estimativa novas arquibancadas estadio leonidas

60
14 UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA DIOGO MARQUES CARDOSO EDER PAULO SANTOS ALVES ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA EXECUÇÃO DAS NOVAS ARQUIBANCADAS E CAMAROTES DO ESTÁDIO LEÔNIDAS CASTRO E LEVANTAMENTO DAS PRINCIPAIS PATOLOGIAS E TERAPIAS PARA RECUPERAÇÃO DAS ARQUIBANCADAS EXISTENTES (CABINE DE IMPRENSA). Belém – Pará 2007 Diogo Marques Cardoso Eder Paulo Santos Alves

Upload: alceuamaral

Post on 01-Dec-2015

42 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

14

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA

DIOGO MARQUES CARDOSO EDER PAULO SANTOS ALVES

ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA EXECUÇÃO DAS NOVAS ARQUIBANCADAS E CAMAROTES DO ESTÁDIO LEÔNIDAS

CASTRO E LEVANTAMENTO DAS PRINCIPAIS PATOLOGIAS E TERAPIAS PARA RECUPERAÇÃO DAS ARQUIBANCADAS

EXISTENTES (CABINE DE IMPRENSA).

Belém – Pará

2007 Diogo Marques Cardoso Eder Paulo Santos Alves

Page 2: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

15

ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA EXECUÇÃO DAS NOVAS

ARQUIBANCADAS E CAMAROTES DO ESTÁDIO LEÔNIDAS CASTRO E LEVANTAMENTO DAS PRINCIPAIS PATOLOGIAS E

TERAPIAS PARA RECUPERAÇÃO DAS ARQUIBANCADAS EXISTENTES (CABINE DE IMPRENSA).

Trabalho de Conclusão de Curso apresentada como requisito para obtenção de título de Bacharel em EngenhariaCivil. Orientador: Clementino José dos Santos Filho

Belém – Pará 2007

Diogo Marques Cardoso Eder Paulo Santos Alves

Page 3: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

16

ESTIMATIVA DE CUSTOS PARA EXECUÇÃO DAS NOVAS

ARQUIBANCADAS E CAMAROTES DO ESTÁDIO LEÔNIDAS CASTRO E LEVANTAMENTO DAS PRINCIPAIS PATOLOGIAS E

TERAPIAS PARA RECUPERAÇÃO DAS ARQUIBANCADAS EXISTENTES (CABINE DE IMPRENSA).

Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao curso de Engenharia Civil do Cento de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade da Amazônia como requisito para obtenção do titulo de Bacharel em Engenharia Civil.

Banca Examinadora: _______________________________ Prof. Clementino José dos Santos Filho _______________________________ Prof. Antonio Massoud Salame _______________________________ Prof. José Zacarias Rodrigues Apresentado em: Conceito: _____________

Page 4: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

17

Não apenas esse trabalho, mas todas as nossas conquistas profissionais são e serão dedicadas aos nossos familiares e amigos, que em nenhum momento deixaram de nos apoiar e ao nosso orientador que sempre nos mostrou um caminho vitorioso a seguir.

Page 5: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

18

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus por ter nos dado forças para não desistir

da caminhada.

Aos nossos pais, Manoel e Lúcia; Paulo e Leomar, que sempre nos apoiaram em cada etapa de nossas vidas.

Aos nossos amigos pela cumplicidade de sempre.

Ao nosso orientador, Clementino José dos Santos Filho, pelo interesse, dedicação e contribuição nesse trabalho. As nossas namoradas, Andréa e Priscila, que nos mostraram que era possível alcançar nossos objetivos.

E os nossos sinceros agradecimentos a todas as pessoas que, direta ou indiretamente, contribuíram para que este trabalho pudesse ser concluído.

Page 6: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

19

Dentro da vida familiar o cuidado com a criação e educação da prole se apresenta como a questão mais relevante, porque as crianças de hoje serão os homens de amanhã, e nas gerações futuras é que se assenta a esperança de porvir.

Silvio Rodrigues

Page 7: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

20

RESUMO

Esta pesquisa tem como objetivo principal o levantamento de

quantitativos e custos para a execução das novas arquibancadas do estádio

Leonidas Castro com capacidade para 7000 lugares e de 30 novos camarotes

com capacidade para 240 pessoas.

Partiu-se da analise de um projeto arquitetônico de autoria do arquiteto

Heveraldo Pantoja e do projeto estrutural dos engenheiros Clementino dos

Santos e Antonio Salame. Logo após passamos para o levantamento de

quantitativos de forma, aço e concreto com os seus respectivos custos

atualizados.

Além disso, fez-se um levantamento das principais patologias das

arquibancadas existentes (cabine de imprensa) e por fim as indicações das

terapias para a solução das mesmas.

Palavra–chave: Estimativa de custos para execução das novas arquibancadas

e camarotes do estádio Leônidas Castro e levantamento das principais

patologias e terapias para recuperação das mesmas.

Page 8: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

21

ABSTRACT

This research has like main objective the survey of quantity and cost to the execution of the news bleachers of the Leônidas Castro stadium, with capacity to 7000(seven

thousand) places and of the 30(thirty) new boxes, with capacity too to 240(two hundred and forty) people.

At begging, it was done a analysis of a architecture project of the architect called Heveraldo Pantoja, and of the structural project of the engineers Clementino dos Santos and Antonio Salame. Therefore, after we pass to the survey of quantity of shape, steel

and concrete with your respective updated cost. Beyond that, it will done a survey of the main pathology of the bleachers that are

existing(reporter box) and to the end the therapy’s indication to the solution of the same.

Words-Keys: The estimation of cost to the execution of the news bleachers and boxes of the Leônidas Castro stadium and survey to the main pathology and therapy to recuperation of the same.

Page 9: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

22

SUMÁRIO

CAPITULO 1: Contextualização Metodologica 1.1 Justificativa 14 1.1.1 Contribuição Cientifica do Trabalho 14 1.2 Formulação do Problema 14 1.3 Objetivo da Pesquisa 14 CAPITULO 2: Estruturas de Concreto Armado 2.1 Histórico do Concreto Armado 15 2.2 Estrutura de Concreto Armado 16 2.2.1 Lajes 16 2.2.1.1 Lajes Armadas em Uma direção 17 2.2.1.2 Lajes Continuas Armadas em Cruz 17 2.2.2 Vigas 19 2.2.2.1 Reação das Lajes 19 2.2.2.2 Cargas de Paredes 20 2.2.2.3 Peso Proprio 21 2.2.3 Pilares 21 2.2.3.1 Dimensionamento de Pilares 22 2.2.3.2 Dimensionamento de Pilares Esbeltos 23 2.2.3.3 Procedimento de Calculo 24 2.2.3.4 Calculo de Flambagem 24 CAPITULO 3: Patologias e Terapias das Estruturas 3.1 Conceito de Patologia 26 3.2 Identificação das Principais Patologias do Concreto 26 3.3 Conceito de vida útil 26 3.4 Tipos de Patologias Encontradas 27 3.4.1 Carbonatação 27 3.4.2 Lixiviação e Eflorescência 30 3.5 Mecanismos de Corrosão do Concreto Armado 32 3.6 Terapias 35 3.6.1 Conceito de Terapias 35 3.6.2 Indicação da Terapia para as Patologias Encontradas 35

Page 10: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

23

3.7 Inspeção 39 3.7.1 Verificações Minimas 39 3.8 Principais Técnicas para Evitar Corrosão 39 3.8.1 Cobrimento de Concreto 39 3.8.2 Proteção Física 39 CAPITULO 4: Levantamento dos quantitativos de forma, aço e conctreto para a execução das novas arquibancadas e camarotes do estádio Leônidas Castro

4.1 Levantamento dos quantitativos 40 4.1.1 Lajes 40 4.1.2 Vigas 42 4.1.3 Pilares 44 4.2 Detalhamento de Peças Estruturais 45 4.2.1Lajes 45 4.2.2 Vigas 45 4.2.3 Pilares 45 CAPITULO 5: Metodologia de Trabalho CAPITULO 6: Apresentação dos Resultados 6.1 Apresentação dos Quantitativos (Formas, Aço e Concreto). 48 6.2 Tabela de Custos (Formas, Aço e Concreto). 51 6.3 Apresentação de Custos 53 CAPITULO 7: Conclusões

Page 11: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

24

ANEXOS

Anexo 1 – Locação e cargas dos pilares forma do pavimento terreo Anexo 2 – Armadura dos pilares Anexo 3 – Armaduras das vigas do terreo – cintas Anexo 4 – Forma do 1º pavimento e armadura das escadas Anexo 5 – Armaduras lajes do 1º pavimento Anexo 6 – Armaduras vigas do 1º pavimento Anexo 7 – Forma do nivel arquibancada Anexo 8 – Armaduras lajes da arquibancada Anexo 9 – Armaduras vigas da arquibancadas Anexo 10 – Forma do 2º pavimento – camarotes e armadura lajes do 2º pavimento

Anexo 11 – Armaduras vigas do 2º pavimento. Anexo 12 – Projetos Arquitetônicos

Page 12: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

25

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Representação esquemática do processo de carbonatação 28 Figura 2: Representação esquemática de carbonatação parcial do concreto com poros totalmente secos

28

Figura 3: Representação esquemática da carbonatação parcial do concreto saturado com água

29

Figura 4: Representação esquemática de carbonatação parcial do concreto, com poros parcialmente preenchidos com água (concreto com U.R normal)

29

Figura 5: Grau de carbonatação em função da umidade relativa do ambiente 30 Figura 6: Exemplo de corrosão por lixiviação e eflorescência 32 Figura 7: Exemplo de lixiviação encontrada nas arquibancadas existentes 33 Figura 8: Exemplo de lixiviação encontrada nas arquibancadas existentes 33 Figura 9: Exemplo de carbonatação encontrada nas arquibancadas existentes 34 Figura 10: Outro exemplo de lixiviação nas arquibancadas 34 Figura 11: Fase da recuperação de uma patologia. 35 Figura 12: Exemplo de um jato d’agua para remover concreto contaminado 36 Figura 13: Outra forma de remover o concreto contaminado 36 Figura 14: Limpeza do concreto com escova de aço 37 Figura 15: Aplicação de jato de areia, utilizado para limpeza de grandes áreas de concreto contaminados

37

Figura 16: Pintura das barras de aço com tinta anti-ferruginosa 37 Figura 17: Preenchimento com concreto para recomposição da peça. 38 Figura 18: Execução do acabamento final do reparo 38 Figura 19: Fase de execução das arquibancadas e camarotes do estádio Leônidas Castro.

