da dor In STARKEY C RecursosTerapecircuticos em Fisioterapia Satildeo Paulo Manole 2001 37-69 p

CAMERON M H Physical agents in rehabilitation ndashndash from research to practicePhyladelphia W B Saunders Company 1999 31-54 p

CARROLL D et al Randomization is important in studies with pain outcomes systematicreview of transcutaneous electrical nerve stimulation in acute postoperative pain BritishJournal of Anaesthesia Oxford v 77 n 6 p 798-803 Dec 1996

CARROL E N BADURA A S Focal intense brief transcutaneous electric nervestimulation for treatment of radicular and posthoracotomy pain Archives of PhysicalMedicine and Rehabilitation Cleveland v 82 n 2 p262-264 Feb 2001

CASTILLO G L B Estudio comparativo entre bupivacaina + fentanyl vs bupivacainasola por viacutea peridural para el control del dolor obsteacutetrico Tesis para obtener el diplomauniversitario en la especialidad de anestesiologiacutea Quereacutetaro [1999]

CASTRO M L CARLOS E S Post-laparotomy pain control by transcutaneous electricalnerve stimulation preliminary report Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeirov 36 n 3 p 207-14 mar 1986

CHANDRAN P SLUKA K A Development of opioid tolerance with repeatedtranscutaneous electrical nerve stimulation administration Pain Seattle v 102 n 1-2 p195-201 Mar 2003

CHEN L et al The effect of location of transcutaneous electrical nerve stimulation onpostoperative opioid analgesic requirement acupoint versus nonacupoint stimulationAnesthesia amp Analgesdia Baltimore v 87 n 5 p 1129-1134 Nov 1998

CHEN L HAN J S Analgesia induced by electroacupuncture of different frequencies ismediated by different types of opioid receptors another cross-tolerance study BehavioralBrain Research Amsterdam v 47 n 2 p 143-149 Apr 1992

CHESTERTON L S et al Effects of TENS frequency intensity and stimulation siteparameter manipulation on pressure pain thresholds in healthy human subjects Pain Seattlev 106 n 1-2 p 73-80 Nov 2003

CHIU J H et al Effect of transcutaneous electrical nerve stimulation relief on patientsundergoing hemorrhoidectomy prospective randomized controlled trial Diseases of theColon amp Rectum New York v 42 n 2 p 180-185 Feb 1999

CREPON F Eletrofisioterapia e Reeducaccedilatildeo Funcional Satildeo Paulo Lovise 1996 80-101p

113

CRIELAARD et al apud TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendoparacircmetros de estimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85fDissertaccedilatildeo (mestrado em bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de SatildeoPaulo Ribeiratildeo Preto 2003

DAMIANE C DAMIANE G TENS eletroanalgesia In RODRIGUES E MGUIMARAtildeES C S Manual de recursos fisioterapecircuticos Rio de Janeiro Revinter 199853-80 p

DIERKING G et al Effect of pre vs post-operative inguinal field block on postoperative painafter herniorraphy British Journal of Anaesthesia Oxford v 68 n 4 p 344-348 Apr1992

DUBUISSON D MELZACK R Classification of clinical pain descriptors by multiplegroup discriminant analysis Experimental Neurology Michigan v 51 n 2 p 480-487May 1976

DuGAS B W Medicaccedilotildees In______ Enfermagem praacutetica 4 ed Rio de JaneiroGuanabara 1988 465-487 p

EISENBAUER L A MURPHY M A Pharmacotherapeutics amp advanced nursingpractice San Diego McGraw Hill Companies 1998 253 p

ERIKSSON M B E SJOLUND B H NEILZEN S Long term results of peripheralconditioning stimulation as an analgesic measure in chronic pain Pain Seattle v 6 n 3 p335-347 Jun 1979

FERNANDEZ E BOYLE G J Affective and evaluative descriptors of pain in the McGillPain Questionnaire reduction and reorganization The Journal of Pain Philadelphia v 2 n6 p 318-325 Dec 2001

FERNANDEZ E TOWERY S A parsimonious set of verbal descriptors of pain sensationderived from the Mcgill Pain Questionnaire Pain Seattle v 66 n 1 p 31-37 Jul 1996

FORTH W BEYER A PETER K Highly potent analgesics opiates and opioids InFORTH W BEYER A PETER K Aliacutevio da dor uma visatildeo analiacutetica das vantagens edesvantagens da moderna administraccedilatildeo da dor Satildeo Paulo Hoechest 1995 40-49 p

FRAMPTON V Estimulaccedilatildeo Nervosa Eleacutetrica Transcutacircnea In KITCHEN S BAZIN SEletroterapia de Clayton 10 ed Satildeo Paulo Manole 1998 276-294 p

GAGLIESI L MELZACK R Age differences in the quality of chronic pain a preliminarystudy Pain Research amp Management Oakville v 2 n3 p 157-162 Winter 1997

GAGLIESE L MELZACK R Age-related differences in the qualities but not the intensityof chronic pain Pain Seattle v 104 n 3 p 597-608 Aug 2003

114

GARCIA J B dos S Preemptive analgesia with epidural bupivacaine plus fentanyl inhysterectomy serum interleukin-6 implications 2000 Tese para obtenccedilatildeo do tiacutetulo dedoutorado ndashndash Escola Paulista de Medicina ndashndash Universidade Federal de Satildeo Paulo Satildeo Paulo2000

GOFFI F S GOFFI JUacuteNIOR P S SORBELLO A A Cirurgia das vias biliares InGOFFI F S Teacutecnica ciruacutergica bases anatocircmicas fisiopatoloacutegicas e teacutecnicas da cirurgia 4ed Satildeo Paulo Atheneu 1996 691-694 p

GOTTSCHALK A OCHROCH E A Preemptive analgesia what do we do nowAnesthesiology Philadelphia v 98 n1 p 280-281 Jan 2003

GRAHAM C et al Use of the McGill Pain Questionnaire in the assessment of cancer painreplicability and consistency Pain Seattle v 8 n 3 p 377-387 Jun 1980

GRIEVE G P Modern manual therapy of the vertebral column New York ChurchillLivingstone 1986 233-249 p

GUERRA D R et al A Utilizaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio imediato de pacientessubmetidos a cirurgia de heacuternia inguinal In V CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeOCIENTIacuteFICA PIBICUFS 2003 Universidade Federal de Sergipe Anais Satildeo CristoacutevatildeoUniversidade Federal de Sergipe 2003 215 p

HAMZA M A et al Effect of the frequency of transcutaneous electrical nerve stimulationon the postoperative opioid analgesic requirement and recovery profile AnesthesiologyPhiladelphia v 91 n 5 p 1232-1238 Nov 1999

HAN J S et al Frequency as the cardinal determinant for electroacupuncture analgesia to bereversed by opioid antagonists Chinese Medical Journal Peking v 38 n 5 p 475-482Oct 1986

HAN J S et al Effect of low and high frequency TENS on met-enkephalin-arg-phe anddynorphin A immunoreactivity in human lumbar CSF Pain Seattle v 47 n 3 p 295-298Dec 1991

HANSSON B et al Influence of naloxone on relief of acute oro-facial pain bytranscutaneous electrical nerve stimulation (TENS) or vibration Pain Seattle v 24 n 3 p323-329 Mar 1986

HEPNER D L Preemptive analgesia what does it really mean AnesthesiologyPhiladelphia v 93 n 5 p 1368 nov 2000

HUGHES G S et al Response of plasma beta-endorphins to transcutaneous electrical nervestimulation in healthy subjects Physical Therapy Alexandria v 64 n 7 p 1062-1066 Jul1984

HUSKISSON E C Visual Analogue Scales In MELZACK R Pain measurement andassessment New York Raven Press 1983 33-37 p

115

IMAMURA M et al Eletroestimulaccedilatildeo nervosa transcutacircnea In LEITAtildeO V A Cliacutenica dereabilitaccedilatildeo Satildeo Paulo Atheneu 1995 301-309 p

JACHUCK S J et al The effect of hypotensive drugs on the quality of life The BritishJournal of the Royal College General Practitioners London v 32 n 235 p 103-105Feb 1982

JAFFE J H MARTIN W R Analgeacutesicos opioacuteides e antagonistas In GILMAN A G etal Goodman e Gilman As Bases farmacoloacutegicas da terapecircutica 8 ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1991 320-343 p

JAVIER G P et al Analgesia preventiva en un modelo experimental de dolor visceralRevista Mexicana de Anestesiologia v 22 n 2 p 116-121 abr-jun 1999

JOHNSON M I et al Analgesic effects of different frequencies of transcutaneous electricalnerve stimulation on cold-induced pain in normal subjects Pain Seattle v 39 n 2 p 231-236 Nov 1989

JOHNSON M I ASHTON C H THOMPSOM J W An in depth study of long termusers of transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) Implications for clinical use ofTENS Pain Seattle v 44 n 3 p 221-229 Mar 1991

KALRA A B URBAN M O SLUKA K A Blockade of opiod receptors in rostralventral medulla prevents antihyperalgesia produced by transcutaneous electrical nervestimulation (TENS) The Journal of Pharmacology and Experimental TherapeuticsBethesda v 298 n 1 p 257-263 Jul 2001

KATZ J MELZACK R Measurement of pain Surgery Clinical North American v 79n 2 p 231-252 Apr 1999

KE R W PORTERA S G LINCOLN S R A randomized blinded trial of preemptivelocal anesthesia in laparoscopy Primary Care Update for Obstetric and Gynecology v 5n 4 p 197-198 Jul 1998

KE R W et al A randomized double-blinded trial of preemptive analgesia in laparoscopyObstetrics amp Gynecology Denver v 92 n 6 p 972-5 Dec 1998

KELLY D J AHMAD M BRULL S Preemptive analgesia I physiological pathways andpharmacological modalities Canadian Journal of Anesthesia Toronto v 48 n 10 p1000-1010 Nov 2001

KETOVUORI H POumlNTINEN P J A pain vocabulary in finnish ndashndash the finnish painquestionnaire Pain Seattle v 11 n 1 p 247-253 Aug 1981

KING E W SLUKA K A The effect of varying frequency and intensity of transcutaneouselectrical nerve stimulation on secundary mechanical hyperalgesia in an animal model ofinflammation The Journal of Pain Philadelphia v 2 n 2 p 128-133 Apr 2001

KISSIN I Preemptive analgesia terminology and clinical relevance Anesthesia andanalgesia Baltimore v 79 n 4 p 809 Oct 1994

116

______ Preemptive analgesia ndashndash Why its effect is not always obvious AnesthesiologyPhiladelphia v 84 n 5 p 1015-1019 May 1996

______ Preemptive analgesia Anesthesiology Philadelphia v 93 n 4 p 1138-1143 Oct2000

______ Study design to demonstrate clinical value of preemptive analgesia is it commonlyused approach valid Regional Anesthesia and Pain Medicine Seattle v27 n3 p 242-244 May-Jun 2002

KONRAD K CORDEIRO S M COELI M Dor Fisiopatologia e tratamento InLIANZA S Medicina de Reabilitaccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001 137-150p

KOTANI N et al Preoperative intradermal acupuncture reduces postoperative pain nauseaand vomiting analgesic requiriment and sympathoadrenal responses AnesthesiologyPhiladelphia v 95 n 2 p 349-356 Aug 2001

LABRADA A JIMEacuteNEZ-GARCIA Y Preventive multimodal analgesia a comparativestudy Revista de la Sociedad Espantildeola del Dolor Madrid v 11 n 3 p 122-128 abr2004

LEE I-H LEE I-O Preemptive effect of intravenous ketamine in the rat concordancebetween pain behavior and spinal fos-like immunoreactivity Acta AnaesthesiologicaScandinavica Oxford v 49 n 2 p 160-165 Feb 2005

LEVENT K The effect of preemptive intravenous morphine on postoperative analgesia andsurgical stress response Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeiro v 51 n 6 p503-510 dez 2001

LICHTENBERG P A SWENSEN C H SKEHAN M W Further investigation of therole of personality lifestyle and arthritic severity in predicting pain Journal ofPsychosomatic Research New York v 30 n 3 p 327-337 maio 1986

LIN J et al The effect of high and low frequency eletroacupuncture in pain after lowabdominal surgery Pain Seattle v 99 n 3 p 509-514 out 2002

LOMBARD B et al Evaluation de lrsquoeacutelectrostimulation transcutaneacutee dans la prise en chargedes douleurs post-amygdalectomie chez lrsquoadulte Revue Laryngologie Otologie RhinologieBordeaux Ceacutedex v 117 n 2 p 89-92 abr 1996

LOW J REED A Eletroterapia explicada 3 ed Satildeo Paulo Manole 2001 472 p

LUNDEBERG T BONDESSON L LUNDSTRON V Relief of primary dysmenorrhea bytranscutaneous electrical nerve stimulation Acta Obstetetricia et GynecologicaScandinavica Gothenburg v 64 n 6 p 491-497 ago 1985

MACHADO M C C RAIA A A Anatomia ndash Histologia ndash Embriologia ndash Fisiologia davesiacutecula e vias biliares ndash Fisiologia da bile In CORREcircA NETTO A RAIA A AZERBINO E de J Cliacutenica Ciruacutergica 4 ed Satildeo Paulo Sarvier 1994 785-789 p

117

MAESTRONI U et al A new method of preemptive analgesia in laparoscopiccholecystectomy Surgical Endoscopy New York v 16 n 9 p 1336-1340 Sep 2002

MARIANO T F BEN V F G Efeitos da eletroestimulaccedilatildeo transcutacircnea (TENS) emindiviacuteduos adultos no poacutes-operatoacuterio imediato de colecistectomia 1998 Trabalho deConclusatildeo de Curso ndashndash Universidade Catoacutelica Dom Bosco (UCDB) Campo Grande 1998

MARIN L I CASTRO C E S Post laparotomy pain control by transcutaneous electricalnerve stimulation preliminary report Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeirov 36 n 3 p 207-214 maio-jun 1986

MCQUAY H J Pre-emptive analgesia a systematic review of clinical studies Annals ofMedicine Stockholm v 27 n 2 p 249-56 Apr 1995

MELO J N SANTANA FILHO V J Efeito da TENS convencional no requerimento deanalgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio imediato de herniorrafia inguinal 2003 Monografiaapresentada ao curso de fisioterapia para tiacutetulo de bacharel Universidade Tiradentes Aracaju2003

MELZACK R The McGill Pain Questionnaire major properties and scoring methods PainSeattle v 1 n 3 p 277-299 Sep 1975

MELZACK R WALL P O desafio da dor Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 1987189-250 p

MERINO C S Colecistectomiacutea laparoscoacutepica comparada con colecistectomiacutea claacutesica encolecistitis aguda Revista Chilena de Cirurgia Santiago v 53 n 1 p 53-59 2001

MERKEL S I GUSTEIN H B MALVIYA S Use of transcutaneous electrical nervestimulation in a young child with pain from open perineal lesions Journal of Pain andSymptom Management New York v 18 n 5 p 376-81 Nov 1999

MERSKEY H Some features of the history of the idea of pain Pain Seattle v 9 n 1 p 3-8 Aug 1980

MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO BRASIL Cuidados paliativos oncoloacutegicos controle da dorRio de Janeiro INCA 2001 16-32 p

MOINICHE S KEHLET H DAHL J B A qualitative and quantitative systematic reviewof preemptive analgesia for postoperative pain relief Anesthesiology Philadelphia v 96 n3 p 725-41 Mar 2002

MORIN C et al Differences between the sexes in post-surgical pain Pain Seattle v 85 n1-2 p 79-85 Mar 2000

MOTAMED C et al Preemptive intravenous morphine-6-glucuronide is ineffective forpostoperative pain relief Anesthesiology Philadelphia v 92 n 2 p 355-360 Feb 2000

118

NUNtildeEZ C N CARRASCO M P Estimulacioacuten eleacutectrica transcutaacutenea (EET) para reducirel dolor despueacutes de la cesaacuterea Ginecologiacutea y Obstetricia de Meacutexico Ciudad del Meacutexico v68 n 1 p 60-63 fev 2000

OacuteBRIEN et al apud TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendoparacircmetros de estimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85fDissertaccedilatildeo (mestrado em bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de SatildeoPaulo Ribeiratildeo Preto 2003

OLAUSSON B et al Effects of naloxone on dental pain threshold following muscleexercises and low frequency transcutaneous nerve stimulation a comparative study in manActa Physiologica Scandinavica Stockholm v 126 n 2 p 299-305 Sep 1986

ONG C K-S et al The efficacy of preemptive analgesia for acute postoperative painmanagement a meta-analysis Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 100 n 3 p 757-773Mar 2005

ORLOFF M J Fiacutegado e sistema biliar In DAVIS I Christopher Cliacutenica Ciruacutergica 2 edRio de Janeiro Guanabara Koogan 1970 772-783 p

PATINtildeO J F LONDONtildeO E GARCIacuteA L G Colecistectomia mini-traumaacuteticahospitalizacioacuten de corta estancia Revista Colombiana de Cirurgia Bogotaacute v 6 n 2 p 70-75 ago 1991

PEREIRA L V SOUSA F A E F Mensuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo da dor poacutes-operatoacuteria umabreve revisatildeo Revista Latino-americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 3 p 77-84 jul 1998

PEacuteREZ-AYUSO R M et al Historia natural de la colelitiasis Incidencia de colescistectomiacuteaen un aacuterea urbana y una rural mapuche en la uacuteltima deacutecada Revista Meacutedica de ChileSantiago v 130 n 7 p 723-730 jul 2002

PIMENTA C A M Avaliaccedilatildeo da experiecircncia dolorosa Revista de Medicina Satildeo Paulo v74 n 2 p 69-75 ago-set 1995

PIMENTA C A de M CRUZ Dde A L M da C SANTOS J L F dos Instrumentospara avaliaccedilatildeo da dor O que haacute de novo no nosso meio Arquivo Brasileiro deNeurocirurgia Satildeo Paulo v 17 n 1 p 15-24 jun 1998

PIMENTA C A TEIXEIRA M J Questionaacuterio de Dor Mcgill proposta de adaptaccedilatildeo paraa liacutengua portuguesa Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeiro v 47 n 2 p 177-186 ago 1997

PONTES R M C PRADO W A Presurgical ketoproten but not morphine dipyronediclofenac preempts post-incisional mechanica allodynia in rats Brazilian Journal ofMedical and Biological Research Ribeiratildeo Preto v 35 n 1 p 11-119 jan 2002

119

PRADO W A OLIVEIRA R Anti-hyperalgesic effect of electroacupuncture in a model ofpost-incisional pain in rats Brazilian Journal of Medical and Biological ResearchRibeiratildeo Preto v 33 n 8 p 957-960 ago 2000

PRIETO E J GEISINGER K F Factor-analytic studies of the McGill Pain QuestionnaireIn MELZACK R Pain measurement and assessment New York Raven Press 1983 63-70 p

RANG H P DALE M M Farmacologia 2 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1993460 p

READING A E The McGill Pain Questionnaire an appraisal In MELZACK R Painmeasurement and assessment New York Raven Press 1983 55-61 p

RIVERA A R F Incisioacuten transversa contra incisioacuten media en colecistectomiacutea Cuaacutel esmenos dolorosa Cirurgiacutea General v 18 n 3 p 178-181 jul-set 1996

ROBINSON A J Instrumentaccedilatildeo para eletrotrerapia In ROBINSON A J SNYDER-MACKLER L Eletrofisiologia cliacutenica eletroterapia e teste eletrofisoloacutegico 2 ed PortoAlegre Artmed 2001 43-83 p

ROSAEG O P et al Effect of preemptive multimodal analgesia for arthroscopic KneeLigament repair Regional Anesthesia and Pain Medicine Seattle v 26 n 2 p 125-130Mar-Apr 2001

ROSLYN J J ZINNER M J Gallbladder and extra-hepatic billiary system InSCHWARTZ S I SHIRES G T SPENCER F C 6 ed Principles of surgery EstadosUnidos Mc Graw Hill 1996 1367-1399 p

SALAR G JOB I MINGRINO S et al Effects of transcutaneous electrotherapy on CSFb-endorphin content in patients without pain problems Pain Seattle v 10 n 2 p 169-172apr 1981

SALGADO A S I Manual cliacutenico de eletrofisioterapia Londrina Midiograf 1999 112-147 p

SANTIESTEBAN A J Agentes fiacutesicos e dor muacutesculo-esqueleacutetica In GOULD J AFisioterapia na ortopedia e na medicina do esporte 2 ed Satildeo Paulo Manole 1993 181-193 p

SANTOS et al Aplicaccedilatildeo da TENS de alta e baixa frequumlecircncias no poacutes-operatoacuterio imediato decolecistectomia convencional In VI CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICAPIBICUFS 2004 Universidade Federal de Sergipe Anais Satildeo Cristoacutevatildeo UniversidadeFederal de Sergipe 2004 p242

SCHWARTZ S I SHIRES G T SPENCER F C Princiacutepios de cirurgia 6ed MeacutexicoInteramericana 1996 416-449 p

120

SEKAR C et al Preemptive analgesia for postoperative relief in lumbosacral spine surgeriesa randomized controlled trial The Spine Journal La Grange v 4 n 3 p 261-264 May-Jun 2004

SILVA P Anesteacutesicos locais e outros faacutermacos que afetam os canais iocircnicos In RANG HP DALE M M RITTER J M Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1998 485-505 p

SILVEIRA I A M LIMA P A L Estudo da reduccedilatildeo de custo no hospital SatildeoDomingos Saacutevio com a utilizaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia inguinal2004 Monografia para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de bacharel em fisioterapia UniversidadeTiradentes Aracaju 2004

SINATRA R Role of COX-2 inhibitors in the evolution of acute pain management Journalof Pain and Sympton Management New York v 24 n 1S p S18-27 Jul 2002

SLUKA K A Systemic morphine in combination with TENS produces an increaseantihyperalgesia in rats with acute inflamation The Journal of Pain Philadelphia v 1 n 3p 204-211 Sep 2000

SLUKA K A et al Spinal blockade of opiod receptors prevents the analgesia produced byTENS in arthritic rats The Journal of Pharmacology and Experimental TherapeuticsBethesda v 289 n 2 p 840-846 May 1999

SLUKA K A et al Low frequency TENS is less effective than high frequency TENS atreducing inflammation-induced hyperalgesia in morphine-tolerant in rats European Journalof Pain Erlangen v 4 n 2 p 185-93 Jun 2000

SLUKA K A WALSH D Transcutaneous electrical nerve stimulation basic sciencemechanisms and clinical effectiveness The Journal of Pain Philadelphia v 4 n 3 p 109-121 Apr 2003

SOFAER B Assessing pain In______ Pain a handbook for nurses 2 ed New YorkChapman amp Hall 1994 44-57 p

SORKIN B A et al Chronic pain in young and old patients differences appear lessimportant than similarities J Gerontol Psychol Sci Washington v 45 n 2 p 64-68 Mar1990

SPOacuteSITO M M M Manual de medicina fiacutesica e de reabilitaccedilatildeo Satildeo Paulo [sn] 199373-93 p

STARKEY C Agentes eleacutetricos In ______ Recursos terapecircuticos em fisioterapia SatildeoPaulo Manole 2001 176-276 p

TAYLOR D New ways to contain post-op pain 2002 Disponiacutevel em lthttp wwwoutpatientsurgerynet2002os08f2shtmlgt Acesso em 22 de outubro de 2004

TEIXEIRA M J Fisiopatologia da dor neuropaacutetica In ANDRADE FILHO A C de CDor diagnoacutestico e tratamento Roca Satildeo Paulo 2001 7-42 p

121

TEIXEIRA M J SOUZA A C F Dor ndashndash evoluccedilatildeo histoacuterica dos conhecimentos InTEIXEIRA M J FIGUEIROacute J A B Dor epidemiologia fisiopatologia avaliaccedilatildeosiacutendromes dolorosas e tratamento Satildeo Paulo Grupo Editorial Moreira Jr 2001 8-13 p

TEIXEIRA M J et al Avaliaccedilatildeo da dor fundamentos teoacutericos e anaacutelise criacutetica Revista deMedicina Satildeo Paulo v 78 n 2 (pt 1) p 85-114 abr 1999

THOMSON A SKINNER A PIERCY J Habilidades da fisioterapia In ______Fisioterapia de Tidy 12 ed Satildeo Paulo Santos 1994 417-465 p

TORRE A et al Analgesia Preventiva Revista Venezuelana de Anestesiologia Caracasv 7 n 1 p 15-26 jun 2002

TOYOTA S STATAKE T AMAKI Y Transcutaneous electrical nerve stimulation as analternative therapy for microlaryngeal endoscopic surgery Anesthesia amp AnalgesiaBaltimore v 89 n 5 p 1236-8 Nov 1999

TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendo paracircmetros deestimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85f Dissertaccedilatildeo (mestradoem bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade de Medicina de RibeiratildeoPreto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto2003

TURK D C OKIFUJI A SCHARFF L Chronic pain and depression role of perceivedimpact and perceived control in different ages cohorts Pain Seattle v 61 n 1 p 93-101Apr 1995

VALE F M Dor Novos aspectos fisiopatoloacutegicos e consequumlentes estrateacutegiasfarmacoloacutegicas Revista da Faculdade de Medicina de Lisboa Lisboa v 5 n 5 p 291-304 set-out 2000

VEILLEUX S MELZACK R Pain in psychotic patients Experimental NeurologyMichigan v 52 n 1 p 535-543 Jul 1976

VETTER T R HEINER E J Discordance between patient self-reported visual analog scalepain scores and observed pain-related behavior in older children after surgery Journal ofClinical Anesthesia New York v 8 n 5 p 371-375 Aug 1996

WALL P D The prevention of postoperative pain Pain Seattle v 33 n 2 p 289-90 May1988

WALSH D M et al Transcutaneous electrical nerve stimulation effect of peripheral nerveconduction mechanical pain threshold and tactile threshold in humans Archives of PhysicalMedicine and Rehabilitation Philadelphia v 79 n 9 p 1051-8 Sep 1998

WANG B et al Effect of the intensity of transcutaneous acupoint electrical stimulation onthe postoperative analgesic requirement Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 85 n 2 p406-413 Aug 1997

122

WARNCKE T STUBHAUG A JORUM E Preinjury treatment with morphine orketamine inhibits the development of experimentally induced secondary hyperalgesia in manPain Seattle v 86 n 1-2 p 293-303 Mar 2000

WAY L W DUNPHY J E Biliary tract In WAY L W DUNPHY J E Cirurgiadiagnoacutestico e tratamento 9 ed Rio de Janeiro Guanabara koogan 1993 525-552 p

WILKIESON C A et al Toleration side-effects an efficacy of sulphasalazine in rheumatoidarthritis patients of different ages Quarterly Journal of Medicine Oxford v 86 n 8 p501-505 Aug 1993

WOOD L Fisiologia da dor In KITCHEN S BAZIN S Eletroterapia de Clayton 10ed Satildeo Paulo Manole 1998 80-85 p

WOOLF C J CHONG M-S Preemptive analgesia treating postoperative pain bypreventing the establishment of central sensitization Anesthesia amp Analgesia Baltimore v77 n 2 p 362-379 Aug 1993

WU W-P et al The very-high-efficacy 5-HT1A receptor agonist F 13640 preempts thedevelopment of allodynia-like behaviors in rats with spinal cord injury European Journal ofPharmacology Utrecht v 478 n 2-3 p 131-137 Oct 2003

YENG L T et al Medicina fiacutesica e reabilitaccedilatildeo em doentes com dor crocircnica In TEIXEIRAM J FIGUEIROacute J A B Dor epidemiologia fisiopatologia avaliaccedilatildeo siacutendromesdolorosas e tratamento Satildeo Paulo Grupo Editorial Moreira Jr 2001 131-140 p

ZAacuteRATE E et al The use of transcutaneous acupoint electrical stimulation for preveningnausea and vomiting after laparoscopic surgery Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 92 n3 p 629-35 Mar 2001

ZHOU G Z XI G F Comparison between transcutaneous nerve stimulation analgesiceffect and electroacupuncture Analgesic effect in rabbits Acupuncture and Electro-therapeutics Research Oxford v 11 n 2 p 119-125 May 1986

123

APEcircNDICE

124

APEcircNDICE

APEcircNDICE A ndashndash Ficha de identificaccedilatildeo da paciente

Nuacutemero do estudo __________

Leito__________

Data da cirurgia __________

Hospital ________________________________

Nome___________________________________

Prontuaacuterio da paciente ______________

Idade ________ Peso ________ Estatura ________ Sexo ( ) M ( ) F

Diagnoacutestico cliacutenico _______________________________

Profissatildeo ________________________

Naturalidade _____________________

Niacutevel de escolaridade ( ) Nunca estudou ( ) 1deg grau incompleto ( ) 1deg grau completo

( )2deg grau incompleto ( )2deg grau completo ( )3deg grau incompleto ( )3deg grau completo

Possui ( ) Hepatopatia ( ) Nefropatia ( ) Algum tipo de enfermidade maligna

( ) Hipertensatildeo arterial ( ) Diabetes Outra_________________

Sentia dor Em caso de sim haacute quanto tempo ____________________________________

Utilizava algum medicamento para combatecirc-la ( ) Sim ( ) Natildeo

Qual _____________________________

Faz ou fez uso de algum outro tipo de medicaccedilatildeo para combater essa dor Em caso de sim

qual e haacute quanto tempo

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

125

APEcircNDICE B ndashndash Termo de consentimento livre e esclarecido

A senhora seraacute submetida a uma cirurgia na qual o tratamento poacutes-ciruacutergico eacute feito

com remeacutedios para aliviar a dor A nossa pesquisa intitulada ldquoESTIMULACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

TRANSCUTAcircNEA DO NERVO ANALGESIA PREEMPTIVA EM COLECISTECTOMIA

POR LAPAROTOMIArdquo usaraacute antes da realizaccedilatildeo da cirurgia durante 60 minutos um

aparelho chamado TENS Queremos saber no periacuteodo poacutes-operatoacuterio o seu niacutevel de dor e a

sua satisfaccedilatildeo com o tratamento Esse tipo de tratamento por noacutes proposto natildeo promove danos

lesivos agrave sua sauacutede e natildeo oferece fatores de risco O fato de vocecirc concordar em participar

desse estudo natildeo implica prejuiacutezo agrave sauacutede bem assim natildeo alteraraacute de nenhuma forma o

tratamento jaacute estabelecido

Eu ________________________________ RG _____________________ fui

informada dos objetivos da pesquisa acima de maneira clara e detalhada Recebi informaccedilotildees

a respeito do tratamento proposto e esclareci minhas duacutevidas Sei que a qualquer momento

poderei solicitar novas informaccedilotildees e modificar minha decisatildeo se assim o desejar Sei tambeacutem

que todos os dados dessa pesquisa ficaratildeo em sigilo e terei a liberdade de retirar meu

consentimento de participaccedilatildeo na pesquisa

________________________________ ____________________________

Paciente Pesquisador

Digital (para caso de pacientes natildeo letrados)

126

APEcircNDICE C ndashndash Ficha de aplicaccedilatildeo da TENS e do ato ciruacutergico

APLICACcedilAtildeO DA TENS

Nuacutemero do estudo ________ Leito__________

Grupo a que pertence a paciente ( ) Preemptivo ( ) Placebo

Paracircmetros de aplicaccedilatildeo da TENS duraccedilatildeo de pulso (T) = 250 micros frequumlecircncia (F) = 4 Hz

e tempo = 60 min

Iniacutecio da aplicaccedilatildeo _____________h

Teacutermino da aplicaccedilatildeo ___________h

Obs _______________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ATO CIRUacuteRGICO

ASA I ( ) II ( )

Horaacuterio de induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ____________h

Medicaccedilatildeo anesteacutesica _________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Horaacuterio da cirurgia Iniacutecio ________h Teacutermino ________ h

Duraccedilatildeo da cirurgia _____________min

Meacutedico cirurgiatildeo ______________________________

Meacutedico anestesista _____________________________

Houve alguma intercorrecircncia ciruacutergica ( )Sim ( ) Natildeo

Horaacuterio da intercorrecircncia ______h

OBS_______________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Obs Lembrar de solicitar ao cirurgiatildeo que a dipirona seja prescrita de 6 em 6 h e o

diclofenaco de soacutedio e a metoclopramida como medicaccedilatildeo de resgate Informaacute-lo que essa

prescriccedilatildeo deveraacute ser procedida durante todo o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar

127

APEcircNDICE D ndashndash Ficha de avaliaccedilatildeo da dor pela Escala Numeacuterica de

Mensuraccedilatildeo da Dor

Nuacutemero do estudo_____ Leito __________________Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________Nome da paciente_______________________________________Horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio Anesteacutesico __________h-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------1) Horaacuterio_______h (2 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)

ENDa na cicatriz_______ENDa em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

2) Horaacuterio_______h (3 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDb na cicatriz_______ENDb em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

3) Horaacuterio_______h (4 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDc na cicatriz_______ENDc em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

4) Horaacuterio_______h (5 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDd na cicatriz_______ENDd em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________

Obs______________________________________________________________________

5) Horaacuterio_______h (7 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDe na cicatriz_______ENDe em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) _________________________Obs_____________________________________________________________________

6) Horaacuterio_______h (8 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDf na cicatriz_______ENDf em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

7) Horaacuterio_______h (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDg na cicatriz_______ENDg em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

8) Horaacuterio_______h (agraves 0700 h do dia de alta hospitalar)ENDh na cicatriz_______ENDh em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________Sentiu dor no ombro em algum momento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio _________________

128

APEcircNDICE E ndashndash Questionaacuterio de Dor McGill

Nuacutemero do estudo_____ Leito__________Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________Nome da paciente_______________________________________Aplicaccedilatildeo do MPQ (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico) __________hldquoAlgumas das palavras que eu vou ler descrevem a sua dor atual Diga-me qual palavra de cada grupomelhor descreve a sua dor Natildeo escolha aquelas que natildeo se aplicam Escolha somente uma palavra decada grupo a mais adequada para a descriccedilatildeo de sua dor Caso nenhuma palavra expresse a sua dorvocecirc pode dizer nenhumardquo

1ordf

( ) 1VIBRACcedilAtildeO

( ) 2TREMOR

( ) 3PULSANTE

( ) 4LATEJANTE

( ) 5COMO BATIDA

( ) 6COMO PANCADA

2ordf

( ) 1PONTADA

( ) 2CHOQUE

( ) 3TIRO

3ordf

( ) 1AGULHADA

( ) 2PERFURANTE

( ) 3FACADA

( ) 4PUNHALADA

( ) 5EM LANCcedilA

4ordf

( ) 1FINA

( ) 2CORTANTE

( ) 3ESTRACcedilALHA

5ordf

( ) 1BELISCAtildeO

( ) 2PRESSAtildeO

( ) 3MORDIDA

( ) 4COacuteLICA

( ) 5ESMAGAMENTO

6ordf

( ) 1FISGADA

( ) 2PUXAtildeO

( ) 3EM TORCcedilAtildeO

7ordf

( ) 1CALOR

( ) 2QUEIMACcedilAtildeO

( ) 3FERVENTE

( ) 4EM BRASA

8ordf

( ) 1FORMIGAMENTO

( ) 2COCEIRA

( ) 3ARDOR

( ) 4FERROADA

9ordf

( ) 1MAL LOCALIZADA

( ) 2DOLORIDA

( ) 3MACHUCADA

( ) 4DOIacuteDA

( ) 5PESADA

10ordf

( ) 1SENSIacuteVEL

( ) 2ESTICADA

( ) 3ESFOLANTE

( ) 4RACHANDO

11ordf

( ) 1CANSATIVA

( ) 2EXAUSTIVA

12ordf

( ) 1ENJOADA

( ) 2SUFOCANTE

13ordf

( ) 1CASTIGANTE

( ) 2ATORMENTA

( ) 3ATERRORIZANTE

( ) 4MALDITA

( ) 5MORTAL

14ordf

( ) 1AMEDRONTADA

( ) 2APAVORANTE

( ) 3CRUEL

15ordf

( ) 1MISERAacuteVEL

( ) 2ENLOUQUECEDORA

16ordf

( ) 1CHATA

( ) 2QUE INCOMODA

( ) 3DESGASTANTE

( ) 4FORTE

( ) 5INSUPORTAacuteVEL

129

17ordf

( ) 1ESPALHA

( ) 2IRRADIA

( ) 3PENETRA

( ) 4ATRAVESSA

18ordf

( ) 1APERTA

( ) 2ADORMECE

( ) 3REPUXA

( ) 4ESPREME

( ) 5RASGA

19ordf

( ) 1FRIA

( ) 2GELADA

( ) 3CONGELANTE

20ordf

( ) 1ABORRECIDA

( ) 2DAacute NAacuteUSEA

( ) 3AGONIZANTE

( ) 4PAVOROSA

( ) 5TORTURANTE

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Iacutendice Quantitativo de Dor

Sensorial SensorialAfetiva Afetiva

Avaliativa AvaliativaMiscelacircnea Miscelacircnea

Total Total

130

APEcircNDICE F ndashndash Ficha de avaliaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo dos pacientes pela Escala

de Satisfaccedilatildeo do Paciente

Nuacutemero do estudo_____

Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________

Nome da paciente_______________________________________

Horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio Anesteacutesico __________h

Leito__________

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

1) Horaacuterio_______h (3 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPb_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

2) Horaacuterio_______h (5 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPd_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

3) Horaacuterio_______h (8 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio o bloqueio)ESPf_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

4) Horaacuterio________h (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPg_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

5) Horaacuterio________h (momento da alta hospitalar)ESPh_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

131

APEcircNDICE G ndashndash Ficha de registro da administraccedilatildeo de faacutermacos no poacutes-operatoacuterio

Qual o tempo decorrido desde a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ateacute a 1ordf requisiccedilatildeo deanalgeacutesicos _____

MEDICAMENTO DIA DOSE HORAacuteRIO VIA DE ADMINISTRACcedilAtildeO

DIPIRONA

_____________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

DICLOFENACO DE

SOacuteDIO

_____________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

METOCLOPRAMIDA

____________________________________________

____________________________________________________

________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

OUTROS

____________________________________________

____________________________________________________

________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

Observaccedilotildees sobre naacuteuseas e ecircmesis____________________________________________________________________________________________________________________________

132

APEcircNDICE H ndashndash Questionaacuterio sobre a aplicaccedilatildeo da TENS

As perguntas que eu vou ler para a senhora referem-se agrave TENS (Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica

Transcutacircnea do Nervo) aquele aparelho que foi utilizado na senhora antes da cirurgia

1) A aplicaccedilatildeo da TENS

( ) Natildeo incomodou

( ) Incomodou um pouco

( ) Incomodou razoavelmente

( ) Incomodou muito

2) Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dor poacutes-operatoacuteriausar

( ) Somente a TENS

( ) Somente os medicamentos

( ) A TENS e os medicamentos

133

APEcircNDICE I ndashndash Lista de tabelas com os resultados da pesquisa

Tabela 13 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo preemptivoPaciente a b c d e f g h

1deg 4 3 4 4 3 3 2 22deg 0 0 0 0 0 0 3 03deg 5 5 55 8 8 5 0 04deg 0 0 4 3 75 75 9 35deg 0 2 4 3 5 5 10 06deg 0 0 0 0 5 6 0 77deg 0 0 0 0 0 0 0 08deg 0 0 0 0 0 0 3 29deg 0 0 0 0 1 4 6 0

10deg 0 2 1 3 3 0 2 311deg 0 0 0 5 0 6 3 112deg 0 0 3 3 2 0 3 313deg 0 2 3 6 3 3 4 014deg 0 0 10 10 3 5 7 115deg 3 3 1 3 3 2 2 016deg 0 0 0 0 4 4 6 017deg 0 0 5 3 8 4 3 018deg 0 0 0 0 0 0 3 019deg 0 0 0 0 4 7 9 020deg 0 0 0 0 0 2 2 021deg 0 0 0 1 3 3 2 022deg 0 0 0 2 0 2 0 023deg 5 7 4 7 9 8 8 224deg 0 0 0 35 6 6 1 025deg 4 5 6 5 3 3 2 0

a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da altahospitalar)

134

Tabela 14 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo placeboPaciente a b c d e F g h

1deg 0 0 0 1 5 10 4 42deg 1 1 0 2 3 1 4 23deg 0 0 3 5 10 10 5 54deg 3 5 3 3 3 3 0 25deg 0 0 0 0 4 8 7 46deg 5 5 8 8 3 3 0 07deg 0 0 4 5 9 9 6 08deg 5 10 10 0 0 0 7 19deg 0 2 4 10 8 9 3 8

10deg 0 0 0 0 0 2 3 411deg 0 0 1 4 5 8 7 412deg 0 0 1 4 4 5 5 013deg 0 6 7 4 45 3 3 314deg 0 1 9 9 6 6 4 215deg 0 0 0 4 6 7 5 016deg 0 0 6 10 2 3 4 017deg 1 5 7 8 8 5 4 118deg 0 0 5 8 2 2 3 019deg 0 0 2 3 5 6 0 020deg 0 0 0 10 9 2 6 021deg 2 3 6 7 2 3 3 122deg 0 5 7 2 4 0 0 023deg 0 7 0 0 0 0 1 024deg 0 3 8 8 8 9 8 325deg 1 3 5 5 8 8 0 0

a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da altahospitalar)

135

Tabela 15 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupopreemptivo com o tratamento que estava sendo realizado obtidospela Escala de Satisfaccedilatildeo dos PacientesPaciente b d f g h

1deg 8 8 9 9 92deg 8 10 10 10 103deg 8 8 9 9 94deg 9 9 9 95 105deg 8 10 10 10 106deg 8 8 10 10 107deg 10 10 10 10 108deg 10 10 10 10 109deg 10 10 10 10 10

10deg 10 10 10 10 1011deg 10 10 10 10 1012deg 10 10 10 10 1013deg 10 10 8 10 1014deg 10 10 10 10 1015deg 9 9 9 9 1016deg 8 8 8 9 1017deg 10 10 10 10 1018deg 10 10 10 10 1019deg 10 9 8 6 1020deg 10 10 10 10 1021deg 10 10 10 10 1022deg 10 10 8 9 1023deg 10 10 10 10 1024deg 10 10 10 10 1025deg 10 10 10 10 10

b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)

136

Tabela 16 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupoplacebo com o tratamento que estava sendo realizado obtidos pelaEscala de Satisfaccedilatildeo dos PacientesPaciente b d f g h

1deg 8 10 7 10 82deg 8 8 9 9 93deg 10 10 10 10 104deg 10 10 10 10 105deg 10 10 10 10 106deg 10 10 10 10 107deg 9 6 8 8 98deg 8 8 8 4 39deg 5 5 5 8 10

10deg - - - - -11deg 10 10 10 10 1012deg 7 7 7 5 513deg 9 9 9 9 1014deg 8 6 9 9 1015deg 10 10 8 10 1016deg 10 9 10 10 1017deg 8 10 10 10 1018deg 10 10 10 10 1019deg 10 10 10 10 1020deg 8 10 10 10 1021deg 8 10 10 10 1022deg 10 10 10 10 1023deg 10 10 10 10 1024deg 10 8 9 10 1025deg 10 10 10 10 10

b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar) A 10deg paciente desse grupo natildeo conseguiu compreender a Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

137

Tabela 17 ndashndash Uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico e tempo decorrido desde essa induccedilatildeo ateacute a primeira solicitaccedilatildeodessa droga nos grupos preemptivo e placebo

Uso de diclofenaco de soacutedio Tempo (min)

Paciente Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo

1deg Natildeo Sim - 2302deg Natildeo Natildeo - -3deg Natildeo Sim - 4404deg Natildeo Sim - 2255deg Sim Sim 224 6906deg Natildeo Sim - 5057deg Natildeo Natildeo - -8deg Sim Sim 805 3009deg Sim Natildeo 465 -

10deg Natildeo Sim - 84011deg Sim Natildeo 435 -12deg Sim Natildeo 415 -13deg Sim Sim 330 41014deg Sim Sim 310 36015deg Natildeo Sim - 72216deg Sim Natildeo 716 -17deg Sim Sim 685 40018deg Sim Sim 570 39519deg Natildeo Natildeo - -20deg Natildeo Sim - 61521deg Natildeo Sim - 42022deg Natildeo Natildeo - -23deg Sim Sim 305 50024deg Sim Natildeo 590 -25deg Natildeo Natildeo - -

138

Tabela 18 ndashndash Presenccedila de dor no ombro direito noperiacuteodo poacutes-operatoacuterio nas pacientes dos grupospreemptivo e placebo

Relato de dor no ombro direito

Paciente Grupo preemptivo Grupo placebo

1deg Natildeo Sim2deg Sim Natildeo3deg Natildeo Natildeo4deg Natildeo Sim5deg Sim Sim6deg Natildeo Natildeo7deg Natildeo Natildeo8deg Natildeo Natildeo9deg Sim Natildeo10deg Natildeo Natildeo11deg Natildeo Natildeo12deg Natildeo Sim13deg Natildeo Natildeo14deg Sim Sim15deg Sim Natildeo16deg Natildeo Natildeo17deg Sim Natildeo18deg Natildeo Sim19deg Sim Natildeo20deg Natildeo Natildeo21deg Sim Natildeo22deg Sim Sim23deg Natildeo Natildeo24deg Sim Natildeo25deg Natildeo Sim

139

Tabela 19 ndashndash Quantidade de vezes em que a metoclopramida o diclofenaco de soacutedio e adipirona foram administradas em cada paciente durante todo o periacuteodo poacutes-operatoacuterio em queelas estavam internadas

Metoclopramida (10 mg) Diclofenaco de soacutedio(75 mg)

Dipirona (1 g)

Paciente Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo

1deg - - - 1 7 72deg 1 - 2 2 4 73deg - - - 1 7 74deg - - 1 1 7 75deg - - 2 3 4 76deg - 2 - 1 7 67deg 1 2 - - 6 78deg 1 - 1 2 7 79deg - - 3 - 6 7

10deg 3 - - 1 3 711deg - - 1 - 7 612deg 1 - 1 - 7 713deg - - 1 2 7 714deg - 2 3 1 7 715deg - 2 - 2 7 416deg - 1 - - 7 617deg - 1 1 1 7 718deg - - 1 3 7 719deg - - - 1 6 720deg - - 1 3 7 721deg - - - 1 7 722deg - - 1 1 7 423deg - 2 1 2 7 224deg - 1 3 - 3 425deg - - - 1 7 3

  • ElementosPre-textuaispdf
  • EstimulaccedilatildeoEleacutetricaTranscutacircneaDoNervo-AnalgesiaPreemptivapdf

DEDICATOacuteRIA

Aos meus pais Salvino Guerra Filho e Maria Luiacuteza Ribeiro Guerra por todo o amor

dedicaccedilatildeo e liccedilotildees de vida que possibilitaram a concretizaccedilatildeo desse trabalho

AGRADECIMENTOS

A Deus ser superior que nos acompanha constantemente natildeo apenas nos momentos de

euforia e alegria mas principalmente quando necessitamos de um passo maior para superar os

obstaacuteculos da vida

Ao orientador Prof Dr Luiacutes Vicente Garcia por toda a confianccedila depositada em meu trabalho

desde a eacutepoca em que ainda era um graduando e apoio e incentivo na realizaccedilatildeo dessa

pesquisa mesmo diante de tanto trabalho Obrigado por tudo professor A minha gratidatildeo por

ti eacute imensa Continua sempre com essa energia positiva e essa paz interior que o teu caminho

seraacute sempre bem iluminado

Aos meus pais ndashndash Salvino Guerra Filho e Maria Luiacuteza Ribeiro Guerra irmatildeos ndashndash Salvino

Guerra Neto e Ticiana Ribeiro Guerra e sobrinhos ndashndash Juliano Guerra de Castro e Letiacutecia

Guerra ndashndash por serem o meu grande alicerce O meu amor por vocecircs seraacute eterno

A toda a minha famiacutelia ndashndash tios e primos ndashndash em especial ao Dr Wagner da Silva Ribeiro e a

Ivana Almeida da Silva Ribeiro

Aos meus professores da graduaccedilatildeo Dr Francisco Prado Reis Dr Joseacute Aderval Aragatildeo Dr

Ronaldo Queiroz Gurgel e Dr Walderi Monteiro da Silva Juacutenior verdadeiros pais na minha

vida acadecircmica As liccedilotildees ndashndash cientiacuteficas e de vida ndashndash sempre tatildeo vaacutelidas proveitosas e

essenciais para o processo de aprendizado cientiacutefico ficaratildeo guardadas para todo o sempre

A todos os integrantes do Departamento de Biomecacircnica Medicina e Reabilitaccedilatildeo do

Aparelho Locomotor da Faculdade de Medicina de Ribeiratildeo Preto pela disponibilidade e

atenccedilatildeo fornecidas em especial a Maria de Faacutetima Feitosa Lima

Aos amigos Vaacutelter Joviniano de Santana Filho e Josimari Melo de Santana que sempre me

acolheram como verdadeiros pais nessa nova jornada que se processou em minha vida

Obrigado de coraccedilatildeo a vocecircs pela amizade incentivo carinho e respeito

Aos companheiros de pesquisa Thaiacutesa Barreto Brenno Santiago Jaqueline Lobatildeo Joseacute Nery

Marcelo Prata Paulo Autran Thaiacutes Costa e Renata Essa pesquisa eacute um dos frutos que

colhemos ao longo de todos esses meses

Aos amigos de longas datas pelas saacutebias palavras conselhos viagens e por saberem

compreender o verdadeiro sentido da palavra Amizade Valeska Dias Andrei Ribeiro Thiago

Paulino Taacutecito Leite Murilo Arauacutejo Mariana Godoy Alina Alberto Ribeiro Wylner

Cardozo Elisvacircnia Barroso e Larissa Sampaio

Aos novos amigos que me acolheram em Ribeiratildeo Preto Badauecirc Keka Luquinhas Mateus

Emiacutelson Ricardo Maacutercio Manuela Carol e Mariana Ainda temos muita estrada para

compartilharmos juntos Obrigado por tudo

A todos os integrantes da Liga de Dor de Ribeiratildeo Preto ndashndash professores e estudantes ndashndash pelo

profissionalismo e sobretudo pelo clima de amizade sempre presente Poder compartilhar um

mesmo ambiente com pessoas tatildeo dedicadas e saacutebias tem sido um processo de aprendizado

muito relevante para mim Em especial ao Prof Dr Joseacute Geraldo Speciali e agrave Profordf Drordf

Faacutetima Aparecida Emm Faleiros Souza

Agrave Profordf Drordf Claacuteudia Benedita dos Santos pelo grande apoio na reta final e simpatia sempre

presente Desejo-lhe imenso sucesso nessa proacutexima etapa da sua vida profissional

Agraves funcionaacuterias do Hospital das Cliacutenicas de Ribeiratildeo Preto em especial Rita e Siacutelvia que

sempre me atenderam e ldquosocorreramrdquo com um carinho e simpatia muito grandes

A todos os funcionaacuterios do Hospital Satildeo Domingos Saacutevio ndashndash cirurgiotildees anestesiologistas

enfermeiros teacutecnicas em enfermagem e porteiros ndashndash que sempre se mostraram receptivos a

nossa presenccedila e principalmente aos pacientes que se disponibilizaram a participar da nossa

pesquisa

ldquoAprendemos em decorrecircncia de literalmente centenas de experiecircncias que existe um limite

para a eficaacutecia de qualquer terapia empregada poreacutem felizmente os efeitos de duas ou mais

terapias fornecidas em combinaccedilatildeo satildeo cumulativosrdquo

Melzack e Wall 1987

RESUMO

GUERRA D R Estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea do nervo analgesia preemptiva emcolecistectomia por laparotomia 2005 139 f Dissertaccedilatildeo de mestrado ndashndash Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto 2005

Introduccedilatildeo O uso da Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo (TENS) vem sendo muito

pesquisado em poacutes-operatoacuterios todavia os estudos natildeo analisam se a TENS de baixa

frequumlecircncia ndashndash que estimula a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos ndashndash seria eficiente em promover

analgesia preemptiva Objetivo Analisar se essa modalidade de TENS aplicada antes de

colecistectomias por laparotomia poderia proporcionar analgesia preemptiva Casuiacutestica e

meacutetodo A pesquisa ndashndash cliacutenica controlada randomizada e duplamente encoberta ndashndash foi

realizada no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio e teve uma amostra de 50 pacientes todas do sexo

feminino grupo preemptivo (n = 25) e placebo (n = 25) As pacientes do primeiro grupo

foram submetidas agrave aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia antes da cirurgia e as do grupo

placebo a uma falsa estimulaccedilatildeo Houve a padronizaccedilatildeo do cloridrato de bupivacaiacutena (05)

como droga anesteacutesica associado ao fentanil (2 ml) para a realizaccedilatildeo das colecistectomias e

da medicaccedilatildeo analgeacutesica utilizada no poacutes-operatoacuterio dipirona prescrita de 6 em 6 horas e

diclofenaco de soacutedio como medicaccedilatildeo de resgate A intensidade de dor poacutes-operatoacuteria foi

mensurada pela Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END) em 8 momentos (2frac12 3frac12

4frac12 5frac12 7 8 e 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico aleacutem de uma uacuteltima

verificaccedilatildeo no momento da alta hospitalar) e pelo Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ)

aplicado 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico Outrossim o grau de satisfaccedilatildeo das

pacientes com o tratamento foi mensurado pela Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (ESP) Os

dados foram analisados por meio de testes estatiacutesticos descritivos Teste de Mann-Whitney

Teste-t de Student para amostras natildeo-pareadas e qui-quadrado sendo o niacutevel de significacircncia

de 5 Resultados A intensidade de dor mensurada pela END foi significantemente menor

no grupo preemptivo nas terceira e quarta coletas Natildeo houve diferenccedila significante quanto

aos iacutendices obtidos pelo MPQ e nem quanto agrave satisfaccedilatildeo das pacientes o consumo de drogas

analgeacutesicas no poacutes-operatoacuterio e o tempo para o primeiro requerimento de diclofenaco de

soacutedio Conclusatildeo A TENS de baixa frequumlecircncia proporcionou analgesia preemptiva apoacutes

colecistectomia por laparotomia

Palavras-chave dor estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea do nervo colecistectomia analgesiapreemptviva

ABSTRACT

GUERRA D R Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation preemptive analgesia inopen cholecystectomy 2005 139 f Masterrsquos dissertation ndashndash Faculdade de Medicina deRibeiratildeo Preto Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto 2005

Introduction Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation (TENS) has been searched in the

postoperative period however these studies donrsquot analyze whether low frequency TENS ndashndash

that stimulates the release of endogenous opioids ndashndash could be efficient to provide preemptive

analgesia Objective The aim of this study was to verify whether low frequency TENS

applied before open cholecystectomies could provide it Cases and method It was a

controlled randomized and double-blinded trial carried out at the Hospital Satildeo Domingos

Saacutevio (Aracaju city Brazil) and had a sample of 50 patients preemptive group (n = 25) and

placebo (n = 25) The patients from the first group were submitted to the application of TENS

before the surgery and the placebo group to a false stimulation There was the standardization

of the bupivacaine (05 ) as anesthetic drug plus fentanyl (2 ml) for the accomplishment of

the cholecystectomies and of the analgesic medication used in the postoperative period

dipyrone prescribed for every 6 hours and diclofenac only if the patients complained about

pain Pain intensity was measured by the Numerical Rating Scale (NRS) in 8 moments (2frac12

3frac12 4frac12 5frac12 7 8 e 16 hours after inducing the anesthesia besides one last verification at the

hospital discharge) and by the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (Br-MPQ)

applied 16 hours after inducing the anesthesia Patient satisfaction level in relation to the

treatment was measured by the Patient Satisfaction Scale (PSS) The data were analyzed by

Mann-Whitney Test unpaired t-test and qui-square being significant those data with p lt

005 Results Pain intensity measured by the NRS was lower in the preemptive group in the

third and fourth verifications There was no difference neither in relation to the indexes

obtained with the Br-MPQ nor the PSS consume of analgesics in the postoperative and time

for the first request of diclofenac Conclusion Low frequency TENS provided preemptive

analgesia after open cholecystectomy

Keywords pain transcutaneous electrical nerve stimulation cholecystectomy preemptive

analgesia

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 ndashndash Aparelho Dualpex 961

Figura 2 ndashndash Aparelho Physiotonus Four

Figura 3 ndashndash Simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENS

Figura 4 ndashndash Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor numerada de 0 a 10cm

Graacutefico 1 ndashndash Representaccedilatildeo das idades das pacientes

Graacutefico 2 ndashndash Representaccedilatildeo dos pesos das pacientes

Graacutefico 3 ndashndash Representaccedilatildeo das estaturas das pacientes

Graacutefico 4 ndashndash Representaccedilatildeo dos Iacutendices de Massa Corporal (IMC) das pacientes

Graacutefico 5 ndashndash Relato das pacientes sobre o periacuteodo em meses em que vinham sentindodor devido agrave doenccedila da vesiacutecula biliar

Graacutefico 6 ndashndash Estado fiacutesico das pacientes de acordo com a classificaccedilatildeo da SociedadeAmericana de Anestesiologia

Graacutefico 7 ndashndash Relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos antes da colecistectomiapara o tratamento da dor decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou deoutras doenccedilas crocircnicas

Graacutefico 8 ndashndash Representaccedilatildeo do tempo decorrido desde o teacutermino da aplicaccedilatildeo daEstimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo ateacute a induccedilatildeo do bloqueioAnesteacutesico nas pacientes

Graacutefico 9 ndashndash Representaccedilatildeo da duraccedilatildeo das cirurgias

Graacutefico 10 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia da intensidade de dor incisional por meio daEND (Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)

Graacutefico 11 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento queestava sendo realizado obtida pela ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente)

Graacutefico 12 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total eem cada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivoe placebo

Graacutefico 13 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia do Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e emcada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo eplacebo

35

35

37

39

46

47

47

48

50

51

52

53

54

56

58

64

66

Graacutefico 14 ndashndash Representaccedilatildeo do consumo de diclofenaco de soacutedio pelas pacientes nasprimeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico

Graacutefico 15 ndashndash Representaccedilatildeo dos intervalos desde a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ateacute asolicitaccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio nas pacientes que assim a fizeram nasprimeiras 16 horas apoacutes tal induccedilatildeo

Graacutefico 16 ndashndash Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram diclofenaco de soacutedio desdeo iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar

Graacutefico 17 ndashndash Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram dipirona desde o iniacutecio doperiacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar

Graacutefico 18 ndashndash Ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes em algummomento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio durante a internaccedilatildeo hospitalar

Graacutefico 19 ndashndash Uso de metoclopramida pelas pacientes durante o periacuteodo de internaccedilatildeohospitalar

Graacutefico 20 ndashndash A aplicaccedilatildeo da TENS

Graacutefico 21 ndashndash Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dorpoacutes-operatoacuteria usar

67

68

69

70

71

72

73

74

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndashndash Dados demograacuteficos da amostra

Tabela 2 ndashndash Distribuiccedilatildeo da categoria de peso das pacientes de acordo com os dadosobtidos pelo iacutendice de massa corporal (IMC)

Tabela 3 ndashndash Niacutevel de escolaridade das pacientes

Tabela 4 ndashndash Diagnoacutestico cliacutenico das pacientes

Tabela 5 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) da intensidade de dorincisional mensurada por meio da END (Escala Numeacuterica deMensuraccedilatildeo da Dor

Tabela 6 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) do grau de satisfaccedilatildeodas pacientes com o tratamento que estava sendo realizado

Tabela 7 ndashndash Relaccedilatildeo dos descritores do Questionaacuterio de Dor McGill selecionadospelas pacientes

Tabela 8 ndashndash Nuacutemero de pacientes que selecionou cada subcategoria do Questionaacuterio deDor McGill

Tabela 9 ndashndash Descritores do Questionaacuterio de Dor McGill mais frequumlentementeselecionados pelas pacientes

Tabela 10 ndashndash Iacutendice do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill

Tabela 11 ndashndash Relaccedilatildeo do Nuacutemero de Palavras Escolhidas nas categorias sensorial(NWC-S) e afetiva (NWC-Af) entre os grupos preemptivo e placebo

Tabela 12ndashndash Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cada categoria doQuestionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placebo

Tabela 13 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo preemptivo

Tabela 14 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo placebo

Tabela 15 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupo preemptivo com otratamento que estava sendo realizado obtidos pela Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

Tabela 16 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupo placebo com otratamento que estava sendo realizado obtidos pela Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

46

49

49

49

55

57

60

61

62

63

63

65

133

134

1356

Tabela 17 ndashndash Uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico e tempo decorrido desde essa induccedilatildeo ateacute a primeirasolicitaccedilatildeo dessa droga nos grupos preemptivo e placebo

Tabela 18 ndashndash Presenccedila de dor no ombro direito no periacuteodo poacutes-operatoacuterio naspacientes dos grupos preemptivo e placebo

Tabela 19 ndashndash Quantidade de vezes em que a metoclopramida o diclofenaco de soacutedio ea dipirona foram administradas em cada paciente durante todo o periacuteodopoacutes-operatoacuterio em que elas estavam internadas

136

137

138

139

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACTH

AMPc

ASA

acirc-LPH

END

ESP

Adrenocorticotropina

Adenosina monofosfato

American Society of Anesthesiology (Sociedade Americana de Anestesiologia)

acirc-lipotropina

Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente

IASP International Association for the Study of Pain (Associaccedilatildeo Internacional para o

Estudo da Dor)

IBA

IMC

MPQ

NMDA

NWC

NWC-t

NWC-s

NWC-af

NWC-av

NWC-m

PPI

Iniacutecio do Bloqueio Anesteacutesico

Iacutendice de Massa Corporal

McGill Pain Questionnaire (Questionaacuterio de Dor McGill)

N-metil-D-aspartato

Number of Words Chosen (Nuacutemero de Palavras Escolhidas)

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Total

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Sensorial

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Afetiva

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Avaliativa

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Miscelacircnea

Present Pain Intensity (Intensidade de Dor Presente)

PRI Pain Rating Iacutendex (Iacutendice Quantitativo de Dor)

RNA

SEM

Aacutecido Ribonucleacuteico

Standard Error Mean (Erro Padratildeo da Meacutedia)

SN

SUS

TENS

TNLs

VAS

Sistema Nervoso

Sistema Uacutenico de Sauacutede

Transcutaneus Electrical Nerve Stimulation (Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do

Nervo)

Terminaccedilotildees Nervosas Livres

Visual Analogue Scale (Escala Analoacutegica Visual)

LISTA DE SIacuteMBOLOS

cm Centiacutemetro

g

H+

K+

h

Hz

Kg

m

ml

min

micros

acirc

auml

divide2

Grama

Iacuteon hidrogecircnio

Iacuteon potaacutessio

Hora

Hertz

Kilograma

Metro

Mililitro

Minuto

Microsegundo

Beta

Delta

Qui-quadrado

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 18

2 OBJETIVO

3 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

31 DESENHO DO ESTUDO

32 LOCAL

33 CASUIacuteSTICA E CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO E EXCLUSAtildeO

34 INTERNAMENTO DAS PACIENTES

35 RANDOMIZACcedilAtildeO

36 AVALIACcedilAtildeO CLIacuteNICA

37 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

38 MATERIAIS

39 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

391 Os grupos de pacientes da pesquisa

392 Teacutecnica de aplicaccedilatildeo da TENS

393 Teacutecnica anesteacutesica

394 Cirurgia e prescriccedilatildeo de medicamentos

395 Instrumentos de coleta de dados

3951 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END)

3952 Questionaacuterio de Dor McGill

3953 Escala de Satisfaccedilatildeo dos Pacientes

3954 Ficha do consumo de faacutermacos

3955 Questionaacuterio sobre a aplicaccedilatildeo da TENS

310 ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS DADOS

311 TEacuteCNICA UTILIZADA PARA A DEMONSTRACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

27

29

29

29

29

32

33

33

34

34

35

35

36

37

38

39

39

40

41

42

42

43

43

4 RESULTADOS

5 DISCUSSAtildeO

51 DADOS DEMOGRAacuteFICOS E CLIacuteNICOS

52 ANAacuteLISE DA DOR PELA ESCALA NUMEacuteRICA DE MENSURACcedilAtildeO DA DOR

53 ANAacuteLISE DA SATISFACcedilAtildeO DAS PACIENTES COM O TRATAMENTO

44

75

76

79

90

54 ANAacuteLISE DA DOR PELO QUESTIONAacuteRIO DE DOR McGILL

55 TEMPO PARA A PRIMEIRA ADMINISTRACcedilAtildeO DO DICLOFENACO DE

SOacuteDIO

56 ANAacuteLISE DO CONSUMO DE ANALGEacuteSICOS NO POacuteS-OPERATOacuteRIO

57 DOR REFERIDA

58 ANAacuteLISE DO CONSUMO DE METOCLOPRAMIDA

59 QUESTIONAacuteRIO SOBRE A TENS

6 CONCLUSAtildeO

92

99

101

104

105

106

108

REFEREcircNCIAS 110

APEcircNDICES 123

18

INTRODUCcedilAtildeO

19

1 INTRODUCcedilAtildeO

A dor um dos mais importantes mecanismos de defesa do corpo humano propicia

um sinal de alerta ao enceacutefalo de que os tecidos estatildeo expostos a uma situaccedilatildeo de perigo

mesmo que a dor ocorra antes de um real dano fiacutesico Haacute longiacutenquo tempo o homem pesquisa

maneiras para aliviar a dor o que proporcionou vaacuterios avanccedilos no campo das modalidades

analgeacutesicas com destaque para os opioacuteides ndashndash entre os faacutermacos e na fisioterapia os

estimuladores eleacutetricos como a Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo (Transcutaneus

Electrical Nerve Stimulation ndashndash TENS) modalidade terapecircutica que consiste na aplicaccedilatildeo de

corrente eleacutetrica ao corpo humano com fins analgeacutesicos (CHANDRAN SLUKA 2003

DuGAS 1988 FORTH BEYER PETER 1995 LOW REED 2001 STARKEY 2001

TEIXEIRA SOUZA 2001 WOOD 1998)

A tecnologia e a ciecircncia deram suporte agrave TENS natildeo apenas pela criaccedilatildeo dos

modernos e praacuteticos aparelhos eletroteraacutepicos mas tambeacutem pelo conhecimento acerca do seu

mecanismo de accedilatildeo possibilitando que essa teacutecnica fosse amplamente difundida em vaacuterios

paiacuteses De um modo geral a TENS possui inuacutemeras indicaccedilotildees podendo ser aplicada em

qualquer siacutendrome dolorosa aguda ou crocircnica de causa diagnosticada inclusive no periacuteodo

poacutes-operatoacuterio (ANTUNES et al 2002 BUTTON SAWYER 1999 CREPON 1996

DAMIANE C DAMIANE G 1998 IMAMURA et al 1995 ROBINSON 2001

SANTIESTEBAN 1993 SLUKA WALSH 2003)

Ultimamente tem-se abordado bastante o uso da TENS para o tratamento de dores

poacutes-operatoacuterias como as decorrentes de cirurgias cardiacuteacas colecistectomias toracotomias

endoscopias microlariacutengeas cirurgias laparoscoacutepicas gastrectomias entre outras A TENS

tem sido na maioria das pesquisas um recurso analgeacutesico eficiente em poacutes-operatoacuterios na

dependecircncia do tipo de cirurgia metodologia empregada grau de dor gerado e medicaccedilatildeo

20

concorrente Todavia as pesquisas tecircm restringido seu uso somente ao periacuteodo poacutes-ciruacutergico

natildeo a empregando antes de cirurgias com o intuito de tratar a dor antes mesmo do seu

surgimento (BENEDETTI et al 1997 CARROL BADURA 2001 LOMBARD et al 1996

MARIANO BEN 1998 MARIN CASTRO 1986 TOYOTA SATAKE AMAKI 1999

ZAacuteRATE et al 2001)

Existem quatro modalidades de TENS convencional acupuntura burst e breve-

intensa A TENS acupuntura muito conhecida como TENS de baixa frequumlecircncia estimula a

liberaccedilatildeo pela glacircndula hipoacutefise de ACTH (adrenocorticotropina) e acirc-lipotropina (acirc-LPH)

que eacute a substacircncia precursora da acirc-endorfina ocorrendo entatildeo a ligaccedilatildeo dessa com os

receptores das fibras nervosas bloqueando assim a passagem do impulso doloroso As acirc-

endorfinas permaneceriam circulando pelo organismo durante algumas horas promovendo

analgesia prolongada Outros autores relatam que haacute tambeacutem com o uso da TENS de baixa

frequumlecircncia a liberaccedilatildeo de outros tipos de opioacuteides endoacutegenos (BISSCHOP G BISSCHOP

Eacute COMMANDREacute 2001 CHESTERTON et al 2003 CREPON 1996 DAMIANE C

DAMIANE G 1998 ROBINSON 2001 SALGADO 1999 SLUKA et al 1999 SLUKA

2000 STARKEY 2001)

O uso da TENS para o tratamento da dor poacutes-operatoacuteria eacute estimulado pela tendecircncia

atual da analgesia multimodal que se caracteriza pela combinaccedilatildeo sineacutergica de agentes

analgeacutesicos ndashndash farmacoloacutegicos e natildeo-farmacoloacutegicos ndashndash com diferentes mecanismos de accedilatildeo e

vias de administraccedilatildeo proporcionando analgesia mais efetiva e com menor incidecircncia de

efeitos adversos devido agraves menores dosagens empregadas (LABRADA JIMEacuteNEZ-

GARCIA 2004 TORRE et al 2002) Outros recursos natildeo-farmacoloacutegicos tambeacutem tecircm sido

usados como acupuntura eletroacupuntura termoterapia massoterapia cinesioterapia

posicionamento imobilizaccedilatildeo outras correntes eletroanalgeacutesicas e teacutecnicas de relaxamento

meditaccedilatildeo e imaginaccedilatildeo (SOFAER 1994 YENG et al 2001)

21

Seguindo esse conceito de analgesia multimodal alguns experimentos cliacutenicos tecircm

analisado o efeito da analgesia preemptiva O qualificativo traduzido livremente do inglecircs

para a liacutengua portuguesa tem origem da palavra preemptive e significa profilaacutetico Assim

drogas analgeacutesicas e anesteacutesicas tecircm sido administradas antes mesmo do ato ciruacutergico com o

objetivo de minimizar o quadro aacutelgico no poacutes-operatoacuterio por inibiccedilatildeo dos fenocircmenos de

hipersensibilidade central e perifeacuterica Embora satisfatoacuterios resultados jaacute tenham sido obtidos

com a utilizaccedilatildeo desse meacutetodo ainda existem muitas controveacutersias sobre o tema tendo em

vista algumas tentativas frustradas de se obter esse tipo de estrateacutegia de analgesia (AIDA et

al 1999 KONRAD CORDEIRO COELI 2001 MCQUAY 1995 MOINICHE KEHLET

DAHL 2002 ONG et al 2005 PONTES PRADO 2002 SEKAR et al 2004 SINATRA

2002 WARNCKE STUBHAUG JORUM 2000)

Uma das questotildees mais polecircmicas sobre a analgesia preemptiva reside no seu

proacuteprio conceito e eacute relevante que esse seja bem definido para evitar interpretaccedilotildees erradas de

resultados Kissin (1994) afirma que constantemente haacute um errocircneo uso do termo em questatildeo

que deve ser restrito apenas agrave intervenccedilatildeo procedida antes da cirurgia com o objetivo de

reduzir a dor poacutes-operatoacuteria De acordo com Hepner (2000) algumas pesquisas vg a de

Motamed (2000) tecircm analisado o efeito de drogas antes do fechamento da incisatildeo ciruacutergica o

que natildeo caracteriza a analgesia preemptiva jaacute que o procedimento natildeo fora realizado antes da

cirurgia (ONG et al 2005)

Kissin (2000) criticou as 3 definiccedilotildees mais usadas de analgesia preemptiva a)

tratamento que comeccedila antes da cirurgia b) que previne o estabelecimento da

hipersensibilidade central causada pela lesatildeo incisional e c) que previne a hipersensibilidade

central causada pelas lesotildees incisional e inflamatoacuteria A primeira seria errocircnea pois a palavra

preemptivo significa preventivo e natildeo somente antes da incisatildeo ciruacutergica Assim bloqueios

ineficientes natildeo podem ser considerados preemptivos A segunda seria muito restrita pois

22

exclui a hipersensibilidade central causada pela inflamaccedilatildeo que ocorre no periacuteodo poacutes-

operatoacuterio inicial ideacuteia ratificada por Ong et al (2005) Contudo essa eacute a mais utilizada visto

que as diferenccedilas entre os resultados obtidos com as intervenccedilotildees que se processam antes e

apoacutes a cirurgia a evidenciam A uacuteltima eacute a mais ampla pois tambeacutem abrange a prevenccedilatildeo da

hipersensibilidade provocada pelo processo inflamatoacuterio

Inicialmente seu conceito abrangia apenas o tempo de administraccedilatildeo da droga para

verificar seu efeito comparando os momentos preacute e poacutes-operatoacuterios poreacutem natildeo englobava os

estudos que comparavam tratamentos com uso de medicaccedilatildeo analgeacutesica preacute-operatoacuteria versus

aqueles que natildeo a utilizavam (MOINICHE KEHLET DAHL 2002) Esse eacute o conceito de

analgesia preemptiva que estamos utilizando nessa pesquisa em que iremos comparar o uso

da TENS no periacuteodo preacute-operatoacuterio com um grupo placebo e natildeo comparar o seu efeito preacute

versus poacutes-operatoacuterio Alguns autores consideram que esse desenho de estudo estabelecido

em nossa pesquisa verificaria apenas uma analgesia preventiva e natildeo preemptiva natildeo

obstante nos detemos agravequeles que tambeacutem consideram esse desenho como meacutetodo para

verificar analgesia preemptiva

A colecistectomia eacute a cirurgia realizada para extrair a vesiacutecula biliar que se encontra

enferma seja devido a caacutelculos inflamaccedilotildees eou infecccedilotildees tendo uma alta incidecircncia

principalmente sobre a populaccedilatildeo mais idosa Ela pode ser procedida por laparotomia ou

laparoscopia O primeiro meacutetodo que eacute mais agressivo proporciona dor de caraacuteter moderado

a intenso no poacutes-operatoacuterio em decorrecircncia da incisatildeo ciruacutergica manipulaccedilatildeo da regiatildeo

ocasional irritaccedilatildeo da pleura pulmonar diafragmaacutetica e do nervo frecircnico e processo

inflamatoacuterio (ANDRADE 2002 BLUMGART 1988 BRENTANO 2003 GOFFI GOFFI

JUacuteNIOR SORBELLO 1996 MACHADO RAIA 1994 MARIANO BEN 1998

MERINO 2001 PEREacuteZ-AYUSO 2002 ROSLYN ZINNER 1996 WAY DUNPHY

1993)

23

Quando ocorre a lesatildeo tecidual perifeacuterica ndashndash decorrente vg da cirurgia ndashndash haacute dois

tipos de respostas do Sistema Nervoso (SN) sensibilizaccedilatildeo perifeacuterica ndashndash que eacute a diminuiccedilatildeo

do limiar de excitabilidade dos nociceptores perifeacutericos e sensibilizaccedilatildeo central ndashndash aumento

da excitabilidade dos neurocircnios da medula espinhal Essas modificaccedilotildees determinaratildeo o

estado de hipersensibilidade dolorosa caracteriacutestico de poacutes-operatoacuterios em que se verifica

reduccedilatildeo do limiar de dor e aumento da resposta aos estiacutemulos nocivos tanto no local da lesatildeo

quanto nos tecidos adjacentes (VALE 2000 WOOLF CHONG 1993)

Sabe-se que apoacutes o trauma ciruacutergico altas concentraccedilotildees de substacircncias

algiogecircnicas satildeo liberadas de ceacutelulas lesadas como os leucoacutecitos mastoacutecitos e plaquetas e de

moleacuteculas livres presentes no interior dos vasos sanguumliacuteneos Dentre essas substacircncias

destacam-se prostaglandinas leucotrienos aacutecido araquidocircnico bradicininas H+ K+

histamina substacircncia P tromboxanos serotonina entre outras que satildeo capazes de

sensibilizar os nociceptores das fibras Aauml e C amplamente distribuiacutedos nos tecidos

facilitando a transmissatildeo do impulso doloroso fenocircmeno conhecido como hiperalgesia

primaacuteria caracterizado pela reduccedilatildeo do limiar das terminaccedilotildees nervosas livres (TNLs) aos

estiacutemulos nocivos Em algumas horas a hiperalgesia secundaacuteria aumenta o tamanho da aacuterea

dolorida agrave medida que substacircncias quiacutemicas se difundem aos tecidos vizinhos tornando-os

hipersensiacuteveis (BONICA et al 1990 BRIDENBAUGH 1994 KISSIN 2000 ONG et al

2005 SINATRA 2002 STARKEY 2001 WOOLF CHONG 1993)

Sob condiccedilotildees normais os impulsos das fibras aferentes primaacuterias e dos

interneurocircnios espinhais ativam somente a zona de gatilho da ceacutelula localizada no seu centro

natildeo sendo suficiente para deflagrar o potencial de accedilatildeo na regiatildeo adjacente a este sendo o

estiacutemulo entatildeo sublimiar Todavia quando essas ceacutelulas sofrem sensibilizaccedilatildeo esses inputs

que eram sublimiares satildeo convertidos em estiacutemulos supra-limiares A maior excitabilidade

dessas ceacutelulas eacute responsaacutevel pela expansatildeo do nuacutemero de receptores especializados aumento

24

da magnitude e duraccedilatildeo da resposta aos estiacutemulos supra-limiares e reduccedilatildeo do limiar

incluindo aumento da excitabilidade tambeacutem dos mecanorreceptores de baixo limiar

(WOOLF CHONG 1993)

Isso tudo ocorreria porque a repetida deflagraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo nas fibras Aauml

e C acarretaria liberaccedilatildeo na medula espinhal de aacutecido glutacircmico e neuropeptiacutedeos A somaccedilatildeo

desses potenciais provoca progressivo aumento e duraccedilatildeo da despolarizaccedilatildeo dos neurocircnios da

coluna dorsal que ocorre em consequumlecircncia agrave ativaccedilatildeo de receptores N-metil-D-aspartato

(NMDA) e possivelmente de receptores de taquininas pela substacircncia P e neurocinina A

Essa ativaccedilatildeo seria resultado da entrada de caacutelcio atraveacutes dos canais iocircnicos ligante e

voltagem dependentes e da ativaccedilatildeo de proteiacutenas guanosina trifosfato e promoveria

mudanccedilas da concentraccedilatildeo de mensageiros secundaacuterios nos neurocircnios espinhais Esses

mensageiros secundaacuterios incluindo o AMPc (adenosina monofosfato) ciacuteclico alteram a

ativaccedilatildeo da proteiacutena cinase que pela fosforilaccedilatildeo de proteiacutenas como canais iocircnicos e

enzimas podem alterar suas funccedilotildees A ativaccedilatildeo da proteiacutena quinase em resposta agrave substacircncia

P tem demonstrado exercer um efeito de feedback positivo nos receptores NMDA dos

neurocircnios espinhais aumentando a eficaacutecia deles pela reduccedilatildeo da sua suscetibilidade ao

bloqueio de Magneacutesio (WOOLF CHONG 1993)

Mensageiros secundaacuterios podem tambeacutem dar origem a moleacuteculas de natureza ainda

natildeo bem elucidada que penetram nos neurocircnios e alcanccedilam o nuacutecleo celular provocando

modificaccedilotildees em sua expressatildeo geneacutetica com subsequumlente siacutentese de RNA mensageiro Este

estimula a produccedilatildeo de moleacuteculas que atuam como receptores excitatoacuterios e tambeacutem estaacute

envolvido na siacutentese de neurotransmissores retroacutegrados como oacutexido niacutetrico monoacutexido de

carbono e prostaglandinas que se disseminam das ceacutelulas para o interstiacutecio acarretando

liberaccedilatildeo de mais neurotransmissores excitatoacuterios dos aferentes primaacuterios O termo wind up

tem sido empregado para descrever esse aumento da excitabilidade dos neurocircnios do corno

25

posterior da medula espinhal Parece existir tambeacutem sensibilizaccedilatildeo neuronal das estruturas do

sistema liacutembico e nuacutecleos talacircmicos (KELLY AHMAD BRULL 2001 SINATRA 2002

TEIXEIRA 2001 WOOLF CHONG 1993)

Opioacuteides ndashndash sistecircmicos ou locais ndashndash anesteacutesicos locais antiinflamatoacuterios natildeo-

esteroidais antagonistas de receptores NMDA e antagonistas do receptor aacute-2 adreneacutergico tecircm

sido usados na tentativa de promover analgesia preemptiva por meio da inibiccedilatildeo de alguns

desses fenocircmenos citados anteriormente contudo o uso de recursos natildeo-farmacoloacutegicos

ainda natildeo tem sido muito empregado para tal finalidade (AIDA et al 1999 GOTTSCHALK

OCHROCH 2003 MAESTRONI et al 2002 MOINICHE KEHLET DAHL 2002

ROSAEG et al 2001 SINATRA 2002 TAYLOR 2002 WU et al 2003)

Logo a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia no momento imediatamente anterior

agrave realizaccedilatildeo da colecistectomia por laparotomia tem o intuito de promover uma

eletroanalgesia preemptiva ndashndash por meio da minimizaccedilatildeo da hipersensibilidade central ndashndash que

poderia modular a dor poacutes-operatoacuteria nas suas propriedades mais marcantes latecircncia

duraccedilatildeo intensidade e remissatildeo Isso poderia ocorrer pois a TENS poderia estimular a

liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos que por sua vez iriam prevenir a sensibilizaccedilatildeo central

O emprego da TENS de baixa frequumlecircncia para o tratamento da dor poacutes-operatoacuteria

pode proporcionar uma diminuiccedilatildeo da administraccedilatildeo dos faacutermacos analgeacutesicos habitualmente

usados no poacutes-operatoacuterio evitando alguns efeitos adversos decorrentes do uso dessas drogas

eg naacuteuseas vocircmito reaccedilotildees toacutexicas e aleacutergicas hipotensatildeo retenccedilatildeo urinaacuteria sonolecircncia

depressatildeo respiratoacuteria convulsatildeo constipaccedilatildeo e prurido A TENS aleacutem de natildeo ocasionar

esses problemas eacute um meacutetodo natildeo-invasivo de faacutecil aplicabilidade e que tem um pequeno

nuacutemero de contra-indicaccedilotildees (ANTUNES et al 2002 CHEN et al 1998 EISENBAUER

MURPHY 1998 FRAMPTON 1998 JAFFE MARTIN 1991 MARIANO BEN 1998

SILVA 1998 SLUKA et al 1999 TRIBIOLI 2003) De acordo com a pesquisa de Silveira

26

e Lima (2004) a TENS utilizada como meacutetodo analgeacutesico no poacutes-operatoacuterio imediato de

hernioplastia inguinal foi economicamente mais viaacutevel do que o tratamento convencional

visto que houve significante reduccedilatildeo das despesas hospitalares durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo dos pacientes em virtude do menor consumo de analgeacutesicos seringas descartaacuteveis

agulhas aacutelcool algodatildeo e luvas descartaacuteveis ndashndash materiais natildeo-biodegradaacuteveis que podem

proporcionar poluiccedilatildeo ambiental apresentar certo grau toacutexico e ocasionar infecccedilotildees Ong et

al (2005) ressaltam sobre a relevacircncia de se diminuir os custos com medicamentos e que a

analgesia preemptiva talvez possa contribuir para tal

27

OBJETIVO

28

2 OBJETIVO

A presente pesquisa teve como objetivo analisar o efeito da TENS de baixa

frequumlecircncia como recurso analgeacutesico preemptivo em pacientes submetidas a colecistectomia

por laparotomia

29

CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

30

3 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

31 Desenho do Estudo

Esse estudo foi uma pesquisa cliacutenica prospectiva controlada randomizada e

duplamente encoberta

32 Local

A pesquisa foi procedida no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio privado localizado na

cidade de Aracaju no periacuteodo de dezembro de 2003 a abril de 2005 com a experimentaccedilatildeo

em pacientes que foram submetidos a colecistectomia por laparotomia com incisatildeo do tipo

transversa subcostal direita sendo utilizada a TENS de baixa frequumlecircncia

33 Casuiacutestica e Criteacuterios de Inclusatildeo e Exclusatildeo

Como criteacuterios de inclusatildeo ficou estabelecido que soacute participariam da pesquisa os

pacientes que

bull fossem submetidos agrave colecistectomia por laparotomia em caraacuteter eletivo apenas com

incisatildeo transversa subcostal

bull tivessem sido operados por meio de financiamento do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

numa tentativa de ldquopadronizarrdquo a classe social dos pacientes

bull fossem operados no periacuteodo da tarde para evitar possiacuteveis influecircncias do ciclo circadiano

(MORIN et al 2000)

31

bull pertencessem ao sexo feminino somente para evitar a possibilidade de influecircncia do sexo

na percepccedilatildeo do fenocircmeno doloroso A escolha do sexo teve como fator preponderante a

alta incidecircncia de colecistectomias sobre as mulheres implicando minimizaccedilatildeo da

dificuldade em se obter uma casuiacutestica satisfatoacuteria Ademais ateacute por fatores culturais as

mulheres da nossa sociedade satildeo consideradas no que se concerne aos seus relatos sobre

dor mais sinceras do que os homens que muitas vezes natildeo satildeo tatildeo fidedignos por

questotildees machistas a esses relatos

bull possuiacutessem idade entre 21 e 65 anos

bull pertencessem aos estados fiacutesicos I e II da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA)

ASA I eacute a classificaccedilatildeo empregada para pacientes saudaacuteveis que natildeo tenham doenccedila de

base e ASA 2 para os que possuem uma doenccedila de base controlada com ou sem drogas

bull fossem naturais do Brasil e que compreendessem bem a liacutengua portuguesa para evitar

possiacuteveis dificuldades durante a coleta de dados

bull natildeo tivessem distuacuterbios de audiccedilatildeo visatildeo ou fala

bull natildeo tivessem distuacuterbios mentais eou intelectuais para natildeo somente compreender e aceitar

participar da pesquisa mas tambeacutem natildeo apresentar empecilhos durante a coleta dos dados

(PIMENTA TEIXEIRA 1997)

bull nunca tivessem sido submetidas a algum tipo de cirurgia abdominal alta o que poderia

influenciar na percepccedilatildeo da dor visto que a percepccedilatildeo eacute influenciada por preacutevias

experiecircncias

bull e que natildeo fossem portadoras de algum tipo de hepatopatia ou nefropatia diagnosticadas

32

Natildeo participariam da pesquisa os pacientes

bull que tivessem diagnoacutestico de enfermidade maligna pelas caracteriacutesticas diferenciadas das

dores oncoloacutegicas (MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO BRASIL 2001)

bull em que a TENS fosse um recurso contra-indicado (eg feridas na regiatildeo onde deveriam

ser colocados os eletrodos)

bull que fizessem ou fizeram uso crocircnico de opioacuteides pelo desenvolvimento de toleracircncia agrave

TENS (SLUKA et al 2000)

bull que tivessem feito uso de drogas analgeacutesicas em um periacuteodo inferior a 7 dias

bull que jaacute tivessem conhecimento sobre a TENS ou sido submetidos a algum tratamento com

o uso da mesma

bull que possuiacutessem alergia ou contra-indicaccedilatildeo agrave dipirona ou ao diclofenaco de soacutedio

medicaccedilotildees que eram prescritas para o periacuteodo poacutes-operatoacuterio

bull e que se recusassem ou desistissem de participar do trabalho ndashndash mesmo apoacutes assinatura

do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (apecircndice B)

34 Internamento das Pacientes

Todas as pacientes foram internadas pelo turno da manhatilde e ficavam aguardando a

cirurgia que era sempre realizada no periacuteodo da tarde em um dos 3 apartamentos coletivos

com capacidade para ateacute 4 pessoas cada um Os leitos ndashndash todos similares ndashndash eram os mesmos

que as pacientes ocupavam no periacuteodo poacutes-operatoacuterio O hospital somente aceitava um

maacuteximo de 2 internamentos por dia para a realizaccedilatildeo das colecistectomias por laparotomia

33

35 Randomizaccedilatildeo

Foram impressos em 32 pequenos papeacuteis a informaccedilatildeo ldquogrupo preemptivordquo e em

outros 32 ldquogrupo placebordquo que foram colocados em uma pequena caixa O processo de

randomizaccedilatildeo ocorreu com o auxiacutelio de duas pessoas que natildeo tinham conhecimento algum

sobre a pesquisa sendo solicitado agraves mesmas que retirassem cada um desses papeacuteis da caixa e

os colocassem dentro de envelopes ndashndash numerados de 1 a 64 ndashndash opacos que eram entatildeo

lacrados e somente abertos apoacutes a concordacircncia da paciente em participar da pesquisa

36 Avaliaccedilatildeo Cliacutenica

Inicialmente era procedida uma avaliaccedilatildeo cliacutenica realizada 2 h antes do horaacuterio

previsto para a realizaccedilatildeo da cirurgia com o propoacutesito de verificar se a paciente se

enquadrava ou natildeo nos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo estabelecidos pelo nosso protocolo

Dessa forma era solicitado agraves pacientes que respondessem agraves questotildees presentes na Ficha de

Identificaccedilatildeo do Paciente (apecircndice A) que possuiacutea questionamentos sobre idade sexo peso

estatura doenccedilas associadas diagnoacutestico cliacutenico entre outros Caso a paciente atendesse a

todos os preacute-requisitos era entatildeo rompido o lacre do envelope que correspondia ao seu

nuacutemero na pesquisa e somente entatildeo se sabia a que grupo pertenceria tal paciente O

pesquisador que ficava ciente dessa informaccedilatildeo acompanhava a paciente nas seguintes etapas

avaliaccedilatildeo cliacutenica explicaccedilatildeo sobre os instrumento de coleta de dados aplicaccedilatildeo da TENS e

acompanhamento da paciente no centro ciruacutergico Ou seja esse pesquisador natildeo era

responsaacutevel pela coleta dos dados no periacuteodo poacutes-operatoacuterio que era efetuada por outros

pesquisadores que natildeo sabiam a que grupo as pacientes pertenciam pois eles natildeo tinham

34

acesso nem agrave Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C) e nem aos

envelopes

Apoacutes a avaliaccedilatildeo cliacutenica era efetuada a etapa de treinamento das pacientes sobre as

escalas ndashndash posteriormente descritas ndashndash que seriam utilizadas apoacutes a cirurgia para que as

mesmas jaacute se habituassem com elas e pudessem realizar os seus questionamentos sobre tais

37 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Todas as pacientes que fizeram parte dessa pesquisa autorizaram a sua participaccedilatildeo

por meio de assinatura ou impressatildeo digital em concordacircncia ao que estava exposto no

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (apecircndice B) que constava de informaccedilotildees

sobre a forma de tratamento que lhes estava sendo proposta assim como seus benefiacutecios e

finalidades explicando que o estudo natildeo implicaria dano agrave sauacutede informando-lhes tambeacutem

quanto ao direito de solicitar novas informaccedilotildees esclarecer duacutevidas e desistir de participar da

pesquisa a qualquer momento Logo o estudo foi procedido de acordo com as normas

expressas na resoluccedilatildeo 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10101996 A coleta de

dados soacute teve iniacutecio apoacutes aprovaccedilatildeo pelo comitecirc de eacutetica e pesquisa

38 Materiais

Foram utilizados 2 aparelhos para o fornecimento da corrente eleacutetrica da TENS ndashndash

apoacutes preacutevia calibraccedilatildeo no Laboratoacuterio de Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe ndashndash o

Dualpex 961 e o Fisiotonus Four cujas fotos estatildeo apresentadas nas figuras 1 e 2

respectivamente Entre os materiais de consumo utilizados destacam-se esparadrapos gazes

e gel condutor Foram usados cabos que conectavam os aparelhos geradores de corrente

eleacutetrica aos eletrodos ndashndash de borracha quadrangulares e com aacuterea de 9 cm2 A reacutegua da Escala

35

Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END) foi utilizada para coletar a intensidade da dor aleacutem

do Questionaacuterio de Dor McGill e da Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente Algumas fichas

contidas no apecircndice e descritas posteriormente foram utilizadas para o registro de diversos

dados

Figura 1 Aparelho Dualpex 961 Figura 2 Aparelho Physiotonus FourFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra Fonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

39 Procedimentos Metodoloacutegicos

391 Os grupos de pacientes da pesquisa

As pacientes foram alocadas de forma aleatoacuteria em dois grupos

bull Grupo preemptivo ndashndash sendo submetidas agrave aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia durante

60 min antes da cirurgia com a utilizaccedilatildeo dos seguintes paracircmetros duraccedilatildeo de pulso de

250 micros e frequumlecircncia de 4 Hz A intensidade utilizada foi a maacutexima suportada pela

paciente em niacutevel motor Esses paracircmetros estatildeo de acordo com as orientaccedilotildees de

36

Johnson et al (1989) Low e Reed (2001) Robinson (2001) Salgado (1999) Starkey

(2001) Walsh et al (1998) e Wang et al (1997)

bull Grupo placebo ndashndash os eletrodos eram colocados nas pacientes poreacutem todos os paracircmetros

(duraccedilatildeo de pulso frequumlecircncia e intensidade) ficavam com referecircncia zero natildeo

possibilitando a passagem da corrente eleacutetrica O tempo da falsa aplicaccedilatildeo tambeacutem foi de

60 min

392 Teacutecnica de aplicaccedilatildeo da TENS

Antes da aplicaccedilatildeo da TENS era feita uma limpeza com o uso de aacutelcool da regiatildeo

onde seriam colocados os eletrodos a fim de diminuir a oleosidade da pele e remover sujeiras

facilitando dessa maneira a passagem da corrente eleacutetrica

A TENS de baixa frequumlecircncia foi aplicada nas pacientes ainda em seus leitos antes

de serem encaminhadas ao centro ciruacutergico sendo utilizada a teacutecnica quadripolar com os

eletrodos de borracha dispostos de maneira cruzada abrangendo os dermaacutetomos da regiatildeo

onde posteriormente seria realizada a incisatildeo ciruacutergica subcostal direita Os dados sobre a

aplicaccedilatildeo da TENS assim como as observaccedilotildees que se mostrassem relevantes eram

registrados na Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C) A foto da figura

3 representa a simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENS no periacuteodo preacute-operatoacuterio Apoacutes a aplicaccedilatildeo

da TENS as pacientes eram preparadas para serem encaminhadas ao centro ciruacutergico

37

Figura 3 Simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENSA linha vermelha ilustra o local onde seria realizada a incisatildeosubcostal direitaFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

393 Teacutecnica anesteacutesica

Em todas as pacientes houve administraccedilatildeo de diazepam como medicaccedilatildeo preacute-

anesteacutesica Houve padronizaccedilatildeo do meacutetodo anesteacutesico tendo sido utilizadas como drogas

anesteacutesicas o cloridrato de bupivacaiacutena (05) com vasoconstrictor administrado via

peridural podendo ou natildeo estar associado agrave xilocaiacutena com vasoconstrictor (20) associaccedilatildeo

essa que natildeo exercia influecircncia na duraccedilatildeo da analgesia e o fentanil (2 ml) tambeacutem

administrado via peridural A escolha dessas drogas deu-se por jaacute fazer parte da rotina desse

tipo de procedimento ciruacutergico no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio Os dados sobre as drogas

utilizadas observaccedilotildees necessaacuterias classificaccedilatildeo do estado fiacutesico da ASA entre outros eram

registrados na Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C)

38

394 Cirurgia e prescriccedilatildeo de medicamentos

A equipe meacutedica responsaacutevel pela realizaccedilatildeo de todas as intervenccedilotildees ciruacutergicas foi

composta por 4 cirurgiotildees e 3 anestesiologistas que se revezavam entre os dias da semana ndashndash

segunda a quinta-feira Todas as cirurgias foram realizadas por laparotomia sempre com

incisatildeo do tipo transversa subcostal direita

Apoacutes a cirurgia a prescriccedilatildeo meacutedica foi padronizada da seguinte forma a dipirona

(2 ml 500 mgml) era administrada de 6 em 6 h (sendo a primeira administraccedilatildeo efetuada 5 h

apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico que era determinado como sendo o momento em que

era introduzido o cloridrato de bupivacaiacutena no espaccedilo peridural) via intravenosa diclofenaco

de soacutedio (3 ml 25 mgml) prescrito como medicaccedilatildeo de resgate via intra-muscular somente

sendo administrado caso houvesse solicitaccedilatildeo por parte da paciente e a metoclopramida (2

ml 5 mgml) tambeacutem como medicaccedilatildeo de resgate Essa prescriccedilatildeo foi efetuada dessa

maneira porque a dor gerada pela colecistectomia por laparotomia tem um niacutevel de moderado

a intenso o que implicou a necessidade de algum faacutermaco analgeacutesico prescrito em horaacuterio

programado nesse caso a dipirona

O estabelecimento dessa teacutecnica de prescriccedilatildeo decorreu dos resultados obtidos com

as 6 pacientes do estudo piloto ndashndash em que toda a medicaccedilatildeo analgeacutesica era administrada

somente em caso de solicitaccedilatildeo pelas mesmas Percebeu-se analgesia insatisfatoacuteria dado os

relatos de altos iacutendices de dor e desconforto Dessa forma objetivamos nesse estudo a

utilizaccedilatildeo da TENS como um recurso analgeacutesico coadjuvante e natildeo uacutenico

39

395 Instrumentos de coleta de dados

3951 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

Como escala unidimensional para mensuraccedilatildeo da intensidade da dor foi utilizada a

END (figura 4) que consiste de uma reacutegua demarcada horizontalmente com valores em

centiacutemetros de 0 a 10 representando o primeiro valor a ausecircncia absoluta de dor e o maior

a dor mais insuportaacutevel possiacutevel sendo solicitado agrave paciente que indicasse aquele que melhor

caracterizaria o seu niacutevel de dor estando a paciente em repouso A dor leve estaria

representada por nuacutemeros compreendidos no intervalo de 0 a 3 a moderada pelos nuacutemeros 4

5 e 6 e a intensa por 7 8 9 e 10

Os dados foram registrados na Ficha de Avaliaccedilatildeo da Dor pela Escala Numeacuterica de

Mensuraccedilatildeo da Dor (apecircndice D) A coleta da intensidade de dor era procedida de acordo

com o horaacuterio de induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico sendo investigada 2frac12 h (ENDa) 3frac12 h

(ENDb) 4frac12 h (ENDc) 5frac12 h (ENDd) 7 h (ENDe) 8 h (ENDf) e 16 h (ENDg) apoacutes a sua

induccedilatildeo aleacutem de uma uacuteltima coleta procedida no momento da alta hospitalar (ENDh) dois

dias apoacutes a cirurgia pela manhatilde Optou-se em utilizar como referecircncia o horaacuterio da induccedilatildeo

Figura 4 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor numerada de 0 a 10 cmFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

40

do bloqueio anesteacutesico ao inveacutes do horaacuterio de teacutermino da cirurgia visto que grandes variaacuteveis

no tempo despendido para a realizaccedilatildeo das cirurgias poderiam influenciar nos niacuteveis de dor

relatados pelas pacientes jaacute que haveria assim discrepacircncias no tempo decorrido desde a

induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash momento de referecircncia para a contagem do tempo de

metabolizaccedilatildeo das drogas ndashndash ateacute as averiguaccedilotildees da intensidade de dor

Eacute relevante salientar que o pesquisador responsaacutevel pela coleta do niacutevel de dor natildeo

tinha conhecimento sobre o grupo a que pertencia a paciente e nem esta sobre em que grupo

estava alocada o que caracterizou um estudo do tipo duplamente encoberto

3952 Questionaacuterio de Dor McGill

O Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ) eacute composto por 78 descritores distribuiacutedos

em 4 categorias sensorial composta por 10 subcategorias cujos descritores aiacute contidos

traduzem a natureza somaacutetica e estatildeo relacionados com a fisiologia da dor afetiva que

conteacutem 5 subcategorias cujos descritores fornecem discernimentos sobre os aspectos

psicoloacutegicos que acompanham a dor avaliativa com uma uacutenica que descreve a intensidade

global da dor e finalmente a miscelacircnea que eacute composta por 4 subcategorias Eacute solicitado

ao paciente que circule ou sublinhe as palavras que melhor descrevem a sua dor ou apenas as

indique verbalmente (GRAHAM 1980 MELZACK 1975)

O MPQ possui trecircs partes a primeira serve para que o paciente indique em um

graacutefico do corpo humano a regiatildeo onde estaacute sentindo a dor ndashndash diagrama corporal da dor a

segunda eacute uma escala verbal para avaliar a intensidade de dor (Present Pain Intensity ndashndash PPI)

utilizando-se de cinco palavras leve desconfortaacutevel perturbadora horriacutevel e excruciante e a

uacuteltima utiliza os 78 descritores podendo-se daiacute se obterem dois iacutendices o Quantitativo da Dor

(PRI ndashndash Pain Rating Index) e o do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC ndashndash Number of

41

Words Chosen) Cada descritor tem um correspondente nuacutemero que seraacute utilizado para o

estabelecimento do PRI Por exemplo em uma subcategoria que contenha 3 descritores aos

mesmos seratildeo atribuiacutedos respectivamente os valores 1 2 e 3 de acordo com a ordem em que

aparecem na lista dos descritores (FERNANDEZ BOYLE 2001 PEREIRA SOUSA 1998

PIMENTA 1995 STARKEY 2001 TEIXEIRA et al 1999)

Em nossa pesquisa foi utilizada a versatildeo brasileira do MPQ (apecircndice E) ndashndash

validada pelos profissionais do Ambulatoacuterio de Dor da Cliacutenica Neuroloacutegica do Hospital das

Cliacutenicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Satildeo Paulo (PIMENTA TEIXEIRA

1997) Esse questionaacuterio que eacute indicado por Graham et al (1980) para dores imediatas foi

aplicado ndashndash sob a forma de entrevista ndashndash apenas uma vez 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico dada a inviabilidade de utilizaacute-lo no mesmo dia do ato ciruacutergico Resolveu-se

adaptar esse questionaacuterio e usar apenas uma parte dele a dos 78 descritores haja vista que

natildeo se achou necessaacuteria a utilizaccedilatildeo do PPI e do diagrama corporal da dor por estarmos

utilizando a END e por jaacute sabermos o local da dor incisional Entatildeo a partir desse

questionaacuterio adaptado pudemos analisar o PRI e o NWC O primeiro obtido por meio da

soma dos valores atribuiacutedos a cada descritor escolhido e o segundo pela soma do nuacutemero de

palavras escolhidas para qualificar a dor segundo Fernandez e Boyle (2001) e Pereira e Sousa

(1998)

3953 Escala de Satisfaccedilatildeo dos Pacientes

O grau de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que lhes estava sendo realizado

foi avaliado por meio da Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (ESP) escala verbal que permite agrave

paciente escolher um entre nuacutemeros que variam de 0 a 10 indicando respectivamente

insatisfaccedilatildeo completa com o tratamento e a maior satisfaccedilatildeo possiacutevel Os horaacuterios de coleta

42

foram os seguintes 3frac12 h (ENDb) 5frac12 h (ENDd) 8 h (ENDf) e 16 h (ENDg) apoacutes a induccedilatildeo

do bloqueio anesteacutesico aleacutem de uma uacuteltima coleta procedida no momento da alta hospitalar

(ENDh) Os dados coletados eram registrados na Ficha de Avaliaccedilatildeo da Satisfaccedilatildeo dos

Pacientes pela Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (apecircndice F) Essa escala foi utilizada na

pesquisa realizada por Melo e Santana Filho (2003) que tinha linha de trabalho semelhante

3954 Ficha do consumo de faacutermacos

O consumo de faacutermacos analgeacutesicos ou natildeo de cada paciente foi anotado na Ficha

de Registro da Administraccedilatildeo de Faacutermacos no Poacutes-operatoacuterio (apecircndice G) que constou de

campo para informaccedilotildees como o tipo de faacutermaco administrado horaacuterio de administraccedilatildeo via

de acesso e dosagem aleacutem do tempo decorrido desde o horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico ateacute a primeira administraccedilatildeo caso houvesse do diclofenaco de soacutedio (prescrito

como medicaccedilatildeo de resgate)

3955 Questionaacuterio sobre a Aplicaccedilatildeo da TENS

Foram efetuados dois questionamentos para as pacientes o primeiro sobre o

desconforto promovido pela aplicaccedilatildeo da TENS e o segundo sobre a vontade da paciente em

usaacute-la numa proacutexima cirurgia (Apecircndice H) Em virtude da necessidade de esse questionaacuterio

ter sido percebida somente no decorrer da coleta de dados o mesmo fora empregado em 19

pacientes do grupo preemptivo e em 17 do placebo

43

310 Anaacutelise e Interpretaccedilatildeo dos Dados

A anaacutelise estatiacutestica dos dados foi feita com a utilizaccedilatildeo dos programas GraphPad

Prism 40 e Statistica 60 Inicialmente foram realizados testes estatiacutesticos descritivos meacutedia e

erro padratildeo da meacutedia (SEM) Para a anaacutelise dos dados demograacuteficos de alguns dados cliacutenicos

e do tempo para a primeira administraccedilatildeo de diclofenaco de soacutedio foi utilizado o teste t de

Student para amostras natildeo pareadas (parameacutetrico) Para a anaacutelise de alguns dados cliacutenicos e

do uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico foi

utilizado o teste do qui-quadrado Para a anaacutelise da END ESP PRI NWC e do nuacutemero de

vezes em que foram administrados o diclofenaco de soacutedio dipirona e metoclopramida foi

utilizado o teste de Mann-Whitney (natildeo-parameacutetrico) Em todos os testes como niacutevel de

significacircncia foi considerado o valor de 5 (p lt 005)

311 Teacutecnica Utilizada para a Demonstraccedilatildeo dos Resultados

Para a exposiccedilatildeo dos resultados foram utilizados graacuteficos elaborados nos programas

GraphPad Prism 40 e Statistica 60 aleacutem de tabelas elaboradas no Microsoft Word XP

Vaacuterios dados foram apresentados sob a forma de meacutedia plusmn SEM

44

RESULTADOS

45

4 RESULTADOS

Sessenta e quatro pacientes concordaram em participar da pesquisa e assinaram o

termo de consentimento livre e esclarecido Poreacutem 14 foram excluiacutedas seis por se tratarem

de pacientes que pertenciam a um estudo piloto cujo meacutetodo foi posteriormente alterado

duas por terem sido submetidas a anestesia geral quatro por erro na prescriccedilatildeo meacutedica de

analgeacutesicos uma por natildeo conseguir responder ao McGill Pain Questionnaire (MPQ) e uma

pela grande dificuldade em compreender a Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END)

Destarte a amostra ficou constituiacuteda por 50 pacientes grupo preemptivo (n = 25) e grupo

placebo (n = 25)

Os dados referentes agrave idade peso estatura e iacutendice de massa corporal (IMC) das

pacientes estatildeo presentes na tabela 1 e ilustrados respectivamente nos graacuteficos 1 2 3 e 4

tendo sido analisados por meio do teste t de Student para amostras independentes Natildeo houve

em nenhuma das caracteriacutesticas demograacuteficas diferenccedila significante entre os grupos

A idade miacutenima foi de 25 anos no grupo preemptivo e de 21 anos no placebo

enquanto a maacutexima foi de 65 no preemptivo e de 59 no placebo Os pesos miacutenimo e maacuteximo

foram respectivamente iguais a 40 Kg e 86 Kg no grupo preemptivo e 48 Kg e 77 Kg no

placebo As estaturas miacutenima e maacutexima foram respectivamente iguais a 149 m e 170 m

(grupo preemptivo) e 151 m e 170 m (grupo placebo) E os valores miacutenimo e maacuteximo do

IMC foram 1880 Kgm2 e 35 Kgm2 (grupo preemptivo) e 1914 Kgm2 e 2890 Kgm2

(grupo placebo)

46

Tabela 1 ndashndash Dados demograacuteficos da amostraPreemptivo Placebo

Meacutedia plusmn SEM Meacutedia plusmn SEM p

Idade (anos) 3956 plusmn 197 3852 plusmn 238 0738

Peso (Kg) 6108 plusmn 288 6348 plusmn 172 0478

Estatura (m) 157 plusmn 001 160 plusmn 001 0168

IMC (Kgm2) 2568 plusmn 105 2475 plusmn 059 0447IMC ndashndash iacutendice de massa corporal SEM ndashndash erro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante em nenhuma das variaacuteveis analisadas

Preemptivo Placebo0

10

20

30

40

50

60

70

Idad

e(a

nos)

Graacutefico 1 Representaccedilatildeo das idades das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicamo erro padratildeo da meacutedia Teste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0738)

47

Preemptivo Placebo30

40

50

60

70

80

90Pe

so(K

g)

Graacutefico 2 Representaccedilatildeo dos pesos das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicamo erro padratildeo da meacutedia Teste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0478)

Preemptivo Placebo

150

155

160

165

170

175

Alt

ura

(m)

Graacutefico 3 Representaccedilatildeo das estaturas das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0168)

48

Preemptivo Placebo15

20

25

30

35

40IM

C(K

gm

m)

Graacutefico 4 Representaccedilatildeo dos Iacutendices de Massa Corporal (IMC) daspacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0447)

49

A tabela 2 apresenta os dados referentes agrave categoria de peso das pacientes de ambos

os grupos a tabela 3 o niacutevel de escolaridade das mesmas e a tabela 4 o diagnoacutestico cliacutenico

Natildeo houve de acordo com o teste do divide2 diferenccedila significante entre os grupos em nenhuma

dessas variaacuteveis analisadas

Tabela 2 ndashndash Distribuiccedilatildeo da categoria de peso das pacientes de acordo com os dados obtidospelo iacutendice de massa corporal (IMC ndashndash Kgm2)

Grupo Abaixodo peso(lt185)

Pesonormal

(185ndash249)

Sobrepeso(25 ndash 299)

Obesidadegrau I

(30 ndash 349)

Obesidadegrau II

(35 ndash 399)

Obesidadegrau III

( 40)Preemptivo 2 7 11 3 2 0

Placebo 0 12 13 0 0 0Os dados apresentados entre parecircntesis referem-se aos paracircmetros de referecircncia do IMC que determinam aquelacategoria de pesoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0075)

Tabela 3 ndashndash Niacutevel de escolaridade das pacientesGrupo Nunca

estudou1deg grau

incompleto1deg grau

completo2deg grau

incompleto2deg grau

completo3deg grau

incompletoPreemptivo 3 8 3 4 5 2

Placebo 3 11 2 6 1 2Teste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0587)

Tabela 4 ndashndash Diagnoacutestico cliacutenico das pacientesGrupo Colelitiacutease Colecistite

agudaColecistite

crocircnicaColecistite

(sem descriccedilatildeo)Colelitiacutease

+ colecistitePreemptivo 12 6 2 1 4

Placebo 10 2 4 5 4Teste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0238)

50

O graacutefico 5 apresenta os dados sobre o periacuteodo compreendido entre a eacutepoca em que

as pacientes relataram ter iniciado as primeiras dores devido agrave doenccedila da vesiacutecula biliar e a

realizaccedilatildeo da colecistectomia Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos por meio de

anaacutelise realizada pelo teste do divide2

Preemptivo Placebo0

5

10

15Nunca sentiu dorMenos de 6 mesesEntre 6 e 119 mesesEntre 12 e 24 mesesAcima de 24 meses

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 5 Relato das pacientes sobre o periacuteodo em meses em que vinham sentindo dordevido agrave doenccedila da vesiacutecula biliarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0183)

51

O estado fiacutesico das pacientes dos dois grupos segundo o criteacuterio de classificaccedilatildeo da

Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA) estaacute expresso no graacutefico 6 Natildeo houve

diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p = 0479) de acordo com o teste do divide2

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25ASA 1ASA 2

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 6 Estado fiacutesico das pacientes de acordo com a classificaccedilatildeo da Sociedade Americanade AnestesiologiaTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0479)

52

O relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos para o tratamento da dor

decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou de outra dor devido a doenccedilas crocircnicas estatildeo

representados no graacutefico 7 De acordo com o teste do divide2 natildeo houve diferenccedila significante

entre os grupos preemptivo e placebo (p = 0765) Eacute importante considerar que as pacientes

que relataram ter usado tais drogas somente as utilizaram ateacute no maacuteximo uma semana antes

da data da cirurgia haja vista que foi previamente estabelecido como criteacuterio de exclusatildeo o

uso de drogas analgeacutesicas dentro do periacuteodo de 7 dias que antecedia a realizaccedilatildeo da

colecistectomia

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25SimNatildeo

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 7 Relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos antes da colecistectomia para otratamento da dor decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou de outras doenccedilas crocircnicasEntende-se por ldquoantes da colecistectomiardquo o uso de analgeacutesicos em um prazo superior aos 7 dias que antecediama realizaccedilatildeo do procedimento ciruacutergicoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0765)

53

Em todas as pacientes o aparelho de TENS foi colocado durante 60 min e o

intervalo meacutedio entre o teacutermino da sua aplicaccedilatildeo ndashndash verdadeira ou natildeo ndashndash e a induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico foi de 7472 plusmn 1046 min no grupo preemptivo e de 6028 plusmn 723 min no

placebo natildeo havendo diferenccedila significante (p = 0261) entre os grupos de acordo com o

teste t de Student para amostras natildeo pareadas (graacutefico 8) O menor e maior intervalos foram

respectivamente iguais a 10 min e 195 min (grupo preemptivo) e 15 min e 115 min (grupo

placebo)

Preemptivo Placebo0

50

100

150

200

Tem

po(m

in)

Graacutefico 8 Representaccedilatildeo do tempo decorrido desde o teacutermino daaplicaccedilatildeo da Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo ateacute a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico nas pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0261)

54

A meacutedia de duraccedilatildeo das cirurgias (graacutefico 9) no grupo preemptivo foi de 3812 plusmn

194 min e no placebo 3540 plusmn 184 min natildeo havendo diferenccedila significante (p = 0315)

Natildeo houve complicaccedilatildeo ciruacutergica em nenhum procedimento todas as pacientes receberam

alta hospitalar 2 dias apoacutes o ato ciruacutergico no turno da manhatilde e o iacutendice de mortalidade foi

em ambos os grupos igual a zero As cirurgias mais raacutepidas e mais prolongadas tiveram

respectivamente duraccedilatildeo de 21 min e 58 min (grupo preemptivo) e de 20 min e 50 min

(grupo placebo)

Preemptivo Placebo0

10

20

30

40

50

60

Tem

pode

ciru

rgia

(min

)

Graacutefico 9 Representaccedilatildeo da duraccedilatildeo das cirurgiasA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0315)

55

Ao analisar a dor incisional por meio da END pocircde-se perceber que o grupo

preemptivo apresentou niacutevel de dor significantemente menor que o do placebo nas terceira

(ENDc) e quarta coletas (ENDd) que representam 4frac12 h e 5frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico O teste utilizado para tal anaacutelise foi o de Mann-Whitney A tabela 5 apresenta os

valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia em todas as verificaccedilotildees do niacutevel de dor nos dois

grupos e o graacutefico 10 ilustra tais valores

Tabela 5 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) daintensidade de dor incisional mensurada por meio da END (EscalaNumeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)

Preemptivo Placebo

Momento Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

a 084 plusmn 034 072 plusmn 029 0756

b 116 plusmn 039 224 plusmn 056 0171

c 202 plusmn 053 384 plusmn 066 0042

d 278 plusmn 056 48 plusmn 067 0029

e 322 plusmn 056 474 plusmn 059 0068

f 342 plusmn 050 488 plusmn 066 0135

g 356 plusmn 061 364 plusmn 050 0497

h 096 plusmn 033 176 plusmn 042 0145a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c(4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g(16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar que corresponde ao 2deg dia poacutes-operatoacuterio) SEM ndashndash erro padratildeo da meacutediaFoi utilizada a END (0-10 cm)Teste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005

56

a b c d e f g h00

25

50

75

100PreemptivoPlacebo

Momento da coleta

END

Graacutefico 10 Representaccedilatildeo da meacutedia da intensidade de dor incisional por meio da END (EscalaNumeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12 h apoacutesa IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a END (0-10 cm)As colunas indicam os valores da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005

57

Na tabela 6 estatildeo expressos os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do grau de

satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estava sendo realizado O instrumento de

mensuraccedilatildeo utilizado foi a escala numeacuterica do grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes (ESP) Natildeo se

verificou pelo Teste de Mann-Whitney diferenccedila estatiacutestica significante entre os dois grupos

Para a obtenccedilatildeo desses dados a amostra foi composta por 49 pacientes tendo em vista que

uma paciente do grupo placebo natildeo conseguiu compreender a ESP O graacutefico 11 ilustra tais

dados

Tabela 6 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) do grau desatisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estava sendo realizado

Preemptivo Placebo

Momento Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

b 944 plusmn 017 9 plusmn 026 0312

d 956 plusmn 015 9 plusmn 031 0389

f 952 plusmn 015 912 plusmn 027 0435

g 962 plusmn 017 925 plusmn 032 0756

h 992 plusmn 005 933 plusmn 035 0406b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente de 0 a 10) SEM ndashndash erro padratildeoda meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Grupo preemptivo (n = 25) e grupo placebo (n = 24)

58

b d f g h0

5

PreemptivoPlacebo

8

9

10

Momento da coleta

ESP

Graacutefico 11 Representaccedilatildeo da meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estavasendo realizado obtida pela ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente)b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes aIBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a ESP de 0 a 10As colunas indicam os valores da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos em nenhum momento de coleta da ESPGrupo preemptivo (n = 25) e grupo placebo (n = 24)

59

As tabelas 7 e 8 apresentam respectivamente o nuacutemero de vezes em que cada

descritor e em que cada subcategoria do Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ) foram

selecionados pelas pacientes dos grupos preemptivo e placebo Na tabela 9 estatildeo expressos

os descritores que melhor caracterizaram a dor incisional promovida pela colecistectomia por

laparotomia e que de acordo com Dubuisson e Melzack (1996) e Gagliesi e Melzack (2003)

seriam aqueles que fossem selecionados por pelo menos 33 dos pacientes Todas as

anaacutelises procedidas a partir do MPQ foram realizadas com 21 pacientes do grupo preemptivo

e com 20 do grupo placebo A discussatildeo sobre a ldquoAnaacutelise da Dor pelo Questionaacuterio de Dor

McGillrdquo (item 54) explica o motivo para tal

Na tabela 10 estatildeo apresentados os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Total (NWC-t) e em cada categoria do MPQ e no graacutefico

12 eles estatildeo representados A tabela 11 apresenta uma comparaccedilatildeo das categorias sensorial

e afetiva no que se refere ao nuacutemero de pacientes que selecionou mais descritores de uma ou

de outra categoria assim como o nuacutemero de pacientes que os selecionaram de forma

equumlitativa nessas categorias Nota-se que os valores estatildeo apresentados em porcentagens ndashndash

meacutetodo recomendado por Veilleux e Melzack (1976) ndashndash dado o nuacutemero diferente de

subcategorias que compotildee cada uma dessas categorias (sensorial 10 e afetiva 5) Em ambos

os grupos houve proporcionalmente maior seleccedilatildeo dos descritores da categoria sensorial

principalmente no grupo preemptivo

60

Tabela 7 ndashndash Relaccedilatildeo dos descritores do Questionaacuterio de Dor McGill selecionados pelaspacientes

Subctg Descritores Preemp Plac Subctg Descritores Preemp Plac

1ordf

vibraccedilatildeotremorpulsantelatejantecomo batidacomo pancada

213912

0111211

11ordfcansativaexaustiva

173

182

2ordfpontadachoquetiro

1060

922

12ordfenjoadasufocante

174

182

3ordf

agulhadaperfurantefacadapunhaladaem lanccedila

65200

71211

13ordf

castiganteatormentaaterrorizantemalditamortal

105000

610010

4ordffinacortanteestraccedilalha

1550

1510

14ordfamedrontadaapavorantecruel

833

425

5ordf

beliscatildeopressatildeomordidacoacutelicaesmagamento

32262

62053

15ordf miseraacutevelenlouquecedora

26

44

6ordffisgadapuxatildeoem torccedilatildeo

4103

466

16ordf

chataque incomodadesgastanteforteinsuportaacutevel

110244

513101

7ordf

calorqueimaccedilatildeoferventeem brasa

7910

51011

17ordf

espalhairradiapenetraatravessa

3073

11141

8ordfformigamentococeiraardorferroada

11162

13111

18ordf

apertaadormecerepuxaespremerasga

511112

321101

9ordf

mal-localizadadoloridamachucadadoiacutedapesada

112313

29243

19ordffriageladacongelante

400

422

10ordf

sensiacutevelesticadaesfolanterachando

41302

3523

20ordf

aborrecidadaacute naacuteuseaagonizantepavorosatorturante

116102

88012

Subctg (subcategoria do Questionaacuterio de Dor McGill) Preemp (preemptivo n = 21) Plac (placebo n = 20)

61

Tabela 8 ndashndash Nuacutemero de pacientes que selecionou cada subcategoria do Questionaacuterio de DorMcGill

Subcat Preemptivo Placebo p Subcat Preemptivo Placebo p

1ordf 18 16 0626 11ordf 20 20 0323

2ordf 16 13 0431 12ordf 21 20 1

3ordf 13 12 0900 13ordf 15 17 0294

4ordf 20 16 0136 14ordf 14 11 0444

5ordf 15 16 0522 15ordf 8 8 0900

6ordf 17 16 0938 16ordf 21 20 1

7ordf 17 17 0730 17ordf 13 17 0095

8ordf 20 16 0136 18ordf 20 17 0269

9ordf 20 20 0323 19ordf 4 8 0140

10ordf 19 13 0048 20ordf 20 19 0971

Teste do divide2 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

62

Tabela 9 ndashndash Descritores do Questionaacuterio de Dor McGill mais frequumlentementeselecionados pelas pacientes

Subcategoria Descritor Preemptivo Placebo p

1ordf latejante 9 (4285) 12 (60) 027

2ordf pontada 10 (4761) 9 (45) 086

3ordf agulhada 6 (2857) 7 (35) 065

4ordf fina 15 (7142) 15 (75) 079

5ordf - - - -

6ordf puxatildeo 10 (4761) 6 (30) 024

7ordf calor

queimaccedilatildeo

7 (3333)

9 (4285)

5 (25)

10 (50)

055

075

8ordf ardor 16 (7619) 11 (55) 015

9ordf dolorida 12 (5714) 9 (45) 043

10ordf esticada 13 (6190) 5 (25) 001 (divide2 = 566)

11ordf cansativa 17 (8095) 18 (90) 041

12ordf enjoada 17 (8095) 18 (90) 041

13ordf castigante

atormenta

10 (4761)

5 (2380)

6 (30)

10 (50)

024

008

14ordf amedrontada 8 (3809) 4 (20) 020

15ordf - - - -

16ordf que incomoda 10 (4761) 13 (65) 026

17ordf espalha

penetra

3 (1428)

7 (3333)

11 (55)

4 (20)

0006 (divide2 = 755)

033

18ordf repuxa 11 (5238) 11 (55) 086

19ordf - - - -

20ordf aborrecida

daacute naacuteusea

11 (5238)

6 (2857)

8 (40)

8 (40)

042

044

Foi considerado como descritor mais frequumlentemente selecionado aquele que assim o fossepor pelo menos 33 das pacientes de cada grupo em cada subcategoria Os valores entreparecircntesis correspondem agrave porcentagem de pacientes do referido grupo que selecionou taldescritorTeste utilizado divide2 p lt 005 aacute = 5Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

63

Tabela 10 ndashndash Iacutendice do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill

Preemptivo Placebo

Categoria Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

Sensorial (NWC-s) 819 plusmn 038 765 plusmn 050 0449

Afetiva (NWC-af) 371 plusmn 025 375 plusmn 020 0958

Avaliativa (NWC-av) 100 plusmn 0 100 plusmn 0 1

Miscelacircnea (NWC-m) 276 plusmn 018 315 plusmn 021 0155

Total (NWC-t) 1561 plusmn 061 1540 plusmn 084 0937SEM ndashndash erro padratildeo da meacutedia s ndashndash sensorial af ndashndash afetiva av ndashndash avaliativa m ndashndash miscelacircnea e t ndashtotalTeste de Mann-Whitney aacute = 5Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

Tabela 11 ndashndash Relaccedilatildeo do Nuacutemero de Palavras Escolhidas nas categorias sensorial (NWC-s) e afetiva (NWC-af) entre os grupos preemptivo e placebo

Categoria Nuacutemero de pacientes que selecionou

Grupo Sensorial Afetiva S gt Af S = Af Af gt S

Preemptivo 819

(819)

371

(7428)

12 4 5

Placebo 765

(7650)

375

(75)

6 8 6

Nas colunas referentes agrave categoria estatildeo expressos os valores da meacutedia do NWC nas categorias sensoriale afetiva e entre parecircntesis os valores em taxas percentuais que foram assim transformados porquantoessas categorias possuem um nuacutemero diferenciado de subcategorias ndashndash a sensorial conteacutem 10subcategorias e a afetiva 5 ndashndash para que assim fosse possiacutevel uma comparaccedilatildeo entre essas categorias oque eacute recomendado por Veilleux e Melzack (1976)S ndashndash categoria sensorial Af ndashndash categoria afetiva Nas uacuteltimas 3 colunas da tabela estatildeo expressos onuacutemero absoluto de pacientes que selecionou proporcionalmente mais uma categoria do que a outraassim como o daqueles que selecionou de forma semelhante as duas categoriasTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0182)Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

64

Sensorial Afetiva Avaliativa Miscelacircnea Total0

5

10

15

20PreemptivoPlacebo

Categoria

NW

C

Graacutefico 12 Representaccedilatildeo da meacutedia do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e emcada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placeboAs colunas indicam o valor da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos em nenhuma das categorias assim como no iacutendicetotalGrupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

65

A tabela 12 apresenta os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do Iacutendice

Quantitativo da Dor (PRI) Total e em cada categoria do MPQ e o graacutefico 13 ilustra tais

valores Natildeo houve de acordo com o Teste de Mann-Whitney diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos no que se refere ao PRI-t todavia ao analisaacute-lo pelo mesmo

teste separadamente em cada categoria houve diferenccedila estatiacutestica significante na categoria

avaliativa (p = 0019) em que o grupo preemptivo apresentou maior valor

Tabela 12ndashndash Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cada categoria doQuestionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placebo

Preemptivo Placebo

Categoria Meacutedia SEM Meacutedia e SEM p

Sensorial (PRIndashs) 1842 plusmn 092 1875 plusmn 145 0896

Afetiva (PRI-af) 5 plusmn 045 540 plusmn 041 0473

Avaliativa (PRI-av) 3 plusmn 028 205 plusmn 022 0019

Miscelacircnea (PRI-m) 628 plusmn 056 657 plusmn 071 1

Total (PRI-t) 3271 plusmn 163 3245 plusmn 208 0906SEM ndashndash erro padratildeo da meacutedia s ndashndash sensorial af ndashndash afetiva av ndashndash avaliativa m ndashndash miscelacircneae t ndashndash totalTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

66

Sensorial Afetiva Avaliativa Miscelacircnea Total0

7

14

21

28

35PreemptivoPlacebo

Categoria

PRI

Graacutefico 13 Representaccedilatildeo da meacutedia do Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placeboAs colunas indicam as meacutedias e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

67

Das 25 pacientes do grupo preemptivo 12 necessitaram de diclofenaco de soacutedio nas

primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico e das 25 do grupo placebo 15 o

utilizaram A anaacutelise estatiacutestica efetuada por meio do teste do divide2 demonstrou natildeo haver

diferenccedila significante entre os dois grupos pois o valor de p foi igual a 0394 (graacutefico 14)

Avaliou-se o uso dessa droga especificamente nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico haja vista que nesse periacuteodo todas as pacientes tinham em seus prontuaacuterios a

mesma prescriccedilatildeo meacutedica ndashndash diclofenaco de soacutedio como medicaccedilatildeo de resgate e dipirona de

6 em 6 h ndashndash o que natildeo ocorreu na segunda prescriccedilatildeo jaacute que ficava a criteacuterio do meacutedico optar

se seria melhor continuar com a mesma prescriccedilatildeo ou mudaacute-la (mas sempre utilizando as

mesmas duas drogas)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25UsouNatildeo usou

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 14 Representaccedilatildeo do consumo de diclofenaco de soacutedio pelas pacientes nas primeiras16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesicoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0394)

68

Daquelas do grupo preemptivo em que foi administrado o diclofenaco de soacutedio nesse

periacuteodo o intervalo meacutedio para tal foi de 48750 plusmn 5344 min e das do grupo placebo 47010

plusmn 4619 min natildeo havendo diferenccedila significante quanto a este tempo (p = 0807) de acordo

com o teste t de Student para amostras natildeo pareadas (graacutefico 15) O menor e maior tempo

para tal administraccedilatildeo foram respectivamente iguais a 224 min e 805 min (grupo

preemptivo) e 25 min e 840 min (grupo placebo)

Preemptivo Placebo0

250

500

750

1000

Tem

po(m

in)

Graacutefico 15 Representaccedilatildeo dos intervalos desde a induccedilatildeo do bloqueioanesteacutesico ateacute a solicitaccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio nas pacientes queassim a fizeram nas primeiras 16 horas apoacutes tal induccedilatildeoA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0807)Grupo preemptivo (n = 12) e grupo placebo (n = 15)

69

Em se tratando do consumo de diclofenaco de soacutedio (graacutefico 16) e de dipirona

(graacutefico 17) desde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar que

ocorreu em todas as pacientes no turno da manhatilde no 2deg dia poacutes-operatoacuterio natildeo houve de

acordo com o teste de Mann-Whitney diferenccedila significante entre os grupos

Preemptivo Placebo0

1

2

3

Ndeg

deve

zes

que

cons

umiu

dicl

ofen

aco

(75

mg)

Graacutefico 16 Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram diclofenacodesde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalarA barra indica o valor da medianaO diclofenaco de soacutedio foi administrado via intra-muscularA alta hospitalar ocorreu no 2deg dia poacutes-operatoacuterio no turno da manhatildeTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0260)

70

Preemptivo Placebo0

1

2

3

4

5

6

7N

degde

veze

squ

eco

nsum

iudi

piro

na(1

g)

Graacutefico 17 Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram dipironadesde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da altahospitalarA barra indica o valor da medianaA alta hospitalar ocorreu no 2deg dia poacutes-operatoacuterio no turno da manhatildeA dipirona foi administrada via intra-venosaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0788)

71

Foi tambeacutem analisada a ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes

em algum momento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio Das 25 pacientes do grupo preemptivo 10

relataram dor nessa regiatildeo e das pacientes do outro grupo um total de 8 relataram a

ocorrecircncia de tal dor Essa diferenccedila natildeo foi estatisticamente significante (p = 0555) segundo

o teste do divide2 (graacutefico 18)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25SimNatildeo

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 18 Ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes em algum momento doperiacuteodo poacutes-operatoacuterio durante a internaccedilatildeo hospitalarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0555)

72

O uso de metoclopramida foi avaliado durante todo o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar Cinco pacientes do grupo preemptivo fizeram uso de tal droga enquanto 8 do

grupo placebo a consumiram natildeo havendo diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p

= 0333) fato verificado pelo teste do divide2 (graacutefico 19)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25UsouNatildeo usou

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 19 Uso de metoclopramida pelas pacientes durante o periacuteodo de internaccedilatildeohospitalarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0333)

73

Os 2 graacuteficos seguintes estatildeo relacionados ao questionaacuterio que foi aplicado no

momento da alta hospitalar Devido ao fato de o mesmo ter sido elaborado no decorrer da

coleta de dados natildeo foi aplicado em toda a amostra restringindo-se a 19 pacientes do grupo

preemptivo e a 17 do placebo Em relaccedilatildeo agrave aplicaccedilatildeo da TENS no grupo preemptivo

2631 das pacientes disseram que esta natildeo incomodou 5789 que a mesma incomodou

um pouco e 1578 que incomodou razoavelmente No grupo placebo 8824 relataram que

natildeo incomodou e 1176 que incomodou um pouco (graacutefico 20) Logo houve diferenccedila

estatiacutestica significante entre os grupos de acordo com o teste do divide2 (p = 00008) No grupo

preemptivo 9473 das pacientes relataram que em uma proacutexima cirurgia iriam preferir

usar a TENS e os medicamentos analgeacutesicos para o tratamento de suas dores enquanto

apenas 526 fizeram a assertiva de que gostariam de usar apenas a TENS Das do outro

grupo 7647 gostariam de usar os dois recursos e 2352 apenas os medicamentos (graacutefico

21) fato que natildeo evidencia segundo o teste do divide2 (p = 0057) diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos

Preemptivo Placebo0

5

10

15Natildeo incomodouIncomodou um poucoIncomodou razoavelmenteIncomodou muito

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 20 A aplicaccedilatildeo da TENSTeste do divide2 aacute = 5Houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p = 00008)Grupo preemptivo (n = 19) e grupo placebo (n = 17)

74

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20Somente a TENSSomente os medicamentosA TENS e os medicamentos

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 21 Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dor poacutes-operatoacuteria usarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos(p = 0057)Grupo preemptivo (n = 19) e grupo placebo (n = 17)

75

DISCUSSAtildeO

76

5 DISCUSSAtildeO

51 Dados Demograacuteficos e Cliacutenicos

A relevacircncia da homogeneidade entre os grupos dos dados referentes agrave idade

contidos na tabela 1 consiste em evitar a possibilidade de a diferenccedila de idade ter

influenciado ndashndash dada a divergecircncia de opiniotildees entre diversos autores ndashndash no relato da

experiecircncia dolorosa pelas pacientes Para Wilkieson et al (1993) a intensidade de dor

obtida a partir do uso de escalas unidimensionais aumenta com o avanccedilar da idade para

Turk Okifuji e Scharff (1995) diminui e para Gagliesi e Melzack (2003) e Sorkin et al

(1990) natildeo sofre influecircncia Em se tratando do MPQ Benbow Cossins e Wiles (1996)

verificaram que os iacutendices obtidos a partir desse questionaacuterio eram menores em idosos do que

em jovens entretanto Lichtenberg Swensen e Skehan (1986) natildeo observaram tal diferenccedila

Gagliesi e Melzack (1997) sugerem que as diferenccedilas observadas com a idade podem ser

dependentes do tipo de escala utilizada e o fato de a maioria das escalas terem sido validadas

em amostras de pacientes jovens pode tambeacutem influenciar

Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos quanto ao IMC poreacutem trecircs

pacientes do grupo preemptivo pertenciam agrave categoria de obesidade grau I e duas obesidade

grau II dados contidos na tabela 2 Como em pacientes obesos haacute maior impedacircncia para a

passagem da corrente eleacutetrica dada a maior espessura da camada de gordura ndashndash que tem

menor conteuacutedo de aacutegua ndashndash isso poderia talvez influenciar no efeito da TENS (STARKEY

2001)

A semelhanccedila quanto ao niacutevel de escolaridade dos grupos presente na tabela 3 eacute

relevante pois marcantes diferenccedilas poderiam influenciar na compreensatildeo das escalas e

questionaacuterios utilizados

77

Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante quanto ao diagnoacutestico cliacutenico das

pacientes como pocircde ser observado na tabela 4 A relevacircncia desse dado reside no proacuteprio

conceito de dor que foi elaborado pelo comitecirc de taxonomia da International Association for

the Study of Pain (IASP ndashndash Associaccedilatildeo Internacional para o Estudo da Dor) em 1986 que a

define como ldquoexperiecircncia sensorial e emocional desagradaacutevel associada ou descrita em termos

de lesatildeo tecidual real ou potencialrdquo Caso houvesse diferenccedila quanto ao diagnoacutestico isso

poderia influenciar talvez no relato de dor das pacientes dada suas diferentes experiecircncias

preacutevias e desiguais periacuteodos em que vinham sofrendo devido agrave dor (BISSCHOP G

BISSCHOP Eacute COMMANDREacute 2001 KONRAD CORDEIRO COELI 2001 PIMENTA

TEIXEIRA 1997 p 1 SPOacuteSITO 1993)

Seguindo a mesma linha de raciociacutenio eacute que se deu destaque ao tempo em que as

pacientes relataram estar sentindo dor em decorrecircncia da doenccedila da vesiacutecula biliar ndashndash

ilustrado no graacutefico 5 O fato de uma paciente vg estar se queixando de dor haacute mais de 2

anos e uma outra nunca ter tido tal queixa poderia influenciar na percepccedilatildeo da dor todavia a

anaacutelise estatiacutestica possibilitou a verificaccedilatildeo de uma amostra homogecircnea em relaccedilatildeo a esse

tempo

Diferenccedilas significantes no escore do estado fiacutesico determinado pela ASA podem

influenciar na percepccedilatildeo da dor vg pela presenccedila de doenccedilas associadas que natildeo estejam

sob controle Logo o estabelecimento como criteacuterio de inclusatildeo de pacientes que

pertencessem somente aos iacutendices I e II associado agrave ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos minimizou a possibilidade de influecircncia na percepccedilatildeo dolorosa

(graacutefico 6)

Em se tratando do preacutevio uso de analgeacutesicos para o tratamento da dor decorrente da

doenccedila da vesiacutecula ou de outras doenccedilas crocircnicas como pocircde ser observado no graacutefico 7 a

ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica significante mostrou ser homogecircnea a amostra quanto ao uso

78

desse tipo de droga e a anaacutelise sobre o tempo em que as pacientes se queixavam de dor

tambeacutem natildeo mostrou diferenccedila significante (graacutefico 5) o que diminui a possibilidade de as

pacientes terem vivenciado grandes diferenccedilas em relaccedilatildeo agraves suas experiecircncias dolorosas

Tambeacutem natildeo houve diferenccedila significante quanto ao periacuteodo desde o teacutermino da

aplicaccedilatildeo da TENS ateacute a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico dados contidos no graacutefico 8 A

atenccedilatildeo despendida a esse tempo foi dada em virtude da preocupaccedilatildeo de poder haver grande

diferenccedila no tempo entre as aplicaccedilotildees da TENS o que poderia influenciar na concentraccedilatildeo

de opioacuteides endoacutegenos nos momentos de averiguaccedilatildeo da intensidade de dor sendo um

consideraacutevel vieacutes

O fato de as cirurgias terem duraccedilatildeo semelhante (graacutefico 9) e natildeo ter havido

complicaccedilatildeo em nenhum procedimento pode estar eliminando a possibilidade de estas

intercorrecircncias influenciarem na transduccedilatildeo do estiacutemulo doloroso ndashndash e consequumlentemente nas

outras etapas da dor ndashndash dado o maior tempo de manipulaccedilatildeo da aacuterea ciruacutergica

79

52 Anaacutelise da Dor pela Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

De acordo com Pimenta Cruz e Santos (1998) os instrumentos para mensuraccedilatildeo da

dor podem ser de dois tipos unidimensionais que consideram apenas uma uacutenica dimensatildeo da

dor e multidimensionais que a mensuram considerando duas ou mais dimensotildees

Para Buxton (2001) Pereira e Sousa (1998) Pimenta Cruz e Santos (1998) e Vetter

e Heiner (1996) essa escala eacute uma das mais utilizadas em pesquisas cliacutenicas e na praacutetica

meacutedica diaacuteria tanto pela praticidade de manuseio quanto pela facilidade de compreensatildeo por

parte do paciente podendo ser utilizada vaacuterias vezes ao dia Moiniche Kehlet e Dahl (2002) e

Ong et al (2005) em seus artigos de revisatildeo sobre analgesia preemptiva a indicam como o

instrumento mais frequumlentemente empregado para a mensuraccedilatildeo da intensidade de dor

(CAMERON 1999 GRIEVE 1986 HAMZA et al 1999 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO

BRASIL 2001 PIMENTA CRUZ SANTOS 1998 PIMENTA TEIXEIRA 1997

ROBINSON 2001)

Segundo Huskisson (1983) escalas que aumentam os valores da esquerda para a

direita se comportam de forma similar agraves que o fazem ao contraacuterio o que justifica o uso da

escala da figura 4 A escolha dessa escala ao inveacutes da analoacutegica visual (VAS) deu-se por

exigir menor abstraccedilatildeo por parte das pacientes sendo mais faacutecil de ser compreendida uma

vez que Gagliesi e Melzack (1997) observaram que cerca de 30 dos pacientes idosos natildeo

conseguem compreender a VAS Para Ketovuori e Poumlntinen (1981) muitos pacientes satildeo

incapazes de imaginar a sua dor como um ponto em uma linha reta

O grupo preemptivo apresentou meacutedia de intensidade de dor incisional mais baixa

que o placebo ndashndash agrave exceccedilatildeo da primeira observaccedilatildeo ndashndash sendo essa diferenccedila estatisticamente

significante nas terceira (ENDc) e quarta (ENDd) verificaccedilotildees que se procederam

respectivamente 4frac12 h e 5frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico e cujos valores de p

80

foram iguais a 0042 e 0029 Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos na primeira

(ENDa) segunda (ENDb) quinta (ENDe) sexta (ENDf) seacutetima (ENDg) e oitava (ENDh)

averiguaccedilotildees que corresponderam a 2frac12 h 3frac12 h 7 h 8 h e 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico e momento da alta hospitalar respectivamente Nessas coletas os valores de p

foram respectivamente iguais a 0756 0171 0068 0135 0497 e 0145 Todos esses dados

estatildeo contidos na tabela 5

Nas 2 primeiras averiguaccedilotildees da intensidade de dor pela END verificou-se

pequenos niacuteveis aacutelgicos em ambos os grupos fato que ocorreu devido agrave accedilatildeo das drogas

anesteacutesicas ndashndash cloridrato de bupivacaiacutena (05) e fentanil (2 ml) ndashndash utilizadas para a

realizaccedilatildeo dos procedimentos ciruacutergicos e que quando associadas proporcionam

potencializaccedilatildeo do efeito analgeacutesico no poacutes-operatoacuterio De acordo com Dierking et al (1992)

Pontes e Prado (2002) e Prado e Oliveira (2000) o bloqueio anesteacutesico ocasiona depleccedilatildeo da

sensaccedilatildeo dolorosa o que justifica esses diminutos niacuteveis aacutelgicos nessas coletas

A conjunccedilatildeo do anesteacutesico ao opioacuteide eacute recomendada por Castillo [1999] que

observou por meio da VAS menores iacutendices de dor nos pacientes que fizeram uso conjugado

dessas duas drogas em comparaccedilatildeo agravequeles em que somente fora administrado o cloridrato de

bupivacaiacutena Aleacutem da diminuiccedilatildeo do quadro aacutelgico a sua associaccedilatildeo possibilita menor

administraccedilatildeo de anesteacutesicos melhor qualidade anesteacutesica no intra-operatoacuterio e reduccedilatildeo da

necessidade do uso de faacutermacos analgeacutesicos no periacuteodo poacutes-operatoacuterio

Agrave medida que houve um distanciamento em relaccedilatildeo ao horaacuterio da induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico as drogas utilizadas para a realizaccedilatildeo do ato ciruacutergico comeccedilaram a

diminuir seu poder de accedilatildeo O cloridrato de bupivacaiacutena ndashndash anesteacutesico ndashndash tem uma meia-vida

de aproximadamente 3 horas e o seu efeito perdura por cerca de 4 a 5 h (RANG DALE

1993)

81

Assim o cloridrato de bupivacaiacutena em associaccedilatildeo ao fentanil contribuiu para que

natildeo houvesse diferenccedila significante entre os niacuteveis de dor incisional nas 2 primeiras coletas o

que estaacute em concordacircncia com outra pesquisa jaacute realizada pelo nosso grupo em

colecistectomias por laparotomia em que Santos et al (2004) com a mesma padronizaccedilatildeo de

drogas e horaacuterios de averiguaccedilatildeo dos niacuteveis de dor natildeo observaram tal diferenccedila nesses

momentos entre os grupos experimental ndashndash que fazia uso da TENS de alta e baixa

frequumlecircncias somente no poacutes-operatoacuterio ndashndash e placebo

Isso estaacute em concordacircncia tambeacutem com Ke et al (1998) que nas primeiras 4 h apoacutes

a realizaccedilatildeo de laparotomias natildeo verificaram diferenccedila significante nos niacuteveis aacutelgicos entre os

grupos de pacientes que foram utilizados para a anaacutelise do efeito analgeacutesico preemptivo do

cloridrato de bupivacaiacutena quando aplicado pelo meacutetodo de infiltraccedilatildeo incisional

A meacutedia de intensidade de dor do grupo preemptivo foi a partir da ENDb inferior agrave

do placebo Tal fato pode ter ocorrido devido agrave preacutevia aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia que pode ter estimulado a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos potencializando a

analgesia no periacuteodo poacutes-operatoacuterio ao ativar o sistema descendente de controle da dor O

fato de isso natildeo ter ocorrido na primeira investigaccedilatildeo deve ser atribuiacutedo agrave accedilatildeo das drogas

anesteacutesicas ndashndash como jaacute citado anteriormente Ademais ao analisar a diferenccedila estatiacutestica entre

os dois grupos nessa coleta percebe-se que esse foi o momento em que houve a menor

diferenccedila estatiacutestica pois o valor de p foi igual a 0756 e as meacutedias de 084 plusmn 034 e 072 plusmn

029 nos grupos preemptivo e placebo respectivamente

Quando ocorreu a transiccedilatildeo entre a segunda (ENDb) e terceira (ENDc) verificaccedilotildees

o efeito do cloridrato de bupivacaiacutena possivelmente jaacute estava cessando o que explicou o

aumento mais acentuado do niacutevel de dor no grupo placebo jaacute que provavelmente somente o

fentanil estava agindo contudo essa grande elevaccedilatildeo natildeo foi observada no grupo preemptivo

o que permite a assertiva de que tenha havido talvez uma potencializaccedilatildeo do efeito

82

analgeacutesico pela associaccedilatildeo do fentanil agrave TENS de baixa frequumlecircncia ndashndash que estimula a

liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos tanto em niacutevel espinhal quanto supra-espinhal ndashndash

aumentando assim ainda mais as concentraccedilotildees de opioacuteides As terceira (ENDc) e quarta

(ENDd) verificaccedilotildees foram justamente os momentos em que houve diferenccedila estatiacutestica

significante entre os dois grupos pois as meacutedias de intensidade de dor foram respectivamente

iguais a 202 plusmn 053 e 278 plusmn 056 no grupo preemptivo e 384 plusmn 066 e 48 plusmn 067 no

placebo sendo os valores de p iguais a 0042 e 0029 respectivamente

A quinta verificaccedilatildeo (ENDe) foi o momento em que embora natildeo tenha havido

diferenccedila estatiacutestica significante os valores se aproximaram bastante de tal possibilidade

visto que o valor de p lt 01 A relevacircncia desse momento consiste em ser o ponto a partir do

qual a diferenccedila entre os niacuteveis de dor dos grupos diminui progressivamente ateacute a seacutetima

observaccedilatildeo (ENDg) Isso incita a assertiva de que o efeito da TENS aplicada como meacutetodo

analgeacutesico preemptivo possivelmente seria mais evidente nas primeiras horas apoacutes o

bloqueio anesteacutesico e seria interessante realizar aplicaccedilotildees da TENS tambeacutem no periacuteodo

poacutes-operatoacuterio para a obtenccedilatildeo de um melhor efeito analgeacutesico tendo como base os dados

da pesquisa de Santos et al (2004) Alguns autores sugerem que o efeito da TENS poder-se-

ia estender por 2 a 6 h dependendo das atividades de vida diaacuteria posturas e niacuteveis de dor

contudo outros relatam um efeito ainda mais duradouro (CREacutePON 1996 DAMIANE C

DAMIANE G 1998 SALGADO 1999)

Esses achados estatildeo em concordacircncia com a maioria dos estudos os quais revelam

que a analgesia preemptiva ocorreria nas 6 primeiras horas poacutes-ciruacutergicas apesar de algumas

pesquisas sugerirem que ela promoveria um longo tempo de analgesia que poderia perdurar

por ateacute 7 a 10 dias poacutes-operatoacuterios (BRIDENBAUGH 1994 ROSAEG et al 2001)

83

O niacutevel aacutelgico mais elevado do grupo placebo ocorreu na sexta (ENDf) investigaccedilatildeo

com meacutedia igual a 488 plusmn 066 Jaacute no grupo preemptivo o maior iacutendice de dor foi observado

na seacutetima verificaccedilatildeo (ENDg) cuja meacutedia foi igual a 356 plusmn 061 Esses dados sugerem que a

TENS possa talvez ter aumentando o periacuteodo de latecircncia da dor

Apoacutes o efeito das drogas anesteacutesicas em ambos os grupos a menor meacutedia de

intensidade de dor ocorreu na uacuteltima coleta (ENDh) sendo de 096 plusmn 033 para o preemptivo

e 176 plusmn 042 para o placebo Isso demonstra que ao passo em que o processo inflamatoacuterio

decorrente do trauma ciruacutergico vai diminuindo haacute consequumlentemente reduccedilatildeo dos niacuteveis

aacutelgicos e que os maiores niacuteveis de dor do grupo placebo em relaccedilatildeo ao preemptivo podem ter

sido responsaacuteveis por promoverem maior memorizaccedilatildeo da dor contribuindo assim para que

mesmo 2 dias apoacutes a operaccedilatildeo as pacientes do grupo placebo ainda exibissem um maior

quadro aacutelgico embora natildeo diferente sob o ponto de vista estatiacutestico Logo a eletroanalgesia

preemptiva pode tambeacutem estar influenciando na qualidade de remissatildeo da dor

Ao conjuminar esses dados podemos inferir que o grupo preemptivo em todos os

momentos de anaacutelise da intensidade de dor apresentou niacuteveis leves ao passo que o placebo

chegou a atingir niacuteveis moderados em 3 verificaccedilotildees (ENDd ENDe ENDf) Isso demonstra

que as pacientes do grupo placebo natildeo obtiveram analgesia tatildeo satisfatoacuteria quanto as do outro

grupo Eacute importante ressaltar que a colecistectomia por laparotomia gera um niacutevel de dor

severo no poacutes-operatoacuterio e que esse soacute natildeo deve ter sido atingido em nenhum dos grupos

porque a dipirona ndashndash antiinflamatoacuterio natildeo-esteroidal ndashndash estava sendo administrada de 6 em 6

horas

No graacutefico 10 eacute possiacutevel perceber que houve no grupo preemptivo uma ascensatildeo

do niacutevel de dor menos iacutengreme que a do placebo nas primeiras coletas Esse achado parece

estar em concordacircncia com a proposta de Melo e Santana Filho (2003) de aplicar a TENS em

periacuteodo preacute-operatoacuterio para minimizar os picos aacutelgicos no poacutes-operatoacuterio de hernioplastias

84

inguinais pois apesar de eles terem obtido satisfatoacuteria analgesia com o seu uso no poacutes-

operatoacuterio verificaram que havia picos dolorosos assim que ocorria o teacutermino do efeito

anesteacutesico e que os mesmos poderiam talvez serem atenuados com a aplicaccedilatildeo da TENS

antes do ato ciruacutergico

Essa atenuaccedilatildeo do pico aacutelgico obtida com a aplicaccedilatildeo da TENS jaacute no periacuteodo preacute-

operatoacuterio pode ser realmente observada ao confrontamos os nossos resultados com os de

Santos et al (2004) ndashndash trabalho jaacute citado anteriormente ndashndash tendo em vista que percebemos

que nas quinta e sexta coletas as meacutedias de intensidade de dor do grupo preemptivo

[pertencente ao nosso trabalho] foram inferiores agraves do experimental [pertencente agrave pesquisa

de Santos et al (2004)] que tiveram valores de 379 plusmn 284 e 370 plusmn 329 respectivamente o

que pode ter decorrido do fato de a TENS ter promovido um efeito anti-nociceptivo Mariano

e Ben (1998) obtiveram resultados satisfatoacuterios tambeacutem com a aplicaccedilatildeo da TENS no poacutes-

operatoacuterio de colecistectomias no entanto natildeo podemos comparar diretamente os resultados

devido agraves diferenccedilas de meacutetodos empregados

Natildeo estatildeo expressas na literatura pesquisada publicaccedilotildees sobre analgesia

preemptiva induzida pela TENS em humanos apenas trabalhos com a utilizaccedilatildeo de drogas e

eletroacupuntura com esse propoacutesito e que tiveram iniacutecio principalmente a partir da deacutecada

passada Dessa forma a nossa discussatildeo seraacute sempre cotejada agraves pesquisas envolvendo esses

dois recursos de forma preemptiva tal como trabalhos que empregaram a TENS no poacutes-

operatoacuterio

Apenas um trabalho realizado por Javier et al (1999) sobre o uso da TENS como

recurso analgeacutesico preemptivo foi encontrado na literatura pesquisada entretanto foi

procedido em ratos Eles observaram que a TENS mormente em sua modalidade de baixa

frequumlecircncia proporcionou efeito anti-nociceptivo em procedimentos ciruacutergicos realizados

nesses animais o que corrobora nossos achados Mesmo sendo aplicados a espeacutecies

85

diferentes o trabalho de Javier et al (1999) e o nosso estatildeo em concordacircncia pois ambos

obtiveram analgesia preemptiva com a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia

Muito embora tenha sido empregado meacutetodo diferenciado analgesia preemptiva

tambeacutem foi obtida por Kotani et al (2001) com o uso da eletroacupuntura antes de cirurgias

abdominais altas e baixas sendo verificados pela VAS menores niacuteveis de dor nos pacientes

em que foi aplicada a eletroestimulaccedilatildeo em relaccedilatildeo aos do grupo controle ndashndash natildeo submetidos

agrave corrente eleacutetrica

A grande importacircncia em confrontar os resultados da nossa pesquisa com os de

Kotani et al (2001) baseia-se no similar mecanismo de accedilatildeo da eletroacupuntura e da TENS

de baixa frequumlecircncia que se daria pelo aumento dos niacuteveis de opioacuteides endoacutegenos que agiriam

ambos em receptores micro-opioacuteides (CHEN HAN 1992 HAN et al 1986) Contudo Zhou e

Xi (1986) observaram em coelhos que a naloxona antagonizou parcialmente o efeito da

eletroacupuntura mas natildeo o da TENS de baixa frequumlecircncia

A administraccedilatildeo de faacutermacos analgeacutesicos em periacuteodo preacute-operatoacuterio proporcionou

bons resultados na diminuiccedilatildeo do quadro aacutelgico em algumas pesquisas vg Pontes e Prado

(2002) analisando o uso do cetoprofeno antes da realizaccedilatildeo de incisotildees plantares em ratos

verificaram satisfatoacuterio efeito anti-nociceptivo dessa droga Ke et al (1998) observaram ndashndash

em laparotomias ndashndash menor iacutendice de dor (mensurado pelo MPQ) no grupo de pacientes em

que a bupivacaiacutena fora administrada antes da cirurgia quando comparado ao dos outros dois

grupos pacientes em que ela foi administrada apoacutes a cirurgia e aqueles que receberam apenas

soluccedilatildeo salina Diversos outros autores tambeacutem relatam sobre os bons resultados obtidos com

a analgesia preemptiva (AIDA et al 1999 GOTTSCHALK OCHROCH 2003 KE

PORTERA LINCOLN 1998 LEE I-H LEE I-O 2005 WALL 1988) Na revisatildeo

sistemaacutetica de Ong et al (2005) analisando 66 artigos a analgesia peridural com opioacuteides

destacou-se por ser a teacutecnica mais eficiente para promover analgesia preemptiva conclusatildeo

86

tambeacutem obtida por Moiniche Kehlet e Dahl (2002)

Na literatura existem pesquisas principalmente com a utilizaccedilatildeo de faacutermacos em

que natildeo se obteve analgesia preemptiva Pontes e Prado (2002) eg natildeo promoveram

analgesia preemptiva com o uso de dipirona morfina e diclofenaco antes da realizaccedilatildeo de

incisotildees plantares em ratos e de acordo com esses autores em outra pesquisa a infiltraccedilatildeo

preacute-ciruacutergica de anesteacutesico local natildeo exerceu influecircncia nos niacuteveis aacutelgicos nem de pacientes

submetidos a colecistectomias nem herniorrafias Assim como esses muitos outros estudos

tambeacutem obtiveram resultados negativos e naqueles em que foi observada analgesia

preemptiva a mesma ocorreu em pequena magnitude (KISSIN 1994 2000 2002

MAESTRONI et al 2002 ONG et al 2005 SINATRA 2002 WOOLF CHONG 1993)

Entretanto os bons resultados jaacute obtidos tanto cliacutenicos quanto experimentais satildeo

provavelmente suficientes para indicar que a analgesia preemptiva eacute um fenocircmeno vaacutelido e

que um maior efeito poderaacute ser obtido com o desenvolvimento de novas e mais especiacuteficas

teacutecnicas (KISSIN 2000 2002)

As pesquisas tecircm restringido o uso da TENS em humanos apenas ao periacuteodo poacutes-

ciruacutergico Os resultados na sua grande maioria tecircm demonstrado gratificante aliacutevio do

quadro aacutelgico sobretudo naqueles procedimentos em que a dor gerada tem intensidade de

leve a moderada

Guerra et al (2003) verificaram menores niacuteveis aacutelgicos por meio da END nos

pacientes que foram submetidos agrave aplicaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia

inguinal em relaccedilatildeo aos que natildeo o foram assim como Chiu et al (1999) em

hemorroidectomias Chen et al (1998) em histerectomia abdominal total e miomectomia

Carrol et al (1996) em 786 pacientes submetidos a diversos procedimentos ciruacutergicos Castro

e Carlos (1986) em laparotomias com 22 de reduccedilatildeo da queixa de dor sendo os melhores

resultados obtidos nas histerectomias e os piores nas gastrectomias o que pode ser atribuiacutedo

87

talvez ao fato de a gastrectomia ser um procedimento ciruacutergico abdominal alto e ocasionar

entatildeo maiores niacuteveis de dor

Os nossos resultados natildeo podem ser diretamente confrontados aos dessas pesquisas

tendo em vista o grande nuacutemero de variaacuteveis existentes destacando-se o diferente modelo de

dor que cada procedimento ciruacutergico ocasiona e o fato de a TENS ter sido empregada sempre

apoacutes as cirurgias O que se pode e deve ser discutido eacute que talvez os resultados das pesquisas

em que a TENS foi bem sucedida como recurso analgeacutesico pudessem ser ainda melhores caso

a tivessem empregado tambeacutem antes das cirurgias e os das que natildeo obtiveram sucesso com a

TENS pudessem ter tido com essa preacutevia aplicaccedilatildeo pois as respostas analgeacutesicas poderiam

ser potencializadas

A maior concentraccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos apoacutes a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia eacute relatada por diversos autores (JOHNSON ASHTON THOMPSOM 1991

MERKEL GUSTEIN MALVIYA 1999 SLUKA WALSH 2003 THOMSON SKINNER

PIERCY 1994 TOYOTA STATAKE AMAKI 1999) Eriksson Sjolund e Neilzen (1979)

e Salar Job e Mingrino (1981) demonstraram um aumento da concentraccedilatildeo de opioacuteides no

liquor lombar apoacutes a TENS De acordo com Starkey (2001) essa modalidade de corrente

eleacutetrica estimularia a glacircndula hipoacutefise a liberar ACTH e acirc-lipotropina (moleacutecula precursora

da acirc-endorfina) na corrente sanguumliacutenea Crielaard et al ([sd] apud TRIBIOLI 2003)

observaram amento de 22 da taxa de acirc-endorfina apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia com intensidade elevada a ponto de produzir contraccedilatildeo muscular ritmada na

regiatildeo lombar de pacientes Entretanto OacuteBrien et al (1984 apud TRIBIOLI 2003) natildeo

verificaram incremento dos niacuteveis de acirc-endorfina no sangue apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS ndashndash tanto

de baixa frequumlecircncia (2 Hz) quanto de alta (80 Hz)

88

Chandran e Sluka (2003) observaram assim como Chen e Han (1992) Kalra Urban

e Sluka (2001) King e Sluka (2001) Sluka et al (1999) e Sluka et al (2000) que a TENS de

baixa frequumlecircncia estimulava a liberaccedilatildeo de opioacuteides que agiam sobre os receptores micro

localizados tanto em niacutevel espinhal (micro2) quanto supra-espinhal (micro1) fato ratificado por Han

et al (1991) que observaram que a endomorfina-1 ligante opiacuteoacuteide para os receptores micro-

opioacuteides mediava o efeito dessa modalidade de TENS Em alguns desses estudos concluiu-

se que a accedilatildeo da TENS se dava sobre esse tipo de receptor ao conseguir inibir o seu efeito

pela preacutevia administraccedilatildeo de baixas doses de naloxona ndashndash antagonista desses receptores

Hansson et al (1986) Lundeberg Bondesson e Lundstron (1985) e Olausson et al (1986)

verificaram que a TENS de baixa frequumlecircncia natildeo foi eficiente na reduccedilatildeo da dor nos pacientes

em que foi previamente administrada a naloxona

Apesar de a maioria dos autores apontar a accedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia como

sendo sobre os receptores micro-opioacuteides Chen e Han (1992) observaram que ela tambeacutem agiria

sobre os receptores auml-opioacuteides Outros autores como Han et al (1991) e Hughes et al

(1984) tambeacutem relataram sobre um aumento da concentraccedilatildeo de acirc-endorfina na circulaccedilatildeo

sanguumliacutenea de indiviacuteduos saudaacuteveis apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de baixa ou alta frequumlecircncias e

no liquor lombar concentraccedilotildees elevadas de metionina-encefalina (agonista auml-opioacuteide) e

dinorfina A (agonista ecirc-opioacuteide) apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de alta e baixa frequumlecircncia

respectivamente Para Basford (1994) seria mais evidente a liberaccedilatildeo de opioacuteides com a

aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia

Algumas controveacutersias quanto ao uso da TENS ainda persistem a) se haveria

liberaccedilatildeo de outras substacircncias capazes de modular a dor b) se sujeitos com e sem dor

diferem na resposta agrave estimulaccedilatildeo c) e caso sejam liberados neurotransmissores para a

modulaccedilatildeo da dor quais seriam os paracircmetros de estimulaccedilatildeo mais efetivos para tal

(BASFORD 1994)

89

A eletroanalgesia preemptiva pode ter sido obtida nessa pesquisa por meio da

inibiccedilatildeo pela TENS da hipersensibilidade central o que estaacute em concordacircncia com a

assertiva de King e Sluka (2001) e Sluka (2000) de que a TENS de baixa frequumlecircncia reduz

significantemente a hiperalgesia secundaacuteria poreacutem natildeo tem efeito sobre a primaacuteria

90

53 Anaacutelise da Satisfaccedilatildeo das Pacientes com o Tratamento

No grupo preemptivo a meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que

estava sendo realizado obtida a partir dos dados coletados com o uso da Escala de Satisfaccedilatildeo

do Paciente (ESP) foi sempre superior agrave do placebo em todos os momentos de coleta

entretanto natildeo houve em nenhuma das verificaccedilotildees diferenccedila estatiacutestica significante entre os

grupos como pocircde ser evidenciado na tabela 6 O intuito de aplicar tal escala foi tentar

observar se haveria um grau de satisfaccedilatildeo significantemente mais elevado no grupo

preemptivo em relaccedilatildeo ao placebo tendo em vista o papel da dor como fator de grande

influecircncia na qualidade do tratamento poacutes-operatoacuterio Poreacutem isso natildeo ocorreu nem na ESPd

verificaccedilatildeo que coincidia com o horaacuterio da ENDd em que houve niacutevel de dor

significantemente menor no grupo preemptivo

Rosaeg et al (2001) relatam sobre a ausecircncia de correlaccedilatildeo entre a analgesia

preemptiva e o grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes Isso ocorreria porquanto diversos fatores

aleacutem da dor poacutes-operatoacuteria contribuem para determinar o grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes

Nos dois grupos os niacuteveis de satisfaccedilatildeo sempre se mostraram bastante elevados Levando-se

em consideraccedilatildeo que todas as pacientes que participaram da presente pesquisa foram

assistidas pelo SUS e que comumente ndashndash ateacute por fatores culturais ndashndash estatildeo mais habituadas a

um ldquofriordquo relacionamento profissional de sauacutede-paciente esse alto grau de satisfaccedilatildeo talvez

possa ter sido atribuiacutedo agrave intensa assistecircncia dada aos dois grupos decircs o periacuteodo preacute-ciruacutergico

em que foram fornecidas informaccedilotildees a respeito da cirurgia que seria realizada da dor

incisional ndashndash e porventura visceral ndashndash do tratamento proposto dos meacutetodos de mensuraccedilatildeo

da dor bem assim orientaccedilotildees para que as mesmas evitassem falar apoacutes a cirurgia porque natildeo

se acumulassem gases ateacute o momento da alta hospitalar com os questionamentos sobre os

niacuteveis aacutelgicos Aleacutem disso as pacientes podem ter se sentido constrangidas ou terem

91

apresentado receio em relatar sobre a sua real satisfaccedilatildeo podendo supor que isso viria a

influenciar nos cuidados que a equipe meacutedica estaria despendendo para as mesmas

(BARROS 2001 JACHUCK 1982)

Caso tivesse sido realizada a coleta da ESP em todos os horaacuterios da END talvez fosse

possiacutevel observar diferenccedila significante entre os grupos em algum momento Entanto

preferiu-se realizar 5 averiguaccedilotildees da ESP aos inveacutes de 8 com o intuito de natildeo somente

abordar as pacientes um menor nuacutemero de vezes perturbando-as dessa forma um pouco

menos como tambeacutem minimizar a possibilidade de elas confundirem as duas escalas logo

que ambas satildeo constituiacutedas de nuacutemeros embora uma seja aplicada por meio de uma reacutegua e a

outra de forma verbal o que em princiacutepio diminuiria a possibilidade de confusatildeo

Em ambos os grupos a coleta em que houve a maior meacutedia de satisfaccedilatildeo com o

tratamento foi a uacuteltima sendo os valores nos grupos preemptivo e placebo respectivamente

de 992 plusmn 005 e 933 plusmn 035 Esses dados ao serem confrontados com os da END nesse

horaacuterio de coleta mostram que o maior grau de satisfaccedilatildeo apoacutes o pico aacutelgico deu-se

justamente no momento em que as pacientes estavam sentido uma menor intensidade de dor

Diferentemente dos nossos achados o uso da TENS no poacutes-operatoacuterio de

hernioplastia inguinal promoveu meacutedias de satisfaccedilatildeo com o tratamento ndashndash tambeacutem

mensurada pela ESP ndashndash significantemente superiores agraves do grupo placebo (MELO

SANTANA FILHO 2003)

Em pesquisa realizada por Hamza et al (1999) em cirurgias abdominais baixas

observou-se tambeacutem maior satisfaccedilatildeo por parte dos pacientes que usaram a TENS de baixa

frequumlecircncia no poacutes-operatoacuterio visto que 76 desses pacientes apresentaram alto grau de

satisfaccedilatildeo com o emprego de tal aparato para o controle da dor poacutes-ciruacutergica enquanto apenas

24 dos pacientes do grupo placebo apresentaram tal grau de satisfaccedilatildeo

92

54 Anaacutelise da Dor pelo Questionaacuterio de Dor McGill

A linguagem da dor repetidamente enfatizada por Merskey (1980) fornece

relevantes indiacutecios sobre o sofrimento e a dor das pessoas Melzack (1975) desenvolveu um

meacutetodo sistemaacutetico que incorporou descritores verbais para a expressatildeo da dor o MPQ que

se tornou o instrumento de pesquisa mais empregado no mundo para a mensuraccedilatildeo das

propriedades multidimensionais da dor abordando os componentes sensoriais afetivos e de

intensidade segundo Fernandez e Boyle (2001) e Fernandez e Towery (1996)

O MPQ adaptado foi utilizado apenas uma vez ndashndash 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico ndashndash no primeiro dia poacutes-operatoacuterio A opccedilatildeo por tal horaacuterio deu-se a partir da

experiecircncia obtida no estudo piloto em que o mesmo era administrado 7 h apoacutes a induccedilatildeo do

bloqueio A dificuldade para conseguir a atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo das pacientes condiccedilotildees

essenciais para responder de forma adequada ao mesmo foi muito grande fato que pode ser

atribuiacutedo ao relato de cansaccedilo por parte das pacientes porquanto as mesmas eram submetidas

ao procedimento ciruacutergico em torno das 1600 e assim o MPQ no estudo piloto era aplicado

aproximadamente agraves 2300 momento em que elas normalmente estavam dormindo ou entatildeo

tentando dormir mas relatando grande desconforto que pocircde ser observado natildeo apenas por

meio de avaliaccedilatildeo cliacutenica durante a coleta de dados como tambeacutem pelos niacuteveis aacutelgicos nesse

periacuteodo mensurados pela END e contidos na tabela 5

Apesar de alguns pesquisadores utilizarem o MPQ para a mensuraccedilatildeo de dores

passadas e relatarem que o mesmo possa ser usado para a anaacutelise de dores de ateacute uma semana

atraacutes optou-se para evitar maiores vieses por usaacute-lo para mensurar a dor incisional que a

paciente estava relatando naquele momento pois muitos pacientes apresentam dificuldade em

abstrair e sumariar experiecircncias dolorosas passadas (PIMENTA TEIXEIRA 1997) Para

93

isso elas eram instruiacutedas a respondecirc-lo com base na dor que estavam vivenciando naquele

momento

De acordo com Melzack (1975) esse instrumento somente deve ser aplicado para os

pacientes que estejam relatando dor Em virtude disso natildeo foram utilizados para a realizaccedilatildeo

da anaacutelise estatiacutestica dos iacutendices do MPQ os dados das 50 pacientes mas os de 41 (21 do

grupo preemptivo e 20 do placebo) pois 9 pacientes estavam relatando niacutevel de dor igual a

zero mensurado pela END no momento da aplicaccedilatildeo do MPQ

Veilleux e Melzack (1976) relatam que o MPQ eacute suficientemente sensiacutevel para

detectar diferenccedilas entre meacutetodos de tratamento da dor e proporciona informaccedilotildees a respeito

do efeito de determinada terapia antaacutelgica sobre as dimensotildees sensorial afetiva e avaliativa da

dor Optou-se pela natildeo utilizaccedilatildeo da forma reduzida do MPQ dado o pequeno nuacutemero de

descritores e cujos significados estatildeo mais frequumlentemente relacionadas agrave dor crocircnica do que

agrave aguda (MELZACK 1987)

A utilizaccedilatildeo do MPQ foi relevante porque esse instrumento multidimensional

fornece informaccedilotildees mais ricas sobre a experiecircncia dolorosa ndashndash envolvendo tambeacutem

componentes psicoloacutegicos e emocionais ndashndash natildeo se limitando apenas agrave mensuraccedilatildeo da

intensidade de dor como o satildeo a END VAS de faacutecies e tantas outras Para Prieto e

Geisinger (1983) apesar de a intensidade global da dor ser importante condiccedilatildeo para

compreender a experiecircncia dolorosa medidas que refletem apenas essa caracteriacutestica satildeo

insensiacuteveis a variaccedilotildees nos diferentes aspectos qualitativos da dor (KELLY AHMAD

BRULL 2001)

A categoria sensorial refere-se agraves propriedades mecacircnicas teacutermicas temporais e

espaciais da dor a afetiva-motivacional agrave dimensatildeo afetiva nos aspectos de tensatildeo medo e

propriedades autonocircmicas a avaliativa possibilita que o paciente expresse uma avaliaccedilatildeo

global da sua experiecircncia dolorosa e a miscelacircnea que engloba descritores das outras

94

categorias natildeo se refere a nenhuma propriedade especiacutefica (KETOVUORI POumlNTINEN

1981 MELZACK 1975 PIMENTA TEIXEIRA 1997 TEIXEIRA et al 1999)

A partir da sua utilizaccedilatildeo pudemos obter o Iacutendice do Nuacutemero de Palavras

Escolhidas (NWC) e o Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) O graacutefico 12 apresenta a

comparaccedilatildeo do NWC total obtido por meio da soma do nuacutemero de descritores selecionados

pelas pacientes nas 4 categorias que compotildeem o MPQ entre os grupos preemptivo e placebo

assim como o NWC em cada categoria do MPQ (tabela 10) De acordo com Pimenta e

Teixeira (1997) quanto maior o valor do NWC maior tambeacutem seraacute o niacutevel de dor dos

pacientes

Eacute possiacutevel observar que natildeo houve diferenccedila significante quanto ao NWC total entre

os grupos haja vista que o valor de p foi igual a 0937 tendo o grupo preemptivo selecionado

em meacutedia 1562 plusmn 061 palavras e o placebo 1540 plusmn 084 Vale ressaltar que o maacuteximo valor

possiacutevel do NWC total eacute 20 pois cada paciente natildeo pode escolher mais do que um descritor

em cada subcategoria

O grupo preemptivo selecionou em meacutedia 371 plusmn 025 e 276 plusmn 018 descritores nas

categorias afetiva e miscelacircnea respectivamente e o placebo 375 plusmn 020 e 315 plusmn 021 Na

categoria sensorial diferentemente dessas duas o grupo preemptivo (819 plusmn 038) selecionou

mais palavras que o placebo (765 plusmn 050) Na avaliativa ambos os grupos selecionaram em

meacutedia uma palavra Eacute importante ressaltar que em nenhum desses iacutendices houve diferenccedila

significante o que jaacute era esperado pois o NWC natildeo eacute eficiente para mostrar o malogro ou

sucesso de uma terapia analgeacutesica para um aliacutevio parcial da dor De acordo com Melzack

(1975) o paciente que tem um aliacutevio parcial da dor natildeo necessariamente deveria ter um

menor NWC pois haveria uma tendecircncia em selecionar um descritor que indicasse um menor

iacutendice de dor mas natildeo a recusa por parte desse paciente em selecionar determinada

subcategoria Dessa forma apenas o PRI poderia apresentar variaccedilatildeo

95

Apesar de natildeo ter havido diferenccedila significante a maior utilizaccedilatildeo ndashndash em termos

proporcionais ndashndash dos descritores da categoria sensorial em relaccedilatildeo aos da afetiva conforme

foi observada na tabela 11 em ambos os grupos estaacute de acordo com Pimenta (1995) Reading

(1983) e Teixeira et al (1999) que verificaram que os pacientes que sofriam de dores agudas

tinham preferecircncia por tais descritores enquanto aqueles que padeciam de dor crocircnica pelos

da afetiva Todavia talvez exista uma tendecircncia maior para a escolha dos descritores da

categoria sensorial pois a mesma engloba 539 (42 palavras) dos descritores do MPQ

enquanto que a afetiva 179 (14 palavras) Portanto a categoria sensorial apresenta o triplo

de descritores da afetiva apesar de possuir somente o dobro de subcategorias

Eacute interessante observar a importacircncia da categoria avaliativa (16ordf subcategoria) pois

todas as pacientes a utilizaram para selecionar um descritor (tabela 8) Melzack (1975)

descreveu que 95 dos 248 pacientes ndashndash de diversas doenccedilas ndashndash analisados em seu estudo

selecionaram um descritor dessa categoria o que estaacute em concordacircncia com nossos dados

Outras subcategorias muito utilizadas foram a 9ordf 11ordf 12ordf e 20ordf De forma inversa a 19ordf

subcategoria foi a menos selecionada (4 pacientes do grupo preemptivo e 8 do placebo) o que

eacute justificado por se tratarem de descritores que abordam os aspectos relacionados agrave sensaccedilatildeo

de frio sendo mais frequumlentemente utilizados para a descriccedilatildeo de dores de dente de acordo

com Gagliesi e Melzack (2003) e Melzack (1975)

Em ambos os grupos os descritores mais selecionados foram ldquocansativardquo e

ldquoenjoadardquo que pertencem agrave categoria afetiva 8095 das pacientes do grupo preemptivo

selecionaram esses descritores e 90 das do placebo assim o fizeram Na categoria sensorial

ambos os grupos selecionaram mais frequumlentemente o descritor ldquofinardquo 7142 das pacientes

do grupo preemptivo e 75 das do placebo Na miscelacircnea 55 das pacientes do grupo

placebo optaram mais comumente pelos descritores ldquoespalhardquo e ldquorepuxardquo e 5238 das do

preemptivo por ldquorepuxardquo e ldquoaborrecidardquo

96

Ao considerar os descritores mais apropriados para caracterizar a dor incisional

nessa pesquisa (tabela 9) ndashndash considerados por Gagliesi e Melzack (2003) como aqueles que

tenham sido selecionados por pelo menos 33 dos pacientes ndashndash os que foram escolhidos de

forma comum aos dois grupos foram na categoria sensorial (latejante pontada fina

queimaccedilatildeo ardor e dolorida) afetiva (cansativa e enjoada) avaliativa (que incomoda) e na

miscelacircnea (repuxa e aborrecida) Houve diferenccedila significante entre os dois grupos na

frequumlecircncia de seleccedilatildeo dos descritores ldquoesticadardquo da 10ordf subcategoria e ldquoespalhardquo da 17ordf

subcategoria que eacute justificada pelo fato de na 10ordf subcategoria das 19 pacientes do grupo

preemptivo que a utilizaram 13 selecionaram o descritor ldquoesticadardquo e das 13 do grupo

placebo apenas 5 Em se tratando da 17ordf subcategoria apenas 3 das 13 pacientes que

indicaram essa subcategoria selecionaram o descritor ldquoespalhardquo enquanto 11 do grupo

placebo o selecionou das 17 que optaram por tal subcategoria

No graacutefico 13 haacute a comparaccedilatildeo do PRI total obtido pela soma dos valores que satildeo

atribuiacutedos a cada descritor escolhido pelas pacientes nas 4 categorias do MPQ ndashndash podendo

atingir um maacuteximo valor de 78 ndashndash entre os dois grupos assim como do PRI para cada uma

das categorias do MPQ Para Pimenta e Teixeira (1997) quanto maior o valor desse iacutendice

maior a percepccedilatildeo dolorosa das pacientes Natildeo houve diferenccedila significante quanto ao PRI

total assim como para as categorias sensorial afetiva e miscelacircnea O grupo preemptivo

apresentou PRI total igual a 3274 plusmn 163 e o placebo 3245 plusmn 208 A categoria avaliativa foi

a uacutenica em que houve diferenccedila significante entre os grupos pois o PRI do grupo preemptivo

foi igual a 3 plusmn 028 e o do placebo a 205 plusmn 022 sendo o valor de p igual a 0019

A ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica significante entre os dois grupos tanto no NWC

total quanto no PRI total estaacute em concordacircncia com os resultados obtidos pela ENDg 16 h

apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico pois em nenhum desses iacutendices houve diferenccedila

significante entre os grupos

97

Apesar das dificuldades existentes ndashndash tempo de aplicaccedilatildeo e compreensatildeo de alguns

descritores pelas pacientes ndashndash a aplicaccedilatildeo desse questionaacuterio possibilitou ao investigador uma

experiecircncia muito produtiva pois permitiu a visualizaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo ndashndash seja por palavras

ou expressotildees faciais ndashndash da maioria das pacientes em encontrar palavras que as auxiliassem a

transmitir sua experiecircncia dolorosa Em pesquisa realizada por Pimenta e Teixeira (1997)

96 dos pacientes disseram que o MPQ ajudou ou ajudou muito na descriccedilatildeo de seu quadro

doloroso

Os dados obtidos a partir do MPQ infelizmente tornam-se um pouco limitados para

a comparaccedilatildeo com outras pesquisas dadas as diferenccedilas da liacutengua Esse eacute um dos motivos

pelos quais as escalas unidimensionais satildeo mundialmente mais usadas possibilitando o cotejo

dos resultados obtidos em diferentes paiacuteses e liacutenguas

Sabe-se que os aspectos econocircmicos culturais e sociais tecircm influecircncia sobre o relato

da dor pelos pacientes ndashndash embora em menor magnitude nas dores de caraacuteter agudo vg a

poacutes-operatoacuteria do que nas de caraacuteter crocircnico segundo Pimenta e Teixeira (1997) ndashndash mas

Katz e Melzack (1999) e Melzack (1975) demonstraram que o MPQ possui elevado niacutevel de

fidedignidade e transcende a tais diferenccedilas talvez por ter sido elaborado com base no

referencial teoacuterico sobre a fisiologia da dor No Brasil 95 dos entrevistados em uma

pesquisa disseram ser capazes de compreender o inventaacuterio sem grande dificuldade mas os

estudos natildeo avaliam a magnitude dessa dificuldade mormente quando se trata de indiviacuteduos

de baixa escolaridade ou idosos (PIMENTA 1995 PIMENTA TEIXEIRA 1997

TEIXEIRA 2001)

Entretanto essa talvez natildeo seja a realidade desse questionaacuterio no Brasil ndashndash um dos

liacutederes mundiais em desigualdade social e que possui diferenccedilas marcantes quanto agraves

expressotildees idiomaacuteticas regionais ndashndash o que permite supor que os resultados de uma pesquisa

realizada com uma amostra extraiacuteda de uma populaccedilatildeo rica de uma capital brasileira possam

98

talvez diferenciar significantemente dos daqueles obtidos em uma pobre cidade do sertatildeo

nordestino dada a complexidade na compreensatildeo de alguns descritores (BARROS 2001)

Em decorrecircncia dessas questotildees eacute que foi dada atenccedilatildeo nessa pesquisa ao niacutevel de

escolaridade das pacientes ndashndash que eacute ressaltado por Melzack (1987) como um dos fatores

limitantes para o seu uso assim como foram estabelecidos como criteacuterios de inclusatildeo vg

somente a participaccedilatildeo de pacientes que fossem assistidas pelo SUS e que fossem operadas no

Hospital Satildeo Domingos Saacutevio

99

55 Tempo para a Primeira Administraccedilatildeo do Diclofenaco de Soacutedio

Em contraposiccedilatildeo a Moininche Kehlet e Dahl (2002) Ong et al (2005) relatam que

o tempo para o primeiro requerimento de analgeacutesicos tem menor acuraacutecia para verificar o

efeito da analgesia preemptiva do que a intensidade de dor e o consumo de drogas

analgeacutesicas e que esse natildeo seria o objetivo principal da analgesia preemptiva todavia sua

importacircncia cliacutenica reside no fato de que ao prolongaacute-lo estaria havendo maior efeito do

recurso analgeacutesico utilizado antes da cirurgia ndashndash em nosso caso a TENS ndashndash podendo traduzir

em menor iacutendice de dor e consumo total de analgeacutesicos bem assim maior conforto agrave paciente

As pacientes do grupo preemptivo que consumiram diclofenaco de soacutedio ndashndash droga

que estava prescrita como medicaccedilatildeo de resgate ndashndash nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico solicitaram-no em meacutedia 48750 plusmn 5344 min apoacutes esta jaacute as do grupo

placebo 47010 plusmn 4619 min natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos porquanto o

valor de p foi igual a 0807 o que pode ser visualizado no graacutefico 15 que ilustra esse tempo

Esperava-se que com a preacutevia aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia o tempo para a

solicitaccedilatildeo dessa droga pudesse ser significantemente maior dado o possiacutevel aumento do

periacuteodo de latecircncia da dor devido agrave eletroanalgesia preemptiva

Por meio da END foi verificado que as pacientes do grupo placebo apresentaram no

poacutes-operatoacuterio imediato um pico aacutelgico alcanccedilado no momento da sexta coleta de dor o que

coincide com o tempo para a requisiccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio por essas pacientes

Como natildeo se conhecem pesquisas averiguando esse consumo com o uso da TENS

de forma preacute-operatoacuteria a discussatildeo a seguir far-se-aacute a partir de pesquisas que empregaram

meacutetodos diferenciados Assim Benedetti et al (1997) analisando esse tempo em pacientes

submetidos a toracotomias poacutestero-laterais tambeacutem verificaram diferenccedila estatiacutestica natildeo-

significante entre os pacientes que fizeram uso da TENS no poacutes-operatoacuterio e os que natildeo a

100

utilizaram tal como Garcia (2000) ao analisar o efeito preemptivo do fentanil em

histerectomias

Jaacute no estudo de Lin et al (2002) que avaliou a eletroacupuntura de forma

preemptiva em cirurgias abdominais baixas foi demonstrado que o tempo para o primeiro

requerimento de morfina foi de 10 18 28 e 28 min respectivamente nos grupos A

(preemptivo controle) B (preemptivo placebo) C (preemptivo de baixa frequumlecircncia 2 Hz) e D

(preemptivo de alta 100 Hz) e no de Ke et al (1998) foi demonstrado que a bupivacaiacutena

exerceu efeito preemptivo em laparoscopias ao retardar o tempo para o requerimento do

primeiro analgeacutesico entre os 3 grupos da pesquisa A (pacientes em que a bupivacaiacutena foi

administrada antes do ato ciruacutergico e soluccedilatildeo salina apoacutes) 4867 plusmn 4353 min B (soluccedilatildeo

salina antes e bupivacaiacutena depois) 2294 plusmn 3304 min e C (soluccedilatildeo salina antes e depois)

1431 plusmn 1567 min

Benedetti et al (1997) obtiveram aumento do tempo para o primeiro requerimento

de analgeacutesicos nos pacientes que usaram a TENS no poacutes-operatoacuterio de costotomias

esternotomias toracotomias com afastamento muscular e viacutedeo toracoscopias

101

56 Anaacutelise do Consumo de Analgeacutesicos no Poacutes-operatoacuterio

Em 48 das pacientes do grupo preemptivo (12 pacientes) foi administrado o

diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico enquanto que

no grupo placebo isso ocorreu em 60 (15 pacientes) diferenccedila natildeo estatisticamente

significante (graacutefico 14) Para Kissin (1996) o consumo de analgeacutesicos eacute possivelmente uma

variaacutevel natildeo fidedigna para averiguar a analgesia preemptiva e pode ser influenciado por

vaacuterios fatores psicoloacutegicos Todavia Konrad Cordeiro e Coeli (2001) Moiniche Kehlet e

Dahl (2002) e Ong et al (2005) ressaltam a relevacircncia desse consumo para analisar a

analgesia preemptiva

Ao analisar o consumo de diclofenaco de soacutedio e dipirona durante todo o periacuteodo de

internaccedilatildeo tambeacutem natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos como pocircde ser

observado nos graacuteficos 16 e 17 respectivamente Quanto ao consumo de dipirona esse

resultado era previsto pois essa droga estava prescrita de 6 em 6 h E quanto agrave administraccedilatildeo

de diclofenaco de soacutedio a ausecircncia de diferenccedila foi um resultado natural haja vista que nem

nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash periacuteodo em que haveria maior

efeito da analgesia preemptiva ndashndash houve diferenccedila significante

Cotejando nossos resultados aos de pesquisas envolvendo a aplicaccedilatildeo da

eletroacupuntura de forma preemptiva em procedimentos ciruacutergicos para avaliaccedilatildeo do

consumo de medicamentos analgeacutesicos nossos achados divergem dos de Lin et al (2002)

que em cirurgias abdominais baixas observaram reduccedilatildeo de 22 desse consumo nas

primeiras 24 h poacutes-ciruacutergicas nos pacientes que fizeram uso da modalidade de baixa

frequumlecircncia em relaccedilatildeo aos do grupo placebo Kotani et al (2001) conseguiram ao aplicar a

eletroacupuntura antes de cirurgias abdominais altas e baixas reduzir em 50 o consumo de

morfina pelos pacientes

102

Ao analisar o consumo de analgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio com o meacutetodo de analgesia

preemptiva induzida por drogas Levent (2001) em histerectomias abdominais totais e

salpingo-ooforectomias bilaterais natildeo verificou diferenccedila significante desse consumo entre as

pacientes em que a morfina fora administrada antes do ato ciruacutergico e apoacutes o fechamento do

peritocircnio e Garcia (2000) tambeacutem natildeo observou diferenccedila significante entre as que fizeram

uso do fentanil 30 min antes das histerectomias e as que o utilizaram apoacutes o ato ciruacutergico

Maestroni et al (2002) embora tenham verificado analgesia preemptiva em colecistectomias

laparoscoacutepicas mensurada pela VAS tambeacutem natildeo observaram diferenccedila significante quanto

ao consumo de analgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio o que estaacute de acordo com os nossos achados

Os nossos resultados divergem dos de diversos autores como Hamza et al (1999)

que demonstraram a efetividade da TENS na diminuiccedilatildeo do consumo de analgeacutesicos no

periacuteodo poacutes-operatoacuterio senatildeo nessas pesquisas a TENS foi aplicada somente apoacutes a cirurgia

Destarte natildeo estamos em concordacircncia com os resultados da pesquisa de Guerra et

al (2003) em que houve significante reduccedilatildeo do consumo de analgeacutesicos com o uso da TENS

no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia inguinal Apenas 1 dos 9 pacientes do grupo experimental

ndashndash que usou a TENS ndashndash solicitou uma uacutenica vez medicaccedilatildeo analgeacutesica ao passo que todos

os pacientes do grupo placebo (n = 9) solicitaram esse tipo de medicaccedilatildeo 255 vezes em

meacutedia Essa diferenccedila em relaccedilatildeo aos achados eacute fruto dos meacutetodos usados tipos de cirurgia

drogas anesteacutesicas e analgeacutesicas niacuteveis e tipos de dor paracircmetros de estimulaccedilatildeo tempo de

aplicaccedilatildeo e horaacuterios de aplicaccedilatildeo da TENS

Algumas pesquisas obtiveram satisfatoacuterios resultados com o uso da TENS no

periacuteodo poacutes-operatoacuterio como a de Chiu et al (1999) em hemorroidectomias cirurgias que

geram um quadro aacutelgico intenso em que houve reduccedilatildeo significante do consumo de morfina

Chen et al (1998) em histerectomias e miomectomias que observaram reduccedilatildeo de 37 da

administraccedilatildeo de opioacuteides com o uso da TENS de forma pericicatricial e de 39 quando

103

aplicada nos pontos de acupuntura Bjordal Johnson e Ljungreen (2003) que analisaram

1350 pacientes submetidos a diferentes procedimentos ciruacutergicos e verificaram reduccedilatildeo de

355 do consumo de analgeacutesicos Nuntildeez e Carrasco (2000) que minimizaram esse consumo

em cesaacutereas sem no entanto diminuir a intensidade e o periacuteodo de remissatildeo da dor

Benedetti et al (1997) que conseguiram minimizar a intensidade de dor em costotomias

esternotomias toracotomias com afastamento muscular e viacutedeo toracocospias e Castro e

Carlos (1986) em laparotomias que o minimizaram em 63 naqueles que fizeram uso desse

recurso sendo mais significante nos que foram submetidos a histerectomias e menos a

gastrectomias

Embora a reduccedilatildeo do consumo de diclofenaco natildeo tenha sido significante os nossos

achados satildeo muito relevantes haja vista que ao serem confrontados com os da anaacutelise da

intensidade de dor pela END possibilita a verificaccedilatildeo do mais importante aspecto desse

trabalho que foi conseguir manter o niacutevel de dor do grupo preemptivo inferior ao do placebo

sem haver no entanto um maior consumo de drogas analgeacutesicas para tal Ou seja se as

pacientes do grupo preemptivo tivessem consumido mais drogas que as do placebo seria

inviaacutevel inferir sobre a ocorrecircncia de analgesia preemptiva

57 Dor Referida

104

A ocorrecircncia de dor referida no ombro direito ndashndash condiccedilatildeo que sugere irritaccedilatildeo do

diafragma ou diretamente do nervo frecircnico ndashndash deu-se em 40 (10 pacientes) das pacientes do

grupo preemptivo e em 32 (8 pacientes) daquelas do placebo (graacutefico 18) Essa incidecircncia

estaacute em concordacircncia com os achados na literatura que a indicam em cerca de um terccedilo dos

pacientes submetidos a colecistectomia por laparotomia (ORLOFF 1970 SCHWARTZ

SHIRES SPENCER 1996 WAY DUNPHY 1993)

Natildeo se objetivou nessa pesquisa analisar a intensidade de dor referida no ombro ndashndash

apesar de os dados tambeacutem terem sido coletados Objetivou-se apenas verificar a sua

incidecircncia que com a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia natildeo apresentou diferenccedila

significante entre as pacientes que a usaram e as que natildeo

De acordo com Antunes et al (2002) a TENS tem eficaacutecia jaacute bastante comprovada

para o tratamento das dores de origem cutacircnea mas natildeo eacute necessariamente eficiente para as

de origem visceral o que corrobora a pesquisa de Nuntildeez e Carrasco (2000) que usaram a

TENS no poacutes-operatoacuterio de cesaacutereas

58 Anaacutelise do Consumo de Metoclopramida

105

Em um total de 20 das pacientes (5 pacientes) do grupo preemptivo houve

administraccedilatildeo dessa droga enquanto que em 32 (8 pacientes) isso ocorreu (graacutefico 19) O

consumo dessa droga ndashndash que natildeo tem accedilatildeo analgeacutesica ndashndash foi verificado para auxiliar a avaliar

a qualidade de recuperaccedilatildeo poacutes-ciruacutergica logo que um dos preditores de naacuteuseas e ecircmesis eacute a

dor E como a TENS eacute um recurso analgeacutesico poderia entatildeo tambeacutem minimizar o consumo

dessa substacircncia

Nossos resultados satildeo semelhantes aos de Zaacuterate et al (2001) que natildeo obtiveram

significante reduccedilatildeo do consumo de drogas anti-emeacuteticas com o uso da eletroacupuntura antes

de colecistectomias por laparoscopia Todavia Chen et al (1998) conseguiram reduzir a

incidecircncia de naacuteuseas e vocircmitos em aproximadamente um terccedilo das mulheres que se

submeteram a histerectomia abdominal total ou miomectomia com o uso da TENS todavia

esse recurso foi aplicado no poacutes-operatoacuterio Kotani et al (2001) observaram reduccedilatildeo de 20

a 30 da incidecircncia de naacuteuseas em cirurgias abdominais altas e baixas com a analgesia

preemptiva induzida pela eletroacupuntura e Lin et al (2002) em cirurgias abdominais

baixas

59 Questionaacuterio sobre a TENS

106

Durante a coleta dos dados observou-se que algumas pacientes do grupo preemptivo

relataram que a aplicaccedilatildeo da TENS ocasionava determinado incocircmodo Assim para a

obtenccedilatildeo de dados mais concretos sobre esses relatos resolveu-se acrescentar esse

questionaacuterio (Apecircndice H) ndashndash mesmo com a coleta de dados jaacute em andamento

Os resultados obtidos ilustrados no graacutefico 20 confirmam o que foi evidenciado na

praacutetica cliacutenica a respeito do relato das pacientes sobre o incocircmodo da estimulaccedilatildeo eleacutetrica de

baixa frequumlecircncia e alta intensidade pois a maioria (5789) das pacientes do grupo

preemptivo disse que a TENS incomodava um pouco e 1578 que incomodava

razoavelmente Esses dados foram significantemente diferentes dos do grupo placebo em que

8824 relataram que a TENS natildeo incomodava e 1176 que incomodava um pouco O fato

de ter havido queixa por parte de 2 pacientes do grupo placebo pode ter ocorrido talvez por

essas permanecerem durante 60 min deitadas com os eletrodos posicionados sobre o abdome

sem terem liberdade para deambular ou realizar atividades que solicitassem grande

movimentaccedilatildeo

Pesquisas recentes realizadas por Sluka et al (2000) tecircm demonstrado que a TENS

de alta frequumlecircncia tambeacutem estimula a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos e diante da

experiecircncia cliacutenica sabe-se que o uso de tal frequumlecircncia eacute mais confortaacutevel que o da de baixa

que normalmente eacute aplicada em niacutevel motor de estimulaccedilatildeo com a maacutexima intensidade

suportada pelo paciente Logo poder-se-ia utilizar a TENS de alta frequumlecircncia em pesquisas

para observar a possiacutevel ocorrecircncia de analgesia preemptiva comparando com os resultados

da de baixa frequumlecircncia e selecionar qual seria a mais adequada para tal dando grande ecircnfase

em tal escolha ao conforto e satisfaccedilatildeo do paciente

107

A maioria das pacientes de ambos os grupos relatou que gostaria de em uma

proacutexima cirurgia usar a TENS e os medicamentos (graacutefico 21) Esses dados parecem refletir a

satisfaccedilatildeo das pacientes em receber uma melhor assistecircncia da equipe de sauacutede assim como

terem agrave sua disposiccedilatildeo alguns recursos diferentes para o tratamento do quadro aacutelgico o que

reforccedila a relevacircncia e a aceitaccedilatildeo da analgesia multimodal

108

CONCLUSAtildeO

109

6 CONCLUSAtildeO

A aplicaccedilatildeo da modalidade de baixa frequumlecircncia da estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea

do nervo durante 60 minutos no periacuteodo preacute-operatoacuterio de pacientes do sexo feminino

submetidas a colecistectomia por laparotomia promoveu analgesia preemptiva

110

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

111

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AIDA S et al The effectiveness of preemptive analgesia varies according to the type ofsurgery a randomized double-blind study Anesthesia and Analgesia Baltimore v 89 n 3p 711 Set 1999

ANDRADE R F A Comportamento da litiacutease biliar no Estado de Sergipe 2002Monografia (graduaccedilatildeo em medicina) ndashndash Departamento de Medicina da Universidade Federaldo Estado de Sergipe Aracaju 2002

ANTUNES A A M et al Os efeitos da estimulaccedilatildeo eleacutetrica nervosa transcutacircnea no poacutes-operatoacuterio de cirurgias toraacutecicas e abdominais ndashndash revisatildeo de literatura e relato de casosRevista de Fisioterapia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 9 n 1 p 23-25janjun 2002

BARROS N Qualidade de vida ndashndash conceito e meacutetodos de avaliaccedilatildeo In ANDRADE FILHOA C de C Dor diagnoacutestico e tratamento Roca Satildeo Paulo 2001 53-61 p

BASFORD J R Eletroterapia In KOTTKE F J LEHMANN J F Tratado de medicinafiacutesica e reabilitaccedilatildeo de Krusen 4 ed Satildeo Paulo Manole 1994 363-388 p

BENBOW S J COSSINS L WILES J R A comparative study of disability depressionand pain severity in young and chronic pain in patients VIIIth World Congress on PainVancouver 1996

BENEDETTI F et al Control of postoperative pain by transcutaneous electrical nervestimulation after thoracic operations Ann Thoracic Surgery Torino v 63 n 3 p 773-776Mar 1997

BISSCHOP G de BISSCHOP Eacute de COMMANDREacute F TENS In BISSCHOP G deBISSCHOP Eacute de COMMANDREacute F Eletrofisioterapia Satildeo Paulo Santos 2001 5-62 p

BJORDAL J M JOHNSON M I LJUNGREEN A E Transcutaneous electrical nervestimulation (TENS) can reduce postoperative analgesic consumption A meta-analysis withassessment of optimal treatment parameters postoperative pain European Journal of PainErlangen v 7 n 2 p 181-188 Apr 2003

BLUMGART L H Cirugiacutea del hiacutegado y de las viacuteas biliares Buenos Aires EditoriaMeacutedica Panamericana 1988 655-665 p

BONICA J J et al Biochemistry and the modulation of nociception and pain In BONICAJ J The management of pain Phyladelphia Lea amp Febiger 1990 95-121 p

BRENTANO L Colecistectomia [sl] ABC da Sauacutede 2003 Disponiacutevel emhttpwwwabcdasaudecombrartigophp86 Acesso em 30 de agosto de 2004

BRIDENBAUGH P O Preemptive analgesia ndashndash is it clinically relevant Anesthesia ampAnalgesia Baltimore v 78 n 2 p 203-4 Feb 1994

112

BUTTON B SAWYER S Fisioterapia do aparelho respiratoacuterio do adolescente InBURNS Y R MCDONALD J Fisioterapia e crescimento na infacircncia Satildeo PauloSantos 1999 247-261 p

BUXTON B P A fisiologia e a psicologia da dor In STARKEY C RecursosTerapecircuticos em Fisioterapia Satildeo Paulo Manole 2001 37-69 p

CAMERON M H Physical agents in rehabilitation ndashndash from research to practicePhyladelphia W B Saunders Company 1999 31-54 p

CARROLL D et al Randomization is important in studies with pain outcomes systematicreview of transcutaneous electrical nerve stimulation in acute postoperative pain BritishJournal of Anaesthesia Oxford v 77 n 6 p 798-803 Dec 1996

CARROL E N BADURA A S Focal intense brief transcutaneous electric nervestimulation for treatment of radicular and posthoracotomy pain Archives of PhysicalMedicine and Rehabilitation Cleveland v 82 n 2 p262-264 Feb 2001

CASTILLO G L B Estudio comparativo entre bupivacaina + fentanyl vs bupivacainasola por viacutea peridural para el control del dolor obsteacutetrico Tesis para obtener el diplomauniversitario en la especialidad de anestesiologiacutea Quereacutetaro [1999]

CASTRO M L CARLOS E S Post-laparotomy pain control by transcutaneous electricalnerve stimulation preliminary report Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeirov 36 n 3 p 207-14 mar 1986

CHANDRAN P SLUKA K A Development of opioid tolerance with repeatedtranscutaneous electrical nerve stimulation administration Pain Seattle v 102 n 1-2 p195-201 Mar 2003

CHEN L et al The effect of location of transcutaneous electrical nerve stimulation onpostoperative opioid analgesic requirement acupoint versus nonacupoint stimulationAnesthesia amp Analgesdia Baltimore v 87 n 5 p 1129-1134 Nov 1998

CHEN L HAN J S Analgesia induced by electroacupuncture of different frequencies ismediated by different types of opioid receptors another cross-tolerance study BehavioralBrain Research Amsterdam v 47 n 2 p 143-149 Apr 1992

CHESTERTON L S et al Effects of TENS frequency intensity and stimulation siteparameter manipulation on pressure pain thresholds in healthy human subjects Pain Seattlev 106 n 1-2 p 73-80 Nov 2003

CHIU J H et al Effect of transcutaneous electrical nerve stimulation relief on patientsundergoing hemorrhoidectomy prospective randomized controlled trial Diseases of theColon amp Rectum New York v 42 n 2 p 180-185 Feb 1999

