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Contas Governo Federal

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  • Alternativas para o Ajuste Fiscal 47 Medidas para reduo do dficit no PLOA 2016: Emergenciais e de Longo Prazo

    Congresso Nacional 10/Setembro/2015

    Consultoria de Oramento e Fiscalizao Financeira Cmara dos Deputados Consultoria de Oramentos, Fiscalizao e Controle Senado Federal Endereos na internet: http://www12.senado.gov.br/orcamento http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/orcamentobrasil

    ESTUDO TCNICO CONJUNTO N 3/2015

    Este trabalho de inteira responsabilidade de seus autores, no representando necessariamente a opinio da Cmara dos Deputados ou do Senado Federal ou de parlamentares, nem da Comisso Mista. Foi elaborado a partir de contribuies de Consultores de Oramento das Consultorias. Todos os direitos reservados.

  • CONGRESSO NACIONAL

    Consultoria de Oramento e Fiscalizao Financeira CONOF/CD

    Consultoria de Oramentos, Fiscalizao e Controle CONORF/SF

    Sumrio I. INTRODUO .............................................................................................................................. 5 II. NECESSIDADE DE AJUSTES NO PLOA 2016 ....................................................................... 6 III. LINHAS GERAIS - MEDIDAS EMERGENCIAIS E ESTRUTURAIS ............................... 9 A) Emergenciais Impacto direto no PLOA 2016.......................................................................... 9 B) Estruturais Previdncia, Assistncia e Trabalho .................................................................... 9 IV. ANEXO I CONSOLIDAO DAS PROPOSTAS DE CORTES DAS DESPESAS

    PRIMRIAS .................................................................................................................. 13

    V. ANEXO II PROPOSTAS DE AJUSTES EMERGENCIAIS FICHAS INDIVIDUALIZADAS .................................................................................................. 14

    1. DESPESA COM PESSOAL ........................................................................................... 14

    2. DIRIAS PESSOAL CIVIL E MILITAR .................................................................... 15

    3. PASSAGENS E DESPESAS COM LOCOMOO ................................................... 16

    4. LOCAO DE MO-DE-OBRA.................................................................................. 17

    5. SERVIOS DE TERCEIROS PESSOAS FSICA E JURDICA ........................... 18

    6. OBRAS E INSTALAES ............................................................................................ 19

    7. EQUIPAMENTO E MATERIAL PERMANENTE .................................................... 20

    8. MATERIAL DE CONSUMO ......................................................................................... 21

    9. AUXLIO-MORADIA (VEDAO DE PAGAMENTO RETROATIVO) .............. 22

    10. AUXLIO-MORADIA (FIXAO DO TETO E REQUISITOS) ............................. 23

    11. BENEFCIOS A SERVIDORES.................................................................................... 24

    12. PROGRAMA DE ACELERAO DO CRESCIMENTO (PAC) ............................. 25

    13. INVERSES FINANCEIRAS ....................................................................................... 26

    14. SADE (MNIMO CONSTITUCIONAL) ................................................................... 27

    15. SUBSDIOS AGRCOLAS ............................................................................................ 28

    16. TRANSFERNCIAS PARA ENTIDADES PRIVADAS ............................................ 29

    17. REFORMA ADMINISTRATIVA ................................................................................. 30

    VI. ANEXO III PROPOSTAS ESTRUTURANTES FICHAS INDIVIDUALIZADAS ..... 31

    1. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIO .................................... 31

    2. APOSENTADORIA DA MULHER ........................................................................ 32

    3. TRABALHADORES RURAIS ................................................................................ 33

    4. BENEFCIOS DE PRESTAO CONTINUADA .................................................. 34

    5. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.................................................................. 35

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    6. APOSENTADORIA DOS SERVIDORES PBLICOS ........................................... 36

    7. PENSO POR MORTE DO RPPS ......................................................................... 37

    8. APOSENTADORIA COM INTEGRALIDADE, PARIDADE OU PROGRESSO 38

    9. PENSO POR MORTE .......................................................................................... 39

    10. UNIDADE GESTORA NICA DA UNIO ............................................................ 40

    11. APOSENTADORIA POR IDADE ........................................................................... 41

    12. PENSO POR MORTE NO RGPS ......................................................................... 42

    13. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.................................................................. 43

    14. AUXLIO DOENA ............................................................................................... 44

    15. APOSENTADORIA DO SEGURADO ESPECIAL ................................................ 45

    16. SEGURADO ESPECIAL DA PREVIDNCIA RURAL ......................................... 46

    17. REGIME DE PREVIDNCIA DOS MILITARES ................................................. 47

    18. REGULAMENTAO DO TETO ......................................................................... 48

    19. SEGURO DESEMPREGO - PESCADOR ARTESANAL ....................................... 49

    20. CONTRIBUIO SOBRE DEMISSES SEM JUSTA CAUSA ............................ 50

    21. AUXLIO ACIDENTE - PESSOA COM DEFICINCIA ....................................... 51

    22. MULTA RESCISRIA PARA TRABALHADOR J APOSENTADO ................. 52

    23. INCENTIVO FISCAL PESQUISA E DESENVOLVIMENTO ............................ 53

    24. NEGOCIAES TRABALHISTAS ....................................................................... 54

    25. DIREITO DE GREVE DO SERVIDOR PBLICO ................................................ 55

    26. EMISSO DE TTULOS COM LASTRO .............................................................. 56

    27. COMPENSAO PREVIDENCIRIA ................................................................. 57

    28. COBRANA ADMINISTRATIVA DA DVIDA ATIVA ....................................... 59

    29. LOTERIA INSTANTNEA DA CEF ..................................................................... 60

    30. PERCIA MDICA DO INSS ................................................................................. 61

    V. ANEXO III CONSOLIDAO DE ALTERAES NA LEGISLAO ...................... 63

    PLDO 2016: ........................................................................................................... 63

    PLOA 2016 E LEIS DE REAJUSTE: .................................................................... 65

    PEC E PLS ............................................................................................................ 66

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    I. INTRODUO

    1. Em 31 de agosto de 2015, o Poder Executivo encaminhou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei Oramentria para 2016 PLN n 7/2015-CN (PLOA 2016). A proposta no contemplou a recriao de contribuio sobre movimentao financeira, hiptese que havia sido veiculada na imprensa.

    2. Recebida a proposta no mbito da Comisso Mista de Planos, Oramentos Pblicos e Fiscalizao CMO, a Presidente da CMO convocou lideranas partidrias e os relatores das leis do PPA, LDO e LOA para o debate quanto aos rumos na apreciao dessas matrias.

    3. O governo afirma ter optado por um oramento mais realista, o que resultou na previso indita de dficit primrio de R$ 30,5 bilhes, bem como um dficit nominal de R$ 296,6 bilhes. O aumento dos dficits sinaliza cenrio de agravamento da crise fiscal, considerando-se o dficit observado em 2014 e o projetado para o exerccio de 2015.

    4. Alm disso, a previso de estagnao do PIB, em 2016, aps queda em 2015, acompanhada de queda da arrecadao e do crescimento significativo do dficit da previdncia (40,5% em relao a 2015). O dficit elevado aumenta os riscos fiscais em relao solvncia da dvida pblica, o que implica maiores taxas e despesas com juros.

    5. A confluncia desses fatores ilustra o atual quadro fiscal no Brasil, o que mostra a urgncia em se promover ajustes emergenciais na proposta oramentria para 2016, de forma a permitir a travessia para uma situao futura de equilbrio estrutural e permanente das finanas pblicas.