46

Figura 20: Mostra a comparação das novas arquibancadas em fase de construção, com as já existentes.

46

Page 13: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

26

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Levantamento das dimensões das lajes do 1º pavimento 40 Quadro 2: Levantamento das dimensões das lajes do 2º pavimento 41 Quadro 3: Levantamento das dimensões das lajes das arquibancadas 41 Quadro 4: Levantamento das dimensões das vigas do cintamento 42 Quadro 5: Levantamento das dimensões das vigas do 1º pavimento 43 Quadro 6: Levantamento das dimensões das vigas do 2º pavimento 43 Quadro 7: Levantamento das dimensões das vigas das arquibancadas 44 Quadro 8: Levantamento das dimensões dos pilares 45

Page 14: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

27

LISTA DE TABELAS Tabela 1: Levantamento de forma e concreto do cintamento 48 Tabela 2: Levantamento de aço do cintamento 48 Tabela 3: Levantamento de forma e concreto dos pilares 49 Tabela 4: Levantamento de aço dos pilares 49 Tabela 5: Levantamento de forma e concreto do 1º pavimento 49 Tabela 6: Levantamento de aço do 1º pavimento 50 Tabela 7: Levantamento de forma e concreto das arquibancadas 50 Tabela 8: Levantamento de aço das arquibancadas 50 Tabela 9: Levantamento de forma e concreto do 2º pavimento 51 Tabela 10: Levantamento de aço do 2º pavimento 51 Tabela 11: Levantamento de custos do cintamento 51 Tabela 12: Levantamento de custos dos pilares 52 Tabela 13: Levantamento de custos do 1º pavimento 52 Tabela 14: Levantamento de custos das arquibancadas 52 Tabela 15: Levantamento de custos do 2º pavimento 53 Tabela 16: Apresentação de custos gerais de forma 53 Tabela 17: Apresentação de custos gerais de concreto 53 Tabela 18: Apresentação de custos gerais de aço 54

Page 15: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

28

Capitulo 1: Contextualização metodológica: 1.1-Justificativa:

O motivo da escolha deste trabalho foi fazer o levantamento de quantitativos de materiais, elaboração de planilhas orçamentárias para apresentação de resultados e levantamento das principais patologias encontradas nas arquibancadas do estádio Leônidas Castro (cabines de imprensa), alem de propor as respectivas terapias às mesmas.

1.1.1-Contribuição científica do trabalho:

Esse trabalho servirá para o aprimoramento de técnicas construtivas, visto que com as patologias catalogadas das arquibancadas existentes, poderemos executar a obra com novas técnicas, e de tal forma que não apareça tais patologias nas novas arquibancadas.

1.2-Formulação do problema:

Serão construídas novas arquibancadas no estádio Leônidas Castro “curuzu” tendo como objetivo a estimativa de materiais e seus respectivos custos para a execução das mesmas. Além do que levantamos as principais patologias encontradas nas arquibancadas já existentes (cabine de imprensa) e indicaremos as terapias.

1.3-Objetivo da pesquisa:

Esta pesquisa tem como objetivo principal o levantamento de quantitativos de forma, aço e concreto e seus respectivos custos para a execução das novas arquibancadas do estádio Leônidas Castro com capacidade para 7000 lugares e de 30 novos camarotes com capacidade para 240 pessoas.

Partiremos da analise de um projeto arquitetônico de autoria do arquiteto Heveraldo Pantoja, passaremos para o levantamento de materiais e custos, e ainda das principais patologias nas arquibancadas existentes (cabines de imprensa), propondo terapias às mesmas, chegando às conclusões com uma planilha orçamentária.

Page 16: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

29

Capitulo 2: Estruturas de Concreto Armado:

2.1-Histórico do Concreto Armado:

Segundo KAEFER, Luis (1998), a história do concreto armado não começou no século passado, mas com a própria civilização humana. Escavações arqueológicas revelaram vestígios de uma construção de aproximadamente 4000 a.C. executada parcialmente em concreto

Uma surpreendente técnica usando ferro para aumentar a confiabilidade das peças estruturais de pedra é encontrada no Propylaea em Atenas, construído entre 437 e 432 a.C. pelo arquiteto Mnesikles. A cobertura de mármore é suportada por uma série de vigas que se apóiam sobre arquitraves jônicas. As vigas que coincidem com colunas que sustentam as arquitraves, transmitem seu carregamento diretamente aos pilares, por compressão. Entretanto, as vigas posicionadas na metade do vão das arquitraves produzem uma flexão significante e originam consequentemente esforços de tração nas arquitraves. Para reduzir esta flexão, transferindo a carga do meio do vão para um ponto mais próximo das colunas, barras de ferro foram embutidas da face superior das arquitraves, deixando-se abaixo delas uma fenda com 2,5cm de altura para permitir a deflexão das barras de ferro sem que estas entrem em contato com as arquitraves. Em efeito, as barras de ferro agem como vigas independentes de alívio (KAEFER, Luis 1998).

De acordo com KAEFER, Luis (1998), o concreto foi usado na construção dos muros de uma cidade romana no século IV a.C. situada a 64km de Roma e no século II a.C. este novo material começou a ser usado em edificações em Roma. Os romanos usaram a cal como material cimentíceo. Plínio relata uma argamassa com proporção 1:4 de cal e areia. Vitruvius reporta uma argamassa com proporção 1:2 de cal e pozolana. Gordura animal, leite e sangue foram usados como aditivos para incorporar ar à mistura.

Segundo KAEFER, Luis (1998), os romanos descobriram que, misturando uma cinza vulcânica encontrada nas proximidades do Vesúvio chamada pozolana com cal hidratada (que entra em proporção variável, de 25 a 45%), obtinham um aglomerante que endurecia sob a água. Sua reação de endurecimento se dá por processo químico e produz um material resistente sob a água. O nome cal hidráulica é aplicado a uma família de aglomerante de composição variada, obtidos pela calcinação de rochas calcárias que, natural ou artificialmente, contenham uma porção apreciável de materiais argilosos. O produto goza da propriedade de endurecer sob a água, embora, pela quantidade de hidróxido de cálcio que contém, sofra também ação de endurecimento pela carbonatação proveniente da fixação de CO2 do ar.

A cal hidráulica é fabricada por processos semelhante ao da fabricação da cal comum. A matéria-prima é calcinada em fornos e o produto obtido subseqüentemente extinto.

O concreto evoluiu muito desde o tempo de Roma. A engenharia usa concreto atualmente em campos muito diversos, em muitos casos sob ambientes extremamente agressivos. Para se adaptar aos novos e desafiadores usos o homem criou uma infinidade de tipos de concretos, utilizando uma enorme gama de cimentos, agregados, adições, aditivos e formas de aplicação (armado, protendido, projetado,...). Encontramos concreto na fundação de plataformas petrolíferas no dos oceanos ou enterrado a

Page 17: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

30

centenas de metros abaixo da terra em fundações, túneis e minas a 452m acima do solo em arranha-céus.

O grande desafio da tecnologia de concreto atualmente parece ser aumentar a durabilidade das estruturas, recuperar estruturas danificadas e em entender o complexo mecanismo químico e mecânico dos cimentos e concretos. Para isto, uma nova geração de concretos está sendo desenvolvida, métodos tradicionais de execução e cálculo de concreto estão sendo revistos, teorias não-lineares e da mecânica do fraturamento estão sendo desenvolvidas.

Alguns Concretos Especiais:

- Concreto de Alto Desempenho

- Concreto Compactado com Rolo

- Concreto Projetado

- Concreto Protendido

- Concreto com adição de fibras

O concreto moderno utilizado atualmente para a construção dos mais diversos tipos de estrutura é fruto do trabalho de inúmeros homens, que durante milhares de anos observaram a natureza e se esmeraram por aperfeiçoar materiais, técnicas, teorias e formas estruturais.

2.2-Estrutura de concreto armado:

2.2.1-Lajes:

Considerações Gerais

As lajes representam os primeiros elementos a serem dimensionados em uma estrutura, pois é sobre o tabuleiro (chão) que móveis, ferramentas, equipamentos, materiais diversos armazenados e pessoas se sustentam. Conseqüentemente, este tabuleiro deve sustentar-se em algo, ou seja, nas vigas, que por sua vez apóiam-se nos pilares e estes na fundação que descarregam no solo.