CREPON F Eletrofisioterapia e Reeducaccedilatildeo Funcional Satildeo Paulo Lovise 1996 80-101p

113

CRIELAARD et al apud TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendoparacircmetros de estimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85fDissertaccedilatildeo (mestrado em bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de SatildeoPaulo Ribeiratildeo Preto 2003

DAMIANE C DAMIANE G TENS eletroanalgesia In RODRIGUES E MGUIMARAtildeES C S Manual de recursos fisioterapecircuticos Rio de Janeiro Revinter 199853-80 p

DIERKING G et al Effect of pre vs post-operative inguinal field block on postoperative painafter herniorraphy British Journal of Anaesthesia Oxford v 68 n 4 p 344-348 Apr1992

DUBUISSON D MELZACK R Classification of clinical pain descriptors by multiplegroup discriminant analysis Experimental Neurology Michigan v 51 n 2 p 480-487May 1976

DuGAS B W Medicaccedilotildees In______ Enfermagem praacutetica 4 ed Rio de JaneiroGuanabara 1988 465-487 p

EISENBAUER L A MURPHY M A Pharmacotherapeutics amp advanced nursingpractice San Diego McGraw Hill Companies 1998 253 p

ERIKSSON M B E SJOLUND B H NEILZEN S Long term results of peripheralconditioning stimulation as an analgesic measure in chronic pain Pain Seattle v 6 n 3 p335-347 Jun 1979

FERNANDEZ E BOYLE G J Affective and evaluative descriptors of pain in the McGillPain Questionnaire reduction and reorganization The Journal of Pain Philadelphia v 2 n6 p 318-325 Dec 2001

FERNANDEZ E TOWERY S A parsimonious set of verbal descriptors of pain sensationderived from the Mcgill Pain Questionnaire Pain Seattle v 66 n 1 p 31-37 Jul 1996

FORTH W BEYER A PETER K Highly potent analgesics opiates and opioids InFORTH W BEYER A PETER K Aliacutevio da dor uma visatildeo analiacutetica das vantagens edesvantagens da moderna administraccedilatildeo da dor Satildeo Paulo Hoechest 1995 40-49 p

FRAMPTON V Estimulaccedilatildeo Nervosa Eleacutetrica Transcutacircnea In KITCHEN S BAZIN SEletroterapia de Clayton 10 ed Satildeo Paulo Manole 1998 276-294 p

GAGLIESI L MELZACK R Age differences in the quality of chronic pain a preliminarystudy Pain Research amp Management Oakville v 2 n3 p 157-162 Winter 1997

GAGLIESE L MELZACK R Age-related differences in the qualities but not the intensityof chronic pain Pain Seattle v 104 n 3 p 597-608 Aug 2003

114

GARCIA J B dos S Preemptive analgesia with epidural bupivacaine plus fentanyl inhysterectomy serum interleukin-6 implications 2000 Tese para obtenccedilatildeo do tiacutetulo dedoutorado ndashndash Escola Paulista de Medicina ndashndash Universidade Federal de Satildeo Paulo Satildeo Paulo2000

GOFFI F S GOFFI JUacuteNIOR P S SORBELLO A A Cirurgia das vias biliares InGOFFI F S Teacutecnica ciruacutergica bases anatocircmicas fisiopatoloacutegicas e teacutecnicas da cirurgia 4ed Satildeo Paulo Atheneu 1996 691-694 p

GOTTSCHALK A OCHROCH E A Preemptive analgesia what do we do nowAnesthesiology Philadelphia v 98 n1 p 280-281 Jan 2003

GRAHAM C et al Use of the McGill Pain Questionnaire in the assessment of cancer painreplicability and consistency Pain Seattle v 8 n 3 p 377-387 Jun 1980

GRIEVE G P Modern manual therapy of the vertebral column New York ChurchillLivingstone 1986 233-249 p

GUERRA D R et al A Utilizaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio imediato de pacientessubmetidos a cirurgia de heacuternia inguinal In V CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeOCIENTIacuteFICA PIBICUFS 2003 Universidade Federal de Sergipe Anais Satildeo CristoacutevatildeoUniversidade Federal de Sergipe 2003 215 p

HAMZA M A et al Effect of the frequency of transcutaneous electrical nerve stimulationon the postoperative opioid analgesic requirement and recovery profile AnesthesiologyPhiladelphia v 91 n 5 p 1232-1238 Nov 1999

HAN J S et al Frequency as the cardinal determinant for electroacupuncture analgesia to bereversed by opioid antagonists Chinese Medical Journal Peking v 38 n 5 p 475-482Oct 1986

HAN J S et al Effect of low and high frequency TENS on met-enkephalin-arg-phe anddynorphin A immunoreactivity in human lumbar CSF Pain Seattle v 47 n 3 p 295-298Dec 1991

HANSSON B et al Influence of naloxone on relief of acute oro-facial pain bytranscutaneous electrical nerve stimulation (TENS) or vibration Pain Seattle v 24 n 3 p323-329 Mar 1986

HEPNER D L Preemptive analgesia what does it really mean AnesthesiologyPhiladelphia v 93 n 5 p 1368 nov 2000

HUGHES G S et al Response of plasma beta-endorphins to transcutaneous electrical nervestimulation in healthy subjects Physical Therapy Alexandria v 64 n 7 p 1062-1066 Jul1984

HUSKISSON E C Visual Analogue Scales In MELZACK R Pain measurement andassessment New York Raven Press 1983 33-37 p

115

IMAMURA M et al Eletroestimulaccedilatildeo nervosa transcutacircnea In LEITAtildeO V A Cliacutenica dereabilitaccedilatildeo Satildeo Paulo Atheneu 1995 301-309 p

JACHUCK S J et al The effect of hypotensive drugs on the quality of life The BritishJournal of the Royal College General Practitioners London v 32 n 235 p 103-105Feb 1982

JAFFE J H MARTIN W R Analgeacutesicos opioacuteides e antagonistas In GILMAN A G etal Goodman e Gilman As Bases farmacoloacutegicas da terapecircutica 8 ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1991 320-343 p

JAVIER G P et al Analgesia preventiva en un modelo experimental de dolor visceralRevista Mexicana de Anestesiologia v 22 n 2 p 116-121 abr-jun 1999

JOHNSON M I et al Analgesic effects of different frequencies of transcutaneous electricalnerve stimulation on cold-induced pain in normal subjects Pain Seattle v 39 n 2 p 231-236 Nov 1989

JOHNSON M I ASHTON C H THOMPSOM J W An in depth study of long termusers of transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) Implications for clinical use ofTENS Pain Seattle v 44 n 3 p 221-229 Mar 1991

KALRA A B URBAN M O SLUKA K A Blockade of opiod receptors in rostralventral medulla prevents antihyperalgesia produced by transcutaneous electrical nervestimulation (TENS) The Journal of Pharmacology and Experimental TherapeuticsBethesda v 298 n 1 p 257-263 Jul 2001

KATZ J MELZACK R Measurement of pain Surgery Clinical North American v 79n 2 p 231-252 Apr 1999

KE R W PORTERA S G LINCOLN S R A randomized blinded trial of preemptivelocal anesthesia in laparoscopy Primary Care Update for Obstetric and Gynecology v 5n 4 p 197-198 Jul 1998

KE R W et al A randomized double-blinded trial of preemptive analgesia in laparoscopyObstetrics amp Gynecology Denver v 92 n 6 p 972-5 Dec 1998

KELLY D J AHMAD M BRULL S Preemptive analgesia I physiological pathways andpharmacological modalities Canadian Journal of Anesthesia Toronto v 48 n 10 p1000-1010 Nov 2001

KETOVUORI H POumlNTINEN P J A pain vocabulary in finnish ndashndash the finnish painquestionnaire Pain Seattle v 11 n 1 p 247-253 Aug 1981

KING E W SLUKA K A The effect of varying frequency and intensity of transcutaneouselectrical nerve stimulation on secundary mechanical hyperalgesia in an animal model ofinflammation The Journal of Pain Philadelphia v 2 n 2 p 128-133 Apr 2001

KISSIN I Preemptive analgesia terminology and clinical relevance Anesthesia andanalgesia Baltimore v 79 n 4 p 809 Oct 1994

116

______ Preemptive analgesia ndashndash Why its effect is not always obvious AnesthesiologyPhiladelphia v 84 n 5 p 1015-1019 May 1996

______ Preemptive analgesia Anesthesiology Philadelphia v 93 n 4 p 1138-1143 Oct2000

______ Study design to demonstrate clinical value of preemptive analgesia is it commonlyused approach valid Regional Anesthesia and Pain Medicine Seattle v27 n3 p 242-244 May-Jun 2002

KONRAD K CORDEIRO S M COELI M Dor Fisiopatologia e tratamento InLIANZA S Medicina de Reabilitaccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001 137-150p

KOTANI N et al Preoperative intradermal acupuncture reduces postoperative pain nauseaand vomiting analgesic requiriment and sympathoadrenal responses AnesthesiologyPhiladelphia v 95 n 2 p 349-356 Aug 2001

LABRADA A JIMEacuteNEZ-GARCIA Y Preventive multimodal analgesia a comparativestudy Revista de la Sociedad Espantildeola del Dolor Madrid v 11 n 3 p 122-128 abr2004

LEE I-H LEE I-O Preemptive effect of intravenous ketamine in the rat concordancebetween pain behavior and spinal fos-like immunoreactivity Acta AnaesthesiologicaScandinavica Oxford v 49 n 2 p 160-165 Feb 2005

LEVENT K The effect of preemptive intravenous morphine on postoperative analgesia andsurgical stress response Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeiro v 51 n 6 p503-510 dez 2001

LICHTENBERG P A SWENSEN C H SKEHAN M W Further investigation of therole of personality lifestyle and arthritic severity in predicting pain Journal ofPsychosomatic Research New York v 30 n 3 p 327-337 maio 1986

LIN J et al The effect of high and low frequency eletroacupuncture in pain after lowabdominal surgery Pain Seattle v 99 n 3 p 509-514 out 2002

LOMBARD B et al Evaluation de lrsquoeacutelectrostimulation transcutaneacutee dans la prise en chargedes douleurs post-amygdalectomie chez lrsquoadulte Revue Laryngologie Otologie RhinologieBordeaux Ceacutedex v 117 n 2 p 89-92 abr 1996

LOW J REED A Eletroterapia explicada 3 ed Satildeo Paulo Manole 2001 472 p

LUNDEBERG T BONDESSON L LUNDSTRON V Relief of primary dysmenorrhea bytranscutaneous electrical nerve stimulation Acta Obstetetricia et GynecologicaScandinavica Gothenburg v 64 n 6 p 491-497 ago 1985

MACHADO M C C RAIA A A Anatomia ndash Histologia ndash Embriologia ndash Fisiologia davesiacutecula e vias biliares ndash Fisiologia da bile In CORREcircA NETTO A RAIA A AZERBINO E de J Cliacutenica Ciruacutergica 4 ed Satildeo Paulo Sarvier 1994 785-789 p

117

MAESTRONI U et al A new method of preemptive analgesia in laparoscopiccholecystectomy Surgical Endoscopy New York v 16 n 9 p 1336-1340 Sep 2002

MARIANO T F BEN V F G Efeitos da eletroestimulaccedilatildeo transcutacircnea (TENS) emindiviacuteduos adultos no poacutes-operatoacuterio imediato de colecistectomia 1998 Trabalho deConclusatildeo de Curso ndashndash Universidade Catoacutelica Dom Bosco (UCDB) Campo Grande 1998

MARIN L I CASTRO C E S Post laparotomy pain control by transcutaneous electricalnerve stimulation preliminary report Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeirov 36 n 3 p 207-214 maio-jun 1986

MCQUAY H J Pre-emptive analgesia a systematic review of clinical studies Annals ofMedicine Stockholm v 27 n 2 p 249-56 Apr 1995

MELO J N SANTANA FILHO V J Efeito da TENS convencional no requerimento deanalgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio imediato de herniorrafia inguinal 2003 Monografiaapresentada ao curso de fisioterapia para tiacutetulo de bacharel Universidade Tiradentes Aracaju2003

MELZACK R The McGill Pain Questionnaire major properties and scoring methods PainSeattle v 1 n 3 p 277-299 Sep 1975

MELZACK R WALL P O desafio da dor Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 1987189-250 p

MERINO C S Colecistectomiacutea laparoscoacutepica comparada con colecistectomiacutea claacutesica encolecistitis aguda Revista Chilena de Cirurgia Santiago v 53 n 1 p 53-59 2001

MERKEL S I GUSTEIN H B MALVIYA S Use of transcutaneous electrical nervestimulation in a young child with pain from open perineal lesions Journal of Pain andSymptom Management New York v 18 n 5 p 376-81 Nov 1999

MERSKEY H Some features of the history of the idea of pain Pain Seattle v 9 n 1 p 3-8 Aug 1980

MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO BRASIL Cuidados paliativos oncoloacutegicos controle da dorRio de Janeiro INCA 2001 16-32 p

MOINICHE S KEHLET H DAHL J B A qualitative and quantitative systematic reviewof preemptive analgesia for postoperative pain relief Anesthesiology Philadelphia v 96 n3 p 725-41 Mar 2002

MORIN C et al Differences between the sexes in post-surgical pain Pain Seattle v 85 n1-2 p 79-85 Mar 2000

MOTAMED C et al Preemptive intravenous morphine-6-glucuronide is ineffective forpostoperative pain relief Anesthesiology Philadelphia v 92 n 2 p 355-360 Feb 2000

118

NUNtildeEZ C N CARRASCO M P Estimulacioacuten eleacutectrica transcutaacutenea (EET) para reducirel dolor despueacutes de la cesaacuterea Ginecologiacutea y Obstetricia de Meacutexico Ciudad del Meacutexico v68 n 1 p 60-63 fev 2000

OacuteBRIEN et al apud TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendoparacircmetros de estimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85fDissertaccedilatildeo (mestrado em bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de SatildeoPaulo Ribeiratildeo Preto 2003

OLAUSSON B et al Effects of naloxone on dental pain threshold following muscleexercises and low frequency transcutaneous nerve stimulation a comparative study in manActa Physiologica Scandinavica Stockholm v 126 n 2 p 299-305 Sep 1986

ONG C K-S et al The efficacy of preemptive analgesia for acute postoperative painmanagement a meta-analysis Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 100 n 3 p 757-773Mar 2005

ORLOFF M J Fiacutegado e sistema biliar In DAVIS I Christopher Cliacutenica Ciruacutergica 2 edRio de Janeiro Guanabara Koogan 1970 772-783 p

PATINtildeO J F LONDONtildeO E GARCIacuteA L G Colecistectomia mini-traumaacuteticahospitalizacioacuten de corta estancia Revista Colombiana de Cirurgia Bogotaacute v 6 n 2 p 70-75 ago 1991

PEREIRA L V SOUSA F A E F Mensuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo da dor poacutes-operatoacuteria umabreve revisatildeo Revista Latino-americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 3 p 77-84 jul 1998

PEacuteREZ-AYUSO R M et al Historia natural de la colelitiasis Incidencia de colescistectomiacuteaen un aacuterea urbana y una rural mapuche en la uacuteltima deacutecada Revista Meacutedica de ChileSantiago v 130 n 7 p 723-730 jul 2002

PIMENTA C A M Avaliaccedilatildeo da experiecircncia dolorosa Revista de Medicina Satildeo Paulo v74 n 2 p 69-75 ago-set 1995

PIMENTA C A de M CRUZ Dde A L M da C SANTOS J L F dos Instrumentospara avaliaccedilatildeo da dor O que haacute de novo no nosso meio Arquivo Brasileiro deNeurocirurgia Satildeo Paulo v 17 n 1 p 15-24 jun 1998

PIMENTA C A TEIXEIRA M J Questionaacuterio de Dor Mcgill proposta de adaptaccedilatildeo paraa liacutengua portuguesa Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeiro v 47 n 2 p 177-186 ago 1997

PONTES R M C PRADO W A Presurgical ketoproten but not morphine dipyronediclofenac preempts post-incisional mechanica allodynia in rats Brazilian Journal ofMedical and Biological Research Ribeiratildeo Preto v 35 n 1 p 11-119 jan 2002

119

PRADO W A OLIVEIRA R Anti-hyperalgesic effect of electroacupuncture in a model ofpost-incisional pain in rats Brazilian Journal of Medical and Biological ResearchRibeiratildeo Preto v 33 n 8 p 957-960 ago 2000

PRIETO E J GEISINGER K F Factor-analytic studies of the McGill Pain QuestionnaireIn MELZACK R Pain measurement and assessment New York Raven Press 1983 63-70 p

RANG H P DALE M M Farmacologia 2 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1993460 p

READING A E The McGill Pain Questionnaire an appraisal In MELZACK R Painmeasurement and assessment New York Raven Press 1983 55-61 p

RIVERA A R F Incisioacuten transversa contra incisioacuten media en colecistectomiacutea Cuaacutel esmenos dolorosa Cirurgiacutea General v 18 n 3 p 178-181 jul-set 1996

ROBINSON A J Instrumentaccedilatildeo para eletrotrerapia In ROBINSON A J SNYDER-MACKLER L Eletrofisiologia cliacutenica eletroterapia e teste eletrofisoloacutegico 2 ed PortoAlegre Artmed 2001 43-83 p

ROSAEG O P et al Effect of preemptive multimodal analgesia for arthroscopic KneeLigament repair Regional Anesthesia and Pain Medicine Seattle v 26 n 2 p 125-130Mar-Apr 2001

ROSLYN J J ZINNER M J Gallbladder and extra-hepatic billiary system InSCHWARTZ S I SHIRES G T SPENCER F C 6 ed Principles of surgery EstadosUnidos Mc Graw Hill 1996 1367-1399 p

SALAR G JOB I MINGRINO S et al Effects of transcutaneous electrotherapy on CSFb-endorphin content in patients without pain problems Pain Seattle v 10 n 2 p 169-172apr 1981

SALGADO A S I Manual cliacutenico de eletrofisioterapia Londrina Midiograf 1999 112-147 p

SANTIESTEBAN A J Agentes fiacutesicos e dor muacutesculo-esqueleacutetica In GOULD J AFisioterapia na ortopedia e na medicina do esporte 2 ed Satildeo Paulo Manole 1993 181-193 p

SANTOS et al Aplicaccedilatildeo da TENS de alta e baixa frequumlecircncias no poacutes-operatoacuterio imediato decolecistectomia convencional In VI CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICAPIBICUFS 2004 Universidade Federal de Sergipe Anais Satildeo Cristoacutevatildeo UniversidadeFederal de Sergipe 2004 p242

SCHWARTZ S I SHIRES G T SPENCER F C Princiacutepios de cirurgia 6ed MeacutexicoInteramericana 1996 416-449 p

120

SEKAR C et al Preemptive analgesia for postoperative relief in lumbosacral spine surgeriesa randomized controlled trial The Spine Journal La Grange v 4 n 3 p 261-264 May-Jun 2004

SILVA P Anesteacutesicos locais e outros faacutermacos que afetam os canais iocircnicos In RANG HP DALE M M RITTER J M Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1998 485-505 p

SILVEIRA I A M LIMA P A L Estudo da reduccedilatildeo de custo no hospital SatildeoDomingos Saacutevio com a utilizaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia inguinal2004 Monografia para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de bacharel em fisioterapia UniversidadeTiradentes Aracaju 2004

SINATRA R Role of COX-2 inhibitors in the evolution of acute pain management Journalof Pain and Sympton Management New York v 24 n 1S p S18-27 Jul 2002

SLUKA K A Systemic morphine in combination with TENS produces an increaseantihyperalgesia in rats with acute inflamation The Journal of Pain Philadelphia v 1 n 3p 204-211 Sep 2000

SLUKA K A et al Spinal blockade of opiod receptors prevents the analgesia produced byTENS in arthritic rats The Journal of Pharmacology and Experimental TherapeuticsBethesda v 289 n 2 p 840-846 May 1999

SLUKA K A et al Low frequency TENS is less effective than high frequency TENS atreducing inflammation-induced hyperalgesia in morphine-tolerant in rats European Journalof Pain Erlangen v 4 n 2 p 185-93 Jun 2000

SLUKA K A WALSH D Transcutaneous electrical nerve stimulation basic sciencemechanisms and clinical effectiveness The Journal of Pain Philadelphia v 4 n 3 p 109-121 Apr 2003

SOFAER B Assessing pain In______ Pain a handbook for nurses 2 ed New YorkChapman amp Hall 1994 44-57 p

SORKIN B A et al Chronic pain in young and old patients differences appear lessimportant than similarities J Gerontol Psychol Sci Washington v 45 n 2 p 64-68 Mar1990

SPOacuteSITO M M M Manual de medicina fiacutesica e de reabilitaccedilatildeo Satildeo Paulo [sn] 199373-93 p

STARKEY C Agentes eleacutetricos In ______ Recursos terapecircuticos em fisioterapia SatildeoPaulo Manole 2001 176-276 p

TAYLOR D New ways to contain post-op pain 2002 Disponiacutevel em lthttp wwwoutpatientsurgerynet2002os08f2shtmlgt Acesso em 22 de outubro de 2004

TEIXEIRA M J Fisiopatologia da dor neuropaacutetica In ANDRADE FILHO A C de CDor diagnoacutestico e tratamento Roca Satildeo Paulo 2001 7-42 p

121

TEIXEIRA M J SOUZA A C F Dor ndashndash evoluccedilatildeo histoacuterica dos conhecimentos InTEIXEIRA M J FIGUEIROacute J A B Dor epidemiologia fisiopatologia avaliaccedilatildeosiacutendromes dolorosas e tratamento Satildeo Paulo Grupo Editorial Moreira Jr 2001 8-13 p

TEIXEIRA M J et al Avaliaccedilatildeo da dor fundamentos teoacutericos e anaacutelise criacutetica Revista deMedicina Satildeo Paulo v 78 n 2 (pt 1) p 85-114 abr 1999

THOMSON A SKINNER A PIERCY J Habilidades da fisioterapia In ______Fisioterapia de Tidy 12 ed Satildeo Paulo Santos 1994 417-465 p

TORRE A et al Analgesia Preventiva Revista Venezuelana de Anestesiologia Caracasv 7 n 1 p 15-26 jun 2002

TOYOTA S STATAKE T AMAKI Y Transcutaneous electrical nerve stimulation as analternative therapy for microlaryngeal endoscopic surgery Anesthesia amp AnalgesiaBaltimore v 89 n 5 p 1236-8 Nov 1999

TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendo paracircmetros deestimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85f Dissertaccedilatildeo (mestradoem bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade de Medicina de RibeiratildeoPreto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto2003

TURK D C OKIFUJI A SCHARFF L Chronic pain and depression role of perceivedimpact and perceived control in different ages cohorts Pain Seattle v 61 n 1 p 93-101Apr 1995

VALE F M Dor Novos aspectos fisiopatoloacutegicos e consequumlentes estrateacutegiasfarmacoloacutegicas Revista da Faculdade de Medicina de Lisboa Lisboa v 5 n 5 p 291-304 set-out 2000

VEILLEUX S MELZACK R Pain in psychotic patients Experimental NeurologyMichigan v 52 n 1 p 535-543 Jul 1976

VETTER T R HEINER E J Discordance between patient self-reported visual analog scalepain scores and observed pain-related behavior in older children after surgery Journal ofClinical Anesthesia New York v 8 n 5 p 371-375 Aug 1996

WALL P D The prevention of postoperative pain Pain Seattle v 33 n 2 p 289-90 May1988

WALSH D M et al Transcutaneous electrical nerve stimulation effect of peripheral nerveconduction mechanical pain threshold and tactile threshold in humans Archives of PhysicalMedicine and Rehabilitation Philadelphia v 79 n 9 p 1051-8 Sep 1998

WANG B et al Effect of the intensity of transcutaneous acupoint electrical stimulation onthe postoperative analgesic requirement Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 85 n 2 p406-413 Aug 1997

122

WARNCKE T STUBHAUG A JORUM E Preinjury treatment with morphine orketamine inhibits the development of experimentally induced secondary hyperalgesia in manPain Seattle v 86 n 1-2 p 293-303 Mar 2000

WAY L W DUNPHY J E Biliary tract In WAY L W DUNPHY J E Cirurgiadiagnoacutestico e tratamento 9 ed Rio de Janeiro Guanabara koogan 1993 525-552 p

WILKIESON C A et al Toleration side-effects an efficacy of sulphasalazine in rheumatoidarthritis patients of different ages Quarterly Journal of Medicine Oxford v 86 n 8 p501-505 Aug 1993

WOOD L Fisiologia da dor In KITCHEN S BAZIN S Eletroterapia de Clayton 10ed Satildeo Paulo Manole 1998 80-85 p

WOOLF C J CHONG M-S Preemptive analgesia treating postoperative pain bypreventing the establishment of central sensitization Anesthesia amp Analgesia Baltimore v77 n 2 p 362-379 Aug 1993

WU W-P et al The very-high-efficacy 5-HT1A receptor agonist F 13640 preempts thedevelopment of allodynia-like behaviors in rats with spinal cord injury European Journal ofPharmacology Utrecht v 478 n 2-3 p 131-137 Oct 2003

YENG L T et al Medicina fiacutesica e reabilitaccedilatildeo em doentes com dor crocircnica In TEIXEIRAM J FIGUEIROacute J A B Dor epidemiologia fisiopatologia avaliaccedilatildeo siacutendromesdolorosas e tratamento Satildeo Paulo Grupo Editorial Moreira Jr 2001 131-140 p

ZAacuteRATE E et al The use of transcutaneous acupoint electrical stimulation for preveningnausea and vomiting after laparoscopic surgery Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 92 n3 p 629-35 Mar 2001

ZHOU G Z XI G F Comparison between transcutaneous nerve stimulation analgesiceffect and electroacupuncture Analgesic effect in rabbits Acupuncture and Electro-therapeutics Research Oxford v 11 n 2 p 119-125 May 1986

123

APEcircNDICE

124

APEcircNDICE

APEcircNDICE A ndashndash Ficha de identificaccedilatildeo da paciente

Nuacutemero do estudo __________

Leito__________

Data da cirurgia __________

Hospital ________________________________

Nome___________________________________

Prontuaacuterio da paciente ______________

Idade ________ Peso ________ Estatura ________ Sexo ( ) M ( ) F

Diagnoacutestico cliacutenico _______________________________

Profissatildeo ________________________

Naturalidade _____________________

Niacutevel de escolaridade ( ) Nunca estudou ( ) 1deg grau incompleto ( ) 1deg grau completo

( )2deg grau incompleto ( )2deg grau completo ( )3deg grau incompleto ( )3deg grau completo

Possui ( ) Hepatopatia ( ) Nefropatia ( ) Algum tipo de enfermidade maligna

( ) Hipertensatildeo arterial ( ) Diabetes Outra_________________

Sentia dor Em caso de sim haacute quanto tempo ____________________________________

Utilizava algum medicamento para combatecirc-la ( ) Sim ( ) Natildeo

Qual _____________________________

Faz ou fez uso de algum outro tipo de medicaccedilatildeo para combater essa dor Em caso de sim

qual e haacute quanto tempo

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

125

APEcircNDICE B ndashndash Termo de consentimento livre e esclarecido

A senhora seraacute submetida a uma cirurgia na qual o tratamento poacutes-ciruacutergico eacute feito

com remeacutedios para aliviar a dor A nossa pesquisa intitulada ldquoESTIMULACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

TRANSCUTAcircNEA DO NERVO ANALGESIA PREEMPTIVA EM COLECISTECTOMIA

POR LAPAROTOMIArdquo usaraacute antes da realizaccedilatildeo da cirurgia durante 60 minutos um

aparelho chamado TENS Queremos saber no periacuteodo poacutes-operatoacuterio o seu niacutevel de dor e a

sua satisfaccedilatildeo com o tratamento Esse tipo de tratamento por noacutes proposto natildeo promove danos

lesivos agrave sua sauacutede e natildeo oferece fatores de risco O fato de vocecirc concordar em participar

desse estudo natildeo implica prejuiacutezo agrave sauacutede bem assim natildeo alteraraacute de nenhuma forma o

tratamento jaacute estabelecido

Eu ________________________________ RG _____________________ fui

informada dos objetivos da pesquisa acima de maneira clara e detalhada Recebi informaccedilotildees

a respeito do tratamento proposto e esclareci minhas duacutevidas Sei que a qualquer momento

poderei solicitar novas informaccedilotildees e modificar minha decisatildeo se assim o desejar Sei tambeacutem

que todos os dados dessa pesquisa ficaratildeo em sigilo e terei a liberdade de retirar meu

consentimento de participaccedilatildeo na pesquisa

________________________________ ____________________________

Paciente Pesquisador

Digital (para caso de pacientes natildeo letrados)

126

APEcircNDICE C ndashndash Ficha de aplicaccedilatildeo da TENS e do ato ciruacutergico

APLICACcedilAtildeO DA TENS

Nuacutemero do estudo ________ Leito__________

Grupo a que pertence a paciente ( ) Preemptivo ( ) Placebo

Paracircmetros de aplicaccedilatildeo da TENS duraccedilatildeo de pulso (T) = 250 micros frequumlecircncia (F) = 4 Hz

e tempo = 60 min

Iniacutecio da aplicaccedilatildeo _____________h

Teacutermino da aplicaccedilatildeo ___________h

Obs _______________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ATO CIRUacuteRGICO

ASA I ( ) II ( )

Horaacuterio de induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ____________h

Medicaccedilatildeo anesteacutesica _________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Horaacuterio da cirurgia Iniacutecio ________h Teacutermino ________ h

Duraccedilatildeo da cirurgia _____________min

Meacutedico cirurgiatildeo ______________________________

Meacutedico anestesista _____________________________

Houve alguma intercorrecircncia ciruacutergica ( )Sim ( ) Natildeo

Horaacuterio da intercorrecircncia ______h

OBS_______________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Obs Lembrar de solicitar ao cirurgiatildeo que a dipirona seja prescrita de 6 em 6 h e o

diclofenaco de soacutedio e a metoclopramida como medicaccedilatildeo de resgate Informaacute-lo que essa

prescriccedilatildeo deveraacute ser procedida durante todo o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar

127

APEcircNDICE D ndashndash Ficha de avaliaccedilatildeo da dor pela Escala Numeacuterica de

Mensuraccedilatildeo da Dor

Nuacutemero do estudo_____ Leito __________________Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________Nome da paciente_______________________________________Horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio Anesteacutesico __________h-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------1) Horaacuterio_______h (2 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)

ENDa na cicatriz_______ENDa em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

2) Horaacuterio_______h (3 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDb na cicatriz_______ENDb em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

3) Horaacuterio_______h (4 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDc na cicatriz_______ENDc em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

4) Horaacuterio_______h (5 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDd na cicatriz_______ENDd em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________

Obs______________________________________________________________________

5) Horaacuterio_______h (7 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDe na cicatriz_______ENDe em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) _________________________Obs_____________________________________________________________________

6) Horaacuterio_______h (8 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDf na cicatriz_______ENDf em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

7) Horaacuterio_______h (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDg na cicatriz_______ENDg em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

8) Horaacuterio_______h (agraves 0700 h do dia de alta hospitalar)ENDh na cicatriz_______ENDh em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________Sentiu dor no ombro em algum momento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio _________________

128

APEcircNDICE E ndashndash Questionaacuterio de Dor McGill

Nuacutemero do estudo_____ Leito__________Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________Nome da paciente_______________________________________Aplicaccedilatildeo do MPQ (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico) __________hldquoAlgumas das palavras que eu vou ler descrevem a sua dor atual Diga-me qual palavra de cada grupomelhor descreve a sua dor Natildeo escolha aquelas que natildeo se aplicam Escolha somente uma palavra decada grupo a mais adequada para a descriccedilatildeo de sua dor Caso nenhuma palavra expresse a sua dorvocecirc pode dizer nenhumardquo

1ordf

( ) 1VIBRACcedilAtildeO

( ) 2TREMOR

( ) 3PULSANTE

( ) 4LATEJANTE

( ) 5COMO BATIDA

( ) 6COMO PANCADA

2ordf

( ) 1PONTADA

( ) 2CHOQUE

( ) 3TIRO

3ordf

( ) 1AGULHADA

( ) 2PERFURANTE

( ) 3FACADA

( ) 4PUNHALADA

( ) 5EM LANCcedilA

4ordf

( ) 1FINA

( ) 2CORTANTE

( ) 3ESTRACcedilALHA

5ordf

( ) 1BELISCAtildeO

( ) 2PRESSAtildeO

( ) 3MORDIDA

( ) 4COacuteLICA

( ) 5ESMAGAMENTO

6ordf

( ) 1FISGADA

( ) 2PUXAtildeO

( ) 3EM TORCcedilAtildeO

7ordf

( ) 1CALOR

( ) 2QUEIMACcedilAtildeO

( ) 3FERVENTE

( ) 4EM BRASA

8ordf

( ) 1FORMIGAMENTO

( ) 2COCEIRA

( ) 3ARDOR

( ) 4FERROADA

9ordf

( ) 1MAL LOCALIZADA

( ) 2DOLORIDA

( ) 3MACHUCADA

( ) 4DOIacuteDA

( ) 5PESADA

10ordf

( ) 1SENSIacuteVEL

( ) 2ESTICADA

( ) 3ESFOLANTE

( ) 4RACHANDO

11ordf

( ) 1CANSATIVA

( ) 2EXAUSTIVA

12ordf

( ) 1ENJOADA

( ) 2SUFOCANTE

13ordf

( ) 1CASTIGANTE

( ) 2ATORMENTA

( ) 3ATERRORIZANTE

( ) 4MALDITA

( ) 5MORTAL

14ordf

( ) 1AMEDRONTADA

( ) 2APAVORANTE

( ) 3CRUEL

15ordf

( ) 1MISERAacuteVEL

( ) 2ENLOUQUECEDORA

16ordf

( ) 1CHATA

( ) 2QUE INCOMODA

( ) 3DESGASTANTE

( ) 4FORTE

( ) 5INSUPORTAacuteVEL

129

17ordf

( ) 1ESPALHA

( ) 2IRRADIA

( ) 3PENETRA

( ) 4ATRAVESSA

18ordf

( ) 1APERTA

( ) 2ADORMECE

( ) 3REPUXA

( ) 4ESPREME

( ) 5RASGA

19ordf

( ) 1FRIA

( ) 2GELADA

( ) 3CONGELANTE

20ordf

( ) 1ABORRECIDA

( ) 2DAacute NAacuteUSEA

( ) 3AGONIZANTE

( ) 4PAVOROSA

( ) 5TORTURANTE

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Iacutendice Quantitativo de Dor

Sensorial SensorialAfetiva Afetiva

Avaliativa AvaliativaMiscelacircnea Miscelacircnea

Total Total

130

APEcircNDICE F ndashndash Ficha de avaliaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo dos pacientes pela Escala

de Satisfaccedilatildeo do Paciente

Nuacutemero do estudo_____

Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________

Nome da paciente_______________________________________

Horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio Anesteacutesico __________h

Leito__________

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

1) Horaacuterio_______h (3 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPb_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

2) Horaacuterio_______h (5 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPd_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

3) Horaacuterio_______h (8 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio o bloqueio)ESPf_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

4) Horaacuterio________h (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPg_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

5) Horaacuterio________h (momento da alta hospitalar)ESPh_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

131

APEcircNDICE G ndashndash Ficha de registro da administraccedilatildeo de faacutermacos no poacutes-operatoacuterio

Qual o tempo decorrido desde a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ateacute a 1ordf requisiccedilatildeo deanalgeacutesicos _____

MEDICAMENTO DIA DOSE HORAacuteRIO VIA DE ADMINISTRACcedilAtildeO

DIPIRONA

_____________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

DICLOFENACO DE

SOacuteDIO

_____________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

METOCLOPRAMIDA

____________________________________________

____________________________________________________

________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

OUTROS

____________________________________________

____________________________________________________

________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

Observaccedilotildees sobre naacuteuseas e ecircmesis____________________________________________________________________________________________________________________________

132

APEcircNDICE H ndashndash Questionaacuterio sobre a aplicaccedilatildeo da TENS

As perguntas que eu vou ler para a senhora referem-se agrave TENS (Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica

Transcutacircnea do Nervo) aquele aparelho que foi utilizado na senhora antes da cirurgia

1) A aplicaccedilatildeo da TENS

( ) Natildeo incomodou

( ) Incomodou um pouco

( ) Incomodou razoavelmente

( ) Incomodou muito

2) Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dor poacutes-operatoacuteriausar

( ) Somente a TENS

( ) Somente os medicamentos

( ) A TENS e os medicamentos

133

APEcircNDICE I ndashndash Lista de tabelas com os resultados da pesquisa

Tabela 13 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo preemptivoPaciente a b c d e f g h

1deg 4 3 4 4 3 3 2 22deg 0 0 0 0 0 0 3 03deg 5 5 55 8 8 5 0 04deg 0 0 4 3 75 75 9 35deg 0 2 4 3 5 5 10 06deg 0 0 0 0 5 6 0 77deg 0 0 0 0 0 0 0 08deg 0 0 0 0 0 0 3 29deg 0 0 0 0 1 4 6 0

10deg 0 2 1 3 3 0 2 311deg 0 0 0 5 0 6 3 112deg 0 0 3 3 2 0 3 313deg 0 2 3 6 3 3 4 014deg 0 0 10 10 3 5 7 115deg 3 3 1 3 3 2 2 016deg 0 0 0 0 4 4 6 017deg 0 0 5 3 8 4 3 018deg 0 0 0 0 0 0 3 019deg 0 0 0 0 4 7 9 020deg 0 0 0 0 0 2 2 021deg 0 0 0 1 3 3 2 022deg 0 0 0 2 0 2 0 023deg 5 7 4 7 9 8 8 224deg 0 0 0 35 6 6 1 025deg 4 5 6 5 3 3 2 0

a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da altahospitalar)

134

Tabela 14 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo placeboPaciente a b c d e F g h

1deg 0 0 0 1 5 10 4 42deg 1 1 0 2 3 1 4 23deg 0 0 3 5 10 10 5 54deg 3 5 3 3 3 3 0 25deg 0 0 0 0 4 8 7 46deg 5 5 8 8 3 3 0 07deg 0 0 4 5 9 9 6 08deg 5 10 10 0 0 0 7 19deg 0 2 4 10 8 9 3 8

10deg 0 0 0 0 0 2 3 411deg 0 0 1 4 5 8 7 412deg 0 0 1 4 4 5 5 013deg 0 6 7 4 45 3 3 314deg 0 1 9 9 6 6 4 215deg 0 0 0 4 6 7 5 016deg 0 0 6 10 2 3 4 017deg 1 5 7 8 8 5 4 118deg 0 0 5 8 2 2 3 019deg 0 0 2 3 5 6 0 020deg 0 0 0 10 9 2 6 021deg 2 3 6 7 2 3 3 122deg 0 5 7 2 4 0 0 023deg 0 7 0 0 0 0 1 024deg 0 3 8 8 8 9 8 325deg 1 3 5 5 8 8 0 0

a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da altahospitalar)

135

Tabela 15 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupopreemptivo com o tratamento que estava sendo realizado obtidospela Escala de Satisfaccedilatildeo dos PacientesPaciente b d f g h

1deg 8 8 9 9 92deg 8 10 10 10 103deg 8 8 9 9 94deg 9 9 9 95 105deg 8 10 10 10 106deg 8 8 10 10 107deg 10 10 10 10 108deg 10 10 10 10 109deg 10 10 10 10 10

10deg 10 10 10 10 1011deg 10 10 10 10 1012deg 10 10 10 10 1013deg 10 10 8 10 1014deg 10 10 10 10 1015deg 9 9 9 9 1016deg 8 8 8 9 1017deg 10 10 10 10 1018deg 10 10 10 10 1019deg 10 9 8 6 1020deg 10 10 10 10 1021deg 10 10 10 10 1022deg 10 10 8 9 1023deg 10 10 10 10 1024deg 10 10 10 10 1025deg 10 10 10 10 10

b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)

136

Tabela 16 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupoplacebo com o tratamento que estava sendo realizado obtidos pelaEscala de Satisfaccedilatildeo dos PacientesPaciente b d f g h

1deg 8 10 7 10 82deg 8 8 9 9 93deg 10 10 10 10 104deg 10 10 10 10 105deg 10 10 10 10 106deg 10 10 10 10 107deg 9 6 8 8 98deg 8 8 8 4 39deg 5 5 5 8 10

10deg - - - - -11deg 10 10 10 10 1012deg 7 7 7 5 513deg 9 9 9 9 1014deg 8 6 9 9 1015deg 10 10 8 10 1016deg 10 9 10 10 1017deg 8 10 10 10 1018deg 10 10 10 10 1019deg 10 10 10 10 1020deg 8 10 10 10 1021deg 8 10 10 10 1022deg 10 10 10 10 1023deg 10 10 10 10 1024deg 10 8 9 10 1025deg 10 10 10 10 10

b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar) A 10deg paciente desse grupo natildeo conseguiu compreender a Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

137

Tabela 17 ndashndash Uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico e tempo decorrido desde essa induccedilatildeo ateacute a primeira solicitaccedilatildeodessa droga nos grupos preemptivo e placebo

Uso de diclofenaco de soacutedio Tempo (min)

Paciente Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo

1deg Natildeo Sim - 2302deg Natildeo Natildeo - -3deg Natildeo Sim - 4404deg Natildeo Sim - 2255deg Sim Sim 224 6906deg Natildeo Sim - 5057deg Natildeo Natildeo - -8deg Sim Sim 805 3009deg Sim Natildeo 465 -

10deg Natildeo Sim - 84011deg Sim Natildeo 435 -12deg Sim Natildeo 415 -13deg Sim Sim 330 41014deg Sim Sim 310 36015deg Natildeo Sim - 72216deg Sim Natildeo 716 -17deg Sim Sim 685 40018deg Sim Sim 570 39519deg Natildeo Natildeo - -20deg Natildeo Sim - 61521deg Natildeo Sim - 42022deg Natildeo Natildeo - -23deg Sim Sim 305 50024deg Sim Natildeo 590 -25deg Natildeo Natildeo - -

138

Tabela 18 ndashndash Presenccedila de dor no ombro direito noperiacuteodo poacutes-operatoacuterio nas pacientes dos grupospreemptivo e placebo

Relato de dor no ombro direito

Paciente Grupo preemptivo Grupo placebo

1deg Natildeo Sim2deg Sim Natildeo3deg Natildeo Natildeo4deg Natildeo Sim5deg Sim Sim6deg Natildeo Natildeo7deg Natildeo Natildeo8deg Natildeo Natildeo9deg Sim Natildeo10deg Natildeo Natildeo11deg Natildeo Natildeo12deg Natildeo Sim13deg Natildeo Natildeo14deg Sim Sim15deg Sim Natildeo16deg Natildeo Natildeo17deg Sim Natildeo18deg Natildeo Sim19deg Sim Natildeo20deg Natildeo Natildeo21deg Sim Natildeo22deg Sim Sim23deg Natildeo Natildeo24deg Sim Natildeo25deg Natildeo Sim

139

Tabela 19 ndashndash Quantidade de vezes em que a metoclopramida o diclofenaco de soacutedio e adipirona foram administradas em cada paciente durante todo o periacuteodo poacutes-operatoacuterio em queelas estavam internadas

Metoclopramida (10 mg) Diclofenaco de soacutedio(75 mg)

Dipirona (1 g)

Paciente Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo

1deg - - - 1 7 72deg 1 - 2 2 4 73deg - - - 1 7 74deg - - 1 1 7 75deg - - 2 3 4 76deg - 2 - 1 7 67deg 1 2 - - 6 78deg 1 - 1 2 7 79deg - - 3 - 6 7

10deg 3 - - 1 3 711deg - - 1 - 7 612deg 1 - 1 - 7 713deg - - 1 2 7 714deg - 2 3 1 7 715deg - 2 - 2 7 416deg - 1 - - 7 617deg - 1 1 1 7 718deg - - 1 3 7 719deg - - - 1 6 720deg - - 1 3 7 721deg - - - 1 7 722deg - - 1 1 7 423deg - 2 1 2 7 224deg - 1 3 - 3 425deg - - - 1 7 3

  • ElementosPre-textuaispdf
  • EstimulaccedilatildeoEleacutetricaTranscutacircneaDoNervo-AnalgesiaPreemptivapdf

AGRADECIMENTOS

A Deus ser superior que nos acompanha constantemente natildeo apenas nos momentos de

euforia e alegria mas principalmente quando necessitamos de um passo maior para superar os

obstaacuteculos da vida

Ao orientador Prof Dr Luiacutes Vicente Garcia por toda a confianccedila depositada em meu trabalho

desde a eacutepoca em que ainda era um graduando e apoio e incentivo na realizaccedilatildeo dessa

pesquisa mesmo diante de tanto trabalho Obrigado por tudo professor A minha gratidatildeo por

ti eacute imensa Continua sempre com essa energia positiva e essa paz interior que o teu caminho

seraacute sempre bem iluminado

Aos meus pais ndashndash Salvino Guerra Filho e Maria Luiacuteza Ribeiro Guerra irmatildeos ndashndash Salvino

Guerra Neto e Ticiana Ribeiro Guerra e sobrinhos ndashndash Juliano Guerra de Castro e Letiacutecia

Guerra ndashndash por serem o meu grande alicerce O meu amor por vocecircs seraacute eterno

A toda a minha famiacutelia ndashndash tios e primos ndashndash em especial ao Dr Wagner da Silva Ribeiro e a

Ivana Almeida da Silva Ribeiro

Aos meus professores da graduaccedilatildeo Dr Francisco Prado Reis Dr Joseacute Aderval Aragatildeo Dr

Ronaldo Queiroz Gurgel e Dr Walderi Monteiro da Silva Juacutenior verdadeiros pais na minha

vida acadecircmica As liccedilotildees ndashndash cientiacuteficas e de vida ndashndash sempre tatildeo vaacutelidas proveitosas e

essenciais para o processo de aprendizado cientiacutefico ficaratildeo guardadas para todo o sempre

A todos os integrantes do Departamento de Biomecacircnica Medicina e Reabilitaccedilatildeo do

Aparelho Locomotor da Faculdade de Medicina de Ribeiratildeo Preto pela disponibilidade e

atenccedilatildeo fornecidas em especial a Maria de Faacutetima Feitosa Lima

Aos amigos Vaacutelter Joviniano de Santana Filho e Josimari Melo de Santana que sempre me

acolheram como verdadeiros pais nessa nova jornada que se processou em minha vida

Obrigado de coraccedilatildeo a vocecircs pela amizade incentivo carinho e respeito

Aos companheiros de pesquisa Thaiacutesa Barreto Brenno Santiago Jaqueline Lobatildeo Joseacute Nery

Marcelo Prata Paulo Autran Thaiacutes Costa e Renata Essa pesquisa eacute um dos frutos que

colhemos ao longo de todos esses meses

Aos amigos de longas datas pelas saacutebias palavras conselhos viagens e por saberem

compreender o verdadeiro sentido da palavra Amizade Valeska Dias Andrei Ribeiro Thiago

Paulino Taacutecito Leite Murilo Arauacutejo Mariana Godoy Alina Alberto Ribeiro Wylner

Cardozo Elisvacircnia Barroso e Larissa Sampaio

Aos novos amigos que me acolheram em Ribeiratildeo Preto Badauecirc Keka Luquinhas Mateus

Emiacutelson Ricardo Maacutercio Manuela Carol e Mariana Ainda temos muita estrada para

compartilharmos juntos Obrigado por tudo

A todos os integrantes da Liga de Dor de Ribeiratildeo Preto ndashndash professores e estudantes ndashndash pelo

profissionalismo e sobretudo pelo clima de amizade sempre presente Poder compartilhar um

mesmo ambiente com pessoas tatildeo dedicadas e saacutebias tem sido um processo de aprendizado

muito relevante para mim Em especial ao Prof Dr Joseacute Geraldo Speciali e agrave Profordf Drordf

Faacutetima Aparecida Emm Faleiros Souza

Agrave Profordf Drordf Claacuteudia Benedita dos Santos pelo grande apoio na reta final e simpatia sempre

presente Desejo-lhe imenso sucesso nessa proacutexima etapa da sua vida profissional

Agraves funcionaacuterias do Hospital das Cliacutenicas de Ribeiratildeo Preto em especial Rita e Siacutelvia que

sempre me atenderam e ldquosocorreramrdquo com um carinho e simpatia muito grandes

A todos os funcionaacuterios do Hospital Satildeo Domingos Saacutevio ndashndash cirurgiotildees anestesiologistas

enfermeiros teacutecnicas em enfermagem e porteiros ndashndash que sempre se mostraram receptivos a

nossa presenccedila e principalmente aos pacientes que se disponibilizaram a participar da nossa

pesquisa

ldquoAprendemos em decorrecircncia de literalmente centenas de experiecircncias que existe um limite

para a eficaacutecia de qualquer terapia empregada poreacutem felizmente os efeitos de duas ou mais

terapias fornecidas em combinaccedilatildeo satildeo cumulativosrdquo

Melzack e Wall 1987

RESUMO

GUERRA D R Estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea do nervo analgesia preemptiva emcolecistectomia por laparotomia 2005 139 f Dissertaccedilatildeo de mestrado ndashndash Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto 2005

Introduccedilatildeo O uso da Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo (TENS) vem sendo muito

pesquisado em poacutes-operatoacuterios todavia os estudos natildeo analisam se a TENS de baixa

frequumlecircncia ndashndash que estimula a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos ndashndash seria eficiente em promover

analgesia preemptiva Objetivo Analisar se essa modalidade de TENS aplicada antes de

colecistectomias por laparotomia poderia proporcionar analgesia preemptiva Casuiacutestica e

meacutetodo A pesquisa ndashndash cliacutenica controlada randomizada e duplamente encoberta ndashndash foi

realizada no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio e teve uma amostra de 50 pacientes todas do sexo

feminino grupo preemptivo (n = 25) e placebo (n = 25) As pacientes do primeiro grupo

foram submetidas agrave aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia antes da cirurgia e as do grupo

placebo a uma falsa estimulaccedilatildeo Houve a padronizaccedilatildeo do cloridrato de bupivacaiacutena (05)

como droga anesteacutesica associado ao fentanil (2 ml) para a realizaccedilatildeo das colecistectomias e

da medicaccedilatildeo analgeacutesica utilizada no poacutes-operatoacuterio dipirona prescrita de 6 em 6 horas e

diclofenaco de soacutedio como medicaccedilatildeo de resgate A intensidade de dor poacutes-operatoacuteria foi

mensurada pela Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END) em 8 momentos (2frac12 3frac12

4frac12 5frac12 7 8 e 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico aleacutem de uma uacuteltima

verificaccedilatildeo no momento da alta hospitalar) e pelo Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ)

aplicado 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico Outrossim o grau de satisfaccedilatildeo das

pacientes com o tratamento foi mensurado pela Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (ESP) Os

dados foram analisados por meio de testes estatiacutesticos descritivos Teste de Mann-Whitney

Teste-t de Student para amostras natildeo-pareadas e qui-quadrado sendo o niacutevel de significacircncia

de 5 Resultados A intensidade de dor mensurada pela END foi significantemente menor

no grupo preemptivo nas terceira e quarta coletas Natildeo houve diferenccedila significante quanto

aos iacutendices obtidos pelo MPQ e nem quanto agrave satisfaccedilatildeo das pacientes o consumo de drogas

analgeacutesicas no poacutes-operatoacuterio e o tempo para o primeiro requerimento de diclofenaco de

soacutedio Conclusatildeo A TENS de baixa frequumlecircncia proporcionou analgesia preemptiva apoacutes

colecistectomia por laparotomia

Palavras-chave dor estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea do nervo colecistectomia analgesiapreemptviva

ABSTRACT

GUERRA D R Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation preemptive analgesia inopen cholecystectomy 2005 139 f Masterrsquos dissertation ndashndash Faculdade de Medicina deRibeiratildeo Preto Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto 2005

Introduction Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation (TENS) has been searched in the

postoperative period however these studies donrsquot analyze whether low frequency TENS ndashndash

that stimulates the release of endogenous opioids ndashndash could be efficient to provide preemptive

analgesia Objective The aim of this study was to verify whether low frequency TENS

applied before open cholecystectomies could provide it Cases and method It was a

controlled randomized and double-blinded trial carried out at the Hospital Satildeo Domingos

Saacutevio (Aracaju city Brazil) and had a sample of 50 patients preemptive group (n = 25) and

placebo (n = 25) The patients from the first group were submitted to the application of TENS

before the surgery and the placebo group to a false stimulation There was the standardization

of the bupivacaine (05 ) as anesthetic drug plus fentanyl (2 ml) for the accomplishment of

the cholecystectomies and of the analgesic medication used in the postoperative period

dipyrone prescribed for every 6 hours and diclofenac only if the patients complained about

pain Pain intensity was measured by the Numerical Rating Scale (NRS) in 8 moments (2frac12

3frac12 4frac12 5frac12 7 8 e 16 hours after inducing the anesthesia besides one last verification at the

hospital discharge) and by the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (Br-MPQ)

applied 16 hours after inducing the anesthesia Patient satisfaction level in relation to the

treatment was measured by the Patient Satisfaction Scale (PSS) The data were analyzed by

Mann-Whitney Test unpaired t-test and qui-square being significant those data with p lt

005 Results Pain intensity measured by the NRS was lower in the preemptive group in the

third and fourth verifications There was no difference neither in relation to the indexes

obtained with the Br-MPQ nor the PSS consume of analgesics in the postoperative and time

for the first request of diclofenac Conclusion Low frequency TENS provided preemptive

analgesia after open cholecystectomy

Keywords pain transcutaneous electrical nerve stimulation cholecystectomy preemptive

analgesia

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 ndashndash Aparelho Dualpex 961

Figura 2 ndashndash Aparelho Physiotonus Four

Figura 3 ndashndash Simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENS

Figura 4 ndashndash Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor numerada de 0 a 10cm

Graacutefico 1 ndashndash Representaccedilatildeo das idades das pacientes

Graacutefico 2 ndashndash Representaccedilatildeo dos pesos das pacientes

Graacutefico 3 ndashndash Representaccedilatildeo das estaturas das pacientes

Graacutefico 4 ndashndash Representaccedilatildeo dos Iacutendices de Massa Corporal (IMC) das pacientes

Graacutefico 5 ndashndash Relato das pacientes sobre o periacuteodo em meses em que vinham sentindodor devido agrave doenccedila da vesiacutecula biliar

Graacutefico 6 ndashndash Estado fiacutesico das pacientes de acordo com a classificaccedilatildeo da SociedadeAmericana de Anestesiologia

Graacutefico 7 ndashndash Relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos antes da colecistectomiapara o tratamento da dor decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou deoutras doenccedilas crocircnicas

Graacutefico 8 ndashndash Representaccedilatildeo do tempo decorrido desde o teacutermino da aplicaccedilatildeo daEstimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo ateacute a induccedilatildeo do bloqueioAnesteacutesico nas pacientes

Graacutefico 9 ndashndash Representaccedilatildeo da duraccedilatildeo das cirurgias

Graacutefico 10 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia da intensidade de dor incisional por meio daEND (Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)

Graacutefico 11 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento queestava sendo realizado obtida pela ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente)

Graacutefico 12 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total eem cada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivoe placebo

Graacutefico 13 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia do Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e emcada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo eplacebo

35

35

37

39

46

47

47

48

50

51

52

53

54

56

58

64

66

Graacutefico 14 ndashndash Representaccedilatildeo do consumo de diclofenaco de soacutedio pelas pacientes nasprimeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico

Graacutefico 15 ndashndash Representaccedilatildeo dos intervalos desde a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ateacute asolicitaccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio nas pacientes que assim a fizeram nasprimeiras 16 horas apoacutes tal induccedilatildeo

Graacutefico 16 ndashndash Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram diclofenaco de soacutedio desdeo iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar

Graacutefico 17 ndashndash Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram dipirona desde o iniacutecio doperiacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar

Graacutefico 18 ndashndash Ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes em algummomento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio durante a internaccedilatildeo hospitalar

Graacutefico 19 ndashndash Uso de metoclopramida pelas pacientes durante o periacuteodo de internaccedilatildeohospitalar

Graacutefico 20 ndashndash A aplicaccedilatildeo da TENS

Graacutefico 21 ndashndash Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dorpoacutes-operatoacuteria usar

67

68

69

70

71

72

73

74

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndashndash Dados demograacuteficos da amostra

Tabela 2 ndashndash Distribuiccedilatildeo da categoria de peso das pacientes de acordo com os dadosobtidos pelo iacutendice de massa corporal (IMC)

Tabela 3 ndashndash Niacutevel de escolaridade das pacientes

Tabela 4 ndashndash Diagnoacutestico cliacutenico das pacientes

Tabela 5 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) da intensidade de dorincisional mensurada por meio da END (Escala Numeacuterica deMensuraccedilatildeo da Dor

Tabela 6 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) do grau de satisfaccedilatildeodas pacientes com o tratamento que estava sendo realizado

Tabela 7 ndashndash Relaccedilatildeo dos descritores do Questionaacuterio de Dor McGill selecionadospelas pacientes

Tabela 8 ndashndash Nuacutemero de pacientes que selecionou cada subcategoria do Questionaacuterio deDor McGill

Tabela 9 ndashndash Descritores do Questionaacuterio de Dor McGill mais frequumlentementeselecionados pelas pacientes

Tabela 10 ndashndash Iacutendice do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill

Tabela 11 ndashndash Relaccedilatildeo do Nuacutemero de Palavras Escolhidas nas categorias sensorial(NWC-S) e afetiva (NWC-Af) entre os grupos preemptivo e placebo

Tabela 12ndashndash Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cada categoria doQuestionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placebo

Tabela 13 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo preemptivo

Tabela 14 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo placebo

Tabela 15 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupo preemptivo com otratamento que estava sendo realizado obtidos pela Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

Tabela 16 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupo placebo com otratamento que estava sendo realizado obtidos pela Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

46

49

49

49

55

57

60

61

62

63

63

65

133

134

1356

Tabela 17 ndashndash Uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico e tempo decorrido desde essa induccedilatildeo ateacute a primeirasolicitaccedilatildeo dessa droga nos grupos preemptivo e placebo

Tabela 18 ndashndash Presenccedila de dor no ombro direito no periacuteodo poacutes-operatoacuterio naspacientes dos grupos preemptivo e placebo

Tabela 19 ndashndash Quantidade de vezes em que a metoclopramida o diclofenaco de soacutedio ea dipirona foram administradas em cada paciente durante todo o periacuteodopoacutes-operatoacuterio em que elas estavam internadas

136

137

138

139

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACTH

AMPc

ASA

acirc-LPH

END

ESP

Adrenocorticotropina

Adenosina monofosfato

American Society of Anesthesiology (Sociedade Americana de Anestesiologia)

acirc-lipotropina

Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente

IASP International Association for the Study of Pain (Associaccedilatildeo Internacional para o

Estudo da Dor)

IBA

IMC

MPQ

NMDA

NWC

NWC-t

NWC-s

NWC-af

NWC-av

NWC-m

PPI

Iniacutecio do Bloqueio Anesteacutesico

Iacutendice de Massa Corporal

McGill Pain Questionnaire (Questionaacuterio de Dor McGill)

N-metil-D-aspartato

Number of Words Chosen (Nuacutemero de Palavras Escolhidas)

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Total

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Sensorial

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Afetiva

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Avaliativa

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Miscelacircnea

Present Pain Intensity (Intensidade de Dor Presente)

PRI Pain Rating Iacutendex (Iacutendice Quantitativo de Dor)

RNA

SEM

Aacutecido Ribonucleacuteico

Standard Error Mean (Erro Padratildeo da Meacutedia)

SN

SUS

TENS

TNLs

VAS

Sistema Nervoso

Sistema Uacutenico de Sauacutede

Transcutaneus Electrical Nerve Stimulation (Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do

Nervo)

Terminaccedilotildees Nervosas Livres

Visual Analogue Scale (Escala Analoacutegica Visual)

LISTA DE SIacuteMBOLOS

cm Centiacutemetro

g

H+

K+

h

Hz

Kg

m

ml

min

micros

acirc

auml

divide2

Grama

Iacuteon hidrogecircnio

Iacuteon potaacutessio

Hora

Hertz

Kilograma

Metro

Mililitro

Minuto

Microsegundo

Beta

Delta

Qui-quadrado

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 18

2 OBJETIVO

3 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

31 DESENHO DO ESTUDO

32 LOCAL

33 CASUIacuteSTICA E CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO E EXCLUSAtildeO

34 INTERNAMENTO DAS PACIENTES

35 RANDOMIZACcedilAtildeO

36 AVALIACcedilAtildeO CLIacuteNICA

37 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

38 MATERIAIS

39 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

391 Os grupos de pacientes da pesquisa

392 Teacutecnica de aplicaccedilatildeo da TENS

393 Teacutecnica anesteacutesica

394 Cirurgia e prescriccedilatildeo de medicamentos

395 Instrumentos de coleta de dados

3951 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END)

3952 Questionaacuterio de Dor McGill

3953 Escala de Satisfaccedilatildeo dos Pacientes

3954 Ficha do consumo de faacutermacos

3955 Questionaacuterio sobre a aplicaccedilatildeo da TENS

310 ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS DADOS

311 TEacuteCNICA UTILIZADA PARA A DEMONSTRACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

27

29

29

29

29

32

33

33

34

34

35

35

36

37

38

39

39

40

41

42

42

43

43

4 RESULTADOS

5 DISCUSSAtildeO

51 DADOS DEMOGRAacuteFICOS E CLIacuteNICOS

52 ANAacuteLISE DA DOR PELA ESCALA NUMEacuteRICA DE MENSURACcedilAtildeO DA DOR

53 ANAacuteLISE DA SATISFACcedilAtildeO DAS PACIENTES COM O TRATAMENTO

44

75

76

79

90

54 ANAacuteLISE DA DOR PELO QUESTIONAacuteRIO DE DOR McGILL

55 TEMPO PARA A PRIMEIRA ADMINISTRACcedilAtildeO DO DICLOFENACO DE

SOacuteDIO

56 ANAacuteLISE DO CONSUMO DE ANALGEacuteSICOS NO POacuteS-OPERATOacuteRIO

57 DOR REFERIDA

58 ANAacuteLISE DO CONSUMO DE METOCLOPRAMIDA

59 QUESTIONAacuteRIO SOBRE A TENS

6 CONCLUSAtildeO

92

99

101

104

105

106

108

REFEREcircNCIAS 110

APEcircNDICES 123

18

INTRODUCcedilAtildeO

19

1 INTRODUCcedilAtildeO

A dor um dos mais importantes mecanismos de defesa do corpo humano propicia

um sinal de alerta ao enceacutefalo de que os tecidos estatildeo expostos a uma situaccedilatildeo de perigo

mesmo que a dor ocorra antes de um real dano fiacutesico Haacute longiacutenquo tempo o homem pesquisa

maneiras para aliviar a dor o que proporcionou vaacuterios avanccedilos no campo das modalidades

analgeacutesicas com destaque para os opioacuteides ndashndash entre os faacutermacos e na fisioterapia os

estimuladores eleacutetricos como a Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo (Transcutaneus

Electrical Nerve Stimulation ndashndash TENS) modalidade terapecircutica que consiste na aplicaccedilatildeo de

corrente eleacutetrica ao corpo humano com fins analgeacutesicos (CHANDRAN SLUKA 2003

DuGAS 1988 FORTH BEYER PETER 1995 LOW REED 2001 STARKEY 2001

TEIXEIRA SOUZA 2001 WOOD 1998)

A tecnologia e a ciecircncia deram suporte agrave TENS natildeo apenas pela criaccedilatildeo dos

modernos e praacuteticos aparelhos eletroteraacutepicos mas tambeacutem pelo conhecimento acerca do seu

mecanismo de accedilatildeo possibilitando que essa teacutecnica fosse amplamente difundida em vaacuterios

paiacuteses De um modo geral a TENS possui inuacutemeras indicaccedilotildees podendo ser aplicada em

qualquer siacutendrome dolorosa aguda ou crocircnica de causa diagnosticada inclusive no periacuteodo

poacutes-operatoacuterio (ANTUNES et al 2002 BUTTON SAWYER 1999 CREPON 1996

DAMIANE C DAMIANE G 1998 IMAMURA et al 1995 ROBINSON 2001

SANTIESTEBAN 1993 SLUKA WALSH 2003)

Ultimamente tem-se abordado bastante o uso da TENS para o tratamento de dores

poacutes-operatoacuterias como as decorrentes de cirurgias cardiacuteacas colecistectomias toracotomias

endoscopias microlariacutengeas cirurgias laparoscoacutepicas gastrectomias entre outras A TENS

tem sido na maioria das pesquisas um recurso analgeacutesico eficiente em poacutes-operatoacuterios na

dependecircncia do tipo de cirurgia metodologia empregada grau de dor gerado e medicaccedilatildeo

20

concorrente Todavia as pesquisas tecircm restringido seu uso somente ao periacuteodo poacutes-ciruacutergico

natildeo a empregando antes de cirurgias com o intuito de tratar a dor antes mesmo do seu

surgimento (BENEDETTI et al 1997 CARROL BADURA 2001 LOMBARD et al 1996

MARIANO BEN 1998 MARIN CASTRO 1986 TOYOTA SATAKE AMAKI 1999

ZAacuteRATE et al 2001)

Existem quatro modalidades de TENS convencional acupuntura burst e breve-

intensa A TENS acupuntura muito conhecida como TENS de baixa frequumlecircncia estimula a

liberaccedilatildeo pela glacircndula hipoacutefise de ACTH (adrenocorticotropina) e acirc-lipotropina (acirc-LPH)

que eacute a substacircncia precursora da acirc-endorfina ocorrendo entatildeo a ligaccedilatildeo dessa com os

receptores das fibras nervosas bloqueando assim a passagem do impulso doloroso As acirc-

endorfinas permaneceriam circulando pelo organismo durante algumas horas promovendo

analgesia prolongada Outros autores relatam que haacute tambeacutem com o uso da TENS de baixa

frequumlecircncia a liberaccedilatildeo de outros tipos de opioacuteides endoacutegenos (BISSCHOP G BISSCHOP

Eacute COMMANDREacute 2001 CHESTERTON et al 2003 CREPON 1996 DAMIANE C

DAMIANE G 1998 ROBINSON 2001 SALGADO 1999 SLUKA et al 1999 SLUKA

2000 STARKEY 2001)

O uso da TENS para o tratamento da dor poacutes-operatoacuteria eacute estimulado pela tendecircncia

atual da analgesia multimodal que se caracteriza pela combinaccedilatildeo sineacutergica de agentes

analgeacutesicos ndashndash farmacoloacutegicos e natildeo-farmacoloacutegicos ndashndash com diferentes mecanismos de accedilatildeo e

vias de administraccedilatildeo proporcionando analgesia mais efetiva e com menor incidecircncia de

efeitos adversos devido agraves menores dosagens empregadas (LABRADA JIMEacuteNEZ-

GARCIA 2004 TORRE et al 2002) Outros recursos natildeo-farmacoloacutegicos tambeacutem tecircm sido

usados como acupuntura eletroacupuntura termoterapia massoterapia cinesioterapia

posicionamento imobilizaccedilatildeo outras correntes eletroanalgeacutesicas e teacutecnicas de relaxamento

meditaccedilatildeo e imaginaccedilatildeo (SOFAER 1994 YENG et al 2001)

21

Seguindo esse conceito de analgesia multimodal alguns experimentos cliacutenicos tecircm

analisado o efeito da analgesia preemptiva O qualificativo traduzido livremente do inglecircs

para a liacutengua portuguesa tem origem da palavra preemptive e significa profilaacutetico Assim

drogas analgeacutesicas e anesteacutesicas tecircm sido administradas antes mesmo do ato ciruacutergico com o

objetivo de minimizar o quadro aacutelgico no poacutes-operatoacuterio por inibiccedilatildeo dos fenocircmenos de

hipersensibilidade central e perifeacuterica Embora satisfatoacuterios resultados jaacute tenham sido obtidos

com a utilizaccedilatildeo desse meacutetodo ainda existem muitas controveacutersias sobre o tema tendo em

vista algumas tentativas frustradas de se obter esse tipo de estrateacutegia de analgesia (AIDA et

al 1999 KONRAD CORDEIRO COELI 2001 MCQUAY 1995 MOINICHE KEHLET

DAHL 2002 ONG et al 2005 PONTES PRADO 2002 SEKAR et al 2004 SINATRA

2002 WARNCKE STUBHAUG JORUM 2000)

Uma das questotildees mais polecircmicas sobre a analgesia preemptiva reside no seu

proacuteprio conceito e eacute relevante que esse seja bem definido para evitar interpretaccedilotildees erradas de

resultados Kissin (1994) afirma que constantemente haacute um errocircneo uso do termo em questatildeo

que deve ser restrito apenas agrave intervenccedilatildeo procedida antes da cirurgia com o objetivo de

reduzir a dor poacutes-operatoacuteria De acordo com Hepner (2000) algumas pesquisas vg a de

Motamed (2000) tecircm analisado o efeito de drogas antes do fechamento da incisatildeo ciruacutergica o

que natildeo caracteriza a analgesia preemptiva jaacute que o procedimento natildeo fora realizado antes da

cirurgia (ONG et al 2005)

Kissin (2000) criticou as 3 definiccedilotildees mais usadas de analgesia preemptiva a)

tratamento que comeccedila antes da cirurgia b) que previne o estabelecimento da

hipersensibilidade central causada pela lesatildeo incisional e c) que previne a hipersensibilidade

central causada pelas lesotildees incisional e inflamatoacuteria A primeira seria errocircnea pois a palavra

preemptivo significa preventivo e natildeo somente antes da incisatildeo ciruacutergica Assim bloqueios

ineficientes natildeo podem ser considerados preemptivos A segunda seria muito restrita pois

22

exclui a hipersensibilidade central causada pela inflamaccedilatildeo que ocorre no periacuteodo poacutes-

operatoacuterio inicial ideacuteia ratificada por Ong et al (2005) Contudo essa eacute a mais utilizada visto

que as diferenccedilas entre os resultados obtidos com as intervenccedilotildees que se processam antes e

apoacutes a cirurgia a evidenciam A uacuteltima eacute a mais ampla pois tambeacutem abrange a prevenccedilatildeo da

hipersensibilidade provocada pelo processo inflamatoacuterio

Inicialmente seu conceito abrangia apenas o tempo de administraccedilatildeo da droga para

verificar seu efeito comparando os momentos preacute e poacutes-operatoacuterios poreacutem natildeo englobava os

estudos que comparavam tratamentos com uso de medicaccedilatildeo analgeacutesica preacute-operatoacuteria versus

aqueles que natildeo a utilizavam (MOINICHE KEHLET DAHL 2002) Esse eacute o conceito de

analgesia preemptiva que estamos utilizando nessa pesquisa em que iremos comparar o uso

da TENS no periacuteodo preacute-operatoacuterio com um grupo placebo e natildeo comparar o seu efeito preacute

versus poacutes-operatoacuterio Alguns autores consideram que esse desenho de estudo estabelecido

em nossa pesquisa verificaria apenas uma analgesia preventiva e natildeo preemptiva natildeo

obstante nos detemos agravequeles que tambeacutem consideram esse desenho como meacutetodo para

verificar analgesia preemptiva

A colecistectomia eacute a cirurgia realizada para extrair a vesiacutecula biliar que se encontra

enferma seja devido a caacutelculos inflamaccedilotildees eou infecccedilotildees tendo uma alta incidecircncia

principalmente sobre a populaccedilatildeo mais idosa Ela pode ser procedida por laparotomia ou

laparoscopia O primeiro meacutetodo que eacute mais agressivo proporciona dor de caraacuteter moderado

a intenso no poacutes-operatoacuterio em decorrecircncia da incisatildeo ciruacutergica manipulaccedilatildeo da regiatildeo

ocasional irritaccedilatildeo da pleura pulmonar diafragmaacutetica e do nervo frecircnico e processo

inflamatoacuterio (ANDRADE 2002 BLUMGART 1988 BRENTANO 2003 GOFFI GOFFI

JUacuteNIOR SORBELLO 1996 MACHADO RAIA 1994 MARIANO BEN 1998

MERINO 2001 PEREacuteZ-AYUSO 2002 ROSLYN ZINNER 1996 WAY DUNPHY

1993)

23

Quando ocorre a lesatildeo tecidual perifeacuterica ndashndash decorrente vg da cirurgia ndashndash haacute dois

tipos de respostas do Sistema Nervoso (SN) sensibilizaccedilatildeo perifeacuterica ndashndash que eacute a diminuiccedilatildeo

do limiar de excitabilidade dos nociceptores perifeacutericos e sensibilizaccedilatildeo central ndashndash aumento

da excitabilidade dos neurocircnios da medula espinhal Essas modificaccedilotildees determinaratildeo o

estado de hipersensibilidade dolorosa caracteriacutestico de poacutes-operatoacuterios em que se verifica

reduccedilatildeo do limiar de dor e aumento da resposta aos estiacutemulos nocivos tanto no local da lesatildeo

quanto nos tecidos adjacentes (VALE 2000 WOOLF CHONG 1993)

Sabe-se que apoacutes o trauma ciruacutergico altas concentraccedilotildees de substacircncias

algiogecircnicas satildeo liberadas de ceacutelulas lesadas como os leucoacutecitos mastoacutecitos e plaquetas e de

moleacuteculas livres presentes no interior dos vasos sanguumliacuteneos Dentre essas substacircncias

destacam-se prostaglandinas leucotrienos aacutecido araquidocircnico bradicininas H+ K+

histamina substacircncia P tromboxanos serotonina entre outras que satildeo capazes de

sensibilizar os nociceptores das fibras Aauml e C amplamente distribuiacutedos nos tecidos

facilitando a transmissatildeo do impulso doloroso fenocircmeno conhecido como hiperalgesia

primaacuteria caracterizado pela reduccedilatildeo do limiar das terminaccedilotildees nervosas livres (TNLs) aos

estiacutemulos nocivos Em algumas horas a hiperalgesia secundaacuteria aumenta o tamanho da aacuterea

dolorida agrave medida que substacircncias quiacutemicas se difundem aos tecidos vizinhos tornando-os

hipersensiacuteveis (BONICA et al 1990 BRIDENBAUGH 1994 KISSIN 2000 ONG et al

2005 SINATRA 2002 STARKEY 2001 WOOLF CHONG 1993)

Sob condiccedilotildees normais os impulsos das fibras aferentes primaacuterias e dos

interneurocircnios espinhais ativam somente a zona de gatilho da ceacutelula localizada no seu centro

natildeo sendo suficiente para deflagrar o potencial de accedilatildeo na regiatildeo adjacente a este sendo o

estiacutemulo entatildeo sublimiar Todavia quando essas ceacutelulas sofrem sensibilizaccedilatildeo esses inputs

que eram sublimiares satildeo convertidos em estiacutemulos supra-limiares A maior excitabilidade

dessas ceacutelulas eacute responsaacutevel pela expansatildeo do nuacutemero de receptores especializados aumento

24

da magnitude e duraccedilatildeo da resposta aos estiacutemulos supra-limiares e reduccedilatildeo do limiar

incluindo aumento da excitabilidade tambeacutem dos mecanorreceptores de baixo limiar

(WOOLF CHONG 1993)

Isso tudo ocorreria porque a repetida deflagraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo nas fibras Aauml

e C acarretaria liberaccedilatildeo na medula espinhal de aacutecido glutacircmico e neuropeptiacutedeos A somaccedilatildeo

desses potenciais provoca progressivo aumento e duraccedilatildeo da despolarizaccedilatildeo dos neurocircnios da

coluna dorsal que ocorre em consequumlecircncia agrave ativaccedilatildeo de receptores N-metil-D-aspartato

(NMDA) e possivelmente de receptores de taquininas pela substacircncia P e neurocinina A

Essa ativaccedilatildeo seria resultado da entrada de caacutelcio atraveacutes dos canais iocircnicos ligante e

voltagem dependentes e da ativaccedilatildeo de proteiacutenas guanosina trifosfato e promoveria

mudanccedilas da concentraccedilatildeo de mensageiros secundaacuterios nos neurocircnios espinhais Esses

mensageiros secundaacuterios incluindo o AMPc (adenosina monofosfato) ciacuteclico alteram a

ativaccedilatildeo da proteiacutena cinase que pela fosforilaccedilatildeo de proteiacutenas como canais iocircnicos e

enzimas podem alterar suas funccedilotildees A ativaccedilatildeo da proteiacutena quinase em resposta agrave substacircncia

P tem demonstrado exercer um efeito de feedback positivo nos receptores NMDA dos

neurocircnios espinhais aumentando a eficaacutecia deles pela reduccedilatildeo da sua suscetibilidade ao

bloqueio de Magneacutesio (WOOLF CHONG 1993)

Mensageiros secundaacuterios podem tambeacutem dar origem a moleacuteculas de natureza ainda

natildeo bem elucidada que penetram nos neurocircnios e alcanccedilam o nuacutecleo celular provocando

modificaccedilotildees em sua expressatildeo geneacutetica com subsequumlente siacutentese de RNA mensageiro Este

estimula a produccedilatildeo de moleacuteculas que atuam como receptores excitatoacuterios e tambeacutem estaacute

envolvido na siacutentese de neurotransmissores retroacutegrados como oacutexido niacutetrico monoacutexido de

carbono e prostaglandinas que se disseminam das ceacutelulas para o interstiacutecio acarretando

liberaccedilatildeo de mais neurotransmissores excitatoacuterios dos aferentes primaacuterios O termo wind up

tem sido empregado para descrever esse aumento da excitabilidade dos neurocircnios do corno

25

posterior da medula espinhal Parece existir tambeacutem sensibilizaccedilatildeo neuronal das estruturas do

sistema liacutembico e nuacutecleos talacircmicos (KELLY AHMAD BRULL 2001 SINATRA 2002

TEIXEIRA 2001 WOOLF CHONG 1993)

Opioacuteides ndashndash sistecircmicos ou locais ndashndash anesteacutesicos locais antiinflamatoacuterios natildeo-

esteroidais antagonistas de receptores NMDA e antagonistas do receptor aacute-2 adreneacutergico tecircm

sido usados na tentativa de promover analgesia preemptiva por meio da inibiccedilatildeo de alguns

desses fenocircmenos citados anteriormente contudo o uso de recursos natildeo-farmacoloacutegicos

ainda natildeo tem sido muito empregado para tal finalidade (AIDA et al 1999 GOTTSCHALK

OCHROCH 2003 MAESTRONI et al 2002 MOINICHE KEHLET DAHL 2002

ROSAEG et al 2001 SINATRA 2002 TAYLOR 2002 WU et al 2003)

Logo a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia no momento imediatamente anterior

agrave realizaccedilatildeo da colecistectomia por laparotomia tem o intuito de promover uma

eletroanalgesia preemptiva ndashndash por meio da minimizaccedilatildeo da hipersensibilidade central ndashndash que

poderia modular a dor poacutes-operatoacuteria nas suas propriedades mais marcantes latecircncia

duraccedilatildeo intensidade e remissatildeo Isso poderia ocorrer pois a TENS poderia estimular a

liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos que por sua vez iriam prevenir a sensibilizaccedilatildeo central

O emprego da TENS de baixa frequumlecircncia para o tratamento da dor poacutes-operatoacuteria

pode proporcionar uma diminuiccedilatildeo da administraccedilatildeo dos faacutermacos analgeacutesicos habitualmente

usados no poacutes-operatoacuterio evitando alguns efeitos adversos decorrentes do uso dessas drogas

eg naacuteuseas vocircmito reaccedilotildees toacutexicas e aleacutergicas hipotensatildeo retenccedilatildeo urinaacuteria sonolecircncia

depressatildeo respiratoacuteria convulsatildeo constipaccedilatildeo e prurido A TENS aleacutem de natildeo ocasionar

esses problemas eacute um meacutetodo natildeo-invasivo de faacutecil aplicabilidade e que tem um pequeno

nuacutemero de contra-indicaccedilotildees (ANTUNES et al 2002 CHEN et al 1998 EISENBAUER

MURPHY 1998 FRAMPTON 1998 JAFFE MARTIN 1991 MARIANO BEN 1998

SILVA 1998 SLUKA et al 1999 TRIBIOLI 2003) De acordo com a pesquisa de Silveira

26

e Lima (2004) a TENS utilizada como meacutetodo analgeacutesico no poacutes-operatoacuterio imediato de

hernioplastia inguinal foi economicamente mais viaacutevel do que o tratamento convencional

visto que houve significante reduccedilatildeo das despesas hospitalares durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo dos pacientes em virtude do menor consumo de analgeacutesicos seringas descartaacuteveis

agulhas aacutelcool algodatildeo e luvas descartaacuteveis ndashndash materiais natildeo-biodegradaacuteveis que podem

proporcionar poluiccedilatildeo ambiental apresentar certo grau toacutexico e ocasionar infecccedilotildees Ong et

al (2005) ressaltam sobre a relevacircncia de se diminuir os custos com medicamentos e que a

analgesia preemptiva talvez possa contribuir para tal

27

OBJETIVO

28

2 OBJETIVO

A presente pesquisa teve como objetivo analisar o efeito da TENS de baixa

frequumlecircncia como recurso analgeacutesico preemptivo em pacientes submetidas a colecistectomia

por laparotomia

29

CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

30

3 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

31 Desenho do Estudo

Esse estudo foi uma pesquisa cliacutenica prospectiva controlada randomizada e

duplamente encoberta

32 Local

A pesquisa foi procedida no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio privado localizado na

cidade de Aracaju no periacuteodo de dezembro de 2003 a abril de 2005 com a experimentaccedilatildeo

em pacientes que foram submetidos a colecistectomia por laparotomia com incisatildeo do tipo

transversa subcostal direita sendo utilizada a TENS de baixa frequumlecircncia

33 Casuiacutestica e Criteacuterios de Inclusatildeo e Exclusatildeo

Como criteacuterios de inclusatildeo ficou estabelecido que soacute participariam da pesquisa os

pacientes que

bull fossem submetidos agrave colecistectomia por laparotomia em caraacuteter eletivo apenas com

incisatildeo transversa subcostal

bull tivessem sido operados por meio de financiamento do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

numa tentativa de ldquopadronizarrdquo a classe social dos pacientes

bull fossem operados no periacuteodo da tarde para evitar possiacuteveis influecircncias do ciclo circadiano

(MORIN et al 2000)

31

bull pertencessem ao sexo feminino somente para evitar a possibilidade de influecircncia do sexo

na percepccedilatildeo do fenocircmeno doloroso A escolha do sexo teve como fator preponderante a

alta incidecircncia de colecistectomias sobre as mulheres implicando minimizaccedilatildeo da

dificuldade em se obter uma casuiacutestica satisfatoacuteria Ademais ateacute por fatores culturais as

mulheres da nossa sociedade satildeo consideradas no que se concerne aos seus relatos sobre

dor mais sinceras do que os homens que muitas vezes natildeo satildeo tatildeo fidedignos por

questotildees machistas a esses relatos

bull possuiacutessem idade entre 21 e 65 anos

bull pertencessem aos estados fiacutesicos I e II da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA)

ASA I eacute a classificaccedilatildeo empregada para pacientes saudaacuteveis que natildeo tenham doenccedila de

base e ASA 2 para os que possuem uma doenccedila de base controlada com ou sem drogas

bull fossem naturais do Brasil e que compreendessem bem a liacutengua portuguesa para evitar

possiacuteveis dificuldades durante a coleta de dados

bull natildeo tivessem distuacuterbios de audiccedilatildeo visatildeo ou fala

bull natildeo tivessem distuacuterbios mentais eou intelectuais para natildeo somente compreender e aceitar

participar da pesquisa mas tambeacutem natildeo apresentar empecilhos durante a coleta dos dados

(PIMENTA TEIXEIRA 1997)

bull nunca tivessem sido submetidas a algum tipo de cirurgia abdominal alta o que poderia

influenciar na percepccedilatildeo da dor visto que a percepccedilatildeo eacute influenciada por preacutevias

experiecircncias

bull e que natildeo fossem portadoras de algum tipo de hepatopatia ou nefropatia diagnosticadas

32

Natildeo participariam da pesquisa os pacientes

bull que tivessem diagnoacutestico de enfermidade maligna pelas caracteriacutesticas diferenciadas das

dores oncoloacutegicas (MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO BRASIL 2001)

bull em que a TENS fosse um recurso contra-indicado (eg feridas na regiatildeo onde deveriam

ser colocados os eletrodos)

bull que fizessem ou fizeram uso crocircnico de opioacuteides pelo desenvolvimento de toleracircncia agrave

TENS (SLUKA et al 2000)

bull que tivessem feito uso de drogas analgeacutesicas em um periacuteodo inferior a 7 dias

bull que jaacute tivessem conhecimento sobre a TENS ou sido submetidos a algum tratamento com

o uso da mesma

bull que possuiacutessem alergia ou contra-indicaccedilatildeo agrave dipirona ou ao diclofenaco de soacutedio

medicaccedilotildees que eram prescritas para o periacuteodo poacutes-operatoacuterio

bull e que se recusassem ou desistissem de participar do trabalho ndashndash mesmo apoacutes assinatura

do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (apecircndice B)

34 Internamento das Pacientes

Todas as pacientes foram internadas pelo turno da manhatilde e ficavam aguardando a

cirurgia que era sempre realizada no periacuteodo da tarde em um dos 3 apartamentos coletivos

com capacidade para ateacute 4 pessoas cada um Os leitos ndashndash todos similares ndashndash eram os mesmos

que as pacientes ocupavam no periacuteodo poacutes-operatoacuterio O hospital somente aceitava um

maacuteximo de 2 internamentos por dia para a realizaccedilatildeo das colecistectomias por laparotomia

33

35 Randomizaccedilatildeo

Foram impressos em 32 pequenos papeacuteis a informaccedilatildeo ldquogrupo preemptivordquo e em

outros 32 ldquogrupo placebordquo que foram colocados em uma pequena caixa O processo de

randomizaccedilatildeo ocorreu com o auxiacutelio de duas pessoas que natildeo tinham conhecimento algum

sobre a pesquisa sendo solicitado agraves mesmas que retirassem cada um desses papeacuteis da caixa e

os colocassem dentro de envelopes ndashndash numerados de 1 a 64 ndashndash opacos que eram entatildeo

lacrados e somente abertos apoacutes a concordacircncia da paciente em participar da pesquisa

36 Avaliaccedilatildeo Cliacutenica

Inicialmente era procedida uma avaliaccedilatildeo cliacutenica realizada 2 h antes do horaacuterio

previsto para a realizaccedilatildeo da cirurgia com o propoacutesito de verificar se a paciente se

enquadrava ou natildeo nos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo estabelecidos pelo nosso protocolo

Dessa forma era solicitado agraves pacientes que respondessem agraves questotildees presentes na Ficha de

Identificaccedilatildeo do Paciente (apecircndice A) que possuiacutea questionamentos sobre idade sexo peso

estatura doenccedilas associadas diagnoacutestico cliacutenico entre outros Caso a paciente atendesse a

todos os preacute-requisitos era entatildeo rompido o lacre do envelope que correspondia ao seu

nuacutemero na pesquisa e somente entatildeo se sabia a que grupo pertenceria tal paciente O

pesquisador que ficava ciente dessa informaccedilatildeo acompanhava a paciente nas seguintes etapas

avaliaccedilatildeo cliacutenica explicaccedilatildeo sobre os instrumento de coleta de dados aplicaccedilatildeo da TENS e

acompanhamento da paciente no centro ciruacutergico Ou seja esse pesquisador natildeo era

responsaacutevel pela coleta dos dados no periacuteodo poacutes-operatoacuterio que era efetuada por outros

pesquisadores que natildeo sabiam a que grupo as pacientes pertenciam pois eles natildeo tinham

34

acesso nem agrave Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C) e nem aos

envelopes

Apoacutes a avaliaccedilatildeo cliacutenica era efetuada a etapa de treinamento das pacientes sobre as

escalas ndashndash posteriormente descritas ndashndash que seriam utilizadas apoacutes a cirurgia para que as

mesmas jaacute se habituassem com elas e pudessem realizar os seus questionamentos sobre tais

37 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Todas as pacientes que fizeram parte dessa pesquisa autorizaram a sua participaccedilatildeo

por meio de assinatura ou impressatildeo digital em concordacircncia ao que estava exposto no

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (apecircndice B) que constava de informaccedilotildees

sobre a forma de tratamento que lhes estava sendo proposta assim como seus benefiacutecios e

finalidades explicando que o estudo natildeo implicaria dano agrave sauacutede informando-lhes tambeacutem

quanto ao direito de solicitar novas informaccedilotildees esclarecer duacutevidas e desistir de participar da

pesquisa a qualquer momento Logo o estudo foi procedido de acordo com as normas

expressas na resoluccedilatildeo 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10101996 A coleta de

dados soacute teve iniacutecio apoacutes aprovaccedilatildeo pelo comitecirc de eacutetica e pesquisa

38 Materiais

Foram utilizados 2 aparelhos para o fornecimento da corrente eleacutetrica da TENS ndashndash

apoacutes preacutevia calibraccedilatildeo no Laboratoacuterio de Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe ndashndash o

Dualpex 961 e o Fisiotonus Four cujas fotos estatildeo apresentadas nas figuras 1 e 2

respectivamente Entre os materiais de consumo utilizados destacam-se esparadrapos gazes

e gel condutor Foram usados cabos que conectavam os aparelhos geradores de corrente

eleacutetrica aos eletrodos ndashndash de borracha quadrangulares e com aacuterea de 9 cm2 A reacutegua da Escala

35

Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END) foi utilizada para coletar a intensidade da dor aleacutem

do Questionaacuterio de Dor McGill e da Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente Algumas fichas

contidas no apecircndice e descritas posteriormente foram utilizadas para o registro de diversos

dados

Figura 1 Aparelho Dualpex 961 Figura 2 Aparelho Physiotonus FourFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra Fonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

39 Procedimentos Metodoloacutegicos

391 Os grupos de pacientes da pesquisa

As pacientes foram alocadas de forma aleatoacuteria em dois grupos

bull Grupo preemptivo ndashndash sendo submetidas agrave aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia durante

60 min antes da cirurgia com a utilizaccedilatildeo dos seguintes paracircmetros duraccedilatildeo de pulso de

250 micros e frequumlecircncia de 4 Hz A intensidade utilizada foi a maacutexima suportada pela

paciente em niacutevel motor Esses paracircmetros estatildeo de acordo com as orientaccedilotildees de

36

Johnson et al (1989) Low e Reed (2001) Robinson (2001) Salgado (1999) Starkey

(2001) Walsh et al (1998) e Wang et al (1997)

bull Grupo placebo ndashndash os eletrodos eram colocados nas pacientes poreacutem todos os paracircmetros

(duraccedilatildeo de pulso frequumlecircncia e intensidade) ficavam com referecircncia zero natildeo

possibilitando a passagem da corrente eleacutetrica O tempo da falsa aplicaccedilatildeo tambeacutem foi de

60 min

392 Teacutecnica de aplicaccedilatildeo da TENS

Antes da aplicaccedilatildeo da TENS era feita uma limpeza com o uso de aacutelcool da regiatildeo

onde seriam colocados os eletrodos a fim de diminuir a oleosidade da pele e remover sujeiras

facilitando dessa maneira a passagem da corrente eleacutetrica

A TENS de baixa frequumlecircncia foi aplicada nas pacientes ainda em seus leitos antes

de serem encaminhadas ao centro ciruacutergico sendo utilizada a teacutecnica quadripolar com os

eletrodos de borracha dispostos de maneira cruzada abrangendo os dermaacutetomos da regiatildeo

onde posteriormente seria realizada a incisatildeo ciruacutergica subcostal direita Os dados sobre a

aplicaccedilatildeo da TENS assim como as observaccedilotildees que se mostrassem relevantes eram

registrados na Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C) A foto da figura

3 representa a simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENS no periacuteodo preacute-operatoacuterio Apoacutes a aplicaccedilatildeo

da TENS as pacientes eram preparadas para serem encaminhadas ao centro ciruacutergico

37

Figura 3 Simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENSA linha vermelha ilustra o local onde seria realizada a incisatildeosubcostal direitaFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

393 Teacutecnica anesteacutesica

Em todas as pacientes houve administraccedilatildeo de diazepam como medicaccedilatildeo preacute-

anesteacutesica Houve padronizaccedilatildeo do meacutetodo anesteacutesico tendo sido utilizadas como drogas

anesteacutesicas o cloridrato de bupivacaiacutena (05) com vasoconstrictor administrado via

peridural podendo ou natildeo estar associado agrave xilocaiacutena com vasoconstrictor (20) associaccedilatildeo

essa que natildeo exercia influecircncia na duraccedilatildeo da analgesia e o fentanil (2 ml) tambeacutem

administrado via peridural A escolha dessas drogas deu-se por jaacute fazer parte da rotina desse

tipo de procedimento ciruacutergico no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio Os dados sobre as drogas

utilizadas observaccedilotildees necessaacuterias classificaccedilatildeo do estado fiacutesico da ASA entre outros eram

registrados na Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C)

38

394 Cirurgia e prescriccedilatildeo de medicamentos

A equipe meacutedica responsaacutevel pela realizaccedilatildeo de todas as intervenccedilotildees ciruacutergicas foi

composta por 4 cirurgiotildees e 3 anestesiologistas que se revezavam entre os dias da semana ndashndash

segunda a quinta-feira Todas as cirurgias foram realizadas por laparotomia sempre com

incisatildeo do tipo transversa subcostal direita

Apoacutes a cirurgia a prescriccedilatildeo meacutedica foi padronizada da seguinte forma a dipirona

(2 ml 500 mgml) era administrada de 6 em 6 h (sendo a primeira administraccedilatildeo efetuada 5 h

apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico que era determinado como sendo o momento em que

era introduzido o cloridrato de bupivacaiacutena no espaccedilo peridural) via intravenosa diclofenaco

de soacutedio (3 ml 25 mgml) prescrito como medicaccedilatildeo de resgate via intra-muscular somente

sendo administrado caso houvesse solicitaccedilatildeo por parte da paciente e a metoclopramida (2

ml 5 mgml) tambeacutem como medicaccedilatildeo de resgate Essa prescriccedilatildeo foi efetuada dessa

maneira porque a dor gerada pela colecistectomia por laparotomia tem um niacutevel de moderado

a intenso o que implicou a necessidade de algum faacutermaco analgeacutesico prescrito em horaacuterio

programado nesse caso a dipirona

O estabelecimento dessa teacutecnica de prescriccedilatildeo decorreu dos resultados obtidos com

as 6 pacientes do estudo piloto ndashndash em que toda a medicaccedilatildeo analgeacutesica era administrada

somente em caso de solicitaccedilatildeo pelas mesmas Percebeu-se analgesia insatisfatoacuteria dado os

relatos de altos iacutendices de dor e desconforto Dessa forma objetivamos nesse estudo a

utilizaccedilatildeo da TENS como um recurso analgeacutesico coadjuvante e natildeo uacutenico

39

395 Instrumentos de coleta de dados

3951 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

Como escala unidimensional para mensuraccedilatildeo da intensidade da dor foi utilizada a

END (figura 4) que consiste de uma reacutegua demarcada horizontalmente com valores em

centiacutemetros de 0 a 10 representando o primeiro valor a ausecircncia absoluta de dor e o maior

a dor mais insuportaacutevel possiacutevel sendo solicitado agrave paciente que indicasse aquele que melhor

caracterizaria o seu niacutevel de dor estando a paciente em repouso A dor leve estaria

representada por nuacutemeros compreendidos no intervalo de 0 a 3 a moderada pelos nuacutemeros 4

5 e 6 e a intensa por 7 8 9 e 10

Os dados foram registrados na Ficha de Avaliaccedilatildeo da Dor pela Escala Numeacuterica de

Mensuraccedilatildeo da Dor (apecircndice D) A coleta da intensidade de dor era procedida de acordo

com o horaacuterio de induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico sendo investigada 2frac12 h (ENDa) 3frac12 h

(ENDb) 4frac12 h (ENDc) 5frac12 h (ENDd) 7 h (ENDe) 8 h (ENDf) e 16 h (ENDg) apoacutes a sua

induccedilatildeo aleacutem de uma uacuteltima coleta procedida no momento da alta hospitalar (ENDh) dois

dias apoacutes a cirurgia pela manhatilde Optou-se em utilizar como referecircncia o horaacuterio da induccedilatildeo

Figura 4 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor numerada de 0 a 10 cmFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

40

do bloqueio anesteacutesico ao inveacutes do horaacuterio de teacutermino da cirurgia visto que grandes variaacuteveis

no tempo despendido para a realizaccedilatildeo das cirurgias poderiam influenciar nos niacuteveis de dor

relatados pelas pacientes jaacute que haveria assim discrepacircncias no tempo decorrido desde a

induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash momento de referecircncia para a contagem do tempo de

metabolizaccedilatildeo das drogas ndashndash ateacute as averiguaccedilotildees da intensidade de dor

Eacute relevante salientar que o pesquisador responsaacutevel pela coleta do niacutevel de dor natildeo

tinha conhecimento sobre o grupo a que pertencia a paciente e nem esta sobre em que grupo

estava alocada o que caracterizou um estudo do tipo duplamente encoberto

3952 Questionaacuterio de Dor McGill

O Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ) eacute composto por 78 descritores distribuiacutedos

em 4 categorias sensorial composta por 10 subcategorias cujos descritores aiacute contidos

traduzem a natureza somaacutetica e estatildeo relacionados com a fisiologia da dor afetiva que

conteacutem 5 subcategorias cujos descritores fornecem discernimentos sobre os aspectos

psicoloacutegicos que acompanham a dor avaliativa com uma uacutenica que descreve a intensidade

global da dor e finalmente a miscelacircnea que eacute composta por 4 subcategorias Eacute solicitado

ao paciente que circule ou sublinhe as palavras que melhor descrevem a sua dor ou apenas as

indique verbalmente (GRAHAM 1980 MELZACK 1975)

O MPQ possui trecircs partes a primeira serve para que o paciente indique em um

graacutefico do corpo humano a regiatildeo onde estaacute sentindo a dor ndashndash diagrama corporal da dor a

segunda eacute uma escala verbal para avaliar a intensidade de dor (Present Pain Intensity ndashndash PPI)

utilizando-se de cinco palavras leve desconfortaacutevel perturbadora horriacutevel e excruciante e a

uacuteltima utiliza os 78 descritores podendo-se daiacute se obterem dois iacutendices o Quantitativo da Dor

(PRI ndashndash Pain Rating Index) e o do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC ndashndash Number of

41

Words Chosen) Cada descritor tem um correspondente nuacutemero que seraacute utilizado para o

estabelecimento do PRI Por exemplo em uma subcategoria que contenha 3 descritores aos

mesmos seratildeo atribuiacutedos respectivamente os valores 1 2 e 3 de acordo com a ordem em que

aparecem na lista dos descritores (FERNANDEZ BOYLE 2001 PEREIRA SOUSA 1998

PIMENTA 1995 STARKEY 2001 TEIXEIRA et al 1999)

Em nossa pesquisa foi utilizada a versatildeo brasileira do MPQ (apecircndice E) ndashndash

validada pelos profissionais do Ambulatoacuterio de Dor da Cliacutenica Neuroloacutegica do Hospital das

Cliacutenicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Satildeo Paulo (PIMENTA TEIXEIRA

1997) Esse questionaacuterio que eacute indicado por Graham et al (1980) para dores imediatas foi

aplicado ndashndash sob a forma de entrevista ndashndash apenas uma vez 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico dada a inviabilidade de utilizaacute-lo no mesmo dia do ato ciruacutergico Resolveu-se

adaptar esse questionaacuterio e usar apenas uma parte dele a dos 78 descritores haja vista que

natildeo se achou necessaacuteria a utilizaccedilatildeo do PPI e do diagrama corporal da dor por estarmos

utilizando a END e por jaacute sabermos o local da dor incisional Entatildeo a partir desse

questionaacuterio adaptado pudemos analisar o PRI e o NWC O primeiro obtido por meio da

soma dos valores atribuiacutedos a cada descritor escolhido e o segundo pela soma do nuacutemero de

palavras escolhidas para qualificar a dor segundo Fernandez e Boyle (2001) e Pereira e Sousa

(1998)

3953 Escala de Satisfaccedilatildeo dos Pacientes

O grau de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que lhes estava sendo realizado

foi avaliado por meio da Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (ESP) escala verbal que permite agrave

paciente escolher um entre nuacutemeros que variam de 0 a 10 indicando respectivamente

insatisfaccedilatildeo completa com o tratamento e a maior satisfaccedilatildeo possiacutevel Os horaacuterios de coleta

42

foram os seguintes 3frac12 h (ENDb) 5frac12 h (ENDd) 8 h (ENDf) e 16 h (ENDg) apoacutes a induccedilatildeo

do bloqueio anesteacutesico aleacutem de uma uacuteltima coleta procedida no momento da alta hospitalar

(ENDh) Os dados coletados eram registrados na Ficha de Avaliaccedilatildeo da Satisfaccedilatildeo dos

Pacientes pela Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (apecircndice F) Essa escala foi utilizada na

pesquisa realizada por Melo e Santana Filho (2003) que tinha linha de trabalho semelhante

3954 Ficha do consumo de faacutermacos

O consumo de faacutermacos analgeacutesicos ou natildeo de cada paciente foi anotado na Ficha

de Registro da Administraccedilatildeo de Faacutermacos no Poacutes-operatoacuterio (apecircndice G) que constou de

campo para informaccedilotildees como o tipo de faacutermaco administrado horaacuterio de administraccedilatildeo via

de acesso e dosagem aleacutem do tempo decorrido desde o horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico ateacute a primeira administraccedilatildeo caso houvesse do diclofenaco de soacutedio (prescrito

como medicaccedilatildeo de resgate)

3955 Questionaacuterio sobre a Aplicaccedilatildeo da TENS

Foram efetuados dois questionamentos para as pacientes o primeiro sobre o

desconforto promovido pela aplicaccedilatildeo da TENS e o segundo sobre a vontade da paciente em

usaacute-la numa proacutexima cirurgia (Apecircndice H) Em virtude da necessidade de esse questionaacuterio

ter sido percebida somente no decorrer da coleta de dados o mesmo fora empregado em 19

pacientes do grupo preemptivo e em 17 do placebo

43

310 Anaacutelise e Interpretaccedilatildeo dos Dados

A anaacutelise estatiacutestica dos dados foi feita com a utilizaccedilatildeo dos programas GraphPad

Prism 40 e Statistica 60 Inicialmente foram realizados testes estatiacutesticos descritivos meacutedia e

erro padratildeo da meacutedia (SEM) Para a anaacutelise dos dados demograacuteficos de alguns dados cliacutenicos

e do tempo para a primeira administraccedilatildeo de diclofenaco de soacutedio foi utilizado o teste t de

Student para amostras natildeo pareadas (parameacutetrico) Para a anaacutelise de alguns dados cliacutenicos e

do uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico foi

utilizado o teste do qui-quadrado Para a anaacutelise da END ESP PRI NWC e do nuacutemero de

vezes em que foram administrados o diclofenaco de soacutedio dipirona e metoclopramida foi

utilizado o teste de Mann-Whitney (natildeo-parameacutetrico) Em todos os testes como niacutevel de

significacircncia foi considerado o valor de 5 (p lt 005)

311 Teacutecnica Utilizada para a Demonstraccedilatildeo dos Resultados

Para a exposiccedilatildeo dos resultados foram utilizados graacuteficos elaborados nos programas

GraphPad Prism 40 e Statistica 60 aleacutem de tabelas elaboradas no Microsoft Word XP

Vaacuterios dados foram apresentados sob a forma de meacutedia plusmn SEM

44

RESULTADOS

45

4 RESULTADOS

Sessenta e quatro pacientes concordaram em participar da pesquisa e assinaram o

termo de consentimento livre e esclarecido Poreacutem 14 foram excluiacutedas seis por se tratarem

de pacientes que pertenciam a um estudo piloto cujo meacutetodo foi posteriormente alterado

duas por terem sido submetidas a anestesia geral quatro por erro na prescriccedilatildeo meacutedica de

analgeacutesicos uma por natildeo conseguir responder ao McGill Pain Questionnaire (MPQ) e uma

pela grande dificuldade em compreender a Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END)

Destarte a amostra ficou constituiacuteda por 50 pacientes grupo preemptivo (n = 25) e grupo

placebo (n = 25)

Os dados referentes agrave idade peso estatura e iacutendice de massa corporal (IMC) das

pacientes estatildeo presentes na tabela 1 e ilustrados respectivamente nos graacuteficos 1 2 3 e 4

tendo sido analisados por meio do teste t de Student para amostras independentes Natildeo houve

em nenhuma das caracteriacutesticas demograacuteficas diferenccedila significante entre os grupos

A idade miacutenima foi de 25 anos no grupo preemptivo e de 21 anos no placebo

enquanto a maacutexima foi de 65 no preemptivo e de 59 no placebo Os pesos miacutenimo e maacuteximo

foram respectivamente iguais a 40 Kg e 86 Kg no grupo preemptivo e 48 Kg e 77 Kg no

placebo As estaturas miacutenima e maacutexima foram respectivamente iguais a 149 m e 170 m

(grupo preemptivo) e 151 m e 170 m (grupo placebo) E os valores miacutenimo e maacuteximo do

IMC foram 1880 Kgm2 e 35 Kgm2 (grupo preemptivo) e 1914 Kgm2 e 2890 Kgm2

(grupo placebo)

46

Tabela 1 ndashndash Dados demograacuteficos da amostraPreemptivo Placebo

Meacutedia plusmn SEM Meacutedia plusmn SEM p

Idade (anos) 3956 plusmn 197 3852 plusmn 238 0738

Peso (Kg) 6108 plusmn 288 6348 plusmn 172 0478

Estatura (m) 157 plusmn 001 160 plusmn 001 0168

IMC (Kgm2) 2568 plusmn 105 2475 plusmn 059 0447IMC ndashndash iacutendice de massa corporal SEM ndashndash erro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante em nenhuma das variaacuteveis analisadas

Preemptivo Placebo0

10

20

30

40

50

60

70

Idad

e(a

nos)

Graacutefico 1 Representaccedilatildeo das idades das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicamo erro padratildeo da meacutedia Teste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0738)

47

Preemptivo Placebo30

40

50

60

70

80

90Pe

so(K

g)

Graacutefico 2 Representaccedilatildeo dos pesos das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicamo erro padratildeo da meacutedia Teste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0478)

Preemptivo Placebo

150

155

160

165

170

175

Alt

ura

(m)

Graacutefico 3 Representaccedilatildeo das estaturas das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0168)

48

Preemptivo Placebo15

20

25

30

35

40IM

C(K

gm

m)

Graacutefico 4 Representaccedilatildeo dos Iacutendices de Massa Corporal (IMC) daspacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0447)

49

A tabela 2 apresenta os dados referentes agrave categoria de peso das pacientes de ambos

os grupos a tabela 3 o niacutevel de escolaridade das mesmas e a tabela 4 o diagnoacutestico cliacutenico

Natildeo houve de acordo com o teste do divide2 diferenccedila significante entre os grupos em nenhuma

dessas variaacuteveis analisadas

Tabela 2 ndashndash Distribuiccedilatildeo da categoria de peso das pacientes de acordo com os dados obtidospelo iacutendice de massa corporal (IMC ndashndash Kgm2)

Grupo Abaixodo peso(lt185)

Pesonormal

(185ndash249)

Sobrepeso(25 ndash 299)

Obesidadegrau I

(30 ndash 349)

Obesidadegrau II

(35 ndash 399)

Obesidadegrau III

( 40)Preemptivo 2 7 11 3 2 0

Placebo 0 12 13 0 0 0Os dados apresentados entre parecircntesis referem-se aos paracircmetros de referecircncia do IMC que determinam aquelacategoria de pesoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0075)

Tabela 3 ndashndash Niacutevel de escolaridade das pacientesGrupo Nunca

estudou1deg grau

incompleto1deg grau

completo2deg grau

incompleto2deg grau

completo3deg grau

incompletoPreemptivo 3 8 3 4 5 2

Placebo 3 11 2 6 1 2Teste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0587)

Tabela 4 ndashndash Diagnoacutestico cliacutenico das pacientesGrupo Colelitiacutease Colecistite

agudaColecistite

crocircnicaColecistite

(sem descriccedilatildeo)Colelitiacutease

+ colecistitePreemptivo 12 6 2 1 4

Placebo 10 2 4 5 4Teste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0238)

50

O graacutefico 5 apresenta os dados sobre o periacuteodo compreendido entre a eacutepoca em que

as pacientes relataram ter iniciado as primeiras dores devido agrave doenccedila da vesiacutecula biliar e a

realizaccedilatildeo da colecistectomia Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos por meio de

anaacutelise realizada pelo teste do divide2

Preemptivo Placebo0

5

10

15Nunca sentiu dorMenos de 6 mesesEntre 6 e 119 mesesEntre 12 e 24 mesesAcima de 24 meses

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 5 Relato das pacientes sobre o periacuteodo em meses em que vinham sentindo dordevido agrave doenccedila da vesiacutecula biliarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0183)

51

O estado fiacutesico das pacientes dos dois grupos segundo o criteacuterio de classificaccedilatildeo da

Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA) estaacute expresso no graacutefico 6 Natildeo houve

diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p = 0479) de acordo com o teste do divide2

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25ASA 1ASA 2

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 6 Estado fiacutesico das pacientes de acordo com a classificaccedilatildeo da Sociedade Americanade AnestesiologiaTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0479)

52

O relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos para o tratamento da dor

decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou de outra dor devido a doenccedilas crocircnicas estatildeo

representados no graacutefico 7 De acordo com o teste do divide2 natildeo houve diferenccedila significante

entre os grupos preemptivo e placebo (p = 0765) Eacute importante considerar que as pacientes

que relataram ter usado tais drogas somente as utilizaram ateacute no maacuteximo uma semana antes

da data da cirurgia haja vista que foi previamente estabelecido como criteacuterio de exclusatildeo o

uso de drogas analgeacutesicas dentro do periacuteodo de 7 dias que antecedia a realizaccedilatildeo da

colecistectomia

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25SimNatildeo

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 7 Relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos antes da colecistectomia para otratamento da dor decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou de outras doenccedilas crocircnicasEntende-se por ldquoantes da colecistectomiardquo o uso de analgeacutesicos em um prazo superior aos 7 dias que antecediama realizaccedilatildeo do procedimento ciruacutergicoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0765)

53

Em todas as pacientes o aparelho de TENS foi colocado durante 60 min e o

intervalo meacutedio entre o teacutermino da sua aplicaccedilatildeo ndashndash verdadeira ou natildeo ndashndash e a induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico foi de 7472 plusmn 1046 min no grupo preemptivo e de 6028 plusmn 723 min no

placebo natildeo havendo diferenccedila significante (p = 0261) entre os grupos de acordo com o

teste t de Student para amostras natildeo pareadas (graacutefico 8) O menor e maior intervalos foram

respectivamente iguais a 10 min e 195 min (grupo preemptivo) e 15 min e 115 min (grupo

placebo)

Preemptivo Placebo0

50

100

150

200

Tem

po(m

in)

Graacutefico 8 Representaccedilatildeo do tempo decorrido desde o teacutermino daaplicaccedilatildeo da Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo ateacute a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico nas pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0261)

54

A meacutedia de duraccedilatildeo das cirurgias (graacutefico 9) no grupo preemptivo foi de 3812 plusmn

194 min e no placebo 3540 plusmn 184 min natildeo havendo diferenccedila significante (p = 0315)

Natildeo houve complicaccedilatildeo ciruacutergica em nenhum procedimento todas as pacientes receberam

alta hospitalar 2 dias apoacutes o ato ciruacutergico no turno da manhatilde e o iacutendice de mortalidade foi

em ambos os grupos igual a zero As cirurgias mais raacutepidas e mais prolongadas tiveram

respectivamente duraccedilatildeo de 21 min e 58 min (grupo preemptivo) e de 20 min e 50 min

(grupo placebo)

Preemptivo Placebo0

10

20

30

40

50

60

Tem

pode

ciru

rgia

(min

)

Graacutefico 9 Representaccedilatildeo da duraccedilatildeo das cirurgiasA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0315)

55

Ao analisar a dor incisional por meio da END pocircde-se perceber que o grupo

preemptivo apresentou niacutevel de dor significantemente menor que o do placebo nas terceira

(ENDc) e quarta coletas (ENDd) que representam 4frac12 h e 5frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico O teste utilizado para tal anaacutelise foi o de Mann-Whitney A tabela 5 apresenta os

valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia em todas as verificaccedilotildees do niacutevel de dor nos dois

grupos e o graacutefico 10 ilustra tais valores

Tabela 5 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) daintensidade de dor incisional mensurada por meio da END (EscalaNumeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)

Preemptivo Placebo

Momento Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

a 084 plusmn 034 072 plusmn 029 0756

b 116 plusmn 039 224 plusmn 056 0171

c 202 plusmn 053 384 plusmn 066 0042

d 278 plusmn 056 48 plusmn 067 0029

e 322 plusmn 056 474 plusmn 059 0068

f 342 plusmn 050 488 plusmn 066 0135

g 356 plusmn 061 364 plusmn 050 0497

h 096 plusmn 033 176 plusmn 042 0145a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c(4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g(16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar que corresponde ao 2deg dia poacutes-operatoacuterio) SEM ndashndash erro padratildeo da meacutediaFoi utilizada a END (0-10 cm)Teste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005

56

a b c d e f g h00

25

50

75

100PreemptivoPlacebo

Momento da coleta

END

Graacutefico 10 Representaccedilatildeo da meacutedia da intensidade de dor incisional por meio da END (EscalaNumeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12 h apoacutesa IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a END (0-10 cm)As colunas indicam os valores da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005

57

Na tabela 6 estatildeo expressos os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do grau de

satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estava sendo realizado O instrumento de

mensuraccedilatildeo utilizado foi a escala numeacuterica do grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes (ESP) Natildeo se

verificou pelo Teste de Mann-Whitney diferenccedila estatiacutestica significante entre os dois grupos

Para a obtenccedilatildeo desses dados a amostra foi composta por 49 pacientes tendo em vista que

uma paciente do grupo placebo natildeo conseguiu compreender a ESP O graacutefico 11 ilustra tais

dados

Tabela 6 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) do grau desatisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estava sendo realizado

Preemptivo Placebo

Momento Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

b 944 plusmn 017 9 plusmn 026 0312

d 956 plusmn 015 9 plusmn 031 0389

f 952 plusmn 015 912 plusmn 027 0435

g 962 plusmn 017 925 plusmn 032 0756

h 992 plusmn 005 933 plusmn 035 0406b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente de 0 a 10) SEM ndashndash erro padratildeoda meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Grupo preemptivo (n = 25) e grupo placebo (n = 24)

58

b d f g h0

5

PreemptivoPlacebo

8

9

10

Momento da coleta

ESP

Graacutefico 11 Representaccedilatildeo da meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estavasendo realizado obtida pela ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente)b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes aIBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a ESP de 0 a 10As colunas indicam os valores da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos em nenhum momento de coleta da ESPGrupo preemptivo (n = 25) e grupo placebo (n = 24)

59

As tabelas 7 e 8 apresentam respectivamente o nuacutemero de vezes em que cada

descritor e em que cada subcategoria do Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ) foram

selecionados pelas pacientes dos grupos preemptivo e placebo Na tabela 9 estatildeo expressos

os descritores que melhor caracterizaram a dor incisional promovida pela colecistectomia por

laparotomia e que de acordo com Dubuisson e Melzack (1996) e Gagliesi e Melzack (2003)

seriam aqueles que fossem selecionados por pelo menos 33 dos pacientes Todas as

anaacutelises procedidas a partir do MPQ foram realizadas com 21 pacientes do grupo preemptivo

e com 20 do grupo placebo A discussatildeo sobre a ldquoAnaacutelise da Dor pelo Questionaacuterio de Dor

McGillrdquo (item 54) explica o motivo para tal

Na tabela 10 estatildeo apresentados os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Total (NWC-t) e em cada categoria do MPQ e no graacutefico

12 eles estatildeo representados A tabela 11 apresenta uma comparaccedilatildeo das categorias sensorial

e afetiva no que se refere ao nuacutemero de pacientes que selecionou mais descritores de uma ou

de outra categoria assim como o nuacutemero de pacientes que os selecionaram de forma

equumlitativa nessas categorias Nota-se que os valores estatildeo apresentados em porcentagens ndashndash

meacutetodo recomendado por Veilleux e Melzack (1976) ndashndash dado o nuacutemero diferente de

subcategorias que compotildee cada uma dessas categorias (sensorial 10 e afetiva 5) Em ambos

os grupos houve proporcionalmente maior seleccedilatildeo dos descritores da categoria sensorial

principalmente no grupo preemptivo

60

Tabela 7 ndashndash Relaccedilatildeo dos descritores do Questionaacuterio de Dor McGill selecionados pelaspacientes

Subctg Descritores Preemp Plac Subctg Descritores Preemp Plac

1ordf

vibraccedilatildeotremorpulsantelatejantecomo batidacomo pancada

213912

0111211

11ordfcansativaexaustiva

173

182

2ordfpontadachoquetiro

1060

922

12ordfenjoadasufocante

174

182

3ordf

agulhadaperfurantefacadapunhaladaem lanccedila

65200

71211

13ordf

castiganteatormentaaterrorizantemalditamortal

105000

610010

4ordffinacortanteestraccedilalha

1550

1510

14ordfamedrontadaapavorantecruel

833

425

5ordf

beliscatildeopressatildeomordidacoacutelicaesmagamento

32262

62053

15ordf miseraacutevelenlouquecedora

26

44

6ordffisgadapuxatildeoem torccedilatildeo

4103

466

16ordf

chataque incomodadesgastanteforteinsuportaacutevel

110244

513101

7ordf

calorqueimaccedilatildeoferventeem brasa

7910

51011

17ordf

espalhairradiapenetraatravessa

3073

11141

8ordfformigamentococeiraardorferroada

11162

13111

18ordf

apertaadormecerepuxaespremerasga

511112

321101

9ordf

mal-localizadadoloridamachucadadoiacutedapesada

112313

29243

19ordffriageladacongelante

400

422

10ordf

sensiacutevelesticadaesfolanterachando

41302

3523

20ordf

aborrecidadaacute naacuteuseaagonizantepavorosatorturante

116102

88012

Subctg (subcategoria do Questionaacuterio de Dor McGill) Preemp (preemptivo n = 21) Plac (placebo n = 20)

61

Tabela 8 ndashndash Nuacutemero de pacientes que selecionou cada subcategoria do Questionaacuterio de DorMcGill

Subcat Preemptivo Placebo p Subcat Preemptivo Placebo p

1ordf 18 16 0626 11ordf 20 20 0323

2ordf 16 13 0431 12ordf 21 20 1

3ordf 13 12 0900 13ordf 15 17 0294

4ordf 20 16 0136 14ordf 14 11 0444

5ordf 15 16 0522 15ordf 8 8 0900

6ordf 17 16 0938 16ordf 21 20 1

7ordf 17 17 0730 17ordf 13 17 0095

8ordf 20 16 0136 18ordf 20 17 0269

9ordf 20 20 0323 19ordf 4 8 0140

10ordf 19 13 0048 20ordf 20 19 0971

Teste do divide2 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

62

Tabela 9 ndashndash Descritores do Questionaacuterio de Dor McGill mais frequumlentementeselecionados pelas pacientes

Subcategoria Descritor Preemptivo Placebo p

1ordf latejante 9 (4285) 12 (60) 027

2ordf pontada 10 (4761) 9 (45) 086

3ordf agulhada 6 (2857) 7 (35) 065

4ordf fina 15 (7142) 15 (75) 079

5ordf - - - -

6ordf puxatildeo 10 (4761) 6 (30) 024

7ordf calor

queimaccedilatildeo

7 (3333)

9 (4285)

5 (25)

10 (50)

055

075

8ordf ardor 16 (7619) 11 (55) 015

9ordf dolorida 12 (5714) 9 (45) 043

10ordf esticada 13 (6190) 5 (25) 001 (divide2 = 566)

11ordf cansativa 17 (8095) 18 (90) 041

12ordf enjoada 17 (8095) 18 (90) 041

13ordf castigante

atormenta

10 (4761)

5 (2380)

6 (30)

10 (50)

024

008

14ordf amedrontada 8 (3809) 4 (20) 020

15ordf - - - -

16ordf que incomoda 10 (4761) 13 (65) 026

17ordf espalha

penetra

3 (1428)

7 (3333)

11 (55)

4 (20)

0006 (divide2 = 755)

033

18ordf repuxa 11 (5238) 11 (55) 086

19ordf - - - -

20ordf aborrecida

daacute naacuteusea

11 (5238)

6 (2857)

8 (40)

8 (40)

042

044

Foi considerado como descritor mais frequumlentemente selecionado aquele que assim o fossepor pelo menos 33 das pacientes de cada grupo em cada subcategoria Os valores entreparecircntesis correspondem agrave porcentagem de pacientes do referido grupo que selecionou taldescritorTeste utilizado divide2 p lt 005 aacute = 5Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

63

Tabela 10 ndashndash Iacutendice do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill

Preemptivo Placebo

Categoria Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

Sensorial (NWC-s) 819 plusmn 038 765 plusmn 050 0449

Afetiva (NWC-af) 371 plusmn 025 375 plusmn 020 0958

Avaliativa (NWC-av) 100 plusmn 0 100 plusmn 0 1

Miscelacircnea (NWC-m) 276 plusmn 018 315 plusmn 021 0155

Total (NWC-t) 1561 plusmn 061 1540 plusmn 084 0937SEM ndashndash erro padratildeo da meacutedia s ndashndash sensorial af ndashndash afetiva av ndashndash avaliativa m ndashndash miscelacircnea e t ndashtotalTeste de Mann-Whitney aacute = 5Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

Tabela 11 ndashndash Relaccedilatildeo do Nuacutemero de Palavras Escolhidas nas categorias sensorial (NWC-s) e afetiva (NWC-af) entre os grupos preemptivo e placebo

Categoria Nuacutemero de pacientes que selecionou

Grupo Sensorial Afetiva S gt Af S = Af Af gt S

Preemptivo 819

(819)

371

(7428)

12 4 5

Placebo 765

(7650)

375

(75)

6 8 6

Nas colunas referentes agrave categoria estatildeo expressos os valores da meacutedia do NWC nas categorias sensoriale afetiva e entre parecircntesis os valores em taxas percentuais que foram assim transformados porquantoessas categorias possuem um nuacutemero diferenciado de subcategorias ndashndash a sensorial conteacutem 10subcategorias e a afetiva 5 ndashndash para que assim fosse possiacutevel uma comparaccedilatildeo entre essas categorias oque eacute recomendado por Veilleux e Melzack (1976)S ndashndash categoria sensorial Af ndashndash categoria afetiva Nas uacuteltimas 3 colunas da tabela estatildeo expressos onuacutemero absoluto de pacientes que selecionou proporcionalmente mais uma categoria do que a outraassim como o daqueles que selecionou de forma semelhante as duas categoriasTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0182)Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

64

Sensorial Afetiva Avaliativa Miscelacircnea Total0

5

10

15

20PreemptivoPlacebo

Categoria

NW

C

Graacutefico 12 Representaccedilatildeo da meacutedia do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e emcada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placeboAs colunas indicam o valor da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos em nenhuma das categorias assim como no iacutendicetotalGrupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

65

A tabela 12 apresenta os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do Iacutendice

Quantitativo da Dor (PRI) Total e em cada categoria do MPQ e o graacutefico 13 ilustra tais

valores Natildeo houve de acordo com o Teste de Mann-Whitney diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos no que se refere ao PRI-t todavia ao analisaacute-lo pelo mesmo

teste separadamente em cada categoria houve diferenccedila estatiacutestica significante na categoria

avaliativa (p = 0019) em que o grupo preemptivo apresentou maior valor

Tabela 12ndashndash Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cada categoria doQuestionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placebo

Preemptivo Placebo

Categoria Meacutedia SEM Meacutedia e SEM p

Sensorial (PRIndashs) 1842 plusmn 092 1875 plusmn 145 0896

Afetiva (PRI-af) 5 plusmn 045 540 plusmn 041 0473

Avaliativa (PRI-av) 3 plusmn 028 205 plusmn 022 0019

Miscelacircnea (PRI-m) 628 plusmn 056 657 plusmn 071 1

Total (PRI-t) 3271 plusmn 163 3245 plusmn 208 0906SEM ndashndash erro padratildeo da meacutedia s ndashndash sensorial af ndashndash afetiva av ndashndash avaliativa m ndashndash miscelacircneae t ndashndash totalTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

66

Sensorial Afetiva Avaliativa Miscelacircnea Total0

7

14

21

28

35PreemptivoPlacebo

Categoria

PRI

Graacutefico 13 Representaccedilatildeo da meacutedia do Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placeboAs colunas indicam as meacutedias e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

67

Das 25 pacientes do grupo preemptivo 12 necessitaram de diclofenaco de soacutedio nas

primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico e das 25 do grupo placebo 15 o

utilizaram A anaacutelise estatiacutestica efetuada por meio do teste do divide2 demonstrou natildeo haver

diferenccedila significante entre os dois grupos pois o valor de p foi igual a 0394 (graacutefico 14)

Avaliou-se o uso dessa droga especificamente nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico haja vista que nesse periacuteodo todas as pacientes tinham em seus prontuaacuterios a

mesma prescriccedilatildeo meacutedica ndashndash diclofenaco de soacutedio como medicaccedilatildeo de resgate e dipirona de

6 em 6 h ndashndash o que natildeo ocorreu na segunda prescriccedilatildeo jaacute que ficava a criteacuterio do meacutedico optar

se seria melhor continuar com a mesma prescriccedilatildeo ou mudaacute-la (mas sempre utilizando as

mesmas duas drogas)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25UsouNatildeo usou

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 14 Representaccedilatildeo do consumo de diclofenaco de soacutedio pelas pacientes nas primeiras16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesicoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0394)

68

Daquelas do grupo preemptivo em que foi administrado o diclofenaco de soacutedio nesse

periacuteodo o intervalo meacutedio para tal foi de 48750 plusmn 5344 min e das do grupo placebo 47010

plusmn 4619 min natildeo havendo diferenccedila significante quanto a este tempo (p = 0807) de acordo

com o teste t de Student para amostras natildeo pareadas (graacutefico 15) O menor e maior tempo

para tal administraccedilatildeo foram respectivamente iguais a 224 min e 805 min (grupo

preemptivo) e 25 min e 840 min (grupo placebo)

Preemptivo Placebo0

250

500

750

1000

Tem

po(m

in)

Graacutefico 15 Representaccedilatildeo dos intervalos desde a induccedilatildeo do bloqueioanesteacutesico ateacute a solicitaccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio nas pacientes queassim a fizeram nas primeiras 16 horas apoacutes tal induccedilatildeoA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0807)Grupo preemptivo (n = 12) e grupo placebo (n = 15)

69

Em se tratando do consumo de diclofenaco de soacutedio (graacutefico 16) e de dipirona

(graacutefico 17) desde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar que

ocorreu em todas as pacientes no turno da manhatilde no 2deg dia poacutes-operatoacuterio natildeo houve de

acordo com o teste de Mann-Whitney diferenccedila significante entre os grupos

Preemptivo Placebo0

1

2

3

Ndeg

deve

zes

que

cons

umiu

dicl

ofen

aco

(75

mg)

Graacutefico 16 Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram diclofenacodesde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalarA barra indica o valor da medianaO diclofenaco de soacutedio foi administrado via intra-muscularA alta hospitalar ocorreu no 2deg dia poacutes-operatoacuterio no turno da manhatildeTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0260)

70

Preemptivo Placebo0

1

2

3

4

5

6

7N

degde

veze

squ

eco

nsum

iudi

piro

na(1

g)

Graacutefico 17 Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram dipironadesde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da altahospitalarA barra indica o valor da medianaA alta hospitalar ocorreu no 2deg dia poacutes-operatoacuterio no turno da manhatildeA dipirona foi administrada via intra-venosaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0788)

71

Foi tambeacutem analisada a ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes

em algum momento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio Das 25 pacientes do grupo preemptivo 10

relataram dor nessa regiatildeo e das pacientes do outro grupo um total de 8 relataram a

ocorrecircncia de tal dor Essa diferenccedila natildeo foi estatisticamente significante (p = 0555) segundo

o teste do divide2 (graacutefico 18)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25SimNatildeo

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 18 Ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes em algum momento doperiacuteodo poacutes-operatoacuterio durante a internaccedilatildeo hospitalarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0555)

72

O uso de metoclopramida foi avaliado durante todo o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar Cinco pacientes do grupo preemptivo fizeram uso de tal droga enquanto 8 do

grupo placebo a consumiram natildeo havendo diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p

= 0333) fato verificado pelo teste do divide2 (graacutefico 19)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25UsouNatildeo usou

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 19 Uso de metoclopramida pelas pacientes durante o periacuteodo de internaccedilatildeohospitalarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0333)

73

Os 2 graacuteficos seguintes estatildeo relacionados ao questionaacuterio que foi aplicado no

momento da alta hospitalar Devido ao fato de o mesmo ter sido elaborado no decorrer da

coleta de dados natildeo foi aplicado em toda a amostra restringindo-se a 19 pacientes do grupo

preemptivo e a 17 do placebo Em relaccedilatildeo agrave aplicaccedilatildeo da TENS no grupo preemptivo

2631 das pacientes disseram que esta natildeo incomodou 5789 que a mesma incomodou

um pouco e 1578 que incomodou razoavelmente No grupo placebo 8824 relataram que

natildeo incomodou e 1176 que incomodou um pouco (graacutefico 20) Logo houve diferenccedila

estatiacutestica significante entre os grupos de acordo com o teste do divide2 (p = 00008) No grupo

preemptivo 9473 das pacientes relataram que em uma proacutexima cirurgia iriam preferir

usar a TENS e os medicamentos analgeacutesicos para o tratamento de suas dores enquanto

apenas 526 fizeram a assertiva de que gostariam de usar apenas a TENS Das do outro

grupo 7647 gostariam de usar os dois recursos e 2352 apenas os medicamentos (graacutefico

21) fato que natildeo evidencia segundo o teste do divide2 (p = 0057) diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos

Preemptivo Placebo0

5

10

15Natildeo incomodouIncomodou um poucoIncomodou razoavelmenteIncomodou muito

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 20 A aplicaccedilatildeo da TENSTeste do divide2 aacute = 5Houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p = 00008)Grupo preemptivo (n = 19) e grupo placebo (n = 17)

74

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20Somente a TENSSomente os medicamentosA TENS e os medicamentos

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 21 Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dor poacutes-operatoacuteria usarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos(p = 0057)Grupo preemptivo (n = 19) e grupo placebo (n = 17)

75

DISCUSSAtildeO

76

5 DISCUSSAtildeO

51 Dados Demograacuteficos e Cliacutenicos

A relevacircncia da homogeneidade entre os grupos dos dados referentes agrave idade

contidos na tabela 1 consiste em evitar a possibilidade de a diferenccedila de idade ter

influenciado ndashndash dada a divergecircncia de opiniotildees entre diversos autores ndashndash no relato da

experiecircncia dolorosa pelas pacientes Para Wilkieson et al (1993) a intensidade de dor

obtida a partir do uso de escalas unidimensionais aumenta com o avanccedilar da idade para

Turk Okifuji e Scharff (1995) diminui e para Gagliesi e Melzack (2003) e Sorkin et al

(1990) natildeo sofre influecircncia Em se tratando do MPQ Benbow Cossins e Wiles (1996)

verificaram que os iacutendices obtidos a partir desse questionaacuterio eram menores em idosos do que

em jovens entretanto Lichtenberg Swensen e Skehan (1986) natildeo observaram tal diferenccedila

Gagliesi e Melzack (1997) sugerem que as diferenccedilas observadas com a idade podem ser

dependentes do tipo de escala utilizada e o fato de a maioria das escalas terem sido validadas

em amostras de pacientes jovens pode tambeacutem influenciar

Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos quanto ao IMC poreacutem trecircs

pacientes do grupo preemptivo pertenciam agrave categoria de obesidade grau I e duas obesidade

grau II dados contidos na tabela 2 Como em pacientes obesos haacute maior impedacircncia para a

passagem da corrente eleacutetrica dada a maior espessura da camada de gordura ndashndash que tem

menor conteuacutedo de aacutegua ndashndash isso poderia talvez influenciar no efeito da TENS (STARKEY

2001)

A semelhanccedila quanto ao niacutevel de escolaridade dos grupos presente na tabela 3 eacute

relevante pois marcantes diferenccedilas poderiam influenciar na compreensatildeo das escalas e

questionaacuterios utilizados

77

Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante quanto ao diagnoacutestico cliacutenico das

pacientes como pocircde ser observado na tabela 4 A relevacircncia desse dado reside no proacuteprio

conceito de dor que foi elaborado pelo comitecirc de taxonomia da International Association for

the Study of Pain (IASP ndashndash Associaccedilatildeo Internacional para o Estudo da Dor) em 1986 que a

define como ldquoexperiecircncia sensorial e emocional desagradaacutevel associada ou descrita em termos

de lesatildeo tecidual real ou potencialrdquo Caso houvesse diferenccedila quanto ao diagnoacutestico isso

poderia influenciar talvez no relato de dor das pacientes dada suas diferentes experiecircncias

preacutevias e desiguais periacuteodos em que vinham sofrendo devido agrave dor (BISSCHOP G

BISSCHOP Eacute COMMANDREacute 2001 KONRAD CORDEIRO COELI 2001 PIMENTA

TEIXEIRA 1997 p 1 SPOacuteSITO 1993)

Seguindo a mesma linha de raciociacutenio eacute que se deu destaque ao tempo em que as

pacientes relataram estar sentindo dor em decorrecircncia da doenccedila da vesiacutecula biliar ndashndash

ilustrado no graacutefico 5 O fato de uma paciente vg estar se queixando de dor haacute mais de 2

anos e uma outra nunca ter tido tal queixa poderia influenciar na percepccedilatildeo da dor todavia a

anaacutelise estatiacutestica possibilitou a verificaccedilatildeo de uma amostra homogecircnea em relaccedilatildeo a esse

tempo

Diferenccedilas significantes no escore do estado fiacutesico determinado pela ASA podem

influenciar na percepccedilatildeo da dor vg pela presenccedila de doenccedilas associadas que natildeo estejam

sob controle Logo o estabelecimento como criteacuterio de inclusatildeo de pacientes que

pertencessem somente aos iacutendices I e II associado agrave ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos minimizou a possibilidade de influecircncia na percepccedilatildeo dolorosa

(graacutefico 6)

Em se tratando do preacutevio uso de analgeacutesicos para o tratamento da dor decorrente da

doenccedila da vesiacutecula ou de outras doenccedilas crocircnicas como pocircde ser observado no graacutefico 7 a

ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica significante mostrou ser homogecircnea a amostra quanto ao uso

78

desse tipo de droga e a anaacutelise sobre o tempo em que as pacientes se queixavam de dor

tambeacutem natildeo mostrou diferenccedila significante (graacutefico 5) o que diminui a possibilidade de as

pacientes terem vivenciado grandes diferenccedilas em relaccedilatildeo agraves suas experiecircncias dolorosas

Tambeacutem natildeo houve diferenccedila significante quanto ao periacuteodo desde o teacutermino da

aplicaccedilatildeo da TENS ateacute a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico dados contidos no graacutefico 8 A

atenccedilatildeo despendida a esse tempo foi dada em virtude da preocupaccedilatildeo de poder haver grande

diferenccedila no tempo entre as aplicaccedilotildees da TENS o que poderia influenciar na concentraccedilatildeo

de opioacuteides endoacutegenos nos momentos de averiguaccedilatildeo da intensidade de dor sendo um

consideraacutevel vieacutes

O fato de as cirurgias terem duraccedilatildeo semelhante (graacutefico 9) e natildeo ter havido

complicaccedilatildeo em nenhum procedimento pode estar eliminando a possibilidade de estas

intercorrecircncias influenciarem na transduccedilatildeo do estiacutemulo doloroso ndashndash e consequumlentemente nas

outras etapas da dor ndashndash dado o maior tempo de manipulaccedilatildeo da aacuterea ciruacutergica

79

52 Anaacutelise da Dor pela Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

De acordo com Pimenta Cruz e Santos (1998) os instrumentos para mensuraccedilatildeo da

dor podem ser de dois tipos unidimensionais que consideram apenas uma uacutenica dimensatildeo da

dor e multidimensionais que a mensuram considerando duas ou mais dimensotildees

Para Buxton (2001) Pereira e Sousa (1998) Pimenta Cruz e Santos (1998) e Vetter

e Heiner (1996) essa escala eacute uma das mais utilizadas em pesquisas cliacutenicas e na praacutetica

meacutedica diaacuteria tanto pela praticidade de manuseio quanto pela facilidade de compreensatildeo por

parte do paciente podendo ser utilizada vaacuterias vezes ao dia Moiniche Kehlet e Dahl (2002) e

Ong et al (2005) em seus artigos de revisatildeo sobre analgesia preemptiva a indicam como o

instrumento mais frequumlentemente empregado para a mensuraccedilatildeo da intensidade de dor

(CAMERON 1999 GRIEVE 1986 HAMZA et al 1999 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO

BRASIL 2001 PIMENTA CRUZ SANTOS 1998 PIMENTA TEIXEIRA 1997

ROBINSON 2001)

Segundo Huskisson (1983) escalas que aumentam os valores da esquerda para a

direita se comportam de forma similar agraves que o fazem ao contraacuterio o que justifica o uso da

escala da figura 4 A escolha dessa escala ao inveacutes da analoacutegica visual (VAS) deu-se por

exigir menor abstraccedilatildeo por parte das pacientes sendo mais faacutecil de ser compreendida uma

vez que Gagliesi e Melzack (1997) observaram que cerca de 30 dos pacientes idosos natildeo

conseguem compreender a VAS Para Ketovuori e Poumlntinen (1981) muitos pacientes satildeo

incapazes de imaginar a sua dor como um ponto em uma linha reta

O grupo preemptivo apresentou meacutedia de intensidade de dor incisional mais baixa

que o placebo ndashndash agrave exceccedilatildeo da primeira observaccedilatildeo ndashndash sendo essa diferenccedila estatisticamente

significante nas terceira (ENDc) e quarta (ENDd) verificaccedilotildees que se procederam

respectivamente 4frac12 h e 5frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico e cujos valores de p

80

foram iguais a 0042 e 0029 Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos na primeira

(ENDa) segunda (ENDb) quinta (ENDe) sexta (ENDf) seacutetima (ENDg) e oitava (ENDh)

averiguaccedilotildees que corresponderam a 2frac12 h 3frac12 h 7 h 8 h e 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico e momento da alta hospitalar respectivamente Nessas coletas os valores de p

foram respectivamente iguais a 0756 0171 0068 0135 0497 e 0145 Todos esses dados

estatildeo contidos na tabela 5

Nas 2 primeiras averiguaccedilotildees da intensidade de dor pela END verificou-se

pequenos niacuteveis aacutelgicos em ambos os grupos fato que ocorreu devido agrave accedilatildeo das drogas

anesteacutesicas ndashndash cloridrato de bupivacaiacutena (05) e fentanil (2 ml) ndashndash utilizadas para a

realizaccedilatildeo dos procedimentos ciruacutergicos e que quando associadas proporcionam

potencializaccedilatildeo do efeito analgeacutesico no poacutes-operatoacuterio De acordo com Dierking et al (1992)

Pontes e Prado (2002) e Prado e Oliveira (2000) o bloqueio anesteacutesico ocasiona depleccedilatildeo da

sensaccedilatildeo dolorosa o que justifica esses diminutos niacuteveis aacutelgicos nessas coletas

A conjunccedilatildeo do anesteacutesico ao opioacuteide eacute recomendada por Castillo [1999] que

observou por meio da VAS menores iacutendices de dor nos pacientes que fizeram uso conjugado

dessas duas drogas em comparaccedilatildeo agravequeles em que somente fora administrado o cloridrato de

bupivacaiacutena Aleacutem da diminuiccedilatildeo do quadro aacutelgico a sua associaccedilatildeo possibilita menor

administraccedilatildeo de anesteacutesicos melhor qualidade anesteacutesica no intra-operatoacuterio e reduccedilatildeo da

necessidade do uso de faacutermacos analgeacutesicos no periacuteodo poacutes-operatoacuterio

Agrave medida que houve um distanciamento em relaccedilatildeo ao horaacuterio da induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico as drogas utilizadas para a realizaccedilatildeo do ato ciruacutergico comeccedilaram a

diminuir seu poder de accedilatildeo O cloridrato de bupivacaiacutena ndashndash anesteacutesico ndashndash tem uma meia-vida

de aproximadamente 3 horas e o seu efeito perdura por cerca de 4 a 5 h (RANG DALE

1993)

81

Assim o cloridrato de bupivacaiacutena em associaccedilatildeo ao fentanil contribuiu para que

natildeo houvesse diferenccedila significante entre os niacuteveis de dor incisional nas 2 primeiras coletas o

que estaacute em concordacircncia com outra pesquisa jaacute realizada pelo nosso grupo em

colecistectomias por laparotomia em que Santos et al (2004) com a mesma padronizaccedilatildeo de

drogas e horaacuterios de averiguaccedilatildeo dos niacuteveis de dor natildeo observaram tal diferenccedila nesses

momentos entre os grupos experimental ndashndash que fazia uso da TENS de alta e baixa

frequumlecircncias somente no poacutes-operatoacuterio ndashndash e placebo

Isso estaacute em concordacircncia tambeacutem com Ke et al (1998) que nas primeiras 4 h apoacutes

a realizaccedilatildeo de laparotomias natildeo verificaram diferenccedila significante nos niacuteveis aacutelgicos entre os

grupos de pacientes que foram utilizados para a anaacutelise do efeito analgeacutesico preemptivo do

cloridrato de bupivacaiacutena quando aplicado pelo meacutetodo de infiltraccedilatildeo incisional

A meacutedia de intensidade de dor do grupo preemptivo foi a partir da ENDb inferior agrave

do placebo Tal fato pode ter ocorrido devido agrave preacutevia aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia que pode ter estimulado a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos potencializando a

analgesia no periacuteodo poacutes-operatoacuterio ao ativar o sistema descendente de controle da dor O

fato de isso natildeo ter ocorrido na primeira investigaccedilatildeo deve ser atribuiacutedo agrave accedilatildeo das drogas

anesteacutesicas ndashndash como jaacute citado anteriormente Ademais ao analisar a diferenccedila estatiacutestica entre

os dois grupos nessa coleta percebe-se que esse foi o momento em que houve a menor

diferenccedila estatiacutestica pois o valor de p foi igual a 0756 e as meacutedias de 084 plusmn 034 e 072 plusmn

029 nos grupos preemptivo e placebo respectivamente

Quando ocorreu a transiccedilatildeo entre a segunda (ENDb) e terceira (ENDc) verificaccedilotildees

o efeito do cloridrato de bupivacaiacutena possivelmente jaacute estava cessando o que explicou o

aumento mais acentuado do niacutevel de dor no grupo placebo jaacute que provavelmente somente o

fentanil estava agindo contudo essa grande elevaccedilatildeo natildeo foi observada no grupo preemptivo

o que permite a assertiva de que tenha havido talvez uma potencializaccedilatildeo do efeito

82

analgeacutesico pela associaccedilatildeo do fentanil agrave TENS de baixa frequumlecircncia ndashndash que estimula a

liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos tanto em niacutevel espinhal quanto supra-espinhal ndashndash

aumentando assim ainda mais as concentraccedilotildees de opioacuteides As terceira (ENDc) e quarta

(ENDd) verificaccedilotildees foram justamente os momentos em que houve diferenccedila estatiacutestica

significante entre os dois grupos pois as meacutedias de intensidade de dor foram respectivamente

iguais a 202 plusmn 053 e 278 plusmn 056 no grupo preemptivo e 384 plusmn 066 e 48 plusmn 067 no

placebo sendo os valores de p iguais a 0042 e 0029 respectivamente

A quinta verificaccedilatildeo (ENDe) foi o momento em que embora natildeo tenha havido

diferenccedila estatiacutestica significante os valores se aproximaram bastante de tal possibilidade

visto que o valor de p lt 01 A relevacircncia desse momento consiste em ser o ponto a partir do

qual a diferenccedila entre os niacuteveis de dor dos grupos diminui progressivamente ateacute a seacutetima

observaccedilatildeo (ENDg) Isso incita a assertiva de que o efeito da TENS aplicada como meacutetodo

analgeacutesico preemptivo possivelmente seria mais evidente nas primeiras horas apoacutes o

bloqueio anesteacutesico e seria interessante realizar aplicaccedilotildees da TENS tambeacutem no periacuteodo

poacutes-operatoacuterio para a obtenccedilatildeo de um melhor efeito analgeacutesico tendo como base os dados

da pesquisa de Santos et al (2004) Alguns autores sugerem que o efeito da TENS poder-se-

ia estender por 2 a 6 h dependendo das atividades de vida diaacuteria posturas e niacuteveis de dor

contudo outros relatam um efeito ainda mais duradouro (CREacutePON 1996 DAMIANE C

DAMIANE G 1998 SALGADO 1999)

Esses achados estatildeo em concordacircncia com a maioria dos estudos os quais revelam

que a analgesia preemptiva ocorreria nas 6 primeiras horas poacutes-ciruacutergicas apesar de algumas

pesquisas sugerirem que ela promoveria um longo tempo de analgesia que poderia perdurar

por ateacute 7 a 10 dias poacutes-operatoacuterios (BRIDENBAUGH 1994 ROSAEG et al 2001)

83

O niacutevel aacutelgico mais elevado do grupo placebo ocorreu na sexta (ENDf) investigaccedilatildeo

com meacutedia igual a 488 plusmn 066 Jaacute no grupo preemptivo o maior iacutendice de dor foi observado

na seacutetima verificaccedilatildeo (ENDg) cuja meacutedia foi igual a 356 plusmn 061 Esses dados sugerem que a

TENS possa talvez ter aumentando o periacuteodo de latecircncia da dor

Apoacutes o efeito das drogas anesteacutesicas em ambos os grupos a menor meacutedia de

intensidade de dor ocorreu na uacuteltima coleta (ENDh) sendo de 096 plusmn 033 para o preemptivo

e 176 plusmn 042 para o placebo Isso demonstra que ao passo em que o processo inflamatoacuterio

decorrente do trauma ciruacutergico vai diminuindo haacute consequumlentemente reduccedilatildeo dos niacuteveis

aacutelgicos e que os maiores niacuteveis de dor do grupo placebo em relaccedilatildeo ao preemptivo podem ter

sido responsaacuteveis por promoverem maior memorizaccedilatildeo da dor contribuindo assim para que

mesmo 2 dias apoacutes a operaccedilatildeo as pacientes do grupo placebo ainda exibissem um maior

quadro aacutelgico embora natildeo diferente sob o ponto de vista estatiacutestico Logo a eletroanalgesia

preemptiva pode tambeacutem estar influenciando na qualidade de remissatildeo da dor

Ao conjuminar esses dados podemos inferir que o grupo preemptivo em todos os

momentos de anaacutelise da intensidade de dor apresentou niacuteveis leves ao passo que o placebo

chegou a atingir niacuteveis moderados em 3 verificaccedilotildees (ENDd ENDe ENDf) Isso demonstra

que as pacientes do grupo placebo natildeo obtiveram analgesia tatildeo satisfatoacuteria quanto as do outro

grupo Eacute importante ressaltar que a colecistectomia por laparotomia gera um niacutevel de dor

severo no poacutes-operatoacuterio e que esse soacute natildeo deve ter sido atingido em nenhum dos grupos

porque a dipirona ndashndash antiinflamatoacuterio natildeo-esteroidal ndashndash estava sendo administrada de 6 em 6

horas

No graacutefico 10 eacute possiacutevel perceber que houve no grupo preemptivo uma ascensatildeo

do niacutevel de dor menos iacutengreme que a do placebo nas primeiras coletas Esse achado parece

estar em concordacircncia com a proposta de Melo e Santana Filho (2003) de aplicar a TENS em

periacuteodo preacute-operatoacuterio para minimizar os picos aacutelgicos no poacutes-operatoacuterio de hernioplastias

84

inguinais pois apesar de eles terem obtido satisfatoacuteria analgesia com o seu uso no poacutes-

operatoacuterio verificaram que havia picos dolorosos assim que ocorria o teacutermino do efeito

anesteacutesico e que os mesmos poderiam talvez serem atenuados com a aplicaccedilatildeo da TENS

antes do ato ciruacutergico

Essa atenuaccedilatildeo do pico aacutelgico obtida com a aplicaccedilatildeo da TENS jaacute no periacuteodo preacute-

operatoacuterio pode ser realmente observada ao confrontamos os nossos resultados com os de

Santos et al (2004) ndashndash trabalho jaacute citado anteriormente ndashndash tendo em vista que percebemos

que nas quinta e sexta coletas as meacutedias de intensidade de dor do grupo preemptivo

[pertencente ao nosso trabalho] foram inferiores agraves do experimental [pertencente agrave pesquisa

de Santos et al (2004)] que tiveram valores de 379 plusmn 284 e 370 plusmn 329 respectivamente o

que pode ter decorrido do fato de a TENS ter promovido um efeito anti-nociceptivo Mariano

e Ben (1998) obtiveram resultados satisfatoacuterios tambeacutem com a aplicaccedilatildeo da TENS no poacutes-

operatoacuterio de colecistectomias no entanto natildeo podemos comparar diretamente os resultados

devido agraves diferenccedilas de meacutetodos empregados

Natildeo estatildeo expressas na literatura pesquisada publicaccedilotildees sobre analgesia

preemptiva induzida pela TENS em humanos apenas trabalhos com a utilizaccedilatildeo de drogas e

eletroacupuntura com esse propoacutesito e que tiveram iniacutecio principalmente a partir da deacutecada

passada Dessa forma a nossa discussatildeo seraacute sempre cotejada agraves pesquisas envolvendo esses

dois recursos de forma preemptiva tal como trabalhos que empregaram a TENS no poacutes-

operatoacuterio

Apenas um trabalho realizado por Javier et al (1999) sobre o uso da TENS como

recurso analgeacutesico preemptivo foi encontrado na literatura pesquisada entretanto foi

procedido em ratos Eles observaram que a TENS mormente em sua modalidade de baixa

frequumlecircncia proporcionou efeito anti-nociceptivo em procedimentos ciruacutergicos realizados

nesses animais o que corrobora nossos achados Mesmo sendo aplicados a espeacutecies

85

diferentes o trabalho de Javier et al (1999) e o nosso estatildeo em concordacircncia pois ambos

obtiveram analgesia preemptiva com a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia

Muito embora tenha sido empregado meacutetodo diferenciado analgesia preemptiva

tambeacutem foi obtida por Kotani et al (2001) com o uso da eletroacupuntura antes de cirurgias

abdominais altas e baixas sendo verificados pela VAS menores niacuteveis de dor nos pacientes

em que foi aplicada a eletroestimulaccedilatildeo em relaccedilatildeo aos do grupo controle ndashndash natildeo submetidos

agrave corrente eleacutetrica

A grande importacircncia em confrontar os resultados da nossa pesquisa com os de

Kotani et al (2001) baseia-se no similar mecanismo de accedilatildeo da eletroacupuntura e da TENS

de baixa frequumlecircncia que se daria pelo aumento dos niacuteveis de opioacuteides endoacutegenos que agiriam

ambos em receptores micro-opioacuteides (CHEN HAN 1992 HAN et al 1986) Contudo Zhou e

Xi (1986) observaram em coelhos que a naloxona antagonizou parcialmente o efeito da

eletroacupuntura mas natildeo o da TENS de baixa frequumlecircncia

A administraccedilatildeo de faacutermacos analgeacutesicos em periacuteodo preacute-operatoacuterio proporcionou

bons resultados na diminuiccedilatildeo do quadro aacutelgico em algumas pesquisas vg Pontes e Prado

(2002) analisando o uso do cetoprofeno antes da realizaccedilatildeo de incisotildees plantares em ratos

verificaram satisfatoacuterio efeito anti-nociceptivo dessa droga Ke et al (1998) observaram ndashndash

em laparotomias ndashndash menor iacutendice de dor (mensurado pelo MPQ) no grupo de pacientes em

que a bupivacaiacutena fora administrada antes da cirurgia quando comparado ao dos outros dois

grupos pacientes em que ela foi administrada apoacutes a cirurgia e aqueles que receberam apenas

soluccedilatildeo salina Diversos outros autores tambeacutem relatam sobre os bons resultados obtidos com

a analgesia preemptiva (AIDA et al 1999 GOTTSCHALK OCHROCH 2003 KE

PORTERA LINCOLN 1998 LEE I-H LEE I-O 2005 WALL 1988) Na revisatildeo

sistemaacutetica de Ong et al (2005) analisando 66 artigos a analgesia peridural com opioacuteides

destacou-se por ser a teacutecnica mais eficiente para promover analgesia preemptiva conclusatildeo

86

tambeacutem obtida por Moiniche Kehlet e Dahl (2002)

Na literatura existem pesquisas principalmente com a utilizaccedilatildeo de faacutermacos em

que natildeo se obteve analgesia preemptiva Pontes e Prado (2002) eg natildeo promoveram

analgesia preemptiva com o uso de dipirona morfina e diclofenaco antes da realizaccedilatildeo de

incisotildees plantares em ratos e de acordo com esses autores em outra pesquisa a infiltraccedilatildeo

preacute-ciruacutergica de anesteacutesico local natildeo exerceu influecircncia nos niacuteveis aacutelgicos nem de pacientes

submetidos a colecistectomias nem herniorrafias Assim como esses muitos outros estudos

tambeacutem obtiveram resultados negativos e naqueles em que foi observada analgesia

preemptiva a mesma ocorreu em pequena magnitude (KISSIN 1994 2000 2002

MAESTRONI et al 2002 ONG et al 2005 SINATRA 2002 WOOLF CHONG 1993)

Entretanto os bons resultados jaacute obtidos tanto cliacutenicos quanto experimentais satildeo

provavelmente suficientes para indicar que a analgesia preemptiva eacute um fenocircmeno vaacutelido e

que um maior efeito poderaacute ser obtido com o desenvolvimento de novas e mais especiacuteficas

teacutecnicas (KISSIN 2000 2002)

As pesquisas tecircm restringido o uso da TENS em humanos apenas ao periacuteodo poacutes-

ciruacutergico Os resultados na sua grande maioria tecircm demonstrado gratificante aliacutevio do

quadro aacutelgico sobretudo naqueles procedimentos em que a dor gerada tem intensidade de

leve a moderada

Guerra et al (2003) verificaram menores niacuteveis aacutelgicos por meio da END nos

pacientes que foram submetidos agrave aplicaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia

inguinal em relaccedilatildeo aos que natildeo o foram assim como Chiu et al (1999) em

hemorroidectomias Chen et al (1998) em histerectomia abdominal total e miomectomia

Carrol et al (1996) em 786 pacientes submetidos a diversos procedimentos ciruacutergicos Castro

e Carlos (1986) em laparotomias com 22 de reduccedilatildeo da queixa de dor sendo os melhores

resultados obtidos nas histerectomias e os piores nas gastrectomias o que pode ser atribuiacutedo

87

talvez ao fato de a gastrectomia ser um procedimento ciruacutergico abdominal alto e ocasionar

entatildeo maiores niacuteveis de dor

Os nossos resultados natildeo podem ser diretamente confrontados aos dessas pesquisas

tendo em vista o grande nuacutemero de variaacuteveis existentes destacando-se o diferente modelo de

dor que cada procedimento ciruacutergico ocasiona e o fato de a TENS ter sido empregada sempre

apoacutes as cirurgias O que se pode e deve ser discutido eacute que talvez os resultados das pesquisas

em que a TENS foi bem sucedida como recurso analgeacutesico pudessem ser ainda melhores caso

a tivessem empregado tambeacutem antes das cirurgias e os das que natildeo obtiveram sucesso com a

TENS pudessem ter tido com essa preacutevia aplicaccedilatildeo pois as respostas analgeacutesicas poderiam

ser potencializadas

A maior concentraccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos apoacutes a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia eacute relatada por diversos autores (JOHNSON ASHTON THOMPSOM 1991

MERKEL GUSTEIN MALVIYA 1999 SLUKA WALSH 2003 THOMSON SKINNER

PIERCY 1994 TOYOTA STATAKE AMAKI 1999) Eriksson Sjolund e Neilzen (1979)

e Salar Job e Mingrino (1981) demonstraram um aumento da concentraccedilatildeo de opioacuteides no

liquor lombar apoacutes a TENS De acordo com Starkey (2001) essa modalidade de corrente

eleacutetrica estimularia a glacircndula hipoacutefise a liberar ACTH e acirc-lipotropina (moleacutecula precursora

da acirc-endorfina) na corrente sanguumliacutenea Crielaard et al ([sd] apud TRIBIOLI 2003)

observaram amento de 22 da taxa de acirc-endorfina apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia com intensidade elevada a ponto de produzir contraccedilatildeo muscular ritmada na

regiatildeo lombar de pacientes Entretanto OacuteBrien et al (1984 apud TRIBIOLI 2003) natildeo

verificaram incremento dos niacuteveis de acirc-endorfina no sangue apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS ndashndash tanto

de baixa frequumlecircncia (2 Hz) quanto de alta (80 Hz)

88

Chandran e Sluka (2003) observaram assim como Chen e Han (1992) Kalra Urban

e Sluka (2001) King e Sluka (2001) Sluka et al (1999) e Sluka et al (2000) que a TENS de

baixa frequumlecircncia estimulava a liberaccedilatildeo de opioacuteides que agiam sobre os receptores micro

localizados tanto em niacutevel espinhal (micro2) quanto supra-espinhal (micro1) fato ratificado por Han

et al (1991) que observaram que a endomorfina-1 ligante opiacuteoacuteide para os receptores micro-

opioacuteides mediava o efeito dessa modalidade de TENS Em alguns desses estudos concluiu-

se que a accedilatildeo da TENS se dava sobre esse tipo de receptor ao conseguir inibir o seu efeito

pela preacutevia administraccedilatildeo de baixas doses de naloxona ndashndash antagonista desses receptores

Hansson et al (1986) Lundeberg Bondesson e Lundstron (1985) e Olausson et al (1986)

verificaram que a TENS de baixa frequumlecircncia natildeo foi eficiente na reduccedilatildeo da dor nos pacientes

em que foi previamente administrada a naloxona

Apesar de a maioria dos autores apontar a accedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia como

sendo sobre os receptores micro-opioacuteides Chen e Han (1992) observaram que ela tambeacutem agiria

sobre os receptores auml-opioacuteides Outros autores como Han et al (1991) e Hughes et al

(1984) tambeacutem relataram sobre um aumento da concentraccedilatildeo de acirc-endorfina na circulaccedilatildeo

sanguumliacutenea de indiviacuteduos saudaacuteveis apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de baixa ou alta frequumlecircncias e

no liquor lombar concentraccedilotildees elevadas de metionina-encefalina (agonista auml-opioacuteide) e

dinorfina A (agonista ecirc-opioacuteide) apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de alta e baixa frequumlecircncia

respectivamente Para Basford (1994) seria mais evidente a liberaccedilatildeo de opioacuteides com a

aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia

Algumas controveacutersias quanto ao uso da TENS ainda persistem a) se haveria

liberaccedilatildeo de outras substacircncias capazes de modular a dor b) se sujeitos com e sem dor

diferem na resposta agrave estimulaccedilatildeo c) e caso sejam liberados neurotransmissores para a

modulaccedilatildeo da dor quais seriam os paracircmetros de estimulaccedilatildeo mais efetivos para tal

(BASFORD 1994)

89

A eletroanalgesia preemptiva pode ter sido obtida nessa pesquisa por meio da

inibiccedilatildeo pela TENS da hipersensibilidade central o que estaacute em concordacircncia com a

assertiva de King e Sluka (2001) e Sluka (2000) de que a TENS de baixa frequumlecircncia reduz

significantemente a hiperalgesia secundaacuteria poreacutem natildeo tem efeito sobre a primaacuteria

90

53 Anaacutelise da Satisfaccedilatildeo das Pacientes com o Tratamento

No grupo preemptivo a meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que

estava sendo realizado obtida a partir dos dados coletados com o uso da Escala de Satisfaccedilatildeo

do Paciente (ESP) foi sempre superior agrave do placebo em todos os momentos de coleta

entretanto natildeo houve em nenhuma das verificaccedilotildees diferenccedila estatiacutestica significante entre os

grupos como pocircde ser evidenciado na tabela 6 O intuito de aplicar tal escala foi tentar

observar se haveria um grau de satisfaccedilatildeo significantemente mais elevado no grupo

preemptivo em relaccedilatildeo ao placebo tendo em vista o papel da dor como fator de grande

influecircncia na qualidade do tratamento poacutes-operatoacuterio Poreacutem isso natildeo ocorreu nem na ESPd

verificaccedilatildeo que coincidia com o horaacuterio da ENDd em que houve niacutevel de dor

significantemente menor no grupo preemptivo

Rosaeg et al (2001) relatam sobre a ausecircncia de correlaccedilatildeo entre a analgesia

preemptiva e o grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes Isso ocorreria porquanto diversos fatores

aleacutem da dor poacutes-operatoacuteria contribuem para determinar o grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes

Nos dois grupos os niacuteveis de satisfaccedilatildeo sempre se mostraram bastante elevados Levando-se

em consideraccedilatildeo que todas as pacientes que participaram da presente pesquisa foram

assistidas pelo SUS e que comumente ndashndash ateacute por fatores culturais ndashndash estatildeo mais habituadas a

um ldquofriordquo relacionamento profissional de sauacutede-paciente esse alto grau de satisfaccedilatildeo talvez

possa ter sido atribuiacutedo agrave intensa assistecircncia dada aos dois grupos decircs o periacuteodo preacute-ciruacutergico

em que foram fornecidas informaccedilotildees a respeito da cirurgia que seria realizada da dor

incisional ndashndash e porventura visceral ndashndash do tratamento proposto dos meacutetodos de mensuraccedilatildeo

da dor bem assim orientaccedilotildees para que as mesmas evitassem falar apoacutes a cirurgia porque natildeo

se acumulassem gases ateacute o momento da alta hospitalar com os questionamentos sobre os

niacuteveis aacutelgicos Aleacutem disso as pacientes podem ter se sentido constrangidas ou terem

91

apresentado receio em relatar sobre a sua real satisfaccedilatildeo podendo supor que isso viria a

influenciar nos cuidados que a equipe meacutedica estaria despendendo para as mesmas

(BARROS 2001 JACHUCK 1982)

Caso tivesse sido realizada a coleta da ESP em todos os horaacuterios da END talvez fosse

possiacutevel observar diferenccedila significante entre os grupos em algum momento Entanto

preferiu-se realizar 5 averiguaccedilotildees da ESP aos inveacutes de 8 com o intuito de natildeo somente

abordar as pacientes um menor nuacutemero de vezes perturbando-as dessa forma um pouco

menos como tambeacutem minimizar a possibilidade de elas confundirem as duas escalas logo

que ambas satildeo constituiacutedas de nuacutemeros embora uma seja aplicada por meio de uma reacutegua e a

outra de forma verbal o que em princiacutepio diminuiria a possibilidade de confusatildeo

Em ambos os grupos a coleta em que houve a maior meacutedia de satisfaccedilatildeo com o

tratamento foi a uacuteltima sendo os valores nos grupos preemptivo e placebo respectivamente

de 992 plusmn 005 e 933 plusmn 035 Esses dados ao serem confrontados com os da END nesse

horaacuterio de coleta mostram que o maior grau de satisfaccedilatildeo apoacutes o pico aacutelgico deu-se

justamente no momento em que as pacientes estavam sentido uma menor intensidade de dor

Diferentemente dos nossos achados o uso da TENS no poacutes-operatoacuterio de

hernioplastia inguinal promoveu meacutedias de satisfaccedilatildeo com o tratamento ndashndash tambeacutem

mensurada pela ESP ndashndash significantemente superiores agraves do grupo placebo (MELO

SANTANA FILHO 2003)

Em pesquisa realizada por Hamza et al (1999) em cirurgias abdominais baixas

observou-se tambeacutem maior satisfaccedilatildeo por parte dos pacientes que usaram a TENS de baixa

frequumlecircncia no poacutes-operatoacuterio visto que 76 desses pacientes apresentaram alto grau de

satisfaccedilatildeo com o emprego de tal aparato para o controle da dor poacutes-ciruacutergica enquanto apenas

24 dos pacientes do grupo placebo apresentaram tal grau de satisfaccedilatildeo

92

54 Anaacutelise da Dor pelo Questionaacuterio de Dor McGill

A linguagem da dor repetidamente enfatizada por Merskey (1980) fornece

relevantes indiacutecios sobre o sofrimento e a dor das pessoas Melzack (1975) desenvolveu um

meacutetodo sistemaacutetico que incorporou descritores verbais para a expressatildeo da dor o MPQ que

se tornou o instrumento de pesquisa mais empregado no mundo para a mensuraccedilatildeo das

propriedades multidimensionais da dor abordando os componentes sensoriais afetivos e de

intensidade segundo Fernandez e Boyle (2001) e Fernandez e Towery (1996)

O MPQ adaptado foi utilizado apenas uma vez ndashndash 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico ndashndash no primeiro dia poacutes-operatoacuterio A opccedilatildeo por tal horaacuterio deu-se a partir da

experiecircncia obtida no estudo piloto em que o mesmo era administrado 7 h apoacutes a induccedilatildeo do

bloqueio A dificuldade para conseguir a atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo das pacientes condiccedilotildees

essenciais para responder de forma adequada ao mesmo foi muito grande fato que pode ser

atribuiacutedo ao relato de cansaccedilo por parte das pacientes porquanto as mesmas eram submetidas

ao procedimento ciruacutergico em torno das 1600 e assim o MPQ no estudo piloto era aplicado

aproximadamente agraves 2300 momento em que elas normalmente estavam dormindo ou entatildeo

tentando dormir mas relatando grande desconforto que pocircde ser observado natildeo apenas por

meio de avaliaccedilatildeo cliacutenica durante a coleta de dados como tambeacutem pelos niacuteveis aacutelgicos nesse

periacuteodo mensurados pela END e contidos na tabela 5

Apesar de alguns pesquisadores utilizarem o MPQ para a mensuraccedilatildeo de dores

passadas e relatarem que o mesmo possa ser usado para a anaacutelise de dores de ateacute uma semana

atraacutes optou-se para evitar maiores vieses por usaacute-lo para mensurar a dor incisional que a

paciente estava relatando naquele momento pois muitos pacientes apresentam dificuldade em

abstrair e sumariar experiecircncias dolorosas passadas (PIMENTA TEIXEIRA 1997) Para

93

isso elas eram instruiacutedas a respondecirc-lo com base na dor que estavam vivenciando naquele

momento

De acordo com Melzack (1975) esse instrumento somente deve ser aplicado para os

pacientes que estejam relatando dor Em virtude disso natildeo foram utilizados para a realizaccedilatildeo

da anaacutelise estatiacutestica dos iacutendices do MPQ os dados das 50 pacientes mas os de 41 (21 do

grupo preemptivo e 20 do placebo) pois 9 pacientes estavam relatando niacutevel de dor igual a

zero mensurado pela END no momento da aplicaccedilatildeo do MPQ

Veilleux e Melzack (1976) relatam que o MPQ eacute suficientemente sensiacutevel para

detectar diferenccedilas entre meacutetodos de tratamento da dor e proporciona informaccedilotildees a respeito

do efeito de determinada terapia antaacutelgica sobre as dimensotildees sensorial afetiva e avaliativa da

dor Optou-se pela natildeo utilizaccedilatildeo da forma reduzida do MPQ dado o pequeno nuacutemero de

descritores e cujos significados estatildeo mais frequumlentemente relacionadas agrave dor crocircnica do que

agrave aguda (MELZACK 1987)

A utilizaccedilatildeo do MPQ foi relevante porque esse instrumento multidimensional

fornece informaccedilotildees mais ricas sobre a experiecircncia dolorosa ndashndash envolvendo tambeacutem

componentes psicoloacutegicos e emocionais ndashndash natildeo se limitando apenas agrave mensuraccedilatildeo da

intensidade de dor como o satildeo a END VAS de faacutecies e tantas outras Para Prieto e

Geisinger (1983) apesar de a intensidade global da dor ser importante condiccedilatildeo para

compreender a experiecircncia dolorosa medidas que refletem apenas essa caracteriacutestica satildeo

insensiacuteveis a variaccedilotildees nos diferentes aspectos qualitativos da dor (KELLY AHMAD

BRULL 2001)

A categoria sensorial refere-se agraves propriedades mecacircnicas teacutermicas temporais e

espaciais da dor a afetiva-motivacional agrave dimensatildeo afetiva nos aspectos de tensatildeo medo e

propriedades autonocircmicas a avaliativa possibilita que o paciente expresse uma avaliaccedilatildeo

global da sua experiecircncia dolorosa e a miscelacircnea que engloba descritores das outras

94

categorias natildeo se refere a nenhuma propriedade especiacutefica (KETOVUORI POumlNTINEN

1981 MELZACK 1975 PIMENTA TEIXEIRA 1997 TEIXEIRA et al 1999)

A partir da sua utilizaccedilatildeo pudemos obter o Iacutendice do Nuacutemero de Palavras

Escolhidas (NWC) e o Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) O graacutefico 12 apresenta a

comparaccedilatildeo do NWC total obtido por meio da soma do nuacutemero de descritores selecionados

pelas pacientes nas 4 categorias que compotildeem o MPQ entre os grupos preemptivo e placebo

assim como o NWC em cada categoria do MPQ (tabela 10) De acordo com Pimenta e

Teixeira (1997) quanto maior o valor do NWC maior tambeacutem seraacute o niacutevel de dor dos

pacientes

Eacute possiacutevel observar que natildeo houve diferenccedila significante quanto ao NWC total entre

os grupos haja vista que o valor de p foi igual a 0937 tendo o grupo preemptivo selecionado

em meacutedia 1562 plusmn 061 palavras e o placebo 1540 plusmn 084 Vale ressaltar que o maacuteximo valor

possiacutevel do NWC total eacute 20 pois cada paciente natildeo pode escolher mais do que um descritor

em cada subcategoria

O grupo preemptivo selecionou em meacutedia 371 plusmn 025 e 276 plusmn 018 descritores nas

categorias afetiva e miscelacircnea respectivamente e o placebo 375 plusmn 020 e 315 plusmn 021 Na

categoria sensorial diferentemente dessas duas o grupo preemptivo (819 plusmn 038) selecionou

mais palavras que o placebo (765 plusmn 050) Na avaliativa ambos os grupos selecionaram em

meacutedia uma palavra Eacute importante ressaltar que em nenhum desses iacutendices houve diferenccedila

significante o que jaacute era esperado pois o NWC natildeo eacute eficiente para mostrar o malogro ou

sucesso de uma terapia analgeacutesica para um aliacutevio parcial da dor De acordo com Melzack

(1975) o paciente que tem um aliacutevio parcial da dor natildeo necessariamente deveria ter um

menor NWC pois haveria uma tendecircncia em selecionar um descritor que indicasse um menor

iacutendice de dor mas natildeo a recusa por parte desse paciente em selecionar determinada

subcategoria Dessa forma apenas o PRI poderia apresentar variaccedilatildeo

95

Apesar de natildeo ter havido diferenccedila significante a maior utilizaccedilatildeo ndashndash em termos

proporcionais ndashndash dos descritores da categoria sensorial em relaccedilatildeo aos da afetiva conforme

foi observada na tabela 11 em ambos os grupos estaacute de acordo com Pimenta (1995) Reading

(1983) e Teixeira et al (1999) que verificaram que os pacientes que sofriam de dores agudas

tinham preferecircncia por tais descritores enquanto aqueles que padeciam de dor crocircnica pelos

da afetiva Todavia talvez exista uma tendecircncia maior para a escolha dos descritores da

categoria sensorial pois a mesma engloba 539 (42 palavras) dos descritores do MPQ

enquanto que a afetiva 179 (14 palavras) Portanto a categoria sensorial apresenta o triplo

de descritores da afetiva apesar de possuir somente o dobro de subcategorias

Eacute interessante observar a importacircncia da categoria avaliativa (16ordf subcategoria) pois

todas as pacientes a utilizaram para selecionar um descritor (tabela 8) Melzack (1975)

descreveu que 95 dos 248 pacientes ndashndash de diversas doenccedilas ndashndash analisados em seu estudo

selecionaram um descritor dessa categoria o que estaacute em concordacircncia com nossos dados

Outras subcategorias muito utilizadas foram a 9ordf 11ordf 12ordf e 20ordf De forma inversa a 19ordf

subcategoria foi a menos selecionada (4 pacientes do grupo preemptivo e 8 do placebo) o que

eacute justificado por se tratarem de descritores que abordam os aspectos relacionados agrave sensaccedilatildeo

de frio sendo mais frequumlentemente utilizados para a descriccedilatildeo de dores de dente de acordo

com Gagliesi e Melzack (2003) e Melzack (1975)

Em ambos os grupos os descritores mais selecionados foram ldquocansativardquo e

ldquoenjoadardquo que pertencem agrave categoria afetiva 8095 das pacientes do grupo preemptivo

selecionaram esses descritores e 90 das do placebo assim o fizeram Na categoria sensorial

ambos os grupos selecionaram mais frequumlentemente o descritor ldquofinardquo 7142 das pacientes

do grupo preemptivo e 75 das do placebo Na miscelacircnea 55 das pacientes do grupo

placebo optaram mais comumente pelos descritores ldquoespalhardquo e ldquorepuxardquo e 5238 das do

preemptivo por ldquorepuxardquo e ldquoaborrecidardquo

96

Ao considerar os descritores mais apropriados para caracterizar a dor incisional

nessa pesquisa (tabela 9) ndashndash considerados por Gagliesi e Melzack (2003) como aqueles que

tenham sido selecionados por pelo menos 33 dos pacientes ndashndash os que foram escolhidos de

forma comum aos dois grupos foram na categoria sensorial (latejante pontada fina

queimaccedilatildeo ardor e dolorida) afetiva (cansativa e enjoada) avaliativa (que incomoda) e na

miscelacircnea (repuxa e aborrecida) Houve diferenccedila significante entre os dois grupos na

frequumlecircncia de seleccedilatildeo dos descritores ldquoesticadardquo da 10ordf subcategoria e ldquoespalhardquo da 17ordf

subcategoria que eacute justificada pelo fato de na 10ordf subcategoria das 19 pacientes do grupo

preemptivo que a utilizaram 13 selecionaram o descritor ldquoesticadardquo e das 13 do grupo

placebo apenas 5 Em se tratando da 17ordf subcategoria apenas 3 das 13 pacientes que

indicaram essa subcategoria selecionaram o descritor ldquoespalhardquo enquanto 11 do grupo

placebo o selecionou das 17 que optaram por tal subcategoria

No graacutefico 13 haacute a comparaccedilatildeo do PRI total obtido pela soma dos valores que satildeo

atribuiacutedos a cada descritor escolhido pelas pacientes nas 4 categorias do MPQ ndashndash podendo

atingir um maacuteximo valor de 78 ndashndash entre os dois grupos assim como do PRI para cada uma

das categorias do MPQ Para Pimenta e Teixeira (1997) quanto maior o valor desse iacutendice

maior a percepccedilatildeo dolorosa das pacientes Natildeo houve diferenccedila significante quanto ao PRI

total assim como para as categorias sensorial afetiva e miscelacircnea O grupo preemptivo

apresentou PRI total igual a 3274 plusmn 163 e o placebo 3245 plusmn 208 A categoria avaliativa foi

a uacutenica em que houve diferenccedila significante entre os grupos pois o PRI do grupo preemptivo

foi igual a 3 plusmn 028 e o do placebo a 205 plusmn 022 sendo o valor de p igual a 0019

A ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica significante entre os dois grupos tanto no NWC

total quanto no PRI total estaacute em concordacircncia com os resultados obtidos pela ENDg 16 h

apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico pois em nenhum desses iacutendices houve diferenccedila

significante entre os grupos

97

Apesar das dificuldades existentes ndashndash tempo de aplicaccedilatildeo e compreensatildeo de alguns

descritores pelas pacientes ndashndash a aplicaccedilatildeo desse questionaacuterio possibilitou ao investigador uma

experiecircncia muito produtiva pois permitiu a visualizaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo ndashndash seja por palavras

ou expressotildees faciais ndashndash da maioria das pacientes em encontrar palavras que as auxiliassem a

transmitir sua experiecircncia dolorosa Em pesquisa realizada por Pimenta e Teixeira (1997)

96 dos pacientes disseram que o MPQ ajudou ou ajudou muito na descriccedilatildeo de seu quadro

doloroso

Os dados obtidos a partir do MPQ infelizmente tornam-se um pouco limitados para

a comparaccedilatildeo com outras pesquisas dadas as diferenccedilas da liacutengua Esse eacute um dos motivos

pelos quais as escalas unidimensionais satildeo mundialmente mais usadas possibilitando o cotejo

dos resultados obtidos em diferentes paiacuteses e liacutenguas

Sabe-se que os aspectos econocircmicos culturais e sociais tecircm influecircncia sobre o relato

da dor pelos pacientes ndashndash embora em menor magnitude nas dores de caraacuteter agudo vg a

poacutes-operatoacuteria do que nas de caraacuteter crocircnico segundo Pimenta e Teixeira (1997) ndashndash mas

Katz e Melzack (1999) e Melzack (1975) demonstraram que o MPQ possui elevado niacutevel de

fidedignidade e transcende a tais diferenccedilas talvez por ter sido elaborado com base no

referencial teoacuterico sobre a fisiologia da dor No Brasil 95 dos entrevistados em uma

pesquisa disseram ser capazes de compreender o inventaacuterio sem grande dificuldade mas os

estudos natildeo avaliam a magnitude dessa dificuldade mormente quando se trata de indiviacuteduos

de baixa escolaridade ou idosos (PIMENTA 1995 PIMENTA TEIXEIRA 1997

TEIXEIRA 2001)

Entretanto essa talvez natildeo seja a realidade desse questionaacuterio no Brasil ndashndash um dos

liacutederes mundiais em desigualdade social e que possui diferenccedilas marcantes quanto agraves

expressotildees idiomaacuteticas regionais ndashndash o que permite supor que os resultados de uma pesquisa

realizada com uma amostra extraiacuteda de uma populaccedilatildeo rica de uma capital brasileira possam

98

talvez diferenciar significantemente dos daqueles obtidos em uma pobre cidade do sertatildeo

nordestino dada a complexidade na compreensatildeo de alguns descritores (BARROS 2001)

Em decorrecircncia dessas questotildees eacute que foi dada atenccedilatildeo nessa pesquisa ao niacutevel de

escolaridade das pacientes ndashndash que eacute ressaltado por Melzack (1987) como um dos fatores

limitantes para o seu uso assim como foram estabelecidos como criteacuterios de inclusatildeo vg

somente a participaccedilatildeo de pacientes que fossem assistidas pelo SUS e que fossem operadas no

Hospital Satildeo Domingos Saacutevio

99

55 Tempo para a Primeira Administraccedilatildeo do Diclofenaco de Soacutedio

Em contraposiccedilatildeo a Moininche Kehlet e Dahl (2002) Ong et al (2005) relatam que

o tempo para o primeiro requerimento de analgeacutesicos tem menor acuraacutecia para verificar o

efeito da analgesia preemptiva do que a intensidade de dor e o consumo de drogas

analgeacutesicas e que esse natildeo seria o objetivo principal da analgesia preemptiva todavia sua

importacircncia cliacutenica reside no fato de que ao prolongaacute-lo estaria havendo maior efeito do

recurso analgeacutesico utilizado antes da cirurgia ndashndash em nosso caso a TENS ndashndash podendo traduzir

em menor iacutendice de dor e consumo total de analgeacutesicos bem assim maior conforto agrave paciente

As pacientes do grupo preemptivo que consumiram diclofenaco de soacutedio ndashndash droga

que estava prescrita como medicaccedilatildeo de resgate ndashndash nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico solicitaram-no em meacutedia 48750 plusmn 5344 min apoacutes esta jaacute as do grupo

placebo 47010 plusmn 4619 min natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos porquanto o

valor de p foi igual a 0807 o que pode ser visualizado no graacutefico 15 que ilustra esse tempo

Esperava-se que com a preacutevia aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia o tempo para a

solicitaccedilatildeo dessa droga pudesse ser significantemente maior dado o possiacutevel aumento do

periacuteodo de latecircncia da dor devido agrave eletroanalgesia preemptiva

Por meio da END foi verificado que as pacientes do grupo placebo apresentaram no

poacutes-operatoacuterio imediato um pico aacutelgico alcanccedilado no momento da sexta coleta de dor o que

coincide com o tempo para a requisiccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio por essas pacientes

Como natildeo se conhecem pesquisas averiguando esse consumo com o uso da TENS

de forma preacute-operatoacuteria a discussatildeo a seguir far-se-aacute a partir de pesquisas que empregaram

meacutetodos diferenciados Assim Benedetti et al (1997) analisando esse tempo em pacientes

submetidos a toracotomias poacutestero-laterais tambeacutem verificaram diferenccedila estatiacutestica natildeo-

significante entre os pacientes que fizeram uso da TENS no poacutes-operatoacuterio e os que natildeo a

100

utilizaram tal como Garcia (2000) ao analisar o efeito preemptivo do fentanil em

histerectomias

Jaacute no estudo de Lin et al (2002) que avaliou a eletroacupuntura de forma

preemptiva em cirurgias abdominais baixas foi demonstrado que o tempo para o primeiro

requerimento de morfina foi de 10 18 28 e 28 min respectivamente nos grupos A

(preemptivo controle) B (preemptivo placebo) C (preemptivo de baixa frequumlecircncia 2 Hz) e D

(preemptivo de alta 100 Hz) e no de Ke et al (1998) foi demonstrado que a bupivacaiacutena

exerceu efeito preemptivo em laparoscopias ao retardar o tempo para o requerimento do

primeiro analgeacutesico entre os 3 grupos da pesquisa A (pacientes em que a bupivacaiacutena foi

administrada antes do ato ciruacutergico e soluccedilatildeo salina apoacutes) 4867 plusmn 4353 min B (soluccedilatildeo

salina antes e bupivacaiacutena depois) 2294 plusmn 3304 min e C (soluccedilatildeo salina antes e depois)

1431 plusmn 1567 min

Benedetti et al (1997) obtiveram aumento do tempo para o primeiro requerimento

de analgeacutesicos nos pacientes que usaram a TENS no poacutes-operatoacuterio de costotomias

esternotomias toracotomias com afastamento muscular e viacutedeo toracoscopias

101

56 Anaacutelise do Consumo de Analgeacutesicos no Poacutes-operatoacuterio

Em 48 das pacientes do grupo preemptivo (12 pacientes) foi administrado o

diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico enquanto que

no grupo placebo isso ocorreu em 60 (15 pacientes) diferenccedila natildeo estatisticamente

significante (graacutefico 14) Para Kissin (1996) o consumo de analgeacutesicos eacute possivelmente uma

variaacutevel natildeo fidedigna para averiguar a analgesia preemptiva e pode ser influenciado por

vaacuterios fatores psicoloacutegicos Todavia Konrad Cordeiro e Coeli (2001) Moiniche Kehlet e

Dahl (2002) e Ong et al (2005) ressaltam a relevacircncia desse consumo para analisar a

analgesia preemptiva

Ao analisar o consumo de diclofenaco de soacutedio e dipirona durante todo o periacuteodo de

internaccedilatildeo tambeacutem natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos como pocircde ser

observado nos graacuteficos 16 e 17 respectivamente Quanto ao consumo de dipirona esse

resultado era previsto pois essa droga estava prescrita de 6 em 6 h E quanto agrave administraccedilatildeo

de diclofenaco de soacutedio a ausecircncia de diferenccedila foi um resultado natural haja vista que nem

nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash periacuteodo em que haveria maior

efeito da analgesia preemptiva ndashndash houve diferenccedila significante

Cotejando nossos resultados aos de pesquisas envolvendo a aplicaccedilatildeo da

eletroacupuntura de forma preemptiva em procedimentos ciruacutergicos para avaliaccedilatildeo do

consumo de medicamentos analgeacutesicos nossos achados divergem dos de Lin et al (2002)

que em cirurgias abdominais baixas observaram reduccedilatildeo de 22 desse consumo nas

primeiras 24 h poacutes-ciruacutergicas nos pacientes que fizeram uso da modalidade de baixa

frequumlecircncia em relaccedilatildeo aos do grupo placebo Kotani et al (2001) conseguiram ao aplicar a

eletroacupuntura antes de cirurgias abdominais altas e baixas reduzir em 50 o consumo de

morfina pelos pacientes

102

Ao analisar o consumo de analgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio com o meacutetodo de analgesia

preemptiva induzida por drogas Levent (2001) em histerectomias abdominais totais e

salpingo-ooforectomias bilaterais natildeo verificou diferenccedila significante desse consumo entre as

pacientes em que a morfina fora administrada antes do ato ciruacutergico e apoacutes o fechamento do

peritocircnio e Garcia (2000) tambeacutem natildeo observou diferenccedila significante entre as que fizeram

uso do fentanil 30 min antes das histerectomias e as que o utilizaram apoacutes o ato ciruacutergico

Maestroni et al (2002) embora tenham verificado analgesia preemptiva em colecistectomias

laparoscoacutepicas mensurada pela VAS tambeacutem natildeo observaram diferenccedila significante quanto

ao consumo de analgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio o que estaacute de acordo com os nossos achados

Os nossos resultados divergem dos de diversos autores como Hamza et al (1999)

que demonstraram a efetividade da TENS na diminuiccedilatildeo do consumo de analgeacutesicos no

periacuteodo poacutes-operatoacuterio senatildeo nessas pesquisas a TENS foi aplicada somente apoacutes a cirurgia

Destarte natildeo estamos em concordacircncia com os resultados da pesquisa de Guerra et

al (2003) em que houve significante reduccedilatildeo do consumo de analgeacutesicos com o uso da TENS

no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia inguinal Apenas 1 dos 9 pacientes do grupo experimental

ndashndash que usou a TENS ndashndash solicitou uma uacutenica vez medicaccedilatildeo analgeacutesica ao passo que todos

os pacientes do grupo placebo (n = 9) solicitaram esse tipo de medicaccedilatildeo 255 vezes em

meacutedia Essa diferenccedila em relaccedilatildeo aos achados eacute fruto dos meacutetodos usados tipos de cirurgia

drogas anesteacutesicas e analgeacutesicas niacuteveis e tipos de dor paracircmetros de estimulaccedilatildeo tempo de

aplicaccedilatildeo e horaacuterios de aplicaccedilatildeo da TENS

Algumas pesquisas obtiveram satisfatoacuterios resultados com o uso da TENS no

periacuteodo poacutes-operatoacuterio como a de Chiu et al (1999) em hemorroidectomias cirurgias que

geram um quadro aacutelgico intenso em que houve reduccedilatildeo significante do consumo de morfina

Chen et al (1998) em histerectomias e miomectomias que observaram reduccedilatildeo de 37 da

administraccedilatildeo de opioacuteides com o uso da TENS de forma pericicatricial e de 39 quando

103

aplicada nos pontos de acupuntura Bjordal Johnson e Ljungreen (2003) que analisaram

1350 pacientes submetidos a diferentes procedimentos ciruacutergicos e verificaram reduccedilatildeo de

355 do consumo de analgeacutesicos Nuntildeez e Carrasco (2000) que minimizaram esse consumo

em cesaacutereas sem no entanto diminuir a intensidade e o periacuteodo de remissatildeo da dor

Benedetti et al (1997) que conseguiram minimizar a intensidade de dor em costotomias

esternotomias toracotomias com afastamento muscular e viacutedeo toracocospias e Castro e

Carlos (1986) em laparotomias que o minimizaram em 63 naqueles que fizeram uso desse

recurso sendo mais significante nos que foram submetidos a histerectomias e menos a

gastrectomias

Embora a reduccedilatildeo do consumo de diclofenaco natildeo tenha sido significante os nossos

achados satildeo muito relevantes haja vista que ao serem confrontados com os da anaacutelise da

intensidade de dor pela END possibilita a verificaccedilatildeo do mais importante aspecto desse

trabalho que foi conseguir manter o niacutevel de dor do grupo preemptivo inferior ao do placebo

sem haver no entanto um maior consumo de drogas analgeacutesicas para tal Ou seja se as

pacientes do grupo preemptivo tivessem consumido mais drogas que as do placebo seria

inviaacutevel inferir sobre a ocorrecircncia de analgesia preemptiva

57 Dor Referida

104

A ocorrecircncia de dor referida no ombro direito ndashndash condiccedilatildeo que sugere irritaccedilatildeo do

diafragma ou diretamente do nervo frecircnico ndashndash deu-se em 40 (10 pacientes) das pacientes do

grupo preemptivo e em 32 (8 pacientes) daquelas do placebo (graacutefico 18) Essa incidecircncia

estaacute em concordacircncia com os achados na literatura que a indicam em cerca de um terccedilo dos

pacientes submetidos a colecistectomia por laparotomia (ORLOFF 1970 SCHWARTZ

SHIRES SPENCER 1996 WAY DUNPHY 1993)

Natildeo se objetivou nessa pesquisa analisar a intensidade de dor referida no ombro ndashndash

apesar de os dados tambeacutem terem sido coletados Objetivou-se apenas verificar a sua

incidecircncia que com a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia natildeo apresentou diferenccedila

significante entre as pacientes que a usaram e as que natildeo

De acordo com Antunes et al (2002) a TENS tem eficaacutecia jaacute bastante comprovada

para o tratamento das dores de origem cutacircnea mas natildeo eacute necessariamente eficiente para as

de origem visceral o que corrobora a pesquisa de Nuntildeez e Carrasco (2000) que usaram a

TENS no poacutes-operatoacuterio de cesaacutereas

58 Anaacutelise do Consumo de Metoclopramida

105

Em um total de 20 das pacientes (5 pacientes) do grupo preemptivo houve

administraccedilatildeo dessa droga enquanto que em 32 (8 pacientes) isso ocorreu (graacutefico 19) O

consumo dessa droga ndashndash que natildeo tem accedilatildeo analgeacutesica ndashndash foi verificado para auxiliar a avaliar

a qualidade de recuperaccedilatildeo poacutes-ciruacutergica logo que um dos preditores de naacuteuseas e ecircmesis eacute a

dor E como a TENS eacute um recurso analgeacutesico poderia entatildeo tambeacutem minimizar o consumo

dessa substacircncia

Nossos resultados satildeo semelhantes aos de Zaacuterate et al (2001) que natildeo obtiveram

significante reduccedilatildeo do consumo de drogas anti-emeacuteticas com o uso da eletroacupuntura antes

de colecistectomias por laparoscopia Todavia Chen et al (1998) conseguiram reduzir a

incidecircncia de naacuteuseas e vocircmitos em aproximadamente um terccedilo das mulheres que se

submeteram a histerectomia abdominal total ou miomectomia com o uso da TENS todavia

esse recurso foi aplicado no poacutes-operatoacuterio Kotani et al (2001) observaram reduccedilatildeo de 20

a 30 da incidecircncia de naacuteuseas em cirurgias abdominais altas e baixas com a analgesia

preemptiva induzida pela eletroacupuntura e Lin et al (2002) em cirurgias abdominais

baixas

59 Questionaacuterio sobre a TENS

106

Durante a coleta dos dados observou-se que algumas pacientes do grupo preemptivo

relataram que a aplicaccedilatildeo da TENS ocasionava determinado incocircmodo Assim para a

obtenccedilatildeo de dados mais concretos sobre esses relatos resolveu-se acrescentar esse

questionaacuterio (Apecircndice H) ndashndash mesmo com a coleta de dados jaacute em andamento

Os resultados obtidos ilustrados no graacutefico 20 confirmam o que foi evidenciado na

praacutetica cliacutenica a respeito do relato das pacientes sobre o incocircmodo da estimulaccedilatildeo eleacutetrica de

baixa frequumlecircncia e alta intensidade pois a maioria (5789) das pacientes do grupo

preemptivo disse que a TENS incomodava um pouco e 1578 que incomodava

razoavelmente Esses dados foram significantemente diferentes dos do grupo placebo em que

8824 relataram que a TENS natildeo incomodava e 1176 que incomodava um pouco O fato

de ter havido queixa por parte de 2 pacientes do grupo placebo pode ter ocorrido talvez por

essas permanecerem durante 60 min deitadas com os eletrodos posicionados sobre o abdome

sem terem liberdade para deambular ou realizar atividades que solicitassem grande

movimentaccedilatildeo

Pesquisas recentes realizadas por Sluka et al (2000) tecircm demonstrado que a TENS

de alta frequumlecircncia tambeacutem estimula a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos e diante da

experiecircncia cliacutenica sabe-se que o uso de tal frequumlecircncia eacute mais confortaacutevel que o da de baixa

que normalmente eacute aplicada em niacutevel motor de estimulaccedilatildeo com a maacutexima intensidade

suportada pelo paciente Logo poder-se-ia utilizar a TENS de alta frequumlecircncia em pesquisas

para observar a possiacutevel ocorrecircncia de analgesia preemptiva comparando com os resultados

da de baixa frequumlecircncia e selecionar qual seria a mais adequada para tal dando grande ecircnfase

em tal escolha ao conforto e satisfaccedilatildeo do paciente

107

A maioria das pacientes de ambos os grupos relatou que gostaria de em uma

proacutexima cirurgia usar a TENS e os medicamentos (graacutefico 21) Esses dados parecem refletir a

satisfaccedilatildeo das pacientes em receber uma melhor assistecircncia da equipe de sauacutede assim como

terem agrave sua disposiccedilatildeo alguns recursos diferentes para o tratamento do quadro aacutelgico o que

reforccedila a relevacircncia e a aceitaccedilatildeo da analgesia multimodal

108

CONCLUSAtildeO

109

6 CONCLUSAtildeO

A aplicaccedilatildeo da modalidade de baixa frequumlecircncia da estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea

do nervo durante 60 minutos no periacuteodo preacute-operatoacuterio de pacientes do sexo feminino

submetidas a colecistectomia por laparotomia promoveu analgesia preemptiva

110

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

111

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AIDA S et al The effectiveness of preemptive analgesia varies according to the type ofsurgery a randomized double-blind study Anesthesia and Analgesia Baltimore v 89 n 3p 711 Set 1999

ANDRADE R F A Comportamento da litiacutease biliar no Estado de Sergipe 2002Monografia (graduaccedilatildeo em medicina) ndashndash Departamento de Medicina da Universidade Federaldo Estado de Sergipe Aracaju 2002

ANTUNES A A M et al Os efeitos da estimulaccedilatildeo eleacutetrica nervosa transcutacircnea no poacutes-operatoacuterio de cirurgias toraacutecicas e abdominais ndashndash revisatildeo de literatura e relato de casosRevista de Fisioterapia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 9 n 1 p 23-25janjun 2002

BARROS N Qualidade de vida ndashndash conceito e meacutetodos de avaliaccedilatildeo In ANDRADE FILHOA C de C Dor diagnoacutestico e tratamento Roca Satildeo Paulo 2001 53-61 p

BASFORD J R Eletroterapia In KOTTKE F J LEHMANN J F Tratado de medicinafiacutesica e reabilitaccedilatildeo de Krusen 4 ed Satildeo Paulo Manole 1994 363-388 p

BENBOW S J COSSINS L WILES J R A comparative study of disability depressionand pain severity in young and chronic pain in patients VIIIth World Congress on PainVancouver 1996

BENEDETTI F et al Control of postoperative pain by transcutaneous electrical nervestimulation after thoracic operations Ann Thoracic Surgery Torino v 63 n 3 p 773-776Mar 1997

BISSCHOP G de BISSCHOP Eacute de COMMANDREacute F TENS In BISSCHOP G deBISSCHOP Eacute de COMMANDREacute F Eletrofisioterapia Satildeo Paulo Santos 2001 5-62 p

BJORDAL J M JOHNSON M I LJUNGREEN A E Transcutaneous electrical nervestimulation (TENS) can reduce postoperative analgesic consumption A meta-analysis withassessment of optimal treatment parameters postoperative pain European Journal of PainErlangen v 7 n 2 p 181-188 Apr 2003

BLUMGART L H Cirugiacutea del hiacutegado y de las viacuteas biliares Buenos Aires EditoriaMeacutedica Panamericana 1988 655-665 p

BONICA J J et al Biochemistry and the modulation of nociception and pain In BONICAJ J The management of pain Phyladelphia Lea amp Febiger 1990 95-121 p

BRENTANO L Colecistectomia [sl] ABC da Sauacutede 2003 Disponiacutevel emhttpwwwabcdasaudecombrartigophp86 Acesso em 30 de agosto de 2004

BRIDENBAUGH P O Preemptive analgesia ndashndash is it clinically relevant Anesthesia ampAnalgesia Baltimore v 78 n 2 p 203-4 Feb 1994

112

BUTTON B SAWYER S Fisioterapia do aparelho respiratoacuterio do adolescente InBURNS Y R MCDONALD J Fisioterapia e crescimento na infacircncia Satildeo PauloSantos 1999 247-261 p

BUXTON B P A fisiologia e a psicologia da dor In STARKEY C RecursosTerapecircuticos em Fisioterapia Satildeo Paulo Manole 2001 37-69 p

CAMERON M H Physical agents in rehabilitation ndashndash from research to practicePhyladelphia W B Saunders Company 1999 31-54 p

CARROLL D et al Randomization is important in studies with pain outcomes systematicreview of transcutaneous electrical nerve stimulation in acute postoperative pain BritishJournal of Anaesthesia Oxford v 77 n 6 p 798-803 Dec 1996

CARROL E N BADURA A S Focal intense brief transcutaneous electric nervestimulation for treatment of radicular and posthoracotomy pain Archives of PhysicalMedicine and Rehabilitation Cleveland v 82 n 2 p262-264 Feb 2001

CASTILLO G L B Estudio comparativo entre bupivacaina + fentanyl vs bupivacainasola por viacutea peridural para el control del dolor obsteacutetrico Tesis para obtener el diplomauniversitario en la especialidad de anestesiologiacutea Quereacutetaro [1999]

CASTRO M L CARLOS E S Post-laparotomy pain control by transcutaneous electricalnerve stimulation preliminary report Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeirov 36 n 3 p 207-14 mar 1986

CHANDRAN P SLUKA K A Development of opioid tolerance with repeatedtranscutaneous electrical nerve stimulation administration Pain Seattle v 102 n 1-2 p195-201 Mar 2003

CHEN L et al The effect of location of transcutaneous electrical nerve stimulation onpostoperative opioid analgesic requirement acupoint versus nonacupoint stimulationAnesthesia amp Analgesdia Baltimore v 87 n 5 p 1129-1134 Nov 1998

CHEN L HAN J S Analgesia induced by electroacupuncture of different frequencies ismediated by different types of opioid receptors another cross-tolerance study BehavioralBrain Research Amsterdam v 47 n 2 p 143-149 Apr 1992

CHESTERTON L S et al Effects of TENS frequency intensity and stimulation siteparameter manipulation on pressure pain thresholds in healthy human subjects Pain Seattlev 106 n 1-2 p 73-80 Nov 2003

CHIU J H et al Effect of transcutaneous electrical nerve stimulation relief on patientsundergoing hemorrhoidectomy prospective randomized controlled trial Diseases of theColon amp Rectum New York v 42 n 2 p 180-185 Feb 1999

CREPON F Eletrofisioterapia e Reeducaccedilatildeo Funcional Satildeo Paulo Lovise 1996 80-101p

113

CRIELAARD et al apud TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendoparacircmetros de estimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85fDissertaccedilatildeo (mestrado em bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de SatildeoPaulo Ribeiratildeo Preto 2003

DAMIANE C DAMIANE G TENS eletroanalgesia In RODRIGUES E MGUIMARAtildeES C S Manual de recursos fisioterapecircuticos Rio de Janeiro Revinter 199853-80 p

DIERKING G et al Effect of pre vs post-operative inguinal field block on postoperative painafter herniorraphy British Journal of Anaesthesia Oxford v 68 n 4 p 344-348 Apr1992

DUBUISSON D MELZACK R Classification of clinical pain descriptors by multiplegroup discriminant analysis Experimental Neurology Michigan v 51 n 2 p 480-487May 1976

DuGAS B W Medicaccedilotildees In______ Enfermagem praacutetica 4 ed Rio de JaneiroGuanabara 1988 465-487 p

EISENBAUER L A MURPHY M A Pharmacotherapeutics amp advanced nursingpractice San Diego McGraw Hill Companies 1998 253 p

ERIKSSON M B E SJOLUND B H NEILZEN S Long term results of peripheralconditioning stimulation as an analgesic measure in chronic pain Pain Seattle v 6 n 3 p335-347 Jun 1979

FERNANDEZ E BOYLE G J Affective and evaluative descriptors of pain in the McGillPain Questionnaire reduction and reorganization The Journal of Pain Philadelphia v 2 n6 p 318-325 Dec 2001

FERNANDEZ E TOWERY S A parsimonious set of verbal descriptors of pain sensationderived from the Mcgill Pain Questionnaire Pain Seattle v 66 n 1 p 31-37 Jul 1996

FORTH W BEYER A PETER K Highly potent analgesics opiates and opioids InFORTH W BEYER A PETER K Aliacutevio da dor uma visatildeo analiacutetica das vantagens edesvantagens da moderna administraccedilatildeo da dor Satildeo Paulo Hoechest 1995 40-49 p

FRAMPTON V Estimulaccedilatildeo Nervosa Eleacutetrica Transcutacircnea In KITCHEN S BAZIN SEletroterapia de Clayton 10 ed Satildeo Paulo Manole 1998 276-294 p

GAGLIESI L MELZACK R Age differences in the quality of chronic pain a preliminarystudy Pain Research amp Management Oakville v 2 n3 p 157-162 Winter 1997

GAGLIESE L MELZACK R Age-related differences in the qualities but not the intensityof chronic pain Pain Seattle v 104 n 3 p 597-608 Aug 2003

