Este quarto de enfermo, tão desertoEste quarto de enfermo, tão desertode tudo, pois nem livros eu já leiode tudo, pois nem livros eu já leio

e a própria vida eu a deixei no meioe a própria vida eu a deixei no meiocomo um romance que ficasse aberto...como um romance que ficasse aberto...

ESTE QUARTO...ESTE QUARTO...

(AVANÇAR C/ MOUSE)(AVANÇAR C/ MOUSE)

que me importa esse quarto, em que despertoque me importa esse quarto, em que despertocomo se despertasse em quarto alheio?como se despertasse em quarto alheio?

Eu olho é o céu! imensamente perto,Eu olho é o céu! imensamente perto,o céu que me descansa como um seio.o céu que me descansa como um seio.

Pois o céu é que está perto, sim,tão perto e tão amigo que parece

um grande olhar azul pousado em mim.

A morte deveria ser assim:um céu que pouco a pouco anoitecessee a gente nem soubesse que era o fim...

ENTRE NO SITE: http://www.corepoesia.com TEXTO: MÁRIO QUINTANA

IMAGENS: WIKIPEDIA E GOOGLE (PINTURAS DE VAN GOGH)SOM: “REFLEXIONS” – ARR. ERNESTO CORTAZAR