Segundo ROCHA, Aderson (1996) existem algumas teorias bastante distintas que procuram quantificar os esforços internos solicitantes nas lajes, dentre elas, podemos citar:

• Método das Grelhas

• Método das lajes isoladas

• Processo de Marcus

Page 18: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

31

• Método das lajes contínuas, outros.

De todas as teorias a que mais se aproxima das considerações da teoria da elasticidade é o processo de Marcus, aplicado em lajes armadas em cruz.

2.2.1.1-Lajes Armadas em uma Direção:

Este tipo de laje é caracterizado por uma dimensão maior que o dobro da outra.

A partir deste ponto, pode-se considerar que a placa estrutural distribui momento fletor apenas no sentido de sua menor dimensão podendo a armadura estar posicionada paralela à mesma.

Segundo ROCHA, Aderson (1996), para o seu dimensionamento, dividimos as lajes em faixas de 1m de largura sofrendo a ação do carregamento acidental e permanente. Para quantificar os momentos neste tipo de lajes utilizamos as seguintes fórmulas:

Lajes com dois apoios simples:

;

Lajes com um apoio simples e um engaste:

;

Lajes com dois engastes:

;

2.2.1.2-Lajes Continuas Armadas em Cruz:

As lajes que possuem λ ≤ 2 distribuem momento nas duas direções. Afirmar que uma laje é armada em cruz, significa dizer que a expressão abaixo é menor ou igual a 2:

M = pl² / 8 X = 0

M = pl² / 14,22 X= - pl² / 8

M = pl² / 24 X = pl² / 12

λ = Ly / Lx

Page 19: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

32

As fórmulas até agora apresentadas se aplicam às lajes isoladas. Veja como se pode estender sua aplicação ao caso das lajes continuas.

Para ROCHA, Aderson (1996), as dificuldades que nos apresentam quando investigamos o funcionamento das lajes continua em cruz, em caráter preciso, provem, em grande parte, da consideração do engasta mento nos apoios internos onde há continuidade da laje. Nestes apoios, o engaste não é rigorosamente perfeito. Muito difere, porém, do apoio simples. Para levantar esta indeterminação, o processo de MARCUS, assimilou as lajes contínuas às lajes isoladas, substituindo os apoios internos por engastes teoricamente perfeitos e os externos por apoio simples, como foi feito na Teoria das Grelhas.

Esta hipótese se aproxima muito da realidade para lajes contínuas constituídas por painéis iguais com carga permanente aproximadamente igual em todas as lajes.

O processo de MARCUS considera que o cálculo das lajes por processos baseados na Teoria da Elasticidade, supondo engastes teóricos, conduz a erros menores do que à consideração exata da continuidade e aproximação feita no que diz respeito ao cálculo da laje como placa (ROCHA, Aderson 1996).

De acordo com ROCHA, Aderson (1996), tal hipótese, no entanto, deve ser aceita com restrição quando aplicada a lajes continuas cujos painéis sejam muito diferentes uns dos outros, embora seja de uso corrente o emprego das fórmulas do processo de MARCUS, para lajes deste tipo.

Quando a sobrecarga é pequena em relação à carga total (q< 1, 5g, onde g represente a carga permanente e q a carga acidental), como acontece comumente nos edifícios, o cálculo das lajes contínuas pode ser feito como se tratasse de lajes isoladas, sem que seja necessário estudar a situação mais desfavorável da sobrecarga.

No caso das grandes sobrecargas, o estudo deve ser feito separando a carga total que atua sobre a laje em dois grupos, a saber.

1º - Cargas permanentes (g), as que atuam sem variação de intensidade e provenientes do peso próprio, da pavimentação, das paredes e do enchimento;

2º - Cargas acidentais (q), as que variam de intensidade, provenientes da sobrecarga.

A carga total será a soma das duas cargas acima, isto é:

OBS: Para as pequenas sobrecargas, como nos casos de pisos de habitação comuns e cobertura, não é preciso decompor a carga total, basta calcular os momentos fletores para a carga total, supondo a laje isolada, substituindo os apoios internos por engastes perfeitos. Isso equivale a considerar toda a carga como permanente, ou seja, fazer q = O.

Para o cálculo dos momentos negativos, sejam pequenas ou grandes as sobrecargas, as fórmulas empregadas são:

P = g + q

Page 20: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

33

Para o cálculo dos momentos positivos, sejam pequenas ou grandes as sobrecargas, empregam-se as fórmulas:

OBS: Os coeficientes mx, my, nx e ny são retirados das tabelas de Processo de MARCUS em função da relação Ly / Lx (ROCHA, Aderson 1996).

2.2.2-Vigas:

Considerações Gerais:

As principais cargas que se distribuem sobre as vigas, determinadas por metro linear, compõem-se das seguintes parcelas: cargas transmitidas pelas lajes, cargas de parede e peso próprio. Além destas, pode haver ocorrência de cargas concentradas provenientes da ação de outras vigas ou pilares. Para o cálculo dos esforços nas vigas hiperestáticas, se elas não tiverem seção constante em todos os vãos, será necessário calcular o momento de inércia das seções transversais das vigas.

Nos edifícios, são mais comuns as vigas de altura constante. Se esta é igual para todos os vãos, não será necessário o cálculo do momento de inércia.

O cálculo dos momentos de inércia se faz por fórmulas e processos conhecidos, estudados em mecânica e resistência dos materiais.

2.2.2.1-Reação das Lajes:

Tiram-se pelos apoios da laje as linhas que a dividem em dois triângulos e dois trapézios. Considera-se como carga sobre cada viga o produto da carga pela área do triangulo ou do trapézio adjacente à viga considerada.

Para a laje simplesmente apoiada nos quatro lados, às linhas inclinadas de 45º e representam as bissetrizes dos ângulos.

Na realidade, deve-se considerar sobre as vigas a carga com forma triangular ou trapezoidal. No entanto, não se comete erro sensível se substituem tais cargas por uma carga média uniformemente distribuída.

Por metro linear, a carga média será:

Xx = - plx² / nx Xy = - plx² / ny

Mx = plx² / mx My = plx² / my

Ry = Qy / Lx = ¼ q lx

Page 21: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

34

Fazendo:

Temos:

Assim, nas lajes simplesmente apoiadas, o segundo processo pode ser empregado em analogia com o processo dos quinhões, desde que se tome para coeficiente “k” o valor dado acima em substituição ao óbito em função de Ky dado (Ky = 1 – Kx).

Para as lajes dotadas de engastes, as linhas de divisão das lajes não são mais inclinadas de 45º.

A norma NBR-6118/2003, recomendada adotar um ângulo de 45º entre dois lados com o mesmo tipo de apoio, 60º para o lado engastado quando o outro for livremente apoiado e 90º a partir do apoio quando a borda vizinha for livre.

Para o caso das lajes apoiadas em 4 lados, podemos ter os casos em que estão calculadas as alturas dos triângulos e trapézios a considerar.

Comparando as fórmulas finais que se obtém para as reações usando o processo da NBR-6118/2003, com as do processo dos quinhões, conclui-se que se podem usar, no processo da NBR-6118/2003, fórmulas idênticas as do processo dos quinhões, desde que se tome Kx e Ky às fórmulas que se seguem:

Onde:

E os coeficientes c, como veremos, podem ser:

- 0,5 para 2 apoios ou 2 engastes nos extremos

- 0,37 no lado do apoio para 1 apoio e 1 engaste

- 0,63 no lado do engaste para 1 apoio e 1 engaste.

2.2.2.2-Cargas de Paredes:

Quando sobre uma viga existe uma parede, deve-se calcular a carga transmitida pela mesma para a viga. Essa carga é calculada por metro corrente de viga, e igual ao

Ry = ½ qy ly = ½ Ky q

Ky = 1/2x lx / ly

Rx = cx qx lx Ry = cy qy ly

Qx = Kx q Qy = Ky q

Page 22: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

35

volume de 1 metro de parede multiplicado pelo seu peso especifico chamando de b a espessura da parede, li, a altura e sendo:

Y x b x h; onde:

y = Peso especifico da alvenaria (1200 Kgf/m²)

b = Espessura da parede

h = Pé direito

O carregamento é sempre dado em Kg ou Tf/m

2.2.2.3-Peso Próprio:

O peso próprio das vigas é calculado estimando aproximadamente uma espessura e uma altura para a viga e calculando o volume por metro corrente da mesma, que multiplicado pelo peso especifico do concreto armado (2.500 kg/m³), dá o peso por metro corrente.

Não é preciso calcular o peso exato porque sua influência é pequena e quem tem prática avalia o peso de uma viga aproximadamente, com a simples observação da situação da mesma.

2.2.3-Pilares:

Considerações Gerais:

Segundo ROCHA, Aderson (1996) denominam-se apoios aos dispositivos que se destinam a fixar uma peça de modo a impedir deslocamentos em certas direções por intermédio de forças de reação.

Os apoios comuns se classificam em três gêneros:

Apoio do 1º gênero é o dispositivo que se destina a fixar a peça impedindo o deslocamento em uma única direção, por intermédio de uma força de reação.

Exemplo: vertical. Denominam-se esses apoios de simples.

Apoio do 2º gênero é o que se destina a fixar a peça impedindo o deslocamento em duas direções como, por exemplo, a vertical e a horizontal, por intermédio de duas forças de reação. As rótulas são um exemplo de apoio do 2º gênero.