114

GARCIA J B dos S Preemptive analgesia with epidural bupivacaine plus fentanyl inhysterectomy serum interleukin-6 implications 2000 Tese para obtenccedilatildeo do tiacutetulo dedoutorado ndashndash Escola Paulista de Medicina ndashndash Universidade Federal de Satildeo Paulo Satildeo Paulo2000

GOFFI F S GOFFI JUacuteNIOR P S SORBELLO A A Cirurgia das vias biliares InGOFFI F S Teacutecnica ciruacutergica bases anatocircmicas fisiopatoloacutegicas e teacutecnicas da cirurgia 4ed Satildeo Paulo Atheneu 1996 691-694 p

GOTTSCHALK A OCHROCH E A Preemptive analgesia what do we do nowAnesthesiology Philadelphia v 98 n1 p 280-281 Jan 2003

GRAHAM C et al Use of the McGill Pain Questionnaire in the assessment of cancer painreplicability and consistency Pain Seattle v 8 n 3 p 377-387 Jun 1980

GRIEVE G P Modern manual therapy of the vertebral column New York ChurchillLivingstone 1986 233-249 p

GUERRA D R et al A Utilizaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio imediato de pacientessubmetidos a cirurgia de heacuternia inguinal In V CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeOCIENTIacuteFICA PIBICUFS 2003 Universidade Federal de Sergipe Anais Satildeo CristoacutevatildeoUniversidade Federal de Sergipe 2003 215 p

HAMZA M A et al Effect of the frequency of transcutaneous electrical nerve stimulationon the postoperative opioid analgesic requirement and recovery profile AnesthesiologyPhiladelphia v 91 n 5 p 1232-1238 Nov 1999

HAN J S et al Frequency as the cardinal determinant for electroacupuncture analgesia to bereversed by opioid antagonists Chinese Medical Journal Peking v 38 n 5 p 475-482Oct 1986

HAN J S et al Effect of low and high frequency TENS on met-enkephalin-arg-phe anddynorphin A immunoreactivity in human lumbar CSF Pain Seattle v 47 n 3 p 295-298Dec 1991

HANSSON B et al Influence of naloxone on relief of acute oro-facial pain bytranscutaneous electrical nerve stimulation (TENS) or vibration Pain Seattle v 24 n 3 p323-329 Mar 1986

HEPNER D L Preemptive analgesia what does it really mean AnesthesiologyPhiladelphia v 93 n 5 p 1368 nov 2000

HUGHES G S et al Response of plasma beta-endorphins to transcutaneous electrical nervestimulation in healthy subjects Physical Therapy Alexandria v 64 n 7 p 1062-1066 Jul1984

HUSKISSON E C Visual Analogue Scales In MELZACK R Pain measurement andassessment New York Raven Press 1983 33-37 p

115

IMAMURA M et al Eletroestimulaccedilatildeo nervosa transcutacircnea In LEITAtildeO V A Cliacutenica dereabilitaccedilatildeo Satildeo Paulo Atheneu 1995 301-309 p

JACHUCK S J et al The effect of hypotensive drugs on the quality of life The BritishJournal of the Royal College General Practitioners London v 32 n 235 p 103-105Feb 1982

JAFFE J H MARTIN W R Analgeacutesicos opioacuteides e antagonistas In GILMAN A G etal Goodman e Gilman As Bases farmacoloacutegicas da terapecircutica 8 ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1991 320-343 p

JAVIER G P et al Analgesia preventiva en un modelo experimental de dolor visceralRevista Mexicana de Anestesiologia v 22 n 2 p 116-121 abr-jun 1999

JOHNSON M I et al Analgesic effects of different frequencies of transcutaneous electricalnerve stimulation on cold-induced pain in normal subjects Pain Seattle v 39 n 2 p 231-236 Nov 1989

JOHNSON M I ASHTON C H THOMPSOM J W An in depth study of long termusers of transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) Implications for clinical use ofTENS Pain Seattle v 44 n 3 p 221-229 Mar 1991

KALRA A B URBAN M O SLUKA K A Blockade of opiod receptors in rostralventral medulla prevents antihyperalgesia produced by transcutaneous electrical nervestimulation (TENS) The Journal of Pharmacology and Experimental TherapeuticsBethesda v 298 n 1 p 257-263 Jul 2001

KATZ J MELZACK R Measurement of pain Surgery Clinical North American v 79n 2 p 231-252 Apr 1999

KE R W PORTERA S G LINCOLN S R A randomized blinded trial of preemptivelocal anesthesia in laparoscopy Primary Care Update for Obstetric and Gynecology v 5n 4 p 197-198 Jul 1998

KE R W et al A randomized double-blinded trial of preemptive analgesia in laparoscopyObstetrics amp Gynecology Denver v 92 n 6 p 972-5 Dec 1998

KELLY D J AHMAD M BRULL S Preemptive analgesia I physiological pathways andpharmacological modalities Canadian Journal of Anesthesia Toronto v 48 n 10 p1000-1010 Nov 2001

KETOVUORI H POumlNTINEN P J A pain vocabulary in finnish ndashndash the finnish painquestionnaire Pain Seattle v 11 n 1 p 247-253 Aug 1981

KING E W SLUKA K A The effect of varying frequency and intensity of transcutaneouselectrical nerve stimulation on secundary mechanical hyperalgesia in an animal model ofinflammation The Journal of Pain Philadelphia v 2 n 2 p 128-133 Apr 2001

KISSIN I Preemptive analgesia terminology and clinical relevance Anesthesia andanalgesia Baltimore v 79 n 4 p 809 Oct 1994

116

______ Preemptive analgesia ndashndash Why its effect is not always obvious AnesthesiologyPhiladelphia v 84 n 5 p 1015-1019 May 1996

______ Preemptive analgesia Anesthesiology Philadelphia v 93 n 4 p 1138-1143 Oct2000

______ Study design to demonstrate clinical value of preemptive analgesia is it commonlyused approach valid Regional Anesthesia and Pain Medicine Seattle v27 n3 p 242-244 May-Jun 2002

KONRAD K CORDEIRO S M COELI M Dor Fisiopatologia e tratamento InLIANZA S Medicina de Reabilitaccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001 137-150p

KOTANI N et al Preoperative intradermal acupuncture reduces postoperative pain nauseaand vomiting analgesic requiriment and sympathoadrenal responses AnesthesiologyPhiladelphia v 95 n 2 p 349-356 Aug 2001

LABRADA A JIMEacuteNEZ-GARCIA Y Preventive multimodal analgesia a comparativestudy Revista de la Sociedad Espantildeola del Dolor Madrid v 11 n 3 p 122-128 abr2004

LEE I-H LEE I-O Preemptive effect of intravenous ketamine in the rat concordancebetween pain behavior and spinal fos-like immunoreactivity Acta AnaesthesiologicaScandinavica Oxford v 49 n 2 p 160-165 Feb 2005

LEVENT K The effect of preemptive intravenous morphine on postoperative analgesia andsurgical stress response Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeiro v 51 n 6 p503-510 dez 2001

LICHTENBERG P A SWENSEN C H SKEHAN M W Further investigation of therole of personality lifestyle and arthritic severity in predicting pain Journal ofPsychosomatic Research New York v 30 n 3 p 327-337 maio 1986

LIN J et al The effect of high and low frequency eletroacupuncture in pain after lowabdominal surgery Pain Seattle v 99 n 3 p 509-514 out 2002

LOMBARD B et al Evaluation de lrsquoeacutelectrostimulation transcutaneacutee dans la prise en chargedes douleurs post-amygdalectomie chez lrsquoadulte Revue Laryngologie Otologie RhinologieBordeaux Ceacutedex v 117 n 2 p 89-92 abr 1996

LOW J REED A Eletroterapia explicada 3 ed Satildeo Paulo Manole 2001 472 p

LUNDEBERG T BONDESSON L LUNDSTRON V Relief of primary dysmenorrhea bytranscutaneous electrical nerve stimulation Acta Obstetetricia et GynecologicaScandinavica Gothenburg v 64 n 6 p 491-497 ago 1985

MACHADO M C C RAIA A A Anatomia ndash Histologia ndash Embriologia ndash Fisiologia davesiacutecula e vias biliares ndash Fisiologia da bile In CORREcircA NETTO A RAIA A AZERBINO E de J Cliacutenica Ciruacutergica 4 ed Satildeo Paulo Sarvier 1994 785-789 p

117

MAESTRONI U et al A new method of preemptive analgesia in laparoscopiccholecystectomy Surgical Endoscopy New York v 16 n 9 p 1336-1340 Sep 2002

MARIANO T F BEN V F G Efeitos da eletroestimulaccedilatildeo transcutacircnea (TENS) emindiviacuteduos adultos no poacutes-operatoacuterio imediato de colecistectomia 1998 Trabalho deConclusatildeo de Curso ndashndash Universidade Catoacutelica Dom Bosco (UCDB) Campo Grande 1998

MARIN L I CASTRO C E S Post laparotomy pain control by transcutaneous electricalnerve stimulation preliminary report Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeirov 36 n 3 p 207-214 maio-jun 1986

MCQUAY H J Pre-emptive analgesia a systematic review of clinical studies Annals ofMedicine Stockholm v 27 n 2 p 249-56 Apr 1995

MELO J N SANTANA FILHO V J Efeito da TENS convencional no requerimento deanalgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio imediato de herniorrafia inguinal 2003 Monografiaapresentada ao curso de fisioterapia para tiacutetulo de bacharel Universidade Tiradentes Aracaju2003

MELZACK R The McGill Pain Questionnaire major properties and scoring methods PainSeattle v 1 n 3 p 277-299 Sep 1975

MELZACK R WALL P O desafio da dor Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 1987189-250 p

MERINO C S Colecistectomiacutea laparoscoacutepica comparada con colecistectomiacutea claacutesica encolecistitis aguda Revista Chilena de Cirurgia Santiago v 53 n 1 p 53-59 2001

MERKEL S I GUSTEIN H B MALVIYA S Use of transcutaneous electrical nervestimulation in a young child with pain from open perineal lesions Journal of Pain andSymptom Management New York v 18 n 5 p 376-81 Nov 1999

MERSKEY H Some features of the history of the idea of pain Pain Seattle v 9 n 1 p 3-8 Aug 1980

MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO BRASIL Cuidados paliativos oncoloacutegicos controle da dorRio de Janeiro INCA 2001 16-32 p

MOINICHE S KEHLET H DAHL J B A qualitative and quantitative systematic reviewof preemptive analgesia for postoperative pain relief Anesthesiology Philadelphia v 96 n3 p 725-41 Mar 2002

MORIN C et al Differences between the sexes in post-surgical pain Pain Seattle v 85 n1-2 p 79-85 Mar 2000

MOTAMED C et al Preemptive intravenous morphine-6-glucuronide is ineffective forpostoperative pain relief Anesthesiology Philadelphia v 92 n 2 p 355-360 Feb 2000

118

NUNtildeEZ C N CARRASCO M P Estimulacioacuten eleacutectrica transcutaacutenea (EET) para reducirel dolor despueacutes de la cesaacuterea Ginecologiacutea y Obstetricia de Meacutexico Ciudad del Meacutexico v68 n 1 p 60-63 fev 2000

OacuteBRIEN et al apud TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendoparacircmetros de estimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85fDissertaccedilatildeo (mestrado em bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de SatildeoPaulo Ribeiratildeo Preto 2003

OLAUSSON B et al Effects of naloxone on dental pain threshold following muscleexercises and low frequency transcutaneous nerve stimulation a comparative study in manActa Physiologica Scandinavica Stockholm v 126 n 2 p 299-305 Sep 1986

ONG C K-S et al The efficacy of preemptive analgesia for acute postoperative painmanagement a meta-analysis Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 100 n 3 p 757-773Mar 2005

ORLOFF M J Fiacutegado e sistema biliar In DAVIS I Christopher Cliacutenica Ciruacutergica 2 edRio de Janeiro Guanabara Koogan 1970 772-783 p

PATINtildeO J F LONDONtildeO E GARCIacuteA L G Colecistectomia mini-traumaacuteticahospitalizacioacuten de corta estancia Revista Colombiana de Cirurgia Bogotaacute v 6 n 2 p 70-75 ago 1991

PEREIRA L V SOUSA F A E F Mensuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo da dor poacutes-operatoacuteria umabreve revisatildeo Revista Latino-americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 3 p 77-84 jul 1998

PEacuteREZ-AYUSO R M et al Historia natural de la colelitiasis Incidencia de colescistectomiacuteaen un aacuterea urbana y una rural mapuche en la uacuteltima deacutecada Revista Meacutedica de ChileSantiago v 130 n 7 p 723-730 jul 2002

PIMENTA C A M Avaliaccedilatildeo da experiecircncia dolorosa Revista de Medicina Satildeo Paulo v74 n 2 p 69-75 ago-set 1995

PIMENTA C A de M CRUZ Dde A L M da C SANTOS J L F dos Instrumentospara avaliaccedilatildeo da dor O que haacute de novo no nosso meio Arquivo Brasileiro deNeurocirurgia Satildeo Paulo v 17 n 1 p 15-24 jun 1998

PIMENTA C A TEIXEIRA M J Questionaacuterio de Dor Mcgill proposta de adaptaccedilatildeo paraa liacutengua portuguesa Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeiro v 47 n 2 p 177-186 ago 1997

PONTES R M C PRADO W A Presurgical ketoproten but not morphine dipyronediclofenac preempts post-incisional mechanica allodynia in rats Brazilian Journal ofMedical and Biological Research Ribeiratildeo Preto v 35 n 1 p 11-119 jan 2002

119

PRADO W A OLIVEIRA R Anti-hyperalgesic effect of electroacupuncture in a model ofpost-incisional pain in rats Brazilian Journal of Medical and Biological ResearchRibeiratildeo Preto v 33 n 8 p 957-960 ago 2000

PRIETO E J GEISINGER K F Factor-analytic studies of the McGill Pain QuestionnaireIn MELZACK R Pain measurement and assessment New York Raven Press 1983 63-70 p

RANG H P DALE M M Farmacologia 2 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1993460 p

READING A E The McGill Pain Questionnaire an appraisal In MELZACK R Painmeasurement and assessment New York Raven Press 1983 55-61 p

RIVERA A R F Incisioacuten transversa contra incisioacuten media en colecistectomiacutea Cuaacutel esmenos dolorosa Cirurgiacutea General v 18 n 3 p 178-181 jul-set 1996

ROBINSON A J Instrumentaccedilatildeo para eletrotrerapia In ROBINSON A J SNYDER-MACKLER L Eletrofisiologia cliacutenica eletroterapia e teste eletrofisoloacutegico 2 ed PortoAlegre Artmed 2001 43-83 p

ROSAEG O P et al Effect of preemptive multimodal analgesia for arthroscopic KneeLigament repair Regional Anesthesia and Pain Medicine Seattle v 26 n 2 p 125-130Mar-Apr 2001

ROSLYN J J ZINNER M J Gallbladder and extra-hepatic billiary system InSCHWARTZ S I SHIRES G T SPENCER F C 6 ed Principles of surgery EstadosUnidos Mc Graw Hill 1996 1367-1399 p

SALAR G JOB I MINGRINO S et al Effects of transcutaneous electrotherapy on CSFb-endorphin content in patients without pain problems Pain Seattle v 10 n 2 p 169-172apr 1981

SALGADO A S I Manual cliacutenico de eletrofisioterapia Londrina Midiograf 1999 112-147 p

SANTIESTEBAN A J Agentes fiacutesicos e dor muacutesculo-esqueleacutetica In GOULD J AFisioterapia na ortopedia e na medicina do esporte 2 ed Satildeo Paulo Manole 1993 181-193 p

SANTOS et al Aplicaccedilatildeo da TENS de alta e baixa frequumlecircncias no poacutes-operatoacuterio imediato decolecistectomia convencional In VI CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICAPIBICUFS 2004 Universidade Federal de Sergipe Anais Satildeo Cristoacutevatildeo UniversidadeFederal de Sergipe 2004 p242

SCHWARTZ S I SHIRES G T SPENCER F C Princiacutepios de cirurgia 6ed MeacutexicoInteramericana 1996 416-449 p

120

SEKAR C et al Preemptive analgesia for postoperative relief in lumbosacral spine surgeriesa randomized controlled trial The Spine Journal La Grange v 4 n 3 p 261-264 May-Jun 2004

SILVA P Anesteacutesicos locais e outros faacutermacos que afetam os canais iocircnicos In RANG HP DALE M M RITTER J M Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1998 485-505 p

SILVEIRA I A M LIMA P A L Estudo da reduccedilatildeo de custo no hospital SatildeoDomingos Saacutevio com a utilizaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia inguinal2004 Monografia para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de bacharel em fisioterapia UniversidadeTiradentes Aracaju 2004

SINATRA R Role of COX-2 inhibitors in the evolution of acute pain management Journalof Pain and Sympton Management New York v 24 n 1S p S18-27 Jul 2002

SLUKA K A Systemic morphine in combination with TENS produces an increaseantihyperalgesia in rats with acute inflamation The Journal of Pain Philadelphia v 1 n 3p 204-211 Sep 2000

SLUKA K A et al Spinal blockade of opiod receptors prevents the analgesia produced byTENS in arthritic rats The Journal of Pharmacology and Experimental TherapeuticsBethesda v 289 n 2 p 840-846 May 1999

SLUKA K A et al Low frequency TENS is less effective than high frequency TENS atreducing inflammation-induced hyperalgesia in morphine-tolerant in rats European Journalof Pain Erlangen v 4 n 2 p 185-93 Jun 2000

SLUKA K A WALSH D Transcutaneous electrical nerve stimulation basic sciencemechanisms and clinical effectiveness The Journal of Pain Philadelphia v 4 n 3 p 109-121 Apr 2003

SOFAER B Assessing pain In______ Pain a handbook for nurses 2 ed New YorkChapman amp Hall 1994 44-57 p

SORKIN B A et al Chronic pain in young and old patients differences appear lessimportant than similarities J Gerontol Psychol Sci Washington v 45 n 2 p 64-68 Mar1990

SPOacuteSITO M M M Manual de medicina fiacutesica e de reabilitaccedilatildeo Satildeo Paulo [sn] 199373-93 p

STARKEY C Agentes eleacutetricos In ______ Recursos terapecircuticos em fisioterapia SatildeoPaulo Manole 2001 176-276 p

TAYLOR D New ways to contain post-op pain 2002 Disponiacutevel em lthttp wwwoutpatientsurgerynet2002os08f2shtmlgt Acesso em 22 de outubro de 2004

TEIXEIRA M J Fisiopatologia da dor neuropaacutetica In ANDRADE FILHO A C de CDor diagnoacutestico e tratamento Roca Satildeo Paulo 2001 7-42 p

121

TEIXEIRA M J SOUZA A C F Dor ndashndash evoluccedilatildeo histoacuterica dos conhecimentos InTEIXEIRA M J FIGUEIROacute J A B Dor epidemiologia fisiopatologia avaliaccedilatildeosiacutendromes dolorosas e tratamento Satildeo Paulo Grupo Editorial Moreira Jr 2001 8-13 p

TEIXEIRA M J et al Avaliaccedilatildeo da dor fundamentos teoacutericos e anaacutelise criacutetica Revista deMedicina Satildeo Paulo v 78 n 2 (pt 1) p 85-114 abr 1999

THOMSON A SKINNER A PIERCY J Habilidades da fisioterapia In ______Fisioterapia de Tidy 12 ed Satildeo Paulo Santos 1994 417-465 p

TORRE A et al Analgesia Preventiva Revista Venezuelana de Anestesiologia Caracasv 7 n 1 p 15-26 jun 2002

TOYOTA S STATAKE T AMAKI Y Transcutaneous electrical nerve stimulation as analternative therapy for microlaryngeal endoscopic surgery Anesthesia amp AnalgesiaBaltimore v 89 n 5 p 1236-8 Nov 1999

TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendo paracircmetros deestimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85f Dissertaccedilatildeo (mestradoem bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade de Medicina de RibeiratildeoPreto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto2003

TURK D C OKIFUJI A SCHARFF L Chronic pain and depression role of perceivedimpact and perceived control in different ages cohorts Pain Seattle v 61 n 1 p 93-101Apr 1995

VALE F M Dor Novos aspectos fisiopatoloacutegicos e consequumlentes estrateacutegiasfarmacoloacutegicas Revista da Faculdade de Medicina de Lisboa Lisboa v 5 n 5 p 291-304 set-out 2000

VEILLEUX S MELZACK R Pain in psychotic patients Experimental NeurologyMichigan v 52 n 1 p 535-543 Jul 1976

VETTER T R HEINER E J Discordance between patient self-reported visual analog scalepain scores and observed pain-related behavior in older children after surgery Journal ofClinical Anesthesia New York v 8 n 5 p 371-375 Aug 1996

WALL P D The prevention of postoperative pain Pain Seattle v 33 n 2 p 289-90 May1988

WALSH D M et al Transcutaneous electrical nerve stimulation effect of peripheral nerveconduction mechanical pain threshold and tactile threshold in humans Archives of PhysicalMedicine and Rehabilitation Philadelphia v 79 n 9 p 1051-8 Sep 1998

WANG B et al Effect of the intensity of transcutaneous acupoint electrical stimulation onthe postoperative analgesic requirement Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 85 n 2 p406-413 Aug 1997

122

WARNCKE T STUBHAUG A JORUM E Preinjury treatment with morphine orketamine inhibits the development of experimentally induced secondary hyperalgesia in manPain Seattle v 86 n 1-2 p 293-303 Mar 2000

WAY L W DUNPHY J E Biliary tract In WAY L W DUNPHY J E Cirurgiadiagnoacutestico e tratamento 9 ed Rio de Janeiro Guanabara koogan 1993 525-552 p

WILKIESON C A et al Toleration side-effects an efficacy of sulphasalazine in rheumatoidarthritis patients of different ages Quarterly Journal of Medicine Oxford v 86 n 8 p501-505 Aug 1993

WOOD L Fisiologia da dor In KITCHEN S BAZIN S Eletroterapia de Clayton 10ed Satildeo Paulo Manole 1998 80-85 p

WOOLF C J CHONG M-S Preemptive analgesia treating postoperative pain bypreventing the establishment of central sensitization Anesthesia amp Analgesia Baltimore v77 n 2 p 362-379 Aug 1993

WU W-P et al The very-high-efficacy 5-HT1A receptor agonist F 13640 preempts thedevelopment of allodynia-like behaviors in rats with spinal cord injury European Journal ofPharmacology Utrecht v 478 n 2-3 p 131-137 Oct 2003

YENG L T et al Medicina fiacutesica e reabilitaccedilatildeo em doentes com dor crocircnica In TEIXEIRAM J FIGUEIROacute J A B Dor epidemiologia fisiopatologia avaliaccedilatildeo siacutendromesdolorosas e tratamento Satildeo Paulo Grupo Editorial Moreira Jr 2001 131-140 p

ZAacuteRATE E et al The use of transcutaneous acupoint electrical stimulation for preveningnausea and vomiting after laparoscopic surgery Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 92 n3 p 629-35 Mar 2001

ZHOU G Z XI G F Comparison between transcutaneous nerve stimulation analgesiceffect and electroacupuncture Analgesic effect in rabbits Acupuncture and Electro-therapeutics Research Oxford v 11 n 2 p 119-125 May 1986

123

APEcircNDICE

124

APEcircNDICE

APEcircNDICE A ndashndash Ficha de identificaccedilatildeo da paciente

Nuacutemero do estudo __________

Leito__________

Data da cirurgia __________

Hospital ________________________________

Nome___________________________________

Prontuaacuterio da paciente ______________

Idade ________ Peso ________ Estatura ________ Sexo ( ) M ( ) F

Diagnoacutestico cliacutenico _______________________________

Profissatildeo ________________________

Naturalidade _____________________

Niacutevel de escolaridade ( ) Nunca estudou ( ) 1deg grau incompleto ( ) 1deg grau completo

( )2deg grau incompleto ( )2deg grau completo ( )3deg grau incompleto ( )3deg grau completo

Possui ( ) Hepatopatia ( ) Nefropatia ( ) Algum tipo de enfermidade maligna

( ) Hipertensatildeo arterial ( ) Diabetes Outra_________________

Sentia dor Em caso de sim haacute quanto tempo ____________________________________

Utilizava algum medicamento para combatecirc-la ( ) Sim ( ) Natildeo

Qual _____________________________

Faz ou fez uso de algum outro tipo de medicaccedilatildeo para combater essa dor Em caso de sim

qual e haacute quanto tempo

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

125

APEcircNDICE B ndashndash Termo de consentimento livre e esclarecido

A senhora seraacute submetida a uma cirurgia na qual o tratamento poacutes-ciruacutergico eacute feito

com remeacutedios para aliviar a dor A nossa pesquisa intitulada ldquoESTIMULACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

TRANSCUTAcircNEA DO NERVO ANALGESIA PREEMPTIVA EM COLECISTECTOMIA

POR LAPAROTOMIArdquo usaraacute antes da realizaccedilatildeo da cirurgia durante 60 minutos um

aparelho chamado TENS Queremos saber no periacuteodo poacutes-operatoacuterio o seu niacutevel de dor e a

sua satisfaccedilatildeo com o tratamento Esse tipo de tratamento por noacutes proposto natildeo promove danos

lesivos agrave sua sauacutede e natildeo oferece fatores de risco O fato de vocecirc concordar em participar

desse estudo natildeo implica prejuiacutezo agrave sauacutede bem assim natildeo alteraraacute de nenhuma forma o

tratamento jaacute estabelecido

Eu ________________________________ RG _____________________ fui

informada dos objetivos da pesquisa acima de maneira clara e detalhada Recebi informaccedilotildees

a respeito do tratamento proposto e esclareci minhas duacutevidas Sei que a qualquer momento

poderei solicitar novas informaccedilotildees e modificar minha decisatildeo se assim o desejar Sei tambeacutem

que todos os dados dessa pesquisa ficaratildeo em sigilo e terei a liberdade de retirar meu

consentimento de participaccedilatildeo na pesquisa

________________________________ ____________________________

Paciente Pesquisador

Digital (para caso de pacientes natildeo letrados)

126

APEcircNDICE C ndashndash Ficha de aplicaccedilatildeo da TENS e do ato ciruacutergico

APLICACcedilAtildeO DA TENS

Nuacutemero do estudo ________ Leito__________

Grupo a que pertence a paciente ( ) Preemptivo ( ) Placebo

Paracircmetros de aplicaccedilatildeo da TENS duraccedilatildeo de pulso (T) = 250 micros frequumlecircncia (F) = 4 Hz

e tempo = 60 min

Iniacutecio da aplicaccedilatildeo _____________h

Teacutermino da aplicaccedilatildeo ___________h

Obs _______________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ATO CIRUacuteRGICO

ASA I ( ) II ( )

Horaacuterio de induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ____________h

Medicaccedilatildeo anesteacutesica _________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Horaacuterio da cirurgia Iniacutecio ________h Teacutermino ________ h

Duraccedilatildeo da cirurgia _____________min

Meacutedico cirurgiatildeo ______________________________

Meacutedico anestesista _____________________________

Houve alguma intercorrecircncia ciruacutergica ( )Sim ( ) Natildeo

Horaacuterio da intercorrecircncia ______h

OBS_______________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Obs Lembrar de solicitar ao cirurgiatildeo que a dipirona seja prescrita de 6 em 6 h e o

diclofenaco de soacutedio e a metoclopramida como medicaccedilatildeo de resgate Informaacute-lo que essa

prescriccedilatildeo deveraacute ser procedida durante todo o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar

127

APEcircNDICE D ndashndash Ficha de avaliaccedilatildeo da dor pela Escala Numeacuterica de

Mensuraccedilatildeo da Dor

Nuacutemero do estudo_____ Leito __________________Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________Nome da paciente_______________________________________Horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio Anesteacutesico __________h-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------1) Horaacuterio_______h (2 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)

ENDa na cicatriz_______ENDa em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

2) Horaacuterio_______h (3 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDb na cicatriz_______ENDb em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

3) Horaacuterio_______h (4 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDc na cicatriz_______ENDc em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

4) Horaacuterio_______h (5 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDd na cicatriz_______ENDd em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________

Obs______________________________________________________________________

5) Horaacuterio_______h (7 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDe na cicatriz_______ENDe em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) _________________________Obs_____________________________________________________________________

6) Horaacuterio_______h (8 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDf na cicatriz_______ENDf em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

7) Horaacuterio_______h (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDg na cicatriz_______ENDg em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

8) Horaacuterio_______h (agraves 0700 h do dia de alta hospitalar)ENDh na cicatriz_______ENDh em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________Sentiu dor no ombro em algum momento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio _________________

128

APEcircNDICE E ndashndash Questionaacuterio de Dor McGill

Nuacutemero do estudo_____ Leito__________Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________Nome da paciente_______________________________________Aplicaccedilatildeo do MPQ (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico) __________hldquoAlgumas das palavras que eu vou ler descrevem a sua dor atual Diga-me qual palavra de cada grupomelhor descreve a sua dor Natildeo escolha aquelas que natildeo se aplicam Escolha somente uma palavra decada grupo a mais adequada para a descriccedilatildeo de sua dor Caso nenhuma palavra expresse a sua dorvocecirc pode dizer nenhumardquo

1ordf

( ) 1VIBRACcedilAtildeO

( ) 2TREMOR

( ) 3PULSANTE

( ) 4LATEJANTE

( ) 5COMO BATIDA

( ) 6COMO PANCADA

2ordf

( ) 1PONTADA

( ) 2CHOQUE

( ) 3TIRO

3ordf

( ) 1AGULHADA

( ) 2PERFURANTE

( ) 3FACADA

( ) 4PUNHALADA

( ) 5EM LANCcedilA

4ordf

( ) 1FINA

( ) 2CORTANTE

( ) 3ESTRACcedilALHA

5ordf

( ) 1BELISCAtildeO

( ) 2PRESSAtildeO

( ) 3MORDIDA

( ) 4COacuteLICA

( ) 5ESMAGAMENTO

6ordf

( ) 1FISGADA

( ) 2PUXAtildeO

( ) 3EM TORCcedilAtildeO

7ordf

( ) 1CALOR

( ) 2QUEIMACcedilAtildeO

( ) 3FERVENTE

( ) 4EM BRASA

8ordf

( ) 1FORMIGAMENTO

( ) 2COCEIRA

( ) 3ARDOR

( ) 4FERROADA

9ordf

( ) 1MAL LOCALIZADA

( ) 2DOLORIDA

( ) 3MACHUCADA

( ) 4DOIacuteDA

( ) 5PESADA

10ordf

( ) 1SENSIacuteVEL

( ) 2ESTICADA

( ) 3ESFOLANTE

( ) 4RACHANDO

11ordf

( ) 1CANSATIVA

( ) 2EXAUSTIVA

12ordf

( ) 1ENJOADA

( ) 2SUFOCANTE

13ordf

( ) 1CASTIGANTE

( ) 2ATORMENTA

( ) 3ATERRORIZANTE

( ) 4MALDITA

( ) 5MORTAL

14ordf

( ) 1AMEDRONTADA

( ) 2APAVORANTE

( ) 3CRUEL

15ordf

( ) 1MISERAacuteVEL

( ) 2ENLOUQUECEDORA

16ordf

( ) 1CHATA

( ) 2QUE INCOMODA

( ) 3DESGASTANTE

( ) 4FORTE

( ) 5INSUPORTAacuteVEL

129

17ordf

( ) 1ESPALHA

( ) 2IRRADIA

( ) 3PENETRA

( ) 4ATRAVESSA

18ordf

( ) 1APERTA

( ) 2ADORMECE

( ) 3REPUXA

( ) 4ESPREME

( ) 5RASGA

19ordf

( ) 1FRIA

( ) 2GELADA

( ) 3CONGELANTE

20ordf

( ) 1ABORRECIDA

( ) 2DAacute NAacuteUSEA

( ) 3AGONIZANTE

( ) 4PAVOROSA

( ) 5TORTURANTE

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Iacutendice Quantitativo de Dor

Sensorial SensorialAfetiva Afetiva

Avaliativa AvaliativaMiscelacircnea Miscelacircnea

Total Total

130

APEcircNDICE F ndashndash Ficha de avaliaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo dos pacientes pela Escala

de Satisfaccedilatildeo do Paciente

Nuacutemero do estudo_____

Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________

Nome da paciente_______________________________________

Horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio Anesteacutesico __________h

Leito__________

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

1) Horaacuterio_______h (3 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPb_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

2) Horaacuterio_______h (5 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPd_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

3) Horaacuterio_______h (8 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio o bloqueio)ESPf_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

4) Horaacuterio________h (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPg_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

5) Horaacuterio________h (momento da alta hospitalar)ESPh_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

131

APEcircNDICE G ndashndash Ficha de registro da administraccedilatildeo de faacutermacos no poacutes-operatoacuterio

Qual o tempo decorrido desde a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ateacute a 1ordf requisiccedilatildeo deanalgeacutesicos _____

MEDICAMENTO DIA DOSE HORAacuteRIO VIA DE ADMINISTRACcedilAtildeO

DIPIRONA

_____________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

DICLOFENACO DE

SOacuteDIO

_____________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

METOCLOPRAMIDA

____________________________________________

____________________________________________________

________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

OUTROS

____________________________________________

____________________________________________________

________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

Observaccedilotildees sobre naacuteuseas e ecircmesis____________________________________________________________________________________________________________________________

132

APEcircNDICE H ndashndash Questionaacuterio sobre a aplicaccedilatildeo da TENS

As perguntas que eu vou ler para a senhora referem-se agrave TENS (Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica

Transcutacircnea do Nervo) aquele aparelho que foi utilizado na senhora antes da cirurgia

1) A aplicaccedilatildeo da TENS

( ) Natildeo incomodou

( ) Incomodou um pouco

( ) Incomodou razoavelmente

( ) Incomodou muito

2) Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dor poacutes-operatoacuteriausar

( ) Somente a TENS

( ) Somente os medicamentos

( ) A TENS e os medicamentos

133

APEcircNDICE I ndashndash Lista de tabelas com os resultados da pesquisa

Tabela 13 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo preemptivoPaciente a b c d e f g h

1deg 4 3 4 4 3 3 2 22deg 0 0 0 0 0 0 3 03deg 5 5 55 8 8 5 0 04deg 0 0 4 3 75 75 9 35deg 0 2 4 3 5 5 10 06deg 0 0 0 0 5 6 0 77deg 0 0 0 0 0 0 0 08deg 0 0 0 0 0 0 3 29deg 0 0 0 0 1 4 6 0

10deg 0 2 1 3 3 0 2 311deg 0 0 0 5 0 6 3 112deg 0 0 3 3 2 0 3 313deg 0 2 3 6 3 3 4 014deg 0 0 10 10 3 5 7 115deg 3 3 1 3 3 2 2 016deg 0 0 0 0 4 4 6 017deg 0 0 5 3 8 4 3 018deg 0 0 0 0 0 0 3 019deg 0 0 0 0 4 7 9 020deg 0 0 0 0 0 2 2 021deg 0 0 0 1 3 3 2 022deg 0 0 0 2 0 2 0 023deg 5 7 4 7 9 8 8 224deg 0 0 0 35 6 6 1 025deg 4 5 6 5 3 3 2 0

a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da altahospitalar)

134

Tabela 14 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo placeboPaciente a b c d e F g h

1deg 0 0 0 1 5 10 4 42deg 1 1 0 2 3 1 4 23deg 0 0 3 5 10 10 5 54deg 3 5 3 3 3 3 0 25deg 0 0 0 0 4 8 7 46deg 5 5 8 8 3 3 0 07deg 0 0 4 5 9 9 6 08deg 5 10 10 0 0 0 7 19deg 0 2 4 10 8 9 3 8

10deg 0 0 0 0 0 2 3 411deg 0 0 1 4 5 8 7 412deg 0 0 1 4 4 5 5 013deg 0 6 7 4 45 3 3 314deg 0 1 9 9 6 6 4 215deg 0 0 0 4 6 7 5 016deg 0 0 6 10 2 3 4 017deg 1 5 7 8 8 5 4 118deg 0 0 5 8 2 2 3 019deg 0 0 2 3 5 6 0 020deg 0 0 0 10 9 2 6 021deg 2 3 6 7 2 3 3 122deg 0 5 7 2 4 0 0 023deg 0 7 0 0 0 0 1 024deg 0 3 8 8 8 9 8 325deg 1 3 5 5 8 8 0 0

a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da altahospitalar)

135

Tabela 15 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupopreemptivo com o tratamento que estava sendo realizado obtidospela Escala de Satisfaccedilatildeo dos PacientesPaciente b d f g h

1deg 8 8 9 9 92deg 8 10 10 10 103deg 8 8 9 9 94deg 9 9 9 95 105deg 8 10 10 10 106deg 8 8 10 10 107deg 10 10 10 10 108deg 10 10 10 10 109deg 10 10 10 10 10

10deg 10 10 10 10 1011deg 10 10 10 10 1012deg 10 10 10 10 1013deg 10 10 8 10 1014deg 10 10 10 10 1015deg 9 9 9 9 1016deg 8 8 8 9 1017deg 10 10 10 10 1018deg 10 10 10 10 1019deg 10 9 8 6 1020deg 10 10 10 10 1021deg 10 10 10 10 1022deg 10 10 8 9 1023deg 10 10 10 10 1024deg 10 10 10 10 1025deg 10 10 10 10 10

b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)

136

Tabela 16 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupoplacebo com o tratamento que estava sendo realizado obtidos pelaEscala de Satisfaccedilatildeo dos PacientesPaciente b d f g h

1deg 8 10 7 10 82deg 8 8 9 9 93deg 10 10 10 10 104deg 10 10 10 10 105deg 10 10 10 10 106deg 10 10 10 10 107deg 9 6 8 8 98deg 8 8 8 4 39deg 5 5 5 8 10

10deg - - - - -11deg 10 10 10 10 1012deg 7 7 7 5 513deg 9 9 9 9 1014deg 8 6 9 9 1015deg 10 10 8 10 1016deg 10 9 10 10 1017deg 8 10 10 10 1018deg 10 10 10 10 1019deg 10 10 10 10 1020deg 8 10 10 10 1021deg 8 10 10 10 1022deg 10 10 10 10 1023deg 10 10 10 10 1024deg 10 8 9 10 1025deg 10 10 10 10 10

b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar) A 10deg paciente desse grupo natildeo conseguiu compreender a Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

137

Tabela 17 ndashndash Uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico e tempo decorrido desde essa induccedilatildeo ateacute a primeira solicitaccedilatildeodessa droga nos grupos preemptivo e placebo

Uso de diclofenaco de soacutedio Tempo (min)

Paciente Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo

1deg Natildeo Sim - 2302deg Natildeo Natildeo - -3deg Natildeo Sim - 4404deg Natildeo Sim - 2255deg Sim Sim 224 6906deg Natildeo Sim - 5057deg Natildeo Natildeo - -8deg Sim Sim 805 3009deg Sim Natildeo 465 -

10deg Natildeo Sim - 84011deg Sim Natildeo 435 -12deg Sim Natildeo 415 -13deg Sim Sim 330 41014deg Sim Sim 310 36015deg Natildeo Sim - 72216deg Sim Natildeo 716 -17deg Sim Sim 685 40018deg Sim Sim 570 39519deg Natildeo Natildeo - -20deg Natildeo Sim - 61521deg Natildeo Sim - 42022deg Natildeo Natildeo - -23deg Sim Sim 305 50024deg Sim Natildeo 590 -25deg Natildeo Natildeo - -

138

Tabela 18 ndashndash Presenccedila de dor no ombro direito noperiacuteodo poacutes-operatoacuterio nas pacientes dos grupospreemptivo e placebo

Relato de dor no ombro direito

Paciente Grupo preemptivo Grupo placebo

1deg Natildeo Sim2deg Sim Natildeo3deg Natildeo Natildeo4deg Natildeo Sim5deg Sim Sim6deg Natildeo Natildeo7deg Natildeo Natildeo8deg Natildeo Natildeo9deg Sim Natildeo10deg Natildeo Natildeo11deg Natildeo Natildeo12deg Natildeo Sim13deg Natildeo Natildeo14deg Sim Sim15deg Sim Natildeo16deg Natildeo Natildeo17deg Sim Natildeo18deg Natildeo Sim19deg Sim Natildeo20deg Natildeo Natildeo21deg Sim Natildeo22deg Sim Sim23deg Natildeo Natildeo24deg Sim Natildeo25deg Natildeo Sim

139

Tabela 19 ndashndash Quantidade de vezes em que a metoclopramida o diclofenaco de soacutedio e adipirona foram administradas em cada paciente durante todo o periacuteodo poacutes-operatoacuterio em queelas estavam internadas

Metoclopramida (10 mg) Diclofenaco de soacutedio(75 mg)

Dipirona (1 g)

Paciente Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo

1deg - - - 1 7 72deg 1 - 2 2 4 73deg - - - 1 7 74deg - - 1 1 7 75deg - - 2 3 4 76deg - 2 - 1 7 67deg 1 2 - - 6 78deg 1 - 1 2 7 79deg - - 3 - 6 7

10deg 3 - - 1 3 711deg - - 1 - 7 612deg 1 - 1 - 7 713deg - - 1 2 7 714deg - 2 3 1 7 715deg - 2 - 2 7 416deg - 1 - - 7 617deg - 1 1 1 7 718deg - - 1 3 7 719deg - - - 1 6 720deg - - 1 3 7 721deg - - - 1 7 722deg - - 1 1 7 423deg - 2 1 2 7 224deg - 1 3 - 3 425deg - - - 1 7 3

  • ElementosPre-textuaispdf
  • EstimulaccedilatildeoEleacutetricaTranscutacircneaDoNervo-AnalgesiaPreemptivapdf

A todos os integrantes do Departamento de Biomecacircnica Medicina e Reabilitaccedilatildeo do

Aparelho Locomotor da Faculdade de Medicina de Ribeiratildeo Preto pela disponibilidade e

atenccedilatildeo fornecidas em especial a Maria de Faacutetima Feitosa Lima

Aos amigos Vaacutelter Joviniano de Santana Filho e Josimari Melo de Santana que sempre me

acolheram como verdadeiros pais nessa nova jornada que se processou em minha vida

Obrigado de coraccedilatildeo a vocecircs pela amizade incentivo carinho e respeito

Aos companheiros de pesquisa Thaiacutesa Barreto Brenno Santiago Jaqueline Lobatildeo Joseacute Nery

Marcelo Prata Paulo Autran Thaiacutes Costa e Renata Essa pesquisa eacute um dos frutos que

colhemos ao longo de todos esses meses

Aos amigos de longas datas pelas saacutebias palavras conselhos viagens e por saberem

compreender o verdadeiro sentido da palavra Amizade Valeska Dias Andrei Ribeiro Thiago

Paulino Taacutecito Leite Murilo Arauacutejo Mariana Godoy Alina Alberto Ribeiro Wylner

Cardozo Elisvacircnia Barroso e Larissa Sampaio

Aos novos amigos que me acolheram em Ribeiratildeo Preto Badauecirc Keka Luquinhas Mateus

Emiacutelson Ricardo Maacutercio Manuela Carol e Mariana Ainda temos muita estrada para

compartilharmos juntos Obrigado por tudo

A todos os integrantes da Liga de Dor de Ribeiratildeo Preto ndashndash professores e estudantes ndashndash pelo

profissionalismo e sobretudo pelo clima de amizade sempre presente Poder compartilhar um

mesmo ambiente com pessoas tatildeo dedicadas e saacutebias tem sido um processo de aprendizado

muito relevante para mim Em especial ao Prof Dr Joseacute Geraldo Speciali e agrave Profordf Drordf

Faacutetima Aparecida Emm Faleiros Souza

Agrave Profordf Drordf Claacuteudia Benedita dos Santos pelo grande apoio na reta final e simpatia sempre

presente Desejo-lhe imenso sucesso nessa proacutexima etapa da sua vida profissional

Agraves funcionaacuterias do Hospital das Cliacutenicas de Ribeiratildeo Preto em especial Rita e Siacutelvia que

sempre me atenderam e ldquosocorreramrdquo com um carinho e simpatia muito grandes

A todos os funcionaacuterios do Hospital Satildeo Domingos Saacutevio ndashndash cirurgiotildees anestesiologistas

enfermeiros teacutecnicas em enfermagem e porteiros ndashndash que sempre se mostraram receptivos a

nossa presenccedila e principalmente aos pacientes que se disponibilizaram a participar da nossa

pesquisa

ldquoAprendemos em decorrecircncia de literalmente centenas de experiecircncias que existe um limite

para a eficaacutecia de qualquer terapia empregada poreacutem felizmente os efeitos de duas ou mais

terapias fornecidas em combinaccedilatildeo satildeo cumulativosrdquo

Melzack e Wall 1987

RESUMO

GUERRA D R Estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea do nervo analgesia preemptiva emcolecistectomia por laparotomia 2005 139 f Dissertaccedilatildeo de mestrado ndashndash Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto 2005

Introduccedilatildeo O uso da Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo (TENS) vem sendo muito

pesquisado em poacutes-operatoacuterios todavia os estudos natildeo analisam se a TENS de baixa

frequumlecircncia ndashndash que estimula a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos ndashndash seria eficiente em promover

analgesia preemptiva Objetivo Analisar se essa modalidade de TENS aplicada antes de

colecistectomias por laparotomia poderia proporcionar analgesia preemptiva Casuiacutestica e

meacutetodo A pesquisa ndashndash cliacutenica controlada randomizada e duplamente encoberta ndashndash foi

realizada no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio e teve uma amostra de 50 pacientes todas do sexo

feminino grupo preemptivo (n = 25) e placebo (n = 25) As pacientes do primeiro grupo

foram submetidas agrave aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia antes da cirurgia e as do grupo

placebo a uma falsa estimulaccedilatildeo Houve a padronizaccedilatildeo do cloridrato de bupivacaiacutena (05)

como droga anesteacutesica associado ao fentanil (2 ml) para a realizaccedilatildeo das colecistectomias e

da medicaccedilatildeo analgeacutesica utilizada no poacutes-operatoacuterio dipirona prescrita de 6 em 6 horas e

diclofenaco de soacutedio como medicaccedilatildeo de resgate A intensidade de dor poacutes-operatoacuteria foi

mensurada pela Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END) em 8 momentos (2frac12 3frac12

4frac12 5frac12 7 8 e 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico aleacutem de uma uacuteltima

verificaccedilatildeo no momento da alta hospitalar) e pelo Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ)

aplicado 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico Outrossim o grau de satisfaccedilatildeo das

pacientes com o tratamento foi mensurado pela Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (ESP) Os

dados foram analisados por meio de testes estatiacutesticos descritivos Teste de Mann-Whitney

Teste-t de Student para amostras natildeo-pareadas e qui-quadrado sendo o niacutevel de significacircncia

de 5 Resultados A intensidade de dor mensurada pela END foi significantemente menor

no grupo preemptivo nas terceira e quarta coletas Natildeo houve diferenccedila significante quanto

aos iacutendices obtidos pelo MPQ e nem quanto agrave satisfaccedilatildeo das pacientes o consumo de drogas

analgeacutesicas no poacutes-operatoacuterio e o tempo para o primeiro requerimento de diclofenaco de

soacutedio Conclusatildeo A TENS de baixa frequumlecircncia proporcionou analgesia preemptiva apoacutes

colecistectomia por laparotomia

Palavras-chave dor estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea do nervo colecistectomia analgesiapreemptviva

ABSTRACT

GUERRA D R Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation preemptive analgesia inopen cholecystectomy 2005 139 f Masterrsquos dissertation ndashndash Faculdade de Medicina deRibeiratildeo Preto Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto 2005

Introduction Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation (TENS) has been searched in the

postoperative period however these studies donrsquot analyze whether low frequency TENS ndashndash

that stimulates the release of endogenous opioids ndashndash could be efficient to provide preemptive

analgesia Objective The aim of this study was to verify whether low frequency TENS

applied before open cholecystectomies could provide it Cases and method It was a

controlled randomized and double-blinded trial carried out at the Hospital Satildeo Domingos

Saacutevio (Aracaju city Brazil) and had a sample of 50 patients preemptive group (n = 25) and

placebo (n = 25) The patients from the first group were submitted to the application of TENS

before the surgery and the placebo group to a false stimulation There was the standardization

of the bupivacaine (05 ) as anesthetic drug plus fentanyl (2 ml) for the accomplishment of

the cholecystectomies and of the analgesic medication used in the postoperative period

dipyrone prescribed for every 6 hours and diclofenac only if the patients complained about

pain Pain intensity was measured by the Numerical Rating Scale (NRS) in 8 moments (2frac12

3frac12 4frac12 5frac12 7 8 e 16 hours after inducing the anesthesia besides one last verification at the

hospital discharge) and by the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (Br-MPQ)

applied 16 hours after inducing the anesthesia Patient satisfaction level in relation to the

treatment was measured by the Patient Satisfaction Scale (PSS) The data were analyzed by

Mann-Whitney Test unpaired t-test and qui-square being significant those data with p lt

005 Results Pain intensity measured by the NRS was lower in the preemptive group in the

third and fourth verifications There was no difference neither in relation to the indexes

obtained with the Br-MPQ nor the PSS consume of analgesics in the postoperative and time

for the first request of diclofenac Conclusion Low frequency TENS provided preemptive

analgesia after open cholecystectomy

Keywords pain transcutaneous electrical nerve stimulation cholecystectomy preemptive

analgesia

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 ndashndash Aparelho Dualpex 961

Figura 2 ndashndash Aparelho Physiotonus Four

Figura 3 ndashndash Simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENS

Figura 4 ndashndash Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor numerada de 0 a 10cm

Graacutefico 1 ndashndash Representaccedilatildeo das idades das pacientes

Graacutefico 2 ndashndash Representaccedilatildeo dos pesos das pacientes

Graacutefico 3 ndashndash Representaccedilatildeo das estaturas das pacientes

Graacutefico 4 ndashndash Representaccedilatildeo dos Iacutendices de Massa Corporal (IMC) das pacientes

Graacutefico 5 ndashndash Relato das pacientes sobre o periacuteodo em meses em que vinham sentindodor devido agrave doenccedila da vesiacutecula biliar

Graacutefico 6 ndashndash Estado fiacutesico das pacientes de acordo com a classificaccedilatildeo da SociedadeAmericana de Anestesiologia

Graacutefico 7 ndashndash Relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos antes da colecistectomiapara o tratamento da dor decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou deoutras doenccedilas crocircnicas

Graacutefico 8 ndashndash Representaccedilatildeo do tempo decorrido desde o teacutermino da aplicaccedilatildeo daEstimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo ateacute a induccedilatildeo do bloqueioAnesteacutesico nas pacientes

Graacutefico 9 ndashndash Representaccedilatildeo da duraccedilatildeo das cirurgias

Graacutefico 10 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia da intensidade de dor incisional por meio daEND (Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)

Graacutefico 11 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento queestava sendo realizado obtida pela ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente)

Graacutefico 12 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total eem cada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivoe placebo

Graacutefico 13 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia do Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e emcada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo eplacebo

35

35

37

39

46

47

47

48

50

51

52

53

54

56

58

64

66

Graacutefico 14 ndashndash Representaccedilatildeo do consumo de diclofenaco de soacutedio pelas pacientes nasprimeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico

Graacutefico 15 ndashndash Representaccedilatildeo dos intervalos desde a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ateacute asolicitaccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio nas pacientes que assim a fizeram nasprimeiras 16 horas apoacutes tal induccedilatildeo

Graacutefico 16 ndashndash Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram diclofenaco de soacutedio desdeo iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar

Graacutefico 17 ndashndash Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram dipirona desde o iniacutecio doperiacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar

Graacutefico 18 ndashndash Ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes em algummomento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio durante a internaccedilatildeo hospitalar

Graacutefico 19 ndashndash Uso de metoclopramida pelas pacientes durante o periacuteodo de internaccedilatildeohospitalar

Graacutefico 20 ndashndash A aplicaccedilatildeo da TENS

Graacutefico 21 ndashndash Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dorpoacutes-operatoacuteria usar

67

68

69

70

71

72

73

74

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndashndash Dados demograacuteficos da amostra

Tabela 2 ndashndash Distribuiccedilatildeo da categoria de peso das pacientes de acordo com os dadosobtidos pelo iacutendice de massa corporal (IMC)

Tabela 3 ndashndash Niacutevel de escolaridade das pacientes

Tabela 4 ndashndash Diagnoacutestico cliacutenico das pacientes

Tabela 5 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) da intensidade de dorincisional mensurada por meio da END (Escala Numeacuterica deMensuraccedilatildeo da Dor

Tabela 6 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) do grau de satisfaccedilatildeodas pacientes com o tratamento que estava sendo realizado

Tabela 7 ndashndash Relaccedilatildeo dos descritores do Questionaacuterio de Dor McGill selecionadospelas pacientes

Tabela 8 ndashndash Nuacutemero de pacientes que selecionou cada subcategoria do Questionaacuterio deDor McGill

Tabela 9 ndashndash Descritores do Questionaacuterio de Dor McGill mais frequumlentementeselecionados pelas pacientes

Tabela 10 ndashndash Iacutendice do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill

Tabela 11 ndashndash Relaccedilatildeo do Nuacutemero de Palavras Escolhidas nas categorias sensorial(NWC-S) e afetiva (NWC-Af) entre os grupos preemptivo e placebo

Tabela 12ndashndash Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cada categoria doQuestionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placebo

Tabela 13 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo preemptivo

Tabela 14 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo placebo

Tabela 15 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupo preemptivo com otratamento que estava sendo realizado obtidos pela Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

Tabela 16 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupo placebo com otratamento que estava sendo realizado obtidos pela Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

46

49

49

49

55

57

60

61

62

63

63

65

133

134

1356

Tabela 17 ndashndash Uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico e tempo decorrido desde essa induccedilatildeo ateacute a primeirasolicitaccedilatildeo dessa droga nos grupos preemptivo e placebo

Tabela 18 ndashndash Presenccedila de dor no ombro direito no periacuteodo poacutes-operatoacuterio naspacientes dos grupos preemptivo e placebo

Tabela 19 ndashndash Quantidade de vezes em que a metoclopramida o diclofenaco de soacutedio ea dipirona foram administradas em cada paciente durante todo o periacuteodopoacutes-operatoacuterio em que elas estavam internadas

136

137

138

139

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACTH

AMPc

ASA

acirc-LPH

END

ESP

Adrenocorticotropina

Adenosina monofosfato

American Society of Anesthesiology (Sociedade Americana de Anestesiologia)

acirc-lipotropina

Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente

IASP International Association for the Study of Pain (Associaccedilatildeo Internacional para o

Estudo da Dor)

IBA

IMC

MPQ

NMDA

NWC

NWC-t

NWC-s

NWC-af

NWC-av

NWC-m

PPI

Iniacutecio do Bloqueio Anesteacutesico

Iacutendice de Massa Corporal

McGill Pain Questionnaire (Questionaacuterio de Dor McGill)

N-metil-D-aspartato

Number of Words Chosen (Nuacutemero de Palavras Escolhidas)

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Total

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Sensorial

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Afetiva

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Avaliativa

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Miscelacircnea

Present Pain Intensity (Intensidade de Dor Presente)

PRI Pain Rating Iacutendex (Iacutendice Quantitativo de Dor)

RNA

SEM

Aacutecido Ribonucleacuteico

Standard Error Mean (Erro Padratildeo da Meacutedia)

SN

SUS

TENS

TNLs

VAS

Sistema Nervoso

Sistema Uacutenico de Sauacutede

Transcutaneus Electrical Nerve Stimulation (Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do

Nervo)

Terminaccedilotildees Nervosas Livres

Visual Analogue Scale (Escala Analoacutegica Visual)

LISTA DE SIacuteMBOLOS

cm Centiacutemetro

g

H+

K+

h

Hz

Kg

m

ml

min

micros

acirc

auml

divide2

Grama

Iacuteon hidrogecircnio

Iacuteon potaacutessio

Hora

Hertz

Kilograma

Metro

Mililitro

Minuto

Microsegundo

Beta

Delta

Qui-quadrado

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 18

2 OBJETIVO

3 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

31 DESENHO DO ESTUDO

32 LOCAL

33 CASUIacuteSTICA E CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO E EXCLUSAtildeO

34 INTERNAMENTO DAS PACIENTES

35 RANDOMIZACcedilAtildeO

36 AVALIACcedilAtildeO CLIacuteNICA

37 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

38 MATERIAIS

39 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

391 Os grupos de pacientes da pesquisa

392 Teacutecnica de aplicaccedilatildeo da TENS

393 Teacutecnica anesteacutesica

394 Cirurgia e prescriccedilatildeo de medicamentos

395 Instrumentos de coleta de dados

3951 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END)

3952 Questionaacuterio de Dor McGill

3953 Escala de Satisfaccedilatildeo dos Pacientes

3954 Ficha do consumo de faacutermacos

3955 Questionaacuterio sobre a aplicaccedilatildeo da TENS

310 ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS DADOS

311 TEacuteCNICA UTILIZADA PARA A DEMONSTRACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

27

29

29

29

29

32

33

33

34

34

35

35

36

37

38

39

39

40

41

42

42

43

43

4 RESULTADOS

5 DISCUSSAtildeO

51 DADOS DEMOGRAacuteFICOS E CLIacuteNICOS

52 ANAacuteLISE DA DOR PELA ESCALA NUMEacuteRICA DE MENSURACcedilAtildeO DA DOR

53 ANAacuteLISE DA SATISFACcedilAtildeO DAS PACIENTES COM O TRATAMENTO

44

75

76

79

90

54 ANAacuteLISE DA DOR PELO QUESTIONAacuteRIO DE DOR McGILL

55 TEMPO PARA A PRIMEIRA ADMINISTRACcedilAtildeO DO DICLOFENACO DE

SOacuteDIO

56 ANAacuteLISE DO CONSUMO DE ANALGEacuteSICOS NO POacuteS-OPERATOacuteRIO

57 DOR REFERIDA

58 ANAacuteLISE DO CONSUMO DE METOCLOPRAMIDA

59 QUESTIONAacuteRIO SOBRE A TENS

6 CONCLUSAtildeO

92

99

101

104

105

106

108

REFEREcircNCIAS 110

APEcircNDICES 123

18

INTRODUCcedilAtildeO

19

1 INTRODUCcedilAtildeO

A dor um dos mais importantes mecanismos de defesa do corpo humano propicia

um sinal de alerta ao enceacutefalo de que os tecidos estatildeo expostos a uma situaccedilatildeo de perigo

mesmo que a dor ocorra antes de um real dano fiacutesico Haacute longiacutenquo tempo o homem pesquisa

maneiras para aliviar a dor o que proporcionou vaacuterios avanccedilos no campo das modalidades

analgeacutesicas com destaque para os opioacuteides ndashndash entre os faacutermacos e na fisioterapia os

estimuladores eleacutetricos como a Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo (Transcutaneus

Electrical Nerve Stimulation ndashndash TENS) modalidade terapecircutica que consiste na aplicaccedilatildeo de

corrente eleacutetrica ao corpo humano com fins analgeacutesicos (CHANDRAN SLUKA 2003

DuGAS 1988 FORTH BEYER PETER 1995 LOW REED 2001 STARKEY 2001

TEIXEIRA SOUZA 2001 WOOD 1998)

A tecnologia e a ciecircncia deram suporte agrave TENS natildeo apenas pela criaccedilatildeo dos

modernos e praacuteticos aparelhos eletroteraacutepicos mas tambeacutem pelo conhecimento acerca do seu

mecanismo de accedilatildeo possibilitando que essa teacutecnica fosse amplamente difundida em vaacuterios

paiacuteses De um modo geral a TENS possui inuacutemeras indicaccedilotildees podendo ser aplicada em

qualquer siacutendrome dolorosa aguda ou crocircnica de causa diagnosticada inclusive no periacuteodo

poacutes-operatoacuterio (ANTUNES et al 2002 BUTTON SAWYER 1999 CREPON 1996

DAMIANE C DAMIANE G 1998 IMAMURA et al 1995 ROBINSON 2001

SANTIESTEBAN 1993 SLUKA WALSH 2003)

Ultimamente tem-se abordado bastante o uso da TENS para o tratamento de dores

poacutes-operatoacuterias como as decorrentes de cirurgias cardiacuteacas colecistectomias toracotomias

endoscopias microlariacutengeas cirurgias laparoscoacutepicas gastrectomias entre outras A TENS

tem sido na maioria das pesquisas um recurso analgeacutesico eficiente em poacutes-operatoacuterios na

dependecircncia do tipo de cirurgia metodologia empregada grau de dor gerado e medicaccedilatildeo

20

concorrente Todavia as pesquisas tecircm restringido seu uso somente ao periacuteodo poacutes-ciruacutergico

natildeo a empregando antes de cirurgias com o intuito de tratar a dor antes mesmo do seu

surgimento (BENEDETTI et al 1997 CARROL BADURA 2001 LOMBARD et al 1996

MARIANO BEN 1998 MARIN CASTRO 1986 TOYOTA SATAKE AMAKI 1999

ZAacuteRATE et al 2001)

Existem quatro modalidades de TENS convencional acupuntura burst e breve-

intensa A TENS acupuntura muito conhecida como TENS de baixa frequumlecircncia estimula a

liberaccedilatildeo pela glacircndula hipoacutefise de ACTH (adrenocorticotropina) e acirc-lipotropina (acirc-LPH)

que eacute a substacircncia precursora da acirc-endorfina ocorrendo entatildeo a ligaccedilatildeo dessa com os

receptores das fibras nervosas bloqueando assim a passagem do impulso doloroso As acirc-

endorfinas permaneceriam circulando pelo organismo durante algumas horas promovendo

analgesia prolongada Outros autores relatam que haacute tambeacutem com o uso da TENS de baixa

frequumlecircncia a liberaccedilatildeo de outros tipos de opioacuteides endoacutegenos (BISSCHOP G BISSCHOP

Eacute COMMANDREacute 2001 CHESTERTON et al 2003 CREPON 1996 DAMIANE C

DAMIANE G 1998 ROBINSON 2001 SALGADO 1999 SLUKA et al 1999 SLUKA

2000 STARKEY 2001)

O uso da TENS para o tratamento da dor poacutes-operatoacuteria eacute estimulado pela tendecircncia

atual da analgesia multimodal que se caracteriza pela combinaccedilatildeo sineacutergica de agentes

analgeacutesicos ndashndash farmacoloacutegicos e natildeo-farmacoloacutegicos ndashndash com diferentes mecanismos de accedilatildeo e

vias de administraccedilatildeo proporcionando analgesia mais efetiva e com menor incidecircncia de

efeitos adversos devido agraves menores dosagens empregadas (LABRADA JIMEacuteNEZ-

GARCIA 2004 TORRE et al 2002) Outros recursos natildeo-farmacoloacutegicos tambeacutem tecircm sido

usados como acupuntura eletroacupuntura termoterapia massoterapia cinesioterapia

posicionamento imobilizaccedilatildeo outras correntes eletroanalgeacutesicas e teacutecnicas de relaxamento

meditaccedilatildeo e imaginaccedilatildeo (SOFAER 1994 YENG et al 2001)

21

Seguindo esse conceito de analgesia multimodal alguns experimentos cliacutenicos tecircm

analisado o efeito da analgesia preemptiva O qualificativo traduzido livremente do inglecircs

para a liacutengua portuguesa tem origem da palavra preemptive e significa profilaacutetico Assim

drogas analgeacutesicas e anesteacutesicas tecircm sido administradas antes mesmo do ato ciruacutergico com o

objetivo de minimizar o quadro aacutelgico no poacutes-operatoacuterio por inibiccedilatildeo dos fenocircmenos de

hipersensibilidade central e perifeacuterica Embora satisfatoacuterios resultados jaacute tenham sido obtidos

com a utilizaccedilatildeo desse meacutetodo ainda existem muitas controveacutersias sobre o tema tendo em

vista algumas tentativas frustradas de se obter esse tipo de estrateacutegia de analgesia (AIDA et

al 1999 KONRAD CORDEIRO COELI 2001 MCQUAY 1995 MOINICHE KEHLET

DAHL 2002 ONG et al 2005 PONTES PRADO 2002 SEKAR et al 2004 SINATRA

2002 WARNCKE STUBHAUG JORUM 2000)

Uma das questotildees mais polecircmicas sobre a analgesia preemptiva reside no seu

proacuteprio conceito e eacute relevante que esse seja bem definido para evitar interpretaccedilotildees erradas de

resultados Kissin (1994) afirma que constantemente haacute um errocircneo uso do termo em questatildeo

que deve ser restrito apenas agrave intervenccedilatildeo procedida antes da cirurgia com o objetivo de

reduzir a dor poacutes-operatoacuteria De acordo com Hepner (2000) algumas pesquisas vg a de

Motamed (2000) tecircm analisado o efeito de drogas antes do fechamento da incisatildeo ciruacutergica o

que natildeo caracteriza a analgesia preemptiva jaacute que o procedimento natildeo fora realizado antes da

cirurgia (ONG et al 2005)

Kissin (2000) criticou as 3 definiccedilotildees mais usadas de analgesia preemptiva a)

tratamento que comeccedila antes da cirurgia b) que previne o estabelecimento da

hipersensibilidade central causada pela lesatildeo incisional e c) que previne a hipersensibilidade

central causada pelas lesotildees incisional e inflamatoacuteria A primeira seria errocircnea pois a palavra

preemptivo significa preventivo e natildeo somente antes da incisatildeo ciruacutergica Assim bloqueios

ineficientes natildeo podem ser considerados preemptivos A segunda seria muito restrita pois

22

exclui a hipersensibilidade central causada pela inflamaccedilatildeo que ocorre no periacuteodo poacutes-

operatoacuterio inicial ideacuteia ratificada por Ong et al (2005) Contudo essa eacute a mais utilizada visto

que as diferenccedilas entre os resultados obtidos com as intervenccedilotildees que se processam antes e

apoacutes a cirurgia a evidenciam A uacuteltima eacute a mais ampla pois tambeacutem abrange a prevenccedilatildeo da

hipersensibilidade provocada pelo processo inflamatoacuterio

Inicialmente seu conceito abrangia apenas o tempo de administraccedilatildeo da droga para

verificar seu efeito comparando os momentos preacute e poacutes-operatoacuterios poreacutem natildeo englobava os

estudos que comparavam tratamentos com uso de medicaccedilatildeo analgeacutesica preacute-operatoacuteria versus

aqueles que natildeo a utilizavam (MOINICHE KEHLET DAHL 2002) Esse eacute o conceito de

analgesia preemptiva que estamos utilizando nessa pesquisa em que iremos comparar o uso

da TENS no periacuteodo preacute-operatoacuterio com um grupo placebo e natildeo comparar o seu efeito preacute

versus poacutes-operatoacuterio Alguns autores consideram que esse desenho de estudo estabelecido

em nossa pesquisa verificaria apenas uma analgesia preventiva e natildeo preemptiva natildeo

obstante nos detemos agravequeles que tambeacutem consideram esse desenho como meacutetodo para

verificar analgesia preemptiva

A colecistectomia eacute a cirurgia realizada para extrair a vesiacutecula biliar que se encontra

enferma seja devido a caacutelculos inflamaccedilotildees eou infecccedilotildees tendo uma alta incidecircncia

principalmente sobre a populaccedilatildeo mais idosa Ela pode ser procedida por laparotomia ou

laparoscopia O primeiro meacutetodo que eacute mais agressivo proporciona dor de caraacuteter moderado

a intenso no poacutes-operatoacuterio em decorrecircncia da incisatildeo ciruacutergica manipulaccedilatildeo da regiatildeo

ocasional irritaccedilatildeo da pleura pulmonar diafragmaacutetica e do nervo frecircnico e processo

inflamatoacuterio (ANDRADE 2002 BLUMGART 1988 BRENTANO 2003 GOFFI GOFFI

JUacuteNIOR SORBELLO 1996 MACHADO RAIA 1994 MARIANO BEN 1998

MERINO 2001 PEREacuteZ-AYUSO 2002 ROSLYN ZINNER 1996 WAY DUNPHY

1993)

23

Quando ocorre a lesatildeo tecidual perifeacuterica ndashndash decorrente vg da cirurgia ndashndash haacute dois

tipos de respostas do Sistema Nervoso (SN) sensibilizaccedilatildeo perifeacuterica ndashndash que eacute a diminuiccedilatildeo

do limiar de excitabilidade dos nociceptores perifeacutericos e sensibilizaccedilatildeo central ndashndash aumento

da excitabilidade dos neurocircnios da medula espinhal Essas modificaccedilotildees determinaratildeo o

estado de hipersensibilidade dolorosa caracteriacutestico de poacutes-operatoacuterios em que se verifica

reduccedilatildeo do limiar de dor e aumento da resposta aos estiacutemulos nocivos tanto no local da lesatildeo

quanto nos tecidos adjacentes (VALE 2000 WOOLF CHONG 1993)

Sabe-se que apoacutes o trauma ciruacutergico altas concentraccedilotildees de substacircncias

algiogecircnicas satildeo liberadas de ceacutelulas lesadas como os leucoacutecitos mastoacutecitos e plaquetas e de

moleacuteculas livres presentes no interior dos vasos sanguumliacuteneos Dentre essas substacircncias

destacam-se prostaglandinas leucotrienos aacutecido araquidocircnico bradicininas H+ K+

histamina substacircncia P tromboxanos serotonina entre outras que satildeo capazes de

sensibilizar os nociceptores das fibras Aauml e C amplamente distribuiacutedos nos tecidos

facilitando a transmissatildeo do impulso doloroso fenocircmeno conhecido como hiperalgesia

primaacuteria caracterizado pela reduccedilatildeo do limiar das terminaccedilotildees nervosas livres (TNLs) aos

estiacutemulos nocivos Em algumas horas a hiperalgesia secundaacuteria aumenta o tamanho da aacuterea

dolorida agrave medida que substacircncias quiacutemicas se difundem aos tecidos vizinhos tornando-os

hipersensiacuteveis (BONICA et al 1990 BRIDENBAUGH 1994 KISSIN 2000 ONG et al

2005 SINATRA 2002 STARKEY 2001 WOOLF CHONG 1993)

Sob condiccedilotildees normais os impulsos das fibras aferentes primaacuterias e dos

interneurocircnios espinhais ativam somente a zona de gatilho da ceacutelula localizada no seu centro

natildeo sendo suficiente para deflagrar o potencial de accedilatildeo na regiatildeo adjacente a este sendo o

estiacutemulo entatildeo sublimiar Todavia quando essas ceacutelulas sofrem sensibilizaccedilatildeo esses inputs

que eram sublimiares satildeo convertidos em estiacutemulos supra-limiares A maior excitabilidade

dessas ceacutelulas eacute responsaacutevel pela expansatildeo do nuacutemero de receptores especializados aumento

24

da magnitude e duraccedilatildeo da resposta aos estiacutemulos supra-limiares e reduccedilatildeo do limiar

incluindo aumento da excitabilidade tambeacutem dos mecanorreceptores de baixo limiar

(WOOLF CHONG 1993)

Isso tudo ocorreria porque a repetida deflagraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo nas fibras Aauml

e C acarretaria liberaccedilatildeo na medula espinhal de aacutecido glutacircmico e neuropeptiacutedeos A somaccedilatildeo

desses potenciais provoca progressivo aumento e duraccedilatildeo da despolarizaccedilatildeo dos neurocircnios da

coluna dorsal que ocorre em consequumlecircncia agrave ativaccedilatildeo de receptores N-metil-D-aspartato

(NMDA) e possivelmente de receptores de taquininas pela substacircncia P e neurocinina A

Essa ativaccedilatildeo seria resultado da entrada de caacutelcio atraveacutes dos canais iocircnicos ligante e

voltagem dependentes e da ativaccedilatildeo de proteiacutenas guanosina trifosfato e promoveria

mudanccedilas da concentraccedilatildeo de mensageiros secundaacuterios nos neurocircnios espinhais Esses

mensageiros secundaacuterios incluindo o AMPc (adenosina monofosfato) ciacuteclico alteram a

ativaccedilatildeo da proteiacutena cinase que pela fosforilaccedilatildeo de proteiacutenas como canais iocircnicos e

enzimas podem alterar suas funccedilotildees A ativaccedilatildeo da proteiacutena quinase em resposta agrave substacircncia

P tem demonstrado exercer um efeito de feedback positivo nos receptores NMDA dos

neurocircnios espinhais aumentando a eficaacutecia deles pela reduccedilatildeo da sua suscetibilidade ao

bloqueio de Magneacutesio (WOOLF CHONG 1993)

Mensageiros secundaacuterios podem tambeacutem dar origem a moleacuteculas de natureza ainda

natildeo bem elucidada que penetram nos neurocircnios e alcanccedilam o nuacutecleo celular provocando

modificaccedilotildees em sua expressatildeo geneacutetica com subsequumlente siacutentese de RNA mensageiro Este

estimula a produccedilatildeo de moleacuteculas que atuam como receptores excitatoacuterios e tambeacutem estaacute

envolvido na siacutentese de neurotransmissores retroacutegrados como oacutexido niacutetrico monoacutexido de

carbono e prostaglandinas que se disseminam das ceacutelulas para o interstiacutecio acarretando

liberaccedilatildeo de mais neurotransmissores excitatoacuterios dos aferentes primaacuterios O termo wind up

tem sido empregado para descrever esse aumento da excitabilidade dos neurocircnios do corno

25

posterior da medula espinhal Parece existir tambeacutem sensibilizaccedilatildeo neuronal das estruturas do

sistema liacutembico e nuacutecleos talacircmicos (KELLY AHMAD BRULL 2001 SINATRA 2002

TEIXEIRA 2001 WOOLF CHONG 1993)

Opioacuteides ndashndash sistecircmicos ou locais ndashndash anesteacutesicos locais antiinflamatoacuterios natildeo-

esteroidais antagonistas de receptores NMDA e antagonistas do receptor aacute-2 adreneacutergico tecircm

sido usados na tentativa de promover analgesia preemptiva por meio da inibiccedilatildeo de alguns

desses fenocircmenos citados anteriormente contudo o uso de recursos natildeo-farmacoloacutegicos

ainda natildeo tem sido muito empregado para tal finalidade (AIDA et al 1999 GOTTSCHALK

OCHROCH 2003 MAESTRONI et al 2002 MOINICHE KEHLET DAHL 2002

ROSAEG et al 2001 SINATRA 2002 TAYLOR 2002 WU et al 2003)

Logo a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia no momento imediatamente anterior

agrave realizaccedilatildeo da colecistectomia por laparotomia tem o intuito de promover uma

eletroanalgesia preemptiva ndashndash por meio da minimizaccedilatildeo da hipersensibilidade central ndashndash que

poderia modular a dor poacutes-operatoacuteria nas suas propriedades mais marcantes latecircncia

duraccedilatildeo intensidade e remissatildeo Isso poderia ocorrer pois a TENS poderia estimular a

liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos que por sua vez iriam prevenir a sensibilizaccedilatildeo central

O emprego da TENS de baixa frequumlecircncia para o tratamento da dor poacutes-operatoacuteria

pode proporcionar uma diminuiccedilatildeo da administraccedilatildeo dos faacutermacos analgeacutesicos habitualmente

usados no poacutes-operatoacuterio evitando alguns efeitos adversos decorrentes do uso dessas drogas

eg naacuteuseas vocircmito reaccedilotildees toacutexicas e aleacutergicas hipotensatildeo retenccedilatildeo urinaacuteria sonolecircncia

depressatildeo respiratoacuteria convulsatildeo constipaccedilatildeo e prurido A TENS aleacutem de natildeo ocasionar

esses problemas eacute um meacutetodo natildeo-invasivo de faacutecil aplicabilidade e que tem um pequeno

nuacutemero de contra-indicaccedilotildees (ANTUNES et al 2002 CHEN et al 1998 EISENBAUER

MURPHY 1998 FRAMPTON 1998 JAFFE MARTIN 1991 MARIANO BEN 1998

SILVA 1998 SLUKA et al 1999 TRIBIOLI 2003) De acordo com a pesquisa de Silveira

26

e Lima (2004) a TENS utilizada como meacutetodo analgeacutesico no poacutes-operatoacuterio imediato de

hernioplastia inguinal foi economicamente mais viaacutevel do que o tratamento convencional

visto que houve significante reduccedilatildeo das despesas hospitalares durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo dos pacientes em virtude do menor consumo de analgeacutesicos seringas descartaacuteveis

agulhas aacutelcool algodatildeo e luvas descartaacuteveis ndashndash materiais natildeo-biodegradaacuteveis que podem

proporcionar poluiccedilatildeo ambiental apresentar certo grau toacutexico e ocasionar infecccedilotildees Ong et

al (2005) ressaltam sobre a relevacircncia de se diminuir os custos com medicamentos e que a

analgesia preemptiva talvez possa contribuir para tal

27

OBJETIVO

28

2 OBJETIVO

A presente pesquisa teve como objetivo analisar o efeito da TENS de baixa

frequumlecircncia como recurso analgeacutesico preemptivo em pacientes submetidas a colecistectomia

por laparotomia

29

CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

30

3 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

31 Desenho do Estudo

Esse estudo foi uma pesquisa cliacutenica prospectiva controlada randomizada e

duplamente encoberta

32 Local

A pesquisa foi procedida no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio privado localizado na

cidade de Aracaju no periacuteodo de dezembro de 2003 a abril de 2005 com a experimentaccedilatildeo

em pacientes que foram submetidos a colecistectomia por laparotomia com incisatildeo do tipo

transversa subcostal direita sendo utilizada a TENS de baixa frequumlecircncia

33 Casuiacutestica e Criteacuterios de Inclusatildeo e Exclusatildeo

Como criteacuterios de inclusatildeo ficou estabelecido que soacute participariam da pesquisa os

pacientes que

bull fossem submetidos agrave colecistectomia por laparotomia em caraacuteter eletivo apenas com

incisatildeo transversa subcostal

bull tivessem sido operados por meio de financiamento do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

numa tentativa de ldquopadronizarrdquo a classe social dos pacientes

bull fossem operados no periacuteodo da tarde para evitar possiacuteveis influecircncias do ciclo circadiano

(MORIN et al 2000)

31

bull pertencessem ao sexo feminino somente para evitar a possibilidade de influecircncia do sexo

na percepccedilatildeo do fenocircmeno doloroso A escolha do sexo teve como fator preponderante a

alta incidecircncia de colecistectomias sobre as mulheres implicando minimizaccedilatildeo da

dificuldade em se obter uma casuiacutestica satisfatoacuteria Ademais ateacute por fatores culturais as

mulheres da nossa sociedade satildeo consideradas no que se concerne aos seus relatos sobre

dor mais sinceras do que os homens que muitas vezes natildeo satildeo tatildeo fidedignos por

questotildees machistas a esses relatos

bull possuiacutessem idade entre 21 e 65 anos

bull pertencessem aos estados fiacutesicos I e II da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA)

ASA I eacute a classificaccedilatildeo empregada para pacientes saudaacuteveis que natildeo tenham doenccedila de

base e ASA 2 para os que possuem uma doenccedila de base controlada com ou sem drogas

bull fossem naturais do Brasil e que compreendessem bem a liacutengua portuguesa para evitar

possiacuteveis dificuldades durante a coleta de dados

bull natildeo tivessem distuacuterbios de audiccedilatildeo visatildeo ou fala

bull natildeo tivessem distuacuterbios mentais eou intelectuais para natildeo somente compreender e aceitar

participar da pesquisa mas tambeacutem natildeo apresentar empecilhos durante a coleta dos dados

(PIMENTA TEIXEIRA 1997)

bull nunca tivessem sido submetidas a algum tipo de cirurgia abdominal alta o que poderia

influenciar na percepccedilatildeo da dor visto que a percepccedilatildeo eacute influenciada por preacutevias

experiecircncias

bull e que natildeo fossem portadoras de algum tipo de hepatopatia ou nefropatia diagnosticadas

32

Natildeo participariam da pesquisa os pacientes

bull que tivessem diagnoacutestico de enfermidade maligna pelas caracteriacutesticas diferenciadas das

dores oncoloacutegicas (MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO BRASIL 2001)

bull em que a TENS fosse um recurso contra-indicado (eg feridas na regiatildeo onde deveriam

ser colocados os eletrodos)

bull que fizessem ou fizeram uso crocircnico de opioacuteides pelo desenvolvimento de toleracircncia agrave

TENS (SLUKA et al 2000)

bull que tivessem feito uso de drogas analgeacutesicas em um periacuteodo inferior a 7 dias

bull que jaacute tivessem conhecimento sobre a TENS ou sido submetidos a algum tratamento com

o uso da mesma

bull que possuiacutessem alergia ou contra-indicaccedilatildeo agrave dipirona ou ao diclofenaco de soacutedio

medicaccedilotildees que eram prescritas para o periacuteodo poacutes-operatoacuterio

bull e que se recusassem ou desistissem de participar do trabalho ndashndash mesmo apoacutes assinatura

do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (apecircndice B)

34 Internamento das Pacientes

Todas as pacientes foram internadas pelo turno da manhatilde e ficavam aguardando a

cirurgia que era sempre realizada no periacuteodo da tarde em um dos 3 apartamentos coletivos

com capacidade para ateacute 4 pessoas cada um Os leitos ndashndash todos similares ndashndash eram os mesmos

que as pacientes ocupavam no periacuteodo poacutes-operatoacuterio O hospital somente aceitava um

maacuteximo de 2 internamentos por dia para a realizaccedilatildeo das colecistectomias por laparotomia

33

35 Randomizaccedilatildeo

Foram impressos em 32 pequenos papeacuteis a informaccedilatildeo ldquogrupo preemptivordquo e em

outros 32 ldquogrupo placebordquo que foram colocados em uma pequena caixa O processo de

randomizaccedilatildeo ocorreu com o auxiacutelio de duas pessoas que natildeo tinham conhecimento algum

sobre a pesquisa sendo solicitado agraves mesmas que retirassem cada um desses papeacuteis da caixa e

os colocassem dentro de envelopes ndashndash numerados de 1 a 64 ndashndash opacos que eram entatildeo

lacrados e somente abertos apoacutes a concordacircncia da paciente em participar da pesquisa

36 Avaliaccedilatildeo Cliacutenica

Inicialmente era procedida uma avaliaccedilatildeo cliacutenica realizada 2 h antes do horaacuterio

previsto para a realizaccedilatildeo da cirurgia com o propoacutesito de verificar se a paciente se

enquadrava ou natildeo nos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo estabelecidos pelo nosso protocolo

Dessa forma era solicitado agraves pacientes que respondessem agraves questotildees presentes na Ficha de

Identificaccedilatildeo do Paciente (apecircndice A) que possuiacutea questionamentos sobre idade sexo peso

estatura doenccedilas associadas diagnoacutestico cliacutenico entre outros Caso a paciente atendesse a

todos os preacute-requisitos era entatildeo rompido o lacre do envelope que correspondia ao seu

nuacutemero na pesquisa e somente entatildeo se sabia a que grupo pertenceria tal paciente O

pesquisador que ficava ciente dessa informaccedilatildeo acompanhava a paciente nas seguintes etapas

avaliaccedilatildeo cliacutenica explicaccedilatildeo sobre os instrumento de coleta de dados aplicaccedilatildeo da TENS e

acompanhamento da paciente no centro ciruacutergico Ou seja esse pesquisador natildeo era

responsaacutevel pela coleta dos dados no periacuteodo poacutes-operatoacuterio que era efetuada por outros

pesquisadores que natildeo sabiam a que grupo as pacientes pertenciam pois eles natildeo tinham

34

acesso nem agrave Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C) e nem aos

envelopes

Apoacutes a avaliaccedilatildeo cliacutenica era efetuada a etapa de treinamento das pacientes sobre as

escalas ndashndash posteriormente descritas ndashndash que seriam utilizadas apoacutes a cirurgia para que as

mesmas jaacute se habituassem com elas e pudessem realizar os seus questionamentos sobre tais

37 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Todas as pacientes que fizeram parte dessa pesquisa autorizaram a sua participaccedilatildeo

por meio de assinatura ou impressatildeo digital em concordacircncia ao que estava exposto no

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (apecircndice B) que constava de informaccedilotildees

sobre a forma de tratamento que lhes estava sendo proposta assim como seus benefiacutecios e

finalidades explicando que o estudo natildeo implicaria dano agrave sauacutede informando-lhes tambeacutem

quanto ao direito de solicitar novas informaccedilotildees esclarecer duacutevidas e desistir de participar da

pesquisa a qualquer momento Logo o estudo foi procedido de acordo com as normas

expressas na resoluccedilatildeo 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10101996 A coleta de

dados soacute teve iniacutecio apoacutes aprovaccedilatildeo pelo comitecirc de eacutetica e pesquisa

38 Materiais

Foram utilizados 2 aparelhos para o fornecimento da corrente eleacutetrica da TENS ndashndash

apoacutes preacutevia calibraccedilatildeo no Laboratoacuterio de Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe ndashndash o

Dualpex 961 e o Fisiotonus Four cujas fotos estatildeo apresentadas nas figuras 1 e 2

respectivamente Entre os materiais de consumo utilizados destacam-se esparadrapos gazes

e gel condutor Foram usados cabos que conectavam os aparelhos geradores de corrente

eleacutetrica aos eletrodos ndashndash de borracha quadrangulares e com aacuterea de 9 cm2 A reacutegua da Escala

35

Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END) foi utilizada para coletar a intensidade da dor aleacutem

do Questionaacuterio de Dor McGill e da Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente Algumas fichas

contidas no apecircndice e descritas posteriormente foram utilizadas para o registro de diversos

dados

Figura 1 Aparelho Dualpex 961 Figura 2 Aparelho Physiotonus FourFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra Fonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

39 Procedimentos Metodoloacutegicos

391 Os grupos de pacientes da pesquisa

As pacientes foram alocadas de forma aleatoacuteria em dois grupos

bull Grupo preemptivo ndashndash sendo submetidas agrave aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia durante

60 min antes da cirurgia com a utilizaccedilatildeo dos seguintes paracircmetros duraccedilatildeo de pulso de

250 micros e frequumlecircncia de 4 Hz A intensidade utilizada foi a maacutexima suportada pela

paciente em niacutevel motor Esses paracircmetros estatildeo de acordo com as orientaccedilotildees de

36

Johnson et al (1989) Low e Reed (2001) Robinson (2001) Salgado (1999) Starkey

(2001) Walsh et al (1998) e Wang et al (1997)

bull Grupo placebo ndashndash os eletrodos eram colocados nas pacientes poreacutem todos os paracircmetros

(duraccedilatildeo de pulso frequumlecircncia e intensidade) ficavam com referecircncia zero natildeo

possibilitando a passagem da corrente eleacutetrica O tempo da falsa aplicaccedilatildeo tambeacutem foi de

60 min

392 Teacutecnica de aplicaccedilatildeo da TENS

Antes da aplicaccedilatildeo da TENS era feita uma limpeza com o uso de aacutelcool da regiatildeo

onde seriam colocados os eletrodos a fim de diminuir a oleosidade da pele e remover sujeiras

facilitando dessa maneira a passagem da corrente eleacutetrica

A TENS de baixa frequumlecircncia foi aplicada nas pacientes ainda em seus leitos antes

de serem encaminhadas ao centro ciruacutergico sendo utilizada a teacutecnica quadripolar com os

eletrodos de borracha dispostos de maneira cruzada abrangendo os dermaacutetomos da regiatildeo

onde posteriormente seria realizada a incisatildeo ciruacutergica subcostal direita Os dados sobre a

aplicaccedilatildeo da TENS assim como as observaccedilotildees que se mostrassem relevantes eram

registrados na Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C) A foto da figura

3 representa a simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENS no periacuteodo preacute-operatoacuterio Apoacutes a aplicaccedilatildeo

da TENS as pacientes eram preparadas para serem encaminhadas ao centro ciruacutergico

37

Figura 3 Simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENSA linha vermelha ilustra o local onde seria realizada a incisatildeosubcostal direitaFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

393 Teacutecnica anesteacutesica

Em todas as pacientes houve administraccedilatildeo de diazepam como medicaccedilatildeo preacute-

anesteacutesica Houve padronizaccedilatildeo do meacutetodo anesteacutesico tendo sido utilizadas como drogas

anesteacutesicas o cloridrato de bupivacaiacutena (05) com vasoconstrictor administrado via

peridural podendo ou natildeo estar associado agrave xilocaiacutena com vasoconstrictor (20) associaccedilatildeo

essa que natildeo exercia influecircncia na duraccedilatildeo da analgesia e o fentanil (2 ml) tambeacutem

administrado via peridural A escolha dessas drogas deu-se por jaacute fazer parte da rotina desse

tipo de procedimento ciruacutergico no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio Os dados sobre as drogas

utilizadas observaccedilotildees necessaacuterias classificaccedilatildeo do estado fiacutesico da ASA entre outros eram

registrados na Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C)

38

394 Cirurgia e prescriccedilatildeo de medicamentos

A equipe meacutedica responsaacutevel pela realizaccedilatildeo de todas as intervenccedilotildees ciruacutergicas foi

composta por 4 cirurgiotildees e 3 anestesiologistas que se revezavam entre os dias da semana ndashndash

segunda a quinta-feira Todas as cirurgias foram realizadas por laparotomia sempre com

incisatildeo do tipo transversa subcostal direita

Apoacutes a cirurgia a prescriccedilatildeo meacutedica foi padronizada da seguinte forma a dipirona

(2 ml 500 mgml) era administrada de 6 em 6 h (sendo a primeira administraccedilatildeo efetuada 5 h

apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico que era determinado como sendo o momento em que

era introduzido o cloridrato de bupivacaiacutena no espaccedilo peridural) via intravenosa diclofenaco

de soacutedio (3 ml 25 mgml) prescrito como medicaccedilatildeo de resgate via intra-muscular somente

sendo administrado caso houvesse solicitaccedilatildeo por parte da paciente e a metoclopramida (2

ml 5 mgml) tambeacutem como medicaccedilatildeo de resgate Essa prescriccedilatildeo foi efetuada dessa

maneira porque a dor gerada pela colecistectomia por laparotomia tem um niacutevel de moderado

a intenso o que implicou a necessidade de algum faacutermaco analgeacutesico prescrito em horaacuterio

programado nesse caso a dipirona

O estabelecimento dessa teacutecnica de prescriccedilatildeo decorreu dos resultados obtidos com

as 6 pacientes do estudo piloto ndashndash em que toda a medicaccedilatildeo analgeacutesica era administrada

somente em caso de solicitaccedilatildeo pelas mesmas Percebeu-se analgesia insatisfatoacuteria dado os

relatos de altos iacutendices de dor e desconforto Dessa forma objetivamos nesse estudo a

utilizaccedilatildeo da TENS como um recurso analgeacutesico coadjuvante e natildeo uacutenico

39

395 Instrumentos de coleta de dados

3951 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

Como escala unidimensional para mensuraccedilatildeo da intensidade da dor foi utilizada a

END (figura 4) que consiste de uma reacutegua demarcada horizontalmente com valores em

centiacutemetros de 0 a 10 representando o primeiro valor a ausecircncia absoluta de dor e o maior

a dor mais insuportaacutevel possiacutevel sendo solicitado agrave paciente que indicasse aquele que melhor

caracterizaria o seu niacutevel de dor estando a paciente em repouso A dor leve estaria

representada por nuacutemeros compreendidos no intervalo de 0 a 3 a moderada pelos nuacutemeros 4

5 e 6 e a intensa por 7 8 9 e 10

Os dados foram registrados na Ficha de Avaliaccedilatildeo da Dor pela Escala Numeacuterica de

Mensuraccedilatildeo da Dor (apecircndice D) A coleta da intensidade de dor era procedida de acordo

com o horaacuterio de induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico sendo investigada 2frac12 h (ENDa) 3frac12 h

(ENDb) 4frac12 h (ENDc) 5frac12 h (ENDd) 7 h (ENDe) 8 h (ENDf) e 16 h (ENDg) apoacutes a sua

induccedilatildeo aleacutem de uma uacuteltima coleta procedida no momento da alta hospitalar (ENDh) dois

dias apoacutes a cirurgia pela manhatilde Optou-se em utilizar como referecircncia o horaacuterio da induccedilatildeo

Figura 4 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor numerada de 0 a 10 cmFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

40

do bloqueio anesteacutesico ao inveacutes do horaacuterio de teacutermino da cirurgia visto que grandes variaacuteveis

no tempo despendido para a realizaccedilatildeo das cirurgias poderiam influenciar nos niacuteveis de dor

relatados pelas pacientes jaacute que haveria assim discrepacircncias no tempo decorrido desde a

induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash momento de referecircncia para a contagem do tempo de

metabolizaccedilatildeo das drogas ndashndash ateacute as averiguaccedilotildees da intensidade de dor

Eacute relevante salientar que o pesquisador responsaacutevel pela coleta do niacutevel de dor natildeo

tinha conhecimento sobre o grupo a que pertencia a paciente e nem esta sobre em que grupo

estava alocada o que caracterizou um estudo do tipo duplamente encoberto

3952 Questionaacuterio de Dor McGill

O Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ) eacute composto por 78 descritores distribuiacutedos

em 4 categorias sensorial composta por 10 subcategorias cujos descritores aiacute contidos

traduzem a natureza somaacutetica e estatildeo relacionados com a fisiologia da dor afetiva que

conteacutem 5 subcategorias cujos descritores fornecem discernimentos sobre os aspectos

psicoloacutegicos que acompanham a dor avaliativa com uma uacutenica que descreve a intensidade

global da dor e finalmente a miscelacircnea que eacute composta por 4 subcategorias Eacute solicitado

ao paciente que circule ou sublinhe as palavras que melhor descrevem a sua dor ou apenas as

indique verbalmente (GRAHAM 1980 MELZACK 1975)

O MPQ possui trecircs partes a primeira serve para que o paciente indique em um

graacutefico do corpo humano a regiatildeo onde estaacute sentindo a dor ndashndash diagrama corporal da dor a

segunda eacute uma escala verbal para avaliar a intensidade de dor (Present Pain Intensity ndashndash PPI)

utilizando-se de cinco palavras leve desconfortaacutevel perturbadora horriacutevel e excruciante e a

uacuteltima utiliza os 78 descritores podendo-se daiacute se obterem dois iacutendices o Quantitativo da Dor

(PRI ndashndash Pain Rating Index) e o do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC ndashndash Number of

41

Words Chosen) Cada descritor tem um correspondente nuacutemero que seraacute utilizado para o

estabelecimento do PRI Por exemplo em uma subcategoria que contenha 3 descritores aos

mesmos seratildeo atribuiacutedos respectivamente os valores 1 2 e 3 de acordo com a ordem em que

aparecem na lista dos descritores (FERNANDEZ BOYLE 2001 PEREIRA SOUSA 1998

PIMENTA 1995 STARKEY 2001 TEIXEIRA et al 1999)

Em nossa pesquisa foi utilizada a versatildeo brasileira do MPQ (apecircndice E) ndashndash

validada pelos profissionais do Ambulatoacuterio de Dor da Cliacutenica Neuroloacutegica do Hospital das

Cliacutenicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Satildeo Paulo (PIMENTA TEIXEIRA

1997) Esse questionaacuterio que eacute indicado por Graham et al (1980) para dores imediatas foi

aplicado ndashndash sob a forma de entrevista ndashndash apenas uma vez 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico dada a inviabilidade de utilizaacute-lo no mesmo dia do ato ciruacutergico Resolveu-se

adaptar esse questionaacuterio e usar apenas uma parte dele a dos 78 descritores haja vista que

natildeo se achou necessaacuteria a utilizaccedilatildeo do PPI e do diagrama corporal da dor por estarmos

utilizando a END e por jaacute sabermos o local da dor incisional Entatildeo a partir desse

questionaacuterio adaptado pudemos analisar o PRI e o NWC O primeiro obtido por meio da

soma dos valores atribuiacutedos a cada descritor escolhido e o segundo pela soma do nuacutemero de

palavras escolhidas para qualificar a dor segundo Fernandez e Boyle (2001) e Pereira e Sousa

(1998)

3953 Escala de Satisfaccedilatildeo dos Pacientes

O grau de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que lhes estava sendo realizado

foi avaliado por meio da Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (ESP) escala verbal que permite agrave

paciente escolher um entre nuacutemeros que variam de 0 a 10 indicando respectivamente

insatisfaccedilatildeo completa com o tratamento e a maior satisfaccedilatildeo possiacutevel Os horaacuterios de coleta

42

foram os seguintes 3frac12 h (ENDb) 5frac12 h (ENDd) 8 h (ENDf) e 16 h (ENDg) apoacutes a induccedilatildeo

do bloqueio anesteacutesico aleacutem de uma uacuteltima coleta procedida no momento da alta hospitalar

(ENDh) Os dados coletados eram registrados na Ficha de Avaliaccedilatildeo da Satisfaccedilatildeo dos

Pacientes pela Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (apecircndice F) Essa escala foi utilizada na

pesquisa realizada por Melo e Santana Filho (2003) que tinha linha de trabalho semelhante

3954 Ficha do consumo de faacutermacos

O consumo de faacutermacos analgeacutesicos ou natildeo de cada paciente foi anotado na Ficha

de Registro da Administraccedilatildeo de Faacutermacos no Poacutes-operatoacuterio (apecircndice G) que constou de

campo para informaccedilotildees como o tipo de faacutermaco administrado horaacuterio de administraccedilatildeo via

de acesso e dosagem aleacutem do tempo decorrido desde o horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico ateacute a primeira administraccedilatildeo caso houvesse do diclofenaco de soacutedio (prescrito

como medicaccedilatildeo de resgate)

3955 Questionaacuterio sobre a Aplicaccedilatildeo da TENS

Foram efetuados dois questionamentos para as pacientes o primeiro sobre o

desconforto promovido pela aplicaccedilatildeo da TENS e o segundo sobre a vontade da paciente em

usaacute-la numa proacutexima cirurgia (Apecircndice H) Em virtude da necessidade de esse questionaacuterio

ter sido percebida somente no decorrer da coleta de dados o mesmo fora empregado em 19

pacientes do grupo preemptivo e em 17 do placebo

43

310 Anaacutelise e Interpretaccedilatildeo dos Dados

A anaacutelise estatiacutestica dos dados foi feita com a utilizaccedilatildeo dos programas GraphPad

Prism 40 e Statistica 60 Inicialmente foram realizados testes estatiacutesticos descritivos meacutedia e

erro padratildeo da meacutedia (SEM) Para a anaacutelise dos dados demograacuteficos de alguns dados cliacutenicos

e do tempo para a primeira administraccedilatildeo de diclofenaco de soacutedio foi utilizado o teste t de

Student para amostras natildeo pareadas (parameacutetrico) Para a anaacutelise de alguns dados cliacutenicos e

do uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico foi

utilizado o teste do qui-quadrado Para a anaacutelise da END ESP PRI NWC e do nuacutemero de

vezes em que foram administrados o diclofenaco de soacutedio dipirona e metoclopramida foi

utilizado o teste de Mann-Whitney (natildeo-parameacutetrico) Em todos os testes como niacutevel de

significacircncia foi considerado o valor de 5 (p lt 005)

311 Teacutecnica Utilizada para a Demonstraccedilatildeo dos Resultados

Para a exposiccedilatildeo dos resultados foram utilizados graacuteficos elaborados nos programas

GraphPad Prism 40 e Statistica 60 aleacutem de tabelas elaboradas no Microsoft Word XP

Vaacuterios dados foram apresentados sob a forma de meacutedia plusmn SEM

44

RESULTADOS

45

4 RESULTADOS

Sessenta e quatro pacientes concordaram em participar da pesquisa e assinaram o

termo de consentimento livre e esclarecido Poreacutem 14 foram excluiacutedas seis por se tratarem

de pacientes que pertenciam a um estudo piloto cujo meacutetodo foi posteriormente alterado

duas por terem sido submetidas a anestesia geral quatro por erro na prescriccedilatildeo meacutedica de

analgeacutesicos uma por natildeo conseguir responder ao McGill Pain Questionnaire (MPQ) e uma

pela grande dificuldade em compreender a Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END)

Destarte a amostra ficou constituiacuteda por 50 pacientes grupo preemptivo (n = 25) e grupo

placebo (n = 25)

Os dados referentes agrave idade peso estatura e iacutendice de massa corporal (IMC) das

pacientes estatildeo presentes na tabela 1 e ilustrados respectivamente nos graacuteficos 1 2 3 e 4

tendo sido analisados por meio do teste t de Student para amostras independentes Natildeo houve

em nenhuma das caracteriacutesticas demograacuteficas diferenccedila significante entre os grupos

A idade miacutenima foi de 25 anos no grupo preemptivo e de 21 anos no placebo

enquanto a maacutexima foi de 65 no preemptivo e de 59 no placebo Os pesos miacutenimo e maacuteximo

foram respectivamente iguais a 40 Kg e 86 Kg no grupo preemptivo e 48 Kg e 77 Kg no

placebo As estaturas miacutenima e maacutexima foram respectivamente iguais a 149 m e 170 m

(grupo preemptivo) e 151 m e 170 m (grupo placebo) E os valores miacutenimo e maacuteximo do

IMC foram 1880 Kgm2 e 35 Kgm2 (grupo preemptivo) e 1914 Kgm2 e 2890 Kgm2

(grupo placebo)

46

Tabela 1 ndashndash Dados demograacuteficos da amostraPreemptivo Placebo

Meacutedia plusmn SEM Meacutedia plusmn SEM p

Idade (anos) 3956 plusmn 197 3852 plusmn 238 0738

Peso (Kg) 6108 plusmn 288 6348 plusmn 172 0478

Estatura (m) 157 plusmn 001 160 plusmn 001 0168

IMC (Kgm2) 2568 plusmn 105 2475 plusmn 059 0447IMC ndashndash iacutendice de massa corporal SEM ndashndash erro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante em nenhuma das variaacuteveis analisadas

Preemptivo Placebo0

10

20

30

40

50

60

70

Idad

e(a

nos)

Graacutefico 1 Representaccedilatildeo das idades das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicamo erro padratildeo da meacutedia Teste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0738)

47

Preemptivo Placebo30

40

50

60

70

80

90Pe

so(K

g)

Graacutefico 2 Representaccedilatildeo dos pesos das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicamo erro padratildeo da meacutedia Teste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0478)

Preemptivo Placebo

150

155

160

165

170

175

Alt

ura

(m)

Graacutefico 3 Representaccedilatildeo das estaturas das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0168)

48

Preemptivo Placebo15

20

25

30

35

40IM

C(K

gm

m)

Graacutefico 4 Representaccedilatildeo dos Iacutendices de Massa Corporal (IMC) daspacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0447)

49

A tabela 2 apresenta os dados referentes agrave categoria de peso das pacientes de ambos

os grupos a tabela 3 o niacutevel de escolaridade das mesmas e a tabela 4 o diagnoacutestico cliacutenico

Natildeo houve de acordo com o teste do divide2 diferenccedila significante entre os grupos em nenhuma

dessas variaacuteveis analisadas

Tabela 2 ndashndash Distribuiccedilatildeo da categoria de peso das pacientes de acordo com os dados obtidospelo iacutendice de massa corporal (IMC ndashndash Kgm2)

Grupo Abaixodo peso(lt185)

Pesonormal

(185ndash249)

Sobrepeso(25 ndash 299)

Obesidadegrau I

(30 ndash 349)

Obesidadegrau II

(35 ndash 399)

Obesidadegrau III

( 40)Preemptivo 2 7 11 3 2 0

Placebo 0 12 13 0 0 0Os dados apresentados entre parecircntesis referem-se aos paracircmetros de referecircncia do IMC que determinam aquelacategoria de pesoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0075)

Tabela 3 ndashndash Niacutevel de escolaridade das pacientesGrupo Nunca

estudou1deg grau

incompleto1deg grau

completo2deg grau

incompleto2deg grau

completo3deg grau

incompletoPreemptivo 3 8 3 4 5 2

Placebo 3 11 2 6 1 2Teste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0587)

Tabela 4 ndashndash Diagnoacutestico cliacutenico das pacientesGrupo Colelitiacutease Colecistite

agudaColecistite

crocircnicaColecistite

(sem descriccedilatildeo)Colelitiacutease

+ colecistitePreemptivo 12 6 2 1 4

Placebo 10 2 4 5 4Teste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0238)

50

O graacutefico 5 apresenta os dados sobre o periacuteodo compreendido entre a eacutepoca em que

as pacientes relataram ter iniciado as primeiras dores devido agrave doenccedila da vesiacutecula biliar e a

realizaccedilatildeo da colecistectomia Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos por meio de

anaacutelise realizada pelo teste do divide2

Preemptivo Placebo0

5

10

15Nunca sentiu dorMenos de 6 mesesEntre 6 e 119 mesesEntre 12 e 24 mesesAcima de 24 meses

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 5 Relato das pacientes sobre o periacuteodo em meses em que vinham sentindo dordevido agrave doenccedila da vesiacutecula biliarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0183)

51

O estado fiacutesico das pacientes dos dois grupos segundo o criteacuterio de classificaccedilatildeo da

Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA) estaacute expresso no graacutefico 6 Natildeo houve

diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p = 0479) de acordo com o teste do divide2

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25ASA 1ASA 2

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 6 Estado fiacutesico das pacientes de acordo com a classificaccedilatildeo da Sociedade Americanade AnestesiologiaTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0479)

52

O relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos para o tratamento da dor

decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou de outra dor devido a doenccedilas crocircnicas estatildeo

representados no graacutefico 7 De acordo com o teste do divide2 natildeo houve diferenccedila significante

entre os grupos preemptivo e placebo (p = 0765) Eacute importante considerar que as pacientes

que relataram ter usado tais drogas somente as utilizaram ateacute no maacuteximo uma semana antes

da data da cirurgia haja vista que foi previamente estabelecido como criteacuterio de exclusatildeo o

uso de drogas analgeacutesicas dentro do periacuteodo de 7 dias que antecedia a realizaccedilatildeo da

colecistectomia

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25SimNatildeo

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 7 Relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos antes da colecistectomia para otratamento da dor decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou de outras doenccedilas crocircnicasEntende-se por ldquoantes da colecistectomiardquo o uso de analgeacutesicos em um prazo superior aos 7 dias que antecediama realizaccedilatildeo do procedimento ciruacutergicoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0765)

53

Em todas as pacientes o aparelho de TENS foi colocado durante 60 min e o

intervalo meacutedio entre o teacutermino da sua aplicaccedilatildeo ndashndash verdadeira ou natildeo ndashndash e a induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico foi de 7472 plusmn 1046 min no grupo preemptivo e de 6028 plusmn 723 min no

placebo natildeo havendo diferenccedila significante (p = 0261) entre os grupos de acordo com o

teste t de Student para amostras natildeo pareadas (graacutefico 8) O menor e maior intervalos foram

respectivamente iguais a 10 min e 195 min (grupo preemptivo) e 15 min e 115 min (grupo

placebo)

Preemptivo Placebo0

50

100

150

200

Tem

po(m

in)

Graacutefico 8 Representaccedilatildeo do tempo decorrido desde o teacutermino daaplicaccedilatildeo da Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo ateacute a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico nas pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0261)

54

A meacutedia de duraccedilatildeo das cirurgias (graacutefico 9) no grupo preemptivo foi de 3812 plusmn

194 min e no placebo 3540 plusmn 184 min natildeo havendo diferenccedila significante (p = 0315)

Natildeo houve complicaccedilatildeo ciruacutergica em nenhum procedimento todas as pacientes receberam

alta hospitalar 2 dias apoacutes o ato ciruacutergico no turno da manhatilde e o iacutendice de mortalidade foi

em ambos os grupos igual a zero As cirurgias mais raacutepidas e mais prolongadas tiveram

respectivamente duraccedilatildeo de 21 min e 58 min (grupo preemptivo) e de 20 min e 50 min

(grupo placebo)

Preemptivo Placebo0

10

20

30

40

50

60

Tem

pode

ciru

rgia

(min

)

Graacutefico 9 Representaccedilatildeo da duraccedilatildeo das cirurgiasA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0315)

55

Ao analisar a dor incisional por meio da END pocircde-se perceber que o grupo

preemptivo apresentou niacutevel de dor significantemente menor que o do placebo nas terceira

(ENDc) e quarta coletas (ENDd) que representam 4frac12 h e 5frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico O teste utilizado para tal anaacutelise foi o de Mann-Whitney A tabela 5 apresenta os

valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia em todas as verificaccedilotildees do niacutevel de dor nos dois

grupos e o graacutefico 10 ilustra tais valores

Tabela 5 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) daintensidade de dor incisional mensurada por meio da END (EscalaNumeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)

Preemptivo Placebo

Momento Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

a 084 plusmn 034 072 plusmn 029 0756

b 116 plusmn 039 224 plusmn 056 0171

c 202 plusmn 053 384 plusmn 066 0042

d 278 plusmn 056 48 plusmn 067 0029

e 322 plusmn 056 474 plusmn 059 0068

f 342 plusmn 050 488 plusmn 066 0135

g 356 plusmn 061 364 plusmn 050 0497

h 096 plusmn 033 176 plusmn 042 0145a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c(4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g(16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar que corresponde ao 2deg dia poacutes-operatoacuterio) SEM ndashndash erro padratildeo da meacutediaFoi utilizada a END (0-10 cm)Teste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005

56

a b c d e f g h00

25

50

75

100PreemptivoPlacebo

Momento da coleta

END

Graacutefico 10 Representaccedilatildeo da meacutedia da intensidade de dor incisional por meio da END (EscalaNumeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12 h apoacutesa IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a END (0-10 cm)As colunas indicam os valores da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005

57

Na tabela 6 estatildeo expressos os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do grau de

satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estava sendo realizado O instrumento de

mensuraccedilatildeo utilizado foi a escala numeacuterica do grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes (ESP) Natildeo se

verificou pelo Teste de Mann-Whitney diferenccedila estatiacutestica significante entre os dois grupos

Para a obtenccedilatildeo desses dados a amostra foi composta por 49 pacientes tendo em vista que

uma paciente do grupo placebo natildeo conseguiu compreender a ESP O graacutefico 11 ilustra tais

dados

Tabela 6 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) do grau desatisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estava sendo realizado

Preemptivo Placebo

Momento Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

b 944 plusmn 017 9 plusmn 026 0312

d 956 plusmn 015 9 plusmn 031 0389

f 952 plusmn 015 912 plusmn 027 0435

g 962 plusmn 017 925 plusmn 032 0756

h 992 plusmn 005 933 plusmn 035 0406b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente de 0 a 10) SEM ndashndash erro padratildeoda meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Grupo preemptivo (n = 25) e grupo placebo (n = 24)

58

b d f g h0

5

PreemptivoPlacebo

8

9

10

Momento da coleta

ESP

Graacutefico 11 Representaccedilatildeo da meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estavasendo realizado obtida pela ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente)b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes aIBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a ESP de 0 a 10As colunas indicam os valores da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos em nenhum momento de coleta da ESPGrupo preemptivo (n = 25) e grupo placebo (n = 24)

59

As tabelas 7 e 8 apresentam respectivamente o nuacutemero de vezes em que cada

descritor e em que cada subcategoria do Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ) foram

selecionados pelas pacientes dos grupos preemptivo e placebo Na tabela 9 estatildeo expressos

os descritores que melhor caracterizaram a dor incisional promovida pela colecistectomia por

laparotomia e que de acordo com Dubuisson e Melzack (1996) e Gagliesi e Melzack (2003)

seriam aqueles que fossem selecionados por pelo menos 33 dos pacientes Todas as

anaacutelises procedidas a partir do MPQ foram realizadas com 21 pacientes do grupo preemptivo

e com 20 do grupo placebo A discussatildeo sobre a ldquoAnaacutelise da Dor pelo Questionaacuterio de Dor

McGillrdquo (item 54) explica o motivo para tal

Na tabela 10 estatildeo apresentados os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Total (NWC-t) e em cada categoria do MPQ e no graacutefico

12 eles estatildeo representados A tabela 11 apresenta uma comparaccedilatildeo das categorias sensorial

e afetiva no que se refere ao nuacutemero de pacientes que selecionou mais descritores de uma ou

de outra categoria assim como o nuacutemero de pacientes que os selecionaram de forma

equumlitativa nessas categorias Nota-se que os valores estatildeo apresentados em porcentagens ndashndash

meacutetodo recomendado por Veilleux e Melzack (1976) ndashndash dado o nuacutemero diferente de

subcategorias que compotildee cada uma dessas categorias (sensorial 10 e afetiva 5) Em ambos

os grupos houve proporcionalmente maior seleccedilatildeo dos descritores da categoria sensorial

principalmente no grupo preemptivo

60

Tabela 7 ndashndash Relaccedilatildeo dos descritores do Questionaacuterio de Dor McGill selecionados pelaspacientes

Subctg Descritores Preemp Plac Subctg Descritores Preemp Plac

1ordf

vibraccedilatildeotremorpulsantelatejantecomo batidacomo pancada

213912

0111211

11ordfcansativaexaustiva

173

182

2ordfpontadachoquetiro

1060

922

12ordfenjoadasufocante

174

182

3ordf

agulhadaperfurantefacadapunhaladaem lanccedila

65200

71211

13ordf

castiganteatormentaaterrorizantemalditamortal

105000

610010

4ordffinacortanteestraccedilalha

1550

1510

14ordfamedrontadaapavorantecruel

833

425

5ordf

beliscatildeopressatildeomordidacoacutelicaesmagamento

32262

62053

15ordf miseraacutevelenlouquecedora

26

44

6ordffisgadapuxatildeoem torccedilatildeo

4103

466

16ordf

chataque incomodadesgastanteforteinsuportaacutevel

110244

513101

7ordf

calorqueimaccedilatildeoferventeem brasa

7910

51011

17ordf

espalhairradiapenetraatravessa

3073

11141

8ordfformigamentococeiraardorferroada

11162

13111

18ordf

apertaadormecerepuxaespremerasga

511112

321101

9ordf

mal-localizadadoloridamachucadadoiacutedapesada

112313

29243

19ordffriageladacongelante

400

422

10ordf

sensiacutevelesticadaesfolanterachando

41302

3523

20ordf

aborrecidadaacute naacuteuseaagonizantepavorosatorturante

116102

88012

Subctg (subcategoria do Questionaacuterio de Dor McGill) Preemp (preemptivo n = 21) Plac (placebo n = 20)

61

Tabela 8 ndashndash Nuacutemero de pacientes que selecionou cada subcategoria do Questionaacuterio de DorMcGill

Subcat Preemptivo Placebo p Subcat Preemptivo Placebo p

1ordf 18 16 0626 11ordf 20 20 0323

2ordf 16 13 0431 12ordf 21 20 1

3ordf 13 12 0900 13ordf 15 17 0294

4ordf 20 16 0136 14ordf 14 11 0444

5ordf 15 16 0522 15ordf 8 8 0900

6ordf 17 16 0938 16ordf 21 20 1

7ordf 17 17 0730 17ordf 13 17 0095

8ordf 20 16 0136 18ordf 20 17 0269

9ordf 20 20 0323 19ordf 4 8 0140

10ordf 19 13 0048 20ordf 20 19 0971

Teste do divide2 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

62

Tabela 9 ndashndash Descritores do Questionaacuterio de Dor McGill mais frequumlentementeselecionados pelas pacientes

Subcategoria Descritor Preemptivo Placebo p

1ordf latejante 9 (4285) 12 (60) 027

2ordf pontada 10 (4761) 9 (45) 086

3ordf agulhada 6 (2857) 7 (35) 065

4ordf fina 15 (7142) 15 (75) 079

5ordf - - - -

6ordf puxatildeo 10 (4761) 6 (30) 024

7ordf calor

queimaccedilatildeo

7 (3333)

9 (4285)

5 (25)

10 (50)

055

075

8ordf ardor 16 (7619) 11 (55) 015

9ordf dolorida 12 (5714) 9 (45) 043

10ordf esticada 13 (6190) 5 (25) 001 (divide2 = 566)

11ordf cansativa 17 (8095) 18 (90) 041

12ordf enjoada 17 (8095) 18 (90) 041

13ordf castigante

atormenta

10 (4761)

5 (2380)

6 (30)

10 (50)

024

008

14ordf amedrontada 8 (3809) 4 (20) 020

15ordf - - - -

16ordf que incomoda 10 (4761) 13 (65) 026

17ordf espalha

penetra

3 (1428)

7 (3333)

11 (55)

4 (20)

0006 (divide2 = 755)

033

18ordf repuxa 11 (5238) 11 (55) 086

19ordf - - - -

20ordf aborrecida

daacute naacuteusea

11 (5238)

6 (2857)

8 (40)

8 (40)

042

044

Foi considerado como descritor mais frequumlentemente selecionado aquele que assim o fossepor pelo menos 33 das pacientes de cada grupo em cada subcategoria Os valores entreparecircntesis correspondem agrave porcentagem de pacientes do referido grupo que selecionou taldescritorTeste utilizado divide2 p lt 005 aacute = 5Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

63

Tabela 10 ndashndash Iacutendice do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill

Preemptivo Placebo

Categoria Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

Sensorial (NWC-s) 819 plusmn 038 765 plusmn 050 0449

Afetiva (NWC-af) 371 plusmn 025 375 plusmn 020 0958

Avaliativa (NWC-av) 100 plusmn 0 100 plusmn 0 1

Miscelacircnea (NWC-m) 276 plusmn 018 315 plusmn 021 0155

Total (NWC-t) 1561 plusmn 061 1540 plusmn 084 0937SEM ndashndash erro padratildeo da meacutedia s ndashndash sensorial af ndashndash afetiva av ndashndash avaliativa m ndashndash miscelacircnea e t ndashtotalTeste de Mann-Whitney aacute = 5Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

Tabela 11 ndashndash Relaccedilatildeo do Nuacutemero de Palavras Escolhidas nas categorias sensorial (NWC-s) e afetiva (NWC-af) entre os grupos preemptivo e placebo

Categoria Nuacutemero de pacientes que selecionou

Grupo Sensorial Afetiva S gt Af S = Af Af gt S

Preemptivo 819

(819)

371

(7428)

12 4 5

Placebo 765

(7650)

375

(75)

6 8 6

Nas colunas referentes agrave categoria estatildeo expressos os valores da meacutedia do NWC nas categorias sensoriale afetiva e entre parecircntesis os valores em taxas percentuais que foram assim transformados porquantoessas categorias possuem um nuacutemero diferenciado de subcategorias ndashndash a sensorial conteacutem 10subcategorias e a afetiva 5 ndashndash para que assim fosse possiacutevel uma comparaccedilatildeo entre essas categorias oque eacute recomendado por Veilleux e Melzack (1976)S ndashndash categoria sensorial Af ndashndash categoria afetiva Nas uacuteltimas 3 colunas da tabela estatildeo expressos onuacutemero absoluto de pacientes que selecionou proporcionalmente mais uma categoria do que a outraassim como o daqueles que selecionou de forma semelhante as duas categoriasTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0182)Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

64

Sensorial Afetiva Avaliativa Miscelacircnea Total0

5

10

15

20PreemptivoPlacebo

Categoria

NW

C

Graacutefico 12 Representaccedilatildeo da meacutedia do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e emcada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placeboAs colunas indicam o valor da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos em nenhuma das categorias assim como no iacutendicetotalGrupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

65

A tabela 12 apresenta os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do Iacutendice

Quantitativo da Dor (PRI) Total e em cada categoria do MPQ e o graacutefico 13 ilustra tais

valores Natildeo houve de acordo com o Teste de Mann-Whitney diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos no que se refere ao PRI-t todavia ao analisaacute-lo pelo mesmo

teste separadamente em cada categoria houve diferenccedila estatiacutestica significante na categoria

avaliativa (p = 0019) em que o grupo preemptivo apresentou maior valor

Tabela 12ndashndash Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cada categoria doQuestionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placebo

Preemptivo Placebo

Categoria Meacutedia SEM Meacutedia e SEM p

Sensorial (PRIndashs) 1842 plusmn 092 1875 plusmn 145 0896

Afetiva (PRI-af) 5 plusmn 045 540 plusmn 041 0473

Avaliativa (PRI-av) 3 plusmn 028 205 plusmn 022 0019

Miscelacircnea (PRI-m) 628 plusmn 056 657 plusmn 071 1

Total (PRI-t) 3271 plusmn 163 3245 plusmn 208 0906SEM ndashndash erro padratildeo da meacutedia s ndashndash sensorial af ndashndash afetiva av ndashndash avaliativa m ndashndash miscelacircneae t ndashndash totalTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

66

Sensorial Afetiva Avaliativa Miscelacircnea Total0

7

14

21

28

35PreemptivoPlacebo

Categoria

PRI

Graacutefico 13 Representaccedilatildeo da meacutedia do Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placeboAs colunas indicam as meacutedias e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

67

Das 25 pacientes do grupo preemptivo 12 necessitaram de diclofenaco de soacutedio nas

primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico e das 25 do grupo placebo 15 o

utilizaram A anaacutelise estatiacutestica efetuada por meio do teste do divide2 demonstrou natildeo haver

diferenccedila significante entre os dois grupos pois o valor de p foi igual a 0394 (graacutefico 14)

Avaliou-se o uso dessa droga especificamente nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico haja vista que nesse periacuteodo todas as pacientes tinham em seus prontuaacuterios a

mesma prescriccedilatildeo meacutedica ndashndash diclofenaco de soacutedio como medicaccedilatildeo de resgate e dipirona de

6 em 6 h ndashndash o que natildeo ocorreu na segunda prescriccedilatildeo jaacute que ficava a criteacuterio do meacutedico optar

se seria melhor continuar com a mesma prescriccedilatildeo ou mudaacute-la (mas sempre utilizando as

mesmas duas drogas)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25UsouNatildeo usou

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 14 Representaccedilatildeo do consumo de diclofenaco de soacutedio pelas pacientes nas primeiras16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesicoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0394)

68

Daquelas do grupo preemptivo em que foi administrado o diclofenaco de soacutedio nesse

periacuteodo o intervalo meacutedio para tal foi de 48750 plusmn 5344 min e das do grupo placebo 47010

plusmn 4619 min natildeo havendo diferenccedila significante quanto a este tempo (p = 0807) de acordo

com o teste t de Student para amostras natildeo pareadas (graacutefico 15) O menor e maior tempo

para tal administraccedilatildeo foram respectivamente iguais a 224 min e 805 min (grupo

preemptivo) e 25 min e 840 min (grupo placebo)

Preemptivo Placebo0

250

500

750

1000

Tem

po(m

in)

Graacutefico 15 Representaccedilatildeo dos intervalos desde a induccedilatildeo do bloqueioanesteacutesico ateacute a solicitaccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio nas pacientes queassim a fizeram nas primeiras 16 horas apoacutes tal induccedilatildeoA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0807)Grupo preemptivo (n = 12) e grupo placebo (n = 15)

69

Em se tratando do consumo de diclofenaco de soacutedio (graacutefico 16) e de dipirona

(graacutefico 17) desde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar que

ocorreu em todas as pacientes no turno da manhatilde no 2deg dia poacutes-operatoacuterio natildeo houve de

acordo com o teste de Mann-Whitney diferenccedila significante entre os grupos

Preemptivo Placebo0

1

2

3

Ndeg

deve

zes

que

cons

umiu

dicl

ofen

aco

(75

mg)

Graacutefico 16 Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram diclofenacodesde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalarA barra indica o valor da medianaO diclofenaco de soacutedio foi administrado via intra-muscularA alta hospitalar ocorreu no 2deg dia poacutes-operatoacuterio no turno da manhatildeTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0260)

70

Preemptivo Placebo0

1

2

3

4

5

6

7N

degde

veze

squ

eco

nsum

iudi

piro

na(1

g)

Graacutefico 17 Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram dipironadesde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da altahospitalarA barra indica o valor da medianaA alta hospitalar ocorreu no 2deg dia poacutes-operatoacuterio no turno da manhatildeA dipirona foi administrada via intra-venosaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0788)

71

Foi tambeacutem analisada a ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes

em algum momento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio Das 25 pacientes do grupo preemptivo 10

relataram dor nessa regiatildeo e das pacientes do outro grupo um total de 8 relataram a

ocorrecircncia de tal dor Essa diferenccedila natildeo foi estatisticamente significante (p = 0555) segundo

o teste do divide2 (graacutefico 18)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25SimNatildeo

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 18 Ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes em algum momento doperiacuteodo poacutes-operatoacuterio durante a internaccedilatildeo hospitalarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0555)

72

O uso de metoclopramida foi avaliado durante todo o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar Cinco pacientes do grupo preemptivo fizeram uso de tal droga enquanto 8 do

grupo placebo a consumiram natildeo havendo diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p

= 0333) fato verificado pelo teste do divide2 (graacutefico 19)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25UsouNatildeo usou

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 19 Uso de metoclopramida pelas pacientes durante o periacuteodo de internaccedilatildeohospitalarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0333)

73

Os 2 graacuteficos seguintes estatildeo relacionados ao questionaacuterio que foi aplicado no

momento da alta hospitalar Devido ao fato de o mesmo ter sido elaborado no decorrer da

coleta de dados natildeo foi aplicado em toda a amostra restringindo-se a 19 pacientes do grupo

preemptivo e a 17 do placebo Em relaccedilatildeo agrave aplicaccedilatildeo da TENS no grupo preemptivo

2631 das pacientes disseram que esta natildeo incomodou 5789 que a mesma incomodou

um pouco e 1578 que incomodou razoavelmente No grupo placebo 8824 relataram que

natildeo incomodou e 1176 que incomodou um pouco (graacutefico 20) Logo houve diferenccedila

estatiacutestica significante entre os grupos de acordo com o teste do divide2 (p = 00008) No grupo

preemptivo 9473 das pacientes relataram que em uma proacutexima cirurgia iriam preferir

usar a TENS e os medicamentos analgeacutesicos para o tratamento de suas dores enquanto

apenas 526 fizeram a assertiva de que gostariam de usar apenas a TENS Das do outro

grupo 7647 gostariam de usar os dois recursos e 2352 apenas os medicamentos (graacutefico

21) fato que natildeo evidencia segundo o teste do divide2 (p = 0057) diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos

Preemptivo Placebo0

5

10

15Natildeo incomodouIncomodou um poucoIncomodou razoavelmenteIncomodou muito

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 20 A aplicaccedilatildeo da TENSTeste do divide2 aacute = 5Houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p = 00008)Grupo preemptivo (n = 19) e grupo placebo (n = 17)

74

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20Somente a TENSSomente os medicamentosA TENS e os medicamentos

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 21 Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dor poacutes-operatoacuteria usarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos(p = 0057)Grupo preemptivo (n = 19) e grupo placebo (n = 17)

75

DISCUSSAtildeO

76

5 DISCUSSAtildeO

51 Dados Demograacuteficos e Cliacutenicos

A relevacircncia da homogeneidade entre os grupos dos dados referentes agrave idade

contidos na tabela 1 consiste em evitar a possibilidade de a diferenccedila de idade ter

influenciado ndashndash dada a divergecircncia de opiniotildees entre diversos autores ndashndash no relato da

experiecircncia dolorosa pelas pacientes Para Wilkieson et al (1993) a intensidade de dor

obtida a partir do uso de escalas unidimensionais aumenta com o avanccedilar da idade para

Turk Okifuji e Scharff (1995) diminui e para Gagliesi e Melzack (2003) e Sorkin et al

(1990) natildeo sofre influecircncia Em se tratando do MPQ Benbow Cossins e Wiles (1996)

verificaram que os iacutendices obtidos a partir desse questionaacuterio eram menores em idosos do que

em jovens entretanto Lichtenberg Swensen e Skehan (1986) natildeo observaram tal diferenccedila

Gagliesi e Melzack (1997) sugerem que as diferenccedilas observadas com a idade podem ser

dependentes do tipo de escala utilizada e o fato de a maioria das escalas terem sido validadas

em amostras de pacientes jovens pode tambeacutem influenciar

Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos quanto ao IMC poreacutem trecircs

pacientes do grupo preemptivo pertenciam agrave categoria de obesidade grau I e duas obesidade

grau II dados contidos na tabela 2 Como em pacientes obesos haacute maior impedacircncia para a

passagem da corrente eleacutetrica dada a maior espessura da camada de gordura ndashndash que tem

menor conteuacutedo de aacutegua ndashndash isso poderia talvez influenciar no efeito da TENS (STARKEY

2001)

A semelhanccedila quanto ao niacutevel de escolaridade dos grupos presente na tabela 3 eacute

relevante pois marcantes diferenccedilas poderiam influenciar na compreensatildeo das escalas e

questionaacuterios utilizados

77

Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante quanto ao diagnoacutestico cliacutenico das

pacientes como pocircde ser observado na tabela 4 A relevacircncia desse dado reside no proacuteprio

conceito de dor que foi elaborado pelo comitecirc de taxonomia da International Association for

the Study of Pain (IASP ndashndash Associaccedilatildeo Internacional para o Estudo da Dor) em 1986 que a

define como ldquoexperiecircncia sensorial e emocional desagradaacutevel associada ou descrita em termos

de lesatildeo tecidual real ou potencialrdquo Caso houvesse diferenccedila quanto ao diagnoacutestico isso

poderia influenciar talvez no relato de dor das pacientes dada suas diferentes experiecircncias

preacutevias e desiguais periacuteodos em que vinham sofrendo devido agrave dor (BISSCHOP G

BISSCHOP Eacute COMMANDREacute 2001 KONRAD CORDEIRO COELI 2001 PIMENTA

TEIXEIRA 1997 p 1 SPOacuteSITO 1993)

Seguindo a mesma linha de raciociacutenio eacute que se deu destaque ao tempo em que as

pacientes relataram estar sentindo dor em decorrecircncia da doenccedila da vesiacutecula biliar ndashndash

ilustrado no graacutefico 5 O fato de uma paciente vg estar se queixando de dor haacute mais de 2

anos e uma outra nunca ter tido tal queixa poderia influenciar na percepccedilatildeo da dor todavia a

anaacutelise estatiacutestica possibilitou a verificaccedilatildeo de uma amostra homogecircnea em relaccedilatildeo a esse

tempo

Diferenccedilas significantes no escore do estado fiacutesico determinado pela ASA podem

influenciar na percepccedilatildeo da dor vg pela presenccedila de doenccedilas associadas que natildeo estejam

sob controle Logo o estabelecimento como criteacuterio de inclusatildeo de pacientes que

pertencessem somente aos iacutendices I e II associado agrave ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos minimizou a possibilidade de influecircncia na percepccedilatildeo dolorosa

(graacutefico 6)

Em se tratando do preacutevio uso de analgeacutesicos para o tratamento da dor decorrente da

doenccedila da vesiacutecula ou de outras doenccedilas crocircnicas como pocircde ser observado no graacutefico 7 a

ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica significante mostrou ser homogecircnea a amostra quanto ao uso

78

desse tipo de droga e a anaacutelise sobre o tempo em que as pacientes se queixavam de dor

tambeacutem natildeo mostrou diferenccedila significante (graacutefico 5) o que diminui a possibilidade de as

pacientes terem vivenciado grandes diferenccedilas em relaccedilatildeo agraves suas experiecircncias dolorosas

Tambeacutem natildeo houve diferenccedila significante quanto ao periacuteodo desde o teacutermino da

aplicaccedilatildeo da TENS ateacute a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico dados contidos no graacutefico 8 A

atenccedilatildeo despendida a esse tempo foi dada em virtude da preocupaccedilatildeo de poder haver grande

diferenccedila no tempo entre as aplicaccedilotildees da TENS o que poderia influenciar na concentraccedilatildeo

de opioacuteides endoacutegenos nos momentos de averiguaccedilatildeo da intensidade de dor sendo um

consideraacutevel vieacutes

O fato de as cirurgias terem duraccedilatildeo semelhante (graacutefico 9) e natildeo ter havido

complicaccedilatildeo em nenhum procedimento pode estar eliminando a possibilidade de estas

intercorrecircncias influenciarem na transduccedilatildeo do estiacutemulo doloroso ndashndash e consequumlentemente nas

outras etapas da dor ndashndash dado o maior tempo de manipulaccedilatildeo da aacuterea ciruacutergica

79

52 Anaacutelise da Dor pela Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

De acordo com Pimenta Cruz e Santos (1998) os instrumentos para mensuraccedilatildeo da

dor podem ser de dois tipos unidimensionais que consideram apenas uma uacutenica dimensatildeo da

dor e multidimensionais que a mensuram considerando duas ou mais dimensotildees

Para Buxton (2001) Pereira e Sousa (1998) Pimenta Cruz e Santos (1998) e Vetter

e Heiner (1996) essa escala eacute uma das mais utilizadas em pesquisas cliacutenicas e na praacutetica

meacutedica diaacuteria tanto pela praticidade de manuseio quanto pela facilidade de compreensatildeo por

parte do paciente podendo ser utilizada vaacuterias vezes ao dia Moiniche Kehlet e Dahl (2002) e

Ong et al (2005) em seus artigos de revisatildeo sobre analgesia preemptiva a indicam como o

instrumento mais frequumlentemente empregado para a mensuraccedilatildeo da intensidade de dor

(CAMERON 1999 GRIEVE 1986 HAMZA et al 1999 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO

BRASIL 2001 PIMENTA CRUZ SANTOS 1998 PIMENTA TEIXEIRA 1997

ROBINSON 2001)

Segundo Huskisson (1983) escalas que aumentam os valores da esquerda para a

direita se comportam de forma similar agraves que o fazem ao contraacuterio o que justifica o uso da

escala da figura 4 A escolha dessa escala ao inveacutes da analoacutegica visual (VAS) deu-se por

exigir menor abstraccedilatildeo por parte das pacientes sendo mais faacutecil de ser compreendida uma

vez que Gagliesi e Melzack (1997) observaram que cerca de 30 dos pacientes idosos natildeo

conseguem compreender a VAS Para Ketovuori e Poumlntinen (1981) muitos pacientes satildeo

incapazes de imaginar a sua dor como um ponto em uma linha reta

O grupo preemptivo apresentou meacutedia de intensidade de dor incisional mais baixa

que o placebo ndashndash agrave exceccedilatildeo da primeira observaccedilatildeo ndashndash sendo essa diferenccedila estatisticamente

significante nas terceira (ENDc) e quarta (ENDd) verificaccedilotildees que se procederam

respectivamente 4frac12 h e 5frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico e cujos valores de p

80

foram iguais a 0042 e 0029 Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos na primeira

(ENDa) segunda (ENDb) quinta (ENDe) sexta (ENDf) seacutetima (ENDg) e oitava (ENDh)

averiguaccedilotildees que corresponderam a 2frac12 h 3frac12 h 7 h 8 h e 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico e momento da alta hospitalar respectivamente Nessas coletas os valores de p

foram respectivamente iguais a 0756 0171 0068 0135 0497 e 0145 Todos esses dados

estatildeo contidos na tabela 5

Nas 2 primeiras averiguaccedilotildees da intensidade de dor pela END verificou-se

pequenos niacuteveis aacutelgicos em ambos os grupos fato que ocorreu devido agrave accedilatildeo das drogas

anesteacutesicas ndashndash cloridrato de bupivacaiacutena (05) e fentanil (2 ml) ndashndash utilizadas para a

realizaccedilatildeo dos procedimentos ciruacutergicos e que quando associadas proporcionam

potencializaccedilatildeo do efeito analgeacutesico no poacutes-operatoacuterio De acordo com Dierking et al (1992)

Pontes e Prado (2002) e Prado e Oliveira (2000) o bloqueio anesteacutesico ocasiona depleccedilatildeo da

sensaccedilatildeo dolorosa o que justifica esses diminutos niacuteveis aacutelgicos nessas coletas

A conjunccedilatildeo do anesteacutesico ao opioacuteide eacute recomendada por Castillo [1999] que

observou por meio da VAS menores iacutendices de dor nos pacientes que fizeram uso conjugado

dessas duas drogas em comparaccedilatildeo agravequeles em que somente fora administrado o cloridrato de

bupivacaiacutena Aleacutem da diminuiccedilatildeo do quadro aacutelgico a sua associaccedilatildeo possibilita menor

administraccedilatildeo de anesteacutesicos melhor qualidade anesteacutesica no intra-operatoacuterio e reduccedilatildeo da

necessidade do uso de faacutermacos analgeacutesicos no periacuteodo poacutes-operatoacuterio

Agrave medida que houve um distanciamento em relaccedilatildeo ao horaacuterio da induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico as drogas utilizadas para a realizaccedilatildeo do ato ciruacutergico comeccedilaram a

diminuir seu poder de accedilatildeo O cloridrato de bupivacaiacutena ndashndash anesteacutesico ndashndash tem uma meia-vida

de aproximadamente 3 horas e o seu efeito perdura por cerca de 4 a 5 h (RANG DALE

1993)

81

Assim o cloridrato de bupivacaiacutena em associaccedilatildeo ao fentanil contribuiu para que

natildeo houvesse diferenccedila significante entre os niacuteveis de dor incisional nas 2 primeiras coletas o

que estaacute em concordacircncia com outra pesquisa jaacute realizada pelo nosso grupo em

colecistectomias por laparotomia em que Santos et al (2004) com a mesma padronizaccedilatildeo de

drogas e horaacuterios de averiguaccedilatildeo dos niacuteveis de dor natildeo observaram tal diferenccedila nesses

momentos entre os grupos experimental ndashndash que fazia uso da TENS de alta e baixa

frequumlecircncias somente no poacutes-operatoacuterio ndashndash e placebo

Isso estaacute em concordacircncia tambeacutem com Ke et al (1998) que nas primeiras 4 h apoacutes

a realizaccedilatildeo de laparotomias natildeo verificaram diferenccedila significante nos niacuteveis aacutelgicos entre os

grupos de pacientes que foram utilizados para a anaacutelise do efeito analgeacutesico preemptivo do

cloridrato de bupivacaiacutena quando aplicado pelo meacutetodo de infiltraccedilatildeo incisional

A meacutedia de intensidade de dor do grupo preemptivo foi a partir da ENDb inferior agrave

do placebo Tal fato pode ter ocorrido devido agrave preacutevia aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia que pode ter estimulado a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos potencializando a

analgesia no periacuteodo poacutes-operatoacuterio ao ativar o sistema descendente de controle da dor O

fato de isso natildeo ter ocorrido na primeira investigaccedilatildeo deve ser atribuiacutedo agrave accedilatildeo das drogas

anesteacutesicas ndashndash como jaacute citado anteriormente Ademais ao analisar a diferenccedila estatiacutestica entre

os dois grupos nessa coleta percebe-se que esse foi o momento em que houve a menor

diferenccedila estatiacutestica pois o valor de p foi igual a 0756 e as meacutedias de 084 plusmn 034 e 072 plusmn

029 nos grupos preemptivo e placebo respectivamente

Quando ocorreu a transiccedilatildeo entre a segunda (ENDb) e terceira (ENDc) verificaccedilotildees

o efeito do cloridrato de bupivacaiacutena possivelmente jaacute estava cessando o que explicou o

aumento mais acentuado do niacutevel de dor no grupo placebo jaacute que provavelmente somente o

fentanil estava agindo contudo essa grande elevaccedilatildeo natildeo foi observada no grupo preemptivo

o que permite a assertiva de que tenha havido talvez uma potencializaccedilatildeo do efeito

82

analgeacutesico pela associaccedilatildeo do fentanil agrave TENS de baixa frequumlecircncia ndashndash que estimula a

liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos tanto em niacutevel espinhal quanto supra-espinhal ndashndash

aumentando assim ainda mais as concentraccedilotildees de opioacuteides As terceira (ENDc) e quarta

(ENDd) verificaccedilotildees foram justamente os momentos em que houve diferenccedila estatiacutestica

significante entre os dois grupos pois as meacutedias de intensidade de dor foram respectivamente

iguais a 202 plusmn 053 e 278 plusmn 056 no grupo preemptivo e 384 plusmn 066 e 48 plusmn 067 no

placebo sendo os valores de p iguais a 0042 e 0029 respectivamente

A quinta verificaccedilatildeo (ENDe) foi o momento em que embora natildeo tenha havido

diferenccedila estatiacutestica significante os valores se aproximaram bastante de tal possibilidade

visto que o valor de p lt 01 A relevacircncia desse momento consiste em ser o ponto a partir do

qual a diferenccedila entre os niacuteveis de dor dos grupos diminui progressivamente ateacute a seacutetima

observaccedilatildeo (ENDg) Isso incita a assertiva de que o efeito da TENS aplicada como meacutetodo

analgeacutesico preemptivo possivelmente seria mais evidente nas primeiras horas apoacutes o

bloqueio anesteacutesico e seria interessante realizar aplicaccedilotildees da TENS tambeacutem no periacuteodo

poacutes-operatoacuterio para a obtenccedilatildeo de um melhor efeito analgeacutesico tendo como base os dados

da pesquisa de Santos et al (2004) Alguns autores sugerem que o efeito da TENS poder-se-

ia estender por 2 a 6 h dependendo das atividades de vida diaacuteria posturas e niacuteveis de dor

contudo outros relatam um efeito ainda mais duradouro (CREacutePON 1996 DAMIANE C

DAMIANE G 1998 SALGADO 1999)

Esses achados estatildeo em concordacircncia com a maioria dos estudos os quais revelam

que a analgesia preemptiva ocorreria nas 6 primeiras horas poacutes-ciruacutergicas apesar de algumas

pesquisas sugerirem que ela promoveria um longo tempo de analgesia que poderia perdurar

por ateacute 7 a 10 dias poacutes-operatoacuterios (BRIDENBAUGH 1994 ROSAEG et al 2001)

83

O niacutevel aacutelgico mais elevado do grupo placebo ocorreu na sexta (ENDf) investigaccedilatildeo

com meacutedia igual a 488 plusmn 066 Jaacute no grupo preemptivo o maior iacutendice de dor foi observado

na seacutetima verificaccedilatildeo (ENDg) cuja meacutedia foi igual a 356 plusmn 061 Esses dados sugerem que a

TENS possa talvez ter aumentando o periacuteodo de latecircncia da dor

Apoacutes o efeito das drogas anesteacutesicas em ambos os grupos a menor meacutedia de

intensidade de dor ocorreu na uacuteltima coleta (ENDh) sendo de 096 plusmn 033 para o preemptivo

e 176 plusmn 042 para o placebo Isso demonstra que ao passo em que o processo inflamatoacuterio

decorrente do trauma ciruacutergico vai diminuindo haacute consequumlentemente reduccedilatildeo dos niacuteveis

aacutelgicos e que os maiores niacuteveis de dor do grupo placebo em relaccedilatildeo ao preemptivo podem ter

sido responsaacuteveis por promoverem maior memorizaccedilatildeo da dor contribuindo assim para que

mesmo 2 dias apoacutes a operaccedilatildeo as pacientes do grupo placebo ainda exibissem um maior

quadro aacutelgico embora natildeo diferente sob o ponto de vista estatiacutestico Logo a eletroanalgesia

preemptiva pode tambeacutem estar influenciando na qualidade de remissatildeo da dor

Ao conjuminar esses dados podemos inferir que o grupo preemptivo em todos os

momentos de anaacutelise da intensidade de dor apresentou niacuteveis leves ao passo que o placebo

chegou a atingir niacuteveis moderados em 3 verificaccedilotildees (ENDd ENDe ENDf) Isso demonstra

que as pacientes do grupo placebo natildeo obtiveram analgesia tatildeo satisfatoacuteria quanto as do outro

grupo Eacute importante ressaltar que a colecistectomia por laparotomia gera um niacutevel de dor

severo no poacutes-operatoacuterio e que esse soacute natildeo deve ter sido atingido em nenhum dos grupos

porque a dipirona ndashndash antiinflamatoacuterio natildeo-esteroidal ndashndash estava sendo administrada de 6 em 6

horas

No graacutefico 10 eacute possiacutevel perceber que houve no grupo preemptivo uma ascensatildeo

do niacutevel de dor menos iacutengreme que a do placebo nas primeiras coletas Esse achado parece

estar em concordacircncia com a proposta de Melo e Santana Filho (2003) de aplicar a TENS em

periacuteodo preacute-operatoacuterio para minimizar os picos aacutelgicos no poacutes-operatoacuterio de hernioplastias

84

inguinais pois apesar de eles terem obtido satisfatoacuteria analgesia com o seu uso no poacutes-

operatoacuterio verificaram que havia picos dolorosos assim que ocorria o teacutermino do efeito

anesteacutesico e que os mesmos poderiam talvez serem atenuados com a aplicaccedilatildeo da TENS

antes do ato ciruacutergico

Essa atenuaccedilatildeo do pico aacutelgico obtida com a aplicaccedilatildeo da TENS jaacute no periacuteodo preacute-

operatoacuterio pode ser realmente observada ao confrontamos os nossos resultados com os de

Santos et al (2004) ndashndash trabalho jaacute citado anteriormente ndashndash tendo em vista que percebemos

que nas quinta e sexta coletas as meacutedias de intensidade de dor do grupo preemptivo

[pertencente ao nosso trabalho] foram inferiores agraves do experimental [pertencente agrave pesquisa

de Santos et al (2004)] que tiveram valores de 379 plusmn 284 e 370 plusmn 329 respectivamente o

que pode ter decorrido do fato de a TENS ter promovido um efeito anti-nociceptivo Mariano

e Ben (1998) obtiveram resultados satisfatoacuterios tambeacutem com a aplicaccedilatildeo da TENS no poacutes-

operatoacuterio de colecistectomias no entanto natildeo podemos comparar diretamente os resultados

devido agraves diferenccedilas de meacutetodos empregados

Natildeo estatildeo expressas na literatura pesquisada publicaccedilotildees sobre analgesia

preemptiva induzida pela TENS em humanos apenas trabalhos com a utilizaccedilatildeo de drogas e

eletroacupuntura com esse propoacutesito e que tiveram iniacutecio principalmente a partir da deacutecada

passada Dessa forma a nossa discussatildeo seraacute sempre cotejada agraves pesquisas envolvendo esses

dois recursos de forma preemptiva tal como trabalhos que empregaram a TENS no poacutes-

operatoacuterio

Apenas um trabalho realizado por Javier et al (1999) sobre o uso da TENS como

recurso analgeacutesico preemptivo foi encontrado na literatura pesquisada entretanto foi

procedido em ratos Eles observaram que a TENS mormente em sua modalidade de baixa

frequumlecircncia proporcionou efeito anti-nociceptivo em procedimentos ciruacutergicos realizados

nesses animais o que corrobora nossos achados Mesmo sendo aplicados a espeacutecies

85

diferentes o trabalho de Javier et al (1999) e o nosso estatildeo em concordacircncia pois ambos

obtiveram analgesia preemptiva com a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia

Muito embora tenha sido empregado meacutetodo diferenciado analgesia preemptiva

tambeacutem foi obtida por Kotani et al (2001) com o uso da eletroacupuntura antes de cirurgias

abdominais altas e baixas sendo verificados pela VAS menores niacuteveis de dor nos pacientes

em que foi aplicada a eletroestimulaccedilatildeo em relaccedilatildeo aos do grupo controle ndashndash natildeo submetidos

agrave corrente eleacutetrica

A grande importacircncia em confrontar os resultados da nossa pesquisa com os de

Kotani et al (2001) baseia-se no similar mecanismo de accedilatildeo da eletroacupuntura e da TENS

de baixa frequumlecircncia que se daria pelo aumento dos niacuteveis de opioacuteides endoacutegenos que agiriam

ambos em receptores micro-opioacuteides (CHEN HAN 1992 HAN et al 1986) Contudo Zhou e

Xi (1986) observaram em coelhos que a naloxona antagonizou parcialmente o efeito da

eletroacupuntura mas natildeo o da TENS de baixa frequumlecircncia

A administraccedilatildeo de faacutermacos analgeacutesicos em periacuteodo preacute-operatoacuterio proporcionou

bons resultados na diminuiccedilatildeo do quadro aacutelgico em algumas pesquisas vg Pontes e Prado

(2002) analisando o uso do cetoprofeno antes da realizaccedilatildeo de incisotildees plantares em ratos

verificaram satisfatoacuterio efeito anti-nociceptivo dessa droga Ke et al (1998) observaram ndashndash

em laparotomias ndashndash menor iacutendice de dor (mensurado pelo MPQ) no grupo de pacientes em

que a bupivacaiacutena fora administrada antes da cirurgia quando comparado ao dos outros dois

grupos pacientes em que ela foi administrada apoacutes a cirurgia e aqueles que receberam apenas

soluccedilatildeo salina Diversos outros autores tambeacutem relatam sobre os bons resultados obtidos com

a analgesia preemptiva (AIDA et al 1999 GOTTSCHALK OCHROCH 2003 KE

PORTERA LINCOLN 1998 LEE I-H LEE I-O 2005 WALL 1988) Na revisatildeo

sistemaacutetica de Ong et al (2005) analisando 66 artigos a analgesia peridural com opioacuteides

destacou-se por ser a teacutecnica mais eficiente para promover analgesia preemptiva conclusatildeo

86

tambeacutem obtida por Moiniche Kehlet e Dahl (2002)

Na literatura existem pesquisas principalmente com a utilizaccedilatildeo de faacutermacos em

que natildeo se obteve analgesia preemptiva Pontes e Prado (2002) eg natildeo promoveram

analgesia preemptiva com o uso de dipirona morfina e diclofenaco antes da realizaccedilatildeo de

incisotildees plantares em ratos e de acordo com esses autores em outra pesquisa a infiltraccedilatildeo

preacute-ciruacutergica de anesteacutesico local natildeo exerceu influecircncia nos niacuteveis aacutelgicos nem de pacientes

submetidos a colecistectomias nem herniorrafias Assim como esses muitos outros estudos

tambeacutem obtiveram resultados negativos e naqueles em que foi observada analgesia

preemptiva a mesma ocorreu em pequena magnitude (KISSIN 1994 2000 2002

MAESTRONI et al 2002 ONG et al 2005 SINATRA 2002 WOOLF CHONG 1993)

Entretanto os bons resultados jaacute obtidos tanto cliacutenicos quanto experimentais satildeo

provavelmente suficientes para indicar que a analgesia preemptiva eacute um fenocircmeno vaacutelido e

que um maior efeito poderaacute ser obtido com o desenvolvimento de novas e mais especiacuteficas

teacutecnicas (KISSIN 2000 2002)

As pesquisas tecircm restringido o uso da TENS em humanos apenas ao periacuteodo poacutes-

ciruacutergico Os resultados na sua grande maioria tecircm demonstrado gratificante aliacutevio do

quadro aacutelgico sobretudo naqueles procedimentos em que a dor gerada tem intensidade de

leve a moderada

Guerra et al (2003) verificaram menores niacuteveis aacutelgicos por meio da END nos

pacientes que foram submetidos agrave aplicaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia

inguinal em relaccedilatildeo aos que natildeo o foram assim como Chiu et al (1999) em

hemorroidectomias Chen et al (1998) em histerectomia abdominal total e miomectomia

Carrol et al (1996) em 786 pacientes submetidos a diversos procedimentos ciruacutergicos Castro

e Carlos (1986) em laparotomias com 22 de reduccedilatildeo da queixa de dor sendo os melhores

resultados obtidos nas histerectomias e os piores nas gastrectomias o que pode ser atribuiacutedo

87

talvez ao fato de a gastrectomia ser um procedimento ciruacutergico abdominal alto e ocasionar

entatildeo maiores niacuteveis de dor

Os nossos resultados natildeo podem ser diretamente confrontados aos dessas pesquisas

tendo em vista o grande nuacutemero de variaacuteveis existentes destacando-se o diferente modelo de

dor que cada procedimento ciruacutergico ocasiona e o fato de a TENS ter sido empregada sempre

apoacutes as cirurgias O que se pode e deve ser discutido eacute que talvez os resultados das pesquisas

em que a TENS foi bem sucedida como recurso analgeacutesico pudessem ser ainda melhores caso

a tivessem empregado tambeacutem antes das cirurgias e os das que natildeo obtiveram sucesso com a

TENS pudessem ter tido com essa preacutevia aplicaccedilatildeo pois as respostas analgeacutesicas poderiam

ser potencializadas

A maior concentraccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos apoacutes a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia eacute relatada por diversos autores (JOHNSON ASHTON THOMPSOM 1991

MERKEL GUSTEIN MALVIYA 1999 SLUKA WALSH 2003 THOMSON SKINNER

PIERCY 1994 TOYOTA STATAKE AMAKI 1999) Eriksson Sjolund e Neilzen (1979)

e Salar Job e Mingrino (1981) demonstraram um aumento da concentraccedilatildeo de opioacuteides no

liquor lombar apoacutes a TENS De acordo com Starkey (2001) essa modalidade de corrente

eleacutetrica estimularia a glacircndula hipoacutefise a liberar ACTH e acirc-lipotropina (moleacutecula precursora

da acirc-endorfina) na corrente sanguumliacutenea Crielaard et al ([sd] apud TRIBIOLI 2003)

observaram amento de 22 da taxa de acirc-endorfina apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia com intensidade elevada a ponto de produzir contraccedilatildeo muscular ritmada na

regiatildeo lombar de pacientes Entretanto OacuteBrien et al (1984 apud TRIBIOLI 2003) natildeo

verificaram incremento dos niacuteveis de acirc-endorfina no sangue apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS ndashndash tanto

de baixa frequumlecircncia (2 Hz) quanto de alta (80 Hz)

88

Chandran e Sluka (2003) observaram assim como Chen e Han (1992) Kalra Urban

e Sluka (2001) King e Sluka (2001) Sluka et al (1999) e Sluka et al (2000) que a TENS de

baixa frequumlecircncia estimulava a liberaccedilatildeo de opioacuteides que agiam sobre os receptores micro

localizados tanto em niacutevel espinhal (micro2) quanto supra-espinhal (micro1) fato ratificado por Han

et al (1991) que observaram que a endomorfina-1 ligante opiacuteoacuteide para os receptores micro-

opioacuteides mediava o efeito dessa modalidade de TENS Em alguns desses estudos concluiu-

se que a accedilatildeo da TENS se dava sobre esse tipo de receptor ao conseguir inibir o seu efeito

pela preacutevia administraccedilatildeo de baixas doses de naloxona ndashndash antagonista desses receptores

Hansson et al (1986) Lundeberg Bondesson e Lundstron (1985) e Olausson et al (1986)

verificaram que a TENS de baixa frequumlecircncia natildeo foi eficiente na reduccedilatildeo da dor nos pacientes

em que foi previamente administrada a naloxona

Apesar de a maioria dos autores apontar a accedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia como

sendo sobre os receptores micro-opioacuteides Chen e Han (1992) observaram que ela tambeacutem agiria

sobre os receptores auml-opioacuteides Outros autores como Han et al (1991) e Hughes et al

(1984) tambeacutem relataram sobre um aumento da concentraccedilatildeo de acirc-endorfina na circulaccedilatildeo

sanguumliacutenea de indiviacuteduos saudaacuteveis apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de baixa ou alta frequumlecircncias e

no liquor lombar concentraccedilotildees elevadas de metionina-encefalina (agonista auml-opioacuteide) e

dinorfina A (agonista ecirc-opioacuteide) apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de alta e baixa frequumlecircncia

respectivamente Para Basford (1994) seria mais evidente a liberaccedilatildeo de opioacuteides com a

aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia

Algumas controveacutersias quanto ao uso da TENS ainda persistem a) se haveria

liberaccedilatildeo de outras substacircncias capazes de modular a dor b) se sujeitos com e sem dor

diferem na resposta agrave estimulaccedilatildeo c) e caso sejam liberados neurotransmissores para a

modulaccedilatildeo da dor quais seriam os paracircmetros de estimulaccedilatildeo mais efetivos para tal

(BASFORD 1994)

89

A eletroanalgesia preemptiva pode ter sido obtida nessa pesquisa por meio da

inibiccedilatildeo pela TENS da hipersensibilidade central o que estaacute em concordacircncia com a

assertiva de King e Sluka (2001) e Sluka (2000) de que a TENS de baixa frequumlecircncia reduz

significantemente a hiperalgesia secundaacuteria poreacutem natildeo tem efeito sobre a primaacuteria

90

53 Anaacutelise da Satisfaccedilatildeo das Pacientes com o Tratamento

No grupo preemptivo a meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que

estava sendo realizado obtida a partir dos dados coletados com o uso da Escala de Satisfaccedilatildeo

do Paciente (ESP) foi sempre superior agrave do placebo em todos os momentos de coleta

entretanto natildeo houve em nenhuma das verificaccedilotildees diferenccedila estatiacutestica significante entre os

grupos como pocircde ser evidenciado na tabela 6 O intuito de aplicar tal escala foi tentar

observar se haveria um grau de satisfaccedilatildeo significantemente mais elevado no grupo

preemptivo em relaccedilatildeo ao placebo tendo em vista o papel da dor como fator de grande

influecircncia na qualidade do tratamento poacutes-operatoacuterio Poreacutem isso natildeo ocorreu nem na ESPd

verificaccedilatildeo que coincidia com o horaacuterio da ENDd em que houve niacutevel de dor

significantemente menor no grupo preemptivo

Rosaeg et al (2001) relatam sobre a ausecircncia de correlaccedilatildeo entre a analgesia

preemptiva e o grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes Isso ocorreria porquanto diversos fatores

aleacutem da dor poacutes-operatoacuteria contribuem para determinar o grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes

Nos dois grupos os niacuteveis de satisfaccedilatildeo sempre se mostraram bastante elevados Levando-se

em consideraccedilatildeo que todas as pacientes que participaram da presente pesquisa foram

assistidas pelo SUS e que comumente ndashndash ateacute por fatores culturais ndashndash estatildeo mais habituadas a

um ldquofriordquo relacionamento profissional de sauacutede-paciente esse alto grau de satisfaccedilatildeo talvez

possa ter sido atribuiacutedo agrave intensa assistecircncia dada aos dois grupos decircs o periacuteodo preacute-ciruacutergico

em que foram fornecidas informaccedilotildees a respeito da cirurgia que seria realizada da dor

incisional ndashndash e porventura visceral ndashndash do tratamento proposto dos meacutetodos de mensuraccedilatildeo

da dor bem assim orientaccedilotildees para que as mesmas evitassem falar apoacutes a cirurgia porque natildeo

se acumulassem gases ateacute o momento da alta hospitalar com os questionamentos sobre os

niacuteveis aacutelgicos Aleacutem disso as pacientes podem ter se sentido constrangidas ou terem

91

apresentado receio em relatar sobre a sua real satisfaccedilatildeo podendo supor que isso viria a

influenciar nos cuidados que a equipe meacutedica estaria despendendo para as mesmas

(BARROS 2001 JACHUCK 1982)

Caso tivesse sido realizada a coleta da ESP em todos os horaacuterios da END talvez fosse

possiacutevel observar diferenccedila significante entre os grupos em algum momento Entanto

preferiu-se realizar 5 averiguaccedilotildees da ESP aos inveacutes de 8 com o intuito de natildeo somente

abordar as pacientes um menor nuacutemero de vezes perturbando-as dessa forma um pouco

menos como tambeacutem minimizar a possibilidade de elas confundirem as duas escalas logo

que ambas satildeo constituiacutedas de nuacutemeros embora uma seja aplicada por meio de uma reacutegua e a

outra de forma verbal o que em princiacutepio diminuiria a possibilidade de confusatildeo

Em ambos os grupos a coleta em que houve a maior meacutedia de satisfaccedilatildeo com o

tratamento foi a uacuteltima sendo os valores nos grupos preemptivo e placebo respectivamente

de 992 plusmn 005 e 933 plusmn 035 Esses dados ao serem confrontados com os da END nesse

horaacuterio de coleta mostram que o maior grau de satisfaccedilatildeo apoacutes o pico aacutelgico deu-se

justamente no momento em que as pacientes estavam sentido uma menor intensidade de dor

Diferentemente dos nossos achados o uso da TENS no poacutes-operatoacuterio de

hernioplastia inguinal promoveu meacutedias de satisfaccedilatildeo com o tratamento ndashndash tambeacutem

mensurada pela ESP ndashndash significantemente superiores agraves do grupo placebo (MELO

SANTANA FILHO 2003)

Em pesquisa realizada por Hamza et al (1999) em cirurgias abdominais baixas

observou-se tambeacutem maior satisfaccedilatildeo por parte dos pacientes que usaram a TENS de baixa

frequumlecircncia no poacutes-operatoacuterio visto que 76 desses pacientes apresentaram alto grau de

satisfaccedilatildeo com o emprego de tal aparato para o controle da dor poacutes-ciruacutergica enquanto apenas

24 dos pacientes do grupo placebo apresentaram tal grau de satisfaccedilatildeo

92

54 Anaacutelise da Dor pelo Questionaacuterio de Dor McGill

A linguagem da dor repetidamente enfatizada por Merskey (1980) fornece

relevantes indiacutecios sobre o sofrimento e a dor das pessoas Melzack (1975) desenvolveu um

meacutetodo sistemaacutetico que incorporou descritores verbais para a expressatildeo da dor o MPQ que

se tornou o instrumento de pesquisa mais empregado no mundo para a mensuraccedilatildeo das

propriedades multidimensionais da dor abordando os componentes sensoriais afetivos e de

intensidade segundo Fernandez e Boyle (2001) e Fernandez e Towery (1996)

O MPQ adaptado foi utilizado apenas uma vez ndashndash 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico ndashndash no primeiro dia poacutes-operatoacuterio A opccedilatildeo por tal horaacuterio deu-se a partir da

experiecircncia obtida no estudo piloto em que o mesmo era administrado 7 h apoacutes a induccedilatildeo do

bloqueio A dificuldade para conseguir a atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo das pacientes condiccedilotildees

essenciais para responder de forma adequada ao mesmo foi muito grande fato que pode ser

atribuiacutedo ao relato de cansaccedilo por parte das pacientes porquanto as mesmas eram submetidas

ao procedimento ciruacutergico em torno das 1600 e assim o MPQ no estudo piloto era aplicado

aproximadamente agraves 2300 momento em que elas normalmente estavam dormindo ou entatildeo

tentando dormir mas relatando grande desconforto que pocircde ser observado natildeo apenas por

meio de avaliaccedilatildeo cliacutenica durante a coleta de dados como tambeacutem pelos niacuteveis aacutelgicos nesse

periacuteodo mensurados pela END e contidos na tabela 5

Apesar de alguns pesquisadores utilizarem o MPQ para a mensuraccedilatildeo de dores

passadas e relatarem que o mesmo possa ser usado para a anaacutelise de dores de ateacute uma semana

atraacutes optou-se para evitar maiores vieses por usaacute-lo para mensurar a dor incisional que a

paciente estava relatando naquele momento pois muitos pacientes apresentam dificuldade em

abstrair e sumariar experiecircncias dolorosas passadas (PIMENTA TEIXEIRA 1997) Para

93

isso elas eram instruiacutedas a respondecirc-lo com base na dor que estavam vivenciando naquele

momento

De acordo com Melzack (1975) esse instrumento somente deve ser aplicado para os

pacientes que estejam relatando dor Em virtude disso natildeo foram utilizados para a realizaccedilatildeo

da anaacutelise estatiacutestica dos iacutendices do MPQ os dados das 50 pacientes mas os de 41 (21 do

grupo preemptivo e 20 do placebo) pois 9 pacientes estavam relatando niacutevel de dor igual a

zero mensurado pela END no momento da aplicaccedilatildeo do MPQ

Veilleux e Melzack (1976) relatam que o MPQ eacute suficientemente sensiacutevel para

detectar diferenccedilas entre meacutetodos de tratamento da dor e proporciona informaccedilotildees a respeito

do efeito de determinada terapia antaacutelgica sobre as dimensotildees sensorial afetiva e avaliativa da

dor Optou-se pela natildeo utilizaccedilatildeo da forma reduzida do MPQ dado o pequeno nuacutemero de

descritores e cujos significados estatildeo mais frequumlentemente relacionadas agrave dor crocircnica do que

agrave aguda (MELZACK 1987)

A utilizaccedilatildeo do MPQ foi relevante porque esse instrumento multidimensional

fornece informaccedilotildees mais ricas sobre a experiecircncia dolorosa ndashndash envolvendo tambeacutem

componentes psicoloacutegicos e emocionais ndashndash natildeo se limitando apenas agrave mensuraccedilatildeo da

intensidade de dor como o satildeo a END VAS de faacutecies e tantas outras Para Prieto e

Geisinger (1983) apesar de a intensidade global da dor ser importante condiccedilatildeo para

compreender a experiecircncia dolorosa medidas que refletem apenas essa caracteriacutestica satildeo

insensiacuteveis a variaccedilotildees nos diferentes aspectos qualitativos da dor (KELLY AHMAD

BRULL 2001)

A categoria sensorial refere-se agraves propriedades mecacircnicas teacutermicas temporais e

espaciais da dor a afetiva-motivacional agrave dimensatildeo afetiva nos aspectos de tensatildeo medo e

propriedades autonocircmicas a avaliativa possibilita que o paciente expresse uma avaliaccedilatildeo

global da sua experiecircncia dolorosa e a miscelacircnea que engloba descritores das outras

94

categorias natildeo se refere a nenhuma propriedade especiacutefica (KETOVUORI POumlNTINEN

1981 MELZACK 1975 PIMENTA TEIXEIRA 1997 TEIXEIRA et al 1999)

A partir da sua utilizaccedilatildeo pudemos obter o Iacutendice do Nuacutemero de Palavras

Escolhidas (NWC) e o Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) O graacutefico 12 apresenta a

comparaccedilatildeo do NWC total obtido por meio da soma do nuacutemero de descritores selecionados

pelas pacientes nas 4 categorias que compotildeem o MPQ entre os grupos preemptivo e placebo

assim como o NWC em cada categoria do MPQ (tabela 10) De acordo com Pimenta e

Teixeira (1997) quanto maior o valor do NWC maior tambeacutem seraacute o niacutevel de dor dos

pacientes

Eacute possiacutevel observar que natildeo houve diferenccedila significante quanto ao NWC total entre

os grupos haja vista que o valor de p foi igual a 0937 tendo o grupo preemptivo selecionado

em meacutedia 1562 plusmn 061 palavras e o placebo 1540 plusmn 084 Vale ressaltar que o maacuteximo valor

possiacutevel do NWC total eacute 20 pois cada paciente natildeo pode escolher mais do que um descritor

em cada subcategoria

O grupo preemptivo selecionou em meacutedia 371 plusmn 025 e 276 plusmn 018 descritores nas

categorias afetiva e miscelacircnea respectivamente e o placebo 375 plusmn 020 e 315 plusmn 021 Na

categoria sensorial diferentemente dessas duas o grupo preemptivo (819 plusmn 038) selecionou

mais palavras que o placebo (765 plusmn 050) Na avaliativa ambos os grupos selecionaram em

meacutedia uma palavra Eacute importante ressaltar que em nenhum desses iacutendices houve diferenccedila

significante o que jaacute era esperado pois o NWC natildeo eacute eficiente para mostrar o malogro ou

sucesso de uma terapia analgeacutesica para um aliacutevio parcial da dor De acordo com Melzack

(1975) o paciente que tem um aliacutevio parcial da dor natildeo necessariamente deveria ter um

menor NWC pois haveria uma tendecircncia em selecionar um descritor que indicasse um menor

iacutendice de dor mas natildeo a recusa por parte desse paciente em selecionar determinada

subcategoria Dessa forma apenas o PRI poderia apresentar variaccedilatildeo

95

Apesar de natildeo ter havido diferenccedila significante a maior utilizaccedilatildeo ndashndash em termos

proporcionais ndashndash dos descritores da categoria sensorial em relaccedilatildeo aos da afetiva conforme

foi observada na tabela 11 em ambos os grupos estaacute de acordo com Pimenta (1995) Reading

(1983) e Teixeira et al (1999) que verificaram que os pacientes que sofriam de dores agudas

tinham preferecircncia por tais descritores enquanto aqueles que padeciam de dor crocircnica pelos

da afetiva Todavia talvez exista uma tendecircncia maior para a escolha dos descritores da

categoria sensorial pois a mesma engloba 539 (42 palavras) dos descritores do MPQ

enquanto que a afetiva 179 (14 palavras) Portanto a categoria sensorial apresenta o triplo

de descritores da afetiva apesar de possuir somente o dobro de subcategorias

Eacute interessante observar a importacircncia da categoria avaliativa (16ordf subcategoria) pois

todas as pacientes a utilizaram para selecionar um descritor (tabela 8) Melzack (1975)

descreveu que 95 dos 248 pacientes ndashndash de diversas doenccedilas ndashndash analisados em seu estudo

selecionaram um descritor dessa categoria o que estaacute em concordacircncia com nossos dados

Outras subcategorias muito utilizadas foram a 9ordf 11ordf 12ordf e 20ordf De forma inversa a 19ordf

subcategoria foi a menos selecionada (4 pacientes do grupo preemptivo e 8 do placebo) o que

eacute justificado por se tratarem de descritores que abordam os aspectos relacionados agrave sensaccedilatildeo

de frio sendo mais frequumlentemente utilizados para a descriccedilatildeo de dores de dente de acordo

com Gagliesi e Melzack (2003) e Melzack (1975)

Em ambos os grupos os descritores mais selecionados foram ldquocansativardquo e

ldquoenjoadardquo que pertencem agrave categoria afetiva 8095 das pacientes do grupo preemptivo

selecionaram esses descritores e 90 das do placebo assim o fizeram Na categoria sensorial

ambos os grupos selecionaram mais frequumlentemente o descritor ldquofinardquo 7142 das pacientes

do grupo preemptivo e 75 das do placebo Na miscelacircnea 55 das pacientes do grupo

placebo optaram mais comumente pelos descritores ldquoespalhardquo e ldquorepuxardquo e 5238 das do

preemptivo por ldquorepuxardquo e ldquoaborrecidardquo

96

Ao considerar os descritores mais apropriados para caracterizar a dor incisional

nessa pesquisa (tabela 9) ndashndash considerados por Gagliesi e Melzack (2003) como aqueles que

tenham sido selecionados por pelo menos 33 dos pacientes ndashndash os que foram escolhidos de

forma comum aos dois grupos foram na categoria sensorial (latejante pontada fina

queimaccedilatildeo ardor e dolorida) afetiva (cansativa e enjoada) avaliativa (que incomoda) e na

miscelacircnea (repuxa e aborrecida) Houve diferenccedila significante entre os dois grupos na

frequumlecircncia de seleccedilatildeo dos descritores ldquoesticadardquo da 10ordf subcategoria e ldquoespalhardquo da 17ordf

subcategoria que eacute justificada pelo fato de na 10ordf subcategoria das 19 pacientes do grupo

preemptivo que a utilizaram 13 selecionaram o descritor ldquoesticadardquo e das 13 do grupo

placebo apenas 5 Em se tratando da 17ordf subcategoria apenas 3 das 13 pacientes que

indicaram essa subcategoria selecionaram o descritor ldquoespalhardquo enquanto 11 do grupo

placebo o selecionou das 17 que optaram por tal subcategoria

No graacutefico 13 haacute a comparaccedilatildeo do PRI total obtido pela soma dos valores que satildeo

atribuiacutedos a cada descritor escolhido pelas pacientes nas 4 categorias do MPQ ndashndash podendo

atingir um maacuteximo valor de 78 ndashndash entre os dois grupos assim como do PRI para cada uma

das categorias do MPQ Para Pimenta e Teixeira (1997) quanto maior o valor desse iacutendice

maior a percepccedilatildeo dolorosa das pacientes Natildeo houve diferenccedila significante quanto ao PRI

total assim como para as categorias sensorial afetiva e miscelacircnea O grupo preemptivo

apresentou PRI total igual a 3274 plusmn 163 e o placebo 3245 plusmn 208 A categoria avaliativa foi

a uacutenica em que houve diferenccedila significante entre os grupos pois o PRI do grupo preemptivo

foi igual a 3 plusmn 028 e o do placebo a 205 plusmn 022 sendo o valor de p igual a 0019

A ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica significante entre os dois grupos tanto no NWC

total quanto no PRI total estaacute em concordacircncia com os resultados obtidos pela ENDg 16 h

apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico pois em nenhum desses iacutendices houve diferenccedila

significante entre os grupos

97

Apesar das dificuldades existentes ndashndash tempo de aplicaccedilatildeo e compreensatildeo de alguns

descritores pelas pacientes ndashndash a aplicaccedilatildeo desse questionaacuterio possibilitou ao investigador uma

experiecircncia muito produtiva pois permitiu a visualizaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo ndashndash seja por palavras

ou expressotildees faciais ndashndash da maioria das pacientes em encontrar palavras que as auxiliassem a

transmitir sua experiecircncia dolorosa Em pesquisa realizada por Pimenta e Teixeira (1997)

96 dos pacientes disseram que o MPQ ajudou ou ajudou muito na descriccedilatildeo de seu quadro

doloroso

Os dados obtidos a partir do MPQ infelizmente tornam-se um pouco limitados para

a comparaccedilatildeo com outras pesquisas dadas as diferenccedilas da liacutengua Esse eacute um dos motivos

pelos quais as escalas unidimensionais satildeo mundialmente mais usadas possibilitando o cotejo

dos resultados obtidos em diferentes paiacuteses e liacutenguas

Sabe-se que os aspectos econocircmicos culturais e sociais tecircm influecircncia sobre o relato

da dor pelos pacientes ndashndash embora em menor magnitude nas dores de caraacuteter agudo vg a

poacutes-operatoacuteria do que nas de caraacuteter crocircnico segundo Pimenta e Teixeira (1997) ndashndash mas

Katz e Melzack (1999) e Melzack (1975) demonstraram que o MPQ possui elevado niacutevel de

fidedignidade e transcende a tais diferenccedilas talvez por ter sido elaborado com base no

referencial teoacuterico sobre a fisiologia da dor No Brasil 95 dos entrevistados em uma

pesquisa disseram ser capazes de compreender o inventaacuterio sem grande dificuldade mas os

estudos natildeo avaliam a magnitude dessa dificuldade mormente quando se trata de indiviacuteduos

de baixa escolaridade ou idosos (PIMENTA 1995 PIMENTA TEIXEIRA 1997

TEIXEIRA 2001)

Entretanto essa talvez natildeo seja a realidade desse questionaacuterio no Brasil ndashndash um dos

liacutederes mundiais em desigualdade social e que possui diferenccedilas marcantes quanto agraves

expressotildees idiomaacuteticas regionais ndashndash o que permite supor que os resultados de uma pesquisa

realizada com uma amostra extraiacuteda de uma populaccedilatildeo rica de uma capital brasileira possam

98

talvez diferenciar significantemente dos daqueles obtidos em uma pobre cidade do sertatildeo

nordestino dada a complexidade na compreensatildeo de alguns descritores (BARROS 2001)

Em decorrecircncia dessas questotildees eacute que foi dada atenccedilatildeo nessa pesquisa ao niacutevel de

escolaridade das pacientes ndashndash que eacute ressaltado por Melzack (1987) como um dos fatores

limitantes para o seu uso assim como foram estabelecidos como criteacuterios de inclusatildeo vg

somente a participaccedilatildeo de pacientes que fossem assistidas pelo SUS e que fossem operadas no

Hospital Satildeo Domingos Saacutevio

99

55 Tempo para a Primeira Administraccedilatildeo do Diclofenaco de Soacutedio

Em contraposiccedilatildeo a Moininche Kehlet e Dahl (2002) Ong et al (2005) relatam que

o tempo para o primeiro requerimento de analgeacutesicos tem menor acuraacutecia para verificar o

efeito da analgesia preemptiva do que a intensidade de dor e o consumo de drogas

analgeacutesicas e que esse natildeo seria o objetivo principal da analgesia preemptiva todavia sua

importacircncia cliacutenica reside no fato de que ao prolongaacute-lo estaria havendo maior efeito do

recurso analgeacutesico utilizado antes da cirurgia ndashndash em nosso caso a TENS ndashndash podendo traduzir

em menor iacutendice de dor e consumo total de analgeacutesicos bem assim maior conforto agrave paciente

As pacientes do grupo preemptivo que consumiram diclofenaco de soacutedio ndashndash droga

que estava prescrita como medicaccedilatildeo de resgate ndashndash nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico solicitaram-no em meacutedia 48750 plusmn 5344 min apoacutes esta jaacute as do grupo

placebo 47010 plusmn 4619 min natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos porquanto o

valor de p foi igual a 0807 o que pode ser visualizado no graacutefico 15 que ilustra esse tempo

Esperava-se que com a preacutevia aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia o tempo para a

solicitaccedilatildeo dessa droga pudesse ser significantemente maior dado o possiacutevel aumento do

periacuteodo de latecircncia da dor devido agrave eletroanalgesia preemptiva

Por meio da END foi verificado que as pacientes do grupo placebo apresentaram no

poacutes-operatoacuterio imediato um pico aacutelgico alcanccedilado no momento da sexta coleta de dor o que

coincide com o tempo para a requisiccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio por essas pacientes

Como natildeo se conhecem pesquisas averiguando esse consumo com o uso da TENS

de forma preacute-operatoacuteria a discussatildeo a seguir far-se-aacute a partir de pesquisas que empregaram

meacutetodos diferenciados Assim Benedetti et al (1997) analisando esse tempo em pacientes

submetidos a toracotomias poacutestero-laterais tambeacutem verificaram diferenccedila estatiacutestica natildeo-

significante entre os pacientes que fizeram uso da TENS no poacutes-operatoacuterio e os que natildeo a

100

utilizaram tal como Garcia (2000) ao analisar o efeito preemptivo do fentanil em

histerectomias

Jaacute no estudo de Lin et al (2002) que avaliou a eletroacupuntura de forma

preemptiva em cirurgias abdominais baixas foi demonstrado que o tempo para o primeiro

requerimento de morfina foi de 10 18 28 e 28 min respectivamente nos grupos A

(preemptivo controle) B (preemptivo placebo) C (preemptivo de baixa frequumlecircncia 2 Hz) e D

(preemptivo de alta 100 Hz) e no de Ke et al (1998) foi demonstrado que a bupivacaiacutena

exerceu efeito preemptivo em laparoscopias ao retardar o tempo para o requerimento do

primeiro analgeacutesico entre os 3 grupos da pesquisa A (pacientes em que a bupivacaiacutena foi

administrada antes do ato ciruacutergico e soluccedilatildeo salina apoacutes) 4867 plusmn 4353 min B (soluccedilatildeo

salina antes e bupivacaiacutena depois) 2294 plusmn 3304 min e C (soluccedilatildeo salina antes e depois)

1431 plusmn 1567 min

Benedetti et al (1997) obtiveram aumento do tempo para o primeiro requerimento

de analgeacutesicos nos pacientes que usaram a TENS no poacutes-operatoacuterio de costotomias

esternotomias toracotomias com afastamento muscular e viacutedeo toracoscopias

101

56 Anaacutelise do Consumo de Analgeacutesicos no Poacutes-operatoacuterio

Em 48 das pacientes do grupo preemptivo (12 pacientes) foi administrado o

diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico enquanto que

no grupo placebo isso ocorreu em 60 (15 pacientes) diferenccedila natildeo estatisticamente

significante (graacutefico 14) Para Kissin (1996) o consumo de analgeacutesicos eacute possivelmente uma

variaacutevel natildeo fidedigna para averiguar a analgesia preemptiva e pode ser influenciado por

vaacuterios fatores psicoloacutegicos Todavia Konrad Cordeiro e Coeli (2001) Moiniche Kehlet e

Dahl (2002) e Ong et al (2005) ressaltam a relevacircncia desse consumo para analisar a

analgesia preemptiva

Ao analisar o consumo de diclofenaco de soacutedio e dipirona durante todo o periacuteodo de

internaccedilatildeo tambeacutem natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos como pocircde ser

observado nos graacuteficos 16 e 17 respectivamente Quanto ao consumo de dipirona esse

resultado era previsto pois essa droga estava prescrita de 6 em 6 h E quanto agrave administraccedilatildeo

de diclofenaco de soacutedio a ausecircncia de diferenccedila foi um resultado natural haja vista que nem

nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash periacuteodo em que haveria maior

efeito da analgesia preemptiva ndashndash houve diferenccedila significante

Cotejando nossos resultados aos de pesquisas envolvendo a aplicaccedilatildeo da

eletroacupuntura de forma preemptiva em procedimentos ciruacutergicos para avaliaccedilatildeo do

consumo de medicamentos analgeacutesicos nossos achados divergem dos de Lin et al (2002)

que em cirurgias abdominais baixas observaram reduccedilatildeo de 22 desse consumo nas

primeiras 24 h poacutes-ciruacutergicas nos pacientes que fizeram uso da modalidade de baixa

frequumlecircncia em relaccedilatildeo aos do grupo placebo Kotani et al (2001) conseguiram ao aplicar a

eletroacupuntura antes de cirurgias abdominais altas e baixas reduzir em 50 o consumo de

morfina pelos pacientes

102

Ao analisar o consumo de analgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio com o meacutetodo de analgesia

preemptiva induzida por drogas Levent (2001) em histerectomias abdominais totais e

salpingo-ooforectomias bilaterais natildeo verificou diferenccedila significante desse consumo entre as

pacientes em que a morfina fora administrada antes do ato ciruacutergico e apoacutes o fechamento do

peritocircnio e Garcia (2000) tambeacutem natildeo observou diferenccedila significante entre as que fizeram

uso do fentanil 30 min antes das histerectomias e as que o utilizaram apoacutes o ato ciruacutergico

Maestroni et al (2002) embora tenham verificado analgesia preemptiva em colecistectomias

laparoscoacutepicas mensurada pela VAS tambeacutem natildeo observaram diferenccedila significante quanto

ao consumo de analgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio o que estaacute de acordo com os nossos achados

Os nossos resultados divergem dos de diversos autores como Hamza et al (1999)

que demonstraram a efetividade da TENS na diminuiccedilatildeo do consumo de analgeacutesicos no

periacuteodo poacutes-operatoacuterio senatildeo nessas pesquisas a TENS foi aplicada somente apoacutes a cirurgia

Destarte natildeo estamos em concordacircncia com os resultados da pesquisa de Guerra et

al (2003) em que houve significante reduccedilatildeo do consumo de analgeacutesicos com o uso da TENS

no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia inguinal Apenas 1 dos 9 pacientes do grupo experimental

ndashndash que usou a TENS ndashndash solicitou uma uacutenica vez medicaccedilatildeo analgeacutesica ao passo que todos

os pacientes do grupo placebo (n = 9) solicitaram esse tipo de medicaccedilatildeo 255 vezes em

meacutedia Essa diferenccedila em relaccedilatildeo aos achados eacute fruto dos meacutetodos usados tipos de cirurgia

drogas anesteacutesicas e analgeacutesicas niacuteveis e tipos de dor paracircmetros de estimulaccedilatildeo tempo de

aplicaccedilatildeo e horaacuterios de aplicaccedilatildeo da TENS

Algumas pesquisas obtiveram satisfatoacuterios resultados com o uso da TENS no

periacuteodo poacutes-operatoacuterio como a de Chiu et al (1999) em hemorroidectomias cirurgias que

geram um quadro aacutelgico intenso em que houve reduccedilatildeo significante do consumo de morfina

Chen et al (1998) em histerectomias e miomectomias que observaram reduccedilatildeo de 37 da

administraccedilatildeo de opioacuteides com o uso da TENS de forma pericicatricial e de 39 quando

103

aplicada nos pontos de acupuntura Bjordal Johnson e Ljungreen (2003) que analisaram

1350 pacientes submetidos a diferentes procedimentos ciruacutergicos e verificaram reduccedilatildeo de

355 do consumo de analgeacutesicos Nuntildeez e Carrasco (2000) que minimizaram esse consumo

em cesaacutereas sem no entanto diminuir a intensidade e o periacuteodo de remissatildeo da dor

Benedetti et al (1997) que conseguiram minimizar a intensidade de dor em costotomias

esternotomias toracotomias com afastamento muscular e viacutedeo toracocospias e Castro e

Carlos (1986) em laparotomias que o minimizaram em 63 naqueles que fizeram uso desse

recurso sendo mais significante nos que foram submetidos a histerectomias e menos a

gastrectomias

Embora a reduccedilatildeo do consumo de diclofenaco natildeo tenha sido significante os nossos

achados satildeo muito relevantes haja vista que ao serem confrontados com os da anaacutelise da

intensidade de dor pela END possibilita a verificaccedilatildeo do mais importante aspecto desse

trabalho que foi conseguir manter o niacutevel de dor do grupo preemptivo inferior ao do placebo

sem haver no entanto um maior consumo de drogas analgeacutesicas para tal Ou seja se as

pacientes do grupo preemptivo tivessem consumido mais drogas que as do placebo seria

inviaacutevel inferir sobre a ocorrecircncia de analgesia preemptiva

57 Dor Referida

104

A ocorrecircncia de dor referida no ombro direito ndashndash condiccedilatildeo que sugere irritaccedilatildeo do

diafragma ou diretamente do nervo frecircnico ndashndash deu-se em 40 (10 pacientes) das pacientes do

grupo preemptivo e em 32 (8 pacientes) daquelas do placebo (graacutefico 18) Essa incidecircncia

estaacute em concordacircncia com os achados na literatura que a indicam em cerca de um terccedilo dos

pacientes submetidos a colecistectomia por laparotomia (ORLOFF 1970 SCHWARTZ

SHIRES SPENCER 1996 WAY DUNPHY 1993)

Natildeo se objetivou nessa pesquisa analisar a intensidade de dor referida no ombro ndashndash

apesar de os dados tambeacutem terem sido coletados Objetivou-se apenas verificar a sua

incidecircncia que com a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia natildeo apresentou diferenccedila

significante entre as pacientes que a usaram e as que natildeo

De acordo com Antunes et al (2002) a TENS tem eficaacutecia jaacute bastante comprovada

para o tratamento das dores de origem cutacircnea mas natildeo eacute necessariamente eficiente para as

de origem visceral o que corrobora a pesquisa de Nuntildeez e Carrasco (2000) que usaram a

TENS no poacutes-operatoacuterio de cesaacutereas

58 Anaacutelise do Consumo de Metoclopramida

105

Em um total de 20 das pacientes (5 pacientes) do grupo preemptivo houve

administraccedilatildeo dessa droga enquanto que em 32 (8 pacientes) isso ocorreu (graacutefico 19) O

consumo dessa droga ndashndash que natildeo tem accedilatildeo analgeacutesica ndashndash foi verificado para auxiliar a avaliar

a qualidade de recuperaccedilatildeo poacutes-ciruacutergica logo que um dos preditores de naacuteuseas e ecircmesis eacute a

dor E como a TENS eacute um recurso analgeacutesico poderia entatildeo tambeacutem minimizar o consumo

dessa substacircncia

Nossos resultados satildeo semelhantes aos de Zaacuterate et al (2001) que natildeo obtiveram

significante reduccedilatildeo do consumo de drogas anti-emeacuteticas com o uso da eletroacupuntura antes

de colecistectomias por laparoscopia Todavia Chen et al (1998) conseguiram reduzir a

incidecircncia de naacuteuseas e vocircmitos em aproximadamente um terccedilo das mulheres que se

submeteram a histerectomia abdominal total ou miomectomia com o uso da TENS todavia

esse recurso foi aplicado no poacutes-operatoacuterio Kotani et al (2001) observaram reduccedilatildeo de 20

a 30 da incidecircncia de naacuteuseas em cirurgias abdominais altas e baixas com a analgesia

preemptiva induzida pela eletroacupuntura e Lin et al (2002) em cirurgias abdominais

baixas

59 Questionaacuterio sobre a TENS

106

Durante a coleta dos dados observou-se que algumas pacientes do grupo preemptivo

relataram que a aplicaccedilatildeo da TENS ocasionava determinado incocircmodo Assim para a

obtenccedilatildeo de dados mais concretos sobre esses relatos resolveu-se acrescentar esse

questionaacuterio (Apecircndice H) ndashndash mesmo com a coleta de dados jaacute em andamento

Os resultados obtidos ilustrados no graacutefico 20 confirmam o que foi evidenciado na

praacutetica cliacutenica a respeito do relato das pacientes sobre o incocircmodo da estimulaccedilatildeo eleacutetrica de

baixa frequumlecircncia e alta intensidade pois a maioria (5789) das pacientes do grupo

preemptivo disse que a TENS incomodava um pouco e 1578 que incomodava

razoavelmente Esses dados foram significantemente diferentes dos do grupo placebo em que

8824 relataram que a TENS natildeo incomodava e 1176 que incomodava um pouco O fato

de ter havido queixa por parte de 2 pacientes do grupo placebo pode ter ocorrido talvez por

essas permanecerem durante 60 min deitadas com os eletrodos posicionados sobre o abdome

sem terem liberdade para deambular ou realizar atividades que solicitassem grande

movimentaccedilatildeo

Pesquisas recentes realizadas por Sluka et al (2000) tecircm demonstrado que a TENS

de alta frequumlecircncia tambeacutem estimula a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos e diante da

experiecircncia cliacutenica sabe-se que o uso de tal frequumlecircncia eacute mais confortaacutevel que o da de baixa

que normalmente eacute aplicada em niacutevel motor de estimulaccedilatildeo com a maacutexima intensidade

suportada pelo paciente Logo poder-se-ia utilizar a TENS de alta frequumlecircncia em pesquisas

para observar a possiacutevel ocorrecircncia de analgesia preemptiva comparando com os resultados

da de baixa frequumlecircncia e selecionar qual seria a mais adequada para tal dando grande ecircnfase

em tal escolha ao conforto e satisfaccedilatildeo do paciente

107

A maioria das pacientes de ambos os grupos relatou que gostaria de em uma

proacutexima cirurgia usar a TENS e os medicamentos (graacutefico 21) Esses dados parecem refletir a

satisfaccedilatildeo das pacientes em receber uma melhor assistecircncia da equipe de sauacutede assim como

terem agrave sua disposiccedilatildeo alguns recursos diferentes para o tratamento do quadro aacutelgico o que

reforccedila a relevacircncia e a aceitaccedilatildeo da analgesia multimodal

108

CONCLUSAtildeO

109

6 CONCLUSAtildeO

A aplicaccedilatildeo da modalidade de baixa frequumlecircncia da estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea

do nervo durante 60 minutos no periacuteodo preacute-operatoacuterio de pacientes do sexo feminino

submetidas a colecistectomia por laparotomia promoveu analgesia preemptiva

110

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

111

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AIDA S et al The effectiveness of preemptive analgesia varies according to the type ofsurgery a randomized double-blind study Anesthesia and Analgesia Baltimore v 89 n 3p 711 Set 1999

ANDRADE R F A Comportamento da litiacutease biliar no Estado de Sergipe 2002Monografia (graduaccedilatildeo em medicina) ndashndash Departamento de Medicina da Universidade Federaldo Estado de Sergipe Aracaju 2002

ANTUNES A A M et al Os efeitos da estimulaccedilatildeo eleacutetrica nervosa transcutacircnea no poacutes-operatoacuterio de cirurgias toraacutecicas e abdominais ndashndash revisatildeo de literatura e relato de casosRevista de Fisioterapia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 9 n 1 p 23-25janjun 2002

BARROS N Qualidade de vida ndashndash conceito e meacutetodos de avaliaccedilatildeo In ANDRADE FILHOA C de C Dor diagnoacutestico e tratamento Roca Satildeo Paulo 2001 53-61 p

BASFORD J R Eletroterapia In KOTTKE F J LEHMANN J F Tratado de medicinafiacutesica e reabilitaccedilatildeo de Krusen 4 ed Satildeo Paulo Manole 1994 363-388 p

BENBOW S J COSSINS L WILES J R A comparative study of disability depressionand pain severity in young and chronic pain in patients VIIIth World Congress on PainVancouver 1996

BENEDETTI F et al Control of postoperative pain by transcutaneous electrical nervestimulation after thoracic operations Ann Thoracic Surgery Torino v 63 n 3 p 773-776Mar 1997

BISSCHOP G de BISSCHOP Eacute de COMMANDREacute F TENS In BISSCHOP G deBISSCHOP Eacute de COMMANDREacute F Eletrofisioterapia Satildeo Paulo Santos 2001 5-62 p

BJORDAL J M JOHNSON M I LJUNGREEN A E Transcutaneous electrical nervestimulation (TENS) can reduce postoperative analgesic consumption A meta-analysis withassessment of optimal treatment parameters postoperative pain European Journal of PainErlangen v 7 n 2 p 181-188 Apr 2003

BLUMGART L H Cirugiacutea del hiacutegado y de las viacuteas biliares Buenos Aires EditoriaMeacutedica Panamericana 1988 655-665 p

BONICA J J et al Biochemistry and the modulation of nociception and pain In BONICAJ J The management of pain Phyladelphia Lea amp Febiger 1990 95-121 p

BRENTANO L Colecistectomia [sl] ABC da Sauacutede 2003 Disponiacutevel emhttpwwwabcdasaudecombrartigophp86 Acesso em 30 de agosto de 2004

BRIDENBAUGH P O Preemptive analgesia ndashndash is it clinically relevant Anesthesia ampAnalgesia Baltimore v 78 n 2 p 203-4 Feb 1994

112

BUTTON B SAWYER S Fisioterapia do aparelho respiratoacuterio do adolescente InBURNS Y R MCDONALD J Fisioterapia e crescimento na infacircncia Satildeo PauloSantos 1999 247-261 p

BUXTON B P A fisiologia e a psicologia da dor In STARKEY C RecursosTerapecircuticos em Fisioterapia Satildeo Paulo Manole 2001 37-69 p

CAMERON M H Physical agents in rehabilitation ndashndash from research to practicePhyladelphia W B Saunders Company 1999 31-54 p

CARROLL D et al Randomization is important in studies with pain outcomes systematicreview of transcutaneous electrical nerve stimulation in acute postoperative pain BritishJournal of Anaesthesia Oxford v 77 n 6 p 798-803 Dec 1996

CARROL E N BADURA A S Focal intense brief transcutaneous electric nervestimulation for treatment of radicular and posthoracotomy pain Archives of PhysicalMedicine and Rehabilitation Cleveland v 82 n 2 p262-264 Feb 2001

CASTILLO G L B Estudio comparativo entre bupivacaina + fentanyl vs bupivacainasola por viacutea peridural para el control del dolor obsteacutetrico Tesis para obtener el diplomauniversitario en la especialidad de anestesiologiacutea Quereacutetaro [1999]

CASTRO M L CARLOS E S Post-laparotomy pain control by transcutaneous electricalnerve stimulation preliminary report Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeirov 36 n 3 p 207-14 mar 1986

CHANDRAN P SLUKA K A Development of opioid tolerance with repeatedtranscutaneous electrical nerve stimulation administration Pain Seattle v 102 n 1-2 p195-201 Mar 2003

CHEN L et al The effect of location of transcutaneous electrical nerve stimulation onpostoperative opioid analgesic requirement acupoint versus nonacupoint stimulationAnesthesia amp Analgesdia Baltimore v 87 n 5 p 1129-1134 Nov 1998

CHEN L HAN J S Analgesia induced by electroacupuncture of different frequencies ismediated by different types of opioid receptors another cross-tolerance study BehavioralBrain Research Amsterdam v 47 n 2 p 143-149 Apr 1992

CHESTERTON L S et al Effects of TENS frequency intensity and stimulation siteparameter manipulation on pressure pain thresholds in healthy human subjects Pain Seattlev 106 n 1-2 p 73-80 Nov 2003

CHIU J H et al Effect of transcutaneous electrical nerve stimulation relief on patientsundergoing hemorrhoidectomy prospective randomized controlled trial Diseases of theColon amp Rectum New York v 42 n 2 p 180-185 Feb 1999

CREPON F Eletrofisioterapia e Reeducaccedilatildeo Funcional Satildeo Paulo Lovise 1996 80-101p

113

CRIELAARD et al apud TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendoparacircmetros de estimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85fDissertaccedilatildeo (mestrado em bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de SatildeoPaulo Ribeiratildeo Preto 2003

DAMIANE C DAMIANE G TENS eletroanalgesia In RODRIGUES E MGUIMARAtildeES C S Manual de recursos fisioterapecircuticos Rio de Janeiro Revinter 199853-80 p

DIERKING G et al Effect of pre vs post-operative inguinal field block on postoperative painafter herniorraphy British Journal of Anaesthesia Oxford v 68 n 4 p 344-348 Apr1992

DUBUISSON D MELZACK R Classification of clinical pain descriptors by multiplegroup discriminant analysis Experimental Neurology Michigan v 51 n 2 p 480-487May 1976

DuGAS B W Medicaccedilotildees In______ Enfermagem praacutetica 4 ed Rio de JaneiroGuanabara 1988 465-487 p

EISENBAUER L A MURPHY M A Pharmacotherapeutics amp advanced nursingpractice San Diego McGraw Hill Companies 1998 253 p

ERIKSSON M B E SJOLUND B H NEILZEN S Long term results of peripheralconditioning stimulation as an analgesic measure in chronic pain Pain Seattle v 6 n 3 p335-347 Jun 1979

FERNANDEZ E BOYLE G J Affective and evaluative descriptors of pain in the McGillPain Questionnaire reduction and reorganization The Journal of Pain Philadelphia v 2 n6 p 318-325 Dec 2001

FERNANDEZ E TOWERY S A parsimonious set of verbal descriptors of pain sensationderived from the Mcgill Pain Questionnaire Pain Seattle v 66 n 1 p 31-37 Jul 1996

FORTH W BEYER A PETER K Highly potent analgesics opiates and opioids InFORTH W BEYER A PETER K Aliacutevio da dor uma visatildeo analiacutetica das vantagens edesvantagens da moderna administraccedilatildeo da dor Satildeo Paulo Hoechest 1995 40-49 p

FRAMPTON V Estimulaccedilatildeo Nervosa Eleacutetrica Transcutacircnea In KITCHEN S BAZIN SEletroterapia de Clayton 10 ed Satildeo Paulo Manole 1998 276-294 p

GAGLIESI L MELZACK R Age differences in the quality of chronic pain a preliminarystudy Pain Research amp Management Oakville v 2 n3 p 157-162 Winter 1997

GAGLIESE L MELZACK R Age-related differences in the qualities but not the intensityof chronic pain Pain Seattle v 104 n 3 p 597-608 Aug 2003

114

GARCIA J B dos S Preemptive analgesia with epidural bupivacaine plus fentanyl inhysterectomy serum interleukin-6 implications 2000 Tese para obtenccedilatildeo do tiacutetulo dedoutorado ndashndash Escola Paulista de Medicina ndashndash Universidade Federal de Satildeo Paulo Satildeo Paulo2000

GOFFI F S GOFFI JUacuteNIOR P S SORBELLO A A Cirurgia das vias biliares InGOFFI F S Teacutecnica ciruacutergica bases anatocircmicas fisiopatoloacutegicas e teacutecnicas da cirurgia 4ed Satildeo Paulo Atheneu 1996 691-694 p

GOTTSCHALK A OCHROCH E A Preemptive analgesia what do we do nowAnesthesiology Philadelphia v 98 n1 p 280-281 Jan 2003

GRAHAM C et al Use of the McGill Pain Questionnaire in the assessment of cancer painreplicability and consistency Pain Seattle v 8 n 3 p 377-387 Jun 1980

GRIEVE G P Modern manual therapy of the vertebral column New York ChurchillLivingstone 1986 233-249 p

GUERRA D R et al A Utilizaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio imediato de pacientessubmetidos a cirurgia de heacuternia inguinal In V CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeOCIENTIacuteFICA PIBICUFS 2003 Universidade Federal de Sergipe Anais Satildeo CristoacutevatildeoUniversidade Federal de Sergipe 2003 215 p

HAMZA M A et al Effect of the frequency of transcutaneous electrical nerve stimulationon the postoperative opioid analgesic requirement and recovery profile AnesthesiologyPhiladelphia v 91 n 5 p 1232-1238 Nov 1999

HAN J S et al Frequency as the cardinal determinant for electroacupuncture analgesia to bereversed by opioid antagonists Chinese Medical Journal Peking v 38 n 5 p 475-482Oct 1986

HAN J S et al Effect of low and high frequency TENS on met-enkephalin-arg-phe anddynorphin A immunoreactivity in human lumbar CSF Pain Seattle v 47 n 3 p 295-298Dec 1991

HANSSON B et al Influence of naloxone on relief of acute oro-facial pain bytranscutaneous electrical nerve stimulation (TENS) or vibration Pain Seattle v 24 n 3 p323-329 Mar 1986

HEPNER D L Preemptive analgesia what does it really mean AnesthesiologyPhiladelphia v 93 n 5 p 1368 nov 2000

HUGHES G S et al Response of plasma beta-endorphins to transcutaneous electrical nervestimulation in healthy subjects Physical Therapy Alexandria v 64 n 7 p 1062-1066 Jul1984

HUSKISSON E C Visual Analogue Scales In MELZACK R Pain measurement andassessment New York Raven Press 1983 33-37 p

115

IMAMURA M et al Eletroestimulaccedilatildeo nervosa transcutacircnea In LEITAtildeO V A Cliacutenica dereabilitaccedilatildeo Satildeo Paulo Atheneu 1995 301-309 p

JACHUCK S J et al The effect of hypotensive drugs on the quality of life The BritishJournal of the Royal College General Practitioners London v 32 n 235 p 103-105Feb 1982

JAFFE J H MARTIN W R Analgeacutesicos opioacuteides e antagonistas In GILMAN A G etal Goodman e Gilman As Bases farmacoloacutegicas da terapecircutica 8 ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1991 320-343 p

JAVIER G P et al Analgesia preventiva en un modelo experimental de dolor visceralRevista Mexicana de Anestesiologia v 22 n 2 p 116-121 abr-jun 1999

JOHNSON M I et al Analgesic effects of different frequencies of transcutaneous electricalnerve stimulation on cold-induced pain in normal subjects Pain Seattle v 39 n 2 p 231-236 Nov 1989

JOHNSON M I ASHTON C H THOMPSOM J W An in depth study of long termusers of transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) Implications for clinical use ofTENS Pain Seattle v 44 n 3 p 221-229 Mar 1991

KALRA A B URBAN M O SLUKA K A Blockade of opiod receptors in rostralventral medulla prevents antihyperalgesia produced by transcutaneous electrical nervestimulation (TENS) The Journal of Pharmacology and Experimental TherapeuticsBethesda v 298 n 1 p 257-263 Jul 2001

KATZ J MELZACK R Measurement of pain Surgery Clinical North American v 79n 2 p 231-252 Apr 1999