    6. Nesse sentido, o Deputado Ricardo Barros, na condio de relator geral do PLOA 2016, toma a iniciativa de aprofundar a anlise da proposta apresentada e ampliar o debate no mbito do Congresso Nacional, buscando alternativas para construir uma lei oramentria que contribua para a superao do atual cenrio de crise.

    7. O presente estudo, solicitado pelo Relator Geral do PLOA 2016, tem como propsito oferecer subsdios e listar alternativas para reduzir o dficit, o que inclui medidas com impacto direto no oramento de 2016 e outras de ordem estrutural com efeito de longo prazo. O enfoque principal desse trabalho o ajuste fiscal sob a tica da reduo das despesas oramentrias, sejam discricionrias ou obrigatrias. Entretanto, foram apresentadas alternativas no mbito das contribuies previdencirias (sem instituio de novos tributos), que impactam positivamente as receitas tributrias, contribuindo tambm para equilibrar as contas pblicas. Acresce que no foram consideradas nesse trabalho outras medidas no mbito da poltica econmica (poltica creditcia, poltica monetria) eventualmente relacionadas ao ajuste fiscal.

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    II. NECESSIDADE DE AJUSTES NO PLOA 2016

    8. O desempenho das contas pblicas deteriorou-se nos ltimos anos. O resultado primrio declinante desde 2012 e deficitrio em 2014. Para 2015 no est descartado novo dficit e para 2016 a proposta oramentria estima resultado negativo equivalente a 0,34% do PIB.

    9. Aliado aos resultados primrios declinantes, cresce o dficit nominal que mais do que dobrou em 2014, devendo chegar ao redor de 7% do PIB em 2015, contra uma mdia de 2,8% do PIB nos dez anteriores a 2014. Para 2016, a proposta oramentria projeta melhora do resultado nominal para 5,9%, a despeito de piora no resultado primrio, em funo de reduo acentuada dos juros lquidos devidos.

    10. Mesmo diante de previso de queda de juros, no suficientemente explicada, continua em ascenso tanto a dvida lquida quanto a dvida bruta do governo geral, sendo que a ltima chegar a 68,4% do PIB, conforme Grfico seguinte.

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    11. Para os oramentos fiscal e da seguridade social, a proposta oramentria de 2016 contempla dficit primrio de 0,49% do PIB (R$ 30,5 bilhes). Juros nominais sero de 4,26% do PIB (R$ 266,1 bilhes) e o dficit nominal de 4,74% do PIB. Todos esses indicadores pioram em relao aos exerccios anteriores.

    12. Em termos reais, a receita primria lquida de transferncias constitucionais e legais a estados e municpios vem caindo nos ltimos anos com projeo de estabilidade para 2016. As despesas primrias, por sua vez, retomam trajetria de alta aps conteno programada para 2015. A combinao de receitas em queda e despesas em alta se reflete em menor poupana primria.

    13. O ajuste necessrio ao equacionamento das contas pblicas em 2016 s ser possvel mediante elevao das receitas, corte das despesas ou o que mais provvel, dada a magnitude do desequilbrio, uma combinao de ambos.

    14. Do lado das receitas, a elevada carga tributria bruta (35,95% em 2013) representa bice a medidas de aumento da arrecadao, muito embora solues temporrias possam se fazer

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    importantes para atenuar a crise. A proposta oramentria j contempla algumas alteraes tributrias como o IOF sobre operaes de crdito do BNDES; reviso da desonerao do PIS/Cofins de computadores, tablets e smartphones; reviso do imposto de renda sobre direito de imagem e da tributao sobre bebidas quentes. Tambm est na proposta previso recorde de venda de ativos (R$ 27,3 bilhes) e a prorrogao da DRU em percentual de 30%.

    15. Quanto s despesas do oramento da Unio, o espao para cortes pequeno, uma vez que cerca de 90% das despesas primrias so de natureza obrigatria. Para 2016, as despesas discricionrias atingem R$ 146,5 bilhes (2,34% do PIB) com crescimento nominal de 31,1% (R$ 34,8 bilhes) em relao ao programado de 20151. Em relao a 2014 h queda nominal de 5,5% e queda real de 18%.

    Resultado Primrio da Unio

    R$ milhes % PIB R$ milhes % PIB R$ milhes % PIB R$ milhes % PIB

    Receita Primria Lquida 997.166,77 19,33 1.022.980,31 18,53 1.111.584,99 19,06 1.180.077,41 18,87 Despesa Primria 920.094,74 17,84 1.040.223,25 18,84 1.105.753,99 18,96 1.210.569,21 19,36 obrigatria 786.463,43 15,25 885.160,93 16,03 994.003,16 17,05 1.064.043,29 17,02 discricionria 133.631,32 2,59 155.062,32 2,81 111.750,83 1,92 146.525,93 2,34 Discrepncia estatstica (1.781,32) (0,03) (3.228,80) (0,06) - - - - Resultado Primrio 75.290,70 1,46 (20.471,74) (0,37) 5.831,00 0,10 (30.491,80) (0,49) Fonte: Secretaria de Oramento Federal; Tesouro Nacional; IBGE; Banco Central do Brasil; Proposta oramentria 2016.(1) Relatrio de avaliao de receitas e despesas do 3 bimestre.

    2015 (1) Proposta 20162013 2014

    16. Se no campo fiscal a situao no parece promissora, no setor real da economia os indicadores se mostram ainda mais preocupantes. Depois da estagnao em 2014, a atividade econmica dever recuar 1,8% em 2015 e os prognsticos mais recentes de mercado apontam retrao de 0,4% em 2016. A formao bruta de capital fixo acumula queda de 9,8% no semestre e o consumo das famlias de 1,8%. A taxa de desemprego, aps atingir a mnima de 4,3% em dezembro de 2014, cresce ininterruptamente desde ento, atingiu 7,5% em julho, e h projees de que poder chegar a 10% ao longo de 2016. As vendas no comrcio varejista caram 2,2% no primeiro semestre de 2015 e no setor de veculos e autopeas, 15,6%.

    17. Do lado externo, prossegue a deteriorao dos termos de troca com queda dos preos das commodities e enfraquecimento da demanda chinesa. Mais ainda, a possibilidade iminente de alta dos juros norte-americanos sinaliza continuidade da presso no mercado de cmbio interno e dificuldades adicionais reduo da taxa bsica de juros.

    1 O contingenciamento de despesas discricionrias do oramento de 2015 foi de R$ 79,6 bilhes.

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    III. LINHAS GERAIS - MEDIDAS EMERGENCIAIS E ESTRUTURAIS 18. As sugestes de medidas para reduo do dficit do PLOA 2016 em despesas obrigatrias montam R$ 51,4 bilhes, em despesas discricionrias e PAC cerca de R$ 15,4 bilhes e em receitas previdencirias o valor de R$ 35,5 bilhes, totalizando um impacto fiscal potencial de R$ 102,3 bilhes.

    A) Emergenciais Impacto direto no PLOA 2016

    19. As 17 medidas emergenciais apresentadas com impacto direto no PLOA 2016 montam R$ 25,5 bilhes foram orientadas para reduo de gastos em despesas selecionadas, consideradas menos essenciais, bem como em despesas discricionrias e obrigatrias com maiores impactos nas despesas federais previstas no PLOA 20162.

    20. Dentre as sugestes, podemos elencar as despesas com dirias de pessoal civil e militar, passagens e despesas de locomoo, locao de mo-de-obra, servios de terceiros, benefcios a servidores, auxlio moradia, material permanente e material de consumo.