Apoio do 3º gênero ou engaste é o que impede deslocamento em três direções, e, portanto, em todas as direções, por intermédio de duas forças de reação de um momento de reação.

Verifica-se que o apoio pode oferecer uma, duas ou três reações, forças desconhecidas. No caso da flexão simples (peças retas e forças normais e eixo), desaparece a reação horizontal por não existir esforços nessa direção. Assim, temos

Page 23: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

36

apenas a considerar os apoios simples e os engates. A diferença entre os dois tipos é que o primeiro impede deslocamento na direção vertical e o segundo fixa a peça também na direção circular por intermédio de um momento de reação, que bem caracteriza o engastamento.

2.2.3.1-Dimensionamento de Pilares:

O que é dimensionar um pilar?

Para SANTOS, Clementino (2003), dimensionar um pilar é, dada à carga que atua sobre ele, determinar sua seção de concreto, sua armadura longitudinal (vertical), a seus estribos (armadura transversal).

Como sabemos, o concreto tem uma boa resistência à compressão e uma baixa resistência à tração, resistindo muito bem à compressão, ele não prescinde do aço, mesmo quando está sendo utilizado nos pilares.

A principal função dos estribos é combater uma eventual flambagem de armadura longitudinal, além de permitir a colocação da armadura nas formas de sua posição correta (ação de auxílio construtivo). É evidente que não daria para deixar em uma posição vertical as armaduras longitudinais dos pilares se as armaduras transversais não existissem.

A forma dos pilares está intimamente ligada também à resistência dos pilares e a flambagem. Formatos em planta que produzem segundo algum eixo momentos de inércia reduzidos farão com que aumente a possibilidade de flambagem, ou seja, dados dos pilares, tendo a mesma altura, a mesma taxa de armadura e a mesma área de concreto, o pilar A resiste menos que o pilar B.

y

y

x x

A

B

O pilar A tem ótima disposição em relação ao eixo yy e possui péssima disposição em relação ao eixo xx.

O pilar B tem iguais chances de flambar em relação ao eixo xx e yy, mas essas chances são menores do que o pilar A em relação à xx.

Deveremos sempre, na escolha de pilares, fugir de seções que para determinado eixo tenham grande tendência de flambar.

Page 24: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

37

Uma unidade medida relacionada com o fenômeno de flambagem é o índice de esbeltez λ =Le/ i onde λ é o índice de esbeltez, i é o raio de giração e h sua altura. Como já visto i = √ I / A, onde I é o momento de inércia de seção (em relação ao eixo que gera menor valor de I) e A é a área do pilar.

A teoria e dimensionamento dos pilares de concreto armado divide os pilares em dois tipos: pilares esbeltos e pilares não esbeltos.

Se o λ do pilar calculado para todo e qualquer eixo λ inferior ou igual a 40, temos os pilares não esbeltos (menor possibilidade ou influência do fenômeno de flambagem). São os pilares não esbeltos (de todos os pontos de vista).

Se o λ do pilar calculado para todo e qualquer eixo λ maior que 40, e menor que 80 temos os pilares esbeltos (que tem maiores chances de flambar).

2.2.3.2-Dimensionamento de pilares esbeltos:

Quando λ esta compreendido na faixa de 40 < λ < 80 manda a NBR-6118/2003, que deve-se considerar a existência de momentos fletores face à sempre ocorrência da não centralização de cargas oriundas do projeto ou por efeito construtivo.

Para os pilares existem basicamente três casos distintos:

1- Após se adotar as dimensões do pilar, de acordo com o que a norma recomenda, faz-se a verificação entre Ac (área de seção transversal do pilar, conforme dimensões adotadas ) e a Ac1 (área da seção transversal do pilar , que passa com armadura mínima de acordo com o carregamento e fck em questão). Sendo assim, supondo-se que Ac tenha valor superior ou igual a Ac1, significa que neste caso é possível aplicar a armadura longitudinal mínima para o pilar adotado, ou seja, 0,8% de Ac;

2- Caso Ac1 possua valor superior a Ac, o procedimento mais comum é continuar com a seção pré-definida e calcular uma nova seção de ferro diferente da mínima , através do formulário adequado;

3- A norma recomendada ainda que a área de ferro de um pilar não deve ser superior a 6% de sua área transversal de concreto (Ac). Entretanto, é válido lembrar que nos pilares a continuidade da armadura longitudinal é dada pela amarração das esperas, ou seja, considerando a pior hipótese, é possível haver no pilar do pavimento superior uma área de aço igual a do subseqüente. Dado isto, a seção dobraria no ponto das emendas. Por este motivo o valor geralmente adotado como máximo é de 3% da área de concreto.

Quando ocorrer da área de ferro calculada ser superior a 6% de Ac é necessário adotar novas dimensões ao pilar calculado.

Page 25: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

38

2.2.3.3-Procedimento de cálculo:

Os pilares do projeto estudado foram dimensionados à compreensão simples, prevendo uma excentricidade adicional e verificação da flambagem.

2.2.3.4-Cálculo da flambagem:

Para calcular a flambagem, utiliza-se a seguinte formulação:

Le = altura livre do pilar

i = índice de esbeltez; sendo que λ < 40, caso aconteça 40 < λ < 80, deve-se usar a formula a seguir:

Cálculo de Ac:

Ac = Área de concreto conforme dimensões adotadas

Cálculo de Ac1:

Ac1 = Área de concreto mínima para que o pilar possua armadura mínima

Fck = resistência característica à compreensão do concreto com 28 dias de idade (geralmente em kgf/cm² ou MPa).

Fyd = Tensão admissível do aço

λ = Le / i

Ndw = N x 1,4 x (1 + 6 / b)

Ac = b x h

Ac1 = Ndw / (0.85 x fcd) + (0,008 x fyd)

Ndw = Nd (1 + 6 / b) Nd = N x 1,4

Fcd = Fck / 1,4

Page 26: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

39

Caso Ac1 seja maior que Ac então é necessário o cálculo de uma nova área de ferro.

Cálculo de AS:

OBS. 1: o espaçamento mínimo aplicado entre os ferros deve ser de 2cm, sendo que intervalos maiores que 40 cm não são permitidos. Todas às vezes em que o maior lado da peça superar 40cm é prevista a utilização de estribos duplos ou qualquer outro tipo de amarração transversal.

OBS. 2: o procedimento finaliza-se com a realização do detalhamento.

OBS. 3: a armadura transversal adotada é de ¼ da seção longitudinal, entretanto, não se pode adotar diâmetro inferior a 5,0 mm.

As = Ndw – (0,85 x fcd x Ac) / fyd

Page 27: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

40

Capitulo 3: Patologias e Terapias das Estruturas:

3.1-Conceito de Patologia:

Patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que estuda os sintomas, os mecanismos, as causas e as origens dos defeitos das construções civis, ou seja, é o estudo das partes que compõe o diagnóstico do problema.

3.2-Identificação das principais patologias nas arquibancadas existentes:

Page 28: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

41

Considerações Gerais: A corrosão eletroquímica do aço, a mais importante, costuma se apresentar,

inicialmente, em pequenos trechos localizados, logo se generalizando; o aço, inicialmente mergulhado em meio alcalino, visto que o concreto é básico, está em sua forma passiva, que somente se altera quando atacado por cloretos, sulfatos e sulfetos, que podem estar na própria massa do concreto ou provenientes do meio ambiente.

Há um tipo especial de corrosão que se manifesta em armaduras sob forte tensão, caso das armaduras protendidas: é a stress - corrosion; este tipo de corrosão é extremamente perigoso visto que pode conduzir a rupturas frágeis.

3.3- Conceito de Vida Útil: A vida útil é usualmente definida como periodo de tempo durante o qual as estruturas de concreto mantem condições satisfatórias de uso, atendendo as finalidades esperadas em projeto. (ROQUE, Júlio 2005) Segundo ROQUE, Júlio (2005), existe uma proximidade entre os conceitos de vida util e durabilidade que, as vezes, leva a utilização equivocada dos termos. Pode-se considerar que a vida útil é a quantificação da durabilidade que se supõe ser apenas uma qualidade da estrutura. A vida útil pode tambem ser entendida como o periodo de tempo durante o qual a estrutura é capaz de desempenhar bem as funções para as quais foi projetada.

A vida útil da construção como um todo depende igualmente do comportamento dos elementos estruturais de concreto armado e dos demais componentes incorporados à estrutura, porem, sem função estrutural. O periodo de tempo total contado apartir do termino da construção até o aparecimento de uma manifestação patologica considerada grave é denominada vida útil de serviço ou de utilização (ROQUE, Júlio 2005) Para ROQUE, Júlio (2005), a vida util elevada será obtida se a microestrutura estiver isenta de falhas, que na pratica vai dificultar a penetração de agentes agressivos quando expostos em seus ambientes. Quanto ao ciclo da construção, o conceito de vida util conduz a um tratamento integralizado das seguintes fases: - Planejamento; - Projeto; - Materiais; - Execução; - Utilização (operação e manutenção). A vida útil de uma estrutura de concreto depende de varios fatores, inclusive da importancia da obra, motivo pelo qual não existe fixação de um valor minimo explicitado na norma. Em obras de carater provisorio, transitório ou efêmero é tecnicamente recomendável adotar-se vida util de projeto de pelo menos um ano. Para as pontes e outras obras de carater permanente, poderão ser adotados periodos de 50, 75 ou até mais de 100 anos. (ROQUE, Júlio 2005)

3.4-Tipos de Patologias Encontradas:

3.4.1) CARBONATAÇÃO:

Page 29: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

42

Segundo CASCUDO, Oswaldo (1997), geralmente a carbonatação do concreto é condição essencial para o inicio da corrosão das armaduras. Nas superfícies expostas das estruturas de concreto, a alta alcalinidade, obtida principalmente às custas da presença de Ca(OH)2 liberado das reações de hidratação do cimento, pode ser reduzida com o tempo.Esta redução ocorre essencialmente pele ação do CO2 do ar, alem de outros gases ácidos tais como SO2 e H2S51. Esse processo é chamado de carbonatação e, felizmente, da-se a uma velocidade lente, atenuando-se com o tempo. Isto pode ser explicado pela hidratação crescente do cimento, alem dos próprios produtos da reação de carbonatação (CaCO3) que colmatam os poros superficiais, dificultando cada vez mais o acesso de CO2 presente no ar, ao interior do concreto. Sua reação básica, simplificada, é a seguinte.