KE R W PORTERA S G LINCOLN S R A randomized blinded trial of preemptivelocal anesthesia in laparoscopy Primary Care Update for Obstetric and Gynecology v 5n 4 p 197-198 Jul 1998

KE R W et al A randomized double-blinded trial of preemptive analgesia in laparoscopyObstetrics amp Gynecology Denver v 92 n 6 p 972-5 Dec 1998

KELLY D J AHMAD M BRULL S Preemptive analgesia I physiological pathways andpharmacological modalities Canadian Journal of Anesthesia Toronto v 48 n 10 p1000-1010 Nov 2001

KETOVUORI H POumlNTINEN P J A pain vocabulary in finnish ndashndash the finnish painquestionnaire Pain Seattle v 11 n 1 p 247-253 Aug 1981

KING E W SLUKA K A The effect of varying frequency and intensity of transcutaneouselectrical nerve stimulation on secundary mechanical hyperalgesia in an animal model ofinflammation The Journal of Pain Philadelphia v 2 n 2 p 128-133 Apr 2001

KISSIN I Preemptive analgesia terminology and clinical relevance Anesthesia andanalgesia Baltimore v 79 n 4 p 809 Oct 1994

116

______ Preemptive analgesia ndashndash Why its effect is not always obvious AnesthesiologyPhiladelphia v 84 n 5 p 1015-1019 May 1996

______ Preemptive analgesia Anesthesiology Philadelphia v 93 n 4 p 1138-1143 Oct2000

______ Study design to demonstrate clinical value of preemptive analgesia is it commonlyused approach valid Regional Anesthesia and Pain Medicine Seattle v27 n3 p 242-244 May-Jun 2002

KONRAD K CORDEIRO S M COELI M Dor Fisiopatologia e tratamento InLIANZA S Medicina de Reabilitaccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001 137-150p

KOTANI N et al Preoperative intradermal acupuncture reduces postoperative pain nauseaand vomiting analgesic requiriment and sympathoadrenal responses AnesthesiologyPhiladelphia v 95 n 2 p 349-356 Aug 2001

LABRADA A JIMEacuteNEZ-GARCIA Y Preventive multimodal analgesia a comparativestudy Revista de la Sociedad Espantildeola del Dolor Madrid v 11 n 3 p 122-128 abr2004

LEE I-H LEE I-O Preemptive effect of intravenous ketamine in the rat concordancebetween pain behavior and spinal fos-like immunoreactivity Acta AnaesthesiologicaScandinavica Oxford v 49 n 2 p 160-165 Feb 2005

LEVENT K The effect of preemptive intravenous morphine on postoperative analgesia andsurgical stress response Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeiro v 51 n 6 p503-510 dez 2001

LICHTENBERG P A SWENSEN C H SKEHAN M W Further investigation of therole of personality lifestyle and arthritic severity in predicting pain Journal ofPsychosomatic Research New York v 30 n 3 p 327-337 maio 1986

LIN J et al The effect of high and low frequency eletroacupuncture in pain after lowabdominal surgery Pain Seattle v 99 n 3 p 509-514 out 2002

LOMBARD B et al Evaluation de lrsquoeacutelectrostimulation transcutaneacutee dans la prise en chargedes douleurs post-amygdalectomie chez lrsquoadulte Revue Laryngologie Otologie RhinologieBordeaux Ceacutedex v 117 n 2 p 89-92 abr 1996

LOW J REED A Eletroterapia explicada 3 ed Satildeo Paulo Manole 2001 472 p

LUNDEBERG T BONDESSON L LUNDSTRON V Relief of primary dysmenorrhea bytranscutaneous electrical nerve stimulation Acta Obstetetricia et GynecologicaScandinavica Gothenburg v 64 n 6 p 491-497 ago 1985

MACHADO M C C RAIA A A Anatomia ndash Histologia ndash Embriologia ndash Fisiologia davesiacutecula e vias biliares ndash Fisiologia da bile In CORREcircA NETTO A RAIA A AZERBINO E de J Cliacutenica Ciruacutergica 4 ed Satildeo Paulo Sarvier 1994 785-789 p

117

MAESTRONI U et al A new method of preemptive analgesia in laparoscopiccholecystectomy Surgical Endoscopy New York v 16 n 9 p 1336-1340 Sep 2002

MARIANO T F BEN V F G Efeitos da eletroestimulaccedilatildeo transcutacircnea (TENS) emindiviacuteduos adultos no poacutes-operatoacuterio imediato de colecistectomia 1998 Trabalho deConclusatildeo de Curso ndashndash Universidade Catoacutelica Dom Bosco (UCDB) Campo Grande 1998

MARIN L I CASTRO C E S Post laparotomy pain control by transcutaneous electricalnerve stimulation preliminary report Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeirov 36 n 3 p 207-214 maio-jun 1986

MCQUAY H J Pre-emptive analgesia a systematic review of clinical studies Annals ofMedicine Stockholm v 27 n 2 p 249-56 Apr 1995

MELO J N SANTANA FILHO V J Efeito da TENS convencional no requerimento deanalgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio imediato de herniorrafia inguinal 2003 Monografiaapresentada ao curso de fisioterapia para tiacutetulo de bacharel Universidade Tiradentes Aracaju2003

MELZACK R The McGill Pain Questionnaire major properties and scoring methods PainSeattle v 1 n 3 p 277-299 Sep 1975

MELZACK R WALL P O desafio da dor Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 1987189-250 p

MERINO C S Colecistectomiacutea laparoscoacutepica comparada con colecistectomiacutea claacutesica encolecistitis aguda Revista Chilena de Cirurgia Santiago v 53 n 1 p 53-59 2001

MERKEL S I GUSTEIN H B MALVIYA S Use of transcutaneous electrical nervestimulation in a young child with pain from open perineal lesions Journal of Pain andSymptom Management New York v 18 n 5 p 376-81 Nov 1999

MERSKEY H Some features of the history of the idea of pain Pain Seattle v 9 n 1 p 3-8 Aug 1980

MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO BRASIL Cuidados paliativos oncoloacutegicos controle da dorRio de Janeiro INCA 2001 16-32 p

MOINICHE S KEHLET H DAHL J B A qualitative and quantitative systematic reviewof preemptive analgesia for postoperative pain relief Anesthesiology Philadelphia v 96 n3 p 725-41 Mar 2002

MORIN C et al Differences between the sexes in post-surgical pain Pain Seattle v 85 n1-2 p 79-85 Mar 2000

MOTAMED C et al Preemptive intravenous morphine-6-glucuronide is ineffective forpostoperative pain relief Anesthesiology Philadelphia v 92 n 2 p 355-360 Feb 2000

118

NUNtildeEZ C N CARRASCO M P Estimulacioacuten eleacutectrica transcutaacutenea (EET) para reducirel dolor despueacutes de la cesaacuterea Ginecologiacutea y Obstetricia de Meacutexico Ciudad del Meacutexico v68 n 1 p 60-63 fev 2000

OacuteBRIEN et al apud TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendoparacircmetros de estimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85fDissertaccedilatildeo (mestrado em bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de SatildeoPaulo Ribeiratildeo Preto 2003

OLAUSSON B et al Effects of naloxone on dental pain threshold following muscleexercises and low frequency transcutaneous nerve stimulation a comparative study in manActa Physiologica Scandinavica Stockholm v 126 n 2 p 299-305 Sep 1986

ONG C K-S et al The efficacy of preemptive analgesia for acute postoperative painmanagement a meta-analysis Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 100 n 3 p 757-773Mar 2005

ORLOFF M J Fiacutegado e sistema biliar In DAVIS I Christopher Cliacutenica Ciruacutergica 2 edRio de Janeiro Guanabara Koogan 1970 772-783 p

PATINtildeO J F LONDONtildeO E GARCIacuteA L G Colecistectomia mini-traumaacuteticahospitalizacioacuten de corta estancia Revista Colombiana de Cirurgia Bogotaacute v 6 n 2 p 70-75 ago 1991

PEREIRA L V SOUSA F A E F Mensuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo da dor poacutes-operatoacuteria umabreve revisatildeo Revista Latino-americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 3 p 77-84 jul 1998

PEacuteREZ-AYUSO R M et al Historia natural de la colelitiasis Incidencia de colescistectomiacuteaen un aacuterea urbana y una rural mapuche en la uacuteltima deacutecada Revista Meacutedica de ChileSantiago v 130 n 7 p 723-730 jul 2002

PIMENTA C A M Avaliaccedilatildeo da experiecircncia dolorosa Revista de Medicina Satildeo Paulo v74 n 2 p 69-75 ago-set 1995

PIMENTA C A de M CRUZ Dde A L M da C SANTOS J L F dos Instrumentospara avaliaccedilatildeo da dor O que haacute de novo no nosso meio Arquivo Brasileiro deNeurocirurgia Satildeo Paulo v 17 n 1 p 15-24 jun 1998

PIMENTA C A TEIXEIRA M J Questionaacuterio de Dor Mcgill proposta de adaptaccedilatildeo paraa liacutengua portuguesa Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeiro v 47 n 2 p 177-186 ago 1997

PONTES R M C PRADO W A Presurgical ketoproten but not morphine dipyronediclofenac preempts post-incisional mechanica allodynia in rats Brazilian Journal ofMedical and Biological Research Ribeiratildeo Preto v 35 n 1 p 11-119 jan 2002

119

PRADO W A OLIVEIRA R Anti-hyperalgesic effect of electroacupuncture in a model ofpost-incisional pain in rats Brazilian Journal of Medical and Biological ResearchRibeiratildeo Preto v 33 n 8 p 957-960 ago 2000

PRIETO E J GEISINGER K F Factor-analytic studies of the McGill Pain QuestionnaireIn MELZACK R Pain measurement and assessment New York Raven Press 1983 63-70 p

RANG H P DALE M M Farmacologia 2 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1993460 p

READING A E The McGill Pain Questionnaire an appraisal In MELZACK R Painmeasurement and assessment New York Raven Press 1983 55-61 p

RIVERA A R F Incisioacuten transversa contra incisioacuten media en colecistectomiacutea Cuaacutel esmenos dolorosa Cirurgiacutea General v 18 n 3 p 178-181 jul-set 1996

ROBINSON A J Instrumentaccedilatildeo para eletrotrerapia In ROBINSON A J SNYDER-MACKLER L Eletrofisiologia cliacutenica eletroterapia e teste eletrofisoloacutegico 2 ed PortoAlegre Artmed 2001 43-83 p

ROSAEG O P et al Effect of preemptive multimodal analgesia for arthroscopic KneeLigament repair Regional Anesthesia and Pain Medicine Seattle v 26 n 2 p 125-130Mar-Apr 2001

ROSLYN J J ZINNER M J Gallbladder and extra-hepatic billiary system InSCHWARTZ S I SHIRES G T SPENCER F C 6 ed Principles of surgery EstadosUnidos Mc Graw Hill 1996 1367-1399 p

SALAR G JOB I MINGRINO S et al Effects of transcutaneous electrotherapy on CSFb-endorphin content in patients without pain problems Pain Seattle v 10 n 2 p 169-172apr 1981

SALGADO A S I Manual cliacutenico de eletrofisioterapia Londrina Midiograf 1999 112-147 p

SANTIESTEBAN A J Agentes fiacutesicos e dor muacutesculo-esqueleacutetica In GOULD J AFisioterapia na ortopedia e na medicina do esporte 2 ed Satildeo Paulo Manole 1993 181-193 p

SANTOS et al Aplicaccedilatildeo da TENS de alta e baixa frequumlecircncias no poacutes-operatoacuterio imediato decolecistectomia convencional In VI CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICAPIBICUFS 2004 Universidade Federal de Sergipe Anais Satildeo Cristoacutevatildeo UniversidadeFederal de Sergipe 2004 p242

SCHWARTZ S I SHIRES G T SPENCER F C Princiacutepios de cirurgia 6ed MeacutexicoInteramericana 1996 416-449 p

120

SEKAR C et al Preemptive analgesia for postoperative relief in lumbosacral spine surgeriesa randomized controlled trial The Spine Journal La Grange v 4 n 3 p 261-264 May-Jun 2004

SILVA P Anesteacutesicos locais e outros faacutermacos que afetam os canais iocircnicos In RANG HP DALE M M RITTER J M Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1998 485-505 p

SILVEIRA I A M LIMA P A L Estudo da reduccedilatildeo de custo no hospital SatildeoDomingos Saacutevio com a utilizaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia inguinal2004 Monografia para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de bacharel em fisioterapia UniversidadeTiradentes Aracaju 2004

SINATRA R Role of COX-2 inhibitors in the evolution of acute pain management Journalof Pain and Sympton Management New York v 24 n 1S p S18-27 Jul 2002

SLUKA K A Systemic morphine in combination with TENS produces an increaseantihyperalgesia in rats with acute inflamation The Journal of Pain Philadelphia v 1 n 3p 204-211 Sep 2000

SLUKA K A et al Spinal blockade of opiod receptors prevents the analgesia produced byTENS in arthritic rats The Journal of Pharmacology and Experimental TherapeuticsBethesda v 289 n 2 p 840-846 May 1999

SLUKA K A et al Low frequency TENS is less effective than high frequency TENS atreducing inflammation-induced hyperalgesia in morphine-tolerant in rats European Journalof Pain Erlangen v 4 n 2 p 185-93 Jun 2000

SLUKA K A WALSH D Transcutaneous electrical nerve stimulation basic sciencemechanisms and clinical effectiveness The Journal of Pain Philadelphia v 4 n 3 p 109-121 Apr 2003

SOFAER B Assessing pain In______ Pain a handbook for nurses 2 ed New YorkChapman amp Hall 1994 44-57 p

SORKIN B A et al Chronic pain in young and old patients differences appear lessimportant than similarities J Gerontol Psychol Sci Washington v 45 n 2 p 64-68 Mar1990

SPOacuteSITO M M M Manual de medicina fiacutesica e de reabilitaccedilatildeo Satildeo Paulo [sn] 199373-93 p

STARKEY C Agentes eleacutetricos In ______ Recursos terapecircuticos em fisioterapia SatildeoPaulo Manole 2001 176-276 p

TAYLOR D New ways to contain post-op pain 2002 Disponiacutevel em lthttp wwwoutpatientsurgerynet2002os08f2shtmlgt Acesso em 22 de outubro de 2004

TEIXEIRA M J Fisiopatologia da dor neuropaacutetica In ANDRADE FILHO A C de CDor diagnoacutestico e tratamento Roca Satildeo Paulo 2001 7-42 p

121

TEIXEIRA M J SOUZA A C F Dor ndashndash evoluccedilatildeo histoacuterica dos conhecimentos InTEIXEIRA M J FIGUEIROacute J A B Dor epidemiologia fisiopatologia avaliaccedilatildeosiacutendromes dolorosas e tratamento Satildeo Paulo Grupo Editorial Moreira Jr 2001 8-13 p

TEIXEIRA M J et al Avaliaccedilatildeo da dor fundamentos teoacutericos e anaacutelise criacutetica Revista deMedicina Satildeo Paulo v 78 n 2 (pt 1) p 85-114 abr 1999

THOMSON A SKINNER A PIERCY J Habilidades da fisioterapia In ______Fisioterapia de Tidy 12 ed Satildeo Paulo Santos 1994 417-465 p

TORRE A et al Analgesia Preventiva Revista Venezuelana de Anestesiologia Caracasv 7 n 1 p 15-26 jun 2002

TOYOTA S STATAKE T AMAKI Y Transcutaneous electrical nerve stimulation as analternative therapy for microlaryngeal endoscopic surgery Anesthesia amp AnalgesiaBaltimore v 89 n 5 p 1236-8 Nov 1999

TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendo paracircmetros deestimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85f Dissertaccedilatildeo (mestradoem bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade de Medicina de RibeiratildeoPreto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto2003

TURK D C OKIFUJI A SCHARFF L Chronic pain and depression role of perceivedimpact and perceived control in different ages cohorts Pain Seattle v 61 n 1 p 93-101Apr 1995

VALE F M Dor Novos aspectos fisiopatoloacutegicos e consequumlentes estrateacutegiasfarmacoloacutegicas Revista da Faculdade de Medicina de Lisboa Lisboa v 5 n 5 p 291-304 set-out 2000

VEILLEUX S MELZACK R Pain in psychotic patients Experimental NeurologyMichigan v 52 n 1 p 535-543 Jul 1976

VETTER T R HEINER E J Discordance between patient self-reported visual analog scalepain scores and observed pain-related behavior in older children after surgery Journal ofClinical Anesthesia New York v 8 n 5 p 371-375 Aug 1996

WALL P D The prevention of postoperative pain Pain Seattle v 33 n 2 p 289-90 May1988

WALSH D M et al Transcutaneous electrical nerve stimulation effect of peripheral nerveconduction mechanical pain threshold and tactile threshold in humans Archives of PhysicalMedicine and Rehabilitation Philadelphia v 79 n 9 p 1051-8 Sep 1998

WANG B et al Effect of the intensity of transcutaneous acupoint electrical stimulation onthe postoperative analgesic requirement Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 85 n 2 p406-413 Aug 1997

122

WARNCKE T STUBHAUG A JORUM E Preinjury treatment with morphine orketamine inhibits the development of experimentally induced secondary hyperalgesia in manPain Seattle v 86 n 1-2 p 293-303 Mar 2000

WAY L W DUNPHY J E Biliary tract In WAY L W DUNPHY J E Cirurgiadiagnoacutestico e tratamento 9 ed Rio de Janeiro Guanabara koogan 1993 525-552 p

WILKIESON C A et al Toleration side-effects an efficacy of sulphasalazine in rheumatoidarthritis patients of different ages Quarterly Journal of Medicine Oxford v 86 n 8 p501-505 Aug 1993

WOOD L Fisiologia da dor In KITCHEN S BAZIN S Eletroterapia de Clayton 10ed Satildeo Paulo Manole 1998 80-85 p

WOOLF C J CHONG M-S Preemptive analgesia treating postoperative pain bypreventing the establishment of central sensitization Anesthesia amp Analgesia Baltimore v77 n 2 p 362-379 Aug 1993

WU W-P et al The very-high-efficacy 5-HT1A receptor agonist F 13640 preempts thedevelopment of allodynia-like behaviors in rats with spinal cord injury European Journal ofPharmacology Utrecht v 478 n 2-3 p 131-137 Oct 2003

YENG L T et al Medicina fiacutesica e reabilitaccedilatildeo em doentes com dor crocircnica In TEIXEIRAM J FIGUEIROacute J A B Dor epidemiologia fisiopatologia avaliaccedilatildeo siacutendromesdolorosas e tratamento Satildeo Paulo Grupo Editorial Moreira Jr 2001 131-140 p

ZAacuteRATE E et al The use of transcutaneous acupoint electrical stimulation for preveningnausea and vomiting after laparoscopic surgery Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 92 n3 p 629-35 Mar 2001

ZHOU G Z XI G F Comparison between transcutaneous nerve stimulation analgesiceffect and electroacupuncture Analgesic effect in rabbits Acupuncture and Electro-therapeutics Research Oxford v 11 n 2 p 119-125 May 1986

123

APEcircNDICE

124

APEcircNDICE

APEcircNDICE A ndashndash Ficha de identificaccedilatildeo da paciente

Nuacutemero do estudo __________

Leito__________

Data da cirurgia __________

Hospital ________________________________

Nome___________________________________

Prontuaacuterio da paciente ______________

Idade ________ Peso ________ Estatura ________ Sexo ( ) M ( ) F

Diagnoacutestico cliacutenico _______________________________

Profissatildeo ________________________

Naturalidade _____________________

Niacutevel de escolaridade ( ) Nunca estudou ( ) 1deg grau incompleto ( ) 1deg grau completo

( )2deg grau incompleto ( )2deg grau completo ( )3deg grau incompleto ( )3deg grau completo

Possui ( ) Hepatopatia ( ) Nefropatia ( ) Algum tipo de enfermidade maligna

( ) Hipertensatildeo arterial ( ) Diabetes Outra_________________

Sentia dor Em caso de sim haacute quanto tempo ____________________________________

Utilizava algum medicamento para combatecirc-la ( ) Sim ( ) Natildeo

Qual _____________________________

Faz ou fez uso de algum outro tipo de medicaccedilatildeo para combater essa dor Em caso de sim

qual e haacute quanto tempo

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

125

APEcircNDICE B ndashndash Termo de consentimento livre e esclarecido

A senhora seraacute submetida a uma cirurgia na qual o tratamento poacutes-ciruacutergico eacute feito

com remeacutedios para aliviar a dor A nossa pesquisa intitulada ldquoESTIMULACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

TRANSCUTAcircNEA DO NERVO ANALGESIA PREEMPTIVA EM COLECISTECTOMIA

POR LAPAROTOMIArdquo usaraacute antes da realizaccedilatildeo da cirurgia durante 60 minutos um

aparelho chamado TENS Queremos saber no periacuteodo poacutes-operatoacuterio o seu niacutevel de dor e a

sua satisfaccedilatildeo com o tratamento Esse tipo de tratamento por noacutes proposto natildeo promove danos

lesivos agrave sua sauacutede e natildeo oferece fatores de risco O fato de vocecirc concordar em participar

desse estudo natildeo implica prejuiacutezo agrave sauacutede bem assim natildeo alteraraacute de nenhuma forma o

tratamento jaacute estabelecido

Eu ________________________________ RG _____________________ fui

informada dos objetivos da pesquisa acima de maneira clara e detalhada Recebi informaccedilotildees

a respeito do tratamento proposto e esclareci minhas duacutevidas Sei que a qualquer momento

poderei solicitar novas informaccedilotildees e modificar minha decisatildeo se assim o desejar Sei tambeacutem

que todos os dados dessa pesquisa ficaratildeo em sigilo e terei a liberdade de retirar meu

consentimento de participaccedilatildeo na pesquisa

________________________________ ____________________________

Paciente Pesquisador

Digital (para caso de pacientes natildeo letrados)

126

APEcircNDICE C ndashndash Ficha de aplicaccedilatildeo da TENS e do ato ciruacutergico

APLICACcedilAtildeO DA TENS

Nuacutemero do estudo ________ Leito__________

Grupo a que pertence a paciente ( ) Preemptivo ( ) Placebo

Paracircmetros de aplicaccedilatildeo da TENS duraccedilatildeo de pulso (T) = 250 micros frequumlecircncia (F) = 4 Hz

e tempo = 60 min

Iniacutecio da aplicaccedilatildeo _____________h

Teacutermino da aplicaccedilatildeo ___________h

Obs _______________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ATO CIRUacuteRGICO

ASA I ( ) II ( )

Horaacuterio de induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ____________h

Medicaccedilatildeo anesteacutesica _________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Horaacuterio da cirurgia Iniacutecio ________h Teacutermino ________ h

Duraccedilatildeo da cirurgia _____________min

Meacutedico cirurgiatildeo ______________________________

Meacutedico anestesista _____________________________

Houve alguma intercorrecircncia ciruacutergica ( )Sim ( ) Natildeo

Horaacuterio da intercorrecircncia ______h

OBS_______________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Obs Lembrar de solicitar ao cirurgiatildeo que a dipirona seja prescrita de 6 em 6 h e o

diclofenaco de soacutedio e a metoclopramida como medicaccedilatildeo de resgate Informaacute-lo que essa

prescriccedilatildeo deveraacute ser procedida durante todo o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar

127

APEcircNDICE D ndashndash Ficha de avaliaccedilatildeo da dor pela Escala Numeacuterica de

Mensuraccedilatildeo da Dor

Nuacutemero do estudo_____ Leito __________________Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________Nome da paciente_______________________________________Horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio Anesteacutesico __________h-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------1) Horaacuterio_______h (2 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)

ENDa na cicatriz_______ENDa em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

2) Horaacuterio_______h (3 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDb na cicatriz_______ENDb em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

3) Horaacuterio_______h (4 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDc na cicatriz_______ENDc em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

4) Horaacuterio_______h (5 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDd na cicatriz_______ENDd em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________

Obs______________________________________________________________________

5) Horaacuterio_______h (7 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDe na cicatriz_______ENDe em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) _________________________Obs_____________________________________________________________________

6) Horaacuterio_______h (8 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDf na cicatriz_______ENDf em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

7) Horaacuterio_______h (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDg na cicatriz_______ENDg em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

8) Horaacuterio_______h (agraves 0700 h do dia de alta hospitalar)ENDh na cicatriz_______ENDh em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________Sentiu dor no ombro em algum momento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio _________________

128

APEcircNDICE E ndashndash Questionaacuterio de Dor McGill

Nuacutemero do estudo_____ Leito__________Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________Nome da paciente_______________________________________Aplicaccedilatildeo do MPQ (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico) __________hldquoAlgumas das palavras que eu vou ler descrevem a sua dor atual Diga-me qual palavra de cada grupomelhor descreve a sua dor Natildeo escolha aquelas que natildeo se aplicam Escolha somente uma palavra decada grupo a mais adequada para a descriccedilatildeo de sua dor Caso nenhuma palavra expresse a sua dorvocecirc pode dizer nenhumardquo

1ordf

( ) 1VIBRACcedilAtildeO

( ) 2TREMOR

( ) 3PULSANTE

( ) 4LATEJANTE

( ) 5COMO BATIDA

( ) 6COMO PANCADA

2ordf

( ) 1PONTADA

( ) 2CHOQUE

( ) 3TIRO

3ordf

( ) 1AGULHADA

( ) 2PERFURANTE

( ) 3FACADA

( ) 4PUNHALADA

( ) 5EM LANCcedilA

4ordf

( ) 1FINA

( ) 2CORTANTE

( ) 3ESTRACcedilALHA

5ordf

( ) 1BELISCAtildeO

( ) 2PRESSAtildeO

( ) 3MORDIDA

( ) 4COacuteLICA

( ) 5ESMAGAMENTO

6ordf

( ) 1FISGADA

( ) 2PUXAtildeO

( ) 3EM TORCcedilAtildeO

7ordf

( ) 1CALOR

( ) 2QUEIMACcedilAtildeO

( ) 3FERVENTE

( ) 4EM BRASA

8ordf

( ) 1FORMIGAMENTO

( ) 2COCEIRA

( ) 3ARDOR

( ) 4FERROADA

9ordf

( ) 1MAL LOCALIZADA

( ) 2DOLORIDA

( ) 3MACHUCADA

( ) 4DOIacuteDA

( ) 5PESADA

10ordf

( ) 1SENSIacuteVEL

( ) 2ESTICADA

( ) 3ESFOLANTE

( ) 4RACHANDO

11ordf

( ) 1CANSATIVA

( ) 2EXAUSTIVA

12ordf

( ) 1ENJOADA

( ) 2SUFOCANTE

13ordf

( ) 1CASTIGANTE

( ) 2ATORMENTA

( ) 3ATERRORIZANTE

( ) 4MALDITA

( ) 5MORTAL

14ordf

( ) 1AMEDRONTADA

( ) 2APAVORANTE

( ) 3CRUEL

15ordf

( ) 1MISERAacuteVEL

( ) 2ENLOUQUECEDORA

16ordf

( ) 1CHATA

( ) 2QUE INCOMODA

( ) 3DESGASTANTE

( ) 4FORTE

( ) 5INSUPORTAacuteVEL

129

17ordf

( ) 1ESPALHA

( ) 2IRRADIA

( ) 3PENETRA

( ) 4ATRAVESSA

18ordf

( ) 1APERTA

( ) 2ADORMECE

( ) 3REPUXA

( ) 4ESPREME

( ) 5RASGA

19ordf

( ) 1FRIA

( ) 2GELADA

( ) 3CONGELANTE

20ordf

( ) 1ABORRECIDA

( ) 2DAacute NAacuteUSEA

( ) 3AGONIZANTE

( ) 4PAVOROSA

( ) 5TORTURANTE

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Iacutendice Quantitativo de Dor

Sensorial SensorialAfetiva Afetiva

Avaliativa AvaliativaMiscelacircnea Miscelacircnea

Total Total

130

APEcircNDICE F ndashndash Ficha de avaliaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo dos pacientes pela Escala

de Satisfaccedilatildeo do Paciente

Nuacutemero do estudo_____

Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________

Nome da paciente_______________________________________

Horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio Anesteacutesico __________h

Leito__________

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

1) Horaacuterio_______h (3 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPb_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

2) Horaacuterio_______h (5 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPd_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

3) Horaacuterio_______h (8 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio o bloqueio)ESPf_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

4) Horaacuterio________h (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPg_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

5) Horaacuterio________h (momento da alta hospitalar)ESPh_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

131

APEcircNDICE G ndashndash Ficha de registro da administraccedilatildeo de faacutermacos no poacutes-operatoacuterio

Qual o tempo decorrido desde a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ateacute a 1ordf requisiccedilatildeo deanalgeacutesicos _____

MEDICAMENTO DIA DOSE HORAacuteRIO VIA DE ADMINISTRACcedilAtildeO

DIPIRONA

_____________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

DICLOFENACO DE

SOacuteDIO

_____________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

METOCLOPRAMIDA

____________________________________________

____________________________________________________

________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

OUTROS

____________________________________________

____________________________________________________

________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

Observaccedilotildees sobre naacuteuseas e ecircmesis____________________________________________________________________________________________________________________________

132

APEcircNDICE H ndashndash Questionaacuterio sobre a aplicaccedilatildeo da TENS

As perguntas que eu vou ler para a senhora referem-se agrave TENS (Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica

Transcutacircnea do Nervo) aquele aparelho que foi utilizado na senhora antes da cirurgia

1) A aplicaccedilatildeo da TENS

( ) Natildeo incomodou

( ) Incomodou um pouco

( ) Incomodou razoavelmente

( ) Incomodou muito

2) Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dor poacutes-operatoacuteriausar

( ) Somente a TENS

( ) Somente os medicamentos

( ) A TENS e os medicamentos

133

APEcircNDICE I ndashndash Lista de tabelas com os resultados da pesquisa

Tabela 13 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo preemptivoPaciente a b c d e f g h

1deg 4 3 4 4 3 3 2 22deg 0 0 0 0 0 0 3 03deg 5 5 55 8 8 5 0 04deg 0 0 4 3 75 75 9 35deg 0 2 4 3 5 5 10 06deg 0 0 0 0 5 6 0 77deg 0 0 0 0 0 0 0 08deg 0 0 0 0 0 0 3 29deg 0 0 0 0 1 4 6 0

10deg 0 2 1 3 3 0 2 311deg 0 0 0 5 0 6 3 112deg 0 0 3 3 2 0 3 313deg 0 2 3 6 3 3 4 014deg 0 0 10 10 3 5 7 115deg 3 3 1 3 3 2 2 016deg 0 0 0 0 4 4 6 017deg 0 0 5 3 8 4 3 018deg 0 0 0 0 0 0 3 019deg 0 0 0 0 4 7 9 020deg 0 0 0 0 0 2 2 021deg 0 0 0 1 3 3 2 022deg 0 0 0 2 0 2 0 023deg 5 7 4 7 9 8 8 224deg 0 0 0 35 6 6 1 025deg 4 5 6 5 3 3 2 0

a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da altahospitalar)

134

Tabela 14 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo placeboPaciente a b c d e F g h

1deg 0 0 0 1 5 10 4 42deg 1 1 0 2 3 1 4 23deg 0 0 3 5 10 10 5 54deg 3 5 3 3 3 3 0 25deg 0 0 0 0 4 8 7 46deg 5 5 8 8 3 3 0 07deg 0 0 4 5 9 9 6 08deg 5 10 10 0 0 0 7 19deg 0 2 4 10 8 9 3 8

10deg 0 0 0 0 0 2 3 411deg 0 0 1 4 5 8 7 412deg 0 0 1 4 4 5 5 013deg 0 6 7 4 45 3 3 314deg 0 1 9 9 6 6 4 215deg 0 0 0 4 6 7 5 016deg 0 0 6 10 2 3 4 017deg 1 5 7 8 8 5 4 118deg 0 0 5 8 2 2 3 019deg 0 0 2 3 5 6 0 020deg 0 0 0 10 9 2 6 021deg 2 3 6 7 2 3 3 122deg 0 5 7 2 4 0 0 023deg 0 7 0 0 0 0 1 024deg 0 3 8 8 8 9 8 325deg 1 3 5 5 8 8 0 0

a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da altahospitalar)

135

Tabela 15 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupopreemptivo com o tratamento que estava sendo realizado obtidospela Escala de Satisfaccedilatildeo dos PacientesPaciente b d f g h

1deg 8 8 9 9 92deg 8 10 10 10 103deg 8 8 9 9 94deg 9 9 9 95 105deg 8 10 10 10 106deg 8 8 10 10 107deg 10 10 10 10 108deg 10 10 10 10 109deg 10 10 10 10 10

10deg 10 10 10 10 1011deg 10 10 10 10 1012deg 10 10 10 10 1013deg 10 10 8 10 1014deg 10 10 10 10 1015deg 9 9 9 9 1016deg 8 8 8 9 1017deg 10 10 10 10 1018deg 10 10 10 10 1019deg 10 9 8 6 1020deg 10 10 10 10 1021deg 10 10 10 10 1022deg 10 10 8 9 1023deg 10 10 10 10 1024deg 10 10 10 10 1025deg 10 10 10 10 10

b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)

136

Tabela 16 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupoplacebo com o tratamento que estava sendo realizado obtidos pelaEscala de Satisfaccedilatildeo dos PacientesPaciente b d f g h

1deg 8 10 7 10 82deg 8 8 9 9 93deg 10 10 10 10 104deg 10 10 10 10 105deg 10 10 10 10 106deg 10 10 10 10 107deg 9 6 8 8 98deg 8 8 8 4 39deg 5 5 5 8 10

10deg - - - - -11deg 10 10 10 10 1012deg 7 7 7 5 513deg 9 9 9 9 1014deg 8 6 9 9 1015deg 10 10 8 10 1016deg 10 9 10 10 1017deg 8 10 10 10 1018deg 10 10 10 10 1019deg 10 10 10 10 1020deg 8 10 10 10 1021deg 8 10 10 10 1022deg 10 10 10 10 1023deg 10 10 10 10 1024deg 10 8 9 10 1025deg 10 10 10 10 10

b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar) A 10deg paciente desse grupo natildeo conseguiu compreender a Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

137

Tabela 17 ndashndash Uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico e tempo decorrido desde essa induccedilatildeo ateacute a primeira solicitaccedilatildeodessa droga nos grupos preemptivo e placebo

Uso de diclofenaco de soacutedio Tempo (min)

Paciente Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo

1deg Natildeo Sim - 2302deg Natildeo Natildeo - -3deg Natildeo Sim - 4404deg Natildeo Sim - 2255deg Sim Sim 224 6906deg Natildeo Sim - 5057deg Natildeo Natildeo - -8deg Sim Sim 805 3009deg Sim Natildeo 465 -

10deg Natildeo Sim - 84011deg Sim Natildeo 435 -12deg Sim Natildeo 415 -13deg Sim Sim 330 41014deg Sim Sim 310 36015deg Natildeo Sim - 72216deg Sim Natildeo 716 -17deg Sim Sim 685 40018deg Sim Sim 570 39519deg Natildeo Natildeo - -20deg Natildeo Sim - 61521deg Natildeo Sim - 42022deg Natildeo Natildeo - -23deg Sim Sim 305 50024deg Sim Natildeo 590 -25deg Natildeo Natildeo - -

138

Tabela 18 ndashndash Presenccedila de dor no ombro direito noperiacuteodo poacutes-operatoacuterio nas pacientes dos grupospreemptivo e placebo

Relato de dor no ombro direito

Paciente Grupo preemptivo Grupo placebo

1deg Natildeo Sim2deg Sim Natildeo3deg Natildeo Natildeo4deg Natildeo Sim5deg Sim Sim6deg Natildeo Natildeo7deg Natildeo Natildeo8deg Natildeo Natildeo9deg Sim Natildeo10deg Natildeo Natildeo11deg Natildeo Natildeo12deg Natildeo Sim13deg Natildeo Natildeo14deg Sim Sim15deg Sim Natildeo16deg Natildeo Natildeo17deg Sim Natildeo18deg Natildeo Sim19deg Sim Natildeo20deg Natildeo Natildeo21deg Sim Natildeo22deg Sim Sim23deg Natildeo Natildeo24deg Sim Natildeo25deg Natildeo Sim

139

Tabela 19 ndashndash Quantidade de vezes em que a metoclopramida o diclofenaco de soacutedio e adipirona foram administradas em cada paciente durante todo o periacuteodo poacutes-operatoacuterio em queelas estavam internadas

Metoclopramida (10 mg) Diclofenaco de soacutedio(75 mg)

Dipirona (1 g)

Paciente Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo

1deg - - - 1 7 72deg 1 - 2 2 4 73deg - - - 1 7 74deg - - 1 1 7 75deg - - 2 3 4 76deg - 2 - 1 7 67deg 1 2 - - 6 78deg 1 - 1 2 7 79deg - - 3 - 6 7

10deg 3 - - 1 3 711deg - - 1 - 7 612deg 1 - 1 - 7 713deg - - 1 2 7 714deg - 2 3 1 7 715deg - 2 - 2 7 416deg - 1 - - 7 617deg - 1 1 1 7 718deg - - 1 3 7 719deg - - - 1 6 720deg - - 1 3 7 721deg - - - 1 7 722deg - - 1 1 7 423deg - 2 1 2 7 224deg - 1 3 - 3 425deg - - - 1 7 3

  • ElementosPre-textuaispdf
  • EstimulaccedilatildeoEleacutetricaTranscutacircneaDoNervo-AnalgesiaPreemptivapdf

muito relevante para mim Em especial ao Prof Dr Joseacute Geraldo Speciali e agrave Profordf Drordf

Faacutetima Aparecida Emm Faleiros Souza

Agrave Profordf Drordf Claacuteudia Benedita dos Santos pelo grande apoio na reta final e simpatia sempre

presente Desejo-lhe imenso sucesso nessa proacutexima etapa da sua vida profissional

Agraves funcionaacuterias do Hospital das Cliacutenicas de Ribeiratildeo Preto em especial Rita e Siacutelvia que

sempre me atenderam e ldquosocorreramrdquo com um carinho e simpatia muito grandes

A todos os funcionaacuterios do Hospital Satildeo Domingos Saacutevio ndashndash cirurgiotildees anestesiologistas

enfermeiros teacutecnicas em enfermagem e porteiros ndashndash que sempre se mostraram receptivos a

nossa presenccedila e principalmente aos pacientes que se disponibilizaram a participar da nossa

pesquisa

ldquoAprendemos em decorrecircncia de literalmente centenas de experiecircncias que existe um limite

para a eficaacutecia de qualquer terapia empregada poreacutem felizmente os efeitos de duas ou mais

terapias fornecidas em combinaccedilatildeo satildeo cumulativosrdquo

Melzack e Wall 1987

RESUMO

GUERRA D R Estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea do nervo analgesia preemptiva emcolecistectomia por laparotomia 2005 139 f Dissertaccedilatildeo de mestrado ndashndash Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto 2005

Introduccedilatildeo O uso da Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo (TENS) vem sendo muito

pesquisado em poacutes-operatoacuterios todavia os estudos natildeo analisam se a TENS de baixa

frequumlecircncia ndashndash que estimula a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos ndashndash seria eficiente em promover

analgesia preemptiva Objetivo Analisar se essa modalidade de TENS aplicada antes de

colecistectomias por laparotomia poderia proporcionar analgesia preemptiva Casuiacutestica e

meacutetodo A pesquisa ndashndash cliacutenica controlada randomizada e duplamente encoberta ndashndash foi

realizada no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio e teve uma amostra de 50 pacientes todas do sexo

feminino grupo preemptivo (n = 25) e placebo (n = 25) As pacientes do primeiro grupo

foram submetidas agrave aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia antes da cirurgia e as do grupo

placebo a uma falsa estimulaccedilatildeo Houve a padronizaccedilatildeo do cloridrato de bupivacaiacutena (05)

como droga anesteacutesica associado ao fentanil (2 ml) para a realizaccedilatildeo das colecistectomias e

da medicaccedilatildeo analgeacutesica utilizada no poacutes-operatoacuterio dipirona prescrita de 6 em 6 horas e

diclofenaco de soacutedio como medicaccedilatildeo de resgate A intensidade de dor poacutes-operatoacuteria foi

mensurada pela Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END) em 8 momentos (2frac12 3frac12

4frac12 5frac12 7 8 e 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico aleacutem de uma uacuteltima

verificaccedilatildeo no momento da alta hospitalar) e pelo Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ)

aplicado 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico Outrossim o grau de satisfaccedilatildeo das

pacientes com o tratamento foi mensurado pela Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (ESP) Os

dados foram analisados por meio de testes estatiacutesticos descritivos Teste de Mann-Whitney

Teste-t de Student para amostras natildeo-pareadas e qui-quadrado sendo o niacutevel de significacircncia

de 5 Resultados A intensidade de dor mensurada pela END foi significantemente menor

no grupo preemptivo nas terceira e quarta coletas Natildeo houve diferenccedila significante quanto

aos iacutendices obtidos pelo MPQ e nem quanto agrave satisfaccedilatildeo das pacientes o consumo de drogas

analgeacutesicas no poacutes-operatoacuterio e o tempo para o primeiro requerimento de diclofenaco de

soacutedio Conclusatildeo A TENS de baixa frequumlecircncia proporcionou analgesia preemptiva apoacutes

colecistectomia por laparotomia

Palavras-chave dor estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea do nervo colecistectomia analgesiapreemptviva

ABSTRACT

GUERRA D R Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation preemptive analgesia inopen cholecystectomy 2005 139 f Masterrsquos dissertation ndashndash Faculdade de Medicina deRibeiratildeo Preto Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto 2005

Introduction Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation (TENS) has been searched in the

postoperative period however these studies donrsquot analyze whether low frequency TENS ndashndash

that stimulates the release of endogenous opioids ndashndash could be efficient to provide preemptive

analgesia Objective The aim of this study was to verify whether low frequency TENS

applied before open cholecystectomies could provide it Cases and method It was a

controlled randomized and double-blinded trial carried out at the Hospital Satildeo Domingos

Saacutevio (Aracaju city Brazil) and had a sample of 50 patients preemptive group (n = 25) and

placebo (n = 25) The patients from the first group were submitted to the application of TENS

before the surgery and the placebo group to a false stimulation There was the standardization

of the bupivacaine (05 ) as anesthetic drug plus fentanyl (2 ml) for the accomplishment of

the cholecystectomies and of the analgesic medication used in the postoperative period

dipyrone prescribed for every 6 hours and diclofenac only if the patients complained about

pain Pain intensity was measured by the Numerical Rating Scale (NRS) in 8 moments (2frac12

3frac12 4frac12 5frac12 7 8 e 16 hours after inducing the anesthesia besides one last verification at the

hospital discharge) and by the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (Br-MPQ)

applied 16 hours after inducing the anesthesia Patient satisfaction level in relation to the

treatment was measured by the Patient Satisfaction Scale (PSS) The data were analyzed by

Mann-Whitney Test unpaired t-test and qui-square being significant those data with p lt

005 Results Pain intensity measured by the NRS was lower in the preemptive group in the

third and fourth verifications There was no difference neither in relation to the indexes

obtained with the Br-MPQ nor the PSS consume of analgesics in the postoperative and time

for the first request of diclofenac Conclusion Low frequency TENS provided preemptive

analgesia after open cholecystectomy

Keywords pain transcutaneous electrical nerve stimulation cholecystectomy preemptive

analgesia

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 ndashndash Aparelho Dualpex 961

Figura 2 ndashndash Aparelho Physiotonus Four

Figura 3 ndashndash Simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENS

Figura 4 ndashndash Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor numerada de 0 a 10cm

Graacutefico 1 ndashndash Representaccedilatildeo das idades das pacientes

Graacutefico 2 ndashndash Representaccedilatildeo dos pesos das pacientes

Graacutefico 3 ndashndash Representaccedilatildeo das estaturas das pacientes

Graacutefico 4 ndashndash Representaccedilatildeo dos Iacutendices de Massa Corporal (IMC) das pacientes

Graacutefico 5 ndashndash Relato das pacientes sobre o periacuteodo em meses em que vinham sentindodor devido agrave doenccedila da vesiacutecula biliar

Graacutefico 6 ndashndash Estado fiacutesico das pacientes de acordo com a classificaccedilatildeo da SociedadeAmericana de Anestesiologia

Graacutefico 7 ndashndash Relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos antes da colecistectomiapara o tratamento da dor decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou deoutras doenccedilas crocircnicas

Graacutefico 8 ndashndash Representaccedilatildeo do tempo decorrido desde o teacutermino da aplicaccedilatildeo daEstimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo ateacute a induccedilatildeo do bloqueioAnesteacutesico nas pacientes

Graacutefico 9 ndashndash Representaccedilatildeo da duraccedilatildeo das cirurgias

Graacutefico 10 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia da intensidade de dor incisional por meio daEND (Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)

Graacutefico 11 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento queestava sendo realizado obtida pela ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente)

Graacutefico 12 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total eem cada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivoe placebo

Graacutefico 13 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia do Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e emcada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo eplacebo

35

35

37

39

46

47

47

48

50

51

52

53

54

56

58

64

66

Graacutefico 14 ndashndash Representaccedilatildeo do consumo de diclofenaco de soacutedio pelas pacientes nasprimeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico

Graacutefico 15 ndashndash Representaccedilatildeo dos intervalos desde a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ateacute asolicitaccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio nas pacientes que assim a fizeram nasprimeiras 16 horas apoacutes tal induccedilatildeo

Graacutefico 16 ndashndash Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram diclofenaco de soacutedio desdeo iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar

Graacutefico 17 ndashndash Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram dipirona desde o iniacutecio doperiacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar

Graacutefico 18 ndashndash Ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes em algummomento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio durante a internaccedilatildeo hospitalar

Graacutefico 19 ndashndash Uso de metoclopramida pelas pacientes durante o periacuteodo de internaccedilatildeohospitalar

Graacutefico 20 ndashndash A aplicaccedilatildeo da TENS

Graacutefico 21 ndashndash Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dorpoacutes-operatoacuteria usar

67

68

69

70

71

72

73

74

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndashndash Dados demograacuteficos da amostra

Tabela 2 ndashndash Distribuiccedilatildeo da categoria de peso das pacientes de acordo com os dadosobtidos pelo iacutendice de massa corporal (IMC)

Tabela 3 ndashndash Niacutevel de escolaridade das pacientes

Tabela 4 ndashndash Diagnoacutestico cliacutenico das pacientes

Tabela 5 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) da intensidade de dorincisional mensurada por meio da END (Escala Numeacuterica deMensuraccedilatildeo da Dor

Tabela 6 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) do grau de satisfaccedilatildeodas pacientes com o tratamento que estava sendo realizado

Tabela 7 ndashndash Relaccedilatildeo dos descritores do Questionaacuterio de Dor McGill selecionadospelas pacientes

Tabela 8 ndashndash Nuacutemero de pacientes que selecionou cada subcategoria do Questionaacuterio deDor McGill

Tabela 9 ndashndash Descritores do Questionaacuterio de Dor McGill mais frequumlentementeselecionados pelas pacientes

Tabela 10 ndashndash Iacutendice do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill

Tabela 11 ndashndash Relaccedilatildeo do Nuacutemero de Palavras Escolhidas nas categorias sensorial(NWC-S) e afetiva (NWC-Af) entre os grupos preemptivo e placebo

Tabela 12ndashndash Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cada categoria doQuestionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placebo

Tabela 13 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo preemptivo

Tabela 14 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo placebo

Tabela 15 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupo preemptivo com otratamento que estava sendo realizado obtidos pela Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

Tabela 16 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupo placebo com otratamento que estava sendo realizado obtidos pela Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

46

49

49

49

55

57

60

61

62

63

63

65

133

134

1356

Tabela 17 ndashndash Uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico e tempo decorrido desde essa induccedilatildeo ateacute a primeirasolicitaccedilatildeo dessa droga nos grupos preemptivo e placebo

Tabela 18 ndashndash Presenccedila de dor no ombro direito no periacuteodo poacutes-operatoacuterio naspacientes dos grupos preemptivo e placebo

Tabela 19 ndashndash Quantidade de vezes em que a metoclopramida o diclofenaco de soacutedio ea dipirona foram administradas em cada paciente durante todo o periacuteodopoacutes-operatoacuterio em que elas estavam internadas

136

137

138

139

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACTH

AMPc

ASA

acirc-LPH

END

ESP

Adrenocorticotropina

Adenosina monofosfato

American Society of Anesthesiology (Sociedade Americana de Anestesiologia)

acirc-lipotropina

Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente

IASP International Association for the Study of Pain (Associaccedilatildeo Internacional para o

Estudo da Dor)

IBA

IMC

MPQ

NMDA

NWC

NWC-t

NWC-s

NWC-af

NWC-av

NWC-m

PPI

Iniacutecio do Bloqueio Anesteacutesico

Iacutendice de Massa Corporal

McGill Pain Questionnaire (Questionaacuterio de Dor McGill)

N-metil-D-aspartato

Number of Words Chosen (Nuacutemero de Palavras Escolhidas)

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Total

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Sensorial

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Afetiva

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Avaliativa

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Miscelacircnea

Present Pain Intensity (Intensidade de Dor Presente)

PRI Pain Rating Iacutendex (Iacutendice Quantitativo de Dor)

RNA

SEM

Aacutecido Ribonucleacuteico

Standard Error Mean (Erro Padratildeo da Meacutedia)

SN

SUS

TENS

TNLs

VAS

Sistema Nervoso

Sistema Uacutenico de Sauacutede

Transcutaneus Electrical Nerve Stimulation (Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do

Nervo)

Terminaccedilotildees Nervosas Livres

Visual Analogue Scale (Escala Analoacutegica Visual)

LISTA DE SIacuteMBOLOS

cm Centiacutemetro

g

H+

K+

h

Hz

Kg

m

ml

min

micros

acirc

auml

divide2

Grama

Iacuteon hidrogecircnio

Iacuteon potaacutessio

Hora

Hertz

Kilograma

Metro

Mililitro

Minuto

Microsegundo

Beta

Delta

Qui-quadrado

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 18

2 OBJETIVO

3 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

31 DESENHO DO ESTUDO

32 LOCAL

33 CASUIacuteSTICA E CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO E EXCLUSAtildeO

34 INTERNAMENTO DAS PACIENTES

35 RANDOMIZACcedilAtildeO

36 AVALIACcedilAtildeO CLIacuteNICA

37 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

38 MATERIAIS

39 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

391 Os grupos de pacientes da pesquisa

392 Teacutecnica de aplicaccedilatildeo da TENS

393 Teacutecnica anesteacutesica

394 Cirurgia e prescriccedilatildeo de medicamentos

395 Instrumentos de coleta de dados

3951 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END)

3952 Questionaacuterio de Dor McGill

3953 Escala de Satisfaccedilatildeo dos Pacientes

3954 Ficha do consumo de faacutermacos

3955 Questionaacuterio sobre a aplicaccedilatildeo da TENS

310 ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS DADOS

311 TEacuteCNICA UTILIZADA PARA A DEMONSTRACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

27

29

29

29

29

32

33

33

34

34

35

35

36

37

38

39

39

40

41

42

42

43

43

4 RESULTADOS

5 DISCUSSAtildeO

51 DADOS DEMOGRAacuteFICOS E CLIacuteNICOS

52 ANAacuteLISE DA DOR PELA ESCALA NUMEacuteRICA DE MENSURACcedilAtildeO DA DOR

53 ANAacuteLISE DA SATISFACcedilAtildeO DAS PACIENTES COM O TRATAMENTO

44

75

76

79

90

54 ANAacuteLISE DA DOR PELO QUESTIONAacuteRIO DE DOR McGILL

55 TEMPO PARA A PRIMEIRA ADMINISTRACcedilAtildeO DO DICLOFENACO DE

SOacuteDIO

56 ANAacuteLISE DO CONSUMO DE ANALGEacuteSICOS NO POacuteS-OPERATOacuteRIO

57 DOR REFERIDA

58 ANAacuteLISE DO CONSUMO DE METOCLOPRAMIDA

59 QUESTIONAacuteRIO SOBRE A TENS

6 CONCLUSAtildeO

92

99

101

104

105

106

108

REFEREcircNCIAS 110

APEcircNDICES 123

18

INTRODUCcedilAtildeO

19

1 INTRODUCcedilAtildeO

A dor um dos mais importantes mecanismos de defesa do corpo humano propicia

um sinal de alerta ao enceacutefalo de que os tecidos estatildeo expostos a uma situaccedilatildeo de perigo

mesmo que a dor ocorra antes de um real dano fiacutesico Haacute longiacutenquo tempo o homem pesquisa

maneiras para aliviar a dor o que proporcionou vaacuterios avanccedilos no campo das modalidades

analgeacutesicas com destaque para os opioacuteides ndashndash entre os faacutermacos e na fisioterapia os

estimuladores eleacutetricos como a Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo (Transcutaneus

Electrical Nerve Stimulation ndashndash TENS) modalidade terapecircutica que consiste na aplicaccedilatildeo de

corrente eleacutetrica ao corpo humano com fins analgeacutesicos (CHANDRAN SLUKA 2003

DuGAS 1988 FORTH BEYER PETER 1995 LOW REED 2001 STARKEY 2001

TEIXEIRA SOUZA 2001 WOOD 1998)

A tecnologia e a ciecircncia deram suporte agrave TENS natildeo apenas pela criaccedilatildeo dos

modernos e praacuteticos aparelhos eletroteraacutepicos mas tambeacutem pelo conhecimento acerca do seu

mecanismo de accedilatildeo possibilitando que essa teacutecnica fosse amplamente difundida em vaacuterios

paiacuteses De um modo geral a TENS possui inuacutemeras indicaccedilotildees podendo ser aplicada em

qualquer siacutendrome dolorosa aguda ou crocircnica de causa diagnosticada inclusive no periacuteodo

poacutes-operatoacuterio (ANTUNES et al 2002 BUTTON SAWYER 1999 CREPON 1996

DAMIANE C DAMIANE G 1998 IMAMURA et al 1995 ROBINSON 2001

SANTIESTEBAN 1993 SLUKA WALSH 2003)

Ultimamente tem-se abordado bastante o uso da TENS para o tratamento de dores

poacutes-operatoacuterias como as decorrentes de cirurgias cardiacuteacas colecistectomias toracotomias

endoscopias microlariacutengeas cirurgias laparoscoacutepicas gastrectomias entre outras A TENS

tem sido na maioria das pesquisas um recurso analgeacutesico eficiente em poacutes-operatoacuterios na

dependecircncia do tipo de cirurgia metodologia empregada grau de dor gerado e medicaccedilatildeo

20

concorrente Todavia as pesquisas tecircm restringido seu uso somente ao periacuteodo poacutes-ciruacutergico

natildeo a empregando antes de cirurgias com o intuito de tratar a dor antes mesmo do seu

surgimento (BENEDETTI et al 1997 CARROL BADURA 2001 LOMBARD et al 1996

MARIANO BEN 1998 MARIN CASTRO 1986 TOYOTA SATAKE AMAKI 1999

ZAacuteRATE et al 2001)

Existem quatro modalidades de TENS convencional acupuntura burst e breve-

intensa A TENS acupuntura muito conhecida como TENS de baixa frequumlecircncia estimula a

liberaccedilatildeo pela glacircndula hipoacutefise de ACTH (adrenocorticotropina) e acirc-lipotropina (acirc-LPH)

que eacute a substacircncia precursora da acirc-endorfina ocorrendo entatildeo a ligaccedilatildeo dessa com os

receptores das fibras nervosas bloqueando assim a passagem do impulso doloroso As acirc-

endorfinas permaneceriam circulando pelo organismo durante algumas horas promovendo

analgesia prolongada Outros autores relatam que haacute tambeacutem com o uso da TENS de baixa

frequumlecircncia a liberaccedilatildeo de outros tipos de opioacuteides endoacutegenos (BISSCHOP G BISSCHOP

Eacute COMMANDREacute 2001 CHESTERTON et al 2003 CREPON 1996 DAMIANE C

DAMIANE G 1998 ROBINSON 2001 SALGADO 1999 SLUKA et al 1999 SLUKA

2000 STARKEY 2001)

O uso da TENS para o tratamento da dor poacutes-operatoacuteria eacute estimulado pela tendecircncia

atual da analgesia multimodal que se caracteriza pela combinaccedilatildeo sineacutergica de agentes

analgeacutesicos ndashndash farmacoloacutegicos e natildeo-farmacoloacutegicos ndashndash com diferentes mecanismos de accedilatildeo e

vias de administraccedilatildeo proporcionando analgesia mais efetiva e com menor incidecircncia de

efeitos adversos devido agraves menores dosagens empregadas (LABRADA JIMEacuteNEZ-

GARCIA 2004 TORRE et al 2002) Outros recursos natildeo-farmacoloacutegicos tambeacutem tecircm sido

usados como acupuntura eletroacupuntura termoterapia massoterapia cinesioterapia

posicionamento imobilizaccedilatildeo outras correntes eletroanalgeacutesicas e teacutecnicas de relaxamento

meditaccedilatildeo e imaginaccedilatildeo (SOFAER 1994 YENG et al 2001)

21

Seguindo esse conceito de analgesia multimodal alguns experimentos cliacutenicos tecircm

analisado o efeito da analgesia preemptiva O qualificativo traduzido livremente do inglecircs

para a liacutengua portuguesa tem origem da palavra preemptive e significa profilaacutetico Assim

drogas analgeacutesicas e anesteacutesicas tecircm sido administradas antes mesmo do ato ciruacutergico com o

objetivo de minimizar o quadro aacutelgico no poacutes-operatoacuterio por inibiccedilatildeo dos fenocircmenos de

hipersensibilidade central e perifeacuterica Embora satisfatoacuterios resultados jaacute tenham sido obtidos

com a utilizaccedilatildeo desse meacutetodo ainda existem muitas controveacutersias sobre o tema tendo em

vista algumas tentativas frustradas de se obter esse tipo de estrateacutegia de analgesia (AIDA et

al 1999 KONRAD CORDEIRO COELI 2001 MCQUAY 1995 MOINICHE KEHLET

DAHL 2002 ONG et al 2005 PONTES PRADO 2002 SEKAR et al 2004 SINATRA

2002 WARNCKE STUBHAUG JORUM 2000)

Uma das questotildees mais polecircmicas sobre a analgesia preemptiva reside no seu

proacuteprio conceito e eacute relevante que esse seja bem definido para evitar interpretaccedilotildees erradas de

resultados Kissin (1994) afirma que constantemente haacute um errocircneo uso do termo em questatildeo

que deve ser restrito apenas agrave intervenccedilatildeo procedida antes da cirurgia com o objetivo de

reduzir a dor poacutes-operatoacuteria De acordo com Hepner (2000) algumas pesquisas vg a de

Motamed (2000) tecircm analisado o efeito de drogas antes do fechamento da incisatildeo ciruacutergica o

que natildeo caracteriza a analgesia preemptiva jaacute que o procedimento natildeo fora realizado antes da

cirurgia (ONG et al 2005)

Kissin (2000) criticou as 3 definiccedilotildees mais usadas de analgesia preemptiva a)

tratamento que comeccedila antes da cirurgia b) que previne o estabelecimento da

hipersensibilidade central causada pela lesatildeo incisional e c) que previne a hipersensibilidade

central causada pelas lesotildees incisional e inflamatoacuteria A primeira seria errocircnea pois a palavra

preemptivo significa preventivo e natildeo somente antes da incisatildeo ciruacutergica Assim bloqueios

ineficientes natildeo podem ser considerados preemptivos A segunda seria muito restrita pois

22

exclui a hipersensibilidade central causada pela inflamaccedilatildeo que ocorre no periacuteodo poacutes-

operatoacuterio inicial ideacuteia ratificada por Ong et al (2005) Contudo essa eacute a mais utilizada visto

que as diferenccedilas entre os resultados obtidos com as intervenccedilotildees que se processam antes e

apoacutes a cirurgia a evidenciam A uacuteltima eacute a mais ampla pois tambeacutem abrange a prevenccedilatildeo da

hipersensibilidade provocada pelo processo inflamatoacuterio

Inicialmente seu conceito abrangia apenas o tempo de administraccedilatildeo da droga para

verificar seu efeito comparando os momentos preacute e poacutes-operatoacuterios poreacutem natildeo englobava os

estudos que comparavam tratamentos com uso de medicaccedilatildeo analgeacutesica preacute-operatoacuteria versus

aqueles que natildeo a utilizavam (MOINICHE KEHLET DAHL 2002) Esse eacute o conceito de

analgesia preemptiva que estamos utilizando nessa pesquisa em que iremos comparar o uso

da TENS no periacuteodo preacute-operatoacuterio com um grupo placebo e natildeo comparar o seu efeito preacute

versus poacutes-operatoacuterio Alguns autores consideram que esse desenho de estudo estabelecido

em nossa pesquisa verificaria apenas uma analgesia preventiva e natildeo preemptiva natildeo

obstante nos detemos agravequeles que tambeacutem consideram esse desenho como meacutetodo para

verificar analgesia preemptiva

A colecistectomia eacute a cirurgia realizada para extrair a vesiacutecula biliar que se encontra

enferma seja devido a caacutelculos inflamaccedilotildees eou infecccedilotildees tendo uma alta incidecircncia

principalmente sobre a populaccedilatildeo mais idosa Ela pode ser procedida por laparotomia ou

laparoscopia O primeiro meacutetodo que eacute mais agressivo proporciona dor de caraacuteter moderado

a intenso no poacutes-operatoacuterio em decorrecircncia da incisatildeo ciruacutergica manipulaccedilatildeo da regiatildeo

ocasional irritaccedilatildeo da pleura pulmonar diafragmaacutetica e do nervo frecircnico e processo

inflamatoacuterio (ANDRADE 2002 BLUMGART 1988 BRENTANO 2003 GOFFI GOFFI

JUacuteNIOR SORBELLO 1996 MACHADO RAIA 1994 MARIANO BEN 1998

MERINO 2001 PEREacuteZ-AYUSO 2002 ROSLYN ZINNER 1996 WAY DUNPHY

1993)

23

Quando ocorre a lesatildeo tecidual perifeacuterica ndashndash decorrente vg da cirurgia ndashndash haacute dois

tipos de respostas do Sistema Nervoso (SN) sensibilizaccedilatildeo perifeacuterica ndashndash que eacute a diminuiccedilatildeo

do limiar de excitabilidade dos nociceptores perifeacutericos e sensibilizaccedilatildeo central ndashndash aumento

da excitabilidade dos neurocircnios da medula espinhal Essas modificaccedilotildees determinaratildeo o

estado de hipersensibilidade dolorosa caracteriacutestico de poacutes-operatoacuterios em que se verifica

reduccedilatildeo do limiar de dor e aumento da resposta aos estiacutemulos nocivos tanto no local da lesatildeo

quanto nos tecidos adjacentes (VALE 2000 WOOLF CHONG 1993)

Sabe-se que apoacutes o trauma ciruacutergico altas concentraccedilotildees de substacircncias

algiogecircnicas satildeo liberadas de ceacutelulas lesadas como os leucoacutecitos mastoacutecitos e plaquetas e de

moleacuteculas livres presentes no interior dos vasos sanguumliacuteneos Dentre essas substacircncias

destacam-se prostaglandinas leucotrienos aacutecido araquidocircnico bradicininas H+ K+

histamina substacircncia P tromboxanos serotonina entre outras que satildeo capazes de

sensibilizar os nociceptores das fibras Aauml e C amplamente distribuiacutedos nos tecidos

facilitando a transmissatildeo do impulso doloroso fenocircmeno conhecido como hiperalgesia

primaacuteria caracterizado pela reduccedilatildeo do limiar das terminaccedilotildees nervosas livres (TNLs) aos

estiacutemulos nocivos Em algumas horas a hiperalgesia secundaacuteria aumenta o tamanho da aacuterea

dolorida agrave medida que substacircncias quiacutemicas se difundem aos tecidos vizinhos tornando-os

hipersensiacuteveis (BONICA et al 1990 BRIDENBAUGH 1994 KISSIN 2000 ONG et al

2005 SINATRA 2002 STARKEY 2001 WOOLF CHONG 1993)

Sob condiccedilotildees normais os impulsos das fibras aferentes primaacuterias e dos

interneurocircnios espinhais ativam somente a zona de gatilho da ceacutelula localizada no seu centro

natildeo sendo suficiente para deflagrar o potencial de accedilatildeo na regiatildeo adjacente a este sendo o

estiacutemulo entatildeo sublimiar Todavia quando essas ceacutelulas sofrem sensibilizaccedilatildeo esses inputs

que eram sublimiares satildeo convertidos em estiacutemulos supra-limiares A maior excitabilidade

dessas ceacutelulas eacute responsaacutevel pela expansatildeo do nuacutemero de receptores especializados aumento

24

da magnitude e duraccedilatildeo da resposta aos estiacutemulos supra-limiares e reduccedilatildeo do limiar

incluindo aumento da excitabilidade tambeacutem dos mecanorreceptores de baixo limiar

(WOOLF CHONG 1993)

Isso tudo ocorreria porque a repetida deflagraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo nas fibras Aauml

e C acarretaria liberaccedilatildeo na medula espinhal de aacutecido glutacircmico e neuropeptiacutedeos A somaccedilatildeo

desses potenciais provoca progressivo aumento e duraccedilatildeo da despolarizaccedilatildeo dos neurocircnios da

coluna dorsal que ocorre em consequumlecircncia agrave ativaccedilatildeo de receptores N-metil-D-aspartato

(NMDA) e possivelmente de receptores de taquininas pela substacircncia P e neurocinina A

Essa ativaccedilatildeo seria resultado da entrada de caacutelcio atraveacutes dos canais iocircnicos ligante e

voltagem dependentes e da ativaccedilatildeo de proteiacutenas guanosina trifosfato e promoveria

mudanccedilas da concentraccedilatildeo de mensageiros secundaacuterios nos neurocircnios espinhais Esses

mensageiros secundaacuterios incluindo o AMPc (adenosina monofosfato) ciacuteclico alteram a

ativaccedilatildeo da proteiacutena cinase que pela fosforilaccedilatildeo de proteiacutenas como canais iocircnicos e

enzimas podem alterar suas funccedilotildees A ativaccedilatildeo da proteiacutena quinase em resposta agrave substacircncia

P tem demonstrado exercer um efeito de feedback positivo nos receptores NMDA dos

neurocircnios espinhais aumentando a eficaacutecia deles pela reduccedilatildeo da sua suscetibilidade ao

bloqueio de Magneacutesio (WOOLF CHONG 1993)

Mensageiros secundaacuterios podem tambeacutem dar origem a moleacuteculas de natureza ainda

natildeo bem elucidada que penetram nos neurocircnios e alcanccedilam o nuacutecleo celular provocando

modificaccedilotildees em sua expressatildeo geneacutetica com subsequumlente siacutentese de RNA mensageiro Este

estimula a produccedilatildeo de moleacuteculas que atuam como receptores excitatoacuterios e tambeacutem estaacute

envolvido na siacutentese de neurotransmissores retroacutegrados como oacutexido niacutetrico monoacutexido de

carbono e prostaglandinas que se disseminam das ceacutelulas para o interstiacutecio acarretando

liberaccedilatildeo de mais neurotransmissores excitatoacuterios dos aferentes primaacuterios O termo wind up

tem sido empregado para descrever esse aumento da excitabilidade dos neurocircnios do corno

25

posterior da medula espinhal Parece existir tambeacutem sensibilizaccedilatildeo neuronal das estruturas do

sistema liacutembico e nuacutecleos talacircmicos (KELLY AHMAD BRULL 2001 SINATRA 2002

TEIXEIRA 2001 WOOLF CHONG 1993)

Opioacuteides ndashndash sistecircmicos ou locais ndashndash anesteacutesicos locais antiinflamatoacuterios natildeo-

esteroidais antagonistas de receptores NMDA e antagonistas do receptor aacute-2 adreneacutergico tecircm

sido usados na tentativa de promover analgesia preemptiva por meio da inibiccedilatildeo de alguns

desses fenocircmenos citados anteriormente contudo o uso de recursos natildeo-farmacoloacutegicos

ainda natildeo tem sido muito empregado para tal finalidade (AIDA et al 1999 GOTTSCHALK

OCHROCH 2003 MAESTRONI et al 2002 MOINICHE KEHLET DAHL 2002

ROSAEG et al 2001 SINATRA 2002 TAYLOR 2002 WU et al 2003)

Logo a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia no momento imediatamente anterior

agrave realizaccedilatildeo da colecistectomia por laparotomia tem o intuito de promover uma

eletroanalgesia preemptiva ndashndash por meio da minimizaccedilatildeo da hipersensibilidade central ndashndash que

poderia modular a dor poacutes-operatoacuteria nas suas propriedades mais marcantes latecircncia

duraccedilatildeo intensidade e remissatildeo Isso poderia ocorrer pois a TENS poderia estimular a

liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos que por sua vez iriam prevenir a sensibilizaccedilatildeo central

O emprego da TENS de baixa frequumlecircncia para o tratamento da dor poacutes-operatoacuteria

pode proporcionar uma diminuiccedilatildeo da administraccedilatildeo dos faacutermacos analgeacutesicos habitualmente

usados no poacutes-operatoacuterio evitando alguns efeitos adversos decorrentes do uso dessas drogas

eg naacuteuseas vocircmito reaccedilotildees toacutexicas e aleacutergicas hipotensatildeo retenccedilatildeo urinaacuteria sonolecircncia

depressatildeo respiratoacuteria convulsatildeo constipaccedilatildeo e prurido A TENS aleacutem de natildeo ocasionar

esses problemas eacute um meacutetodo natildeo-invasivo de faacutecil aplicabilidade e que tem um pequeno

nuacutemero de contra-indicaccedilotildees (ANTUNES et al 2002 CHEN et al 1998 EISENBAUER

MURPHY 1998 FRAMPTON 1998 JAFFE MARTIN 1991 MARIANO BEN 1998

SILVA 1998 SLUKA et al 1999 TRIBIOLI 2003) De acordo com a pesquisa de Silveira

26

e Lima (2004) a TENS utilizada como meacutetodo analgeacutesico no poacutes-operatoacuterio imediato de

hernioplastia inguinal foi economicamente mais viaacutevel do que o tratamento convencional

visto que houve significante reduccedilatildeo das despesas hospitalares durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo dos pacientes em virtude do menor consumo de analgeacutesicos seringas descartaacuteveis

agulhas aacutelcool algodatildeo e luvas descartaacuteveis ndashndash materiais natildeo-biodegradaacuteveis que podem

proporcionar poluiccedilatildeo ambiental apresentar certo grau toacutexico e ocasionar infecccedilotildees Ong et

al (2005) ressaltam sobre a relevacircncia de se diminuir os custos com medicamentos e que a

analgesia preemptiva talvez possa contribuir para tal

27

OBJETIVO

28

2 OBJETIVO

A presente pesquisa teve como objetivo analisar o efeito da TENS de baixa

frequumlecircncia como recurso analgeacutesico preemptivo em pacientes submetidas a colecistectomia

por laparotomia

29

CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

30

3 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

31 Desenho do Estudo

Esse estudo foi uma pesquisa cliacutenica prospectiva controlada randomizada e

duplamente encoberta

32 Local

A pesquisa foi procedida no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio privado localizado na

cidade de Aracaju no periacuteodo de dezembro de 2003 a abril de 2005 com a experimentaccedilatildeo

em pacientes que foram submetidos a colecistectomia por laparotomia com incisatildeo do tipo

transversa subcostal direita sendo utilizada a TENS de baixa frequumlecircncia

33 Casuiacutestica e Criteacuterios de Inclusatildeo e Exclusatildeo

Como criteacuterios de inclusatildeo ficou estabelecido que soacute participariam da pesquisa os

pacientes que

bull fossem submetidos agrave colecistectomia por laparotomia em caraacuteter eletivo apenas com

incisatildeo transversa subcostal

bull tivessem sido operados por meio de financiamento do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

numa tentativa de ldquopadronizarrdquo a classe social dos pacientes

bull fossem operados no periacuteodo da tarde para evitar possiacuteveis influecircncias do ciclo circadiano

(MORIN et al 2000)

31

bull pertencessem ao sexo feminino somente para evitar a possibilidade de influecircncia do sexo

na percepccedilatildeo do fenocircmeno doloroso A escolha do sexo teve como fator preponderante a

alta incidecircncia de colecistectomias sobre as mulheres implicando minimizaccedilatildeo da

dificuldade em se obter uma casuiacutestica satisfatoacuteria Ademais ateacute por fatores culturais as

mulheres da nossa sociedade satildeo consideradas no que se concerne aos seus relatos sobre

dor mais sinceras do que os homens que muitas vezes natildeo satildeo tatildeo fidedignos por

questotildees machistas a esses relatos

bull possuiacutessem idade entre 21 e 65 anos

bull pertencessem aos estados fiacutesicos I e II da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA)

ASA I eacute a classificaccedilatildeo empregada para pacientes saudaacuteveis que natildeo tenham doenccedila de

base e ASA 2 para os que possuem uma doenccedila de base controlada com ou sem drogas

bull fossem naturais do Brasil e que compreendessem bem a liacutengua portuguesa para evitar

possiacuteveis dificuldades durante a coleta de dados

bull natildeo tivessem distuacuterbios de audiccedilatildeo visatildeo ou fala

bull natildeo tivessem distuacuterbios mentais eou intelectuais para natildeo somente compreender e aceitar

participar da pesquisa mas tambeacutem natildeo apresentar empecilhos durante a coleta dos dados

(PIMENTA TEIXEIRA 1997)

bull nunca tivessem sido submetidas a algum tipo de cirurgia abdominal alta o que poderia

influenciar na percepccedilatildeo da dor visto que a percepccedilatildeo eacute influenciada por preacutevias

experiecircncias

bull e que natildeo fossem portadoras de algum tipo de hepatopatia ou nefropatia diagnosticadas

32

Natildeo participariam da pesquisa os pacientes

bull que tivessem diagnoacutestico de enfermidade maligna pelas caracteriacutesticas diferenciadas das

dores oncoloacutegicas (MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO BRASIL 2001)

bull em que a TENS fosse um recurso contra-indicado (eg feridas na regiatildeo onde deveriam

ser colocados os eletrodos)

bull que fizessem ou fizeram uso crocircnico de opioacuteides pelo desenvolvimento de toleracircncia agrave

TENS (SLUKA et al 2000)

bull que tivessem feito uso de drogas analgeacutesicas em um periacuteodo inferior a 7 dias

bull que jaacute tivessem conhecimento sobre a TENS ou sido submetidos a algum tratamento com

o uso da mesma

bull que possuiacutessem alergia ou contra-indicaccedilatildeo agrave dipirona ou ao diclofenaco de soacutedio

medicaccedilotildees que eram prescritas para o periacuteodo poacutes-operatoacuterio

bull e que se recusassem ou desistissem de participar do trabalho ndashndash mesmo apoacutes assinatura

do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (apecircndice B)

34 Internamento das Pacientes

Todas as pacientes foram internadas pelo turno da manhatilde e ficavam aguardando a

cirurgia que era sempre realizada no periacuteodo da tarde em um dos 3 apartamentos coletivos

com capacidade para ateacute 4 pessoas cada um Os leitos ndashndash todos similares ndashndash eram os mesmos

que as pacientes ocupavam no periacuteodo poacutes-operatoacuterio O hospital somente aceitava um

maacuteximo de 2 internamentos por dia para a realizaccedilatildeo das colecistectomias por laparotomia

33

35 Randomizaccedilatildeo

Foram impressos em 32 pequenos papeacuteis a informaccedilatildeo ldquogrupo preemptivordquo e em

outros 32 ldquogrupo placebordquo que foram colocados em uma pequena caixa O processo de

randomizaccedilatildeo ocorreu com o auxiacutelio de duas pessoas que natildeo tinham conhecimento algum

sobre a pesquisa sendo solicitado agraves mesmas que retirassem cada um desses papeacuteis da caixa e

os colocassem dentro de envelopes ndashndash numerados de 1 a 64 ndashndash opacos que eram entatildeo

lacrados e somente abertos apoacutes a concordacircncia da paciente em participar da pesquisa

36 Avaliaccedilatildeo Cliacutenica

Inicialmente era procedida uma avaliaccedilatildeo cliacutenica realizada 2 h antes do horaacuterio

previsto para a realizaccedilatildeo da cirurgia com o propoacutesito de verificar se a paciente se

enquadrava ou natildeo nos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo estabelecidos pelo nosso protocolo

Dessa forma era solicitado agraves pacientes que respondessem agraves questotildees presentes na Ficha de

Identificaccedilatildeo do Paciente (apecircndice A) que possuiacutea questionamentos sobre idade sexo peso

estatura doenccedilas associadas diagnoacutestico cliacutenico entre outros Caso a paciente atendesse a

todos os preacute-requisitos era entatildeo rompido o lacre do envelope que correspondia ao seu

nuacutemero na pesquisa e somente entatildeo se sabia a que grupo pertenceria tal paciente O

pesquisador que ficava ciente dessa informaccedilatildeo acompanhava a paciente nas seguintes etapas

avaliaccedilatildeo cliacutenica explicaccedilatildeo sobre os instrumento de coleta de dados aplicaccedilatildeo da TENS e

acompanhamento da paciente no centro ciruacutergico Ou seja esse pesquisador natildeo era

responsaacutevel pela coleta dos dados no periacuteodo poacutes-operatoacuterio que era efetuada por outros

pesquisadores que natildeo sabiam a que grupo as pacientes pertenciam pois eles natildeo tinham

34

acesso nem agrave Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C) e nem aos

envelopes

Apoacutes a avaliaccedilatildeo cliacutenica era efetuada a etapa de treinamento das pacientes sobre as

escalas ndashndash posteriormente descritas ndashndash que seriam utilizadas apoacutes a cirurgia para que as

mesmas jaacute se habituassem com elas e pudessem realizar os seus questionamentos sobre tais

37 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Todas as pacientes que fizeram parte dessa pesquisa autorizaram a sua participaccedilatildeo

por meio de assinatura ou impressatildeo digital em concordacircncia ao que estava exposto no

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (apecircndice B) que constava de informaccedilotildees

sobre a forma de tratamento que lhes estava sendo proposta assim como seus benefiacutecios e

finalidades explicando que o estudo natildeo implicaria dano agrave sauacutede informando-lhes tambeacutem

quanto ao direito de solicitar novas informaccedilotildees esclarecer duacutevidas e desistir de participar da

pesquisa a qualquer momento Logo o estudo foi procedido de acordo com as normas

expressas na resoluccedilatildeo 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10101996 A coleta de

dados soacute teve iniacutecio apoacutes aprovaccedilatildeo pelo comitecirc de eacutetica e pesquisa

38 Materiais

Foram utilizados 2 aparelhos para o fornecimento da corrente eleacutetrica da TENS ndashndash

apoacutes preacutevia calibraccedilatildeo no Laboratoacuterio de Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe ndashndash o

Dualpex 961 e o Fisiotonus Four cujas fotos estatildeo apresentadas nas figuras 1 e 2

respectivamente Entre os materiais de consumo utilizados destacam-se esparadrapos gazes

e gel condutor Foram usados cabos que conectavam os aparelhos geradores de corrente

eleacutetrica aos eletrodos ndashndash de borracha quadrangulares e com aacuterea de 9 cm2 A reacutegua da Escala

35

Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END) foi utilizada para coletar a intensidade da dor aleacutem

do Questionaacuterio de Dor McGill e da Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente Algumas fichas

contidas no apecircndice e descritas posteriormente foram utilizadas para o registro de diversos

dados

Figura 1 Aparelho Dualpex 961 Figura 2 Aparelho Physiotonus FourFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra Fonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

39 Procedimentos Metodoloacutegicos

391 Os grupos de pacientes da pesquisa

As pacientes foram alocadas de forma aleatoacuteria em dois grupos

bull Grupo preemptivo ndashndash sendo submetidas agrave aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia durante

60 min antes da cirurgia com a utilizaccedilatildeo dos seguintes paracircmetros duraccedilatildeo de pulso de

250 micros e frequumlecircncia de 4 Hz A intensidade utilizada foi a maacutexima suportada pela

paciente em niacutevel motor Esses paracircmetros estatildeo de acordo com as orientaccedilotildees de

36

Johnson et al (1989) Low e Reed (2001) Robinson (2001) Salgado (1999) Starkey

(2001) Walsh et al (1998) e Wang et al (1997)

bull Grupo placebo ndashndash os eletrodos eram colocados nas pacientes poreacutem todos os paracircmetros

(duraccedilatildeo de pulso frequumlecircncia e intensidade) ficavam com referecircncia zero natildeo

possibilitando a passagem da corrente eleacutetrica O tempo da falsa aplicaccedilatildeo tambeacutem foi de

60 min

392 Teacutecnica de aplicaccedilatildeo da TENS

Antes da aplicaccedilatildeo da TENS era feita uma limpeza com o uso de aacutelcool da regiatildeo

onde seriam colocados os eletrodos a fim de diminuir a oleosidade da pele e remover sujeiras

facilitando dessa maneira a passagem da corrente eleacutetrica

A TENS de baixa frequumlecircncia foi aplicada nas pacientes ainda em seus leitos antes

de serem encaminhadas ao centro ciruacutergico sendo utilizada a teacutecnica quadripolar com os

eletrodos de borracha dispostos de maneira cruzada abrangendo os dermaacutetomos da regiatildeo

onde posteriormente seria realizada a incisatildeo ciruacutergica subcostal direita Os dados sobre a

aplicaccedilatildeo da TENS assim como as observaccedilotildees que se mostrassem relevantes eram

registrados na Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C) A foto da figura

3 representa a simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENS no periacuteodo preacute-operatoacuterio Apoacutes a aplicaccedilatildeo

da TENS as pacientes eram preparadas para serem encaminhadas ao centro ciruacutergico

37

Figura 3 Simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENSA linha vermelha ilustra o local onde seria realizada a incisatildeosubcostal direitaFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

393 Teacutecnica anesteacutesica

Em todas as pacientes houve administraccedilatildeo de diazepam como medicaccedilatildeo preacute-

anesteacutesica Houve padronizaccedilatildeo do meacutetodo anesteacutesico tendo sido utilizadas como drogas

anesteacutesicas o cloridrato de bupivacaiacutena (05) com vasoconstrictor administrado via

peridural podendo ou natildeo estar associado agrave xilocaiacutena com vasoconstrictor (20) associaccedilatildeo

essa que natildeo exercia influecircncia na duraccedilatildeo da analgesia e o fentanil (2 ml) tambeacutem

administrado via peridural A escolha dessas drogas deu-se por jaacute fazer parte da rotina desse

tipo de procedimento ciruacutergico no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio Os dados sobre as drogas

utilizadas observaccedilotildees necessaacuterias classificaccedilatildeo do estado fiacutesico da ASA entre outros eram

registrados na Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C)

38

394 Cirurgia e prescriccedilatildeo de medicamentos

A equipe meacutedica responsaacutevel pela realizaccedilatildeo de todas as intervenccedilotildees ciruacutergicas foi

composta por 4 cirurgiotildees e 3 anestesiologistas que se revezavam entre os dias da semana ndashndash

segunda a quinta-feira Todas as cirurgias foram realizadas por laparotomia sempre com

incisatildeo do tipo transversa subcostal direita

Apoacutes a cirurgia a prescriccedilatildeo meacutedica foi padronizada da seguinte forma a dipirona

(2 ml 500 mgml) era administrada de 6 em 6 h (sendo a primeira administraccedilatildeo efetuada 5 h

apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico que era determinado como sendo o momento em que

era introduzido o cloridrato de bupivacaiacutena no espaccedilo peridural) via intravenosa diclofenaco

de soacutedio (3 ml 25 mgml) prescrito como medicaccedilatildeo de resgate via intra-muscular somente

sendo administrado caso houvesse solicitaccedilatildeo por parte da paciente e a metoclopramida (2

ml 5 mgml) tambeacutem como medicaccedilatildeo de resgate Essa prescriccedilatildeo foi efetuada dessa

maneira porque a dor gerada pela colecistectomia por laparotomia tem um niacutevel de moderado

a intenso o que implicou a necessidade de algum faacutermaco analgeacutesico prescrito em horaacuterio

programado nesse caso a dipirona

O estabelecimento dessa teacutecnica de prescriccedilatildeo decorreu dos resultados obtidos com

as 6 pacientes do estudo piloto ndashndash em que toda a medicaccedilatildeo analgeacutesica era administrada

somente em caso de solicitaccedilatildeo pelas mesmas Percebeu-se analgesia insatisfatoacuteria dado os

relatos de altos iacutendices de dor e desconforto Dessa forma objetivamos nesse estudo a

utilizaccedilatildeo da TENS como um recurso analgeacutesico coadjuvante e natildeo uacutenico

39

395 Instrumentos de coleta de dados

3951 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

Como escala unidimensional para mensuraccedilatildeo da intensidade da dor foi utilizada a

END (figura 4) que consiste de uma reacutegua demarcada horizontalmente com valores em

centiacutemetros de 0 a 10 representando o primeiro valor a ausecircncia absoluta de dor e o maior

a dor mais insuportaacutevel possiacutevel sendo solicitado agrave paciente que indicasse aquele que melhor

caracterizaria o seu niacutevel de dor estando a paciente em repouso A dor leve estaria

representada por nuacutemeros compreendidos no intervalo de 0 a 3 a moderada pelos nuacutemeros 4

5 e 6 e a intensa por 7 8 9 e 10

Os dados foram registrados na Ficha de Avaliaccedilatildeo da Dor pela Escala Numeacuterica de

Mensuraccedilatildeo da Dor (apecircndice D) A coleta da intensidade de dor era procedida de acordo

com o horaacuterio de induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico sendo investigada 2frac12 h (ENDa) 3frac12 h

(ENDb) 4frac12 h (ENDc) 5frac12 h (ENDd) 7 h (ENDe) 8 h (ENDf) e 16 h (ENDg) apoacutes a sua

induccedilatildeo aleacutem de uma uacuteltima coleta procedida no momento da alta hospitalar (ENDh) dois

dias apoacutes a cirurgia pela manhatilde Optou-se em utilizar como referecircncia o horaacuterio da induccedilatildeo

Figura 4 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor numerada de 0 a 10 cmFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

40

do bloqueio anesteacutesico ao inveacutes do horaacuterio de teacutermino da cirurgia visto que grandes variaacuteveis

no tempo despendido para a realizaccedilatildeo das cirurgias poderiam influenciar nos niacuteveis de dor

relatados pelas pacientes jaacute que haveria assim discrepacircncias no tempo decorrido desde a

induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash momento de referecircncia para a contagem do tempo de

metabolizaccedilatildeo das drogas ndashndash ateacute as averiguaccedilotildees da intensidade de dor

Eacute relevante salientar que o pesquisador responsaacutevel pela coleta do niacutevel de dor natildeo

tinha conhecimento sobre o grupo a que pertencia a paciente e nem esta sobre em que grupo

estava alocada o que caracterizou um estudo do tipo duplamente encoberto

3952 Questionaacuterio de Dor McGill

O Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ) eacute composto por 78 descritores distribuiacutedos

em 4 categorias sensorial composta por 10 subcategorias cujos descritores aiacute contidos

traduzem a natureza somaacutetica e estatildeo relacionados com a fisiologia da dor afetiva que

conteacutem 5 subcategorias cujos descritores fornecem discernimentos sobre os aspectos

psicoloacutegicos que acompanham a dor avaliativa com uma uacutenica que descreve a intensidade

global da dor e finalmente a miscelacircnea que eacute composta por 4 subcategorias Eacute solicitado

ao paciente que circule ou sublinhe as palavras que melhor descrevem a sua dor ou apenas as

indique verbalmente (GRAHAM 1980 MELZACK 1975)

O MPQ possui trecircs partes a primeira serve para que o paciente indique em um

graacutefico do corpo humano a regiatildeo onde estaacute sentindo a dor ndashndash diagrama corporal da dor a

segunda eacute uma escala verbal para avaliar a intensidade de dor (Present Pain Intensity ndashndash PPI)

utilizando-se de cinco palavras leve desconfortaacutevel perturbadora horriacutevel e excruciante e a

uacuteltima utiliza os 78 descritores podendo-se daiacute se obterem dois iacutendices o Quantitativo da Dor

(PRI ndashndash Pain Rating Index) e o do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC ndashndash Number of

41

Words Chosen) Cada descritor tem um correspondente nuacutemero que seraacute utilizado para o

estabelecimento do PRI Por exemplo em uma subcategoria que contenha 3 descritores aos

mesmos seratildeo atribuiacutedos respectivamente os valores 1 2 e 3 de acordo com a ordem em que

aparecem na lista dos descritores (FERNANDEZ BOYLE 2001 PEREIRA SOUSA 1998

PIMENTA 1995 STARKEY 2001 TEIXEIRA et al 1999)

Em nossa pesquisa foi utilizada a versatildeo brasileira do MPQ (apecircndice E) ndashndash

validada pelos profissionais do Ambulatoacuterio de Dor da Cliacutenica Neuroloacutegica do Hospital das

Cliacutenicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Satildeo Paulo (PIMENTA TEIXEIRA

1997) Esse questionaacuterio que eacute indicado por Graham et al (1980) para dores imediatas foi

aplicado ndashndash sob a forma de entrevista ndashndash apenas uma vez 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico dada a inviabilidade de utilizaacute-lo no mesmo dia do ato ciruacutergico Resolveu-se

adaptar esse questionaacuterio e usar apenas uma parte dele a dos 78 descritores haja vista que

natildeo se achou necessaacuteria a utilizaccedilatildeo do PPI e do diagrama corporal da dor por estarmos

utilizando a END e por jaacute sabermos o local da dor incisional Entatildeo a partir desse

questionaacuterio adaptado pudemos analisar o PRI e o NWC O primeiro obtido por meio da

soma dos valores atribuiacutedos a cada descritor escolhido e o segundo pela soma do nuacutemero de

palavras escolhidas para qualificar a dor segundo Fernandez e Boyle (2001) e Pereira e Sousa

(1998)

3953 Escala de Satisfaccedilatildeo dos Pacientes

O grau de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que lhes estava sendo realizado

foi avaliado por meio da Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (ESP) escala verbal que permite agrave

paciente escolher um entre nuacutemeros que variam de 0 a 10 indicando respectivamente

insatisfaccedilatildeo completa com o tratamento e a maior satisfaccedilatildeo possiacutevel Os horaacuterios de coleta

42

foram os seguintes 3frac12 h (ENDb) 5frac12 h (ENDd) 8 h (ENDf) e 16 h (ENDg) apoacutes a induccedilatildeo

do bloqueio anesteacutesico aleacutem de uma uacuteltima coleta procedida no momento da alta hospitalar

(ENDh) Os dados coletados eram registrados na Ficha de Avaliaccedilatildeo da Satisfaccedilatildeo dos

Pacientes pela Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (apecircndice F) Essa escala foi utilizada na

pesquisa realizada por Melo e Santana Filho (2003) que tinha linha de trabalho semelhante

3954 Ficha do consumo de faacutermacos

O consumo de faacutermacos analgeacutesicos ou natildeo de cada paciente foi anotado na Ficha

de Registro da Administraccedilatildeo de Faacutermacos no Poacutes-operatoacuterio (apecircndice G) que constou de

campo para informaccedilotildees como o tipo de faacutermaco administrado horaacuterio de administraccedilatildeo via

de acesso e dosagem aleacutem do tempo decorrido desde o horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico ateacute a primeira administraccedilatildeo caso houvesse do diclofenaco de soacutedio (prescrito

como medicaccedilatildeo de resgate)

3955 Questionaacuterio sobre a Aplicaccedilatildeo da TENS

Foram efetuados dois questionamentos para as pacientes o primeiro sobre o

desconforto promovido pela aplicaccedilatildeo da TENS e o segundo sobre a vontade da paciente em

usaacute-la numa proacutexima cirurgia (Apecircndice H) Em virtude da necessidade de esse questionaacuterio

ter sido percebida somente no decorrer da coleta de dados o mesmo fora empregado em 19

pacientes do grupo preemptivo e em 17 do placebo

43

310 Anaacutelise e Interpretaccedilatildeo dos Dados

A anaacutelise estatiacutestica dos dados foi feita com a utilizaccedilatildeo dos programas GraphPad

Prism 40 e Statistica 60 Inicialmente foram realizados testes estatiacutesticos descritivos meacutedia e

erro padratildeo da meacutedia (SEM) Para a anaacutelise dos dados demograacuteficos de alguns dados cliacutenicos

e do tempo para a primeira administraccedilatildeo de diclofenaco de soacutedio foi utilizado o teste t de

Student para amostras natildeo pareadas (parameacutetrico) Para a anaacutelise de alguns dados cliacutenicos e

do uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico foi

utilizado o teste do qui-quadrado Para a anaacutelise da END ESP PRI NWC e do nuacutemero de

vezes em que foram administrados o diclofenaco de soacutedio dipirona e metoclopramida foi

utilizado o teste de Mann-Whitney (natildeo-parameacutetrico) Em todos os testes como niacutevel de

significacircncia foi considerado o valor de 5 (p lt 005)

311 Teacutecnica Utilizada para a Demonstraccedilatildeo dos Resultados

Para a exposiccedilatildeo dos resultados foram utilizados graacuteficos elaborados nos programas

GraphPad Prism 40 e Statistica 60 aleacutem de tabelas elaboradas no Microsoft Word XP

Vaacuterios dados foram apresentados sob a forma de meacutedia plusmn SEM

44

RESULTADOS

45

4 RESULTADOS

Sessenta e quatro pacientes concordaram em participar da pesquisa e assinaram o

termo de consentimento livre e esclarecido Poreacutem 14 foram excluiacutedas seis por se tratarem

de pacientes que pertenciam a um estudo piloto cujo meacutetodo foi posteriormente alterado

duas por terem sido submetidas a anestesia geral quatro por erro na prescriccedilatildeo meacutedica de

analgeacutesicos uma por natildeo conseguir responder ao McGill Pain Questionnaire (MPQ) e uma

pela grande dificuldade em compreender a Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END)

Destarte a amostra ficou constituiacuteda por 50 pacientes grupo preemptivo (n = 25) e grupo

placebo (n = 25)

Os dados referentes agrave idade peso estatura e iacutendice de massa corporal (IMC) das

pacientes estatildeo presentes na tabela 1 e ilustrados respectivamente nos graacuteficos 1 2 3 e 4

tendo sido analisados por meio do teste t de Student para amostras independentes Natildeo houve

em nenhuma das caracteriacutesticas demograacuteficas diferenccedila significante entre os grupos

A idade miacutenima foi de 25 anos no grupo preemptivo e de 21 anos no placebo

enquanto a maacutexima foi de 65 no preemptivo e de 59 no placebo Os pesos miacutenimo e maacuteximo

foram respectivamente iguais a 40 Kg e 86 Kg no grupo preemptivo e 48 Kg e 77 Kg no

placebo As estaturas miacutenima e maacutexima foram respectivamente iguais a 149 m e 170 m

(grupo preemptivo) e 151 m e 170 m (grupo placebo) E os valores miacutenimo e maacuteximo do

IMC foram 1880 Kgm2 e 35 Kgm2 (grupo preemptivo) e 1914 Kgm2 e 2890 Kgm2

(grupo placebo)

46

Tabela 1 ndashndash Dados demograacuteficos da amostraPreemptivo Placebo

Meacutedia plusmn SEM Meacutedia plusmn SEM p

Idade (anos) 3956 plusmn 197 3852 plusmn 238 0738

Peso (Kg) 6108 plusmn 288 6348 plusmn 172 0478

Estatura (m) 157 plusmn 001 160 plusmn 001 0168

IMC (Kgm2) 2568 plusmn 105 2475 plusmn 059 0447IMC ndashndash iacutendice de massa corporal SEM ndashndash erro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante em nenhuma das variaacuteveis analisadas

Preemptivo Placebo0

10

20

30

40

50

60

70

Idad

e(a

nos)

Graacutefico 1 Representaccedilatildeo das idades das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicamo erro padratildeo da meacutedia Teste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0738)

47

Preemptivo Placebo30

40

50

60

70

80

90Pe

so(K

g)

Graacutefico 2 Representaccedilatildeo dos pesos das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicamo erro padratildeo da meacutedia Teste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0478)

Preemptivo Placebo

150

155

160

165

170

175

Alt

ura

(m)

Graacutefico 3 Representaccedilatildeo das estaturas das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0168)

48

Preemptivo Placebo15

20

25

30

35

40IM

C(K

gm

m)

Graacutefico 4 Representaccedilatildeo dos Iacutendices de Massa Corporal (IMC) daspacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0447)

49

A tabela 2 apresenta os dados referentes agrave categoria de peso das pacientes de ambos

os grupos a tabela 3 o niacutevel de escolaridade das mesmas e a tabela 4 o diagnoacutestico cliacutenico

Natildeo houve de acordo com o teste do divide2 diferenccedila significante entre os grupos em nenhuma

dessas variaacuteveis analisadas

Tabela 2 ndashndash Distribuiccedilatildeo da categoria de peso das pacientes de acordo com os dados obtidospelo iacutendice de massa corporal (IMC ndashndash Kgm2)

Grupo Abaixodo peso(lt185)

Pesonormal

(185ndash249)

Sobrepeso(25 ndash 299)

Obesidadegrau I

(30 ndash 349)

Obesidadegrau II

(35 ndash 399)

Obesidadegrau III

( 40)Preemptivo 2 7 11 3 2 0

Placebo 0 12 13 0 0 0Os dados apresentados entre parecircntesis referem-se aos paracircmetros de referecircncia do IMC que determinam aquelacategoria de pesoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0075)

Tabela 3 ndashndash Niacutevel de escolaridade das pacientesGrupo Nunca

estudou1deg grau

incompleto1deg grau

completo2deg grau

incompleto2deg grau

completo3deg grau

incompletoPreemptivo 3 8 3 4 5 2

Placebo 3 11 2 6 1 2Teste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0587)

Tabela 4 ndashndash Diagnoacutestico cliacutenico das pacientesGrupo Colelitiacutease Colecistite

agudaColecistite

crocircnicaColecistite

(sem descriccedilatildeo)Colelitiacutease

+ colecistitePreemptivo 12 6 2 1 4

Placebo 10 2 4 5 4Teste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0238)

50

O graacutefico 5 apresenta os dados sobre o periacuteodo compreendido entre a eacutepoca em que

as pacientes relataram ter iniciado as primeiras dores devido agrave doenccedila da vesiacutecula biliar e a

realizaccedilatildeo da colecistectomia Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos por meio de

anaacutelise realizada pelo teste do divide2

Preemptivo Placebo0

5

10

15Nunca sentiu dorMenos de 6 mesesEntre 6 e 119 mesesEntre 12 e 24 mesesAcima de 24 meses

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 5 Relato das pacientes sobre o periacuteodo em meses em que vinham sentindo dordevido agrave doenccedila da vesiacutecula biliarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0183)

51

O estado fiacutesico das pacientes dos dois grupos segundo o criteacuterio de classificaccedilatildeo da

Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA) estaacute expresso no graacutefico 6 Natildeo houve

diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p = 0479) de acordo com o teste do divide2

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25ASA 1ASA 2

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 6 Estado fiacutesico das pacientes de acordo com a classificaccedilatildeo da Sociedade Americanade AnestesiologiaTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0479)

52

O relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos para o tratamento da dor

decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou de outra dor devido a doenccedilas crocircnicas estatildeo

representados no graacutefico 7 De acordo com o teste do divide2 natildeo houve diferenccedila significante

entre os grupos preemptivo e placebo (p = 0765) Eacute importante considerar que as pacientes

que relataram ter usado tais drogas somente as utilizaram ateacute no maacuteximo uma semana antes

da data da cirurgia haja vista que foi previamente estabelecido como criteacuterio de exclusatildeo o

uso de drogas analgeacutesicas dentro do periacuteodo de 7 dias que antecedia a realizaccedilatildeo da

colecistectomia

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25SimNatildeo

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 7 Relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos antes da colecistectomia para otratamento da dor decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou de outras doenccedilas crocircnicasEntende-se por ldquoantes da colecistectomiardquo o uso de analgeacutesicos em um prazo superior aos 7 dias que antecediama realizaccedilatildeo do procedimento ciruacutergicoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0765)

53

Em todas as pacientes o aparelho de TENS foi colocado durante 60 min e o

intervalo meacutedio entre o teacutermino da sua aplicaccedilatildeo ndashndash verdadeira ou natildeo ndashndash e a induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico foi de 7472 plusmn 1046 min no grupo preemptivo e de 6028 plusmn 723 min no

placebo natildeo havendo diferenccedila significante (p = 0261) entre os grupos de acordo com o

teste t de Student para amostras natildeo pareadas (graacutefico 8) O menor e maior intervalos foram

respectivamente iguais a 10 min e 195 min (grupo preemptivo) e 15 min e 115 min (grupo

placebo)

Preemptivo Placebo0

50

100

150

200

Tem

po(m

in)

Graacutefico 8 Representaccedilatildeo do tempo decorrido desde o teacutermino daaplicaccedilatildeo da Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo ateacute a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico nas pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0261)

54

A meacutedia de duraccedilatildeo das cirurgias (graacutefico 9) no grupo preemptivo foi de 3812 plusmn

194 min e no placebo 3540 plusmn 184 min natildeo havendo diferenccedila significante (p = 0315)

Natildeo houve complicaccedilatildeo ciruacutergica em nenhum procedimento todas as pacientes receberam

alta hospitalar 2 dias apoacutes o ato ciruacutergico no turno da manhatilde e o iacutendice de mortalidade foi

em ambos os grupos igual a zero As cirurgias mais raacutepidas e mais prolongadas tiveram

respectivamente duraccedilatildeo de 21 min e 58 min (grupo preemptivo) e de 20 min e 50 min

(grupo placebo)

Preemptivo Placebo0

10

20

30

40

50

60

Tem

pode

ciru

rgia

(min

)

Graacutefico 9 Representaccedilatildeo da duraccedilatildeo das cirurgiasA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0315)

55

Ao analisar a dor incisional por meio da END pocircde-se perceber que o grupo

preemptivo apresentou niacutevel de dor significantemente menor que o do placebo nas terceira

(ENDc) e quarta coletas (ENDd) que representam 4frac12 h e 5frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico O teste utilizado para tal anaacutelise foi o de Mann-Whitney A tabela 5 apresenta os

valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia em todas as verificaccedilotildees do niacutevel de dor nos dois

grupos e o graacutefico 10 ilustra tais valores

Tabela 5 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) daintensidade de dor incisional mensurada por meio da END (EscalaNumeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)

Preemptivo Placebo

Momento Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

a 084 plusmn 034 072 plusmn 029 0756

b 116 plusmn 039 224 plusmn 056 0171

c 202 plusmn 053 384 plusmn 066 0042

d 278 plusmn 056 48 plusmn 067 0029

e 322 plusmn 056 474 plusmn 059 0068

f 342 plusmn 050 488 plusmn 066 0135

g 356 plusmn 061 364 plusmn 050 0497

h 096 plusmn 033 176 plusmn 042 0145a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c(4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g(16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar que corresponde ao 2deg dia poacutes-operatoacuterio) SEM ndashndash erro padratildeo da meacutediaFoi utilizada a END (0-10 cm)Teste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005

56

a b c d e f g h00

25

50

75

100PreemptivoPlacebo

Momento da coleta

END

Graacutefico 10 Representaccedilatildeo da meacutedia da intensidade de dor incisional por meio da END (EscalaNumeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12 h apoacutesa IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a END (0-10 cm)As colunas indicam os valores da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005

57

Na tabela 6 estatildeo expressos os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do grau de

satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estava sendo realizado O instrumento de

mensuraccedilatildeo utilizado foi a escala numeacuterica do grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes (ESP) Natildeo se

verificou pelo Teste de Mann-Whitney diferenccedila estatiacutestica significante entre os dois grupos

Para a obtenccedilatildeo desses dados a amostra foi composta por 49 pacientes tendo em vista que

uma paciente do grupo placebo natildeo conseguiu compreender a ESP O graacutefico 11 ilustra tais

dados

Tabela 6 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) do grau desatisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estava sendo realizado

Preemptivo Placebo

Momento Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

b 944 plusmn 017 9 plusmn 026 0312

d 956 plusmn 015 9 plusmn 031 0389

f 952 plusmn 015 912 plusmn 027 0435

g 962 plusmn 017 925 plusmn 032 0756

h 992 plusmn 005 933 plusmn 035 0406b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente de 0 a 10) SEM ndashndash erro padratildeoda meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Grupo preemptivo (n = 25) e grupo placebo (n = 24)

58

b d f g h0

5

PreemptivoPlacebo

8

9

10

Momento da coleta

ESP

Graacutefico 11 Representaccedilatildeo da meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estavasendo realizado obtida pela ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente)b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes aIBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a ESP de 0 a 10As colunas indicam os valores da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos em nenhum momento de coleta da ESPGrupo preemptivo (n = 25) e grupo placebo (n = 24)

59

As tabelas 7 e 8 apresentam respectivamente o nuacutemero de vezes em que cada

descritor e em que cada subcategoria do Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ) foram

selecionados pelas pacientes dos grupos preemptivo e placebo Na tabela 9 estatildeo expressos

os descritores que melhor caracterizaram a dor incisional promovida pela colecistectomia por

laparotomia e que de acordo com Dubuisson e Melzack (1996) e Gagliesi e Melzack (2003)

seriam aqueles que fossem selecionados por pelo menos 33 dos pacientes Todas as

anaacutelises procedidas a partir do MPQ foram realizadas com 21 pacientes do grupo preemptivo

e com 20 do grupo placebo A discussatildeo sobre a ldquoAnaacutelise da Dor pelo Questionaacuterio de Dor

McGillrdquo (item 54) explica o motivo para tal

Na tabela 10 estatildeo apresentados os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Total (NWC-t) e em cada categoria do MPQ e no graacutefico

12 eles estatildeo representados A tabela 11 apresenta uma comparaccedilatildeo das categorias sensorial

e afetiva no que se refere ao nuacutemero de pacientes que selecionou mais descritores de uma ou

de outra categoria assim como o nuacutemero de pacientes que os selecionaram de forma

equumlitativa nessas categorias Nota-se que os valores estatildeo apresentados em porcentagens ndashndash

meacutetodo recomendado por Veilleux e Melzack (1976) ndashndash dado o nuacutemero diferente de

subcategorias que compotildee cada uma dessas categorias (sensorial 10 e afetiva 5) Em ambos

os grupos houve proporcionalmente maior seleccedilatildeo dos descritores da categoria sensorial

principalmente no grupo preemptivo

60

Tabela 7 ndashndash Relaccedilatildeo dos descritores do Questionaacuterio de Dor McGill selecionados pelaspacientes

Subctg Descritores Preemp Plac Subctg Descritores Preemp Plac

1ordf

vibraccedilatildeotremorpulsantelatejantecomo batidacomo pancada

213912

0111211

11ordfcansativaexaustiva

173

182

2ordfpontadachoquetiro

1060

922

12ordfenjoadasufocante

174

182

3ordf

agulhadaperfurantefacadapunhaladaem lanccedila

65200

71211

13ordf

castiganteatormentaaterrorizantemalditamortal

105000

610010

4ordffinacortanteestraccedilalha

1550

1510

14ordfamedrontadaapavorantecruel

833

425

5ordf

beliscatildeopressatildeomordidacoacutelicaesmagamento

32262

62053

15ordf miseraacutevelenlouquecedora

26

44

6ordffisgadapuxatildeoem torccedilatildeo

4103

466

16ordf

chataque incomodadesgastanteforteinsuportaacutevel

110244

513101

7ordf

calorqueimaccedilatildeoferventeem brasa

7910

51011

17ordf

espalhairradiapenetraatravessa

3073

11141

8ordfformigamentococeiraardorferroada

11162

13111

18ordf

apertaadormecerepuxaespremerasga

511112

321101

9ordf

mal-localizadadoloridamachucadadoiacutedapesada

112313

29243

19ordffriageladacongelante

400

422

10ordf

sensiacutevelesticadaesfolanterachando

41302

3523

20ordf

aborrecidadaacute naacuteuseaagonizantepavorosatorturante

116102

88012

Subctg (subcategoria do Questionaacuterio de Dor McGill) Preemp (preemptivo n = 21) Plac (placebo n = 20)

61

Tabela 8 ndashndash Nuacutemero de pacientes que selecionou cada subcategoria do Questionaacuterio de DorMcGill

Subcat Preemptivo Placebo p Subcat Preemptivo Placebo p

1ordf 18 16 0626 11ordf 20 20 0323

2ordf 16 13 0431 12ordf 21 20 1

3ordf 13 12 0900 13ordf 15 17 0294

4ordf 20 16 0136 14ordf 14 11 0444

5ordf 15 16 0522 15ordf 8 8 0900

6ordf 17 16 0938 16ordf 21 20 1

7ordf 17 17 0730 17ordf 13 17 0095

8ordf 20 16 0136 18ordf 20 17 0269

9ordf 20 20 0323 19ordf 4 8 0140

10ordf 19 13 0048 20ordf 20 19 0971

Teste do divide2 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

62

Tabela 9 ndashndash Descritores do Questionaacuterio de Dor McGill mais frequumlentementeselecionados pelas pacientes

Subcategoria Descritor Preemptivo Placebo p

1ordf latejante 9 (4285) 12 (60) 027

2ordf pontada 10 (4761) 9 (45) 086

3ordf agulhada 6 (2857) 7 (35) 065

4ordf fina 15 (7142) 15 (75) 079

5ordf - - - -

6ordf puxatildeo 10 (4761) 6 (30) 024

7ordf calor

queimaccedilatildeo

7 (3333)

9 (4285)

5 (25)

10 (50)

055

075

8ordf ardor 16 (7619) 11 (55) 015

9ordf dolorida 12 (5714) 9 (45) 043

10ordf esticada 13 (6190) 5 (25) 001 (divide2 = 566)

11ordf cansativa 17 (8095) 18 (90) 041

12ordf enjoada 17 (8095) 18 (90) 041

13ordf castigante

atormenta

10 (4761)

5 (2380)

6 (30)

10 (50)

024

008

14ordf amedrontada 8 (3809) 4 (20) 020

15ordf - - - -

16ordf que incomoda 10 (4761) 13 (65) 026

17ordf espalha

penetra

3 (1428)

7 (3333)

11 (55)

4 (20)

0006 (divide2 = 755)

033

18ordf repuxa 11 (5238) 11 (55) 086

19ordf - - - -

20ordf aborrecida

daacute naacuteusea

11 (5238)

6 (2857)

8 (40)

8 (40)

042

044

Foi considerado como descritor mais frequumlentemente selecionado aquele que assim o fossepor pelo menos 33 das pacientes de cada grupo em cada subcategoria Os valores entreparecircntesis correspondem agrave porcentagem de pacientes do referido grupo que selecionou taldescritorTeste utilizado divide2 p lt 005 aacute = 5Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

63

Tabela 10 ndashndash Iacutendice do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill

Preemptivo Placebo

Categoria Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

Sensorial (NWC-s) 819 plusmn 038 765 plusmn 050 0449

Afetiva (NWC-af) 371 plusmn 025 375 plusmn 020 0958

Avaliativa (NWC-av) 100 plusmn 0 100 plusmn 0 1

Miscelacircnea (NWC-m) 276 plusmn 018 315 plusmn 021 0155

Total (NWC-t) 1561 plusmn 061 1540 plusmn 084 0937SEM ndashndash erro padratildeo da meacutedia s ndashndash sensorial af ndashndash afetiva av ndashndash avaliativa m ndashndash miscelacircnea e t ndashtotalTeste de Mann-Whitney aacute = 5Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

Tabela 11 ndashndash Relaccedilatildeo do Nuacutemero de Palavras Escolhidas nas categorias sensorial (NWC-s) e afetiva (NWC-af) entre os grupos preemptivo e placebo

Categoria Nuacutemero de pacientes que selecionou

Grupo Sensorial Afetiva S gt Af S = Af Af gt S

Preemptivo 819

(819)

371

(7428)

12 4 5

Placebo 765

(7650)

375

(75)

6 8 6

Nas colunas referentes agrave categoria estatildeo expressos os valores da meacutedia do NWC nas categorias sensoriale afetiva e entre parecircntesis os valores em taxas percentuais que foram assim transformados porquantoessas categorias possuem um nuacutemero diferenciado de subcategorias ndashndash a sensorial conteacutem 10subcategorias e a afetiva 5 ndashndash para que assim fosse possiacutevel uma comparaccedilatildeo entre essas categorias oque eacute recomendado por Veilleux e Melzack (1976)S ndashndash categoria sensorial Af ndashndash categoria afetiva Nas uacuteltimas 3 colunas da tabela estatildeo expressos onuacutemero absoluto de pacientes que selecionou proporcionalmente mais uma categoria do que a outraassim como o daqueles que selecionou de forma semelhante as duas categoriasTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0182)Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

64

Sensorial Afetiva Avaliativa Miscelacircnea Total0

5

10

15

20PreemptivoPlacebo

Categoria

NW

C

Graacutefico 12 Representaccedilatildeo da meacutedia do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e emcada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placeboAs colunas indicam o valor da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos em nenhuma das categorias assim como no iacutendicetotalGrupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

65

A tabela 12 apresenta os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do Iacutendice

Quantitativo da Dor (PRI) Total e em cada categoria do MPQ e o graacutefico 13 ilustra tais

valores Natildeo houve de acordo com o Teste de Mann-Whitney diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos no que se refere ao PRI-t todavia ao analisaacute-lo pelo mesmo

teste separadamente em cada categoria houve diferenccedila estatiacutestica significante na categoria

avaliativa (p = 0019) em que o grupo preemptivo apresentou maior valor

Tabela 12ndashndash Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cada categoria doQuestionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placebo

Preemptivo Placebo

Categoria Meacutedia SEM Meacutedia e SEM p

Sensorial (PRIndashs) 1842 plusmn 092 1875 plusmn 145 0896

Afetiva (PRI-af) 5 plusmn 045 540 plusmn 041 0473

Avaliativa (PRI-av) 3 plusmn 028 205 plusmn 022 0019

Miscelacircnea (PRI-m) 628 plusmn 056 657 plusmn 071 1

Total (PRI-t) 3271 plusmn 163 3245 plusmn 208 0906SEM ndashndash erro padratildeo da meacutedia s ndashndash sensorial af ndashndash afetiva av ndashndash avaliativa m ndashndash miscelacircneae t ndashndash totalTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

66

Sensorial Afetiva Avaliativa Miscelacircnea Total0

7

14

21

28

35PreemptivoPlacebo

Categoria

PRI

Graacutefico 13 Representaccedilatildeo da meacutedia do Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placeboAs colunas indicam as meacutedias e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

67

Das 25 pacientes do grupo preemptivo 12 necessitaram de diclofenaco de soacutedio nas

primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico e das 25 do grupo placebo 15 o

utilizaram A anaacutelise estatiacutestica efetuada por meio do teste do divide2 demonstrou natildeo haver

diferenccedila significante entre os dois grupos pois o valor de p foi igual a 0394 (graacutefico 14)

Avaliou-se o uso dessa droga especificamente nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico haja vista que nesse periacuteodo todas as pacientes tinham em seus prontuaacuterios a

mesma prescriccedilatildeo meacutedica ndashndash diclofenaco de soacutedio como medicaccedilatildeo de resgate e dipirona de

6 em 6 h ndashndash o que natildeo ocorreu na segunda prescriccedilatildeo jaacute que ficava a criteacuterio do meacutedico optar

se seria melhor continuar com a mesma prescriccedilatildeo ou mudaacute-la (mas sempre utilizando as

mesmas duas drogas)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25UsouNatildeo usou

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 14 Representaccedilatildeo do consumo de diclofenaco de soacutedio pelas pacientes nas primeiras16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesicoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0394)

68

Daquelas do grupo preemptivo em que foi administrado o diclofenaco de soacutedio nesse

periacuteodo o intervalo meacutedio para tal foi de 48750 plusmn 5344 min e das do grupo placebo 47010

plusmn 4619 min natildeo havendo diferenccedila significante quanto a este tempo (p = 0807) de acordo

com o teste t de Student para amostras natildeo pareadas (graacutefico 15) O menor e maior tempo

para tal administraccedilatildeo foram respectivamente iguais a 224 min e 805 min (grupo

preemptivo) e 25 min e 840 min (grupo placebo)

Preemptivo Placebo0

250

500

750

1000

Tem

po(m

in)

Graacutefico 15 Representaccedilatildeo dos intervalos desde a induccedilatildeo do bloqueioanesteacutesico ateacute a solicitaccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio nas pacientes queassim a fizeram nas primeiras 16 horas apoacutes tal induccedilatildeoA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0807)Grupo preemptivo (n = 12) e grupo placebo (n = 15)

69

Em se tratando do consumo de diclofenaco de soacutedio (graacutefico 16) e de dipirona

(graacutefico 17) desde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar que

ocorreu em todas as pacientes no turno da manhatilde no 2deg dia poacutes-operatoacuterio natildeo houve de

acordo com o teste de Mann-Whitney diferenccedila significante entre os grupos

Preemptivo Placebo0

1

2

3

Ndeg

deve

zes

que

cons

umiu

dicl

ofen

aco

(75

mg)

Graacutefico 16 Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram diclofenacodesde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalarA barra indica o valor da medianaO diclofenaco de soacutedio foi administrado via intra-muscularA alta hospitalar ocorreu no 2deg dia poacutes-operatoacuterio no turno da manhatildeTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0260)

70

Preemptivo Placebo0

1

2

3

4

5

6

7N

degde

veze

squ

eco

nsum

iudi

piro

na(1

g)

Graacutefico 17 Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram dipironadesde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da altahospitalarA barra indica o valor da medianaA alta hospitalar ocorreu no 2deg dia poacutes-operatoacuterio no turno da manhatildeA dipirona foi administrada via intra-venosaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0788)

71

Foi tambeacutem analisada a ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes

em algum momento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio Das 25 pacientes do grupo preemptivo 10

relataram dor nessa regiatildeo e das pacientes do outro grupo um total de 8 relataram a

ocorrecircncia de tal dor Essa diferenccedila natildeo foi estatisticamente significante (p = 0555) segundo

o teste do divide2 (graacutefico 18)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25SimNatildeo

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 18 Ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes em algum momento doperiacuteodo poacutes-operatoacuterio durante a internaccedilatildeo hospitalarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0555)

72

O uso de metoclopramida foi avaliado durante todo o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar Cinco pacientes do grupo preemptivo fizeram uso de tal droga enquanto 8 do

grupo placebo a consumiram natildeo havendo diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p

= 0333) fato verificado pelo teste do divide2 (graacutefico 19)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25UsouNatildeo usou

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 19 Uso de metoclopramida pelas pacientes durante o periacuteodo de internaccedilatildeohospitalarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0333)

73

Os 2 graacuteficos seguintes estatildeo relacionados ao questionaacuterio que foi aplicado no

momento da alta hospitalar Devido ao fato de o mesmo ter sido elaborado no decorrer da

coleta de dados natildeo foi aplicado em toda a amostra restringindo-se a 19 pacientes do grupo

preemptivo e a 17 do placebo Em relaccedilatildeo agrave aplicaccedilatildeo da TENS no grupo preemptivo

2631 das pacientes disseram que esta natildeo incomodou 5789 que a mesma incomodou

um pouco e 1578 que incomodou razoavelmente No grupo placebo 8824 relataram que

natildeo incomodou e 1176 que incomodou um pouco (graacutefico 20) Logo houve diferenccedila

estatiacutestica significante entre os grupos de acordo com o teste do divide2 (p = 00008) No grupo

preemptivo 9473 das pacientes relataram que em uma proacutexima cirurgia iriam preferir

usar a TENS e os medicamentos analgeacutesicos para o tratamento de suas dores enquanto

apenas 526 fizeram a assertiva de que gostariam de usar apenas a TENS Das do outro

grupo 7647 gostariam de usar os dois recursos e 2352 apenas os medicamentos (graacutefico

21) fato que natildeo evidencia segundo o teste do divide2 (p = 0057) diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos

Preemptivo Placebo0

5

10

15Natildeo incomodouIncomodou um poucoIncomodou razoavelmenteIncomodou muito

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 20 A aplicaccedilatildeo da TENSTeste do divide2 aacute = 5Houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p = 00008)Grupo preemptivo (n = 19) e grupo placebo (n = 17)

74

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20Somente a TENSSomente os medicamentosA TENS e os medicamentos

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 21 Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dor poacutes-operatoacuteria usarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos(p = 0057)Grupo preemptivo (n = 19) e grupo placebo (n = 17)

75

DISCUSSAtildeO

76

5 DISCUSSAtildeO

51 Dados Demograacuteficos e Cliacutenicos

A relevacircncia da homogeneidade entre os grupos dos dados referentes agrave idade

contidos na tabela 1 consiste em evitar a possibilidade de a diferenccedila de idade ter

influenciado ndashndash dada a divergecircncia de opiniotildees entre diversos autores ndashndash no relato da

experiecircncia dolorosa pelas pacientes Para Wilkieson et al (1993) a intensidade de dor

obtida a partir do uso de escalas unidimensionais aumenta com o avanccedilar da idade para

Turk Okifuji e Scharff (1995) diminui e para Gagliesi e Melzack (2003) e Sorkin et al

(1990) natildeo sofre influecircncia Em se tratando do MPQ Benbow Cossins e Wiles (1996)

verificaram que os iacutendices obtidos a partir desse questionaacuterio eram menores em idosos do que

em jovens entretanto Lichtenberg Swensen e Skehan (1986) natildeo observaram tal diferenccedila

Gagliesi e Melzack (1997) sugerem que as diferenccedilas observadas com a idade podem ser

dependentes do tipo de escala utilizada e o fato de a maioria das escalas terem sido validadas

em amostras de pacientes jovens pode tambeacutem influenciar

Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos quanto ao IMC poreacutem trecircs

pacientes do grupo preemptivo pertenciam agrave categoria de obesidade grau I e duas obesidade

grau II dados contidos na tabela 2 Como em pacientes obesos haacute maior impedacircncia para a

passagem da corrente eleacutetrica dada a maior espessura da camada de gordura ndashndash que tem

menor conteuacutedo de aacutegua ndashndash isso poderia talvez influenciar no efeito da TENS (STARKEY

2001)

A semelhanccedila quanto ao niacutevel de escolaridade dos grupos presente na tabela 3 eacute

relevante pois marcantes diferenccedilas poderiam influenciar na compreensatildeo das escalas e

questionaacuterios utilizados

77

Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante quanto ao diagnoacutestico cliacutenico das

pacientes como pocircde ser observado na tabela 4 A relevacircncia desse dado reside no proacuteprio

conceito de dor que foi elaborado pelo comitecirc de taxonomia da International Association for

the Study of Pain (IASP ndashndash Associaccedilatildeo Internacional para o Estudo da Dor) em 1986 que a

define como ldquoexperiecircncia sensorial e emocional desagradaacutevel associada ou descrita em termos

de lesatildeo tecidual real ou potencialrdquo Caso houvesse diferenccedila quanto ao diagnoacutestico isso

poderia influenciar talvez no relato de dor das pacientes dada suas diferentes experiecircncias

preacutevias e desiguais periacuteodos em que vinham sofrendo devido agrave dor (BISSCHOP G

BISSCHOP Eacute COMMANDREacute 2001 KONRAD CORDEIRO COELI 2001 PIMENTA

TEIXEIRA 1997 p 1 SPOacuteSITO 1993)

Seguindo a mesma linha de raciociacutenio eacute que se deu destaque ao tempo em que as

pacientes relataram estar sentindo dor em decorrecircncia da doenccedila da vesiacutecula biliar ndashndash

ilustrado no graacutefico 5 O fato de uma paciente vg estar se queixando de dor haacute mais de 2

anos e uma outra nunca ter tido tal queixa poderia influenciar na percepccedilatildeo da dor todavia a

anaacutelise estatiacutestica possibilitou a verificaccedilatildeo de uma amostra homogecircnea em relaccedilatildeo a esse

tempo

Diferenccedilas significantes no escore do estado fiacutesico determinado pela ASA podem

influenciar na percepccedilatildeo da dor vg pela presenccedila de doenccedilas associadas que natildeo estejam

sob controle Logo o estabelecimento como criteacuterio de inclusatildeo de pacientes que

pertencessem somente aos iacutendices I e II associado agrave ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos minimizou a possibilidade de influecircncia na percepccedilatildeo dolorosa

(graacutefico 6)

Em se tratando do preacutevio uso de analgeacutesicos para o tratamento da dor decorrente da

doenccedila da vesiacutecula ou de outras doenccedilas crocircnicas como pocircde ser observado no graacutefico 7 a

ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica significante mostrou ser homogecircnea a amostra quanto ao uso

78

desse tipo de droga e a anaacutelise sobre o tempo em que as pacientes se queixavam de dor

tambeacutem natildeo mostrou diferenccedila significante (graacutefico 5) o que diminui a possibilidade de as

pacientes terem vivenciado grandes diferenccedilas em relaccedilatildeo agraves suas experiecircncias dolorosas

Tambeacutem natildeo houve diferenccedila significante quanto ao periacuteodo desde o teacutermino da

aplicaccedilatildeo da TENS ateacute a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico dados contidos no graacutefico 8 A

atenccedilatildeo despendida a esse tempo foi dada em virtude da preocupaccedilatildeo de poder haver grande

diferenccedila no tempo entre as aplicaccedilotildees da TENS o que poderia influenciar na concentraccedilatildeo

de opioacuteides endoacutegenos nos momentos de averiguaccedilatildeo da intensidade de dor sendo um

consideraacutevel vieacutes

O fato de as cirurgias terem duraccedilatildeo semelhante (graacutefico 9) e natildeo ter havido

complicaccedilatildeo em nenhum procedimento pode estar eliminando a possibilidade de estas

intercorrecircncias influenciarem na transduccedilatildeo do estiacutemulo doloroso ndashndash e consequumlentemente nas

outras etapas da dor ndashndash dado o maior tempo de manipulaccedilatildeo da aacuterea ciruacutergica

79

52 Anaacutelise da Dor pela Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

De acordo com Pimenta Cruz e Santos (1998) os instrumentos para mensuraccedilatildeo da

dor podem ser de dois tipos unidimensionais que consideram apenas uma uacutenica dimensatildeo da

dor e multidimensionais que a mensuram considerando duas ou mais dimensotildees

Para Buxton (2001) Pereira e Sousa (1998) Pimenta Cruz e Santos (1998) e Vetter

e Heiner (1996) essa escala eacute uma das mais utilizadas em pesquisas cliacutenicas e na praacutetica

meacutedica diaacuteria tanto pela praticidade de manuseio quanto pela facilidade de compreensatildeo por

parte do paciente podendo ser utilizada vaacuterias vezes ao dia Moiniche Kehlet e Dahl (2002) e

Ong et al (2005) em seus artigos de revisatildeo sobre analgesia preemptiva a indicam como o

instrumento mais frequumlentemente empregado para a mensuraccedilatildeo da intensidade de dor

(CAMERON 1999 GRIEVE 1986 HAMZA et al 1999 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO

BRASIL 2001 PIMENTA CRUZ SANTOS 1998 PIMENTA TEIXEIRA 1997

ROBINSON 2001)

Segundo Huskisson (1983) escalas que aumentam os valores da esquerda para a

direita se comportam de forma similar agraves que o fazem ao contraacuterio o que justifica o uso da

escala da figura 4 A escolha dessa escala ao inveacutes da analoacutegica visual (VAS) deu-se por

exigir menor abstraccedilatildeo por parte das pacientes sendo mais faacutecil de ser compreendida uma

vez que Gagliesi e Melzack (1997) observaram que cerca de 30 dos pacientes idosos natildeo

conseguem compreender a VAS Para Ketovuori e Poumlntinen (1981) muitos pacientes satildeo

incapazes de imaginar a sua dor como um ponto em uma linha reta

O grupo preemptivo apresentou meacutedia de intensidade de dor incisional mais baixa

que o placebo ndashndash agrave exceccedilatildeo da primeira observaccedilatildeo ndashndash sendo essa diferenccedila estatisticamente

significante nas terceira (ENDc) e quarta (ENDd) verificaccedilotildees que se procederam

respectivamente 4frac12 h e 5frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico e cujos valores de p

80

foram iguais a 0042 e 0029 Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos na primeira

(ENDa) segunda (ENDb) quinta (ENDe) sexta (ENDf) seacutetima (ENDg) e oitava (ENDh)

averiguaccedilotildees que corresponderam a 2frac12 h 3frac12 h 7 h 8 h e 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico e momento da alta hospitalar respectivamente Nessas coletas os valores de p

foram respectivamente iguais a 0756 0171 0068 0135 0497 e 0145 Todos esses dados

estatildeo contidos na tabela 5

Nas 2 primeiras averiguaccedilotildees da intensidade de dor pela END verificou-se

pequenos niacuteveis aacutelgicos em ambos os grupos fato que ocorreu devido agrave accedilatildeo das drogas

anesteacutesicas ndashndash cloridrato de bupivacaiacutena (05) e fentanil (2 ml) ndashndash utilizadas para a

realizaccedilatildeo dos procedimentos ciruacutergicos e que quando associadas proporcionam

potencializaccedilatildeo do efeito analgeacutesico no poacutes-operatoacuterio De acordo com Dierking et al (1992)

Pontes e Prado (2002) e Prado e Oliveira (2000) o bloqueio anesteacutesico ocasiona depleccedilatildeo da

sensaccedilatildeo dolorosa o que justifica esses diminutos niacuteveis aacutelgicos nessas coletas

A conjunccedilatildeo do anesteacutesico ao opioacuteide eacute recomendada por Castillo [1999] que

observou por meio da VAS menores iacutendices de dor nos pacientes que fizeram uso conjugado

dessas duas drogas em comparaccedilatildeo agravequeles em que somente fora administrado o cloridrato de

bupivacaiacutena Aleacutem da diminuiccedilatildeo do quadro aacutelgico a sua associaccedilatildeo possibilita menor

administraccedilatildeo de anesteacutesicos melhor qualidade anesteacutesica no intra-operatoacuterio e reduccedilatildeo da

necessidade do uso de faacutermacos analgeacutesicos no periacuteodo poacutes-operatoacuterio

Agrave medida que houve um distanciamento em relaccedilatildeo ao horaacuterio da induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico as drogas utilizadas para a realizaccedilatildeo do ato ciruacutergico comeccedilaram a

diminuir seu poder de accedilatildeo O cloridrato de bupivacaiacutena ndashndash anesteacutesico ndashndash tem uma meia-vida

de aproximadamente 3 horas e o seu efeito perdura por cerca de 4 a 5 h (RANG DALE

1993)

81

Assim o cloridrato de bupivacaiacutena em associaccedilatildeo ao fentanil contribuiu para que

natildeo houvesse diferenccedila significante entre os niacuteveis de dor incisional nas 2 primeiras coletas o

que estaacute em concordacircncia com outra pesquisa jaacute realizada pelo nosso grupo em

colecistectomias por laparotomia em que Santos et al (2004) com a mesma padronizaccedilatildeo de

drogas e horaacuterios de averiguaccedilatildeo dos niacuteveis de dor natildeo observaram tal diferenccedila nesses

momentos entre os grupos experimental ndashndash que fazia uso da TENS de alta e baixa

frequumlecircncias somente no poacutes-operatoacuterio ndashndash e placebo

Isso estaacute em concordacircncia tambeacutem com Ke et al (1998) que nas primeiras 4 h apoacutes

a realizaccedilatildeo de laparotomias natildeo verificaram diferenccedila significante nos niacuteveis aacutelgicos entre os

grupos de pacientes que foram utilizados para a anaacutelise do efeito analgeacutesico preemptivo do

cloridrato de bupivacaiacutena quando aplicado pelo meacutetodo de infiltraccedilatildeo incisional

A meacutedia de intensidade de dor do grupo preemptivo foi a partir da ENDb inferior agrave

do placebo Tal fato pode ter ocorrido devido agrave preacutevia aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia que pode ter estimulado a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos potencializando a

analgesia no periacuteodo poacutes-operatoacuterio ao ativar o sistema descendente de controle da dor O

fato de isso natildeo ter ocorrido na primeira investigaccedilatildeo deve ser atribuiacutedo agrave accedilatildeo das drogas

anesteacutesicas ndashndash como jaacute citado anteriormente Ademais ao analisar a diferenccedila estatiacutestica entre

os dois grupos nessa coleta percebe-se que esse foi o momento em que houve a menor

diferenccedila estatiacutestica pois o valor de p foi igual a 0756 e as meacutedias de 084 plusmn 034 e 072 plusmn

029 nos grupos preemptivo e placebo respectivamente

Quando ocorreu a transiccedilatildeo entre a segunda (ENDb) e terceira (ENDc) verificaccedilotildees

o efeito do cloridrato de bupivacaiacutena possivelmente jaacute estava cessando o que explicou o

aumento mais acentuado do niacutevel de dor no grupo placebo jaacute que provavelmente somente o

fentanil estava agindo contudo essa grande elevaccedilatildeo natildeo foi observada no grupo preemptivo

o que permite a assertiva de que tenha havido talvez uma potencializaccedilatildeo do efeito

82

analgeacutesico pela associaccedilatildeo do fentanil agrave TENS de baixa frequumlecircncia ndashndash que estimula a

liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos tanto em niacutevel espinhal quanto supra-espinhal ndashndash

aumentando assim ainda mais as concentraccedilotildees de opioacuteides As terceira (ENDc) e quarta

(ENDd) verificaccedilotildees foram justamente os momentos em que houve diferenccedila estatiacutestica

significante entre os dois grupos pois as meacutedias de intensidade de dor foram respectivamente

iguais a 202 plusmn 053 e 278 plusmn 056 no grupo preemptivo e 384 plusmn 066 e 48 plusmn 067 no

placebo sendo os valores de p iguais a 0042 e 0029 respectivamente

A quinta verificaccedilatildeo (ENDe) foi o momento em que embora natildeo tenha havido

diferenccedila estatiacutestica significante os valores se aproximaram bastante de tal possibilidade

visto que o valor de p lt 01 A relevacircncia desse momento consiste em ser o ponto a partir do

qual a diferenccedila entre os niacuteveis de dor dos grupos diminui progressivamente ateacute a seacutetima

observaccedilatildeo (ENDg) Isso incita a assertiva de que o efeito da TENS aplicada como meacutetodo

analgeacutesico preemptivo possivelmente seria mais evidente nas primeiras horas apoacutes o

bloqueio anesteacutesico e seria interessante realizar aplicaccedilotildees da TENS tambeacutem no periacuteodo

poacutes-operatoacuterio para a obtenccedilatildeo de um melhor efeito analgeacutesico tendo como base os dados

da pesquisa de Santos et al (2004) Alguns autores sugerem que o efeito da TENS poder-se-

ia estender por 2 a 6 h dependendo das atividades de vida diaacuteria posturas e niacuteveis de dor

contudo outros relatam um efeito ainda mais duradouro (CREacutePON 1996 DAMIANE C

DAMIANE G 1998 SALGADO 1999)

Esses achados estatildeo em concordacircncia com a maioria dos estudos os quais revelam

que a analgesia preemptiva ocorreria nas 6 primeiras horas poacutes-ciruacutergicas apesar de algumas

pesquisas sugerirem que ela promoveria um longo tempo de analgesia que poderia perdurar

por ateacute 7 a 10 dias poacutes-operatoacuterios (BRIDENBAUGH 1994 ROSAEG et al 2001)

83

O niacutevel aacutelgico mais elevado do grupo placebo ocorreu na sexta (ENDf) investigaccedilatildeo

com meacutedia igual a 488 plusmn 066 Jaacute no grupo preemptivo o maior iacutendice de dor foi observado

na seacutetima verificaccedilatildeo (ENDg) cuja meacutedia foi igual a 356 plusmn 061 Esses dados sugerem que a

TENS possa talvez ter aumentando o periacuteodo de latecircncia da dor

Apoacutes o efeito das drogas anesteacutesicas em ambos os grupos a menor meacutedia de

intensidade de dor ocorreu na uacuteltima coleta (ENDh) sendo de 096 plusmn 033 para o preemptivo

e 176 plusmn 042 para o placebo Isso demonstra que ao passo em que o processo inflamatoacuterio

decorrente do trauma ciruacutergico vai diminuindo haacute consequumlentemente reduccedilatildeo dos niacuteveis

aacutelgicos e que os maiores niacuteveis de dor do grupo placebo em relaccedilatildeo ao preemptivo podem ter

sido responsaacuteveis por promoverem maior memorizaccedilatildeo da dor contribuindo assim para que

mesmo 2 dias apoacutes a operaccedilatildeo as pacientes do grupo placebo ainda exibissem um maior

quadro aacutelgico embora natildeo diferente sob o ponto de vista estatiacutestico Logo a eletroanalgesia

preemptiva pode tambeacutem estar influenciando na qualidade de remissatildeo da dor

Ao conjuminar esses dados podemos inferir que o grupo preemptivo em todos os

momentos de anaacutelise da intensidade de dor apresentou niacuteveis leves ao passo que o placebo

chegou a atingir niacuteveis moderados em 3 verificaccedilotildees (ENDd ENDe ENDf) Isso demonstra

que as pacientes do grupo placebo natildeo obtiveram analgesia tatildeo satisfatoacuteria quanto as do outro

grupo Eacute importante ressaltar que a colecistectomia por laparotomia gera um niacutevel de dor

severo no poacutes-operatoacuterio e que esse soacute natildeo deve ter sido atingido em nenhum dos grupos

porque a dipirona ndashndash antiinflamatoacuterio natildeo-esteroidal ndashndash estava sendo administrada de 6 em 6

horas

No graacutefico 10 eacute possiacutevel perceber que houve no grupo preemptivo uma ascensatildeo

do niacutevel de dor menos iacutengreme que a do placebo nas primeiras coletas Esse achado parece

estar em concordacircncia com a proposta de Melo e Santana Filho (2003) de aplicar a TENS em

periacuteodo preacute-operatoacuterio para minimizar os picos aacutelgicos no poacutes-operatoacuterio de hernioplastias

84

inguinais pois apesar de eles terem obtido satisfatoacuteria analgesia com o seu uso no poacutes-

operatoacuterio verificaram que havia picos dolorosos assim que ocorria o teacutermino do efeito

anesteacutesico e que os mesmos poderiam talvez serem atenuados com a aplicaccedilatildeo da TENS

antes do ato ciruacutergico

Essa atenuaccedilatildeo do pico aacutelgico obtida com a aplicaccedilatildeo da TENS jaacute no periacuteodo preacute-

operatoacuterio pode ser realmente observada ao confrontamos os nossos resultados com os de

Santos et al (2004) ndashndash trabalho jaacute citado anteriormente ndashndash tendo em vista que percebemos

que nas quinta e sexta coletas as meacutedias de intensidade de dor do grupo preemptivo

[pertencente ao nosso trabalho] foram inferiores agraves do experimental [pertencente agrave pesquisa

de Santos et al (2004)] que tiveram valores de 379 plusmn 284 e 370 plusmn 329 respectivamente o

que pode ter decorrido do fato de a TENS ter promovido um efeito anti-nociceptivo Mariano

e Ben (1998) obtiveram resultados satisfatoacuterios tambeacutem com a aplicaccedilatildeo da TENS no poacutes-

operatoacuterio de colecistectomias no entanto natildeo podemos comparar diretamente os resultados

devido agraves diferenccedilas de meacutetodos empregados

Natildeo estatildeo expressas na literatura pesquisada publicaccedilotildees sobre analgesia

preemptiva induzida pela TENS em humanos apenas trabalhos com a utilizaccedilatildeo de drogas e

eletroacupuntura com esse propoacutesito e que tiveram iniacutecio principalmente a partir da deacutecada

passada Dessa forma a nossa discussatildeo seraacute sempre cotejada agraves pesquisas envolvendo esses

dois recursos de forma preemptiva tal como trabalhos que empregaram a TENS no poacutes-

operatoacuterio

Apenas um trabalho realizado por Javier et al (1999) sobre o uso da TENS como

recurso analgeacutesico preemptivo foi encontrado na literatura pesquisada entretanto foi

procedido em ratos Eles observaram que a TENS mormente em sua modalidade de baixa

frequumlecircncia proporcionou efeito anti-nociceptivo em procedimentos ciruacutergicos realizados

nesses animais o que corrobora nossos achados Mesmo sendo aplicados a espeacutecies

85

diferentes o trabalho de Javier et al (1999) e o nosso estatildeo em concordacircncia pois ambos

obtiveram analgesia preemptiva com a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia

Muito embora tenha sido empregado meacutetodo diferenciado analgesia preemptiva

tambeacutem foi obtida por Kotani et al (2001) com o uso da eletroacupuntura antes de cirurgias

abdominais altas e baixas sendo verificados pela VAS menores niacuteveis de dor nos pacientes

em que foi aplicada a eletroestimulaccedilatildeo em relaccedilatildeo aos do grupo controle ndashndash natildeo submetidos

agrave corrente eleacutetrica

A grande importacircncia em confrontar os resultados da nossa pesquisa com os de

Kotani et al (2001) baseia-se no similar mecanismo de accedilatildeo da eletroacupuntura e da TENS

de baixa frequumlecircncia que se daria pelo aumento dos niacuteveis de opioacuteides endoacutegenos que agiriam

ambos em receptores micro-opioacuteides (CHEN HAN 1992 HAN et al 1986) Contudo Zhou e

Xi (1986) observaram em coelhos que a naloxona antagonizou parcialmente o efeito da

eletroacupuntura mas natildeo o da TENS de baixa frequumlecircncia

A administraccedilatildeo de faacutermacos analgeacutesicos em periacuteodo preacute-operatoacuterio proporcionou

bons resultados na diminuiccedilatildeo do quadro aacutelgico em algumas pesquisas vg Pontes e Prado

(2002) analisando o uso do cetoprofeno antes da realizaccedilatildeo de incisotildees plantares em ratos

verificaram satisfatoacuterio efeito anti-nociceptivo dessa droga Ke et al (1998) observaram ndashndash

em laparotomias ndashndash menor iacutendice de dor (mensurado pelo MPQ) no grupo de pacientes em

que a bupivacaiacutena fora administrada antes da cirurgia quando comparado ao dos outros dois

grupos pacientes em que ela foi administrada apoacutes a cirurgia e aqueles que receberam apenas

soluccedilatildeo salina Diversos outros autores tambeacutem relatam sobre os bons resultados obtidos com

a analgesia preemptiva (AIDA et al 1999 GOTTSCHALK OCHROCH 2003 KE

PORTERA LINCOLN 1998 LEE I-H LEE I-O 2005 WALL 1988) Na revisatildeo

sistemaacutetica de Ong et al (2005) analisando 66 artigos a analgesia peridural com opioacuteides

destacou-se por ser a teacutecnica mais eficiente para promover analgesia preemptiva conclusatildeo

86

tambeacutem obtida por Moiniche Kehlet e Dahl (2002)

Na literatura existem pesquisas principalmente com a utilizaccedilatildeo de faacutermacos em

que natildeo se obteve analgesia preemptiva Pontes e Prado (2002) eg natildeo promoveram

analgesia preemptiva com o uso de dipirona morfina e diclofenaco antes da realizaccedilatildeo de

incisotildees plantares em ratos e de acordo com esses autores em outra pesquisa a infiltraccedilatildeo

preacute-ciruacutergica de anesteacutesico local natildeo exerceu influecircncia nos niacuteveis aacutelgicos nem de pacientes

submetidos a colecistectomias nem herniorrafias Assim como esses muitos outros estudos

tambeacutem obtiveram resultados negativos e naqueles em que foi observada analgesia

preemptiva a mesma ocorreu em pequena magnitude (KISSIN 1994 2000 2002

MAESTRONI et al 2002 ONG et al 2005 SINATRA 2002 WOOLF CHONG 1993)

Entretanto os bons resultados jaacute obtidos tanto cliacutenicos quanto experimentais satildeo

provavelmente suficientes para indicar que a analgesia preemptiva eacute um fenocircmeno vaacutelido e

que um maior efeito poderaacute ser obtido com o desenvolvimento de novas e mais especiacuteficas

teacutecnicas (KISSIN 2000 2002)

As pesquisas tecircm restringido o uso da TENS em humanos apenas ao periacuteodo poacutes-

ciruacutergico Os resultados na sua grande maioria tecircm demonstrado gratificante aliacutevio do

quadro aacutelgico sobretudo naqueles procedimentos em que a dor gerada tem intensidade de

leve a moderada

Guerra et al (2003) verificaram menores niacuteveis aacutelgicos por meio da END nos

pacientes que foram submetidos agrave aplicaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia

inguinal em relaccedilatildeo aos que natildeo o foram assim como Chiu et al (1999) em

hemorroidectomias Chen et al (1998) em histerectomia abdominal total e miomectomia

Carrol et al (1996) em 786 pacientes submetidos a diversos procedimentos ciruacutergicos Castro

e Carlos (1986) em laparotomias com 22 de reduccedilatildeo da queixa de dor sendo os melhores

resultados obtidos nas histerectomias e os piores nas gastrectomias o que pode ser atribuiacutedo

87

talvez ao fato de a gastrectomia ser um procedimento ciruacutergico abdominal alto e ocasionar

entatildeo maiores niacuteveis de dor

Os nossos resultados natildeo podem ser diretamente confrontados aos dessas pesquisas

tendo em vista o grande nuacutemero de variaacuteveis existentes destacando-se o diferente modelo de

dor que cada procedimento ciruacutergico ocasiona e o fato de a TENS ter sido empregada sempre

apoacutes as cirurgias O que se pode e deve ser discutido eacute que talvez os resultados das pesquisas

em que a TENS foi bem sucedida como recurso analgeacutesico pudessem ser ainda melhores caso

a tivessem empregado tambeacutem antes das cirurgias e os das que natildeo obtiveram sucesso com a

TENS pudessem ter tido com essa preacutevia aplicaccedilatildeo pois as respostas analgeacutesicas poderiam

ser potencializadas

A maior concentraccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos apoacutes a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia eacute relatada por diversos autores (JOHNSON ASHTON THOMPSOM 1991

MERKEL GUSTEIN MALVIYA 1999 SLUKA WALSH 2003 THOMSON SKINNER

PIERCY 1994 TOYOTA STATAKE AMAKI 1999) Eriksson Sjolund e Neilzen (1979)

e Salar Job e Mingrino (1981) demonstraram um aumento da concentraccedilatildeo de opioacuteides no

liquor lombar apoacutes a TENS De acordo com Starkey (2001) essa modalidade de corrente

eleacutetrica estimularia a glacircndula hipoacutefise a liberar ACTH e acirc-lipotropina (moleacutecula precursora

da acirc-endorfina) na corrente sanguumliacutenea Crielaard et al ([sd] apud TRIBIOLI 2003)

observaram amento de 22 da taxa de acirc-endorfina apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia com intensidade elevada a ponto de produzir contraccedilatildeo muscular ritmada na

regiatildeo lombar de pacientes Entretanto OacuteBrien et al (1984 apud TRIBIOLI 2003) natildeo

verificaram incremento dos niacuteveis de acirc-endorfina no sangue apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS ndashndash tanto

de baixa frequumlecircncia (2 Hz) quanto de alta (80 Hz)

88

Chandran e Sluka (2003) observaram assim como Chen e Han (1992) Kalra Urban

e Sluka (2001) King e Sluka (2001) Sluka et al (1999) e Sluka et al (2000) que a TENS de

baixa frequumlecircncia estimulava a liberaccedilatildeo de opioacuteides que agiam sobre os receptores micro

localizados tanto em niacutevel espinhal (micro2) quanto supra-espinhal (micro1) fato ratificado por Han

et al (1991) que observaram que a endomorfina-1 ligante opiacuteoacuteide para os receptores micro-

opioacuteides mediava o efeito dessa modalidade de TENS Em alguns desses estudos concluiu-

se que a accedilatildeo da TENS se dava sobre esse tipo de receptor ao conseguir inibir o seu efeito

pela preacutevia administraccedilatildeo de baixas doses de naloxona ndashndash antagonista desses receptores

Hansson et al (1986) Lundeberg Bondesson e Lundstron (1985) e Olausson et al (1986)

verificaram que a TENS de baixa frequumlecircncia natildeo foi eficiente na reduccedilatildeo da dor nos pacientes

em que foi previamente administrada a naloxona

Apesar de a maioria dos autores apontar a accedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia como

sendo sobre os receptores micro-opioacuteides Chen e Han (1992) observaram que ela tambeacutem agiria

sobre os receptores auml-opioacuteides Outros autores como Han et al (1991) e Hughes et al

(1984) tambeacutem relataram sobre um aumento da concentraccedilatildeo de acirc-endorfina na circulaccedilatildeo

sanguumliacutenea de indiviacuteduos saudaacuteveis apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de baixa ou alta frequumlecircncias e

no liquor lombar concentraccedilotildees elevadas de metionina-encefalina (agonista auml-opioacuteide) e

dinorfina A (agonista ecirc-opioacuteide) apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de alta e baixa frequumlecircncia

respectivamente Para Basford (1994) seria mais evidente a liberaccedilatildeo de opioacuteides com a

aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia

Algumas controveacutersias quanto ao uso da TENS ainda persistem a) se haveria

liberaccedilatildeo de outras substacircncias capazes de modular a dor b) se sujeitos com e sem dor

diferem na resposta agrave estimulaccedilatildeo c) e caso sejam liberados neurotransmissores para a

modulaccedilatildeo da dor quais seriam os paracircmetros de estimulaccedilatildeo mais efetivos para tal

(BASFORD 1994)

89

A eletroanalgesia preemptiva pode ter sido obtida nessa pesquisa por meio da

inibiccedilatildeo pela TENS da hipersensibilidade central o que estaacute em concordacircncia com a

assertiva de King e Sluka (2001) e Sluka (2000) de que a TENS de baixa frequumlecircncia reduz

significantemente a hiperalgesia secundaacuteria poreacutem natildeo tem efeito sobre a primaacuteria

90

53 Anaacutelise da Satisfaccedilatildeo das Pacientes com o Tratamento

No grupo preemptivo a meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que

estava sendo realizado obtida a partir dos dados coletados com o uso da Escala de Satisfaccedilatildeo

do Paciente (ESP) foi sempre superior agrave do placebo em todos os momentos de coleta

entretanto natildeo houve em nenhuma das verificaccedilotildees diferenccedila estatiacutestica significante entre os

grupos como pocircde ser evidenciado na tabela 6 O intuito de aplicar tal escala foi tentar

observar se haveria um grau de satisfaccedilatildeo significantemente mais elevado no grupo

preemptivo em relaccedilatildeo ao placebo tendo em vista o papel da dor como fator de grande

influecircncia na qualidade do tratamento poacutes-operatoacuterio Poreacutem isso natildeo ocorreu nem na ESPd

verificaccedilatildeo que coincidia com o horaacuterio da ENDd em que houve niacutevel de dor

significantemente menor no grupo preemptivo

Rosaeg et al (2001) relatam sobre a ausecircncia de correlaccedilatildeo entre a analgesia

preemptiva e o grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes Isso ocorreria porquanto diversos fatores

aleacutem da dor poacutes-operatoacuteria contribuem para determinar o grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes

Nos dois grupos os niacuteveis de satisfaccedilatildeo sempre se mostraram bastante elevados Levando-se

em consideraccedilatildeo que todas as pacientes que participaram da presente pesquisa foram

assistidas pelo SUS e que comumente ndashndash ateacute por fatores culturais ndashndash estatildeo mais habituadas a

um ldquofriordquo relacionamento profissional de sauacutede-paciente esse alto grau de satisfaccedilatildeo talvez

possa ter sido atribuiacutedo agrave intensa assistecircncia dada aos dois grupos decircs o periacuteodo preacute-ciruacutergico

em que foram fornecidas informaccedilotildees a respeito da cirurgia que seria realizada da dor

incisional ndashndash e porventura visceral ndashndash do tratamento proposto dos meacutetodos de mensuraccedilatildeo

da dor bem assim orientaccedilotildees para que as mesmas evitassem falar apoacutes a cirurgia porque natildeo

se acumulassem gases ateacute o momento da alta hospitalar com os questionamentos sobre os

niacuteveis aacutelgicos Aleacutem disso as pacientes podem ter se sentido constrangidas ou terem

91

apresentado receio em relatar sobre a sua real satisfaccedilatildeo podendo supor que isso viria a

influenciar nos cuidados que a equipe meacutedica estaria despendendo para as mesmas

(BARROS 2001 JACHUCK 1982)

Caso tivesse sido realizada a coleta da ESP em todos os horaacuterios da END talvez fosse

possiacutevel observar diferenccedila significante entre os grupos em algum momento Entanto

preferiu-se realizar 5 averiguaccedilotildees da ESP aos inveacutes de 8 com o intuito de natildeo somente

abordar as pacientes um menor nuacutemero de vezes perturbando-as dessa forma um pouco

menos como tambeacutem minimizar a possibilidade de elas confundirem as duas escalas logo

que ambas satildeo constituiacutedas de nuacutemeros embora uma seja aplicada por meio de uma reacutegua e a

outra de forma verbal o que em princiacutepio diminuiria a possibilidade de confusatildeo

Em ambos os grupos a coleta em que houve a maior meacutedia de satisfaccedilatildeo com o

tratamento foi a uacuteltima sendo os valores nos grupos preemptivo e placebo respectivamente

de 992 plusmn 005 e 933 plusmn 035 Esses dados ao serem confrontados com os da END nesse

horaacuterio de coleta mostram que o maior grau de satisfaccedilatildeo apoacutes o pico aacutelgico deu-se

justamente no momento em que as pacientes estavam sentido uma menor intensidade de dor

Diferentemente dos nossos achados o uso da TENS no poacutes-operatoacuterio de

hernioplastia inguinal promoveu meacutedias de satisfaccedilatildeo com o tratamento ndashndash tambeacutem

mensurada pela ESP ndashndash significantemente superiores agraves do grupo placebo (MELO

SANTANA FILHO 2003)

Em pesquisa realizada por Hamza et al (1999) em cirurgias abdominais baixas

observou-se tambeacutem maior satisfaccedilatildeo por parte dos pacientes que usaram a TENS de baixa

frequumlecircncia no poacutes-operatoacuterio visto que 76 desses pacientes apresentaram alto grau de

satisfaccedilatildeo com o emprego de tal aparato para o controle da dor poacutes-ciruacutergica enquanto apenas

24 dos pacientes do grupo placebo apresentaram tal grau de satisfaccedilatildeo

92

54 Anaacutelise da Dor pelo Questionaacuterio de Dor McGill

A linguagem da dor repetidamente enfatizada por Merskey (1980) fornece

relevantes indiacutecios sobre o sofrimento e a dor das pessoas Melzack (1975) desenvolveu um

meacutetodo sistemaacutetico que incorporou descritores verbais para a expressatildeo da dor o MPQ que

se tornou o instrumento de pesquisa mais empregado no mundo para a mensuraccedilatildeo das

propriedades multidimensionais da dor abordando os componentes sensoriais afetivos e de

intensidade segundo Fernandez e Boyle (2001) e Fernandez e Towery (1996)

O MPQ adaptado foi utilizado apenas uma vez ndashndash 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico ndashndash no primeiro dia poacutes-operatoacuterio A opccedilatildeo por tal horaacuterio deu-se a partir da

experiecircncia obtida no estudo piloto em que o mesmo era administrado 7 h apoacutes a induccedilatildeo do

bloqueio A dificuldade para conseguir a atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo das pacientes condiccedilotildees

essenciais para responder de forma adequada ao mesmo foi muito grande fato que pode ser

atribuiacutedo ao relato de cansaccedilo por parte das pacientes porquanto as mesmas eram submetidas

ao procedimento ciruacutergico em torno das 1600 e assim o MPQ no estudo piloto era aplicado

aproximadamente agraves 2300 momento em que elas normalmente estavam dormindo ou entatildeo

tentando dormir mas relatando grande desconforto que pocircde ser observado natildeo apenas por

meio de avaliaccedilatildeo cliacutenica durante a coleta de dados como tambeacutem pelos niacuteveis aacutelgicos nesse

periacuteodo mensurados pela END e contidos na tabela 5

Apesar de alguns pesquisadores utilizarem o MPQ para a mensuraccedilatildeo de dores

passadas e relatarem que o mesmo possa ser usado para a anaacutelise de dores de ateacute uma semana

atraacutes optou-se para evitar maiores vieses por usaacute-lo para mensurar a dor incisional que a

paciente estava relatando naquele momento pois muitos pacientes apresentam dificuldade em

abstrair e sumariar experiecircncias dolorosas passadas (PIMENTA TEIXEIRA 1997) Para

93

isso elas eram instruiacutedas a respondecirc-lo com base na dor que estavam vivenciando naquele

momento

De acordo com Melzack (1975) esse instrumento somente deve ser aplicado para os

pacientes que estejam relatando dor Em virtude disso natildeo foram utilizados para a realizaccedilatildeo

da anaacutelise estatiacutestica dos iacutendices do MPQ os dados das 50 pacientes mas os de 41 (21 do

grupo preemptivo e 20 do placebo) pois 9 pacientes estavam relatando niacutevel de dor igual a

zero mensurado pela END no momento da aplicaccedilatildeo do MPQ

Veilleux e Melzack (1976) relatam que o MPQ eacute suficientemente sensiacutevel para

detectar diferenccedilas entre meacutetodos de tratamento da dor e proporciona informaccedilotildees a respeito

do efeito de determinada terapia antaacutelgica sobre as dimensotildees sensorial afetiva e avaliativa da

dor Optou-se pela natildeo utilizaccedilatildeo da forma reduzida do MPQ dado o pequeno nuacutemero de

descritores e cujos significados estatildeo mais frequumlentemente relacionadas agrave dor crocircnica do que

agrave aguda (MELZACK 1987)

A utilizaccedilatildeo do MPQ foi relevante porque esse instrumento multidimensional

fornece informaccedilotildees mais ricas sobre a experiecircncia dolorosa ndashndash envolvendo tambeacutem

componentes psicoloacutegicos e emocionais ndashndash natildeo se limitando apenas agrave mensuraccedilatildeo da

intensidade de dor como o satildeo a END VAS de faacutecies e tantas outras Para Prieto e

Geisinger (1983) apesar de a intensidade global da dor ser importante condiccedilatildeo para

compreender a experiecircncia dolorosa medidas que refletem apenas essa caracteriacutestica satildeo

insensiacuteveis a variaccedilotildees nos diferentes aspectos qualitativos da dor (KELLY AHMAD

BRULL 2001)

A categoria sensorial refere-se agraves propriedades mecacircnicas teacutermicas temporais e

espaciais da dor a afetiva-motivacional agrave dimensatildeo afetiva nos aspectos de tensatildeo medo e

propriedades autonocircmicas a avaliativa possibilita que o paciente expresse uma avaliaccedilatildeo

global da sua experiecircncia dolorosa e a miscelacircnea que engloba descritores das outras

94

categorias natildeo se refere a nenhuma propriedade especiacutefica (KETOVUORI POumlNTINEN

1981 MELZACK 1975 PIMENTA TEIXEIRA 1997 TEIXEIRA et al 1999)

A partir da sua utilizaccedilatildeo pudemos obter o Iacutendice do Nuacutemero de Palavras

Escolhidas (NWC) e o Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) O graacutefico 12 apresenta a

comparaccedilatildeo do NWC total obtido por meio da soma do nuacutemero de descritores selecionados

pelas pacientes nas 4 categorias que compotildeem o MPQ entre os grupos preemptivo e placebo

assim como o NWC em cada categoria do MPQ (tabela 10) De acordo com Pimenta e

Teixeira (1997) quanto maior o valor do NWC maior tambeacutem seraacute o niacutevel de dor dos

pacientes

Eacute possiacutevel observar que natildeo houve diferenccedila significante quanto ao NWC total entre

os grupos haja vista que o valor de p foi igual a 0937 tendo o grupo preemptivo selecionado

em meacutedia 1562 plusmn 061 palavras e o placebo 1540 plusmn 084 Vale ressaltar que o maacuteximo valor

possiacutevel do NWC total eacute 20 pois cada paciente natildeo pode escolher mais do que um descritor

em cada subcategoria

O grupo preemptivo selecionou em meacutedia 371 plusmn 025 e 276 plusmn 018 descritores nas

categorias afetiva e miscelacircnea respectivamente e o placebo 375 plusmn 020 e 315 plusmn 021 Na

categoria sensorial diferentemente dessas duas o grupo preemptivo (819 plusmn 038) selecionou

mais palavras que o placebo (765 plusmn 050) Na avaliativa ambos os grupos selecionaram em

meacutedia uma palavra Eacute importante ressaltar que em nenhum desses iacutendices houve diferenccedila

significante o que jaacute era esperado pois o NWC natildeo eacute eficiente para mostrar o malogro ou

sucesso de uma terapia analgeacutesica para um aliacutevio parcial da dor De acordo com Melzack

(1975) o paciente que tem um aliacutevio parcial da dor natildeo necessariamente deveria ter um

menor NWC pois haveria uma tendecircncia em selecionar um descritor que indicasse um menor

iacutendice de dor mas natildeo a recusa por parte desse paciente em selecionar determinada

subcategoria Dessa forma apenas o PRI poderia apresentar variaccedilatildeo

95

Apesar de natildeo ter havido diferenccedila significante a maior utilizaccedilatildeo ndashndash em termos

proporcionais ndashndash dos descritores da categoria sensorial em relaccedilatildeo aos da afetiva conforme

foi observada na tabela 11 em ambos os grupos estaacute de acordo com Pimenta (1995) Reading

(1983) e Teixeira et al (1999) que verificaram que os pacientes que sofriam de dores agudas

tinham preferecircncia por tais descritores enquanto aqueles que padeciam de dor crocircnica pelos

da afetiva Todavia talvez exista uma tendecircncia maior para a escolha dos descritores da

categoria sensorial pois a mesma engloba 539 (42 palavras) dos descritores do MPQ

enquanto que a afetiva 179 (14 palavras) Portanto a categoria sensorial apresenta o triplo

de descritores da afetiva apesar de possuir somente o dobro de subcategorias

Eacute interessante observar a importacircncia da categoria avaliativa (16ordf subcategoria) pois

todas as pacientes a utilizaram para selecionar um descritor (tabela 8) Melzack (1975)

descreveu que 95 dos 248 pacientes ndashndash de diversas doenccedilas ndashndash analisados em seu estudo

selecionaram um descritor dessa categoria o que estaacute em concordacircncia com nossos dados

Outras subcategorias muito utilizadas foram a 9ordf 11ordf 12ordf e 20ordf De forma inversa a 19ordf

subcategoria foi a menos selecionada (4 pacientes do grupo preemptivo e 8 do placebo) o que

eacute justificado por se tratarem de descritores que abordam os aspectos relacionados agrave sensaccedilatildeo

de frio sendo mais frequumlentemente utilizados para a descriccedilatildeo de dores de dente de acordo

com Gagliesi e Melzack (2003) e Melzack (1975)

Em ambos os grupos os descritores mais selecionados foram ldquocansativardquo e

ldquoenjoadardquo que pertencem agrave categoria afetiva 8095 das pacientes do grupo preemptivo

selecionaram esses descritores e 90 das do placebo assim o fizeram Na categoria sensorial

ambos os grupos selecionaram mais frequumlentemente o descritor ldquofinardquo 7142 das pacientes

do grupo preemptivo e 75 das do placebo Na miscelacircnea 55 das pacientes do grupo

placebo optaram mais comumente pelos descritores ldquoespalhardquo e ldquorepuxardquo e 5238 das do

preemptivo por ldquorepuxardquo e ldquoaborrecidardquo

96

Ao considerar os descritores mais apropriados para caracterizar a dor incisional

nessa pesquisa (tabela 9) ndashndash considerados por Gagliesi e Melzack (2003) como aqueles que

tenham sido selecionados por pelo menos 33 dos pacientes ndashndash os que foram escolhidos de

forma comum aos dois grupos foram na categoria sensorial (latejante pontada fina

queimaccedilatildeo ardor e dolorida) afetiva (cansativa e enjoada) avaliativa (que incomoda) e na

miscelacircnea (repuxa e aborrecida) Houve diferenccedila significante entre os dois grupos na

frequumlecircncia de seleccedilatildeo dos descritores ldquoesticadardquo da 10ordf subcategoria e ldquoespalhardquo da 17ordf

subcategoria que eacute justificada pelo fato de na 10ordf subcategoria das 19 pacientes do grupo

preemptivo que a utilizaram 13 selecionaram o descritor ldquoesticadardquo e das 13 do grupo

placebo apenas 5 Em se tratando da 17ordf subcategoria apenas 3 das 13 pacientes que

indicaram essa subcategoria selecionaram o descritor ldquoespalhardquo enquanto 11 do grupo

placebo o selecionou das 17 que optaram por tal subcategoria

No graacutefico 13 haacute a comparaccedilatildeo do PRI total obtido pela soma dos valores que satildeo

atribuiacutedos a cada descritor escolhido pelas pacientes nas 4 categorias do MPQ ndashndash podendo

atingir um maacuteximo valor de 78 ndashndash entre os dois grupos assim como do PRI para cada uma

das categorias do MPQ Para Pimenta e Teixeira (1997) quanto maior o valor desse iacutendice

maior a percepccedilatildeo dolorosa das pacientes Natildeo houve diferenccedila significante quanto ao PRI

total assim como para as categorias sensorial afetiva e miscelacircnea O grupo preemptivo

apresentou PRI total igual a 3274 plusmn 163 e o placebo 3245 plusmn 208 A categoria avaliativa foi

a uacutenica em que houve diferenccedila significante entre os grupos pois o PRI do grupo preemptivo

foi igual a 3 plusmn 028 e o do placebo a 205 plusmn 022 sendo o valor de p igual a 0019

A ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica significante entre os dois grupos tanto no NWC

total quanto no PRI total estaacute em concordacircncia com os resultados obtidos pela ENDg 16 h

apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico pois em nenhum desses iacutendices houve diferenccedila

significante entre os grupos

97

Apesar das dificuldades existentes ndashndash tempo de aplicaccedilatildeo e compreensatildeo de alguns

descritores pelas pacientes ndashndash a aplicaccedilatildeo desse questionaacuterio possibilitou ao investigador uma

experiecircncia muito produtiva pois permitiu a visualizaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo ndashndash seja por palavras

ou expressotildees faciais ndashndash da maioria das pacientes em encontrar palavras que as auxiliassem a

transmitir sua experiecircncia dolorosa Em pesquisa realizada por Pimenta e Teixeira (1997)

96 dos pacientes disseram que o MPQ ajudou ou ajudou muito na descriccedilatildeo de seu quadro

doloroso

Os dados obtidos a partir do MPQ infelizmente tornam-se um pouco limitados para

a comparaccedilatildeo com outras pesquisas dadas as diferenccedilas da liacutengua Esse eacute um dos motivos

pelos quais as escalas unidimensionais satildeo mundialmente mais usadas possibilitando o cotejo

dos resultados obtidos em diferentes paiacuteses e liacutenguas

Sabe-se que os aspectos econocircmicos culturais e sociais tecircm influecircncia sobre o relato

da dor pelos pacientes ndashndash embora em menor magnitude nas dores de caraacuteter agudo vg a

poacutes-operatoacuteria do que nas de caraacuteter crocircnico segundo Pimenta e Teixeira (1997) ndashndash mas

Katz e Melzack (1999) e Melzack (1975) demonstraram que o MPQ possui elevado niacutevel de

fidedignidade e transcende a tais diferenccedilas talvez por ter sido elaborado com base no

referencial teoacuterico sobre a fisiologia da dor No Brasil 95 dos entrevistados em uma

pesquisa disseram ser capazes de compreender o inventaacuterio sem grande dificuldade mas os

estudos natildeo avaliam a magnitude dessa dificuldade mormente quando se trata de indiviacuteduos

de baixa escolaridade ou idosos (PIMENTA 1995 PIMENTA TEIXEIRA 1997

TEIXEIRA 2001)

Entretanto essa talvez natildeo seja a realidade desse questionaacuterio no Brasil ndashndash um dos

liacutederes mundiais em desigualdade social e que possui diferenccedilas marcantes quanto agraves

expressotildees idiomaacuteticas regionais ndashndash o que permite supor que os resultados de uma pesquisa

realizada com uma amostra extraiacuteda de uma populaccedilatildeo rica de uma capital brasileira possam

98

talvez diferenciar significantemente dos daqueles obtidos em uma pobre cidade do sertatildeo

nordestino dada a complexidade na compreensatildeo de alguns descritores (BARROS 2001)

Em decorrecircncia dessas questotildees eacute que foi dada atenccedilatildeo nessa pesquisa ao niacutevel de

escolaridade das pacientes ndashndash que eacute ressaltado por Melzack (1987) como um dos fatores

limitantes para o seu uso assim como foram estabelecidos como criteacuterios de inclusatildeo vg

somente a participaccedilatildeo de pacientes que fossem assistidas pelo SUS e que fossem operadas no

Hospital Satildeo Domingos Saacutevio

99

55 Tempo para a Primeira Administraccedilatildeo do Diclofenaco de Soacutedio

Em contraposiccedilatildeo a Moininche Kehlet e Dahl (2002) Ong et al (2005) relatam que

o tempo para o primeiro requerimento de analgeacutesicos tem menor acuraacutecia para verificar o

efeito da analgesia preemptiva do que a intensidade de dor e o consumo de drogas

analgeacutesicas e que esse natildeo seria o objetivo principal da analgesia preemptiva todavia sua

importacircncia cliacutenica reside no fato de que ao prolongaacute-lo estaria havendo maior efeito do

recurso analgeacutesico utilizado antes da cirurgia ndashndash em nosso caso a TENS ndashndash podendo traduzir

em menor iacutendice de dor e consumo total de analgeacutesicos bem assim maior conforto agrave paciente

As pacientes do grupo preemptivo que consumiram diclofenaco de soacutedio ndashndash droga

que estava prescrita como medicaccedilatildeo de resgate ndashndash nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico solicitaram-no em meacutedia 48750 plusmn 5344 min apoacutes esta jaacute as do grupo

placebo 47010 plusmn 4619 min natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos porquanto o

valor de p foi igual a 0807 o que pode ser visualizado no graacutefico 15 que ilustra esse tempo

Esperava-se que com a preacutevia aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia o tempo para a

solicitaccedilatildeo dessa droga pudesse ser significantemente maior dado o possiacutevel aumento do

periacuteodo de latecircncia da dor devido agrave eletroanalgesia preemptiva

Por meio da END foi verificado que as pacientes do grupo placebo apresentaram no

poacutes-operatoacuterio imediato um pico aacutelgico alcanccedilado no momento da sexta coleta de dor o que

coincide com o tempo para a requisiccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio por essas pacientes

Como natildeo se conhecem pesquisas averiguando esse consumo com o uso da TENS

de forma preacute-operatoacuteria a discussatildeo a seguir far-se-aacute a partir de pesquisas que empregaram

meacutetodos diferenciados Assim Benedetti et al (1997) analisando esse tempo em pacientes

submetidos a toracotomias poacutestero-laterais tambeacutem verificaram diferenccedila estatiacutestica natildeo-

significante entre os pacientes que fizeram uso da TENS no poacutes-operatoacuterio e os que natildeo a

100

utilizaram tal como Garcia (2000) ao analisar o efeito preemptivo do fentanil em

histerectomias

Jaacute no estudo de Lin et al (2002) que avaliou a eletroacupuntura de forma

preemptiva em cirurgias abdominais baixas foi demonstrado que o tempo para o primeiro

requerimento de morfina foi de 10 18 28 e 28 min respectivamente nos grupos A

(preemptivo controle) B (preemptivo placebo) C (preemptivo de baixa frequumlecircncia 2 Hz) e D

(preemptivo de alta 100 Hz) e no de Ke et al (1998) foi demonstrado que a bupivacaiacutena

exerceu efeito preemptivo em laparoscopias ao retardar o tempo para o requerimento do

primeiro analgeacutesico entre os 3 grupos da pesquisa A (pacientes em que a bupivacaiacutena foi

administrada antes do ato ciruacutergico e soluccedilatildeo salina apoacutes) 4867 plusmn 4353 min B (soluccedilatildeo

salina antes e bupivacaiacutena depois) 2294 plusmn 3304 min e C (soluccedilatildeo salina antes e depois)

1431 plusmn 1567 min

Benedetti et al (1997) obtiveram aumento do tempo para o primeiro requerimento

de analgeacutesicos nos pacientes que usaram a TENS no poacutes-operatoacuterio de costotomias

esternotomias toracotomias com afastamento muscular e viacutedeo toracoscopias

101

56 Anaacutelise do Consumo de Analgeacutesicos no Poacutes-operatoacuterio

Em 48 das pacientes do grupo preemptivo (12 pacientes) foi administrado o

diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico enquanto que

no grupo placebo isso ocorreu em 60 (15 pacientes) diferenccedila natildeo estatisticamente

significante (graacutefico 14) Para Kissin (1996) o consumo de analgeacutesicos eacute possivelmente uma

variaacutevel natildeo fidedigna para averiguar a analgesia preemptiva e pode ser influenciado por

vaacuterios fatores psicoloacutegicos Todavia Konrad Cordeiro e Coeli (2001) Moiniche Kehlet e

Dahl (2002) e Ong et al (2005) ressaltam a relevacircncia desse consumo para analisar a

analgesia preemptiva

Ao analisar o consumo de diclofenaco de soacutedio e dipirona durante todo o periacuteodo de

internaccedilatildeo tambeacutem natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos como pocircde ser

observado nos graacuteficos 16 e 17 respectivamente Quanto ao consumo de dipirona esse

resultado era previsto pois essa droga estava prescrita de 6 em 6 h E quanto agrave administraccedilatildeo

de diclofenaco de soacutedio a ausecircncia de diferenccedila foi um resultado natural haja vista que nem

nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash periacuteodo em que haveria maior

efeito da analgesia preemptiva ndashndash houve diferenccedila significante

Cotejando nossos resultados aos de pesquisas envolvendo a aplicaccedilatildeo da

eletroacupuntura de forma preemptiva em procedimentos ciruacutergicos para avaliaccedilatildeo do

consumo de medicamentos analgeacutesicos nossos achados divergem dos de Lin et al (2002)

que em cirurgias abdominais baixas observaram reduccedilatildeo de 22 desse consumo nas

primeiras 24 h poacutes-ciruacutergicas nos pacientes que fizeram uso da modalidade de baixa

frequumlecircncia em relaccedilatildeo aos do grupo placebo Kotani et al (2001) conseguiram ao aplicar a

eletroacupuntura antes de cirurgias abdominais altas e baixas reduzir em 50 o consumo de

morfina pelos pacientes

102

Ao analisar o consumo de analgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio com o meacutetodo de analgesia

preemptiva induzida por drogas Levent (2001) em histerectomias abdominais totais e

salpingo-ooforectomias bilaterais natildeo verificou diferenccedila significante desse consumo entre as

pacientes em que a morfina fora administrada antes do ato ciruacutergico e apoacutes o fechamento do

peritocircnio e Garcia (2000) tambeacutem natildeo observou diferenccedila significante entre as que fizeram

uso do fentanil 30 min antes das histerectomias e as que o utilizaram apoacutes o ato ciruacutergico

Maestroni et al (2002) embora tenham verificado analgesia preemptiva em colecistectomias

laparoscoacutepicas mensurada pela VAS tambeacutem natildeo observaram diferenccedila significante quanto

ao consumo de analgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio o que estaacute de acordo com os nossos achados

Os nossos resultados divergem dos de diversos autores como Hamza et al (1999)

que demonstraram a efetividade da TENS na diminuiccedilatildeo do consumo de analgeacutesicos no

periacuteodo poacutes-operatoacuterio senatildeo nessas pesquisas a TENS foi aplicada somente apoacutes a cirurgia

Destarte natildeo estamos em concordacircncia com os resultados da pesquisa de Guerra et

al (2003) em que houve significante reduccedilatildeo do consumo de analgeacutesicos com o uso da TENS

no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia inguinal Apenas 1 dos 9 pacientes do grupo experimental

ndashndash que usou a TENS ndashndash solicitou uma uacutenica vez medicaccedilatildeo analgeacutesica ao passo que todos

os pacientes do grupo placebo (n = 9) solicitaram esse tipo de medicaccedilatildeo 255 vezes em

meacutedia Essa diferenccedila em relaccedilatildeo aos achados eacute fruto dos meacutetodos usados tipos de cirurgia

drogas anesteacutesicas e analgeacutesicas niacuteveis e tipos de dor paracircmetros de estimulaccedilatildeo tempo de

aplicaccedilatildeo e horaacuterios de aplicaccedilatildeo da TENS

Algumas pesquisas obtiveram satisfatoacuterios resultados com o uso da TENS no

periacuteodo poacutes-operatoacuterio como a de Chiu et al (1999) em hemorroidectomias cirurgias que

geram um quadro aacutelgico intenso em que houve reduccedilatildeo significante do consumo de morfina

Chen et al (1998) em histerectomias e miomectomias que observaram reduccedilatildeo de 37 da

administraccedilatildeo de opioacuteides com o uso da TENS de forma pericicatricial e de 39 quando

103

aplicada nos pontos de acupuntura Bjordal Johnson e Ljungreen (2003) que analisaram

1350 pacientes submetidos a diferentes procedimentos ciruacutergicos e verificaram reduccedilatildeo de

355 do consumo de analgeacutesicos Nuntildeez e Carrasco (2000) que minimizaram esse consumo

em cesaacutereas sem no entanto diminuir a intensidade e o periacuteodo de remissatildeo da dor

Benedetti et al (1997) que conseguiram minimizar a intensidade de dor em costotomias

esternotomias toracotomias com afastamento muscular e viacutedeo toracocospias e Castro e

Carlos (1986) em laparotomias que o minimizaram em 63 naqueles que fizeram uso desse

recurso sendo mais significante nos que foram submetidos a histerectomias e menos a

gastrectomias

Embora a reduccedilatildeo do consumo de diclofenaco natildeo tenha sido significante os nossos

achados satildeo muito relevantes haja vista que ao serem confrontados com os da anaacutelise da

intensidade de dor pela END possibilita a verificaccedilatildeo do mais importante aspecto desse

trabalho que foi conseguir manter o niacutevel de dor do grupo preemptivo inferior ao do placebo

sem haver no entanto um maior consumo de drogas analgeacutesicas para tal Ou seja se as

pacientes do grupo preemptivo tivessem consumido mais drogas que as do placebo seria

inviaacutevel inferir sobre a ocorrecircncia de analgesia preemptiva

57 Dor Referida

104

A ocorrecircncia de dor referida no ombro direito ndashndash condiccedilatildeo que sugere irritaccedilatildeo do

diafragma ou diretamente do nervo frecircnico ndashndash deu-se em 40 (10 pacientes) das pacientes do

grupo preemptivo e em 32 (8 pacientes) daquelas do placebo (graacutefico 18) Essa incidecircncia

estaacute em concordacircncia com os achados na literatura que a indicam em cerca de um terccedilo dos

pacientes submetidos a colecistectomia por laparotomia (ORLOFF 1970 SCHWARTZ

SHIRES SPENCER 1996 WAY DUNPHY 1993)

Natildeo se objetivou nessa pesquisa analisar a intensidade de dor referida no ombro ndashndash

apesar de os dados tambeacutem terem sido coletados Objetivou-se apenas verificar a sua

incidecircncia que com a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia natildeo apresentou diferenccedila

significante entre as pacientes que a usaram e as que natildeo

De acordo com Antunes et al (2002) a TENS tem eficaacutecia jaacute bastante comprovada

para o tratamento das dores de origem cutacircnea mas natildeo eacute necessariamente eficiente para as

de origem visceral o que corrobora a pesquisa de Nuntildeez e Carrasco (2000) que usaram a

TENS no poacutes-operatoacuterio de cesaacutereas

58 Anaacutelise do Consumo de Metoclopramida

105

Em um total de 20 das pacientes (5 pacientes) do grupo preemptivo houve

administraccedilatildeo dessa droga enquanto que em 32 (8 pacientes) isso ocorreu (graacutefico 19) O

consumo dessa droga ndashndash que natildeo tem accedilatildeo analgeacutesica ndashndash foi verificado para auxiliar a avaliar

a qualidade de recuperaccedilatildeo poacutes-ciruacutergica logo que um dos preditores de naacuteuseas e ecircmesis eacute a

dor E como a TENS eacute um recurso analgeacutesico poderia entatildeo tambeacutem minimizar o consumo

dessa substacircncia

Nossos resultados satildeo semelhantes aos de Zaacuterate et al (2001) que natildeo obtiveram

significante reduccedilatildeo do consumo de drogas anti-emeacuteticas com o uso da eletroacupuntura antes

de colecistectomias por laparoscopia Todavia Chen et al (1998) conseguiram reduzir a

incidecircncia de naacuteuseas e vocircmitos em aproximadamente um terccedilo das mulheres que se

submeteram a histerectomia abdominal total ou miomectomia com o uso da TENS todavia

esse recurso foi aplicado no poacutes-operatoacuterio Kotani et al (2001) observaram reduccedilatildeo de 20

a 30 da incidecircncia de naacuteuseas em cirurgias abdominais altas e baixas com a analgesia

preemptiva induzida pela eletroacupuntura e Lin et al (2002) em cirurgias abdominais

baixas

59 Questionaacuterio sobre a TENS

106

Durante a coleta dos dados observou-se que algumas pacientes do grupo preemptivo

relataram que a aplicaccedilatildeo da TENS ocasionava determinado incocircmodo Assim para a

obtenccedilatildeo de dados mais concretos sobre esses relatos resolveu-se acrescentar esse

questionaacuterio (Apecircndice H) ndashndash mesmo com a coleta de dados jaacute em andamento

Os resultados obtidos ilustrados no graacutefico 20 confirmam o que foi evidenciado na

praacutetica cliacutenica a respeito do relato das pacientes sobre o incocircmodo da estimulaccedilatildeo eleacutetrica de

baixa frequumlecircncia e alta intensidade pois a maioria (5789) das pacientes do grupo

preemptivo disse que a TENS incomodava um pouco e 1578 que incomodava

razoavelmente Esses dados foram significantemente diferentes dos do grupo placebo em que

8824 relataram que a TENS natildeo incomodava e 1176 que incomodava um pouco O fato

de ter havido queixa por parte de 2 pacientes do grupo placebo pode ter ocorrido talvez por

essas permanecerem durante 60 min deitadas com os eletrodos posicionados sobre o abdome

sem terem liberdade para deambular ou realizar atividades que solicitassem grande

movimentaccedilatildeo

Pesquisas recentes realizadas por Sluka et al (2000) tecircm demonstrado que a TENS

de alta frequumlecircncia tambeacutem estimula a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos e diante da

experiecircncia cliacutenica sabe-se que o uso de tal frequumlecircncia eacute mais confortaacutevel que o da de baixa

que normalmente eacute aplicada em niacutevel motor de estimulaccedilatildeo com a maacutexima intensidade

suportada pelo paciente Logo poder-se-ia utilizar a TENS de alta frequumlecircncia em pesquisas

para observar a possiacutevel ocorrecircncia de analgesia preemptiva comparando com os resultados

da de baixa frequumlecircncia e selecionar qual seria a mais adequada para tal dando grande ecircnfase

em tal escolha ao conforto e satisfaccedilatildeo do paciente

107

A maioria das pacientes de ambos os grupos relatou que gostaria de em uma

proacutexima cirurgia usar a TENS e os medicamentos (graacutefico 21) Esses dados parecem refletir a

satisfaccedilatildeo das pacientes em receber uma melhor assistecircncia da equipe de sauacutede assim como

terem agrave sua disposiccedilatildeo alguns recursos diferentes para o tratamento do quadro aacutelgico o que

reforccedila a relevacircncia e a aceitaccedilatildeo da analgesia multimodal

108

CONCLUSAtildeO

109

6 CONCLUSAtildeO

A aplicaccedilatildeo da modalidade de baixa frequumlecircncia da estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea

do nervo durante 60 minutos no periacuteodo preacute-operatoacuterio de pacientes do sexo feminino

submetidas a colecistectomia por laparotomia promoveu analgesia preemptiva

110

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

111

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AIDA S et al The effectiveness of preemptive analgesia varies according to the type ofsurgery a randomized double-blind study Anesthesia and Analgesia Baltimore v 89 n 3p 711 Set 1999

ANDRADE R F A Comportamento da litiacutease biliar no Estado de Sergipe 2002Monografia (graduaccedilatildeo em medicina) ndashndash Departamento de Medicina da Universidade Federaldo Estado de Sergipe Aracaju 2002

ANTUNES A A M et al Os efeitos da estimulaccedilatildeo eleacutetrica nervosa transcutacircnea no poacutes-operatoacuterio de cirurgias toraacutecicas e abdominais ndashndash revisatildeo de literatura e relato de casosRevista de Fisioterapia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 9 n 1 p 23-25janjun 2002

BARROS N Qualidade de vida ndashndash conceito e meacutetodos de avaliaccedilatildeo In ANDRADE FILHOA C de C Dor diagnoacutestico e tratamento Roca Satildeo Paulo 2001 53-61 p

BASFORD J R Eletroterapia In KOTTKE F J LEHMANN J F Tratado de medicinafiacutesica e reabilitaccedilatildeo de Krusen 4 ed Satildeo Paulo Manole 1994 363-388 p

BENBOW S J COSSINS L WILES J R A comparative study of disability depressionand pain severity in young and chronic pain in patients VIIIth World Congress on PainVancouver 1996

BENEDETTI F et al Control of postoperative pain by transcutaneous electrical nervestimulation after thoracic operations Ann Thoracic Surgery Torino v 63 n 3 p 773-776Mar 1997

BISSCHOP G de BISSCHOP Eacute de COMMANDREacute F TENS In BISSCHOP G deBISSCHOP Eacute de COMMANDREacute F Eletrofisioterapia Satildeo Paulo Santos 2001 5-62 p

BJORDAL J M JOHNSON M I LJUNGREEN A E Transcutaneous electrical nervestimulation (TENS) can reduce postoperative analgesic consumption A meta-analysis withassessment of optimal treatment parameters postoperative pain European Journal of PainErlangen v 7 n 2 p 181-188 Apr 2003

BLUMGART L H Cirugiacutea del hiacutegado y de las viacuteas biliares Buenos Aires EditoriaMeacutedica Panamericana 1988 655-665 p

BONICA J J et al Biochemistry and the modulation of nociception and pain In BONICAJ J The management of pain Phyladelphia Lea amp Febiger 1990 95-121 p

BRENTANO L Colecistectomia [sl] ABC da Sauacutede 2003 Disponiacutevel emhttpwwwabcdasaudecombrartigophp86 Acesso em 30 de agosto de 2004

BRIDENBAUGH P O Preemptive analgesia ndashndash is it clinically relevant Anesthesia ampAnalgesia Baltimore v 78 n 2 p 203-4 Feb 1994

112

BUTTON B SAWYER S Fisioterapia do aparelho respiratoacuterio do adolescente InBURNS Y R MCDONALD J Fisioterapia e crescimento na infacircncia Satildeo PauloSantos 1999 247-261 p

BUXTON B P A fisiologia e a psicologia da dor In STARKEY C RecursosTerapecircuticos em Fisioterapia Satildeo Paulo Manole 2001 37-69 p

CAMERON M H Physical agents in rehabilitation ndashndash from research to practicePhyladelphia W B Saunders Company 1999 31-54 p

CARROLL D et al Randomization is important in studies with pain outcomes systematicreview of transcutaneous electrical nerve stimulation in acute postoperative pain BritishJournal of Anaesthesia Oxford v 77 n 6 p 798-803 Dec 1996

CARROL E N BADURA A S Focal intense brief transcutaneous electric nervestimulation for treatment of radicular and posthoracotomy pain Archives of PhysicalMedicine and Rehabilitation Cleveland v 82 n 2 p262-264 Feb 2001

CASTILLO G L B Estudio comparativo entre bupivacaina + fentanyl vs bupivacainasola por viacutea peridural para el control del dolor obsteacutetrico Tesis para obtener el diplomauniversitario en la especialidad de anestesiologiacutea Quereacutetaro [1999]

CASTRO M L CARLOS E S Post-laparotomy pain control by transcutaneous electricalnerve stimulation preliminary report Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeirov 36 n 3 p 207-14 mar 1986

CHANDRAN P SLUKA K A Development of opioid tolerance with repeatedtranscutaneous electrical nerve stimulation administration Pain Seattle v 102 n 1-2 p195-201 Mar 2003

CHEN L et al The effect of location of transcutaneous electrical nerve stimulation onpostoperative opioid analgesic requirement acupoint versus nonacupoint stimulationAnesthesia amp Analgesdia Baltimore v 87 n 5 p 1129-1134 Nov 1998

CHEN L HAN J S Analgesia induced by electroacupuncture of different frequencies ismediated by different types of opioid receptors another cross-tolerance study BehavioralBrain Research Amsterdam v 47 n 2 p 143-149 Apr 1992

CHESTERTON L S et al Effects of TENS frequency intensity and stimulation siteparameter manipulation on pressure pain thresholds in healthy human subjects Pain Seattlev 106 n 1-2 p 73-80 Nov 2003

CHIU J H et al Effect of transcutaneous electrical nerve stimulation relief on patientsundergoing hemorrhoidectomy prospective randomized controlled trial Diseases of theColon amp Rectum New York v 42 n 2 p 180-185 Feb 1999

CREPON F Eletrofisioterapia e Reeducaccedilatildeo Funcional Satildeo Paulo Lovise 1996 80-101p

113

CRIELAARD et al apud TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendoparacircmetros de estimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85fDissertaccedilatildeo (mestrado em bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de SatildeoPaulo Ribeiratildeo Preto 2003

DAMIANE C DAMIANE G TENS eletroanalgesia In RODRIGUES E MGUIMARAtildeES C S Manual de recursos fisioterapecircuticos Rio de Janeiro Revinter 199853-80 p

DIERKING G et al Effect of pre vs post-operative inguinal field block on postoperative painafter herniorraphy British Journal of Anaesthesia Oxford v 68 n 4 p 344-348 Apr1992

DUBUISSON D MELZACK R Classification of clinical pain descriptors by multiplegroup discriminant analysis Experimental Neurology Michigan v 51 n 2 p 480-487May 1976

DuGAS B W Medicaccedilotildees In______ Enfermagem praacutetica 4 ed Rio de JaneiroGuanabara 1988 465-487 p

EISENBAUER L A MURPHY M A Pharmacotherapeutics amp advanced nursingpractice San Diego McGraw Hill Companies 1998 253 p

ERIKSSON M B E SJOLUND B H NEILZEN S Long term results of peripheralconditioning stimulation as an analgesic measure in chronic pain Pain Seattle v 6 n 3 p335-347 Jun 1979

FERNANDEZ E BOYLE G J Affective and evaluative descriptors of pain in the McGillPain Questionnaire reduction and reorganization The Journal of Pain Philadelphia v 2 n6 p 318-325 Dec 2001

FERNANDEZ E TOWERY S A parsimonious set of verbal descriptors of pain sensationderived from the Mcgill Pain Questionnaire Pain Seattle v 66 n 1 p 31-37 Jul 1996

FORTH W BEYER A PETER K Highly potent analgesics opiates and opioids InFORTH W BEYER A PETER K Aliacutevio da dor uma visatildeo analiacutetica das vantagens edesvantagens da moderna administraccedilatildeo da dor Satildeo Paulo Hoechest 1995 40-49 p

FRAMPTON V Estimulaccedilatildeo Nervosa Eleacutetrica Transcutacircnea In KITCHEN S BAZIN SEletroterapia de Clayton 10 ed Satildeo Paulo Manole 1998 276-294 p

GAGLIESI L MELZACK R Age differences in the quality of chronic pain a preliminarystudy Pain Research amp Management Oakville v 2 n3 p 157-162 Winter 1997

GAGLIESE L MELZACK R Age-related differences in the qualities but not the intensityof chronic pain Pain Seattle v 104 n 3 p 597-608 Aug 2003

114

GARCIA J B dos S Preemptive analgesia with epidural bupivacaine plus fentanyl inhysterectomy serum interleukin-6 implications 2000 Tese para obtenccedilatildeo do tiacutetulo dedoutorado ndashndash Escola Paulista de Medicina ndashndash Universidade Federal de Satildeo Paulo Satildeo Paulo2000

GOFFI F S GOFFI JUacuteNIOR P S SORBELLO A A Cirurgia das vias biliares InGOFFI F S Teacutecnica ciruacutergica bases anatocircmicas fisiopatoloacutegicas e teacutecnicas da cirurgia 4ed Satildeo Paulo Atheneu 1996 691-694 p

GOTTSCHALK A OCHROCH E A Preemptive analgesia what do we do nowAnesthesiology Philadelphia v 98 n1 p 280-281 Jan 2003

GRAHAM C et al Use of the McGill Pain Questionnaire in the assessment of cancer painreplicability and consistency Pain Seattle v 8 n 3 p 377-387 Jun 1980

GRIEVE G P Modern manual therapy of the vertebral column New York ChurchillLivingstone 1986 233-249 p

GUERRA D R et al A Utilizaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio imediato de pacientessubmetidos a cirurgia de heacuternia inguinal In V CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeOCIENTIacuteFICA PIBICUFS 2003 Universidade Federal de Sergipe Anais Satildeo CristoacutevatildeoUniversidade Federal de Sergipe 2003 215 p

HAMZA M A et al Effect of the frequency of transcutaneous electrical nerve stimulationon the postoperative opioid analgesic requirement and recovery profile AnesthesiologyPhiladelphia v 91 n 5 p 1232-1238 Nov 1999

HAN J S et al Frequency as the cardinal determinant for electroacupuncture analgesia to bereversed by opioid antagonists Chinese Medical Journal Peking v 38 n 5 p 475-482Oct 1986

HAN J S et al Effect of low and high frequency TENS on met-enkephalin-arg-phe anddynorphin A immunoreactivity in human lumbar CSF Pain Seattle v 47 n 3 p 295-298Dec 1991

HANSSON B et al Influence of naloxone on relief of acute oro-facial pain bytranscutaneous electrical nerve stimulation (TENS) or vibration Pain Seattle v 24 n 3 p323-329 Mar 1986

HEPNER D L Preemptive analgesia what does it really mean AnesthesiologyPhiladelphia v 93 n 5 p 1368 nov 2000

HUGHES G S et al Response of plasma beta-endorphins to transcutaneous electrical nervestimulation in healthy subjects Physical Therapy Alexandria v 64 n 7 p 1062-1066 Jul1984

HUSKISSON E C Visual Analogue Scales In MELZACK R Pain measurement andassessment New York Raven Press 1983 33-37 p

115

IMAMURA M et al Eletroestimulaccedilatildeo nervosa transcutacircnea In LEITAtildeO V A Cliacutenica dereabilitaccedilatildeo Satildeo Paulo Atheneu 1995 301-309 p

JACHUCK S J et al The effect of hypotensive drugs on the quality of life The BritishJournal of the Royal College General Practitioners London v 32 n 235 p 103-105Feb 1982

JAFFE J H MARTIN W R Analgeacutesicos opioacuteides e antagonistas In GILMAN A G etal Goodman e Gilman As Bases farmacoloacutegicas da terapecircutica 8 ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1991 320-343 p

JAVIER G P et al Analgesia preventiva en un modelo experimental de dolor visceralRevista Mexicana de Anestesiologia v 22 n 2 p 116-121 abr-jun 1999

JOHNSON M I et al Analgesic effects of different frequencies of transcutaneous electricalnerve stimulation on cold-induced pain in normal subjects Pain Seattle v 39 n 2 p 231-236 Nov 1989

JOHNSON M I ASHTON C H THOMPSOM J W An in depth study of long termusers of transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) Implications for clinical use ofTENS Pain Seattle v 44 n 3 p 221-229 Mar 1991

KALRA A B URBAN M O SLUKA K A Blockade of opiod receptors in rostralventral medulla prevents antihyperalgesia produced by transcutaneous electrical nervestimulation (TENS) The Journal of Pharmacology and Experimental TherapeuticsBethesda v 298 n 1 p 257-263 Jul 2001

KATZ J MELZACK R Measurement of pain Surgery Clinical North American v 79n 2 p 231-252 Apr 1999

KE R W PORTERA S G LINCOLN S R A randomized blinded trial of preemptivelocal anesthesia in laparoscopy Primary Care Update for Obstetric and Gynecology v 5n 4 p 197-198 Jul 1998

KE R W et al A randomized double-blinded trial of preemptive analgesia in laparoscopyObstetrics amp Gynecology Denver v 92 n 6 p 972-5 Dec 1998

KELLY D J AHMAD M BRULL S Preemptive analgesia I physiological pathways andpharmacological modalities Canadian Journal of Anesthesia Toronto v 48 n 10 p1000-1010 Nov 2001

KETOVUORI H POumlNTINEN P J A pain vocabulary in finnish ndashndash the finnish painquestionnaire Pain Seattle v 11 n 1 p 247-253 Aug 1981

KING E W SLUKA K A The effect of varying frequency and intensity of transcutaneouselectrical nerve stimulation on secundary mechanical hyperalgesia in an animal model ofinflammation The Journal of Pain Philadelphia v 2 n 2 p 128-133 Apr 2001

KISSIN I Preemptive analgesia terminology and clinical relevance Anesthesia andanalgesia Baltimore v 79 n 4 p 809 Oct 1994

116

______ Preemptive analgesia ndashndash Why its effect is not always obvious AnesthesiologyPhiladelphia v 84 n 5 p 1015-1019 May 1996

______ Preemptive analgesia Anesthesiology Philadelphia v 93 n 4 p 1138-1143 Oct2000

______ Study design to demonstrate clinical value of preemptive analgesia is it commonlyused approach valid Regional Anesthesia and Pain Medicine Seattle v27 n3 p 242-244 May-Jun 2002

KONRAD K CORDEIRO S M COELI M Dor Fisiopatologia e tratamento InLIANZA S Medicina de Reabilitaccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001 137-150p

KOTANI N et al Preoperative intradermal acupuncture reduces postoperative pain nauseaand vomiting analgesic requiriment and sympathoadrenal responses AnesthesiologyPhiladelphia v 95 n 2 p 349-356 Aug 2001

LABRADA A JIMEacuteNEZ-GARCIA Y Preventive multimodal analgesia a comparativestudy Revista de la Sociedad Espantildeola del Dolor Madrid v 11 n 3 p 122-128 abr2004

LEE I-H LEE I-O Preemptive effect of intravenous ketamine in the rat concordancebetween pain behavior and spinal fos-like immunoreactivity Acta AnaesthesiologicaScandinavica Oxford v 49 n 2 p 160-165 Feb 2005

LEVENT K The effect of preemptive intravenous morphine on postoperative analgesia andsurgical stress response Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeiro v 51 n 6 p503-510 dez 2001

LICHTENBERG P A SWENSEN C H SKEHAN M W Further investigation of therole of personality lifestyle and arthritic severity in predicting pain Journal ofPsychosomatic Research New York v 30 n 3 p 327-337 maio 1986

LIN J et al The effect of high and low frequency eletroacupuncture in pain after lowabdominal surgery Pain Seattle v 99 n 3 p 509-514 out 2002

LOMBARD B et al Evaluation de lrsquoeacutelectrostimulation transcutaneacutee dans la prise en chargedes douleurs post-amygdalectomie chez lrsquoadulte Revue Laryngologie Otologie RhinologieBordeaux Ceacutedex v 117 n 2 p 89-92 abr 1996

LOW J REED A Eletroterapia explicada 3 ed Satildeo Paulo Manole 2001 472 p

LUNDEBERG T BONDESSON L LUNDSTRON V Relief of primary dysmenorrhea bytranscutaneous electrical nerve stimulation Acta Obstetetricia et GynecologicaScandinavica Gothenburg v 64 n 6 p 491-497 ago 1985

MACHADO M C C RAIA A A Anatomia ndash Histologia ndash Embriologia ndash Fisiologia davesiacutecula e vias biliares ndash Fisiologia da bile In CORREcircA NETTO A RAIA A AZERBINO E de J Cliacutenica Ciruacutergica 4 ed Satildeo Paulo Sarvier 1994 785-789 p

117

MAESTRONI U et al A new method of preemptive analgesia in laparoscopiccholecystectomy Surgical Endoscopy New York v 16 n 9 p 1336-1340 Sep 2002

MARIANO T F BEN V F G Efeitos da eletroestimulaccedilatildeo transcutacircnea (TENS) emindiviacuteduos adultos no poacutes-operatoacuterio imediato de colecistectomia 1998 Trabalho deConclusatildeo de Curso ndashndash Universidade Catoacutelica Dom Bosco (UCDB) Campo Grande 1998

MARIN L I CASTRO C E S Post laparotomy pain control by transcutaneous electricalnerve stimulation preliminary report Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeirov 36 n 3 p 207-214 maio-jun 1986

MCQUAY H J Pre-emptive analgesia a systematic review of clinical studies Annals ofMedicine Stockholm v 27 n 2 p 249-56 Apr 1995

MELO J N SANTANA FILHO V J Efeito da TENS convencional no requerimento deanalgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio imediato de herniorrafia inguinal 2003 Monografiaapresentada ao curso de fisioterapia para tiacutetulo de bacharel Universidade Tiradentes Aracaju2003

MELZACK R The McGill Pain Questionnaire major properties and scoring methods PainSeattle v 1 n 3 p 277-299 Sep 1975

MELZACK R WALL P O desafio da dor Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 1987189-250 p

MERINO C S Colecistectomiacutea laparoscoacutepica comparada con colecistectomiacutea claacutesica encolecistitis aguda Revista Chilena de Cirurgia Santiago v 53 n 1 p 53-59 2001

MERKEL S I GUSTEIN H B MALVIYA S Use of transcutaneous electrical nervestimulation in a young child with pain from open perineal lesions Journal of Pain andSymptom Management New York v 18 n 5 p 376-81 Nov 1999

MERSKEY H Some features of the history of the idea of pain Pain Seattle v 9 n 1 p 3-8 Aug 1980

MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO BRASIL Cuidados paliativos oncoloacutegicos controle da dorRio de Janeiro INCA 2001 16-32 p