    21. Alm de reduo nessas despesas, propomos ainda ajustes seletivos em outros tipos de despesas, como as inverses financeiras (aquisio de imveis), as transferncias voluntrias a estados e municpios, os subsdios, o programa de acelerao do crescimento (PAC), remunerao dos servidores e provimento de cargos pblicos, e na rea de sade.

    22. Para cada um desses grupos de gastos acima relacionados foram adotados critrios de corte especficos. Para as despesas consideradas menos essenciais, o critrio mais utilizado foi a reduo da dotao constante do PLOA 2016 em funo do valor corrigido da despesa executada em 2014. As demais despesas em que propomos ajustes emergenciais seguem critrios prprios, apresentados no Anexo II, e que variam em funo das especificidades de cada uma delas.

    B) Estruturais Previdncia, Assistncia e Trabalho

    23. As reas de Previdncia, Trabalho e Assistncia Social representam uma despesa de R$ 691 bilhes de reais no PLOA 2016, representando 57,1% do total, sem considerar o pessoal ativo nos respectivos ministrios, mas contando todos os aposentados e pensionistas da Unio. Portanto, o maior esforo para controlar o crescimento dos gastos pblicos deve ocorrer nessas reas. Por se tratar quase exclusivamente de despesas obrigatrias faz-se necessrio a aprovao e leis e emendas constitucionais para conseguir grande impacto.

    24. importante destacar que o dficit do Regime Geral de Previdncia Social (RGPS) mais que dobrar em apenas dois anos, avanando de R$ 56,7 bilhes em 2014 para R$ 124,8 bilhes em 2016, o que representa um aumento de 120%. Como os nmeros demonstram, j no curto prazo salta aos olhos a necessidade de uma rpida e ampla reforma da previdncia social. No

    2 Pessoal e benefcios ao servidor, custeio , investimentos, inclusive PAC, e subsdios

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    longo prazo, o problema agrava-se ainda mais. De acordo com informaes encaminhadas pelo Poder Executivo no PLDO 2016, o dficit, que ficou em 1,03% do PIB em 2014, chegar a 9,24% do PIB em 2060.

    25. O RGPS est ancorado em um regime de repartio simples, no qual as contribuies dos trabalhadores da ativa so destinadas ao pagamento dos trabalhadores inativos. Portanto, aspectos demogrficos da populao influenciam diretamente os resultados do sistema no longo prazo. Nessa linha, so merecedores de especial ateno fatores como aumento da expectativa de vida, por gerar tendncia de pagamento de benefcios por mais tempo; diminuio da taxa de fecundidade, por implicar reduo do quantitativo de contribuintes; e envelhecimento populacional, por elevar o quantitativo de beneficirios.

    26. Segundo os dados do PLDO 2016, a expectativa de sobrevida da populao aumentou consideravelmente nas ltimas dcadas, principalmente entre as mulheres. Em 1930/40 a expectativa de sobrevida de um homem e uma mulher com 40 anos era de 24 e 26 anos, respectivamente. Em 2010 essa expectativa era de 35 e 40 anos, representando uma variao de 46% e 54%. Para a idade de 60 anos, a variao ainda maior. Nessa idade, a expectativa de sobrevida em 1930/40 era de 13 e 14 anos. Em 2010, de 20 e 23 anos, representando uma variao de 54% e 64%.

    27. No que se refere taxa de fecundidade, esta declinou rapidamente nos ltimos anos. Em 1960 as mulheres tinham em mdia 6,3 filhos, em 2010 esse indicador era de 1,86.

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    28. A diminuio da taxa de fecundidade levar, em um futuro prximo, reduo da populao em idade ativa e, proporcionalmente, ao aumento da populao idosa. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), em 2050, haver 66,4 milhes de idosos. Em 2000 haviam 14,2 milhes. Em 2050 haver para cada idoso3 1,9 pessoa em idade produtiva4. Em 2000 essa proporo era de 7,3. Consequentemente, teremos um menor universo de contribuintes conjugado com um maior universo de beneficirios, o que agravar ainda mais o desequilbrio do RGPS

    3 Considera-se aqui com idoso todas as pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.

    4 Considera-se aqui com pessoa em idade produtiva todas as pessoas com idade entre 16 e 59 anos

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    29. Isto faz qualquer pessoa perceber que se no tomarmos medidas imediatas o sistema de proteo social do Brasil ruir em breve, prejudicando a todos, mas especialmente a populao mais pobre. Alm disso, a falta de sustentabilidade fiscal do sistema previdencirio o principal motivo da desconfiana dos investidores em projetos de longo prazo o que aumenta substancialmente o risco do pas e os juros.

    30. Com o intuito de equilibrar o oramento para 2016 e, principalmente, resolver o problema fiscal estrutural que emperra o crescimento do pas, foi proposto 30 medidas nessas trs reas que, no conjunto representam um impacto de R$ 73,7 bilhes na LOA de 2016 e R$ 1,32 trilho de reais ao longo de 10 anos. Esse impacto positivo se dar tanto pela reduo de despesas previdencirias (R$ 38,22 bilhes) quanto pelo aumento das receitas (R$ 35,5 bilhes). Todavia, no ser criado nenhum novo tributo. Pelo contrrio, aps 4 anos ser extinta a atual contribuio de 10% sobre os saldos do FGTS nas demisses sem justa causa, que provisoriamente ser destinada a Unio. Prope-se tambm a criao de receitas voluntrias pela revitalizao da loteria instantnea da CEF.

    31. A ampla reforma previdenciria proposta est baseado em sete pilares: (i) aumentar a idade mdia de aposentadoria programada; (ii) igualar lentamente a idade de aposentaria de homens e mulheres; (iii) reduzir as aposentadorias por invalidez; (iv) corrigir as distores da previdncia rural e gradativamente igualar as regras de aposentadoria s dos trabalhadores urbanos; (v) adequar as regras de penso por morte ao padro mundial; (vi) igualar os critrios de aposentadoria dos servidores pblicos aos dos demais trabalhadores e cobrar uma contribuio maior daqueles que tem privilgios; e (vii) melhorar a gesto do RGPS, reduzindo fraudes e derrotas no judicirio, cancelando benefcios indevidos, integrando com outros rgos governamentais e aumentando a eficcia da reabilitao profissional.

    32. Alm da reforma previdenciria, est sendo proposta uma integrao entre os benefcios contributivos da previdncia e no contributivos da Lei Orgnica da Assistncia Social (LOAS), aumentando dessa forma o incentivo contribuio, reduzindo os custos operacionais e fazendo justia a quem contribuiu.

    33. Na rea trabalhista busca-se reduzir a rotatividade no mercado de trabalho, aumentar a produtividade e ter um modelo de relaes de trabalho mais flexvel, que d instrumentos aos sindicatos, em momentos de crise, para negociar ajustes temporrios com os empregadores que minimizem o desemprego.