Ca(OH)2 + CO2 ___H2O___ CaCO3 + H2O

Podendo ocorrer reações do tipo:

Na, KOH + CO2 ___H2O_____ Na2K2CO3 + H2O

As equações citadas são simplificadas, na verdade o processo ocorre em varias etapas envolvendo diversas reações secundarias, embora seja certo que um dos produtos finais seja sempre o carbonato de cálcio (CaCO3). Tendo em vista o pH de precipitação do CaCO3 ser da ordem de 9,4(à temperatura ambiente), tem-se com isto uma alteração substancial das condições de estabilidade química da película passivadora do aço. Sob este aspecto, têm proposto um valor critico de pH entre 11,5 e 11,8, abaixo do qual não se assegura a manutenção da passivação do aço, embora já tenha sido registrados, sob certas condições, valores inferiores de pH, sem que tenha havido quebra de passivação.

Uma característica do processo de carbonatação é a existência de uma “frente” de avanço do processo, que separa duas zonas com pH muito diferentes, uma com pH menor que 9 (carbonatada) e outra com pH maior que 12 (não carbonatada). Ela é comumente conhecida por frente de carbonatação e deve ser sempre mensurada com relação à espessura do concreto de cobrimento da armadura. É importante que essa frente não atinja a armadura, sob pena de despassivá-la.

Embora não válida para todos os casos, a velocidade de carbonatação em geral pode ser modelada por uma lei parabólica, de acordo com a equação.

E=K . √ t

Onde:

E= espessura ou profundidade carbonatada, geralmente em mm;

K= coeficiente de carbonatação, dependente da difusividade do CO2, geralmente em mm.ano -1/2

T= tempo de exposição, geralmente em anos.

Page 30: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

43

Figura 1: Representação esquemática do processo de carbonatação (CASCUDO, Oswaldo 1997)

Para CASCUDO, Oswaldo (1997) é importante registrar, que existe uma grande diferença entre taxas de difusão de CO2 no ar e na água (na água cerca de 10elevado a 4 vezes mais baixas). Devido ao concreto ser um microporoso, a penetração de CO2 será determinado pela forma da estrutura do poro e se os poros do concreto são preenchidos por água ou não. Se os poros estiverem secos, o CO2 se difundirá no interior deles, mais a carbonatação não ocorrerá pela falta de água. Isto é, o caso, na pratica, de um concreto seco em estufa.

Figura 2: Representação esquemática de carbonatação parcial do concreto com poros totalmente secos. (CASCUDO, Oswaldo 1997)

Se os poros estiverem preenchidos com água, não haverá quase carbonatação, devido à baixa taxa de difusão do CO2 na água.

Page 31: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

44

Figura 3: Representação Esquemática da carbonatação parcial do concreto saturado com água. (CASCUDO, Oswaldo 1997)

Finalmente, se os poros estiverem apenas parcialmente preenchidos com água, que é normalmente o caso próximo à superfície do concreto, a frente de carbonatação avança ate profundidades onde os poros do concreto apresentem essa condição favorável. Esta é a situação efetivamente deletéria sob o ponto de vista da despassivação da armadura.

Figura 4: Representação esquemática de carbonatação parcial do concreto, com poros parcialmente preenchidos com água (concreto com U.R normal do ambiente). (CASCUDO, Oswaldo 1997)

Segundo CASCUDO, Oswaldo (1997) sintetiza a discussão anterior, mostrando a variação da carbonatação com a alteração da umidade relativa do ambiente.

Em suma, a carbonatação é dependente de fatores como:

- técnicas construtivas: transporte, lançamento, adensamento e cura do concreto;

- condições ambientais (atmosferas rurais, industriais ou urbanas);

- tipos de cimento;

- umidade do ambiente.

Page 32: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

45

E ela será tanto maior quanto maior for à relação água/cimento.

Figura 5: Grau de carbonatação em função da umidade relativa do ambiente.(CASCUDO, Oswaldo 1997)

Com a carbonatação, descaracterizada a capa de passivação, o aço se corrói de forma generalizada, tal como se estivesse simplesmente exposto a atmosfera sem qualquer proteção, porém com o agravante de que a umidade permanece no interior do concreto e, portanto, em contato com a armadura muito mais tempo do que se esta estivesse exposta ao ar, já que o concreto absorve umidade muito rapidamente, mas seca bem mais lentamente. (CASCUDO, Oswaldo 1997).

3.4.2-LIXIVIAÇÃO E EFLORESCÊNCIA:

As eflorescências ocorrem freqüentemente na superfície do concreto quando a água tem a possibilidade de percolar através do material, de forma intermitente ou continua, ou quando uma face exposta sofre o processo de umedecimento e molhagem de forma alternada.

As eflorescências consistem no deposito de sais que são lixiviados para fora do concreto, cristalizam-se após a evaporação da água que as transportou ou pela interação com o dióxido de carbono da atmosfera. Entre os sais típicos podemos citar os sulfatos e carbonatos de sódio, potássio ou cálcio.

O que geralmente se encontra em maior proporção é o carbonato de cálcio.

As eflorescências prejudicam a estética, porem por si só não constituem um problema especifico de durabilidade; no entanto, indicam que existem processos de

Page 33: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

46

solubilização e transporte de sais a partir do interior da massa, revelando fenômenos de lixiviação. Isto pode levar a um aumento de porosidade, diminuindo a resistência, aumentando a permeabilidade, tornando o concreto mais vulnerável a outros ataques e conseqüentemente afetados indiretamente a durabilidade.

Podem-se citar casos estudados onde uma diminuição de cerca de 25% do teor de hidróxido de cálcio do concreto produziu ate 50% de redução em sua resistência original.

Influi no processo a capacidade das águas de solubilizar os compostos existentes e sua solubilidade relativa.

As águas puras originadas da condensação da nevoa ou do vapor d´água, e a água branda de chuva são as mais agressivas, pois contem íons cálcios e atuam principalmente sobre o hidróxido de cálcio que é o mais solúvel dos compostos presentes na pasta de cimento hidratada. As águas duras, com alto teor de íons cálcio, são menos perigosas.

A temperatura da água é um fator incidente, já que a solubilidade do hidróxido de cálcio aumenta com a diminuição da temperatura.

A lixiviação é especialmente quando a água passa através do concreto sob pressão. Quando a água circula sobre a superfície, o concreto pode apresentar lixiviação na face oposta ou no caso de tubulações nas zonas próximas ao trecho sem contato da água.

O hidróxido de cálcio dissolvido reage com o dióxido de carbono do ar e gera carbonato de cálcio, que é uma eflorescência de cor esbranquiçada. Uma forma de detectar a presença deste sal é verter algumas gotas de acido clorídrico e observar a efervescência se existir o sal.

Os fenômenos de lixiviação dos hidróxidos alcalinos conduzem também a uma redução do ph do concreto e, eventualmente, a uma redistribuição interna do teor de álcalis. Estas variações podem induzir a ocorrência de outros fenômenos, dependendo das condições de exposição e as características dos materiais componentes. Entre estes fenômenos, os mais graves são a corrosão das armaduras de reforço e as expansões em massa do concreto por reatividade alcalina dos agregados.

FOTOS DE LIXIVIAÇÃO E EFLORESCÊNCIA:

Veremos a seguir na figura 6 um exemplo de corrosão por lixiviação e eflorescência, para facilitar a compreensão de como ocorre essa corrosão.

Page 34: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

47

Figura 6: Exemplo de corrosão por lixiviação e eflorescência.(HUSNI, Raúl 2003)

3.5- Mecanismos de corrosão do concreto armado:

O concreto armado, além de suas características mecânicas que o tornam resistente a ações estruturais externas, deve ser dosado e moldado de modo a poder resistir a ações de caráter físico e químico, internas e externas.

As ações internas de caráter físico são menos importantes e são provocadas por efeitos expansivos de reações internas, em concretos mal dosados e mal executados, e por corrosão de armaduras, que têm efeito expansivo.

As ações de caráter químico, muito mais importantes, têm três causas principais: gases nocivos da atmosfera, águas, que podem ser puras, ácidas ou marinhas e compostos fluídos ou sólidos de natureza orgânica.

As anomalias no concreto, inclusive a corrosão, são tratadas em especificação própria.