MOINICHE S KEHLET H DAHL J B A qualitative and quantitative systematic reviewof preemptive analgesia for postoperative pain relief Anesthesiology Philadelphia v 96 n3 p 725-41 Mar 2002

MORIN C et al Differences between the sexes in post-surgical pain Pain Seattle v 85 n1-2 p 79-85 Mar 2000

MOTAMED C et al Preemptive intravenous morphine-6-glucuronide is ineffective forpostoperative pain relief Anesthesiology Philadelphia v 92 n 2 p 355-360 Feb 2000

118

NUNtildeEZ C N CARRASCO M P Estimulacioacuten eleacutectrica transcutaacutenea (EET) para reducirel dolor despueacutes de la cesaacuterea Ginecologiacutea y Obstetricia de Meacutexico Ciudad del Meacutexico v68 n 1 p 60-63 fev 2000

OacuteBRIEN et al apud TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendoparacircmetros de estimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85fDissertaccedilatildeo (mestrado em bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de SatildeoPaulo Ribeiratildeo Preto 2003

OLAUSSON B et al Effects of naloxone on dental pain threshold following muscleexercises and low frequency transcutaneous nerve stimulation a comparative study in manActa Physiologica Scandinavica Stockholm v 126 n 2 p 299-305 Sep 1986

ONG C K-S et al The efficacy of preemptive analgesia for acute postoperative painmanagement a meta-analysis Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 100 n 3 p 757-773Mar 2005

ORLOFF M J Fiacutegado e sistema biliar In DAVIS I Christopher Cliacutenica Ciruacutergica 2 edRio de Janeiro Guanabara Koogan 1970 772-783 p

PATINtildeO J F LONDONtildeO E GARCIacuteA L G Colecistectomia mini-traumaacuteticahospitalizacioacuten de corta estancia Revista Colombiana de Cirurgia Bogotaacute v 6 n 2 p 70-75 ago 1991

PEREIRA L V SOUSA F A E F Mensuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo da dor poacutes-operatoacuteria umabreve revisatildeo Revista Latino-americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 3 p 77-84 jul 1998

PEacuteREZ-AYUSO R M et al Historia natural de la colelitiasis Incidencia de colescistectomiacuteaen un aacuterea urbana y una rural mapuche en la uacuteltima deacutecada Revista Meacutedica de ChileSantiago v 130 n 7 p 723-730 jul 2002

PIMENTA C A M Avaliaccedilatildeo da experiecircncia dolorosa Revista de Medicina Satildeo Paulo v74 n 2 p 69-75 ago-set 1995

PIMENTA C A de M CRUZ Dde A L M da C SANTOS J L F dos Instrumentospara avaliaccedilatildeo da dor O que haacute de novo no nosso meio Arquivo Brasileiro deNeurocirurgia Satildeo Paulo v 17 n 1 p 15-24 jun 1998

PIMENTA C A TEIXEIRA M J Questionaacuterio de Dor Mcgill proposta de adaptaccedilatildeo paraa liacutengua portuguesa Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeiro v 47 n 2 p 177-186 ago 1997

PONTES R M C PRADO W A Presurgical ketoproten but not morphine dipyronediclofenac preempts post-incisional mechanica allodynia in rats Brazilian Journal ofMedical and Biological Research Ribeiratildeo Preto v 35 n 1 p 11-119 jan 2002

119

PRADO W A OLIVEIRA R Anti-hyperalgesic effect of electroacupuncture in a model ofpost-incisional pain in rats Brazilian Journal of Medical and Biological ResearchRibeiratildeo Preto v 33 n 8 p 957-960 ago 2000

PRIETO E J GEISINGER K F Factor-analytic studies of the McGill Pain QuestionnaireIn MELZACK R Pain measurement and assessment New York Raven Press 1983 63-70 p

RANG H P DALE M M Farmacologia 2 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1993460 p

READING A E The McGill Pain Questionnaire an appraisal In MELZACK R Painmeasurement and assessment New York Raven Press 1983 55-61 p

RIVERA A R F Incisioacuten transversa contra incisioacuten media en colecistectomiacutea Cuaacutel esmenos dolorosa Cirurgiacutea General v 18 n 3 p 178-181 jul-set 1996

ROBINSON A J Instrumentaccedilatildeo para eletrotrerapia In ROBINSON A J SNYDER-MACKLER L Eletrofisiologia cliacutenica eletroterapia e teste eletrofisoloacutegico 2 ed PortoAlegre Artmed 2001 43-83 p

ROSAEG O P et al Effect of preemptive multimodal analgesia for arthroscopic KneeLigament repair Regional Anesthesia and Pain Medicine Seattle v 26 n 2 p 125-130Mar-Apr 2001

ROSLYN J J ZINNER M J Gallbladder and extra-hepatic billiary system InSCHWARTZ S I SHIRES G T SPENCER F C 6 ed Principles of surgery EstadosUnidos Mc Graw Hill 1996 1367-1399 p

SALAR G JOB I MINGRINO S et al Effects of transcutaneous electrotherapy on CSFb-endorphin content in patients without pain problems Pain Seattle v 10 n 2 p 169-172apr 1981

SALGADO A S I Manual cliacutenico de eletrofisioterapia Londrina Midiograf 1999 112-147 p

SANTIESTEBAN A J Agentes fiacutesicos e dor muacutesculo-esqueleacutetica In GOULD J AFisioterapia na ortopedia e na medicina do esporte 2 ed Satildeo Paulo Manole 1993 181-193 p

SANTOS et al Aplicaccedilatildeo da TENS de alta e baixa frequumlecircncias no poacutes-operatoacuterio imediato decolecistectomia convencional In VI CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICAPIBICUFS 2004 Universidade Federal de Sergipe Anais Satildeo Cristoacutevatildeo UniversidadeFederal de Sergipe 2004 p242

SCHWARTZ S I SHIRES G T SPENCER F C Princiacutepios de cirurgia 6ed MeacutexicoInteramericana 1996 416-449 p

120

SEKAR C et al Preemptive analgesia for postoperative relief in lumbosacral spine surgeriesa randomized controlled trial The Spine Journal La Grange v 4 n 3 p 261-264 May-Jun 2004

SILVA P Anesteacutesicos locais e outros faacutermacos que afetam os canais iocircnicos In RANG HP DALE M M RITTER J M Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1998 485-505 p

SILVEIRA I A M LIMA P A L Estudo da reduccedilatildeo de custo no hospital SatildeoDomingos Saacutevio com a utilizaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia inguinal2004 Monografia para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de bacharel em fisioterapia UniversidadeTiradentes Aracaju 2004

SINATRA R Role of COX-2 inhibitors in the evolution of acute pain management Journalof Pain and Sympton Management New York v 24 n 1S p S18-27 Jul 2002

SLUKA K A Systemic morphine in combination with TENS produces an increaseantihyperalgesia in rats with acute inflamation The Journal of Pain Philadelphia v 1 n 3p 204-211 Sep 2000

SLUKA K A et al Spinal blockade of opiod receptors prevents the analgesia produced byTENS in arthritic rats The Journal of Pharmacology and Experimental TherapeuticsBethesda v 289 n 2 p 840-846 May 1999

SLUKA K A et al Low frequency TENS is less effective than high frequency TENS atreducing inflammation-induced hyperalgesia in morphine-tolerant in rats European Journalof Pain Erlangen v 4 n 2 p 185-93 Jun 2000

SLUKA K A WALSH D Transcutaneous electrical nerve stimulation basic sciencemechanisms and clinical effectiveness The Journal of Pain Philadelphia v 4 n 3 p 109-121 Apr 2003

SOFAER B Assessing pain In______ Pain a handbook for nurses 2 ed New YorkChapman amp Hall 1994 44-57 p

SORKIN B A et al Chronic pain in young and old patients differences appear lessimportant than similarities J Gerontol Psychol Sci Washington v 45 n 2 p 64-68 Mar1990

SPOacuteSITO M M M Manual de medicina fiacutesica e de reabilitaccedilatildeo Satildeo Paulo [sn] 199373-93 p

STARKEY C Agentes eleacutetricos In ______ Recursos terapecircuticos em fisioterapia SatildeoPaulo Manole 2001 176-276 p

TAYLOR D New ways to contain post-op pain 2002 Disponiacutevel em lthttp wwwoutpatientsurgerynet2002os08f2shtmlgt Acesso em 22 de outubro de 2004

TEIXEIRA M J Fisiopatologia da dor neuropaacutetica In ANDRADE FILHO A C de CDor diagnoacutestico e tratamento Roca Satildeo Paulo 2001 7-42 p

121

TEIXEIRA M J SOUZA A C F Dor ndashndash evoluccedilatildeo histoacuterica dos conhecimentos InTEIXEIRA M J FIGUEIROacute J A B Dor epidemiologia fisiopatologia avaliaccedilatildeosiacutendromes dolorosas e tratamento Satildeo Paulo Grupo Editorial Moreira Jr 2001 8-13 p

TEIXEIRA M J et al Avaliaccedilatildeo da dor fundamentos teoacutericos e anaacutelise criacutetica Revista deMedicina Satildeo Paulo v 78 n 2 (pt 1) p 85-114 abr 1999

THOMSON A SKINNER A PIERCY J Habilidades da fisioterapia In ______Fisioterapia de Tidy 12 ed Satildeo Paulo Santos 1994 417-465 p

TORRE A et al Analgesia Preventiva Revista Venezuelana de Anestesiologia Caracasv 7 n 1 p 15-26 jun 2002

TOYOTA S STATAKE T AMAKI Y Transcutaneous electrical nerve stimulation as analternative therapy for microlaryngeal endoscopic surgery Anesthesia amp AnalgesiaBaltimore v 89 n 5 p 1236-8 Nov 1999

TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendo paracircmetros deestimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85f Dissertaccedilatildeo (mestradoem bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade de Medicina de RibeiratildeoPreto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto2003

TURK D C OKIFUJI A SCHARFF L Chronic pain and depression role of perceivedimpact and perceived control in different ages cohorts Pain Seattle v 61 n 1 p 93-101Apr 1995

VALE F M Dor Novos aspectos fisiopatoloacutegicos e consequumlentes estrateacutegiasfarmacoloacutegicas Revista da Faculdade de Medicina de Lisboa Lisboa v 5 n 5 p 291-304 set-out 2000

VEILLEUX S MELZACK R Pain in psychotic patients Experimental NeurologyMichigan v 52 n 1 p 535-543 Jul 1976

VETTER T R HEINER E J Discordance between patient self-reported visual analog scalepain scores and observed pain-related behavior in older children after surgery Journal ofClinical Anesthesia New York v 8 n 5 p 371-375 Aug 1996

WALL P D The prevention of postoperative pain Pain Seattle v 33 n 2 p 289-90 May1988

WALSH D M et al Transcutaneous electrical nerve stimulation effect of peripheral nerveconduction mechanical pain threshold and tactile threshold in humans Archives of PhysicalMedicine and Rehabilitation Philadelphia v 79 n 9 p 1051-8 Sep 1998

WANG B et al Effect of the intensity of transcutaneous acupoint electrical stimulation onthe postoperative analgesic requirement Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 85 n 2 p406-413 Aug 1997

122

WARNCKE T STUBHAUG A JORUM E Preinjury treatment with morphine orketamine inhibits the development of experimentally induced secondary hyperalgesia in manPain Seattle v 86 n 1-2 p 293-303 Mar 2000

WAY L W DUNPHY J E Biliary tract In WAY L W DUNPHY J E Cirurgiadiagnoacutestico e tratamento 9 ed Rio de Janeiro Guanabara koogan 1993 525-552 p

WILKIESON C A et al Toleration side-effects an efficacy of sulphasalazine in rheumatoidarthritis patients of different ages Quarterly Journal of Medicine Oxford v 86 n 8 p501-505 Aug 1993

WOOD L Fisiologia da dor In KITCHEN S BAZIN S Eletroterapia de Clayton 10ed Satildeo Paulo Manole 1998 80-85 p

WOOLF C J CHONG M-S Preemptive analgesia treating postoperative pain bypreventing the establishment of central sensitization Anesthesia amp Analgesia Baltimore v77 n 2 p 362-379 Aug 1993

WU W-P et al The very-high-efficacy 5-HT1A receptor agonist F 13640 preempts thedevelopment of allodynia-like behaviors in rats with spinal cord injury European Journal ofPharmacology Utrecht v 478 n 2-3 p 131-137 Oct 2003

YENG L T et al Medicina fiacutesica e reabilitaccedilatildeo em doentes com dor crocircnica In TEIXEIRAM J FIGUEIROacute J A B Dor epidemiologia fisiopatologia avaliaccedilatildeo siacutendromesdolorosas e tratamento Satildeo Paulo Grupo Editorial Moreira Jr 2001 131-140 p

ZAacuteRATE E et al The use of transcutaneous acupoint electrical stimulation for preveningnausea and vomiting after laparoscopic surgery Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 92 n3 p 629-35 Mar 2001

ZHOU G Z XI G F Comparison between transcutaneous nerve stimulation analgesiceffect and electroacupuncture Analgesic effect in rabbits Acupuncture and Electro-therapeutics Research Oxford v 11 n 2 p 119-125 May 1986

123

APEcircNDICE

124

APEcircNDICE

APEcircNDICE A ndashndash Ficha de identificaccedilatildeo da paciente

Nuacutemero do estudo __________

Leito__________

Data da cirurgia __________

Hospital ________________________________

Nome___________________________________

Prontuaacuterio da paciente ______________

Idade ________ Peso ________ Estatura ________ Sexo ( ) M ( ) F

Diagnoacutestico cliacutenico _______________________________

Profissatildeo ________________________

Naturalidade _____________________

Niacutevel de escolaridade ( ) Nunca estudou ( ) 1deg grau incompleto ( ) 1deg grau completo

( )2deg grau incompleto ( )2deg grau completo ( )3deg grau incompleto ( )3deg grau completo

Possui ( ) Hepatopatia ( ) Nefropatia ( ) Algum tipo de enfermidade maligna

( ) Hipertensatildeo arterial ( ) Diabetes Outra_________________

Sentia dor Em caso de sim haacute quanto tempo ____________________________________

Utilizava algum medicamento para combatecirc-la ( ) Sim ( ) Natildeo

Qual _____________________________

Faz ou fez uso de algum outro tipo de medicaccedilatildeo para combater essa dor Em caso de sim

qual e haacute quanto tempo

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

125

APEcircNDICE B ndashndash Termo de consentimento livre e esclarecido

A senhora seraacute submetida a uma cirurgia na qual o tratamento poacutes-ciruacutergico eacute feito

com remeacutedios para aliviar a dor A nossa pesquisa intitulada ldquoESTIMULACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

TRANSCUTAcircNEA DO NERVO ANALGESIA PREEMPTIVA EM COLECISTECTOMIA

POR LAPAROTOMIArdquo usaraacute antes da realizaccedilatildeo da cirurgia durante 60 minutos um

aparelho chamado TENS Queremos saber no periacuteodo poacutes-operatoacuterio o seu niacutevel de dor e a

sua satisfaccedilatildeo com o tratamento Esse tipo de tratamento por noacutes proposto natildeo promove danos

lesivos agrave sua sauacutede e natildeo oferece fatores de risco O fato de vocecirc concordar em participar

desse estudo natildeo implica prejuiacutezo agrave sauacutede bem assim natildeo alteraraacute de nenhuma forma o

tratamento jaacute estabelecido

Eu ________________________________ RG _____________________ fui

informada dos objetivos da pesquisa acima de maneira clara e detalhada Recebi informaccedilotildees

a respeito do tratamento proposto e esclareci minhas duacutevidas Sei que a qualquer momento

poderei solicitar novas informaccedilotildees e modificar minha decisatildeo se assim o desejar Sei tambeacutem

que todos os dados dessa pesquisa ficaratildeo em sigilo e terei a liberdade de retirar meu

consentimento de participaccedilatildeo na pesquisa

________________________________ ____________________________

Paciente Pesquisador

Digital (para caso de pacientes natildeo letrados)

126

APEcircNDICE C ndashndash Ficha de aplicaccedilatildeo da TENS e do ato ciruacutergico

APLICACcedilAtildeO DA TENS

Nuacutemero do estudo ________ Leito__________

Grupo a que pertence a paciente ( ) Preemptivo ( ) Placebo

Paracircmetros de aplicaccedilatildeo da TENS duraccedilatildeo de pulso (T) = 250 micros frequumlecircncia (F) = 4 Hz

e tempo = 60 min

Iniacutecio da aplicaccedilatildeo _____________h

Teacutermino da aplicaccedilatildeo ___________h

Obs _______________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ATO CIRUacuteRGICO

ASA I ( ) II ( )

Horaacuterio de induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ____________h

Medicaccedilatildeo anesteacutesica _________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Horaacuterio da cirurgia Iniacutecio ________h Teacutermino ________ h

Duraccedilatildeo da cirurgia _____________min

Meacutedico cirurgiatildeo ______________________________

Meacutedico anestesista _____________________________

Houve alguma intercorrecircncia ciruacutergica ( )Sim ( ) Natildeo

Horaacuterio da intercorrecircncia ______h

OBS_______________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Obs Lembrar de solicitar ao cirurgiatildeo que a dipirona seja prescrita de 6 em 6 h e o

diclofenaco de soacutedio e a metoclopramida como medicaccedilatildeo de resgate Informaacute-lo que essa

prescriccedilatildeo deveraacute ser procedida durante todo o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar

127

APEcircNDICE D ndashndash Ficha de avaliaccedilatildeo da dor pela Escala Numeacuterica de

Mensuraccedilatildeo da Dor

Nuacutemero do estudo_____ Leito __________________Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________Nome da paciente_______________________________________Horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio Anesteacutesico __________h-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------1) Horaacuterio_______h (2 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)

ENDa na cicatriz_______ENDa em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

2) Horaacuterio_______h (3 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDb na cicatriz_______ENDb em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

3) Horaacuterio_______h (4 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDc na cicatriz_______ENDc em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

4) Horaacuterio_______h (5 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDd na cicatriz_______ENDd em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________

Obs______________________________________________________________________

5) Horaacuterio_______h (7 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDe na cicatriz_______ENDe em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) _________________________Obs_____________________________________________________________________

6) Horaacuterio_______h (8 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDf na cicatriz_______ENDf em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

7) Horaacuterio_______h (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDg na cicatriz_______ENDg em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

8) Horaacuterio_______h (agraves 0700 h do dia de alta hospitalar)ENDh na cicatriz_______ENDh em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________Sentiu dor no ombro em algum momento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio _________________

128

APEcircNDICE E ndashndash Questionaacuterio de Dor McGill

Nuacutemero do estudo_____ Leito__________Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________Nome da paciente_______________________________________Aplicaccedilatildeo do MPQ (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico) __________hldquoAlgumas das palavras que eu vou ler descrevem a sua dor atual Diga-me qual palavra de cada grupomelhor descreve a sua dor Natildeo escolha aquelas que natildeo se aplicam Escolha somente uma palavra decada grupo a mais adequada para a descriccedilatildeo de sua dor Caso nenhuma palavra expresse a sua dorvocecirc pode dizer nenhumardquo

1ordf

( ) 1VIBRACcedilAtildeO

( ) 2TREMOR

( ) 3PULSANTE

( ) 4LATEJANTE

( ) 5COMO BATIDA

( ) 6COMO PANCADA

2ordf

( ) 1PONTADA

( ) 2CHOQUE

( ) 3TIRO

3ordf

( ) 1AGULHADA

( ) 2PERFURANTE

( ) 3FACADA

( ) 4PUNHALADA

( ) 5EM LANCcedilA

4ordf

( ) 1FINA

( ) 2CORTANTE

( ) 3ESTRACcedilALHA

5ordf

( ) 1BELISCAtildeO

( ) 2PRESSAtildeO

( ) 3MORDIDA

( ) 4COacuteLICA

( ) 5ESMAGAMENTO

6ordf

( ) 1FISGADA

( ) 2PUXAtildeO

( ) 3EM TORCcedilAtildeO

7ordf

( ) 1CALOR

( ) 2QUEIMACcedilAtildeO

( ) 3FERVENTE

( ) 4EM BRASA

8ordf

( ) 1FORMIGAMENTO

( ) 2COCEIRA

( ) 3ARDOR

( ) 4FERROADA

9ordf

( ) 1MAL LOCALIZADA

( ) 2DOLORIDA

( ) 3MACHUCADA

( ) 4DOIacuteDA

( ) 5PESADA

10ordf

( ) 1SENSIacuteVEL

( ) 2ESTICADA

( ) 3ESFOLANTE

( ) 4RACHANDO

11ordf

( ) 1CANSATIVA

( ) 2EXAUSTIVA

12ordf

( ) 1ENJOADA

( ) 2SUFOCANTE

13ordf

( ) 1CASTIGANTE

( ) 2ATORMENTA

( ) 3ATERRORIZANTE

( ) 4MALDITA

( ) 5MORTAL

14ordf

( ) 1AMEDRONTADA

( ) 2APAVORANTE

( ) 3CRUEL

15ordf

( ) 1MISERAacuteVEL

( ) 2ENLOUQUECEDORA

16ordf

( ) 1CHATA

( ) 2QUE INCOMODA

( ) 3DESGASTANTE

( ) 4FORTE

( ) 5INSUPORTAacuteVEL

129

17ordf

( ) 1ESPALHA

( ) 2IRRADIA

( ) 3PENETRA

( ) 4ATRAVESSA

18ordf

( ) 1APERTA

( ) 2ADORMECE

( ) 3REPUXA

( ) 4ESPREME

( ) 5RASGA

19ordf

( ) 1FRIA

( ) 2GELADA

( ) 3CONGELANTE

20ordf

( ) 1ABORRECIDA

( ) 2DAacute NAacuteUSEA

( ) 3AGONIZANTE

( ) 4PAVOROSA

( ) 5TORTURANTE

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Iacutendice Quantitativo de Dor

Sensorial SensorialAfetiva Afetiva

Avaliativa AvaliativaMiscelacircnea Miscelacircnea

Total Total

130

APEcircNDICE F ndashndash Ficha de avaliaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo dos pacientes pela Escala

de Satisfaccedilatildeo do Paciente

Nuacutemero do estudo_____

Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________

Nome da paciente_______________________________________

Horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio Anesteacutesico __________h

Leito__________

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

1) Horaacuterio_______h (3 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPb_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

2) Horaacuterio_______h (5 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPd_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

3) Horaacuterio_______h (8 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio o bloqueio)ESPf_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

4) Horaacuterio________h (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPg_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

5) Horaacuterio________h (momento da alta hospitalar)ESPh_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

131

APEcircNDICE G ndashndash Ficha de registro da administraccedilatildeo de faacutermacos no poacutes-operatoacuterio

Qual o tempo decorrido desde a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ateacute a 1ordf requisiccedilatildeo deanalgeacutesicos _____

MEDICAMENTO DIA DOSE HORAacuteRIO VIA DE ADMINISTRACcedilAtildeO

DIPIRONA

_____________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

DICLOFENACO DE

SOacuteDIO

_____________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

METOCLOPRAMIDA

____________________________________________

____________________________________________________

________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

OUTROS

____________________________________________

____________________________________________________

________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

Observaccedilotildees sobre naacuteuseas e ecircmesis____________________________________________________________________________________________________________________________

132

APEcircNDICE H ndashndash Questionaacuterio sobre a aplicaccedilatildeo da TENS

As perguntas que eu vou ler para a senhora referem-se agrave TENS (Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica

Transcutacircnea do Nervo) aquele aparelho que foi utilizado na senhora antes da cirurgia

1) A aplicaccedilatildeo da TENS

( ) Natildeo incomodou

( ) Incomodou um pouco

( ) Incomodou razoavelmente

( ) Incomodou muito

2) Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dor poacutes-operatoacuteriausar

( ) Somente a TENS

( ) Somente os medicamentos

( ) A TENS e os medicamentos

133

APEcircNDICE I ndashndash Lista de tabelas com os resultados da pesquisa

Tabela 13 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo preemptivoPaciente a b c d e f g h

1deg 4 3 4 4 3 3 2 22deg 0 0 0 0 0 0 3 03deg 5 5 55 8 8 5 0 04deg 0 0 4 3 75 75 9 35deg 0 2 4 3 5 5 10 06deg 0 0 0 0 5 6 0 77deg 0 0 0 0 0 0 0 08deg 0 0 0 0 0 0 3 29deg 0 0 0 0 1 4 6 0

10deg 0 2 1 3 3 0 2 311deg 0 0 0 5 0 6 3 112deg 0 0 3 3 2 0 3 313deg 0 2 3 6 3 3 4 014deg 0 0 10 10 3 5 7 115deg 3 3 1 3 3 2 2 016deg 0 0 0 0 4 4 6 017deg 0 0 5 3 8 4 3 018deg 0 0 0 0 0 0 3 019deg 0 0 0 0 4 7 9 020deg 0 0 0 0 0 2 2 021deg 0 0 0 1 3 3 2 022deg 0 0 0 2 0 2 0 023deg 5 7 4 7 9 8 8 224deg 0 0 0 35 6 6 1 025deg 4 5 6 5 3 3 2 0

a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da altahospitalar)

134

Tabela 14 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo placeboPaciente a b c d e F g h

1deg 0 0 0 1 5 10 4 42deg 1 1 0 2 3 1 4 23deg 0 0 3 5 10 10 5 54deg 3 5 3 3 3 3 0 25deg 0 0 0 0 4 8 7 46deg 5 5 8 8 3 3 0 07deg 0 0 4 5 9 9 6 08deg 5 10 10 0 0 0 7 19deg 0 2 4 10 8 9 3 8

10deg 0 0 0 0 0 2 3 411deg 0 0 1 4 5 8 7 412deg 0 0 1 4 4 5 5 013deg 0 6 7 4 45 3 3 314deg 0 1 9 9 6 6 4 215deg 0 0 0 4 6 7 5 016deg 0 0 6 10 2 3 4 017deg 1 5 7 8 8 5 4 118deg 0 0 5 8 2 2 3 019deg 0 0 2 3 5 6 0 020deg 0 0 0 10 9 2 6 021deg 2 3 6 7 2 3 3 122deg 0 5 7 2 4 0 0 023deg 0 7 0 0 0 0 1 024deg 0 3 8 8 8 9 8 325deg 1 3 5 5 8 8 0 0

a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da altahospitalar)

135

Tabela 15 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupopreemptivo com o tratamento que estava sendo realizado obtidospela Escala de Satisfaccedilatildeo dos PacientesPaciente b d f g h

1deg 8 8 9 9 92deg 8 10 10 10 103deg 8 8 9 9 94deg 9 9 9 95 105deg 8 10 10 10 106deg 8 8 10 10 107deg 10 10 10 10 108deg 10 10 10 10 109deg 10 10 10 10 10

10deg 10 10 10 10 1011deg 10 10 10 10 1012deg 10 10 10 10 1013deg 10 10 8 10 1014deg 10 10 10 10 1015deg 9 9 9 9 1016deg 8 8 8 9 1017deg 10 10 10 10 1018deg 10 10 10 10 1019deg 10 9 8 6 1020deg 10 10 10 10 1021deg 10 10 10 10 1022deg 10 10 8 9 1023deg 10 10 10 10 1024deg 10 10 10 10 1025deg 10 10 10 10 10

b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)

136

Tabela 16 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupoplacebo com o tratamento que estava sendo realizado obtidos pelaEscala de Satisfaccedilatildeo dos PacientesPaciente b d f g h

1deg 8 10 7 10 82deg 8 8 9 9 93deg 10 10 10 10 104deg 10 10 10 10 105deg 10 10 10 10 106deg 10 10 10 10 107deg 9 6 8 8 98deg 8 8 8 4 39deg 5 5 5 8 10

10deg - - - - -11deg 10 10 10 10 1012deg 7 7 7 5 513deg 9 9 9 9 1014deg 8 6 9 9 1015deg 10 10 8 10 1016deg 10 9 10 10 1017deg 8 10 10 10 1018deg 10 10 10 10 1019deg 10 10 10 10 1020deg 8 10 10 10 1021deg 8 10 10 10 1022deg 10 10 10 10 1023deg 10 10 10 10 1024deg 10 8 9 10 1025deg 10 10 10 10 10

b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar) A 10deg paciente desse grupo natildeo conseguiu compreender a Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

137

Tabela 17 ndashndash Uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico e tempo decorrido desde essa induccedilatildeo ateacute a primeira solicitaccedilatildeodessa droga nos grupos preemptivo e placebo

Uso de diclofenaco de soacutedio Tempo (min)

Paciente Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo

1deg Natildeo Sim - 2302deg Natildeo Natildeo - -3deg Natildeo Sim - 4404deg Natildeo Sim - 2255deg Sim Sim 224 6906deg Natildeo Sim - 5057deg Natildeo Natildeo - -8deg Sim Sim 805 3009deg Sim Natildeo 465 -

10deg Natildeo Sim - 84011deg Sim Natildeo 435 -12deg Sim Natildeo 415 -13deg Sim Sim 330 41014deg Sim Sim 310 36015deg Natildeo Sim - 72216deg Sim Natildeo 716 -17deg Sim Sim 685 40018deg Sim Sim 570 39519deg Natildeo Natildeo - -20deg Natildeo Sim - 61521deg Natildeo Sim - 42022deg Natildeo Natildeo - -23deg Sim Sim 305 50024deg Sim Natildeo 590 -25deg Natildeo Natildeo - -

138

Tabela 18 ndashndash Presenccedila de dor no ombro direito noperiacuteodo poacutes-operatoacuterio nas pacientes dos grupospreemptivo e placebo

Relato de dor no ombro direito

Paciente Grupo preemptivo Grupo placebo

1deg Natildeo Sim2deg Sim Natildeo3deg Natildeo Natildeo4deg Natildeo Sim5deg Sim Sim6deg Natildeo Natildeo7deg Natildeo Natildeo8deg Natildeo Natildeo9deg Sim Natildeo10deg Natildeo Natildeo11deg Natildeo Natildeo12deg Natildeo Sim13deg Natildeo Natildeo14deg Sim Sim15deg Sim Natildeo16deg Natildeo Natildeo17deg Sim Natildeo18deg Natildeo Sim19deg Sim Natildeo20deg Natildeo Natildeo21deg Sim Natildeo22deg Sim Sim23deg Natildeo Natildeo24deg Sim Natildeo25deg Natildeo Sim

139

Tabela 19 ndashndash Quantidade de vezes em que a metoclopramida o diclofenaco de soacutedio e adipirona foram administradas em cada paciente durante todo o periacuteodo poacutes-operatoacuterio em queelas estavam internadas

Metoclopramida (10 mg) Diclofenaco de soacutedio(75 mg)

Dipirona (1 g)

Paciente Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo

1deg - - - 1 7 72deg 1 - 2 2 4 73deg - - - 1 7 74deg - - 1 1 7 75deg - - 2 3 4 76deg - 2 - 1 7 67deg 1 2 - - 6 78deg 1 - 1 2 7 79deg - - 3 - 6 7

10deg 3 - - 1 3 711deg - - 1 - 7 612deg 1 - 1 - 7 713deg - - 1 2 7 714deg - 2 3 1 7 715deg - 2 - 2 7 416deg - 1 - - 7 617deg - 1 1 1 7 718deg - - 1 3 7 719deg - - - 1 6 720deg - - 1 3 7 721deg - - - 1 7 722deg - - 1 1 7 423deg - 2 1 2 7 224deg - 1 3 - 3 425deg - - - 1 7 3

  • ElementosPre-textuaispdf
  • EstimulaccedilatildeoEleacutetricaTranscutacircneaDoNervo-AnalgesiaPreemptivapdf

ldquoAprendemos em decorrecircncia de literalmente centenas de experiecircncias que existe um limite

para a eficaacutecia de qualquer terapia empregada poreacutem felizmente os efeitos de duas ou mais

terapias fornecidas em combinaccedilatildeo satildeo cumulativosrdquo

Melzack e Wall 1987

RESUMO

GUERRA D R Estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea do nervo analgesia preemptiva emcolecistectomia por laparotomia 2005 139 f Dissertaccedilatildeo de mestrado ndashndash Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto 2005

Introduccedilatildeo O uso da Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo (TENS) vem sendo muito

pesquisado em poacutes-operatoacuterios todavia os estudos natildeo analisam se a TENS de baixa

frequumlecircncia ndashndash que estimula a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos ndashndash seria eficiente em promover

analgesia preemptiva Objetivo Analisar se essa modalidade de TENS aplicada antes de

colecistectomias por laparotomia poderia proporcionar analgesia preemptiva Casuiacutestica e

meacutetodo A pesquisa ndashndash cliacutenica controlada randomizada e duplamente encoberta ndashndash foi

realizada no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio e teve uma amostra de 50 pacientes todas do sexo

feminino grupo preemptivo (n = 25) e placebo (n = 25) As pacientes do primeiro grupo

foram submetidas agrave aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia antes da cirurgia e as do grupo

placebo a uma falsa estimulaccedilatildeo Houve a padronizaccedilatildeo do cloridrato de bupivacaiacutena (05)

como droga anesteacutesica associado ao fentanil (2 ml) para a realizaccedilatildeo das colecistectomias e

da medicaccedilatildeo analgeacutesica utilizada no poacutes-operatoacuterio dipirona prescrita de 6 em 6 horas e

diclofenaco de soacutedio como medicaccedilatildeo de resgate A intensidade de dor poacutes-operatoacuteria foi

mensurada pela Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END) em 8 momentos (2frac12 3frac12

4frac12 5frac12 7 8 e 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico aleacutem de uma uacuteltima

verificaccedilatildeo no momento da alta hospitalar) e pelo Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ)

aplicado 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico Outrossim o grau de satisfaccedilatildeo das

pacientes com o tratamento foi mensurado pela Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (ESP) Os

dados foram analisados por meio de testes estatiacutesticos descritivos Teste de Mann-Whitney

Teste-t de Student para amostras natildeo-pareadas e qui-quadrado sendo o niacutevel de significacircncia

de 5 Resultados A intensidade de dor mensurada pela END foi significantemente menor

no grupo preemptivo nas terceira e quarta coletas Natildeo houve diferenccedila significante quanto

aos iacutendices obtidos pelo MPQ e nem quanto agrave satisfaccedilatildeo das pacientes o consumo de drogas

analgeacutesicas no poacutes-operatoacuterio e o tempo para o primeiro requerimento de diclofenaco de

soacutedio Conclusatildeo A TENS de baixa frequumlecircncia proporcionou analgesia preemptiva apoacutes

colecistectomia por laparotomia

Palavras-chave dor estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea do nervo colecistectomia analgesiapreemptviva

ABSTRACT

GUERRA D R Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation preemptive analgesia inopen cholecystectomy 2005 139 f Masterrsquos dissertation ndashndash Faculdade de Medicina deRibeiratildeo Preto Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto 2005

Introduction Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation (TENS) has been searched in the

postoperative period however these studies donrsquot analyze whether low frequency TENS ndashndash

that stimulates the release of endogenous opioids ndashndash could be efficient to provide preemptive

analgesia Objective The aim of this study was to verify whether low frequency TENS

applied before open cholecystectomies could provide it Cases and method It was a

controlled randomized and double-blinded trial carried out at the Hospital Satildeo Domingos

Saacutevio (Aracaju city Brazil) and had a sample of 50 patients preemptive group (n = 25) and

placebo (n = 25) The patients from the first group were submitted to the application of TENS

before the surgery and the placebo group to a false stimulation There was the standardization

of the bupivacaine (05 ) as anesthetic drug plus fentanyl (2 ml) for the accomplishment of

the cholecystectomies and of the analgesic medication used in the postoperative period

dipyrone prescribed for every 6 hours and diclofenac only if the patients complained about

pain Pain intensity was measured by the Numerical Rating Scale (NRS) in 8 moments (2frac12

3frac12 4frac12 5frac12 7 8 e 16 hours after inducing the anesthesia besides one last verification at the

hospital discharge) and by the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (Br-MPQ)

applied 16 hours after inducing the anesthesia Patient satisfaction level in relation to the

treatment was measured by the Patient Satisfaction Scale (PSS) The data were analyzed by

Mann-Whitney Test unpaired t-test and qui-square being significant those data with p lt

005 Results Pain intensity measured by the NRS was lower in the preemptive group in the

third and fourth verifications There was no difference neither in relation to the indexes

obtained with the Br-MPQ nor the PSS consume of analgesics in the postoperative and time

for the first request of diclofenac Conclusion Low frequency TENS provided preemptive

analgesia after open cholecystectomy

Keywords pain transcutaneous electrical nerve stimulation cholecystectomy preemptive

analgesia

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 ndashndash Aparelho Dualpex 961

Figura 2 ndashndash Aparelho Physiotonus Four

Figura 3 ndashndash Simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENS

Figura 4 ndashndash Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor numerada de 0 a 10cm

Graacutefico 1 ndashndash Representaccedilatildeo das idades das pacientes

Graacutefico 2 ndashndash Representaccedilatildeo dos pesos das pacientes

Graacutefico 3 ndashndash Representaccedilatildeo das estaturas das pacientes

Graacutefico 4 ndashndash Representaccedilatildeo dos Iacutendices de Massa Corporal (IMC) das pacientes

Graacutefico 5 ndashndash Relato das pacientes sobre o periacuteodo em meses em que vinham sentindodor devido agrave doenccedila da vesiacutecula biliar

Graacutefico 6 ndashndash Estado fiacutesico das pacientes de acordo com a classificaccedilatildeo da SociedadeAmericana de Anestesiologia

Graacutefico 7 ndashndash Relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos antes da colecistectomiapara o tratamento da dor decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou deoutras doenccedilas crocircnicas

Graacutefico 8 ndashndash Representaccedilatildeo do tempo decorrido desde o teacutermino da aplicaccedilatildeo daEstimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo ateacute a induccedilatildeo do bloqueioAnesteacutesico nas pacientes

Graacutefico 9 ndashndash Representaccedilatildeo da duraccedilatildeo das cirurgias

Graacutefico 10 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia da intensidade de dor incisional por meio daEND (Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)

Graacutefico 11 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento queestava sendo realizado obtida pela ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente)

Graacutefico 12 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total eem cada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivoe placebo

Graacutefico 13 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia do Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e emcada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo eplacebo

35

35

37

39

46

47

47

48

50

51

52

53

54

56

58

64

66

Graacutefico 14 ndashndash Representaccedilatildeo do consumo de diclofenaco de soacutedio pelas pacientes nasprimeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico

Graacutefico 15 ndashndash Representaccedilatildeo dos intervalos desde a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ateacute asolicitaccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio nas pacientes que assim a fizeram nasprimeiras 16 horas apoacutes tal induccedilatildeo

Graacutefico 16 ndashndash Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram diclofenaco de soacutedio desdeo iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar

Graacutefico 17 ndashndash Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram dipirona desde o iniacutecio doperiacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar

Graacutefico 18 ndashndash Ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes em algummomento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio durante a internaccedilatildeo hospitalar

Graacutefico 19 ndashndash Uso de metoclopramida pelas pacientes durante o periacuteodo de internaccedilatildeohospitalar

Graacutefico 20 ndashndash A aplicaccedilatildeo da TENS

Graacutefico 21 ndashndash Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dorpoacutes-operatoacuteria usar

67

68

69

70

71

72

73

74

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndashndash Dados demograacuteficos da amostra

Tabela 2 ndashndash Distribuiccedilatildeo da categoria de peso das pacientes de acordo com os dadosobtidos pelo iacutendice de massa corporal (IMC)

Tabela 3 ndashndash Niacutevel de escolaridade das pacientes

Tabela 4 ndashndash Diagnoacutestico cliacutenico das pacientes

Tabela 5 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) da intensidade de dorincisional mensurada por meio da END (Escala Numeacuterica deMensuraccedilatildeo da Dor

Tabela 6 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) do grau de satisfaccedilatildeodas pacientes com o tratamento que estava sendo realizado

Tabela 7 ndashndash Relaccedilatildeo dos descritores do Questionaacuterio de Dor McGill selecionadospelas pacientes

Tabela 8 ndashndash Nuacutemero de pacientes que selecionou cada subcategoria do Questionaacuterio deDor McGill

Tabela 9 ndashndash Descritores do Questionaacuterio de Dor McGill mais frequumlentementeselecionados pelas pacientes

Tabela 10 ndashndash Iacutendice do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill

Tabela 11 ndashndash Relaccedilatildeo do Nuacutemero de Palavras Escolhidas nas categorias sensorial(NWC-S) e afetiva (NWC-Af) entre os grupos preemptivo e placebo

Tabela 12ndashndash Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cada categoria doQuestionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placebo

Tabela 13 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo preemptivo

Tabela 14 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo placebo

Tabela 15 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupo preemptivo com otratamento que estava sendo realizado obtidos pela Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

Tabela 16 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupo placebo com otratamento que estava sendo realizado obtidos pela Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

46

49

49

49

55

57

60

61

62

63

63

65

133

134

1356

Tabela 17 ndashndash Uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico e tempo decorrido desde essa induccedilatildeo ateacute a primeirasolicitaccedilatildeo dessa droga nos grupos preemptivo e placebo

Tabela 18 ndashndash Presenccedila de dor no ombro direito no periacuteodo poacutes-operatoacuterio naspacientes dos grupos preemptivo e placebo

Tabela 19 ndashndash Quantidade de vezes em que a metoclopramida o diclofenaco de soacutedio ea dipirona foram administradas em cada paciente durante todo o periacuteodopoacutes-operatoacuterio em que elas estavam internadas

136

137

138

139

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACTH

AMPc

ASA

acirc-LPH

END

ESP

Adrenocorticotropina

Adenosina monofosfato

American Society of Anesthesiology (Sociedade Americana de Anestesiologia)

acirc-lipotropina

Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente

IASP International Association for the Study of Pain (Associaccedilatildeo Internacional para o

Estudo da Dor)

IBA

IMC

MPQ

NMDA

NWC

NWC-t

NWC-s

NWC-af

NWC-av

NWC-m

PPI

Iniacutecio do Bloqueio Anesteacutesico

Iacutendice de Massa Corporal

McGill Pain Questionnaire (Questionaacuterio de Dor McGill)

N-metil-D-aspartato

Number of Words Chosen (Nuacutemero de Palavras Escolhidas)

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Total

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Sensorial

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Afetiva

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Avaliativa

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Miscelacircnea

Present Pain Intensity (Intensidade de Dor Presente)

PRI Pain Rating Iacutendex (Iacutendice Quantitativo de Dor)

RNA

SEM

Aacutecido Ribonucleacuteico

Standard Error Mean (Erro Padratildeo da Meacutedia)

SN

SUS

TENS

TNLs

VAS

Sistema Nervoso

Sistema Uacutenico de Sauacutede

Transcutaneus Electrical Nerve Stimulation (Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do

Nervo)

Terminaccedilotildees Nervosas Livres

Visual Analogue Scale (Escala Analoacutegica Visual)

LISTA DE SIacuteMBOLOS

cm Centiacutemetro

g

H+

K+

h

Hz

Kg

m

ml

min

micros

acirc

auml

divide2

Grama

Iacuteon hidrogecircnio

Iacuteon potaacutessio

Hora

Hertz

Kilograma

Metro

Mililitro

Minuto

Microsegundo

Beta

Delta

Qui-quadrado

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 18

2 OBJETIVO

3 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

31 DESENHO DO ESTUDO

32 LOCAL

33 CASUIacuteSTICA E CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO E EXCLUSAtildeO

34 INTERNAMENTO DAS PACIENTES

35 RANDOMIZACcedilAtildeO

36 AVALIACcedilAtildeO CLIacuteNICA

37 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

38 MATERIAIS

39 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

391 Os grupos de pacientes da pesquisa

392 Teacutecnica de aplicaccedilatildeo da TENS

393 Teacutecnica anesteacutesica

394 Cirurgia e prescriccedilatildeo de medicamentos

395 Instrumentos de coleta de dados

3951 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END)

3952 Questionaacuterio de Dor McGill

3953 Escala de Satisfaccedilatildeo dos Pacientes

3954 Ficha do consumo de faacutermacos

3955 Questionaacuterio sobre a aplicaccedilatildeo da TENS

310 ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS DADOS

311 TEacuteCNICA UTILIZADA PARA A DEMONSTRACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

27

29

29

29

29

32

33

33

34

34

35

35

36

37

38

39

39

40

41

42

42

43

43

4 RESULTADOS

5 DISCUSSAtildeO

51 DADOS DEMOGRAacuteFICOS E CLIacuteNICOS

52 ANAacuteLISE DA DOR PELA ESCALA NUMEacuteRICA DE MENSURACcedilAtildeO DA DOR

53 ANAacuteLISE DA SATISFACcedilAtildeO DAS PACIENTES COM O TRATAMENTO

44

75

76

79

90

54 ANAacuteLISE DA DOR PELO QUESTIONAacuteRIO DE DOR McGILL

55 TEMPO PARA A PRIMEIRA ADMINISTRACcedilAtildeO DO DICLOFENACO DE

SOacuteDIO

56 ANAacuteLISE DO CONSUMO DE ANALGEacuteSICOS NO POacuteS-OPERATOacuteRIO

57 DOR REFERIDA

58 ANAacuteLISE DO CONSUMO DE METOCLOPRAMIDA

59 QUESTIONAacuteRIO SOBRE A TENS

6 CONCLUSAtildeO

92

99

101

104

105

106

108

REFEREcircNCIAS 110

APEcircNDICES 123

18

INTRODUCcedilAtildeO

19

1 INTRODUCcedilAtildeO

A dor um dos mais importantes mecanismos de defesa do corpo humano propicia

um sinal de alerta ao enceacutefalo de que os tecidos estatildeo expostos a uma situaccedilatildeo de perigo

mesmo que a dor ocorra antes de um real dano fiacutesico Haacute longiacutenquo tempo o homem pesquisa

maneiras para aliviar a dor o que proporcionou vaacuterios avanccedilos no campo das modalidades

analgeacutesicas com destaque para os opioacuteides ndashndash entre os faacutermacos e na fisioterapia os

estimuladores eleacutetricos como a Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo (Transcutaneus

Electrical Nerve Stimulation ndashndash TENS) modalidade terapecircutica que consiste na aplicaccedilatildeo de

corrente eleacutetrica ao corpo humano com fins analgeacutesicos (CHANDRAN SLUKA 2003

DuGAS 1988 FORTH BEYER PETER 1995 LOW REED 2001 STARKEY 2001

TEIXEIRA SOUZA 2001 WOOD 1998)

A tecnologia e a ciecircncia deram suporte agrave TENS natildeo apenas pela criaccedilatildeo dos

modernos e praacuteticos aparelhos eletroteraacutepicos mas tambeacutem pelo conhecimento acerca do seu

mecanismo de accedilatildeo possibilitando que essa teacutecnica fosse amplamente difundida em vaacuterios

paiacuteses De um modo geral a TENS possui inuacutemeras indicaccedilotildees podendo ser aplicada em

qualquer siacutendrome dolorosa aguda ou crocircnica de causa diagnosticada inclusive no periacuteodo

poacutes-operatoacuterio (ANTUNES et al 2002 BUTTON SAWYER 1999 CREPON 1996

DAMIANE C DAMIANE G 1998 IMAMURA et al 1995 ROBINSON 2001

SANTIESTEBAN 1993 SLUKA WALSH 2003)

Ultimamente tem-se abordado bastante o uso da TENS para o tratamento de dores

poacutes-operatoacuterias como as decorrentes de cirurgias cardiacuteacas colecistectomias toracotomias

endoscopias microlariacutengeas cirurgias laparoscoacutepicas gastrectomias entre outras A TENS

tem sido na maioria das pesquisas um recurso analgeacutesico eficiente em poacutes-operatoacuterios na

dependecircncia do tipo de cirurgia metodologia empregada grau de dor gerado e medicaccedilatildeo

20

concorrente Todavia as pesquisas tecircm restringido seu uso somente ao periacuteodo poacutes-ciruacutergico

natildeo a empregando antes de cirurgias com o intuito de tratar a dor antes mesmo do seu

surgimento (BENEDETTI et al 1997 CARROL BADURA 2001 LOMBARD et al 1996

MARIANO BEN 1998 MARIN CASTRO 1986 TOYOTA SATAKE AMAKI 1999

ZAacuteRATE et al 2001)

Existem quatro modalidades de TENS convencional acupuntura burst e breve-

intensa A TENS acupuntura muito conhecida como TENS de baixa frequumlecircncia estimula a

liberaccedilatildeo pela glacircndula hipoacutefise de ACTH (adrenocorticotropina) e acirc-lipotropina (acirc-LPH)

que eacute a substacircncia precursora da acirc-endorfina ocorrendo entatildeo a ligaccedilatildeo dessa com os

receptores das fibras nervosas bloqueando assim a passagem do impulso doloroso As acirc-

endorfinas permaneceriam circulando pelo organismo durante algumas horas promovendo

analgesia prolongada Outros autores relatam que haacute tambeacutem com o uso da TENS de baixa

frequumlecircncia a liberaccedilatildeo de outros tipos de opioacuteides endoacutegenos (BISSCHOP G BISSCHOP

Eacute COMMANDREacute 2001 CHESTERTON et al 2003 CREPON 1996 DAMIANE C

DAMIANE G 1998 ROBINSON 2001 SALGADO 1999 SLUKA et al 1999 SLUKA

2000 STARKEY 2001)

O uso da TENS para o tratamento da dor poacutes-operatoacuteria eacute estimulado pela tendecircncia

atual da analgesia multimodal que se caracteriza pela combinaccedilatildeo sineacutergica de agentes

analgeacutesicos ndashndash farmacoloacutegicos e natildeo-farmacoloacutegicos ndashndash com diferentes mecanismos de accedilatildeo e

vias de administraccedilatildeo proporcionando analgesia mais efetiva e com menor incidecircncia de

efeitos adversos devido agraves menores dosagens empregadas (LABRADA JIMEacuteNEZ-

GARCIA 2004 TORRE et al 2002) Outros recursos natildeo-farmacoloacutegicos tambeacutem tecircm sido

usados como acupuntura eletroacupuntura termoterapia massoterapia cinesioterapia

posicionamento imobilizaccedilatildeo outras correntes eletroanalgeacutesicas e teacutecnicas de relaxamento

meditaccedilatildeo e imaginaccedilatildeo (SOFAER 1994 YENG et al 2001)

21

Seguindo esse conceito de analgesia multimodal alguns experimentos cliacutenicos tecircm

analisado o efeito da analgesia preemptiva O qualificativo traduzido livremente do inglecircs

para a liacutengua portuguesa tem origem da palavra preemptive e significa profilaacutetico Assim

drogas analgeacutesicas e anesteacutesicas tecircm sido administradas antes mesmo do ato ciruacutergico com o

objetivo de minimizar o quadro aacutelgico no poacutes-operatoacuterio por inibiccedilatildeo dos fenocircmenos de

hipersensibilidade central e perifeacuterica Embora satisfatoacuterios resultados jaacute tenham sido obtidos

com a utilizaccedilatildeo desse meacutetodo ainda existem muitas controveacutersias sobre o tema tendo em

vista algumas tentativas frustradas de se obter esse tipo de estrateacutegia de analgesia (AIDA et

al 1999 KONRAD CORDEIRO COELI 2001 MCQUAY 1995 MOINICHE KEHLET

DAHL 2002 ONG et al 2005 PONTES PRADO 2002 SEKAR et al 2004 SINATRA

2002 WARNCKE STUBHAUG JORUM 2000)

Uma das questotildees mais polecircmicas sobre a analgesia preemptiva reside no seu

proacuteprio conceito e eacute relevante que esse seja bem definido para evitar interpretaccedilotildees erradas de

resultados Kissin (1994) afirma que constantemente haacute um errocircneo uso do termo em questatildeo

que deve ser restrito apenas agrave intervenccedilatildeo procedida antes da cirurgia com o objetivo de

reduzir a dor poacutes-operatoacuteria De acordo com Hepner (2000) algumas pesquisas vg a de

Motamed (2000) tecircm analisado o efeito de drogas antes do fechamento da incisatildeo ciruacutergica o

que natildeo caracteriza a analgesia preemptiva jaacute que o procedimento natildeo fora realizado antes da

cirurgia (ONG et al 2005)

Kissin (2000) criticou as 3 definiccedilotildees mais usadas de analgesia preemptiva a)

tratamento que comeccedila antes da cirurgia b) que previne o estabelecimento da

hipersensibilidade central causada pela lesatildeo incisional e c) que previne a hipersensibilidade

central causada pelas lesotildees incisional e inflamatoacuteria A primeira seria errocircnea pois a palavra

preemptivo significa preventivo e natildeo somente antes da incisatildeo ciruacutergica Assim bloqueios

ineficientes natildeo podem ser considerados preemptivos A segunda seria muito restrita pois

22

exclui a hipersensibilidade central causada pela inflamaccedilatildeo que ocorre no periacuteodo poacutes-

operatoacuterio inicial ideacuteia ratificada por Ong et al (2005) Contudo essa eacute a mais utilizada visto

que as diferenccedilas entre os resultados obtidos com as intervenccedilotildees que se processam antes e

apoacutes a cirurgia a evidenciam A uacuteltima eacute a mais ampla pois tambeacutem abrange a prevenccedilatildeo da

hipersensibilidade provocada pelo processo inflamatoacuterio

Inicialmente seu conceito abrangia apenas o tempo de administraccedilatildeo da droga para

verificar seu efeito comparando os momentos preacute e poacutes-operatoacuterios poreacutem natildeo englobava os

estudos que comparavam tratamentos com uso de medicaccedilatildeo analgeacutesica preacute-operatoacuteria versus

aqueles que natildeo a utilizavam (MOINICHE KEHLET DAHL 2002) Esse eacute o conceito de

analgesia preemptiva que estamos utilizando nessa pesquisa em que iremos comparar o uso

da TENS no periacuteodo preacute-operatoacuterio com um grupo placebo e natildeo comparar o seu efeito preacute

versus poacutes-operatoacuterio Alguns autores consideram que esse desenho de estudo estabelecido

em nossa pesquisa verificaria apenas uma analgesia preventiva e natildeo preemptiva natildeo

obstante nos detemos agravequeles que tambeacutem consideram esse desenho como meacutetodo para

verificar analgesia preemptiva

A colecistectomia eacute a cirurgia realizada para extrair a vesiacutecula biliar que se encontra

enferma seja devido a caacutelculos inflamaccedilotildees eou infecccedilotildees tendo uma alta incidecircncia

principalmente sobre a populaccedilatildeo mais idosa Ela pode ser procedida por laparotomia ou

laparoscopia O primeiro meacutetodo que eacute mais agressivo proporciona dor de caraacuteter moderado

a intenso no poacutes-operatoacuterio em decorrecircncia da incisatildeo ciruacutergica manipulaccedilatildeo da regiatildeo

ocasional irritaccedilatildeo da pleura pulmonar diafragmaacutetica e do nervo frecircnico e processo

inflamatoacuterio (ANDRADE 2002 BLUMGART 1988 BRENTANO 2003 GOFFI GOFFI

JUacuteNIOR SORBELLO 1996 MACHADO RAIA 1994 MARIANO BEN 1998

MERINO 2001 PEREacuteZ-AYUSO 2002 ROSLYN ZINNER 1996 WAY DUNPHY

1993)

23

Quando ocorre a lesatildeo tecidual perifeacuterica ndashndash decorrente vg da cirurgia ndashndash haacute dois

tipos de respostas do Sistema Nervoso (SN) sensibilizaccedilatildeo perifeacuterica ndashndash que eacute a diminuiccedilatildeo

do limiar de excitabilidade dos nociceptores perifeacutericos e sensibilizaccedilatildeo central ndashndash aumento

da excitabilidade dos neurocircnios da medula espinhal Essas modificaccedilotildees determinaratildeo o

estado de hipersensibilidade dolorosa caracteriacutestico de poacutes-operatoacuterios em que se verifica

reduccedilatildeo do limiar de dor e aumento da resposta aos estiacutemulos nocivos tanto no local da lesatildeo

quanto nos tecidos adjacentes (VALE 2000 WOOLF CHONG 1993)

Sabe-se que apoacutes o trauma ciruacutergico altas concentraccedilotildees de substacircncias

algiogecircnicas satildeo liberadas de ceacutelulas lesadas como os leucoacutecitos mastoacutecitos e plaquetas e de

moleacuteculas livres presentes no interior dos vasos sanguumliacuteneos Dentre essas substacircncias

destacam-se prostaglandinas leucotrienos aacutecido araquidocircnico bradicininas H+ K+

histamina substacircncia P tromboxanos serotonina entre outras que satildeo capazes de

sensibilizar os nociceptores das fibras Aauml e C amplamente distribuiacutedos nos tecidos

facilitando a transmissatildeo do impulso doloroso fenocircmeno conhecido como hiperalgesia

primaacuteria caracterizado pela reduccedilatildeo do limiar das terminaccedilotildees nervosas livres (TNLs) aos

estiacutemulos nocivos Em algumas horas a hiperalgesia secundaacuteria aumenta o tamanho da aacuterea

dolorida agrave medida que substacircncias quiacutemicas se difundem aos tecidos vizinhos tornando-os

hipersensiacuteveis (BONICA et al 1990 BRIDENBAUGH 1994 KISSIN 2000 ONG et al

2005 SINATRA 2002 STARKEY 2001 WOOLF CHONG 1993)

Sob condiccedilotildees normais os impulsos das fibras aferentes primaacuterias e dos

interneurocircnios espinhais ativam somente a zona de gatilho da ceacutelula localizada no seu centro

natildeo sendo suficiente para deflagrar o potencial de accedilatildeo na regiatildeo adjacente a este sendo o

estiacutemulo entatildeo sublimiar Todavia quando essas ceacutelulas sofrem sensibilizaccedilatildeo esses inputs

que eram sublimiares satildeo convertidos em estiacutemulos supra-limiares A maior excitabilidade

dessas ceacutelulas eacute responsaacutevel pela expansatildeo do nuacutemero de receptores especializados aumento

24

da magnitude e duraccedilatildeo da resposta aos estiacutemulos supra-limiares e reduccedilatildeo do limiar

incluindo aumento da excitabilidade tambeacutem dos mecanorreceptores de baixo limiar

(WOOLF CHONG 1993)

Isso tudo ocorreria porque a repetida deflagraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo nas fibras Aauml

e C acarretaria liberaccedilatildeo na medula espinhal de aacutecido glutacircmico e neuropeptiacutedeos A somaccedilatildeo

desses potenciais provoca progressivo aumento e duraccedilatildeo da despolarizaccedilatildeo dos neurocircnios da

coluna dorsal que ocorre em consequumlecircncia agrave ativaccedilatildeo de receptores N-metil-D-aspartato

(NMDA) e possivelmente de receptores de taquininas pela substacircncia P e neurocinina A

Essa ativaccedilatildeo seria resultado da entrada de caacutelcio atraveacutes dos canais iocircnicos ligante e

voltagem dependentes e da ativaccedilatildeo de proteiacutenas guanosina trifosfato e promoveria

mudanccedilas da concentraccedilatildeo de mensageiros secundaacuterios nos neurocircnios espinhais Esses

mensageiros secundaacuterios incluindo o AMPc (adenosina monofosfato) ciacuteclico alteram a

ativaccedilatildeo da proteiacutena cinase que pela fosforilaccedilatildeo de proteiacutenas como canais iocircnicos e

enzimas podem alterar suas funccedilotildees A ativaccedilatildeo da proteiacutena quinase em resposta agrave substacircncia

P tem demonstrado exercer um efeito de feedback positivo nos receptores NMDA dos

neurocircnios espinhais aumentando a eficaacutecia deles pela reduccedilatildeo da sua suscetibilidade ao

bloqueio de Magneacutesio (WOOLF CHONG 1993)

Mensageiros secundaacuterios podem tambeacutem dar origem a moleacuteculas de natureza ainda

natildeo bem elucidada que penetram nos neurocircnios e alcanccedilam o nuacutecleo celular provocando

modificaccedilotildees em sua expressatildeo geneacutetica com subsequumlente siacutentese de RNA mensageiro Este

estimula a produccedilatildeo de moleacuteculas que atuam como receptores excitatoacuterios e tambeacutem estaacute

envolvido na siacutentese de neurotransmissores retroacutegrados como oacutexido niacutetrico monoacutexido de

carbono e prostaglandinas que se disseminam das ceacutelulas para o interstiacutecio acarretando

liberaccedilatildeo de mais neurotransmissores excitatoacuterios dos aferentes primaacuterios O termo wind up

tem sido empregado para descrever esse aumento da excitabilidade dos neurocircnios do corno

25

posterior da medula espinhal Parece existir tambeacutem sensibilizaccedilatildeo neuronal das estruturas do

sistema liacutembico e nuacutecleos talacircmicos (KELLY AHMAD BRULL 2001 SINATRA 2002

TEIXEIRA 2001 WOOLF CHONG 1993)

Opioacuteides ndashndash sistecircmicos ou locais ndashndash anesteacutesicos locais antiinflamatoacuterios natildeo-

esteroidais antagonistas de receptores NMDA e antagonistas do receptor aacute-2 adreneacutergico tecircm

sido usados na tentativa de promover analgesia preemptiva por meio da inibiccedilatildeo de alguns

desses fenocircmenos citados anteriormente contudo o uso de recursos natildeo-farmacoloacutegicos

ainda natildeo tem sido muito empregado para tal finalidade (AIDA et al 1999 GOTTSCHALK

OCHROCH 2003 MAESTRONI et al 2002 MOINICHE KEHLET DAHL 2002

ROSAEG et al 2001 SINATRA 2002 TAYLOR 2002 WU et al 2003)

Logo a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia no momento imediatamente anterior

agrave realizaccedilatildeo da colecistectomia por laparotomia tem o intuito de promover uma

eletroanalgesia preemptiva ndashndash por meio da minimizaccedilatildeo da hipersensibilidade central ndashndash que

poderia modular a dor poacutes-operatoacuteria nas suas propriedades mais marcantes latecircncia

duraccedilatildeo intensidade e remissatildeo Isso poderia ocorrer pois a TENS poderia estimular a

liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos que por sua vez iriam prevenir a sensibilizaccedilatildeo central

O emprego da TENS de baixa frequumlecircncia para o tratamento da dor poacutes-operatoacuteria

pode proporcionar uma diminuiccedilatildeo da administraccedilatildeo dos faacutermacos analgeacutesicos habitualmente

usados no poacutes-operatoacuterio evitando alguns efeitos adversos decorrentes do uso dessas drogas

eg naacuteuseas vocircmito reaccedilotildees toacutexicas e aleacutergicas hipotensatildeo retenccedilatildeo urinaacuteria sonolecircncia

depressatildeo respiratoacuteria convulsatildeo constipaccedilatildeo e prurido A TENS aleacutem de natildeo ocasionar

esses problemas eacute um meacutetodo natildeo-invasivo de faacutecil aplicabilidade e que tem um pequeno

nuacutemero de contra-indicaccedilotildees (ANTUNES et al 2002 CHEN et al 1998 EISENBAUER

MURPHY 1998 FRAMPTON 1998 JAFFE MARTIN 1991 MARIANO BEN 1998

SILVA 1998 SLUKA et al 1999 TRIBIOLI 2003) De acordo com a pesquisa de Silveira

26

e Lima (2004) a TENS utilizada como meacutetodo analgeacutesico no poacutes-operatoacuterio imediato de

hernioplastia inguinal foi economicamente mais viaacutevel do que o tratamento convencional

visto que houve significante reduccedilatildeo das despesas hospitalares durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo dos pacientes em virtude do menor consumo de analgeacutesicos seringas descartaacuteveis

agulhas aacutelcool algodatildeo e luvas descartaacuteveis ndashndash materiais natildeo-biodegradaacuteveis que podem

proporcionar poluiccedilatildeo ambiental apresentar certo grau toacutexico e ocasionar infecccedilotildees Ong et

al (2005) ressaltam sobre a relevacircncia de se diminuir os custos com medicamentos e que a

analgesia preemptiva talvez possa contribuir para tal

27

OBJETIVO

28

2 OBJETIVO

A presente pesquisa teve como objetivo analisar o efeito da TENS de baixa

frequumlecircncia como recurso analgeacutesico preemptivo em pacientes submetidas a colecistectomia

por laparotomia

29

CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

30

3 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

31 Desenho do Estudo

Esse estudo foi uma pesquisa cliacutenica prospectiva controlada randomizada e

duplamente encoberta

32 Local

A pesquisa foi procedida no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio privado localizado na

cidade de Aracaju no periacuteodo de dezembro de 2003 a abril de 2005 com a experimentaccedilatildeo

em pacientes que foram submetidos a colecistectomia por laparotomia com incisatildeo do tipo

transversa subcostal direita sendo utilizada a TENS de baixa frequumlecircncia

33 Casuiacutestica e Criteacuterios de Inclusatildeo e Exclusatildeo

Como criteacuterios de inclusatildeo ficou estabelecido que soacute participariam da pesquisa os

pacientes que

bull fossem submetidos agrave colecistectomia por laparotomia em caraacuteter eletivo apenas com

incisatildeo transversa subcostal

bull tivessem sido operados por meio de financiamento do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

numa tentativa de ldquopadronizarrdquo a classe social dos pacientes

bull fossem operados no periacuteodo da tarde para evitar possiacuteveis influecircncias do ciclo circadiano

(MORIN et al 2000)

31

bull pertencessem ao sexo feminino somente para evitar a possibilidade de influecircncia do sexo

na percepccedilatildeo do fenocircmeno doloroso A escolha do sexo teve como fator preponderante a

alta incidecircncia de colecistectomias sobre as mulheres implicando minimizaccedilatildeo da

dificuldade em se obter uma casuiacutestica satisfatoacuteria Ademais ateacute por fatores culturais as

mulheres da nossa sociedade satildeo consideradas no que se concerne aos seus relatos sobre

dor mais sinceras do que os homens que muitas vezes natildeo satildeo tatildeo fidedignos por

questotildees machistas a esses relatos

bull possuiacutessem idade entre 21 e 65 anos

bull pertencessem aos estados fiacutesicos I e II da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA)

ASA I eacute a classificaccedilatildeo empregada para pacientes saudaacuteveis que natildeo tenham doenccedila de

base e ASA 2 para os que possuem uma doenccedila de base controlada com ou sem drogas

bull fossem naturais do Brasil e que compreendessem bem a liacutengua portuguesa para evitar

possiacuteveis dificuldades durante a coleta de dados

bull natildeo tivessem distuacuterbios de audiccedilatildeo visatildeo ou fala

bull natildeo tivessem distuacuterbios mentais eou intelectuais para natildeo somente compreender e aceitar

participar da pesquisa mas tambeacutem natildeo apresentar empecilhos durante a coleta dos dados

(PIMENTA TEIXEIRA 1997)

bull nunca tivessem sido submetidas a algum tipo de cirurgia abdominal alta o que poderia

influenciar na percepccedilatildeo da dor visto que a percepccedilatildeo eacute influenciada por preacutevias

experiecircncias

bull e que natildeo fossem portadoras de algum tipo de hepatopatia ou nefropatia diagnosticadas

32

Natildeo participariam da pesquisa os pacientes

bull que tivessem diagnoacutestico de enfermidade maligna pelas caracteriacutesticas diferenciadas das

dores oncoloacutegicas (MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO BRASIL 2001)

bull em que a TENS fosse um recurso contra-indicado (eg feridas na regiatildeo onde deveriam

ser colocados os eletrodos)

bull que fizessem ou fizeram uso crocircnico de opioacuteides pelo desenvolvimento de toleracircncia agrave

TENS (SLUKA et al 2000)

bull que tivessem feito uso de drogas analgeacutesicas em um periacuteodo inferior a 7 dias

bull que jaacute tivessem conhecimento sobre a TENS ou sido submetidos a algum tratamento com

o uso da mesma

bull que possuiacutessem alergia ou contra-indicaccedilatildeo agrave dipirona ou ao diclofenaco de soacutedio

medicaccedilotildees que eram prescritas para o periacuteodo poacutes-operatoacuterio

bull e que se recusassem ou desistissem de participar do trabalho ndashndash mesmo apoacutes assinatura

do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (apecircndice B)

34 Internamento das Pacientes

Todas as pacientes foram internadas pelo turno da manhatilde e ficavam aguardando a

cirurgia que era sempre realizada no periacuteodo da tarde em um dos 3 apartamentos coletivos

com capacidade para ateacute 4 pessoas cada um Os leitos ndashndash todos similares ndashndash eram os mesmos

que as pacientes ocupavam no periacuteodo poacutes-operatoacuterio O hospital somente aceitava um

maacuteximo de 2 internamentos por dia para a realizaccedilatildeo das colecistectomias por laparotomia

33

35 Randomizaccedilatildeo

Foram impressos em 32 pequenos papeacuteis a informaccedilatildeo ldquogrupo preemptivordquo e em

outros 32 ldquogrupo placebordquo que foram colocados em uma pequena caixa O processo de

randomizaccedilatildeo ocorreu com o auxiacutelio de duas pessoas que natildeo tinham conhecimento algum

sobre a pesquisa sendo solicitado agraves mesmas que retirassem cada um desses papeacuteis da caixa e

os colocassem dentro de envelopes ndashndash numerados de 1 a 64 ndashndash opacos que eram entatildeo

lacrados e somente abertos apoacutes a concordacircncia da paciente em participar da pesquisa

36 Avaliaccedilatildeo Cliacutenica

Inicialmente era procedida uma avaliaccedilatildeo cliacutenica realizada 2 h antes do horaacuterio

previsto para a realizaccedilatildeo da cirurgia com o propoacutesito de verificar se a paciente se

enquadrava ou natildeo nos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo estabelecidos pelo nosso protocolo

Dessa forma era solicitado agraves pacientes que respondessem agraves questotildees presentes na Ficha de

Identificaccedilatildeo do Paciente (apecircndice A) que possuiacutea questionamentos sobre idade sexo peso

estatura doenccedilas associadas diagnoacutestico cliacutenico entre outros Caso a paciente atendesse a

todos os preacute-requisitos era entatildeo rompido o lacre do envelope que correspondia ao seu

nuacutemero na pesquisa e somente entatildeo se sabia a que grupo pertenceria tal paciente O

pesquisador que ficava ciente dessa informaccedilatildeo acompanhava a paciente nas seguintes etapas

avaliaccedilatildeo cliacutenica explicaccedilatildeo sobre os instrumento de coleta de dados aplicaccedilatildeo da TENS e

acompanhamento da paciente no centro ciruacutergico Ou seja esse pesquisador natildeo era

responsaacutevel pela coleta dos dados no periacuteodo poacutes-operatoacuterio que era efetuada por outros

pesquisadores que natildeo sabiam a que grupo as pacientes pertenciam pois eles natildeo tinham

34

acesso nem agrave Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C) e nem aos

envelopes

Apoacutes a avaliaccedilatildeo cliacutenica era efetuada a etapa de treinamento das pacientes sobre as

escalas ndashndash posteriormente descritas ndashndash que seriam utilizadas apoacutes a cirurgia para que as

mesmas jaacute se habituassem com elas e pudessem realizar os seus questionamentos sobre tais

37 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Todas as pacientes que fizeram parte dessa pesquisa autorizaram a sua participaccedilatildeo

por meio de assinatura ou impressatildeo digital em concordacircncia ao que estava exposto no

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (apecircndice B) que constava de informaccedilotildees

sobre a forma de tratamento que lhes estava sendo proposta assim como seus benefiacutecios e

finalidades explicando que o estudo natildeo implicaria dano agrave sauacutede informando-lhes tambeacutem

quanto ao direito de solicitar novas informaccedilotildees esclarecer duacutevidas e desistir de participar da

pesquisa a qualquer momento Logo o estudo foi procedido de acordo com as normas

expressas na resoluccedilatildeo 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10101996 A coleta de

dados soacute teve iniacutecio apoacutes aprovaccedilatildeo pelo comitecirc de eacutetica e pesquisa

38 Materiais

Foram utilizados 2 aparelhos para o fornecimento da corrente eleacutetrica da TENS ndashndash

apoacutes preacutevia calibraccedilatildeo no Laboratoacuterio de Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe ndashndash o

Dualpex 961 e o Fisiotonus Four cujas fotos estatildeo apresentadas nas figuras 1 e 2

respectivamente Entre os materiais de consumo utilizados destacam-se esparadrapos gazes

e gel condutor Foram usados cabos que conectavam os aparelhos geradores de corrente

eleacutetrica aos eletrodos ndashndash de borracha quadrangulares e com aacuterea de 9 cm2 A reacutegua da Escala

35

Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END) foi utilizada para coletar a intensidade da dor aleacutem

do Questionaacuterio de Dor McGill e da Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente Algumas fichas

contidas no apecircndice e descritas posteriormente foram utilizadas para o registro de diversos

dados

Figura 1 Aparelho Dualpex 961 Figura 2 Aparelho Physiotonus FourFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra Fonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

39 Procedimentos Metodoloacutegicos

391 Os grupos de pacientes da pesquisa

As pacientes foram alocadas de forma aleatoacuteria em dois grupos

bull Grupo preemptivo ndashndash sendo submetidas agrave aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia durante

60 min antes da cirurgia com a utilizaccedilatildeo dos seguintes paracircmetros duraccedilatildeo de pulso de

250 micros e frequumlecircncia de 4 Hz A intensidade utilizada foi a maacutexima suportada pela

paciente em niacutevel motor Esses paracircmetros estatildeo de acordo com as orientaccedilotildees de

36

Johnson et al (1989) Low e Reed (2001) Robinson (2001) Salgado (1999) Starkey

(2001) Walsh et al (1998) e Wang et al (1997)

bull Grupo placebo ndashndash os eletrodos eram colocados nas pacientes poreacutem todos os paracircmetros

(duraccedilatildeo de pulso frequumlecircncia e intensidade) ficavam com referecircncia zero natildeo

possibilitando a passagem da corrente eleacutetrica O tempo da falsa aplicaccedilatildeo tambeacutem foi de

60 min

392 Teacutecnica de aplicaccedilatildeo da TENS

Antes da aplicaccedilatildeo da TENS era feita uma limpeza com o uso de aacutelcool da regiatildeo

onde seriam colocados os eletrodos a fim de diminuir a oleosidade da pele e remover sujeiras

facilitando dessa maneira a passagem da corrente eleacutetrica

A TENS de baixa frequumlecircncia foi aplicada nas pacientes ainda em seus leitos antes

de serem encaminhadas ao centro ciruacutergico sendo utilizada a teacutecnica quadripolar com os

eletrodos de borracha dispostos de maneira cruzada abrangendo os dermaacutetomos da regiatildeo

onde posteriormente seria realizada a incisatildeo ciruacutergica subcostal direita Os dados sobre a

aplicaccedilatildeo da TENS assim como as observaccedilotildees que se mostrassem relevantes eram

registrados na Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C) A foto da figura

3 representa a simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENS no periacuteodo preacute-operatoacuterio Apoacutes a aplicaccedilatildeo

da TENS as pacientes eram preparadas para serem encaminhadas ao centro ciruacutergico

37

Figura 3 Simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENSA linha vermelha ilustra o local onde seria realizada a incisatildeosubcostal direitaFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

393 Teacutecnica anesteacutesica

Em todas as pacientes houve administraccedilatildeo de diazepam como medicaccedilatildeo preacute-

anesteacutesica Houve padronizaccedilatildeo do meacutetodo anesteacutesico tendo sido utilizadas como drogas

anesteacutesicas o cloridrato de bupivacaiacutena (05) com vasoconstrictor administrado via

peridural podendo ou natildeo estar associado agrave xilocaiacutena com vasoconstrictor (20) associaccedilatildeo

essa que natildeo exercia influecircncia na duraccedilatildeo da analgesia e o fentanil (2 ml) tambeacutem

administrado via peridural A escolha dessas drogas deu-se por jaacute fazer parte da rotina desse

tipo de procedimento ciruacutergico no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio Os dados sobre as drogas

utilizadas observaccedilotildees necessaacuterias classificaccedilatildeo do estado fiacutesico da ASA entre outros eram

registrados na Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C)

38

394 Cirurgia e prescriccedilatildeo de medicamentos

A equipe meacutedica responsaacutevel pela realizaccedilatildeo de todas as intervenccedilotildees ciruacutergicas foi

composta por 4 cirurgiotildees e 3 anestesiologistas que se revezavam entre os dias da semana ndashndash

segunda a quinta-feira Todas as cirurgias foram realizadas por laparotomia sempre com

incisatildeo do tipo transversa subcostal direita

Apoacutes a cirurgia a prescriccedilatildeo meacutedica foi padronizada da seguinte forma a dipirona

(2 ml 500 mgml) era administrada de 6 em 6 h (sendo a primeira administraccedilatildeo efetuada 5 h

apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico que era determinado como sendo o momento em que

era introduzido o cloridrato de bupivacaiacutena no espaccedilo peridural) via intravenosa diclofenaco

de soacutedio (3 ml 25 mgml) prescrito como medicaccedilatildeo de resgate via intra-muscular somente

sendo administrado caso houvesse solicitaccedilatildeo por parte da paciente e a metoclopramida (2

ml 5 mgml) tambeacutem como medicaccedilatildeo de resgate Essa prescriccedilatildeo foi efetuada dessa

maneira porque a dor gerada pela colecistectomia por laparotomia tem um niacutevel de moderado

a intenso o que implicou a necessidade de algum faacutermaco analgeacutesico prescrito em horaacuterio

programado nesse caso a dipirona

O estabelecimento dessa teacutecnica de prescriccedilatildeo decorreu dos resultados obtidos com

as 6 pacientes do estudo piloto ndashndash em que toda a medicaccedilatildeo analgeacutesica era administrada

somente em caso de solicitaccedilatildeo pelas mesmas Percebeu-se analgesia insatisfatoacuteria dado os

relatos de altos iacutendices de dor e desconforto Dessa forma objetivamos nesse estudo a

utilizaccedilatildeo da TENS como um recurso analgeacutesico coadjuvante e natildeo uacutenico

39

395 Instrumentos de coleta de dados

3951 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

Como escala unidimensional para mensuraccedilatildeo da intensidade da dor foi utilizada a

END (figura 4) que consiste de uma reacutegua demarcada horizontalmente com valores em

centiacutemetros de 0 a 10 representando o primeiro valor a ausecircncia absoluta de dor e o maior

a dor mais insuportaacutevel possiacutevel sendo solicitado agrave paciente que indicasse aquele que melhor

caracterizaria o seu niacutevel de dor estando a paciente em repouso A dor leve estaria

representada por nuacutemeros compreendidos no intervalo de 0 a 3 a moderada pelos nuacutemeros 4

5 e 6 e a intensa por 7 8 9 e 10

Os dados foram registrados na Ficha de Avaliaccedilatildeo da Dor pela Escala Numeacuterica de

Mensuraccedilatildeo da Dor (apecircndice D) A coleta da intensidade de dor era procedida de acordo

com o horaacuterio de induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico sendo investigada 2frac12 h (ENDa) 3frac12 h

(ENDb) 4frac12 h (ENDc) 5frac12 h (ENDd) 7 h (ENDe) 8 h (ENDf) e 16 h (ENDg) apoacutes a sua

induccedilatildeo aleacutem de uma uacuteltima coleta procedida no momento da alta hospitalar (ENDh) dois

dias apoacutes a cirurgia pela manhatilde Optou-se em utilizar como referecircncia o horaacuterio da induccedilatildeo

Figura 4 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor numerada de 0 a 10 cmFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

40

do bloqueio anesteacutesico ao inveacutes do horaacuterio de teacutermino da cirurgia visto que grandes variaacuteveis

no tempo despendido para a realizaccedilatildeo das cirurgias poderiam influenciar nos niacuteveis de dor

relatados pelas pacientes jaacute que haveria assim discrepacircncias no tempo decorrido desde a

induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash momento de referecircncia para a contagem do tempo de

metabolizaccedilatildeo das drogas ndashndash ateacute as averiguaccedilotildees da intensidade de dor

Eacute relevante salientar que o pesquisador responsaacutevel pela coleta do niacutevel de dor natildeo

tinha conhecimento sobre o grupo a que pertencia a paciente e nem esta sobre em que grupo

estava alocada o que caracterizou um estudo do tipo duplamente encoberto

3952 Questionaacuterio de Dor McGill

O Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ) eacute composto por 78 descritores distribuiacutedos

em 4 categorias sensorial composta por 10 subcategorias cujos descritores aiacute contidos

traduzem a natureza somaacutetica e estatildeo relacionados com a fisiologia da dor afetiva que

conteacutem 5 subcategorias cujos descritores fornecem discernimentos sobre os aspectos

psicoloacutegicos que acompanham a dor avaliativa com uma uacutenica que descreve a intensidade

global da dor e finalmente a miscelacircnea que eacute composta por 4 subcategorias Eacute solicitado

ao paciente que circule ou sublinhe as palavras que melhor descrevem a sua dor ou apenas as

indique verbalmente (GRAHAM 1980 MELZACK 1975)

O MPQ possui trecircs partes a primeira serve para que o paciente indique em um

graacutefico do corpo humano a regiatildeo onde estaacute sentindo a dor ndashndash diagrama corporal da dor a

segunda eacute uma escala verbal para avaliar a intensidade de dor (Present Pain Intensity ndashndash PPI)

utilizando-se de cinco palavras leve desconfortaacutevel perturbadora horriacutevel e excruciante e a

uacuteltima utiliza os 78 descritores podendo-se daiacute se obterem dois iacutendices o Quantitativo da Dor

(PRI ndashndash Pain Rating Index) e o do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC ndashndash Number of

41

Words Chosen) Cada descritor tem um correspondente nuacutemero que seraacute utilizado para o

estabelecimento do PRI Por exemplo em uma subcategoria que contenha 3 descritores aos

mesmos seratildeo atribuiacutedos respectivamente os valores 1 2 e 3 de acordo com a ordem em que

aparecem na lista dos descritores (FERNANDEZ BOYLE 2001 PEREIRA SOUSA 1998

PIMENTA 1995 STARKEY 2001 TEIXEIRA et al 1999)

Em nossa pesquisa foi utilizada a versatildeo brasileira do MPQ (apecircndice E) ndashndash

validada pelos profissionais do Ambulatoacuterio de Dor da Cliacutenica Neuroloacutegica do Hospital das

Cliacutenicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Satildeo Paulo (PIMENTA TEIXEIRA

1997) Esse questionaacuterio que eacute indicado por Graham et al (1980) para dores imediatas foi

aplicado ndashndash sob a forma de entrevista ndashndash apenas uma vez 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico dada a inviabilidade de utilizaacute-lo no mesmo dia do ato ciruacutergico Resolveu-se

adaptar esse questionaacuterio e usar apenas uma parte dele a dos 78 descritores haja vista que

natildeo se achou necessaacuteria a utilizaccedilatildeo do PPI e do diagrama corporal da dor por estarmos

utilizando a END e por jaacute sabermos o local da dor incisional Entatildeo a partir desse

questionaacuterio adaptado pudemos analisar o PRI e o NWC O primeiro obtido por meio da

soma dos valores atribuiacutedos a cada descritor escolhido e o segundo pela soma do nuacutemero de

palavras escolhidas para qualificar a dor segundo Fernandez e Boyle (2001) e Pereira e Sousa

(1998)

3953 Escala de Satisfaccedilatildeo dos Pacientes

O grau de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que lhes estava sendo realizado

foi avaliado por meio da Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (ESP) escala verbal que permite agrave

paciente escolher um entre nuacutemeros que variam de 0 a 10 indicando respectivamente

insatisfaccedilatildeo completa com o tratamento e a maior satisfaccedilatildeo possiacutevel Os horaacuterios de coleta

42

foram os seguintes 3frac12 h (ENDb) 5frac12 h (ENDd) 8 h (ENDf) e 16 h (ENDg) apoacutes a induccedilatildeo

do bloqueio anesteacutesico aleacutem de uma uacuteltima coleta procedida no momento da alta hospitalar

(ENDh) Os dados coletados eram registrados na Ficha de Avaliaccedilatildeo da Satisfaccedilatildeo dos

Pacientes pela Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (apecircndice F) Essa escala foi utilizada na

pesquisa realizada por Melo e Santana Filho (2003) que tinha linha de trabalho semelhante

3954 Ficha do consumo de faacutermacos

O consumo de faacutermacos analgeacutesicos ou natildeo de cada paciente foi anotado na Ficha

de Registro da Administraccedilatildeo de Faacutermacos no Poacutes-operatoacuterio (apecircndice G) que constou de

campo para informaccedilotildees como o tipo de faacutermaco administrado horaacuterio de administraccedilatildeo via

de acesso e dosagem aleacutem do tempo decorrido desde o horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico ateacute a primeira administraccedilatildeo caso houvesse do diclofenaco de soacutedio (prescrito

como medicaccedilatildeo de resgate)

3955 Questionaacuterio sobre a Aplicaccedilatildeo da TENS

Foram efetuados dois questionamentos para as pacientes o primeiro sobre o

desconforto promovido pela aplicaccedilatildeo da TENS e o segundo sobre a vontade da paciente em

usaacute-la numa proacutexima cirurgia (Apecircndice H) Em virtude da necessidade de esse questionaacuterio

ter sido percebida somente no decorrer da coleta de dados o mesmo fora empregado em 19

pacientes do grupo preemptivo e em 17 do placebo

43

310 Anaacutelise e Interpretaccedilatildeo dos Dados

A anaacutelise estatiacutestica dos dados foi feita com a utilizaccedilatildeo dos programas GraphPad

Prism 40 e Statistica 60 Inicialmente foram realizados testes estatiacutesticos descritivos meacutedia e

erro padratildeo da meacutedia (SEM) Para a anaacutelise dos dados demograacuteficos de alguns dados cliacutenicos

e do tempo para a primeira administraccedilatildeo de diclofenaco de soacutedio foi utilizado o teste t de

Student para amostras natildeo pareadas (parameacutetrico) Para a anaacutelise de alguns dados cliacutenicos e

do uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico foi

utilizado o teste do qui-quadrado Para a anaacutelise da END ESP PRI NWC e do nuacutemero de

vezes em que foram administrados o diclofenaco de soacutedio dipirona e metoclopramida foi

utilizado o teste de Mann-Whitney (natildeo-parameacutetrico) Em todos os testes como niacutevel de

significacircncia foi considerado o valor de 5 (p lt 005)

311 Teacutecnica Utilizada para a Demonstraccedilatildeo dos Resultados

Para a exposiccedilatildeo dos resultados foram utilizados graacuteficos elaborados nos programas

GraphPad Prism 40 e Statistica 60 aleacutem de tabelas elaboradas no Microsoft Word XP

Vaacuterios dados foram apresentados sob a forma de meacutedia plusmn SEM

44

RESULTADOS

45

4 RESULTADOS

Sessenta e quatro pacientes concordaram em participar da pesquisa e assinaram o

termo de consentimento livre e esclarecido Poreacutem 14 foram excluiacutedas seis por se tratarem

de pacientes que pertenciam a um estudo piloto cujo meacutetodo foi posteriormente alterado

duas por terem sido submetidas a anestesia geral quatro por erro na prescriccedilatildeo meacutedica de

analgeacutesicos uma por natildeo conseguir responder ao McGill Pain Questionnaire (MPQ) e uma

pela grande dificuldade em compreender a Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END)

Destarte a amostra ficou constituiacuteda por 50 pacientes grupo preemptivo (n = 25) e grupo

placebo (n = 25)

Os dados referentes agrave idade peso estatura e iacutendice de massa corporal (IMC) das

pacientes estatildeo presentes na tabela 1 e ilustrados respectivamente nos graacuteficos 1 2 3 e 4

tendo sido analisados por meio do teste t de Student para amostras independentes Natildeo houve

em nenhuma das caracteriacutesticas demograacuteficas diferenccedila significante entre os grupos

A idade miacutenima foi de 25 anos no grupo preemptivo e de 21 anos no placebo

enquanto a maacutexima foi de 65 no preemptivo e de 59 no placebo Os pesos miacutenimo e maacuteximo

foram respectivamente iguais a 40 Kg e 86 Kg no grupo preemptivo e 48 Kg e 77 Kg no

placebo As estaturas miacutenima e maacutexima foram respectivamente iguais a 149 m e 170 m

(grupo preemptivo) e 151 m e 170 m (grupo placebo) E os valores miacutenimo e maacuteximo do

IMC foram 1880 Kgm2 e 35 Kgm2 (grupo preemptivo) e 1914 Kgm2 e 2890 Kgm2

(grupo placebo)

46

Tabela 1 ndashndash Dados demograacuteficos da amostraPreemptivo Placebo

Meacutedia plusmn SEM Meacutedia plusmn SEM p

Idade (anos) 3956 plusmn 197 3852 plusmn 238 0738

Peso (Kg) 6108 plusmn 288 6348 plusmn 172 0478

Estatura (m) 157 plusmn 001 160 plusmn 001 0168

IMC (Kgm2) 2568 plusmn 105 2475 plusmn 059 0447IMC ndashndash iacutendice de massa corporal SEM ndashndash erro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante em nenhuma das variaacuteveis analisadas

Preemptivo Placebo0

10

20

30

40

50

60

70

Idad

e(a

nos)

Graacutefico 1 Representaccedilatildeo das idades das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicamo erro padratildeo da meacutedia Teste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0738)

47

Preemptivo Placebo30

40

50

60

70

80

90Pe

so(K

g)

Graacutefico 2 Representaccedilatildeo dos pesos das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicamo erro padratildeo da meacutedia Teste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0478)

Preemptivo Placebo

150

155

160

165

170

175

Alt

ura

(m)

Graacutefico 3 Representaccedilatildeo das estaturas das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0168)

48

Preemptivo Placebo15

20

25

30

35

40IM

C(K

gm

m)

Graacutefico 4 Representaccedilatildeo dos Iacutendices de Massa Corporal (IMC) daspacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0447)

49

A tabela 2 apresenta os dados referentes agrave categoria de peso das pacientes de ambos

os grupos a tabela 3 o niacutevel de escolaridade das mesmas e a tabela 4 o diagnoacutestico cliacutenico

Natildeo houve de acordo com o teste do divide2 diferenccedila significante entre os grupos em nenhuma

dessas variaacuteveis analisadas

Tabela 2 ndashndash Distribuiccedilatildeo da categoria de peso das pacientes de acordo com os dados obtidospelo iacutendice de massa corporal (IMC ndashndash Kgm2)

Grupo Abaixodo peso(lt185)

Pesonormal

(185ndash249)

Sobrepeso(25 ndash 299)

Obesidadegrau I

(30 ndash 349)

Obesidadegrau II

(35 ndash 399)

Obesidadegrau III

( 40)Preemptivo 2 7 11 3 2 0

Placebo 0 12 13 0 0 0Os dados apresentados entre parecircntesis referem-se aos paracircmetros de referecircncia do IMC que determinam aquelacategoria de pesoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0075)

Tabela 3 ndashndash Niacutevel de escolaridade das pacientesGrupo Nunca

estudou1deg grau

incompleto1deg grau

completo2deg grau

incompleto2deg grau

completo3deg grau

incompletoPreemptivo 3 8 3 4 5 2

Placebo 3 11 2 6 1 2Teste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0587)

Tabela 4 ndashndash Diagnoacutestico cliacutenico das pacientesGrupo Colelitiacutease Colecistite

agudaColecistite

crocircnicaColecistite

(sem descriccedilatildeo)Colelitiacutease

+ colecistitePreemptivo 12 6 2 1 4

Placebo 10 2 4 5 4Teste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0238)

50

O graacutefico 5 apresenta os dados sobre o periacuteodo compreendido entre a eacutepoca em que

as pacientes relataram ter iniciado as primeiras dores devido agrave doenccedila da vesiacutecula biliar e a

realizaccedilatildeo da colecistectomia Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos por meio de

anaacutelise realizada pelo teste do divide2

Preemptivo Placebo0

5

10

15Nunca sentiu dorMenos de 6 mesesEntre 6 e 119 mesesEntre 12 e 24 mesesAcima de 24 meses

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 5 Relato das pacientes sobre o periacuteodo em meses em que vinham sentindo dordevido agrave doenccedila da vesiacutecula biliarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0183)

51

O estado fiacutesico das pacientes dos dois grupos segundo o criteacuterio de classificaccedilatildeo da

Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA) estaacute expresso no graacutefico 6 Natildeo houve

diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p = 0479) de acordo com o teste do divide2

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25ASA 1ASA 2

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 6 Estado fiacutesico das pacientes de acordo com a classificaccedilatildeo da Sociedade Americanade AnestesiologiaTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0479)

52

O relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos para o tratamento da dor

decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou de outra dor devido a doenccedilas crocircnicas estatildeo

representados no graacutefico 7 De acordo com o teste do divide2 natildeo houve diferenccedila significante

entre os grupos preemptivo e placebo (p = 0765) Eacute importante considerar que as pacientes

que relataram ter usado tais drogas somente as utilizaram ateacute no maacuteximo uma semana antes

da data da cirurgia haja vista que foi previamente estabelecido como criteacuterio de exclusatildeo o

uso de drogas analgeacutesicas dentro do periacuteodo de 7 dias que antecedia a realizaccedilatildeo da

colecistectomia

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25SimNatildeo

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 7 Relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos antes da colecistectomia para otratamento da dor decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou de outras doenccedilas crocircnicasEntende-se por ldquoantes da colecistectomiardquo o uso de analgeacutesicos em um prazo superior aos 7 dias que antecediama realizaccedilatildeo do procedimento ciruacutergicoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0765)

53

Em todas as pacientes o aparelho de TENS foi colocado durante 60 min e o

intervalo meacutedio entre o teacutermino da sua aplicaccedilatildeo ndashndash verdadeira ou natildeo ndashndash e a induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico foi de 7472 plusmn 1046 min no grupo preemptivo e de 6028 plusmn 723 min no

placebo natildeo havendo diferenccedila significante (p = 0261) entre os grupos de acordo com o

teste t de Student para amostras natildeo pareadas (graacutefico 8) O menor e maior intervalos foram

respectivamente iguais a 10 min e 195 min (grupo preemptivo) e 15 min e 115 min (grupo

placebo)

Preemptivo Placebo0

50

100

150

200

Tem

po(m

in)

Graacutefico 8 Representaccedilatildeo do tempo decorrido desde o teacutermino daaplicaccedilatildeo da Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo ateacute a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico nas pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0261)

54

A meacutedia de duraccedilatildeo das cirurgias (graacutefico 9) no grupo preemptivo foi de 3812 plusmn

194 min e no placebo 3540 plusmn 184 min natildeo havendo diferenccedila significante (p = 0315)

Natildeo houve complicaccedilatildeo ciruacutergica em nenhum procedimento todas as pacientes receberam

alta hospitalar 2 dias apoacutes o ato ciruacutergico no turno da manhatilde e o iacutendice de mortalidade foi

em ambos os grupos igual a zero As cirurgias mais raacutepidas e mais prolongadas tiveram

respectivamente duraccedilatildeo de 21 min e 58 min (grupo preemptivo) e de 20 min e 50 min

(grupo placebo)

Preemptivo Placebo0

10

20

30

40

50

60

Tem

pode

ciru

rgia

(min

)

Graacutefico 9 Representaccedilatildeo da duraccedilatildeo das cirurgiasA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0315)

55

Ao analisar a dor incisional por meio da END pocircde-se perceber que o grupo

preemptivo apresentou niacutevel de dor significantemente menor que o do placebo nas terceira

(ENDc) e quarta coletas (ENDd) que representam 4frac12 h e 5frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico O teste utilizado para tal anaacutelise foi o de Mann-Whitney A tabela 5 apresenta os

valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia em todas as verificaccedilotildees do niacutevel de dor nos dois

grupos e o graacutefico 10 ilustra tais valores

Tabela 5 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) daintensidade de dor incisional mensurada por meio da END (EscalaNumeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)

Preemptivo Placebo

Momento Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

a 084 plusmn 034 072 plusmn 029 0756

b 116 plusmn 039 224 plusmn 056 0171

c 202 plusmn 053 384 plusmn 066 0042

d 278 plusmn 056 48 plusmn 067 0029

e 322 plusmn 056 474 plusmn 059 0068

f 342 plusmn 050 488 plusmn 066 0135

g 356 plusmn 061 364 plusmn 050 0497

h 096 plusmn 033 176 plusmn 042 0145a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c(4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g(16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar que corresponde ao 2deg dia poacutes-operatoacuterio) SEM ndashndash erro padratildeo da meacutediaFoi utilizada a END (0-10 cm)Teste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005

56

a b c d e f g h00

25

50

75

100PreemptivoPlacebo

Momento da coleta

END

Graacutefico 10 Representaccedilatildeo da meacutedia da intensidade de dor incisional por meio da END (EscalaNumeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12 h apoacutesa IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a END (0-10 cm)As colunas indicam os valores da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005

57

Na tabela 6 estatildeo expressos os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do grau de

satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estava sendo realizado O instrumento de

mensuraccedilatildeo utilizado foi a escala numeacuterica do grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes (ESP) Natildeo se

verificou pelo Teste de Mann-Whitney diferenccedila estatiacutestica significante entre os dois grupos

Para a obtenccedilatildeo desses dados a amostra foi composta por 49 pacientes tendo em vista que

uma paciente do grupo placebo natildeo conseguiu compreender a ESP O graacutefico 11 ilustra tais

dados

Tabela 6 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) do grau desatisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estava sendo realizado

Preemptivo Placebo

Momento Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

b 944 plusmn 017 9 plusmn 026 0312

d 956 plusmn 015 9 plusmn 031 0389

f 952 plusmn 015 912 plusmn 027 0435

g 962 plusmn 017 925 plusmn 032 0756

h 992 plusmn 005 933 plusmn 035 0406b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente de 0 a 10) SEM ndashndash erro padratildeoda meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Grupo preemptivo (n = 25) e grupo placebo (n = 24)

58

b d f g h0

5

PreemptivoPlacebo

8

9

10

Momento da coleta

ESP

Graacutefico 11 Representaccedilatildeo da meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estavasendo realizado obtida pela ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente)b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes aIBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a ESP de 0 a 10As colunas indicam os valores da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos em nenhum momento de coleta da ESPGrupo preemptivo (n = 25) e grupo placebo (n = 24)

59

As tabelas 7 e 8 apresentam respectivamente o nuacutemero de vezes em que cada

descritor e em que cada subcategoria do Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ) foram

selecionados pelas pacientes dos grupos preemptivo e placebo Na tabela 9 estatildeo expressos

os descritores que melhor caracterizaram a dor incisional promovida pela colecistectomia por

laparotomia e que de acordo com Dubuisson e Melzack (1996) e Gagliesi e Melzack (2003)

seriam aqueles que fossem selecionados por pelo menos 33 dos pacientes Todas as

anaacutelises procedidas a partir do MPQ foram realizadas com 21 pacientes do grupo preemptivo

e com 20 do grupo placebo A discussatildeo sobre a ldquoAnaacutelise da Dor pelo Questionaacuterio de Dor

McGillrdquo (item 54) explica o motivo para tal

Na tabela 10 estatildeo apresentados os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Total (NWC-t) e em cada categoria do MPQ e no graacutefico

12 eles estatildeo representados A tabela 11 apresenta uma comparaccedilatildeo das categorias sensorial

e afetiva no que se refere ao nuacutemero de pacientes que selecionou mais descritores de uma ou

de outra categoria assim como o nuacutemero de pacientes que os selecionaram de forma

equumlitativa nessas categorias Nota-se que os valores estatildeo apresentados em porcentagens ndashndash

meacutetodo recomendado por Veilleux e Melzack (1976) ndashndash dado o nuacutemero diferente de

subcategorias que compotildee cada uma dessas categorias (sensorial 10 e afetiva 5) Em ambos

os grupos houve proporcionalmente maior seleccedilatildeo dos descritores da categoria sensorial

principalmente no grupo preemptivo

60

Tabela 7 ndashndash Relaccedilatildeo dos descritores do Questionaacuterio de Dor McGill selecionados pelaspacientes

Subctg Descritores Preemp Plac Subctg Descritores Preemp Plac

1ordf

vibraccedilatildeotremorpulsantelatejantecomo batidacomo pancada

213912

0111211

11ordfcansativaexaustiva

173

182

2ordfpontadachoquetiro

1060

922

12ordfenjoadasufocante

174

182

3ordf

agulhadaperfurantefacadapunhaladaem lanccedila

65200

71211

13ordf

castiganteatormentaaterrorizantemalditamortal

105000

610010

4ordffinacortanteestraccedilalha

1550

1510

14ordfamedrontadaapavorantecruel

833

425

5ordf

beliscatildeopressatildeomordidacoacutelicaesmagamento

32262

62053

15ordf miseraacutevelenlouquecedora

26

44

6ordffisgadapuxatildeoem torccedilatildeo

4103

466

16ordf

chataque incomodadesgastanteforteinsuportaacutevel

110244

513101

7ordf

calorqueimaccedilatildeoferventeem brasa

7910

51011

17ordf

espalhairradiapenetraatravessa

3073

11141

8ordfformigamentococeiraardorferroada

11162

13111

18ordf

apertaadormecerepuxaespremerasga

511112

321101

9ordf

mal-localizadadoloridamachucadadoiacutedapesada

112313

29243

19ordffriageladacongelante

400

422

10ordf

sensiacutevelesticadaesfolanterachando

41302

3523

20ordf

aborrecidadaacute naacuteuseaagonizantepavorosatorturante

116102

88012

Subctg (subcategoria do Questionaacuterio de Dor McGill) Preemp (preemptivo n = 21) Plac (placebo n = 20)

61

Tabela 8 ndashndash Nuacutemero de pacientes que selecionou cada subcategoria do Questionaacuterio de DorMcGill

Subcat Preemptivo Placebo p Subcat Preemptivo Placebo p

1ordf 18 16 0626 11ordf 20 20 0323

2ordf 16 13 0431 12ordf 21 20 1

3ordf 13 12 0900 13ordf 15 17 0294

4ordf 20 16 0136 14ordf 14 11 0444

5ordf 15 16 0522 15ordf 8 8 0900

6ordf 17 16 0938 16ordf 21 20 1

7ordf 17 17 0730 17ordf 13 17 0095

8ordf 20 16 0136 18ordf 20 17 0269

9ordf 20 20 0323 19ordf 4 8 0140

10ordf 19 13 0048 20ordf 20 19 0971

Teste do divide2 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

62

Tabela 9 ndashndash Descritores do Questionaacuterio de Dor McGill mais frequumlentementeselecionados pelas pacientes

Subcategoria Descritor Preemptivo Placebo p

1ordf latejante 9 (4285) 12 (60) 027

2ordf pontada 10 (4761) 9 (45) 086

3ordf agulhada 6 (2857) 7 (35) 065

4ordf fina 15 (7142) 15 (75) 079

5ordf - - - -

6ordf puxatildeo 10 (4761) 6 (30) 024

7ordf calor

queimaccedilatildeo

7 (3333)

9 (4285)

5 (25)

10 (50)

055

075

8ordf ardor 16 (7619) 11 (55) 015

9ordf dolorida 12 (5714) 9 (45) 043

10ordf esticada 13 (6190) 5 (25) 001 (divide2 = 566)

11ordf cansativa 17 (8095) 18 (90) 041

12ordf enjoada 17 (8095) 18 (90) 041

13ordf castigante

atormenta

10 (4761)

5 (2380)

6 (30)

10 (50)

024

008

14ordf amedrontada 8 (3809) 4 (20) 020

15ordf - - - -

16ordf que incomoda 10 (4761) 13 (65) 026

17ordf espalha

penetra

3 (1428)

7 (3333)

11 (55)

4 (20)

0006 (divide2 = 755)

033

18ordf repuxa 11 (5238) 11 (55) 086

19ordf - - - -

20ordf aborrecida

daacute naacuteusea

11 (5238)

6 (2857)

8 (40)

8 (40)

042

044

Foi considerado como descritor mais frequumlentemente selecionado aquele que assim o fossepor pelo menos 33 das pacientes de cada grupo em cada subcategoria Os valores entreparecircntesis correspondem agrave porcentagem de pacientes do referido grupo que selecionou taldescritorTeste utilizado divide2 p lt 005 aacute = 5Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

63

Tabela 10 ndashndash Iacutendice do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill

Preemptivo Placebo

Categoria Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

Sensorial (NWC-s) 819 plusmn 038 765 plusmn 050 0449

Afetiva (NWC-af) 371 plusmn 025 375 plusmn 020 0958

Avaliativa (NWC-av) 100 plusmn 0 100 plusmn 0 1

Miscelacircnea (NWC-m) 276 plusmn 018 315 plusmn 021 0155

Total (NWC-t) 1561 plusmn 061 1540 plusmn 084 0937SEM ndashndash erro padratildeo da meacutedia s ndashndash sensorial af ndashndash afetiva av ndashndash avaliativa m ndashndash miscelacircnea e t ndashtotalTeste de Mann-Whitney aacute = 5Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

Tabela 11 ndashndash Relaccedilatildeo do Nuacutemero de Palavras Escolhidas nas categorias sensorial (NWC-s) e afetiva (NWC-af) entre os grupos preemptivo e placebo

Categoria Nuacutemero de pacientes que selecionou

Grupo Sensorial Afetiva S gt Af S = Af Af gt S

Preemptivo 819

(819)

371

(7428)

12 4 5

Placebo 765

(7650)

375

(75)

6 8 6

Nas colunas referentes agrave categoria estatildeo expressos os valores da meacutedia do NWC nas categorias sensoriale afetiva e entre parecircntesis os valores em taxas percentuais que foram assim transformados porquantoessas categorias possuem um nuacutemero diferenciado de subcategorias ndashndash a sensorial conteacutem 10subcategorias e a afetiva 5 ndashndash para que assim fosse possiacutevel uma comparaccedilatildeo entre essas categorias oque eacute recomendado por Veilleux e Melzack (1976)S ndashndash categoria sensorial Af ndashndash categoria afetiva Nas uacuteltimas 3 colunas da tabela estatildeo expressos onuacutemero absoluto de pacientes que selecionou proporcionalmente mais uma categoria do que a outraassim como o daqueles que selecionou de forma semelhante as duas categoriasTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0182)Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

64

Sensorial Afetiva Avaliativa Miscelacircnea Total0

5

10

15

20PreemptivoPlacebo

Categoria

NW

C

Graacutefico 12 Representaccedilatildeo da meacutedia do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e emcada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placeboAs colunas indicam o valor da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos em nenhuma das categorias assim como no iacutendicetotalGrupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

65

A tabela 12 apresenta os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do Iacutendice

Quantitativo da Dor (PRI) Total e em cada categoria do MPQ e o graacutefico 13 ilustra tais

valores Natildeo houve de acordo com o Teste de Mann-Whitney diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos no que se refere ao PRI-t todavia ao analisaacute-lo pelo mesmo

teste separadamente em cada categoria houve diferenccedila estatiacutestica significante na categoria

avaliativa (p = 0019) em que o grupo preemptivo apresentou maior valor

Tabela 12ndashndash Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cada categoria doQuestionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placebo

Preemptivo Placebo

Categoria Meacutedia SEM Meacutedia e SEM p

Sensorial (PRIndashs) 1842 plusmn 092 1875 plusmn 145 0896

Afetiva (PRI-af) 5 plusmn 045 540 plusmn 041 0473

Avaliativa (PRI-av) 3 plusmn 028 205 plusmn 022 0019

Miscelacircnea (PRI-m) 628 plusmn 056 657 plusmn 071 1

Total (PRI-t) 3271 plusmn 163 3245 plusmn 208 0906SEM ndashndash erro padratildeo da meacutedia s ndashndash sensorial af ndashndash afetiva av ndashndash avaliativa m ndashndash miscelacircneae t ndashndash totalTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

66

Sensorial Afetiva Avaliativa Miscelacircnea Total0

7

14

21

28

35PreemptivoPlacebo

Categoria

PRI

Graacutefico 13 Representaccedilatildeo da meacutedia do Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placeboAs colunas indicam as meacutedias e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

67

Das 25 pacientes do grupo preemptivo 12 necessitaram de diclofenaco de soacutedio nas

primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico e das 25 do grupo placebo 15 o

utilizaram A anaacutelise estatiacutestica efetuada por meio do teste do divide2 demonstrou natildeo haver

diferenccedila significante entre os dois grupos pois o valor de p foi igual a 0394 (graacutefico 14)

Avaliou-se o uso dessa droga especificamente nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico haja vista que nesse periacuteodo todas as pacientes tinham em seus prontuaacuterios a

mesma prescriccedilatildeo meacutedica ndashndash diclofenaco de soacutedio como medicaccedilatildeo de resgate e dipirona de

6 em 6 h ndashndash o que natildeo ocorreu na segunda prescriccedilatildeo jaacute que ficava a criteacuterio do meacutedico optar

se seria melhor continuar com a mesma prescriccedilatildeo ou mudaacute-la (mas sempre utilizando as

mesmas duas drogas)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25UsouNatildeo usou

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 14 Representaccedilatildeo do consumo de diclofenaco de soacutedio pelas pacientes nas primeiras16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesicoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0394)

68

Daquelas do grupo preemptivo em que foi administrado o diclofenaco de soacutedio nesse

periacuteodo o intervalo meacutedio para tal foi de 48750 plusmn 5344 min e das do grupo placebo 47010

plusmn 4619 min natildeo havendo diferenccedila significante quanto a este tempo (p = 0807) de acordo

com o teste t de Student para amostras natildeo pareadas (graacutefico 15) O menor e maior tempo

para tal administraccedilatildeo foram respectivamente iguais a 224 min e 805 min (grupo

preemptivo) e 25 min e 840 min (grupo placebo)

Preemptivo Placebo0

250

500

750

1000

Tem

po(m

in)

Graacutefico 15 Representaccedilatildeo dos intervalos desde a induccedilatildeo do bloqueioanesteacutesico ateacute a solicitaccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio nas pacientes queassim a fizeram nas primeiras 16 horas apoacutes tal induccedilatildeoA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0807)Grupo preemptivo (n = 12) e grupo placebo (n = 15)

69

Em se tratando do consumo de diclofenaco de soacutedio (graacutefico 16) e de dipirona

(graacutefico 17) desde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar que

ocorreu em todas as pacientes no turno da manhatilde no 2deg dia poacutes-operatoacuterio natildeo houve de

acordo com o teste de Mann-Whitney diferenccedila significante entre os grupos

Preemptivo Placebo0

1

2

3

Ndeg

deve

zes

que

cons

umiu

dicl

ofen

aco

(75

mg)

Graacutefico 16 Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram diclofenacodesde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalarA barra indica o valor da medianaO diclofenaco de soacutedio foi administrado via intra-muscularA alta hospitalar ocorreu no 2deg dia poacutes-operatoacuterio no turno da manhatildeTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0260)

70

Preemptivo Placebo0

1

2

3

4

5

6

7N

degde

veze

squ

eco

nsum

iudi

piro

na(1

g)

Graacutefico 17 Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram dipironadesde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da altahospitalarA barra indica o valor da medianaA alta hospitalar ocorreu no 2deg dia poacutes-operatoacuterio no turno da manhatildeA dipirona foi administrada via intra-venosaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0788)

71

Foi tambeacutem analisada a ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes

em algum momento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio Das 25 pacientes do grupo preemptivo 10

relataram dor nessa regiatildeo e das pacientes do outro grupo um total de 8 relataram a

ocorrecircncia de tal dor Essa diferenccedila natildeo foi estatisticamente significante (p = 0555) segundo

o teste do divide2 (graacutefico 18)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25SimNatildeo

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 18 Ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes em algum momento doperiacuteodo poacutes-operatoacuterio durante a internaccedilatildeo hospitalarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0555)

72

O uso de metoclopramida foi avaliado durante todo o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar Cinco pacientes do grupo preemptivo fizeram uso de tal droga enquanto 8 do

grupo placebo a consumiram natildeo havendo diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p

= 0333) fato verificado pelo teste do divide2 (graacutefico 19)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25UsouNatildeo usou

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 19 Uso de metoclopramida pelas pacientes durante o periacuteodo de internaccedilatildeohospitalarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0333)

73

Os 2 graacuteficos seguintes estatildeo relacionados ao questionaacuterio que foi aplicado no

momento da alta hospitalar Devido ao fato de o mesmo ter sido elaborado no decorrer da

coleta de dados natildeo foi aplicado em toda a amostra restringindo-se a 19 pacientes do grupo

preemptivo e a 17 do placebo Em relaccedilatildeo agrave aplicaccedilatildeo da TENS no grupo preemptivo

2631 das pacientes disseram que esta natildeo incomodou 5789 que a mesma incomodou

um pouco e 1578 que incomodou razoavelmente No grupo placebo 8824 relataram que

natildeo incomodou e 1176 que incomodou um pouco (graacutefico 20) Logo houve diferenccedila

estatiacutestica significante entre os grupos de acordo com o teste do divide2 (p = 00008) No grupo

preemptivo 9473 das pacientes relataram que em uma proacutexima cirurgia iriam preferir

usar a TENS e os medicamentos analgeacutesicos para o tratamento de suas dores enquanto

apenas 526 fizeram a assertiva de que gostariam de usar apenas a TENS Das do outro

grupo 7647 gostariam de usar os dois recursos e 2352 apenas os medicamentos (graacutefico

21) fato que natildeo evidencia segundo o teste do divide2 (p = 0057) diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos

Preemptivo Placebo0

5

10

15Natildeo incomodouIncomodou um poucoIncomodou razoavelmenteIncomodou muito

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 20 A aplicaccedilatildeo da TENSTeste do divide2 aacute = 5Houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p = 00008)Grupo preemptivo (n = 19) e grupo placebo (n = 17)

74

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20Somente a TENSSomente os medicamentosA TENS e os medicamentos

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 21 Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dor poacutes-operatoacuteria usarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos(p = 0057)Grupo preemptivo (n = 19) e grupo placebo (n = 17)

75

DISCUSSAtildeO

76

5 DISCUSSAtildeO

51 Dados Demograacuteficos e Cliacutenicos

A relevacircncia da homogeneidade entre os grupos dos dados referentes agrave idade

contidos na tabela 1 consiste em evitar a possibilidade de a diferenccedila de idade ter

influenciado ndashndash dada a divergecircncia de opiniotildees entre diversos autores ndashndash no relato da

experiecircncia dolorosa pelas pacientes Para Wilkieson et al (1993) a intensidade de dor

obtida a partir do uso de escalas unidimensionais aumenta com o avanccedilar da idade para

Turk Okifuji e Scharff (1995) diminui e para Gagliesi e Melzack (2003) e Sorkin et al

(1990) natildeo sofre influecircncia Em se tratando do MPQ Benbow Cossins e Wiles (1996)

verificaram que os iacutendices obtidos a partir desse questionaacuterio eram menores em idosos do que

em jovens entretanto Lichtenberg Swensen e Skehan (1986) natildeo observaram tal diferenccedila

Gagliesi e Melzack (1997) sugerem que as diferenccedilas observadas com a idade podem ser

dependentes do tipo de escala utilizada e o fato de a maioria das escalas terem sido validadas

em amostras de pacientes jovens pode tambeacutem influenciar

Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos quanto ao IMC poreacutem trecircs

pacientes do grupo preemptivo pertenciam agrave categoria de obesidade grau I e duas obesidade

grau II dados contidos na tabela 2 Como em pacientes obesos haacute maior impedacircncia para a

passagem da corrente eleacutetrica dada a maior espessura da camada de gordura ndashndash que tem

menor conteuacutedo de aacutegua ndashndash isso poderia talvez influenciar no efeito da TENS (STARKEY

2001)

A semelhanccedila quanto ao niacutevel de escolaridade dos grupos presente na tabela 3 eacute

relevante pois marcantes diferenccedilas poderiam influenciar na compreensatildeo das escalas e

questionaacuterios utilizados

77

Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante quanto ao diagnoacutestico cliacutenico das

pacientes como pocircde ser observado na tabela 4 A relevacircncia desse dado reside no proacuteprio

conceito de dor que foi elaborado pelo comitecirc de taxonomia da International Association for

the Study of Pain (IASP ndashndash Associaccedilatildeo Internacional para o Estudo da Dor) em 1986 que a

define como ldquoexperiecircncia sensorial e emocional desagradaacutevel associada ou descrita em termos

de lesatildeo tecidual real ou potencialrdquo Caso houvesse diferenccedila quanto ao diagnoacutestico isso

poderia influenciar talvez no relato de dor das pacientes dada suas diferentes experiecircncias

preacutevias e desiguais periacuteodos em que vinham sofrendo devido agrave dor (BISSCHOP G

BISSCHOP Eacute COMMANDREacute 2001 KONRAD CORDEIRO COELI 2001 PIMENTA

TEIXEIRA 1997 p 1 SPOacuteSITO 1993)

Seguindo a mesma linha de raciociacutenio eacute que se deu destaque ao tempo em que as

pacientes relataram estar sentindo dor em decorrecircncia da doenccedila da vesiacutecula biliar ndashndash

ilustrado no graacutefico 5 O fato de uma paciente vg estar se queixando de dor haacute mais de 2

anos e uma outra nunca ter tido tal queixa poderia influenciar na percepccedilatildeo da dor todavia a

anaacutelise estatiacutestica possibilitou a verificaccedilatildeo de uma amostra homogecircnea em relaccedilatildeo a esse

tempo

Diferenccedilas significantes no escore do estado fiacutesico determinado pela ASA podem

influenciar na percepccedilatildeo da dor vg pela presenccedila de doenccedilas associadas que natildeo estejam

sob controle Logo o estabelecimento como criteacuterio de inclusatildeo de pacientes que

pertencessem somente aos iacutendices I e II associado agrave ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos minimizou a possibilidade de influecircncia na percepccedilatildeo dolorosa

(graacutefico 6)

Em se tratando do preacutevio uso de analgeacutesicos para o tratamento da dor decorrente da

doenccedila da vesiacutecula ou de outras doenccedilas crocircnicas como pocircde ser observado no graacutefico 7 a

ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica significante mostrou ser homogecircnea a amostra quanto ao uso

78

desse tipo de droga e a anaacutelise sobre o tempo em que as pacientes se queixavam de dor

tambeacutem natildeo mostrou diferenccedila significante (graacutefico 5) o que diminui a possibilidade de as

pacientes terem vivenciado grandes diferenccedilas em relaccedilatildeo agraves suas experiecircncias dolorosas

Tambeacutem natildeo houve diferenccedila significante quanto ao periacuteodo desde o teacutermino da

aplicaccedilatildeo da TENS ateacute a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico dados contidos no graacutefico 8 A

atenccedilatildeo despendida a esse tempo foi dada em virtude da preocupaccedilatildeo de poder haver grande

diferenccedila no tempo entre as aplicaccedilotildees da TENS o que poderia influenciar na concentraccedilatildeo

de opioacuteides endoacutegenos nos momentos de averiguaccedilatildeo da intensidade de dor sendo um

consideraacutevel vieacutes

O fato de as cirurgias terem duraccedilatildeo semelhante (graacutefico 9) e natildeo ter havido

complicaccedilatildeo em nenhum procedimento pode estar eliminando a possibilidade de estas

intercorrecircncias influenciarem na transduccedilatildeo do estiacutemulo doloroso ndashndash e consequumlentemente nas

outras etapas da dor ndashndash dado o maior tempo de manipulaccedilatildeo da aacuterea ciruacutergica

79

52 Anaacutelise da Dor pela Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

De acordo com Pimenta Cruz e Santos (1998) os instrumentos para mensuraccedilatildeo da

dor podem ser de dois tipos unidimensionais que consideram apenas uma uacutenica dimensatildeo da

dor e multidimensionais que a mensuram considerando duas ou mais dimensotildees

Para Buxton (2001) Pereira e Sousa (1998) Pimenta Cruz e Santos (1998) e Vetter

e Heiner (1996) essa escala eacute uma das mais utilizadas em pesquisas cliacutenicas e na praacutetica

meacutedica diaacuteria tanto pela praticidade de manuseio quanto pela facilidade de compreensatildeo por

parte do paciente podendo ser utilizada vaacuterias vezes ao dia Moiniche Kehlet e Dahl (2002) e

Ong et al (2005) em seus artigos de revisatildeo sobre analgesia preemptiva a indicam como o

instrumento mais frequumlentemente empregado para a mensuraccedilatildeo da intensidade de dor

(CAMERON 1999 GRIEVE 1986 HAMZA et al 1999 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO

BRASIL 2001 PIMENTA CRUZ SANTOS 1998 PIMENTA TEIXEIRA 1997

ROBINSON 2001)

Segundo Huskisson (1983) escalas que aumentam os valores da esquerda para a

direita se comportam de forma similar agraves que o fazem ao contraacuterio o que justifica o uso da

escala da figura 4 A escolha dessa escala ao inveacutes da analoacutegica visual (VAS) deu-se por

exigir menor abstraccedilatildeo por parte das pacientes sendo mais faacutecil de ser compreendida uma

vez que Gagliesi e Melzack (1997) observaram que cerca de 30 dos pacientes idosos natildeo

conseguem compreender a VAS Para Ketovuori e Poumlntinen (1981) muitos pacientes satildeo

incapazes de imaginar a sua dor como um ponto em uma linha reta

O grupo preemptivo apresentou meacutedia de intensidade de dor incisional mais baixa

que o placebo ndashndash agrave exceccedilatildeo da primeira observaccedilatildeo ndashndash sendo essa diferenccedila estatisticamente

significante nas terceira (ENDc) e quarta (ENDd) verificaccedilotildees que se procederam

respectivamente 4frac12 h e 5frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico e cujos valores de p

80

foram iguais a 0042 e 0029 Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos na primeira

(ENDa) segunda (ENDb) quinta (ENDe) sexta (ENDf) seacutetima (ENDg) e oitava (ENDh)

averiguaccedilotildees que corresponderam a 2frac12 h 3frac12 h 7 h 8 h e 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico e momento da alta hospitalar respectivamente Nessas coletas os valores de p

foram respectivamente iguais a 0756 0171 0068 0135 0497 e 0145 Todos esses dados

estatildeo contidos na tabela 5

Nas 2 primeiras averiguaccedilotildees da intensidade de dor pela END verificou-se

pequenos niacuteveis aacutelgicos em ambos os grupos fato que ocorreu devido agrave accedilatildeo das drogas

anesteacutesicas ndashndash cloridrato de bupivacaiacutena (05) e fentanil (2 ml) ndashndash utilizadas para a

realizaccedilatildeo dos procedimentos ciruacutergicos e que quando associadas proporcionam

potencializaccedilatildeo do efeito analgeacutesico no poacutes-operatoacuterio De acordo com Dierking et al (1992)

Pontes e Prado (2002) e Prado e Oliveira (2000) o bloqueio anesteacutesico ocasiona depleccedilatildeo da

sensaccedilatildeo dolorosa o que justifica esses diminutos niacuteveis aacutelgicos nessas coletas

A conjunccedilatildeo do anesteacutesico ao opioacuteide eacute recomendada por Castillo [1999] que

observou por meio da VAS menores iacutendices de dor nos pacientes que fizeram uso conjugado

dessas duas drogas em comparaccedilatildeo agravequeles em que somente fora administrado o cloridrato de

bupivacaiacutena Aleacutem da diminuiccedilatildeo do quadro aacutelgico a sua associaccedilatildeo possibilita menor

administraccedilatildeo de anesteacutesicos melhor qualidade anesteacutesica no intra-operatoacuterio e reduccedilatildeo da

necessidade do uso de faacutermacos analgeacutesicos no periacuteodo poacutes-operatoacuterio

Agrave medida que houve um distanciamento em relaccedilatildeo ao horaacuterio da induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico as drogas utilizadas para a realizaccedilatildeo do ato ciruacutergico comeccedilaram a

diminuir seu poder de accedilatildeo O cloridrato de bupivacaiacutena ndashndash anesteacutesico ndashndash tem uma meia-vida

de aproximadamente 3 horas e o seu efeito perdura por cerca de 4 a 5 h (RANG DALE

1993)

81

Assim o cloridrato de bupivacaiacutena em associaccedilatildeo ao fentanil contribuiu para que

natildeo houvesse diferenccedila significante entre os niacuteveis de dor incisional nas 2 primeiras coletas o

que estaacute em concordacircncia com outra pesquisa jaacute realizada pelo nosso grupo em

colecistectomias por laparotomia em que Santos et al (2004) com a mesma padronizaccedilatildeo de

drogas e horaacuterios de averiguaccedilatildeo dos niacuteveis de dor natildeo observaram tal diferenccedila nesses

momentos entre os grupos experimental ndashndash que fazia uso da TENS de alta e baixa

frequumlecircncias somente no poacutes-operatoacuterio ndashndash e placebo

Isso estaacute em concordacircncia tambeacutem com Ke et al (1998) que nas primeiras 4 h apoacutes

a realizaccedilatildeo de laparotomias natildeo verificaram diferenccedila significante nos niacuteveis aacutelgicos entre os

grupos de pacientes que foram utilizados para a anaacutelise do efeito analgeacutesico preemptivo do

cloridrato de bupivacaiacutena quando aplicado pelo meacutetodo de infiltraccedilatildeo incisional

A meacutedia de intensidade de dor do grupo preemptivo foi a partir da ENDb inferior agrave

do placebo Tal fato pode ter ocorrido devido agrave preacutevia aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia que pode ter estimulado a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos potencializando a

analgesia no periacuteodo poacutes-operatoacuterio ao ativar o sistema descendente de controle da dor O

fato de isso natildeo ter ocorrido na primeira investigaccedilatildeo deve ser atribuiacutedo agrave accedilatildeo das drogas

anesteacutesicas ndashndash como jaacute citado anteriormente Ademais ao analisar a diferenccedila estatiacutestica entre

os dois grupos nessa coleta percebe-se que esse foi o momento em que houve a menor

diferenccedila estatiacutestica pois o valor de p foi igual a 0756 e as meacutedias de 084 plusmn 034 e 072 plusmn

029 nos grupos preemptivo e placebo respectivamente

Quando ocorreu a transiccedilatildeo entre a segunda (ENDb) e terceira (ENDc) verificaccedilotildees

o efeito do cloridrato de bupivacaiacutena possivelmente jaacute estava cessando o que explicou o

aumento mais acentuado do niacutevel de dor no grupo placebo jaacute que provavelmente somente o

fentanil estava agindo contudo essa grande elevaccedilatildeo natildeo foi observada no grupo preemptivo

o que permite a assertiva de que tenha havido talvez uma potencializaccedilatildeo do efeito

82

analgeacutesico pela associaccedilatildeo do fentanil agrave TENS de baixa frequumlecircncia ndashndash que estimula a

liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos tanto em niacutevel espinhal quanto supra-espinhal ndashndash

aumentando assim ainda mais as concentraccedilotildees de opioacuteides As terceira (ENDc) e quarta

(ENDd) verificaccedilotildees foram justamente os momentos em que houve diferenccedila estatiacutestica

significante entre os dois grupos pois as meacutedias de intensidade de dor foram respectivamente

iguais a 202 plusmn 053 e 278 plusmn 056 no grupo preemptivo e 384 plusmn 066 e 48 plusmn 067 no

placebo sendo os valores de p iguais a 0042 e 0029 respectivamente

A quinta verificaccedilatildeo (ENDe) foi o momento em que embora natildeo tenha havido

diferenccedila estatiacutestica significante os valores se aproximaram bastante de tal possibilidade

visto que o valor de p lt 01 A relevacircncia desse momento consiste em ser o ponto a partir do

qual a diferenccedila entre os niacuteveis de dor dos grupos diminui progressivamente ateacute a seacutetima

observaccedilatildeo (ENDg) Isso incita a assertiva de que o efeito da TENS aplicada como meacutetodo

analgeacutesico preemptivo possivelmente seria mais evidente nas primeiras horas apoacutes o

bloqueio anesteacutesico e seria interessante realizar aplicaccedilotildees da TENS tambeacutem no periacuteodo

poacutes-operatoacuterio para a obtenccedilatildeo de um melhor efeito analgeacutesico tendo como base os dados

da pesquisa de Santos et al (2004) Alguns autores sugerem que o efeito da TENS poder-se-

ia estender por 2 a 6 h dependendo das atividades de vida diaacuteria posturas e niacuteveis de dor

contudo outros relatam um efeito ainda mais duradouro (CREacutePON 1996 DAMIANE C

DAMIANE G 1998 SALGADO 1999)

Esses achados estatildeo em concordacircncia com a maioria dos estudos os quais revelam

que a analgesia preemptiva ocorreria nas 6 primeiras horas poacutes-ciruacutergicas apesar de algumas

pesquisas sugerirem que ela promoveria um longo tempo de analgesia que poderia perdurar

por ateacute 7 a 10 dias poacutes-operatoacuterios (BRIDENBAUGH 1994 ROSAEG et al 2001)

83

O niacutevel aacutelgico mais elevado do grupo placebo ocorreu na sexta (ENDf) investigaccedilatildeo

com meacutedia igual a 488 plusmn 066 Jaacute no grupo preemptivo o maior iacutendice de dor foi observado

na seacutetima verificaccedilatildeo (ENDg) cuja meacutedia foi igual a 356 plusmn 061 Esses dados sugerem que a

TENS possa talvez ter aumentando o periacuteodo de latecircncia da dor

Apoacutes o efeito das drogas anesteacutesicas em ambos os grupos a menor meacutedia de

intensidade de dor ocorreu na uacuteltima coleta (ENDh) sendo de 096 plusmn 033 para o preemptivo

e 176 plusmn 042 para o placebo Isso demonstra que ao passo em que o processo inflamatoacuterio

decorrente do trauma ciruacutergico vai diminuindo haacute consequumlentemente reduccedilatildeo dos niacuteveis

aacutelgicos e que os maiores niacuteveis de dor do grupo placebo em relaccedilatildeo ao preemptivo podem ter

sido responsaacuteveis por promoverem maior memorizaccedilatildeo da dor contribuindo assim para que

mesmo 2 dias apoacutes a operaccedilatildeo as pacientes do grupo placebo ainda exibissem um maior

quadro aacutelgico embora natildeo diferente sob o ponto de vista estatiacutestico Logo a eletroanalgesia

preemptiva pode tambeacutem estar influenciando na qualidade de remissatildeo da dor

Ao conjuminar esses dados podemos inferir que o grupo preemptivo em todos os

momentos de anaacutelise da intensidade de dor apresentou niacuteveis leves ao passo que o placebo

chegou a atingir niacuteveis moderados em 3 verificaccedilotildees (ENDd ENDe ENDf) Isso demonstra

que as pacientes do grupo placebo natildeo obtiveram analgesia tatildeo satisfatoacuteria quanto as do outro

grupo Eacute importante ressaltar que a colecistectomia por laparotomia gera um niacutevel de dor

severo no poacutes-operatoacuterio e que esse soacute natildeo deve ter sido atingido em nenhum dos grupos

porque a dipirona ndashndash antiinflamatoacuterio natildeo-esteroidal ndashndash estava sendo administrada de 6 em 6

horas

No graacutefico 10 eacute possiacutevel perceber que houve no grupo preemptivo uma ascensatildeo

do niacutevel de dor menos iacutengreme que a do placebo nas primeiras coletas Esse achado parece

estar em concordacircncia com a proposta de Melo e Santana Filho (2003) de aplicar a TENS em

periacuteodo preacute-operatoacuterio para minimizar os picos aacutelgicos no poacutes-operatoacuterio de hernioplastias

84

inguinais pois apesar de eles terem obtido satisfatoacuteria analgesia com o seu uso no poacutes-

operatoacuterio verificaram que havia picos dolorosos assim que ocorria o teacutermino do efeito

anesteacutesico e que os mesmos poderiam talvez serem atenuados com a aplicaccedilatildeo da TENS

antes do ato ciruacutergico

Essa atenuaccedilatildeo do pico aacutelgico obtida com a aplicaccedilatildeo da TENS jaacute no periacuteodo preacute-

operatoacuterio pode ser realmente observada ao confrontamos os nossos resultados com os de

Santos et al (2004) ndashndash trabalho jaacute citado anteriormente ndashndash tendo em vista que percebemos

que nas quinta e sexta coletas as meacutedias de intensidade de dor do grupo preemptivo

[pertencente ao nosso trabalho] foram inferiores agraves do experimental [pertencente agrave pesquisa

de Santos et al (2004)] que tiveram valores de 379 plusmn 284 e 370 plusmn 329 respectivamente o

que pode ter decorrido do fato de a TENS ter promovido um efeito anti-nociceptivo Mariano

e Ben (1998) obtiveram resultados satisfatoacuterios tambeacutem com a aplicaccedilatildeo da TENS no poacutes-

operatoacuterio de colecistectomias no entanto natildeo podemos comparar diretamente os resultados

devido agraves diferenccedilas de meacutetodos empregados

Natildeo estatildeo expressas na literatura pesquisada publicaccedilotildees sobre analgesia

preemptiva induzida pela TENS em humanos apenas trabalhos com a utilizaccedilatildeo de drogas e

eletroacupuntura com esse propoacutesito e que tiveram iniacutecio principalmente a partir da deacutecada

passada Dessa forma a nossa discussatildeo seraacute sempre cotejada agraves pesquisas envolvendo esses

dois recursos de forma preemptiva tal como trabalhos que empregaram a TENS no poacutes-

operatoacuterio

Apenas um trabalho realizado por Javier et al (1999) sobre o uso da TENS como

recurso analgeacutesico preemptivo foi encontrado na literatura pesquisada entretanto foi

procedido em ratos Eles observaram que a TENS mormente em sua modalidade de baixa

frequumlecircncia proporcionou efeito anti-nociceptivo em procedimentos ciruacutergicos realizados

nesses animais o que corrobora nossos achados Mesmo sendo aplicados a espeacutecies

85

diferentes o trabalho de Javier et al (1999) e o nosso estatildeo em concordacircncia pois ambos

obtiveram analgesia preemptiva com a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia

Muito embora tenha sido empregado meacutetodo diferenciado analgesia preemptiva

tambeacutem foi obtida por Kotani et al (2001) com o uso da eletroacupuntura antes de cirurgias

abdominais altas e baixas sendo verificados pela VAS menores niacuteveis de dor nos pacientes

em que foi aplicada a eletroestimulaccedilatildeo em relaccedilatildeo aos do grupo controle ndashndash natildeo submetidos

agrave corrente eleacutetrica

A grande importacircncia em confrontar os resultados da nossa pesquisa com os de

Kotani et al (2001) baseia-se no similar mecanismo de accedilatildeo da eletroacupuntura e da TENS

de baixa frequumlecircncia que se daria pelo aumento dos niacuteveis de opioacuteides endoacutegenos que agiriam

ambos em receptores micro-opioacuteides (CHEN HAN 1992 HAN et al 1986) Contudo Zhou e

Xi (1986) observaram em coelhos que a naloxona antagonizou parcialmente o efeito da

eletroacupuntura mas natildeo o da TENS de baixa frequumlecircncia

A administraccedilatildeo de faacutermacos analgeacutesicos em periacuteodo preacute-operatoacuterio proporcionou

bons resultados na diminuiccedilatildeo do quadro aacutelgico em algumas pesquisas vg Pontes e Prado

(2002) analisando o uso do cetoprofeno antes da realizaccedilatildeo de incisotildees plantares em ratos

verificaram satisfatoacuterio efeito anti-nociceptivo dessa droga Ke et al (1998) observaram ndashndash

em laparotomias ndashndash menor iacutendice de dor (mensurado pelo MPQ) no grupo de pacientes em

que a bupivacaiacutena fora administrada antes da cirurgia quando comparado ao dos outros dois

grupos pacientes em que ela foi administrada apoacutes a cirurgia e aqueles que receberam apenas

soluccedilatildeo salina Diversos outros autores tambeacutem relatam sobre os bons resultados obtidos com

a analgesia preemptiva (AIDA et al 1999 GOTTSCHALK OCHROCH 2003 KE

PORTERA LINCOLN 1998 LEE I-H LEE I-O 2005 WALL 1988) Na revisatildeo

sistemaacutetica de Ong et al (2005) analisando 66 artigos a analgesia peridural com opioacuteides

destacou-se por ser a teacutecnica mais eficiente para promover analgesia preemptiva conclusatildeo

86

tambeacutem obtida por Moiniche Kehlet e Dahl (2002)

Na literatura existem pesquisas principalmente com a utilizaccedilatildeo de faacutermacos em

que natildeo se obteve analgesia preemptiva Pontes e Prado (2002) eg natildeo promoveram

analgesia preemptiva com o uso de dipirona morfina e diclofenaco antes da realizaccedilatildeo de

incisotildees plantares em ratos e de acordo com esses autores em outra pesquisa a infiltraccedilatildeo

preacute-ciruacutergica de anesteacutesico local natildeo exerceu influecircncia nos niacuteveis aacutelgicos nem de pacientes

submetidos a colecistectomias nem herniorrafias Assim como esses muitos outros estudos

tambeacutem obtiveram resultados negativos e naqueles em que foi observada analgesia

preemptiva a mesma ocorreu em pequena magnitude (KISSIN 1994 2000 2002

MAESTRONI et al 2002 ONG et al 2005 SINATRA 2002 WOOLF CHONG 1993)

Entretanto os bons resultados jaacute obtidos tanto cliacutenicos quanto experimentais satildeo

provavelmente suficientes para indicar que a analgesia preemptiva eacute um fenocircmeno vaacutelido e

que um maior efeito poderaacute ser obtido com o desenvolvimento de novas e mais especiacuteficas

teacutecnicas (KISSIN 2000 2002)

As pesquisas tecircm restringido o uso da TENS em humanos apenas ao periacuteodo poacutes-

ciruacutergico Os resultados na sua grande maioria tecircm demonstrado gratificante aliacutevio do

quadro aacutelgico sobretudo naqueles procedimentos em que a dor gerada tem intensidade de

leve a moderada

Guerra et al (2003) verificaram menores niacuteveis aacutelgicos por meio da END nos

pacientes que foram submetidos agrave aplicaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia

inguinal em relaccedilatildeo aos que natildeo o foram assim como Chiu et al (1999) em

hemorroidectomias Chen et al (1998) em histerectomia abdominal total e miomectomia

Carrol et al (1996) em 786 pacientes submetidos a diversos procedimentos ciruacutergicos Castro

e Carlos (1986) em laparotomias com 22 de reduccedilatildeo da queixa de dor sendo os melhores

resultados obtidos nas histerectomias e os piores nas gastrectomias o que pode ser atribuiacutedo

87

talvez ao fato de a gastrectomia ser um procedimento ciruacutergico abdominal alto e ocasionar

entatildeo maiores niacuteveis de dor

Os nossos resultados natildeo podem ser diretamente confrontados aos dessas pesquisas

tendo em vista o grande nuacutemero de variaacuteveis existentes destacando-se o diferente modelo de

dor que cada procedimento ciruacutergico ocasiona e o fato de a TENS ter sido empregada sempre

apoacutes as cirurgias O que se pode e deve ser discutido eacute que talvez os resultados das pesquisas

em que a TENS foi bem sucedida como recurso analgeacutesico pudessem ser ainda melhores caso

a tivessem empregado tambeacutem antes das cirurgias e os das que natildeo obtiveram sucesso com a

TENS pudessem ter tido com essa preacutevia aplicaccedilatildeo pois as respostas analgeacutesicas poderiam

ser potencializadas

A maior concentraccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos apoacutes a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia eacute relatada por diversos autores (JOHNSON ASHTON THOMPSOM 1991

MERKEL GUSTEIN MALVIYA 1999 SLUKA WALSH 2003 THOMSON SKINNER

PIERCY 1994 TOYOTA STATAKE AMAKI 1999) Eriksson Sjolund e Neilzen (1979)

e Salar Job e Mingrino (1981) demonstraram um aumento da concentraccedilatildeo de opioacuteides no

liquor lombar apoacutes a TENS De acordo com Starkey (2001) essa modalidade de corrente

eleacutetrica estimularia a glacircndula hipoacutefise a liberar ACTH e acirc-lipotropina (moleacutecula precursora

da acirc-endorfina) na corrente sanguumliacutenea Crielaard et al ([sd] apud TRIBIOLI 2003)

observaram amento de 22 da taxa de acirc-endorfina apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia com intensidade elevada a ponto de produzir contraccedilatildeo muscular ritmada na

regiatildeo lombar de pacientes Entretanto OacuteBrien et al (1984 apud TRIBIOLI 2003) natildeo

verificaram incremento dos niacuteveis de acirc-endorfina no sangue apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS ndashndash tanto

de baixa frequumlecircncia (2 Hz) quanto de alta (80 Hz)

88

Chandran e Sluka (2003) observaram assim como Chen e Han (1992) Kalra Urban

e Sluka (2001) King e Sluka (2001) Sluka et al (1999) e Sluka et al (2000) que a TENS de

baixa frequumlecircncia estimulava a liberaccedilatildeo de opioacuteides que agiam sobre os receptores micro

localizados tanto em niacutevel espinhal (micro2) quanto supra-espinhal (micro1) fato ratificado por Han

et al (1991) que observaram que a endomorfina-1 ligante opiacuteoacuteide para os receptores micro-

opioacuteides mediava o efeito dessa modalidade de TENS Em alguns desses estudos concluiu-

se que a accedilatildeo da TENS se dava sobre esse tipo de receptor ao conseguir inibir o seu efeito

pela preacutevia administraccedilatildeo de baixas doses de naloxona ndashndash antagonista desses receptores

Hansson et al (1986) Lundeberg Bondesson e Lundstron (1985) e Olausson et al (1986)

verificaram que a TENS de baixa frequumlecircncia natildeo foi eficiente na reduccedilatildeo da dor nos pacientes

em que foi previamente administrada a naloxona

Apesar de a maioria dos autores apontar a accedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia como

sendo sobre os receptores micro-opioacuteides Chen e Han (1992) observaram que ela tambeacutem agiria

sobre os receptores auml-opioacuteides Outros autores como Han et al (1991) e Hughes et al

(1984) tambeacutem relataram sobre um aumento da concentraccedilatildeo de acirc-endorfina na circulaccedilatildeo

sanguumliacutenea de indiviacuteduos saudaacuteveis apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de baixa ou alta frequumlecircncias e

no liquor lombar concentraccedilotildees elevadas de metionina-encefalina (agonista auml-opioacuteide) e

dinorfina A (agonista ecirc-opioacuteide) apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de alta e baixa frequumlecircncia

respectivamente Para Basford (1994) seria mais evidente a liberaccedilatildeo de opioacuteides com a

aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia

Algumas controveacutersias quanto ao uso da TENS ainda persistem a) se haveria

liberaccedilatildeo de outras substacircncias capazes de modular a dor b) se sujeitos com e sem dor

diferem na resposta agrave estimulaccedilatildeo c) e caso sejam liberados neurotransmissores para a

modulaccedilatildeo da dor quais seriam os paracircmetros de estimulaccedilatildeo mais efetivos para tal

(BASFORD 1994)

89

A eletroanalgesia preemptiva pode ter sido obtida nessa pesquisa por meio da

inibiccedilatildeo pela TENS da hipersensibilidade central o que estaacute em concordacircncia com a

assertiva de King e Sluka (2001) e Sluka (2000) de que a TENS de baixa frequumlecircncia reduz

significantemente a hiperalgesia secundaacuteria poreacutem natildeo tem efeito sobre a primaacuteria

90

53 Anaacutelise da Satisfaccedilatildeo das Pacientes com o Tratamento

No grupo preemptivo a meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que

estava sendo realizado obtida a partir dos dados coletados com o uso da Escala de Satisfaccedilatildeo

do Paciente (ESP) foi sempre superior agrave do placebo em todos os momentos de coleta

entretanto natildeo houve em nenhuma das verificaccedilotildees diferenccedila estatiacutestica significante entre os

grupos como pocircde ser evidenciado na tabela 6 O intuito de aplicar tal escala foi tentar

observar se haveria um grau de satisfaccedilatildeo significantemente mais elevado no grupo

preemptivo em relaccedilatildeo ao placebo tendo em vista o papel da dor como fator de grande

influecircncia na qualidade do tratamento poacutes-operatoacuterio Poreacutem isso natildeo ocorreu nem na ESPd

verificaccedilatildeo que coincidia com o horaacuterio da ENDd em que houve niacutevel de dor

significantemente menor no grupo preemptivo

Rosaeg et al (2001) relatam sobre a ausecircncia de correlaccedilatildeo entre a analgesia

preemptiva e o grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes Isso ocorreria porquanto diversos fatores

aleacutem da dor poacutes-operatoacuteria contribuem para determinar o grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes

Nos dois grupos os niacuteveis de satisfaccedilatildeo sempre se mostraram bastante elevados Levando-se

em consideraccedilatildeo que todas as pacientes que participaram da presente pesquisa foram

assistidas pelo SUS e que comumente ndashndash ateacute por fatores culturais ndashndash estatildeo mais habituadas a

um ldquofriordquo relacionamento profissional de sauacutede-paciente esse alto grau de satisfaccedilatildeo talvez

possa ter sido atribuiacutedo agrave intensa assistecircncia dada aos dois grupos decircs o periacuteodo preacute-ciruacutergico

em que foram fornecidas informaccedilotildees a respeito da cirurgia que seria realizada da dor

incisional ndashndash e porventura visceral ndashndash do tratamento proposto dos meacutetodos de mensuraccedilatildeo

da dor bem assim orientaccedilotildees para que as mesmas evitassem falar apoacutes a cirurgia porque natildeo

se acumulassem gases ateacute o momento da alta hospitalar com os questionamentos sobre os

niacuteveis aacutelgicos Aleacutem disso as pacientes podem ter se sentido constrangidas ou terem

91

apresentado receio em relatar sobre a sua real satisfaccedilatildeo podendo supor que isso viria a

influenciar nos cuidados que a equipe meacutedica estaria despendendo para as mesmas

(BARROS 2001 JACHUCK 1982)

Caso tivesse sido realizada a coleta da ESP em todos os horaacuterios da END talvez fosse

possiacutevel observar diferenccedila significante entre os grupos em algum momento Entanto

preferiu-se realizar 5 averiguaccedilotildees da ESP aos inveacutes de 8 com o intuito de natildeo somente

abordar as pacientes um menor nuacutemero de vezes perturbando-as dessa forma um pouco

menos como tambeacutem minimizar a possibilidade de elas confundirem as duas escalas logo

que ambas satildeo constituiacutedas de nuacutemeros embora uma seja aplicada por meio de uma reacutegua e a

outra de forma verbal o que em princiacutepio diminuiria a possibilidade de confusatildeo

Em ambos os grupos a coleta em que houve a maior meacutedia de satisfaccedilatildeo com o

tratamento foi a uacuteltima sendo os valores nos grupos preemptivo e placebo respectivamente

de 992 plusmn 005 e 933 plusmn 035 Esses dados ao serem confrontados com os da END nesse

horaacuterio de coleta mostram que o maior grau de satisfaccedilatildeo apoacutes o pico aacutelgico deu-se

justamente no momento em que as pacientes estavam sentido uma menor intensidade de dor

Diferentemente dos nossos achados o uso da TENS no poacutes-operatoacuterio de

hernioplastia inguinal promoveu meacutedias de satisfaccedilatildeo com o tratamento ndashndash tambeacutem

mensurada pela ESP ndashndash significantemente superiores agraves do grupo placebo (MELO

SANTANA FILHO 2003)

Em pesquisa realizada por Hamza et al (1999) em cirurgias abdominais baixas

observou-se tambeacutem maior satisfaccedilatildeo por parte dos pacientes que usaram a TENS de baixa

frequumlecircncia no poacutes-operatoacuterio visto que 76 desses pacientes apresentaram alto grau de

satisfaccedilatildeo com o emprego de tal aparato para o controle da dor poacutes-ciruacutergica enquanto apenas

24 dos pacientes do grupo placebo apresentaram tal grau de satisfaccedilatildeo

92

54 Anaacutelise da Dor pelo Questionaacuterio de Dor McGill

A linguagem da dor repetidamente enfatizada por Merskey (1980) fornece

relevantes indiacutecios sobre o sofrimento e a dor das pessoas Melzack (1975) desenvolveu um

meacutetodo sistemaacutetico que incorporou descritores verbais para a expressatildeo da dor o MPQ que

se tornou o instrumento de pesquisa mais empregado no mundo para a mensuraccedilatildeo das

propriedades multidimensionais da dor abordando os componentes sensoriais afetivos e de

intensidade segundo Fernandez e Boyle (2001) e Fernandez e Towery (1996)

O MPQ adaptado foi utilizado apenas uma vez ndashndash 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico ndashndash no primeiro dia poacutes-operatoacuterio A opccedilatildeo por tal horaacuterio deu-se a partir da

experiecircncia obtida no estudo piloto em que o mesmo era administrado 7 h apoacutes a induccedilatildeo do

bloqueio A dificuldade para conseguir a atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo das pacientes condiccedilotildees

essenciais para responder de forma adequada ao mesmo foi muito grande fato que pode ser

atribuiacutedo ao relato de cansaccedilo por parte das pacientes porquanto as mesmas eram submetidas

ao procedimento ciruacutergico em torno das 1600 e assim o MPQ no estudo piloto era aplicado

aproximadamente agraves 2300 momento em que elas normalmente estavam dormindo ou entatildeo

tentando dormir mas relatando grande desconforto que pocircde ser observado natildeo apenas por

meio de avaliaccedilatildeo cliacutenica durante a coleta de dados como tambeacutem pelos niacuteveis aacutelgicos nesse

periacuteodo mensurados pela END e contidos na tabela 5

Apesar de alguns pesquisadores utilizarem o MPQ para a mensuraccedilatildeo de dores

passadas e relatarem que o mesmo possa ser usado para a anaacutelise de dores de ateacute uma semana

atraacutes optou-se para evitar maiores vieses por usaacute-lo para mensurar a dor incisional que a

paciente estava relatando naquele momento pois muitos pacientes apresentam dificuldade em

abstrair e sumariar experiecircncias dolorosas passadas (PIMENTA TEIXEIRA 1997) Para

93

isso elas eram instruiacutedas a respondecirc-lo com base na dor que estavam vivenciando naquele

momento

De acordo com Melzack (1975) esse instrumento somente deve ser aplicado para os

pacientes que estejam relatando dor Em virtude disso natildeo foram utilizados para a realizaccedilatildeo

da anaacutelise estatiacutestica dos iacutendices do MPQ os dados das 50 pacientes mas os de 41 (21 do

grupo preemptivo e 20 do placebo) pois 9 pacientes estavam relatando niacutevel de dor igual a

zero mensurado pela END no momento da aplicaccedilatildeo do MPQ

Veilleux e Melzack (1976) relatam que o MPQ eacute suficientemente sensiacutevel para

detectar diferenccedilas entre meacutetodos de tratamento da dor e proporciona informaccedilotildees a respeito

do efeito de determinada terapia antaacutelgica sobre as dimensotildees sensorial afetiva e avaliativa da

dor Optou-se pela natildeo utilizaccedilatildeo da forma reduzida do MPQ dado o pequeno nuacutemero de

descritores e cujos significados estatildeo mais frequumlentemente relacionadas agrave dor crocircnica do que

agrave aguda (MELZACK 1987)

A utilizaccedilatildeo do MPQ foi relevante porque esse instrumento multidimensional

fornece informaccedilotildees mais ricas sobre a experiecircncia dolorosa ndashndash envolvendo tambeacutem

componentes psicoloacutegicos e emocionais ndashndash natildeo se limitando apenas agrave mensuraccedilatildeo da

intensidade de dor como o satildeo a END VAS de faacutecies e tantas outras Para Prieto e

Geisinger (1983) apesar de a intensidade global da dor ser importante condiccedilatildeo para

compreender a experiecircncia dolorosa medidas que refletem apenas essa caracteriacutestica satildeo

insensiacuteveis a variaccedilotildees nos diferentes aspectos qualitativos da dor (KELLY AHMAD

BRULL 2001)

A categoria sensorial refere-se agraves propriedades mecacircnicas teacutermicas temporais e

espaciais da dor a afetiva-motivacional agrave dimensatildeo afetiva nos aspectos de tensatildeo medo e

propriedades autonocircmicas a avaliativa possibilita que o paciente expresse uma avaliaccedilatildeo

global da sua experiecircncia dolorosa e a miscelacircnea que engloba descritores das outras

94

categorias natildeo se refere a nenhuma propriedade especiacutefica (KETOVUORI POumlNTINEN

1981 MELZACK 1975 PIMENTA TEIXEIRA 1997 TEIXEIRA et al 1999)

A partir da sua utilizaccedilatildeo pudemos obter o Iacutendice do Nuacutemero de Palavras

Escolhidas (NWC) e o Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) O graacutefico 12 apresenta a

comparaccedilatildeo do NWC total obtido por meio da soma do nuacutemero de descritores selecionados

pelas pacientes nas 4 categorias que compotildeem o MPQ entre os grupos preemptivo e placebo

assim como o NWC em cada categoria do MPQ (tabela 10) De acordo com Pimenta e

Teixeira (1997) quanto maior o valor do NWC maior tambeacutem seraacute o niacutevel de dor dos

pacientes

Eacute possiacutevel observar que natildeo houve diferenccedila significante quanto ao NWC total entre

os grupos haja vista que o valor de p foi igual a 0937 tendo o grupo preemptivo selecionado

em meacutedia 1562 plusmn 061 palavras e o placebo 1540 plusmn 084 Vale ressaltar que o maacuteximo valor

possiacutevel do NWC total eacute 20 pois cada paciente natildeo pode escolher mais do que um descritor

em cada subcategoria

O grupo preemptivo selecionou em meacutedia 371 plusmn 025 e 276 plusmn 018 descritores nas

categorias afetiva e miscelacircnea respectivamente e o placebo 375 plusmn 020 e 315 plusmn 021 Na

categoria sensorial diferentemente dessas duas o grupo preemptivo (819 plusmn 038) selecionou

mais palavras que o placebo (765 plusmn 050) Na avaliativa ambos os grupos selecionaram em

meacutedia uma palavra Eacute importante ressaltar que em nenhum desses iacutendices houve diferenccedila

significante o que jaacute era esperado pois o NWC natildeo eacute eficiente para mostrar o malogro ou

sucesso de uma terapia analgeacutesica para um aliacutevio parcial da dor De acordo com Melzack

(1975) o paciente que tem um aliacutevio parcial da dor natildeo necessariamente deveria ter um

menor NWC pois haveria uma tendecircncia em selecionar um descritor que indicasse um menor

iacutendice de dor mas natildeo a recusa por parte desse paciente em selecionar determinada

subcategoria Dessa forma apenas o PRI poderia apresentar variaccedilatildeo

95

Apesar de natildeo ter havido diferenccedila significante a maior utilizaccedilatildeo ndashndash em termos

proporcionais ndashndash dos descritores da categoria sensorial em relaccedilatildeo aos da afetiva conforme

foi observada na tabela 11 em ambos os grupos estaacute de acordo com Pimenta (1995) Reading

(1983) e Teixeira et al (1999) que verificaram que os pacientes que sofriam de dores agudas

tinham preferecircncia por tais descritores enquanto aqueles que padeciam de dor crocircnica pelos

da afetiva Todavia talvez exista uma tendecircncia maior para a escolha dos descritores da

categoria sensorial pois a mesma engloba 539 (42 palavras) dos descritores do MPQ

enquanto que a afetiva 179 (14 palavras) Portanto a categoria sensorial apresenta o triplo

de descritores da afetiva apesar de possuir somente o dobro de subcategorias

Eacute interessante observar a importacircncia da categoria avaliativa (16ordf subcategoria) pois

todas as pacientes a utilizaram para selecionar um descritor (tabela 8) Melzack (1975)

descreveu que 95 dos 248 pacientes ndashndash de diversas doenccedilas ndashndash analisados em seu estudo

selecionaram um descritor dessa categoria o que estaacute em concordacircncia com nossos dados

Outras subcategorias muito utilizadas foram a 9ordf 11ordf 12ordf e 20ordf De forma inversa a 19ordf

subcategoria foi a menos selecionada (4 pacientes do grupo preemptivo e 8 do placebo) o que

eacute justificado por se tratarem de descritores que abordam os aspectos relacionados agrave sensaccedilatildeo

de frio sendo mais frequumlentemente utilizados para a descriccedilatildeo de dores de dente de acordo

com Gagliesi e Melzack (2003) e Melzack (1975)

Em ambos os grupos os descritores mais selecionados foram ldquocansativardquo e

ldquoenjoadardquo que pertencem agrave categoria afetiva 8095 das pacientes do grupo preemptivo

selecionaram esses descritores e 90 das do placebo assim o fizeram Na categoria sensorial

ambos os grupos selecionaram mais frequumlentemente o descritor ldquofinardquo 7142 das pacientes

do grupo preemptivo e 75 das do placebo Na miscelacircnea 55 das pacientes do grupo

placebo optaram mais comumente pelos descritores ldquoespalhardquo e ldquorepuxardquo e 5238 das do

preemptivo por ldquorepuxardquo e ldquoaborrecidardquo

96

Ao considerar os descritores mais apropriados para caracterizar a dor incisional

nessa pesquisa (tabela 9) ndashndash considerados por Gagliesi e Melzack (2003) como aqueles que

tenham sido selecionados por pelo menos 33 dos pacientes ndashndash os que foram escolhidos de

forma comum aos dois grupos foram na categoria sensorial (latejante pontada fina

queimaccedilatildeo ardor e dolorida) afetiva (cansativa e enjoada) avaliativa (que incomoda) e na

miscelacircnea (repuxa e aborrecida) Houve diferenccedila significante entre os dois grupos na

frequumlecircncia de seleccedilatildeo dos descritores ldquoesticadardquo da 10ordf subcategoria e ldquoespalhardquo da 17ordf

subcategoria que eacute justificada pelo fato de na 10ordf subcategoria das 19 pacientes do grupo

preemptivo que a utilizaram 13 selecionaram o descritor ldquoesticadardquo e das 13 do grupo

placebo apenas 5 Em se tratando da 17ordf subcategoria apenas 3 das 13 pacientes que

indicaram essa subcategoria selecionaram o descritor ldquoespalhardquo enquanto 11 do grupo

placebo o selecionou das 17 que optaram por tal subcategoria

No graacutefico 13 haacute a comparaccedilatildeo do PRI total obtido pela soma dos valores que satildeo

atribuiacutedos a cada descritor escolhido pelas pacientes nas 4 categorias do MPQ ndashndash podendo

atingir um maacuteximo valor de 78 ndashndash entre os dois grupos assim como do PRI para cada uma

das categorias do MPQ Para Pimenta e Teixeira (1997) quanto maior o valor desse iacutendice

maior a percepccedilatildeo dolorosa das pacientes Natildeo houve diferenccedila significante quanto ao PRI

total assim como para as categorias sensorial afetiva e miscelacircnea O grupo preemptivo

apresentou PRI total igual a 3274 plusmn 163 e o placebo 3245 plusmn 208 A categoria avaliativa foi

a uacutenica em que houve diferenccedila significante entre os grupos pois o PRI do grupo preemptivo

foi igual a 3 plusmn 028 e o do placebo a 205 plusmn 022 sendo o valor de p igual a 0019

A ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica significante entre os dois grupos tanto no NWC

total quanto no PRI total estaacute em concordacircncia com os resultados obtidos pela ENDg 16 h

apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico pois em nenhum desses iacutendices houve diferenccedila

significante entre os grupos

97

Apesar das dificuldades existentes ndashndash tempo de aplicaccedilatildeo e compreensatildeo de alguns

descritores pelas pacientes ndashndash a aplicaccedilatildeo desse questionaacuterio possibilitou ao investigador uma

experiecircncia muito produtiva pois permitiu a visualizaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo ndashndash seja por palavras

ou expressotildees faciais ndashndash da maioria das pacientes em encontrar palavras que as auxiliassem a

transmitir sua experiecircncia dolorosa Em pesquisa realizada por Pimenta e Teixeira (1997)

96 dos pacientes disseram que o MPQ ajudou ou ajudou muito na descriccedilatildeo de seu quadro

doloroso

Os dados obtidos a partir do MPQ infelizmente tornam-se um pouco limitados para

a comparaccedilatildeo com outras pesquisas dadas as diferenccedilas da liacutengua Esse eacute um dos motivos

pelos quais as escalas unidimensionais satildeo mundialmente mais usadas possibilitando o cotejo

dos resultados obtidos em diferentes paiacuteses e liacutenguas

Sabe-se que os aspectos econocircmicos culturais e sociais tecircm influecircncia sobre o relato

da dor pelos pacientes ndashndash embora em menor magnitude nas dores de caraacuteter agudo vg a

poacutes-operatoacuteria do que nas de caraacuteter crocircnico segundo Pimenta e Teixeira (1997) ndashndash mas

Katz e Melzack (1999) e Melzack (1975) demonstraram que o MPQ possui elevado niacutevel de

fidedignidade e transcende a tais diferenccedilas talvez por ter sido elaborado com base no

referencial teoacuterico sobre a fisiologia da dor No Brasil 95 dos entrevistados em uma

pesquisa disseram ser capazes de compreender o inventaacuterio sem grande dificuldade mas os

estudos natildeo avaliam a magnitude dessa dificuldade mormente quando se trata de indiviacuteduos

de baixa escolaridade ou idosos (PIMENTA 1995 PIMENTA TEIXEIRA 1997

TEIXEIRA 2001)

Entretanto essa talvez natildeo seja a realidade desse questionaacuterio no Brasil ndashndash um dos

liacutederes mundiais em desigualdade social e que possui diferenccedilas marcantes quanto agraves

expressotildees idiomaacuteticas regionais ndashndash o que permite supor que os resultados de uma pesquisa

realizada com uma amostra extraiacuteda de uma populaccedilatildeo rica de uma capital brasileira possam

98

talvez diferenciar significantemente dos daqueles obtidos em uma pobre cidade do sertatildeo

nordestino dada a complexidade na compreensatildeo de alguns descritores (BARROS 2001)

Em decorrecircncia dessas questotildees eacute que foi dada atenccedilatildeo nessa pesquisa ao niacutevel de

escolaridade das pacientes ndashndash que eacute ressaltado por Melzack (1987) como um dos fatores

limitantes para o seu uso assim como foram estabelecidos como criteacuterios de inclusatildeo vg

somente a participaccedilatildeo de pacientes que fossem assistidas pelo SUS e que fossem operadas no

Hospital Satildeo Domingos Saacutevio

99

55 Tempo para a Primeira Administraccedilatildeo do Diclofenaco de Soacutedio

Em contraposiccedilatildeo a Moininche Kehlet e Dahl (2002) Ong et al (2005) relatam que

o tempo para o primeiro requerimento de analgeacutesicos tem menor acuraacutecia para verificar o

efeito da analgesia preemptiva do que a intensidade de dor e o consumo de drogas

analgeacutesicas e que esse natildeo seria o objetivo principal da analgesia preemptiva todavia sua

importacircncia cliacutenica reside no fato de que ao prolongaacute-lo estaria havendo maior efeito do

recurso analgeacutesico utilizado antes da cirurgia ndashndash em nosso caso a TENS ndashndash podendo traduzir

em menor iacutendice de dor e consumo total de analgeacutesicos bem assim maior conforto agrave paciente

As pacientes do grupo preemptivo que consumiram diclofenaco de soacutedio ndashndash droga

que estava prescrita como medicaccedilatildeo de resgate ndashndash nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico solicitaram-no em meacutedia 48750 plusmn 5344 min apoacutes esta jaacute as do grupo

placebo 47010 plusmn 4619 min natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos porquanto o

valor de p foi igual a 0807 o que pode ser visualizado no graacutefico 15 que ilustra esse tempo

Esperava-se que com a preacutevia aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia o tempo para a

solicitaccedilatildeo dessa droga pudesse ser significantemente maior dado o possiacutevel aumento do

periacuteodo de latecircncia da dor devido agrave eletroanalgesia preemptiva

Por meio da END foi verificado que as pacientes do grupo placebo apresentaram no

poacutes-operatoacuterio imediato um pico aacutelgico alcanccedilado no momento da sexta coleta de dor o que

coincide com o tempo para a requisiccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio por essas pacientes

Como natildeo se conhecem pesquisas averiguando esse consumo com o uso da TENS

de forma preacute-operatoacuteria a discussatildeo a seguir far-se-aacute a partir de pesquisas que empregaram

meacutetodos diferenciados Assim Benedetti et al (1997) analisando esse tempo em pacientes

submetidos a toracotomias poacutestero-laterais tambeacutem verificaram diferenccedila estatiacutestica natildeo-

significante entre os pacientes que fizeram uso da TENS no poacutes-operatoacuterio e os que natildeo a

100

utilizaram tal como Garcia (2000) ao analisar o efeito preemptivo do fentanil em

histerectomias

Jaacute no estudo de Lin et al (2002) que avaliou a eletroacupuntura de forma

preemptiva em cirurgias abdominais baixas foi demonstrado que o tempo para o primeiro

requerimento de morfina foi de 10 18 28 e 28 min respectivamente nos grupos A

(preemptivo controle) B (preemptivo placebo) C (preemptivo de baixa frequumlecircncia 2 Hz) e D

(preemptivo de alta 100 Hz) e no de Ke et al (1998) foi demonstrado que a bupivacaiacutena

exerceu efeito preemptivo em laparoscopias ao retardar o tempo para o requerimento do

primeiro analgeacutesico entre os 3 grupos da pesquisa A (pacientes em que a bupivacaiacutena foi

administrada antes do ato ciruacutergico e soluccedilatildeo salina apoacutes) 4867 plusmn 4353 min B (soluccedilatildeo

salina antes e bupivacaiacutena depois) 2294 plusmn 3304 min e C (soluccedilatildeo salina antes e depois)

1431 plusmn 1567 min

Benedetti et al (1997) obtiveram aumento do tempo para o primeiro requerimento

de analgeacutesicos nos pacientes que usaram a TENS no poacutes-operatoacuterio de costotomias

esternotomias toracotomias com afastamento muscular e viacutedeo toracoscopias

101

56 Anaacutelise do Consumo de Analgeacutesicos no Poacutes-operatoacuterio

Em 48 das pacientes do grupo preemptivo (12 pacientes) foi administrado o

diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico enquanto que

no grupo placebo isso ocorreu em 60 (15 pacientes) diferenccedila natildeo estatisticamente

significante (graacutefico 14) Para Kissin (1996) o consumo de analgeacutesicos eacute possivelmente uma

variaacutevel natildeo fidedigna para averiguar a analgesia preemptiva e pode ser influenciado por

vaacuterios fatores psicoloacutegicos Todavia Konrad Cordeiro e Coeli (2001) Moiniche Kehlet e

Dahl (2002) e Ong et al (2005) ressaltam a relevacircncia desse consumo para analisar a

analgesia preemptiva

Ao analisar o consumo de diclofenaco de soacutedio e dipirona durante todo o periacuteodo de

internaccedilatildeo tambeacutem natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos como pocircde ser

observado nos graacuteficos 16 e 17 respectivamente Quanto ao consumo de dipirona esse

resultado era previsto pois essa droga estava prescrita de 6 em 6 h E quanto agrave administraccedilatildeo

de diclofenaco de soacutedio a ausecircncia de diferenccedila foi um resultado natural haja vista que nem

nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash periacuteodo em que haveria maior

efeito da analgesia preemptiva ndashndash houve diferenccedila significante

Cotejando nossos resultados aos de pesquisas envolvendo a aplicaccedilatildeo da

eletroacupuntura de forma preemptiva em procedimentos ciruacutergicos para avaliaccedilatildeo do

consumo de medicamentos analgeacutesicos nossos achados divergem dos de Lin et al (2002)

que em cirurgias abdominais baixas observaram reduccedilatildeo de 22 desse consumo nas

primeiras 24 h poacutes-ciruacutergicas nos pacientes que fizeram uso da modalidade de baixa

frequumlecircncia em relaccedilatildeo aos do grupo placebo Kotani et al (2001) conseguiram ao aplicar a

eletroacupuntura antes de cirurgias abdominais altas e baixas reduzir em 50 o consumo de

morfina pelos pacientes

102

Ao analisar o consumo de analgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio com o meacutetodo de analgesia

preemptiva induzida por drogas Levent (2001) em histerectomias abdominais totais e

salpingo-ooforectomias bilaterais natildeo verificou diferenccedila significante desse consumo entre as

pacientes em que a morfina fora administrada antes do ato ciruacutergico e apoacutes o fechamento do

peritocircnio e Garcia (2000) tambeacutem natildeo observou diferenccedila significante entre as que fizeram

uso do fentanil 30 min antes das histerectomias e as que o utilizaram apoacutes o ato ciruacutergico

Maestroni et al (2002) embora tenham verificado analgesia preemptiva em colecistectomias

laparoscoacutepicas mensurada pela VAS tambeacutem natildeo observaram diferenccedila significante quanto

ao consumo de analgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio o que estaacute de acordo com os nossos achados

Os nossos resultados divergem dos de diversos autores como Hamza et al (1999)

que demonstraram a efetividade da TENS na diminuiccedilatildeo do consumo de analgeacutesicos no

periacuteodo poacutes-operatoacuterio senatildeo nessas pesquisas a TENS foi aplicada somente apoacutes a cirurgia

Destarte natildeo estamos em concordacircncia com os resultados da pesquisa de Guerra et

al (2003) em que houve significante reduccedilatildeo do consumo de analgeacutesicos com o uso da TENS

no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia inguinal Apenas 1 dos 9 pacientes do grupo experimental

ndashndash que usou a TENS ndashndash solicitou uma uacutenica vez medicaccedilatildeo analgeacutesica ao passo que todos

os pacientes do grupo placebo (n = 9) solicitaram esse tipo de medicaccedilatildeo 255 vezes em

meacutedia Essa diferenccedila em relaccedilatildeo aos achados eacute fruto dos meacutetodos usados tipos de cirurgia

drogas anesteacutesicas e analgeacutesicas niacuteveis e tipos de dor paracircmetros de estimulaccedilatildeo tempo de

aplicaccedilatildeo e horaacuterios de aplicaccedilatildeo da TENS

Algumas pesquisas obtiveram satisfatoacuterios resultados com o uso da TENS no

periacuteodo poacutes-operatoacuterio como a de Chiu et al (1999) em hemorroidectomias cirurgias que

geram um quadro aacutelgico intenso em que houve reduccedilatildeo significante do consumo de morfina

Chen et al (1998) em histerectomias e miomectomias que observaram reduccedilatildeo de 37 da

administraccedilatildeo de opioacuteides com o uso da TENS de forma pericicatricial e de 39 quando

103

aplicada nos pontos de acupuntura Bjordal Johnson e Ljungreen (2003) que analisaram

1350 pacientes submetidos a diferentes procedimentos ciruacutergicos e verificaram reduccedilatildeo de

355 do consumo de analgeacutesicos Nuntildeez e Carrasco (2000) que minimizaram esse consumo

em cesaacutereas sem no entanto diminuir a intensidade e o periacuteodo de remissatildeo da dor

Benedetti et al (1997) que conseguiram minimizar a intensidade de dor em costotomias

esternotomias toracotomias com afastamento muscular e viacutedeo toracocospias e Castro e

Carlos (1986) em laparotomias que o minimizaram em 63 naqueles que fizeram uso desse

recurso sendo mais significante nos que foram submetidos a histerectomias e menos a

gastrectomias

Embora a reduccedilatildeo do consumo de diclofenaco natildeo tenha sido significante os nossos

achados satildeo muito relevantes haja vista que ao serem confrontados com os da anaacutelise da

intensidade de dor pela END possibilita a verificaccedilatildeo do mais importante aspecto desse

trabalho que foi conseguir manter o niacutevel de dor do grupo preemptivo inferior ao do placebo

sem haver no entanto um maior consumo de drogas analgeacutesicas para tal Ou seja se as

pacientes do grupo preemptivo tivessem consumido mais drogas que as do placebo seria

inviaacutevel inferir sobre a ocorrecircncia de analgesia preemptiva

57 Dor Referida

104

A ocorrecircncia de dor referida no ombro direito ndashndash condiccedilatildeo que sugere irritaccedilatildeo do

diafragma ou diretamente do nervo frecircnico ndashndash deu-se em 40 (10 pacientes) das pacientes do

grupo preemptivo e em 32 (8 pacientes) daquelas do placebo (graacutefico 18) Essa incidecircncia

estaacute em concordacircncia com os achados na literatura que a indicam em cerca de um terccedilo dos

pacientes submetidos a colecistectomia por laparotomia (ORLOFF 1970 SCHWARTZ

SHIRES SPENCER 1996 WAY DUNPHY 1993)

Natildeo se objetivou nessa pesquisa analisar a intensidade de dor referida no ombro ndashndash

apesar de os dados tambeacutem terem sido coletados Objetivou-se apenas verificar a sua

incidecircncia que com a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia natildeo apresentou diferenccedila

significante entre as pacientes que a usaram e as que natildeo

De acordo com Antunes et al (2002) a TENS tem eficaacutecia jaacute bastante comprovada

para o tratamento das dores de origem cutacircnea mas natildeo eacute necessariamente eficiente para as

de origem visceral o que corrobora a pesquisa de Nuntildeez e Carrasco (2000) que usaram a

TENS no poacutes-operatoacuterio de cesaacutereas

58 Anaacutelise do Consumo de Metoclopramida

105

Em um total de 20 das pacientes (5 pacientes) do grupo preemptivo houve

administraccedilatildeo dessa droga enquanto que em 32 (8 pacientes) isso ocorreu (graacutefico 19) O

consumo dessa droga ndashndash que natildeo tem accedilatildeo analgeacutesica ndashndash foi verificado para auxiliar a avaliar

a qualidade de recuperaccedilatildeo poacutes-ciruacutergica logo que um dos preditores de naacuteuseas e ecircmesis eacute a

dor E como a TENS eacute um recurso analgeacutesico poderia entatildeo tambeacutem minimizar o consumo

dessa substacircncia

Nossos resultados satildeo semelhantes aos de Zaacuterate et al (2001) que natildeo obtiveram

significante reduccedilatildeo do consumo de drogas anti-emeacuteticas com o uso da eletroacupuntura antes

de colecistectomias por laparoscopia Todavia Chen et al (1998) conseguiram reduzir a

incidecircncia de naacuteuseas e vocircmitos em aproximadamente um terccedilo das mulheres que se

submeteram a histerectomia abdominal total ou miomectomia com o uso da TENS todavia

esse recurso foi aplicado no poacutes-operatoacuterio Kotani et al (2001) observaram reduccedilatildeo de 20

a 30 da incidecircncia de naacuteuseas em cirurgias abdominais altas e baixas com a analgesia

preemptiva induzida pela eletroacupuntura e Lin et al (2002) em cirurgias abdominais

baixas

59 Questionaacuterio sobre a TENS

106

Durante a coleta dos dados observou-se que algumas pacientes do grupo preemptivo

relataram que a aplicaccedilatildeo da TENS ocasionava determinado incocircmodo Assim para a

obtenccedilatildeo de dados mais concretos sobre esses relatos resolveu-se acrescentar esse

questionaacuterio (Apecircndice H) ndashndash mesmo com a coleta de dados jaacute em andamento

Os resultados obtidos ilustrados no graacutefico 20 confirmam o que foi evidenciado na

praacutetica cliacutenica a respeito do relato das pacientes sobre o incocircmodo da estimulaccedilatildeo eleacutetrica de

baixa frequumlecircncia e alta intensidade pois a maioria (5789) das pacientes do grupo

preemptivo disse que a TENS incomodava um pouco e 1578 que incomodava

razoavelmente Esses dados foram significantemente diferentes dos do grupo placebo em que

8824 relataram que a TENS natildeo incomodava e 1176 que incomodava um pouco O fato

de ter havido queixa por parte de 2 pacientes do grupo placebo pode ter ocorrido talvez por

essas permanecerem durante 60 min deitadas com os eletrodos posicionados sobre o abdome

sem terem liberdade para deambular ou realizar atividades que solicitassem grande

movimentaccedilatildeo

Pesquisas recentes realizadas por Sluka et al (2000) tecircm demonstrado que a TENS

de alta frequumlecircncia tambeacutem estimula a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos e diante da

experiecircncia cliacutenica sabe-se que o uso de tal frequumlecircncia eacute mais confortaacutevel que o da de baixa

que normalmente eacute aplicada em niacutevel motor de estimulaccedilatildeo com a maacutexima intensidade

suportada pelo paciente Logo poder-se-ia utilizar a TENS de alta frequumlecircncia em pesquisas

para observar a possiacutevel ocorrecircncia de analgesia preemptiva comparando com os resultados

da de baixa frequumlecircncia e selecionar qual seria a mais adequada para tal dando grande ecircnfase

em tal escolha ao conforto e satisfaccedilatildeo do paciente

107

A maioria das pacientes de ambos os grupos relatou que gostaria de em uma

proacutexima cirurgia usar a TENS e os medicamentos (graacutefico 21) Esses dados parecem refletir a

satisfaccedilatildeo das pacientes em receber uma melhor assistecircncia da equipe de sauacutede assim como

terem agrave sua disposiccedilatildeo alguns recursos diferentes para o tratamento do quadro aacutelgico o que

reforccedila a relevacircncia e a aceitaccedilatildeo da analgesia multimodal

108

CONCLUSAtildeO

109

6 CONCLUSAtildeO

A aplicaccedilatildeo da modalidade de baixa frequumlecircncia da estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea

do nervo durante 60 minutos no periacuteodo preacute-operatoacuterio de pacientes do sexo feminino

submetidas a colecistectomia por laparotomia promoveu analgesia preemptiva

110

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

111

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AIDA S et al The effectiveness of preemptive analgesia varies according to the type ofsurgery a randomized double-blind study Anesthesia and Analgesia Baltimore v 89 n 3p 711 Set 1999

ANDRADE R F A Comportamento da litiacutease biliar no Estado de Sergipe 2002Monografia (graduaccedilatildeo em medicina) ndashndash Departamento de Medicina da Universidade Federaldo Estado de Sergipe Aracaju 2002

ANTUNES A A M et al Os efeitos da estimulaccedilatildeo eleacutetrica nervosa transcutacircnea no poacutes-operatoacuterio de cirurgias toraacutecicas e abdominais ndashndash revisatildeo de literatura e relato de casosRevista de Fisioterapia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 9 n 1 p 23-25janjun 2002

BARROS N Qualidade de vida ndashndash conceito e meacutetodos de avaliaccedilatildeo In ANDRADE FILHOA C de C Dor diagnoacutestico e tratamento Roca Satildeo Paulo 2001 53-61 p

BASFORD J R Eletroterapia In KOTTKE F J LEHMANN J F Tratado de medicinafiacutesica e reabilitaccedilatildeo de Krusen 4 ed Satildeo Paulo Manole 1994 363-388 p

BENBOW S J COSSINS L WILES J R A comparative study of disability depressionand pain severity in young and chronic pain in patients VIIIth World Congress on PainVancouver 1996

BENEDETTI F et al Control of postoperative pain by transcutaneous electrical nervestimulation after thoracic operations Ann Thoracic Surgery Torino v 63 n 3 p 773-776Mar 1997

BISSCHOP G de BISSCHOP Eacute de COMMANDREacute F TENS In BISSCHOP G deBISSCHOP Eacute de COMMANDREacute F Eletrofisioterapia Satildeo Paulo Santos 2001 5-62 p

BJORDAL J M JOHNSON M I LJUNGREEN A E Transcutaneous electrical nervestimulation (TENS) can reduce postoperative analgesic consumption A meta-analysis withassessment of optimal treatment parameters postoperative pain European Journal of PainErlangen v 7 n 2 p 181-188 Apr 2003

BLUMGART L H Cirugiacutea del hiacutegado y de las viacuteas biliares Buenos Aires EditoriaMeacutedica Panamericana 1988 655-665 p

BONICA J J et al Biochemistry and the modulation of nociception and pain In BONICAJ J The management of pain Phyladelphia Lea amp Febiger 1990 95-121 p

BRENTANO L Colecistectomia [sl] ABC da Sauacutede 2003 Disponiacutevel emhttpwwwabcdasaudecombrartigophp86 Acesso em 30 de agosto de 2004

BRIDENBAUGH P O Preemptive analgesia ndashndash is it clinically relevant Anesthesia ampAnalgesia Baltimore v 78 n 2 p 203-4 Feb 1994

112

BUTTON B SAWYER S Fisioterapia do aparelho respiratoacuterio do adolescente InBURNS Y R MCDONALD J Fisioterapia e crescimento na infacircncia Satildeo PauloSantos 1999 247-261 p

BUXTON B P A fisiologia e a psicologia da dor In STARKEY C RecursosTerapecircuticos em Fisioterapia Satildeo Paulo Manole 2001 37-69 p

CAMERON M H Physical agents in rehabilitation ndashndash from research to practicePhyladelphia W B Saunders Company 1999 31-54 p

CARROLL D et al Randomization is important in studies with pain outcomes systematicreview of transcutaneous electrical nerve stimulation in acute postoperative pain BritishJournal of Anaesthesia Oxford v 77 n 6 p 798-803 Dec 1996

CARROL E N BADURA A S Focal intense brief transcutaneous electric nervestimulation for treatment of radicular and posthoracotomy pain Archives of PhysicalMedicine and Rehabilitation Cleveland v 82 n 2 p262-264 Feb 2001

CASTILLO G L B Estudio comparativo entre bupivacaina + fentanyl vs bupivacainasola por viacutea peridural para el control del dolor obsteacutetrico Tesis para obtener el diplomauniversitario en la especialidad de anestesiologiacutea Quereacutetaro [1999]

CASTRO M L CARLOS E S Post-laparotomy pain control by transcutaneous electricalnerve stimulation preliminary report Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeirov 36 n 3 p 207-14 mar 1986

CHANDRAN P SLUKA K A Development of opioid tolerance with repeatedtranscutaneous electrical nerve stimulation administration Pain Seattle v 102 n 1-2 p195-201 Mar 2003

CHEN L et al The effect of location of transcutaneous electrical nerve stimulation onpostoperative opioid analgesic requirement acupoint versus nonacupoint stimulationAnesthesia amp Analgesdia Baltimore v 87 n 5 p 1129-1134 Nov 1998

CHEN L HAN J S Analgesia induced by electroacupuncture of different frequencies ismediated by different types of opioid receptors another cross-tolerance study BehavioralBrain Research Amsterdam v 47 n 2 p 143-149 Apr 1992

CHESTERTON L S et al Effects of TENS frequency intensity and stimulation siteparameter manipulation on pressure pain thresholds in healthy human subjects Pain Seattlev 106 n 1-2 p 73-80 Nov 2003

CHIU J H et al Effect of transcutaneous electrical nerve stimulation relief on patientsundergoing hemorrhoidectomy prospective randomized controlled trial Diseases of theColon amp Rectum New York v 42 n 2 p 180-185 Feb 1999

CREPON F Eletrofisioterapia e Reeducaccedilatildeo Funcional Satildeo Paulo Lovise 1996 80-101p

113

CRIELAARD et al apud TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendoparacircmetros de estimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85fDissertaccedilatildeo (mestrado em bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de SatildeoPaulo Ribeiratildeo Preto 2003

DAMIANE C DAMIANE G TENS eletroanalgesia In RODRIGUES E MGUIMARAtildeES C S Manual de recursos fisioterapecircuticos Rio de Janeiro Revinter 199853-80 p

DIERKING G et al Effect of pre vs post-operative inguinal field block on postoperative painafter herniorraphy British Journal of Anaesthesia Oxford v 68 n 4 p 344-348 Apr1992

DUBUISSON D MELZACK R Classification of clinical pain descriptors by multiplegroup discriminant analysis Experimental Neurology Michigan v 51 n 2 p 480-487May 1976

DuGAS B W Medicaccedilotildees In______ Enfermagem praacutetica 4 ed Rio de JaneiroGuanabara 1988 465-487 p

EISENBAUER L A MURPHY M A Pharmacotherapeutics amp advanced nursingpractice San Diego McGraw Hill Companies 1998 253 p

ERIKSSON M B E SJOLUND B H NEILZEN S Long term results of peripheralconditioning stimulation as an analgesic measure in chronic pain Pain Seattle v 6 n 3 p335-347 Jun 1979

FERNANDEZ E BOYLE G J Affective and evaluative descriptors of pain in the McGillPain Questionnaire reduction and reorganization The Journal of Pain Philadelphia v 2 n6 p 318-325 Dec 2001

FERNANDEZ E TOWERY S A parsimonious set of verbal descriptors of pain sensationderived from the Mcgill Pain Questionnaire Pain Seattle v 66 n 1 p 31-37 Jul 1996

FORTH W BEYER A PETER K Highly potent analgesics opiates and opioids InFORTH W BEYER A PETER K Aliacutevio da dor uma visatildeo analiacutetica das vantagens edesvantagens da moderna administraccedilatildeo da dor Satildeo Paulo Hoechest 1995 40-49 p

FRAMPTON V Estimulaccedilatildeo Nervosa Eleacutetrica Transcutacircnea In KITCHEN S BAZIN SEletroterapia de Clayton 10 ed Satildeo Paulo Manole 1998 276-294 p

GAGLIESI L MELZACK R Age differences in the quality of chronic pain a preliminarystudy Pain Research amp Management Oakville v 2 n3 p 157-162 Winter 1997

GAGLIESE L MELZACK R Age-related differences in the qualities but not the intensityof chronic pain Pain Seattle v 104 n 3 p 597-608 Aug 2003

114

GARCIA J B dos S Preemptive analgesia with epidural bupivacaine plus fentanyl inhysterectomy serum interleukin-6 implications 2000 Tese para obtenccedilatildeo do tiacutetulo dedoutorado ndashndash Escola Paulista de Medicina ndashndash Universidade Federal de Satildeo Paulo Satildeo Paulo2000

GOFFI F S GOFFI JUacuteNIOR P S SORBELLO A A Cirurgia das vias biliares InGOFFI F S Teacutecnica ciruacutergica bases anatocircmicas fisiopatoloacutegicas e teacutecnicas da cirurgia 4ed Satildeo Paulo Atheneu 1996 691-694 p

GOTTSCHALK A OCHROCH E A Preemptive analgesia what do we do nowAnesthesiology Philadelphia v 98 n1 p 280-281 Jan 2003

GRAHAM C et al Use of the McGill Pain Questionnaire in the assessment of cancer painreplicability and consistency Pain Seattle v 8 n 3 p 377-387 Jun 1980

GRIEVE G P Modern manual therapy of the vertebral column New York ChurchillLivingstone 1986 233-249 p

GUERRA D R et al A Utilizaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio imediato de pacientessubmetidos a cirurgia de heacuternia inguinal In V CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeOCIENTIacuteFICA PIBICUFS 2003 Universidade Federal de Sergipe Anais Satildeo CristoacutevatildeoUniversidade Federal de Sergipe 2003 215 p

HAMZA M A et al Effect of the frequency of transcutaneous electrical nerve stimulationon the postoperative opioid analgesic requirement and recovery profile AnesthesiologyPhiladelphia v 91 n 5 p 1232-1238 Nov 1999

HAN J S et al Frequency as the cardinal determinant for electroacupuncture analgesia to bereversed by opioid antagonists Chinese Medical Journal Peking v 38 n 5 p 475-482Oct 1986

HAN J S et al Effect of low and high frequency TENS on met-enkephalin-arg-phe anddynorphin A immunoreactivity in human lumbar CSF Pain Seattle v 47 n 3 p 295-298Dec 1991

HANSSON B et al Influence of naloxone on relief of acute oro-facial pain bytranscutaneous electrical nerve stimulation (TENS) or vibration Pain Seattle v 24 n 3 p323-329 Mar 1986

HEPNER D L Preemptive analgesia what does it really mean AnesthesiologyPhiladelphia v 93 n 5 p 1368 nov 2000

HUGHES G S et al Response of plasma beta-endorphins to transcutaneous electrical nervestimulation in healthy subjects Physical Therapy Alexandria v 64 n 7 p 1062-1066 Jul1984

HUSKISSON E C Visual Analogue Scales In MELZACK R Pain measurement andassessment New York Raven Press 1983 33-37 p

115

IMAMURA M et al Eletroestimulaccedilatildeo nervosa transcutacircnea In LEITAtildeO V A Cliacutenica dereabilitaccedilatildeo Satildeo Paulo Atheneu 1995 301-309 p

JACHUCK S J et al The effect of hypotensive drugs on the quality of life The BritishJournal of the Royal College General Practitioners London v 32 n 235 p 103-105Feb 1982

JAFFE J H MARTIN W R Analgeacutesicos opioacuteides e antagonistas In GILMAN A G etal Goodman e Gilman As Bases farmacoloacutegicas da terapecircutica 8 ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1991 320-343 p

JAVIER G P et al Analgesia preventiva en un modelo experimental de dolor visceralRevista Mexicana de Anestesiologia v 22 n 2 p 116-121 abr-jun 1999

JOHNSON M I et al Analgesic effects of different frequencies of transcutaneous electricalnerve stimulation on cold-induced pain in normal subjects Pain Seattle v 39 n 2 p 231-236 Nov 1989

JOHNSON M I ASHTON C H THOMPSOM J W An in depth study of long termusers of transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) Implications for clinical use ofTENS Pain Seattle v 44 n 3 p 221-229 Mar 1991

KALRA A B URBAN M O SLUKA K A Blockade of opiod receptors in rostralventral medulla prevents antihyperalgesia produced by transcutaneous electrical nervestimulation (TENS) The Journal of Pharmacology and Experimental TherapeuticsBethesda v 298 n 1 p 257-263 Jul 2001

KATZ J MELZACK R Measurement of pain Surgery Clinical North American v 79n 2 p 231-252 Apr 1999

KE R W PORTERA S G LINCOLN S R A randomized blinded trial of preemptivelocal anesthesia in laparoscopy Primary Care Update for Obstetric and Gynecology v 5n 4 p 197-198 Jul 1998

KE R W et al A randomized double-blinded trial of preemptive analgesia in laparoscopyObstetrics amp Gynecology Denver v 92 n 6 p 972-5 Dec 1998

KELLY D J AHMAD M BRULL S Preemptive analgesia I physiological pathways andpharmacological modalities Canadian Journal of Anesthesia Toronto v 48 n 10 p1000-1010 Nov 2001

KETOVUORI H POumlNTINEN P J A pain vocabulary in finnish ndashndash the finnish painquestionnaire Pain Seattle v 11 n 1 p 247-253 Aug 1981

KING E W SLUKA K A The effect of varying frequency and intensity of transcutaneouselectrical nerve stimulation on secundary mechanical hyperalgesia in an animal model ofinflammation The Journal of Pain Philadelphia v 2 n 2 p 128-133 Apr 2001

KISSIN I Preemptive analgesia terminology and clinical relevance Anesthesia andanalgesia Baltimore v 79 n 4 p 809 Oct 1994

116

______ Preemptive analgesia ndashndash Why its effect is not always obvious AnesthesiologyPhiladelphia v 84 n 5 p 1015-1019 May 1996

______ Preemptive analgesia Anesthesiology Philadelphia v 93 n 4 p 1138-1143 Oct2000

______ Study design to demonstrate clinical value of preemptive analgesia is it commonlyused approach valid Regional Anesthesia and Pain Medicine Seattle v27 n3 p 242-244 May-Jun 2002

KONRAD K CORDEIRO S M COELI M Dor Fisiopatologia e tratamento InLIANZA S Medicina de Reabilitaccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001 137-150p

KOTANI N et al Preoperative intradermal acupuncture reduces postoperative pain nauseaand vomiting analgesic requiriment and sympathoadrenal responses AnesthesiologyPhiladelphia v 95 n 2 p 349-356 Aug 2001

LABRADA A JIMEacuteNEZ-GARCIA Y Preventive multimodal analgesia a comparativestudy Revista de la Sociedad Espantildeola del Dolor Madrid v 11 n 3 p 122-128 abr2004

LEE I-H LEE I-O Preemptive effect of intravenous ketamine in the rat concordancebetween pain behavior and spinal fos-like immunoreactivity Acta AnaesthesiologicaScandinavica Oxford v 49 n 2 p 160-165 Feb 2005

LEVENT K The effect of preemptive intravenous morphine on postoperative analgesia andsurgical stress response Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeiro v 51 n 6 p503-510 dez 2001

LICHTENBERG P A SWENSEN C H SKEHAN M W Further investigation of therole of personality lifestyle and arthritic severity in predicting pain Journal ofPsychosomatic Research New York v 30 n 3 p 327-337 maio 1986

LIN J et al The effect of high and low frequency eletroacupuncture in pain after lowabdominal surgery Pain Seattle v 99 n 3 p 509-514 out 2002

LOMBARD B et al Evaluation de lrsquoeacutelectrostimulation transcutaneacutee dans la prise en chargedes douleurs post-amygdalectomie chez lrsquoadulte Revue Laryngologie Otologie RhinologieBordeaux Ceacutedex v 117 n 2 p 89-92 abr 1996

LOW J REED A Eletroterapia explicada 3 ed Satildeo Paulo Manole 2001 472 p

LUNDEBERG T BONDESSON L LUNDSTRON V Relief of primary dysmenorrhea bytranscutaneous electrical nerve stimulation Acta Obstetetricia et GynecologicaScandinavica Gothenburg v 64 n 6 p 491-497 ago 1985

MACHADO M C C RAIA A A Anatomia ndash Histologia ndash Embriologia ndash Fisiologia davesiacutecula e vias biliares ndash Fisiologia da bile In CORREcircA NETTO A RAIA A AZERBINO E de J Cliacutenica Ciruacutergica 4 ed Satildeo Paulo Sarvier 1994 785-789 p

117

MAESTRONI U et al A new method of preemptive analgesia in laparoscopiccholecystectomy Surgical Endoscopy New York v 16 n 9 p 1336-1340 Sep 2002

MARIANO T F BEN V F G Efeitos da eletroestimulaccedilatildeo transcutacircnea (TENS) emindiviacuteduos adultos no poacutes-operatoacuterio imediato de colecistectomia 1998 Trabalho deConclusatildeo de Curso ndashndash Universidade Catoacutelica Dom Bosco (UCDB) Campo Grande 1998

MARIN L I CASTRO C E S Post laparotomy pain control by transcutaneous electricalnerve stimulation preliminary report Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeirov 36 n 3 p 207-214 maio-jun 1986

MCQUAY H J Pre-emptive analgesia a systematic review of clinical studies Annals ofMedicine Stockholm v 27 n 2 p 249-56 Apr 1995

MELO J N SANTANA FILHO V J Efeito da TENS convencional no requerimento deanalgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio imediato de herniorrafia inguinal 2003 Monografiaapresentada ao curso de fisioterapia para tiacutetulo de bacharel Universidade Tiradentes Aracaju2003

MELZACK R The McGill Pain Questionnaire major properties and scoring methods PainSeattle v 1 n 3 p 277-299 Sep 1975

MELZACK R WALL P O desafio da dor Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 1987189-250 p

MERINO C S Colecistectomiacutea laparoscoacutepica comparada con colecistectomiacutea claacutesica encolecistitis aguda Revista Chilena de Cirurgia Santiago v 53 n 1 p 53-59 2001

MERKEL S I GUSTEIN H B MALVIYA S Use of transcutaneous electrical nervestimulation in a young child with pain from open perineal lesions Journal of Pain andSymptom Management New York v 18 n 5 p 376-81 Nov 1999

MERSKEY H Some features of the history of the idea of pain Pain Seattle v 9 n 1 p 3-8 Aug 1980

MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO BRASIL Cuidados paliativos oncoloacutegicos controle da dorRio de Janeiro INCA 2001 16-32 p

MOINICHE S KEHLET H DAHL J B A qualitative and quantitative systematic reviewof preemptive analgesia for postoperative pain relief Anesthesiology Philadelphia v 96 n3 p 725-41 Mar 2002

MORIN C et al Differences between the sexes in post-surgical pain Pain Seattle v 85 n1-2 p 79-85 Mar 2000

MOTAMED C et al Preemptive intravenous morphine-6-glucuronide is ineffective forpostoperative pain relief Anesthesiology Philadelphia v 92 n 2 p 355-360 Feb 2000

118

NUNtildeEZ C N CARRASCO M P Estimulacioacuten eleacutectrica transcutaacutenea (EET) para reducirel dolor despueacutes de la cesaacuterea Ginecologiacutea y Obstetricia de Meacutexico Ciudad del Meacutexico v68 n 1 p 60-63 fev 2000

OacuteBRIEN et al apud TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendoparacircmetros de estimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85fDissertaccedilatildeo (mestrado em bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de SatildeoPaulo Ribeiratildeo Preto 2003

OLAUSSON B et al Effects of naloxone on dental pain threshold following muscleexercises and low frequency transcutaneous nerve stimulation a comparative study in manActa Physiologica Scandinavica Stockholm v 126 n 2 p 299-305 Sep 1986

ONG C K-S et al The efficacy of preemptive analgesia for acute postoperative painmanagement a meta-analysis Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 100 n 3 p 757-773Mar 2005

ORLOFF M J Fiacutegado e sistema biliar In DAVIS I Christopher Cliacutenica Ciruacutergica 2 edRio de Janeiro Guanabara Koogan 1970 772-783 p

PATINtildeO J F LONDONtildeO E GARCIacuteA L G Colecistectomia mini-traumaacuteticahospitalizacioacuten de corta estancia Revista Colombiana de Cirurgia Bogotaacute v 6 n 2 p 70-75 ago 1991

PEREIRA L V SOUSA F A E F Mensuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo da dor poacutes-operatoacuteria umabreve revisatildeo Revista Latino-americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 3 p 77-84 jul 1998

PEacuteREZ-AYUSO R M et al Historia natural de la colelitiasis Incidencia de colescistectomiacuteaen un aacuterea urbana y una rural mapuche en la uacuteltima deacutecada Revista Meacutedica de ChileSantiago v 130 n 7 p 723-730 jul 2002

PIMENTA C A M Avaliaccedilatildeo da experiecircncia dolorosa Revista de Medicina Satildeo Paulo v74 n 2 p 69-75 ago-set 1995

PIMENTA C A de M CRUZ Dde A L M da C SANTOS J L F dos Instrumentospara avaliaccedilatildeo da dor O que haacute de novo no nosso meio Arquivo Brasileiro deNeurocirurgia Satildeo Paulo v 17 n 1 p 15-24 jun 1998

PIMENTA C A TEIXEIRA M J Questionaacuterio de Dor Mcgill proposta de adaptaccedilatildeo paraa liacutengua portuguesa Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeiro v 47 n 2 p 177-186 ago 1997

PONTES R M C PRADO W A Presurgical ketoproten but not morphine dipyronediclofenac preempts post-incisional mechanica allodynia in rats Brazilian Journal ofMedical and Biological Research Ribeiratildeo Preto v 35 n 1 p 11-119 jan 2002

119

PRADO W A OLIVEIRA R Anti-hyperalgesic effect of electroacupuncture in a model ofpost-incisional pain in rats Brazilian Journal of Medical and Biological ResearchRibeiratildeo Preto v 33 n 8 p 957-960 ago 2000

PRIETO E J GEISINGER K F Factor-analytic studies of the McGill Pain QuestionnaireIn MELZACK R Pain measurement and assessment New York Raven Press 1983 63-70 p

RANG H P DALE M M Farmacologia 2 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1993460 p

READING A E The McGill Pain Questionnaire an appraisal In MELZACK R Painmeasurement and assessment New York Raven Press 1983 55-61 p

RIVERA A R F Incisioacuten transversa contra incisioacuten media en colecistectomiacutea Cuaacutel esmenos dolorosa Cirurgiacutea General v 18 n 3 p 178-181 jul-set 1996

ROBINSON A J Instrumentaccedilatildeo para eletrotrerapia In ROBINSON A J SNYDER-MACKLER L Eletrofisiologia cliacutenica eletroterapia e teste eletrofisoloacutegico 2 ed PortoAlegre Artmed 2001 43-83 p

ROSAEG O P et al Effect of preemptive multimodal analgesia for arthroscopic KneeLigament repair Regional Anesthesia and Pain Medicine Seattle v 26 n 2 p 125-130Mar-Apr 2001

ROSLYN J J ZINNER M J Gallbladder and extra-hepatic billiary system InSCHWARTZ S I SHIRES G T SPENCER F C 6 ed Principles of surgery EstadosUnidos Mc Graw Hill 1996 1367-1399 p

SALAR G JOB I MINGRINO S et al Effects of transcutaneous electrotherapy on CSFb-endorphin content in patients without pain problems Pain Seattle v 10 n 2 p 169-172apr 1981

SALGADO A S I Manual cliacutenico de eletrofisioterapia Londrina Midiograf 1999 112-147 p

SANTIESTEBAN A J Agentes fiacutesicos e dor muacutesculo-esqueleacutetica In GOULD J AFisioterapia na ortopedia e na medicina do esporte 2 ed Satildeo Paulo Manole 1993 181-193 p

SANTOS et al Aplicaccedilatildeo da TENS de alta e baixa frequumlecircncias no poacutes-operatoacuterio imediato decolecistectomia convencional In VI CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICAPIBICUFS 2004 Universidade Federal de Sergipe Anais Satildeo Cristoacutevatildeo UniversidadeFederal de Sergipe 2004 p242

SCHWARTZ S I SHIRES G T SPENCER F C Princiacutepios de cirurgia 6ed MeacutexicoInteramericana 1996 416-449 p

120

SEKAR C et al Preemptive analgesia for postoperative relief in lumbosacral spine surgeriesa randomized controlled trial The Spine Journal La Grange v 4 n 3 p 261-264 May-Jun 2004

SILVA P Anesteacutesicos locais e outros faacutermacos que afetam os canais iocircnicos In RANG HP DALE M M RITTER J M Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1998 485-505 p

SILVEIRA I A M LIMA P A L Estudo da reduccedilatildeo de custo no hospital SatildeoDomingos Saacutevio com a utilizaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia inguinal2004 Monografia para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de bacharel em fisioterapia UniversidadeTiradentes Aracaju 2004

SINATRA R Role of COX-2 inhibitors in the evolution of acute pain management Journalof Pain and Sympton Management New York v 24 n 1S p S18-27 Jul 2002

SLUKA K A Systemic morphine in combination with TENS produces an increaseantihyperalgesia in rats with acute inflamation The Journal of Pain Philadelphia v 1 n 3p 204-211 Sep 2000

SLUKA K A et al Spinal blockade of opiod receptors prevents the analgesia produced byTENS in arthritic rats The Journal of Pharmacology and Experimental TherapeuticsBethesda v 289 n 2 p 840-846 May 1999