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    IV. ANEXO I CONSOLIDAO DAS PROPOSTAS DE CORTES DAS DESPESAS PRIMRIAS

    Item PLOA Impacto das medidas

    RECEITA PRIMRIA BRUTA (3) 1.401,825 35,500

    TRANSFERNCIAS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS POR REPARTIO DE RECEITA 218,022

    RECEITA PRIMRIA LQUIDA (4) 1.401,825 35,500

    DESPESA PRIMRIA 1.211,233 -66,771

    Despesa Obrigatria 1.064,707 -51,376

    Previdncia (3) 491,001 -33,020

    FAT (3) 55,026 -3,200

    Trabalho/LOAS (3) 46,102 -2,000

    Pessoal e encargos sociais (1) 266,908 -11,880

    Benefcios dos servidores (1) 12,772 -0,176

    Subsdios (2) 27,222 -1,100

    Demais despesas obrigatrias 165,676

    Despesa Discricionria (RP 2) 104,115 -11,196

    Sade (mnimo constitucional) (2) 16,204 -3,130

    Passagens e locomoo (1) 1,075 -0,131

    Dirias - civil e militar (1) 1,317 -0,251

    Servios de terceiros (1) 27,001 -3,744

    Locao de mo-de-obra (1) 5,216 -0,588

    Obras e instalaes (1) 2,319 -0,816

    Material de consumo (1) 3,340 -1,002

    Equipamentos e material permanente (1) 3,963 -1,187

    Inverses financeiras 0,606 -0,211

    Transferncias ao setor privado 0,672 -0,138

    Demais despesas discricionrias 42,402

    Despesa Discricionria PAC (RP 3) (2) 42,410 -4,200

    Impacto Total -102,271

    Obs: Medidas Emergenciais de despesas do PLOA 2016 (itens sobrescritos 1 e 2 ): R$ 25,5 bilhes. Medidas Estruturais nas despesas de Previdncia, Assistncia e Trabalho (itens sobrescritos 3): R$ 38,2 bilhes. Medidas Estruturais nas receitas de Previdncia, Assistncia e Trabalho (item sobrescrito 4): R$ 35,5 bilhes.

    Obs: (1) Depende de ajustes na LDO. (2) Depende de autorizao no parecer preliminar. (3 e 4) Depende de projeto de lei ou proposta de emenda Constituio, conforme indicado no quadro referente s medidas de reduo de despesas para as reas de trabalho, previdncia e Assistncia.

    R$ bilhes

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    V. ANEXO II PROPOSTAS DE AJUSTES EMERGENCIAIS FICHAS INDIVIDUALIZADAS

    1. DESPESA COM PESSOAL Descrio da medida: Trata-se de vedar ou diferir os novos gastos ou aumentos de pessoal

    (reajuste de remunerao, criao, provimento de cargos), limitando-se, na LDO 2016, no Anexo V do PLOA 2016, e nas leis especficas, a autorizao para reajuste da remunerao, criao e provimento de cargos. No caso do adiamento, a medida seria promover o aumento de gastos a partir de novembro de 2016.

    Justificativa: As despesas com pessoal e encargos sociais constituem o segundo principal item de despesa primria da Unio. A maior parte do valor autorizado para 2016, R$ 266,9 bilhes (contra R$ 238,2 bilhes em 2015) reflete gastos j legislados, incluindo precatrios. Anexo especfico do PLOA, exigido pelo 1 do art. 166 da Constituio, estima em cerca de R$ 16 bilhes os gastos com ampliao efetiva (reajuste de remunerao, criao, provimento de cargos) e crescimento vegetativo.

    Impacto fiscal no PLOA 2016: Em R$ bilhes

    Item A B (2/12 avos) Vedao

    Aumento de Remunerao 10,68 14,24 Contratao 1,2 1,79

    Total 11,88 16,03

    Instrumentos e Alteraes Legislativas: LDO 2016:

    Nova Redao (para o caso de vedao de reajustes e provimentos)*:

    Art. 75. No exerccio de 2016, so vedados a admisso de servidores, a criao de vagas, cargos em comisso ou de funes de confiana, o aumento da remunerao de servidores e membros de Poder, da Defensoria Pblica e do Ministrio Pblico e a reestruturao de carreiras de servidores da administrao direta.

    Suprimir arts. 77, 78, 80, 81 e 82 e ajustar art. 86 1.

    Caso se decida por algum reajuste, podem-se adaptar os 8 e 9 do art. 78, assim:

    Art. 78

    8 As alteraes na legislao relativa s despesas de pessoal e encargos sociais propostas de acordo com o art. 77 somente tero eficcia caso observem o limite de dois avos do impacto oramentrio-financeiro anualizado para 2016, conforme valores fixados no anexo de que trata o caput deste artigo.

    9 Para fins de atendimento do pargrafo anterior, a criao, provimento ou aumento de remunerao somente entrar em vigor aps o ms de novembro de 2016.

    LOA 2016 (Anexo V): LOA 2016 Adequar o Anexo V conforme a deciso e ajustar as programaes correspondentes, inclusive reserva de contingncia.

    Leis Especficas: Projetos de Leis de aumento de remunerao: definir os reajuste por exerccio, conforme a deciso de economia.

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    2. DIRIAS PESSOAL CIVIL E MILITAR Descrio da medida: Trata-se, grosso modo, de impor limite ao crescimento dessa despesa, nas

    diversas unidades oramentrias, usando como referncia o valor de sua execuo em 2014, devidamente atualizado. A execuo de dirias em 2014 foi trazida a preos de 2016 pelos ndices de inflao previstos no PLOA (9,25% para 2015 e 5,40% para 2016).

    Justificativa: As despesas dessa natureza, embora no sejam to representativas, por sua caracterstica acessria, no devem ser ampliadas em relao a exerccio em que a execuo oramentria no sofreu as restries agora impostas pela crise. O retorno ao patamar de gasto de 2014 desejvel do ponto de vista de gesto fiscal.

    Impacto fiscal no PLOA 2016: Em R$ milhes

    Item 100% do Excesso

    Dirias Pessoal Civil e Militar Poder Executivo 165,8

    Dirias Pessoal Civil e Militar Demais Poderes 84,9

    Total 250,7

    Instrumentos e Alteraes Legislativas: LDO 2016:

    Inclua-se nova disposio na LDO Art. 20-C. No exerccio de 2016, no mbito dos Poderes, do Ministrio Pblico da Unio e da Defensoria Pblica da Unio, as despesas a seguir relacionadas no devero exceder o valor liquidado em 2014, corrigido pelo IPCA de 2015 e 2016, conforme previsto na proposta oramentria para 2016: I Dirias; II Passagens e Locomoo; III Outros servios de terceiros Pessoa Fsica; IV Outros servios de terceiros Pessoa Jurdica; V Locao de mo-de-obra; VI Indenizaes e restituies; Inclua-se o seguinte 6 no art. 17: At que lei disponha sobre valores e critrios de concesso, o pagamento de dirias, para deslocamento no territrio nacional, a qualquer agente pblico, servidor ou membro dos Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio, Ministrio Pblico da Unio e Defensoria Pblica da Unio fica limitado ao valor de R$ 500,00 (quinhentos reais).

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    3. PASSAGENS E DESPESAS COM LOCOMOO Descrio da medida: Trata-se, grosso modo, de impor limite ao crescimento dessa despesa, nas

    diversas unidades oramentrias, usando como referncia o valor de sua execuo em 2014, devidamente atualizado. A execuo com passagens e locomoo em 2014 foi trazida a preos de 2016 pelos ndices de inflao previstos no PLOA (9,25% para 2015 e 5,40% para 2016).

    Justificativa: As despesas dessa natureza, embora no sejam to representativas, por sua caracterstica acessria, no devem ser ampliadas em relao a exerccio em que a execuo oramentria no sofreu as restries agora impostas pela crise. O retorno ao patamar de gasto de 2014 desejvel do ponto de vista de gesto fiscal.