Page 35: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

48

Neste sub-item poderemos visualizar melhor os tipos de patologias encontradas nas arquibancadas já existentes através de algumas fotos capturadas in loco, mostradas nas figuras de 7 à 10 a seguir. FOTOS DE CORROSÃO ENCONTRADAS NA OBRA:

Figura 7: Exemplo de Lixiviação encontrada nas arquibancadas existentes

Figura 8: Exemplo de Lixiviação encontrada nas arquibancadas existentes

Page 36: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

49

Figura 9: Exemplo de Carbonatação encontradas nas arquibancadas existentes

Figura 10: Outro exemplo de lixiviação nas arquibancadas

Page 37: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

50

3.6-TERAPIAS:

3.6.1-Conceito de Terapias:

À terapia cabe estudar a correção e a solução desses problemas patológicos. Para obter êxito nas medidas terapêuticas, é necessário que o estudo precedente, o diagnótico da questão, tenha sido muito bem conduzido.

3.6.2-Indicação das terapias para as patologias encontradas: O tratamento da armadura corroída deve abranger as etapas indicadas a seguir: ü Definir a área a ser tratada como mostra a figura a seguir.

Figura 11: fase da recuperação de uma patologia. (HELENE, Paulo 1992) ü Remover todo o concreto contaminado em redor da armadura com

corrosão, com jato d’água ou ferramentas manuais, para não prejudicar ainda mais a armadura ou sua aderência ao concreto; a remoção deve deixar um espaço livre, entre armadura e o concreto são, de 2cm, no mínimo, e ser prolongada até atingir um comprimento de ancoragem de barra íntegra (figuras 12 e 13)

Page 38: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

51

Figura 12: jato d’agua para remover concreto contaminado. (HELENE, Paulo 1992)

Figura 13: outra forma de remover o concreto contaminado. (HELENE, Paulo 1992)

ü Limpar cuidadosamente as barras corroídas, com escova de aço para

pequenas áreas ou jato de areia para grandes áreas (figuras 14 e 15).

Page 39: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

52

Figura 14: Limpeza do concreto com escova de aço. (HELENE, Paulo 1992)

Figura 15: Aplicação de jato de areia, utilizado para limpeza de grandes áreas de concreto contaminados. (HELENE, Paulo 1992)

ü Após a remoção de todos os detritos, a armadura tratada e a suplementar,

se esta for necessária, devem ser pintadas com tinta especial anti-ferruginosa como mostraremos a seguir na figura 16.

Figura 16: pintura das barras de aço com tinta anti-ferruginosa (HELENE, Paulo 1992)

Page 40: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

53

ü Quando não forem necessárias fôrmas, a seção pode ser recomposta com

concreto convencional, moldado no local e aditivado; havendo necessidade de fôrmas, é preferível utilizar o concreto projetado, aditivado e desempenado; em ambos os casos, há que se levar em conta as vibrações provocadas pelo tráfego bem como efetuar cura prolongada, mínima de sete dias;

ü A resistência característica do concreto novo não deve ser 20% superior à

do concreto existente.

ü Aplicação de concreto para recomposição da peça de acordo com a figura

abaixo.

Figura 17: preenchimento com concreto para recomposição da peça. (HELENE,

Paulo 1992) ü Acabamento final do reparo. (figura 18)

Page 41: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

54

Figura 18: Execução do acabamento final do reparo. (HELENE, Paulo 1992)

3.7-Inspeção:

3.7.1-Verificações mínimas O tratamento da corrosão deve ser acompanhado e inspecionado durante o seu

desenvolvimento, visto que envolve uma série de atividades distintas, a maioria das quais de grande responsabilidade.

Em um ciclo completo, as inspeções abrangeriam as seguintes atividades, efetuadas nas seguintes etapas distintas:

a) inspeção preliminar e projeto de recuperação; b) construção de plataformas de acesso; c) remoção de concreto; d) avaliação da fragilização da estrutura e verificação da necessidade de reforços; e) limpeza das armaduras e verificação da necessidade de armadura suplementar; f) reconstituição da seção de concreto, em concreto moldado no local ou

projetado.

3.8-Principais Técnicas para evitar a corrosão:

3.8.1-Cobrimento do Concreto

Uma das grandes vantagens do concreto armado é que ele pode, por natureza e desde que bem executado, proteger a armadura da corrosão. Essa proteção baseia-se no impedimento da formação de células eletroquímicas, através de proteção física e proteção química.

Page 42: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

55

3.8.2-Proteção física

Um bom cobrimento das armaduras, com um concreto de alta compacidade, sem "ninhos", com teor de argamassa adequado e homogêneo, garante, por impermeabilidade, a proteção do aço ao ataque de agentes agressivos externos.

Capitulo 4: Levantamento dos quantitativos de forma, aço e concreto para execução das novas arquibancadas e camarotes do estádio Leônidas Castro:

4.1-Levantamento dos quantitativos:

O levantamento dos insumos foi feito apartir do projeto de arquitetura de autoria de Heveraldo Pantoja e do projeto de estruturas dos Engenheiros Clementino dos Santos e Antonio Salame.

4.1.1- LAJES:

As dimensões das lajes são variáveis, citaremos a seguir as lajes e suas respectivas dimensões:

No pavimento térreo devido às condições do solo não foi necessário executar lajes de piso, entretanto foi executada uma laje no poço de elevador com as seguintes dimensões: 200 x 200 cm.

Nesta foram utilizados os seguintes insumos:

Forma: 4m²

Concreto: 0.4 m³

Aço: 12 Kg (aço 60 B)

LAJES DO 1º PAVIMENTO:

Já para as lajes do 1º pavimento, foram utilizadas lajes de dimensões variadas e espessura constante (h=10 cm), conforme mostra o quadro 1 abaixo:

Quadro 1: Levantamento das Dimensões das Lajes do 1º pavimento.

LAJES DIMENSÕES (CM) L5, L6, L7, L10, L11, L12, L 13 502.5 X 485 L16, L17, L18, L21, L22, L23, L24 477.5 X 485

Page 43: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

56

L3 502.5 X 142.5 L4 502.5 X 340 L1 200 X 142.5 L2 200 X 120.5 L8, L9 502.5 X 476.5

L14 477.5 X 142.5

L15 477.5 X 340

L19, L20 477.5 X 476.5

OBS: Para complementação do estudo fizemos o levantamento de formas, concreto e aço que será utilizado nestas lajes:

Formas: 478,65 m²

Concreto: 48 m³

Aço: 2632 Kg (aço 60 B)

LAJES DO 2º PAVIMENTO:

Como nas lajes do 1º pavimento as do 2º possuem dimensões variadas e espessura de 10 cm, como mostra o quadro 2 a seguir.

Quadro 2: Levantamento das Dimensões das Lajes do 2º pavimento.

LAJES DIMENSÕES (CM)

L6, L7, L10, L11, L12, L13 388 X 480

L8, L9 388 X 474

L3 333 X 140

L4 333 X 335

L5 333 X 480

L1 200 X 142.5

L2 200 X 120.5

OBS: Para complementação do estudo fizemos o levantamento de formas, concreto e aço que será utilizado nestas lajes:

Formas: 186 m²

Concreto: 19 m³

Aço: 788 Kg (aço 60 B)

Page 44: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

57

LAJES DAS ARQUIBANCADAS:

As lajes das arquibancadas possuem as seguintes dimensões (cm), conforme quadro abaixo:

Quadro 3: Levantamento das Dimensões das Lajes das arquibancadas

45 x 485 48 x 485 68 x 485 200 x 142.5

45 x 142.5 48 x 142.5 68 x 142.5 200 x 120.5

45 x 340 48 x 340 68 x 340

45 x 476.5 48 x 476.5 68 x 476.5

OBS: Para complementação do estudo fizemos o levantamento de formas, concreto e aço que será utilizado nestas lajes:

Formas: 760 m²

Concreto: 76 m³

Aço: 3697 Kg (aço 60 B)

4.1.2-VIGAS:

As vigas são hiperestáticas com exceção da viga V10 que é isostatica, com dimensões vistas no quadro abaixo, de acordo com os respectivos pavimentos:

PAVIMENTO TERREO (CINTAMENTO):

De acordo com o projeto estrutural as vigas do cintamento possuem as seguintes dimensões como mostra o quadro 4 a seguir:

Quadro 4: Levantamento das Dimensões das Vigas do cintamento.

VIGAS DIMENSÕES (CM)

V1 à V15, V17 à V27 15 X 50

V16 12 X 160

VA, VC 30 X 50

VB 30 X 160

OBS: Para complementação do estudo fizemos o levantamento de formas, concreto e aço que será utilizado nestas vigas:

Page 45: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

58

Formas: 575 m²

Concreto: 38.40 m³

Aço: 991 Kg (aço 60 B)

2159 Kg (aço 50 B)

VIGAS DO 1. PAVIMENTO:

As vigas do 1º pavimento são hiperestáticas e possuem as seguintes dimensões como descrito no quadro abaixo:

Quadro 5: Levantamento das Dimensões das Vigas do 1º pavimento

VIGAS DIMENSÕES (CM)

V1à V9, V11 à V21 15 X 50

V10 12 X 50

VE 15 X 40

OBS: Para complementação do estudo fizemos o levantamento de formas, concreto e aço que será utilizado nestas vigas:

Formas: 286.20 m²

Concreto: 21.40 m³

Aço: 561 Kg (aço 60 B)

1402 Kg (aço 50 B)

VIGAS DO 2. PAVIMENTO:

Como as vigas do 1º pavimento estas também são hiperestáticas e possuem as seguintes dimensões como mostra o quadro abaixo:

Quadro 6: Levantamento das Dimensões das Vigas do 2º pavimento.