SLUKA K A et al Low frequency TENS is less effective than high frequency TENS atreducing inflammation-induced hyperalgesia in morphine-tolerant in rats European Journalof Pain Erlangen v 4 n 2 p 185-93 Jun 2000

SLUKA K A WALSH D Transcutaneous electrical nerve stimulation basic sciencemechanisms and clinical effectiveness The Journal of Pain Philadelphia v 4 n 3 p 109-121 Apr 2003

SOFAER B Assessing pain In______ Pain a handbook for nurses 2 ed New YorkChapman amp Hall 1994 44-57 p

SORKIN B A et al Chronic pain in young and old patients differences appear lessimportant than similarities J Gerontol Psychol Sci Washington v 45 n 2 p 64-68 Mar1990

SPOacuteSITO M M M Manual de medicina fiacutesica e de reabilitaccedilatildeo Satildeo Paulo [sn] 199373-93 p

STARKEY C Agentes eleacutetricos In ______ Recursos terapecircuticos em fisioterapia SatildeoPaulo Manole 2001 176-276 p

TAYLOR D New ways to contain post-op pain 2002 Disponiacutevel em lthttp wwwoutpatientsurgerynet2002os08f2shtmlgt Acesso em 22 de outubro de 2004

TEIXEIRA M J Fisiopatologia da dor neuropaacutetica In ANDRADE FILHO A C de CDor diagnoacutestico e tratamento Roca Satildeo Paulo 2001 7-42 p

121

TEIXEIRA M J SOUZA A C F Dor ndashndash evoluccedilatildeo histoacuterica dos conhecimentos InTEIXEIRA M J FIGUEIROacute J A B Dor epidemiologia fisiopatologia avaliaccedilatildeosiacutendromes dolorosas e tratamento Satildeo Paulo Grupo Editorial Moreira Jr 2001 8-13 p

TEIXEIRA M J et al Avaliaccedilatildeo da dor fundamentos teoacutericos e anaacutelise criacutetica Revista deMedicina Satildeo Paulo v 78 n 2 (pt 1) p 85-114 abr 1999

THOMSON A SKINNER A PIERCY J Habilidades da fisioterapia In ______Fisioterapia de Tidy 12 ed Satildeo Paulo Santos 1994 417-465 p

TORRE A et al Analgesia Preventiva Revista Venezuelana de Anestesiologia Caracasv 7 n 1 p 15-26 jun 2002

TOYOTA S STATAKE T AMAKI Y Transcutaneous electrical nerve stimulation as analternative therapy for microlaryngeal endoscopic surgery Anesthesia amp AnalgesiaBaltimore v 89 n 5 p 1236-8 Nov 1999

TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendo paracircmetros deestimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85f Dissertaccedilatildeo (mestradoem bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade de Medicina de RibeiratildeoPreto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto2003

TURK D C OKIFUJI A SCHARFF L Chronic pain and depression role of perceivedimpact and perceived control in different ages cohorts Pain Seattle v 61 n 1 p 93-101Apr 1995

VALE F M Dor Novos aspectos fisiopatoloacutegicos e consequumlentes estrateacutegiasfarmacoloacutegicas Revista da Faculdade de Medicina de Lisboa Lisboa v 5 n 5 p 291-304 set-out 2000

VEILLEUX S MELZACK R Pain in psychotic patients Experimental NeurologyMichigan v 52 n 1 p 535-543 Jul 1976

VETTER T R HEINER E J Discordance between patient self-reported visual analog scalepain scores and observed pain-related behavior in older children after surgery Journal ofClinical Anesthesia New York v 8 n 5 p 371-375 Aug 1996

WALL P D The prevention of postoperative pain Pain Seattle v 33 n 2 p 289-90 May1988

WALSH D M et al Transcutaneous electrical nerve stimulation effect of peripheral nerveconduction mechanical pain threshold and tactile threshold in humans Archives of PhysicalMedicine and Rehabilitation Philadelphia v 79 n 9 p 1051-8 Sep 1998

WANG B et al Effect of the intensity of transcutaneous acupoint electrical stimulation onthe postoperative analgesic requirement Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 85 n 2 p406-413 Aug 1997

122

WARNCKE T STUBHAUG A JORUM E Preinjury treatment with morphine orketamine inhibits the development of experimentally induced secondary hyperalgesia in manPain Seattle v 86 n 1-2 p 293-303 Mar 2000

WAY L W DUNPHY J E Biliary tract In WAY L W DUNPHY J E Cirurgiadiagnoacutestico e tratamento 9 ed Rio de Janeiro Guanabara koogan 1993 525-552 p

WILKIESON C A et al Toleration side-effects an efficacy of sulphasalazine in rheumatoidarthritis patients of different ages Quarterly Journal of Medicine Oxford v 86 n 8 p501-505 Aug 1993

WOOD L Fisiologia da dor In KITCHEN S BAZIN S Eletroterapia de Clayton 10ed Satildeo Paulo Manole 1998 80-85 p

WOOLF C J CHONG M-S Preemptive analgesia treating postoperative pain bypreventing the establishment of central sensitization Anesthesia amp Analgesia Baltimore v77 n 2 p 362-379 Aug 1993

WU W-P et al The very-high-efficacy 5-HT1A receptor agonist F 13640 preempts thedevelopment of allodynia-like behaviors in rats with spinal cord injury European Journal ofPharmacology Utrecht v 478 n 2-3 p 131-137 Oct 2003

YENG L T et al Medicina fiacutesica e reabilitaccedilatildeo em doentes com dor crocircnica In TEIXEIRAM J FIGUEIROacute J A B Dor epidemiologia fisiopatologia avaliaccedilatildeo siacutendromesdolorosas e tratamento Satildeo Paulo Grupo Editorial Moreira Jr 2001 131-140 p

ZAacuteRATE E et al The use of transcutaneous acupoint electrical stimulation for preveningnausea and vomiting after laparoscopic surgery Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 92 n3 p 629-35 Mar 2001

ZHOU G Z XI G F Comparison between transcutaneous nerve stimulation analgesiceffect and electroacupuncture Analgesic effect in rabbits Acupuncture and Electro-therapeutics Research Oxford v 11 n 2 p 119-125 May 1986

123

APEcircNDICE

124

APEcircNDICE

APEcircNDICE A ndashndash Ficha de identificaccedilatildeo da paciente

Nuacutemero do estudo __________

Leito__________

Data da cirurgia __________

Hospital ________________________________

Nome___________________________________

Prontuaacuterio da paciente ______________

Idade ________ Peso ________ Estatura ________ Sexo ( ) M ( ) F

Diagnoacutestico cliacutenico _______________________________

Profissatildeo ________________________

Naturalidade _____________________

Niacutevel de escolaridade ( ) Nunca estudou ( ) 1deg grau incompleto ( ) 1deg grau completo

( )2deg grau incompleto ( )2deg grau completo ( )3deg grau incompleto ( )3deg grau completo

Possui ( ) Hepatopatia ( ) Nefropatia ( ) Algum tipo de enfermidade maligna

( ) Hipertensatildeo arterial ( ) Diabetes Outra_________________

Sentia dor Em caso de sim haacute quanto tempo ____________________________________

Utilizava algum medicamento para combatecirc-la ( ) Sim ( ) Natildeo

Qual _____________________________

Faz ou fez uso de algum outro tipo de medicaccedilatildeo para combater essa dor Em caso de sim

qual e haacute quanto tempo

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

125

APEcircNDICE B ndashndash Termo de consentimento livre e esclarecido

A senhora seraacute submetida a uma cirurgia na qual o tratamento poacutes-ciruacutergico eacute feito

com remeacutedios para aliviar a dor A nossa pesquisa intitulada ldquoESTIMULACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

TRANSCUTAcircNEA DO NERVO ANALGESIA PREEMPTIVA EM COLECISTECTOMIA

POR LAPAROTOMIArdquo usaraacute antes da realizaccedilatildeo da cirurgia durante 60 minutos um

aparelho chamado TENS Queremos saber no periacuteodo poacutes-operatoacuterio o seu niacutevel de dor e a

sua satisfaccedilatildeo com o tratamento Esse tipo de tratamento por noacutes proposto natildeo promove danos

lesivos agrave sua sauacutede e natildeo oferece fatores de risco O fato de vocecirc concordar em participar

desse estudo natildeo implica prejuiacutezo agrave sauacutede bem assim natildeo alteraraacute de nenhuma forma o

tratamento jaacute estabelecido

Eu ________________________________ RG _____________________ fui

informada dos objetivos da pesquisa acima de maneira clara e detalhada Recebi informaccedilotildees

a respeito do tratamento proposto e esclareci minhas duacutevidas Sei que a qualquer momento

poderei solicitar novas informaccedilotildees e modificar minha decisatildeo se assim o desejar Sei tambeacutem

que todos os dados dessa pesquisa ficaratildeo em sigilo e terei a liberdade de retirar meu

consentimento de participaccedilatildeo na pesquisa

________________________________ ____________________________

Paciente Pesquisador

Digital (para caso de pacientes natildeo letrados)

126

APEcircNDICE C ndashndash Ficha de aplicaccedilatildeo da TENS e do ato ciruacutergico

APLICACcedilAtildeO DA TENS

Nuacutemero do estudo ________ Leito__________

Grupo a que pertence a paciente ( ) Preemptivo ( ) Placebo

Paracircmetros de aplicaccedilatildeo da TENS duraccedilatildeo de pulso (T) = 250 micros frequumlecircncia (F) = 4 Hz

e tempo = 60 min

Iniacutecio da aplicaccedilatildeo _____________h

Teacutermino da aplicaccedilatildeo ___________h

Obs _______________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ATO CIRUacuteRGICO

ASA I ( ) II ( )

Horaacuterio de induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ____________h

Medicaccedilatildeo anesteacutesica _________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Horaacuterio da cirurgia Iniacutecio ________h Teacutermino ________ h

Duraccedilatildeo da cirurgia _____________min

Meacutedico cirurgiatildeo ______________________________

Meacutedico anestesista _____________________________

Houve alguma intercorrecircncia ciruacutergica ( )Sim ( ) Natildeo

Horaacuterio da intercorrecircncia ______h

OBS_______________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Obs Lembrar de solicitar ao cirurgiatildeo que a dipirona seja prescrita de 6 em 6 h e o

diclofenaco de soacutedio e a metoclopramida como medicaccedilatildeo de resgate Informaacute-lo que essa

prescriccedilatildeo deveraacute ser procedida durante todo o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar

127

APEcircNDICE D ndashndash Ficha de avaliaccedilatildeo da dor pela Escala Numeacuterica de

Mensuraccedilatildeo da Dor

Nuacutemero do estudo_____ Leito __________________Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________Nome da paciente_______________________________________Horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio Anesteacutesico __________h-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------1) Horaacuterio_______h (2 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)

ENDa na cicatriz_______ENDa em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

2) Horaacuterio_______h (3 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDb na cicatriz_______ENDb em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

3) Horaacuterio_______h (4 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDc na cicatriz_______ENDc em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

4) Horaacuterio_______h (5 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDd na cicatriz_______ENDd em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________

Obs______________________________________________________________________

5) Horaacuterio_______h (7 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDe na cicatriz_______ENDe em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) _________________________Obs_____________________________________________________________________

6) Horaacuterio_______h (8 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDf na cicatriz_______ENDf em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

7) Horaacuterio_______h (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDg na cicatriz_______ENDg em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

8) Horaacuterio_______h (agraves 0700 h do dia de alta hospitalar)ENDh na cicatriz_______ENDh em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________Sentiu dor no ombro em algum momento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio _________________

128

APEcircNDICE E ndashndash Questionaacuterio de Dor McGill

Nuacutemero do estudo_____ Leito__________Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________Nome da paciente_______________________________________Aplicaccedilatildeo do MPQ (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico) __________hldquoAlgumas das palavras que eu vou ler descrevem a sua dor atual Diga-me qual palavra de cada grupomelhor descreve a sua dor Natildeo escolha aquelas que natildeo se aplicam Escolha somente uma palavra decada grupo a mais adequada para a descriccedilatildeo de sua dor Caso nenhuma palavra expresse a sua dorvocecirc pode dizer nenhumardquo

1ordf

( ) 1VIBRACcedilAtildeO

( ) 2TREMOR

( ) 3PULSANTE

( ) 4LATEJANTE

( ) 5COMO BATIDA

( ) 6COMO PANCADA

2ordf

( ) 1PONTADA

( ) 2CHOQUE

( ) 3TIRO

3ordf

( ) 1AGULHADA

( ) 2PERFURANTE

( ) 3FACADA

( ) 4PUNHALADA

( ) 5EM LANCcedilA

4ordf

( ) 1FINA

( ) 2CORTANTE

( ) 3ESTRACcedilALHA

5ordf

( ) 1BELISCAtildeO

( ) 2PRESSAtildeO

( ) 3MORDIDA

( ) 4COacuteLICA

( ) 5ESMAGAMENTO

6ordf

( ) 1FISGADA

( ) 2PUXAtildeO

( ) 3EM TORCcedilAtildeO

7ordf

( ) 1CALOR

( ) 2QUEIMACcedilAtildeO

( ) 3FERVENTE

( ) 4EM BRASA

8ordf

( ) 1FORMIGAMENTO

( ) 2COCEIRA

( ) 3ARDOR

( ) 4FERROADA

9ordf

( ) 1MAL LOCALIZADA

( ) 2DOLORIDA

( ) 3MACHUCADA

( ) 4DOIacuteDA

( ) 5PESADA

10ordf

( ) 1SENSIacuteVEL

( ) 2ESTICADA

( ) 3ESFOLANTE

( ) 4RACHANDO

11ordf

( ) 1CANSATIVA

( ) 2EXAUSTIVA

12ordf

( ) 1ENJOADA

( ) 2SUFOCANTE

13ordf

( ) 1CASTIGANTE

( ) 2ATORMENTA

( ) 3ATERRORIZANTE

( ) 4MALDITA

( ) 5MORTAL

14ordf

( ) 1AMEDRONTADA

( ) 2APAVORANTE

( ) 3CRUEL

15ordf

( ) 1MISERAacuteVEL

( ) 2ENLOUQUECEDORA

16ordf

( ) 1CHATA

( ) 2QUE INCOMODA

( ) 3DESGASTANTE

( ) 4FORTE

( ) 5INSUPORTAacuteVEL

129

17ordf

( ) 1ESPALHA

( ) 2IRRADIA

( ) 3PENETRA

( ) 4ATRAVESSA

18ordf

( ) 1APERTA

( ) 2ADORMECE

( ) 3REPUXA

( ) 4ESPREME

( ) 5RASGA

19ordf

( ) 1FRIA

( ) 2GELADA

( ) 3CONGELANTE

20ordf

( ) 1ABORRECIDA

( ) 2DAacute NAacuteUSEA

( ) 3AGONIZANTE

( ) 4PAVOROSA

( ) 5TORTURANTE

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Iacutendice Quantitativo de Dor

Sensorial SensorialAfetiva Afetiva

Avaliativa AvaliativaMiscelacircnea Miscelacircnea

Total Total

130

APEcircNDICE F ndashndash Ficha de avaliaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo dos pacientes pela Escala

de Satisfaccedilatildeo do Paciente

Nuacutemero do estudo_____

Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________

Nome da paciente_______________________________________

Horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio Anesteacutesico __________h

Leito__________

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

1) Horaacuterio_______h (3 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPb_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

2) Horaacuterio_______h (5 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPd_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

3) Horaacuterio_______h (8 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio o bloqueio)ESPf_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

4) Horaacuterio________h (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPg_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

5) Horaacuterio________h (momento da alta hospitalar)ESPh_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

131

APEcircNDICE G ndashndash Ficha de registro da administraccedilatildeo de faacutermacos no poacutes-operatoacuterio

Qual o tempo decorrido desde a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ateacute a 1ordf requisiccedilatildeo deanalgeacutesicos _____

MEDICAMENTO DIA DOSE HORAacuteRIO VIA DE ADMINISTRACcedilAtildeO

DIPIRONA

_____________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

DICLOFENACO DE

SOacuteDIO

_____________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

METOCLOPRAMIDA

____________________________________________

____________________________________________________

________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

OUTROS

____________________________________________

____________________________________________________

________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

Observaccedilotildees sobre naacuteuseas e ecircmesis____________________________________________________________________________________________________________________________

132

APEcircNDICE H ndashndash Questionaacuterio sobre a aplicaccedilatildeo da TENS

As perguntas que eu vou ler para a senhora referem-se agrave TENS (Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica

Transcutacircnea do Nervo) aquele aparelho que foi utilizado na senhora antes da cirurgia

1) A aplicaccedilatildeo da TENS

( ) Natildeo incomodou

( ) Incomodou um pouco

( ) Incomodou razoavelmente

( ) Incomodou muito

2) Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dor poacutes-operatoacuteriausar

( ) Somente a TENS

( ) Somente os medicamentos

( ) A TENS e os medicamentos

133

APEcircNDICE I ndashndash Lista de tabelas com os resultados da pesquisa

Tabela 13 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo preemptivoPaciente a b c d e f g h

1deg 4 3 4 4 3 3 2 22deg 0 0 0 0 0 0 3 03deg 5 5 55 8 8 5 0 04deg 0 0 4 3 75 75 9 35deg 0 2 4 3 5 5 10 06deg 0 0 0 0 5 6 0 77deg 0 0 0 0 0 0 0 08deg 0 0 0 0 0 0 3 29deg 0 0 0 0 1 4 6 0

10deg 0 2 1 3 3 0 2 311deg 0 0 0 5 0 6 3 112deg 0 0 3 3 2 0 3 313deg 0 2 3 6 3 3 4 014deg 0 0 10 10 3 5 7 115deg 3 3 1 3 3 2 2 016deg 0 0 0 0 4 4 6 017deg 0 0 5 3 8 4 3 018deg 0 0 0 0 0 0 3 019deg 0 0 0 0 4 7 9 020deg 0 0 0 0 0 2 2 021deg 0 0 0 1 3 3 2 022deg 0 0 0 2 0 2 0 023deg 5 7 4 7 9 8 8 224deg 0 0 0 35 6 6 1 025deg 4 5 6 5 3 3 2 0

a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da altahospitalar)

134

Tabela 14 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo placeboPaciente a b c d e F g h

1deg 0 0 0 1 5 10 4 42deg 1 1 0 2 3 1 4 23deg 0 0 3 5 10 10 5 54deg 3 5 3 3 3 3 0 25deg 0 0 0 0 4 8 7 46deg 5 5 8 8 3 3 0 07deg 0 0 4 5 9 9 6 08deg 5 10 10 0 0 0 7 19deg 0 2 4 10 8 9 3 8

10deg 0 0 0 0 0 2 3 411deg 0 0 1 4 5 8 7 412deg 0 0 1 4 4 5 5 013deg 0 6 7 4 45 3 3 314deg 0 1 9 9 6 6 4 215deg 0 0 0 4 6 7 5 016deg 0 0 6 10 2 3 4 017deg 1 5 7 8 8 5 4 118deg 0 0 5 8 2 2 3 019deg 0 0 2 3 5 6 0 020deg 0 0 0 10 9 2 6 021deg 2 3 6 7 2 3 3 122deg 0 5 7 2 4 0 0 023deg 0 7 0 0 0 0 1 024deg 0 3 8 8 8 9 8 325deg 1 3 5 5 8 8 0 0

a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da altahospitalar)

135

Tabela 15 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupopreemptivo com o tratamento que estava sendo realizado obtidospela Escala de Satisfaccedilatildeo dos PacientesPaciente b d f g h

1deg 8 8 9 9 92deg 8 10 10 10 103deg 8 8 9 9 94deg 9 9 9 95 105deg 8 10 10 10 106deg 8 8 10 10 107deg 10 10 10 10 108deg 10 10 10 10 109deg 10 10 10 10 10

10deg 10 10 10 10 1011deg 10 10 10 10 1012deg 10 10 10 10 1013deg 10 10 8 10 1014deg 10 10 10 10 1015deg 9 9 9 9 1016deg 8 8 8 9 1017deg 10 10 10 10 1018deg 10 10 10 10 1019deg 10 9 8 6 1020deg 10 10 10 10 1021deg 10 10 10 10 1022deg 10 10 8 9 1023deg 10 10 10 10 1024deg 10 10 10 10 1025deg 10 10 10 10 10

b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)

136

Tabela 16 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupoplacebo com o tratamento que estava sendo realizado obtidos pelaEscala de Satisfaccedilatildeo dos PacientesPaciente b d f g h

1deg 8 10 7 10 82deg 8 8 9 9 93deg 10 10 10 10 104deg 10 10 10 10 105deg 10 10 10 10 106deg 10 10 10 10 107deg 9 6 8 8 98deg 8 8 8 4 39deg 5 5 5 8 10

10deg - - - - -11deg 10 10 10 10 1012deg 7 7 7 5 513deg 9 9 9 9 1014deg 8 6 9 9 1015deg 10 10 8 10 1016deg 10 9 10 10 1017deg 8 10 10 10 1018deg 10 10 10 10 1019deg 10 10 10 10 1020deg 8 10 10 10 1021deg 8 10 10 10 1022deg 10 10 10 10 1023deg 10 10 10 10 1024deg 10 8 9 10 1025deg 10 10 10 10 10

b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar) A 10deg paciente desse grupo natildeo conseguiu compreender a Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

137

Tabela 17 ndashndash Uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico e tempo decorrido desde essa induccedilatildeo ateacute a primeira solicitaccedilatildeodessa droga nos grupos preemptivo e placebo

Uso de diclofenaco de soacutedio Tempo (min)

Paciente Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo

1deg Natildeo Sim - 2302deg Natildeo Natildeo - -3deg Natildeo Sim - 4404deg Natildeo Sim - 2255deg Sim Sim 224 6906deg Natildeo Sim - 5057deg Natildeo Natildeo - -8deg Sim Sim 805 3009deg Sim Natildeo 465 -

10deg Natildeo Sim - 84011deg Sim Natildeo 435 -12deg Sim Natildeo 415 -13deg Sim Sim 330 41014deg Sim Sim 310 36015deg Natildeo Sim - 72216deg Sim Natildeo 716 -17deg Sim Sim 685 40018deg Sim Sim 570 39519deg Natildeo Natildeo - -20deg Natildeo Sim - 61521deg Natildeo Sim - 42022deg Natildeo Natildeo - -23deg Sim Sim 305 50024deg Sim Natildeo 590 -25deg Natildeo Natildeo - -

138

Tabela 18 ndashndash Presenccedila de dor no ombro direito noperiacuteodo poacutes-operatoacuterio nas pacientes dos grupospreemptivo e placebo

Relato de dor no ombro direito

Paciente Grupo preemptivo Grupo placebo

1deg Natildeo Sim2deg Sim Natildeo3deg Natildeo Natildeo4deg Natildeo Sim5deg Sim Sim6deg Natildeo Natildeo7deg Natildeo Natildeo8deg Natildeo Natildeo9deg Sim Natildeo10deg Natildeo Natildeo11deg Natildeo Natildeo12deg Natildeo Sim13deg Natildeo Natildeo14deg Sim Sim15deg Sim Natildeo16deg Natildeo Natildeo17deg Sim Natildeo18deg Natildeo Sim19deg Sim Natildeo20deg Natildeo Natildeo21deg Sim Natildeo22deg Sim Sim23deg Natildeo Natildeo24deg Sim Natildeo25deg Natildeo Sim

139

Tabela 19 ndashndash Quantidade de vezes em que a metoclopramida o diclofenaco de soacutedio e adipirona foram administradas em cada paciente durante todo o periacuteodo poacutes-operatoacuterio em queelas estavam internadas

Metoclopramida (10 mg) Diclofenaco de soacutedio(75 mg)

Dipirona (1 g)

Paciente Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo

1deg - - - 1 7 72deg 1 - 2 2 4 73deg - - - 1 7 74deg - - 1 1 7 75deg - - 2 3 4 76deg - 2 - 1 7 67deg 1 2 - - 6 78deg 1 - 1 2 7 79deg - - 3 - 6 7

10deg 3 - - 1 3 711deg - - 1 - 7 612deg 1 - 1 - 7 713deg - - 1 2 7 714deg - 2 3 1 7 715deg - 2 - 2 7 416deg - 1 - - 7 617deg - 1 1 1 7 718deg - - 1 3 7 719deg - - - 1 6 720deg - - 1 3 7 721deg - - - 1 7 722deg - - 1 1 7 423deg - 2 1 2 7 224deg - 1 3 - 3 425deg - - - 1 7 3

  • ElementosPre-textuaispdf
  • EstimulaccedilatildeoEleacutetricaTranscutacircneaDoNervo-AnalgesiaPreemptivapdf

RESUMO

GUERRA D R Estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea do nervo analgesia preemptiva emcolecistectomia por laparotomia 2005 139 f Dissertaccedilatildeo de mestrado ndashndash Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto 2005

Introduccedilatildeo O uso da Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo (TENS) vem sendo muito

pesquisado em poacutes-operatoacuterios todavia os estudos natildeo analisam se a TENS de baixa

frequumlecircncia ndashndash que estimula a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos ndashndash seria eficiente em promover

analgesia preemptiva Objetivo Analisar se essa modalidade de TENS aplicada antes de

colecistectomias por laparotomia poderia proporcionar analgesia preemptiva Casuiacutestica e

meacutetodo A pesquisa ndashndash cliacutenica controlada randomizada e duplamente encoberta ndashndash foi

realizada no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio e teve uma amostra de 50 pacientes todas do sexo

feminino grupo preemptivo (n = 25) e placebo (n = 25) As pacientes do primeiro grupo

foram submetidas agrave aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia antes da cirurgia e as do grupo

placebo a uma falsa estimulaccedilatildeo Houve a padronizaccedilatildeo do cloridrato de bupivacaiacutena (05)

como droga anesteacutesica associado ao fentanil (2 ml) para a realizaccedilatildeo das colecistectomias e

da medicaccedilatildeo analgeacutesica utilizada no poacutes-operatoacuterio dipirona prescrita de 6 em 6 horas e

diclofenaco de soacutedio como medicaccedilatildeo de resgate A intensidade de dor poacutes-operatoacuteria foi

mensurada pela Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END) em 8 momentos (2frac12 3frac12

4frac12 5frac12 7 8 e 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico aleacutem de uma uacuteltima

verificaccedilatildeo no momento da alta hospitalar) e pelo Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ)

aplicado 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico Outrossim o grau de satisfaccedilatildeo das

pacientes com o tratamento foi mensurado pela Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (ESP) Os

dados foram analisados por meio de testes estatiacutesticos descritivos Teste de Mann-Whitney

Teste-t de Student para amostras natildeo-pareadas e qui-quadrado sendo o niacutevel de significacircncia

de 5 Resultados A intensidade de dor mensurada pela END foi significantemente menor

no grupo preemptivo nas terceira e quarta coletas Natildeo houve diferenccedila significante quanto

aos iacutendices obtidos pelo MPQ e nem quanto agrave satisfaccedilatildeo das pacientes o consumo de drogas

analgeacutesicas no poacutes-operatoacuterio e o tempo para o primeiro requerimento de diclofenaco de

soacutedio Conclusatildeo A TENS de baixa frequumlecircncia proporcionou analgesia preemptiva apoacutes

colecistectomia por laparotomia

Palavras-chave dor estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea do nervo colecistectomia analgesiapreemptviva

ABSTRACT

GUERRA D R Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation preemptive analgesia inopen cholecystectomy 2005 139 f Masterrsquos dissertation ndashndash Faculdade de Medicina deRibeiratildeo Preto Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto 2005

Introduction Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation (TENS) has been searched in the

postoperative period however these studies donrsquot analyze whether low frequency TENS ndashndash

that stimulates the release of endogenous opioids ndashndash could be efficient to provide preemptive

analgesia Objective The aim of this study was to verify whether low frequency TENS

applied before open cholecystectomies could provide it Cases and method It was a

controlled randomized and double-blinded trial carried out at the Hospital Satildeo Domingos

Saacutevio (Aracaju city Brazil) and had a sample of 50 patients preemptive group (n = 25) and

placebo (n = 25) The patients from the first group were submitted to the application of TENS

before the surgery and the placebo group to a false stimulation There was the standardization

of the bupivacaine (05 ) as anesthetic drug plus fentanyl (2 ml) for the accomplishment of

the cholecystectomies and of the analgesic medication used in the postoperative period

dipyrone prescribed for every 6 hours and diclofenac only if the patients complained about

pain Pain intensity was measured by the Numerical Rating Scale (NRS) in 8 moments (2frac12

3frac12 4frac12 5frac12 7 8 e 16 hours after inducing the anesthesia besides one last verification at the

hospital discharge) and by the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (Br-MPQ)

applied 16 hours after inducing the anesthesia Patient satisfaction level in relation to the

treatment was measured by the Patient Satisfaction Scale (PSS) The data were analyzed by

Mann-Whitney Test unpaired t-test and qui-square being significant those data with p lt

005 Results Pain intensity measured by the NRS was lower in the preemptive group in the

third and fourth verifications There was no difference neither in relation to the indexes

obtained with the Br-MPQ nor the PSS consume of analgesics in the postoperative and time

for the first request of diclofenac Conclusion Low frequency TENS provided preemptive

analgesia after open cholecystectomy

Keywords pain transcutaneous electrical nerve stimulation cholecystectomy preemptive

analgesia

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 ndashndash Aparelho Dualpex 961

Figura 2 ndashndash Aparelho Physiotonus Four

Figura 3 ndashndash Simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENS

Figura 4 ndashndash Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor numerada de 0 a 10cm

Graacutefico 1 ndashndash Representaccedilatildeo das idades das pacientes

Graacutefico 2 ndashndash Representaccedilatildeo dos pesos das pacientes

Graacutefico 3 ndashndash Representaccedilatildeo das estaturas das pacientes

Graacutefico 4 ndashndash Representaccedilatildeo dos Iacutendices de Massa Corporal (IMC) das pacientes

Graacutefico 5 ndashndash Relato das pacientes sobre o periacuteodo em meses em que vinham sentindodor devido agrave doenccedila da vesiacutecula biliar

Graacutefico 6 ndashndash Estado fiacutesico das pacientes de acordo com a classificaccedilatildeo da SociedadeAmericana de Anestesiologia

Graacutefico 7 ndashndash Relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos antes da colecistectomiapara o tratamento da dor decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou deoutras doenccedilas crocircnicas

Graacutefico 8 ndashndash Representaccedilatildeo do tempo decorrido desde o teacutermino da aplicaccedilatildeo daEstimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo ateacute a induccedilatildeo do bloqueioAnesteacutesico nas pacientes

Graacutefico 9 ndashndash Representaccedilatildeo da duraccedilatildeo das cirurgias

Graacutefico 10 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia da intensidade de dor incisional por meio daEND (Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)

Graacutefico 11 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento queestava sendo realizado obtida pela ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente)

Graacutefico 12 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total eem cada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivoe placebo

Graacutefico 13 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia do Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e emcada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo eplacebo

35

35

37

39

46

47

47

48

50

51

52

53

54

56

58

64

66

Graacutefico 14 ndashndash Representaccedilatildeo do consumo de diclofenaco de soacutedio pelas pacientes nasprimeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico

Graacutefico 15 ndashndash Representaccedilatildeo dos intervalos desde a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ateacute asolicitaccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio nas pacientes que assim a fizeram nasprimeiras 16 horas apoacutes tal induccedilatildeo

Graacutefico 16 ndashndash Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram diclofenaco de soacutedio desdeo iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar

Graacutefico 17 ndashndash Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram dipirona desde o iniacutecio doperiacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar

Graacutefico 18 ndashndash Ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes em algummomento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio durante a internaccedilatildeo hospitalar

Graacutefico 19 ndashndash Uso de metoclopramida pelas pacientes durante o periacuteodo de internaccedilatildeohospitalar

Graacutefico 20 ndashndash A aplicaccedilatildeo da TENS

Graacutefico 21 ndashndash Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dorpoacutes-operatoacuteria usar

67

68

69

70

71

72

73

74

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndashndash Dados demograacuteficos da amostra

Tabela 2 ndashndash Distribuiccedilatildeo da categoria de peso das pacientes de acordo com os dadosobtidos pelo iacutendice de massa corporal (IMC)

Tabela 3 ndashndash Niacutevel de escolaridade das pacientes

Tabela 4 ndashndash Diagnoacutestico cliacutenico das pacientes

Tabela 5 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) da intensidade de dorincisional mensurada por meio da END (Escala Numeacuterica deMensuraccedilatildeo da Dor

Tabela 6 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) do grau de satisfaccedilatildeodas pacientes com o tratamento que estava sendo realizado

Tabela 7 ndashndash Relaccedilatildeo dos descritores do Questionaacuterio de Dor McGill selecionadospelas pacientes

Tabela 8 ndashndash Nuacutemero de pacientes que selecionou cada subcategoria do Questionaacuterio deDor McGill

Tabela 9 ndashndash Descritores do Questionaacuterio de Dor McGill mais frequumlentementeselecionados pelas pacientes

Tabela 10 ndashndash Iacutendice do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill

Tabela 11 ndashndash Relaccedilatildeo do Nuacutemero de Palavras Escolhidas nas categorias sensorial(NWC-S) e afetiva (NWC-Af) entre os grupos preemptivo e placebo

Tabela 12ndashndash Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cada categoria doQuestionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placebo

Tabela 13 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo preemptivo

Tabela 14 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo placebo

Tabela 15 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupo preemptivo com otratamento que estava sendo realizado obtidos pela Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

Tabela 16 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupo placebo com otratamento que estava sendo realizado obtidos pela Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

46

49

49

49

55

57

60

61

62

63

63

65

133

134

1356

Tabela 17 ndashndash Uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico e tempo decorrido desde essa induccedilatildeo ateacute a primeirasolicitaccedilatildeo dessa droga nos grupos preemptivo e placebo

Tabela 18 ndashndash Presenccedila de dor no ombro direito no periacuteodo poacutes-operatoacuterio naspacientes dos grupos preemptivo e placebo

Tabela 19 ndashndash Quantidade de vezes em que a metoclopramida o diclofenaco de soacutedio ea dipirona foram administradas em cada paciente durante todo o periacuteodopoacutes-operatoacuterio em que elas estavam internadas

136

137

138

139

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACTH

AMPc

ASA

acirc-LPH

END

ESP

Adrenocorticotropina

Adenosina monofosfato

American Society of Anesthesiology (Sociedade Americana de Anestesiologia)

acirc-lipotropina

Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente

IASP International Association for the Study of Pain (Associaccedilatildeo Internacional para o

Estudo da Dor)

IBA

IMC

MPQ

NMDA

NWC

NWC-t

NWC-s

NWC-af

NWC-av

NWC-m

PPI

Iniacutecio do Bloqueio Anesteacutesico

Iacutendice de Massa Corporal

McGill Pain Questionnaire (Questionaacuterio de Dor McGill)

N-metil-D-aspartato

Number of Words Chosen (Nuacutemero de Palavras Escolhidas)

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Total

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Sensorial

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Afetiva

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Avaliativa

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Miscelacircnea

Present Pain Intensity (Intensidade de Dor Presente)

PRI Pain Rating Iacutendex (Iacutendice Quantitativo de Dor)

RNA

SEM

Aacutecido Ribonucleacuteico

Standard Error Mean (Erro Padratildeo da Meacutedia)

SN

SUS

TENS

TNLs

VAS

Sistema Nervoso

Sistema Uacutenico de Sauacutede

Transcutaneus Electrical Nerve Stimulation (Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do

Nervo)

Terminaccedilotildees Nervosas Livres

Visual Analogue Scale (Escala Analoacutegica Visual)

LISTA DE SIacuteMBOLOS

cm Centiacutemetro

g

H+

K+

h

Hz

Kg

m

ml

min

micros

acirc

auml

divide2

Grama

Iacuteon hidrogecircnio

Iacuteon potaacutessio

Hora

Hertz

Kilograma

Metro

Mililitro

Minuto

Microsegundo

Beta

Delta

Qui-quadrado

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 18

2 OBJETIVO

3 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

31 DESENHO DO ESTUDO

32 LOCAL

33 CASUIacuteSTICA E CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO E EXCLUSAtildeO

34 INTERNAMENTO DAS PACIENTES

35 RANDOMIZACcedilAtildeO

36 AVALIACcedilAtildeO CLIacuteNICA

37 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

38 MATERIAIS

39 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

391 Os grupos de pacientes da pesquisa

392 Teacutecnica de aplicaccedilatildeo da TENS

393 Teacutecnica anesteacutesica

394 Cirurgia e prescriccedilatildeo de medicamentos

395 Instrumentos de coleta de dados

3951 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END)

3952 Questionaacuterio de Dor McGill

3953 Escala de Satisfaccedilatildeo dos Pacientes

3954 Ficha do consumo de faacutermacos

3955 Questionaacuterio sobre a aplicaccedilatildeo da TENS

310 ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS DADOS

311 TEacuteCNICA UTILIZADA PARA A DEMONSTRACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

27

29

29

29

29

32

33

33

34

34

35

35

36

37

38

39

39

40

41

42

42

43

43

4 RESULTADOS

5 DISCUSSAtildeO

51 DADOS DEMOGRAacuteFICOS E CLIacuteNICOS

52 ANAacuteLISE DA DOR PELA ESCALA NUMEacuteRICA DE MENSURACcedilAtildeO DA DOR

53 ANAacuteLISE DA SATISFACcedilAtildeO DAS PACIENTES COM O TRATAMENTO

44

75

76

79

90

54 ANAacuteLISE DA DOR PELO QUESTIONAacuteRIO DE DOR McGILL

55 TEMPO PARA A PRIMEIRA ADMINISTRACcedilAtildeO DO DICLOFENACO DE

SOacuteDIO

56 ANAacuteLISE DO CONSUMO DE ANALGEacuteSICOS NO POacuteS-OPERATOacuteRIO

57 DOR REFERIDA

58 ANAacuteLISE DO CONSUMO DE METOCLOPRAMIDA

59 QUESTIONAacuteRIO SOBRE A TENS

6 CONCLUSAtildeO

92

99

101

104

105

106

108

REFEREcircNCIAS 110

APEcircNDICES 123

18

INTRODUCcedilAtildeO

19

1 INTRODUCcedilAtildeO

A dor um dos mais importantes mecanismos de defesa do corpo humano propicia

um sinal de alerta ao enceacutefalo de que os tecidos estatildeo expostos a uma situaccedilatildeo de perigo

mesmo que a dor ocorra antes de um real dano fiacutesico Haacute longiacutenquo tempo o homem pesquisa

maneiras para aliviar a dor o que proporcionou vaacuterios avanccedilos no campo das modalidades

analgeacutesicas com destaque para os opioacuteides ndashndash entre os faacutermacos e na fisioterapia os

estimuladores eleacutetricos como a Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo (Transcutaneus

Electrical Nerve Stimulation ndashndash TENS) modalidade terapecircutica que consiste na aplicaccedilatildeo de

corrente eleacutetrica ao corpo humano com fins analgeacutesicos (CHANDRAN SLUKA 2003

DuGAS 1988 FORTH BEYER PETER 1995 LOW REED 2001 STARKEY 2001

TEIXEIRA SOUZA 2001 WOOD 1998)

A tecnologia e a ciecircncia deram suporte agrave TENS natildeo apenas pela criaccedilatildeo dos

modernos e praacuteticos aparelhos eletroteraacutepicos mas tambeacutem pelo conhecimento acerca do seu

mecanismo de accedilatildeo possibilitando que essa teacutecnica fosse amplamente difundida em vaacuterios

paiacuteses De um modo geral a TENS possui inuacutemeras indicaccedilotildees podendo ser aplicada em

qualquer siacutendrome dolorosa aguda ou crocircnica de causa diagnosticada inclusive no periacuteodo

poacutes-operatoacuterio (ANTUNES et al 2002 BUTTON SAWYER 1999 CREPON 1996

DAMIANE C DAMIANE G 1998 IMAMURA et al 1995 ROBINSON 2001

SANTIESTEBAN 1993 SLUKA WALSH 2003)

Ultimamente tem-se abordado bastante o uso da TENS para o tratamento de dores

poacutes-operatoacuterias como as decorrentes de cirurgias cardiacuteacas colecistectomias toracotomias

endoscopias microlariacutengeas cirurgias laparoscoacutepicas gastrectomias entre outras A TENS

tem sido na maioria das pesquisas um recurso analgeacutesico eficiente em poacutes-operatoacuterios na

dependecircncia do tipo de cirurgia metodologia empregada grau de dor gerado e medicaccedilatildeo

20

concorrente Todavia as pesquisas tecircm restringido seu uso somente ao periacuteodo poacutes-ciruacutergico

natildeo a empregando antes de cirurgias com o intuito de tratar a dor antes mesmo do seu

surgimento (BENEDETTI et al 1997 CARROL BADURA 2001 LOMBARD et al 1996

MARIANO BEN 1998 MARIN CASTRO 1986 TOYOTA SATAKE AMAKI 1999

ZAacuteRATE et al 2001)

Existem quatro modalidades de TENS convencional acupuntura burst e breve-

intensa A TENS acupuntura muito conhecida como TENS de baixa frequumlecircncia estimula a

liberaccedilatildeo pela glacircndula hipoacutefise de ACTH (adrenocorticotropina) e acirc-lipotropina (acirc-LPH)

que eacute a substacircncia precursora da acirc-endorfina ocorrendo entatildeo a ligaccedilatildeo dessa com os

receptores das fibras nervosas bloqueando assim a passagem do impulso doloroso As acirc-

endorfinas permaneceriam circulando pelo organismo durante algumas horas promovendo

analgesia prolongada Outros autores relatam que haacute tambeacutem com o uso da TENS de baixa

frequumlecircncia a liberaccedilatildeo de outros tipos de opioacuteides endoacutegenos (BISSCHOP G BISSCHOP

Eacute COMMANDREacute 2001 CHESTERTON et al 2003 CREPON 1996 DAMIANE C

DAMIANE G 1998 ROBINSON 2001 SALGADO 1999 SLUKA et al 1999 SLUKA

2000 STARKEY 2001)

O uso da TENS para o tratamento da dor poacutes-operatoacuteria eacute estimulado pela tendecircncia

atual da analgesia multimodal que se caracteriza pela combinaccedilatildeo sineacutergica de agentes

analgeacutesicos ndashndash farmacoloacutegicos e natildeo-farmacoloacutegicos ndashndash com diferentes mecanismos de accedilatildeo e

vias de administraccedilatildeo proporcionando analgesia mais efetiva e com menor incidecircncia de

efeitos adversos devido agraves menores dosagens empregadas (LABRADA JIMEacuteNEZ-

GARCIA 2004 TORRE et al 2002) Outros recursos natildeo-farmacoloacutegicos tambeacutem tecircm sido

usados como acupuntura eletroacupuntura termoterapia massoterapia cinesioterapia

posicionamento imobilizaccedilatildeo outras correntes eletroanalgeacutesicas e teacutecnicas de relaxamento

meditaccedilatildeo e imaginaccedilatildeo (SOFAER 1994 YENG et al 2001)

21

Seguindo esse conceito de analgesia multimodal alguns experimentos cliacutenicos tecircm

analisado o efeito da analgesia preemptiva O qualificativo traduzido livremente do inglecircs

para a liacutengua portuguesa tem origem da palavra preemptive e significa profilaacutetico Assim

drogas analgeacutesicas e anesteacutesicas tecircm sido administradas antes mesmo do ato ciruacutergico com o

objetivo de minimizar o quadro aacutelgico no poacutes-operatoacuterio por inibiccedilatildeo dos fenocircmenos de

hipersensibilidade central e perifeacuterica Embora satisfatoacuterios resultados jaacute tenham sido obtidos

com a utilizaccedilatildeo desse meacutetodo ainda existem muitas controveacutersias sobre o tema tendo em

vista algumas tentativas frustradas de se obter esse tipo de estrateacutegia de analgesia (AIDA et

al 1999 KONRAD CORDEIRO COELI 2001 MCQUAY 1995 MOINICHE KEHLET

DAHL 2002 ONG et al 2005 PONTES PRADO 2002 SEKAR et al 2004 SINATRA

2002 WARNCKE STUBHAUG JORUM 2000)

Uma das questotildees mais polecircmicas sobre a analgesia preemptiva reside no seu

proacuteprio conceito e eacute relevante que esse seja bem definido para evitar interpretaccedilotildees erradas de

resultados Kissin (1994) afirma que constantemente haacute um errocircneo uso do termo em questatildeo

que deve ser restrito apenas agrave intervenccedilatildeo procedida antes da cirurgia com o objetivo de

reduzir a dor poacutes-operatoacuteria De acordo com Hepner (2000) algumas pesquisas vg a de

Motamed (2000) tecircm analisado o efeito de drogas antes do fechamento da incisatildeo ciruacutergica o

que natildeo caracteriza a analgesia preemptiva jaacute que o procedimento natildeo fora realizado antes da

cirurgia (ONG et al 2005)

Kissin (2000) criticou as 3 definiccedilotildees mais usadas de analgesia preemptiva a)

tratamento que comeccedila antes da cirurgia b) que previne o estabelecimento da

hipersensibilidade central causada pela lesatildeo incisional e c) que previne a hipersensibilidade

central causada pelas lesotildees incisional e inflamatoacuteria A primeira seria errocircnea pois a palavra

preemptivo significa preventivo e natildeo somente antes da incisatildeo ciruacutergica Assim bloqueios

ineficientes natildeo podem ser considerados preemptivos A segunda seria muito restrita pois

22

exclui a hipersensibilidade central causada pela inflamaccedilatildeo que ocorre no periacuteodo poacutes-

operatoacuterio inicial ideacuteia ratificada por Ong et al (2005) Contudo essa eacute a mais utilizada visto

que as diferenccedilas entre os resultados obtidos com as intervenccedilotildees que se processam antes e

apoacutes a cirurgia a evidenciam A uacuteltima eacute a mais ampla pois tambeacutem abrange a prevenccedilatildeo da

hipersensibilidade provocada pelo processo inflamatoacuterio

Inicialmente seu conceito abrangia apenas o tempo de administraccedilatildeo da droga para

verificar seu efeito comparando os momentos preacute e poacutes-operatoacuterios poreacutem natildeo englobava os

estudos que comparavam tratamentos com uso de medicaccedilatildeo analgeacutesica preacute-operatoacuteria versus

aqueles que natildeo a utilizavam (MOINICHE KEHLET DAHL 2002) Esse eacute o conceito de

analgesia preemptiva que estamos utilizando nessa pesquisa em que iremos comparar o uso

da TENS no periacuteodo preacute-operatoacuterio com um grupo placebo e natildeo comparar o seu efeito preacute

versus poacutes-operatoacuterio Alguns autores consideram que esse desenho de estudo estabelecido

em nossa pesquisa verificaria apenas uma analgesia preventiva e natildeo preemptiva natildeo

obstante nos detemos agravequeles que tambeacutem consideram esse desenho como meacutetodo para

verificar analgesia preemptiva

A colecistectomia eacute a cirurgia realizada para extrair a vesiacutecula biliar que se encontra

enferma seja devido a caacutelculos inflamaccedilotildees eou infecccedilotildees tendo uma alta incidecircncia

principalmente sobre a populaccedilatildeo mais idosa Ela pode ser procedida por laparotomia ou

laparoscopia O primeiro meacutetodo que eacute mais agressivo proporciona dor de caraacuteter moderado

a intenso no poacutes-operatoacuterio em decorrecircncia da incisatildeo ciruacutergica manipulaccedilatildeo da regiatildeo

ocasional irritaccedilatildeo da pleura pulmonar diafragmaacutetica e do nervo frecircnico e processo

inflamatoacuterio (ANDRADE 2002 BLUMGART 1988 BRENTANO 2003 GOFFI GOFFI

JUacuteNIOR SORBELLO 1996 MACHADO RAIA 1994 MARIANO BEN 1998

MERINO 2001 PEREacuteZ-AYUSO 2002 ROSLYN ZINNER 1996 WAY DUNPHY

1993)

23

Quando ocorre a lesatildeo tecidual perifeacuterica ndashndash decorrente vg da cirurgia ndashndash haacute dois

tipos de respostas do Sistema Nervoso (SN) sensibilizaccedilatildeo perifeacuterica ndashndash que eacute a diminuiccedilatildeo

do limiar de excitabilidade dos nociceptores perifeacutericos e sensibilizaccedilatildeo central ndashndash aumento

da excitabilidade dos neurocircnios da medula espinhal Essas modificaccedilotildees determinaratildeo o

estado de hipersensibilidade dolorosa caracteriacutestico de poacutes-operatoacuterios em que se verifica

reduccedilatildeo do limiar de dor e aumento da resposta aos estiacutemulos nocivos tanto no local da lesatildeo

quanto nos tecidos adjacentes (VALE 2000 WOOLF CHONG 1993)

Sabe-se que apoacutes o trauma ciruacutergico altas concentraccedilotildees de substacircncias

algiogecircnicas satildeo liberadas de ceacutelulas lesadas como os leucoacutecitos mastoacutecitos e plaquetas e de

moleacuteculas livres presentes no interior dos vasos sanguumliacuteneos Dentre essas substacircncias

destacam-se prostaglandinas leucotrienos aacutecido araquidocircnico bradicininas H+ K+

histamina substacircncia P tromboxanos serotonina entre outras que satildeo capazes de

sensibilizar os nociceptores das fibras Aauml e C amplamente distribuiacutedos nos tecidos

facilitando a transmissatildeo do impulso doloroso fenocircmeno conhecido como hiperalgesia

primaacuteria caracterizado pela reduccedilatildeo do limiar das terminaccedilotildees nervosas livres (TNLs) aos

estiacutemulos nocivos Em algumas horas a hiperalgesia secundaacuteria aumenta o tamanho da aacuterea

dolorida agrave medida que substacircncias quiacutemicas se difundem aos tecidos vizinhos tornando-os

hipersensiacuteveis (BONICA et al 1990 BRIDENBAUGH 1994 KISSIN 2000 ONG et al

2005 SINATRA 2002 STARKEY 2001 WOOLF CHONG 1993)

Sob condiccedilotildees normais os impulsos das fibras aferentes primaacuterias e dos

interneurocircnios espinhais ativam somente a zona de gatilho da ceacutelula localizada no seu centro

natildeo sendo suficiente para deflagrar o potencial de accedilatildeo na regiatildeo adjacente a este sendo o

estiacutemulo entatildeo sublimiar Todavia quando essas ceacutelulas sofrem sensibilizaccedilatildeo esses inputs

que eram sublimiares satildeo convertidos em estiacutemulos supra-limiares A maior excitabilidade

dessas ceacutelulas eacute responsaacutevel pela expansatildeo do nuacutemero de receptores especializados aumento

24

da magnitude e duraccedilatildeo da resposta aos estiacutemulos supra-limiares e reduccedilatildeo do limiar

incluindo aumento da excitabilidade tambeacutem dos mecanorreceptores de baixo limiar

(WOOLF CHONG 1993)

Isso tudo ocorreria porque a repetida deflagraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo nas fibras Aauml

e C acarretaria liberaccedilatildeo na medula espinhal de aacutecido glutacircmico e neuropeptiacutedeos A somaccedilatildeo

desses potenciais provoca progressivo aumento e duraccedilatildeo da despolarizaccedilatildeo dos neurocircnios da

coluna dorsal que ocorre em consequumlecircncia agrave ativaccedilatildeo de receptores N-metil-D-aspartato

(NMDA) e possivelmente de receptores de taquininas pela substacircncia P e neurocinina A

Essa ativaccedilatildeo seria resultado da entrada de caacutelcio atraveacutes dos canais iocircnicos ligante e

voltagem dependentes e da ativaccedilatildeo de proteiacutenas guanosina trifosfato e promoveria

mudanccedilas da concentraccedilatildeo de mensageiros secundaacuterios nos neurocircnios espinhais Esses

mensageiros secundaacuterios incluindo o AMPc (adenosina monofosfato) ciacuteclico alteram a

ativaccedilatildeo da proteiacutena cinase que pela fosforilaccedilatildeo de proteiacutenas como canais iocircnicos e

enzimas podem alterar suas funccedilotildees A ativaccedilatildeo da proteiacutena quinase em resposta agrave substacircncia

P tem demonstrado exercer um efeito de feedback positivo nos receptores NMDA dos

neurocircnios espinhais aumentando a eficaacutecia deles pela reduccedilatildeo da sua suscetibilidade ao

bloqueio de Magneacutesio (WOOLF CHONG 1993)

Mensageiros secundaacuterios podem tambeacutem dar origem a moleacuteculas de natureza ainda

natildeo bem elucidada que penetram nos neurocircnios e alcanccedilam o nuacutecleo celular provocando

modificaccedilotildees em sua expressatildeo geneacutetica com subsequumlente siacutentese de RNA mensageiro Este

estimula a produccedilatildeo de moleacuteculas que atuam como receptores excitatoacuterios e tambeacutem estaacute

envolvido na siacutentese de neurotransmissores retroacutegrados como oacutexido niacutetrico monoacutexido de

carbono e prostaglandinas que se disseminam das ceacutelulas para o interstiacutecio acarretando

liberaccedilatildeo de mais neurotransmissores excitatoacuterios dos aferentes primaacuterios O termo wind up

tem sido empregado para descrever esse aumento da excitabilidade dos neurocircnios do corno

25

posterior da medula espinhal Parece existir tambeacutem sensibilizaccedilatildeo neuronal das estruturas do

sistema liacutembico e nuacutecleos talacircmicos (KELLY AHMAD BRULL 2001 SINATRA 2002

TEIXEIRA 2001 WOOLF CHONG 1993)

Opioacuteides ndashndash sistecircmicos ou locais ndashndash anesteacutesicos locais antiinflamatoacuterios natildeo-

esteroidais antagonistas de receptores NMDA e antagonistas do receptor aacute-2 adreneacutergico tecircm

sido usados na tentativa de promover analgesia preemptiva por meio da inibiccedilatildeo de alguns

desses fenocircmenos citados anteriormente contudo o uso de recursos natildeo-farmacoloacutegicos

ainda natildeo tem sido muito empregado para tal finalidade (AIDA et al 1999 GOTTSCHALK

OCHROCH 2003 MAESTRONI et al 2002 MOINICHE KEHLET DAHL 2002

ROSAEG et al 2001 SINATRA 2002 TAYLOR 2002 WU et al 2003)

Logo a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia no momento imediatamente anterior

agrave realizaccedilatildeo da colecistectomia por laparotomia tem o intuito de promover uma

eletroanalgesia preemptiva ndashndash por meio da minimizaccedilatildeo da hipersensibilidade central ndashndash que

poderia modular a dor poacutes-operatoacuteria nas suas propriedades mais marcantes latecircncia

duraccedilatildeo intensidade e remissatildeo Isso poderia ocorrer pois a TENS poderia estimular a

liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos que por sua vez iriam prevenir a sensibilizaccedilatildeo central

O emprego da TENS de baixa frequumlecircncia para o tratamento da dor poacutes-operatoacuteria

pode proporcionar uma diminuiccedilatildeo da administraccedilatildeo dos faacutermacos analgeacutesicos habitualmente

usados no poacutes-operatoacuterio evitando alguns efeitos adversos decorrentes do uso dessas drogas

eg naacuteuseas vocircmito reaccedilotildees toacutexicas e aleacutergicas hipotensatildeo retenccedilatildeo urinaacuteria sonolecircncia

depressatildeo respiratoacuteria convulsatildeo constipaccedilatildeo e prurido A TENS aleacutem de natildeo ocasionar

esses problemas eacute um meacutetodo natildeo-invasivo de faacutecil aplicabilidade e que tem um pequeno

nuacutemero de contra-indicaccedilotildees (ANTUNES et al 2002 CHEN et al 1998 EISENBAUER

MURPHY 1998 FRAMPTON 1998 JAFFE MARTIN 1991 MARIANO BEN 1998

SILVA 1998 SLUKA et al 1999 TRIBIOLI 2003) De acordo com a pesquisa de Silveira

26

e Lima (2004) a TENS utilizada como meacutetodo analgeacutesico no poacutes-operatoacuterio imediato de

hernioplastia inguinal foi economicamente mais viaacutevel do que o tratamento convencional

visto que houve significante reduccedilatildeo das despesas hospitalares durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo dos pacientes em virtude do menor consumo de analgeacutesicos seringas descartaacuteveis

agulhas aacutelcool algodatildeo e luvas descartaacuteveis ndashndash materiais natildeo-biodegradaacuteveis que podem

proporcionar poluiccedilatildeo ambiental apresentar certo grau toacutexico e ocasionar infecccedilotildees Ong et

al (2005) ressaltam sobre a relevacircncia de se diminuir os custos com medicamentos e que a

analgesia preemptiva talvez possa contribuir para tal

27

OBJETIVO

28

2 OBJETIVO

A presente pesquisa teve como objetivo analisar o efeito da TENS de baixa

frequumlecircncia como recurso analgeacutesico preemptivo em pacientes submetidas a colecistectomia

por laparotomia

29

CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

30

3 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

31 Desenho do Estudo

Esse estudo foi uma pesquisa cliacutenica prospectiva controlada randomizada e

duplamente encoberta

32 Local

A pesquisa foi procedida no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio privado localizado na

cidade de Aracaju no periacuteodo de dezembro de 2003 a abril de 2005 com a experimentaccedilatildeo

em pacientes que foram submetidos a colecistectomia por laparotomia com incisatildeo do tipo

transversa subcostal direita sendo utilizada a TENS de baixa frequumlecircncia

33 Casuiacutestica e Criteacuterios de Inclusatildeo e Exclusatildeo

Como criteacuterios de inclusatildeo ficou estabelecido que soacute participariam da pesquisa os

pacientes que

bull fossem submetidos agrave colecistectomia por laparotomia em caraacuteter eletivo apenas com

incisatildeo transversa subcostal

bull tivessem sido operados por meio de financiamento do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

numa tentativa de ldquopadronizarrdquo a classe social dos pacientes

bull fossem operados no periacuteodo da tarde para evitar possiacuteveis influecircncias do ciclo circadiano

(MORIN et al 2000)

31

bull pertencessem ao sexo feminino somente para evitar a possibilidade de influecircncia do sexo

na percepccedilatildeo do fenocircmeno doloroso A escolha do sexo teve como fator preponderante a

alta incidecircncia de colecistectomias sobre as mulheres implicando minimizaccedilatildeo da

dificuldade em se obter uma casuiacutestica satisfatoacuteria Ademais ateacute por fatores culturais as

mulheres da nossa sociedade satildeo consideradas no que se concerne aos seus relatos sobre

dor mais sinceras do que os homens que muitas vezes natildeo satildeo tatildeo fidedignos por

questotildees machistas a esses relatos

bull possuiacutessem idade entre 21 e 65 anos

bull pertencessem aos estados fiacutesicos I e II da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA)

ASA I eacute a classificaccedilatildeo empregada para pacientes saudaacuteveis que natildeo tenham doenccedila de

base e ASA 2 para os que possuem uma doenccedila de base controlada com ou sem drogas

bull fossem naturais do Brasil e que compreendessem bem a liacutengua portuguesa para evitar

possiacuteveis dificuldades durante a coleta de dados

bull natildeo tivessem distuacuterbios de audiccedilatildeo visatildeo ou fala

bull natildeo tivessem distuacuterbios mentais eou intelectuais para natildeo somente compreender e aceitar

participar da pesquisa mas tambeacutem natildeo apresentar empecilhos durante a coleta dos dados

(PIMENTA TEIXEIRA 1997)

bull nunca tivessem sido submetidas a algum tipo de cirurgia abdominal alta o que poderia

influenciar na percepccedilatildeo da dor visto que a percepccedilatildeo eacute influenciada por preacutevias

experiecircncias

bull e que natildeo fossem portadoras de algum tipo de hepatopatia ou nefropatia diagnosticadas

32

Natildeo participariam da pesquisa os pacientes

bull que tivessem diagnoacutestico de enfermidade maligna pelas caracteriacutesticas diferenciadas das

dores oncoloacutegicas (MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO BRASIL 2001)

bull em que a TENS fosse um recurso contra-indicado (eg feridas na regiatildeo onde deveriam

ser colocados os eletrodos)

bull que fizessem ou fizeram uso crocircnico de opioacuteides pelo desenvolvimento de toleracircncia agrave

TENS (SLUKA et al 2000)

bull que tivessem feito uso de drogas analgeacutesicas em um periacuteodo inferior a 7 dias

bull que jaacute tivessem conhecimento sobre a TENS ou sido submetidos a algum tratamento com

o uso da mesma

bull que possuiacutessem alergia ou contra-indicaccedilatildeo agrave dipirona ou ao diclofenaco de soacutedio

medicaccedilotildees que eram prescritas para o periacuteodo poacutes-operatoacuterio

bull e que se recusassem ou desistissem de participar do trabalho ndashndash mesmo apoacutes assinatura

do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (apecircndice B)

34 Internamento das Pacientes

Todas as pacientes foram internadas pelo turno da manhatilde e ficavam aguardando a

cirurgia que era sempre realizada no periacuteodo da tarde em um dos 3 apartamentos coletivos

com capacidade para ateacute 4 pessoas cada um Os leitos ndashndash todos similares ndashndash eram os mesmos

que as pacientes ocupavam no periacuteodo poacutes-operatoacuterio O hospital somente aceitava um

maacuteximo de 2 internamentos por dia para a realizaccedilatildeo das colecistectomias por laparotomia

33

35 Randomizaccedilatildeo

Foram impressos em 32 pequenos papeacuteis a informaccedilatildeo ldquogrupo preemptivordquo e em

outros 32 ldquogrupo placebordquo que foram colocados em uma pequena caixa O processo de

randomizaccedilatildeo ocorreu com o auxiacutelio de duas pessoas que natildeo tinham conhecimento algum

sobre a pesquisa sendo solicitado agraves mesmas que retirassem cada um desses papeacuteis da caixa e

os colocassem dentro de envelopes ndashndash numerados de 1 a 64 ndashndash opacos que eram entatildeo

lacrados e somente abertos apoacutes a concordacircncia da paciente em participar da pesquisa

36 Avaliaccedilatildeo Cliacutenica

Inicialmente era procedida uma avaliaccedilatildeo cliacutenica realizada 2 h antes do horaacuterio

previsto para a realizaccedilatildeo da cirurgia com o propoacutesito de verificar se a paciente se

enquadrava ou natildeo nos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo estabelecidos pelo nosso protocolo

Dessa forma era solicitado agraves pacientes que respondessem agraves questotildees presentes na Ficha de

Identificaccedilatildeo do Paciente (apecircndice A) que possuiacutea questionamentos sobre idade sexo peso

estatura doenccedilas associadas diagnoacutestico cliacutenico entre outros Caso a paciente atendesse a

todos os preacute-requisitos era entatildeo rompido o lacre do envelope que correspondia ao seu

nuacutemero na pesquisa e somente entatildeo se sabia a que grupo pertenceria tal paciente O

pesquisador que ficava ciente dessa informaccedilatildeo acompanhava a paciente nas seguintes etapas

avaliaccedilatildeo cliacutenica explicaccedilatildeo sobre os instrumento de coleta de dados aplicaccedilatildeo da TENS e

acompanhamento da paciente no centro ciruacutergico Ou seja esse pesquisador natildeo era

responsaacutevel pela coleta dos dados no periacuteodo poacutes-operatoacuterio que era efetuada por outros

pesquisadores que natildeo sabiam a que grupo as pacientes pertenciam pois eles natildeo tinham

34

acesso nem agrave Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C) e nem aos

envelopes

Apoacutes a avaliaccedilatildeo cliacutenica era efetuada a etapa de treinamento das pacientes sobre as

escalas ndashndash posteriormente descritas ndashndash que seriam utilizadas apoacutes a cirurgia para que as

mesmas jaacute se habituassem com elas e pudessem realizar os seus questionamentos sobre tais

37 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Todas as pacientes que fizeram parte dessa pesquisa autorizaram a sua participaccedilatildeo

por meio de assinatura ou impressatildeo digital em concordacircncia ao que estava exposto no

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (apecircndice B) que constava de informaccedilotildees

sobre a forma de tratamento que lhes estava sendo proposta assim como seus benefiacutecios e

finalidades explicando que o estudo natildeo implicaria dano agrave sauacutede informando-lhes tambeacutem

quanto ao direito de solicitar novas informaccedilotildees esclarecer duacutevidas e desistir de participar da

pesquisa a qualquer momento Logo o estudo foi procedido de acordo com as normas

expressas na resoluccedilatildeo 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10101996 A coleta de

dados soacute teve iniacutecio apoacutes aprovaccedilatildeo pelo comitecirc de eacutetica e pesquisa

38 Materiais

Foram utilizados 2 aparelhos para o fornecimento da corrente eleacutetrica da TENS ndashndash

apoacutes preacutevia calibraccedilatildeo no Laboratoacuterio de Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe ndashndash o

Dualpex 961 e o Fisiotonus Four cujas fotos estatildeo apresentadas nas figuras 1 e 2

respectivamente Entre os materiais de consumo utilizados destacam-se esparadrapos gazes

e gel condutor Foram usados cabos que conectavam os aparelhos geradores de corrente

eleacutetrica aos eletrodos ndashndash de borracha quadrangulares e com aacuterea de 9 cm2 A reacutegua da Escala

35

Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END) foi utilizada para coletar a intensidade da dor aleacutem

do Questionaacuterio de Dor McGill e da Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente Algumas fichas

contidas no apecircndice e descritas posteriormente foram utilizadas para o registro de diversos

dados

Figura 1 Aparelho Dualpex 961 Figura 2 Aparelho Physiotonus FourFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra Fonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

39 Procedimentos Metodoloacutegicos

391 Os grupos de pacientes da pesquisa

As pacientes foram alocadas de forma aleatoacuteria em dois grupos

bull Grupo preemptivo ndashndash sendo submetidas agrave aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia durante

60 min antes da cirurgia com a utilizaccedilatildeo dos seguintes paracircmetros duraccedilatildeo de pulso de

250 micros e frequumlecircncia de 4 Hz A intensidade utilizada foi a maacutexima suportada pela

paciente em niacutevel motor Esses paracircmetros estatildeo de acordo com as orientaccedilotildees de

36

Johnson et al (1989) Low e Reed (2001) Robinson (2001) Salgado (1999) Starkey

(2001) Walsh et al (1998) e Wang et al (1997)

bull Grupo placebo ndashndash os eletrodos eram colocados nas pacientes poreacutem todos os paracircmetros

(duraccedilatildeo de pulso frequumlecircncia e intensidade) ficavam com referecircncia zero natildeo

possibilitando a passagem da corrente eleacutetrica O tempo da falsa aplicaccedilatildeo tambeacutem foi de

60 min

392 Teacutecnica de aplicaccedilatildeo da TENS

Antes da aplicaccedilatildeo da TENS era feita uma limpeza com o uso de aacutelcool da regiatildeo

onde seriam colocados os eletrodos a fim de diminuir a oleosidade da pele e remover sujeiras

facilitando dessa maneira a passagem da corrente eleacutetrica

A TENS de baixa frequumlecircncia foi aplicada nas pacientes ainda em seus leitos antes

de serem encaminhadas ao centro ciruacutergico sendo utilizada a teacutecnica quadripolar com os

eletrodos de borracha dispostos de maneira cruzada abrangendo os dermaacutetomos da regiatildeo

onde posteriormente seria realizada a incisatildeo ciruacutergica subcostal direita Os dados sobre a

aplicaccedilatildeo da TENS assim como as observaccedilotildees que se mostrassem relevantes eram

registrados na Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C) A foto da figura

3 representa a simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENS no periacuteodo preacute-operatoacuterio Apoacutes a aplicaccedilatildeo

da TENS as pacientes eram preparadas para serem encaminhadas ao centro ciruacutergico

37

Figura 3 Simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENSA linha vermelha ilustra o local onde seria realizada a incisatildeosubcostal direitaFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

393 Teacutecnica anesteacutesica

Em todas as pacientes houve administraccedilatildeo de diazepam como medicaccedilatildeo preacute-

anesteacutesica Houve padronizaccedilatildeo do meacutetodo anesteacutesico tendo sido utilizadas como drogas

anesteacutesicas o cloridrato de bupivacaiacutena (05) com vasoconstrictor administrado via

peridural podendo ou natildeo estar associado agrave xilocaiacutena com vasoconstrictor (20) associaccedilatildeo

essa que natildeo exercia influecircncia na duraccedilatildeo da analgesia e o fentanil (2 ml) tambeacutem

administrado via peridural A escolha dessas drogas deu-se por jaacute fazer parte da rotina desse

tipo de procedimento ciruacutergico no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio Os dados sobre as drogas

utilizadas observaccedilotildees necessaacuterias classificaccedilatildeo do estado fiacutesico da ASA entre outros eram

registrados na Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C)

38

394 Cirurgia e prescriccedilatildeo de medicamentos

A equipe meacutedica responsaacutevel pela realizaccedilatildeo de todas as intervenccedilotildees ciruacutergicas foi

composta por 4 cirurgiotildees e 3 anestesiologistas que se revezavam entre os dias da semana ndashndash

segunda a quinta-feira Todas as cirurgias foram realizadas por laparotomia sempre com

incisatildeo do tipo transversa subcostal direita

Apoacutes a cirurgia a prescriccedilatildeo meacutedica foi padronizada da seguinte forma a dipirona

(2 ml 500 mgml) era administrada de 6 em 6 h (sendo a primeira administraccedilatildeo efetuada 5 h

apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico que era determinado como sendo o momento em que

era introduzido o cloridrato de bupivacaiacutena no espaccedilo peridural) via intravenosa diclofenaco

de soacutedio (3 ml 25 mgml) prescrito como medicaccedilatildeo de resgate via intra-muscular somente

sendo administrado caso houvesse solicitaccedilatildeo por parte da paciente e a metoclopramida (2

ml 5 mgml) tambeacutem como medicaccedilatildeo de resgate Essa prescriccedilatildeo foi efetuada dessa

maneira porque a dor gerada pela colecistectomia por laparotomia tem um niacutevel de moderado

a intenso o que implicou a necessidade de algum faacutermaco analgeacutesico prescrito em horaacuterio

programado nesse caso a dipirona

O estabelecimento dessa teacutecnica de prescriccedilatildeo decorreu dos resultados obtidos com

as 6 pacientes do estudo piloto ndashndash em que toda a medicaccedilatildeo analgeacutesica era administrada

somente em caso de solicitaccedilatildeo pelas mesmas Percebeu-se analgesia insatisfatoacuteria dado os

relatos de altos iacutendices de dor e desconforto Dessa forma objetivamos nesse estudo a

utilizaccedilatildeo da TENS como um recurso analgeacutesico coadjuvante e natildeo uacutenico

39

395 Instrumentos de coleta de dados

3951 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

Como escala unidimensional para mensuraccedilatildeo da intensidade da dor foi utilizada a

END (figura 4) que consiste de uma reacutegua demarcada horizontalmente com valores em

centiacutemetros de 0 a 10 representando o primeiro valor a ausecircncia absoluta de dor e o maior

a dor mais insuportaacutevel possiacutevel sendo solicitado agrave paciente que indicasse aquele que melhor

caracterizaria o seu niacutevel de dor estando a paciente em repouso A dor leve estaria

representada por nuacutemeros compreendidos no intervalo de 0 a 3 a moderada pelos nuacutemeros 4

5 e 6 e a intensa por 7 8 9 e 10

Os dados foram registrados na Ficha de Avaliaccedilatildeo da Dor pela Escala Numeacuterica de

Mensuraccedilatildeo da Dor (apecircndice D) A coleta da intensidade de dor era procedida de acordo

com o horaacuterio de induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico sendo investigada 2frac12 h (ENDa) 3frac12 h

(ENDb) 4frac12 h (ENDc) 5frac12 h (ENDd) 7 h (ENDe) 8 h (ENDf) e 16 h (ENDg) apoacutes a sua

induccedilatildeo aleacutem de uma uacuteltima coleta procedida no momento da alta hospitalar (ENDh) dois

dias apoacutes a cirurgia pela manhatilde Optou-se em utilizar como referecircncia o horaacuterio da induccedilatildeo

Figura 4 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor numerada de 0 a 10 cmFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

40

do bloqueio anesteacutesico ao inveacutes do horaacuterio de teacutermino da cirurgia visto que grandes variaacuteveis

no tempo despendido para a realizaccedilatildeo das cirurgias poderiam influenciar nos niacuteveis de dor

relatados pelas pacientes jaacute que haveria assim discrepacircncias no tempo decorrido desde a

induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash momento de referecircncia para a contagem do tempo de

metabolizaccedilatildeo das drogas ndashndash ateacute as averiguaccedilotildees da intensidade de dor

Eacute relevante salientar que o pesquisador responsaacutevel pela coleta do niacutevel de dor natildeo

tinha conhecimento sobre o grupo a que pertencia a paciente e nem esta sobre em que grupo

estava alocada o que caracterizou um estudo do tipo duplamente encoberto

3952 Questionaacuterio de Dor McGill

O Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ) eacute composto por 78 descritores distribuiacutedos

em 4 categorias sensorial composta por 10 subcategorias cujos descritores aiacute contidos

traduzem a natureza somaacutetica e estatildeo relacionados com a fisiologia da dor afetiva que

conteacutem 5 subcategorias cujos descritores fornecem discernimentos sobre os aspectos

psicoloacutegicos que acompanham a dor avaliativa com uma uacutenica que descreve a intensidade

global da dor e finalmente a miscelacircnea que eacute composta por 4 subcategorias Eacute solicitado

ao paciente que circule ou sublinhe as palavras que melhor descrevem a sua dor ou apenas as

indique verbalmente (GRAHAM 1980 MELZACK 1975)

O MPQ possui trecircs partes a primeira serve para que o paciente indique em um

graacutefico do corpo humano a regiatildeo onde estaacute sentindo a dor ndashndash diagrama corporal da dor a

segunda eacute uma escala verbal para avaliar a intensidade de dor (Present Pain Intensity ndashndash PPI)

utilizando-se de cinco palavras leve desconfortaacutevel perturbadora horriacutevel e excruciante e a

uacuteltima utiliza os 78 descritores podendo-se daiacute se obterem dois iacutendices o Quantitativo da Dor

(PRI ndashndash Pain Rating Index) e o do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC ndashndash Number of

41

Words Chosen) Cada descritor tem um correspondente nuacutemero que seraacute utilizado para o

estabelecimento do PRI Por exemplo em uma subcategoria que contenha 3 descritores aos

mesmos seratildeo atribuiacutedos respectivamente os valores 1 2 e 3 de acordo com a ordem em que

aparecem na lista dos descritores (FERNANDEZ BOYLE 2001 PEREIRA SOUSA 1998

PIMENTA 1995 STARKEY 2001 TEIXEIRA et al 1999)

Em nossa pesquisa foi utilizada a versatildeo brasileira do MPQ (apecircndice E) ndashndash

validada pelos profissionais do Ambulatoacuterio de Dor da Cliacutenica Neuroloacutegica do Hospital das

Cliacutenicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Satildeo Paulo (PIMENTA TEIXEIRA

1997) Esse questionaacuterio que eacute indicado por Graham et al (1980) para dores imediatas foi

aplicado ndashndash sob a forma de entrevista ndashndash apenas uma vez 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico dada a inviabilidade de utilizaacute-lo no mesmo dia do ato ciruacutergico Resolveu-se

adaptar esse questionaacuterio e usar apenas uma parte dele a dos 78 descritores haja vista que

natildeo se achou necessaacuteria a utilizaccedilatildeo do PPI e do diagrama corporal da dor por estarmos

utilizando a END e por jaacute sabermos o local da dor incisional Entatildeo a partir desse

questionaacuterio adaptado pudemos analisar o PRI e o NWC O primeiro obtido por meio da

soma dos valores atribuiacutedos a cada descritor escolhido e o segundo pela soma do nuacutemero de

palavras escolhidas para qualificar a dor segundo Fernandez e Boyle (2001) e Pereira e Sousa

(1998)

3953 Escala de Satisfaccedilatildeo dos Pacientes

O grau de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que lhes estava sendo realizado

foi avaliado por meio da Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (ESP) escala verbal que permite agrave

paciente escolher um entre nuacutemeros que variam de 0 a 10 indicando respectivamente

insatisfaccedilatildeo completa com o tratamento e a maior satisfaccedilatildeo possiacutevel Os horaacuterios de coleta

42

foram os seguintes 3frac12 h (ENDb) 5frac12 h (ENDd) 8 h (ENDf) e 16 h (ENDg) apoacutes a induccedilatildeo

do bloqueio anesteacutesico aleacutem de uma uacuteltima coleta procedida no momento da alta hospitalar

(ENDh) Os dados coletados eram registrados na Ficha de Avaliaccedilatildeo da Satisfaccedilatildeo dos

Pacientes pela Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (apecircndice F) Essa escala foi utilizada na

pesquisa realizada por Melo e Santana Filho (2003) que tinha linha de trabalho semelhante

3954 Ficha do consumo de faacutermacos

O consumo de faacutermacos analgeacutesicos ou natildeo de cada paciente foi anotado na Ficha

de Registro da Administraccedilatildeo de Faacutermacos no Poacutes-operatoacuterio (apecircndice G) que constou de

campo para informaccedilotildees como o tipo de faacutermaco administrado horaacuterio de administraccedilatildeo via

de acesso e dosagem aleacutem do tempo decorrido desde o horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico ateacute a primeira administraccedilatildeo caso houvesse do diclofenaco de soacutedio (prescrito

como medicaccedilatildeo de resgate)

3955 Questionaacuterio sobre a Aplicaccedilatildeo da TENS

Foram efetuados dois questionamentos para as pacientes o primeiro sobre o

desconforto promovido pela aplicaccedilatildeo da TENS e o segundo sobre a vontade da paciente em

usaacute-la numa proacutexima cirurgia (Apecircndice H) Em virtude da necessidade de esse questionaacuterio

ter sido percebida somente no decorrer da coleta de dados o mesmo fora empregado em 19

pacientes do grupo preemptivo e em 17 do placebo

43

310 Anaacutelise e Interpretaccedilatildeo dos Dados

A anaacutelise estatiacutestica dos dados foi feita com a utilizaccedilatildeo dos programas GraphPad

Prism 40 e Statistica 60 Inicialmente foram realizados testes estatiacutesticos descritivos meacutedia e

erro padratildeo da meacutedia (SEM) Para a anaacutelise dos dados demograacuteficos de alguns dados cliacutenicos

e do tempo para a primeira administraccedilatildeo de diclofenaco de soacutedio foi utilizado o teste t de

Student para amostras natildeo pareadas (parameacutetrico) Para a anaacutelise de alguns dados cliacutenicos e

do uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico foi

utilizado o teste do qui-quadrado Para a anaacutelise da END ESP PRI NWC e do nuacutemero de

vezes em que foram administrados o diclofenaco de soacutedio dipirona e metoclopramida foi

utilizado o teste de Mann-Whitney (natildeo-parameacutetrico) Em todos os testes como niacutevel de

significacircncia foi considerado o valor de 5 (p lt 005)

311 Teacutecnica Utilizada para a Demonstraccedilatildeo dos Resultados

Para a exposiccedilatildeo dos resultados foram utilizados graacuteficos elaborados nos programas

GraphPad Prism 40 e Statistica 60 aleacutem de tabelas elaboradas no Microsoft Word XP

Vaacuterios dados foram apresentados sob a forma de meacutedia plusmn SEM

44

RESULTADOS

45

4 RESULTADOS

Sessenta e quatro pacientes concordaram em participar da pesquisa e assinaram o

termo de consentimento livre e esclarecido Poreacutem 14 foram excluiacutedas seis por se tratarem

de pacientes que pertenciam a um estudo piloto cujo meacutetodo foi posteriormente alterado

duas por terem sido submetidas a anestesia geral quatro por erro na prescriccedilatildeo meacutedica de

analgeacutesicos uma por natildeo conseguir responder ao McGill Pain Questionnaire (MPQ) e uma

pela grande dificuldade em compreender a Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END)

Destarte a amostra ficou constituiacuteda por 50 pacientes grupo preemptivo (n = 25) e grupo

placebo (n = 25)

Os dados referentes agrave idade peso estatura e iacutendice de massa corporal (IMC) das

pacientes estatildeo presentes na tabela 1 e ilustrados respectivamente nos graacuteficos 1 2 3 e 4

tendo sido analisados por meio do teste t de Student para amostras independentes Natildeo houve

em nenhuma das caracteriacutesticas demograacuteficas diferenccedila significante entre os grupos

A idade miacutenima foi de 25 anos no grupo preemptivo e de 21 anos no placebo

enquanto a maacutexima foi de 65 no preemptivo e de 59 no placebo Os pesos miacutenimo e maacuteximo

foram respectivamente iguais a 40 Kg e 86 Kg no grupo preemptivo e 48 Kg e 77 Kg no

placebo As estaturas miacutenima e maacutexima foram respectivamente iguais a 149 m e 170 m

(grupo preemptivo) e 151 m e 170 m (grupo placebo) E os valores miacutenimo e maacuteximo do

IMC foram 1880 Kgm2 e 35 Kgm2 (grupo preemptivo) e 1914 Kgm2 e 2890 Kgm2

(grupo placebo)

46

Tabela 1 ndashndash Dados demograacuteficos da amostraPreemptivo Placebo

Meacutedia plusmn SEM Meacutedia plusmn SEM p

Idade (anos) 3956 plusmn 197 3852 plusmn 238 0738

Peso (Kg) 6108 plusmn 288 6348 plusmn 172 0478

Estatura (m) 157 plusmn 001 160 plusmn 001 0168

IMC (Kgm2) 2568 plusmn 105 2475 plusmn 059 0447IMC ndashndash iacutendice de massa corporal SEM ndashndash erro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante em nenhuma das variaacuteveis analisadas

Preemptivo Placebo0

10

20

30

40

50

60

70

Idad

e(a

nos)

Graacutefico 1 Representaccedilatildeo das idades das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicamo erro padratildeo da meacutedia Teste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0738)

47

Preemptivo Placebo30

40

50

60

70

80

90Pe

so(K

g)

Graacutefico 2 Representaccedilatildeo dos pesos das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicamo erro padratildeo da meacutedia Teste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0478)

Preemptivo Placebo

150

155

160

165

170

175

Alt

ura

(m)

Graacutefico 3 Representaccedilatildeo das estaturas das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0168)

48

Preemptivo Placebo15

20

25

30

35

40IM

C(K

gm

m)

Graacutefico 4 Representaccedilatildeo dos Iacutendices de Massa Corporal (IMC) daspacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0447)

49

A tabela 2 apresenta os dados referentes agrave categoria de peso das pacientes de ambos

os grupos a tabela 3 o niacutevel de escolaridade das mesmas e a tabela 4 o diagnoacutestico cliacutenico

Natildeo houve de acordo com o teste do divide2 diferenccedila significante entre os grupos em nenhuma

dessas variaacuteveis analisadas

Tabela 2 ndashndash Distribuiccedilatildeo da categoria de peso das pacientes de acordo com os dados obtidospelo iacutendice de massa corporal (IMC ndashndash Kgm2)

Grupo Abaixodo peso(lt185)

Pesonormal

(185ndash249)

Sobrepeso(25 ndash 299)

Obesidadegrau I

(30 ndash 349)

Obesidadegrau II

(35 ndash 399)

Obesidadegrau III

( 40)Preemptivo 2 7 11 3 2 0

Placebo 0 12 13 0 0 0Os dados apresentados entre parecircntesis referem-se aos paracircmetros de referecircncia do IMC que determinam aquelacategoria de pesoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0075)

Tabela 3 ndashndash Niacutevel de escolaridade das pacientesGrupo Nunca

estudou1deg grau

incompleto1deg grau

completo2deg grau

incompleto2deg grau

completo3deg grau

incompletoPreemptivo 3 8 3 4 5 2

Placebo 3 11 2 6 1 2Teste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0587)

Tabela 4 ndashndash Diagnoacutestico cliacutenico das pacientesGrupo Colelitiacutease Colecistite

agudaColecistite

crocircnicaColecistite

(sem descriccedilatildeo)Colelitiacutease

+ colecistitePreemptivo 12 6 2 1 4

Placebo 10 2 4 5 4Teste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0238)

50

O graacutefico 5 apresenta os dados sobre o periacuteodo compreendido entre a eacutepoca em que

as pacientes relataram ter iniciado as primeiras dores devido agrave doenccedila da vesiacutecula biliar e a

realizaccedilatildeo da colecistectomia Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos por meio de

anaacutelise realizada pelo teste do divide2

Preemptivo Placebo0

5

10

15Nunca sentiu dorMenos de 6 mesesEntre 6 e 119 mesesEntre 12 e 24 mesesAcima de 24 meses

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 5 Relato das pacientes sobre o periacuteodo em meses em que vinham sentindo dordevido agrave doenccedila da vesiacutecula biliarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0183)

51

O estado fiacutesico das pacientes dos dois grupos segundo o criteacuterio de classificaccedilatildeo da

Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA) estaacute expresso no graacutefico 6 Natildeo houve

diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p = 0479) de acordo com o teste do divide2

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25ASA 1ASA 2

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 6 Estado fiacutesico das pacientes de acordo com a classificaccedilatildeo da Sociedade Americanade AnestesiologiaTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0479)

52

O relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos para o tratamento da dor

decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou de outra dor devido a doenccedilas crocircnicas estatildeo

representados no graacutefico 7 De acordo com o teste do divide2 natildeo houve diferenccedila significante

entre os grupos preemptivo e placebo (p = 0765) Eacute importante considerar que as pacientes

que relataram ter usado tais drogas somente as utilizaram ateacute no maacuteximo uma semana antes

da data da cirurgia haja vista que foi previamente estabelecido como criteacuterio de exclusatildeo o

uso de drogas analgeacutesicas dentro do periacuteodo de 7 dias que antecedia a realizaccedilatildeo da

colecistectomia

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25SimNatildeo

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 7 Relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos antes da colecistectomia para otratamento da dor decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou de outras doenccedilas crocircnicasEntende-se por ldquoantes da colecistectomiardquo o uso de analgeacutesicos em um prazo superior aos 7 dias que antecediama realizaccedilatildeo do procedimento ciruacutergicoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0765)

53

Em todas as pacientes o aparelho de TENS foi colocado durante 60 min e o

intervalo meacutedio entre o teacutermino da sua aplicaccedilatildeo ndashndash verdadeira ou natildeo ndashndash e a induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico foi de 7472 plusmn 1046 min no grupo preemptivo e de 6028 plusmn 723 min no

placebo natildeo havendo diferenccedila significante (p = 0261) entre os grupos de acordo com o

teste t de Student para amostras natildeo pareadas (graacutefico 8) O menor e maior intervalos foram

respectivamente iguais a 10 min e 195 min (grupo preemptivo) e 15 min e 115 min (grupo

placebo)

Preemptivo Placebo0

50

100

150

200

Tem

po(m

in)

Graacutefico 8 Representaccedilatildeo do tempo decorrido desde o teacutermino daaplicaccedilatildeo da Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo ateacute a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico nas pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0261)

54

A meacutedia de duraccedilatildeo das cirurgias (graacutefico 9) no grupo preemptivo foi de 3812 plusmn

194 min e no placebo 3540 plusmn 184 min natildeo havendo diferenccedila significante (p = 0315)

Natildeo houve complicaccedilatildeo ciruacutergica em nenhum procedimento todas as pacientes receberam

alta hospitalar 2 dias apoacutes o ato ciruacutergico no turno da manhatilde e o iacutendice de mortalidade foi

em ambos os grupos igual a zero As cirurgias mais raacutepidas e mais prolongadas tiveram

respectivamente duraccedilatildeo de 21 min e 58 min (grupo preemptivo) e de 20 min e 50 min

(grupo placebo)

Preemptivo Placebo0

10

20

30

40

50

60

Tem

pode

ciru

rgia

(min

)

Graacutefico 9 Representaccedilatildeo da duraccedilatildeo das cirurgiasA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0315)

55

Ao analisar a dor incisional por meio da END pocircde-se perceber que o grupo

preemptivo apresentou niacutevel de dor significantemente menor que o do placebo nas terceira

(ENDc) e quarta coletas (ENDd) que representam 4frac12 h e 5frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico O teste utilizado para tal anaacutelise foi o de Mann-Whitney A tabela 5 apresenta os

valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia em todas as verificaccedilotildees do niacutevel de dor nos dois

grupos e o graacutefico 10 ilustra tais valores

Tabela 5 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) daintensidade de dor incisional mensurada por meio da END (EscalaNumeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)

Preemptivo Placebo

Momento Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

a 084 plusmn 034 072 plusmn 029 0756

b 116 plusmn 039 224 plusmn 056 0171

c 202 plusmn 053 384 plusmn 066 0042

d 278 plusmn 056 48 plusmn 067 0029

e 322 plusmn 056 474 plusmn 059 0068

f 342 plusmn 050 488 plusmn 066 0135

g 356 plusmn 061 364 plusmn 050 0497

h 096 plusmn 033 176 plusmn 042 0145a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c(4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g(16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar que corresponde ao 2deg dia poacutes-operatoacuterio) SEM ndashndash erro padratildeo da meacutediaFoi utilizada a END (0-10 cm)Teste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005

56

a b c d e f g h00

25

50

75

100PreemptivoPlacebo

Momento da coleta

END

Graacutefico 10 Representaccedilatildeo da meacutedia da intensidade de dor incisional por meio da END (EscalaNumeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12 h apoacutesa IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a END (0-10 cm)As colunas indicam os valores da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005

57

Na tabela 6 estatildeo expressos os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do grau de

satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estava sendo realizado O instrumento de

mensuraccedilatildeo utilizado foi a escala numeacuterica do grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes (ESP) Natildeo se

verificou pelo Teste de Mann-Whitney diferenccedila estatiacutestica significante entre os dois grupos

Para a obtenccedilatildeo desses dados a amostra foi composta por 49 pacientes tendo em vista que

uma paciente do grupo placebo natildeo conseguiu compreender a ESP O graacutefico 11 ilustra tais

dados

Tabela 6 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) do grau desatisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estava sendo realizado

Preemptivo Placebo

Momento Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

b 944 plusmn 017 9 plusmn 026 0312

d 956 plusmn 015 9 plusmn 031 0389

f 952 plusmn 015 912 plusmn 027 0435

g 962 plusmn 017 925 plusmn 032 0756

h 992 plusmn 005 933 plusmn 035 0406b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente de 0 a 10) SEM ndashndash erro padratildeoda meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Grupo preemptivo (n = 25) e grupo placebo (n = 24)

58

b d f g h0

5

PreemptivoPlacebo

8

9

10

Momento da coleta

ESP

Graacutefico 11 Representaccedilatildeo da meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estavasendo realizado obtida pela ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente)b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes aIBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a ESP de 0 a 10As colunas indicam os valores da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos em nenhum momento de coleta da ESPGrupo preemptivo (n = 25) e grupo placebo (n = 24)

59

As tabelas 7 e 8 apresentam respectivamente o nuacutemero de vezes em que cada

descritor e em que cada subcategoria do Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ) foram

selecionados pelas pacientes dos grupos preemptivo e placebo Na tabela 9 estatildeo expressos

os descritores que melhor caracterizaram a dor incisional promovida pela colecistectomia por

laparotomia e que de acordo com Dubuisson e Melzack (1996) e Gagliesi e Melzack (2003)

seriam aqueles que fossem selecionados por pelo menos 33 dos pacientes Todas as

anaacutelises procedidas a partir do MPQ foram realizadas com 21 pacientes do grupo preemptivo

e com 20 do grupo placebo A discussatildeo sobre a ldquoAnaacutelise da Dor pelo Questionaacuterio de Dor

McGillrdquo (item 54) explica o motivo para tal

Na tabela 10 estatildeo apresentados os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Total (NWC-t) e em cada categoria do MPQ e no graacutefico

12 eles estatildeo representados A tabela 11 apresenta uma comparaccedilatildeo das categorias sensorial

e afetiva no que se refere ao nuacutemero de pacientes que selecionou mais descritores de uma ou

de outra categoria assim como o nuacutemero de pacientes que os selecionaram de forma

equumlitativa nessas categorias Nota-se que os valores estatildeo apresentados em porcentagens ndashndash

meacutetodo recomendado por Veilleux e Melzack (1976) ndashndash dado o nuacutemero diferente de

subcategorias que compotildee cada uma dessas categorias (sensorial 10 e afetiva 5) Em ambos

os grupos houve proporcionalmente maior seleccedilatildeo dos descritores da categoria sensorial

principalmente no grupo preemptivo

60

Tabela 7 ndashndash Relaccedilatildeo dos descritores do Questionaacuterio de Dor McGill selecionados pelaspacientes

Subctg Descritores Preemp Plac Subctg Descritores Preemp Plac

1ordf

vibraccedilatildeotremorpulsantelatejantecomo batidacomo pancada

213912

0111211

11ordfcansativaexaustiva

173

182

2ordfpontadachoquetiro

1060

922

12ordfenjoadasufocante

174

182

3ordf

agulhadaperfurantefacadapunhaladaem lanccedila

65200

71211

13ordf

castiganteatormentaaterrorizantemalditamortal

105000

610010

4ordffinacortanteestraccedilalha

1550

1510

14ordfamedrontadaapavorantecruel

833

425

5ordf

beliscatildeopressatildeomordidacoacutelicaesmagamento

32262

62053

15ordf miseraacutevelenlouquecedora

26

44

6ordffisgadapuxatildeoem torccedilatildeo

4103

466

16ordf

chataque incomodadesgastanteforteinsuportaacutevel

110244

513101

7ordf

calorqueimaccedilatildeoferventeem brasa

7910

51011

17ordf

espalhairradiapenetraatravessa

3073

11141

8ordfformigamentococeiraardorferroada

11162

13111

18ordf

apertaadormecerepuxaespremerasga

511112

321101

9ordf

mal-localizadadoloridamachucadadoiacutedapesada

112313

29243

19ordffriageladacongelante

400

422

10ordf

sensiacutevelesticadaesfolanterachando

41302

3523

20ordf

aborrecidadaacute naacuteuseaagonizantepavorosatorturante

116102

88012

Subctg (subcategoria do Questionaacuterio de Dor McGill) Preemp (preemptivo n = 21) Plac (placebo n = 20)

61

Tabela 8 ndashndash Nuacutemero de pacientes que selecionou cada subcategoria do Questionaacuterio de DorMcGill

Subcat Preemptivo Placebo p Subcat Preemptivo Placebo p

1ordf 18 16 0626 11ordf 20 20 0323

2ordf 16 13 0431 12ordf 21 20 1

3ordf 13 12 0900 13ordf 15 17 0294

4ordf 20 16 0136 14ordf 14 11 0444

5ordf 15 16 0522 15ordf 8 8 0900

6ordf 17 16 0938 16ordf 21 20 1

7ordf 17 17 0730 17ordf 13 17 0095

8ordf 20 16 0136 18ordf 20 17 0269

9ordf 20 20 0323 19ordf 4 8 0140

10ordf 19 13 0048 20ordf 20 19 0971

Teste do divide2 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

62

Tabela 9 ndashndash Descritores do Questionaacuterio de Dor McGill mais frequumlentementeselecionados pelas pacientes

Subcategoria Descritor Preemptivo Placebo p

1ordf latejante 9 (4285) 12 (60) 027

2ordf pontada 10 (4761) 9 (45) 086

3ordf agulhada 6 (2857) 7 (35) 065

4ordf fina 15 (7142) 15 (75) 079

5ordf - - - -

6ordf puxatildeo 10 (4761) 6 (30) 024

7ordf calor

queimaccedilatildeo

7 (3333)

9 (4285)

5 (25)

10 (50)

055

075

8ordf ardor 16 (7619) 11 (55) 015

9ordf dolorida 12 (5714) 9 (45) 043

10ordf esticada 13 (6190) 5 (25) 001 (divide2 = 566)

11ordf cansativa 17 (8095) 18 (90) 041

12ordf enjoada 17 (8095) 18 (90) 041

13ordf castigante

atormenta

10 (4761)

5 (2380)

6 (30)

10 (50)

024

008

14ordf amedrontada 8 (3809) 4 (20) 020

15ordf - - - -

16ordf que incomoda 10 (4761) 13 (65) 026

17ordf espalha

penetra

3 (1428)

7 (3333)

11 (55)

4 (20)

0006 (divide2 = 755)

033

18ordf repuxa 11 (5238) 11 (55) 086

19ordf - - - -

20ordf aborrecida

daacute naacuteusea

11 (5238)

6 (2857)

8 (40)

8 (40)

042

044

Foi considerado como descritor mais frequumlentemente selecionado aquele que assim o fossepor pelo menos 33 das pacientes de cada grupo em cada subcategoria Os valores entreparecircntesis correspondem agrave porcentagem de pacientes do referido grupo que selecionou taldescritorTeste utilizado divide2 p lt 005 aacute = 5Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

63

Tabela 10 ndashndash Iacutendice do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill

Preemptivo Placebo

Categoria Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

Sensorial (NWC-s) 819 plusmn 038 765 plusmn 050 0449

Afetiva (NWC-af) 371 plusmn 025 375 plusmn 020 0958

Avaliativa (NWC-av) 100 plusmn 0 100 plusmn 0 1

Miscelacircnea (NWC-m) 276 plusmn 018 315 plusmn 021 0155

Total (NWC-t) 1561 plusmn 061 1540 plusmn 084 0937SEM ndashndash erro padratildeo da meacutedia s ndashndash sensorial af ndashndash afetiva av ndashndash avaliativa m ndashndash miscelacircnea e t ndashtotalTeste de Mann-Whitney aacute = 5Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

Tabela 11 ndashndash Relaccedilatildeo do Nuacutemero de Palavras Escolhidas nas categorias sensorial (NWC-s) e afetiva (NWC-af) entre os grupos preemptivo e placebo

Categoria Nuacutemero de pacientes que selecionou

Grupo Sensorial Afetiva S gt Af S = Af Af gt S

Preemptivo 819

(819)

371

(7428)

12 4 5

Placebo 765

(7650)

375

(75)

6 8 6

Nas colunas referentes agrave categoria estatildeo expressos os valores da meacutedia do NWC nas categorias sensoriale afetiva e entre parecircntesis os valores em taxas percentuais que foram assim transformados porquantoessas categorias possuem um nuacutemero diferenciado de subcategorias ndashndash a sensorial conteacutem 10subcategorias e a afetiva 5 ndashndash para que assim fosse possiacutevel uma comparaccedilatildeo entre essas categorias oque eacute recomendado por Veilleux e Melzack (1976)S ndashndash categoria sensorial Af ndashndash categoria afetiva Nas uacuteltimas 3 colunas da tabela estatildeo expressos onuacutemero absoluto de pacientes que selecionou proporcionalmente mais uma categoria do que a outraassim como o daqueles que selecionou de forma semelhante as duas categoriasTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0182)Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

64

Sensorial Afetiva Avaliativa Miscelacircnea Total0

5

10

15

20PreemptivoPlacebo

Categoria

NW

C

Graacutefico 12 Representaccedilatildeo da meacutedia do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e emcada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placeboAs colunas indicam o valor da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos em nenhuma das categorias assim como no iacutendicetotalGrupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

65

A tabela 12 apresenta os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do Iacutendice

Quantitativo da Dor (PRI) Total e em cada categoria do MPQ e o graacutefico 13 ilustra tais

valores Natildeo houve de acordo com o Teste de Mann-Whitney diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos no que se refere ao PRI-t todavia ao analisaacute-lo pelo mesmo

teste separadamente em cada categoria houve diferenccedila estatiacutestica significante na categoria

avaliativa (p = 0019) em que o grupo preemptivo apresentou maior valor

Tabela 12ndashndash Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cada categoria doQuestionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placebo

Preemptivo Placebo

Categoria Meacutedia SEM Meacutedia e SEM p

Sensorial (PRIndashs) 1842 plusmn 092 1875 plusmn 145 0896

Afetiva (PRI-af) 5 plusmn 045 540 plusmn 041 0473

Avaliativa (PRI-av) 3 plusmn 028 205 plusmn 022 0019

Miscelacircnea (PRI-m) 628 plusmn 056 657 plusmn 071 1

Total (PRI-t) 3271 plusmn 163 3245 plusmn 208 0906SEM ndashndash erro padratildeo da meacutedia s ndashndash sensorial af ndashndash afetiva av ndashndash avaliativa m ndashndash miscelacircneae t ndashndash totalTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

66

Sensorial Afetiva Avaliativa Miscelacircnea Total0

7

14

21

28

35PreemptivoPlacebo

Categoria

PRI

Graacutefico 13 Representaccedilatildeo da meacutedia do Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placeboAs colunas indicam as meacutedias e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

67

Das 25 pacientes do grupo preemptivo 12 necessitaram de diclofenaco de soacutedio nas

primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico e das 25 do grupo placebo 15 o

utilizaram A anaacutelise estatiacutestica efetuada por meio do teste do divide2 demonstrou natildeo haver

diferenccedila significante entre os dois grupos pois o valor de p foi igual a 0394 (graacutefico 14)

Avaliou-se o uso dessa droga especificamente nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico haja vista que nesse periacuteodo todas as pacientes tinham em seus prontuaacuterios a

mesma prescriccedilatildeo meacutedica ndashndash diclofenaco de soacutedio como medicaccedilatildeo de resgate e dipirona de

6 em 6 h ndashndash o que natildeo ocorreu na segunda prescriccedilatildeo jaacute que ficava a criteacuterio do meacutedico optar

se seria melhor continuar com a mesma prescriccedilatildeo ou mudaacute-la (mas sempre utilizando as

mesmas duas drogas)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25UsouNatildeo usou

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 14 Representaccedilatildeo do consumo de diclofenaco de soacutedio pelas pacientes nas primeiras16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesicoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0394)

68

Daquelas do grupo preemptivo em que foi administrado o diclofenaco de soacutedio nesse

periacuteodo o intervalo meacutedio para tal foi de 48750 plusmn 5344 min e das do grupo placebo 47010

plusmn 4619 min natildeo havendo diferenccedila significante quanto a este tempo (p = 0807) de acordo

com o teste t de Student para amostras natildeo pareadas (graacutefico 15) O menor e maior tempo

para tal administraccedilatildeo foram respectivamente iguais a 224 min e 805 min (grupo

preemptivo) e 25 min e 840 min (grupo placebo)

Preemptivo Placebo0

250

500

750

1000

Tem

po(m

in)

Graacutefico 15 Representaccedilatildeo dos intervalos desde a induccedilatildeo do bloqueioanesteacutesico ateacute a solicitaccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio nas pacientes queassim a fizeram nas primeiras 16 horas apoacutes tal induccedilatildeoA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0807)Grupo preemptivo (n = 12) e grupo placebo (n = 15)

69

Em se tratando do consumo de diclofenaco de soacutedio (graacutefico 16) e de dipirona

(graacutefico 17) desde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar que

ocorreu em todas as pacientes no turno da manhatilde no 2deg dia poacutes-operatoacuterio natildeo houve de

acordo com o teste de Mann-Whitney diferenccedila significante entre os grupos

Preemptivo Placebo0

1

2

3

Ndeg

deve

zes

que

cons

umiu

dicl

ofen

aco

(75

mg)

Graacutefico 16 Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram diclofenacodesde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalarA barra indica o valor da medianaO diclofenaco de soacutedio foi administrado via intra-muscularA alta hospitalar ocorreu no 2deg dia poacutes-operatoacuterio no turno da manhatildeTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0260)

70

Preemptivo Placebo0

1

2

3

4

5

6

7N

degde

veze

squ

eco

nsum

iudi

piro

na(1

g)

Graacutefico 17 Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram dipironadesde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da altahospitalarA barra indica o valor da medianaA alta hospitalar ocorreu no 2deg dia poacutes-operatoacuterio no turno da manhatildeA dipirona foi administrada via intra-venosaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0788)

71

Foi tambeacutem analisada a ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes

em algum momento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio Das 25 pacientes do grupo preemptivo 10

relataram dor nessa regiatildeo e das pacientes do outro grupo um total de 8 relataram a

ocorrecircncia de tal dor Essa diferenccedila natildeo foi estatisticamente significante (p = 0555) segundo

o teste do divide2 (graacutefico 18)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25SimNatildeo

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 18 Ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes em algum momento doperiacuteodo poacutes-operatoacuterio durante a internaccedilatildeo hospitalarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0555)

72

O uso de metoclopramida foi avaliado durante todo o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar Cinco pacientes do grupo preemptivo fizeram uso de tal droga enquanto 8 do

grupo placebo a consumiram natildeo havendo diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p

= 0333) fato verificado pelo teste do divide2 (graacutefico 19)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25UsouNatildeo usou

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 19 Uso de metoclopramida pelas pacientes durante o periacuteodo de internaccedilatildeohospitalarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0333)

73

Os 2 graacuteficos seguintes estatildeo relacionados ao questionaacuterio que foi aplicado no

momento da alta hospitalar Devido ao fato de o mesmo ter sido elaborado no decorrer da

coleta de dados natildeo foi aplicado em toda a amostra restringindo-se a 19 pacientes do grupo

preemptivo e a 17 do placebo Em relaccedilatildeo agrave aplicaccedilatildeo da TENS no grupo preemptivo

2631 das pacientes disseram que esta natildeo incomodou 5789 que a mesma incomodou

um pouco e 1578 que incomodou razoavelmente No grupo placebo 8824 relataram que

natildeo incomodou e 1176 que incomodou um pouco (graacutefico 20) Logo houve diferenccedila

estatiacutestica significante entre os grupos de acordo com o teste do divide2 (p = 00008) No grupo

preemptivo 9473 das pacientes relataram que em uma proacutexima cirurgia iriam preferir

usar a TENS e os medicamentos analgeacutesicos para o tratamento de suas dores enquanto

apenas 526 fizeram a assertiva de que gostariam de usar apenas a TENS Das do outro

grupo 7647 gostariam de usar os dois recursos e 2352 apenas os medicamentos (graacutefico

21) fato que natildeo evidencia segundo o teste do divide2 (p = 0057) diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos

Preemptivo Placebo0

5

10

15Natildeo incomodouIncomodou um poucoIncomodou razoavelmenteIncomodou muito

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 20 A aplicaccedilatildeo da TENSTeste do divide2 aacute = 5Houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p = 00008)Grupo preemptivo (n = 19) e grupo placebo (n = 17)

74

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20Somente a TENSSomente os medicamentosA TENS e os medicamentos

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 21 Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dor poacutes-operatoacuteria usarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos(p = 0057)Grupo preemptivo (n = 19) e grupo placebo (n = 17)

75

DISCUSSAtildeO

76

5 DISCUSSAtildeO

51 Dados Demograacuteficos e Cliacutenicos

A relevacircncia da homogeneidade entre os grupos dos dados referentes agrave idade

contidos na tabela 1 consiste em evitar a possibilidade de a diferenccedila de idade ter

influenciado ndashndash dada a divergecircncia de opiniotildees entre diversos autores ndashndash no relato da

experiecircncia dolorosa pelas pacientes Para Wilkieson et al (1993) a intensidade de dor

obtida a partir do uso de escalas unidimensionais aumenta com o avanccedilar da idade para

Turk Okifuji e Scharff (1995) diminui e para Gagliesi e Melzack (2003) e Sorkin et al

(1990) natildeo sofre influecircncia Em se tratando do MPQ Benbow Cossins e Wiles (1996)

verificaram que os iacutendices obtidos a partir desse questionaacuterio eram menores em idosos do que

em jovens entretanto Lichtenberg Swensen e Skehan (1986) natildeo observaram tal diferenccedila

Gagliesi e Melzack (1997) sugerem que as diferenccedilas observadas com a idade podem ser

dependentes do tipo de escala utilizada e o fato de a maioria das escalas terem sido validadas

em amostras de pacientes jovens pode tambeacutem influenciar

Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos quanto ao IMC poreacutem trecircs

pacientes do grupo preemptivo pertenciam agrave categoria de obesidade grau I e duas obesidade

grau II dados contidos na tabela 2 Como em pacientes obesos haacute maior impedacircncia para a

passagem da corrente eleacutetrica dada a maior espessura da camada de gordura ndashndash que tem

menor conteuacutedo de aacutegua ndashndash isso poderia talvez influenciar no efeito da TENS (STARKEY

2001)

A semelhanccedila quanto ao niacutevel de escolaridade dos grupos presente na tabela 3 eacute

relevante pois marcantes diferenccedilas poderiam influenciar na compreensatildeo das escalas e

questionaacuterios utilizados

77

Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante quanto ao diagnoacutestico cliacutenico das

pacientes como pocircde ser observado na tabela 4 A relevacircncia desse dado reside no proacuteprio

conceito de dor que foi elaborado pelo comitecirc de taxonomia da International Association for

the Study of Pain (IASP ndashndash Associaccedilatildeo Internacional para o Estudo da Dor) em 1986 que a

define como ldquoexperiecircncia sensorial e emocional desagradaacutevel associada ou descrita em termos

de lesatildeo tecidual real ou potencialrdquo Caso houvesse diferenccedila quanto ao diagnoacutestico isso

poderia influenciar talvez no relato de dor das pacientes dada suas diferentes experiecircncias

preacutevias e desiguais periacuteodos em que vinham sofrendo devido agrave dor (BISSCHOP G

BISSCHOP Eacute COMMANDREacute 2001 KONRAD CORDEIRO COELI 2001 PIMENTA

TEIXEIRA 1997 p 1 SPOacuteSITO 1993)

Seguindo a mesma linha de raciociacutenio eacute que se deu destaque ao tempo em que as

pacientes relataram estar sentindo dor em decorrecircncia da doenccedila da vesiacutecula biliar ndashndash

ilustrado no graacutefico 5 O fato de uma paciente vg estar se queixando de dor haacute mais de 2

anos e uma outra nunca ter tido tal queixa poderia influenciar na percepccedilatildeo da dor todavia a

anaacutelise estatiacutestica possibilitou a verificaccedilatildeo de uma amostra homogecircnea em relaccedilatildeo a esse

tempo

Diferenccedilas significantes no escore do estado fiacutesico determinado pela ASA podem

influenciar na percepccedilatildeo da dor vg pela presenccedila de doenccedilas associadas que natildeo estejam

sob controle Logo o estabelecimento como criteacuterio de inclusatildeo de pacientes que

pertencessem somente aos iacutendices I e II associado agrave ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos minimizou a possibilidade de influecircncia na percepccedilatildeo dolorosa

(graacutefico 6)

Em se tratando do preacutevio uso de analgeacutesicos para o tratamento da dor decorrente da

doenccedila da vesiacutecula ou de outras doenccedilas crocircnicas como pocircde ser observado no graacutefico 7 a

ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica significante mostrou ser homogecircnea a amostra quanto ao uso

78

desse tipo de droga e a anaacutelise sobre o tempo em que as pacientes se queixavam de dor

tambeacutem natildeo mostrou diferenccedila significante (graacutefico 5) o que diminui a possibilidade de as

pacientes terem vivenciado grandes diferenccedilas em relaccedilatildeo agraves suas experiecircncias dolorosas

Tambeacutem natildeo houve diferenccedila significante quanto ao periacuteodo desde o teacutermino da

aplicaccedilatildeo da TENS ateacute a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico dados contidos no graacutefico 8 A

atenccedilatildeo despendida a esse tempo foi dada em virtude da preocupaccedilatildeo de poder haver grande

diferenccedila no tempo entre as aplicaccedilotildees da TENS o que poderia influenciar na concentraccedilatildeo

de opioacuteides endoacutegenos nos momentos de averiguaccedilatildeo da intensidade de dor sendo um

consideraacutevel vieacutes

O fato de as cirurgias terem duraccedilatildeo semelhante (graacutefico 9) e natildeo ter havido

complicaccedilatildeo em nenhum procedimento pode estar eliminando a possibilidade de estas

intercorrecircncias influenciarem na transduccedilatildeo do estiacutemulo doloroso ndashndash e consequumlentemente nas

outras etapas da dor ndashndash dado o maior tempo de manipulaccedilatildeo da aacuterea ciruacutergica

79

52 Anaacutelise da Dor pela Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

De acordo com Pimenta Cruz e Santos (1998) os instrumentos para mensuraccedilatildeo da

dor podem ser de dois tipos unidimensionais que consideram apenas uma uacutenica dimensatildeo da

dor e multidimensionais que a mensuram considerando duas ou mais dimensotildees

Para Buxton (2001) Pereira e Sousa (1998) Pimenta Cruz e Santos (1998) e Vetter

e Heiner (1996) essa escala eacute uma das mais utilizadas em pesquisas cliacutenicas e na praacutetica

meacutedica diaacuteria tanto pela praticidade de manuseio quanto pela facilidade de compreensatildeo por

parte do paciente podendo ser utilizada vaacuterias vezes ao dia Moiniche Kehlet e Dahl (2002) e

Ong et al (2005) em seus artigos de revisatildeo sobre analgesia preemptiva a indicam como o

instrumento mais frequumlentemente empregado para a mensuraccedilatildeo da intensidade de dor

(CAMERON 1999 GRIEVE 1986 HAMZA et al 1999 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO

BRASIL 2001 PIMENTA CRUZ SANTOS 1998 PIMENTA TEIXEIRA 1997

ROBINSON 2001)

Segundo Huskisson (1983) escalas que aumentam os valores da esquerda para a

direita se comportam de forma similar agraves que o fazem ao contraacuterio o que justifica o uso da

escala da figura 4 A escolha dessa escala ao inveacutes da analoacutegica visual (VAS) deu-se por

exigir menor abstraccedilatildeo por parte das pacientes sendo mais faacutecil de ser compreendida uma

vez que Gagliesi e Melzack (1997) observaram que cerca de 30 dos pacientes idosos natildeo

conseguem compreender a VAS Para Ketovuori e Poumlntinen (1981) muitos pacientes satildeo

incapazes de imaginar a sua dor como um ponto em uma linha reta

O grupo preemptivo apresentou meacutedia de intensidade de dor incisional mais baixa

que o placebo ndashndash agrave exceccedilatildeo da primeira observaccedilatildeo ndashndash sendo essa diferenccedila estatisticamente

significante nas terceira (ENDc) e quarta (ENDd) verificaccedilotildees que se procederam

respectivamente 4frac12 h e 5frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico e cujos valores de p

80

foram iguais a 0042 e 0029 Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos na primeira

(ENDa) segunda (ENDb) quinta (ENDe) sexta (ENDf) seacutetima (ENDg) e oitava (ENDh)

averiguaccedilotildees que corresponderam a 2frac12 h 3frac12 h 7 h 8 h e 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico e momento da alta hospitalar respectivamente Nessas coletas os valores de p

foram respectivamente iguais a 0756 0171 0068 0135 0497 e 0145 Todos esses dados

estatildeo contidos na tabela 5

Nas 2 primeiras averiguaccedilotildees da intensidade de dor pela END verificou-se

pequenos niacuteveis aacutelgicos em ambos os grupos fato que ocorreu devido agrave accedilatildeo das drogas

anesteacutesicas ndashndash cloridrato de bupivacaiacutena (05) e fentanil (2 ml) ndashndash utilizadas para a

realizaccedilatildeo dos procedimentos ciruacutergicos e que quando associadas proporcionam

potencializaccedilatildeo do efeito analgeacutesico no poacutes-operatoacuterio De acordo com Dierking et al (1992)

Pontes e Prado (2002) e Prado e Oliveira (2000) o bloqueio anesteacutesico ocasiona depleccedilatildeo da

sensaccedilatildeo dolorosa o que justifica esses diminutos niacuteveis aacutelgicos nessas coletas

A conjunccedilatildeo do anesteacutesico ao opioacuteide eacute recomendada por Castillo [1999] que

observou por meio da VAS menores iacutendices de dor nos pacientes que fizeram uso conjugado

dessas duas drogas em comparaccedilatildeo agravequeles em que somente fora administrado o cloridrato de

bupivacaiacutena Aleacutem da diminuiccedilatildeo do quadro aacutelgico a sua associaccedilatildeo possibilita menor

administraccedilatildeo de anesteacutesicos melhor qualidade anesteacutesica no intra-operatoacuterio e reduccedilatildeo da

necessidade do uso de faacutermacos analgeacutesicos no periacuteodo poacutes-operatoacuterio

Agrave medida que houve um distanciamento em relaccedilatildeo ao horaacuterio da induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico as drogas utilizadas para a realizaccedilatildeo do ato ciruacutergico comeccedilaram a

diminuir seu poder de accedilatildeo O cloridrato de bupivacaiacutena ndashndash anesteacutesico ndashndash tem uma meia-vida

de aproximadamente 3 horas e o seu efeito perdura por cerca de 4 a 5 h (RANG DALE

1993)

81

Assim o cloridrato de bupivacaiacutena em associaccedilatildeo ao fentanil contribuiu para que

natildeo houvesse diferenccedila significante entre os niacuteveis de dor incisional nas 2 primeiras coletas o

que estaacute em concordacircncia com outra pesquisa jaacute realizada pelo nosso grupo em

colecistectomias por laparotomia em que Santos et al (2004) com a mesma padronizaccedilatildeo de

drogas e horaacuterios de averiguaccedilatildeo dos niacuteveis de dor natildeo observaram tal diferenccedila nesses

momentos entre os grupos experimental ndashndash que fazia uso da TENS de alta e baixa

frequumlecircncias somente no poacutes-operatoacuterio ndashndash e placebo

Isso estaacute em concordacircncia tambeacutem com Ke et al (1998) que nas primeiras 4 h apoacutes

a realizaccedilatildeo de laparotomias natildeo verificaram diferenccedila significante nos niacuteveis aacutelgicos entre os

grupos de pacientes que foram utilizados para a anaacutelise do efeito analgeacutesico preemptivo do

cloridrato de bupivacaiacutena quando aplicado pelo meacutetodo de infiltraccedilatildeo incisional

A meacutedia de intensidade de dor do grupo preemptivo foi a partir da ENDb inferior agrave

do placebo Tal fato pode ter ocorrido devido agrave preacutevia aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia que pode ter estimulado a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos potencializando a

analgesia no periacuteodo poacutes-operatoacuterio ao ativar o sistema descendente de controle da dor O

fato de isso natildeo ter ocorrido na primeira investigaccedilatildeo deve ser atribuiacutedo agrave accedilatildeo das drogas

anesteacutesicas ndashndash como jaacute citado anteriormente Ademais ao analisar a diferenccedila estatiacutestica entre

os dois grupos nessa coleta percebe-se que esse foi o momento em que houve a menor

diferenccedila estatiacutestica pois o valor de p foi igual a 0756 e as meacutedias de 084 plusmn 034 e 072 plusmn

029 nos grupos preemptivo e placebo respectivamente

Quando ocorreu a transiccedilatildeo entre a segunda (ENDb) e terceira (ENDc) verificaccedilotildees

o efeito do cloridrato de bupivacaiacutena possivelmente jaacute estava cessando o que explicou o

aumento mais acentuado do niacutevel de dor no grupo placebo jaacute que provavelmente somente o

fentanil estava agindo contudo essa grande elevaccedilatildeo natildeo foi observada no grupo preemptivo

o que permite a assertiva de que tenha havido talvez uma potencializaccedilatildeo do efeito

82

analgeacutesico pela associaccedilatildeo do fentanil agrave TENS de baixa frequumlecircncia ndashndash que estimula a

liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos tanto em niacutevel espinhal quanto supra-espinhal ndashndash

aumentando assim ainda mais as concentraccedilotildees de opioacuteides As terceira (ENDc) e quarta

(ENDd) verificaccedilotildees foram justamente os momentos em que houve diferenccedila estatiacutestica

significante entre os dois grupos pois as meacutedias de intensidade de dor foram respectivamente

iguais a 202 plusmn 053 e 278 plusmn 056 no grupo preemptivo e 384 plusmn 066 e 48 plusmn 067 no

placebo sendo os valores de p iguais a 0042 e 0029 respectivamente

A quinta verificaccedilatildeo (ENDe) foi o momento em que embora natildeo tenha havido

diferenccedila estatiacutestica significante os valores se aproximaram bastante de tal possibilidade

visto que o valor de p lt 01 A relevacircncia desse momento consiste em ser o ponto a partir do

qual a diferenccedila entre os niacuteveis de dor dos grupos diminui progressivamente ateacute a seacutetima

observaccedilatildeo (ENDg) Isso incita a assertiva de que o efeito da TENS aplicada como meacutetodo

analgeacutesico preemptivo possivelmente seria mais evidente nas primeiras horas apoacutes o

bloqueio anesteacutesico e seria interessante realizar aplicaccedilotildees da TENS tambeacutem no periacuteodo

poacutes-operatoacuterio para a obtenccedilatildeo de um melhor efeito analgeacutesico tendo como base os dados

da pesquisa de Santos et al (2004) Alguns autores sugerem que o efeito da TENS poder-se-

ia estender por 2 a 6 h dependendo das atividades de vida diaacuteria posturas e niacuteveis de dor

contudo outros relatam um efeito ainda mais duradouro (CREacutePON 1996 DAMIANE C

DAMIANE G 1998 SALGADO 1999)

Esses achados estatildeo em concordacircncia com a maioria dos estudos os quais revelam

que a analgesia preemptiva ocorreria nas 6 primeiras horas poacutes-ciruacutergicas apesar de algumas

pesquisas sugerirem que ela promoveria um longo tempo de analgesia que poderia perdurar

por ateacute 7 a 10 dias poacutes-operatoacuterios (BRIDENBAUGH 1994 ROSAEG et al 2001)

83

O niacutevel aacutelgico mais elevado do grupo placebo ocorreu na sexta (ENDf) investigaccedilatildeo

com meacutedia igual a 488 plusmn 066 Jaacute no grupo preemptivo o maior iacutendice de dor foi observado

na seacutetima verificaccedilatildeo (ENDg) cuja meacutedia foi igual a 356 plusmn 061 Esses dados sugerem que a

TENS possa talvez ter aumentando o periacuteodo de latecircncia da dor

Apoacutes o efeito das drogas anesteacutesicas em ambos os grupos a menor meacutedia de

intensidade de dor ocorreu na uacuteltima coleta (ENDh) sendo de 096 plusmn 033 para o preemptivo

e 176 plusmn 042 para o placebo Isso demonstra que ao passo em que o processo inflamatoacuterio

decorrente do trauma ciruacutergico vai diminuindo haacute consequumlentemente reduccedilatildeo dos niacuteveis

aacutelgicos e que os maiores niacuteveis de dor do grupo placebo em relaccedilatildeo ao preemptivo podem ter

sido responsaacuteveis por promoverem maior memorizaccedilatildeo da dor contribuindo assim para que

mesmo 2 dias apoacutes a operaccedilatildeo as pacientes do grupo placebo ainda exibissem um maior

quadro aacutelgico embora natildeo diferente sob o ponto de vista estatiacutestico Logo a eletroanalgesia

preemptiva pode tambeacutem estar influenciando na qualidade de remissatildeo da dor

Ao conjuminar esses dados podemos inferir que o grupo preemptivo em todos os

momentos de anaacutelise da intensidade de dor apresentou niacuteveis leves ao passo que o placebo

chegou a atingir niacuteveis moderados em 3 verificaccedilotildees (ENDd ENDe ENDf) Isso demonstra

que as pacientes do grupo placebo natildeo obtiveram analgesia tatildeo satisfatoacuteria quanto as do outro

grupo Eacute importante ressaltar que a colecistectomia por laparotomia gera um niacutevel de dor

severo no poacutes-operatoacuterio e que esse soacute natildeo deve ter sido atingido em nenhum dos grupos

porque a dipirona ndashndash antiinflamatoacuterio natildeo-esteroidal ndashndash estava sendo administrada de 6 em 6

horas

No graacutefico 10 eacute possiacutevel perceber que houve no grupo preemptivo uma ascensatildeo

do niacutevel de dor menos iacutengreme que a do placebo nas primeiras coletas Esse achado parece

estar em concordacircncia com a proposta de Melo e Santana Filho (2003) de aplicar a TENS em

periacuteodo preacute-operatoacuterio para minimizar os picos aacutelgicos no poacutes-operatoacuterio de hernioplastias

84

inguinais pois apesar de eles terem obtido satisfatoacuteria analgesia com o seu uso no poacutes-

operatoacuterio verificaram que havia picos dolorosos assim que ocorria o teacutermino do efeito

anesteacutesico e que os mesmos poderiam talvez serem atenuados com a aplicaccedilatildeo da TENS

antes do ato ciruacutergico

Essa atenuaccedilatildeo do pico aacutelgico obtida com a aplicaccedilatildeo da TENS jaacute no periacuteodo preacute-

operatoacuterio pode ser realmente observada ao confrontamos os nossos resultados com os de

Santos et al (2004) ndashndash trabalho jaacute citado anteriormente ndashndash tendo em vista que percebemos

que nas quinta e sexta coletas as meacutedias de intensidade de dor do grupo preemptivo

[pertencente ao nosso trabalho] foram inferiores agraves do experimental [pertencente agrave pesquisa

de Santos et al (2004)] que tiveram valores de 379 plusmn 284 e 370 plusmn 329 respectivamente o

que pode ter decorrido do fato de a TENS ter promovido um efeito anti-nociceptivo Mariano

e Ben (1998) obtiveram resultados satisfatoacuterios tambeacutem com a aplicaccedilatildeo da TENS no poacutes-

operatoacuterio de colecistectomias no entanto natildeo podemos comparar diretamente os resultados

devido agraves diferenccedilas de meacutetodos empregados

Natildeo estatildeo expressas na literatura pesquisada publicaccedilotildees sobre analgesia

preemptiva induzida pela TENS em humanos apenas trabalhos com a utilizaccedilatildeo de drogas e

eletroacupuntura com esse propoacutesito e que tiveram iniacutecio principalmente a partir da deacutecada

passada Dessa forma a nossa discussatildeo seraacute sempre cotejada agraves pesquisas envolvendo esses

dois recursos de forma preemptiva tal como trabalhos que empregaram a TENS no poacutes-

operatoacuterio

Apenas um trabalho realizado por Javier et al (1999) sobre o uso da TENS como

recurso analgeacutesico preemptivo foi encontrado na literatura pesquisada entretanto foi

procedido em ratos Eles observaram que a TENS mormente em sua modalidade de baixa

frequumlecircncia proporcionou efeito anti-nociceptivo em procedimentos ciruacutergicos realizados

nesses animais o que corrobora nossos achados Mesmo sendo aplicados a espeacutecies

85

diferentes o trabalho de Javier et al (1999) e o nosso estatildeo em concordacircncia pois ambos

obtiveram analgesia preemptiva com a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia

Muito embora tenha sido empregado meacutetodo diferenciado analgesia preemptiva

tambeacutem foi obtida por Kotani et al (2001) com o uso da eletroacupuntura antes de cirurgias

abdominais altas e baixas sendo verificados pela VAS menores niacuteveis de dor nos pacientes

em que foi aplicada a eletroestimulaccedilatildeo em relaccedilatildeo aos do grupo controle ndashndash natildeo submetidos

agrave corrente eleacutetrica

A grande importacircncia em confrontar os resultados da nossa pesquisa com os de

Kotani et al (2001) baseia-se no similar mecanismo de accedilatildeo da eletroacupuntura e da TENS

de baixa frequumlecircncia que se daria pelo aumento dos niacuteveis de opioacuteides endoacutegenos que agiriam

ambos em receptores micro-opioacuteides (CHEN HAN 1992 HAN et al 1986) Contudo Zhou e

Xi (1986) observaram em coelhos que a naloxona antagonizou parcialmente o efeito da

eletroacupuntura mas natildeo o da TENS de baixa frequumlecircncia

A administraccedilatildeo de faacutermacos analgeacutesicos em periacuteodo preacute-operatoacuterio proporcionou

bons resultados na diminuiccedilatildeo do quadro aacutelgico em algumas pesquisas vg Pontes e Prado

(2002) analisando o uso do cetoprofeno antes da realizaccedilatildeo de incisotildees plantares em ratos

verificaram satisfatoacuterio efeito anti-nociceptivo dessa droga Ke et al (1998) observaram ndashndash

em laparotomias ndashndash menor iacutendice de dor (mensurado pelo MPQ) no grupo de pacientes em

que a bupivacaiacutena fora administrada antes da cirurgia quando comparado ao dos outros dois

grupos pacientes em que ela foi administrada apoacutes a cirurgia e aqueles que receberam apenas

soluccedilatildeo salina Diversos outros autores tambeacutem relatam sobre os bons resultados obtidos com

a analgesia preemptiva (AIDA et al 1999 GOTTSCHALK OCHROCH 2003 KE

PORTERA LINCOLN 1998 LEE I-H LEE I-O 2005 WALL 1988) Na revisatildeo

sistemaacutetica de Ong et al (2005) analisando 66 artigos a analgesia peridural com opioacuteides

destacou-se por ser a teacutecnica mais eficiente para promover analgesia preemptiva conclusatildeo

86

tambeacutem obtida por Moiniche Kehlet e Dahl (2002)

Na literatura existem pesquisas principalmente com a utilizaccedilatildeo de faacutermacos em

que natildeo se obteve analgesia preemptiva Pontes e Prado (2002) eg natildeo promoveram

analgesia preemptiva com o uso de dipirona morfina e diclofenaco antes da realizaccedilatildeo de

incisotildees plantares em ratos e de acordo com esses autores em outra pesquisa a infiltraccedilatildeo

preacute-ciruacutergica de anesteacutesico local natildeo exerceu influecircncia nos niacuteveis aacutelgicos nem de pacientes

submetidos a colecistectomias nem herniorrafias Assim como esses muitos outros estudos

tambeacutem obtiveram resultados negativos e naqueles em que foi observada analgesia

preemptiva a mesma ocorreu em pequena magnitude (KISSIN 1994 2000 2002

MAESTRONI et al 2002 ONG et al 2005 SINATRA 2002 WOOLF CHONG 1993)

Entretanto os bons resultados jaacute obtidos tanto cliacutenicos quanto experimentais satildeo

provavelmente suficientes para indicar que a analgesia preemptiva eacute um fenocircmeno vaacutelido e

que um maior efeito poderaacute ser obtido com o desenvolvimento de novas e mais especiacuteficas

teacutecnicas (KISSIN 2000 2002)

As pesquisas tecircm restringido o uso da TENS em humanos apenas ao periacuteodo poacutes-

ciruacutergico Os resultados na sua grande maioria tecircm demonstrado gratificante aliacutevio do

quadro aacutelgico sobretudo naqueles procedimentos em que a dor gerada tem intensidade de

leve a moderada

Guerra et al (2003) verificaram menores niacuteveis aacutelgicos por meio da END nos

pacientes que foram submetidos agrave aplicaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia

inguinal em relaccedilatildeo aos que natildeo o foram assim como Chiu et al (1999) em

hemorroidectomias Chen et al (1998) em histerectomia abdominal total e miomectomia

Carrol et al (1996) em 786 pacientes submetidos a diversos procedimentos ciruacutergicos Castro

e Carlos (1986) em laparotomias com 22 de reduccedilatildeo da queixa de dor sendo os melhores

resultados obtidos nas histerectomias e os piores nas gastrectomias o que pode ser atribuiacutedo

87

talvez ao fato de a gastrectomia ser um procedimento ciruacutergico abdominal alto e ocasionar

entatildeo maiores niacuteveis de dor

Os nossos resultados natildeo podem ser diretamente confrontados aos dessas pesquisas

tendo em vista o grande nuacutemero de variaacuteveis existentes destacando-se o diferente modelo de

dor que cada procedimento ciruacutergico ocasiona e o fato de a TENS ter sido empregada sempre

apoacutes as cirurgias O que se pode e deve ser discutido eacute que talvez os resultados das pesquisas

em que a TENS foi bem sucedida como recurso analgeacutesico pudessem ser ainda melhores caso

a tivessem empregado tambeacutem antes das cirurgias e os das que natildeo obtiveram sucesso com a

TENS pudessem ter tido com essa preacutevia aplicaccedilatildeo pois as respostas analgeacutesicas poderiam

ser potencializadas

A maior concentraccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos apoacutes a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia eacute relatada por diversos autores (JOHNSON ASHTON THOMPSOM 1991

MERKEL GUSTEIN MALVIYA 1999 SLUKA WALSH 2003 THOMSON SKINNER

PIERCY 1994 TOYOTA STATAKE AMAKI 1999) Eriksson Sjolund e Neilzen (1979)

e Salar Job e Mingrino (1981) demonstraram um aumento da concentraccedilatildeo de opioacuteides no

liquor lombar apoacutes a TENS De acordo com Starkey (2001) essa modalidade de corrente

eleacutetrica estimularia a glacircndula hipoacutefise a liberar ACTH e acirc-lipotropina (moleacutecula precursora

da acirc-endorfina) na corrente sanguumliacutenea Crielaard et al ([sd] apud TRIBIOLI 2003)

observaram amento de 22 da taxa de acirc-endorfina apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia com intensidade elevada a ponto de produzir contraccedilatildeo muscular ritmada na

regiatildeo lombar de pacientes Entretanto OacuteBrien et al (1984 apud TRIBIOLI 2003) natildeo

verificaram incremento dos niacuteveis de acirc-endorfina no sangue apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS ndashndash tanto

de baixa frequumlecircncia (2 Hz) quanto de alta (80 Hz)

88

Chandran e Sluka (2003) observaram assim como Chen e Han (1992) Kalra Urban

e Sluka (2001) King e Sluka (2001) Sluka et al (1999) e Sluka et al (2000) que a TENS de

baixa frequumlecircncia estimulava a liberaccedilatildeo de opioacuteides que agiam sobre os receptores micro

localizados tanto em niacutevel espinhal (micro2) quanto supra-espinhal (micro1) fato ratificado por Han

et al (1991) que observaram que a endomorfina-1 ligante opiacuteoacuteide para os receptores micro-

opioacuteides mediava o efeito dessa modalidade de TENS Em alguns desses estudos concluiu-

se que a accedilatildeo da TENS se dava sobre esse tipo de receptor ao conseguir inibir o seu efeito

pela preacutevia administraccedilatildeo de baixas doses de naloxona ndashndash antagonista desses receptores

Hansson et al (1986) Lundeberg Bondesson e Lundstron (1985) e Olausson et al (1986)

verificaram que a TENS de baixa frequumlecircncia natildeo foi eficiente na reduccedilatildeo da dor nos pacientes

em que foi previamente administrada a naloxona

Apesar de a maioria dos autores apontar a accedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia como

sendo sobre os receptores micro-opioacuteides Chen e Han (1992) observaram que ela tambeacutem agiria

sobre os receptores auml-opioacuteides Outros autores como Han et al (1991) e Hughes et al

(1984) tambeacutem relataram sobre um aumento da concentraccedilatildeo de acirc-endorfina na circulaccedilatildeo

sanguumliacutenea de indiviacuteduos saudaacuteveis apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de baixa ou alta frequumlecircncias e

no liquor lombar concentraccedilotildees elevadas de metionina-encefalina (agonista auml-opioacuteide) e

dinorfina A (agonista ecirc-opioacuteide) apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de alta e baixa frequumlecircncia

respectivamente Para Basford (1994) seria mais evidente a liberaccedilatildeo de opioacuteides com a

aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia

Algumas controveacutersias quanto ao uso da TENS ainda persistem a) se haveria

liberaccedilatildeo de outras substacircncias capazes de modular a dor b) se sujeitos com e sem dor

diferem na resposta agrave estimulaccedilatildeo c) e caso sejam liberados neurotransmissores para a

modulaccedilatildeo da dor quais seriam os paracircmetros de estimulaccedilatildeo mais efetivos para tal

(BASFORD 1994)

89

A eletroanalgesia preemptiva pode ter sido obtida nessa pesquisa por meio da

inibiccedilatildeo pela TENS da hipersensibilidade central o que estaacute em concordacircncia com a

assertiva de King e Sluka (2001) e Sluka (2000) de que a TENS de baixa frequumlecircncia reduz

significantemente a hiperalgesia secundaacuteria poreacutem natildeo tem efeito sobre a primaacuteria

90

53 Anaacutelise da Satisfaccedilatildeo das Pacientes com o Tratamento

No grupo preemptivo a meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que

estava sendo realizado obtida a partir dos dados coletados com o uso da Escala de Satisfaccedilatildeo

do Paciente (ESP) foi sempre superior agrave do placebo em todos os momentos de coleta

entretanto natildeo houve em nenhuma das verificaccedilotildees diferenccedila estatiacutestica significante entre os

grupos como pocircde ser evidenciado na tabela 6 O intuito de aplicar tal escala foi tentar

observar se haveria um grau de satisfaccedilatildeo significantemente mais elevado no grupo

preemptivo em relaccedilatildeo ao placebo tendo em vista o papel da dor como fator de grande

influecircncia na qualidade do tratamento poacutes-operatoacuterio Poreacutem isso natildeo ocorreu nem na ESPd

verificaccedilatildeo que coincidia com o horaacuterio da ENDd em que houve niacutevel de dor

significantemente menor no grupo preemptivo

Rosaeg et al (2001) relatam sobre a ausecircncia de correlaccedilatildeo entre a analgesia

preemptiva e o grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes Isso ocorreria porquanto diversos fatores

aleacutem da dor poacutes-operatoacuteria contribuem para determinar o grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes

Nos dois grupos os niacuteveis de satisfaccedilatildeo sempre se mostraram bastante elevados Levando-se

em consideraccedilatildeo que todas as pacientes que participaram da presente pesquisa foram

assistidas pelo SUS e que comumente ndashndash ateacute por fatores culturais ndashndash estatildeo mais habituadas a

um ldquofriordquo relacionamento profissional de sauacutede-paciente esse alto grau de satisfaccedilatildeo talvez

possa ter sido atribuiacutedo agrave intensa assistecircncia dada aos dois grupos decircs o periacuteodo preacute-ciruacutergico

em que foram fornecidas informaccedilotildees a respeito da cirurgia que seria realizada da dor

incisional ndashndash e porventura visceral ndashndash do tratamento proposto dos meacutetodos de mensuraccedilatildeo

da dor bem assim orientaccedilotildees para que as mesmas evitassem falar apoacutes a cirurgia porque natildeo

se acumulassem gases ateacute o momento da alta hospitalar com os questionamentos sobre os

niacuteveis aacutelgicos Aleacutem disso as pacientes podem ter se sentido constrangidas ou terem

91

apresentado receio em relatar sobre a sua real satisfaccedilatildeo podendo supor que isso viria a

influenciar nos cuidados que a equipe meacutedica estaria despendendo para as mesmas

(BARROS 2001 JACHUCK 1982)

Caso tivesse sido realizada a coleta da ESP em todos os horaacuterios da END talvez fosse

possiacutevel observar diferenccedila significante entre os grupos em algum momento Entanto

preferiu-se realizar 5 averiguaccedilotildees da ESP aos inveacutes de 8 com o intuito de natildeo somente

abordar as pacientes um menor nuacutemero de vezes perturbando-as dessa forma um pouco

menos como tambeacutem minimizar a possibilidade de elas confundirem as duas escalas logo

que ambas satildeo constituiacutedas de nuacutemeros embora uma seja aplicada por meio de uma reacutegua e a

outra de forma verbal o que em princiacutepio diminuiria a possibilidade de confusatildeo

Em ambos os grupos a coleta em que houve a maior meacutedia de satisfaccedilatildeo com o

tratamento foi a uacuteltima sendo os valores nos grupos preemptivo e placebo respectivamente

de 992 plusmn 005 e 933 plusmn 035 Esses dados ao serem confrontados com os da END nesse

horaacuterio de coleta mostram que o maior grau de satisfaccedilatildeo apoacutes o pico aacutelgico deu-se

justamente no momento em que as pacientes estavam sentido uma menor intensidade de dor

Diferentemente dos nossos achados o uso da TENS no poacutes-operatoacuterio de

hernioplastia inguinal promoveu meacutedias de satisfaccedilatildeo com o tratamento ndashndash tambeacutem

mensurada pela ESP ndashndash significantemente superiores agraves do grupo placebo (MELO

SANTANA FILHO 2003)

Em pesquisa realizada por Hamza et al (1999) em cirurgias abdominais baixas

observou-se tambeacutem maior satisfaccedilatildeo por parte dos pacientes que usaram a TENS de baixa

frequumlecircncia no poacutes-operatoacuterio visto que 76 desses pacientes apresentaram alto grau de

satisfaccedilatildeo com o emprego de tal aparato para o controle da dor poacutes-ciruacutergica enquanto apenas

24 dos pacientes do grupo placebo apresentaram tal grau de satisfaccedilatildeo

92

54 Anaacutelise da Dor pelo Questionaacuterio de Dor McGill

A linguagem da dor repetidamente enfatizada por Merskey (1980) fornece

relevantes indiacutecios sobre o sofrimento e a dor das pessoas Melzack (1975) desenvolveu um

meacutetodo sistemaacutetico que incorporou descritores verbais para a expressatildeo da dor o MPQ que

se tornou o instrumento de pesquisa mais empregado no mundo para a mensuraccedilatildeo das

propriedades multidimensionais da dor abordando os componentes sensoriais afetivos e de

intensidade segundo Fernandez e Boyle (2001) e Fernandez e Towery (1996)

O MPQ adaptado foi utilizado apenas uma vez ndashndash 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico ndashndash no primeiro dia poacutes-operatoacuterio A opccedilatildeo por tal horaacuterio deu-se a partir da

experiecircncia obtida no estudo piloto em que o mesmo era administrado 7 h apoacutes a induccedilatildeo do

bloqueio A dificuldade para conseguir a atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo das pacientes condiccedilotildees

essenciais para responder de forma adequada ao mesmo foi muito grande fato que pode ser

atribuiacutedo ao relato de cansaccedilo por parte das pacientes porquanto as mesmas eram submetidas

ao procedimento ciruacutergico em torno das 1600 e assim o MPQ no estudo piloto era aplicado

aproximadamente agraves 2300 momento em que elas normalmente estavam dormindo ou entatildeo

tentando dormir mas relatando grande desconforto que pocircde ser observado natildeo apenas por

meio de avaliaccedilatildeo cliacutenica durante a coleta de dados como tambeacutem pelos niacuteveis aacutelgicos nesse

periacuteodo mensurados pela END e contidos na tabela 5

Apesar de alguns pesquisadores utilizarem o MPQ para a mensuraccedilatildeo de dores

passadas e relatarem que o mesmo possa ser usado para a anaacutelise de dores de ateacute uma semana

atraacutes optou-se para evitar maiores vieses por usaacute-lo para mensurar a dor incisional que a

paciente estava relatando naquele momento pois muitos pacientes apresentam dificuldade em

abstrair e sumariar experiecircncias dolorosas passadas (PIMENTA TEIXEIRA 1997) Para

93

isso elas eram instruiacutedas a respondecirc-lo com base na dor que estavam vivenciando naquele

momento

De acordo com Melzack (1975) esse instrumento somente deve ser aplicado para os

pacientes que estejam relatando dor Em virtude disso natildeo foram utilizados para a realizaccedilatildeo

da anaacutelise estatiacutestica dos iacutendices do MPQ os dados das 50 pacientes mas os de 41 (21 do

grupo preemptivo e 20 do placebo) pois 9 pacientes estavam relatando niacutevel de dor igual a

zero mensurado pela END no momento da aplicaccedilatildeo do MPQ

Veilleux e Melzack (1976) relatam que o MPQ eacute suficientemente sensiacutevel para

detectar diferenccedilas entre meacutetodos de tratamento da dor e proporciona informaccedilotildees a respeito

do efeito de determinada terapia antaacutelgica sobre as dimensotildees sensorial afetiva e avaliativa da

dor Optou-se pela natildeo utilizaccedilatildeo da forma reduzida do MPQ dado o pequeno nuacutemero de

descritores e cujos significados estatildeo mais frequumlentemente relacionadas agrave dor crocircnica do que

agrave aguda (MELZACK 1987)

A utilizaccedilatildeo do MPQ foi relevante porque esse instrumento multidimensional

fornece informaccedilotildees mais ricas sobre a experiecircncia dolorosa ndashndash envolvendo tambeacutem

componentes psicoloacutegicos e emocionais ndashndash natildeo se limitando apenas agrave mensuraccedilatildeo da

intensidade de dor como o satildeo a END VAS de faacutecies e tantas outras Para Prieto e

Geisinger (1983) apesar de a intensidade global da dor ser importante condiccedilatildeo para

compreender a experiecircncia dolorosa medidas que refletem apenas essa caracteriacutestica satildeo

insensiacuteveis a variaccedilotildees nos diferentes aspectos qualitativos da dor (KELLY AHMAD

BRULL 2001)

A categoria sensorial refere-se agraves propriedades mecacircnicas teacutermicas temporais e

espaciais da dor a afetiva-motivacional agrave dimensatildeo afetiva nos aspectos de tensatildeo medo e

propriedades autonocircmicas a avaliativa possibilita que o paciente expresse uma avaliaccedilatildeo

global da sua experiecircncia dolorosa e a miscelacircnea que engloba descritores das outras

94

categorias natildeo se refere a nenhuma propriedade especiacutefica (KETOVUORI POumlNTINEN

1981 MELZACK 1975 PIMENTA TEIXEIRA 1997 TEIXEIRA et al 1999)

A partir da sua utilizaccedilatildeo pudemos obter o Iacutendice do Nuacutemero de Palavras

Escolhidas (NWC) e o Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) O graacutefico 12 apresenta a

comparaccedilatildeo do NWC total obtido por meio da soma do nuacutemero de descritores selecionados

pelas pacientes nas 4 categorias que compotildeem o MPQ entre os grupos preemptivo e placebo

assim como o NWC em cada categoria do MPQ (tabela 10) De acordo com Pimenta e

Teixeira (1997) quanto maior o valor do NWC maior tambeacutem seraacute o niacutevel de dor dos

pacientes

Eacute possiacutevel observar que natildeo houve diferenccedila significante quanto ao NWC total entre

os grupos haja vista que o valor de p foi igual a 0937 tendo o grupo preemptivo selecionado

em meacutedia 1562 plusmn 061 palavras e o placebo 1540 plusmn 084 Vale ressaltar que o maacuteximo valor

possiacutevel do NWC total eacute 20 pois cada paciente natildeo pode escolher mais do que um descritor

em cada subcategoria

O grupo preemptivo selecionou em meacutedia 371 plusmn 025 e 276 plusmn 018 descritores nas

categorias afetiva e miscelacircnea respectivamente e o placebo 375 plusmn 020 e 315 plusmn 021 Na

categoria sensorial diferentemente dessas duas o grupo preemptivo (819 plusmn 038) selecionou

mais palavras que o placebo (765 plusmn 050) Na avaliativa ambos os grupos selecionaram em

meacutedia uma palavra Eacute importante ressaltar que em nenhum desses iacutendices houve diferenccedila

significante o que jaacute era esperado pois o NWC natildeo eacute eficiente para mostrar o malogro ou

sucesso de uma terapia analgeacutesica para um aliacutevio parcial da dor De acordo com Melzack

(1975) o paciente que tem um aliacutevio parcial da dor natildeo necessariamente deveria ter um

menor NWC pois haveria uma tendecircncia em selecionar um descritor que indicasse um menor

iacutendice de dor mas natildeo a recusa por parte desse paciente em selecionar determinada

subcategoria Dessa forma apenas o PRI poderia apresentar variaccedilatildeo

95

Apesar de natildeo ter havido diferenccedila significante a maior utilizaccedilatildeo ndashndash em termos

proporcionais ndashndash dos descritores da categoria sensorial em relaccedilatildeo aos da afetiva conforme

foi observada na tabela 11 em ambos os grupos estaacute de acordo com Pimenta (1995) Reading

(1983) e Teixeira et al (1999) que verificaram que os pacientes que sofriam de dores agudas

tinham preferecircncia por tais descritores enquanto aqueles que padeciam de dor crocircnica pelos

da afetiva Todavia talvez exista uma tendecircncia maior para a escolha dos descritores da

categoria sensorial pois a mesma engloba 539 (42 palavras) dos descritores do MPQ

enquanto que a afetiva 179 (14 palavras) Portanto a categoria sensorial apresenta o triplo

de descritores da afetiva apesar de possuir somente o dobro de subcategorias

Eacute interessante observar a importacircncia da categoria avaliativa (16ordf subcategoria) pois

todas as pacientes a utilizaram para selecionar um descritor (tabela 8) Melzack (1975)

descreveu que 95 dos 248 pacientes ndashndash de diversas doenccedilas ndashndash analisados em seu estudo

selecionaram um descritor dessa categoria o que estaacute em concordacircncia com nossos dados

Outras subcategorias muito utilizadas foram a 9ordf 11ordf 12ordf e 20ordf De forma inversa a 19ordf

subcategoria foi a menos selecionada (4 pacientes do grupo preemptivo e 8 do placebo) o que

eacute justificado por se tratarem de descritores que abordam os aspectos relacionados agrave sensaccedilatildeo

de frio sendo mais frequumlentemente utilizados para a descriccedilatildeo de dores de dente de acordo

com Gagliesi e Melzack (2003) e Melzack (1975)

Em ambos os grupos os descritores mais selecionados foram ldquocansativardquo e

ldquoenjoadardquo que pertencem agrave categoria afetiva 8095 das pacientes do grupo preemptivo

selecionaram esses descritores e 90 das do placebo assim o fizeram Na categoria sensorial

ambos os grupos selecionaram mais frequumlentemente o descritor ldquofinardquo 7142 das pacientes

do grupo preemptivo e 75 das do placebo Na miscelacircnea 55 das pacientes do grupo

placebo optaram mais comumente pelos descritores ldquoespalhardquo e ldquorepuxardquo e 5238 das do

preemptivo por ldquorepuxardquo e ldquoaborrecidardquo

96

Ao considerar os descritores mais apropriados para caracterizar a dor incisional

nessa pesquisa (tabela 9) ndashndash considerados por Gagliesi e Melzack (2003) como aqueles que

tenham sido selecionados por pelo menos 33 dos pacientes ndashndash os que foram escolhidos de

forma comum aos dois grupos foram na categoria sensorial (latejante pontada fina

queimaccedilatildeo ardor e dolorida) afetiva (cansativa e enjoada) avaliativa (que incomoda) e na

miscelacircnea (repuxa e aborrecida) Houve diferenccedila significante entre os dois grupos na

frequumlecircncia de seleccedilatildeo dos descritores ldquoesticadardquo da 10ordf subcategoria e ldquoespalhardquo da 17ordf

subcategoria que eacute justificada pelo fato de na 10ordf subcategoria das 19 pacientes do grupo

preemptivo que a utilizaram 13 selecionaram o descritor ldquoesticadardquo e das 13 do grupo

placebo apenas 5 Em se tratando da 17ordf subcategoria apenas 3 das 13 pacientes que

indicaram essa subcategoria selecionaram o descritor ldquoespalhardquo enquanto 11 do grupo

placebo o selecionou das 17 que optaram por tal subcategoria

No graacutefico 13 haacute a comparaccedilatildeo do PRI total obtido pela soma dos valores que satildeo

atribuiacutedos a cada descritor escolhido pelas pacientes nas 4 categorias do MPQ ndashndash podendo

atingir um maacuteximo valor de 78 ndashndash entre os dois grupos assim como do PRI para cada uma

das categorias do MPQ Para Pimenta e Teixeira (1997) quanto maior o valor desse iacutendice

maior a percepccedilatildeo dolorosa das pacientes Natildeo houve diferenccedila significante quanto ao PRI

total assim como para as categorias sensorial afetiva e miscelacircnea O grupo preemptivo

apresentou PRI total igual a 3274 plusmn 163 e o placebo 3245 plusmn 208 A categoria avaliativa foi

a uacutenica em que houve diferenccedila significante entre os grupos pois o PRI do grupo preemptivo

foi igual a 3 plusmn 028 e o do placebo a 205 plusmn 022 sendo o valor de p igual a 0019

A ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica significante entre os dois grupos tanto no NWC

total quanto no PRI total estaacute em concordacircncia com os resultados obtidos pela ENDg 16 h

apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico pois em nenhum desses iacutendices houve diferenccedila

significante entre os grupos

97

Apesar das dificuldades existentes ndashndash tempo de aplicaccedilatildeo e compreensatildeo de alguns

descritores pelas pacientes ndashndash a aplicaccedilatildeo desse questionaacuterio possibilitou ao investigador uma

experiecircncia muito produtiva pois permitiu a visualizaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo ndashndash seja por palavras

ou expressotildees faciais ndashndash da maioria das pacientes em encontrar palavras que as auxiliassem a

transmitir sua experiecircncia dolorosa Em pesquisa realizada por Pimenta e Teixeira (1997)

96 dos pacientes disseram que o MPQ ajudou ou ajudou muito na descriccedilatildeo de seu quadro

doloroso

Os dados obtidos a partir do MPQ infelizmente tornam-se um pouco limitados para

a comparaccedilatildeo com outras pesquisas dadas as diferenccedilas da liacutengua Esse eacute um dos motivos

pelos quais as escalas unidimensionais satildeo mundialmente mais usadas possibilitando o cotejo

dos resultados obtidos em diferentes paiacuteses e liacutenguas

Sabe-se que os aspectos econocircmicos culturais e sociais tecircm influecircncia sobre o relato

da dor pelos pacientes ndashndash embora em menor magnitude nas dores de caraacuteter agudo vg a

poacutes-operatoacuteria do que nas de caraacuteter crocircnico segundo Pimenta e Teixeira (1997) ndashndash mas

Katz e Melzack (1999) e Melzack (1975) demonstraram que o MPQ possui elevado niacutevel de

fidedignidade e transcende a tais diferenccedilas talvez por ter sido elaborado com base no

referencial teoacuterico sobre a fisiologia da dor No Brasil 95 dos entrevistados em uma

pesquisa disseram ser capazes de compreender o inventaacuterio sem grande dificuldade mas os

estudos natildeo avaliam a magnitude dessa dificuldade mormente quando se trata de indiviacuteduos

de baixa escolaridade ou idosos (PIMENTA 1995 PIMENTA TEIXEIRA 1997

TEIXEIRA 2001)

Entretanto essa talvez natildeo seja a realidade desse questionaacuterio no Brasil ndashndash um dos

liacutederes mundiais em desigualdade social e que possui diferenccedilas marcantes quanto agraves

expressotildees idiomaacuteticas regionais ndashndash o que permite supor que os resultados de uma pesquisa

realizada com uma amostra extraiacuteda de uma populaccedilatildeo rica de uma capital brasileira possam

98

talvez diferenciar significantemente dos daqueles obtidos em uma pobre cidade do sertatildeo

nordestino dada a complexidade na compreensatildeo de alguns descritores (BARROS 2001)

Em decorrecircncia dessas questotildees eacute que foi dada atenccedilatildeo nessa pesquisa ao niacutevel de

escolaridade das pacientes ndashndash que eacute ressaltado por Melzack (1987) como um dos fatores

limitantes para o seu uso assim como foram estabelecidos como criteacuterios de inclusatildeo vg

somente a participaccedilatildeo de pacientes que fossem assistidas pelo SUS e que fossem operadas no

Hospital Satildeo Domingos Saacutevio

99

55 Tempo para a Primeira Administraccedilatildeo do Diclofenaco de Soacutedio

Em contraposiccedilatildeo a Moininche Kehlet e Dahl (2002) Ong et al (2005) relatam que

o tempo para o primeiro requerimento de analgeacutesicos tem menor acuraacutecia para verificar o

efeito da analgesia preemptiva do que a intensidade de dor e o consumo de drogas

analgeacutesicas e que esse natildeo seria o objetivo principal da analgesia preemptiva todavia sua

importacircncia cliacutenica reside no fato de que ao prolongaacute-lo estaria havendo maior efeito do

recurso analgeacutesico utilizado antes da cirurgia ndashndash em nosso caso a TENS ndashndash podendo traduzir

em menor iacutendice de dor e consumo total de analgeacutesicos bem assim maior conforto agrave paciente

As pacientes do grupo preemptivo que consumiram diclofenaco de soacutedio ndashndash droga

que estava prescrita como medicaccedilatildeo de resgate ndashndash nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico solicitaram-no em meacutedia 48750 plusmn 5344 min apoacutes esta jaacute as do grupo

placebo 47010 plusmn 4619 min natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos porquanto o

valor de p foi igual a 0807 o que pode ser visualizado no graacutefico 15 que ilustra esse tempo

Esperava-se que com a preacutevia aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia o tempo para a

solicitaccedilatildeo dessa droga pudesse ser significantemente maior dado o possiacutevel aumento do

periacuteodo de latecircncia da dor devido agrave eletroanalgesia preemptiva

Por meio da END foi verificado que as pacientes do grupo placebo apresentaram no

poacutes-operatoacuterio imediato um pico aacutelgico alcanccedilado no momento da sexta coleta de dor o que

coincide com o tempo para a requisiccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio por essas pacientes

Como natildeo se conhecem pesquisas averiguando esse consumo com o uso da TENS

de forma preacute-operatoacuteria a discussatildeo a seguir far-se-aacute a partir de pesquisas que empregaram

meacutetodos diferenciados Assim Benedetti et al (1997) analisando esse tempo em pacientes

submetidos a toracotomias poacutestero-laterais tambeacutem verificaram diferenccedila estatiacutestica natildeo-

significante entre os pacientes que fizeram uso da TENS no poacutes-operatoacuterio e os que natildeo a

100

utilizaram tal como Garcia (2000) ao analisar o efeito preemptivo do fentanil em

histerectomias

Jaacute no estudo de Lin et al (2002) que avaliou a eletroacupuntura de forma

preemptiva em cirurgias abdominais baixas foi demonstrado que o tempo para o primeiro

requerimento de morfina foi de 10 18 28 e 28 min respectivamente nos grupos A

(preemptivo controle) B (preemptivo placebo) C (preemptivo de baixa frequumlecircncia 2 Hz) e D

(preemptivo de alta 100 Hz) e no de Ke et al (1998) foi demonstrado que a bupivacaiacutena

exerceu efeito preemptivo em laparoscopias ao retardar o tempo para o requerimento do

primeiro analgeacutesico entre os 3 grupos da pesquisa A (pacientes em que a bupivacaiacutena foi

administrada antes do ato ciruacutergico e soluccedilatildeo salina apoacutes) 4867 plusmn 4353 min B (soluccedilatildeo

salina antes e bupivacaiacutena depois) 2294 plusmn 3304 min e C (soluccedilatildeo salina antes e depois)

1431 plusmn 1567 min

Benedetti et al (1997) obtiveram aumento do tempo para o primeiro requerimento

de analgeacutesicos nos pacientes que usaram a TENS no poacutes-operatoacuterio de costotomias

esternotomias toracotomias com afastamento muscular e viacutedeo toracoscopias

101

56 Anaacutelise do Consumo de Analgeacutesicos no Poacutes-operatoacuterio

Em 48 das pacientes do grupo preemptivo (12 pacientes) foi administrado o

diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico enquanto que

no grupo placebo isso ocorreu em 60 (15 pacientes) diferenccedila natildeo estatisticamente

significante (graacutefico 14) Para Kissin (1996) o consumo de analgeacutesicos eacute possivelmente uma

variaacutevel natildeo fidedigna para averiguar a analgesia preemptiva e pode ser influenciado por

vaacuterios fatores psicoloacutegicos Todavia Konrad Cordeiro e Coeli (2001) Moiniche Kehlet e

Dahl (2002) e Ong et al (2005) ressaltam a relevacircncia desse consumo para analisar a

analgesia preemptiva

Ao analisar o consumo de diclofenaco de soacutedio e dipirona durante todo o periacuteodo de

internaccedilatildeo tambeacutem natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos como pocircde ser

observado nos graacuteficos 16 e 17 respectivamente Quanto ao consumo de dipirona esse

resultado era previsto pois essa droga estava prescrita de 6 em 6 h E quanto agrave administraccedilatildeo

de diclofenaco de soacutedio a ausecircncia de diferenccedila foi um resultado natural haja vista que nem

nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash periacuteodo em que haveria maior

efeito da analgesia preemptiva ndashndash houve diferenccedila significante

Cotejando nossos resultados aos de pesquisas envolvendo a aplicaccedilatildeo da

eletroacupuntura de forma preemptiva em procedimentos ciruacutergicos para avaliaccedilatildeo do

consumo de medicamentos analgeacutesicos nossos achados divergem dos de Lin et al (2002)

que em cirurgias abdominais baixas observaram reduccedilatildeo de 22 desse consumo nas

primeiras 24 h poacutes-ciruacutergicas nos pacientes que fizeram uso da modalidade de baixa

frequumlecircncia em relaccedilatildeo aos do grupo placebo Kotani et al (2001) conseguiram ao aplicar a

eletroacupuntura antes de cirurgias abdominais altas e baixas reduzir em 50 o consumo de

morfina pelos pacientes

102

Ao analisar o consumo de analgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio com o meacutetodo de analgesia

preemptiva induzida por drogas Levent (2001) em histerectomias abdominais totais e

salpingo-ooforectomias bilaterais natildeo verificou diferenccedila significante desse consumo entre as

pacientes em que a morfina fora administrada antes do ato ciruacutergico e apoacutes o fechamento do

peritocircnio e Garcia (2000) tambeacutem natildeo observou diferenccedila significante entre as que fizeram

uso do fentanil 30 min antes das histerectomias e as que o utilizaram apoacutes o ato ciruacutergico

Maestroni et al (2002) embora tenham verificado analgesia preemptiva em colecistectomias

laparoscoacutepicas mensurada pela VAS tambeacutem natildeo observaram diferenccedila significante quanto

ao consumo de analgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio o que estaacute de acordo com os nossos achados

Os nossos resultados divergem dos de diversos autores como Hamza et al (1999)

que demonstraram a efetividade da TENS na diminuiccedilatildeo do consumo de analgeacutesicos no

periacuteodo poacutes-operatoacuterio senatildeo nessas pesquisas a TENS foi aplicada somente apoacutes a cirurgia

Destarte natildeo estamos em concordacircncia com os resultados da pesquisa de Guerra et

al (2003) em que houve significante reduccedilatildeo do consumo de analgeacutesicos com o uso da TENS

no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia inguinal Apenas 1 dos 9 pacientes do grupo experimental

ndashndash que usou a TENS ndashndash solicitou uma uacutenica vez medicaccedilatildeo analgeacutesica ao passo que todos

os pacientes do grupo placebo (n = 9) solicitaram esse tipo de medicaccedilatildeo 255 vezes em

meacutedia Essa diferenccedila em relaccedilatildeo aos achados eacute fruto dos meacutetodos usados tipos de cirurgia

drogas anesteacutesicas e analgeacutesicas niacuteveis e tipos de dor paracircmetros de estimulaccedilatildeo tempo de

aplicaccedilatildeo e horaacuterios de aplicaccedilatildeo da TENS

Algumas pesquisas obtiveram satisfatoacuterios resultados com o uso da TENS no

periacuteodo poacutes-operatoacuterio como a de Chiu et al (1999) em hemorroidectomias cirurgias que

geram um quadro aacutelgico intenso em que houve reduccedilatildeo significante do consumo de morfina

Chen et al (1998) em histerectomias e miomectomias que observaram reduccedilatildeo de 37 da

administraccedilatildeo de opioacuteides com o uso da TENS de forma pericicatricial e de 39 quando

103

aplicada nos pontos de acupuntura Bjordal Johnson e Ljungreen (2003) que analisaram

1350 pacientes submetidos a diferentes procedimentos ciruacutergicos e verificaram reduccedilatildeo de

355 do consumo de analgeacutesicos Nuntildeez e Carrasco (2000) que minimizaram esse consumo

em cesaacutereas sem no entanto diminuir a intensidade e o periacuteodo de remissatildeo da dor

Benedetti et al (1997) que conseguiram minimizar a intensidade de dor em costotomias

esternotomias toracotomias com afastamento muscular e viacutedeo toracocospias e Castro e

Carlos (1986) em laparotomias que o minimizaram em 63 naqueles que fizeram uso desse

recurso sendo mais significante nos que foram submetidos a histerectomias e menos a

gastrectomias

Embora a reduccedilatildeo do consumo de diclofenaco natildeo tenha sido significante os nossos

achados satildeo muito relevantes haja vista que ao serem confrontados com os da anaacutelise da

intensidade de dor pela END possibilita a verificaccedilatildeo do mais importante aspecto desse

trabalho que foi conseguir manter o niacutevel de dor do grupo preemptivo inferior ao do placebo

sem haver no entanto um maior consumo de drogas analgeacutesicas para tal Ou seja se as

pacientes do grupo preemptivo tivessem consumido mais drogas que as do placebo seria

inviaacutevel inferir sobre a ocorrecircncia de analgesia preemptiva

57 Dor Referida

104

A ocorrecircncia de dor referida no ombro direito ndashndash condiccedilatildeo que sugere irritaccedilatildeo do

diafragma ou diretamente do nervo frecircnico ndashndash deu-se em 40 (10 pacientes) das pacientes do

grupo preemptivo e em 32 (8 pacientes) daquelas do placebo (graacutefico 18) Essa incidecircncia

estaacute em concordacircncia com os achados na literatura que a indicam em cerca de um terccedilo dos

pacientes submetidos a colecistectomia por laparotomia (ORLOFF 1970 SCHWARTZ

SHIRES SPENCER 1996 WAY DUNPHY 1993)

Natildeo se objetivou nessa pesquisa analisar a intensidade de dor referida no ombro ndashndash

apesar de os dados tambeacutem terem sido coletados Objetivou-se apenas verificar a sua

incidecircncia que com a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia natildeo apresentou diferenccedila

significante entre as pacientes que a usaram e as que natildeo

De acordo com Antunes et al (2002) a TENS tem eficaacutecia jaacute bastante comprovada

para o tratamento das dores de origem cutacircnea mas natildeo eacute necessariamente eficiente para as

de origem visceral o que corrobora a pesquisa de Nuntildeez e Carrasco (2000) que usaram a

TENS no poacutes-operatoacuterio de cesaacutereas

58 Anaacutelise do Consumo de Metoclopramida

105

Em um total de 20 das pacientes (5 pacientes) do grupo preemptivo houve

administraccedilatildeo dessa droga enquanto que em 32 (8 pacientes) isso ocorreu (graacutefico 19) O

consumo dessa droga ndashndash que natildeo tem accedilatildeo analgeacutesica ndashndash foi verificado para auxiliar a avaliar

a qualidade de recuperaccedilatildeo poacutes-ciruacutergica logo que um dos preditores de naacuteuseas e ecircmesis eacute a

dor E como a TENS eacute um recurso analgeacutesico poderia entatildeo tambeacutem minimizar o consumo

dessa substacircncia

Nossos resultados satildeo semelhantes aos de Zaacuterate et al (2001) que natildeo obtiveram

significante reduccedilatildeo do consumo de drogas anti-emeacuteticas com o uso da eletroacupuntura antes

de colecistectomias por laparoscopia Todavia Chen et al (1998) conseguiram reduzir a

incidecircncia de naacuteuseas e vocircmitos em aproximadamente um terccedilo das mulheres que se

submeteram a histerectomia abdominal total ou miomectomia com o uso da TENS todavia

esse recurso foi aplicado no poacutes-operatoacuterio Kotani et al (2001) observaram reduccedilatildeo de 20

a 30 da incidecircncia de naacuteuseas em cirurgias abdominais altas e baixas com a analgesia

preemptiva induzida pela eletroacupuntura e Lin et al (2002) em cirurgias abdominais

baixas

59 Questionaacuterio sobre a TENS

106

Durante a coleta dos dados observou-se que algumas pacientes do grupo preemptivo

relataram que a aplicaccedilatildeo da TENS ocasionava determinado incocircmodo Assim para a

obtenccedilatildeo de dados mais concretos sobre esses relatos resolveu-se acrescentar esse

questionaacuterio (Apecircndice H) ndashndash mesmo com a coleta de dados jaacute em andamento

Os resultados obtidos ilustrados no graacutefico 20 confirmam o que foi evidenciado na

praacutetica cliacutenica a respeito do relato das pacientes sobre o incocircmodo da estimulaccedilatildeo eleacutetrica de

baixa frequumlecircncia e alta intensidade pois a maioria (5789) das pacientes do grupo

preemptivo disse que a TENS incomodava um pouco e 1578 que incomodava

razoavelmente Esses dados foram significantemente diferentes dos do grupo placebo em que

8824 relataram que a TENS natildeo incomodava e 1176 que incomodava um pouco O fato

de ter havido queixa por parte de 2 pacientes do grupo placebo pode ter ocorrido talvez por

essas permanecerem durante 60 min deitadas com os eletrodos posicionados sobre o abdome

sem terem liberdade para deambular ou realizar atividades que solicitassem grande

movimentaccedilatildeo

Pesquisas recentes realizadas por Sluka et al (2000) tecircm demonstrado que a TENS

de alta frequumlecircncia tambeacutem estimula a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos e diante da

experiecircncia cliacutenica sabe-se que o uso de tal frequumlecircncia eacute mais confortaacutevel que o da de baixa

que normalmente eacute aplicada em niacutevel motor de estimulaccedilatildeo com a maacutexima intensidade

suportada pelo paciente Logo poder-se-ia utilizar a TENS de alta frequumlecircncia em pesquisas

para observar a possiacutevel ocorrecircncia de analgesia preemptiva comparando com os resultados

da de baixa frequumlecircncia e selecionar qual seria a mais adequada para tal dando grande ecircnfase

em tal escolha ao conforto e satisfaccedilatildeo do paciente

107

A maioria das pacientes de ambos os grupos relatou que gostaria de em uma

proacutexima cirurgia usar a TENS e os medicamentos (graacutefico 21) Esses dados parecem refletir a

satisfaccedilatildeo das pacientes em receber uma melhor assistecircncia da equipe de sauacutede assim como

terem agrave sua disposiccedilatildeo alguns recursos diferentes para o tratamento do quadro aacutelgico o que

reforccedila a relevacircncia e a aceitaccedilatildeo da analgesia multimodal

108

CONCLUSAtildeO

109

6 CONCLUSAtildeO

A aplicaccedilatildeo da modalidade de baixa frequumlecircncia da estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea

do nervo durante 60 minutos no periacuteodo preacute-operatoacuterio de pacientes do sexo feminino

submetidas a colecistectomia por laparotomia promoveu analgesia preemptiva

110

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

111

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AIDA S et al The effectiveness of preemptive analgesia varies according to the type ofsurgery a randomized double-blind study Anesthesia and Analgesia Baltimore v 89 n 3p 711 Set 1999

ANDRADE R F A Comportamento da litiacutease biliar no Estado de Sergipe 2002Monografia (graduaccedilatildeo em medicina) ndashndash Departamento de Medicina da Universidade Federaldo Estado de Sergipe Aracaju 2002

ANTUNES A A M et al Os efeitos da estimulaccedilatildeo eleacutetrica nervosa transcutacircnea no poacutes-operatoacuterio de cirurgias toraacutecicas e abdominais ndashndash revisatildeo de literatura e relato de casosRevista de Fisioterapia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 9 n 1 p 23-25janjun 2002

BARROS N Qualidade de vida ndashndash conceito e meacutetodos de avaliaccedilatildeo In ANDRADE FILHOA C de C Dor diagnoacutestico e tratamento Roca Satildeo Paulo 2001 53-61 p

BASFORD J R Eletroterapia In KOTTKE F J LEHMANN J F Tratado de medicinafiacutesica e reabilitaccedilatildeo de Krusen 4 ed Satildeo Paulo Manole 1994 363-388 p

BENBOW S J COSSINS L WILES J R A comparative study of disability depressionand pain severity in young and chronic pain in patients VIIIth World Congress on PainVancouver 1996

BENEDETTI F et al Control of postoperative pain by transcutaneous electrical nervestimulation after thoracic operations Ann Thoracic Surgery Torino v 63 n 3 p 773-776Mar 1997

BISSCHOP G de BISSCHOP Eacute de COMMANDREacute F TENS In BISSCHOP G deBISSCHOP Eacute de COMMANDREacute F Eletrofisioterapia Satildeo Paulo Santos 2001 5-62 p

BJORDAL J M JOHNSON M I LJUNGREEN A E Transcutaneous electrical nervestimulation (TENS) can reduce postoperative analgesic consumption A meta-analysis withassessment of optimal treatment parameters postoperative pain European Journal of PainErlangen v 7 n 2 p 181-188 Apr 2003

BLUMGART L H Cirugiacutea del hiacutegado y de las viacuteas biliares Buenos Aires EditoriaMeacutedica Panamericana 1988 655-665 p

BONICA J J et al Biochemistry and the modulation of nociception and pain In BONICAJ J The management of pain Phyladelphia Lea amp Febiger 1990 95-121 p

BRENTANO L Colecistectomia [sl] ABC da Sauacutede 2003 Disponiacutevel emhttpwwwabcdasaudecombrartigophp86 Acesso em 30 de agosto de 2004

BRIDENBAUGH P O Preemptive analgesia ndashndash is it clinically relevant Anesthesia ampAnalgesia Baltimore v 78 n 2 p 203-4 Feb 1994

112

BUTTON B SAWYER S Fisioterapia do aparelho respiratoacuterio do adolescente InBURNS Y R MCDONALD J Fisioterapia e crescimento na infacircncia Satildeo PauloSantos 1999 247-261 p

BUXTON B P A fisiologia e a psicologia da dor In STARKEY C RecursosTerapecircuticos em Fisioterapia Satildeo Paulo Manole 2001 37-69 p

CAMERON M H Physical agents in rehabilitation ndashndash from research to practicePhyladelphia W B Saunders Company 1999 31-54 p

CARROLL D et al Randomization is important in studies with pain outcomes systematicreview of transcutaneous electrical nerve stimulation in acute postoperative pain BritishJournal of Anaesthesia Oxford v 77 n 6 p 798-803 Dec 1996

CARROL E N BADURA A S Focal intense brief transcutaneous electric nervestimulation for treatment of radicular and posthoracotomy pain Archives of PhysicalMedicine and Rehabilitation Cleveland v 82 n 2 p262-264 Feb 2001

CASTILLO G L B Estudio comparativo entre bupivacaina + fentanyl vs bupivacainasola por viacutea peridural para el control del dolor obsteacutetrico Tesis para obtener el diplomauniversitario en la especialidad de anestesiologiacutea Quereacutetaro [1999]

CASTRO M L CARLOS E S Post-laparotomy pain control by transcutaneous electricalnerve stimulation preliminary report Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeirov 36 n 3 p 207-14 mar 1986

CHANDRAN P SLUKA K A Development of opioid tolerance with repeatedtranscutaneous electrical nerve stimulation administration Pain Seattle v 102 n 1-2 p195-201 Mar 2003

CHEN L et al The effect of location of transcutaneous electrical nerve stimulation onpostoperative opioid analgesic requirement acupoint versus nonacupoint stimulationAnesthesia amp Analgesdia Baltimore v 87 n 5 p 1129-1134 Nov 1998

CHEN L HAN J S Analgesia induced by electroacupuncture of different frequencies ismediated by different types of opioid receptors another cross-tolerance study BehavioralBrain Research Amsterdam v 47 n 2 p 143-149 Apr 1992

CHESTERTON L S et al Effects of TENS frequency intensity and stimulation siteparameter manipulation on pressure pain thresholds in healthy human subjects Pain Seattlev 106 n 1-2 p 73-80 Nov 2003

CHIU J H et al Effect of transcutaneous electrical nerve stimulation relief on patientsundergoing hemorrhoidectomy prospective randomized controlled trial Diseases of theColon amp Rectum New York v 42 n 2 p 180-185 Feb 1999

CREPON F Eletrofisioterapia e Reeducaccedilatildeo Funcional Satildeo Paulo Lovise 1996 80-101p

113

CRIELAARD et al apud TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendoparacircmetros de estimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85fDissertaccedilatildeo (mestrado em bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de SatildeoPaulo Ribeiratildeo Preto 2003

DAMIANE C DAMIANE G TENS eletroanalgesia In RODRIGUES E MGUIMARAtildeES C S Manual de recursos fisioterapecircuticos Rio de Janeiro Revinter 199853-80 p

DIERKING G et al Effect of pre vs post-operative inguinal field block on postoperative painafter herniorraphy British Journal of Anaesthesia Oxford v 68 n 4 p 344-348 Apr1992

DUBUISSON D MELZACK R Classification of clinical pain descriptors by multiplegroup discriminant analysis Experimental Neurology Michigan v 51 n 2 p 480-487May 1976

DuGAS B W Medicaccedilotildees In______ Enfermagem praacutetica 4 ed Rio de JaneiroGuanabara 1988 465-487 p

EISENBAUER L A MURPHY M A Pharmacotherapeutics amp advanced nursingpractice San Diego McGraw Hill Companies 1998 253 p

ERIKSSON M B E SJOLUND B H NEILZEN S Long term results of peripheralconditioning stimulation as an analgesic measure in chronic pain Pain Seattle v 6 n 3 p335-347 Jun 1979

FERNANDEZ E BOYLE G J Affective and evaluative descriptors of pain in the McGillPain Questionnaire reduction and reorganization The Journal of Pain Philadelphia v 2 n6 p 318-325 Dec 2001

FERNANDEZ E TOWERY S A parsimonious set of verbal descriptors of pain sensationderived from the Mcgill Pain Questionnaire Pain Seattle v 66 n 1 p 31-37 Jul 1996

FORTH W BEYER A PETER K Highly potent analgesics opiates and opioids InFORTH W BEYER A PETER K Aliacutevio da dor uma visatildeo analiacutetica das vantagens edesvantagens da moderna administraccedilatildeo da dor Satildeo Paulo Hoechest 1995 40-49 p

FRAMPTON V Estimulaccedilatildeo Nervosa Eleacutetrica Transcutacircnea In KITCHEN S BAZIN SEletroterapia de Clayton 10 ed Satildeo Paulo Manole 1998 276-294 p

GAGLIESI L MELZACK R Age differences in the quality of chronic pain a preliminarystudy Pain Research amp Management Oakville v 2 n3 p 157-162 Winter 1997

GAGLIESE L MELZACK R Age-related differences in the qualities but not the intensityof chronic pain Pain Seattle v 104 n 3 p 597-608 Aug 2003

114

GARCIA J B dos S Preemptive analgesia with epidural bupivacaine plus fentanyl inhysterectomy serum interleukin-6 implications 2000 Tese para obtenccedilatildeo do tiacutetulo dedoutorado ndashndash Escola Paulista de Medicina ndashndash Universidade Federal de Satildeo Paulo Satildeo Paulo2000

GOFFI F S GOFFI JUacuteNIOR P S SORBELLO A A Cirurgia das vias biliares InGOFFI F S Teacutecnica ciruacutergica bases anatocircmicas fisiopatoloacutegicas e teacutecnicas da cirurgia 4ed Satildeo Paulo Atheneu 1996 691-694 p

GOTTSCHALK A OCHROCH E A Preemptive analgesia what do we do nowAnesthesiology Philadelphia v 98 n1 p 280-281 Jan 2003

GRAHAM C et al Use of the McGill Pain Questionnaire in the assessment of cancer painreplicability and consistency Pain Seattle v 8 n 3 p 377-387 Jun 1980

GRIEVE G P Modern manual therapy of the vertebral column New York ChurchillLivingstone 1986 233-249 p

GUERRA D R et al A Utilizaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio imediato de pacientessubmetidos a cirurgia de heacuternia inguinal In V CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeOCIENTIacuteFICA PIBICUFS 2003 Universidade Federal de Sergipe Anais Satildeo CristoacutevatildeoUniversidade Federal de Sergipe 2003 215 p

HAMZA M A et al Effect of the frequency of transcutaneous electrical nerve stimulationon the postoperative opioid analgesic requirement and recovery profile AnesthesiologyPhiladelphia v 91 n 5 p 1232-1238 Nov 1999

HAN J S et al Frequency as the cardinal determinant for electroacupuncture analgesia to bereversed by opioid antagonists Chinese Medical Journal Peking v 38 n 5 p 475-482Oct 1986

HAN J S et al Effect of low and high frequency TENS on met-enkephalin-arg-phe anddynorphin A immunoreactivity in human lumbar CSF Pain Seattle v 47 n 3 p 295-298Dec 1991

HANSSON B et al Influence of naloxone on relief of acute oro-facial pain bytranscutaneous electrical nerve stimulation (TENS) or vibration Pain Seattle v 24 n 3 p323-329 Mar 1986

HEPNER D L Preemptive analgesia what does it really mean AnesthesiologyPhiladelphia v 93 n 5 p 1368 nov 2000

HUGHES G S et al Response of plasma beta-endorphins to transcutaneous electrical nervestimulation in healthy subjects Physical Therapy Alexandria v 64 n 7 p 1062-1066 Jul1984

HUSKISSON E C Visual Analogue Scales In MELZACK R Pain measurement andassessment New York Raven Press 1983 33-37 p

115

IMAMURA M et al Eletroestimulaccedilatildeo nervosa transcutacircnea In LEITAtildeO V A Cliacutenica dereabilitaccedilatildeo Satildeo Paulo Atheneu 1995 301-309 p

JACHUCK S J et al The effect of hypotensive drugs on the quality of life The BritishJournal of the Royal College General Practitioners London v 32 n 235 p 103-105Feb 1982

JAFFE J H MARTIN W R Analgeacutesicos opioacuteides e antagonistas In GILMAN A G etal Goodman e Gilman As Bases farmacoloacutegicas da terapecircutica 8 ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1991 320-343 p

JAVIER G P et al Analgesia preventiva en un modelo experimental de dolor visceralRevista Mexicana de Anestesiologia v 22 n 2 p 116-121 abr-jun 1999

JOHNSON M I et al Analgesic effects of different frequencies of transcutaneous electricalnerve stimulation on cold-induced pain in normal subjects Pain Seattle v 39 n 2 p 231-236 Nov 1989

JOHNSON M I ASHTON C H THOMPSOM J W An in depth study of long termusers of transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) Implications for clinical use ofTENS Pain Seattle v 44 n 3 p 221-229 Mar 1991

KALRA A B URBAN M O SLUKA K A Blockade of opiod receptors in rostralventral medulla prevents antihyperalgesia produced by transcutaneous electrical nervestimulation (TENS) The Journal of Pharmacology and Experimental TherapeuticsBethesda v 298 n 1 p 257-263 Jul 2001

KATZ J MELZACK R Measurement of pain Surgery Clinical North American v 79n 2 p 231-252 Apr 1999

KE R W PORTERA S G LINCOLN S R A randomized blinded trial of preemptivelocal anesthesia in laparoscopy Primary Care Update for Obstetric and Gynecology v 5n 4 p 197-198 Jul 1998

KE R W et al A randomized double-blinded trial of preemptive analgesia in laparoscopyObstetrics amp Gynecology Denver v 92 n 6 p 972-5 Dec 1998

KELLY D J AHMAD M BRULL S Preemptive analgesia I physiological pathways andpharmacological modalities Canadian Journal of Anesthesia Toronto v 48 n 10 p1000-1010 Nov 2001

KETOVUORI H POumlNTINEN P J A pain vocabulary in finnish ndashndash the finnish painquestionnaire Pain Seattle v 11 n 1 p 247-253 Aug 1981

KING E W SLUKA K A The effect of varying frequency and intensity of transcutaneouselectrical nerve stimulation on secundary mechanical hyperalgesia in an animal model ofinflammation The Journal of Pain Philadelphia v 2 n 2 p 128-133 Apr 2001

KISSIN I Preemptive analgesia terminology and clinical relevance Anesthesia andanalgesia Baltimore v 79 n 4 p 809 Oct 1994

116

______ Preemptive analgesia ndashndash Why its effect is not always obvious AnesthesiologyPhiladelphia v 84 n 5 p 1015-1019 May 1996

______ Preemptive analgesia Anesthesiology Philadelphia v 93 n 4 p 1138-1143 Oct2000

______ Study design to demonstrate clinical value of preemptive analgesia is it commonlyused approach valid Regional Anesthesia and Pain Medicine Seattle v27 n3 p 242-244 May-Jun 2002

KONRAD K CORDEIRO S M COELI M Dor Fisiopatologia e tratamento InLIANZA S Medicina de Reabilitaccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001 137-150p

KOTANI N et al Preoperative intradermal acupuncture reduces postoperative pain nauseaand vomiting analgesic requiriment and sympathoadrenal responses AnesthesiologyPhiladelphia v 95 n 2 p 349-356 Aug 2001

LABRADA A JIMEacuteNEZ-GARCIA Y Preventive multimodal analgesia a comparativestudy Revista de la Sociedad Espantildeola del Dolor Madrid v 11 n 3 p 122-128 abr2004

LEE I-H LEE I-O Preemptive effect of intravenous ketamine in the rat concordancebetween pain behavior and spinal fos-like immunoreactivity Acta AnaesthesiologicaScandinavica Oxford v 49 n 2 p 160-165 Feb 2005

LEVENT K The effect of preemptive intravenous morphine on postoperative analgesia andsurgical stress response Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeiro v 51 n 6 p503-510 dez 2001

LICHTENBERG P A SWENSEN C H SKEHAN M W Further investigation of therole of personality lifestyle and arthritic severity in predicting pain Journal ofPsychosomatic Research New York v 30 n 3 p 327-337 maio 1986

LIN J et al The effect of high and low frequency eletroacupuncture in pain after lowabdominal surgery Pain Seattle v 99 n 3 p 509-514 out 2002

LOMBARD B et al Evaluation de lrsquoeacutelectrostimulation transcutaneacutee dans la prise en chargedes douleurs post-amygdalectomie chez lrsquoadulte Revue Laryngologie Otologie RhinologieBordeaux Ceacutedex v 117 n 2 p 89-92 abr 1996

LOW J REED A Eletroterapia explicada 3 ed Satildeo Paulo Manole 2001 472 p

LUNDEBERG T BONDESSON L LUNDSTRON V Relief of primary dysmenorrhea bytranscutaneous electrical nerve stimulation Acta Obstetetricia et GynecologicaScandinavica Gothenburg v 64 n 6 p 491-497 ago 1985

MACHADO M C C RAIA A A Anatomia ndash Histologia ndash Embriologia ndash Fisiologia davesiacutecula e vias biliares ndash Fisiologia da bile In CORREcircA NETTO A RAIA A AZERBINO E de J Cliacutenica Ciruacutergica 4 ed Satildeo Paulo Sarvier 1994 785-789 p

117

MAESTRONI U et al A new method of preemptive analgesia in laparoscopiccholecystectomy Surgical Endoscopy New York v 16 n 9 p 1336-1340 Sep 2002

MARIANO T F BEN V F G Efeitos da eletroestimulaccedilatildeo transcutacircnea (TENS) emindiviacuteduos adultos no poacutes-operatoacuterio imediato de colecistectomia 1998 Trabalho deConclusatildeo de Curso ndashndash Universidade Catoacutelica Dom Bosco (UCDB) Campo Grande 1998

MARIN L I CASTRO C E S Post laparotomy pain control by transcutaneous electricalnerve stimulation preliminary report Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeirov 36 n 3 p 207-214 maio-jun 1986

MCQUAY H J Pre-emptive analgesia a systematic review of clinical studies Annals ofMedicine Stockholm v 27 n 2 p 249-56 Apr 1995

MELO J N SANTANA FILHO V J Efeito da TENS convencional no requerimento deanalgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio imediato de herniorrafia inguinal 2003 Monografiaapresentada ao curso de fisioterapia para tiacutetulo de bacharel Universidade Tiradentes Aracaju2003

MELZACK R The McGill Pain Questionnaire major properties and scoring methods PainSeattle v 1 n 3 p 277-299 Sep 1975

MELZACK R WALL P O desafio da dor Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 1987189-250 p

MERINO C S Colecistectomiacutea laparoscoacutepica comparada con colecistectomiacutea claacutesica encolecistitis aguda Revista Chilena de Cirurgia Santiago v 53 n 1 p 53-59 2001

MERKEL S I GUSTEIN H B MALVIYA S Use of transcutaneous electrical nervestimulation in a young child with pain from open perineal lesions Journal of Pain andSymptom Management New York v 18 n 5 p 376-81 Nov 1999

MERSKEY H Some features of the history of the idea of pain Pain Seattle v 9 n 1 p 3-8 Aug 1980

MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO BRASIL Cuidados paliativos oncoloacutegicos controle da dorRio de Janeiro INCA 2001 16-32 p

MOINICHE S KEHLET H DAHL J B A qualitative and quantitative systematic reviewof preemptive analgesia for postoperative pain relief Anesthesiology Philadelphia v 96 n3 p 725-41 Mar 2002

MORIN C et al Differences between the sexes in post-surgical pain Pain Seattle v 85 n1-2 p 79-85 Mar 2000

MOTAMED C et al Preemptive intravenous morphine-6-glucuronide is ineffective forpostoperative pain relief Anesthesiology Philadelphia v 92 n 2 p 355-360 Feb 2000

118

NUNtildeEZ C N CARRASCO M P Estimulacioacuten eleacutectrica transcutaacutenea (EET) para reducirel dolor despueacutes de la cesaacuterea Ginecologiacutea y Obstetricia de Meacutexico Ciudad del Meacutexico v68 n 1 p 60-63 fev 2000

OacuteBRIEN et al apud TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendoparacircmetros de estimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85fDissertaccedilatildeo (mestrado em bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de SatildeoPaulo Ribeiratildeo Preto 2003

OLAUSSON B et al Effects of naloxone on dental pain threshold following muscleexercises and low frequency transcutaneous nerve stimulation a comparative study in manActa Physiologica Scandinavica Stockholm v 126 n 2 p 299-305 Sep 1986

ONG C K-S et al The efficacy of preemptive analgesia for acute postoperative painmanagement a meta-analysis Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 100 n 3 p 757-773Mar 2005

ORLOFF M J Fiacutegado e sistema biliar In DAVIS I Christopher Cliacutenica Ciruacutergica 2 edRio de Janeiro Guanabara Koogan 1970 772-783 p

PATINtildeO J F LONDONtildeO E GARCIacuteA L G Colecistectomia mini-traumaacuteticahospitalizacioacuten de corta estancia Revista Colombiana de Cirurgia Bogotaacute v 6 n 2 p 70-75 ago 1991

PEREIRA L V SOUSA F A E F Mensuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo da dor poacutes-operatoacuteria umabreve revisatildeo Revista Latino-americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 3 p 77-84 jul 1998

PEacuteREZ-AYUSO R M et al Historia natural de la colelitiasis Incidencia de colescistectomiacuteaen un aacuterea urbana y una rural mapuche en la uacuteltima deacutecada Revista Meacutedica de ChileSantiago v 130 n 7 p 723-730 jul 2002

PIMENTA C A M Avaliaccedilatildeo da experiecircncia dolorosa Revista de Medicina Satildeo Paulo v74 n 2 p 69-75 ago-set 1995

PIMENTA C A de M CRUZ Dde A L M da C SANTOS J L F dos Instrumentospara avaliaccedilatildeo da dor O que haacute de novo no nosso meio Arquivo Brasileiro deNeurocirurgia Satildeo Paulo v 17 n 1 p 15-24 jun 1998

PIMENTA C A TEIXEIRA M J Questionaacuterio de Dor Mcgill proposta de adaptaccedilatildeo paraa liacutengua portuguesa Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeiro v 47 n 2 p 177-186 ago 1997

PONTES R M C PRADO W A Presurgical ketoproten but not morphine dipyronediclofenac preempts post-incisional mechanica allodynia in rats Brazilian Journal ofMedical and Biological Research Ribeiratildeo Preto v 35 n 1 p 11-119 jan 2002

119

PRADO W A OLIVEIRA R Anti-hyperalgesic effect of electroacupuncture in a model ofpost-incisional pain in rats Brazilian Journal of Medical and Biological ResearchRibeiratildeo Preto v 33 n 8 p 957-960 ago 2000

PRIETO E J GEISINGER K F Factor-analytic studies of the McGill Pain QuestionnaireIn MELZACK R Pain measurement and assessment New York Raven Press 1983 63-70 p

RANG H P DALE M M Farmacologia 2 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1993460 p

READING A E The McGill Pain Questionnaire an appraisal In MELZACK R Painmeasurement and assessment New York Raven Press 1983 55-61 p

RIVERA A R F Incisioacuten transversa contra incisioacuten media en colecistectomiacutea Cuaacutel esmenos dolorosa Cirurgiacutea General v 18 n 3 p 178-181 jul-set 1996

ROBINSON A J Instrumentaccedilatildeo para eletrotrerapia In ROBINSON A J SNYDER-MACKLER L Eletrofisiologia cliacutenica eletroterapia e teste eletrofisoloacutegico 2 ed PortoAlegre Artmed 2001 43-83 p

ROSAEG O P et al Effect of preemptive multimodal analgesia for arthroscopic KneeLigament repair Regional Anesthesia and Pain Medicine Seattle v 26 n 2 p 125-130Mar-Apr 2001

ROSLYN J J ZINNER M J Gallbladder and extra-hepatic billiary system InSCHWARTZ S I SHIRES G T SPENCER F C 6 ed Principles of surgery EstadosUnidos Mc Graw Hill 1996 1367-1399 p

SALAR G JOB I MINGRINO S et al Effects of transcutaneous electrotherapy on CSFb-endorphin content in patients without pain problems Pain Seattle v 10 n 2 p 169-172apr 1981

SALGADO A S I Manual cliacutenico de eletrofisioterapia Londrina Midiograf 1999 112-147 p

SANTIESTEBAN A J Agentes fiacutesicos e dor muacutesculo-esqueleacutetica In GOULD J AFisioterapia na ortopedia e na medicina do esporte 2 ed Satildeo Paulo Manole 1993 181-193 p

SANTOS et al Aplicaccedilatildeo da TENS de alta e baixa frequumlecircncias no poacutes-operatoacuterio imediato decolecistectomia convencional In VI CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICAPIBICUFS 2004 Universidade Federal de Sergipe Anais Satildeo Cristoacutevatildeo UniversidadeFederal de Sergipe 2004 p242

SCHWARTZ S I SHIRES G T SPENCER F C Princiacutepios de cirurgia 6ed MeacutexicoInteramericana 1996 416-449 p

120

SEKAR C et al Preemptive analgesia for postoperative relief in lumbosacral spine surgeriesa randomized controlled trial The Spine Journal La Grange v 4 n 3 p 261-264 May-Jun 2004

SILVA P Anesteacutesicos locais e outros faacutermacos que afetam os canais iocircnicos In RANG HP DALE M M RITTER J M Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1998 485-505 p

SILVEIRA I A M LIMA P A L Estudo da reduccedilatildeo de custo no hospital SatildeoDomingos Saacutevio com a utilizaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia inguinal2004 Monografia para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de bacharel em fisioterapia UniversidadeTiradentes Aracaju 2004

SINATRA R Role of COX-2 inhibitors in the evolution of acute pain management Journalof Pain and Sympton Management New York v 24 n 1S p S18-27 Jul 2002

SLUKA K A Systemic morphine in combination with TENS produces an increaseantihyperalgesia in rats with acute inflamation The Journal of Pain Philadelphia v 1 n 3p 204-211 Sep 2000

SLUKA K A et al Spinal blockade of opiod receptors prevents the analgesia produced byTENS in arthritic rats The Journal of Pharmacology and Experimental TherapeuticsBethesda v 289 n 2 p 840-846 May 1999

SLUKA K A et al Low frequency TENS is less effective than high frequency TENS atreducing inflammation-induced hyperalgesia in morphine-tolerant in rats European Journalof Pain Erlangen v 4 n 2 p 185-93 Jun 2000

SLUKA K A WALSH D Transcutaneous electrical nerve stimulation basic sciencemechanisms and clinical effectiveness The Journal of Pain Philadelphia v 4 n 3 p 109-121 Apr 2003

SOFAER B Assessing pain In______ Pain a handbook for nurses 2 ed New YorkChapman amp Hall 1994 44-57 p

SORKIN B A et al Chronic pain in young and old patients differences appear lessimportant than similarities J Gerontol Psychol Sci Washington v 45 n 2 p 64-68 Mar1990

SPOacuteSITO M M M Manual de medicina fiacutesica e de reabilitaccedilatildeo Satildeo Paulo [sn] 199373-93 p

STARKEY C Agentes eleacutetricos In ______ Recursos terapecircuticos em fisioterapia SatildeoPaulo Manole 2001 176-276 p

TAYLOR D New ways to contain post-op pain 2002 Disponiacutevel em lthttp wwwoutpatientsurgerynet2002os08f2shtmlgt Acesso em 22 de outubro de 2004

TEIXEIRA M J Fisiopatologia da dor neuropaacutetica In ANDRADE FILHO A C de CDor diagnoacutestico e tratamento Roca Satildeo Paulo 2001 7-42 p

121

TEIXEIRA M J SOUZA A C F Dor ndashndash evoluccedilatildeo histoacuterica dos conhecimentos InTEIXEIRA M J FIGUEIROacute J A B Dor epidemiologia fisiopatologia avaliaccedilatildeosiacutendromes dolorosas e tratamento Satildeo Paulo Grupo Editorial Moreira Jr 2001 8-13 p

TEIXEIRA M J et al Avaliaccedilatildeo da dor fundamentos teoacutericos e anaacutelise criacutetica Revista deMedicina Satildeo Paulo v 78 n 2 (pt 1) p 85-114 abr 1999

THOMSON A SKINNER A PIERCY J Habilidades da fisioterapia In ______Fisioterapia de Tidy 12 ed Satildeo Paulo Santos 1994 417-465 p

TORRE A et al Analgesia Preventiva Revista Venezuelana de Anestesiologia Caracasv 7 n 1 p 15-26 jun 2002

TOYOTA S STATAKE T AMAKI Y Transcutaneous electrical nerve stimulation as analternative therapy for microlaryngeal endoscopic surgery Anesthesia amp AnalgesiaBaltimore v 89 n 5 p 1236-8 Nov 1999

TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendo paracircmetros deestimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85f Dissertaccedilatildeo (mestradoem bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade de Medicina de RibeiratildeoPreto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto2003

TURK D C OKIFUJI A SCHARFF L Chronic pain and depression role of perceivedimpact and perceived control in different ages cohorts Pain Seattle v 61 n 1 p 93-101Apr 1995

VALE F M Dor Novos aspectos fisiopatoloacutegicos e consequumlentes estrateacutegiasfarmacoloacutegicas Revista da Faculdade de Medicina de Lisboa Lisboa v 5 n 5 p 291-304 set-out 2000

VEILLEUX S MELZACK R Pain in psychotic patients Experimental NeurologyMichigan v 52 n 1 p 535-543 Jul 1976

VETTER T R HEINER E J Discordance between patient self-reported visual analog scalepain scores and observed pain-related behavior in older children after surgery Journal ofClinical Anesthesia New York v 8 n 5 p 371-375 Aug 1996

WALL P D The prevention of postoperative pain Pain Seattle v 33 n 2 p 289-90 May1988

WALSH D M et al Transcutaneous electrical nerve stimulation effect of peripheral nerveconduction mechanical pain threshold and tactile threshold in humans Archives of PhysicalMedicine and Rehabilitation Philadelphia v 79 n 9 p 1051-8 Sep 1998

WANG B et al Effect of the intensity of transcutaneous acupoint electrical stimulation onthe postoperative analgesic requirement Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 85 n 2 p406-413 Aug 1997

122

WARNCKE T STUBHAUG A JORUM E Preinjury treatment with morphine orketamine inhibits the development of experimentally induced secondary hyperalgesia in manPain Seattle v 86 n 1-2 p 293-303 Mar 2000

WAY L W DUNPHY J E Biliary tract In WAY L W DUNPHY J E Cirurgiadiagnoacutestico e tratamento 9 ed Rio de Janeiro Guanabara koogan 1993 525-552 p

WILKIESON C A et al Toleration side-effects an efficacy of sulphasalazine in rheumatoidarthritis patients of different ages Quarterly Journal of Medicine Oxford v 86 n 8 p501-505 Aug 1993

WOOD L Fisiologia da dor In KITCHEN S BAZIN S Eletroterapia de Clayton 10ed Satildeo Paulo Manole 1998 80-85 p

WOOLF C J CHONG M-S Preemptive analgesia treating postoperative pain bypreventing the establishment of central sensitization Anesthesia amp Analgesia Baltimore v77 n 2 p 362-379 Aug 1993

WU W-P et al The very-high-efficacy 5-HT1A receptor agonist F 13640 preempts thedevelopment of allodynia-like behaviors in rats with spinal cord injury European Journal ofPharmacology Utrecht v 478 n 2-3 p 131-137 Oct 2003

YENG L T et al Medicina fiacutesica e reabilitaccedilatildeo em doentes com dor crocircnica In TEIXEIRAM J FIGUEIROacute J A B Dor epidemiologia fisiopatologia avaliaccedilatildeo siacutendromesdolorosas e tratamento Satildeo Paulo Grupo Editorial Moreira Jr 2001 131-140 p

ZAacuteRATE E et al The use of transcutaneous acupoint electrical stimulation for preveningnausea and vomiting after laparoscopic surgery Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 92 n3 p 629-35 Mar 2001

ZHOU G Z XI G F Comparison between transcutaneous nerve stimulation analgesiceffect and electroacupuncture Analgesic effect in rabbits Acupuncture and Electro-therapeutics Research Oxford v 11 n 2 p 119-125 May 1986

123

APEcircNDICE

124

APEcircNDICE

APEcircNDICE A ndashndash Ficha de identificaccedilatildeo da paciente

Nuacutemero do estudo __________

Leito__________

Data da cirurgia __________

Hospital ________________________________

Nome___________________________________

Prontuaacuterio da paciente ______________

Idade ________ Peso ________ Estatura ________ Sexo ( ) M ( ) F

Diagnoacutestico cliacutenico _______________________________

Profissatildeo ________________________

Naturalidade _____________________

Niacutevel de escolaridade ( ) Nunca estudou ( ) 1deg grau incompleto ( ) 1deg grau completo

( )2deg grau incompleto ( )2deg grau completo ( )3deg grau incompleto ( )3deg grau completo

Possui ( ) Hepatopatia ( ) Nefropatia ( ) Algum tipo de enfermidade maligna

( ) Hipertensatildeo arterial ( ) Diabetes Outra_________________

Sentia dor Em caso de sim haacute quanto tempo ____________________________________

Utilizava algum medicamento para combatecirc-la ( ) Sim ( ) Natildeo

Qual _____________________________

Faz ou fez uso de algum outro tipo de medicaccedilatildeo para combater essa dor Em caso de sim

qual e haacute quanto tempo

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

125

APEcircNDICE B ndashndash Termo de consentimento livre e esclarecido

A senhora seraacute submetida a uma cirurgia na qual o tratamento poacutes-ciruacutergico eacute feito

com remeacutedios para aliviar a dor A nossa pesquisa intitulada ldquoESTIMULACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