    Impacto fiscal no PLOA 2016: Em R$ milhes

    Item 100% do Excesso

    Passagem e Locomoo Poder Executivo 91,7

    Passagem e Locomoo Demais Poderes 38,8

    Total 130,5

    Instrumentos e Alteraes Legislativas: LDO 2016:

    Inclua-se nova disposio na LDO Art. 20-C. No exerccio de 2016, no mbito dos Poderes, do Ministrio Pblico da Unio e da Defensoria Pblica da Unio, as despesas a seguir relacionadas no devero exceder o valor liquidado em 2014, corrigido pelo IPCA de 2015 e 2016, conforme previsto na proposta oramentria para 2016: I Dirias; II Passagens e Locomoo; III Outros servios de terceiros Pessoa Fsica; IV Outros servios de terceiros Pessoa Jurdica; V Locao de mo-de-obra; VI Indenizaes e restituies; vedada a aquisio de passagens areas para servidor ou membro dos Poderes, do Ministrio Pblico da Unio e da Defensoria Pblica da Unio em classe diversa da econmica, ressalvadas as destinadas aos Chefes dos Poderes e do Ministrio Pblico da Unio.

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    4. LOCAO DE MO-DE-OBRA Descrio da medida: Trata-se, grosso modo, de impor limite ao crescimento dessa despesa, nas

    diversas unidades oramentrias, usando como referncia o valor de sua execuo em 2014, devidamente atualizado. A execuo com locao de mo-de-obra em 2014 foi trazida a preos de 2016 pelos ndices de inflao previstos no PLOA (9,25% para 2015 e 5,40% para 2016).

    Justificativa: As despesas com vigilncia ostensiva, limpeza e conservao, apoio tcnico e operacional, manuteno e conservao de bens imveis, embora no sejam to representativas, por sua caracterstica acessria, no devem ser ampliadas em relao a exerccio em que a execuo oramentria no sofreu as restries agora impostas pela crise. O retorno ao patamar de gasto de 2014 desejvel do ponto de vista de gesto fiscal. Embora os nmeros apresentados na tabela a seguir refiram-se apenas ao excedente, surpreende ainda mais que os montantes previstos no PLOA 2016 para locao de mo-de-obra sejam R$ 3 bilhes para o Poder Executivo e R$ 2,2 bilhes para os demais poderes. Estes valores so discrepantes em relao ao peso relativo de Executivo e demais poderes no oramento.

    Impacto fiscal no PLOA 2016: Em R$ milhes

    Item 100% do Excesso

    Locao de m-d-o Poder Executivo 204,0

    Locao de m-d-o Demais Poderes 384,2

    Total 588,2

    Instrumentos e Alteraes Legislativas: LDO 2016:

    Inclua-se nova disposio na LDO Art. 20-C. No exerccio de 2016, no mbito dos Poderes, do Ministrio Pblico da Unio e da Defensoria Pblica da Unio, as despesas a seguir relacionadas no devero exceder o valor liquidado em 2014, corrigido pelo IPCA de 2015 e 2016, conforme previsto na proposta oramentria para 2016: I Dirias; II Passagens e Locomoo; III Outros servios de terceiros Pessoa Fsica; IV Outros servios de terceiros Pessoa Jurdica; V Locao de mo-de-obra; VI Indenizaes e restituies;

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    5. SERVIOS DE TERCEIROS PESSOAS FSICA E JURDICA Descrio da medida: Trata-se, grosso modo, de impor limite ao crescimento dessa despesa, nas

    diversas unidades oramentrias, usando como referncia o valor de sua execuo em 2014, devidamente atualizado. A execuo de despesas com servios de terceiros em 2014 foi trazida a preos de 2016 pelos ndices de inflao previstos no PLOA (9,25% para 2015 e 5,40% para 2016).

    Justificativa: As despesas com servios de TI, apoio tcnico e operacional, servios tcnicos, manuteno e conservao de imveis, apoio ao ensino, locao de imveis, manuteno de mquinas e equipamentos, entre outros, embora no sejam to representativas, por sua caracterstica acessria, no devem ser ampliadas em relao a exerccio em que a execuo oramentria no sofreu as restries agora impostas pela crise. O retorno ao patamar de gasto de 2014 desejvel do ponto de vista de gesto fiscal.

    Impacto fiscal no PLOA 2016: Em R$ milhes

    Item 100% do Excesso

    Servios de Terceiros PF e PJ Poder Executivo 2.804,0

    Servios de Terceiros PF e PJ Demais Poderes 939,5

    Total 3.743,5

    Instrumentos e Alteraes Legislativas:

    LDO 2016

    Inclua-se nova disposio na LDO Art. 20-C. No exerccio de 2016, no mbito dos Poderes, do Ministrio Pblico da Unio e da Defensoria Pblica da Unio, as despesas a seguir relacionadas no devero exceder o valor liquidado em 2014, corrigido pelo IPCA de 2015 e 2016, conforme previsto na proposta oramentria para 2016: I Dirias; II Passagens e Locomoo; III Outros servios de terceiros Pessoa Fsica; IV Outros servios de terceiros Pessoa Jurdica; V Locao de mo-de-obra; VI Indenizaes e restituies;

    PLOA 2016 Parecer Preliminar parte B Com amparo no art. 52, II, b, da Resoluo n 1, de 2006-CN, fica aprovado cancelamento prvio, no mbito das despesas discricionrias do oramento fiscal e da seguridade social, das dotaes constantes do projeto de lei oramentria, conforme discriminado no Anexo, com valor total de at R$ xxxxxx,00 (......bilhes de reais).

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    6. OBRAS E INSTALAES Descrio da medida: Trata-se de eliminar das despesas com obras e instalaes, excetuadas as do

    PAC, que constam do PLOA 2016: integralmente as dotaes que no tenham tido execuo oramentria nos exerccios anteriores (2013, 2014 e 2015); ou 20% das dotaes que tenham tido execuo em 2013 ou 2014, mas nenhuma at agosto de 2015. O corte proposto feito na programao correspondente de cada unidade oramentria de cada Poder, conforme o citado critrio.

    Justificativa: A previso dessas dotaes abrange tanto obras e instalaes em andamento, como novas. Nenhum empenhamento em 2013, 2014 ou 2015 evidencia que a programao se refere a obra nova ou paralisada. No cenrio restritivo que se apresenta, justifica-se cortar integralmente essas dotaes no PLOA 2016. Alternativamente, se entendido que novas iniciativas ou a retomada de projetos so bem-vindos, o corte proposto 20% daquelas com registro de execuo em 2013 ou 2014, mas que tenham perdido prioridade (nenhum empenhamento) em 2015.

    Impacto fiscal no PLOA 2016: Em R$ milhes

    Item Impacto

    Obras e Instalaes Poder Executivo 674,2

    Obras e Instalaes Demais Poderes 141,3

    Total 815,5

    Instrumentos e Alteraes Legislativas: PLOA 2016 Parecer Preliminar Com amparo no art. 52, II, b, da Resoluo n 1, de 2006-CN, fica aprovado cancelamento prvio, no mbito das despesas discricionrias do oramento fiscal e da seguridade social, das dotaes constantes do projeto de lei oramentria, conforme discriminado no Anexo, com valor total de at R$ xxxxxx,00 (......milhes de reais).

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    7. EQUIPAMENTO E MATERIAL PERMANENTE Descrio da medida: Trata-se de reduzir as dotaes destinadas compra de equipamentos e

    material permanente relativamente ao constante do PLOA 2016, em 20% ou 30%. O corte proposto na programao correspondente de cada unidade oramentria, de cada Poder.

    Justificativa: Considerando-se o cenrio de escassez de recursos a ser enfrentado em 2016, a compra de equipamentos e material permanente no prioritria para o setor pblico. Cabe o adiamento da despesa ou sua reduo parcial no PLOA 2016, mediante corte dessas dotaes em uma das percentagens sugeridas.