VIGAS DIMENSÕES (CM)

Page 46: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

59

V1, V2, V3, V4 15 X 80

V5, V6 12 X 140

V8, V11, V13, V15, V16, V19, V20, V21, V22, V23

20 X 60 20 X VAR 20 X 80

V7, V17, V18 15 X 60 15 X VAR 15 X 80

V9, V10, V12, V14 20 X 80

VE 15 X 40

OBS: Para complementação do estudo fizemos o levantamento de formas, concreto e aço que será utilizado nestas vigas:

Formas: 310 m²

Concreto: 22 m³

Aço: 513 Kg (aço 60 B)

1755 Kg (aço 50 B)

VIGAS DAS ARQUIBANCADAS:

As vigas da arquibancada de acordo com o projeto estrutural, ficaram com as seguintes dimensões como mostra o quadro 7 a seguir:

Quadro 7: Levantamento das Dimensões das Vigas das arquibancadas.

VIGAS DIMENSÕES (CM)

V75, V76, V78 à V88 15 X 75

V1, V2, V3, V12, V13, VA, VB, VC 15 X 50

V77 12 X 50

VE 15 X 40

V4 à V11, V14 à V74 12 x 35

OBS: Para complementação do estudo fizemos o levantamento de formas, concreto e aço que será utilizado nestas vigas:

Formas: 1390 m²

Page 47: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

60

Concreto: 97 m³

Aço: 2173 Kg (aço 60 B)

6287 Kg (aço 50 B)

4.1.3-PILARES:

Para os pilares foi observada a questão das alturas dos mesmos, pois estes são de acordo com o nível das arquibancadas. Segue abaixo as dimensões e os quantitativos de insumos utilizados (Quadro 8):

Quadro 8: Levantamento das Dimensões dos Pilares.

PILARES DIMENSÕES (CM)

PA, PB, PC 20 X 30

PE1 à PE5, P6, P7 20 X 80

P18, P19, P30, P31, P42, P43 20 X 40

P49 à P60 20 X 50

P1 à P5, P8 à P17, P20 à P29, P32 à P41, P44 à P48

30 x 80

OBS: Para complementação do estudo fizemos o levantamento de formas, concreto e aço que será utilizado nestes pilares:

Formas: 667.99 m²

Concreto: 62.66m³

Aço: 1539 Kg (aço 60 B)

6683kg (aço 50 B)

4.2-Detalhamento de peças estruturais:

4.2.1-Lajes:

A maioria das lajes são armadas em duas direções. No detalhamento, em virtude de pequenos momentos, utilizamos os aços 60 B. Segue os projetos em anexo para verificação de tais detalhamentos.

4.2.2-Vigas:

Page 48: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

61

Para as vigas utilizamos aços 60 B e 50 B, estas receberam os carregamentos das lajes e do peso próprio, e estão detalhadas de acordo com cada pavimento existente no projeto. Segue os projetos em anexo para verificação de tais detalhamentos.

4.2.3-Pilares:

Os pilares estão detalhados de acordo com os níveis de arquibancadas, pois os tamanhos dos mesmos variam com isso. Estão detalhados desde a fundação até ultimo nível que seria dos camarotes, como mostra os projetos em anexo para verificação de tais detalhamentos.

Capitulo 5: Metodologia de Trabalho:

Neste capitulo será mostrado através das etapas o método utilizado para o levantamento de quantitativos de materias e respectivos custos atualizados, como tambem as principais patologias encontradas nas arquibancadas existentes (cabines de imprensa) e suas terapias.

A seguir mostraremos as etapas que compõe o trabalho proposto:

1º Etapa: Inicialmente foi feito um breve estudo sobre o histórico do concreto armado, para que tivessemos embassamento para o desenvolvimento do trabalho.

2º Etapa: No capitulo seguinte, foram mostrados os métodos de dimensionamento de estruturas (lajes, vigas e pilares) para que se tornasse possível o levantamento dos quantitativos da estrutura em questão e acompanhado o processo construtivo para melhor vizualização do que seria o trabalho como mostra as figuras 19 e 20 a seguir.

Figura 19: Fase de execução das arquibancadas e camarotes no estádio Leônidas Castro.

Page 49: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

62

Figura 20: Mostra a comparação das novas arquibancadas em fase de construção, com as já existentes.

3º Etapa: Fez-se o levantamento das principais patologias encontradas nas arquibancadas já existentes (cabine de imprensa).

4º Etapa: Em seguida, foi feito o estudo do material obtido in loco para a identificação das patologias.

5º Etapa: Logo após a identificação das patologias foram propostas terapias para a recuperação da estrutura, finalizando a parte de patologias e terapias.

6º Etapa: Passamos para o estudo do projeto arquitetônico de autoria do arquiteto Heveraldo Pantoja para a construção das novas arquibancadas do estádio Leonidas Castro (Curuzu).

7º Etapa: Em seguida foram analisados os projetos estruturais de autoria dos engenheiros Clementino dos Santos e Antonio Salame.

8º Etapa: Logo após iniciamos o levantamento dos quantitativos de insumo (formas, concreto e aço) para a execução da obra.

9º Etapa: De posse desses valores, passamos para a pesquisa de custos dos insumos a serem utilizados e da mão-de-obra que será utilizada para a execução das mesmas.

10º Etapa: A partir daí, fez-se planilhas com as dimensões das áreas e os quantitativos dos insumos (forma, aço e concreto) das novas arquibancadas.

Page 50: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

63

11º Etapa: Foi elaborado posteriormente planilhas de custos (material e mão-de-obra) dos serviços de forma, aço e concreto, chegando ao custo total da obra que foi de 462635,65(quatrocentos e sessenta e dois mil seiscentos e trinta e cinco reais e sessenta e cinco centavos).

12º Etapa: Por fim a conclusão do trabalho.

Capitulo 6: Apresentação dos Resultados:

6.1-Apresentação dos quantitativos (formas, aço, concreto):

Neste capitulo faremos a apresentação dos resultados obtidos através do levantamento dos quantitativos dos insumos que serão utilizados na construção das novas arquibancadas do Estádio Leônidas Castro. Segue abaixo algumas tabelas de demonstrativos.

PAVIMENTO TÉRREO (CINTAMENTO):

A tabela 1 mostra o levantamento de forma e concreto que serão utilizados no pavimento térreo.

PEÇA FORMA (m²)

CONCRETO (m³)

PILARETES 47 4.2 VIGAS 575 38.4 LAJES 4 0.4

TOTAL 626 43 Tabela 1: Levantamento de formas e concreto do cintamento.

Na tabela 2, mostramos os quantitativos de aço para o mesmo pavimento (cintamento).

AÇO BITOLA (MM)

COMPRIMENTO (M)

PESO (KG)

60 B 5.0 3053 488 60 B 6.0 2263 502

Page 51: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

64

50 B 8.0 227 91 50 B 10.0 701 442 50 B 12.5 1542 1542 50 B 16.0 53 85

PESO TOTAL 60

B (KG) 991

PESO TOTAL 50 B (KG)

2159

Tabela 2: Levantamento de aço do cintamento.

PILARES:

Assim como mostrado anteriormente segue abaixo as tabela 3 (forma e concreto) e tabela 4 (aço) onde se podem observar as quantidades de insumos para os pilares.

PEÇA FORMA (m²)

CONCRETO (m³)

PILARES 667.99 62.66 TOTAL 667.99 62.66

Tabela 3: Levantamento de formas e concreto dos pilares.

AÇO BITOLA (MM)

COMPRIMENTO (M)

PESO (KG)

60 B 5.0 3660 586 60 B 6.0 4295 953 50 B 12.5 2546 2546 50 B 16.0 2585 4137

PESO TOTAL 60

B (KG) 1539

PESO TOTAL 50 B (KG)

6683

Tabela 4: Levantamento de aço dos pilares.

1º PAVIMENTO:

No primeiro pavimento a quantidade de materiais a ser utilizado na construção é bastante elevada, podendo observar esse quantitativo na tabela 5 a seguir:

PEÇA FORMA (m²)

CONCRETO (m³)

PILARES 288 24.6 VIGAS 286.2 21.4

Page 52: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

65

LAJES 478.65 48 ESCADAS 17 2

TOTAL 1070 96 Tabela 5: Levantamento de formas e concreto do 1º pavimento.

Segue abaixo o levantamento de aço do 1º pavimento. (tabela 6)

AÇO BITOLA (MM)

COMPRIMENTO (M)

PESO (KG)

60 B 5.0 2366 378 60 B 6.0 12956 2876 50 B 8.0 248 99 50 B 10.0 1097 691 50 B 12.5 888 888 50 B 16.0 120 192

PESO TOTAL 60

B (KG) 3254

PESO TOTAL 50 B (KG)

1870

Tabela 6: Levantamento de aço do 1º pavimento.

ARQUIBANCADAS:

Nas arquibancadas obtivemos as maiores quantidades de insumos do projeto, como mostra abaixo as tabelas 7 (forma e concreto) e tabela 8(aço).

PEÇA FORMA (m²)

CONCRETO (m³)

PILARES 314 28 VIGAS 1390 97 LAJES 760 76

ESCADAS 36 4 TOTAL 2500 205

Tabela 7: Levantamento de formas e concreto das arquibancadas.