TRANSCUTAcircNEA DO NERVO ANALGESIA PREEMPTIVA EM COLECISTECTOMIA

POR LAPAROTOMIArdquo usaraacute antes da realizaccedilatildeo da cirurgia durante 60 minutos um

aparelho chamado TENS Queremos saber no periacuteodo poacutes-operatoacuterio o seu niacutevel de dor e a

sua satisfaccedilatildeo com o tratamento Esse tipo de tratamento por noacutes proposto natildeo promove danos

lesivos agrave sua sauacutede e natildeo oferece fatores de risco O fato de vocecirc concordar em participar

desse estudo natildeo implica prejuiacutezo agrave sauacutede bem assim natildeo alteraraacute de nenhuma forma o

tratamento jaacute estabelecido

Eu ________________________________ RG _____________________ fui

informada dos objetivos da pesquisa acima de maneira clara e detalhada Recebi informaccedilotildees

a respeito do tratamento proposto e esclareci minhas duacutevidas Sei que a qualquer momento

poderei solicitar novas informaccedilotildees e modificar minha decisatildeo se assim o desejar Sei tambeacutem

que todos os dados dessa pesquisa ficaratildeo em sigilo e terei a liberdade de retirar meu

consentimento de participaccedilatildeo na pesquisa

________________________________ ____________________________

Paciente Pesquisador

Digital (para caso de pacientes natildeo letrados)

126

APEcircNDICE C ndashndash Ficha de aplicaccedilatildeo da TENS e do ato ciruacutergico

APLICACcedilAtildeO DA TENS

Nuacutemero do estudo ________ Leito__________

Grupo a que pertence a paciente ( ) Preemptivo ( ) Placebo

Paracircmetros de aplicaccedilatildeo da TENS duraccedilatildeo de pulso (T) = 250 micros frequumlecircncia (F) = 4 Hz

e tempo = 60 min

Iniacutecio da aplicaccedilatildeo _____________h

Teacutermino da aplicaccedilatildeo ___________h

Obs _______________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ATO CIRUacuteRGICO

ASA I ( ) II ( )

Horaacuterio de induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ____________h

Medicaccedilatildeo anesteacutesica _________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Horaacuterio da cirurgia Iniacutecio ________h Teacutermino ________ h

Duraccedilatildeo da cirurgia _____________min

Meacutedico cirurgiatildeo ______________________________

Meacutedico anestesista _____________________________

Houve alguma intercorrecircncia ciruacutergica ( )Sim ( ) Natildeo

Horaacuterio da intercorrecircncia ______h

OBS_______________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Obs Lembrar de solicitar ao cirurgiatildeo que a dipirona seja prescrita de 6 em 6 h e o

diclofenaco de soacutedio e a metoclopramida como medicaccedilatildeo de resgate Informaacute-lo que essa

prescriccedilatildeo deveraacute ser procedida durante todo o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar

127

APEcircNDICE D ndashndash Ficha de avaliaccedilatildeo da dor pela Escala Numeacuterica de

Mensuraccedilatildeo da Dor

Nuacutemero do estudo_____ Leito __________________Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________Nome da paciente_______________________________________Horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio Anesteacutesico __________h-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------1) Horaacuterio_______h (2 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)

ENDa na cicatriz_______ENDa em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

2) Horaacuterio_______h (3 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDb na cicatriz_______ENDb em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

3) Horaacuterio_______h (4 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDc na cicatriz_______ENDc em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

4) Horaacuterio_______h (5 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDd na cicatriz_______ENDd em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________

Obs______________________________________________________________________

5) Horaacuterio_______h (7 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDe na cicatriz_______ENDe em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) _________________________Obs_____________________________________________________________________

6) Horaacuterio_______h (8 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDf na cicatriz_______ENDf em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

7) Horaacuterio_______h (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDg na cicatriz_______ENDg em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

8) Horaacuterio_______h (agraves 0700 h do dia de alta hospitalar)ENDh na cicatriz_______ENDh em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________Sentiu dor no ombro em algum momento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio _________________

128

APEcircNDICE E ndashndash Questionaacuterio de Dor McGill

Nuacutemero do estudo_____ Leito__________Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________Nome da paciente_______________________________________Aplicaccedilatildeo do MPQ (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico) __________hldquoAlgumas das palavras que eu vou ler descrevem a sua dor atual Diga-me qual palavra de cada grupomelhor descreve a sua dor Natildeo escolha aquelas que natildeo se aplicam Escolha somente uma palavra decada grupo a mais adequada para a descriccedilatildeo de sua dor Caso nenhuma palavra expresse a sua dorvocecirc pode dizer nenhumardquo

1ordf

( ) 1VIBRACcedilAtildeO

( ) 2TREMOR

( ) 3PULSANTE

( ) 4LATEJANTE

( ) 5COMO BATIDA

( ) 6COMO PANCADA

2ordf

( ) 1PONTADA

( ) 2CHOQUE

( ) 3TIRO

3ordf

( ) 1AGULHADA

( ) 2PERFURANTE

( ) 3FACADA

( ) 4PUNHALADA

( ) 5EM LANCcedilA

4ordf

( ) 1FINA

( ) 2CORTANTE

( ) 3ESTRACcedilALHA

5ordf

( ) 1BELISCAtildeO

( ) 2PRESSAtildeO

( ) 3MORDIDA

( ) 4COacuteLICA

( ) 5ESMAGAMENTO

6ordf

( ) 1FISGADA

( ) 2PUXAtildeO

( ) 3EM TORCcedilAtildeO

7ordf

( ) 1CALOR

( ) 2QUEIMACcedilAtildeO

( ) 3FERVENTE

( ) 4EM BRASA

8ordf

( ) 1FORMIGAMENTO

( ) 2COCEIRA

( ) 3ARDOR

( ) 4FERROADA

9ordf

( ) 1MAL LOCALIZADA

( ) 2DOLORIDA

( ) 3MACHUCADA

( ) 4DOIacuteDA

( ) 5PESADA

10ordf

( ) 1SENSIacuteVEL

( ) 2ESTICADA

( ) 3ESFOLANTE

( ) 4RACHANDO

11ordf

( ) 1CANSATIVA

( ) 2EXAUSTIVA

12ordf

( ) 1ENJOADA

( ) 2SUFOCANTE

13ordf

( ) 1CASTIGANTE

( ) 2ATORMENTA

( ) 3ATERRORIZANTE

( ) 4MALDITA

( ) 5MORTAL

14ordf

( ) 1AMEDRONTADA

( ) 2APAVORANTE

( ) 3CRUEL

15ordf

( ) 1MISERAacuteVEL

( ) 2ENLOUQUECEDORA

16ordf

( ) 1CHATA

( ) 2QUE INCOMODA

( ) 3DESGASTANTE

( ) 4FORTE

( ) 5INSUPORTAacuteVEL

129

17ordf

( ) 1ESPALHA

( ) 2IRRADIA

( ) 3PENETRA

( ) 4ATRAVESSA

18ordf

( ) 1APERTA

( ) 2ADORMECE

( ) 3REPUXA

( ) 4ESPREME

( ) 5RASGA

19ordf

( ) 1FRIA

( ) 2GELADA

( ) 3CONGELANTE

20ordf

( ) 1ABORRECIDA

( ) 2DAacute NAacuteUSEA

( ) 3AGONIZANTE

( ) 4PAVOROSA

( ) 5TORTURANTE

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Iacutendice Quantitativo de Dor

Sensorial SensorialAfetiva Afetiva

Avaliativa AvaliativaMiscelacircnea Miscelacircnea

Total Total

130

APEcircNDICE F ndashndash Ficha de avaliaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo dos pacientes pela Escala

de Satisfaccedilatildeo do Paciente

Nuacutemero do estudo_____

Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________

Nome da paciente_______________________________________

Horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio Anesteacutesico __________h

Leito__________

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

1) Horaacuterio_______h (3 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPb_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

2) Horaacuterio_______h (5 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPd_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

3) Horaacuterio_______h (8 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio o bloqueio)ESPf_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

4) Horaacuterio________h (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPg_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

5) Horaacuterio________h (momento da alta hospitalar)ESPh_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

131

APEcircNDICE G ndashndash Ficha de registro da administraccedilatildeo de faacutermacos no poacutes-operatoacuterio

Qual o tempo decorrido desde a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ateacute a 1ordf requisiccedilatildeo deanalgeacutesicos _____

MEDICAMENTO DIA DOSE HORAacuteRIO VIA DE ADMINISTRACcedilAtildeO

DIPIRONA

_____________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

DICLOFENACO DE

SOacuteDIO

_____________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

METOCLOPRAMIDA

____________________________________________

____________________________________________________

________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

OUTROS

____________________________________________

____________________________________________________

________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

Observaccedilotildees sobre naacuteuseas e ecircmesis____________________________________________________________________________________________________________________________

132

APEcircNDICE H ndashndash Questionaacuterio sobre a aplicaccedilatildeo da TENS

As perguntas que eu vou ler para a senhora referem-se agrave TENS (Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica

Transcutacircnea do Nervo) aquele aparelho que foi utilizado na senhora antes da cirurgia

1) A aplicaccedilatildeo da TENS

( ) Natildeo incomodou

( ) Incomodou um pouco

( ) Incomodou razoavelmente

( ) Incomodou muito

2) Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dor poacutes-operatoacuteriausar

( ) Somente a TENS

( ) Somente os medicamentos

( ) A TENS e os medicamentos

133

APEcircNDICE I ndashndash Lista de tabelas com os resultados da pesquisa

Tabela 13 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo preemptivoPaciente a b c d e f g h

1deg 4 3 4 4 3 3 2 22deg 0 0 0 0 0 0 3 03deg 5 5 55 8 8 5 0 04deg 0 0 4 3 75 75 9 35deg 0 2 4 3 5 5 10 06deg 0 0 0 0 5 6 0 77deg 0 0 0 0 0 0 0 08deg 0 0 0 0 0 0 3 29deg 0 0 0 0 1 4 6 0

10deg 0 2 1 3 3 0 2 311deg 0 0 0 5 0 6 3 112deg 0 0 3 3 2 0 3 313deg 0 2 3 6 3 3 4 014deg 0 0 10 10 3 5 7 115deg 3 3 1 3 3 2 2 016deg 0 0 0 0 4 4 6 017deg 0 0 5 3 8 4 3 018deg 0 0 0 0 0 0 3 019deg 0 0 0 0 4 7 9 020deg 0 0 0 0 0 2 2 021deg 0 0 0 1 3 3 2 022deg 0 0 0 2 0 2 0 023deg 5 7 4 7 9 8 8 224deg 0 0 0 35 6 6 1 025deg 4 5 6 5 3 3 2 0

a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da altahospitalar)

134

Tabela 14 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo placeboPaciente a b c d e F g h

1deg 0 0 0 1 5 10 4 42deg 1 1 0 2 3 1 4 23deg 0 0 3 5 10 10 5 54deg 3 5 3 3 3 3 0 25deg 0 0 0 0 4 8 7 46deg 5 5 8 8 3 3 0 07deg 0 0 4 5 9 9 6 08deg 5 10 10 0 0 0 7 19deg 0 2 4 10 8 9 3 8

10deg 0 0 0 0 0 2 3 411deg 0 0 1 4 5 8 7 412deg 0 0 1 4 4 5 5 013deg 0 6 7 4 45 3 3 314deg 0 1 9 9 6 6 4 215deg 0 0 0 4 6 7 5 016deg 0 0 6 10 2 3 4 017deg 1 5 7 8 8 5 4 118deg 0 0 5 8 2 2 3 019deg 0 0 2 3 5 6 0 020deg 0 0 0 10 9 2 6 021deg 2 3 6 7 2 3 3 122deg 0 5 7 2 4 0 0 023deg 0 7 0 0 0 0 1 024deg 0 3 8 8 8 9 8 325deg 1 3 5 5 8 8 0 0

a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da altahospitalar)

135

Tabela 15 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupopreemptivo com o tratamento que estava sendo realizado obtidospela Escala de Satisfaccedilatildeo dos PacientesPaciente b d f g h

1deg 8 8 9 9 92deg 8 10 10 10 103deg 8 8 9 9 94deg 9 9 9 95 105deg 8 10 10 10 106deg 8 8 10 10 107deg 10 10 10 10 108deg 10 10 10 10 109deg 10 10 10 10 10

10deg 10 10 10 10 1011deg 10 10 10 10 1012deg 10 10 10 10 1013deg 10 10 8 10 1014deg 10 10 10 10 1015deg 9 9 9 9 1016deg 8 8 8 9 1017deg 10 10 10 10 1018deg 10 10 10 10 1019deg 10 9 8 6 1020deg 10 10 10 10 1021deg 10 10 10 10 1022deg 10 10 8 9 1023deg 10 10 10 10 1024deg 10 10 10 10 1025deg 10 10 10 10 10

b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)

136

Tabela 16 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupoplacebo com o tratamento que estava sendo realizado obtidos pelaEscala de Satisfaccedilatildeo dos PacientesPaciente b d f g h

1deg 8 10 7 10 82deg 8 8 9 9 93deg 10 10 10 10 104deg 10 10 10 10 105deg 10 10 10 10 106deg 10 10 10 10 107deg 9 6 8 8 98deg 8 8 8 4 39deg 5 5 5 8 10

10deg - - - - -11deg 10 10 10 10 1012deg 7 7 7 5 513deg 9 9 9 9 1014deg 8 6 9 9 1015deg 10 10 8 10 1016deg 10 9 10 10 1017deg 8 10 10 10 1018deg 10 10 10 10 1019deg 10 10 10 10 1020deg 8 10 10 10 1021deg 8 10 10 10 1022deg 10 10 10 10 1023deg 10 10 10 10 1024deg 10 8 9 10 1025deg 10 10 10 10 10

b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar) A 10deg paciente desse grupo natildeo conseguiu compreender a Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

137

Tabela 17 ndashndash Uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico e tempo decorrido desde essa induccedilatildeo ateacute a primeira solicitaccedilatildeodessa droga nos grupos preemptivo e placebo

Uso de diclofenaco de soacutedio Tempo (min)

Paciente Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo

1deg Natildeo Sim - 2302deg Natildeo Natildeo - -3deg Natildeo Sim - 4404deg Natildeo Sim - 2255deg Sim Sim 224 6906deg Natildeo Sim - 5057deg Natildeo Natildeo - -8deg Sim Sim 805 3009deg Sim Natildeo 465 -

10deg Natildeo Sim - 84011deg Sim Natildeo 435 -12deg Sim Natildeo 415 -13deg Sim Sim 330 41014deg Sim Sim 310 36015deg Natildeo Sim - 72216deg Sim Natildeo 716 -17deg Sim Sim 685 40018deg Sim Sim 570 39519deg Natildeo Natildeo - -20deg Natildeo Sim - 61521deg Natildeo Sim - 42022deg Natildeo Natildeo - -23deg Sim Sim 305 50024deg Sim Natildeo 590 -25deg Natildeo Natildeo - -

138

Tabela 18 ndashndash Presenccedila de dor no ombro direito noperiacuteodo poacutes-operatoacuterio nas pacientes dos grupospreemptivo e placebo

Relato de dor no ombro direito

Paciente Grupo preemptivo Grupo placebo

1deg Natildeo Sim2deg Sim Natildeo3deg Natildeo Natildeo4deg Natildeo Sim5deg Sim Sim6deg Natildeo Natildeo7deg Natildeo Natildeo8deg Natildeo Natildeo9deg Sim Natildeo10deg Natildeo Natildeo11deg Natildeo Natildeo12deg Natildeo Sim13deg Natildeo Natildeo14deg Sim Sim15deg Sim Natildeo16deg Natildeo Natildeo17deg Sim Natildeo18deg Natildeo Sim19deg Sim Natildeo20deg Natildeo Natildeo21deg Sim Natildeo22deg Sim Sim23deg Natildeo Natildeo24deg Sim Natildeo25deg Natildeo Sim

139

Tabela 19 ndashndash Quantidade de vezes em que a metoclopramida o diclofenaco de soacutedio e adipirona foram administradas em cada paciente durante todo o periacuteodo poacutes-operatoacuterio em queelas estavam internadas

Metoclopramida (10 mg) Diclofenaco de soacutedio(75 mg)

Dipirona (1 g)

Paciente Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo

1deg - - - 1 7 72deg 1 - 2 2 4 73deg - - - 1 7 74deg - - 1 1 7 75deg - - 2 3 4 76deg - 2 - 1 7 67deg 1 2 - - 6 78deg 1 - 1 2 7 79deg - - 3 - 6 7

10deg 3 - - 1 3 711deg - - 1 - 7 612deg 1 - 1 - 7 713deg - - 1 2 7 714deg - 2 3 1 7 715deg - 2 - 2 7 416deg - 1 - - 7 617deg - 1 1 1 7 718deg - - 1 3 7 719deg - - - 1 6 720deg - - 1 3 7 721deg - - - 1 7 722deg - - 1 1 7 423deg - 2 1 2 7 224deg - 1 3 - 3 425deg - - - 1 7 3

  • ElementosPre-textuaispdf
  • EstimulaccedilatildeoEleacutetricaTranscutacircneaDoNervo-AnalgesiaPreemptivapdf

ABSTRACT

GUERRA D R Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation preemptive analgesia inopen cholecystectomy 2005 139 f Masterrsquos dissertation ndashndash Faculdade de Medicina deRibeiratildeo Preto Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto 2005

Introduction Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation (TENS) has been searched in the

postoperative period however these studies donrsquot analyze whether low frequency TENS ndashndash

that stimulates the release of endogenous opioids ndashndash could be efficient to provide preemptive

analgesia Objective The aim of this study was to verify whether low frequency TENS

applied before open cholecystectomies could provide it Cases and method It was a

controlled randomized and double-blinded trial carried out at the Hospital Satildeo Domingos

Saacutevio (Aracaju city Brazil) and had a sample of 50 patients preemptive group (n = 25) and

placebo (n = 25) The patients from the first group were submitted to the application of TENS

before the surgery and the placebo group to a false stimulation There was the standardization

of the bupivacaine (05 ) as anesthetic drug plus fentanyl (2 ml) for the accomplishment of

the cholecystectomies and of the analgesic medication used in the postoperative period

dipyrone prescribed for every 6 hours and diclofenac only if the patients complained about

pain Pain intensity was measured by the Numerical Rating Scale (NRS) in 8 moments (2frac12

3frac12 4frac12 5frac12 7 8 e 16 hours after inducing the anesthesia besides one last verification at the

hospital discharge) and by the Brazilian version of the McGill Pain Questionnaire (Br-MPQ)

applied 16 hours after inducing the anesthesia Patient satisfaction level in relation to the

treatment was measured by the Patient Satisfaction Scale (PSS) The data were analyzed by

Mann-Whitney Test unpaired t-test and qui-square being significant those data with p lt

005 Results Pain intensity measured by the NRS was lower in the preemptive group in the

third and fourth verifications There was no difference neither in relation to the indexes

obtained with the Br-MPQ nor the PSS consume of analgesics in the postoperative and time

for the first request of diclofenac Conclusion Low frequency TENS provided preemptive

analgesia after open cholecystectomy

Keywords pain transcutaneous electrical nerve stimulation cholecystectomy preemptive

analgesia

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 ndashndash Aparelho Dualpex 961

Figura 2 ndashndash Aparelho Physiotonus Four

Figura 3 ndashndash Simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENS

Figura 4 ndashndash Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor numerada de 0 a 10cm

Graacutefico 1 ndashndash Representaccedilatildeo das idades das pacientes

Graacutefico 2 ndashndash Representaccedilatildeo dos pesos das pacientes

Graacutefico 3 ndashndash Representaccedilatildeo das estaturas das pacientes

Graacutefico 4 ndashndash Representaccedilatildeo dos Iacutendices de Massa Corporal (IMC) das pacientes

Graacutefico 5 ndashndash Relato das pacientes sobre o periacuteodo em meses em que vinham sentindodor devido agrave doenccedila da vesiacutecula biliar

Graacutefico 6 ndashndash Estado fiacutesico das pacientes de acordo com a classificaccedilatildeo da SociedadeAmericana de Anestesiologia

Graacutefico 7 ndashndash Relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos antes da colecistectomiapara o tratamento da dor decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou deoutras doenccedilas crocircnicas

Graacutefico 8 ndashndash Representaccedilatildeo do tempo decorrido desde o teacutermino da aplicaccedilatildeo daEstimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo ateacute a induccedilatildeo do bloqueioAnesteacutesico nas pacientes

Graacutefico 9 ndashndash Representaccedilatildeo da duraccedilatildeo das cirurgias

Graacutefico 10 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia da intensidade de dor incisional por meio daEND (Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)

Graacutefico 11 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento queestava sendo realizado obtida pela ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente)

Graacutefico 12 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total eem cada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivoe placebo

Graacutefico 13 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia do Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e emcada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo eplacebo

35

35

37

39

46

47

47

48

50

51

52

53

54

56

58

64

66

Graacutefico 14 ndashndash Representaccedilatildeo do consumo de diclofenaco de soacutedio pelas pacientes nasprimeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico

Graacutefico 15 ndashndash Representaccedilatildeo dos intervalos desde a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ateacute asolicitaccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio nas pacientes que assim a fizeram nasprimeiras 16 horas apoacutes tal induccedilatildeo

Graacutefico 16 ndashndash Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram diclofenaco de soacutedio desdeo iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar

Graacutefico 17 ndashndash Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram dipirona desde o iniacutecio doperiacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar

Graacutefico 18 ndashndash Ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes em algummomento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio durante a internaccedilatildeo hospitalar

Graacutefico 19 ndashndash Uso de metoclopramida pelas pacientes durante o periacuteodo de internaccedilatildeohospitalar

Graacutefico 20 ndashndash A aplicaccedilatildeo da TENS

Graacutefico 21 ndashndash Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dorpoacutes-operatoacuteria usar

67

68

69

70

71

72

73

74

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndashndash Dados demograacuteficos da amostra

Tabela 2 ndashndash Distribuiccedilatildeo da categoria de peso das pacientes de acordo com os dadosobtidos pelo iacutendice de massa corporal (IMC)

Tabela 3 ndashndash Niacutevel de escolaridade das pacientes

Tabela 4 ndashndash Diagnoacutestico cliacutenico das pacientes

Tabela 5 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) da intensidade de dorincisional mensurada por meio da END (Escala Numeacuterica deMensuraccedilatildeo da Dor

Tabela 6 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) do grau de satisfaccedilatildeodas pacientes com o tratamento que estava sendo realizado

Tabela 7 ndashndash Relaccedilatildeo dos descritores do Questionaacuterio de Dor McGill selecionadospelas pacientes

Tabela 8 ndashndash Nuacutemero de pacientes que selecionou cada subcategoria do Questionaacuterio deDor McGill

Tabela 9 ndashndash Descritores do Questionaacuterio de Dor McGill mais frequumlentementeselecionados pelas pacientes

Tabela 10 ndashndash Iacutendice do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill

Tabela 11 ndashndash Relaccedilatildeo do Nuacutemero de Palavras Escolhidas nas categorias sensorial(NWC-S) e afetiva (NWC-Af) entre os grupos preemptivo e placebo

Tabela 12ndashndash Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cada categoria doQuestionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placebo

Tabela 13 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo preemptivo

Tabela 14 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo placebo

Tabela 15 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupo preemptivo com otratamento que estava sendo realizado obtidos pela Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

Tabela 16 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupo placebo com otratamento que estava sendo realizado obtidos pela Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

46

49

49

49

55

57

60

61

62

63

63

65

133

134

1356

Tabela 17 ndashndash Uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico e tempo decorrido desde essa induccedilatildeo ateacute a primeirasolicitaccedilatildeo dessa droga nos grupos preemptivo e placebo

Tabela 18 ndashndash Presenccedila de dor no ombro direito no periacuteodo poacutes-operatoacuterio naspacientes dos grupos preemptivo e placebo

Tabela 19 ndashndash Quantidade de vezes em que a metoclopramida o diclofenaco de soacutedio ea dipirona foram administradas em cada paciente durante todo o periacuteodopoacutes-operatoacuterio em que elas estavam internadas

136

137

138

139

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACTH

AMPc

ASA

acirc-LPH

END

ESP

Adrenocorticotropina

Adenosina monofosfato

American Society of Anesthesiology (Sociedade Americana de Anestesiologia)

acirc-lipotropina

Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente

IASP International Association for the Study of Pain (Associaccedilatildeo Internacional para o

Estudo da Dor)

IBA

IMC

MPQ

NMDA

NWC

NWC-t

NWC-s

NWC-af

NWC-av

NWC-m

PPI

Iniacutecio do Bloqueio Anesteacutesico

Iacutendice de Massa Corporal

McGill Pain Questionnaire (Questionaacuterio de Dor McGill)

N-metil-D-aspartato

Number of Words Chosen (Nuacutemero de Palavras Escolhidas)

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Total

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Sensorial

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Afetiva

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Avaliativa

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Miscelacircnea

Present Pain Intensity (Intensidade de Dor Presente)

PRI Pain Rating Iacutendex (Iacutendice Quantitativo de Dor)

RNA

SEM

Aacutecido Ribonucleacuteico

Standard Error Mean (Erro Padratildeo da Meacutedia)

SN

SUS

TENS

TNLs

VAS

Sistema Nervoso

Sistema Uacutenico de Sauacutede

Transcutaneus Electrical Nerve Stimulation (Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do

Nervo)

Terminaccedilotildees Nervosas Livres

Visual Analogue Scale (Escala Analoacutegica Visual)

LISTA DE SIacuteMBOLOS

cm Centiacutemetro

g

H+

K+

h

Hz

Kg

m

ml

min

micros

acirc

auml

divide2

Grama

Iacuteon hidrogecircnio

Iacuteon potaacutessio

Hora

Hertz

Kilograma

Metro

Mililitro

Minuto

Microsegundo

Beta

Delta

Qui-quadrado

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 18

2 OBJETIVO

3 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

31 DESENHO DO ESTUDO

32 LOCAL

33 CASUIacuteSTICA E CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO E EXCLUSAtildeO

34 INTERNAMENTO DAS PACIENTES

35 RANDOMIZACcedilAtildeO

36 AVALIACcedilAtildeO CLIacuteNICA

37 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

38 MATERIAIS

39 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

391 Os grupos de pacientes da pesquisa

392 Teacutecnica de aplicaccedilatildeo da TENS

393 Teacutecnica anesteacutesica

394 Cirurgia e prescriccedilatildeo de medicamentos

395 Instrumentos de coleta de dados

3951 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END)

3952 Questionaacuterio de Dor McGill

3953 Escala de Satisfaccedilatildeo dos Pacientes

3954 Ficha do consumo de faacutermacos

3955 Questionaacuterio sobre a aplicaccedilatildeo da TENS

310 ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS DADOS

311 TEacuteCNICA UTILIZADA PARA A DEMONSTRACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

27

29

29

29

29

32

33

33

34

34

35

35

36

37

38

39

39

40

41

42

42

43

43

4 RESULTADOS

5 DISCUSSAtildeO

51 DADOS DEMOGRAacuteFICOS E CLIacuteNICOS

52 ANAacuteLISE DA DOR PELA ESCALA NUMEacuteRICA DE MENSURACcedilAtildeO DA DOR

53 ANAacuteLISE DA SATISFACcedilAtildeO DAS PACIENTES COM O TRATAMENTO

44

75

76

79

90

54 ANAacuteLISE DA DOR PELO QUESTIONAacuteRIO DE DOR McGILL

55 TEMPO PARA A PRIMEIRA ADMINISTRACcedilAtildeO DO DICLOFENACO DE

SOacuteDIO

56 ANAacuteLISE DO CONSUMO DE ANALGEacuteSICOS NO POacuteS-OPERATOacuteRIO

57 DOR REFERIDA

58 ANAacuteLISE DO CONSUMO DE METOCLOPRAMIDA

59 QUESTIONAacuteRIO SOBRE A TENS

6 CONCLUSAtildeO

92

99

101

104

105

106

108

REFEREcircNCIAS 110

APEcircNDICES 123

18

INTRODUCcedilAtildeO

19

1 INTRODUCcedilAtildeO

A dor um dos mais importantes mecanismos de defesa do corpo humano propicia

um sinal de alerta ao enceacutefalo de que os tecidos estatildeo expostos a uma situaccedilatildeo de perigo

mesmo que a dor ocorra antes de um real dano fiacutesico Haacute longiacutenquo tempo o homem pesquisa

maneiras para aliviar a dor o que proporcionou vaacuterios avanccedilos no campo das modalidades

analgeacutesicas com destaque para os opioacuteides ndashndash entre os faacutermacos e na fisioterapia os

estimuladores eleacutetricos como a Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo (Transcutaneus

Electrical Nerve Stimulation ndashndash TENS) modalidade terapecircutica que consiste na aplicaccedilatildeo de

corrente eleacutetrica ao corpo humano com fins analgeacutesicos (CHANDRAN SLUKA 2003

DuGAS 1988 FORTH BEYER PETER 1995 LOW REED 2001 STARKEY 2001

TEIXEIRA SOUZA 2001 WOOD 1998)

A tecnologia e a ciecircncia deram suporte agrave TENS natildeo apenas pela criaccedilatildeo dos

modernos e praacuteticos aparelhos eletroteraacutepicos mas tambeacutem pelo conhecimento acerca do seu

mecanismo de accedilatildeo possibilitando que essa teacutecnica fosse amplamente difundida em vaacuterios

paiacuteses De um modo geral a TENS possui inuacutemeras indicaccedilotildees podendo ser aplicada em

qualquer siacutendrome dolorosa aguda ou crocircnica de causa diagnosticada inclusive no periacuteodo

poacutes-operatoacuterio (ANTUNES et al 2002 BUTTON SAWYER 1999 CREPON 1996

DAMIANE C DAMIANE G 1998 IMAMURA et al 1995 ROBINSON 2001

SANTIESTEBAN 1993 SLUKA WALSH 2003)

Ultimamente tem-se abordado bastante o uso da TENS para o tratamento de dores

poacutes-operatoacuterias como as decorrentes de cirurgias cardiacuteacas colecistectomias toracotomias

endoscopias microlariacutengeas cirurgias laparoscoacutepicas gastrectomias entre outras A TENS

tem sido na maioria das pesquisas um recurso analgeacutesico eficiente em poacutes-operatoacuterios na

dependecircncia do tipo de cirurgia metodologia empregada grau de dor gerado e medicaccedilatildeo

20

concorrente Todavia as pesquisas tecircm restringido seu uso somente ao periacuteodo poacutes-ciruacutergico

natildeo a empregando antes de cirurgias com o intuito de tratar a dor antes mesmo do seu

surgimento (BENEDETTI et al 1997 CARROL BADURA 2001 LOMBARD et al 1996

MARIANO BEN 1998 MARIN CASTRO 1986 TOYOTA SATAKE AMAKI 1999

ZAacuteRATE et al 2001)

Existem quatro modalidades de TENS convencional acupuntura burst e breve-

intensa A TENS acupuntura muito conhecida como TENS de baixa frequumlecircncia estimula a

liberaccedilatildeo pela glacircndula hipoacutefise de ACTH (adrenocorticotropina) e acirc-lipotropina (acirc-LPH)

que eacute a substacircncia precursora da acirc-endorfina ocorrendo entatildeo a ligaccedilatildeo dessa com os

receptores das fibras nervosas bloqueando assim a passagem do impulso doloroso As acirc-

endorfinas permaneceriam circulando pelo organismo durante algumas horas promovendo

analgesia prolongada Outros autores relatam que haacute tambeacutem com o uso da TENS de baixa

frequumlecircncia a liberaccedilatildeo de outros tipos de opioacuteides endoacutegenos (BISSCHOP G BISSCHOP

Eacute COMMANDREacute 2001 CHESTERTON et al 2003 CREPON 1996 DAMIANE C

DAMIANE G 1998 ROBINSON 2001 SALGADO 1999 SLUKA et al 1999 SLUKA

2000 STARKEY 2001)

O uso da TENS para o tratamento da dor poacutes-operatoacuteria eacute estimulado pela tendecircncia

atual da analgesia multimodal que se caracteriza pela combinaccedilatildeo sineacutergica de agentes

analgeacutesicos ndashndash farmacoloacutegicos e natildeo-farmacoloacutegicos ndashndash com diferentes mecanismos de accedilatildeo e

vias de administraccedilatildeo proporcionando analgesia mais efetiva e com menor incidecircncia de

efeitos adversos devido agraves menores dosagens empregadas (LABRADA JIMEacuteNEZ-

GARCIA 2004 TORRE et al 2002) Outros recursos natildeo-farmacoloacutegicos tambeacutem tecircm sido

usados como acupuntura eletroacupuntura termoterapia massoterapia cinesioterapia

posicionamento imobilizaccedilatildeo outras correntes eletroanalgeacutesicas e teacutecnicas de relaxamento

meditaccedilatildeo e imaginaccedilatildeo (SOFAER 1994 YENG et al 2001)

21

Seguindo esse conceito de analgesia multimodal alguns experimentos cliacutenicos tecircm

analisado o efeito da analgesia preemptiva O qualificativo traduzido livremente do inglecircs

para a liacutengua portuguesa tem origem da palavra preemptive e significa profilaacutetico Assim

drogas analgeacutesicas e anesteacutesicas tecircm sido administradas antes mesmo do ato ciruacutergico com o

objetivo de minimizar o quadro aacutelgico no poacutes-operatoacuterio por inibiccedilatildeo dos fenocircmenos de

hipersensibilidade central e perifeacuterica Embora satisfatoacuterios resultados jaacute tenham sido obtidos

com a utilizaccedilatildeo desse meacutetodo ainda existem muitas controveacutersias sobre o tema tendo em

vista algumas tentativas frustradas de se obter esse tipo de estrateacutegia de analgesia (AIDA et

al 1999 KONRAD CORDEIRO COELI 2001 MCQUAY 1995 MOINICHE KEHLET

DAHL 2002 ONG et al 2005 PONTES PRADO 2002 SEKAR et al 2004 SINATRA

2002 WARNCKE STUBHAUG JORUM 2000)

Uma das questotildees mais polecircmicas sobre a analgesia preemptiva reside no seu

proacuteprio conceito e eacute relevante que esse seja bem definido para evitar interpretaccedilotildees erradas de

resultados Kissin (1994) afirma que constantemente haacute um errocircneo uso do termo em questatildeo

que deve ser restrito apenas agrave intervenccedilatildeo procedida antes da cirurgia com o objetivo de

reduzir a dor poacutes-operatoacuteria De acordo com Hepner (2000) algumas pesquisas vg a de

Motamed (2000) tecircm analisado o efeito de drogas antes do fechamento da incisatildeo ciruacutergica o

que natildeo caracteriza a analgesia preemptiva jaacute que o procedimento natildeo fora realizado antes da

cirurgia (ONG et al 2005)

Kissin (2000) criticou as 3 definiccedilotildees mais usadas de analgesia preemptiva a)

tratamento que comeccedila antes da cirurgia b) que previne o estabelecimento da

hipersensibilidade central causada pela lesatildeo incisional e c) que previne a hipersensibilidade

central causada pelas lesotildees incisional e inflamatoacuteria A primeira seria errocircnea pois a palavra

preemptivo significa preventivo e natildeo somente antes da incisatildeo ciruacutergica Assim bloqueios

ineficientes natildeo podem ser considerados preemptivos A segunda seria muito restrita pois

22

exclui a hipersensibilidade central causada pela inflamaccedilatildeo que ocorre no periacuteodo poacutes-

operatoacuterio inicial ideacuteia ratificada por Ong et al (2005) Contudo essa eacute a mais utilizada visto

que as diferenccedilas entre os resultados obtidos com as intervenccedilotildees que se processam antes e

apoacutes a cirurgia a evidenciam A uacuteltima eacute a mais ampla pois tambeacutem abrange a prevenccedilatildeo da

hipersensibilidade provocada pelo processo inflamatoacuterio

Inicialmente seu conceito abrangia apenas o tempo de administraccedilatildeo da droga para

verificar seu efeito comparando os momentos preacute e poacutes-operatoacuterios poreacutem natildeo englobava os

estudos que comparavam tratamentos com uso de medicaccedilatildeo analgeacutesica preacute-operatoacuteria versus

aqueles que natildeo a utilizavam (MOINICHE KEHLET DAHL 2002) Esse eacute o conceito de

analgesia preemptiva que estamos utilizando nessa pesquisa em que iremos comparar o uso

da TENS no periacuteodo preacute-operatoacuterio com um grupo placebo e natildeo comparar o seu efeito preacute

versus poacutes-operatoacuterio Alguns autores consideram que esse desenho de estudo estabelecido

em nossa pesquisa verificaria apenas uma analgesia preventiva e natildeo preemptiva natildeo

obstante nos detemos agravequeles que tambeacutem consideram esse desenho como meacutetodo para

verificar analgesia preemptiva

A colecistectomia eacute a cirurgia realizada para extrair a vesiacutecula biliar que se encontra

enferma seja devido a caacutelculos inflamaccedilotildees eou infecccedilotildees tendo uma alta incidecircncia

principalmente sobre a populaccedilatildeo mais idosa Ela pode ser procedida por laparotomia ou

laparoscopia O primeiro meacutetodo que eacute mais agressivo proporciona dor de caraacuteter moderado

a intenso no poacutes-operatoacuterio em decorrecircncia da incisatildeo ciruacutergica manipulaccedilatildeo da regiatildeo

ocasional irritaccedilatildeo da pleura pulmonar diafragmaacutetica e do nervo frecircnico e processo

inflamatoacuterio (ANDRADE 2002 BLUMGART 1988 BRENTANO 2003 GOFFI GOFFI

JUacuteNIOR SORBELLO 1996 MACHADO RAIA 1994 MARIANO BEN 1998

MERINO 2001 PEREacuteZ-AYUSO 2002 ROSLYN ZINNER 1996 WAY DUNPHY

1993)

23

Quando ocorre a lesatildeo tecidual perifeacuterica ndashndash decorrente vg da cirurgia ndashndash haacute dois

tipos de respostas do Sistema Nervoso (SN) sensibilizaccedilatildeo perifeacuterica ndashndash que eacute a diminuiccedilatildeo

do limiar de excitabilidade dos nociceptores perifeacutericos e sensibilizaccedilatildeo central ndashndash aumento

da excitabilidade dos neurocircnios da medula espinhal Essas modificaccedilotildees determinaratildeo o

estado de hipersensibilidade dolorosa caracteriacutestico de poacutes-operatoacuterios em que se verifica

reduccedilatildeo do limiar de dor e aumento da resposta aos estiacutemulos nocivos tanto no local da lesatildeo

quanto nos tecidos adjacentes (VALE 2000 WOOLF CHONG 1993)

Sabe-se que apoacutes o trauma ciruacutergico altas concentraccedilotildees de substacircncias

algiogecircnicas satildeo liberadas de ceacutelulas lesadas como os leucoacutecitos mastoacutecitos e plaquetas e de

moleacuteculas livres presentes no interior dos vasos sanguumliacuteneos Dentre essas substacircncias

destacam-se prostaglandinas leucotrienos aacutecido araquidocircnico bradicininas H+ K+

histamina substacircncia P tromboxanos serotonina entre outras que satildeo capazes de

sensibilizar os nociceptores das fibras Aauml e C amplamente distribuiacutedos nos tecidos

facilitando a transmissatildeo do impulso doloroso fenocircmeno conhecido como hiperalgesia

primaacuteria caracterizado pela reduccedilatildeo do limiar das terminaccedilotildees nervosas livres (TNLs) aos

estiacutemulos nocivos Em algumas horas a hiperalgesia secundaacuteria aumenta o tamanho da aacuterea

dolorida agrave medida que substacircncias quiacutemicas se difundem aos tecidos vizinhos tornando-os

hipersensiacuteveis (BONICA et al 1990 BRIDENBAUGH 1994 KISSIN 2000 ONG et al

2005 SINATRA 2002 STARKEY 2001 WOOLF CHONG 1993)

Sob condiccedilotildees normais os impulsos das fibras aferentes primaacuterias e dos

interneurocircnios espinhais ativam somente a zona de gatilho da ceacutelula localizada no seu centro

natildeo sendo suficiente para deflagrar o potencial de accedilatildeo na regiatildeo adjacente a este sendo o

estiacutemulo entatildeo sublimiar Todavia quando essas ceacutelulas sofrem sensibilizaccedilatildeo esses inputs

que eram sublimiares satildeo convertidos em estiacutemulos supra-limiares A maior excitabilidade

dessas ceacutelulas eacute responsaacutevel pela expansatildeo do nuacutemero de receptores especializados aumento

24

da magnitude e duraccedilatildeo da resposta aos estiacutemulos supra-limiares e reduccedilatildeo do limiar

incluindo aumento da excitabilidade tambeacutem dos mecanorreceptores de baixo limiar

(WOOLF CHONG 1993)

Isso tudo ocorreria porque a repetida deflagraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo nas fibras Aauml

e C acarretaria liberaccedilatildeo na medula espinhal de aacutecido glutacircmico e neuropeptiacutedeos A somaccedilatildeo

desses potenciais provoca progressivo aumento e duraccedilatildeo da despolarizaccedilatildeo dos neurocircnios da

coluna dorsal que ocorre em consequumlecircncia agrave ativaccedilatildeo de receptores N-metil-D-aspartato

(NMDA) e possivelmente de receptores de taquininas pela substacircncia P e neurocinina A

Essa ativaccedilatildeo seria resultado da entrada de caacutelcio atraveacutes dos canais iocircnicos ligante e

voltagem dependentes e da ativaccedilatildeo de proteiacutenas guanosina trifosfato e promoveria

mudanccedilas da concentraccedilatildeo de mensageiros secundaacuterios nos neurocircnios espinhais Esses

mensageiros secundaacuterios incluindo o AMPc (adenosina monofosfato) ciacuteclico alteram a

ativaccedilatildeo da proteiacutena cinase que pela fosforilaccedilatildeo de proteiacutenas como canais iocircnicos e

enzimas podem alterar suas funccedilotildees A ativaccedilatildeo da proteiacutena quinase em resposta agrave substacircncia

P tem demonstrado exercer um efeito de feedback positivo nos receptores NMDA dos

neurocircnios espinhais aumentando a eficaacutecia deles pela reduccedilatildeo da sua suscetibilidade ao

bloqueio de Magneacutesio (WOOLF CHONG 1993)

Mensageiros secundaacuterios podem tambeacutem dar origem a moleacuteculas de natureza ainda

natildeo bem elucidada que penetram nos neurocircnios e alcanccedilam o nuacutecleo celular provocando

modificaccedilotildees em sua expressatildeo geneacutetica com subsequumlente siacutentese de RNA mensageiro Este

estimula a produccedilatildeo de moleacuteculas que atuam como receptores excitatoacuterios e tambeacutem estaacute

envolvido na siacutentese de neurotransmissores retroacutegrados como oacutexido niacutetrico monoacutexido de

carbono e prostaglandinas que se disseminam das ceacutelulas para o interstiacutecio acarretando

liberaccedilatildeo de mais neurotransmissores excitatoacuterios dos aferentes primaacuterios O termo wind up

tem sido empregado para descrever esse aumento da excitabilidade dos neurocircnios do corno

25

posterior da medula espinhal Parece existir tambeacutem sensibilizaccedilatildeo neuronal das estruturas do

sistema liacutembico e nuacutecleos talacircmicos (KELLY AHMAD BRULL 2001 SINATRA 2002

TEIXEIRA 2001 WOOLF CHONG 1993)

Opioacuteides ndashndash sistecircmicos ou locais ndashndash anesteacutesicos locais antiinflamatoacuterios natildeo-

esteroidais antagonistas de receptores NMDA e antagonistas do receptor aacute-2 adreneacutergico tecircm

sido usados na tentativa de promover analgesia preemptiva por meio da inibiccedilatildeo de alguns

desses fenocircmenos citados anteriormente contudo o uso de recursos natildeo-farmacoloacutegicos

ainda natildeo tem sido muito empregado para tal finalidade (AIDA et al 1999 GOTTSCHALK

OCHROCH 2003 MAESTRONI et al 2002 MOINICHE KEHLET DAHL 2002

ROSAEG et al 2001 SINATRA 2002 TAYLOR 2002 WU et al 2003)

Logo a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia no momento imediatamente anterior

agrave realizaccedilatildeo da colecistectomia por laparotomia tem o intuito de promover uma

eletroanalgesia preemptiva ndashndash por meio da minimizaccedilatildeo da hipersensibilidade central ndashndash que

poderia modular a dor poacutes-operatoacuteria nas suas propriedades mais marcantes latecircncia

duraccedilatildeo intensidade e remissatildeo Isso poderia ocorrer pois a TENS poderia estimular a

liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos que por sua vez iriam prevenir a sensibilizaccedilatildeo central

O emprego da TENS de baixa frequumlecircncia para o tratamento da dor poacutes-operatoacuteria

pode proporcionar uma diminuiccedilatildeo da administraccedilatildeo dos faacutermacos analgeacutesicos habitualmente

usados no poacutes-operatoacuterio evitando alguns efeitos adversos decorrentes do uso dessas drogas

eg naacuteuseas vocircmito reaccedilotildees toacutexicas e aleacutergicas hipotensatildeo retenccedilatildeo urinaacuteria sonolecircncia

depressatildeo respiratoacuteria convulsatildeo constipaccedilatildeo e prurido A TENS aleacutem de natildeo ocasionar

esses problemas eacute um meacutetodo natildeo-invasivo de faacutecil aplicabilidade e que tem um pequeno

nuacutemero de contra-indicaccedilotildees (ANTUNES et al 2002 CHEN et al 1998 EISENBAUER

MURPHY 1998 FRAMPTON 1998 JAFFE MARTIN 1991 MARIANO BEN 1998

SILVA 1998 SLUKA et al 1999 TRIBIOLI 2003) De acordo com a pesquisa de Silveira

26

e Lima (2004) a TENS utilizada como meacutetodo analgeacutesico no poacutes-operatoacuterio imediato de

hernioplastia inguinal foi economicamente mais viaacutevel do que o tratamento convencional

visto que houve significante reduccedilatildeo das despesas hospitalares durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo dos pacientes em virtude do menor consumo de analgeacutesicos seringas descartaacuteveis

agulhas aacutelcool algodatildeo e luvas descartaacuteveis ndashndash materiais natildeo-biodegradaacuteveis que podem

proporcionar poluiccedilatildeo ambiental apresentar certo grau toacutexico e ocasionar infecccedilotildees Ong et

al (2005) ressaltam sobre a relevacircncia de se diminuir os custos com medicamentos e que a

analgesia preemptiva talvez possa contribuir para tal

27

OBJETIVO

28

2 OBJETIVO

A presente pesquisa teve como objetivo analisar o efeito da TENS de baixa

frequumlecircncia como recurso analgeacutesico preemptivo em pacientes submetidas a colecistectomia

por laparotomia

29

CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

30

3 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

31 Desenho do Estudo

Esse estudo foi uma pesquisa cliacutenica prospectiva controlada randomizada e

duplamente encoberta

32 Local

A pesquisa foi procedida no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio privado localizado na

cidade de Aracaju no periacuteodo de dezembro de 2003 a abril de 2005 com a experimentaccedilatildeo

em pacientes que foram submetidos a colecistectomia por laparotomia com incisatildeo do tipo

transversa subcostal direita sendo utilizada a TENS de baixa frequumlecircncia

33 Casuiacutestica e Criteacuterios de Inclusatildeo e Exclusatildeo

Como criteacuterios de inclusatildeo ficou estabelecido que soacute participariam da pesquisa os

pacientes que

bull fossem submetidos agrave colecistectomia por laparotomia em caraacuteter eletivo apenas com

incisatildeo transversa subcostal

bull tivessem sido operados por meio de financiamento do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

numa tentativa de ldquopadronizarrdquo a classe social dos pacientes

bull fossem operados no periacuteodo da tarde para evitar possiacuteveis influecircncias do ciclo circadiano

(MORIN et al 2000)

31

bull pertencessem ao sexo feminino somente para evitar a possibilidade de influecircncia do sexo

na percepccedilatildeo do fenocircmeno doloroso A escolha do sexo teve como fator preponderante a

alta incidecircncia de colecistectomias sobre as mulheres implicando minimizaccedilatildeo da

dificuldade em se obter uma casuiacutestica satisfatoacuteria Ademais ateacute por fatores culturais as

mulheres da nossa sociedade satildeo consideradas no que se concerne aos seus relatos sobre

dor mais sinceras do que os homens que muitas vezes natildeo satildeo tatildeo fidedignos por

questotildees machistas a esses relatos

bull possuiacutessem idade entre 21 e 65 anos

bull pertencessem aos estados fiacutesicos I e II da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA)

ASA I eacute a classificaccedilatildeo empregada para pacientes saudaacuteveis que natildeo tenham doenccedila de

base e ASA 2 para os que possuem uma doenccedila de base controlada com ou sem drogas

bull fossem naturais do Brasil e que compreendessem bem a liacutengua portuguesa para evitar

possiacuteveis dificuldades durante a coleta de dados

bull natildeo tivessem distuacuterbios de audiccedilatildeo visatildeo ou fala

bull natildeo tivessem distuacuterbios mentais eou intelectuais para natildeo somente compreender e aceitar

participar da pesquisa mas tambeacutem natildeo apresentar empecilhos durante a coleta dos dados

(PIMENTA TEIXEIRA 1997)

bull nunca tivessem sido submetidas a algum tipo de cirurgia abdominal alta o que poderia

influenciar na percepccedilatildeo da dor visto que a percepccedilatildeo eacute influenciada por preacutevias

experiecircncias

bull e que natildeo fossem portadoras de algum tipo de hepatopatia ou nefropatia diagnosticadas

32

Natildeo participariam da pesquisa os pacientes

bull que tivessem diagnoacutestico de enfermidade maligna pelas caracteriacutesticas diferenciadas das

dores oncoloacutegicas (MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO BRASIL 2001)

bull em que a TENS fosse um recurso contra-indicado (eg feridas na regiatildeo onde deveriam

ser colocados os eletrodos)

bull que fizessem ou fizeram uso crocircnico de opioacuteides pelo desenvolvimento de toleracircncia agrave

TENS (SLUKA et al 2000)

bull que tivessem feito uso de drogas analgeacutesicas em um periacuteodo inferior a 7 dias

bull que jaacute tivessem conhecimento sobre a TENS ou sido submetidos a algum tratamento com

o uso da mesma

bull que possuiacutessem alergia ou contra-indicaccedilatildeo agrave dipirona ou ao diclofenaco de soacutedio

medicaccedilotildees que eram prescritas para o periacuteodo poacutes-operatoacuterio

bull e que se recusassem ou desistissem de participar do trabalho ndashndash mesmo apoacutes assinatura

do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (apecircndice B)

34 Internamento das Pacientes

Todas as pacientes foram internadas pelo turno da manhatilde e ficavam aguardando a

cirurgia que era sempre realizada no periacuteodo da tarde em um dos 3 apartamentos coletivos

com capacidade para ateacute 4 pessoas cada um Os leitos ndashndash todos similares ndashndash eram os mesmos

que as pacientes ocupavam no periacuteodo poacutes-operatoacuterio O hospital somente aceitava um

maacuteximo de 2 internamentos por dia para a realizaccedilatildeo das colecistectomias por laparotomia

33

35 Randomizaccedilatildeo

Foram impressos em 32 pequenos papeacuteis a informaccedilatildeo ldquogrupo preemptivordquo e em

outros 32 ldquogrupo placebordquo que foram colocados em uma pequena caixa O processo de

randomizaccedilatildeo ocorreu com o auxiacutelio de duas pessoas que natildeo tinham conhecimento algum

sobre a pesquisa sendo solicitado agraves mesmas que retirassem cada um desses papeacuteis da caixa e

os colocassem dentro de envelopes ndashndash numerados de 1 a 64 ndashndash opacos que eram entatildeo

lacrados e somente abertos apoacutes a concordacircncia da paciente em participar da pesquisa

36 Avaliaccedilatildeo Cliacutenica

Inicialmente era procedida uma avaliaccedilatildeo cliacutenica realizada 2 h antes do horaacuterio

previsto para a realizaccedilatildeo da cirurgia com o propoacutesito de verificar se a paciente se

enquadrava ou natildeo nos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo estabelecidos pelo nosso protocolo

Dessa forma era solicitado agraves pacientes que respondessem agraves questotildees presentes na Ficha de

Identificaccedilatildeo do Paciente (apecircndice A) que possuiacutea questionamentos sobre idade sexo peso

estatura doenccedilas associadas diagnoacutestico cliacutenico entre outros Caso a paciente atendesse a

todos os preacute-requisitos era entatildeo rompido o lacre do envelope que correspondia ao seu

nuacutemero na pesquisa e somente entatildeo se sabia a que grupo pertenceria tal paciente O

pesquisador que ficava ciente dessa informaccedilatildeo acompanhava a paciente nas seguintes etapas

avaliaccedilatildeo cliacutenica explicaccedilatildeo sobre os instrumento de coleta de dados aplicaccedilatildeo da TENS e

acompanhamento da paciente no centro ciruacutergico Ou seja esse pesquisador natildeo era

responsaacutevel pela coleta dos dados no periacuteodo poacutes-operatoacuterio que era efetuada por outros

pesquisadores que natildeo sabiam a que grupo as pacientes pertenciam pois eles natildeo tinham

34

acesso nem agrave Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C) e nem aos

envelopes

Apoacutes a avaliaccedilatildeo cliacutenica era efetuada a etapa de treinamento das pacientes sobre as

escalas ndashndash posteriormente descritas ndashndash que seriam utilizadas apoacutes a cirurgia para que as

mesmas jaacute se habituassem com elas e pudessem realizar os seus questionamentos sobre tais

37 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Todas as pacientes que fizeram parte dessa pesquisa autorizaram a sua participaccedilatildeo

por meio de assinatura ou impressatildeo digital em concordacircncia ao que estava exposto no

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (apecircndice B) que constava de informaccedilotildees

sobre a forma de tratamento que lhes estava sendo proposta assim como seus benefiacutecios e

finalidades explicando que o estudo natildeo implicaria dano agrave sauacutede informando-lhes tambeacutem

quanto ao direito de solicitar novas informaccedilotildees esclarecer duacutevidas e desistir de participar da

pesquisa a qualquer momento Logo o estudo foi procedido de acordo com as normas

expressas na resoluccedilatildeo 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10101996 A coleta de

dados soacute teve iniacutecio apoacutes aprovaccedilatildeo pelo comitecirc de eacutetica e pesquisa

38 Materiais

Foram utilizados 2 aparelhos para o fornecimento da corrente eleacutetrica da TENS ndashndash

apoacutes preacutevia calibraccedilatildeo no Laboratoacuterio de Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe ndashndash o

Dualpex 961 e o Fisiotonus Four cujas fotos estatildeo apresentadas nas figuras 1 e 2

respectivamente Entre os materiais de consumo utilizados destacam-se esparadrapos gazes

e gel condutor Foram usados cabos que conectavam os aparelhos geradores de corrente

eleacutetrica aos eletrodos ndashndash de borracha quadrangulares e com aacuterea de 9 cm2 A reacutegua da Escala

35

Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END) foi utilizada para coletar a intensidade da dor aleacutem

do Questionaacuterio de Dor McGill e da Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente Algumas fichas

contidas no apecircndice e descritas posteriormente foram utilizadas para o registro de diversos

dados

Figura 1 Aparelho Dualpex 961 Figura 2 Aparelho Physiotonus FourFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra Fonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

39 Procedimentos Metodoloacutegicos

391 Os grupos de pacientes da pesquisa

As pacientes foram alocadas de forma aleatoacuteria em dois grupos

bull Grupo preemptivo ndashndash sendo submetidas agrave aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia durante

60 min antes da cirurgia com a utilizaccedilatildeo dos seguintes paracircmetros duraccedilatildeo de pulso de

250 micros e frequumlecircncia de 4 Hz A intensidade utilizada foi a maacutexima suportada pela

paciente em niacutevel motor Esses paracircmetros estatildeo de acordo com as orientaccedilotildees de

36

Johnson et al (1989) Low e Reed (2001) Robinson (2001) Salgado (1999) Starkey

(2001) Walsh et al (1998) e Wang et al (1997)

bull Grupo placebo ndashndash os eletrodos eram colocados nas pacientes poreacutem todos os paracircmetros

(duraccedilatildeo de pulso frequumlecircncia e intensidade) ficavam com referecircncia zero natildeo

possibilitando a passagem da corrente eleacutetrica O tempo da falsa aplicaccedilatildeo tambeacutem foi de

60 min

392 Teacutecnica de aplicaccedilatildeo da TENS

Antes da aplicaccedilatildeo da TENS era feita uma limpeza com o uso de aacutelcool da regiatildeo

onde seriam colocados os eletrodos a fim de diminuir a oleosidade da pele e remover sujeiras

facilitando dessa maneira a passagem da corrente eleacutetrica

A TENS de baixa frequumlecircncia foi aplicada nas pacientes ainda em seus leitos antes

de serem encaminhadas ao centro ciruacutergico sendo utilizada a teacutecnica quadripolar com os

eletrodos de borracha dispostos de maneira cruzada abrangendo os dermaacutetomos da regiatildeo

onde posteriormente seria realizada a incisatildeo ciruacutergica subcostal direita Os dados sobre a

aplicaccedilatildeo da TENS assim como as observaccedilotildees que se mostrassem relevantes eram

registrados na Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C) A foto da figura

3 representa a simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENS no periacuteodo preacute-operatoacuterio Apoacutes a aplicaccedilatildeo

da TENS as pacientes eram preparadas para serem encaminhadas ao centro ciruacutergico

37

Figura 3 Simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENSA linha vermelha ilustra o local onde seria realizada a incisatildeosubcostal direitaFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

393 Teacutecnica anesteacutesica

Em todas as pacientes houve administraccedilatildeo de diazepam como medicaccedilatildeo preacute-

anesteacutesica Houve padronizaccedilatildeo do meacutetodo anesteacutesico tendo sido utilizadas como drogas

anesteacutesicas o cloridrato de bupivacaiacutena (05) com vasoconstrictor administrado via

peridural podendo ou natildeo estar associado agrave xilocaiacutena com vasoconstrictor (20) associaccedilatildeo

essa que natildeo exercia influecircncia na duraccedilatildeo da analgesia e o fentanil (2 ml) tambeacutem

administrado via peridural A escolha dessas drogas deu-se por jaacute fazer parte da rotina desse

tipo de procedimento ciruacutergico no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio Os dados sobre as drogas

utilizadas observaccedilotildees necessaacuterias classificaccedilatildeo do estado fiacutesico da ASA entre outros eram

registrados na Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C)

38

394 Cirurgia e prescriccedilatildeo de medicamentos

A equipe meacutedica responsaacutevel pela realizaccedilatildeo de todas as intervenccedilotildees ciruacutergicas foi

composta por 4 cirurgiotildees e 3 anestesiologistas que se revezavam entre os dias da semana ndashndash

segunda a quinta-feira Todas as cirurgias foram realizadas por laparotomia sempre com

incisatildeo do tipo transversa subcostal direita

Apoacutes a cirurgia a prescriccedilatildeo meacutedica foi padronizada da seguinte forma a dipirona

(2 ml 500 mgml) era administrada de 6 em 6 h (sendo a primeira administraccedilatildeo efetuada 5 h

apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico que era determinado como sendo o momento em que

era introduzido o cloridrato de bupivacaiacutena no espaccedilo peridural) via intravenosa diclofenaco

de soacutedio (3 ml 25 mgml) prescrito como medicaccedilatildeo de resgate via intra-muscular somente

sendo administrado caso houvesse solicitaccedilatildeo por parte da paciente e a metoclopramida (2

ml 5 mgml) tambeacutem como medicaccedilatildeo de resgate Essa prescriccedilatildeo foi efetuada dessa

maneira porque a dor gerada pela colecistectomia por laparotomia tem um niacutevel de moderado

a intenso o que implicou a necessidade de algum faacutermaco analgeacutesico prescrito em horaacuterio

programado nesse caso a dipirona

O estabelecimento dessa teacutecnica de prescriccedilatildeo decorreu dos resultados obtidos com

as 6 pacientes do estudo piloto ndashndash em que toda a medicaccedilatildeo analgeacutesica era administrada

somente em caso de solicitaccedilatildeo pelas mesmas Percebeu-se analgesia insatisfatoacuteria dado os

relatos de altos iacutendices de dor e desconforto Dessa forma objetivamos nesse estudo a

utilizaccedilatildeo da TENS como um recurso analgeacutesico coadjuvante e natildeo uacutenico

39

395 Instrumentos de coleta de dados

3951 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

Como escala unidimensional para mensuraccedilatildeo da intensidade da dor foi utilizada a

END (figura 4) que consiste de uma reacutegua demarcada horizontalmente com valores em

centiacutemetros de 0 a 10 representando o primeiro valor a ausecircncia absoluta de dor e o maior

a dor mais insuportaacutevel possiacutevel sendo solicitado agrave paciente que indicasse aquele que melhor

caracterizaria o seu niacutevel de dor estando a paciente em repouso A dor leve estaria

representada por nuacutemeros compreendidos no intervalo de 0 a 3 a moderada pelos nuacutemeros 4

5 e 6 e a intensa por 7 8 9 e 10

Os dados foram registrados na Ficha de Avaliaccedilatildeo da Dor pela Escala Numeacuterica de

Mensuraccedilatildeo da Dor (apecircndice D) A coleta da intensidade de dor era procedida de acordo

com o horaacuterio de induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico sendo investigada 2frac12 h (ENDa) 3frac12 h

(ENDb) 4frac12 h (ENDc) 5frac12 h (ENDd) 7 h (ENDe) 8 h (ENDf) e 16 h (ENDg) apoacutes a sua

induccedilatildeo aleacutem de uma uacuteltima coleta procedida no momento da alta hospitalar (ENDh) dois

dias apoacutes a cirurgia pela manhatilde Optou-se em utilizar como referecircncia o horaacuterio da induccedilatildeo

Figura 4 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor numerada de 0 a 10 cmFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

40

do bloqueio anesteacutesico ao inveacutes do horaacuterio de teacutermino da cirurgia visto que grandes variaacuteveis

no tempo despendido para a realizaccedilatildeo das cirurgias poderiam influenciar nos niacuteveis de dor

relatados pelas pacientes jaacute que haveria assim discrepacircncias no tempo decorrido desde a

induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash momento de referecircncia para a contagem do tempo de

metabolizaccedilatildeo das drogas ndashndash ateacute as averiguaccedilotildees da intensidade de dor

Eacute relevante salientar que o pesquisador responsaacutevel pela coleta do niacutevel de dor natildeo

tinha conhecimento sobre o grupo a que pertencia a paciente e nem esta sobre em que grupo

estava alocada o que caracterizou um estudo do tipo duplamente encoberto

3952 Questionaacuterio de Dor McGill

O Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ) eacute composto por 78 descritores distribuiacutedos

em 4 categorias sensorial composta por 10 subcategorias cujos descritores aiacute contidos

traduzem a natureza somaacutetica e estatildeo relacionados com a fisiologia da dor afetiva que

conteacutem 5 subcategorias cujos descritores fornecem discernimentos sobre os aspectos

psicoloacutegicos que acompanham a dor avaliativa com uma uacutenica que descreve a intensidade

global da dor e finalmente a miscelacircnea que eacute composta por 4 subcategorias Eacute solicitado

ao paciente que circule ou sublinhe as palavras que melhor descrevem a sua dor ou apenas as

indique verbalmente (GRAHAM 1980 MELZACK 1975)

O MPQ possui trecircs partes a primeira serve para que o paciente indique em um

graacutefico do corpo humano a regiatildeo onde estaacute sentindo a dor ndashndash diagrama corporal da dor a

segunda eacute uma escala verbal para avaliar a intensidade de dor (Present Pain Intensity ndashndash PPI)

utilizando-se de cinco palavras leve desconfortaacutevel perturbadora horriacutevel e excruciante e a

uacuteltima utiliza os 78 descritores podendo-se daiacute se obterem dois iacutendices o Quantitativo da Dor

(PRI ndashndash Pain Rating Index) e o do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC ndashndash Number of

41

Words Chosen) Cada descritor tem um correspondente nuacutemero que seraacute utilizado para o

estabelecimento do PRI Por exemplo em uma subcategoria que contenha 3 descritores aos

mesmos seratildeo atribuiacutedos respectivamente os valores 1 2 e 3 de acordo com a ordem em que

aparecem na lista dos descritores (FERNANDEZ BOYLE 2001 PEREIRA SOUSA 1998

PIMENTA 1995 STARKEY 2001 TEIXEIRA et al 1999)

Em nossa pesquisa foi utilizada a versatildeo brasileira do MPQ (apecircndice E) ndashndash

validada pelos profissionais do Ambulatoacuterio de Dor da Cliacutenica Neuroloacutegica do Hospital das

Cliacutenicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Satildeo Paulo (PIMENTA TEIXEIRA

1997) Esse questionaacuterio que eacute indicado por Graham et al (1980) para dores imediatas foi

aplicado ndashndash sob a forma de entrevista ndashndash apenas uma vez 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico dada a inviabilidade de utilizaacute-lo no mesmo dia do ato ciruacutergico Resolveu-se

adaptar esse questionaacuterio e usar apenas uma parte dele a dos 78 descritores haja vista que

natildeo se achou necessaacuteria a utilizaccedilatildeo do PPI e do diagrama corporal da dor por estarmos

utilizando a END e por jaacute sabermos o local da dor incisional Entatildeo a partir desse

questionaacuterio adaptado pudemos analisar o PRI e o NWC O primeiro obtido por meio da

soma dos valores atribuiacutedos a cada descritor escolhido e o segundo pela soma do nuacutemero de

palavras escolhidas para qualificar a dor segundo Fernandez e Boyle (2001) e Pereira e Sousa

(1998)

3953 Escala de Satisfaccedilatildeo dos Pacientes

O grau de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que lhes estava sendo realizado

foi avaliado por meio da Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (ESP) escala verbal que permite agrave

paciente escolher um entre nuacutemeros que variam de 0 a 10 indicando respectivamente

insatisfaccedilatildeo completa com o tratamento e a maior satisfaccedilatildeo possiacutevel Os horaacuterios de coleta

42

foram os seguintes 3frac12 h (ENDb) 5frac12 h (ENDd) 8 h (ENDf) e 16 h (ENDg) apoacutes a induccedilatildeo

do bloqueio anesteacutesico aleacutem de uma uacuteltima coleta procedida no momento da alta hospitalar

(ENDh) Os dados coletados eram registrados na Ficha de Avaliaccedilatildeo da Satisfaccedilatildeo dos

Pacientes pela Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (apecircndice F) Essa escala foi utilizada na

pesquisa realizada por Melo e Santana Filho (2003) que tinha linha de trabalho semelhante

3954 Ficha do consumo de faacutermacos

O consumo de faacutermacos analgeacutesicos ou natildeo de cada paciente foi anotado na Ficha

de Registro da Administraccedilatildeo de Faacutermacos no Poacutes-operatoacuterio (apecircndice G) que constou de

campo para informaccedilotildees como o tipo de faacutermaco administrado horaacuterio de administraccedilatildeo via

de acesso e dosagem aleacutem do tempo decorrido desde o horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico ateacute a primeira administraccedilatildeo caso houvesse do diclofenaco de soacutedio (prescrito

como medicaccedilatildeo de resgate)

3955 Questionaacuterio sobre a Aplicaccedilatildeo da TENS

Foram efetuados dois questionamentos para as pacientes o primeiro sobre o

desconforto promovido pela aplicaccedilatildeo da TENS e o segundo sobre a vontade da paciente em

usaacute-la numa proacutexima cirurgia (Apecircndice H) Em virtude da necessidade de esse questionaacuterio

ter sido percebida somente no decorrer da coleta de dados o mesmo fora empregado em 19

pacientes do grupo preemptivo e em 17 do placebo

43

310 Anaacutelise e Interpretaccedilatildeo dos Dados

A anaacutelise estatiacutestica dos dados foi feita com a utilizaccedilatildeo dos programas GraphPad

Prism 40 e Statistica 60 Inicialmente foram realizados testes estatiacutesticos descritivos meacutedia e

erro padratildeo da meacutedia (SEM) Para a anaacutelise dos dados demograacuteficos de alguns dados cliacutenicos

e do tempo para a primeira administraccedilatildeo de diclofenaco de soacutedio foi utilizado o teste t de

Student para amostras natildeo pareadas (parameacutetrico) Para a anaacutelise de alguns dados cliacutenicos e

do uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico foi

utilizado o teste do qui-quadrado Para a anaacutelise da END ESP PRI NWC e do nuacutemero de

vezes em que foram administrados o diclofenaco de soacutedio dipirona e metoclopramida foi

utilizado o teste de Mann-Whitney (natildeo-parameacutetrico) Em todos os testes como niacutevel de

significacircncia foi considerado o valor de 5 (p lt 005)

311 Teacutecnica Utilizada para a Demonstraccedilatildeo dos Resultados

Para a exposiccedilatildeo dos resultados foram utilizados graacuteficos elaborados nos programas

GraphPad Prism 40 e Statistica 60 aleacutem de tabelas elaboradas no Microsoft Word XP

Vaacuterios dados foram apresentados sob a forma de meacutedia plusmn SEM

44

RESULTADOS

45

4 RESULTADOS

Sessenta e quatro pacientes concordaram em participar da pesquisa e assinaram o

termo de consentimento livre e esclarecido Poreacutem 14 foram excluiacutedas seis por se tratarem

de pacientes que pertenciam a um estudo piloto cujo meacutetodo foi posteriormente alterado

duas por terem sido submetidas a anestesia geral quatro por erro na prescriccedilatildeo meacutedica de

analgeacutesicos uma por natildeo conseguir responder ao McGill Pain Questionnaire (MPQ) e uma

pela grande dificuldade em compreender a Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END)

Destarte a amostra ficou constituiacuteda por 50 pacientes grupo preemptivo (n = 25) e grupo

placebo (n = 25)

Os dados referentes agrave idade peso estatura e iacutendice de massa corporal (IMC) das

pacientes estatildeo presentes na tabela 1 e ilustrados respectivamente nos graacuteficos 1 2 3 e 4

tendo sido analisados por meio do teste t de Student para amostras independentes Natildeo houve

em nenhuma das caracteriacutesticas demograacuteficas diferenccedila significante entre os grupos

A idade miacutenima foi de 25 anos no grupo preemptivo e de 21 anos no placebo

enquanto a maacutexima foi de 65 no preemptivo e de 59 no placebo Os pesos miacutenimo e maacuteximo

foram respectivamente iguais a 40 Kg e 86 Kg no grupo preemptivo e 48 Kg e 77 Kg no

placebo As estaturas miacutenima e maacutexima foram respectivamente iguais a 149 m e 170 m

(grupo preemptivo) e 151 m e 170 m (grupo placebo) E os valores miacutenimo e maacuteximo do

IMC foram 1880 Kgm2 e 35 Kgm2 (grupo preemptivo) e 1914 Kgm2 e 2890 Kgm2

(grupo placebo)

46

Tabela 1 ndashndash Dados demograacuteficos da amostraPreemptivo Placebo

Meacutedia plusmn SEM Meacutedia plusmn SEM p

Idade (anos) 3956 plusmn 197 3852 plusmn 238 0738

Peso (Kg) 6108 plusmn 288 6348 plusmn 172 0478

Estatura (m) 157 plusmn 001 160 plusmn 001 0168

IMC (Kgm2) 2568 plusmn 105 2475 plusmn 059 0447IMC ndashndash iacutendice de massa corporal SEM ndashndash erro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante em nenhuma das variaacuteveis analisadas

Preemptivo Placebo0

10

20

30

40

50

60

70

Idad

e(a

nos)

Graacutefico 1 Representaccedilatildeo das idades das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicamo erro padratildeo da meacutedia Teste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0738)

47

Preemptivo Placebo30

40

50

60

70

80

90Pe

so(K

g)

Graacutefico 2 Representaccedilatildeo dos pesos das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicamo erro padratildeo da meacutedia Teste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0478)

Preemptivo Placebo

150

155

160

165

170

175

Alt

ura

(m)

Graacutefico 3 Representaccedilatildeo das estaturas das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0168)

48

Preemptivo Placebo15

20

25

30

35

40IM

C(K

gm

m)

Graacutefico 4 Representaccedilatildeo dos Iacutendices de Massa Corporal (IMC) daspacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0447)

49

A tabela 2 apresenta os dados referentes agrave categoria de peso das pacientes de ambos

os grupos a tabela 3 o niacutevel de escolaridade das mesmas e a tabela 4 o diagnoacutestico cliacutenico

Natildeo houve de acordo com o teste do divide2 diferenccedila significante entre os grupos em nenhuma

dessas variaacuteveis analisadas

Tabela 2 ndashndash Distribuiccedilatildeo da categoria de peso das pacientes de acordo com os dados obtidospelo iacutendice de massa corporal (IMC ndashndash Kgm2)

Grupo Abaixodo peso(lt185)

Pesonormal

(185ndash249)

Sobrepeso(25 ndash 299)

Obesidadegrau I

(30 ndash 349)

Obesidadegrau II

(35 ndash 399)

Obesidadegrau III

( 40)Preemptivo 2 7 11 3 2 0

Placebo 0 12 13 0 0 0Os dados apresentados entre parecircntesis referem-se aos paracircmetros de referecircncia do IMC que determinam aquelacategoria de pesoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0075)

Tabela 3 ndashndash Niacutevel de escolaridade das pacientesGrupo Nunca

estudou1deg grau

incompleto1deg grau

completo2deg grau

incompleto2deg grau

completo3deg grau

incompletoPreemptivo 3 8 3 4 5 2

Placebo 3 11 2 6 1 2Teste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0587)

Tabela 4 ndashndash Diagnoacutestico cliacutenico das pacientesGrupo Colelitiacutease Colecistite

agudaColecistite

crocircnicaColecistite

(sem descriccedilatildeo)Colelitiacutease

+ colecistitePreemptivo 12 6 2 1 4

Placebo 10 2 4 5 4Teste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0238)

50

O graacutefico 5 apresenta os dados sobre o periacuteodo compreendido entre a eacutepoca em que

as pacientes relataram ter iniciado as primeiras dores devido agrave doenccedila da vesiacutecula biliar e a

realizaccedilatildeo da colecistectomia Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos por meio de

anaacutelise realizada pelo teste do divide2

Preemptivo Placebo0

5

10

15Nunca sentiu dorMenos de 6 mesesEntre 6 e 119 mesesEntre 12 e 24 mesesAcima de 24 meses

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 5 Relato das pacientes sobre o periacuteodo em meses em que vinham sentindo dordevido agrave doenccedila da vesiacutecula biliarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0183)

51

O estado fiacutesico das pacientes dos dois grupos segundo o criteacuterio de classificaccedilatildeo da

Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA) estaacute expresso no graacutefico 6 Natildeo houve

diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p = 0479) de acordo com o teste do divide2

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25ASA 1ASA 2

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 6 Estado fiacutesico das pacientes de acordo com a classificaccedilatildeo da Sociedade Americanade AnestesiologiaTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0479)

52

O relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos para o tratamento da dor

decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou de outra dor devido a doenccedilas crocircnicas estatildeo

representados no graacutefico 7 De acordo com o teste do divide2 natildeo houve diferenccedila significante

entre os grupos preemptivo e placebo (p = 0765) Eacute importante considerar que as pacientes

que relataram ter usado tais drogas somente as utilizaram ateacute no maacuteximo uma semana antes

da data da cirurgia haja vista que foi previamente estabelecido como criteacuterio de exclusatildeo o

uso de drogas analgeacutesicas dentro do periacuteodo de 7 dias que antecedia a realizaccedilatildeo da

colecistectomia

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25SimNatildeo

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 7 Relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos antes da colecistectomia para otratamento da dor decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou de outras doenccedilas crocircnicasEntende-se por ldquoantes da colecistectomiardquo o uso de analgeacutesicos em um prazo superior aos 7 dias que antecediama realizaccedilatildeo do procedimento ciruacutergicoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0765)

53

Em todas as pacientes o aparelho de TENS foi colocado durante 60 min e o

intervalo meacutedio entre o teacutermino da sua aplicaccedilatildeo ndashndash verdadeira ou natildeo ndashndash e a induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico foi de 7472 plusmn 1046 min no grupo preemptivo e de 6028 plusmn 723 min no

placebo natildeo havendo diferenccedila significante (p = 0261) entre os grupos de acordo com o

teste t de Student para amostras natildeo pareadas (graacutefico 8) O menor e maior intervalos foram

respectivamente iguais a 10 min e 195 min (grupo preemptivo) e 15 min e 115 min (grupo

placebo)

Preemptivo Placebo0

50

100

150

200

Tem

po(m

in)

Graacutefico 8 Representaccedilatildeo do tempo decorrido desde o teacutermino daaplicaccedilatildeo da Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo ateacute a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico nas pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0261)

54

A meacutedia de duraccedilatildeo das cirurgias (graacutefico 9) no grupo preemptivo foi de 3812 plusmn

194 min e no placebo 3540 plusmn 184 min natildeo havendo diferenccedila significante (p = 0315)

Natildeo houve complicaccedilatildeo ciruacutergica em nenhum procedimento todas as pacientes receberam

alta hospitalar 2 dias apoacutes o ato ciruacutergico no turno da manhatilde e o iacutendice de mortalidade foi

em ambos os grupos igual a zero As cirurgias mais raacutepidas e mais prolongadas tiveram

respectivamente duraccedilatildeo de 21 min e 58 min (grupo preemptivo) e de 20 min e 50 min

(grupo placebo)

Preemptivo Placebo0

10

20

30

40

50

60

Tem

pode

ciru

rgia

(min

)

Graacutefico 9 Representaccedilatildeo da duraccedilatildeo das cirurgiasA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0315)

55

Ao analisar a dor incisional por meio da END pocircde-se perceber que o grupo

preemptivo apresentou niacutevel de dor significantemente menor que o do placebo nas terceira

(ENDc) e quarta coletas (ENDd) que representam 4frac12 h e 5frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico O teste utilizado para tal anaacutelise foi o de Mann-Whitney A tabela 5 apresenta os

valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia em todas as verificaccedilotildees do niacutevel de dor nos dois

grupos e o graacutefico 10 ilustra tais valores

Tabela 5 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) daintensidade de dor incisional mensurada por meio da END (EscalaNumeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)

Preemptivo Placebo

Momento Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

a 084 plusmn 034 072 plusmn 029 0756

b 116 plusmn 039 224 plusmn 056 0171

c 202 plusmn 053 384 plusmn 066 0042

d 278 plusmn 056 48 plusmn 067 0029

e 322 plusmn 056 474 plusmn 059 0068

f 342 plusmn 050 488 plusmn 066 0135

g 356 plusmn 061 364 plusmn 050 0497

h 096 plusmn 033 176 plusmn 042 0145a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c(4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g(16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar que corresponde ao 2deg dia poacutes-operatoacuterio) SEM ndashndash erro padratildeo da meacutediaFoi utilizada a END (0-10 cm)Teste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005

56

a b c d e f g h00

25

50

75

100PreemptivoPlacebo

Momento da coleta

END

Graacutefico 10 Representaccedilatildeo da meacutedia da intensidade de dor incisional por meio da END (EscalaNumeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12 h apoacutesa IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a END (0-10 cm)As colunas indicam os valores da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005

57

Na tabela 6 estatildeo expressos os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do grau de

satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estava sendo realizado O instrumento de

mensuraccedilatildeo utilizado foi a escala numeacuterica do grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes (ESP) Natildeo se

verificou pelo Teste de Mann-Whitney diferenccedila estatiacutestica significante entre os dois grupos

Para a obtenccedilatildeo desses dados a amostra foi composta por 49 pacientes tendo em vista que

uma paciente do grupo placebo natildeo conseguiu compreender a ESP O graacutefico 11 ilustra tais

dados

Tabela 6 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) do grau desatisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estava sendo realizado

Preemptivo Placebo

Momento Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

b 944 plusmn 017 9 plusmn 026 0312

d 956 plusmn 015 9 plusmn 031 0389

f 952 plusmn 015 912 plusmn 027 0435

g 962 plusmn 017 925 plusmn 032 0756

h 992 plusmn 005 933 plusmn 035 0406b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente de 0 a 10) SEM ndashndash erro padratildeoda meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Grupo preemptivo (n = 25) e grupo placebo (n = 24)

58

b d f g h0

5

PreemptivoPlacebo

8

9

10

Momento da coleta

ESP

Graacutefico 11 Representaccedilatildeo da meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estavasendo realizado obtida pela ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente)b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes aIBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a ESP de 0 a 10As colunas indicam os valores da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos em nenhum momento de coleta da ESPGrupo preemptivo (n = 25) e grupo placebo (n = 24)

59

As tabelas 7 e 8 apresentam respectivamente o nuacutemero de vezes em que cada

descritor e em que cada subcategoria do Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ) foram

selecionados pelas pacientes dos grupos preemptivo e placebo Na tabela 9 estatildeo expressos

os descritores que melhor caracterizaram a dor incisional promovida pela colecistectomia por

laparotomia e que de acordo com Dubuisson e Melzack (1996) e Gagliesi e Melzack (2003)

seriam aqueles que fossem selecionados por pelo menos 33 dos pacientes Todas as

anaacutelises procedidas a partir do MPQ foram realizadas com 21 pacientes do grupo preemptivo

e com 20 do grupo placebo A discussatildeo sobre a ldquoAnaacutelise da Dor pelo Questionaacuterio de Dor

McGillrdquo (item 54) explica o motivo para tal

Na tabela 10 estatildeo apresentados os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Total (NWC-t) e em cada categoria do MPQ e no graacutefico

12 eles estatildeo representados A tabela 11 apresenta uma comparaccedilatildeo das categorias sensorial

e afetiva no que se refere ao nuacutemero de pacientes que selecionou mais descritores de uma ou

de outra categoria assim como o nuacutemero de pacientes que os selecionaram de forma

equumlitativa nessas categorias Nota-se que os valores estatildeo apresentados em porcentagens ndashndash

meacutetodo recomendado por Veilleux e Melzack (1976) ndashndash dado o nuacutemero diferente de

subcategorias que compotildee cada uma dessas categorias (sensorial 10 e afetiva 5) Em ambos

os grupos houve proporcionalmente maior seleccedilatildeo dos descritores da categoria sensorial

principalmente no grupo preemptivo

60

Tabela 7 ndashndash Relaccedilatildeo dos descritores do Questionaacuterio de Dor McGill selecionados pelaspacientes

Subctg Descritores Preemp Plac Subctg Descritores Preemp Plac

1ordf

vibraccedilatildeotremorpulsantelatejantecomo batidacomo pancada

213912

0111211

11ordfcansativaexaustiva

173

182

2ordfpontadachoquetiro

1060

922

12ordfenjoadasufocante

174

182

3ordf

agulhadaperfurantefacadapunhaladaem lanccedila

65200

71211

13ordf

castiganteatormentaaterrorizantemalditamortal

105000

610010

4ordffinacortanteestraccedilalha

1550

1510

14ordfamedrontadaapavorantecruel

833

425

5ordf

beliscatildeopressatildeomordidacoacutelicaesmagamento

32262

62053

15ordf miseraacutevelenlouquecedora

26

44

6ordffisgadapuxatildeoem torccedilatildeo

4103

466

16ordf

chataque incomodadesgastanteforteinsuportaacutevel

110244

513101

7ordf

calorqueimaccedilatildeoferventeem brasa

7910

51011

17ordf

espalhairradiapenetraatravessa

3073

11141

8ordfformigamentococeiraardorferroada

11162

13111

18ordf

apertaadormecerepuxaespremerasga

511112

321101

9ordf

mal-localizadadoloridamachucadadoiacutedapesada

112313

29243

19ordffriageladacongelante

400

422

10ordf

sensiacutevelesticadaesfolanterachando

41302

3523

20ordf

aborrecidadaacute naacuteuseaagonizantepavorosatorturante

116102

88012

Subctg (subcategoria do Questionaacuterio de Dor McGill) Preemp (preemptivo n = 21) Plac (placebo n = 20)

61

Tabela 8 ndashndash Nuacutemero de pacientes que selecionou cada subcategoria do Questionaacuterio de DorMcGill

Subcat Preemptivo Placebo p Subcat Preemptivo Placebo p

1ordf 18 16 0626 11ordf 20 20 0323

2ordf 16 13 0431 12ordf 21 20 1

3ordf 13 12 0900 13ordf 15 17 0294

4ordf 20 16 0136 14ordf 14 11 0444

5ordf 15 16 0522 15ordf 8 8 0900

6ordf 17 16 0938 16ordf 21 20 1

7ordf 17 17 0730 17ordf 13 17 0095

8ordf 20 16 0136 18ordf 20 17 0269

9ordf 20 20 0323 19ordf 4 8 0140

10ordf 19 13 0048 20ordf 20 19 0971

Teste do divide2 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

62

Tabela 9 ndashndash Descritores do Questionaacuterio de Dor McGill mais frequumlentementeselecionados pelas pacientes

Subcategoria Descritor Preemptivo Placebo p

1ordf latejante 9 (4285) 12 (60) 027

2ordf pontada 10 (4761) 9 (45) 086

3ordf agulhada 6 (2857) 7 (35) 065

4ordf fina 15 (7142) 15 (75) 079

5ordf - - - -

6ordf puxatildeo 10 (4761) 6 (30) 024

7ordf calor

queimaccedilatildeo

7 (3333)

9 (4285)

5 (25)

10 (50)

055

075

8ordf ardor 16 (7619) 11 (55) 015

9ordf dolorida 12 (5714) 9 (45) 043

10ordf esticada 13 (6190) 5 (25) 001 (divide2 = 566)

11ordf cansativa 17 (8095) 18 (90) 041

12ordf enjoada 17 (8095) 18 (90) 041

13ordf castigante

atormenta

10 (4761)

5 (2380)

6 (30)

10 (50)

024

008

14ordf amedrontada 8 (3809) 4 (20) 020

15ordf - - - -

16ordf que incomoda 10 (4761) 13 (65) 026

17ordf espalha

penetra

3 (1428)

7 (3333)

11 (55)

4 (20)

0006 (divide2 = 755)

033

18ordf repuxa 11 (5238) 11 (55) 086

19ordf - - - -

20ordf aborrecida

daacute naacuteusea

11 (5238)

6 (2857)

8 (40)

8 (40)

042

044

Foi considerado como descritor mais frequumlentemente selecionado aquele que assim o fossepor pelo menos 33 das pacientes de cada grupo em cada subcategoria Os valores entreparecircntesis correspondem agrave porcentagem de pacientes do referido grupo que selecionou taldescritorTeste utilizado divide2 p lt 005 aacute = 5Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

63

Tabela 10 ndashndash Iacutendice do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill

Preemptivo Placebo

Categoria Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

Sensorial (NWC-s) 819 plusmn 038 765 plusmn 050 0449

Afetiva (NWC-af) 371 plusmn 025 375 plusmn 020 0958

Avaliativa (NWC-av) 100 plusmn 0 100 plusmn 0 1

Miscelacircnea (NWC-m) 276 plusmn 018 315 plusmn 021 0155

Total (NWC-t) 1561 plusmn 061 1540 plusmn 084 0937SEM ndashndash erro padratildeo da meacutedia s ndashndash sensorial af ndashndash afetiva av ndashndash avaliativa m ndashndash miscelacircnea e t ndashtotalTeste de Mann-Whitney aacute = 5Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

Tabela 11 ndashndash Relaccedilatildeo do Nuacutemero de Palavras Escolhidas nas categorias sensorial (NWC-s) e afetiva (NWC-af) entre os grupos preemptivo e placebo

Categoria Nuacutemero de pacientes que selecionou

Grupo Sensorial Afetiva S gt Af S = Af Af gt S

Preemptivo 819

(819)

371

(7428)

12 4 5

Placebo 765

(7650)

375

(75)

6 8 6

Nas colunas referentes agrave categoria estatildeo expressos os valores da meacutedia do NWC nas categorias sensoriale afetiva e entre parecircntesis os valores em taxas percentuais que foram assim transformados porquantoessas categorias possuem um nuacutemero diferenciado de subcategorias ndashndash a sensorial conteacutem 10subcategorias e a afetiva 5 ndashndash para que assim fosse possiacutevel uma comparaccedilatildeo entre essas categorias oque eacute recomendado por Veilleux e Melzack (1976)S ndashndash categoria sensorial Af ndashndash categoria afetiva Nas uacuteltimas 3 colunas da tabela estatildeo expressos onuacutemero absoluto de pacientes que selecionou proporcionalmente mais uma categoria do que a outraassim como o daqueles que selecionou de forma semelhante as duas categoriasTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0182)Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

64

Sensorial Afetiva Avaliativa Miscelacircnea Total0

5

10

15

20PreemptivoPlacebo

Categoria

NW

C

Graacutefico 12 Representaccedilatildeo da meacutedia do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e emcada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placeboAs colunas indicam o valor da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos em nenhuma das categorias assim como no iacutendicetotalGrupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

65

A tabela 12 apresenta os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do Iacutendice

Quantitativo da Dor (PRI) Total e em cada categoria do MPQ e o graacutefico 13 ilustra tais

valores Natildeo houve de acordo com o Teste de Mann-Whitney diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos no que se refere ao PRI-t todavia ao analisaacute-lo pelo mesmo

teste separadamente em cada categoria houve diferenccedila estatiacutestica significante na categoria

avaliativa (p = 0019) em que o grupo preemptivo apresentou maior valor

Tabela 12ndashndash Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cada categoria doQuestionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placebo

Preemptivo Placebo

Categoria Meacutedia SEM Meacutedia e SEM p

Sensorial (PRIndashs) 1842 plusmn 092 1875 plusmn 145 0896

Afetiva (PRI-af) 5 plusmn 045 540 plusmn 041 0473

Avaliativa (PRI-av) 3 plusmn 028 205 plusmn 022 0019

Miscelacircnea (PRI-m) 628 plusmn 056 657 plusmn 071 1

Total (PRI-t) 3271 plusmn 163 3245 plusmn 208 0906SEM ndashndash erro padratildeo da meacutedia s ndashndash sensorial af ndashndash afetiva av ndashndash avaliativa m ndashndash miscelacircneae t ndashndash totalTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

66

Sensorial Afetiva Avaliativa Miscelacircnea Total0

7

14

21

28

35PreemptivoPlacebo

Categoria

PRI

Graacutefico 13 Representaccedilatildeo da meacutedia do Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placeboAs colunas indicam as meacutedias e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

67

Das 25 pacientes do grupo preemptivo 12 necessitaram de diclofenaco de soacutedio nas

primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico e das 25 do grupo placebo 15 o

utilizaram A anaacutelise estatiacutestica efetuada por meio do teste do divide2 demonstrou natildeo haver

diferenccedila significante entre os dois grupos pois o valor de p foi igual a 0394 (graacutefico 14)

Avaliou-se o uso dessa droga especificamente nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico haja vista que nesse periacuteodo todas as pacientes tinham em seus prontuaacuterios a

mesma prescriccedilatildeo meacutedica ndashndash diclofenaco de soacutedio como medicaccedilatildeo de resgate e dipirona de

6 em 6 h ndashndash o que natildeo ocorreu na segunda prescriccedilatildeo jaacute que ficava a criteacuterio do meacutedico optar

se seria melhor continuar com a mesma prescriccedilatildeo ou mudaacute-la (mas sempre utilizando as

mesmas duas drogas)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25UsouNatildeo usou

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 14 Representaccedilatildeo do consumo de diclofenaco de soacutedio pelas pacientes nas primeiras16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesicoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0394)

68

Daquelas do grupo preemptivo em que foi administrado o diclofenaco de soacutedio nesse

periacuteodo o intervalo meacutedio para tal foi de 48750 plusmn 5344 min e das do grupo placebo 47010

plusmn 4619 min natildeo havendo diferenccedila significante quanto a este tempo (p = 0807) de acordo

com o teste t de Student para amostras natildeo pareadas (graacutefico 15) O menor e maior tempo

para tal administraccedilatildeo foram respectivamente iguais a 224 min e 805 min (grupo

preemptivo) e 25 min e 840 min (grupo placebo)

Preemptivo Placebo0

250

500

750

1000

Tem

po(m

in)

Graacutefico 15 Representaccedilatildeo dos intervalos desde a induccedilatildeo do bloqueioanesteacutesico ateacute a solicitaccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio nas pacientes queassim a fizeram nas primeiras 16 horas apoacutes tal induccedilatildeoA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0807)Grupo preemptivo (n = 12) e grupo placebo (n = 15)

69

Em se tratando do consumo de diclofenaco de soacutedio (graacutefico 16) e de dipirona

(graacutefico 17) desde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar que

ocorreu em todas as pacientes no turno da manhatilde no 2deg dia poacutes-operatoacuterio natildeo houve de

acordo com o teste de Mann-Whitney diferenccedila significante entre os grupos

Preemptivo Placebo0

1

2

3

Ndeg

deve

zes

que

cons

umiu

dicl

ofen

aco

(75

mg)

Graacutefico 16 Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram diclofenacodesde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalarA barra indica o valor da medianaO diclofenaco de soacutedio foi administrado via intra-muscularA alta hospitalar ocorreu no 2deg dia poacutes-operatoacuterio no turno da manhatildeTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0260)

70

Preemptivo Placebo0

1

2

3

4

5

6

7N

degde

veze

squ

eco

nsum

iudi

piro

na(1

g)

Graacutefico 17 Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram dipironadesde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da altahospitalarA barra indica o valor da medianaA alta hospitalar ocorreu no 2deg dia poacutes-operatoacuterio no turno da manhatildeA dipirona foi administrada via intra-venosaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0788)

71

Foi tambeacutem analisada a ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes

em algum momento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio Das 25 pacientes do grupo preemptivo 10

relataram dor nessa regiatildeo e das pacientes do outro grupo um total de 8 relataram a

ocorrecircncia de tal dor Essa diferenccedila natildeo foi estatisticamente significante (p = 0555) segundo

o teste do divide2 (graacutefico 18)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25SimNatildeo

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 18 Ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes em algum momento doperiacuteodo poacutes-operatoacuterio durante a internaccedilatildeo hospitalarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0555)

72

O uso de metoclopramida foi avaliado durante todo o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar Cinco pacientes do grupo preemptivo fizeram uso de tal droga enquanto 8 do

grupo placebo a consumiram natildeo havendo diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p

= 0333) fato verificado pelo teste do divide2 (graacutefico 19)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25UsouNatildeo usou

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 19 Uso de metoclopramida pelas pacientes durante o periacuteodo de internaccedilatildeohospitalarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0333)

73

Os 2 graacuteficos seguintes estatildeo relacionados ao questionaacuterio que foi aplicado no

momento da alta hospitalar Devido ao fato de o mesmo ter sido elaborado no decorrer da

coleta de dados natildeo foi aplicado em toda a amostra restringindo-se a 19 pacientes do grupo

preemptivo e a 17 do placebo Em relaccedilatildeo agrave aplicaccedilatildeo da TENS no grupo preemptivo

2631 das pacientes disseram que esta natildeo incomodou 5789 que a mesma incomodou

um pouco e 1578 que incomodou razoavelmente No grupo placebo 8824 relataram que

natildeo incomodou e 1176 que incomodou um pouco (graacutefico 20) Logo houve diferenccedila

estatiacutestica significante entre os grupos de acordo com o teste do divide2 (p = 00008) No grupo

preemptivo 9473 das pacientes relataram que em uma proacutexima cirurgia iriam preferir

usar a TENS e os medicamentos analgeacutesicos para o tratamento de suas dores enquanto

apenas 526 fizeram a assertiva de que gostariam de usar apenas a TENS Das do outro

grupo 7647 gostariam de usar os dois recursos e 2352 apenas os medicamentos (graacutefico

21) fato que natildeo evidencia segundo o teste do divide2 (p = 0057) diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos

Preemptivo Placebo0

5

10

15Natildeo incomodouIncomodou um poucoIncomodou razoavelmenteIncomodou muito

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 20 A aplicaccedilatildeo da TENSTeste do divide2 aacute = 5Houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p = 00008)Grupo preemptivo (n = 19) e grupo placebo (n = 17)

74

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20Somente a TENSSomente os medicamentosA TENS e os medicamentos

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 21 Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dor poacutes-operatoacuteria usarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos(p = 0057)Grupo preemptivo (n = 19) e grupo placebo (n = 17)

75

DISCUSSAtildeO

76

5 DISCUSSAtildeO

51 Dados Demograacuteficos e Cliacutenicos

A relevacircncia da homogeneidade entre os grupos dos dados referentes agrave idade

contidos na tabela 1 consiste em evitar a possibilidade de a diferenccedila de idade ter

influenciado ndashndash dada a divergecircncia de opiniotildees entre diversos autores ndashndash no relato da

experiecircncia dolorosa pelas pacientes Para Wilkieson et al (1993) a intensidade de dor

obtida a partir do uso de escalas unidimensionais aumenta com o avanccedilar da idade para

Turk Okifuji e Scharff (1995) diminui e para Gagliesi e Melzack (2003) e Sorkin et al

(1990) natildeo sofre influecircncia Em se tratando do MPQ Benbow Cossins e Wiles (1996)

verificaram que os iacutendices obtidos a partir desse questionaacuterio eram menores em idosos do que

em jovens entretanto Lichtenberg Swensen e Skehan (1986) natildeo observaram tal diferenccedila

Gagliesi e Melzack (1997) sugerem que as diferenccedilas observadas com a idade podem ser

dependentes do tipo de escala utilizada e o fato de a maioria das escalas terem sido validadas

em amostras de pacientes jovens pode tambeacutem influenciar

Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos quanto ao IMC poreacutem trecircs

pacientes do grupo preemptivo pertenciam agrave categoria de obesidade grau I e duas obesidade

grau II dados contidos na tabela 2 Como em pacientes obesos haacute maior impedacircncia para a

passagem da corrente eleacutetrica dada a maior espessura da camada de gordura ndashndash que tem

menor conteuacutedo de aacutegua ndashndash isso poderia talvez influenciar no efeito da TENS (STARKEY

2001)

A semelhanccedila quanto ao niacutevel de escolaridade dos grupos presente na tabela 3 eacute

relevante pois marcantes diferenccedilas poderiam influenciar na compreensatildeo das escalas e

questionaacuterios utilizados

77

Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante quanto ao diagnoacutestico cliacutenico das

pacientes como pocircde ser observado na tabela 4 A relevacircncia desse dado reside no proacuteprio

conceito de dor que foi elaborado pelo comitecirc de taxonomia da International Association for

the Study of Pain (IASP ndashndash Associaccedilatildeo Internacional para o Estudo da Dor) em 1986 que a

define como ldquoexperiecircncia sensorial e emocional desagradaacutevel associada ou descrita em termos

de lesatildeo tecidual real ou potencialrdquo Caso houvesse diferenccedila quanto ao diagnoacutestico isso

poderia influenciar talvez no relato de dor das pacientes dada suas diferentes experiecircncias

preacutevias e desiguais periacuteodos em que vinham sofrendo devido agrave dor (BISSCHOP G

BISSCHOP Eacute COMMANDREacute 2001 KONRAD CORDEIRO COELI 2001 PIMENTA

TEIXEIRA 1997 p 1 SPOacuteSITO 1993)

Seguindo a mesma linha de raciociacutenio eacute que se deu destaque ao tempo em que as

pacientes relataram estar sentindo dor em decorrecircncia da doenccedila da vesiacutecula biliar ndashndash

ilustrado no graacutefico 5 O fato de uma paciente vg estar se queixando de dor haacute mais de 2

anos e uma outra nunca ter tido tal queixa poderia influenciar na percepccedilatildeo da dor todavia a

anaacutelise estatiacutestica possibilitou a verificaccedilatildeo de uma amostra homogecircnea em relaccedilatildeo a esse

tempo

Diferenccedilas significantes no escore do estado fiacutesico determinado pela ASA podem

influenciar na percepccedilatildeo da dor vg pela presenccedila de doenccedilas associadas que natildeo estejam

sob controle Logo o estabelecimento como criteacuterio de inclusatildeo de pacientes que

pertencessem somente aos iacutendices I e II associado agrave ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos minimizou a possibilidade de influecircncia na percepccedilatildeo dolorosa

(graacutefico 6)

Em se tratando do preacutevio uso de analgeacutesicos para o tratamento da dor decorrente da

doenccedila da vesiacutecula ou de outras doenccedilas crocircnicas como pocircde ser observado no graacutefico 7 a

ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica significante mostrou ser homogecircnea a amostra quanto ao uso

78

desse tipo de droga e a anaacutelise sobre o tempo em que as pacientes se queixavam de dor

tambeacutem natildeo mostrou diferenccedila significante (graacutefico 5) o que diminui a possibilidade de as

pacientes terem vivenciado grandes diferenccedilas em relaccedilatildeo agraves suas experiecircncias dolorosas

Tambeacutem natildeo houve diferenccedila significante quanto ao periacuteodo desde o teacutermino da

aplicaccedilatildeo da TENS ateacute a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico dados contidos no graacutefico 8 A

atenccedilatildeo despendida a esse tempo foi dada em virtude da preocupaccedilatildeo de poder haver grande

diferenccedila no tempo entre as aplicaccedilotildees da TENS o que poderia influenciar na concentraccedilatildeo

de opioacuteides endoacutegenos nos momentos de averiguaccedilatildeo da intensidade de dor sendo um

consideraacutevel vieacutes

O fato de as cirurgias terem duraccedilatildeo semelhante (graacutefico 9) e natildeo ter havido

complicaccedilatildeo em nenhum procedimento pode estar eliminando a possibilidade de estas

intercorrecircncias influenciarem na transduccedilatildeo do estiacutemulo doloroso ndashndash e consequumlentemente nas

outras etapas da dor ndashndash dado o maior tempo de manipulaccedilatildeo da aacuterea ciruacutergica

79

52 Anaacutelise da Dor pela Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

De acordo com Pimenta Cruz e Santos (1998) os instrumentos para mensuraccedilatildeo da

dor podem ser de dois tipos unidimensionais que consideram apenas uma uacutenica dimensatildeo da

dor e multidimensionais que a mensuram considerando duas ou mais dimensotildees

Para Buxton (2001) Pereira e Sousa (1998) Pimenta Cruz e Santos (1998) e Vetter

e Heiner (1996) essa escala eacute uma das mais utilizadas em pesquisas cliacutenicas e na praacutetica

meacutedica diaacuteria tanto pela praticidade de manuseio quanto pela facilidade de compreensatildeo por

parte do paciente podendo ser utilizada vaacuterias vezes ao dia Moiniche Kehlet e Dahl (2002) e

Ong et al (2005) em seus artigos de revisatildeo sobre analgesia preemptiva a indicam como o

instrumento mais frequumlentemente empregado para a mensuraccedilatildeo da intensidade de dor

(CAMERON 1999 GRIEVE 1986 HAMZA et al 1999 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO

BRASIL 2001 PIMENTA CRUZ SANTOS 1998 PIMENTA TEIXEIRA 1997

ROBINSON 2001)

Segundo Huskisson (1983) escalas que aumentam os valores da esquerda para a

direita se comportam de forma similar agraves que o fazem ao contraacuterio o que justifica o uso da

escala da figura 4 A escolha dessa escala ao inveacutes da analoacutegica visual (VAS) deu-se por

exigir menor abstraccedilatildeo por parte das pacientes sendo mais faacutecil de ser compreendida uma

vez que Gagliesi e Melzack (1997) observaram que cerca de 30 dos pacientes idosos natildeo

conseguem compreender a VAS Para Ketovuori e Poumlntinen (1981) muitos pacientes satildeo

incapazes de imaginar a sua dor como um ponto em uma linha reta

O grupo preemptivo apresentou meacutedia de intensidade de dor incisional mais baixa

que o placebo ndashndash agrave exceccedilatildeo da primeira observaccedilatildeo ndashndash sendo essa diferenccedila estatisticamente

significante nas terceira (ENDc) e quarta (ENDd) verificaccedilotildees que se procederam

respectivamente 4frac12 h e 5frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico e cujos valores de p

80

foram iguais a 0042 e 0029 Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos na primeira

(ENDa) segunda (ENDb) quinta (ENDe) sexta (ENDf) seacutetima (ENDg) e oitava (ENDh)

averiguaccedilotildees que corresponderam a 2frac12 h 3frac12 h 7 h 8 h e 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico e momento da alta hospitalar respectivamente Nessas coletas os valores de p

foram respectivamente iguais a 0756 0171 0068 0135 0497 e 0145 Todos esses dados

estatildeo contidos na tabela 5

Nas 2 primeiras averiguaccedilotildees da intensidade de dor pela END verificou-se

pequenos niacuteveis aacutelgicos em ambos os grupos fato que ocorreu devido agrave accedilatildeo das drogas

anesteacutesicas ndashndash cloridrato de bupivacaiacutena (05) e fentanil (2 ml) ndashndash utilizadas para a

realizaccedilatildeo dos procedimentos ciruacutergicos e que quando associadas proporcionam

potencializaccedilatildeo do efeito analgeacutesico no poacutes-operatoacuterio De acordo com Dierking et al (1992)

Pontes e Prado (2002) e Prado e Oliveira (2000) o bloqueio anesteacutesico ocasiona depleccedilatildeo da

sensaccedilatildeo dolorosa o que justifica esses diminutos niacuteveis aacutelgicos nessas coletas

A conjunccedilatildeo do anesteacutesico ao opioacuteide eacute recomendada por Castillo [1999] que

observou por meio da VAS menores iacutendices de dor nos pacientes que fizeram uso conjugado

dessas duas drogas em comparaccedilatildeo agravequeles em que somente fora administrado o cloridrato de

bupivacaiacutena Aleacutem da diminuiccedilatildeo do quadro aacutelgico a sua associaccedilatildeo possibilita menor

administraccedilatildeo de anesteacutesicos melhor qualidade anesteacutesica no intra-operatoacuterio e reduccedilatildeo da

necessidade do uso de faacutermacos analgeacutesicos no periacuteodo poacutes-operatoacuterio

Agrave medida que houve um distanciamento em relaccedilatildeo ao horaacuterio da induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico as drogas utilizadas para a realizaccedilatildeo do ato ciruacutergico comeccedilaram a

diminuir seu poder de accedilatildeo O cloridrato de bupivacaiacutena ndashndash anesteacutesico ndashndash tem uma meia-vida

de aproximadamente 3 horas e o seu efeito perdura por cerca de 4 a 5 h (RANG DALE

1993)

81

Assim o cloridrato de bupivacaiacutena em associaccedilatildeo ao fentanil contribuiu para que

natildeo houvesse diferenccedila significante entre os niacuteveis de dor incisional nas 2 primeiras coletas o

que estaacute em concordacircncia com outra pesquisa jaacute realizada pelo nosso grupo em

colecistectomias por laparotomia em que Santos et al (2004) com a mesma padronizaccedilatildeo de

drogas e horaacuterios de averiguaccedilatildeo dos niacuteveis de dor natildeo observaram tal diferenccedila nesses

momentos entre os grupos experimental ndashndash que fazia uso da TENS de alta e baixa

frequumlecircncias somente no poacutes-operatoacuterio ndashndash e placebo

Isso estaacute em concordacircncia tambeacutem com Ke et al (1998) que nas primeiras 4 h apoacutes

a realizaccedilatildeo de laparotomias natildeo verificaram diferenccedila significante nos niacuteveis aacutelgicos entre os

grupos de pacientes que foram utilizados para a anaacutelise do efeito analgeacutesico preemptivo do

cloridrato de bupivacaiacutena quando aplicado pelo meacutetodo de infiltraccedilatildeo incisional

A meacutedia de intensidade de dor do grupo preemptivo foi a partir da ENDb inferior agrave

do placebo Tal fato pode ter ocorrido devido agrave preacutevia aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia que pode ter estimulado a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos potencializando a

analgesia no periacuteodo poacutes-operatoacuterio ao ativar o sistema descendente de controle da dor O

fato de isso natildeo ter ocorrido na primeira investigaccedilatildeo deve ser atribuiacutedo agrave accedilatildeo das drogas

anesteacutesicas ndashndash como jaacute citado anteriormente Ademais ao analisar a diferenccedila estatiacutestica entre

os dois grupos nessa coleta percebe-se que esse foi o momento em que houve a menor

diferenccedila estatiacutestica pois o valor de p foi igual a 0756 e as meacutedias de 084 plusmn 034 e 072 plusmn

029 nos grupos preemptivo e placebo respectivamente

Quando ocorreu a transiccedilatildeo entre a segunda (ENDb) e terceira (ENDc) verificaccedilotildees

o efeito do cloridrato de bupivacaiacutena possivelmente jaacute estava cessando o que explicou o

aumento mais acentuado do niacutevel de dor no grupo placebo jaacute que provavelmente somente o

fentanil estava agindo contudo essa grande elevaccedilatildeo natildeo foi observada no grupo preemptivo

o que permite a assertiva de que tenha havido talvez uma potencializaccedilatildeo do efeito

82

analgeacutesico pela associaccedilatildeo do fentanil agrave TENS de baixa frequumlecircncia ndashndash que estimula a

liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos tanto em niacutevel espinhal quanto supra-espinhal ndashndash

aumentando assim ainda mais as concentraccedilotildees de opioacuteides As terceira (ENDc) e quarta

(ENDd) verificaccedilotildees foram justamente os momentos em que houve diferenccedila estatiacutestica

significante entre os dois grupos pois as meacutedias de intensidade de dor foram respectivamente

iguais a 202 plusmn 053 e 278 plusmn 056 no grupo preemptivo e 384 plusmn 066 e 48 plusmn 067 no

placebo sendo os valores de p iguais a 0042 e 0029 respectivamente

A quinta verificaccedilatildeo (ENDe) foi o momento em que embora natildeo tenha havido

diferenccedila estatiacutestica significante os valores se aproximaram bastante de tal possibilidade

visto que o valor de p lt 01 A relevacircncia desse momento consiste em ser o ponto a partir do

qual a diferenccedila entre os niacuteveis de dor dos grupos diminui progressivamente ateacute a seacutetima

observaccedilatildeo (ENDg) Isso incita a assertiva de que o efeito da TENS aplicada como meacutetodo

analgeacutesico preemptivo possivelmente seria mais evidente nas primeiras horas apoacutes o

bloqueio anesteacutesico e seria interessante realizar aplicaccedilotildees da TENS tambeacutem no periacuteodo

poacutes-operatoacuterio para a obtenccedilatildeo de um melhor efeito analgeacutesico tendo como base os dados

da pesquisa de Santos et al (2004) Alguns autores sugerem que o efeito da TENS poder-se-

ia estender por 2 a 6 h dependendo das atividades de vida diaacuteria posturas e niacuteveis de dor

contudo outros relatam um efeito ainda mais duradouro (CREacutePON 1996 DAMIANE C

DAMIANE G 1998 SALGADO 1999)

Esses achados estatildeo em concordacircncia com a maioria dos estudos os quais revelam

que a analgesia preemptiva ocorreria nas 6 primeiras horas poacutes-ciruacutergicas apesar de algumas

pesquisas sugerirem que ela promoveria um longo tempo de analgesia que poderia perdurar

por ateacute 7 a 10 dias poacutes-operatoacuterios (BRIDENBAUGH 1994 ROSAEG et al 2001)

83

O niacutevel aacutelgico mais elevado do grupo placebo ocorreu na sexta (ENDf) investigaccedilatildeo

com meacutedia igual a 488 plusmn 066 Jaacute no grupo preemptivo o maior iacutendice de dor foi observado

na seacutetima verificaccedilatildeo (ENDg) cuja meacutedia foi igual a 356 plusmn 061 Esses dados sugerem que a

TENS possa talvez ter aumentando o periacuteodo de latecircncia da dor

Apoacutes o efeito das drogas anesteacutesicas em ambos os grupos a menor meacutedia de

intensidade de dor ocorreu na uacuteltima coleta (ENDh) sendo de 096 plusmn 033 para o preemptivo

e 176 plusmn 042 para o placebo Isso demonstra que ao passo em que o processo inflamatoacuterio

decorrente do trauma ciruacutergico vai diminuindo haacute consequumlentemente reduccedilatildeo dos niacuteveis

aacutelgicos e que os maiores niacuteveis de dor do grupo placebo em relaccedilatildeo ao preemptivo podem ter

sido responsaacuteveis por promoverem maior memorizaccedilatildeo da dor contribuindo assim para que

mesmo 2 dias apoacutes a operaccedilatildeo as pacientes do grupo placebo ainda exibissem um maior

quadro aacutelgico embora natildeo diferente sob o ponto de vista estatiacutestico Logo a eletroanalgesia

preemptiva pode tambeacutem estar influenciando na qualidade de remissatildeo da dor

Ao conjuminar esses dados podemos inferir que o grupo preemptivo em todos os

momentos de anaacutelise da intensidade de dor apresentou niacuteveis leves ao passo que o placebo

chegou a atingir niacuteveis moderados em 3 verificaccedilotildees (ENDd ENDe ENDf) Isso demonstra

que as pacientes do grupo placebo natildeo obtiveram analgesia tatildeo satisfatoacuteria quanto as do outro

grupo Eacute importante ressaltar que a colecistectomia por laparotomia gera um niacutevel de dor

severo no poacutes-operatoacuterio e que esse soacute natildeo deve ter sido atingido em nenhum dos grupos

porque a dipirona ndashndash antiinflamatoacuterio natildeo-esteroidal ndashndash estava sendo administrada de 6 em 6

horas

No graacutefico 10 eacute possiacutevel perceber que houve no grupo preemptivo uma ascensatildeo

do niacutevel de dor menos iacutengreme que a do placebo nas primeiras coletas Esse achado parece

estar em concordacircncia com a proposta de Melo e Santana Filho (2003) de aplicar a TENS em

periacuteodo preacute-operatoacuterio para minimizar os picos aacutelgicos no poacutes-operatoacuterio de hernioplastias

84

inguinais pois apesar de eles terem obtido satisfatoacuteria analgesia com o seu uso no poacutes-

operatoacuterio verificaram que havia picos dolorosos assim que ocorria o teacutermino do efeito

anesteacutesico e que os mesmos poderiam talvez serem atenuados com a aplicaccedilatildeo da TENS

antes do ato ciruacutergico

Essa atenuaccedilatildeo do pico aacutelgico obtida com a aplicaccedilatildeo da TENS jaacute no periacuteodo preacute-

operatoacuterio pode ser realmente observada ao confrontamos os nossos resultados com os de

Santos et al (2004) ndashndash trabalho jaacute citado anteriormente ndashndash tendo em vista que percebemos

que nas quinta e sexta coletas as meacutedias de intensidade de dor do grupo preemptivo

[pertencente ao nosso trabalho] foram inferiores agraves do experimental [pertencente agrave pesquisa

de Santos et al (2004)] que tiveram valores de 379 plusmn 284 e 370 plusmn 329 respectivamente o

que pode ter decorrido do fato de a TENS ter promovido um efeito anti-nociceptivo Mariano

e Ben (1998) obtiveram resultados satisfatoacuterios tambeacutem com a aplicaccedilatildeo da TENS no poacutes-

operatoacuterio de colecistectomias no entanto natildeo podemos comparar diretamente os resultados

devido agraves diferenccedilas de meacutetodos empregados

Natildeo estatildeo expressas na literatura pesquisada publicaccedilotildees sobre analgesia

preemptiva induzida pela TENS em humanos apenas trabalhos com a utilizaccedilatildeo de drogas e

eletroacupuntura com esse propoacutesito e que tiveram iniacutecio principalmente a partir da deacutecada

passada Dessa forma a nossa discussatildeo seraacute sempre cotejada agraves pesquisas envolvendo esses

dois recursos de forma preemptiva tal como trabalhos que empregaram a TENS no poacutes-

operatoacuterio

Apenas um trabalho realizado por Javier et al (1999) sobre o uso da TENS como

recurso analgeacutesico preemptivo foi encontrado na literatura pesquisada entretanto foi

procedido em ratos Eles observaram que a TENS mormente em sua modalidade de baixa

frequumlecircncia proporcionou efeito anti-nociceptivo em procedimentos ciruacutergicos realizados

nesses animais o que corrobora nossos achados Mesmo sendo aplicados a espeacutecies

85

diferentes o trabalho de Javier et al (1999) e o nosso estatildeo em concordacircncia pois ambos

obtiveram analgesia preemptiva com a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia

Muito embora tenha sido empregado meacutetodo diferenciado analgesia preemptiva

tambeacutem foi obtida por Kotani et al (2001) com o uso da eletroacupuntura antes de cirurgias

abdominais altas e baixas sendo verificados pela VAS menores niacuteveis de dor nos pacientes

em que foi aplicada a eletroestimulaccedilatildeo em relaccedilatildeo aos do grupo controle ndashndash natildeo submetidos

agrave corrente eleacutetrica

A grande importacircncia em confrontar os resultados da nossa pesquisa com os de

Kotani et al (2001) baseia-se no similar mecanismo de accedilatildeo da eletroacupuntura e da TENS

de baixa frequumlecircncia que se daria pelo aumento dos niacuteveis de opioacuteides endoacutegenos que agiriam

ambos em receptores micro-opioacuteides (CHEN HAN 1992 HAN et al 1986) Contudo Zhou e

Xi (1986) observaram em coelhos que a naloxona antagonizou parcialmente o efeito da

eletroacupuntura mas natildeo o da TENS de baixa frequumlecircncia

A administraccedilatildeo de faacutermacos analgeacutesicos em periacuteodo preacute-operatoacuterio proporcionou

bons resultados na diminuiccedilatildeo do quadro aacutelgico em algumas pesquisas vg Pontes e Prado

(2002) analisando o uso do cetoprofeno antes da realizaccedilatildeo de incisotildees plantares em ratos

verificaram satisfatoacuterio efeito anti-nociceptivo dessa droga Ke et al (1998) observaram ndashndash

em laparotomias ndashndash menor iacutendice de dor (mensurado pelo MPQ) no grupo de pacientes em

que a bupivacaiacutena fora administrada antes da cirurgia quando comparado ao dos outros dois

grupos pacientes em que ela foi administrada apoacutes a cirurgia e aqueles que receberam apenas

soluccedilatildeo salina Diversos outros autores tambeacutem relatam sobre os bons resultados obtidos com

a analgesia preemptiva (AIDA et al 1999 GOTTSCHALK OCHROCH 2003 KE

PORTERA LINCOLN 1998 LEE I-H LEE I-O 2005 WALL 1988) Na revisatildeo

sistemaacutetica de Ong et al (2005) analisando 66 artigos a analgesia peridural com opioacuteides

destacou-se por ser a teacutecnica mais eficiente para promover analgesia preemptiva conclusatildeo

86

tambeacutem obtida por Moiniche Kehlet e Dahl (2002)

Na literatura existem pesquisas principalmente com a utilizaccedilatildeo de faacutermacos em

que natildeo se obteve analgesia preemptiva Pontes e Prado (2002) eg natildeo promoveram

analgesia preemptiva com o uso de dipirona morfina e diclofenaco antes da realizaccedilatildeo de

incisotildees plantares em ratos e de acordo com esses autores em outra pesquisa a infiltraccedilatildeo

preacute-ciruacutergica de anesteacutesico local natildeo exerceu influecircncia nos niacuteveis aacutelgicos nem de pacientes

submetidos a colecistectomias nem herniorrafias Assim como esses muitos outros estudos

tambeacutem obtiveram resultados negativos e naqueles em que foi observada analgesia

preemptiva a mesma ocorreu em pequena magnitude (KISSIN 1994 2000 2002

MAESTRONI et al 2002 ONG et al 2005 SINATRA 2002 WOOLF CHONG 1993)

Entretanto os bons resultados jaacute obtidos tanto cliacutenicos quanto experimentais satildeo

provavelmente suficientes para indicar que a analgesia preemptiva eacute um fenocircmeno vaacutelido e

que um maior efeito poderaacute ser obtido com o desenvolvimento de novas e mais especiacuteficas

teacutecnicas (KISSIN 2000 2002)

As pesquisas tecircm restringido o uso da TENS em humanos apenas ao periacuteodo poacutes-

ciruacutergico Os resultados na sua grande maioria tecircm demonstrado gratificante aliacutevio do

quadro aacutelgico sobretudo naqueles procedimentos em que a dor gerada tem intensidade de

leve a moderada

Guerra et al (2003) verificaram menores niacuteveis aacutelgicos por meio da END nos

pacientes que foram submetidos agrave aplicaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia

inguinal em relaccedilatildeo aos que natildeo o foram assim como Chiu et al (1999) em

hemorroidectomias Chen et al (1998) em histerectomia abdominal total e miomectomia

Carrol et al (1996) em 786 pacientes submetidos a diversos procedimentos ciruacutergicos Castro

e Carlos (1986) em laparotomias com 22 de reduccedilatildeo da queixa de dor sendo os melhores

resultados obtidos nas histerectomias e os piores nas gastrectomias o que pode ser atribuiacutedo

87

talvez ao fato de a gastrectomia ser um procedimento ciruacutergico abdominal alto e ocasionar

entatildeo maiores niacuteveis de dor

Os nossos resultados natildeo podem ser diretamente confrontados aos dessas pesquisas

tendo em vista o grande nuacutemero de variaacuteveis existentes destacando-se o diferente modelo de

dor que cada procedimento ciruacutergico ocasiona e o fato de a TENS ter sido empregada sempre

apoacutes as cirurgias O que se pode e deve ser discutido eacute que talvez os resultados das pesquisas

em que a TENS foi bem sucedida como recurso analgeacutesico pudessem ser ainda melhores caso

a tivessem empregado tambeacutem antes das cirurgias e os das que natildeo obtiveram sucesso com a

TENS pudessem ter tido com essa preacutevia aplicaccedilatildeo pois as respostas analgeacutesicas poderiam

ser potencializadas

A maior concentraccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos apoacutes a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia eacute relatada por diversos autores (JOHNSON ASHTON THOMPSOM 1991

MERKEL GUSTEIN MALVIYA 1999 SLUKA WALSH 2003 THOMSON SKINNER

PIERCY 1994 TOYOTA STATAKE AMAKI 1999) Eriksson Sjolund e Neilzen (1979)

e Salar Job e Mingrino (1981) demonstraram um aumento da concentraccedilatildeo de opioacuteides no

liquor lombar apoacutes a TENS De acordo com Starkey (2001) essa modalidade de corrente

eleacutetrica estimularia a glacircndula hipoacutefise a liberar ACTH e acirc-lipotropina (moleacutecula precursora

da acirc-endorfina) na corrente sanguumliacutenea Crielaard et al ([sd] apud TRIBIOLI 2003)

observaram amento de 22 da taxa de acirc-endorfina apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia com intensidade elevada a ponto de produzir contraccedilatildeo muscular ritmada na

regiatildeo lombar de pacientes Entretanto OacuteBrien et al (1984 apud TRIBIOLI 2003) natildeo

verificaram incremento dos niacuteveis de acirc-endorfina no sangue apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS ndashndash tanto

de baixa frequumlecircncia (2 Hz) quanto de alta (80 Hz)

88

Chandran e Sluka (2003) observaram assim como Chen e Han (1992) Kalra Urban

e Sluka (2001) King e Sluka (2001) Sluka et al (1999) e Sluka et al (2000) que a TENS de

baixa frequumlecircncia estimulava a liberaccedilatildeo de opioacuteides que agiam sobre os receptores micro

localizados tanto em niacutevel espinhal (micro2) quanto supra-espinhal (micro1) fato ratificado por Han

et al (1991) que observaram que a endomorfina-1 ligante opiacuteoacuteide para os receptores micro-

opioacuteides mediava o efeito dessa modalidade de TENS Em alguns desses estudos concluiu-

se que a accedilatildeo da TENS se dava sobre esse tipo de receptor ao conseguir inibir o seu efeito

pela preacutevia administraccedilatildeo de baixas doses de naloxona ndashndash antagonista desses receptores

Hansson et al (1986) Lundeberg Bondesson e Lundstron (1985) e Olausson et al (1986)

verificaram que a TENS de baixa frequumlecircncia natildeo foi eficiente na reduccedilatildeo da dor nos pacientes

em que foi previamente administrada a naloxona

Apesar de a maioria dos autores apontar a accedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia como

sendo sobre os receptores micro-opioacuteides Chen e Han (1992) observaram que ela tambeacutem agiria

sobre os receptores auml-opioacuteides Outros autores como Han et al (1991) e Hughes et al

(1984) tambeacutem relataram sobre um aumento da concentraccedilatildeo de acirc-endorfina na circulaccedilatildeo

sanguumliacutenea de indiviacuteduos saudaacuteveis apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de baixa ou alta frequumlecircncias e

no liquor lombar concentraccedilotildees elevadas de metionina-encefalina (agonista auml-opioacuteide) e

dinorfina A (agonista ecirc-opioacuteide) apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de alta e baixa frequumlecircncia

respectivamente Para Basford (1994) seria mais evidente a liberaccedilatildeo de opioacuteides com a

aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia

Algumas controveacutersias quanto ao uso da TENS ainda persistem a) se haveria

liberaccedilatildeo de outras substacircncias capazes de modular a dor b) se sujeitos com e sem dor

diferem na resposta agrave estimulaccedilatildeo c) e caso sejam liberados neurotransmissores para a

modulaccedilatildeo da dor quais seriam os paracircmetros de estimulaccedilatildeo mais efetivos para tal

(BASFORD 1994)

89

A eletroanalgesia preemptiva pode ter sido obtida nessa pesquisa por meio da

inibiccedilatildeo pela TENS da hipersensibilidade central o que estaacute em concordacircncia com a

assertiva de King e Sluka (2001) e Sluka (2000) de que a TENS de baixa frequumlecircncia reduz

significantemente a hiperalgesia secundaacuteria poreacutem natildeo tem efeito sobre a primaacuteria

90

53 Anaacutelise da Satisfaccedilatildeo das Pacientes com o Tratamento

No grupo preemptivo a meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que

estava sendo realizado obtida a partir dos dados coletados com o uso da Escala de Satisfaccedilatildeo

do Paciente (ESP) foi sempre superior agrave do placebo em todos os momentos de coleta

entretanto natildeo houve em nenhuma das verificaccedilotildees diferenccedila estatiacutestica significante entre os

grupos como pocircde ser evidenciado na tabela 6 O intuito de aplicar tal escala foi tentar

observar se haveria um grau de satisfaccedilatildeo significantemente mais elevado no grupo

preemptivo em relaccedilatildeo ao placebo tendo em vista o papel da dor como fator de grande

influecircncia na qualidade do tratamento poacutes-operatoacuterio Poreacutem isso natildeo ocorreu nem na ESPd

verificaccedilatildeo que coincidia com o horaacuterio da ENDd em que houve niacutevel de dor

significantemente menor no grupo preemptivo

Rosaeg et al (2001) relatam sobre a ausecircncia de correlaccedilatildeo entre a analgesia

preemptiva e o grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes Isso ocorreria porquanto diversos fatores

aleacutem da dor poacutes-operatoacuteria contribuem para determinar o grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes

Nos dois grupos os niacuteveis de satisfaccedilatildeo sempre se mostraram bastante elevados Levando-se

em consideraccedilatildeo que todas as pacientes que participaram da presente pesquisa foram

assistidas pelo SUS e que comumente ndashndash ateacute por fatores culturais ndashndash estatildeo mais habituadas a

um ldquofriordquo relacionamento profissional de sauacutede-paciente esse alto grau de satisfaccedilatildeo talvez

possa ter sido atribuiacutedo agrave intensa assistecircncia dada aos dois grupos decircs o periacuteodo preacute-ciruacutergico

em que foram fornecidas informaccedilotildees a respeito da cirurgia que seria realizada da dor

incisional ndashndash e porventura visceral ndashndash do tratamento proposto dos meacutetodos de mensuraccedilatildeo

da dor bem assim orientaccedilotildees para que as mesmas evitassem falar apoacutes a cirurgia porque natildeo

se acumulassem gases ateacute o momento da alta hospitalar com os questionamentos sobre os

niacuteveis aacutelgicos Aleacutem disso as pacientes podem ter se sentido constrangidas ou terem

91

apresentado receio em relatar sobre a sua real satisfaccedilatildeo podendo supor que isso viria a

influenciar nos cuidados que a equipe meacutedica estaria despendendo para as mesmas

(BARROS 2001 JACHUCK 1982)

Caso tivesse sido realizada a coleta da ESP em todos os horaacuterios da END talvez fosse

possiacutevel observar diferenccedila significante entre os grupos em algum momento Entanto

preferiu-se realizar 5 averiguaccedilotildees da ESP aos inveacutes de 8 com o intuito de natildeo somente

abordar as pacientes um menor nuacutemero de vezes perturbando-as dessa forma um pouco

menos como tambeacutem minimizar a possibilidade de elas confundirem as duas escalas logo

que ambas satildeo constituiacutedas de nuacutemeros embora uma seja aplicada por meio de uma reacutegua e a

outra de forma verbal o que em princiacutepio diminuiria a possibilidade de confusatildeo

Em ambos os grupos a coleta em que houve a maior meacutedia de satisfaccedilatildeo com o

tratamento foi a uacuteltima sendo os valores nos grupos preemptivo e placebo respectivamente

de 992 plusmn 005 e 933 plusmn 035 Esses dados ao serem confrontados com os da END nesse

horaacuterio de coleta mostram que o maior grau de satisfaccedilatildeo apoacutes o pico aacutelgico deu-se

justamente no momento em que as pacientes estavam sentido uma menor intensidade de dor

Diferentemente dos nossos achados o uso da TENS no poacutes-operatoacuterio de

hernioplastia inguinal promoveu meacutedias de satisfaccedilatildeo com o tratamento ndashndash tambeacutem

mensurada pela ESP ndashndash significantemente superiores agraves do grupo placebo (MELO

SANTANA FILHO 2003)

Em pesquisa realizada por Hamza et al (1999) em cirurgias abdominais baixas

observou-se tambeacutem maior satisfaccedilatildeo por parte dos pacientes que usaram a TENS de baixa

frequumlecircncia no poacutes-operatoacuterio visto que 76 desses pacientes apresentaram alto grau de

satisfaccedilatildeo com o emprego de tal aparato para o controle da dor poacutes-ciruacutergica enquanto apenas

24 dos pacientes do grupo placebo apresentaram tal grau de satisfaccedilatildeo

92

54 Anaacutelise da Dor pelo Questionaacuterio de Dor McGill

A linguagem da dor repetidamente enfatizada por Merskey (1980) fornece

relevantes indiacutecios sobre o sofrimento e a dor das pessoas Melzack (1975) desenvolveu um

meacutetodo sistemaacutetico que incorporou descritores verbais para a expressatildeo da dor o MPQ que

se tornou o instrumento de pesquisa mais empregado no mundo para a mensuraccedilatildeo das

propriedades multidimensionais da dor abordando os componentes sensoriais afetivos e de

intensidade segundo Fernandez e Boyle (2001) e Fernandez e Towery (1996)

O MPQ adaptado foi utilizado apenas uma vez ndashndash 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico ndashndash no primeiro dia poacutes-operatoacuterio A opccedilatildeo por tal horaacuterio deu-se a partir da

experiecircncia obtida no estudo piloto em que o mesmo era administrado 7 h apoacutes a induccedilatildeo do

bloqueio A dificuldade para conseguir a atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo das pacientes condiccedilotildees

essenciais para responder de forma adequada ao mesmo foi muito grande fato que pode ser

atribuiacutedo ao relato de cansaccedilo por parte das pacientes porquanto as mesmas eram submetidas

ao procedimento ciruacutergico em torno das 1600 e assim o MPQ no estudo piloto era aplicado

aproximadamente agraves 2300 momento em que elas normalmente estavam dormindo ou entatildeo

tentando dormir mas relatando grande desconforto que pocircde ser observado natildeo apenas por

meio de avaliaccedilatildeo cliacutenica durante a coleta de dados como tambeacutem pelos niacuteveis aacutelgicos nesse

periacuteodo mensurados pela END e contidos na tabela 5

Apesar de alguns pesquisadores utilizarem o MPQ para a mensuraccedilatildeo de dores

passadas e relatarem que o mesmo possa ser usado para a anaacutelise de dores de ateacute uma semana

atraacutes optou-se para evitar maiores vieses por usaacute-lo para mensurar a dor incisional que a

paciente estava relatando naquele momento pois muitos pacientes apresentam dificuldade em

abstrair e sumariar experiecircncias dolorosas passadas (PIMENTA TEIXEIRA 1997) Para

93

isso elas eram instruiacutedas a respondecirc-lo com base na dor que estavam vivenciando naquele

momento

De acordo com Melzack (1975) esse instrumento somente deve ser aplicado para os

pacientes que estejam relatando dor Em virtude disso natildeo foram utilizados para a realizaccedilatildeo

da anaacutelise estatiacutestica dos iacutendices do MPQ os dados das 50 pacientes mas os de 41 (21 do

grupo preemptivo e 20 do placebo) pois 9 pacientes estavam relatando niacutevel de dor igual a

zero mensurado pela END no momento da aplicaccedilatildeo do MPQ

Veilleux e Melzack (1976) relatam que o MPQ eacute suficientemente sensiacutevel para

detectar diferenccedilas entre meacutetodos de tratamento da dor e proporciona informaccedilotildees a respeito

do efeito de determinada terapia antaacutelgica sobre as dimensotildees sensorial afetiva e avaliativa da

dor Optou-se pela natildeo utilizaccedilatildeo da forma reduzida do MPQ dado o pequeno nuacutemero de

descritores e cujos significados estatildeo mais frequumlentemente relacionadas agrave dor crocircnica do que

agrave aguda (MELZACK 1987)

A utilizaccedilatildeo do MPQ foi relevante porque esse instrumento multidimensional

fornece informaccedilotildees mais ricas sobre a experiecircncia dolorosa ndashndash envolvendo tambeacutem

componentes psicoloacutegicos e emocionais ndashndash natildeo se limitando apenas agrave mensuraccedilatildeo da

intensidade de dor como o satildeo a END VAS de faacutecies e tantas outras Para Prieto e

Geisinger (1983) apesar de a intensidade global da dor ser importante condiccedilatildeo para

compreender a experiecircncia dolorosa medidas que refletem apenas essa caracteriacutestica satildeo

insensiacuteveis a variaccedilotildees nos diferentes aspectos qualitativos da dor (KELLY AHMAD

BRULL 2001)

A categoria sensorial refere-se agraves propriedades mecacircnicas teacutermicas temporais e

espaciais da dor a afetiva-motivacional agrave dimensatildeo afetiva nos aspectos de tensatildeo medo e

propriedades autonocircmicas a avaliativa possibilita que o paciente expresse uma avaliaccedilatildeo

global da sua experiecircncia dolorosa e a miscelacircnea que engloba descritores das outras

94

categorias natildeo se refere a nenhuma propriedade especiacutefica (KETOVUORI POumlNTINEN

1981 MELZACK 1975 PIMENTA TEIXEIRA 1997 TEIXEIRA et al 1999)

A partir da sua utilizaccedilatildeo pudemos obter o Iacutendice do Nuacutemero de Palavras

Escolhidas (NWC) e o Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) O graacutefico 12 apresenta a

comparaccedilatildeo do NWC total obtido por meio da soma do nuacutemero de descritores selecionados

pelas pacientes nas 4 categorias que compotildeem o MPQ entre os grupos preemptivo e placebo

assim como o NWC em cada categoria do MPQ (tabela 10) De acordo com Pimenta e

Teixeira (1997) quanto maior o valor do NWC maior tambeacutem seraacute o niacutevel de dor dos

pacientes

Eacute possiacutevel observar que natildeo houve diferenccedila significante quanto ao NWC total entre

os grupos haja vista que o valor de p foi igual a 0937 tendo o grupo preemptivo selecionado

em meacutedia 1562 plusmn 061 palavras e o placebo 1540 plusmn 084 Vale ressaltar que o maacuteximo valor

possiacutevel do NWC total eacute 20 pois cada paciente natildeo pode escolher mais do que um descritor

em cada subcategoria

O grupo preemptivo selecionou em meacutedia 371 plusmn 025 e 276 plusmn 018 descritores nas

categorias afetiva e miscelacircnea respectivamente e o placebo 375 plusmn 020 e 315 plusmn 021 Na

categoria sensorial diferentemente dessas duas o grupo preemptivo (819 plusmn 038) selecionou

mais palavras que o placebo (765 plusmn 050) Na avaliativa ambos os grupos selecionaram em

meacutedia uma palavra Eacute importante ressaltar que em nenhum desses iacutendices houve diferenccedila

significante o que jaacute era esperado pois o NWC natildeo eacute eficiente para mostrar o malogro ou

sucesso de uma terapia analgeacutesica para um aliacutevio parcial da dor De acordo com Melzack

(1975) o paciente que tem um aliacutevio parcial da dor natildeo necessariamente deveria ter um

menor NWC pois haveria uma tendecircncia em selecionar um descritor que indicasse um menor

iacutendice de dor mas natildeo a recusa por parte desse paciente em selecionar determinada

subcategoria Dessa forma apenas o PRI poderia apresentar variaccedilatildeo

95

Apesar de natildeo ter havido diferenccedila significante a maior utilizaccedilatildeo ndashndash em termos

proporcionais ndashndash dos descritores da categoria sensorial em relaccedilatildeo aos da afetiva conforme

foi observada na tabela 11 em ambos os grupos estaacute de acordo com Pimenta (1995) Reading

(1983) e Teixeira et al (1999) que verificaram que os pacientes que sofriam de dores agudas

tinham preferecircncia por tais descritores enquanto aqueles que padeciam de dor crocircnica pelos

da afetiva Todavia talvez exista uma tendecircncia maior para a escolha dos descritores da

categoria sensorial pois a mesma engloba 539 (42 palavras) dos descritores do MPQ

enquanto que a afetiva 179 (14 palavras) Portanto a categoria sensorial apresenta o triplo

de descritores da afetiva apesar de possuir somente o dobro de subcategorias

Eacute interessante observar a importacircncia da categoria avaliativa (16ordf subcategoria) pois

todas as pacientes a utilizaram para selecionar um descritor (tabela 8) Melzack (1975)

descreveu que 95 dos 248 pacientes ndashndash de diversas doenccedilas ndashndash analisados em seu estudo

selecionaram um descritor dessa categoria o que estaacute em concordacircncia com nossos dados

Outras subcategorias muito utilizadas foram a 9ordf 11ordf 12ordf e 20ordf De forma inversa a 19ordf

subcategoria foi a menos selecionada (4 pacientes do grupo preemptivo e 8 do placebo) o que

eacute justificado por se tratarem de descritores que abordam os aspectos relacionados agrave sensaccedilatildeo

de frio sendo mais frequumlentemente utilizados para a descriccedilatildeo de dores de dente de acordo

com Gagliesi e Melzack (2003) e Melzack (1975)

Em ambos os grupos os descritores mais selecionados foram ldquocansativardquo e

ldquoenjoadardquo que pertencem agrave categoria afetiva 8095 das pacientes do grupo preemptivo

selecionaram esses descritores e 90 das do placebo assim o fizeram Na categoria sensorial

ambos os grupos selecionaram mais frequumlentemente o descritor ldquofinardquo 7142 das pacientes

do grupo preemptivo e 75 das do placebo Na miscelacircnea 55 das pacientes do grupo

placebo optaram mais comumente pelos descritores ldquoespalhardquo e ldquorepuxardquo e 5238 das do

preemptivo por ldquorepuxardquo e ldquoaborrecidardquo

96

Ao considerar os descritores mais apropriados para caracterizar a dor incisional

nessa pesquisa (tabela 9) ndashndash considerados por Gagliesi e Melzack (2003) como aqueles que

tenham sido selecionados por pelo menos 33 dos pacientes ndashndash os que foram escolhidos de

forma comum aos dois grupos foram na categoria sensorial (latejante pontada fina

queimaccedilatildeo ardor e dolorida) afetiva (cansativa e enjoada) avaliativa (que incomoda) e na

miscelacircnea (repuxa e aborrecida) Houve diferenccedila significante entre os dois grupos na

frequumlecircncia de seleccedilatildeo dos descritores ldquoesticadardquo da 10ordf subcategoria e ldquoespalhardquo da 17ordf

subcategoria que eacute justificada pelo fato de na 10ordf subcategoria das 19 pacientes do grupo

preemptivo que a utilizaram 13 selecionaram o descritor ldquoesticadardquo e das 13 do grupo

placebo apenas 5 Em se tratando da 17ordf subcategoria apenas 3 das 13 pacientes que

indicaram essa subcategoria selecionaram o descritor ldquoespalhardquo enquanto 11 do grupo

placebo o selecionou das 17 que optaram por tal subcategoria

No graacutefico 13 haacute a comparaccedilatildeo do PRI total obtido pela soma dos valores que satildeo

atribuiacutedos a cada descritor escolhido pelas pacientes nas 4 categorias do MPQ ndashndash podendo

atingir um maacuteximo valor de 78 ndashndash entre os dois grupos assim como do PRI para cada uma

das categorias do MPQ Para Pimenta e Teixeira (1997) quanto maior o valor desse iacutendice

maior a percepccedilatildeo dolorosa das pacientes Natildeo houve diferenccedila significante quanto ao PRI

total assim como para as categorias sensorial afetiva e miscelacircnea O grupo preemptivo

apresentou PRI total igual a 3274 plusmn 163 e o placebo 3245 plusmn 208 A categoria avaliativa foi

a uacutenica em que houve diferenccedila significante entre os grupos pois o PRI do grupo preemptivo

foi igual a 3 plusmn 028 e o do placebo a 205 plusmn 022 sendo o valor de p igual a 0019

A ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica significante entre os dois grupos tanto no NWC

total quanto no PRI total estaacute em concordacircncia com os resultados obtidos pela ENDg 16 h

apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico pois em nenhum desses iacutendices houve diferenccedila

significante entre os grupos

97

Apesar das dificuldades existentes ndashndash tempo de aplicaccedilatildeo e compreensatildeo de alguns

descritores pelas pacientes ndashndash a aplicaccedilatildeo desse questionaacuterio possibilitou ao investigador uma

experiecircncia muito produtiva pois permitiu a visualizaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo ndashndash seja por palavras

ou expressotildees faciais ndashndash da maioria das pacientes em encontrar palavras que as auxiliassem a

transmitir sua experiecircncia dolorosa Em pesquisa realizada por Pimenta e Teixeira (1997)

96 dos pacientes disseram que o MPQ ajudou ou ajudou muito na descriccedilatildeo de seu quadro

doloroso

Os dados obtidos a partir do MPQ infelizmente tornam-se um pouco limitados para

a comparaccedilatildeo com outras pesquisas dadas as diferenccedilas da liacutengua Esse eacute um dos motivos

pelos quais as escalas unidimensionais satildeo mundialmente mais usadas possibilitando o cotejo

dos resultados obtidos em diferentes paiacuteses e liacutenguas

Sabe-se que os aspectos econocircmicos culturais e sociais tecircm influecircncia sobre o relato

da dor pelos pacientes ndashndash embora em menor magnitude nas dores de caraacuteter agudo vg a

poacutes-operatoacuteria do que nas de caraacuteter crocircnico segundo Pimenta e Teixeira (1997) ndashndash mas

Katz e Melzack (1999) e Melzack (1975) demonstraram que o MPQ possui elevado niacutevel de

fidedignidade e transcende a tais diferenccedilas talvez por ter sido elaborado com base no

referencial teoacuterico sobre a fisiologia da dor No Brasil 95 dos entrevistados em uma

pesquisa disseram ser capazes de compreender o inventaacuterio sem grande dificuldade mas os

estudos natildeo avaliam a magnitude dessa dificuldade mormente quando se trata de indiviacuteduos

de baixa escolaridade ou idosos (PIMENTA 1995 PIMENTA TEIXEIRA 1997

TEIXEIRA 2001)

Entretanto essa talvez natildeo seja a realidade desse questionaacuterio no Brasil ndashndash um dos

liacutederes mundiais em desigualdade social e que possui diferenccedilas marcantes quanto agraves

expressotildees idiomaacuteticas regionais ndashndash o que permite supor que os resultados de uma pesquisa

realizada com uma amostra extraiacuteda de uma populaccedilatildeo rica de uma capital brasileira possam

98

talvez diferenciar significantemente dos daqueles obtidos em uma pobre cidade do sertatildeo

nordestino dada a complexidade na compreensatildeo de alguns descritores (BARROS 2001)

Em decorrecircncia dessas questotildees eacute que foi dada atenccedilatildeo nessa pesquisa ao niacutevel de

escolaridade das pacientes ndashndash que eacute ressaltado por Melzack (1987) como um dos fatores

limitantes para o seu uso assim como foram estabelecidos como criteacuterios de inclusatildeo vg

somente a participaccedilatildeo de pacientes que fossem assistidas pelo SUS e que fossem operadas no

Hospital Satildeo Domingos Saacutevio

99

55 Tempo para a Primeira Administraccedilatildeo do Diclofenaco de Soacutedio

Em contraposiccedilatildeo a Moininche Kehlet e Dahl (2002) Ong et al (2005) relatam que

o tempo para o primeiro requerimento de analgeacutesicos tem menor acuraacutecia para verificar o

efeito da analgesia preemptiva do que a intensidade de dor e o consumo de drogas

analgeacutesicas e que esse natildeo seria o objetivo principal da analgesia preemptiva todavia sua

importacircncia cliacutenica reside no fato de que ao prolongaacute-lo estaria havendo maior efeito do

recurso analgeacutesico utilizado antes da cirurgia ndashndash em nosso caso a TENS ndashndash podendo traduzir

em menor iacutendice de dor e consumo total de analgeacutesicos bem assim maior conforto agrave paciente

As pacientes do grupo preemptivo que consumiram diclofenaco de soacutedio ndashndash droga

que estava prescrita como medicaccedilatildeo de resgate ndashndash nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico solicitaram-no em meacutedia 48750 plusmn 5344 min apoacutes esta jaacute as do grupo

placebo 47010 plusmn 4619 min natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos porquanto o

valor de p foi igual a 0807 o que pode ser visualizado no graacutefico 15 que ilustra esse tempo

Esperava-se que com a preacutevia aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia o tempo para a

solicitaccedilatildeo dessa droga pudesse ser significantemente maior dado o possiacutevel aumento do

periacuteodo de latecircncia da dor devido agrave eletroanalgesia preemptiva

Por meio da END foi verificado que as pacientes do grupo placebo apresentaram no

poacutes-operatoacuterio imediato um pico aacutelgico alcanccedilado no momento da sexta coleta de dor o que

coincide com o tempo para a requisiccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio por essas pacientes

Como natildeo se conhecem pesquisas averiguando esse consumo com o uso da TENS

de forma preacute-operatoacuteria a discussatildeo a seguir far-se-aacute a partir de pesquisas que empregaram

meacutetodos diferenciados Assim Benedetti et al (1997) analisando esse tempo em pacientes

submetidos a toracotomias poacutestero-laterais tambeacutem verificaram diferenccedila estatiacutestica natildeo-

significante entre os pacientes que fizeram uso da TENS no poacutes-operatoacuterio e os que natildeo a

100

utilizaram tal como Garcia (2000) ao analisar o efeito preemptivo do fentanil em

histerectomias

Jaacute no estudo de Lin et al (2002) que avaliou a eletroacupuntura de forma

preemptiva em cirurgias abdominais baixas foi demonstrado que o tempo para o primeiro

requerimento de morfina foi de 10 18 28 e 28 min respectivamente nos grupos A

(preemptivo controle) B (preemptivo placebo) C (preemptivo de baixa frequumlecircncia 2 Hz) e D

(preemptivo de alta 100 Hz) e no de Ke et al (1998) foi demonstrado que a bupivacaiacutena

exerceu efeito preemptivo em laparoscopias ao retardar o tempo para o requerimento do

primeiro analgeacutesico entre os 3 grupos da pesquisa A (pacientes em que a bupivacaiacutena foi

administrada antes do ato ciruacutergico e soluccedilatildeo salina apoacutes) 4867 plusmn 4353 min B (soluccedilatildeo

salina antes e bupivacaiacutena depois) 2294 plusmn 3304 min e C (soluccedilatildeo salina antes e depois)

1431 plusmn 1567 min

Benedetti et al (1997) obtiveram aumento do tempo para o primeiro requerimento

de analgeacutesicos nos pacientes que usaram a TENS no poacutes-operatoacuterio de costotomias

esternotomias toracotomias com afastamento muscular e viacutedeo toracoscopias

101

56 Anaacutelise do Consumo de Analgeacutesicos no Poacutes-operatoacuterio

Em 48 das pacientes do grupo preemptivo (12 pacientes) foi administrado o

diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico enquanto que

no grupo placebo isso ocorreu em 60 (15 pacientes) diferenccedila natildeo estatisticamente

significante (graacutefico 14) Para Kissin (1996) o consumo de analgeacutesicos eacute possivelmente uma

variaacutevel natildeo fidedigna para averiguar a analgesia preemptiva e pode ser influenciado por

vaacuterios fatores psicoloacutegicos Todavia Konrad Cordeiro e Coeli (2001) Moiniche Kehlet e

Dahl (2002) e Ong et al (2005) ressaltam a relevacircncia desse consumo para analisar a

analgesia preemptiva

Ao analisar o consumo de diclofenaco de soacutedio e dipirona durante todo o periacuteodo de

internaccedilatildeo tambeacutem natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos como pocircde ser

observado nos graacuteficos 16 e 17 respectivamente Quanto ao consumo de dipirona esse

resultado era previsto pois essa droga estava prescrita de 6 em 6 h E quanto agrave administraccedilatildeo

de diclofenaco de soacutedio a ausecircncia de diferenccedila foi um resultado natural haja vista que nem

nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash periacuteodo em que haveria maior

efeito da analgesia preemptiva ndashndash houve diferenccedila significante

Cotejando nossos resultados aos de pesquisas envolvendo a aplicaccedilatildeo da

eletroacupuntura de forma preemptiva em procedimentos ciruacutergicos para avaliaccedilatildeo do

consumo de medicamentos analgeacutesicos nossos achados divergem dos de Lin et al (2002)

que em cirurgias abdominais baixas observaram reduccedilatildeo de 22 desse consumo nas

primeiras 24 h poacutes-ciruacutergicas nos pacientes que fizeram uso da modalidade de baixa

frequumlecircncia em relaccedilatildeo aos do grupo placebo Kotani et al (2001) conseguiram ao aplicar a

eletroacupuntura antes de cirurgias abdominais altas e baixas reduzir em 50 o consumo de

morfina pelos pacientes

102

Ao analisar o consumo de analgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio com o meacutetodo de analgesia

preemptiva induzida por drogas Levent (2001) em histerectomias abdominais totais e

salpingo-ooforectomias bilaterais natildeo verificou diferenccedila significante desse consumo entre as

pacientes em que a morfina fora administrada antes do ato ciruacutergico e apoacutes o fechamento do

peritocircnio e Garcia (2000) tambeacutem natildeo observou diferenccedila significante entre as que fizeram

uso do fentanil 30 min antes das histerectomias e as que o utilizaram apoacutes o ato ciruacutergico

Maestroni et al (2002) embora tenham verificado analgesia preemptiva em colecistectomias

laparoscoacutepicas mensurada pela VAS tambeacutem natildeo observaram diferenccedila significante quanto

ao consumo de analgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio o que estaacute de acordo com os nossos achados

Os nossos resultados divergem dos de diversos autores como Hamza et al (1999)

que demonstraram a efetividade da TENS na diminuiccedilatildeo do consumo de analgeacutesicos no

periacuteodo poacutes-operatoacuterio senatildeo nessas pesquisas a TENS foi aplicada somente apoacutes a cirurgia

Destarte natildeo estamos em concordacircncia com os resultados da pesquisa de Guerra et

al (2003) em que houve significante reduccedilatildeo do consumo de analgeacutesicos com o uso da TENS

no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia inguinal Apenas 1 dos 9 pacientes do grupo experimental

ndashndash que usou a TENS ndashndash solicitou uma uacutenica vez medicaccedilatildeo analgeacutesica ao passo que todos

os pacientes do grupo placebo (n = 9) solicitaram esse tipo de medicaccedilatildeo 255 vezes em

meacutedia Essa diferenccedila em relaccedilatildeo aos achados eacute fruto dos meacutetodos usados tipos de cirurgia

drogas anesteacutesicas e analgeacutesicas niacuteveis e tipos de dor paracircmetros de estimulaccedilatildeo tempo de

aplicaccedilatildeo e horaacuterios de aplicaccedilatildeo da TENS

Algumas pesquisas obtiveram satisfatoacuterios resultados com o uso da TENS no

periacuteodo poacutes-operatoacuterio como a de Chiu et al (1999) em hemorroidectomias cirurgias que

geram um quadro aacutelgico intenso em que houve reduccedilatildeo significante do consumo de morfina

Chen et al (1998) em histerectomias e miomectomias que observaram reduccedilatildeo de 37 da

administraccedilatildeo de opioacuteides com o uso da TENS de forma pericicatricial e de 39 quando

103

aplicada nos pontos de acupuntura Bjordal Johnson e Ljungreen (2003) que analisaram

1350 pacientes submetidos a diferentes procedimentos ciruacutergicos e verificaram reduccedilatildeo de

355 do consumo de analgeacutesicos Nuntildeez e Carrasco (2000) que minimizaram esse consumo

em cesaacutereas sem no entanto diminuir a intensidade e o periacuteodo de remissatildeo da dor

Benedetti et al (1997) que conseguiram minimizar a intensidade de dor em costotomias

esternotomias toracotomias com afastamento muscular e viacutedeo toracocospias e Castro e

Carlos (1986) em laparotomias que o minimizaram em 63 naqueles que fizeram uso desse

recurso sendo mais significante nos que foram submetidos a histerectomias e menos a

gastrectomias

Embora a reduccedilatildeo do consumo de diclofenaco natildeo tenha sido significante os nossos

achados satildeo muito relevantes haja vista que ao serem confrontados com os da anaacutelise da

intensidade de dor pela END possibilita a verificaccedilatildeo do mais importante aspecto desse

trabalho que foi conseguir manter o niacutevel de dor do grupo preemptivo inferior ao do placebo

sem haver no entanto um maior consumo de drogas analgeacutesicas para tal Ou seja se as

pacientes do grupo preemptivo tivessem consumido mais drogas que as do placebo seria

inviaacutevel inferir sobre a ocorrecircncia de analgesia preemptiva

57 Dor Referida

104

A ocorrecircncia de dor referida no ombro direito ndashndash condiccedilatildeo que sugere irritaccedilatildeo do

diafragma ou diretamente do nervo frecircnico ndashndash deu-se em 40 (10 pacientes) das pacientes do

grupo preemptivo e em 32 (8 pacientes) daquelas do placebo (graacutefico 18) Essa incidecircncia

estaacute em concordacircncia com os achados na literatura que a indicam em cerca de um terccedilo dos

pacientes submetidos a colecistectomia por laparotomia (ORLOFF 1970 SCHWARTZ

SHIRES SPENCER 1996 WAY DUNPHY 1993)

Natildeo se objetivou nessa pesquisa analisar a intensidade de dor referida no ombro ndashndash

apesar de os dados tambeacutem terem sido coletados Objetivou-se apenas verificar a sua

incidecircncia que com a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia natildeo apresentou diferenccedila

significante entre as pacientes que a usaram e as que natildeo

De acordo com Antunes et al (2002) a TENS tem eficaacutecia jaacute bastante comprovada

para o tratamento das dores de origem cutacircnea mas natildeo eacute necessariamente eficiente para as

de origem visceral o que corrobora a pesquisa de Nuntildeez e Carrasco (2000) que usaram a

TENS no poacutes-operatoacuterio de cesaacutereas

58 Anaacutelise do Consumo de Metoclopramida

105

Em um total de 20 das pacientes (5 pacientes) do grupo preemptivo houve

administraccedilatildeo dessa droga enquanto que em 32 (8 pacientes) isso ocorreu (graacutefico 19) O

consumo dessa droga ndashndash que natildeo tem accedilatildeo analgeacutesica ndashndash foi verificado para auxiliar a avaliar

a qualidade de recuperaccedilatildeo poacutes-ciruacutergica logo que um dos preditores de naacuteuseas e ecircmesis eacute a

dor E como a TENS eacute um recurso analgeacutesico poderia entatildeo tambeacutem minimizar o consumo

dessa substacircncia

Nossos resultados satildeo semelhantes aos de Zaacuterate et al (2001) que natildeo obtiveram

significante reduccedilatildeo do consumo de drogas anti-emeacuteticas com o uso da eletroacupuntura antes

de colecistectomias por laparoscopia Todavia Chen et al (1998) conseguiram reduzir a

incidecircncia de naacuteuseas e vocircmitos em aproximadamente um terccedilo das mulheres que se

submeteram a histerectomia abdominal total ou miomectomia com o uso da TENS todavia

esse recurso foi aplicado no poacutes-operatoacuterio Kotani et al (2001) observaram reduccedilatildeo de 20

a 30 da incidecircncia de naacuteuseas em cirurgias abdominais altas e baixas com a analgesia

preemptiva induzida pela eletroacupuntura e Lin et al (2002) em cirurgias abdominais

baixas

59 Questionaacuterio sobre a TENS

106

Durante a coleta dos dados observou-se que algumas pacientes do grupo preemptivo

relataram que a aplicaccedilatildeo da TENS ocasionava determinado incocircmodo Assim para a

obtenccedilatildeo de dados mais concretos sobre esses relatos resolveu-se acrescentar esse

questionaacuterio (Apecircndice H) ndashndash mesmo com a coleta de dados jaacute em andamento

Os resultados obtidos ilustrados no graacutefico 20 confirmam o que foi evidenciado na

praacutetica cliacutenica a respeito do relato das pacientes sobre o incocircmodo da estimulaccedilatildeo eleacutetrica de

baixa frequumlecircncia e alta intensidade pois a maioria (5789) das pacientes do grupo

preemptivo disse que a TENS incomodava um pouco e 1578 que incomodava

razoavelmente Esses dados foram significantemente diferentes dos do grupo placebo em que

8824 relataram que a TENS natildeo incomodava e 1176 que incomodava um pouco O fato

de ter havido queixa por parte de 2 pacientes do grupo placebo pode ter ocorrido talvez por

essas permanecerem durante 60 min deitadas com os eletrodos posicionados sobre o abdome

sem terem liberdade para deambular ou realizar atividades que solicitassem grande

movimentaccedilatildeo

Pesquisas recentes realizadas por Sluka et al (2000) tecircm demonstrado que a TENS

de alta frequumlecircncia tambeacutem estimula a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos e diante da

experiecircncia cliacutenica sabe-se que o uso de tal frequumlecircncia eacute mais confortaacutevel que o da de baixa

que normalmente eacute aplicada em niacutevel motor de estimulaccedilatildeo com a maacutexima intensidade

suportada pelo paciente Logo poder-se-ia utilizar a TENS de alta frequumlecircncia em pesquisas

para observar a possiacutevel ocorrecircncia de analgesia preemptiva comparando com os resultados

da de baixa frequumlecircncia e selecionar qual seria a mais adequada para tal dando grande ecircnfase

em tal escolha ao conforto e satisfaccedilatildeo do paciente

107

A maioria das pacientes de ambos os grupos relatou que gostaria de em uma

proacutexima cirurgia usar a TENS e os medicamentos (graacutefico 21) Esses dados parecem refletir a

satisfaccedilatildeo das pacientes em receber uma melhor assistecircncia da equipe de sauacutede assim como

terem agrave sua disposiccedilatildeo alguns recursos diferentes para o tratamento do quadro aacutelgico o que

reforccedila a relevacircncia e a aceitaccedilatildeo da analgesia multimodal

108

CONCLUSAtildeO

109

6 CONCLUSAtildeO

A aplicaccedilatildeo da modalidade de baixa frequumlecircncia da estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea

do nervo durante 60 minutos no periacuteodo preacute-operatoacuterio de pacientes do sexo feminino

submetidas a colecistectomia por laparotomia promoveu analgesia preemptiva

110

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

111

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AIDA S et al The effectiveness of preemptive analgesia varies according to the type ofsurgery a randomized double-blind study Anesthesia and Analgesia Baltimore v 89 n 3p 711 Set 1999

ANDRADE R F A Comportamento da litiacutease biliar no Estado de Sergipe 2002Monografia (graduaccedilatildeo em medicina) ndashndash Departamento de Medicina da Universidade Federaldo Estado de Sergipe Aracaju 2002

ANTUNES A A M et al Os efeitos da estimulaccedilatildeo eleacutetrica nervosa transcutacircnea no poacutes-operatoacuterio de cirurgias toraacutecicas e abdominais ndashndash revisatildeo de literatura e relato de casosRevista de Fisioterapia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 9 n 1 p 23-25janjun 2002

BARROS N Qualidade de vida ndashndash conceito e meacutetodos de avaliaccedilatildeo In ANDRADE FILHOA C de C Dor diagnoacutestico e tratamento Roca Satildeo Paulo 2001 53-61 p

BASFORD J R Eletroterapia In KOTTKE F J LEHMANN J F Tratado de medicinafiacutesica e reabilitaccedilatildeo de Krusen 4 ed Satildeo Paulo Manole 1994 363-388 p

BENBOW S J COSSINS L WILES J R A comparative study of disability depressionand pain severity in young and chronic pain in patients VIIIth World Congress on PainVancouver 1996

BENEDETTI F et al Control of postoperative pain by transcutaneous electrical nervestimulation after thoracic operations Ann Thoracic Surgery Torino v 63 n 3 p 773-776Mar 1997

BISSCHOP G de BISSCHOP Eacute de COMMANDREacute F TENS In BISSCHOP G deBISSCHOP Eacute de COMMANDREacute F Eletrofisioterapia Satildeo Paulo Santos 2001 5-62 p

BJORDAL J M JOHNSON M I LJUNGREEN A E Transcutaneous electrical nervestimulation (TENS) can reduce postoperative analgesic consumption A meta-analysis withassessment of optimal treatment parameters postoperative pain European Journal of PainErlangen v 7 n 2 p 181-188 Apr 2003

BLUMGART L H Cirugiacutea del hiacutegado y de las viacuteas biliares Buenos Aires EditoriaMeacutedica Panamericana 1988 655-665 p

BONICA J J et al Biochemistry and the modulation of nociception and pain In BONICAJ J The management of pain Phyladelphia Lea amp Febiger 1990 95-121 p

BRENTANO L Colecistectomia [sl] ABC da Sauacutede 2003 Disponiacutevel emhttpwwwabcdasaudecombrartigophp86 Acesso em 30 de agosto de 2004

BRIDENBAUGH P O Preemptive analgesia ndashndash is it clinically relevant Anesthesia ampAnalgesia Baltimore v 78 n 2 p 203-4 Feb 1994

112

BUTTON B SAWYER S Fisioterapia do aparelho respiratoacuterio do adolescente InBURNS Y R MCDONALD J Fisioterapia e crescimento na infacircncia Satildeo PauloSantos 1999 247-261 p

BUXTON B P A fisiologia e a psicologia da dor In STARKEY C RecursosTerapecircuticos em Fisioterapia Satildeo Paulo Manole 2001 37-69 p

CAMERON M H Physical agents in rehabilitation ndashndash from research to practicePhyladelphia W B Saunders Company 1999 31-54 p

CARROLL D et al Randomization is important in studies with pain outcomes systematicreview of transcutaneous electrical nerve stimulation in acute postoperative pain BritishJournal of Anaesthesia Oxford v 77 n 6 p 798-803 Dec 1996

CARROL E N BADURA A S Focal intense brief transcutaneous electric nervestimulation for treatment of radicular and posthoracotomy pain Archives of PhysicalMedicine and Rehabilitation Cleveland v 82 n 2 p262-264 Feb 2001

CASTILLO G L B Estudio comparativo entre bupivacaina + fentanyl vs bupivacainasola por viacutea peridural para el control del dolor obsteacutetrico Tesis para obtener el diplomauniversitario en la especialidad de anestesiologiacutea Quereacutetaro [1999]

CASTRO M L CARLOS E S Post-laparotomy pain control by transcutaneous electricalnerve stimulation preliminary report Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeirov 36 n 3 p 207-14 mar 1986

CHANDRAN P SLUKA K A Development of opioid tolerance with repeatedtranscutaneous electrical nerve stimulation administration Pain Seattle v 102 n 1-2 p195-201 Mar 2003

CHEN L et al The effect of location of transcutaneous electrical nerve stimulation onpostoperative opioid analgesic requirement acupoint versus nonacupoint stimulationAnesthesia amp Analgesdia Baltimore v 87 n 5 p 1129-1134 Nov 1998

CHEN L HAN J S Analgesia induced by electroacupuncture of different frequencies ismediated by different types of opioid receptors another cross-tolerance study BehavioralBrain Research Amsterdam v 47 n 2 p 143-149 Apr 1992

CHESTERTON L S et al Effects of TENS frequency intensity and stimulation siteparameter manipulation on pressure pain thresholds in healthy human subjects Pain Seattlev 106 n 1-2 p 73-80 Nov 2003

CHIU J H et al Effect of transcutaneous electrical nerve stimulation relief on patientsundergoing hemorrhoidectomy prospective randomized controlled trial Diseases of theColon amp Rectum New York v 42 n 2 p 180-185 Feb 1999

CREPON F Eletrofisioterapia e Reeducaccedilatildeo Funcional Satildeo Paulo Lovise 1996 80-101p

113

CRIELAARD et al apud TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendoparacircmetros de estimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85fDissertaccedilatildeo (mestrado em bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de SatildeoPaulo Ribeiratildeo Preto 2003

DAMIANE C DAMIANE G TENS eletroanalgesia In RODRIGUES E MGUIMARAtildeES C S Manual de recursos fisioterapecircuticos Rio de Janeiro Revinter 199853-80 p

DIERKING G et al Effect of pre vs post-operative inguinal field block on postoperative painafter herniorraphy British Journal of Anaesthesia Oxford v 68 n 4 p 344-348 Apr1992

DUBUISSON D MELZACK R Classification of clinical pain descriptors by multiplegroup discriminant analysis Experimental Neurology Michigan v 51 n 2 p 480-487May 1976

DuGAS B W Medicaccedilotildees In______ Enfermagem praacutetica 4 ed Rio de JaneiroGuanabara 1988 465-487 p

EISENBAUER L A MURPHY M A Pharmacotherapeutics amp advanced nursingpractice San Diego McGraw Hill Companies 1998 253 p

ERIKSSON M B E SJOLUND B H NEILZEN S Long term results of peripheralconditioning stimulation as an analgesic measure in chronic pain Pain Seattle v 6 n 3 p335-347 Jun 1979

FERNANDEZ E BOYLE G J Affective and evaluative descriptors of pain in the McGillPain Questionnaire reduction and reorganization The Journal of Pain Philadelphia v 2 n6 p 318-325 Dec 2001

FERNANDEZ E TOWERY S A parsimonious set of verbal descriptors of pain sensationderived from the Mcgill Pain Questionnaire Pain Seattle v 66 n 1 p 31-37 Jul 1996

FORTH W BEYER A PETER K Highly potent analgesics opiates and opioids InFORTH W BEYER A PETER K Aliacutevio da dor uma visatildeo analiacutetica das vantagens edesvantagens da moderna administraccedilatildeo da dor Satildeo Paulo Hoechest 1995 40-49 p

FRAMPTON V Estimulaccedilatildeo Nervosa Eleacutetrica Transcutacircnea In KITCHEN S BAZIN SEletroterapia de Clayton 10 ed Satildeo Paulo Manole 1998 276-294 p

GAGLIESI L MELZACK R Age differences in the quality of chronic pain a preliminarystudy Pain Research amp Management Oakville v 2 n3 p 157-162 Winter 1997

GAGLIESE L MELZACK R Age-related differences in the qualities but not the intensityof chronic pain Pain Seattle v 104 n 3 p 597-608 Aug 2003

114

GARCIA J B dos S Preemptive analgesia with epidural bupivacaine plus fentanyl inhysterectomy serum interleukin-6 implications 2000 Tese para obtenccedilatildeo do tiacutetulo dedoutorado ndashndash Escola Paulista de Medicina ndashndash Universidade Federal de Satildeo Paulo Satildeo Paulo2000

GOFFI F S GOFFI JUacuteNIOR P S SORBELLO A A Cirurgia das vias biliares InGOFFI F S Teacutecnica ciruacutergica bases anatocircmicas fisiopatoloacutegicas e teacutecnicas da cirurgia 4ed Satildeo Paulo Atheneu 1996 691-694 p

GOTTSCHALK A OCHROCH E A Preemptive analgesia what do we do nowAnesthesiology Philadelphia v 98 n1 p 280-281 Jan 2003

GRAHAM C et al Use of the McGill Pain Questionnaire in the assessment of cancer painreplicability and consistency Pain Seattle v 8 n 3 p 377-387 Jun 1980

GRIEVE G P Modern manual therapy of the vertebral column New York ChurchillLivingstone 1986 233-249 p

GUERRA D R et al A Utilizaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio imediato de pacientessubmetidos a cirurgia de heacuternia inguinal In V CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeOCIENTIacuteFICA PIBICUFS 2003 Universidade Federal de Sergipe Anais Satildeo CristoacutevatildeoUniversidade Federal de Sergipe 2003 215 p

HAMZA M A et al Effect of the frequency of transcutaneous electrical nerve stimulationon the postoperative opioid analgesic requirement and recovery profile AnesthesiologyPhiladelphia v 91 n 5 p 1232-1238 Nov 1999

HAN J S et al Frequency as the cardinal determinant for electroacupuncture analgesia to bereversed by opioid antagonists Chinese Medical Journal Peking v 38 n 5 p 475-482Oct 1986

HAN J S et al Effect of low and high frequency TENS on met-enkephalin-arg-phe anddynorphin A immunoreactivity in human lumbar CSF Pain Seattle v 47 n 3 p 295-298Dec 1991

HANSSON B et al Influence of naloxone on relief of acute oro-facial pain bytranscutaneous electrical nerve stimulation (TENS) or vibration Pain Seattle v 24 n 3 p323-329 Mar 1986

HEPNER D L Preemptive analgesia what does it really mean AnesthesiologyPhiladelphia v 93 n 5 p 1368 nov 2000

HUGHES G S et al Response of plasma beta-endorphins to transcutaneous electrical nervestimulation in healthy subjects Physical Therapy Alexandria v 64 n 7 p 1062-1066 Jul1984

HUSKISSON E C Visual Analogue Scales In MELZACK R Pain measurement andassessment New York Raven Press 1983 33-37 p

115

IMAMURA M et al Eletroestimulaccedilatildeo nervosa transcutacircnea In LEITAtildeO V A Cliacutenica dereabilitaccedilatildeo Satildeo Paulo Atheneu 1995 301-309 p

JACHUCK S J et al The effect of hypotensive drugs on the quality of life The BritishJournal of the Royal College General Practitioners London v 32 n 235 p 103-105Feb 1982

JAFFE J H MARTIN W R Analgeacutesicos opioacuteides e antagonistas In GILMAN A G etal Goodman e Gilman As Bases farmacoloacutegicas da terapecircutica 8 ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1991 320-343 p

JAVIER G P et al Analgesia preventiva en un modelo experimental de dolor visceralRevista Mexicana de Anestesiologia v 22 n 2 p 116-121 abr-jun 1999

JOHNSON M I et al Analgesic effects of different frequencies of transcutaneous electricalnerve stimulation on cold-induced pain in normal subjects Pain Seattle v 39 n 2 p 231-236 Nov 1989

JOHNSON M I ASHTON C H THOMPSOM J W An in depth study of long termusers of transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) Implications for clinical use ofTENS Pain Seattle v 44 n 3 p 221-229 Mar 1991

KALRA A B URBAN M O SLUKA K A Blockade of opiod receptors in rostralventral medulla prevents antihyperalgesia produced by transcutaneous electrical nervestimulation (TENS) The Journal of Pharmacology and Experimental TherapeuticsBethesda v 298 n 1 p 257-263 Jul 2001

KATZ J MELZACK R Measurement of pain Surgery Clinical North American v 79n 2 p 231-252 Apr 1999

KE R W PORTERA S G LINCOLN S R A randomized blinded trial of preemptivelocal anesthesia in laparoscopy Primary Care Update for Obstetric and Gynecology v 5n 4 p 197-198 Jul 1998

KE R W et al A randomized double-blinded trial of preemptive analgesia in laparoscopyObstetrics amp Gynecology Denver v 92 n 6 p 972-5 Dec 1998

KELLY D J AHMAD M BRULL S Preemptive analgesia I physiological pathways andpharmacological modalities Canadian Journal of Anesthesia Toronto v 48 n 10 p1000-1010 Nov 2001

KETOVUORI H POumlNTINEN P J A pain vocabulary in finnish ndashndash the finnish painquestionnaire Pain Seattle v 11 n 1 p 247-253 Aug 1981

KING E W SLUKA K A The effect of varying frequency and intensity of transcutaneouselectrical nerve stimulation on secundary mechanical hyperalgesia in an animal model ofinflammation The Journal of Pain Philadelphia v 2 n 2 p 128-133 Apr 2001

KISSIN I Preemptive analgesia terminology and clinical relevance Anesthesia andanalgesia Baltimore v 79 n 4 p 809 Oct 1994

116

______ Preemptive analgesia ndashndash Why its effect is not always obvious AnesthesiologyPhiladelphia v 84 n 5 p 1015-1019 May 1996

______ Preemptive analgesia Anesthesiology Philadelphia v 93 n 4 p 1138-1143 Oct2000

______ Study design to demonstrate clinical value of preemptive analgesia is it commonlyused approach valid Regional Anesthesia and Pain Medicine Seattle v27 n3 p 242-244 May-Jun 2002

KONRAD K CORDEIRO S M COELI M Dor Fisiopatologia e tratamento InLIANZA S Medicina de Reabilitaccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001 137-150p

KOTANI N et al Preoperative intradermal acupuncture reduces postoperative pain nauseaand vomiting analgesic requiriment and sympathoadrenal responses AnesthesiologyPhiladelphia v 95 n 2 p 349-356 Aug 2001

LABRADA A JIMEacuteNEZ-GARCIA Y Preventive multimodal analgesia a comparativestudy Revista de la Sociedad Espantildeola del Dolor Madrid v 11 n 3 p 122-128 abr2004

LEE I-H LEE I-O Preemptive effect of intravenous ketamine in the rat concordancebetween pain behavior and spinal fos-like immunoreactivity Acta AnaesthesiologicaScandinavica Oxford v 49 n 2 p 160-165 Feb 2005

LEVENT K The effect of preemptive intravenous morphine on postoperative analgesia andsurgical stress response Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeiro v 51 n 6 p503-510 dez 2001

LICHTENBERG P A SWENSEN C H SKEHAN M W Further investigation of therole of personality lifestyle and arthritic severity in predicting pain Journal ofPsychosomatic Research New York v 30 n 3 p 327-337 maio 1986

LIN J et al The effect of high and low frequency eletroacupuncture in pain after lowabdominal surgery Pain Seattle v 99 n 3 p 509-514 out 2002

LOMBARD B et al Evaluation de lrsquoeacutelectrostimulation transcutaneacutee dans la prise en chargedes douleurs post-amygdalectomie chez lrsquoadulte Revue Laryngologie Otologie RhinologieBordeaux Ceacutedex v 117 n 2 p 89-92 abr 1996

LOW J REED A Eletroterapia explicada 3 ed Satildeo Paulo Manole 2001 472 p

LUNDEBERG T BONDESSON L LUNDSTRON V Relief of primary dysmenorrhea bytranscutaneous electrical nerve stimulation Acta Obstetetricia et GynecologicaScandinavica Gothenburg v 64 n 6 p 491-497 ago 1985

MACHADO M C C RAIA A A Anatomia ndash Histologia ndash Embriologia ndash Fisiologia davesiacutecula e vias biliares ndash Fisiologia da bile In CORREcircA NETTO A RAIA A AZERBINO E de J Cliacutenica Ciruacutergica 4 ed Satildeo Paulo Sarvier 1994 785-789 p

117

MAESTRONI U et al A new method of preemptive analgesia in laparoscopiccholecystectomy Surgical Endoscopy New York v 16 n 9 p 1336-1340 Sep 2002

MARIANO T F BEN V F G Efeitos da eletroestimulaccedilatildeo transcutacircnea (TENS) emindiviacuteduos adultos no poacutes-operatoacuterio imediato de colecistectomia 1998 Trabalho deConclusatildeo de Curso ndashndash Universidade Catoacutelica Dom Bosco (UCDB) Campo Grande 1998

MARIN L I CASTRO C E S Post laparotomy pain control by transcutaneous electricalnerve stimulation preliminary report Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeirov 36 n 3 p 207-214 maio-jun 1986

MCQUAY H J Pre-emptive analgesia a systematic review of clinical studies Annals ofMedicine Stockholm v 27 n 2 p 249-56 Apr 1995

MELO J N SANTANA FILHO V J Efeito da TENS convencional no requerimento deanalgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio imediato de herniorrafia inguinal 2003 Monografiaapresentada ao curso de fisioterapia para tiacutetulo de bacharel Universidade Tiradentes Aracaju2003

MELZACK R The McGill Pain Questionnaire major properties and scoring methods PainSeattle v 1 n 3 p 277-299 Sep 1975

MELZACK R WALL P O desafio da dor Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 1987189-250 p

MERINO C S Colecistectomiacutea laparoscoacutepica comparada con colecistectomiacutea claacutesica encolecistitis aguda Revista Chilena de Cirurgia Santiago v 53 n 1 p 53-59 2001

MERKEL S I GUSTEIN H B MALVIYA S Use of transcutaneous electrical nervestimulation in a young child with pain from open perineal lesions Journal of Pain andSymptom Management New York v 18 n 5 p 376-81 Nov 1999

MERSKEY H Some features of the history of the idea of pain Pain Seattle v 9 n 1 p 3-8 Aug 1980

MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO BRASIL Cuidados paliativos oncoloacutegicos controle da dorRio de Janeiro INCA 2001 16-32 p

MOINICHE S KEHLET H DAHL J B A qualitative and quantitative systematic reviewof preemptive analgesia for postoperative pain relief Anesthesiology Philadelphia v 96 n3 p 725-41 Mar 2002

MORIN C et al Differences between the sexes in post-surgical pain Pain Seattle v 85 n1-2 p 79-85 Mar 2000

MOTAMED C et al Preemptive intravenous morphine-6-glucuronide is ineffective forpostoperative pain relief Anesthesiology Philadelphia v 92 n 2 p 355-360 Feb 2000

118

NUNtildeEZ C N CARRASCO M P Estimulacioacuten eleacutectrica transcutaacutenea (EET) para reducirel dolor despueacutes de la cesaacuterea Ginecologiacutea y Obstetricia de Meacutexico Ciudad del Meacutexico v68 n 1 p 60-63 fev 2000

OacuteBRIEN et al apud TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendoparacircmetros de estimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85fDissertaccedilatildeo (mestrado em bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de SatildeoPaulo Ribeiratildeo Preto 2003

OLAUSSON B et al Effects of naloxone on dental pain threshold following muscleexercises and low frequency transcutaneous nerve stimulation a comparative study in manActa Physiologica Scandinavica Stockholm v 126 n 2 p 299-305 Sep 1986

ONG C K-S et al The efficacy of preemptive analgesia for acute postoperative painmanagement a meta-analysis Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 100 n 3 p 757-773Mar 2005

ORLOFF M J Fiacutegado e sistema biliar In DAVIS I Christopher Cliacutenica Ciruacutergica 2 edRio de Janeiro Guanabara Koogan 1970 772-783 p

PATINtildeO J F LONDONtildeO E GARCIacuteA L G Colecistectomia mini-traumaacuteticahospitalizacioacuten de corta estancia Revista Colombiana de Cirurgia Bogotaacute v 6 n 2 p 70-75 ago 1991

PEREIRA L V SOUSA F A E F Mensuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo da dor poacutes-operatoacuteria umabreve revisatildeo Revista Latino-americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 3 p 77-84 jul 1998

PEacuteREZ-AYUSO R M et al Historia natural de la colelitiasis Incidencia de colescistectomiacuteaen un aacuterea urbana y una rural mapuche en la uacuteltima deacutecada Revista Meacutedica de ChileSantiago v 130 n 7 p 723-730 jul 2002

PIMENTA C A M Avaliaccedilatildeo da experiecircncia dolorosa Revista de Medicina Satildeo Paulo v74 n 2 p 69-75 ago-set 1995

PIMENTA C A de M CRUZ Dde A L M da C SANTOS J L F dos Instrumentospara avaliaccedilatildeo da dor O que haacute de novo no nosso meio Arquivo Brasileiro deNeurocirurgia Satildeo Paulo v 17 n 1 p 15-24 jun 1998

PIMENTA C A TEIXEIRA M J Questionaacuterio de Dor Mcgill proposta de adaptaccedilatildeo paraa liacutengua portuguesa Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeiro v 47 n 2 p 177-186 ago 1997

PONTES R M C PRADO W A Presurgical ketoproten but not morphine dipyronediclofenac preempts post-incisional mechanica allodynia in rats Brazilian Journal ofMedical and Biological Research Ribeiratildeo Preto v 35 n 1 p 11-119 jan 2002

119

PRADO W A OLIVEIRA R Anti-hyperalgesic effect of electroacupuncture in a model ofpost-incisional pain in rats Brazilian Journal of Medical and Biological ResearchRibeiratildeo Preto v 33 n 8 p 957-960 ago 2000

PRIETO E J GEISINGER K F Factor-analytic studies of the McGill Pain QuestionnaireIn MELZACK R Pain measurement and assessment New York Raven Press 1983 63-70 p

RANG H P DALE M M Farmacologia 2 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1993460 p

READING A E The McGill Pain Questionnaire an appraisal In MELZACK R Painmeasurement and assessment New York Raven Press 1983 55-61 p

RIVERA A R F Incisioacuten transversa contra incisioacuten media en colecistectomiacutea Cuaacutel esmenos dolorosa Cirurgiacutea General v 18 n 3 p 178-181 jul-set 1996

ROBINSON A J Instrumentaccedilatildeo para eletrotrerapia In ROBINSON A J SNYDER-MACKLER L Eletrofisiologia cliacutenica eletroterapia e teste eletrofisoloacutegico 2 ed PortoAlegre Artmed 2001 43-83 p

ROSAEG O P et al Effect of preemptive multimodal analgesia for arthroscopic KneeLigament repair Regional Anesthesia and Pain Medicine Seattle v 26 n 2 p 125-130Mar-Apr 2001

ROSLYN J J ZINNER M J Gallbladder and extra-hepatic billiary system InSCHWARTZ S I SHIRES G T SPENCER F C 6 ed Principles of surgery EstadosUnidos Mc Graw Hill 1996 1367-1399 p

SALAR G JOB I MINGRINO S et al Effects of transcutaneous electrotherapy on CSFb-endorphin content in patients without pain problems Pain Seattle v 10 n 2 p 169-172apr 1981

SALGADO A S I Manual cliacutenico de eletrofisioterapia Londrina Midiograf 1999 112-147 p

SANTIESTEBAN A J Agentes fiacutesicos e dor muacutesculo-esqueleacutetica In GOULD J AFisioterapia na ortopedia e na medicina do esporte 2 ed Satildeo Paulo Manole 1993 181-193 p

SANTOS et al Aplicaccedilatildeo da TENS de alta e baixa frequumlecircncias no poacutes-operatoacuterio imediato decolecistectomia convencional In VI CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICAPIBICUFS 2004 Universidade Federal de Sergipe Anais Satildeo Cristoacutevatildeo UniversidadeFederal de Sergipe 2004 p242

SCHWARTZ S I SHIRES G T SPENCER F C Princiacutepios de cirurgia 6ed MeacutexicoInteramericana 1996 416-449 p

120

SEKAR C et al Preemptive analgesia for postoperative relief in lumbosacral spine surgeriesa randomized controlled trial The Spine Journal La Grange v 4 n 3 p 261-264 May-Jun 2004

SILVA P Anesteacutesicos locais e outros faacutermacos que afetam os canais iocircnicos In RANG HP DALE M M RITTER J M Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1998 485-505 p

SILVEIRA I A M LIMA P A L Estudo da reduccedilatildeo de custo no hospital SatildeoDomingos Saacutevio com a utilizaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia inguinal2004 Monografia para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de bacharel em fisioterapia UniversidadeTiradentes Aracaju 2004

SINATRA R Role of COX-2 inhibitors in the evolution of acute pain management Journalof Pain and Sympton Management New York v 24 n 1S p S18-27 Jul 2002

SLUKA K A Systemic morphine in combination with TENS produces an increaseantihyperalgesia in rats with acute inflamation The Journal of Pain Philadelphia v 1 n 3p 204-211 Sep 2000

SLUKA K A et al Spinal blockade of opiod receptors prevents the analgesia produced byTENS in arthritic rats The Journal of Pharmacology and Experimental TherapeuticsBethesda v 289 n 2 p 840-846 May 1999

SLUKA K A et al Low frequency TENS is less effective than high frequency TENS atreducing inflammation-induced hyperalgesia in morphine-tolerant in rats European Journalof Pain Erlangen v 4 n 2 p 185-93 Jun 2000

SLUKA K A WALSH D Transcutaneous electrical nerve stimulation basic sciencemechanisms and clinical effectiveness The Journal of Pain Philadelphia v 4 n 3 p 109-121 Apr 2003

SOFAER B Assessing pain In______ Pain a handbook for nurses 2 ed New YorkChapman amp Hall 1994 44-57 p

SORKIN B A et al Chronic pain in young and old patients differences appear lessimportant than similarities J Gerontol Psychol Sci Washington v 45 n 2 p 64-68 Mar1990

SPOacuteSITO M M M Manual de medicina fiacutesica e de reabilitaccedilatildeo Satildeo Paulo [sn] 199373-93 p

STARKEY C Agentes eleacutetricos In ______ Recursos terapecircuticos em fisioterapia SatildeoPaulo Manole 2001 176-276 p

TAYLOR D New ways to contain post-op pain 2002 Disponiacutevel em lthttp wwwoutpatientsurgerynet2002os08f2shtmlgt Acesso em 22 de outubro de 2004

TEIXEIRA M J Fisiopatologia da dor neuropaacutetica In ANDRADE FILHO A C de CDor diagnoacutestico e tratamento Roca Satildeo Paulo 2001 7-42 p

121

TEIXEIRA M J SOUZA A C F Dor ndashndash evoluccedilatildeo histoacuterica dos conhecimentos InTEIXEIRA M J FIGUEIROacute J A B Dor epidemiologia fisiopatologia avaliaccedilatildeosiacutendromes dolorosas e tratamento Satildeo Paulo Grupo Editorial Moreira Jr 2001 8-13 p

TEIXEIRA M J et al Avaliaccedilatildeo da dor fundamentos teoacutericos e anaacutelise criacutetica Revista deMedicina Satildeo Paulo v 78 n 2 (pt 1) p 85-114 abr 1999

THOMSON A SKINNER A PIERCY J Habilidades da fisioterapia In ______Fisioterapia de Tidy 12 ed Satildeo Paulo Santos 1994 417-465 p

TORRE A et al Analgesia Preventiva Revista Venezuelana de Anestesiologia Caracasv 7 n 1 p 15-26 jun 2002

TOYOTA S STATAKE T AMAKI Y Transcutaneous electrical nerve stimulation as analternative therapy for microlaryngeal endoscopic surgery Anesthesia amp AnalgesiaBaltimore v 89 n 5 p 1236-8 Nov 1999

TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendo paracircmetros deestimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85f Dissertaccedilatildeo (mestradoem bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade de Medicina de RibeiratildeoPreto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto2003

TURK D C OKIFUJI A SCHARFF L Chronic pain and depression role of perceivedimpact and perceived control in different ages cohorts Pain Seattle v 61 n 1 p 93-101Apr 1995

VALE F M Dor Novos aspectos fisiopatoloacutegicos e consequumlentes estrateacutegiasfarmacoloacutegicas Revista da Faculdade de Medicina de Lisboa Lisboa v 5 n 5 p 291-304 set-out 2000

VEILLEUX S MELZACK R Pain in psychotic patients Experimental NeurologyMichigan v 52 n 1 p 535-543 Jul 1976

VETTER T R HEINER E J Discordance between patient self-reported visual analog scalepain scores and observed pain-related behavior in older children after surgery Journal ofClinical Anesthesia New York v 8 n 5 p 371-375 Aug 1996

WALL P D The prevention of postoperative pain Pain Seattle v 33 n 2 p 289-90 May1988

WALSH D M et al Transcutaneous electrical nerve stimulation effect of peripheral nerveconduction mechanical pain threshold and tactile threshold in humans Archives of PhysicalMedicine and Rehabilitation Philadelphia v 79 n 9 p 1051-8 Sep 1998

WANG B et al Effect of the intensity of transcutaneous acupoint electrical stimulation onthe postoperative analgesic requirement Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 85 n 2 p406-413 Aug 1997

122

WARNCKE T STUBHAUG A JORUM E Preinjury treatment with morphine orketamine inhibits the development of experimentally induced secondary hyperalgesia in manPain Seattle v 86 n 1-2 p 293-303 Mar 2000

WAY L W DUNPHY J E Biliary tract In WAY L W DUNPHY J E Cirurgiadiagnoacutestico e tratamento 9 ed Rio de Janeiro Guanabara koogan 1993 525-552 p

WILKIESON C A et al Toleration side-effects an efficacy of sulphasalazine in rheumatoidarthritis patients of different ages Quarterly Journal of Medicine Oxford v 86 n 8 p501-505 Aug 1993

WOOD L Fisiologia da dor In KITCHEN S BAZIN S Eletroterapia de Clayton 10ed Satildeo Paulo Manole 1998 80-85 p

WOOLF C J CHONG M-S Preemptive analgesia treating postoperative pain bypreventing the establishment of central sensitization Anesthesia amp Analgesia Baltimore v77 n 2 p 362-379 Aug 1993

WU W-P et al The very-high-efficacy 5-HT1A receptor agonist F 13640 preempts thedevelopment of allodynia-like behaviors in rats with spinal cord injury European Journal ofPharmacology Utrecht v 478 n 2-3 p 131-137 Oct 2003

YENG L T et al Medicina fiacutesica e reabilitaccedilatildeo em doentes com dor crocircnica In TEIXEIRAM J FIGUEIROacute J A B Dor epidemiologia fisiopatologia avaliaccedilatildeo siacutendromesdolorosas e tratamento Satildeo Paulo Grupo Editorial Moreira Jr 2001 131-140 p

ZAacuteRATE E et al The use of transcutaneous acupoint electrical stimulation for preveningnausea and vomiting after laparoscopic surgery Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 92 n3 p 629-35 Mar 2001

ZHOU G Z XI G F Comparison between transcutaneous nerve stimulation analgesiceffect and electroacupuncture Analgesic effect in rabbits Acupuncture and Electro-therapeutics Research Oxford v 11 n 2 p 119-125 May 1986

123

APEcircNDICE

124

APEcircNDICE

APEcircNDICE A ndashndash Ficha de identificaccedilatildeo da paciente

Nuacutemero do estudo __________

Leito__________

Data da cirurgia __________

Hospital ________________________________

Nome___________________________________

Prontuaacuterio da paciente ______________

Idade ________ Peso ________ Estatura ________ Sexo ( ) M ( ) F

Diagnoacutestico cliacutenico _______________________________

Profissatildeo ________________________

Naturalidade _____________________

Niacutevel de escolaridade ( ) Nunca estudou ( ) 1deg grau incompleto ( ) 1deg grau completo

( )2deg grau incompleto ( )2deg grau completo ( )3deg grau incompleto ( )3deg grau completo

Possui ( ) Hepatopatia ( ) Nefropatia ( ) Algum tipo de enfermidade maligna

( ) Hipertensatildeo arterial ( ) Diabetes Outra_________________

Sentia dor Em caso de sim haacute quanto tempo ____________________________________

Utilizava algum medicamento para combatecirc-la ( ) Sim ( ) Natildeo

Qual _____________________________

Faz ou fez uso de algum outro tipo de medicaccedilatildeo para combater essa dor Em caso de sim

qual e haacute quanto tempo

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

125

APEcircNDICE B ndashndash Termo de consentimento livre e esclarecido

A senhora seraacute submetida a uma cirurgia na qual o tratamento poacutes-ciruacutergico eacute feito

com remeacutedios para aliviar a dor A nossa pesquisa intitulada ldquoESTIMULACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

TRANSCUTAcircNEA DO NERVO ANALGESIA PREEMPTIVA EM COLECISTECTOMIA

POR LAPAROTOMIArdquo usaraacute antes da realizaccedilatildeo da cirurgia durante 60 minutos um

aparelho chamado TENS Queremos saber no periacuteodo poacutes-operatoacuterio o seu niacutevel de dor e a

sua satisfaccedilatildeo com o tratamento Esse tipo de tratamento por noacutes proposto natildeo promove danos

lesivos agrave sua sauacutede e natildeo oferece fatores de risco O fato de vocecirc concordar em participar

desse estudo natildeo implica prejuiacutezo agrave sauacutede bem assim natildeo alteraraacute de nenhuma forma o

tratamento jaacute estabelecido

Eu ________________________________ RG _____________________ fui

informada dos objetivos da pesquisa acima de maneira clara e detalhada Recebi informaccedilotildees

a respeito do tratamento proposto e esclareci minhas duacutevidas Sei que a qualquer momento

poderei solicitar novas informaccedilotildees e modificar minha decisatildeo se assim o desejar Sei tambeacutem

que todos os dados dessa pesquisa ficaratildeo em sigilo e terei a liberdade de retirar meu

consentimento de participaccedilatildeo na pesquisa

________________________________ ____________________________

Paciente Pesquisador

Digital (para caso de pacientes natildeo letrados)

126

APEcircNDICE C ndashndash Ficha de aplicaccedilatildeo da TENS e do ato ciruacutergico

APLICACcedilAtildeO DA TENS

Nuacutemero do estudo ________ Leito__________

Grupo a que pertence a paciente ( ) Preemptivo ( ) Placebo

Paracircmetros de aplicaccedilatildeo da TENS duraccedilatildeo de pulso (T) = 250 micros frequumlecircncia (F) = 4 Hz

e tempo = 60 min

Iniacutecio da aplicaccedilatildeo _____________h

Teacutermino da aplicaccedilatildeo ___________h

Obs _______________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ATO CIRUacuteRGICO

ASA I ( ) II ( )

Horaacuterio de induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ____________h

Medicaccedilatildeo anesteacutesica _________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Horaacuterio da cirurgia Iniacutecio ________h Teacutermino ________ h

Duraccedilatildeo da cirurgia _____________min

Meacutedico cirurgiatildeo ______________________________

Meacutedico anestesista _____________________________

Houve alguma intercorrecircncia ciruacutergica ( )Sim ( ) Natildeo

Horaacuterio da intercorrecircncia ______h

OBS_______________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Obs Lembrar de solicitar ao cirurgiatildeo que a dipirona seja prescrita de 6 em 6 h e o

diclofenaco de soacutedio e a metoclopramida como medicaccedilatildeo de resgate Informaacute-lo que essa

prescriccedilatildeo deveraacute ser procedida durante todo o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar

127

APEcircNDICE D ndashndash Ficha de avaliaccedilatildeo da dor pela Escala Numeacuterica de

Mensuraccedilatildeo da Dor

Nuacutemero do estudo_____ Leito __________________Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________Nome da paciente_______________________________________Horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio Anesteacutesico __________h-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------1) Horaacuterio_______h (2 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)

ENDa na cicatriz_______ENDa em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

2) Horaacuterio_______h (3 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDb na cicatriz_______ENDb em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

3) Horaacuterio_______h (4 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDc na cicatriz_______ENDc em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

4) Horaacuterio_______h (5 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDd na cicatriz_______ENDd em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________

Obs______________________________________________________________________

5) Horaacuterio_______h (7 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDe na cicatriz_______ENDe em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) _________________________Obs_____________________________________________________________________

6) Horaacuterio_______h (8 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDf na cicatriz_______ENDf em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

7) Horaacuterio_______h (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDg na cicatriz_______ENDg em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

8) Horaacuterio_______h (agraves 0700 h do dia de alta hospitalar)ENDh na cicatriz_______ENDh em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________Sentiu dor no ombro em algum momento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio _________________

128

APEcircNDICE E ndashndash Questionaacuterio de Dor McGill

Nuacutemero do estudo_____ Leito__________Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________Nome da paciente_______________________________________Aplicaccedilatildeo do MPQ (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico) __________hldquoAlgumas das palavras que eu vou ler descrevem a sua dor atual Diga-me qual palavra de cada grupomelhor descreve a sua dor Natildeo escolha aquelas que natildeo se aplicam Escolha somente uma palavra decada grupo a mais adequada para a descriccedilatildeo de sua dor Caso nenhuma palavra expresse a sua dorvocecirc pode dizer nenhumardquo

1ordf

( ) 1VIBRACcedilAtildeO

( ) 2TREMOR

( ) 3PULSANTE

( ) 4LATEJANTE

( ) 5COMO BATIDA

( ) 6COMO PANCADA

2ordf

( ) 1PONTADA

( ) 2CHOQUE

( ) 3TIRO

3ordf

( ) 1AGULHADA

( ) 2PERFURANTE

( ) 3FACADA

( ) 4PUNHALADA

( ) 5EM LANCcedilA

4ordf

( ) 1FINA

( ) 2CORTANTE

( ) 3ESTRACcedilALHA

5ordf

( ) 1BELISCAtildeO

( ) 2PRESSAtildeO

( ) 3MORDIDA

( ) 4COacuteLICA

( ) 5ESMAGAMENTO

6ordf

( ) 1FISGADA

( ) 2PUXAtildeO

( ) 3EM TORCcedilAtildeO

7ordf

( ) 1CALOR

( ) 2QUEIMACcedilAtildeO

( ) 3FERVENTE

( ) 4EM BRASA

8ordf

( ) 1FORMIGAMENTO

( ) 2COCEIRA

( ) 3ARDOR

( ) 4FERROADA

9ordf

( ) 1MAL LOCALIZADA

( ) 2DOLORIDA

( ) 3MACHUCADA

( ) 4DOIacuteDA

( ) 5PESADA

10ordf

( ) 1SENSIacuteVEL

( ) 2ESTICADA

( ) 3ESFOLANTE

( ) 4RACHANDO

11ordf

( ) 1CANSATIVA

( ) 2EXAUSTIVA

12ordf

( ) 1ENJOADA

( ) 2SUFOCANTE

13ordf

( ) 1CASTIGANTE

( ) 2ATORMENTA

( ) 3ATERRORIZANTE

( ) 4MALDITA

( ) 5MORTAL

14ordf

( ) 1AMEDRONTADA

( ) 2APAVORANTE

( ) 3CRUEL

15ordf

( ) 1MISERAacuteVEL

( ) 2ENLOUQUECEDORA

16ordf

( ) 1CHATA

( ) 2QUE INCOMODA

( ) 3DESGASTANTE

( ) 4FORTE

( ) 5INSUPORTAacuteVEL

129

17ordf

( ) 1ESPALHA

( ) 2IRRADIA

( ) 3PENETRA

( ) 4ATRAVESSA

18ordf

( ) 1APERTA

( ) 2ADORMECE

( ) 3REPUXA

( ) 4ESPREME

( ) 5RASGA

19ordf

( ) 1FRIA

( ) 2GELADA

( ) 3CONGELANTE

20ordf

( ) 1ABORRECIDA

( ) 2DAacute NAacuteUSEA

( ) 3AGONIZANTE

( ) 4PAVOROSA

( ) 5TORTURANTE

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Iacutendice Quantitativo de Dor

Sensorial SensorialAfetiva Afetiva

Avaliativa AvaliativaMiscelacircnea Miscelacircnea

Total Total

130

APEcircNDICE F ndashndash Ficha de avaliaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo dos pacientes pela Escala

de Satisfaccedilatildeo do Paciente

Nuacutemero do estudo_____

Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________

Nome da paciente_______________________________________

Horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio Anesteacutesico __________h

Leito__________

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

1) Horaacuterio_______h (3 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPb_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

2) Horaacuterio_______h (5 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPd_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

3) Horaacuterio_______h (8 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio o bloqueio)ESPf_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

4) Horaacuterio________h (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPg_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

5) Horaacuterio________h (momento da alta hospitalar)ESPh_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

131

APEcircNDICE G ndashndash Ficha de registro da administraccedilatildeo de faacutermacos no poacutes-operatoacuterio

Qual o tempo decorrido desde a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ateacute a 1ordf requisiccedilatildeo deanalgeacutesicos _____

MEDICAMENTO DIA DOSE HORAacuteRIO VIA DE ADMINISTRACcedilAtildeO

DIPIRONA

_____________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

DICLOFENACO DE

SOacuteDIO

_____________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

METOCLOPRAMIDA

____________________________________________

____________________________________________________

________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

OUTROS

____________________________________________

____________________________________________________

________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

Observaccedilotildees sobre naacuteuseas e ecircmesis____________________________________________________________________________________________________________________________

132

APEcircNDICE H ndashndash Questionaacuterio sobre a aplicaccedilatildeo da TENS

As perguntas que eu vou ler para a senhora referem-se agrave TENS (Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica

Transcutacircnea do Nervo) aquele aparelho que foi utilizado na senhora antes da cirurgia

1) A aplicaccedilatildeo da TENS

( ) Natildeo incomodou

( ) Incomodou um pouco

( ) Incomodou razoavelmente

( ) Incomodou muito

2) Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dor poacutes-operatoacuteriausar

( ) Somente a TENS

( ) Somente os medicamentos

( ) A TENS e os medicamentos

133

APEcircNDICE I ndashndash Lista de tabelas com os resultados da pesquisa

Tabela 13 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo preemptivoPaciente a b c d e f g h

1deg 4 3 4 4 3 3 2 22deg 0 0 0 0 0 0 3 03deg 5 5 55 8 8 5 0 04deg 0 0 4 3 75 75 9 35deg 0 2 4 3 5 5 10 06deg 0 0 0 0 5 6 0 77deg 0 0 0 0 0 0 0 08deg 0 0 0 0 0 0 3 29deg 0 0 0 0 1 4 6 0