    Impacto fiscal no PLOA 2016: Em R$ milhes

    Item A B 30% da Dotao 20% da Dotao

    Equip. e Material Permanente Poder Executivo 962,6 641,7

    Equip. e Material Permanente Demais Poderes 224,5 149,7

    Total 1.187,1 791,4

    Instrumentos e Alteraes Legislativas: PLOA 2016 Parecer Preliminar. Com amparo no art. 52, II, b, da Resoluo n 1, de 2006-CN, fica aprovado cancelamento prvio, no mbito das despesas discricionrias do oramento fiscal e da seguridade social, das dotaes constantes do projeto de lei oramentria, conforme discriminado no Anexo, com valor total de at R$ xxxxxx,00 (......bilhes de reais).

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    8. MATERIAL DE CONSUMO Descrio da medida: Trata-se de reduzir a dotao destinada compra de material de

    consumo relativamente ao constante do PLOA 2016, em 20% ou 30%. O corte proposto feito na programao correspondente de cada unidade oramentria de cada Poder.

    Justificativa: Considerando-se o cenrio de escassez de recursos a ser enfrentado em 2016, a compra de material de consumo no prioritria para o setor pblico. Cabe o adiamento da despesa ou sua reduo parcial no PLOA 2016, mediante corte dessas dotaes em uma das percentagens sugeridas.

    .

    Impacto fiscal no PLOA 2016: Em R$ milhes

    Item A B

    30% da Dotao 20% da Dotao

    Material de Consumo Poder Executivo 908,3 605,6

    Material de Consumo Demais Poderes 93,8 62,5

    Total 1.002,1 668,1

    Instrumentos e Alteraes Legislativas: PLOA 2016 Parecer Preliminar. Com amparo no art. 52, II, b, da Resoluo n 1, de 2006-CN, fica aprovado cancelamento prvio, no mbito das despesas discricionrias do oramento fiscal e da seguridade social, das dotaes constantes do projeto de lei oramentria, conforme discriminado no Anexo, com valor total de at R$ xxxxxx,00 (......bilhes de reais

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    9. AUXLIO-MORADIA (vedao de pagamento retroativo)

    Descrio da medida: Vedar, em cumprimento ao disposto no art. 2, pargrafo nico, inciso XIII, da Lei n 9.784, de 1999, o pagamento retroativo, referente a exerccios anteriores, de auxlio-moradia com base em decises administrativas.

    Justificativa: As Resolues do Conselho Nacional de Justia (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministrio Pblico (CNMP) concederam auxlio-moradia, tomando por base a Ao Originria n 1.773/DF, bem como a extenso dada nas Aes Originrias 1946 e 2511, no mbito do Supremo Tribunal Federal. Em decorrncia dessas aes, foi reconhecido a todos os membros do Poder Judicirio o direito de receber tal vantagem, e no apenas queles que tenham sido designados para o exerccio de suas atribuies em localidade diversa da lotao original. Para os demais Poderes, o auxlio-moradia s devido quando o agente pblico deslocado de sua lotao original para atender a necessidade de servio em outra localidade, desde que no haja imvel da Unio em que possa residir.

    Ademais, decises administrativas viabilizam o pagamento retroativo, o que contraria o disposto no art. 2, pargrafo nico, inciso XIII, da Lei n 9.784/99, que assim determina:

    Art. 2 A Administrao Pblica obedecer, dentre outros, aos princpios da legalidade, finalidade, motivao, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditrio, segurana jurdica, interesse pblico e eficincia.

    Pargrafo nico. Nos processos administrativos sero observados, entre outros, os critrios de: (...)

    XIII - interpretao da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim pblico a que se dirige, vedada aplicao retroativa de nova interpretao. (grifo nosso)

    Impacto fiscal no PLOA 2016: Impossibilidade de calcular impacto total, por inexistncia de informao (sabe-se apenas que na Justia Trabalhista esse valor deve chegar em 2016 a R$ 70 milhes).

    Instrumentos e Alteraes Legislativas: LDO 2016.

    Inclua-se, dentre as vedaes do art. 17, o seguinte inciso XIV:

    XIV pagamento, com efeito retroativo e sem previso especfica em lei, de despesas relativas a auxlio-moradia e auxlio-alimentao com base nas Resolues ns 133/2011 e 199/2014 do Conselho Nacional de Justia e nas Resolues ns 9/2006 e 117/2014 do Conselho Nacional do Ministrio Pblico.

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    10. AUXLIO-MORADIA (fixao do teto e requisitos) Descrio da medida: Vedar o pagamento de auxlio-moradia acima do teto praticado pelo Poder

    Executivo, uniformizando critrios para pagamento no mbito dos Poderes, MPU e DPU.

    Justificativa: Resolues do CNJ e do CNMP que concederam indenizao de auxlio-moradia excedem tanto os valores praticados no Executivo (R$ 1.800,00) quanto o que seria devido aos membros com base no disposto no art. 65, inciso II da Lei Complementar n 35/79 (Lei Orgnica da Magistratura Nacional).

    Impacto fiscal no PLOA 2016: Impossibilidade de calcular, por inexistncia da informao.

    Instrumentos e Alteraes Legislativas: LDO 2016.

    Art. 11. O Projeto e a Lei Oramentria de 2016 discriminaro, em categorias de programao especficas, as dotaes destinadas: (...)

    V - s despesas com auxlio-alimentao ou refeio, assistncia pr-escolar, assistncia mdica e odontolgica, auxlio-moradia e auxlio-transporte, inclusive das entidades da administrao pblica federal indireta que recebam recursos conta dos Oramentos Fiscal e da Seguridade Social, ainda que prestados, total ou parcialmente, por intermdio de servios prprios;

    ------------------

    Incluam-se o seguinte no art. 17:

    6 At que lei disponha sobre valores e critrios de concesso, o pagamento de auxlio-moradia a qualquer agente pblico, servidor ou membro dos Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio, Ministrio Pblico da Unio e Defensoria Pblica da Unio fica condicionado ao atendimento cumulativo das seguintes condies, sem prejuzo dos demais requisitos previstos em legislao especfica:

    a) o agente pblico deve encontrar-se no exerccio de suas atribuies em localidade diversa de sua lotao original;

    b) a indenizao destina-se exclusivamente ao ressarcimento de despesas comprovadamente realizadas com aluguel de moradia ou hospedagem;

    c) no exista imvel funcional disponvel no local para uso pelo agente pblico;

    d) no seja o beneficirio, ou seu cnjuge, proprietrio de imvel na localidade do exerccio da atribuio;

    e) o valor da indenizao no deve ultrapassar R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais) mensais.

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    11. BENEFCIOS A SERVIDORES Descrio da medida: Trata-se de no reajustar em 2016 os seguintes benefcios aos servidores:

    auxlio-alimentao ou refeio, assistncia pr-escolar, assistncia mdica e odontolgica e auxlio-transporte.

    Justificativa: As despesas com esses quatro benefcios em 2015 totalizam R$ 12,5 bilhes. A proposta para 2016 prev R$ 12,8 bilhes. O valor total alocado para assistncia mdica e odontolgica em 2016 menor que o previsto para 2015. J para assistncia pr-escolar, auxlio-transporte e auxlio-alimentao houve acrscimo de R$ 20,2 milhes, R$ 24,4 milhes e R$ 271,1 milhes, respectivamente. Como pode ter havido aumento no nmero de beneficirios, tais nmeros no representam necessariamente a possibilidade de corte. Cautelosamente, o impacto da medida proposta considera um crescimento vegetativo no nmero de beneficiados de 2%.

    Impacto fiscal no PLOA 2016: Em R$ milhes

    Item Impacto

    Assistncia pr-escolar 12,3 Auxlio-transporte 7,8 Auxlio-alimentao 155,4

    Total 175,5

    Instrumentos e Alteraes Legislativas: LDO 2016.