AÇO BITOLA (MM)

COMPRIMENTO (M)

PESO (KG)

60 B 5.0 29292 4686 60 B 6.0 5333 1183 50 B 8.0 1529 612 50 B 10.0 5943 3744 50 B 12.5 701 701 50 B 16.0 329 527 50 B 20.0 282 704

Page 53: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

66

PESO TOTAL 60

B (KG) 5869

PESO TOTAL 50 B (KG)

6288

Tabela 8: Levantamento de aço das arquibancadas.

2º PAVIMENTO:

E por fim demonstramos o 2° pavimento e seus respectivos quantitativos (tabelas 9 e 10).

PEÇA FORMA (m²)

CONCRETO (m³)

PILARES 106 11 VIGAS 310 22 LAJES 186 19

ESCADAS 18 2 TOTAL 620 54

Tabela 9: Levantamento de formas e concreto do 2º pavimento.

AÇO BITOLA (MM)

COMPRIMENTO (M)

PESO (KG)

60 B 5.0 2382 381 60 B 6.0 4144 920 50 B 8.0 847 339 50 B 10.0 205 129 50 B 12.5 485 485 50 B 16.0 45 72 50 B 20.0 292 730

PESO TOTAL 60

B (KG) 1301

PESO TOTAL 50 B (KG)

1755

Tabela 10: Levantamento de aço do 2º pavimento.

6.2-Tabela de custos (formas, aço, concreto):

Neste sub-item mostraremos tabelas de custos dos insumos aço, forma e concreto que foram utilizados na construção da obra.

PAVIMENTO TÉRREO (CINTAMENTO):

Page 54: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

67

Na tabela 11 abaixo mostra o custo para cada serviço (aço, forma e concreto) do pavimento térreo (cintamento).

INSUMO UNIDADE QUANTIDADE PREÇO TOTAL

FORMA M² 626 19.38 /M² R$ 12131,88

CONCRETO M³ 43 300,00 / M³ R$ 12900,00

AÇO KG 3150 6,88 / KG R$ 21672,00

Tabela 11: Levantamento de Custos do cintamento.

PILARES:

Na tabela a seguir mostra o custo de cada serviços(aço, forma e concreto) para a construção dos pilares das arquibancadas (tabela 12).

INSUMO UNIDADE QUANTIDADE PREÇO TOTAL

FORMA M² 667.99 19,38 /M² R$ 12945,65

CONCRETO M³ 62.66 300,00/ M³ R$ 18798,00

AÇO KG 8222 6,88/ KG R$ 56567,36

Tabela 12: Levantamento de Custos dos pilares.

1º PAVIMENTO:

Abaixo segue a tabela de custo dos serviços de forma, aço e concreto do 1º pavimento (tabela 13).

INSUMO UNIDADE QUANTIDADE PREÇO TOTAL

FORMA M² 1070 19,38/M² R$ 20736,60

CONCRETO M³ 96 300,00 / M³ R$ 28800,00

AÇO KG 5124 6,88 / KG R$ 35253,12

Tabela 13: Levantamento de Custos do 1º pavimento.

Page 55: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

68

ARQUIBANCADAS:

Na tabela 14 mostra o custo de cada serviço(aço, forma e concreto) das arquibancadas.

INSUMO UNIDADE QUANTIDADE PREÇO TOTAL FORMA M² 2500 19,38 /M² R$ 48450,00

CONCRETO M³ 205 300,00 / M³ R$ 61500,00 AÇO KG 12157 6,88 / KG R$ 83640,16

Tabela 14: Levantamento de Custos das arquibancadas.

2º PAVIMENTO:

Abaixo segue a tabela 15 mostrando o custo dos serviços(aço, forma e concreto) do 2º pavimento.

INSUMO UNIDADE QUANTIDADE PREÇO TOTAL

FORMA M² 620 19,38 /M² R$ 12015,60

CONCRETO M³ 54 300,00 / M³ R$ 16200,00

AÇO KG 3056 6,88 / KG R$ 21025,28

Tabela 15: Levantamento de Custos do 2º pavimento.

6.3-Apresentação de custos:

Nesse sub-item apresentaremos os custos totais para os serviços de forma, aço e concreto.

CUSTO DAS FORMAS:

Na tabela 16 mostra o custo total de forma da obra.

CUSTO CUSTO TOTAL

PAV. TÉRREO 12131,88 PILARES 12945,65

1 PAVIMENTO 20736,60 ARQUIBANCADAS 48450,00

2 PAVIMENTO 12015,60

R$ 106279,73

Tabela 16: Apresentação de Custos Gerais de Forma.

Page 56: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

69

CUSTO DO CONCRETO:

Na tabela abaixo mostra o custo total de concreto consumido na obra.(tabela 17)

CUSTO CUSTO TOTAL PAV. TÉRREO 12900,00

PILARES 18798,00 1 PAVIMENTO 28800,00

ARQUIBANCADAS 61500,00 2 PAVIMENTO 16200,00

R$ 138198,00

Tabela 17: Apresentação de Custos Gerais de Concreto.

CUSTO DO AÇO:

Segue abaixo a tabela 18, mostrando o custo total de forma consumido na obra.

CUSTO CUSTO TOTAL

PAV. TÉRREO 21672,00 PILARES 56567,36

1 PAVIMENTO 35253,12 ARQUIBANCADAS 83640,16

2 PAVIMENTO 21025,28

R$ 218157,92

Tabela 18: Apresentação de Custos Gerais de Aço.

CUSTO TOTAL DA OBRA:

R$ 462635,65

Page 57: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

70

Capitulo 7: Conclusões:

Este trabalho contribuiu para um melhor esclarecimento no aprendizado, pois tratamos de algumas situações bastante diferentes do cotidiano do engenheiro civil. Abordamos inicialmente o caso das patologias encontradas nas arquibancadas já existentes (cabines de imprensa), fato que nos proporcionou uma ampliação de conhecimentos, pois tivemos que buscar novos aprendizados para ter embasamento e assim poder analisar, identificar e propor as possíveis terapias para a recuperação das mesmas. Observamos que se deve tomar um cuidado especial no que diz respeito a concreto armado, principalmente na parte executiva da obra, tomando-se os devidos cuidados para que futuramente não ocorram os mesmos problemas patológicos encontrados nas arquibancadas existentes.

Na segunda parte do trabalho, passamos para a análise de projetos, tanto arquitetonico, como estrutural. Para o inicio dos levantamentos dos quantitativos de insumos e seus respectivos custos somados a mão-de-obra, fizemos uma pesquisa observando a diferença do orçamento inicial para o orçamento final da obra, que se mostrou variável, devido à flexibilidade da inflação e a falta de materiais inerentes no mercado, pois são fatores que contribuiram e/ou contribuem diretamente para o aumento significativo do orçamento.

Em seguida, elaboramos uma planilha orçamentária para apresentação dos resultados obtidos chegando à conclusão que o orçamento inicial teve que sofrer alterações de aproximadamente 20% a mais do valor final.

Com esse trabalho, mostramos a ampliação das arquibancadas do estádio Leônidas Castro (curuzu), o que proporcionará uma melhoria no dia-a-dia não apenas ao clube e a todos que fazem parte da comissão tecnica, como tambem para os torcedores, que poderão desfrutar de uma nova estrutura, mas moderna, segura e confortável.

Page 58: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

71

Bibliografia:

CASCUDO, Oswaldo, 1964. O controle da corrosão de armaduras em concreto: inspeção e técnicas eletroquimicas/ Oswaldo Cascudo; prefácio Paulo Helene. – São Paulo: Pini; Goiania, GO: Editora UFG, 1997.

HELENE, Paulo R. L, 1949. Manual para reparo, reforço e proteção de estruturas de concreto. 2º Ed. – São Paulo: Pini, 1992.

HUSNI, Raúl, et al. Red Rehabilitar. IN: Manual de reparo, proteção e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: 2003.

KAEFER, Luís F. A evolução do concreto armado. Dez. 1998. Disponível em http://www.lem.ep.usp.br/pef605/Historiadoconcreto.pdf

ROCHA, Aderson M. da Concreto Armado. 24.ed. São Paulo: Nobel, 1996.v.1 e v.2.

ROQUE, Júlio L. Estudo da vida útil do concreto armado. 2005. Trabalho de conclusão de curso. Disponível em http://www.set.eesc.usp.br/lenpppcpm/cd/conteudo/trab.pdf/125.pdf

SANTOS, Clementino. Contribuição para o estudo de viabilidade técnica e economica entre o uso de concreto de alto desempenho e concretos convencionais, no arranjo estrutural de prédios altos. 2003. Dissertação (mestrado em engenharia civil). Universidade Federal do Pará.

Page 59: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

72

ANEXOS

Page 60: Estimativa Novas Arquibancadas Estadio Leonidas

73

PROJETO ESTRUTURAL

OBRA:

ARQUIBANCADAS DA CURUZU

Vínculo Engenharia Ltda.

RELAÇÃO DE PLANTAS:

01- Locação e cargas dos pilares / Forma do Térreo 02- Armaduras dos Pilares 03- Armaduras Vigas do Pavimento térreo - Cintamento 04- Forma do 1º. Pavimento / Armaduras das Escadas 05- Armaduras Lajes do 1º. Pavimento 06- Armaduras Vigas do 1º. Pavimento 07- Forma do Nível Arquibancada 08- Armaduras Lajes da Arquibancada 09- Armaduras das Vigas da Arquibancada 10- Forma e Armaduras Lajes do 2º. Pavimento 11- Armaduras Vigas do 2º. Pavimento

Obs.: Plotar somente arquivos PLT