10deg 0 2 1 3 3 0 2 311deg 0 0 0 5 0 6 3 112deg 0 0 3 3 2 0 3 313deg 0 2 3 6 3 3 4 014deg 0 0 10 10 3 5 7 115deg 3 3 1 3 3 2 2 016deg 0 0 0 0 4 4 6 017deg 0 0 5 3 8 4 3 018deg 0 0 0 0 0 0 3 019deg 0 0 0 0 4 7 9 020deg 0 0 0 0 0 2 2 021deg 0 0 0 1 3 3 2 022deg 0 0 0 2 0 2 0 023deg 5 7 4 7 9 8 8 224deg 0 0 0 35 6 6 1 025deg 4 5 6 5 3 3 2 0

a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da altahospitalar)

134

Tabela 14 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo placeboPaciente a b c d e F g h

1deg 0 0 0 1 5 10 4 42deg 1 1 0 2 3 1 4 23deg 0 0 3 5 10 10 5 54deg 3 5 3 3 3 3 0 25deg 0 0 0 0 4 8 7 46deg 5 5 8 8 3 3 0 07deg 0 0 4 5 9 9 6 08deg 5 10 10 0 0 0 7 19deg 0 2 4 10 8 9 3 8

10deg 0 0 0 0 0 2 3 411deg 0 0 1 4 5 8 7 412deg 0 0 1 4 4 5 5 013deg 0 6 7 4 45 3 3 314deg 0 1 9 9 6 6 4 215deg 0 0 0 4 6 7 5 016deg 0 0 6 10 2 3 4 017deg 1 5 7 8 8 5 4 118deg 0 0 5 8 2 2 3 019deg 0 0 2 3 5 6 0 020deg 0 0 0 10 9 2 6 021deg 2 3 6 7 2 3 3 122deg 0 5 7 2 4 0 0 023deg 0 7 0 0 0 0 1 024deg 0 3 8 8 8 9 8 325deg 1 3 5 5 8 8 0 0

a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da altahospitalar)

135

Tabela 15 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupopreemptivo com o tratamento que estava sendo realizado obtidospela Escala de Satisfaccedilatildeo dos PacientesPaciente b d f g h

1deg 8 8 9 9 92deg 8 10 10 10 103deg 8 8 9 9 94deg 9 9 9 95 105deg 8 10 10 10 106deg 8 8 10 10 107deg 10 10 10 10 108deg 10 10 10 10 109deg 10 10 10 10 10

10deg 10 10 10 10 1011deg 10 10 10 10 1012deg 10 10 10 10 1013deg 10 10 8 10 1014deg 10 10 10 10 1015deg 9 9 9 9 1016deg 8 8 8 9 1017deg 10 10 10 10 1018deg 10 10 10 10 1019deg 10 9 8 6 1020deg 10 10 10 10 1021deg 10 10 10 10 1022deg 10 10 8 9 1023deg 10 10 10 10 1024deg 10 10 10 10 1025deg 10 10 10 10 10

b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)

136

Tabela 16 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupoplacebo com o tratamento que estava sendo realizado obtidos pelaEscala de Satisfaccedilatildeo dos PacientesPaciente b d f g h

1deg 8 10 7 10 82deg 8 8 9 9 93deg 10 10 10 10 104deg 10 10 10 10 105deg 10 10 10 10 106deg 10 10 10 10 107deg 9 6 8 8 98deg 8 8 8 4 39deg 5 5 5 8 10

10deg - - - - -11deg 10 10 10 10 1012deg 7 7 7 5 513deg 9 9 9 9 1014deg 8 6 9 9 1015deg 10 10 8 10 1016deg 10 9 10 10 1017deg 8 10 10 10 1018deg 10 10 10 10 1019deg 10 10 10 10 1020deg 8 10 10 10 1021deg 8 10 10 10 1022deg 10 10 10 10 1023deg 10 10 10 10 1024deg 10 8 9 10 1025deg 10 10 10 10 10

b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar) A 10deg paciente desse grupo natildeo conseguiu compreender a Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

137

Tabela 17 ndashndash Uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico e tempo decorrido desde essa induccedilatildeo ateacute a primeira solicitaccedilatildeodessa droga nos grupos preemptivo e placebo

Uso de diclofenaco de soacutedio Tempo (min)

Paciente Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo

1deg Natildeo Sim - 2302deg Natildeo Natildeo - -3deg Natildeo Sim - 4404deg Natildeo Sim - 2255deg Sim Sim 224 6906deg Natildeo Sim - 5057deg Natildeo Natildeo - -8deg Sim Sim 805 3009deg Sim Natildeo 465 -

10deg Natildeo Sim - 84011deg Sim Natildeo 435 -12deg Sim Natildeo 415 -13deg Sim Sim 330 41014deg Sim Sim 310 36015deg Natildeo Sim - 72216deg Sim Natildeo 716 -17deg Sim Sim 685 40018deg Sim Sim 570 39519deg Natildeo Natildeo - -20deg Natildeo Sim - 61521deg Natildeo Sim - 42022deg Natildeo Natildeo - -23deg Sim Sim 305 50024deg Sim Natildeo 590 -25deg Natildeo Natildeo - -

138

Tabela 18 ndashndash Presenccedila de dor no ombro direito noperiacuteodo poacutes-operatoacuterio nas pacientes dos grupospreemptivo e placebo

Relato de dor no ombro direito

Paciente Grupo preemptivo Grupo placebo

1deg Natildeo Sim2deg Sim Natildeo3deg Natildeo Natildeo4deg Natildeo Sim5deg Sim Sim6deg Natildeo Natildeo7deg Natildeo Natildeo8deg Natildeo Natildeo9deg Sim Natildeo10deg Natildeo Natildeo11deg Natildeo Natildeo12deg Natildeo Sim13deg Natildeo Natildeo14deg Sim Sim15deg Sim Natildeo16deg Natildeo Natildeo17deg Sim Natildeo18deg Natildeo Sim19deg Sim Natildeo20deg Natildeo Natildeo21deg Sim Natildeo22deg Sim Sim23deg Natildeo Natildeo24deg Sim Natildeo25deg Natildeo Sim

139

Tabela 19 ndashndash Quantidade de vezes em que a metoclopramida o diclofenaco de soacutedio e adipirona foram administradas em cada paciente durante todo o periacuteodo poacutes-operatoacuterio em queelas estavam internadas

Metoclopramida (10 mg) Diclofenaco de soacutedio(75 mg)

Dipirona (1 g)

Paciente Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo

1deg - - - 1 7 72deg 1 - 2 2 4 73deg - - - 1 7 74deg - - 1 1 7 75deg - - 2 3 4 76deg - 2 - 1 7 67deg 1 2 - - 6 78deg 1 - 1 2 7 79deg - - 3 - 6 7

10deg 3 - - 1 3 711deg - - 1 - 7 612deg 1 - 1 - 7 713deg - - 1 2 7 714deg - 2 3 1 7 715deg - 2 - 2 7 416deg - 1 - - 7 617deg - 1 1 1 7 718deg - - 1 3 7 719deg - - - 1 6 720deg - - 1 3 7 721deg - - - 1 7 722deg - - 1 1 7 423deg - 2 1 2 7 224deg - 1 3 - 3 425deg - - - 1 7 3

  • ElementosPre-textuaispdf
  • EstimulaccedilatildeoEleacutetricaTranscutacircneaDoNervo-AnalgesiaPreemptivapdf

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 ndashndash Aparelho Dualpex 961

Figura 2 ndashndash Aparelho Physiotonus Four

Figura 3 ndashndash Simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENS

Figura 4 ndashndash Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor numerada de 0 a 10cm

Graacutefico 1 ndashndash Representaccedilatildeo das idades das pacientes

Graacutefico 2 ndashndash Representaccedilatildeo dos pesos das pacientes

Graacutefico 3 ndashndash Representaccedilatildeo das estaturas das pacientes

Graacutefico 4 ndashndash Representaccedilatildeo dos Iacutendices de Massa Corporal (IMC) das pacientes

Graacutefico 5 ndashndash Relato das pacientes sobre o periacuteodo em meses em que vinham sentindodor devido agrave doenccedila da vesiacutecula biliar

Graacutefico 6 ndashndash Estado fiacutesico das pacientes de acordo com a classificaccedilatildeo da SociedadeAmericana de Anestesiologia

Graacutefico 7 ndashndash Relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos antes da colecistectomiapara o tratamento da dor decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou deoutras doenccedilas crocircnicas

Graacutefico 8 ndashndash Representaccedilatildeo do tempo decorrido desde o teacutermino da aplicaccedilatildeo daEstimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo ateacute a induccedilatildeo do bloqueioAnesteacutesico nas pacientes

Graacutefico 9 ndashndash Representaccedilatildeo da duraccedilatildeo das cirurgias

Graacutefico 10 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia da intensidade de dor incisional por meio daEND (Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)

Graacutefico 11 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento queestava sendo realizado obtida pela ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente)

Graacutefico 12 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total eem cada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivoe placebo

Graacutefico 13 ndashndash Representaccedilatildeo da meacutedia do Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e emcada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo eplacebo

35

35

37

39

46

47

47

48

50

51

52

53

54

56

58

64

66

Graacutefico 14 ndashndash Representaccedilatildeo do consumo de diclofenaco de soacutedio pelas pacientes nasprimeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico

Graacutefico 15 ndashndash Representaccedilatildeo dos intervalos desde a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ateacute asolicitaccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio nas pacientes que assim a fizeram nasprimeiras 16 horas apoacutes tal induccedilatildeo

Graacutefico 16 ndashndash Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram diclofenaco de soacutedio desdeo iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar

Graacutefico 17 ndashndash Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram dipirona desde o iniacutecio doperiacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar

Graacutefico 18 ndashndash Ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes em algummomento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio durante a internaccedilatildeo hospitalar

Graacutefico 19 ndashndash Uso de metoclopramida pelas pacientes durante o periacuteodo de internaccedilatildeohospitalar

Graacutefico 20 ndashndash A aplicaccedilatildeo da TENS

Graacutefico 21 ndashndash Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dorpoacutes-operatoacuteria usar

67

68

69

70

71

72

73

74

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndashndash Dados demograacuteficos da amostra

Tabela 2 ndashndash Distribuiccedilatildeo da categoria de peso das pacientes de acordo com os dadosobtidos pelo iacutendice de massa corporal (IMC)

Tabela 3 ndashndash Niacutevel de escolaridade das pacientes

Tabela 4 ndashndash Diagnoacutestico cliacutenico das pacientes

Tabela 5 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) da intensidade de dorincisional mensurada por meio da END (Escala Numeacuterica deMensuraccedilatildeo da Dor

Tabela 6 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) do grau de satisfaccedilatildeodas pacientes com o tratamento que estava sendo realizado

Tabela 7 ndashndash Relaccedilatildeo dos descritores do Questionaacuterio de Dor McGill selecionadospelas pacientes

Tabela 8 ndashndash Nuacutemero de pacientes que selecionou cada subcategoria do Questionaacuterio deDor McGill

Tabela 9 ndashndash Descritores do Questionaacuterio de Dor McGill mais frequumlentementeselecionados pelas pacientes

Tabela 10 ndashndash Iacutendice do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill

Tabela 11 ndashndash Relaccedilatildeo do Nuacutemero de Palavras Escolhidas nas categorias sensorial(NWC-S) e afetiva (NWC-Af) entre os grupos preemptivo e placebo

Tabela 12ndashndash Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cada categoria doQuestionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placebo

Tabela 13 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo preemptivo

Tabela 14 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo placebo

Tabela 15 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupo preemptivo com otratamento que estava sendo realizado obtidos pela Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

Tabela 16 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupo placebo com otratamento que estava sendo realizado obtidos pela Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

46

49

49

49

55

57

60

61

62

63

63

65

133

134

1356

Tabela 17 ndashndash Uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico e tempo decorrido desde essa induccedilatildeo ateacute a primeirasolicitaccedilatildeo dessa droga nos grupos preemptivo e placebo

Tabela 18 ndashndash Presenccedila de dor no ombro direito no periacuteodo poacutes-operatoacuterio naspacientes dos grupos preemptivo e placebo

Tabela 19 ndashndash Quantidade de vezes em que a metoclopramida o diclofenaco de soacutedio ea dipirona foram administradas em cada paciente durante todo o periacuteodopoacutes-operatoacuterio em que elas estavam internadas

136

137

138

139

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACTH

AMPc

ASA

acirc-LPH

END

ESP

Adrenocorticotropina

Adenosina monofosfato

American Society of Anesthesiology (Sociedade Americana de Anestesiologia)

acirc-lipotropina

Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente

IASP International Association for the Study of Pain (Associaccedilatildeo Internacional para o

Estudo da Dor)

IBA

IMC

MPQ

NMDA

NWC

NWC-t

NWC-s

NWC-af

NWC-av

NWC-m

PPI

Iniacutecio do Bloqueio Anesteacutesico

Iacutendice de Massa Corporal

McGill Pain Questionnaire (Questionaacuterio de Dor McGill)

N-metil-D-aspartato

Number of Words Chosen (Nuacutemero de Palavras Escolhidas)

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Total

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Sensorial

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Afetiva

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Avaliativa

Nuacutemero de Palavras Escolhidas na Categoria Miscelacircnea

Present Pain Intensity (Intensidade de Dor Presente)

PRI Pain Rating Iacutendex (Iacutendice Quantitativo de Dor)

RNA

SEM

Aacutecido Ribonucleacuteico

Standard Error Mean (Erro Padratildeo da Meacutedia)

SN

SUS

TENS

TNLs

VAS

Sistema Nervoso

Sistema Uacutenico de Sauacutede

Transcutaneus Electrical Nerve Stimulation (Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do

Nervo)

Terminaccedilotildees Nervosas Livres

Visual Analogue Scale (Escala Analoacutegica Visual)

LISTA DE SIacuteMBOLOS

cm Centiacutemetro

g

H+

K+

h

Hz

Kg

m

ml

min

micros

acirc

auml

divide2

Grama

Iacuteon hidrogecircnio

Iacuteon potaacutessio

Hora

Hertz

Kilograma

Metro

Mililitro

Minuto

Microsegundo

Beta

Delta

Qui-quadrado

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 18

2 OBJETIVO

3 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

31 DESENHO DO ESTUDO

32 LOCAL

33 CASUIacuteSTICA E CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO E EXCLUSAtildeO

34 INTERNAMENTO DAS PACIENTES

35 RANDOMIZACcedilAtildeO

36 AVALIACcedilAtildeO CLIacuteNICA

37 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

38 MATERIAIS

39 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

391 Os grupos de pacientes da pesquisa

392 Teacutecnica de aplicaccedilatildeo da TENS

393 Teacutecnica anesteacutesica

394 Cirurgia e prescriccedilatildeo de medicamentos

395 Instrumentos de coleta de dados

3951 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END)

3952 Questionaacuterio de Dor McGill

3953 Escala de Satisfaccedilatildeo dos Pacientes

3954 Ficha do consumo de faacutermacos

3955 Questionaacuterio sobre a aplicaccedilatildeo da TENS

310 ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS DADOS

311 TEacuteCNICA UTILIZADA PARA A DEMONSTRACcedilAtildeO DOS RESULTADOS

27

29

29

29

29

32

33

33

34

34

35

35

36

37

38

39

39

40

41

42

42

43

43

4 RESULTADOS

5 DISCUSSAtildeO

51 DADOS DEMOGRAacuteFICOS E CLIacuteNICOS

52 ANAacuteLISE DA DOR PELA ESCALA NUMEacuteRICA DE MENSURACcedilAtildeO DA DOR

53 ANAacuteLISE DA SATISFACcedilAtildeO DAS PACIENTES COM O TRATAMENTO

44

75

76

79

90

54 ANAacuteLISE DA DOR PELO QUESTIONAacuteRIO DE DOR McGILL

55 TEMPO PARA A PRIMEIRA ADMINISTRACcedilAtildeO DO DICLOFENACO DE

SOacuteDIO

56 ANAacuteLISE DO CONSUMO DE ANALGEacuteSICOS NO POacuteS-OPERATOacuteRIO

57 DOR REFERIDA

58 ANAacuteLISE DO CONSUMO DE METOCLOPRAMIDA

59 QUESTIONAacuteRIO SOBRE A TENS

6 CONCLUSAtildeO

92

99

101

104

105

106

108

REFEREcircNCIAS 110

APEcircNDICES 123

18

INTRODUCcedilAtildeO

19

1 INTRODUCcedilAtildeO

A dor um dos mais importantes mecanismos de defesa do corpo humano propicia

um sinal de alerta ao enceacutefalo de que os tecidos estatildeo expostos a uma situaccedilatildeo de perigo

mesmo que a dor ocorra antes de um real dano fiacutesico Haacute longiacutenquo tempo o homem pesquisa

maneiras para aliviar a dor o que proporcionou vaacuterios avanccedilos no campo das modalidades

analgeacutesicas com destaque para os opioacuteides ndashndash entre os faacutermacos e na fisioterapia os

estimuladores eleacutetricos como a Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo (Transcutaneus

Electrical Nerve Stimulation ndashndash TENS) modalidade terapecircutica que consiste na aplicaccedilatildeo de

corrente eleacutetrica ao corpo humano com fins analgeacutesicos (CHANDRAN SLUKA 2003

DuGAS 1988 FORTH BEYER PETER 1995 LOW REED 2001 STARKEY 2001

TEIXEIRA SOUZA 2001 WOOD 1998)

A tecnologia e a ciecircncia deram suporte agrave TENS natildeo apenas pela criaccedilatildeo dos

modernos e praacuteticos aparelhos eletroteraacutepicos mas tambeacutem pelo conhecimento acerca do seu

mecanismo de accedilatildeo possibilitando que essa teacutecnica fosse amplamente difundida em vaacuterios

paiacuteses De um modo geral a TENS possui inuacutemeras indicaccedilotildees podendo ser aplicada em

qualquer siacutendrome dolorosa aguda ou crocircnica de causa diagnosticada inclusive no periacuteodo

poacutes-operatoacuterio (ANTUNES et al 2002 BUTTON SAWYER 1999 CREPON 1996

DAMIANE C DAMIANE G 1998 IMAMURA et al 1995 ROBINSON 2001

SANTIESTEBAN 1993 SLUKA WALSH 2003)

Ultimamente tem-se abordado bastante o uso da TENS para o tratamento de dores

poacutes-operatoacuterias como as decorrentes de cirurgias cardiacuteacas colecistectomias toracotomias

endoscopias microlariacutengeas cirurgias laparoscoacutepicas gastrectomias entre outras A TENS

tem sido na maioria das pesquisas um recurso analgeacutesico eficiente em poacutes-operatoacuterios na

dependecircncia do tipo de cirurgia metodologia empregada grau de dor gerado e medicaccedilatildeo

20

concorrente Todavia as pesquisas tecircm restringido seu uso somente ao periacuteodo poacutes-ciruacutergico

natildeo a empregando antes de cirurgias com o intuito de tratar a dor antes mesmo do seu

surgimento (BENEDETTI et al 1997 CARROL BADURA 2001 LOMBARD et al 1996

MARIANO BEN 1998 MARIN CASTRO 1986 TOYOTA SATAKE AMAKI 1999

ZAacuteRATE et al 2001)

Existem quatro modalidades de TENS convencional acupuntura burst e breve-

intensa A TENS acupuntura muito conhecida como TENS de baixa frequumlecircncia estimula a

liberaccedilatildeo pela glacircndula hipoacutefise de ACTH (adrenocorticotropina) e acirc-lipotropina (acirc-LPH)

que eacute a substacircncia precursora da acirc-endorfina ocorrendo entatildeo a ligaccedilatildeo dessa com os

receptores das fibras nervosas bloqueando assim a passagem do impulso doloroso As acirc-

endorfinas permaneceriam circulando pelo organismo durante algumas horas promovendo

analgesia prolongada Outros autores relatam que haacute tambeacutem com o uso da TENS de baixa

frequumlecircncia a liberaccedilatildeo de outros tipos de opioacuteides endoacutegenos (BISSCHOP G BISSCHOP

Eacute COMMANDREacute 2001 CHESTERTON et al 2003 CREPON 1996 DAMIANE C

DAMIANE G 1998 ROBINSON 2001 SALGADO 1999 SLUKA et al 1999 SLUKA

2000 STARKEY 2001)

O uso da TENS para o tratamento da dor poacutes-operatoacuteria eacute estimulado pela tendecircncia

atual da analgesia multimodal que se caracteriza pela combinaccedilatildeo sineacutergica de agentes

analgeacutesicos ndashndash farmacoloacutegicos e natildeo-farmacoloacutegicos ndashndash com diferentes mecanismos de accedilatildeo e

vias de administraccedilatildeo proporcionando analgesia mais efetiva e com menor incidecircncia de

efeitos adversos devido agraves menores dosagens empregadas (LABRADA JIMEacuteNEZ-

GARCIA 2004 TORRE et al 2002) Outros recursos natildeo-farmacoloacutegicos tambeacutem tecircm sido

usados como acupuntura eletroacupuntura termoterapia massoterapia cinesioterapia

posicionamento imobilizaccedilatildeo outras correntes eletroanalgeacutesicas e teacutecnicas de relaxamento

meditaccedilatildeo e imaginaccedilatildeo (SOFAER 1994 YENG et al 2001)

21

Seguindo esse conceito de analgesia multimodal alguns experimentos cliacutenicos tecircm

analisado o efeito da analgesia preemptiva O qualificativo traduzido livremente do inglecircs

para a liacutengua portuguesa tem origem da palavra preemptive e significa profilaacutetico Assim

drogas analgeacutesicas e anesteacutesicas tecircm sido administradas antes mesmo do ato ciruacutergico com o

objetivo de minimizar o quadro aacutelgico no poacutes-operatoacuterio por inibiccedilatildeo dos fenocircmenos de

hipersensibilidade central e perifeacuterica Embora satisfatoacuterios resultados jaacute tenham sido obtidos

com a utilizaccedilatildeo desse meacutetodo ainda existem muitas controveacutersias sobre o tema tendo em

vista algumas tentativas frustradas de se obter esse tipo de estrateacutegia de analgesia (AIDA et

al 1999 KONRAD CORDEIRO COELI 2001 MCQUAY 1995 MOINICHE KEHLET

DAHL 2002 ONG et al 2005 PONTES PRADO 2002 SEKAR et al 2004 SINATRA

2002 WARNCKE STUBHAUG JORUM 2000)

Uma das questotildees mais polecircmicas sobre a analgesia preemptiva reside no seu

proacuteprio conceito e eacute relevante que esse seja bem definido para evitar interpretaccedilotildees erradas de

resultados Kissin (1994) afirma que constantemente haacute um errocircneo uso do termo em questatildeo

que deve ser restrito apenas agrave intervenccedilatildeo procedida antes da cirurgia com o objetivo de

reduzir a dor poacutes-operatoacuteria De acordo com Hepner (2000) algumas pesquisas vg a de

Motamed (2000) tecircm analisado o efeito de drogas antes do fechamento da incisatildeo ciruacutergica o

que natildeo caracteriza a analgesia preemptiva jaacute que o procedimento natildeo fora realizado antes da

cirurgia (ONG et al 2005)

Kissin (2000) criticou as 3 definiccedilotildees mais usadas de analgesia preemptiva a)

tratamento que comeccedila antes da cirurgia b) que previne o estabelecimento da

hipersensibilidade central causada pela lesatildeo incisional e c) que previne a hipersensibilidade

central causada pelas lesotildees incisional e inflamatoacuteria A primeira seria errocircnea pois a palavra

preemptivo significa preventivo e natildeo somente antes da incisatildeo ciruacutergica Assim bloqueios

ineficientes natildeo podem ser considerados preemptivos A segunda seria muito restrita pois

22

exclui a hipersensibilidade central causada pela inflamaccedilatildeo que ocorre no periacuteodo poacutes-

operatoacuterio inicial ideacuteia ratificada por Ong et al (2005) Contudo essa eacute a mais utilizada visto

que as diferenccedilas entre os resultados obtidos com as intervenccedilotildees que se processam antes e

apoacutes a cirurgia a evidenciam A uacuteltima eacute a mais ampla pois tambeacutem abrange a prevenccedilatildeo da

hipersensibilidade provocada pelo processo inflamatoacuterio

Inicialmente seu conceito abrangia apenas o tempo de administraccedilatildeo da droga para

verificar seu efeito comparando os momentos preacute e poacutes-operatoacuterios poreacutem natildeo englobava os

estudos que comparavam tratamentos com uso de medicaccedilatildeo analgeacutesica preacute-operatoacuteria versus

aqueles que natildeo a utilizavam (MOINICHE KEHLET DAHL 2002) Esse eacute o conceito de

analgesia preemptiva que estamos utilizando nessa pesquisa em que iremos comparar o uso

da TENS no periacuteodo preacute-operatoacuterio com um grupo placebo e natildeo comparar o seu efeito preacute

versus poacutes-operatoacuterio Alguns autores consideram que esse desenho de estudo estabelecido

em nossa pesquisa verificaria apenas uma analgesia preventiva e natildeo preemptiva natildeo

obstante nos detemos agravequeles que tambeacutem consideram esse desenho como meacutetodo para

verificar analgesia preemptiva

A colecistectomia eacute a cirurgia realizada para extrair a vesiacutecula biliar que se encontra

enferma seja devido a caacutelculos inflamaccedilotildees eou infecccedilotildees tendo uma alta incidecircncia

principalmente sobre a populaccedilatildeo mais idosa Ela pode ser procedida por laparotomia ou

laparoscopia O primeiro meacutetodo que eacute mais agressivo proporciona dor de caraacuteter moderado

a intenso no poacutes-operatoacuterio em decorrecircncia da incisatildeo ciruacutergica manipulaccedilatildeo da regiatildeo

ocasional irritaccedilatildeo da pleura pulmonar diafragmaacutetica e do nervo frecircnico e processo

inflamatoacuterio (ANDRADE 2002 BLUMGART 1988 BRENTANO 2003 GOFFI GOFFI

JUacuteNIOR SORBELLO 1996 MACHADO RAIA 1994 MARIANO BEN 1998

MERINO 2001 PEREacuteZ-AYUSO 2002 ROSLYN ZINNER 1996 WAY DUNPHY

1993)

23

Quando ocorre a lesatildeo tecidual perifeacuterica ndashndash decorrente vg da cirurgia ndashndash haacute dois

tipos de respostas do Sistema Nervoso (SN) sensibilizaccedilatildeo perifeacuterica ndashndash que eacute a diminuiccedilatildeo

do limiar de excitabilidade dos nociceptores perifeacutericos e sensibilizaccedilatildeo central ndashndash aumento

da excitabilidade dos neurocircnios da medula espinhal Essas modificaccedilotildees determinaratildeo o

estado de hipersensibilidade dolorosa caracteriacutestico de poacutes-operatoacuterios em que se verifica

reduccedilatildeo do limiar de dor e aumento da resposta aos estiacutemulos nocivos tanto no local da lesatildeo

quanto nos tecidos adjacentes (VALE 2000 WOOLF CHONG 1993)

Sabe-se que apoacutes o trauma ciruacutergico altas concentraccedilotildees de substacircncias

algiogecircnicas satildeo liberadas de ceacutelulas lesadas como os leucoacutecitos mastoacutecitos e plaquetas e de

moleacuteculas livres presentes no interior dos vasos sanguumliacuteneos Dentre essas substacircncias

destacam-se prostaglandinas leucotrienos aacutecido araquidocircnico bradicininas H+ K+

histamina substacircncia P tromboxanos serotonina entre outras que satildeo capazes de

sensibilizar os nociceptores das fibras Aauml e C amplamente distribuiacutedos nos tecidos

facilitando a transmissatildeo do impulso doloroso fenocircmeno conhecido como hiperalgesia

primaacuteria caracterizado pela reduccedilatildeo do limiar das terminaccedilotildees nervosas livres (TNLs) aos

estiacutemulos nocivos Em algumas horas a hiperalgesia secundaacuteria aumenta o tamanho da aacuterea

dolorida agrave medida que substacircncias quiacutemicas se difundem aos tecidos vizinhos tornando-os

hipersensiacuteveis (BONICA et al 1990 BRIDENBAUGH 1994 KISSIN 2000 ONG et al

2005 SINATRA 2002 STARKEY 2001 WOOLF CHONG 1993)

Sob condiccedilotildees normais os impulsos das fibras aferentes primaacuterias e dos

interneurocircnios espinhais ativam somente a zona de gatilho da ceacutelula localizada no seu centro

natildeo sendo suficiente para deflagrar o potencial de accedilatildeo na regiatildeo adjacente a este sendo o

estiacutemulo entatildeo sublimiar Todavia quando essas ceacutelulas sofrem sensibilizaccedilatildeo esses inputs

que eram sublimiares satildeo convertidos em estiacutemulos supra-limiares A maior excitabilidade

dessas ceacutelulas eacute responsaacutevel pela expansatildeo do nuacutemero de receptores especializados aumento

24

da magnitude e duraccedilatildeo da resposta aos estiacutemulos supra-limiares e reduccedilatildeo do limiar

incluindo aumento da excitabilidade tambeacutem dos mecanorreceptores de baixo limiar

(WOOLF CHONG 1993)

Isso tudo ocorreria porque a repetida deflagraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo nas fibras Aauml

e C acarretaria liberaccedilatildeo na medula espinhal de aacutecido glutacircmico e neuropeptiacutedeos A somaccedilatildeo

desses potenciais provoca progressivo aumento e duraccedilatildeo da despolarizaccedilatildeo dos neurocircnios da

coluna dorsal que ocorre em consequumlecircncia agrave ativaccedilatildeo de receptores N-metil-D-aspartato

(NMDA) e possivelmente de receptores de taquininas pela substacircncia P e neurocinina A

Essa ativaccedilatildeo seria resultado da entrada de caacutelcio atraveacutes dos canais iocircnicos ligante e

voltagem dependentes e da ativaccedilatildeo de proteiacutenas guanosina trifosfato e promoveria

mudanccedilas da concentraccedilatildeo de mensageiros secundaacuterios nos neurocircnios espinhais Esses

mensageiros secundaacuterios incluindo o AMPc (adenosina monofosfato) ciacuteclico alteram a

ativaccedilatildeo da proteiacutena cinase que pela fosforilaccedilatildeo de proteiacutenas como canais iocircnicos e

enzimas podem alterar suas funccedilotildees A ativaccedilatildeo da proteiacutena quinase em resposta agrave substacircncia

P tem demonstrado exercer um efeito de feedback positivo nos receptores NMDA dos

neurocircnios espinhais aumentando a eficaacutecia deles pela reduccedilatildeo da sua suscetibilidade ao

bloqueio de Magneacutesio (WOOLF CHONG 1993)

Mensageiros secundaacuterios podem tambeacutem dar origem a moleacuteculas de natureza ainda

natildeo bem elucidada que penetram nos neurocircnios e alcanccedilam o nuacutecleo celular provocando

modificaccedilotildees em sua expressatildeo geneacutetica com subsequumlente siacutentese de RNA mensageiro Este

estimula a produccedilatildeo de moleacuteculas que atuam como receptores excitatoacuterios e tambeacutem estaacute

envolvido na siacutentese de neurotransmissores retroacutegrados como oacutexido niacutetrico monoacutexido de

carbono e prostaglandinas que se disseminam das ceacutelulas para o interstiacutecio acarretando

liberaccedilatildeo de mais neurotransmissores excitatoacuterios dos aferentes primaacuterios O termo wind up

tem sido empregado para descrever esse aumento da excitabilidade dos neurocircnios do corno

25

posterior da medula espinhal Parece existir tambeacutem sensibilizaccedilatildeo neuronal das estruturas do

sistema liacutembico e nuacutecleos talacircmicos (KELLY AHMAD BRULL 2001 SINATRA 2002

TEIXEIRA 2001 WOOLF CHONG 1993)

Opioacuteides ndashndash sistecircmicos ou locais ndashndash anesteacutesicos locais antiinflamatoacuterios natildeo-

esteroidais antagonistas de receptores NMDA e antagonistas do receptor aacute-2 adreneacutergico tecircm

sido usados na tentativa de promover analgesia preemptiva por meio da inibiccedilatildeo de alguns

desses fenocircmenos citados anteriormente contudo o uso de recursos natildeo-farmacoloacutegicos

ainda natildeo tem sido muito empregado para tal finalidade (AIDA et al 1999 GOTTSCHALK

OCHROCH 2003 MAESTRONI et al 2002 MOINICHE KEHLET DAHL 2002

ROSAEG et al 2001 SINATRA 2002 TAYLOR 2002 WU et al 2003)

Logo a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia no momento imediatamente anterior

agrave realizaccedilatildeo da colecistectomia por laparotomia tem o intuito de promover uma

eletroanalgesia preemptiva ndashndash por meio da minimizaccedilatildeo da hipersensibilidade central ndashndash que

poderia modular a dor poacutes-operatoacuteria nas suas propriedades mais marcantes latecircncia

duraccedilatildeo intensidade e remissatildeo Isso poderia ocorrer pois a TENS poderia estimular a

liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos que por sua vez iriam prevenir a sensibilizaccedilatildeo central

O emprego da TENS de baixa frequumlecircncia para o tratamento da dor poacutes-operatoacuteria

pode proporcionar uma diminuiccedilatildeo da administraccedilatildeo dos faacutermacos analgeacutesicos habitualmente

usados no poacutes-operatoacuterio evitando alguns efeitos adversos decorrentes do uso dessas drogas

eg naacuteuseas vocircmito reaccedilotildees toacutexicas e aleacutergicas hipotensatildeo retenccedilatildeo urinaacuteria sonolecircncia

depressatildeo respiratoacuteria convulsatildeo constipaccedilatildeo e prurido A TENS aleacutem de natildeo ocasionar

esses problemas eacute um meacutetodo natildeo-invasivo de faacutecil aplicabilidade e que tem um pequeno

nuacutemero de contra-indicaccedilotildees (ANTUNES et al 2002 CHEN et al 1998 EISENBAUER

MURPHY 1998 FRAMPTON 1998 JAFFE MARTIN 1991 MARIANO BEN 1998

SILVA 1998 SLUKA et al 1999 TRIBIOLI 2003) De acordo com a pesquisa de Silveira

26

e Lima (2004) a TENS utilizada como meacutetodo analgeacutesico no poacutes-operatoacuterio imediato de

hernioplastia inguinal foi economicamente mais viaacutevel do que o tratamento convencional

visto que houve significante reduccedilatildeo das despesas hospitalares durante o periacuteodo de

internaccedilatildeo dos pacientes em virtude do menor consumo de analgeacutesicos seringas descartaacuteveis

agulhas aacutelcool algodatildeo e luvas descartaacuteveis ndashndash materiais natildeo-biodegradaacuteveis que podem

proporcionar poluiccedilatildeo ambiental apresentar certo grau toacutexico e ocasionar infecccedilotildees Ong et

al (2005) ressaltam sobre a relevacircncia de se diminuir os custos com medicamentos e que a

analgesia preemptiva talvez possa contribuir para tal

27

OBJETIVO

28

2 OBJETIVO

A presente pesquisa teve como objetivo analisar o efeito da TENS de baixa

frequumlecircncia como recurso analgeacutesico preemptivo em pacientes submetidas a colecistectomia

por laparotomia

29

CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

30

3 CASUIacuteSTICA E MEacuteTODO

31 Desenho do Estudo

Esse estudo foi uma pesquisa cliacutenica prospectiva controlada randomizada e

duplamente encoberta

32 Local

A pesquisa foi procedida no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio privado localizado na

cidade de Aracaju no periacuteodo de dezembro de 2003 a abril de 2005 com a experimentaccedilatildeo

em pacientes que foram submetidos a colecistectomia por laparotomia com incisatildeo do tipo

transversa subcostal direita sendo utilizada a TENS de baixa frequumlecircncia

33 Casuiacutestica e Criteacuterios de Inclusatildeo e Exclusatildeo

Como criteacuterios de inclusatildeo ficou estabelecido que soacute participariam da pesquisa os

pacientes que

bull fossem submetidos agrave colecistectomia por laparotomia em caraacuteter eletivo apenas com

incisatildeo transversa subcostal

bull tivessem sido operados por meio de financiamento do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS)

numa tentativa de ldquopadronizarrdquo a classe social dos pacientes

bull fossem operados no periacuteodo da tarde para evitar possiacuteveis influecircncias do ciclo circadiano

(MORIN et al 2000)

31

bull pertencessem ao sexo feminino somente para evitar a possibilidade de influecircncia do sexo

na percepccedilatildeo do fenocircmeno doloroso A escolha do sexo teve como fator preponderante a

alta incidecircncia de colecistectomias sobre as mulheres implicando minimizaccedilatildeo da

dificuldade em se obter uma casuiacutestica satisfatoacuteria Ademais ateacute por fatores culturais as

mulheres da nossa sociedade satildeo consideradas no que se concerne aos seus relatos sobre

dor mais sinceras do que os homens que muitas vezes natildeo satildeo tatildeo fidedignos por

questotildees machistas a esses relatos

bull possuiacutessem idade entre 21 e 65 anos

bull pertencessem aos estados fiacutesicos I e II da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA)

ASA I eacute a classificaccedilatildeo empregada para pacientes saudaacuteveis que natildeo tenham doenccedila de

base e ASA 2 para os que possuem uma doenccedila de base controlada com ou sem drogas

bull fossem naturais do Brasil e que compreendessem bem a liacutengua portuguesa para evitar

possiacuteveis dificuldades durante a coleta de dados

bull natildeo tivessem distuacuterbios de audiccedilatildeo visatildeo ou fala

bull natildeo tivessem distuacuterbios mentais eou intelectuais para natildeo somente compreender e aceitar

participar da pesquisa mas tambeacutem natildeo apresentar empecilhos durante a coleta dos dados

(PIMENTA TEIXEIRA 1997)

bull nunca tivessem sido submetidas a algum tipo de cirurgia abdominal alta o que poderia

influenciar na percepccedilatildeo da dor visto que a percepccedilatildeo eacute influenciada por preacutevias

experiecircncias

bull e que natildeo fossem portadoras de algum tipo de hepatopatia ou nefropatia diagnosticadas

32

Natildeo participariam da pesquisa os pacientes

bull que tivessem diagnoacutestico de enfermidade maligna pelas caracteriacutesticas diferenciadas das

dores oncoloacutegicas (MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO BRASIL 2001)

bull em que a TENS fosse um recurso contra-indicado (eg feridas na regiatildeo onde deveriam

ser colocados os eletrodos)

bull que fizessem ou fizeram uso crocircnico de opioacuteides pelo desenvolvimento de toleracircncia agrave

TENS (SLUKA et al 2000)

bull que tivessem feito uso de drogas analgeacutesicas em um periacuteodo inferior a 7 dias

bull que jaacute tivessem conhecimento sobre a TENS ou sido submetidos a algum tratamento com

o uso da mesma

bull que possuiacutessem alergia ou contra-indicaccedilatildeo agrave dipirona ou ao diclofenaco de soacutedio

medicaccedilotildees que eram prescritas para o periacuteodo poacutes-operatoacuterio

bull e que se recusassem ou desistissem de participar do trabalho ndashndash mesmo apoacutes assinatura

do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (apecircndice B)

34 Internamento das Pacientes

Todas as pacientes foram internadas pelo turno da manhatilde e ficavam aguardando a

cirurgia que era sempre realizada no periacuteodo da tarde em um dos 3 apartamentos coletivos

com capacidade para ateacute 4 pessoas cada um Os leitos ndashndash todos similares ndashndash eram os mesmos

que as pacientes ocupavam no periacuteodo poacutes-operatoacuterio O hospital somente aceitava um

maacuteximo de 2 internamentos por dia para a realizaccedilatildeo das colecistectomias por laparotomia

33

35 Randomizaccedilatildeo

Foram impressos em 32 pequenos papeacuteis a informaccedilatildeo ldquogrupo preemptivordquo e em

outros 32 ldquogrupo placebordquo que foram colocados em uma pequena caixa O processo de

randomizaccedilatildeo ocorreu com o auxiacutelio de duas pessoas que natildeo tinham conhecimento algum

sobre a pesquisa sendo solicitado agraves mesmas que retirassem cada um desses papeacuteis da caixa e

os colocassem dentro de envelopes ndashndash numerados de 1 a 64 ndashndash opacos que eram entatildeo

lacrados e somente abertos apoacutes a concordacircncia da paciente em participar da pesquisa

36 Avaliaccedilatildeo Cliacutenica

Inicialmente era procedida uma avaliaccedilatildeo cliacutenica realizada 2 h antes do horaacuterio

previsto para a realizaccedilatildeo da cirurgia com o propoacutesito de verificar se a paciente se

enquadrava ou natildeo nos criteacuterios de inclusatildeo e exclusatildeo estabelecidos pelo nosso protocolo

Dessa forma era solicitado agraves pacientes que respondessem agraves questotildees presentes na Ficha de

Identificaccedilatildeo do Paciente (apecircndice A) que possuiacutea questionamentos sobre idade sexo peso

estatura doenccedilas associadas diagnoacutestico cliacutenico entre outros Caso a paciente atendesse a

todos os preacute-requisitos era entatildeo rompido o lacre do envelope que correspondia ao seu

nuacutemero na pesquisa e somente entatildeo se sabia a que grupo pertenceria tal paciente O

pesquisador que ficava ciente dessa informaccedilatildeo acompanhava a paciente nas seguintes etapas

avaliaccedilatildeo cliacutenica explicaccedilatildeo sobre os instrumento de coleta de dados aplicaccedilatildeo da TENS e

acompanhamento da paciente no centro ciruacutergico Ou seja esse pesquisador natildeo era

responsaacutevel pela coleta dos dados no periacuteodo poacutes-operatoacuterio que era efetuada por outros

pesquisadores que natildeo sabiam a que grupo as pacientes pertenciam pois eles natildeo tinham

34

acesso nem agrave Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C) e nem aos

envelopes

Apoacutes a avaliaccedilatildeo cliacutenica era efetuada a etapa de treinamento das pacientes sobre as

escalas ndashndash posteriormente descritas ndashndash que seriam utilizadas apoacutes a cirurgia para que as

mesmas jaacute se habituassem com elas e pudessem realizar os seus questionamentos sobre tais

37 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Todas as pacientes que fizeram parte dessa pesquisa autorizaram a sua participaccedilatildeo

por meio de assinatura ou impressatildeo digital em concordacircncia ao que estava exposto no

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (apecircndice B) que constava de informaccedilotildees

sobre a forma de tratamento que lhes estava sendo proposta assim como seus benefiacutecios e

finalidades explicando que o estudo natildeo implicaria dano agrave sauacutede informando-lhes tambeacutem

quanto ao direito de solicitar novas informaccedilotildees esclarecer duacutevidas e desistir de participar da

pesquisa a qualquer momento Logo o estudo foi procedido de acordo com as normas

expressas na resoluccedilatildeo 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10101996 A coleta de

dados soacute teve iniacutecio apoacutes aprovaccedilatildeo pelo comitecirc de eacutetica e pesquisa

38 Materiais

Foram utilizados 2 aparelhos para o fornecimento da corrente eleacutetrica da TENS ndashndash

apoacutes preacutevia calibraccedilatildeo no Laboratoacuterio de Fiacutesica da Universidade Federal de Sergipe ndashndash o

Dualpex 961 e o Fisiotonus Four cujas fotos estatildeo apresentadas nas figuras 1 e 2

respectivamente Entre os materiais de consumo utilizados destacam-se esparadrapos gazes

e gel condutor Foram usados cabos que conectavam os aparelhos geradores de corrente

eleacutetrica aos eletrodos ndashndash de borracha quadrangulares e com aacuterea de 9 cm2 A reacutegua da Escala

35

Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END) foi utilizada para coletar a intensidade da dor aleacutem

do Questionaacuterio de Dor McGill e da Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente Algumas fichas

contidas no apecircndice e descritas posteriormente foram utilizadas para o registro de diversos

dados

Figura 1 Aparelho Dualpex 961 Figura 2 Aparelho Physiotonus FourFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra Fonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

39 Procedimentos Metodoloacutegicos

391 Os grupos de pacientes da pesquisa

As pacientes foram alocadas de forma aleatoacuteria em dois grupos

bull Grupo preemptivo ndashndash sendo submetidas agrave aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia durante

60 min antes da cirurgia com a utilizaccedilatildeo dos seguintes paracircmetros duraccedilatildeo de pulso de

250 micros e frequumlecircncia de 4 Hz A intensidade utilizada foi a maacutexima suportada pela

paciente em niacutevel motor Esses paracircmetros estatildeo de acordo com as orientaccedilotildees de

36

Johnson et al (1989) Low e Reed (2001) Robinson (2001) Salgado (1999) Starkey

(2001) Walsh et al (1998) e Wang et al (1997)

bull Grupo placebo ndashndash os eletrodos eram colocados nas pacientes poreacutem todos os paracircmetros

(duraccedilatildeo de pulso frequumlecircncia e intensidade) ficavam com referecircncia zero natildeo

possibilitando a passagem da corrente eleacutetrica O tempo da falsa aplicaccedilatildeo tambeacutem foi de

60 min

392 Teacutecnica de aplicaccedilatildeo da TENS

Antes da aplicaccedilatildeo da TENS era feita uma limpeza com o uso de aacutelcool da regiatildeo

onde seriam colocados os eletrodos a fim de diminuir a oleosidade da pele e remover sujeiras

facilitando dessa maneira a passagem da corrente eleacutetrica

A TENS de baixa frequumlecircncia foi aplicada nas pacientes ainda em seus leitos antes

de serem encaminhadas ao centro ciruacutergico sendo utilizada a teacutecnica quadripolar com os

eletrodos de borracha dispostos de maneira cruzada abrangendo os dermaacutetomos da regiatildeo

onde posteriormente seria realizada a incisatildeo ciruacutergica subcostal direita Os dados sobre a

aplicaccedilatildeo da TENS assim como as observaccedilotildees que se mostrassem relevantes eram

registrados na Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C) A foto da figura

3 representa a simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENS no periacuteodo preacute-operatoacuterio Apoacutes a aplicaccedilatildeo

da TENS as pacientes eram preparadas para serem encaminhadas ao centro ciruacutergico

37

Figura 3 Simulaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo da TENSA linha vermelha ilustra o local onde seria realizada a incisatildeosubcostal direitaFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

393 Teacutecnica anesteacutesica

Em todas as pacientes houve administraccedilatildeo de diazepam como medicaccedilatildeo preacute-

anesteacutesica Houve padronizaccedilatildeo do meacutetodo anesteacutesico tendo sido utilizadas como drogas

anesteacutesicas o cloridrato de bupivacaiacutena (05) com vasoconstrictor administrado via

peridural podendo ou natildeo estar associado agrave xilocaiacutena com vasoconstrictor (20) associaccedilatildeo

essa que natildeo exercia influecircncia na duraccedilatildeo da analgesia e o fentanil (2 ml) tambeacutem

administrado via peridural A escolha dessas drogas deu-se por jaacute fazer parte da rotina desse

tipo de procedimento ciruacutergico no Hospital Satildeo Domingos Saacutevio Os dados sobre as drogas

utilizadas observaccedilotildees necessaacuterias classificaccedilatildeo do estado fiacutesico da ASA entre outros eram

registrados na Ficha de Aplicaccedilatildeo da TENS e do Ato Ciruacutergico (apecircndice C)

38

394 Cirurgia e prescriccedilatildeo de medicamentos

A equipe meacutedica responsaacutevel pela realizaccedilatildeo de todas as intervenccedilotildees ciruacutergicas foi

composta por 4 cirurgiotildees e 3 anestesiologistas que se revezavam entre os dias da semana ndashndash

segunda a quinta-feira Todas as cirurgias foram realizadas por laparotomia sempre com

incisatildeo do tipo transversa subcostal direita

Apoacutes a cirurgia a prescriccedilatildeo meacutedica foi padronizada da seguinte forma a dipirona

(2 ml 500 mgml) era administrada de 6 em 6 h (sendo a primeira administraccedilatildeo efetuada 5 h

apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico que era determinado como sendo o momento em que

era introduzido o cloridrato de bupivacaiacutena no espaccedilo peridural) via intravenosa diclofenaco

de soacutedio (3 ml 25 mgml) prescrito como medicaccedilatildeo de resgate via intra-muscular somente

sendo administrado caso houvesse solicitaccedilatildeo por parte da paciente e a metoclopramida (2

ml 5 mgml) tambeacutem como medicaccedilatildeo de resgate Essa prescriccedilatildeo foi efetuada dessa

maneira porque a dor gerada pela colecistectomia por laparotomia tem um niacutevel de moderado

a intenso o que implicou a necessidade de algum faacutermaco analgeacutesico prescrito em horaacuterio

programado nesse caso a dipirona

O estabelecimento dessa teacutecnica de prescriccedilatildeo decorreu dos resultados obtidos com

as 6 pacientes do estudo piloto ndashndash em que toda a medicaccedilatildeo analgeacutesica era administrada

somente em caso de solicitaccedilatildeo pelas mesmas Percebeu-se analgesia insatisfatoacuteria dado os

relatos de altos iacutendices de dor e desconforto Dessa forma objetivamos nesse estudo a

utilizaccedilatildeo da TENS como um recurso analgeacutesico coadjuvante e natildeo uacutenico

39

395 Instrumentos de coleta de dados

3951 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

Como escala unidimensional para mensuraccedilatildeo da intensidade da dor foi utilizada a

END (figura 4) que consiste de uma reacutegua demarcada horizontalmente com valores em

centiacutemetros de 0 a 10 representando o primeiro valor a ausecircncia absoluta de dor e o maior

a dor mais insuportaacutevel possiacutevel sendo solicitado agrave paciente que indicasse aquele que melhor

caracterizaria o seu niacutevel de dor estando a paciente em repouso A dor leve estaria

representada por nuacutemeros compreendidos no intervalo de 0 a 3 a moderada pelos nuacutemeros 4

5 e 6 e a intensa por 7 8 9 e 10

Os dados foram registrados na Ficha de Avaliaccedilatildeo da Dor pela Escala Numeacuterica de

Mensuraccedilatildeo da Dor (apecircndice D) A coleta da intensidade de dor era procedida de acordo

com o horaacuterio de induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico sendo investigada 2frac12 h (ENDa) 3frac12 h

(ENDb) 4frac12 h (ENDc) 5frac12 h (ENDd) 7 h (ENDe) 8 h (ENDf) e 16 h (ENDg) apoacutes a sua

induccedilatildeo aleacutem de uma uacuteltima coleta procedida no momento da alta hospitalar (ENDh) dois

dias apoacutes a cirurgia pela manhatilde Optou-se em utilizar como referecircncia o horaacuterio da induccedilatildeo

Figura 4 Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor numerada de 0 a 10 cmFonte foto de Danilo Ribeiro Guerra

40

do bloqueio anesteacutesico ao inveacutes do horaacuterio de teacutermino da cirurgia visto que grandes variaacuteveis

no tempo despendido para a realizaccedilatildeo das cirurgias poderiam influenciar nos niacuteveis de dor

relatados pelas pacientes jaacute que haveria assim discrepacircncias no tempo decorrido desde a

induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash momento de referecircncia para a contagem do tempo de

metabolizaccedilatildeo das drogas ndashndash ateacute as averiguaccedilotildees da intensidade de dor

Eacute relevante salientar que o pesquisador responsaacutevel pela coleta do niacutevel de dor natildeo

tinha conhecimento sobre o grupo a que pertencia a paciente e nem esta sobre em que grupo

estava alocada o que caracterizou um estudo do tipo duplamente encoberto

3952 Questionaacuterio de Dor McGill

O Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ) eacute composto por 78 descritores distribuiacutedos

em 4 categorias sensorial composta por 10 subcategorias cujos descritores aiacute contidos

traduzem a natureza somaacutetica e estatildeo relacionados com a fisiologia da dor afetiva que

conteacutem 5 subcategorias cujos descritores fornecem discernimentos sobre os aspectos

psicoloacutegicos que acompanham a dor avaliativa com uma uacutenica que descreve a intensidade

global da dor e finalmente a miscelacircnea que eacute composta por 4 subcategorias Eacute solicitado

ao paciente que circule ou sublinhe as palavras que melhor descrevem a sua dor ou apenas as

indique verbalmente (GRAHAM 1980 MELZACK 1975)

O MPQ possui trecircs partes a primeira serve para que o paciente indique em um

graacutefico do corpo humano a regiatildeo onde estaacute sentindo a dor ndashndash diagrama corporal da dor a

segunda eacute uma escala verbal para avaliar a intensidade de dor (Present Pain Intensity ndashndash PPI)

utilizando-se de cinco palavras leve desconfortaacutevel perturbadora horriacutevel e excruciante e a

uacuteltima utiliza os 78 descritores podendo-se daiacute se obterem dois iacutendices o Quantitativo da Dor

(PRI ndashndash Pain Rating Index) e o do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC ndashndash Number of

41

Words Chosen) Cada descritor tem um correspondente nuacutemero que seraacute utilizado para o

estabelecimento do PRI Por exemplo em uma subcategoria que contenha 3 descritores aos

mesmos seratildeo atribuiacutedos respectivamente os valores 1 2 e 3 de acordo com a ordem em que

aparecem na lista dos descritores (FERNANDEZ BOYLE 2001 PEREIRA SOUSA 1998

PIMENTA 1995 STARKEY 2001 TEIXEIRA et al 1999)

Em nossa pesquisa foi utilizada a versatildeo brasileira do MPQ (apecircndice E) ndashndash

validada pelos profissionais do Ambulatoacuterio de Dor da Cliacutenica Neuroloacutegica do Hospital das

Cliacutenicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Satildeo Paulo (PIMENTA TEIXEIRA

1997) Esse questionaacuterio que eacute indicado por Graham et al (1980) para dores imediatas foi

aplicado ndashndash sob a forma de entrevista ndashndash apenas uma vez 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico dada a inviabilidade de utilizaacute-lo no mesmo dia do ato ciruacutergico Resolveu-se

adaptar esse questionaacuterio e usar apenas uma parte dele a dos 78 descritores haja vista que

natildeo se achou necessaacuteria a utilizaccedilatildeo do PPI e do diagrama corporal da dor por estarmos

utilizando a END e por jaacute sabermos o local da dor incisional Entatildeo a partir desse

questionaacuterio adaptado pudemos analisar o PRI e o NWC O primeiro obtido por meio da

soma dos valores atribuiacutedos a cada descritor escolhido e o segundo pela soma do nuacutemero de

palavras escolhidas para qualificar a dor segundo Fernandez e Boyle (2001) e Pereira e Sousa

(1998)

3953 Escala de Satisfaccedilatildeo dos Pacientes

O grau de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que lhes estava sendo realizado

foi avaliado por meio da Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (ESP) escala verbal que permite agrave

paciente escolher um entre nuacutemeros que variam de 0 a 10 indicando respectivamente

insatisfaccedilatildeo completa com o tratamento e a maior satisfaccedilatildeo possiacutevel Os horaacuterios de coleta

42

foram os seguintes 3frac12 h (ENDb) 5frac12 h (ENDd) 8 h (ENDf) e 16 h (ENDg) apoacutes a induccedilatildeo

do bloqueio anesteacutesico aleacutem de uma uacuteltima coleta procedida no momento da alta hospitalar

(ENDh) Os dados coletados eram registrados na Ficha de Avaliaccedilatildeo da Satisfaccedilatildeo dos

Pacientes pela Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente (apecircndice F) Essa escala foi utilizada na

pesquisa realizada por Melo e Santana Filho (2003) que tinha linha de trabalho semelhante

3954 Ficha do consumo de faacutermacos

O consumo de faacutermacos analgeacutesicos ou natildeo de cada paciente foi anotado na Ficha

de Registro da Administraccedilatildeo de Faacutermacos no Poacutes-operatoacuterio (apecircndice G) que constou de

campo para informaccedilotildees como o tipo de faacutermaco administrado horaacuterio de administraccedilatildeo via

de acesso e dosagem aleacutem do tempo decorrido desde o horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico ateacute a primeira administraccedilatildeo caso houvesse do diclofenaco de soacutedio (prescrito

como medicaccedilatildeo de resgate)

3955 Questionaacuterio sobre a Aplicaccedilatildeo da TENS

Foram efetuados dois questionamentos para as pacientes o primeiro sobre o

desconforto promovido pela aplicaccedilatildeo da TENS e o segundo sobre a vontade da paciente em

usaacute-la numa proacutexima cirurgia (Apecircndice H) Em virtude da necessidade de esse questionaacuterio

ter sido percebida somente no decorrer da coleta de dados o mesmo fora empregado em 19

pacientes do grupo preemptivo e em 17 do placebo

43

310 Anaacutelise e Interpretaccedilatildeo dos Dados

A anaacutelise estatiacutestica dos dados foi feita com a utilizaccedilatildeo dos programas GraphPad

Prism 40 e Statistica 60 Inicialmente foram realizados testes estatiacutesticos descritivos meacutedia e

erro padratildeo da meacutedia (SEM) Para a anaacutelise dos dados demograacuteficos de alguns dados cliacutenicos

e do tempo para a primeira administraccedilatildeo de diclofenaco de soacutedio foi utilizado o teste t de

Student para amostras natildeo pareadas (parameacutetrico) Para a anaacutelise de alguns dados cliacutenicos e

do uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico foi

utilizado o teste do qui-quadrado Para a anaacutelise da END ESP PRI NWC e do nuacutemero de

vezes em que foram administrados o diclofenaco de soacutedio dipirona e metoclopramida foi

utilizado o teste de Mann-Whitney (natildeo-parameacutetrico) Em todos os testes como niacutevel de

significacircncia foi considerado o valor de 5 (p lt 005)

311 Teacutecnica Utilizada para a Demonstraccedilatildeo dos Resultados

Para a exposiccedilatildeo dos resultados foram utilizados graacuteficos elaborados nos programas

GraphPad Prism 40 e Statistica 60 aleacutem de tabelas elaboradas no Microsoft Word XP

Vaacuterios dados foram apresentados sob a forma de meacutedia plusmn SEM

44

RESULTADOS

45

4 RESULTADOS

Sessenta e quatro pacientes concordaram em participar da pesquisa e assinaram o

termo de consentimento livre e esclarecido Poreacutem 14 foram excluiacutedas seis por se tratarem

de pacientes que pertenciam a um estudo piloto cujo meacutetodo foi posteriormente alterado

duas por terem sido submetidas a anestesia geral quatro por erro na prescriccedilatildeo meacutedica de

analgeacutesicos uma por natildeo conseguir responder ao McGill Pain Questionnaire (MPQ) e uma

pela grande dificuldade em compreender a Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor (END)

Destarte a amostra ficou constituiacuteda por 50 pacientes grupo preemptivo (n = 25) e grupo

placebo (n = 25)

Os dados referentes agrave idade peso estatura e iacutendice de massa corporal (IMC) das

pacientes estatildeo presentes na tabela 1 e ilustrados respectivamente nos graacuteficos 1 2 3 e 4

tendo sido analisados por meio do teste t de Student para amostras independentes Natildeo houve

em nenhuma das caracteriacutesticas demograacuteficas diferenccedila significante entre os grupos

A idade miacutenima foi de 25 anos no grupo preemptivo e de 21 anos no placebo

enquanto a maacutexima foi de 65 no preemptivo e de 59 no placebo Os pesos miacutenimo e maacuteximo

foram respectivamente iguais a 40 Kg e 86 Kg no grupo preemptivo e 48 Kg e 77 Kg no

placebo As estaturas miacutenima e maacutexima foram respectivamente iguais a 149 m e 170 m

(grupo preemptivo) e 151 m e 170 m (grupo placebo) E os valores miacutenimo e maacuteximo do

IMC foram 1880 Kgm2 e 35 Kgm2 (grupo preemptivo) e 1914 Kgm2 e 2890 Kgm2

(grupo placebo)

46

Tabela 1 ndashndash Dados demograacuteficos da amostraPreemptivo Placebo

Meacutedia plusmn SEM Meacutedia plusmn SEM p

Idade (anos) 3956 plusmn 197 3852 plusmn 238 0738

Peso (Kg) 6108 plusmn 288 6348 plusmn 172 0478

Estatura (m) 157 plusmn 001 160 plusmn 001 0168

IMC (Kgm2) 2568 plusmn 105 2475 plusmn 059 0447IMC ndashndash iacutendice de massa corporal SEM ndashndash erro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante em nenhuma das variaacuteveis analisadas

Preemptivo Placebo0

10

20

30

40

50

60

70

Idad

e(a

nos)

Graacutefico 1 Representaccedilatildeo das idades das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicamo erro padratildeo da meacutedia Teste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0738)

47

Preemptivo Placebo30

40

50

60

70

80

90Pe

so(K

g)

Graacutefico 2 Representaccedilatildeo dos pesos das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicamo erro padratildeo da meacutedia Teste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0478)

Preemptivo Placebo

150

155

160

165

170

175

Alt

ura

(m)

Graacutefico 3 Representaccedilatildeo das estaturas das pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0168)

48

Preemptivo Placebo15

20

25

30

35

40IM

C(K

gm

m)

Graacutefico 4 Representaccedilatildeo dos Iacutendices de Massa Corporal (IMC) daspacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0447)

49

A tabela 2 apresenta os dados referentes agrave categoria de peso das pacientes de ambos

os grupos a tabela 3 o niacutevel de escolaridade das mesmas e a tabela 4 o diagnoacutestico cliacutenico

Natildeo houve de acordo com o teste do divide2 diferenccedila significante entre os grupos em nenhuma

dessas variaacuteveis analisadas

Tabela 2 ndashndash Distribuiccedilatildeo da categoria de peso das pacientes de acordo com os dados obtidospelo iacutendice de massa corporal (IMC ndashndash Kgm2)

Grupo Abaixodo peso(lt185)

Pesonormal

(185ndash249)

Sobrepeso(25 ndash 299)

Obesidadegrau I

(30 ndash 349)

Obesidadegrau II

(35 ndash 399)

Obesidadegrau III

( 40)Preemptivo 2 7 11 3 2 0

Placebo 0 12 13 0 0 0Os dados apresentados entre parecircntesis referem-se aos paracircmetros de referecircncia do IMC que determinam aquelacategoria de pesoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0075)

Tabela 3 ndashndash Niacutevel de escolaridade das pacientesGrupo Nunca

estudou1deg grau

incompleto1deg grau

completo2deg grau

incompleto2deg grau

completo3deg grau

incompletoPreemptivo 3 8 3 4 5 2

Placebo 3 11 2 6 1 2Teste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0587)

Tabela 4 ndashndash Diagnoacutestico cliacutenico das pacientesGrupo Colelitiacutease Colecistite

agudaColecistite

crocircnicaColecistite

(sem descriccedilatildeo)Colelitiacutease

+ colecistitePreemptivo 12 6 2 1 4

Placebo 10 2 4 5 4Teste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0238)

50

O graacutefico 5 apresenta os dados sobre o periacuteodo compreendido entre a eacutepoca em que

as pacientes relataram ter iniciado as primeiras dores devido agrave doenccedila da vesiacutecula biliar e a

realizaccedilatildeo da colecistectomia Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos por meio de

anaacutelise realizada pelo teste do divide2

Preemptivo Placebo0

5

10

15Nunca sentiu dorMenos de 6 mesesEntre 6 e 119 mesesEntre 12 e 24 mesesAcima de 24 meses

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 5 Relato das pacientes sobre o periacuteodo em meses em que vinham sentindo dordevido agrave doenccedila da vesiacutecula biliarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0183)

51

O estado fiacutesico das pacientes dos dois grupos segundo o criteacuterio de classificaccedilatildeo da

Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA) estaacute expresso no graacutefico 6 Natildeo houve

diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p = 0479) de acordo com o teste do divide2

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25ASA 1ASA 2

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 6 Estado fiacutesico das pacientes de acordo com a classificaccedilatildeo da Sociedade Americanade AnestesiologiaTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0479)

52

O relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos para o tratamento da dor

decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou de outra dor devido a doenccedilas crocircnicas estatildeo

representados no graacutefico 7 De acordo com o teste do divide2 natildeo houve diferenccedila significante

entre os grupos preemptivo e placebo (p = 0765) Eacute importante considerar que as pacientes

que relataram ter usado tais drogas somente as utilizaram ateacute no maacuteximo uma semana antes

da data da cirurgia haja vista que foi previamente estabelecido como criteacuterio de exclusatildeo o

uso de drogas analgeacutesicas dentro do periacuteodo de 7 dias que antecedia a realizaccedilatildeo da

colecistectomia

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25SimNatildeo

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 7 Relato das pacientes sobre o uso de analgeacutesicos antes da colecistectomia para otratamento da dor decorrente da doenccedila da vesiacutecula biliar ou de outras doenccedilas crocircnicasEntende-se por ldquoantes da colecistectomiardquo o uso de analgeacutesicos em um prazo superior aos 7 dias que antecediama realizaccedilatildeo do procedimento ciruacutergicoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0765)

53

Em todas as pacientes o aparelho de TENS foi colocado durante 60 min e o

intervalo meacutedio entre o teacutermino da sua aplicaccedilatildeo ndashndash verdadeira ou natildeo ndashndash e a induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico foi de 7472 plusmn 1046 min no grupo preemptivo e de 6028 plusmn 723 min no

placebo natildeo havendo diferenccedila significante (p = 0261) entre os grupos de acordo com o

teste t de Student para amostras natildeo pareadas (graacutefico 8) O menor e maior intervalos foram

respectivamente iguais a 10 min e 195 min (grupo preemptivo) e 15 min e 115 min (grupo

placebo)

Preemptivo Placebo0

50

100

150

200

Tem

po(m

in)

Graacutefico 8 Representaccedilatildeo do tempo decorrido desde o teacutermino daaplicaccedilatildeo da Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica Transcutacircnea do Nervo ateacute a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico nas pacientesA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0261)

54

A meacutedia de duraccedilatildeo das cirurgias (graacutefico 9) no grupo preemptivo foi de 3812 plusmn

194 min e no placebo 3540 plusmn 184 min natildeo havendo diferenccedila significante (p = 0315)

Natildeo houve complicaccedilatildeo ciruacutergica em nenhum procedimento todas as pacientes receberam

alta hospitalar 2 dias apoacutes o ato ciruacutergico no turno da manhatilde e o iacutendice de mortalidade foi

em ambos os grupos igual a zero As cirurgias mais raacutepidas e mais prolongadas tiveram

respectivamente duraccedilatildeo de 21 min e 58 min (grupo preemptivo) e de 20 min e 50 min

(grupo placebo)

Preemptivo Placebo0

10

20

30

40

50

60

Tem

pode

ciru

rgia

(min

)

Graacutefico 9 Representaccedilatildeo da duraccedilatildeo das cirurgiasA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0315)

55

Ao analisar a dor incisional por meio da END pocircde-se perceber que o grupo

preemptivo apresentou niacutevel de dor significantemente menor que o do placebo nas terceira

(ENDc) e quarta coletas (ENDd) que representam 4frac12 h e 5frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico O teste utilizado para tal anaacutelise foi o de Mann-Whitney A tabela 5 apresenta os

valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia em todas as verificaccedilotildees do niacutevel de dor nos dois

grupos e o graacutefico 10 ilustra tais valores

Tabela 5 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) daintensidade de dor incisional mensurada por meio da END (EscalaNumeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)

Preemptivo Placebo

Momento Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

a 084 plusmn 034 072 plusmn 029 0756

b 116 plusmn 039 224 plusmn 056 0171

c 202 plusmn 053 384 plusmn 066 0042

d 278 plusmn 056 48 plusmn 067 0029

e 322 plusmn 056 474 plusmn 059 0068

f 342 plusmn 050 488 plusmn 066 0135

g 356 plusmn 061 364 plusmn 050 0497

h 096 plusmn 033 176 plusmn 042 0145a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c(4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g(16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar que corresponde ao 2deg dia poacutes-operatoacuterio) SEM ndashndash erro padratildeo da meacutediaFoi utilizada a END (0-10 cm)Teste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005

56

a b c d e f g h00

25

50

75

100PreemptivoPlacebo

Momento da coleta

END

Graacutefico 10 Representaccedilatildeo da meacutedia da intensidade de dor incisional por meio da END (EscalaNumeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor)a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12 h apoacutesa IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a END (0-10 cm)As colunas indicam os valores da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005

57

Na tabela 6 estatildeo expressos os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do grau de

satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estava sendo realizado O instrumento de

mensuraccedilatildeo utilizado foi a escala numeacuterica do grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes (ESP) Natildeo se

verificou pelo Teste de Mann-Whitney diferenccedila estatiacutestica significante entre os dois grupos

Para a obtenccedilatildeo desses dados a amostra foi composta por 49 pacientes tendo em vista que

uma paciente do grupo placebo natildeo conseguiu compreender a ESP O graacutefico 11 ilustra tais

dados

Tabela 6 ndashndash Valores da meacutedia e Erro Padratildeo da Meacutedia (SEM) do grau desatisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estava sendo realizado

Preemptivo Placebo

Momento Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

b 944 plusmn 017 9 plusmn 026 0312

d 956 plusmn 015 9 plusmn 031 0389

f 952 plusmn 015 912 plusmn 027 0435

g 962 plusmn 017 925 plusmn 032 0756

h 992 plusmn 005 933 plusmn 035 0406b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente de 0 a 10) SEM ndashndash erro padratildeoda meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Grupo preemptivo (n = 25) e grupo placebo (n = 24)

58

b d f g h0

5

PreemptivoPlacebo

8

9

10

Momento da coleta

ESP

Graacutefico 11 Representaccedilatildeo da meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que estavasendo realizado obtida pela ESP (Escala de Satisfaccedilatildeo do Paciente)b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes aIBA) e h (momento da alta hospitalar)Foi utilizada a ESP de 0 a 10As colunas indicam os valores da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos em nenhum momento de coleta da ESPGrupo preemptivo (n = 25) e grupo placebo (n = 24)

59

As tabelas 7 e 8 apresentam respectivamente o nuacutemero de vezes em que cada

descritor e em que cada subcategoria do Questionaacuterio de Dor McGill (MPQ) foram

selecionados pelas pacientes dos grupos preemptivo e placebo Na tabela 9 estatildeo expressos

os descritores que melhor caracterizaram a dor incisional promovida pela colecistectomia por

laparotomia e que de acordo com Dubuisson e Melzack (1996) e Gagliesi e Melzack (2003)

seriam aqueles que fossem selecionados por pelo menos 33 dos pacientes Todas as

anaacutelises procedidas a partir do MPQ foram realizadas com 21 pacientes do grupo preemptivo

e com 20 do grupo placebo A discussatildeo sobre a ldquoAnaacutelise da Dor pelo Questionaacuterio de Dor

McGillrdquo (item 54) explica o motivo para tal

Na tabela 10 estatildeo apresentados os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Total (NWC-t) e em cada categoria do MPQ e no graacutefico

12 eles estatildeo representados A tabela 11 apresenta uma comparaccedilatildeo das categorias sensorial

e afetiva no que se refere ao nuacutemero de pacientes que selecionou mais descritores de uma ou

de outra categoria assim como o nuacutemero de pacientes que os selecionaram de forma

equumlitativa nessas categorias Nota-se que os valores estatildeo apresentados em porcentagens ndashndash

meacutetodo recomendado por Veilleux e Melzack (1976) ndashndash dado o nuacutemero diferente de

subcategorias que compotildee cada uma dessas categorias (sensorial 10 e afetiva 5) Em ambos

os grupos houve proporcionalmente maior seleccedilatildeo dos descritores da categoria sensorial

principalmente no grupo preemptivo

60

Tabela 7 ndashndash Relaccedilatildeo dos descritores do Questionaacuterio de Dor McGill selecionados pelaspacientes

Subctg Descritores Preemp Plac Subctg Descritores Preemp Plac

1ordf

vibraccedilatildeotremorpulsantelatejantecomo batidacomo pancada

213912

0111211

11ordfcansativaexaustiva

173

182

2ordfpontadachoquetiro

1060

922

12ordfenjoadasufocante

174

182

3ordf

agulhadaperfurantefacadapunhaladaem lanccedila

65200

71211

13ordf

castiganteatormentaaterrorizantemalditamortal

105000

610010

4ordffinacortanteestraccedilalha

1550

1510

14ordfamedrontadaapavorantecruel

833

425

5ordf

beliscatildeopressatildeomordidacoacutelicaesmagamento

32262

62053

15ordf miseraacutevelenlouquecedora

26

44

6ordffisgadapuxatildeoem torccedilatildeo

4103

466

16ordf

chataque incomodadesgastanteforteinsuportaacutevel

110244

513101

7ordf

calorqueimaccedilatildeoferventeem brasa

7910

51011

17ordf

espalhairradiapenetraatravessa

3073

11141

8ordfformigamentococeiraardorferroada

11162

13111

18ordf

apertaadormecerepuxaespremerasga

511112

321101

9ordf

mal-localizadadoloridamachucadadoiacutedapesada

112313

29243

19ordffriageladacongelante

400

422

10ordf

sensiacutevelesticadaesfolanterachando

41302

3523

20ordf

aborrecidadaacute naacuteuseaagonizantepavorosatorturante

116102

88012

Subctg (subcategoria do Questionaacuterio de Dor McGill) Preemp (preemptivo n = 21) Plac (placebo n = 20)

61

Tabela 8 ndashndash Nuacutemero de pacientes que selecionou cada subcategoria do Questionaacuterio de DorMcGill

Subcat Preemptivo Placebo p Subcat Preemptivo Placebo p

1ordf 18 16 0626 11ordf 20 20 0323

2ordf 16 13 0431 12ordf 21 20 1

3ordf 13 12 0900 13ordf 15 17 0294

4ordf 20 16 0136 14ordf 14 11 0444

5ordf 15 16 0522 15ordf 8 8 0900

6ordf 17 16 0938 16ordf 21 20 1

7ordf 17 17 0730 17ordf 13 17 0095

8ordf 20 16 0136 18ordf 20 17 0269

9ordf 20 20 0323 19ordf 4 8 0140

10ordf 19 13 0048 20ordf 20 19 0971

Teste do divide2 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

62

Tabela 9 ndashndash Descritores do Questionaacuterio de Dor McGill mais frequumlentementeselecionados pelas pacientes

Subcategoria Descritor Preemptivo Placebo p

1ordf latejante 9 (4285) 12 (60) 027

2ordf pontada 10 (4761) 9 (45) 086

3ordf agulhada 6 (2857) 7 (35) 065

4ordf fina 15 (7142) 15 (75) 079

5ordf - - - -

6ordf puxatildeo 10 (4761) 6 (30) 024

7ordf calor

queimaccedilatildeo

7 (3333)

9 (4285)

5 (25)

10 (50)

055

075

8ordf ardor 16 (7619) 11 (55) 015

9ordf dolorida 12 (5714) 9 (45) 043

10ordf esticada 13 (6190) 5 (25) 001 (divide2 = 566)

11ordf cansativa 17 (8095) 18 (90) 041

12ordf enjoada 17 (8095) 18 (90) 041

13ordf castigante

atormenta

10 (4761)

5 (2380)

6 (30)

10 (50)

024

008

14ordf amedrontada 8 (3809) 4 (20) 020

15ordf - - - -

16ordf que incomoda 10 (4761) 13 (65) 026

17ordf espalha

penetra

3 (1428)

7 (3333)

11 (55)

4 (20)

0006 (divide2 = 755)

033

18ordf repuxa 11 (5238) 11 (55) 086

19ordf - - - -

20ordf aborrecida

daacute naacuteusea

11 (5238)

6 (2857)

8 (40)

8 (40)

042

044

Foi considerado como descritor mais frequumlentemente selecionado aquele que assim o fossepor pelo menos 33 das pacientes de cada grupo em cada subcategoria Os valores entreparecircntesis correspondem agrave porcentagem de pacientes do referido grupo que selecionou taldescritorTeste utilizado divide2 p lt 005 aacute = 5Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

63

Tabela 10 ndashndash Iacutendice do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill

Preemptivo Placebo

Categoria Meacutedia e SEM Meacutedia e SEM p

Sensorial (NWC-s) 819 plusmn 038 765 plusmn 050 0449

Afetiva (NWC-af) 371 plusmn 025 375 plusmn 020 0958

Avaliativa (NWC-av) 100 plusmn 0 100 plusmn 0 1

Miscelacircnea (NWC-m) 276 plusmn 018 315 plusmn 021 0155

Total (NWC-t) 1561 plusmn 061 1540 plusmn 084 0937SEM ndashndash erro padratildeo da meacutedia s ndashndash sensorial af ndashndash afetiva av ndashndash avaliativa m ndashndash miscelacircnea e t ndashtotalTeste de Mann-Whitney aacute = 5Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

Tabela 11 ndashndash Relaccedilatildeo do Nuacutemero de Palavras Escolhidas nas categorias sensorial (NWC-s) e afetiva (NWC-af) entre os grupos preemptivo e placebo

Categoria Nuacutemero de pacientes que selecionou

Grupo Sensorial Afetiva S gt Af S = Af Af gt S

Preemptivo 819

(819)

371

(7428)

12 4 5

Placebo 765

(7650)

375

(75)

6 8 6

Nas colunas referentes agrave categoria estatildeo expressos os valores da meacutedia do NWC nas categorias sensoriale afetiva e entre parecircntesis os valores em taxas percentuais que foram assim transformados porquantoessas categorias possuem um nuacutemero diferenciado de subcategorias ndashndash a sensorial conteacutem 10subcategorias e a afetiva 5 ndashndash para que assim fosse possiacutevel uma comparaccedilatildeo entre essas categorias oque eacute recomendado por Veilleux e Melzack (1976)S ndashndash categoria sensorial Af ndashndash categoria afetiva Nas uacuteltimas 3 colunas da tabela estatildeo expressos onuacutemero absoluto de pacientes que selecionou proporcionalmente mais uma categoria do que a outraassim como o daqueles que selecionou de forma semelhante as duas categoriasTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0182)Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

64

Sensorial Afetiva Avaliativa Miscelacircnea Total0

5

10

15

20PreemptivoPlacebo

Categoria

NW

C

Graacutefico 12 Representaccedilatildeo da meacutedia do Nuacutemero de Palavras Escolhidas (NWC) total e emcada categoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placeboAs colunas indicam o valor da meacutedia e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos em nenhuma das categorias assim como no iacutendicetotalGrupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

65

A tabela 12 apresenta os valores da meacutedia e erro padratildeo da meacutedia do Iacutendice

Quantitativo da Dor (PRI) Total e em cada categoria do MPQ e o graacutefico 13 ilustra tais

valores Natildeo houve de acordo com o Teste de Mann-Whitney diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos no que se refere ao PRI-t todavia ao analisaacute-lo pelo mesmo

teste separadamente em cada categoria houve diferenccedila estatiacutestica significante na categoria

avaliativa (p = 0019) em que o grupo preemptivo apresentou maior valor

Tabela 12ndashndash Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cada categoria doQuestionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placebo

Preemptivo Placebo

Categoria Meacutedia SEM Meacutedia e SEM p

Sensorial (PRIndashs) 1842 plusmn 092 1875 plusmn 145 0896

Afetiva (PRI-af) 5 plusmn 045 540 plusmn 041 0473

Avaliativa (PRI-av) 3 plusmn 028 205 plusmn 022 0019

Miscelacircnea (PRI-m) 628 plusmn 056 657 plusmn 071 1

Total (PRI-t) 3271 plusmn 163 3245 plusmn 208 0906SEM ndashndash erro padratildeo da meacutedia s ndashndash sensorial af ndashndash afetiva av ndashndash avaliativa m ndashndash miscelacircneae t ndashndash totalTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

66

Sensorial Afetiva Avaliativa Miscelacircnea Total0

7

14

21

28

35PreemptivoPlacebo

Categoria

PRI

Graacutefico 13 Representaccedilatildeo da meacutedia do Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) total e em cadacategoria do Questionaacuterio de Dor McGill nos grupos preemptivo e placeboAs colunas indicam as meacutedias e as barras o erro padratildeo da meacutediaTeste de Mann-Whitney aacute = 5 p lt 005Grupo preemptivo (n = 21) e grupo placebo (n = 20)

67

Das 25 pacientes do grupo preemptivo 12 necessitaram de diclofenaco de soacutedio nas

primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico e das 25 do grupo placebo 15 o

utilizaram A anaacutelise estatiacutestica efetuada por meio do teste do divide2 demonstrou natildeo haver

diferenccedila significante entre os dois grupos pois o valor de p foi igual a 0394 (graacutefico 14)

Avaliou-se o uso dessa droga especificamente nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico haja vista que nesse periacuteodo todas as pacientes tinham em seus prontuaacuterios a

mesma prescriccedilatildeo meacutedica ndashndash diclofenaco de soacutedio como medicaccedilatildeo de resgate e dipirona de

6 em 6 h ndashndash o que natildeo ocorreu na segunda prescriccedilatildeo jaacute que ficava a criteacuterio do meacutedico optar

se seria melhor continuar com a mesma prescriccedilatildeo ou mudaacute-la (mas sempre utilizando as

mesmas duas drogas)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25UsouNatildeo usou

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 14 Representaccedilatildeo do consumo de diclofenaco de soacutedio pelas pacientes nas primeiras16 horas apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesicoTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0394)

68

Daquelas do grupo preemptivo em que foi administrado o diclofenaco de soacutedio nesse

periacuteodo o intervalo meacutedio para tal foi de 48750 plusmn 5344 min e das do grupo placebo 47010

plusmn 4619 min natildeo havendo diferenccedila significante quanto a este tempo (p = 0807) de acordo

com o teste t de Student para amostras natildeo pareadas (graacutefico 15) O menor e maior tempo

para tal administraccedilatildeo foram respectivamente iguais a 224 min e 805 min (grupo

preemptivo) e 25 min e 840 min (grupo placebo)

Preemptivo Placebo0

250

500

750

1000

Tem

po(m

in)

Graacutefico 15 Representaccedilatildeo dos intervalos desde a induccedilatildeo do bloqueioanesteacutesico ateacute a solicitaccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio nas pacientes queassim a fizeram nas primeiras 16 horas apoacutes tal induccedilatildeoA barra central indica o valor da meacutedia em cada grupo e as barras menores indicam oerro padratildeo da meacutediaTeste t de Student para amostras natildeo pareadas aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0807)Grupo preemptivo (n = 12) e grupo placebo (n = 15)

69

Em se tratando do consumo de diclofenaco de soacutedio (graacutefico 16) e de dipirona

(graacutefico 17) desde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalar que

ocorreu em todas as pacientes no turno da manhatilde no 2deg dia poacutes-operatoacuterio natildeo houve de

acordo com o teste de Mann-Whitney diferenccedila significante entre os grupos

Preemptivo Placebo0

1

2

3

Ndeg

deve

zes

que

cons

umiu

dicl

ofen

aco

(75

mg)

Graacutefico 16 Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram diclofenacodesde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da alta hospitalarA barra indica o valor da medianaO diclofenaco de soacutedio foi administrado via intra-muscularA alta hospitalar ocorreu no 2deg dia poacutes-operatoacuterio no turno da manhatildeTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0260)

70

Preemptivo Placebo0

1

2

3

4

5

6

7N

degde

veze

squ

eco

nsum

iudi

piro

na(1

g)

Graacutefico 17 Nuacutemero de vezes que as pacientes consumiram dipironadesde o iniacutecio do periacuteodo poacutes-operatoacuterio ateacute o momento da altahospitalarA barra indica o valor da medianaA alta hospitalar ocorreu no 2deg dia poacutes-operatoacuterio no turno da manhatildeA dipirona foi administrada via intra-venosaTeste de Mann-Whitney aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0788)

71

Foi tambeacutem analisada a ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes

em algum momento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio Das 25 pacientes do grupo preemptivo 10

relataram dor nessa regiatildeo e das pacientes do outro grupo um total de 8 relataram a

ocorrecircncia de tal dor Essa diferenccedila natildeo foi estatisticamente significante (p = 0555) segundo

o teste do divide2 (graacutefico 18)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25SimNatildeo

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 18 Ocorrecircncia de dor referida no ombro direito das pacientes em algum momento doperiacuteodo poacutes-operatoacuterio durante a internaccedilatildeo hospitalarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0555)

72

O uso de metoclopramida foi avaliado durante todo o periacuteodo de internaccedilatildeo

hospitalar Cinco pacientes do grupo preemptivo fizeram uso de tal droga enquanto 8 do

grupo placebo a consumiram natildeo havendo diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p

= 0333) fato verificado pelo teste do divide2 (graacutefico 19)

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20

25UsouNatildeo usou

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 19 Uso de metoclopramida pelas pacientes durante o periacuteodo de internaccedilatildeohospitalarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos (p = 0333)

73

Os 2 graacuteficos seguintes estatildeo relacionados ao questionaacuterio que foi aplicado no

momento da alta hospitalar Devido ao fato de o mesmo ter sido elaborado no decorrer da

coleta de dados natildeo foi aplicado em toda a amostra restringindo-se a 19 pacientes do grupo

preemptivo e a 17 do placebo Em relaccedilatildeo agrave aplicaccedilatildeo da TENS no grupo preemptivo

2631 das pacientes disseram que esta natildeo incomodou 5789 que a mesma incomodou

um pouco e 1578 que incomodou razoavelmente No grupo placebo 8824 relataram que

natildeo incomodou e 1176 que incomodou um pouco (graacutefico 20) Logo houve diferenccedila

estatiacutestica significante entre os grupos de acordo com o teste do divide2 (p = 00008) No grupo

preemptivo 9473 das pacientes relataram que em uma proacutexima cirurgia iriam preferir

usar a TENS e os medicamentos analgeacutesicos para o tratamento de suas dores enquanto

apenas 526 fizeram a assertiva de que gostariam de usar apenas a TENS Das do outro

grupo 7647 gostariam de usar os dois recursos e 2352 apenas os medicamentos (graacutefico

21) fato que natildeo evidencia segundo o teste do divide2 (p = 0057) diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos

Preemptivo Placebo0

5

10

15Natildeo incomodouIncomodou um poucoIncomodou razoavelmenteIncomodou muito

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 20 A aplicaccedilatildeo da TENSTeste do divide2 aacute = 5Houve diferenccedila estatiacutestica significante entre os grupos (p = 00008)Grupo preemptivo (n = 19) e grupo placebo (n = 17)

74

Preemptivo Placebo0

5

10

15

20Somente a TENSSomente os medicamentosA TENS e os medicamentos

Qua

ntid

ade

depa

cien

tes

Graacutefico 21 Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dor poacutes-operatoacuteria usarTeste do divide2 aacute = 5Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos(p = 0057)Grupo preemptivo (n = 19) e grupo placebo (n = 17)

75

DISCUSSAtildeO

76

5 DISCUSSAtildeO

51 Dados Demograacuteficos e Cliacutenicos

A relevacircncia da homogeneidade entre os grupos dos dados referentes agrave idade

contidos na tabela 1 consiste em evitar a possibilidade de a diferenccedila de idade ter

influenciado ndashndash dada a divergecircncia de opiniotildees entre diversos autores ndashndash no relato da

experiecircncia dolorosa pelas pacientes Para Wilkieson et al (1993) a intensidade de dor

obtida a partir do uso de escalas unidimensionais aumenta com o avanccedilar da idade para

Turk Okifuji e Scharff (1995) diminui e para Gagliesi e Melzack (2003) e Sorkin et al

(1990) natildeo sofre influecircncia Em se tratando do MPQ Benbow Cossins e Wiles (1996)

verificaram que os iacutendices obtidos a partir desse questionaacuterio eram menores em idosos do que

em jovens entretanto Lichtenberg Swensen e Skehan (1986) natildeo observaram tal diferenccedila

Gagliesi e Melzack (1997) sugerem que as diferenccedilas observadas com a idade podem ser

dependentes do tipo de escala utilizada e o fato de a maioria das escalas terem sido validadas

em amostras de pacientes jovens pode tambeacutem influenciar

Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos quanto ao IMC poreacutem trecircs

pacientes do grupo preemptivo pertenciam agrave categoria de obesidade grau I e duas obesidade

grau II dados contidos na tabela 2 Como em pacientes obesos haacute maior impedacircncia para a

passagem da corrente eleacutetrica dada a maior espessura da camada de gordura ndashndash que tem

menor conteuacutedo de aacutegua ndashndash isso poderia talvez influenciar no efeito da TENS (STARKEY

2001)

A semelhanccedila quanto ao niacutevel de escolaridade dos grupos presente na tabela 3 eacute

relevante pois marcantes diferenccedilas poderiam influenciar na compreensatildeo das escalas e

questionaacuterios utilizados

77

Natildeo houve diferenccedila estatiacutestica significante quanto ao diagnoacutestico cliacutenico das

pacientes como pocircde ser observado na tabela 4 A relevacircncia desse dado reside no proacuteprio

conceito de dor que foi elaborado pelo comitecirc de taxonomia da International Association for

the Study of Pain (IASP ndashndash Associaccedilatildeo Internacional para o Estudo da Dor) em 1986 que a

define como ldquoexperiecircncia sensorial e emocional desagradaacutevel associada ou descrita em termos

de lesatildeo tecidual real ou potencialrdquo Caso houvesse diferenccedila quanto ao diagnoacutestico isso

poderia influenciar talvez no relato de dor das pacientes dada suas diferentes experiecircncias

preacutevias e desiguais periacuteodos em que vinham sofrendo devido agrave dor (BISSCHOP G

BISSCHOP Eacute COMMANDREacute 2001 KONRAD CORDEIRO COELI 2001 PIMENTA

TEIXEIRA 1997 p 1 SPOacuteSITO 1993)

Seguindo a mesma linha de raciociacutenio eacute que se deu destaque ao tempo em que as

pacientes relataram estar sentindo dor em decorrecircncia da doenccedila da vesiacutecula biliar ndashndash

ilustrado no graacutefico 5 O fato de uma paciente vg estar se queixando de dor haacute mais de 2

anos e uma outra nunca ter tido tal queixa poderia influenciar na percepccedilatildeo da dor todavia a

anaacutelise estatiacutestica possibilitou a verificaccedilatildeo de uma amostra homogecircnea em relaccedilatildeo a esse

tempo

Diferenccedilas significantes no escore do estado fiacutesico determinado pela ASA podem

influenciar na percepccedilatildeo da dor vg pela presenccedila de doenccedilas associadas que natildeo estejam

sob controle Logo o estabelecimento como criteacuterio de inclusatildeo de pacientes que

pertencessem somente aos iacutendices I e II associado agrave ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica

significante entre os grupos minimizou a possibilidade de influecircncia na percepccedilatildeo dolorosa

(graacutefico 6)

Em se tratando do preacutevio uso de analgeacutesicos para o tratamento da dor decorrente da

doenccedila da vesiacutecula ou de outras doenccedilas crocircnicas como pocircde ser observado no graacutefico 7 a

ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica significante mostrou ser homogecircnea a amostra quanto ao uso

78

desse tipo de droga e a anaacutelise sobre o tempo em que as pacientes se queixavam de dor

tambeacutem natildeo mostrou diferenccedila significante (graacutefico 5) o que diminui a possibilidade de as

pacientes terem vivenciado grandes diferenccedilas em relaccedilatildeo agraves suas experiecircncias dolorosas

Tambeacutem natildeo houve diferenccedila significante quanto ao periacuteodo desde o teacutermino da

aplicaccedilatildeo da TENS ateacute a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico dados contidos no graacutefico 8 A

atenccedilatildeo despendida a esse tempo foi dada em virtude da preocupaccedilatildeo de poder haver grande

diferenccedila no tempo entre as aplicaccedilotildees da TENS o que poderia influenciar na concentraccedilatildeo

de opioacuteides endoacutegenos nos momentos de averiguaccedilatildeo da intensidade de dor sendo um

consideraacutevel vieacutes

O fato de as cirurgias terem duraccedilatildeo semelhante (graacutefico 9) e natildeo ter havido

complicaccedilatildeo em nenhum procedimento pode estar eliminando a possibilidade de estas

intercorrecircncias influenciarem na transduccedilatildeo do estiacutemulo doloroso ndashndash e consequumlentemente nas

outras etapas da dor ndashndash dado o maior tempo de manipulaccedilatildeo da aacuterea ciruacutergica

79

52 Anaacutelise da Dor pela Escala Numeacuterica de Mensuraccedilatildeo da Dor

De acordo com Pimenta Cruz e Santos (1998) os instrumentos para mensuraccedilatildeo da

dor podem ser de dois tipos unidimensionais que consideram apenas uma uacutenica dimensatildeo da

dor e multidimensionais que a mensuram considerando duas ou mais dimensotildees

Para Buxton (2001) Pereira e Sousa (1998) Pimenta Cruz e Santos (1998) e Vetter

e Heiner (1996) essa escala eacute uma das mais utilizadas em pesquisas cliacutenicas e na praacutetica

meacutedica diaacuteria tanto pela praticidade de manuseio quanto pela facilidade de compreensatildeo por

parte do paciente podendo ser utilizada vaacuterias vezes ao dia Moiniche Kehlet e Dahl (2002) e

Ong et al (2005) em seus artigos de revisatildeo sobre analgesia preemptiva a indicam como o

instrumento mais frequumlentemente empregado para a mensuraccedilatildeo da intensidade de dor

(CAMERON 1999 GRIEVE 1986 HAMZA et al 1999 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO

BRASIL 2001 PIMENTA CRUZ SANTOS 1998 PIMENTA TEIXEIRA 1997

ROBINSON 2001)

Segundo Huskisson (1983) escalas que aumentam os valores da esquerda para a

direita se comportam de forma similar agraves que o fazem ao contraacuterio o que justifica o uso da

escala da figura 4 A escolha dessa escala ao inveacutes da analoacutegica visual (VAS) deu-se por

exigir menor abstraccedilatildeo por parte das pacientes sendo mais faacutecil de ser compreendida uma

vez que Gagliesi e Melzack (1997) observaram que cerca de 30 dos pacientes idosos natildeo

conseguem compreender a VAS Para Ketovuori e Poumlntinen (1981) muitos pacientes satildeo

incapazes de imaginar a sua dor como um ponto em uma linha reta

O grupo preemptivo apresentou meacutedia de intensidade de dor incisional mais baixa

que o placebo ndashndash agrave exceccedilatildeo da primeira observaccedilatildeo ndashndash sendo essa diferenccedila estatisticamente

significante nas terceira (ENDc) e quarta (ENDd) verificaccedilotildees que se procederam

respectivamente 4frac12 h e 5frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico e cujos valores de p

80

foram iguais a 0042 e 0029 Natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos na primeira

(ENDa) segunda (ENDb) quinta (ENDe) sexta (ENDf) seacutetima (ENDg) e oitava (ENDh)

averiguaccedilotildees que corresponderam a 2frac12 h 3frac12 h 7 h 8 h e 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico e momento da alta hospitalar respectivamente Nessas coletas os valores de p

foram respectivamente iguais a 0756 0171 0068 0135 0497 e 0145 Todos esses dados

estatildeo contidos na tabela 5

Nas 2 primeiras averiguaccedilotildees da intensidade de dor pela END verificou-se

pequenos niacuteveis aacutelgicos em ambos os grupos fato que ocorreu devido agrave accedilatildeo das drogas

anesteacutesicas ndashndash cloridrato de bupivacaiacutena (05) e fentanil (2 ml) ndashndash utilizadas para a

realizaccedilatildeo dos procedimentos ciruacutergicos e que quando associadas proporcionam

potencializaccedilatildeo do efeito analgeacutesico no poacutes-operatoacuterio De acordo com Dierking et al (1992)

Pontes e Prado (2002) e Prado e Oliveira (2000) o bloqueio anesteacutesico ocasiona depleccedilatildeo da

sensaccedilatildeo dolorosa o que justifica esses diminutos niacuteveis aacutelgicos nessas coletas

A conjunccedilatildeo do anesteacutesico ao opioacuteide eacute recomendada por Castillo [1999] que

observou por meio da VAS menores iacutendices de dor nos pacientes que fizeram uso conjugado

dessas duas drogas em comparaccedilatildeo agravequeles em que somente fora administrado o cloridrato de

bupivacaiacutena Aleacutem da diminuiccedilatildeo do quadro aacutelgico a sua associaccedilatildeo possibilita menor

administraccedilatildeo de anesteacutesicos melhor qualidade anesteacutesica no intra-operatoacuterio e reduccedilatildeo da

necessidade do uso de faacutermacos analgeacutesicos no periacuteodo poacutes-operatoacuterio

Agrave medida que houve um distanciamento em relaccedilatildeo ao horaacuterio da induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico as drogas utilizadas para a realizaccedilatildeo do ato ciruacutergico comeccedilaram a

diminuir seu poder de accedilatildeo O cloridrato de bupivacaiacutena ndashndash anesteacutesico ndashndash tem uma meia-vida

de aproximadamente 3 horas e o seu efeito perdura por cerca de 4 a 5 h (RANG DALE

1993)

81

Assim o cloridrato de bupivacaiacutena em associaccedilatildeo ao fentanil contribuiu para que

natildeo houvesse diferenccedila significante entre os niacuteveis de dor incisional nas 2 primeiras coletas o

que estaacute em concordacircncia com outra pesquisa jaacute realizada pelo nosso grupo em

colecistectomias por laparotomia em que Santos et al (2004) com a mesma padronizaccedilatildeo de

drogas e horaacuterios de averiguaccedilatildeo dos niacuteveis de dor natildeo observaram tal diferenccedila nesses

momentos entre os grupos experimental ndashndash que fazia uso da TENS de alta e baixa

frequumlecircncias somente no poacutes-operatoacuterio ndashndash e placebo

Isso estaacute em concordacircncia tambeacutem com Ke et al (1998) que nas primeiras 4 h apoacutes

a realizaccedilatildeo de laparotomias natildeo verificaram diferenccedila significante nos niacuteveis aacutelgicos entre os

grupos de pacientes que foram utilizados para a anaacutelise do efeito analgeacutesico preemptivo do

cloridrato de bupivacaiacutena quando aplicado pelo meacutetodo de infiltraccedilatildeo incisional

A meacutedia de intensidade de dor do grupo preemptivo foi a partir da ENDb inferior agrave

do placebo Tal fato pode ter ocorrido devido agrave preacutevia aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia que pode ter estimulado a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos potencializando a

analgesia no periacuteodo poacutes-operatoacuterio ao ativar o sistema descendente de controle da dor O

fato de isso natildeo ter ocorrido na primeira investigaccedilatildeo deve ser atribuiacutedo agrave accedilatildeo das drogas

anesteacutesicas ndashndash como jaacute citado anteriormente Ademais ao analisar a diferenccedila estatiacutestica entre

os dois grupos nessa coleta percebe-se que esse foi o momento em que houve a menor

diferenccedila estatiacutestica pois o valor de p foi igual a 0756 e as meacutedias de 084 plusmn 034 e 072 plusmn

029 nos grupos preemptivo e placebo respectivamente

Quando ocorreu a transiccedilatildeo entre a segunda (ENDb) e terceira (ENDc) verificaccedilotildees

o efeito do cloridrato de bupivacaiacutena possivelmente jaacute estava cessando o que explicou o

aumento mais acentuado do niacutevel de dor no grupo placebo jaacute que provavelmente somente o

fentanil estava agindo contudo essa grande elevaccedilatildeo natildeo foi observada no grupo preemptivo

o que permite a assertiva de que tenha havido talvez uma potencializaccedilatildeo do efeito

82

analgeacutesico pela associaccedilatildeo do fentanil agrave TENS de baixa frequumlecircncia ndashndash que estimula a

liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos tanto em niacutevel espinhal quanto supra-espinhal ndashndash

aumentando assim ainda mais as concentraccedilotildees de opioacuteides As terceira (ENDc) e quarta

(ENDd) verificaccedilotildees foram justamente os momentos em que houve diferenccedila estatiacutestica

significante entre os dois grupos pois as meacutedias de intensidade de dor foram respectivamente

iguais a 202 plusmn 053 e 278 plusmn 056 no grupo preemptivo e 384 plusmn 066 e 48 plusmn 067 no

placebo sendo os valores de p iguais a 0042 e 0029 respectivamente

A quinta verificaccedilatildeo (ENDe) foi o momento em que embora natildeo tenha havido

diferenccedila estatiacutestica significante os valores se aproximaram bastante de tal possibilidade

visto que o valor de p lt 01 A relevacircncia desse momento consiste em ser o ponto a partir do

qual a diferenccedila entre os niacuteveis de dor dos grupos diminui progressivamente ateacute a seacutetima

observaccedilatildeo (ENDg) Isso incita a assertiva de que o efeito da TENS aplicada como meacutetodo

analgeacutesico preemptivo possivelmente seria mais evidente nas primeiras horas apoacutes o

bloqueio anesteacutesico e seria interessante realizar aplicaccedilotildees da TENS tambeacutem no periacuteodo

poacutes-operatoacuterio para a obtenccedilatildeo de um melhor efeito analgeacutesico tendo como base os dados

da pesquisa de Santos et al (2004) Alguns autores sugerem que o efeito da TENS poder-se-

ia estender por 2 a 6 h dependendo das atividades de vida diaacuteria posturas e niacuteveis de dor

contudo outros relatam um efeito ainda mais duradouro (CREacutePON 1996 DAMIANE C

DAMIANE G 1998 SALGADO 1999)

Esses achados estatildeo em concordacircncia com a maioria dos estudos os quais revelam

que a analgesia preemptiva ocorreria nas 6 primeiras horas poacutes-ciruacutergicas apesar de algumas

pesquisas sugerirem que ela promoveria um longo tempo de analgesia que poderia perdurar

por ateacute 7 a 10 dias poacutes-operatoacuterios (BRIDENBAUGH 1994 ROSAEG et al 2001)

83

O niacutevel aacutelgico mais elevado do grupo placebo ocorreu na sexta (ENDf) investigaccedilatildeo

com meacutedia igual a 488 plusmn 066 Jaacute no grupo preemptivo o maior iacutendice de dor foi observado

na seacutetima verificaccedilatildeo (ENDg) cuja meacutedia foi igual a 356 plusmn 061 Esses dados sugerem que a

TENS possa talvez ter aumentando o periacuteodo de latecircncia da dor

Apoacutes o efeito das drogas anesteacutesicas em ambos os grupos a menor meacutedia de

intensidade de dor ocorreu na uacuteltima coleta (ENDh) sendo de 096 plusmn 033 para o preemptivo

e 176 plusmn 042 para o placebo Isso demonstra que ao passo em que o processo inflamatoacuterio

decorrente do trauma ciruacutergico vai diminuindo haacute consequumlentemente reduccedilatildeo dos niacuteveis

aacutelgicos e que os maiores niacuteveis de dor do grupo placebo em relaccedilatildeo ao preemptivo podem ter

sido responsaacuteveis por promoverem maior memorizaccedilatildeo da dor contribuindo assim para que

mesmo 2 dias apoacutes a operaccedilatildeo as pacientes do grupo placebo ainda exibissem um maior

quadro aacutelgico embora natildeo diferente sob o ponto de vista estatiacutestico Logo a eletroanalgesia

preemptiva pode tambeacutem estar influenciando na qualidade de remissatildeo da dor

Ao conjuminar esses dados podemos inferir que o grupo preemptivo em todos os

momentos de anaacutelise da intensidade de dor apresentou niacuteveis leves ao passo que o placebo

chegou a atingir niacuteveis moderados em 3 verificaccedilotildees (ENDd ENDe ENDf) Isso demonstra

que as pacientes do grupo placebo natildeo obtiveram analgesia tatildeo satisfatoacuteria quanto as do outro

grupo Eacute importante ressaltar que a colecistectomia por laparotomia gera um niacutevel de dor

severo no poacutes-operatoacuterio e que esse soacute natildeo deve ter sido atingido em nenhum dos grupos

porque a dipirona ndashndash antiinflamatoacuterio natildeo-esteroidal ndashndash estava sendo administrada de 6 em 6

horas

No graacutefico 10 eacute possiacutevel perceber que houve no grupo preemptivo uma ascensatildeo

do niacutevel de dor menos iacutengreme que a do placebo nas primeiras coletas Esse achado parece

estar em concordacircncia com a proposta de Melo e Santana Filho (2003) de aplicar a TENS em

periacuteodo preacute-operatoacuterio para minimizar os picos aacutelgicos no poacutes-operatoacuterio de hernioplastias

84

inguinais pois apesar de eles terem obtido satisfatoacuteria analgesia com o seu uso no poacutes-

operatoacuterio verificaram que havia picos dolorosos assim que ocorria o teacutermino do efeito

anesteacutesico e que os mesmos poderiam talvez serem atenuados com a aplicaccedilatildeo da TENS

antes do ato ciruacutergico

Essa atenuaccedilatildeo do pico aacutelgico obtida com a aplicaccedilatildeo da TENS jaacute no periacuteodo preacute-

operatoacuterio pode ser realmente observada ao confrontamos os nossos resultados com os de

Santos et al (2004) ndashndash trabalho jaacute citado anteriormente ndashndash tendo em vista que percebemos

que nas quinta e sexta coletas as meacutedias de intensidade de dor do grupo preemptivo

[pertencente ao nosso trabalho] foram inferiores agraves do experimental [pertencente agrave pesquisa

de Santos et al (2004)] que tiveram valores de 379 plusmn 284 e 370 plusmn 329 respectivamente o

que pode ter decorrido do fato de a TENS ter promovido um efeito anti-nociceptivo Mariano

e Ben (1998) obtiveram resultados satisfatoacuterios tambeacutem com a aplicaccedilatildeo da TENS no poacutes-

operatoacuterio de colecistectomias no entanto natildeo podemos comparar diretamente os resultados

devido agraves diferenccedilas de meacutetodos empregados

Natildeo estatildeo expressas na literatura pesquisada publicaccedilotildees sobre analgesia

preemptiva induzida pela TENS em humanos apenas trabalhos com a utilizaccedilatildeo de drogas e

eletroacupuntura com esse propoacutesito e que tiveram iniacutecio principalmente a partir da deacutecada

passada Dessa forma a nossa discussatildeo seraacute sempre cotejada agraves pesquisas envolvendo esses

dois recursos de forma preemptiva tal como trabalhos que empregaram a TENS no poacutes-

operatoacuterio

Apenas um trabalho realizado por Javier et al (1999) sobre o uso da TENS como

recurso analgeacutesico preemptivo foi encontrado na literatura pesquisada entretanto foi

procedido em ratos Eles observaram que a TENS mormente em sua modalidade de baixa

frequumlecircncia proporcionou efeito anti-nociceptivo em procedimentos ciruacutergicos realizados

nesses animais o que corrobora nossos achados Mesmo sendo aplicados a espeacutecies

85

diferentes o trabalho de Javier et al (1999) e o nosso estatildeo em concordacircncia pois ambos

obtiveram analgesia preemptiva com a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia

Muito embora tenha sido empregado meacutetodo diferenciado analgesia preemptiva

tambeacutem foi obtida por Kotani et al (2001) com o uso da eletroacupuntura antes de cirurgias

abdominais altas e baixas sendo verificados pela VAS menores niacuteveis de dor nos pacientes

em que foi aplicada a eletroestimulaccedilatildeo em relaccedilatildeo aos do grupo controle ndashndash natildeo submetidos

agrave corrente eleacutetrica

A grande importacircncia em confrontar os resultados da nossa pesquisa com os de

Kotani et al (2001) baseia-se no similar mecanismo de accedilatildeo da eletroacupuntura e da TENS

de baixa frequumlecircncia que se daria pelo aumento dos niacuteveis de opioacuteides endoacutegenos que agiriam

ambos em receptores micro-opioacuteides (CHEN HAN 1992 HAN et al 1986) Contudo Zhou e

Xi (1986) observaram em coelhos que a naloxona antagonizou parcialmente o efeito da

eletroacupuntura mas natildeo o da TENS de baixa frequumlecircncia

A administraccedilatildeo de faacutermacos analgeacutesicos em periacuteodo preacute-operatoacuterio proporcionou

bons resultados na diminuiccedilatildeo do quadro aacutelgico em algumas pesquisas vg Pontes e Prado

(2002) analisando o uso do cetoprofeno antes da realizaccedilatildeo de incisotildees plantares em ratos

verificaram satisfatoacuterio efeito anti-nociceptivo dessa droga Ke et al (1998) observaram ndashndash

em laparotomias ndashndash menor iacutendice de dor (mensurado pelo MPQ) no grupo de pacientes em

que a bupivacaiacutena fora administrada antes da cirurgia quando comparado ao dos outros dois

grupos pacientes em que ela foi administrada apoacutes a cirurgia e aqueles que receberam apenas

soluccedilatildeo salina Diversos outros autores tambeacutem relatam sobre os bons resultados obtidos com

a analgesia preemptiva (AIDA et al 1999 GOTTSCHALK OCHROCH 2003 KE

PORTERA LINCOLN 1998 LEE I-H LEE I-O 2005 WALL 1988) Na revisatildeo

sistemaacutetica de Ong et al (2005) analisando 66 artigos a analgesia peridural com opioacuteides

destacou-se por ser a teacutecnica mais eficiente para promover analgesia preemptiva conclusatildeo

86

tambeacutem obtida por Moiniche Kehlet e Dahl (2002)

Na literatura existem pesquisas principalmente com a utilizaccedilatildeo de faacutermacos em

que natildeo se obteve analgesia preemptiva Pontes e Prado (2002) eg natildeo promoveram

analgesia preemptiva com o uso de dipirona morfina e diclofenaco antes da realizaccedilatildeo de

incisotildees plantares em ratos e de acordo com esses autores em outra pesquisa a infiltraccedilatildeo

preacute-ciruacutergica de anesteacutesico local natildeo exerceu influecircncia nos niacuteveis aacutelgicos nem de pacientes

submetidos a colecistectomias nem herniorrafias Assim como esses muitos outros estudos

tambeacutem obtiveram resultados negativos e naqueles em que foi observada analgesia

preemptiva a mesma ocorreu em pequena magnitude (KISSIN 1994 2000 2002

MAESTRONI et al 2002 ONG et al 2005 SINATRA 2002 WOOLF CHONG 1993)

Entretanto os bons resultados jaacute obtidos tanto cliacutenicos quanto experimentais satildeo

provavelmente suficientes para indicar que a analgesia preemptiva eacute um fenocircmeno vaacutelido e

que um maior efeito poderaacute ser obtido com o desenvolvimento de novas e mais especiacuteficas

teacutecnicas (KISSIN 2000 2002)

As pesquisas tecircm restringido o uso da TENS em humanos apenas ao periacuteodo poacutes-

ciruacutergico Os resultados na sua grande maioria tecircm demonstrado gratificante aliacutevio do

quadro aacutelgico sobretudo naqueles procedimentos em que a dor gerada tem intensidade de

leve a moderada

Guerra et al (2003) verificaram menores niacuteveis aacutelgicos por meio da END nos

pacientes que foram submetidos agrave aplicaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia

inguinal em relaccedilatildeo aos que natildeo o foram assim como Chiu et al (1999) em

hemorroidectomias Chen et al (1998) em histerectomia abdominal total e miomectomia

Carrol et al (1996) em 786 pacientes submetidos a diversos procedimentos ciruacutergicos Castro

e Carlos (1986) em laparotomias com 22 de reduccedilatildeo da queixa de dor sendo os melhores

resultados obtidos nas histerectomias e os piores nas gastrectomias o que pode ser atribuiacutedo

87

talvez ao fato de a gastrectomia ser um procedimento ciruacutergico abdominal alto e ocasionar

entatildeo maiores niacuteveis de dor

Os nossos resultados natildeo podem ser diretamente confrontados aos dessas pesquisas

tendo em vista o grande nuacutemero de variaacuteveis existentes destacando-se o diferente modelo de

dor que cada procedimento ciruacutergico ocasiona e o fato de a TENS ter sido empregada sempre

apoacutes as cirurgias O que se pode e deve ser discutido eacute que talvez os resultados das pesquisas

em que a TENS foi bem sucedida como recurso analgeacutesico pudessem ser ainda melhores caso

a tivessem empregado tambeacutem antes das cirurgias e os das que natildeo obtiveram sucesso com a

TENS pudessem ter tido com essa preacutevia aplicaccedilatildeo pois as respostas analgeacutesicas poderiam

ser potencializadas

A maior concentraccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos apoacutes a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia eacute relatada por diversos autores (JOHNSON ASHTON THOMPSOM 1991

MERKEL GUSTEIN MALVIYA 1999 SLUKA WALSH 2003 THOMSON SKINNER

PIERCY 1994 TOYOTA STATAKE AMAKI 1999) Eriksson Sjolund e Neilzen (1979)

e Salar Job e Mingrino (1981) demonstraram um aumento da concentraccedilatildeo de opioacuteides no

liquor lombar apoacutes a TENS De acordo com Starkey (2001) essa modalidade de corrente

eleacutetrica estimularia a glacircndula hipoacutefise a liberar ACTH e acirc-lipotropina (moleacutecula precursora

da acirc-endorfina) na corrente sanguumliacutenea Crielaard et al ([sd] apud TRIBIOLI 2003)

observaram amento de 22 da taxa de acirc-endorfina apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de baixa

frequumlecircncia com intensidade elevada a ponto de produzir contraccedilatildeo muscular ritmada na

regiatildeo lombar de pacientes Entretanto OacuteBrien et al (1984 apud TRIBIOLI 2003) natildeo

verificaram incremento dos niacuteveis de acirc-endorfina no sangue apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS ndashndash tanto

de baixa frequumlecircncia (2 Hz) quanto de alta (80 Hz)

88

Chandran e Sluka (2003) observaram assim como Chen e Han (1992) Kalra Urban

e Sluka (2001) King e Sluka (2001) Sluka et al (1999) e Sluka et al (2000) que a TENS de

baixa frequumlecircncia estimulava a liberaccedilatildeo de opioacuteides que agiam sobre os receptores micro

localizados tanto em niacutevel espinhal (micro2) quanto supra-espinhal (micro1) fato ratificado por Han

et al (1991) que observaram que a endomorfina-1 ligante opiacuteoacuteide para os receptores micro-

opioacuteides mediava o efeito dessa modalidade de TENS Em alguns desses estudos concluiu-

se que a accedilatildeo da TENS se dava sobre esse tipo de receptor ao conseguir inibir o seu efeito

pela preacutevia administraccedilatildeo de baixas doses de naloxona ndashndash antagonista desses receptores

Hansson et al (1986) Lundeberg Bondesson e Lundstron (1985) e Olausson et al (1986)

verificaram que a TENS de baixa frequumlecircncia natildeo foi eficiente na reduccedilatildeo da dor nos pacientes

em que foi previamente administrada a naloxona

Apesar de a maioria dos autores apontar a accedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia como

sendo sobre os receptores micro-opioacuteides Chen e Han (1992) observaram que ela tambeacutem agiria

sobre os receptores auml-opioacuteides Outros autores como Han et al (1991) e Hughes et al

(1984) tambeacutem relataram sobre um aumento da concentraccedilatildeo de acirc-endorfina na circulaccedilatildeo

sanguumliacutenea de indiviacuteduos saudaacuteveis apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de baixa ou alta frequumlecircncias e

no liquor lombar concentraccedilotildees elevadas de metionina-encefalina (agonista auml-opioacuteide) e

dinorfina A (agonista ecirc-opioacuteide) apoacutes aplicaccedilatildeo da TENS de alta e baixa frequumlecircncia

respectivamente Para Basford (1994) seria mais evidente a liberaccedilatildeo de opioacuteides com a

aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia

Algumas controveacutersias quanto ao uso da TENS ainda persistem a) se haveria

liberaccedilatildeo de outras substacircncias capazes de modular a dor b) se sujeitos com e sem dor

diferem na resposta agrave estimulaccedilatildeo c) e caso sejam liberados neurotransmissores para a

modulaccedilatildeo da dor quais seriam os paracircmetros de estimulaccedilatildeo mais efetivos para tal

(BASFORD 1994)

89

A eletroanalgesia preemptiva pode ter sido obtida nessa pesquisa por meio da

inibiccedilatildeo pela TENS da hipersensibilidade central o que estaacute em concordacircncia com a

assertiva de King e Sluka (2001) e Sluka (2000) de que a TENS de baixa frequumlecircncia reduz

significantemente a hiperalgesia secundaacuteria poreacutem natildeo tem efeito sobre a primaacuteria

90

53 Anaacutelise da Satisfaccedilatildeo das Pacientes com o Tratamento

No grupo preemptivo a meacutedia de satisfaccedilatildeo das pacientes com o tratamento que

estava sendo realizado obtida a partir dos dados coletados com o uso da Escala de Satisfaccedilatildeo

do Paciente (ESP) foi sempre superior agrave do placebo em todos os momentos de coleta

entretanto natildeo houve em nenhuma das verificaccedilotildees diferenccedila estatiacutestica significante entre os

grupos como pocircde ser evidenciado na tabela 6 O intuito de aplicar tal escala foi tentar

observar se haveria um grau de satisfaccedilatildeo significantemente mais elevado no grupo

preemptivo em relaccedilatildeo ao placebo tendo em vista o papel da dor como fator de grande

influecircncia na qualidade do tratamento poacutes-operatoacuterio Poreacutem isso natildeo ocorreu nem na ESPd

verificaccedilatildeo que coincidia com o horaacuterio da ENDd em que houve niacutevel de dor

significantemente menor no grupo preemptivo

Rosaeg et al (2001) relatam sobre a ausecircncia de correlaccedilatildeo entre a analgesia

preemptiva e o grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes Isso ocorreria porquanto diversos fatores

aleacutem da dor poacutes-operatoacuteria contribuem para determinar o grau de satisfaccedilatildeo dos pacientes

Nos dois grupos os niacuteveis de satisfaccedilatildeo sempre se mostraram bastante elevados Levando-se

em consideraccedilatildeo que todas as pacientes que participaram da presente pesquisa foram

assistidas pelo SUS e que comumente ndashndash ateacute por fatores culturais ndashndash estatildeo mais habituadas a

um ldquofriordquo relacionamento profissional de sauacutede-paciente esse alto grau de satisfaccedilatildeo talvez

possa ter sido atribuiacutedo agrave intensa assistecircncia dada aos dois grupos decircs o periacuteodo preacute-ciruacutergico

em que foram fornecidas informaccedilotildees a respeito da cirurgia que seria realizada da dor

incisional ndashndash e porventura visceral ndashndash do tratamento proposto dos meacutetodos de mensuraccedilatildeo

da dor bem assim orientaccedilotildees para que as mesmas evitassem falar apoacutes a cirurgia porque natildeo

se acumulassem gases ateacute o momento da alta hospitalar com os questionamentos sobre os

niacuteveis aacutelgicos Aleacutem disso as pacientes podem ter se sentido constrangidas ou terem

91

apresentado receio em relatar sobre a sua real satisfaccedilatildeo podendo supor que isso viria a

influenciar nos cuidados que a equipe meacutedica estaria despendendo para as mesmas

(BARROS 2001 JACHUCK 1982)

Caso tivesse sido realizada a coleta da ESP em todos os horaacuterios da END talvez fosse

possiacutevel observar diferenccedila significante entre os grupos em algum momento Entanto

preferiu-se realizar 5 averiguaccedilotildees da ESP aos inveacutes de 8 com o intuito de natildeo somente

abordar as pacientes um menor nuacutemero de vezes perturbando-as dessa forma um pouco

menos como tambeacutem minimizar a possibilidade de elas confundirem as duas escalas logo

que ambas satildeo constituiacutedas de nuacutemeros embora uma seja aplicada por meio de uma reacutegua e a

outra de forma verbal o que em princiacutepio diminuiria a possibilidade de confusatildeo

Em ambos os grupos a coleta em que houve a maior meacutedia de satisfaccedilatildeo com o

tratamento foi a uacuteltima sendo os valores nos grupos preemptivo e placebo respectivamente

de 992 plusmn 005 e 933 plusmn 035 Esses dados ao serem confrontados com os da END nesse

horaacuterio de coleta mostram que o maior grau de satisfaccedilatildeo apoacutes o pico aacutelgico deu-se

justamente no momento em que as pacientes estavam sentido uma menor intensidade de dor

Diferentemente dos nossos achados o uso da TENS no poacutes-operatoacuterio de

hernioplastia inguinal promoveu meacutedias de satisfaccedilatildeo com o tratamento ndashndash tambeacutem

mensurada pela ESP ndashndash significantemente superiores agraves do grupo placebo (MELO

SANTANA FILHO 2003)

Em pesquisa realizada por Hamza et al (1999) em cirurgias abdominais baixas

observou-se tambeacutem maior satisfaccedilatildeo por parte dos pacientes que usaram a TENS de baixa

frequumlecircncia no poacutes-operatoacuterio visto que 76 desses pacientes apresentaram alto grau de

satisfaccedilatildeo com o emprego de tal aparato para o controle da dor poacutes-ciruacutergica enquanto apenas

24 dos pacientes do grupo placebo apresentaram tal grau de satisfaccedilatildeo

92

54 Anaacutelise da Dor pelo Questionaacuterio de Dor McGill

A linguagem da dor repetidamente enfatizada por Merskey (1980) fornece

relevantes indiacutecios sobre o sofrimento e a dor das pessoas Melzack (1975) desenvolveu um

meacutetodo sistemaacutetico que incorporou descritores verbais para a expressatildeo da dor o MPQ que

se tornou o instrumento de pesquisa mais empregado no mundo para a mensuraccedilatildeo das

propriedades multidimensionais da dor abordando os componentes sensoriais afetivos e de

intensidade segundo Fernandez e Boyle (2001) e Fernandez e Towery (1996)

O MPQ adaptado foi utilizado apenas uma vez ndashndash 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio

anesteacutesico ndashndash no primeiro dia poacutes-operatoacuterio A opccedilatildeo por tal horaacuterio deu-se a partir da

experiecircncia obtida no estudo piloto em que o mesmo era administrado 7 h apoacutes a induccedilatildeo do

bloqueio A dificuldade para conseguir a atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo das pacientes condiccedilotildees

essenciais para responder de forma adequada ao mesmo foi muito grande fato que pode ser

atribuiacutedo ao relato de cansaccedilo por parte das pacientes porquanto as mesmas eram submetidas

ao procedimento ciruacutergico em torno das 1600 e assim o MPQ no estudo piloto era aplicado

aproximadamente agraves 2300 momento em que elas normalmente estavam dormindo ou entatildeo

tentando dormir mas relatando grande desconforto que pocircde ser observado natildeo apenas por

meio de avaliaccedilatildeo cliacutenica durante a coleta de dados como tambeacutem pelos niacuteveis aacutelgicos nesse

periacuteodo mensurados pela END e contidos na tabela 5

Apesar de alguns pesquisadores utilizarem o MPQ para a mensuraccedilatildeo de dores

passadas e relatarem que o mesmo possa ser usado para a anaacutelise de dores de ateacute uma semana

atraacutes optou-se para evitar maiores vieses por usaacute-lo para mensurar a dor incisional que a

paciente estava relatando naquele momento pois muitos pacientes apresentam dificuldade em

abstrair e sumariar experiecircncias dolorosas passadas (PIMENTA TEIXEIRA 1997) Para

93

isso elas eram instruiacutedas a respondecirc-lo com base na dor que estavam vivenciando naquele

momento

De acordo com Melzack (1975) esse instrumento somente deve ser aplicado para os

pacientes que estejam relatando dor Em virtude disso natildeo foram utilizados para a realizaccedilatildeo

da anaacutelise estatiacutestica dos iacutendices do MPQ os dados das 50 pacientes mas os de 41 (21 do

grupo preemptivo e 20 do placebo) pois 9 pacientes estavam relatando niacutevel de dor igual a

zero mensurado pela END no momento da aplicaccedilatildeo do MPQ

Veilleux e Melzack (1976) relatam que o MPQ eacute suficientemente sensiacutevel para

detectar diferenccedilas entre meacutetodos de tratamento da dor e proporciona informaccedilotildees a respeito

do efeito de determinada terapia antaacutelgica sobre as dimensotildees sensorial afetiva e avaliativa da

dor Optou-se pela natildeo utilizaccedilatildeo da forma reduzida do MPQ dado o pequeno nuacutemero de

descritores e cujos significados estatildeo mais frequumlentemente relacionadas agrave dor crocircnica do que

agrave aguda (MELZACK 1987)

A utilizaccedilatildeo do MPQ foi relevante porque esse instrumento multidimensional

fornece informaccedilotildees mais ricas sobre a experiecircncia dolorosa ndashndash envolvendo tambeacutem

componentes psicoloacutegicos e emocionais ndashndash natildeo se limitando apenas agrave mensuraccedilatildeo da

intensidade de dor como o satildeo a END VAS de faacutecies e tantas outras Para Prieto e

Geisinger (1983) apesar de a intensidade global da dor ser importante condiccedilatildeo para

compreender a experiecircncia dolorosa medidas que refletem apenas essa caracteriacutestica satildeo

insensiacuteveis a variaccedilotildees nos diferentes aspectos qualitativos da dor (KELLY AHMAD

BRULL 2001)

A categoria sensorial refere-se agraves propriedades mecacircnicas teacutermicas temporais e

espaciais da dor a afetiva-motivacional agrave dimensatildeo afetiva nos aspectos de tensatildeo medo e

propriedades autonocircmicas a avaliativa possibilita que o paciente expresse uma avaliaccedilatildeo

global da sua experiecircncia dolorosa e a miscelacircnea que engloba descritores das outras

94

categorias natildeo se refere a nenhuma propriedade especiacutefica (KETOVUORI POumlNTINEN

1981 MELZACK 1975 PIMENTA TEIXEIRA 1997 TEIXEIRA et al 1999)

A partir da sua utilizaccedilatildeo pudemos obter o Iacutendice do Nuacutemero de Palavras

Escolhidas (NWC) e o Iacutendice Quantitativo da Dor (PRI) O graacutefico 12 apresenta a

comparaccedilatildeo do NWC total obtido por meio da soma do nuacutemero de descritores selecionados

pelas pacientes nas 4 categorias que compotildeem o MPQ entre os grupos preemptivo e placebo

assim como o NWC em cada categoria do MPQ (tabela 10) De acordo com Pimenta e

Teixeira (1997) quanto maior o valor do NWC maior tambeacutem seraacute o niacutevel de dor dos

pacientes

Eacute possiacutevel observar que natildeo houve diferenccedila significante quanto ao NWC total entre

os grupos haja vista que o valor de p foi igual a 0937 tendo o grupo preemptivo selecionado

em meacutedia 1562 plusmn 061 palavras e o placebo 1540 plusmn 084 Vale ressaltar que o maacuteximo valor

possiacutevel do NWC total eacute 20 pois cada paciente natildeo pode escolher mais do que um descritor

em cada subcategoria

O grupo preemptivo selecionou em meacutedia 371 plusmn 025 e 276 plusmn 018 descritores nas

categorias afetiva e miscelacircnea respectivamente e o placebo 375 plusmn 020 e 315 plusmn 021 Na

categoria sensorial diferentemente dessas duas o grupo preemptivo (819 plusmn 038) selecionou

mais palavras que o placebo (765 plusmn 050) Na avaliativa ambos os grupos selecionaram em

meacutedia uma palavra Eacute importante ressaltar que em nenhum desses iacutendices houve diferenccedila

significante o que jaacute era esperado pois o NWC natildeo eacute eficiente para mostrar o malogro ou

sucesso de uma terapia analgeacutesica para um aliacutevio parcial da dor De acordo com Melzack

(1975) o paciente que tem um aliacutevio parcial da dor natildeo necessariamente deveria ter um

menor NWC pois haveria uma tendecircncia em selecionar um descritor que indicasse um menor

iacutendice de dor mas natildeo a recusa por parte desse paciente em selecionar determinada

subcategoria Dessa forma apenas o PRI poderia apresentar variaccedilatildeo

95

Apesar de natildeo ter havido diferenccedila significante a maior utilizaccedilatildeo ndashndash em termos

proporcionais ndashndash dos descritores da categoria sensorial em relaccedilatildeo aos da afetiva conforme

foi observada na tabela 11 em ambos os grupos estaacute de acordo com Pimenta (1995) Reading

(1983) e Teixeira et al (1999) que verificaram que os pacientes que sofriam de dores agudas

tinham preferecircncia por tais descritores enquanto aqueles que padeciam de dor crocircnica pelos

da afetiva Todavia talvez exista uma tendecircncia maior para a escolha dos descritores da

categoria sensorial pois a mesma engloba 539 (42 palavras) dos descritores do MPQ

enquanto que a afetiva 179 (14 palavras) Portanto a categoria sensorial apresenta o triplo

de descritores da afetiva apesar de possuir somente o dobro de subcategorias

Eacute interessante observar a importacircncia da categoria avaliativa (16ordf subcategoria) pois

todas as pacientes a utilizaram para selecionar um descritor (tabela 8) Melzack (1975)

descreveu que 95 dos 248 pacientes ndashndash de diversas doenccedilas ndashndash analisados em seu estudo

selecionaram um descritor dessa categoria o que estaacute em concordacircncia com nossos dados

Outras subcategorias muito utilizadas foram a 9ordf 11ordf 12ordf e 20ordf De forma inversa a 19ordf

subcategoria foi a menos selecionada (4 pacientes do grupo preemptivo e 8 do placebo) o que

eacute justificado por se tratarem de descritores que abordam os aspectos relacionados agrave sensaccedilatildeo

de frio sendo mais frequumlentemente utilizados para a descriccedilatildeo de dores de dente de acordo

com Gagliesi e Melzack (2003) e Melzack (1975)

Em ambos os grupos os descritores mais selecionados foram ldquocansativardquo e

ldquoenjoadardquo que pertencem agrave categoria afetiva 8095 das pacientes do grupo preemptivo

selecionaram esses descritores e 90 das do placebo assim o fizeram Na categoria sensorial

ambos os grupos selecionaram mais frequumlentemente o descritor ldquofinardquo 7142 das pacientes

do grupo preemptivo e 75 das do placebo Na miscelacircnea 55 das pacientes do grupo

placebo optaram mais comumente pelos descritores ldquoespalhardquo e ldquorepuxardquo e 5238 das do

preemptivo por ldquorepuxardquo e ldquoaborrecidardquo

96

Ao considerar os descritores mais apropriados para caracterizar a dor incisional

nessa pesquisa (tabela 9) ndashndash considerados por Gagliesi e Melzack (2003) como aqueles que

tenham sido selecionados por pelo menos 33 dos pacientes ndashndash os que foram escolhidos de

forma comum aos dois grupos foram na categoria sensorial (latejante pontada fina

queimaccedilatildeo ardor e dolorida) afetiva (cansativa e enjoada) avaliativa (que incomoda) e na

miscelacircnea (repuxa e aborrecida) Houve diferenccedila significante entre os dois grupos na

frequumlecircncia de seleccedilatildeo dos descritores ldquoesticadardquo da 10ordf subcategoria e ldquoespalhardquo da 17ordf

subcategoria que eacute justificada pelo fato de na 10ordf subcategoria das 19 pacientes do grupo

preemptivo que a utilizaram 13 selecionaram o descritor ldquoesticadardquo e das 13 do grupo

placebo apenas 5 Em se tratando da 17ordf subcategoria apenas 3 das 13 pacientes que

indicaram essa subcategoria selecionaram o descritor ldquoespalhardquo enquanto 11 do grupo

placebo o selecionou das 17 que optaram por tal subcategoria

No graacutefico 13 haacute a comparaccedilatildeo do PRI total obtido pela soma dos valores que satildeo

atribuiacutedos a cada descritor escolhido pelas pacientes nas 4 categorias do MPQ ndashndash podendo

atingir um maacuteximo valor de 78 ndashndash entre os dois grupos assim como do PRI para cada uma

das categorias do MPQ Para Pimenta e Teixeira (1997) quanto maior o valor desse iacutendice

maior a percepccedilatildeo dolorosa das pacientes Natildeo houve diferenccedila significante quanto ao PRI

total assim como para as categorias sensorial afetiva e miscelacircnea O grupo preemptivo

apresentou PRI total igual a 3274 plusmn 163 e o placebo 3245 plusmn 208 A categoria avaliativa foi

a uacutenica em que houve diferenccedila significante entre os grupos pois o PRI do grupo preemptivo

foi igual a 3 plusmn 028 e o do placebo a 205 plusmn 022 sendo o valor de p igual a 0019

A ausecircncia de diferenccedila estatiacutestica significante entre os dois grupos tanto no NWC

total quanto no PRI total estaacute em concordacircncia com os resultados obtidos pela ENDg 16 h

apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico pois em nenhum desses iacutendices houve diferenccedila

significante entre os grupos

97

Apesar das dificuldades existentes ndashndash tempo de aplicaccedilatildeo e compreensatildeo de alguns

descritores pelas pacientes ndashndash a aplicaccedilatildeo desse questionaacuterio possibilitou ao investigador uma

experiecircncia muito produtiva pois permitiu a visualizaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo ndashndash seja por palavras

ou expressotildees faciais ndashndash da maioria das pacientes em encontrar palavras que as auxiliassem a

transmitir sua experiecircncia dolorosa Em pesquisa realizada por Pimenta e Teixeira (1997)

96 dos pacientes disseram que o MPQ ajudou ou ajudou muito na descriccedilatildeo de seu quadro

doloroso

Os dados obtidos a partir do MPQ infelizmente tornam-se um pouco limitados para

a comparaccedilatildeo com outras pesquisas dadas as diferenccedilas da liacutengua Esse eacute um dos motivos

pelos quais as escalas unidimensionais satildeo mundialmente mais usadas possibilitando o cotejo

dos resultados obtidos em diferentes paiacuteses e liacutenguas

Sabe-se que os aspectos econocircmicos culturais e sociais tecircm influecircncia sobre o relato

da dor pelos pacientes ndashndash embora em menor magnitude nas dores de caraacuteter agudo vg a

poacutes-operatoacuteria do que nas de caraacuteter crocircnico segundo Pimenta e Teixeira (1997) ndashndash mas

Katz e Melzack (1999) e Melzack (1975) demonstraram que o MPQ possui elevado niacutevel de

fidedignidade e transcende a tais diferenccedilas talvez por ter sido elaborado com base no

referencial teoacuterico sobre a fisiologia da dor No Brasil 95 dos entrevistados em uma

pesquisa disseram ser capazes de compreender o inventaacuterio sem grande dificuldade mas os

estudos natildeo avaliam a magnitude dessa dificuldade mormente quando se trata de indiviacuteduos

de baixa escolaridade ou idosos (PIMENTA 1995 PIMENTA TEIXEIRA 1997

TEIXEIRA 2001)

Entretanto essa talvez natildeo seja a realidade desse questionaacuterio no Brasil ndashndash um dos

liacutederes mundiais em desigualdade social e que possui diferenccedilas marcantes quanto agraves

expressotildees idiomaacuteticas regionais ndashndash o que permite supor que os resultados de uma pesquisa

realizada com uma amostra extraiacuteda de uma populaccedilatildeo rica de uma capital brasileira possam

98

talvez diferenciar significantemente dos daqueles obtidos em uma pobre cidade do sertatildeo

nordestino dada a complexidade na compreensatildeo de alguns descritores (BARROS 2001)

Em decorrecircncia dessas questotildees eacute que foi dada atenccedilatildeo nessa pesquisa ao niacutevel de

escolaridade das pacientes ndashndash que eacute ressaltado por Melzack (1987) como um dos fatores

limitantes para o seu uso assim como foram estabelecidos como criteacuterios de inclusatildeo vg

somente a participaccedilatildeo de pacientes que fossem assistidas pelo SUS e que fossem operadas no

Hospital Satildeo Domingos Saacutevio

99

55 Tempo para a Primeira Administraccedilatildeo do Diclofenaco de Soacutedio

Em contraposiccedilatildeo a Moininche Kehlet e Dahl (2002) Ong et al (2005) relatam que

o tempo para o primeiro requerimento de analgeacutesicos tem menor acuraacutecia para verificar o

efeito da analgesia preemptiva do que a intensidade de dor e o consumo de drogas

analgeacutesicas e que esse natildeo seria o objetivo principal da analgesia preemptiva todavia sua

importacircncia cliacutenica reside no fato de que ao prolongaacute-lo estaria havendo maior efeito do

recurso analgeacutesico utilizado antes da cirurgia ndashndash em nosso caso a TENS ndashndash podendo traduzir

em menor iacutendice de dor e consumo total de analgeacutesicos bem assim maior conforto agrave paciente

As pacientes do grupo preemptivo que consumiram diclofenaco de soacutedio ndashndash droga

que estava prescrita como medicaccedilatildeo de resgate ndashndash nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do

bloqueio anesteacutesico solicitaram-no em meacutedia 48750 plusmn 5344 min apoacutes esta jaacute as do grupo

placebo 47010 plusmn 4619 min natildeo havendo diferenccedila significante entre os grupos porquanto o

valor de p foi igual a 0807 o que pode ser visualizado no graacutefico 15 que ilustra esse tempo

Esperava-se que com a preacutevia aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia o tempo para a

solicitaccedilatildeo dessa droga pudesse ser significantemente maior dado o possiacutevel aumento do

periacuteodo de latecircncia da dor devido agrave eletroanalgesia preemptiva

Por meio da END foi verificado que as pacientes do grupo placebo apresentaram no

poacutes-operatoacuterio imediato um pico aacutelgico alcanccedilado no momento da sexta coleta de dor o que

coincide com o tempo para a requisiccedilatildeo do diclofenaco de soacutedio por essas pacientes

Como natildeo se conhecem pesquisas averiguando esse consumo com o uso da TENS

de forma preacute-operatoacuteria a discussatildeo a seguir far-se-aacute a partir de pesquisas que empregaram

meacutetodos diferenciados Assim Benedetti et al (1997) analisando esse tempo em pacientes

submetidos a toracotomias poacutestero-laterais tambeacutem verificaram diferenccedila estatiacutestica natildeo-

significante entre os pacientes que fizeram uso da TENS no poacutes-operatoacuterio e os que natildeo a

100

utilizaram tal como Garcia (2000) ao analisar o efeito preemptivo do fentanil em

histerectomias

Jaacute no estudo de Lin et al (2002) que avaliou a eletroacupuntura de forma

preemptiva em cirurgias abdominais baixas foi demonstrado que o tempo para o primeiro

requerimento de morfina foi de 10 18 28 e 28 min respectivamente nos grupos A

(preemptivo controle) B (preemptivo placebo) C (preemptivo de baixa frequumlecircncia 2 Hz) e D

(preemptivo de alta 100 Hz) e no de Ke et al (1998) foi demonstrado que a bupivacaiacutena

exerceu efeito preemptivo em laparoscopias ao retardar o tempo para o requerimento do

primeiro analgeacutesico entre os 3 grupos da pesquisa A (pacientes em que a bupivacaiacutena foi

administrada antes do ato ciruacutergico e soluccedilatildeo salina apoacutes) 4867 plusmn 4353 min B (soluccedilatildeo

salina antes e bupivacaiacutena depois) 2294 plusmn 3304 min e C (soluccedilatildeo salina antes e depois)

1431 plusmn 1567 min

Benedetti et al (1997) obtiveram aumento do tempo para o primeiro requerimento

de analgeacutesicos nos pacientes que usaram a TENS no poacutes-operatoacuterio de costotomias

esternotomias toracotomias com afastamento muscular e viacutedeo toracoscopias

101

56 Anaacutelise do Consumo de Analgeacutesicos no Poacutes-operatoacuterio

Em 48 das pacientes do grupo preemptivo (12 pacientes) foi administrado o

diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico enquanto que

no grupo placebo isso ocorreu em 60 (15 pacientes) diferenccedila natildeo estatisticamente

significante (graacutefico 14) Para Kissin (1996) o consumo de analgeacutesicos eacute possivelmente uma

variaacutevel natildeo fidedigna para averiguar a analgesia preemptiva e pode ser influenciado por

vaacuterios fatores psicoloacutegicos Todavia Konrad Cordeiro e Coeli (2001) Moiniche Kehlet e

Dahl (2002) e Ong et al (2005) ressaltam a relevacircncia desse consumo para analisar a

analgesia preemptiva

Ao analisar o consumo de diclofenaco de soacutedio e dipirona durante todo o periacuteodo de

internaccedilatildeo tambeacutem natildeo houve diferenccedila significante entre os grupos como pocircde ser

observado nos graacuteficos 16 e 17 respectivamente Quanto ao consumo de dipirona esse

resultado era previsto pois essa droga estava prescrita de 6 em 6 h E quanto agrave administraccedilatildeo

de diclofenaco de soacutedio a ausecircncia de diferenccedila foi um resultado natural haja vista que nem

nas primeiras 16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ndashndash periacuteodo em que haveria maior

efeito da analgesia preemptiva ndashndash houve diferenccedila significante

Cotejando nossos resultados aos de pesquisas envolvendo a aplicaccedilatildeo da

eletroacupuntura de forma preemptiva em procedimentos ciruacutergicos para avaliaccedilatildeo do

consumo de medicamentos analgeacutesicos nossos achados divergem dos de Lin et al (2002)

que em cirurgias abdominais baixas observaram reduccedilatildeo de 22 desse consumo nas

primeiras 24 h poacutes-ciruacutergicas nos pacientes que fizeram uso da modalidade de baixa

frequumlecircncia em relaccedilatildeo aos do grupo placebo Kotani et al (2001) conseguiram ao aplicar a

eletroacupuntura antes de cirurgias abdominais altas e baixas reduzir em 50 o consumo de

morfina pelos pacientes

102

Ao analisar o consumo de analgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio com o meacutetodo de analgesia

preemptiva induzida por drogas Levent (2001) em histerectomias abdominais totais e

salpingo-ooforectomias bilaterais natildeo verificou diferenccedila significante desse consumo entre as

pacientes em que a morfina fora administrada antes do ato ciruacutergico e apoacutes o fechamento do

peritocircnio e Garcia (2000) tambeacutem natildeo observou diferenccedila significante entre as que fizeram

uso do fentanil 30 min antes das histerectomias e as que o utilizaram apoacutes o ato ciruacutergico

Maestroni et al (2002) embora tenham verificado analgesia preemptiva em colecistectomias

laparoscoacutepicas mensurada pela VAS tambeacutem natildeo observaram diferenccedila significante quanto

ao consumo de analgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio o que estaacute de acordo com os nossos achados

Os nossos resultados divergem dos de diversos autores como Hamza et al (1999)

que demonstraram a efetividade da TENS na diminuiccedilatildeo do consumo de analgeacutesicos no

periacuteodo poacutes-operatoacuterio senatildeo nessas pesquisas a TENS foi aplicada somente apoacutes a cirurgia

Destarte natildeo estamos em concordacircncia com os resultados da pesquisa de Guerra et

al (2003) em que houve significante reduccedilatildeo do consumo de analgeacutesicos com o uso da TENS

no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia inguinal Apenas 1 dos 9 pacientes do grupo experimental

ndashndash que usou a TENS ndashndash solicitou uma uacutenica vez medicaccedilatildeo analgeacutesica ao passo que todos

os pacientes do grupo placebo (n = 9) solicitaram esse tipo de medicaccedilatildeo 255 vezes em

meacutedia Essa diferenccedila em relaccedilatildeo aos achados eacute fruto dos meacutetodos usados tipos de cirurgia

drogas anesteacutesicas e analgeacutesicas niacuteveis e tipos de dor paracircmetros de estimulaccedilatildeo tempo de

aplicaccedilatildeo e horaacuterios de aplicaccedilatildeo da TENS

Algumas pesquisas obtiveram satisfatoacuterios resultados com o uso da TENS no

periacuteodo poacutes-operatoacuterio como a de Chiu et al (1999) em hemorroidectomias cirurgias que

geram um quadro aacutelgico intenso em que houve reduccedilatildeo significante do consumo de morfina

Chen et al (1998) em histerectomias e miomectomias que observaram reduccedilatildeo de 37 da

administraccedilatildeo de opioacuteides com o uso da TENS de forma pericicatricial e de 39 quando

103

aplicada nos pontos de acupuntura Bjordal Johnson e Ljungreen (2003) que analisaram

1350 pacientes submetidos a diferentes procedimentos ciruacutergicos e verificaram reduccedilatildeo de

355 do consumo de analgeacutesicos Nuntildeez e Carrasco (2000) que minimizaram esse consumo

em cesaacutereas sem no entanto diminuir a intensidade e o periacuteodo de remissatildeo da dor

Benedetti et al (1997) que conseguiram minimizar a intensidade de dor em costotomias

esternotomias toracotomias com afastamento muscular e viacutedeo toracocospias e Castro e

Carlos (1986) em laparotomias que o minimizaram em 63 naqueles que fizeram uso desse

recurso sendo mais significante nos que foram submetidos a histerectomias e menos a

gastrectomias

Embora a reduccedilatildeo do consumo de diclofenaco natildeo tenha sido significante os nossos

achados satildeo muito relevantes haja vista que ao serem confrontados com os da anaacutelise da

intensidade de dor pela END possibilita a verificaccedilatildeo do mais importante aspecto desse

trabalho que foi conseguir manter o niacutevel de dor do grupo preemptivo inferior ao do placebo

sem haver no entanto um maior consumo de drogas analgeacutesicas para tal Ou seja se as

pacientes do grupo preemptivo tivessem consumido mais drogas que as do placebo seria

inviaacutevel inferir sobre a ocorrecircncia de analgesia preemptiva

57 Dor Referida

104

A ocorrecircncia de dor referida no ombro direito ndashndash condiccedilatildeo que sugere irritaccedilatildeo do

diafragma ou diretamente do nervo frecircnico ndashndash deu-se em 40 (10 pacientes) das pacientes do

grupo preemptivo e em 32 (8 pacientes) daquelas do placebo (graacutefico 18) Essa incidecircncia

estaacute em concordacircncia com os achados na literatura que a indicam em cerca de um terccedilo dos

pacientes submetidos a colecistectomia por laparotomia (ORLOFF 1970 SCHWARTZ

SHIRES SPENCER 1996 WAY DUNPHY 1993)

Natildeo se objetivou nessa pesquisa analisar a intensidade de dor referida no ombro ndashndash

apesar de os dados tambeacutem terem sido coletados Objetivou-se apenas verificar a sua

incidecircncia que com a aplicaccedilatildeo da TENS de baixa frequumlecircncia natildeo apresentou diferenccedila

significante entre as pacientes que a usaram e as que natildeo

De acordo com Antunes et al (2002) a TENS tem eficaacutecia jaacute bastante comprovada

para o tratamento das dores de origem cutacircnea mas natildeo eacute necessariamente eficiente para as

de origem visceral o que corrobora a pesquisa de Nuntildeez e Carrasco (2000) que usaram a

TENS no poacutes-operatoacuterio de cesaacutereas

58 Anaacutelise do Consumo de Metoclopramida

105

Em um total de 20 das pacientes (5 pacientes) do grupo preemptivo houve

administraccedilatildeo dessa droga enquanto que em 32 (8 pacientes) isso ocorreu (graacutefico 19) O

consumo dessa droga ndashndash que natildeo tem accedilatildeo analgeacutesica ndashndash foi verificado para auxiliar a avaliar

a qualidade de recuperaccedilatildeo poacutes-ciruacutergica logo que um dos preditores de naacuteuseas e ecircmesis eacute a

dor E como a TENS eacute um recurso analgeacutesico poderia entatildeo tambeacutem minimizar o consumo

dessa substacircncia

Nossos resultados satildeo semelhantes aos de Zaacuterate et al (2001) que natildeo obtiveram

significante reduccedilatildeo do consumo de drogas anti-emeacuteticas com o uso da eletroacupuntura antes

de colecistectomias por laparoscopia Todavia Chen et al (1998) conseguiram reduzir a

incidecircncia de naacuteuseas e vocircmitos em aproximadamente um terccedilo das mulheres que se

submeteram a histerectomia abdominal total ou miomectomia com o uso da TENS todavia

esse recurso foi aplicado no poacutes-operatoacuterio Kotani et al (2001) observaram reduccedilatildeo de 20

a 30 da incidecircncia de naacuteuseas em cirurgias abdominais altas e baixas com a analgesia

preemptiva induzida pela eletroacupuntura e Lin et al (2002) em cirurgias abdominais

baixas

59 Questionaacuterio sobre a TENS

106

Durante a coleta dos dados observou-se que algumas pacientes do grupo preemptivo

relataram que a aplicaccedilatildeo da TENS ocasionava determinado incocircmodo Assim para a

obtenccedilatildeo de dados mais concretos sobre esses relatos resolveu-se acrescentar esse

questionaacuterio (Apecircndice H) ndashndash mesmo com a coleta de dados jaacute em andamento

Os resultados obtidos ilustrados no graacutefico 20 confirmam o que foi evidenciado na

praacutetica cliacutenica a respeito do relato das pacientes sobre o incocircmodo da estimulaccedilatildeo eleacutetrica de

baixa frequumlecircncia e alta intensidade pois a maioria (5789) das pacientes do grupo

preemptivo disse que a TENS incomodava um pouco e 1578 que incomodava

razoavelmente Esses dados foram significantemente diferentes dos do grupo placebo em que

8824 relataram que a TENS natildeo incomodava e 1176 que incomodava um pouco O fato

de ter havido queixa por parte de 2 pacientes do grupo placebo pode ter ocorrido talvez por

essas permanecerem durante 60 min deitadas com os eletrodos posicionados sobre o abdome

sem terem liberdade para deambular ou realizar atividades que solicitassem grande

movimentaccedilatildeo

Pesquisas recentes realizadas por Sluka et al (2000) tecircm demonstrado que a TENS

de alta frequumlecircncia tambeacutem estimula a liberaccedilatildeo de opioacuteides endoacutegenos e diante da

experiecircncia cliacutenica sabe-se que o uso de tal frequumlecircncia eacute mais confortaacutevel que o da de baixa

que normalmente eacute aplicada em niacutevel motor de estimulaccedilatildeo com a maacutexima intensidade

suportada pelo paciente Logo poder-se-ia utilizar a TENS de alta frequumlecircncia em pesquisas

para observar a possiacutevel ocorrecircncia de analgesia preemptiva comparando com os resultados

da de baixa frequumlecircncia e selecionar qual seria a mais adequada para tal dando grande ecircnfase

em tal escolha ao conforto e satisfaccedilatildeo do paciente

107

A maioria das pacientes de ambos os grupos relatou que gostaria de em uma

proacutexima cirurgia usar a TENS e os medicamentos (graacutefico 21) Esses dados parecem refletir a

satisfaccedilatildeo das pacientes em receber uma melhor assistecircncia da equipe de sauacutede assim como

terem agrave sua disposiccedilatildeo alguns recursos diferentes para o tratamento do quadro aacutelgico o que

reforccedila a relevacircncia e a aceitaccedilatildeo da analgesia multimodal

108

CONCLUSAtildeO

109

6 CONCLUSAtildeO

A aplicaccedilatildeo da modalidade de baixa frequumlecircncia da estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea

do nervo durante 60 minutos no periacuteodo preacute-operatoacuterio de pacientes do sexo feminino

submetidas a colecistectomia por laparotomia promoveu analgesia preemptiva

110

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

111

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AIDA S et al The effectiveness of preemptive analgesia varies according to the type ofsurgery a randomized double-blind study Anesthesia and Analgesia Baltimore v 89 n 3p 711 Set 1999

ANDRADE R F A Comportamento da litiacutease biliar no Estado de Sergipe 2002Monografia (graduaccedilatildeo em medicina) ndashndash Departamento de Medicina da Universidade Federaldo Estado de Sergipe Aracaju 2002

ANTUNES A A M et al Os efeitos da estimulaccedilatildeo eleacutetrica nervosa transcutacircnea no poacutes-operatoacuterio de cirurgias toraacutecicas e abdominais ndashndash revisatildeo de literatura e relato de casosRevista de Fisioterapia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 9 n 1 p 23-25janjun 2002

BARROS N Qualidade de vida ndashndash conceito e meacutetodos de avaliaccedilatildeo In ANDRADE FILHOA C de C Dor diagnoacutestico e tratamento Roca Satildeo Paulo 2001 53-61 p

BASFORD J R Eletroterapia In KOTTKE F J LEHMANN J F Tratado de medicinafiacutesica e reabilitaccedilatildeo de Krusen 4 ed Satildeo Paulo Manole 1994 363-388 p

BENBOW S J COSSINS L WILES J R A comparative study of disability depressionand pain severity in young and chronic pain in patients VIIIth World Congress on PainVancouver 1996

BENEDETTI F et al Control of postoperative pain by transcutaneous electrical nervestimulation after thoracic operations Ann Thoracic Surgery Torino v 63 n 3 p 773-776Mar 1997

BISSCHOP G de BISSCHOP Eacute de COMMANDREacute F TENS In BISSCHOP G deBISSCHOP Eacute de COMMANDREacute F Eletrofisioterapia Satildeo Paulo Santos 2001 5-62 p

BJORDAL J M JOHNSON M I LJUNGREEN A E Transcutaneous electrical nervestimulation (TENS) can reduce postoperative analgesic consumption A meta-analysis withassessment of optimal treatment parameters postoperative pain European Journal of PainErlangen v 7 n 2 p 181-188 Apr 2003

BLUMGART L H Cirugiacutea del hiacutegado y de las viacuteas biliares Buenos Aires EditoriaMeacutedica Panamericana 1988 655-665 p

BONICA J J et al Biochemistry and the modulation of nociception and pain In BONICAJ J The management of pain Phyladelphia Lea amp Febiger 1990 95-121 p

BRENTANO L Colecistectomia [sl] ABC da Sauacutede 2003 Disponiacutevel emhttpwwwabcdasaudecombrartigophp86 Acesso em 30 de agosto de 2004

BRIDENBAUGH P O Preemptive analgesia ndashndash is it clinically relevant Anesthesia ampAnalgesia Baltimore v 78 n 2 p 203-4 Feb 1994

112

BUTTON B SAWYER S Fisioterapia do aparelho respiratoacuterio do adolescente InBURNS Y R MCDONALD J Fisioterapia e crescimento na infacircncia Satildeo PauloSantos 1999 247-261 p

BUXTON B P A fisiologia e a psicologia da dor In STARKEY C RecursosTerapecircuticos em Fisioterapia Satildeo Paulo Manole 2001 37-69 p

CAMERON M H Physical agents in rehabilitation ndashndash from research to practicePhyladelphia W B Saunders Company 1999 31-54 p

CARROLL D et al Randomization is important in studies with pain outcomes systematicreview of transcutaneous electrical nerve stimulation in acute postoperative pain BritishJournal of Anaesthesia Oxford v 77 n 6 p 798-803 Dec 1996

CARROL E N BADURA A S Focal intense brief transcutaneous electric nervestimulation for treatment of radicular and posthoracotomy pain Archives of PhysicalMedicine and Rehabilitation Cleveland v 82 n 2 p262-264 Feb 2001

CASTILLO G L B Estudio comparativo entre bupivacaina + fentanyl vs bupivacainasola por viacutea peridural para el control del dolor obsteacutetrico Tesis para obtener el diplomauniversitario en la especialidad de anestesiologiacutea Quereacutetaro [1999]

CASTRO M L CARLOS E S Post-laparotomy pain control by transcutaneous electricalnerve stimulation preliminary report Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeirov 36 n 3 p 207-14 mar 1986

CHANDRAN P SLUKA K A Development of opioid tolerance with repeatedtranscutaneous electrical nerve stimulation administration Pain Seattle v 102 n 1-2 p195-201 Mar 2003

CHEN L et al The effect of location of transcutaneous electrical nerve stimulation onpostoperative opioid analgesic requirement acupoint versus nonacupoint stimulationAnesthesia amp Analgesdia Baltimore v 87 n 5 p 1129-1134 Nov 1998

CHEN L HAN J S Analgesia induced by electroacupuncture of different frequencies ismediated by different types of opioid receptors another cross-tolerance study BehavioralBrain Research Amsterdam v 47 n 2 p 143-149 Apr 1992

CHESTERTON L S et al Effects of TENS frequency intensity and stimulation siteparameter manipulation on pressure pain thresholds in healthy human subjects Pain Seattlev 106 n 1-2 p 73-80 Nov 2003

CHIU J H et al Effect of transcutaneous electrical nerve stimulation relief on patientsundergoing hemorrhoidectomy prospective randomized controlled trial Diseases of theColon amp Rectum New York v 42 n 2 p 180-185 Feb 1999

CREPON F Eletrofisioterapia e Reeducaccedilatildeo Funcional Satildeo Paulo Lovise 1996 80-101p

113

CRIELAARD et al apud TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendoparacircmetros de estimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85fDissertaccedilatildeo (mestrado em bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de SatildeoPaulo Ribeiratildeo Preto 2003

DAMIANE C DAMIANE G TENS eletroanalgesia In RODRIGUES E MGUIMARAtildeES C S Manual de recursos fisioterapecircuticos Rio de Janeiro Revinter 199853-80 p

DIERKING G et al Effect of pre vs post-operative inguinal field block on postoperative painafter herniorraphy British Journal of Anaesthesia Oxford v 68 n 4 p 344-348 Apr1992

DUBUISSON D MELZACK R Classification of clinical pain descriptors by multiplegroup discriminant analysis Experimental Neurology Michigan v 51 n 2 p 480-487May 1976

DuGAS B W Medicaccedilotildees In______ Enfermagem praacutetica 4 ed Rio de JaneiroGuanabara 1988 465-487 p

EISENBAUER L A MURPHY M A Pharmacotherapeutics amp advanced nursingpractice San Diego McGraw Hill Companies 1998 253 p

ERIKSSON M B E SJOLUND B H NEILZEN S Long term results of peripheralconditioning stimulation as an analgesic measure in chronic pain Pain Seattle v 6 n 3 p335-347 Jun 1979

FERNANDEZ E BOYLE G J Affective and evaluative descriptors of pain in the McGillPain Questionnaire reduction and reorganization The Journal of Pain Philadelphia v 2 n6 p 318-325 Dec 2001

FERNANDEZ E TOWERY S A parsimonious set of verbal descriptors of pain sensationderived from the Mcgill Pain Questionnaire Pain Seattle v 66 n 1 p 31-37 Jul 1996

FORTH W BEYER A PETER K Highly potent analgesics opiates and opioids InFORTH W BEYER A PETER K Aliacutevio da dor uma visatildeo analiacutetica das vantagens edesvantagens da moderna administraccedilatildeo da dor Satildeo Paulo Hoechest 1995 40-49 p

FRAMPTON V Estimulaccedilatildeo Nervosa Eleacutetrica Transcutacircnea In KITCHEN S BAZIN SEletroterapia de Clayton 10 ed Satildeo Paulo Manole 1998 276-294 p

GAGLIESI L MELZACK R Age differences in the quality of chronic pain a preliminarystudy Pain Research amp Management Oakville v 2 n3 p 157-162 Winter 1997

GAGLIESE L MELZACK R Age-related differences in the qualities but not the intensityof chronic pain Pain Seattle v 104 n 3 p 597-608 Aug 2003

114

GARCIA J B dos S Preemptive analgesia with epidural bupivacaine plus fentanyl inhysterectomy serum interleukin-6 implications 2000 Tese para obtenccedilatildeo do tiacutetulo dedoutorado ndashndash Escola Paulista de Medicina ndashndash Universidade Federal de Satildeo Paulo Satildeo Paulo2000

GOFFI F S GOFFI JUacuteNIOR P S SORBELLO A A Cirurgia das vias biliares InGOFFI F S Teacutecnica ciruacutergica bases anatocircmicas fisiopatoloacutegicas e teacutecnicas da cirurgia 4ed Satildeo Paulo Atheneu 1996 691-694 p

GOTTSCHALK A OCHROCH E A Preemptive analgesia what do we do nowAnesthesiology Philadelphia v 98 n1 p 280-281 Jan 2003

GRAHAM C et al Use of the McGill Pain Questionnaire in the assessment of cancer painreplicability and consistency Pain Seattle v 8 n 3 p 377-387 Jun 1980

GRIEVE G P Modern manual therapy of the vertebral column New York ChurchillLivingstone 1986 233-249 p

GUERRA D R et al A Utilizaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio imediato de pacientessubmetidos a cirurgia de heacuternia inguinal In V CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeOCIENTIacuteFICA PIBICUFS 2003 Universidade Federal de Sergipe Anais Satildeo CristoacutevatildeoUniversidade Federal de Sergipe 2003 215 p

HAMZA M A et al Effect of the frequency of transcutaneous electrical nerve stimulationon the postoperative opioid analgesic requirement and recovery profile AnesthesiologyPhiladelphia v 91 n 5 p 1232-1238 Nov 1999

HAN J S et al Frequency as the cardinal determinant for electroacupuncture analgesia to bereversed by opioid antagonists Chinese Medical Journal Peking v 38 n 5 p 475-482Oct 1986

HAN J S et al Effect of low and high frequency TENS on met-enkephalin-arg-phe anddynorphin A immunoreactivity in human lumbar CSF Pain Seattle v 47 n 3 p 295-298Dec 1991

HANSSON B et al Influence of naloxone on relief of acute oro-facial pain bytranscutaneous electrical nerve stimulation (TENS) or vibration Pain Seattle v 24 n 3 p323-329 Mar 1986

HEPNER D L Preemptive analgesia what does it really mean AnesthesiologyPhiladelphia v 93 n 5 p 1368 nov 2000

HUGHES G S et al Response of plasma beta-endorphins to transcutaneous electrical nervestimulation in healthy subjects Physical Therapy Alexandria v 64 n 7 p 1062-1066 Jul1984

HUSKISSON E C Visual Analogue Scales In MELZACK R Pain measurement andassessment New York Raven Press 1983 33-37 p

115

IMAMURA M et al Eletroestimulaccedilatildeo nervosa transcutacircnea In LEITAtildeO V A Cliacutenica dereabilitaccedilatildeo Satildeo Paulo Atheneu 1995 301-309 p

JACHUCK S J et al The effect of hypotensive drugs on the quality of life The BritishJournal of the Royal College General Practitioners London v 32 n 235 p 103-105Feb 1982

JAFFE J H MARTIN W R Analgeacutesicos opioacuteides e antagonistas In GILMAN A G etal Goodman e Gilman As Bases farmacoloacutegicas da terapecircutica 8 ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1991 320-343 p

JAVIER G P et al Analgesia preventiva en un modelo experimental de dolor visceralRevista Mexicana de Anestesiologia v 22 n 2 p 116-121 abr-jun 1999

JOHNSON M I et al Analgesic effects of different frequencies of transcutaneous electricalnerve stimulation on cold-induced pain in normal subjects Pain Seattle v 39 n 2 p 231-236 Nov 1989

JOHNSON M I ASHTON C H THOMPSOM J W An in depth study of long termusers of transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) Implications for clinical use ofTENS Pain Seattle v 44 n 3 p 221-229 Mar 1991

KALRA A B URBAN M O SLUKA K A Blockade of opiod receptors in rostralventral medulla prevents antihyperalgesia produced by transcutaneous electrical nervestimulation (TENS) The Journal of Pharmacology and Experimental TherapeuticsBethesda v 298 n 1 p 257-263 Jul 2001

KATZ J MELZACK R Measurement of pain Surgery Clinical North American v 79n 2 p 231-252 Apr 1999

KE R W PORTERA S G LINCOLN S R A randomized blinded trial of preemptivelocal anesthesia in laparoscopy Primary Care Update for Obstetric and Gynecology v 5n 4 p 197-198 Jul 1998

KE R W et al A randomized double-blinded trial of preemptive analgesia in laparoscopyObstetrics amp Gynecology Denver v 92 n 6 p 972-5 Dec 1998

KELLY D J AHMAD M BRULL S Preemptive analgesia I physiological pathways andpharmacological modalities Canadian Journal of Anesthesia Toronto v 48 n 10 p1000-1010 Nov 2001

KETOVUORI H POumlNTINEN P J A pain vocabulary in finnish ndashndash the finnish painquestionnaire Pain Seattle v 11 n 1 p 247-253 Aug 1981

KING E W SLUKA K A The effect of varying frequency and intensity of transcutaneouselectrical nerve stimulation on secundary mechanical hyperalgesia in an animal model ofinflammation The Journal of Pain Philadelphia v 2 n 2 p 128-133 Apr 2001

KISSIN I Preemptive analgesia terminology and clinical relevance Anesthesia andanalgesia Baltimore v 79 n 4 p 809 Oct 1994

116

______ Preemptive analgesia ndashndash Why its effect is not always obvious AnesthesiologyPhiladelphia v 84 n 5 p 1015-1019 May 1996

______ Preemptive analgesia Anesthesiology Philadelphia v 93 n 4 p 1138-1143 Oct2000

______ Study design to demonstrate clinical value of preemptive analgesia is it commonlyused approach valid Regional Anesthesia and Pain Medicine Seattle v27 n3 p 242-244 May-Jun 2002

KONRAD K CORDEIRO S M COELI M Dor Fisiopatologia e tratamento InLIANZA S Medicina de Reabilitaccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001 137-150p

KOTANI N et al Preoperative intradermal acupuncture reduces postoperative pain nauseaand vomiting analgesic requiriment and sympathoadrenal responses AnesthesiologyPhiladelphia v 95 n 2 p 349-356 Aug 2001

LABRADA A JIMEacuteNEZ-GARCIA Y Preventive multimodal analgesia a comparativestudy Revista de la Sociedad Espantildeola del Dolor Madrid v 11 n 3 p 122-128 abr2004

LEE I-H LEE I-O Preemptive effect of intravenous ketamine in the rat concordancebetween pain behavior and spinal fos-like immunoreactivity Acta AnaesthesiologicaScandinavica Oxford v 49 n 2 p 160-165 Feb 2005

LEVENT K The effect of preemptive intravenous morphine on postoperative analgesia andsurgical stress response Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeiro v 51 n 6 p503-510 dez 2001

LICHTENBERG P A SWENSEN C H SKEHAN M W Further investigation of therole of personality lifestyle and arthritic severity in predicting pain Journal ofPsychosomatic Research New York v 30 n 3 p 327-337 maio 1986

LIN J et al The effect of high and low frequency eletroacupuncture in pain after lowabdominal surgery Pain Seattle v 99 n 3 p 509-514 out 2002

LOMBARD B et al Evaluation de lrsquoeacutelectrostimulation transcutaneacutee dans la prise en chargedes douleurs post-amygdalectomie chez lrsquoadulte Revue Laryngologie Otologie RhinologieBordeaux Ceacutedex v 117 n 2 p 89-92 abr 1996

LOW J REED A Eletroterapia explicada 3 ed Satildeo Paulo Manole 2001 472 p

LUNDEBERG T BONDESSON L LUNDSTRON V Relief of primary dysmenorrhea bytranscutaneous electrical nerve stimulation Acta Obstetetricia et GynecologicaScandinavica Gothenburg v 64 n 6 p 491-497 ago 1985

MACHADO M C C RAIA A A Anatomia ndash Histologia ndash Embriologia ndash Fisiologia davesiacutecula e vias biliares ndash Fisiologia da bile In CORREcircA NETTO A RAIA A AZERBINO E de J Cliacutenica Ciruacutergica 4 ed Satildeo Paulo Sarvier 1994 785-789 p

117

MAESTRONI U et al A new method of preemptive analgesia in laparoscopiccholecystectomy Surgical Endoscopy New York v 16 n 9 p 1336-1340 Sep 2002

MARIANO T F BEN V F G Efeitos da eletroestimulaccedilatildeo transcutacircnea (TENS) emindiviacuteduos adultos no poacutes-operatoacuterio imediato de colecistectomia 1998 Trabalho deConclusatildeo de Curso ndashndash Universidade Catoacutelica Dom Bosco (UCDB) Campo Grande 1998

MARIN L I CASTRO C E S Post laparotomy pain control by transcutaneous electricalnerve stimulation preliminary report Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeirov 36 n 3 p 207-214 maio-jun 1986

MCQUAY H J Pre-emptive analgesia a systematic review of clinical studies Annals ofMedicine Stockholm v 27 n 2 p 249-56 Apr 1995

MELO J N SANTANA FILHO V J Efeito da TENS convencional no requerimento deanalgeacutesicos no poacutes-operatoacuterio imediato de herniorrafia inguinal 2003 Monografiaapresentada ao curso de fisioterapia para tiacutetulo de bacharel Universidade Tiradentes Aracaju2003

MELZACK R The McGill Pain Questionnaire major properties and scoring methods PainSeattle v 1 n 3 p 277-299 Sep 1975

MELZACK R WALL P O desafio da dor Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian 1987189-250 p

MERINO C S Colecistectomiacutea laparoscoacutepica comparada con colecistectomiacutea claacutesica encolecistitis aguda Revista Chilena de Cirurgia Santiago v 53 n 1 p 53-59 2001

MERKEL S I GUSTEIN H B MALVIYA S Use of transcutaneous electrical nervestimulation in a young child with pain from open perineal lesions Journal of Pain andSymptom Management New York v 18 n 5 p 376-81 Nov 1999

MERSKEY H Some features of the history of the idea of pain Pain Seattle v 9 n 1 p 3-8 Aug 1980

MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE DO BRASIL Cuidados paliativos oncoloacutegicos controle da dorRio de Janeiro INCA 2001 16-32 p

MOINICHE S KEHLET H DAHL J B A qualitative and quantitative systematic reviewof preemptive analgesia for postoperative pain relief Anesthesiology Philadelphia v 96 n3 p 725-41 Mar 2002

MORIN C et al Differences between the sexes in post-surgical pain Pain Seattle v 85 n1-2 p 79-85 Mar 2000

MOTAMED C et al Preemptive intravenous morphine-6-glucuronide is ineffective forpostoperative pain relief Anesthesiology Philadelphia v 92 n 2 p 355-360 Feb 2000

118

NUNtildeEZ C N CARRASCO M P Estimulacioacuten eleacutectrica transcutaacutenea (EET) para reducirel dolor despueacutes de la cesaacuterea Ginecologiacutea y Obstetricia de Meacutexico Ciudad del Meacutexico v68 n 1 p 60-63 fev 2000

OacuteBRIEN et al apud TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendoparacircmetros de estimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85fDissertaccedilatildeo (mestrado em bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade deMedicina de Ribeiratildeo Preto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de SatildeoPaulo Ribeiratildeo Preto 2003

OLAUSSON B et al Effects of naloxone on dental pain threshold following muscleexercises and low frequency transcutaneous nerve stimulation a comparative study in manActa Physiologica Scandinavica Stockholm v 126 n 2 p 299-305 Sep 1986

ONG C K-S et al The efficacy of preemptive analgesia for acute postoperative painmanagement a meta-analysis Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 100 n 3 p 757-773Mar 2005

ORLOFF M J Fiacutegado e sistema biliar In DAVIS I Christopher Cliacutenica Ciruacutergica 2 edRio de Janeiro Guanabara Koogan 1970 772-783 p

PATINtildeO J F LONDONtildeO E GARCIacuteA L G Colecistectomia mini-traumaacuteticahospitalizacioacuten de corta estancia Revista Colombiana de Cirurgia Bogotaacute v 6 n 2 p 70-75 ago 1991

PEREIRA L V SOUSA F A E F Mensuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo da dor poacutes-operatoacuteria umabreve revisatildeo Revista Latino-americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 3 p 77-84 jul 1998

PEacuteREZ-AYUSO R M et al Historia natural de la colelitiasis Incidencia de colescistectomiacuteaen un aacuterea urbana y una rural mapuche en la uacuteltima deacutecada Revista Meacutedica de ChileSantiago v 130 n 7 p 723-730 jul 2002

PIMENTA C A M Avaliaccedilatildeo da experiecircncia dolorosa Revista de Medicina Satildeo Paulo v74 n 2 p 69-75 ago-set 1995

PIMENTA C A de M CRUZ Dde A L M da C SANTOS J L F dos Instrumentospara avaliaccedilatildeo da dor O que haacute de novo no nosso meio Arquivo Brasileiro deNeurocirurgia Satildeo Paulo v 17 n 1 p 15-24 jun 1998

PIMENTA C A TEIXEIRA M J Questionaacuterio de Dor Mcgill proposta de adaptaccedilatildeo paraa liacutengua portuguesa Revista Brasileira de Anestesiologia Rio de Janeiro v 47 n 2 p 177-186 ago 1997

PONTES R M C PRADO W A Presurgical ketoproten but not morphine dipyronediclofenac preempts post-incisional mechanica allodynia in rats Brazilian Journal ofMedical and Biological Research Ribeiratildeo Preto v 35 n 1 p 11-119 jan 2002

119

PRADO W A OLIVEIRA R Anti-hyperalgesic effect of electroacupuncture in a model ofpost-incisional pain in rats Brazilian Journal of Medical and Biological ResearchRibeiratildeo Preto v 33 n 8 p 957-960 ago 2000

PRIETO E J GEISINGER K F Factor-analytic studies of the McGill Pain QuestionnaireIn MELZACK R Pain measurement and assessment New York Raven Press 1983 63-70 p

RANG H P DALE M M Farmacologia 2 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1993460 p

READING A E The McGill Pain Questionnaire an appraisal In MELZACK R Painmeasurement and assessment New York Raven Press 1983 55-61 p

RIVERA A R F Incisioacuten transversa contra incisioacuten media en colecistectomiacutea Cuaacutel esmenos dolorosa Cirurgiacutea General v 18 n 3 p 178-181 jul-set 1996

ROBINSON A J Instrumentaccedilatildeo para eletrotrerapia In ROBINSON A J SNYDER-MACKLER L Eletrofisiologia cliacutenica eletroterapia e teste eletrofisoloacutegico 2 ed PortoAlegre Artmed 2001 43-83 p

ROSAEG O P et al Effect of preemptive multimodal analgesia for arthroscopic KneeLigament repair Regional Anesthesia and Pain Medicine Seattle v 26 n 2 p 125-130Mar-Apr 2001

ROSLYN J J ZINNER M J Gallbladder and extra-hepatic billiary system InSCHWARTZ S I SHIRES G T SPENCER F C 6 ed Principles of surgery EstadosUnidos Mc Graw Hill 1996 1367-1399 p

SALAR G JOB I MINGRINO S et al Effects of transcutaneous electrotherapy on CSFb-endorphin content in patients without pain problems Pain Seattle v 10 n 2 p 169-172apr 1981

SALGADO A S I Manual cliacutenico de eletrofisioterapia Londrina Midiograf 1999 112-147 p

SANTIESTEBAN A J Agentes fiacutesicos e dor muacutesculo-esqueleacutetica In GOULD J AFisioterapia na ortopedia e na medicina do esporte 2 ed Satildeo Paulo Manole 1993 181-193 p

SANTOS et al Aplicaccedilatildeo da TENS de alta e baixa frequumlecircncias no poacutes-operatoacuterio imediato decolecistectomia convencional In VI CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICAPIBICUFS 2004 Universidade Federal de Sergipe Anais Satildeo Cristoacutevatildeo UniversidadeFederal de Sergipe 2004 p242

SCHWARTZ S I SHIRES G T SPENCER F C Princiacutepios de cirurgia 6ed MeacutexicoInteramericana 1996 416-449 p

120

SEKAR C et al Preemptive analgesia for postoperative relief in lumbosacral spine surgeriesa randomized controlled trial The Spine Journal La Grange v 4 n 3 p 261-264 May-Jun 2004

SILVA P Anesteacutesicos locais e outros faacutermacos que afetam os canais iocircnicos In RANG HP DALE M M RITTER J M Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1998 485-505 p

SILVEIRA I A M LIMA P A L Estudo da reduccedilatildeo de custo no hospital SatildeoDomingos Saacutevio com a utilizaccedilatildeo da TENS no poacutes-operatoacuterio de hernioplastia inguinal2004 Monografia para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de bacharel em fisioterapia UniversidadeTiradentes Aracaju 2004

SINATRA R Role of COX-2 inhibitors in the evolution of acute pain management Journalof Pain and Sympton Management New York v 24 n 1S p S18-27 Jul 2002

SLUKA K A Systemic morphine in combination with TENS produces an increaseantihyperalgesia in rats with acute inflamation The Journal of Pain Philadelphia v 1 n 3p 204-211 Sep 2000

SLUKA K A et al Spinal blockade of opiod receptors prevents the analgesia produced byTENS in arthritic rats The Journal of Pharmacology and Experimental TherapeuticsBethesda v 289 n 2 p 840-846 May 1999

SLUKA K A et al Low frequency TENS is less effective than high frequency TENS atreducing inflammation-induced hyperalgesia in morphine-tolerant in rats European Journalof Pain Erlangen v 4 n 2 p 185-93 Jun 2000

SLUKA K A WALSH D Transcutaneous electrical nerve stimulation basic sciencemechanisms and clinical effectiveness The Journal of Pain Philadelphia v 4 n 3 p 109-121 Apr 2003

SOFAER B Assessing pain In______ Pain a handbook for nurses 2 ed New YorkChapman amp Hall 1994 44-57 p

SORKIN B A et al Chronic pain in young and old patients differences appear lessimportant than similarities J Gerontol Psychol Sci Washington v 45 n 2 p 64-68 Mar1990

SPOacuteSITO M M M Manual de medicina fiacutesica e de reabilitaccedilatildeo Satildeo Paulo [sn] 199373-93 p

STARKEY C Agentes eleacutetricos In ______ Recursos terapecircuticos em fisioterapia SatildeoPaulo Manole 2001 176-276 p

TAYLOR D New ways to contain post-op pain 2002 Disponiacutevel em lthttp wwwoutpatientsurgerynet2002os08f2shtmlgt Acesso em 22 de outubro de 2004

TEIXEIRA M J Fisiopatologia da dor neuropaacutetica In ANDRADE FILHO A C de CDor diagnoacutestico e tratamento Roca Satildeo Paulo 2001 7-42 p

121

TEIXEIRA M J SOUZA A C F Dor ndashndash evoluccedilatildeo histoacuterica dos conhecimentos InTEIXEIRA M J FIGUEIROacute J A B Dor epidemiologia fisiopatologia avaliaccedilatildeosiacutendromes dolorosas e tratamento Satildeo Paulo Grupo Editorial Moreira Jr 2001 8-13 p

TEIXEIRA M J et al Avaliaccedilatildeo da dor fundamentos teoacutericos e anaacutelise criacutetica Revista deMedicina Satildeo Paulo v 78 n 2 (pt 1) p 85-114 abr 1999

THOMSON A SKINNER A PIERCY J Habilidades da fisioterapia In ______Fisioterapia de Tidy 12 ed Satildeo Paulo Santos 1994 417-465 p

TORRE A et al Analgesia Preventiva Revista Venezuelana de Anestesiologia Caracasv 7 n 1 p 15-26 jun 2002

TOYOTA S STATAKE T AMAKI Y Transcutaneous electrical nerve stimulation as analternative therapy for microlaryngeal endoscopic surgery Anesthesia amp AnalgesiaBaltimore v 89 n 5 p 1236-8 Nov 1999

TRIBIOLI RA Anaacutelise criacutetica atual sobre a TENS envolvendo paracircmetros deestimulaccedilatildeo para o controle da dor Ribeiratildeo Preto SP 2003 85f Dissertaccedilatildeo (mestradoem bioengenharia) Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Faculdade de Medicina de RibeiratildeoPreto e Instituto de Quiacutemica de Satildeo Carlos da Universidade de Satildeo Paulo Ribeiratildeo Preto2003

TURK D C OKIFUJI A SCHARFF L Chronic pain and depression role of perceivedimpact and perceived control in different ages cohorts Pain Seattle v 61 n 1 p 93-101Apr 1995

VALE F M Dor Novos aspectos fisiopatoloacutegicos e consequumlentes estrateacutegiasfarmacoloacutegicas Revista da Faculdade de Medicina de Lisboa Lisboa v 5 n 5 p 291-304 set-out 2000

VEILLEUX S MELZACK R Pain in psychotic patients Experimental NeurologyMichigan v 52 n 1 p 535-543 Jul 1976

VETTER T R HEINER E J Discordance between patient self-reported visual analog scalepain scores and observed pain-related behavior in older children after surgery Journal ofClinical Anesthesia New York v 8 n 5 p 371-375 Aug 1996

WALL P D The prevention of postoperative pain Pain Seattle v 33 n 2 p 289-90 May1988

WALSH D M et al Transcutaneous electrical nerve stimulation effect of peripheral nerveconduction mechanical pain threshold and tactile threshold in humans Archives of PhysicalMedicine and Rehabilitation Philadelphia v 79 n 9 p 1051-8 Sep 1998

WANG B et al Effect of the intensity of transcutaneous acupoint electrical stimulation onthe postoperative analgesic requirement Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 85 n 2 p406-413 Aug 1997

122

WARNCKE T STUBHAUG A JORUM E Preinjury treatment with morphine orketamine inhibits the development of experimentally induced secondary hyperalgesia in manPain Seattle v 86 n 1-2 p 293-303 Mar 2000

WAY L W DUNPHY J E Biliary tract In WAY L W DUNPHY J E Cirurgiadiagnoacutestico e tratamento 9 ed Rio de Janeiro Guanabara koogan 1993 525-552 p

WILKIESON C A et al Toleration side-effects an efficacy of sulphasalazine in rheumatoidarthritis patients of different ages Quarterly Journal of Medicine Oxford v 86 n 8 p501-505 Aug 1993

WOOD L Fisiologia da dor In KITCHEN S BAZIN S Eletroterapia de Clayton 10ed Satildeo Paulo Manole 1998 80-85 p

WOOLF C J CHONG M-S Preemptive analgesia treating postoperative pain bypreventing the establishment of central sensitization Anesthesia amp Analgesia Baltimore v77 n 2 p 362-379 Aug 1993

WU W-P et al The very-high-efficacy 5-HT1A receptor agonist F 13640 preempts thedevelopment of allodynia-like behaviors in rats with spinal cord injury European Journal ofPharmacology Utrecht v 478 n 2-3 p 131-137 Oct 2003

YENG L T et al Medicina fiacutesica e reabilitaccedilatildeo em doentes com dor crocircnica In TEIXEIRAM J FIGUEIROacute J A B Dor epidemiologia fisiopatologia avaliaccedilatildeo siacutendromesdolorosas e tratamento Satildeo Paulo Grupo Editorial Moreira Jr 2001 131-140 p

ZAacuteRATE E et al The use of transcutaneous acupoint electrical stimulation for preveningnausea and vomiting after laparoscopic surgery Anesthesia amp Analgesia Baltimore v 92 n3 p 629-35 Mar 2001

ZHOU G Z XI G F Comparison between transcutaneous nerve stimulation analgesiceffect and electroacupuncture Analgesic effect in rabbits Acupuncture and Electro-therapeutics Research Oxford v 11 n 2 p 119-125 May 1986

123

APEcircNDICE

124

APEcircNDICE

APEcircNDICE A ndashndash Ficha de identificaccedilatildeo da paciente

Nuacutemero do estudo __________

Leito__________

Data da cirurgia __________

Hospital ________________________________

Nome___________________________________

Prontuaacuterio da paciente ______________

Idade ________ Peso ________ Estatura ________ Sexo ( ) M ( ) F

Diagnoacutestico cliacutenico _______________________________

Profissatildeo ________________________

Naturalidade _____________________

Niacutevel de escolaridade ( ) Nunca estudou ( ) 1deg grau incompleto ( ) 1deg grau completo

( )2deg grau incompleto ( )2deg grau completo ( )3deg grau incompleto ( )3deg grau completo

Possui ( ) Hepatopatia ( ) Nefropatia ( ) Algum tipo de enfermidade maligna

( ) Hipertensatildeo arterial ( ) Diabetes Outra_________________

Sentia dor Em caso de sim haacute quanto tempo ____________________________________

Utilizava algum medicamento para combatecirc-la ( ) Sim ( ) Natildeo

Qual _____________________________

Faz ou fez uso de algum outro tipo de medicaccedilatildeo para combater essa dor Em caso de sim

qual e haacute quanto tempo

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

125

APEcircNDICE B ndashndash Termo de consentimento livre e esclarecido

A senhora seraacute submetida a uma cirurgia na qual o tratamento poacutes-ciruacutergico eacute feito

com remeacutedios para aliviar a dor A nossa pesquisa intitulada ldquoESTIMULACcedilAtildeO ELEacuteTRICA

TRANSCUTAcircNEA DO NERVO ANALGESIA PREEMPTIVA EM COLECISTECTOMIA

POR LAPAROTOMIArdquo usaraacute antes da realizaccedilatildeo da cirurgia durante 60 minutos um

aparelho chamado TENS Queremos saber no periacuteodo poacutes-operatoacuterio o seu niacutevel de dor e a

sua satisfaccedilatildeo com o tratamento Esse tipo de tratamento por noacutes proposto natildeo promove danos

lesivos agrave sua sauacutede e natildeo oferece fatores de risco O fato de vocecirc concordar em participar

desse estudo natildeo implica prejuiacutezo agrave sauacutede bem assim natildeo alteraraacute de nenhuma forma o

tratamento jaacute estabelecido

Eu ________________________________ RG _____________________ fui

informada dos objetivos da pesquisa acima de maneira clara e detalhada Recebi informaccedilotildees

a respeito do tratamento proposto e esclareci minhas duacutevidas Sei que a qualquer momento

poderei solicitar novas informaccedilotildees e modificar minha decisatildeo se assim o desejar Sei tambeacutem

que todos os dados dessa pesquisa ficaratildeo em sigilo e terei a liberdade de retirar meu

consentimento de participaccedilatildeo na pesquisa

________________________________ ____________________________

Paciente Pesquisador

Digital (para caso de pacientes natildeo letrados)

126

APEcircNDICE C ndashndash Ficha de aplicaccedilatildeo da TENS e do ato ciruacutergico

APLICACcedilAtildeO DA TENS

Nuacutemero do estudo ________ Leito__________

Grupo a que pertence a paciente ( ) Preemptivo ( ) Placebo

Paracircmetros de aplicaccedilatildeo da TENS duraccedilatildeo de pulso (T) = 250 micros frequumlecircncia (F) = 4 Hz

e tempo = 60 min

Iniacutecio da aplicaccedilatildeo _____________h

Teacutermino da aplicaccedilatildeo ___________h

Obs _______________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ATO CIRUacuteRGICO

ASA I ( ) II ( )

Horaacuterio de induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ____________h

Medicaccedilatildeo anesteacutesica _________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Horaacuterio da cirurgia Iniacutecio ________h Teacutermino ________ h

Duraccedilatildeo da cirurgia _____________min

Meacutedico cirurgiatildeo ______________________________

Meacutedico anestesista _____________________________

Houve alguma intercorrecircncia ciruacutergica ( )Sim ( ) Natildeo

Horaacuterio da intercorrecircncia ______h

OBS_______________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Obs Lembrar de solicitar ao cirurgiatildeo que a dipirona seja prescrita de 6 em 6 h e o

diclofenaco de soacutedio e a metoclopramida como medicaccedilatildeo de resgate Informaacute-lo que essa

prescriccedilatildeo deveraacute ser procedida durante todo o periacuteodo de internaccedilatildeo hospitalar

127

APEcircNDICE D ndashndash Ficha de avaliaccedilatildeo da dor pela Escala Numeacuterica de

Mensuraccedilatildeo da Dor

Nuacutemero do estudo_____ Leito __________________Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________Nome da paciente_______________________________________Horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio Anesteacutesico __________h-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------1) Horaacuterio_______h (2 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)

ENDa na cicatriz_______ENDa em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

2) Horaacuterio_______h (3 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDb na cicatriz_______ENDb em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

3) Horaacuterio_______h (4 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDc na cicatriz_______ENDc em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

4) Horaacuterio_______h (5 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDd na cicatriz_______ENDd em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________

Obs______________________________________________________________________

5) Horaacuterio_______h (7 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDe na cicatriz_______ENDe em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) _________________________Obs_____________________________________________________________________

6) Horaacuterio_______h (8 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDf na cicatriz_______ENDf em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

7) Horaacuterio_______h (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ENDg na cicatriz_______ENDg em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________

8) Horaacuterio_______h (agraves 0700 h do dia de alta hospitalar)ENDh na cicatriz_______ENDh em outra regiatildeo _______ Qual (is) regiatildeo (otildees) ________________________Obs_____________________________________________________________________Sentiu dor no ombro em algum momento do periacuteodo poacutes-operatoacuterio _________________

128

APEcircNDICE E ndashndash Questionaacuterio de Dor McGill

Nuacutemero do estudo_____ Leito__________Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________Nome da paciente_______________________________________Aplicaccedilatildeo do MPQ (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico) __________hldquoAlgumas das palavras que eu vou ler descrevem a sua dor atual Diga-me qual palavra de cada grupomelhor descreve a sua dor Natildeo escolha aquelas que natildeo se aplicam Escolha somente uma palavra decada grupo a mais adequada para a descriccedilatildeo de sua dor Caso nenhuma palavra expresse a sua dorvocecirc pode dizer nenhumardquo

1ordf

( ) 1VIBRACcedilAtildeO

( ) 2TREMOR

( ) 3PULSANTE

( ) 4LATEJANTE

( ) 5COMO BATIDA

( ) 6COMO PANCADA

2ordf

( ) 1PONTADA

( ) 2CHOQUE

( ) 3TIRO

3ordf

( ) 1AGULHADA

( ) 2PERFURANTE

( ) 3FACADA

( ) 4PUNHALADA

( ) 5EM LANCcedilA

4ordf

( ) 1FINA

( ) 2CORTANTE

( ) 3ESTRACcedilALHA

5ordf

( ) 1BELISCAtildeO

( ) 2PRESSAtildeO

( ) 3MORDIDA

( ) 4COacuteLICA

( ) 5ESMAGAMENTO

6ordf

( ) 1FISGADA

( ) 2PUXAtildeO

( ) 3EM TORCcedilAtildeO

7ordf

( ) 1CALOR

( ) 2QUEIMACcedilAtildeO

( ) 3FERVENTE

( ) 4EM BRASA

8ordf

( ) 1FORMIGAMENTO

( ) 2COCEIRA

( ) 3ARDOR

( ) 4FERROADA

9ordf

( ) 1MAL LOCALIZADA

( ) 2DOLORIDA

( ) 3MACHUCADA

( ) 4DOIacuteDA

( ) 5PESADA

10ordf

( ) 1SENSIacuteVEL

( ) 2ESTICADA

( ) 3ESFOLANTE

( ) 4RACHANDO

11ordf

( ) 1CANSATIVA

( ) 2EXAUSTIVA

12ordf

( ) 1ENJOADA

( ) 2SUFOCANTE

13ordf

( ) 1CASTIGANTE

( ) 2ATORMENTA

( ) 3ATERRORIZANTE

( ) 4MALDITA

( ) 5MORTAL

14ordf

( ) 1AMEDRONTADA

( ) 2APAVORANTE

( ) 3CRUEL

15ordf

( ) 1MISERAacuteVEL

( ) 2ENLOUQUECEDORA

16ordf

( ) 1CHATA

( ) 2QUE INCOMODA

( ) 3DESGASTANTE

( ) 4FORTE

( ) 5INSUPORTAacuteVEL

129

17ordf

( ) 1ESPALHA

( ) 2IRRADIA

( ) 3PENETRA

( ) 4ATRAVESSA

18ordf

( ) 1APERTA

( ) 2ADORMECE

( ) 3REPUXA

( ) 4ESPREME

( ) 5RASGA

19ordf

( ) 1FRIA

( ) 2GELADA

( ) 3CONGELANTE

20ordf

( ) 1ABORRECIDA

( ) 2DAacute NAacuteUSEA

( ) 3AGONIZANTE

( ) 4PAVOROSA

( ) 5TORTURANTE

Nuacutemero de Palavras Escolhidas Iacutendice Quantitativo de Dor

Sensorial SensorialAfetiva Afetiva

Avaliativa AvaliativaMiscelacircnea Miscelacircnea

Total Total

130

APEcircNDICE F ndashndash Ficha de avaliaccedilatildeo da satisfaccedilatildeo dos pacientes pela Escala

de Satisfaccedilatildeo do Paciente

Nuacutemero do estudo_____

Data da cirurgia_________ Prontuaacuterio______________

Nome da paciente_______________________________________

Horaacuterio da induccedilatildeo do bloqueio Anesteacutesico __________h

Leito__________

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

1) Horaacuterio_______h (3 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPb_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

2) Horaacuterio_______h (5 frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPd_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

3) Horaacuterio_______h (8 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio o bloqueio)ESPf_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

4) Horaacuterio________h (16 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico)ESPg_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

5) Horaacuterio________h (momento da alta hospitalar)ESPh_______

Obs__________________________________________________________________________________________________________________________________________________Responsaacutevel pela coleta__________________________

131

APEcircNDICE G ndashndash Ficha de registro da administraccedilatildeo de faacutermacos no poacutes-operatoacuterio

Qual o tempo decorrido desde a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico ateacute a 1ordf requisiccedilatildeo deanalgeacutesicos _____

MEDICAMENTO DIA DOSE HORAacuteRIO VIA DE ADMINISTRACcedilAtildeO

DIPIRONA

_____________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

DICLOFENACO DE

SOacuteDIO

_____________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

METOCLOPRAMIDA

____________________________________________

____________________________________________________

________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

OUTROS

____________________________________________

____________________________________________________

________________________________________________________________

( ) ORAL

( ) VENOSA

( ) IM

Observaccedilotildees sobre naacuteuseas e ecircmesis____________________________________________________________________________________________________________________________

132

APEcircNDICE H ndashndash Questionaacuterio sobre a aplicaccedilatildeo da TENS

As perguntas que eu vou ler para a senhora referem-se agrave TENS (Estimulaccedilatildeo Eleacutetrica

Transcutacircnea do Nervo) aquele aparelho que foi utilizado na senhora antes da cirurgia

1) A aplicaccedilatildeo da TENS

( ) Natildeo incomodou

( ) Incomodou um pouco

( ) Incomodou razoavelmente

( ) Incomodou muito

2) Em uma proacutexima cirurgia vocecirc iria preferir para o tratamento da sua dor poacutes-operatoacuteriausar

( ) Somente a TENS

( ) Somente os medicamentos

( ) A TENS e os medicamentos

133

APEcircNDICE I ndashndash Lista de tabelas com os resultados da pesquisa

Tabela 13 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo preemptivoPaciente a b c d e f g h

1deg 4 3 4 4 3 3 2 22deg 0 0 0 0 0 0 3 03deg 5 5 55 8 8 5 0 04deg 0 0 4 3 75 75 9 35deg 0 2 4 3 5 5 10 06deg 0 0 0 0 5 6 0 77deg 0 0 0 0 0 0 0 08deg 0 0 0 0 0 0 3 29deg 0 0 0 0 1 4 6 0

10deg 0 2 1 3 3 0 2 311deg 0 0 0 5 0 6 3 112deg 0 0 3 3 2 0 3 313deg 0 2 3 6 3 3 4 014deg 0 0 10 10 3 5 7 115deg 3 3 1 3 3 2 2 016deg 0 0 0 0 4 4 6 017deg 0 0 5 3 8 4 3 018deg 0 0 0 0 0 0 3 019deg 0 0 0 0 4 7 9 020deg 0 0 0 0 0 2 2 021deg 0 0 0 1 3 3 2 022deg 0 0 0 2 0 2 0 023deg 5 7 4 7 9 8 8 224deg 0 0 0 35 6 6 1 025deg 4 5 6 5 3 3 2 0

a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da altahospitalar)

134

Tabela 14 ndashndash Valores da intensidade de dor incisional obtidos pela Escala Numeacutericade Mensuraccedilatildeo da Dor das pacientes do grupo placeboPaciente a b c d e F g h

1deg 0 0 0 1 5 10 4 42deg 1 1 0 2 3 1 4 23deg 0 0 3 5 10 10 5 54deg 3 5 3 3 3 3 0 25deg 0 0 0 0 4 8 7 46deg 5 5 8 8 3 3 0 07deg 0 0 4 5 9 9 6 08deg 5 10 10 0 0 0 7 19deg 0 2 4 10 8 9 3 8

10deg 0 0 0 0 0 2 3 411deg 0 0 1 4 5 8 7 412deg 0 0 1 4 4 5 5 013deg 0 6 7 4 45 3 3 314deg 0 1 9 9 6 6 4 215deg 0 0 0 4 6 7 5 016deg 0 0 6 10 2 3 4 017deg 1 5 7 8 8 5 4 118deg 0 0 5 8 2 2 3 019deg 0 0 2 3 5 6 0 020deg 0 0 0 10 9 2 6 021deg 2 3 6 7 2 3 3 122deg 0 5 7 2 4 0 0 023deg 0 7 0 0 0 0 1 024deg 0 3 8 8 8 9 8 325deg 1 3 5 5 8 8 0 0

a (2frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) b (3frac12 h apoacutes a IBA) c (4frac12 h apoacutes a IBA) d (5frac12h apoacutes a IBA) e (7 h apoacutes a IBA) f (8 h apoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da altahospitalar)

135

Tabela 15 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupopreemptivo com o tratamento que estava sendo realizado obtidospela Escala de Satisfaccedilatildeo dos PacientesPaciente b d f g h

1deg 8 8 9 9 92deg 8 10 10 10 103deg 8 8 9 9 94deg 9 9 9 95 105deg 8 10 10 10 106deg 8 8 10 10 107deg 10 10 10 10 108deg 10 10 10 10 109deg 10 10 10 10 10

10deg 10 10 10 10 1011deg 10 10 10 10 1012deg 10 10 10 10 1013deg 10 10 8 10 1014deg 10 10 10 10 1015deg 9 9 9 9 1016deg 8 8 8 9 1017deg 10 10 10 10 1018deg 10 10 10 10 1019deg 10 9 8 6 1020deg 10 10 10 10 1021deg 10 10 10 10 1022deg 10 10 8 9 1023deg 10 10 10 10 1024deg 10 10 10 10 1025deg 10 10 10 10 10

b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar)

136

Tabela 16 ndashndash Valores do grau de satisfaccedilatildeo das pacientes do grupoplacebo com o tratamento que estava sendo realizado obtidos pelaEscala de Satisfaccedilatildeo dos PacientesPaciente b d f g h

1deg 8 10 7 10 82deg 8 8 9 9 93deg 10 10 10 10 104deg 10 10 10 10 105deg 10 10 10 10 106deg 10 10 10 10 107deg 9 6 8 8 98deg 8 8 8 4 39deg 5 5 5 8 10

10deg - - - - -11deg 10 10 10 10 1012deg 7 7 7 5 513deg 9 9 9 9 1014deg 8 6 9 9 1015deg 10 10 8 10 1016deg 10 9 10 10 1017deg 8 10 10 10 1018deg 10 10 10 10 1019deg 10 10 10 10 1020deg 8 10 10 10 1021deg 8 10 10 10 1022deg 10 10 10 10 1023deg 10 10 10 10 1024deg 10 8 9 10 1025deg 10 10 10 10 10

b (3frac12 h apoacutes a induccedilatildeo do bloqueio anesteacutesico IBA) d (5frac12 h apoacutes a IBA) f (8 hapoacutes a IBA) g (16 h apoacutes a IBA) e h (momento da alta hospitalar) A 10deg paciente desse grupo natildeo conseguiu compreender a Escala de Satisfaccedilatildeodos Pacientes

137

Tabela 17 ndashndash Uso de diclofenaco de soacutedio nas primeiras 16 horas apoacutes a induccedilatildeo dobloqueio anesteacutesico e tempo decorrido desde essa induccedilatildeo ateacute a primeira solicitaccedilatildeodessa droga nos grupos preemptivo e placebo

Uso de diclofenaco de soacutedio Tempo (min)

Paciente Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo

1deg Natildeo Sim - 2302deg Natildeo Natildeo - -3deg Natildeo Sim - 4404deg Natildeo Sim - 2255deg Sim Sim 224 6906deg Natildeo Sim - 5057deg Natildeo Natildeo - -8deg Sim Sim 805 3009deg Sim Natildeo 465 -

10deg Natildeo Sim - 84011deg Sim Natildeo 435 -12deg Sim Natildeo 415 -13deg Sim Sim 330 41014deg Sim Sim 310 36015deg Natildeo Sim - 72216deg Sim Natildeo 716 -17deg Sim Sim 685 40018deg Sim Sim 570 39519deg Natildeo Natildeo - -20deg Natildeo Sim - 61521deg Natildeo Sim - 42022deg Natildeo Natildeo - -23deg Sim Sim 305 50024deg Sim Natildeo 590 -25deg Natildeo Natildeo - -

138

Tabela 18 ndashndash Presenccedila de dor no ombro direito noperiacuteodo poacutes-operatoacuterio nas pacientes dos grupospreemptivo e placebo

Relato de dor no ombro direito

Paciente Grupo preemptivo Grupo placebo

1deg Natildeo Sim2deg Sim Natildeo3deg Natildeo Natildeo4deg Natildeo Sim5deg Sim Sim6deg Natildeo Natildeo7deg Natildeo Natildeo8deg Natildeo Natildeo9deg Sim Natildeo10deg Natildeo Natildeo11deg Natildeo Natildeo12deg Natildeo Sim13deg Natildeo Natildeo14deg Sim Sim15deg Sim Natildeo16deg Natildeo Natildeo17deg Sim Natildeo18deg Natildeo Sim19deg Sim Natildeo20deg Natildeo Natildeo21deg Sim Natildeo22deg Sim Sim23deg Natildeo Natildeo24deg Sim Natildeo25deg Natildeo Sim

139

Tabela 19 ndashndash Quantidade de vezes em que a metoclopramida o diclofenaco de soacutedio e adipirona foram administradas em cada paciente durante todo o periacuteodo poacutes-operatoacuterio em queelas estavam internadas

Metoclopramida (10 mg) Diclofenaco de soacutedio(75 mg)

Dipirona (1 g)

Paciente Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo Preemptivo Placebo

1deg - - - 1 7 72deg 1 - 2 2 4 73deg - - - 1 7 74deg - - 1 1 7 75deg - - 2 3 4 76deg - 2 - 1 7 67deg 1 2 - - 6 78deg 1 - 1 2 7 79deg - - 3 - 6 7

10deg 3 - - 1 3 711deg - - 1 - 7 612deg 1 - 1 - 7 713deg - - 1 2 7 714deg - 2 3 1 7 715deg - 2 - 2 7 416deg - 1 - - 7 617deg - 1 1 1 7 718deg - - 1 3 7 719deg - - - 1 6 720deg - - 1 3 7 721deg - - - 1 7 722deg - - 1 1 7 423deg - 2 1 2 7 224deg - 1 3 - 3 425deg - - - 1 7 3

  • ElementosPre-textuaispdf
  • EstimulaccedilatildeoEleacutetricaTranscutacircneaDoNervo-AnalgesiaPreemptivapdf