    Art. 89. No exerccio de 2016, fica vedado reajuste dos benefcios auxlio-alimentao ou refeio, assistncia pr-escolar e auxlio-transporte.

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    12. PROGRAMA DE ACELERAO DO CRESCIMENTO (PAC) Descrio da medida: Trata-se de reduzir a dotao destinada ao Programa Minha Casa, Minha

    Vida (MCMV) relativamente ao constante do PLOA 2016, em 20% ou 30%; e de eliminar dotaes de obras de valor igual ou inferior a R$ 500.000,00 e das que no tiveram nenhuma execuo at agosto de 2015; e de reduzir em 20% as programaes que no tiveram empenho at agosto de 2015. As dotaes referentes s Aes e Servios Pblicos de Sade sero tratadas em ficha prpria.

    Justificativa: O MCMV vem mantendo nos ltimos trs exerccios um elevado nvel de Restos a Pagar (ao redor de R$ 10 bilhes), demonstrando que as autorizaes de oramentos anteriores tm sido acima da capacidade de investimento do governo, criando um oramento paralelo de difcil administrao. Assim, faz sentido nos moldes da programao de 2015, restringir as autorizaes em 2016. Em relao s demais despesas do PAC, prope-se eliminar as dotaes que so meras janelas oramentrias, cujo valor no permite a execuo de nenhuma etapa/meta da obra e reduzir as que apresentam baixo nvel de execuo em 2015 e as que so executadas com transferncias para estados e municpios.

    Impacto fiscal no PLOA 2016:

    em R$ bilhes

    Item Opo A Opo B

    Minha Casa Minha Vida MCMV (*)

    3,1

    4,6

    Demais Aes do PAC

    1,1

    1,1

    Total 4,2 5,7

    (*) Opo A = 20% do MCMV; opo B = 30% do MCMV Instrumentos e Alteraes Legislativas: LOA 2016 - Parecer Preliminar.

    Na parte B do Parecer Preliminar ao PLOA 2016, que trata dos cancelamentos a cargo do Relator geral:

    Com amparo no art. 52, II, b, da Resoluo n 1, de 2006-CN, fica aprovado cancelamento prvio, no mbito das despesas discricionrias do oramento fiscal e da seguridade social, recursos do PAC, conforme discriminado no Anexo, com valor total de R$ xxx,00 (......bilhes de reais).

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    13. INVERSES FINANCEIRAS Descrio da medida: Reduzir as despesas de inverses financeiras de carter discricionrio.

    Justificativa: Identificaram-se despesas com inverses financeiras no PLOA 2016 para aquisio de imveis (para abrigo de reparties pblicas, para distribuio ou doao) e compra de mquinas ou equipamentos equiparveis a imveis por seu carter e dimenso. Assim, com exceo da programao do Ministrio da Defesa, prope-se adiar qualquer aquisio de novos imveis para implantao ou realocao de rgos pblicos e diminuir em 30% as aes relativas a aquisies de imveis para distribuio ou doao. Fica preservada a despesa referente a aumento de capital das empresas estatais.

    Impacto fiscal no PLOA 2016: R$ 210,7 milhes.

    Instrumentos e Alteraes Legislativas: no h.

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    14. SADE (mnimo constitucional) Descrio da medida: Trata-se de adequar o valor constante no PLOA 2016 ao mnimo

    constitucional de despesas em aes e servios pblicos de sade (ASPS), considerando que metade do valor das emendas individuais impositivas obrigatoriamente destinada a ASPS.

    Justificativa: O PLOA 2016 contemplou R$ 100,2 bilhes para ASPS, o que corresponde a 13,2% da receita corrente lquida, cumprindo com o mnimo definido na EC n 86, de 2015. No PLOA 2016 o valor destinado s emendas impositivas est consignado em reserva de contingncia, R$ 7,6 bilhes. Desse valor, obrigatoriamente, R$ 3,8 sero destinados a ASPS. Portanto, o mnimo constitucional ser cumprido mesmo que o resto da programao em ASPS, exceto emendas individuais, caia para R$ 96,4 bilhes.

    Impacto fiscal no PLOA 2016: R$ 3,13 bilhes, considerando que h impacto nos ASPS de outras medidas propostas.

    Instrumentos e Alteraes Legislativas: LOA 2016 - Parecer Preliminar.

    Na parte B do Parecer Preliminar ao PLOA 2016, que trata dos cancelamentos a cargo do Relator geral:

    Com amparo no art. 52, II, b, da Resoluo n 1, de 2006-CN, fica aprovado cancelamento prvio, no mbito das despesas discricionrias do oramento seguridade social, recursos do Ministrio da Sade, conforme discriminado no Anexo, com valor total de R$ xxxxxx,00 (......bilhes de reais).

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    15. SUBSDIOS AGRCOLAS Descrio da medida: Reduzir as dotaes do programa de garantia e sustentao de preos

    agropecurios.

    Justificativa: Entre 2009 e 2014 as dotaes para subsdios nas propostas oramentrias se revelaram reiteradamente superestimadas; nesse perodo os pagamentos de subsdios no ultrapassaram 0,17% do PIB ao ano. No PLOA 2016 as dotaes para subsdios alcanam R$ 28,3 bilhes (0,45% do PIB), em boa parte decorrentes do orado para o Programa de Sustentao do Investimento, cujos pagamentos esto sendo regularizados em 2015 e 2016.

    Em 2016, observa-se que as quatro principais aes de subsdio poltica agrcola esto bem aquinhoadas, com R$ 13,5 bilhes, representando crescimento de 23,0% em relao ao PLOA 2015. Em 2012, 2013, 2014 e at agosto de 2015 foram executados respectivamente nessas aes R$ 4,0 bilhes, R$ 3,0 bilhes, R$ 2,0 bilhes e R$ 6,3 bilhes. O desempenho atpico em 2015 explica-se, em grande parte, pela reduo de passivos acumulados em anos anteriores junto a instituies oficiais de crdito. Com relao ao programa de garantia e sustentao de preos agropecurios, a anlise da mdia de execuo em exerccios recentes mostra superestimativa das dotaes do PLOA 2016 de, pelo menos, R$ 1,1 bilho.

    Impacto fiscal no PLOA 2016: R$ 1,1 bilho.

    Instrumentos e Alteraes Legislativas: no h.

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    16. TRANSFERNCIAS PARA ENTIDADES PRIVADAS Descrio da medida: Trata-se de reduzir em 15% ou 30% as dotaes constantes do PLOA 2016

    para transferncia a entidades privadas sem fins lucrativos, excludas as dotaes dos ministrios da Sade e da Educao. Foram tambm desconsideradas do corte as aes de contribuies e anuidades por adeso da Unio a entidades, no intuito de conservar a adimplncia do Governo Federal com as suas obrigaes em relao a essas entidades.

    Justificativa: Regra geral, observando-se os dados histricos de realizao e a necessidade de conteno de gastos, prope-se uma reduo de 30% nessas despesas em cada rgo transferidor. Levando em considerao as finalidades especficas dessas transferncias nas reas do Min. da Agricultura e do Min. da Cincia e Tecnologia, optou-se por corte de 15% nas respectivas dotaes.

    Impacto fiscal no PLOA 2016: R$ 137,6 milhes.

    Instrumentos e Alteraes Legislativas: no h.

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    17. REFORMA ADMINISTRATIVA

    Descrio da medida: Trata-se de reduzir a quantidade de Ministrios e extinguir cargos

    comissionados. Essa proposta deve partir do Poder Executivo. Estimou-se a economia decorrente do anncio de extino de 10 Ministrios, com a reduo de 1 mil dos 22,5 mil cargos comissionados.

    Justificativa: As despesas totais com os 22,5 mil cargos comissionados no mbito do Poder Executivo totalizam R$ 927 milhes. A elevada quantidade de ministrios e de nmero de cargos comissionados tm sido criticados por diversos setores da sociedade. Alega-se que a reduo do nmero de ministrios e a fuso de atribuies de algumas pastas poderiam dar mais eficincia ao governo federal. Cabe destacar que o Congresso Nacional no pode implementar a medida sem a iniciativa do Poder Executivo.

    Impacto fiscal no PLOA 2016: R$ 41,1 milhes. Instrumentos e Alteraes Legislativas: LDO 2016:

    Incluir novo dispositivo na LOD Art. 78 - A

    O Poder Executivo dever reduzir em 5% a quantidade de cargos comissionados de seu quadro de pessoal.

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    VI. ANEXO III PROPOSTAS ESTRUTURANTES FICHAS INDIVIDUALIZADAS

    1. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIO

    Descrio da medida: Trata-se de substituir a aposentadoria por tempo de contribuio

    por uma regra somando idade e tempo de contribuio. A regra comea com 85/95 e progride 1 ponto a cada 2 anos para as mulheres e um ponto a cada 3 anos para os homens at chegar a 105 para ambos. Acaba o fator previdencirio.

    Justificativa: O cenrio fiscal atual e a transio demogrfica prevista para as prximas dcadas demandam medidas urgentes de ajustes na previdncia social.

    Em 2013, apenas 26,8% dos trabalhadores (geralmente aqueles com maior renda) se aposentaram por tempo de contribuio, com idade mdia de 54 anos (mulheres com 52 anos e homens com 55 anos); 55,8% se aposentaram por idade (com menor nvel de renda e maior dificuldade de insero no mercado de trabalho) e 17,5% por invalidez. Portanto, na realidade j temos uma idade mnima para os trabalhadores mais pobres e uma diferena de idade muito grande no acesso a aposentadoria (65 anos contra 55 anos para homens e 60 contra 52 para as mulheres.

    Alm disso, o objetivo dos sistemas previdencirios garantir renda aos segurados que perderam a capacidade de trabalhar, seja em funo da idade ou por algum tipo de incapacidade. No entanto, o que se observa na aposentadoria por contribuio algo diferente. Os segurados se aposentam em idade ainda ativa, e, em muitos casos, continuam no mercado de trabalho.

    Impacto Fiscal (R$ bilhes)

    Impacto Total

    em 2016

    Reduo de Despesa

    em 2016

    Aumento de Receita

    em 2016

    Impacto Total

    em 10 anos

    1,3 1,2 0,1 64,2

    Instrumentos e Alteraes Legislativas: PEC.

    Proposta de Emenda Constituio. Tal proposta j se encontrada elabora, mas demanda alguns pequenos ajustes.

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    2. APOSENTADORIA DA MULHER Descrio da medida: Trata-se de implementar a igualdade, entre homem e mulher, da

    idade para aposentadoria por idade, com aumento, de imediato, da idade de aposentadoria da mulher para 61 anos e, a partir de ento, com aumento de 3 meses por ano at chegar aos 65 anos, com possibilidade de antecipao da aposentadoria em at 5 anos, com desconto de 6% ao ano, desde que cumpridos pelo menos 35 anos de contribuio.

    Justificativa: Atualmente, consenso entre os especialistas que no mais se justifica, na aposentadoria por idade, a diferena entre homens e mulheres, criada em tempos quando a taxa de fertilidade era muito maior do que a atual, o que alongava substancialmente o perodo aquisitivo da mulher, alm de reduzir sua expectativa de vida. Na atualidade, com as baixas taxas de fertilidade da populao feminina brasileira, tal diferena entre idades, para aposentadoria por idade entre homens e mulheres atualmente de 5 anos, j no encontra justificativa para sua manuteno.

    Impacto Fiscal (R$ bilhes)

    Impacto Total

    em 2016

    Reduo de Despesa

    em 2016

    Aumento de Receita

    em 2016

    Impacto Total

    em 10 anos

    1,7 1,3 0,4 39,4

    Instrumentos e Alteraes Legislativas

    PEC:

    Proposta de Emenda Constitucional, conjuntamente com a elaborada para a medida 1.

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    3. TRABALHADORES RURAIS Descrio da medida: Trata-se de aumentar a idade de aposentadoria da trabalhadora rural

    de imediato para 56 anos e do trabalhador rural para 61. A partir de ento 3 meses por ano at chegar aos 65 anos para ambos.

    Justificativa: A maior parte do dficit da previdncia observado na clientela rural. A fim de garantir a solvncia do sistema, algumas medidas de ajustes nessa clientela se fazem necessrias.

    Chama muito a ateno o grande nmero de benefcios rurais ativos e o acelerado ritmo de novas concesses apesar de o Brasil estar passando h dcadas por uma forte migrao para as zonas urbanas. De acordo com a PNAD 2013, naquele ano havia 6,21 milhes de trabalhadores em agricultura familiar, que d direito a uma aposentadoria especial de um salrio mnimo aos 55 anos para a mulher e aos 60 anos para o homem, mesmo sem nunca ter contribudo para a previdncia desde que atenda a alguns requisitos que comprovem que trabalhou por pelo menos 15 anos nessa condio. Se o marido comprovar a condio de agricultor familiar, automaticamente garante o mesmo tempo para sua esposa, a menos que ela tenha algum vnculo formal que a enquadre no regime geral.

    De acordo com a mesma PNAD, em 2013 havia 2,8 milhes de mulheres residindo no campo com 55 ou mais anos de idade e 2,2 milhes de homens com 60 ou mais anos, totalizando um potencial de 5 milhes de beneficirios da aposentaria rural. No entanto, h 6,5 milhes de aposentados e 1,8 milhes de pensionistas rurais acima dessa faixa etria, totalizando cerca de 8,3 milhes de pessoas. No parece crvel que 40% dos aposentados e pensionistas rurais se mudaram para a cidade depois de receber o benefcio. Os dados do IBGE mostram que a migrao do campo para a cidade forte entre os jovens, no entre os idosos.

    O fato que o tempo reduzido de comprovao e a idade 5 anos inferior aposentadoria por idade urbana estimulam a concesso desse benefcio. Porm, o maior ralo parece estar na forma de comprovao da condio de agricultor familiar. Basta uma declarao do sindicato. O INSS criou um cadastro do segurado especial em que ele faz uma declarao anual, bastante simples, sobre as atividades que ele fez naquele ano. Se o preenchimento desse cadastro fosse condio para contagem de tempo como segurado especial diminuiria muito a fraude, apesar de ser auto declaratrio. Igualar a idade com a previdncia urbana, de forma gradual, tambm reduziria os incentivos.

    Impacto Fiscal (R$ bilhes)

    Impacto Total

    em 2016

    Reduo de Despesa

    em 2016

    Aumento de Receita

    em 2016

    Impacto Total

    em 10 anos

    2,0 1,5 0,5 58,0

    Instrumentos e Alteraes Legislativas

    PEC

    Precisa incluir na PEC do item 1.

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    4. BENEFCIOS DE PRESTAO CONTINUADA

    Descrio da medida: Trata-se de prever que o Benefcio de Prestao Continuada (BPC)

    da Lei Orgnica da Assistncia Social (LOAS) passa a ser universal para idosos e pessoas com deficincia grave que nunca trabalharam, porm de 1/2 salrio mnimo (SM). Para cada ano de contribuio previdncia, o benefcio cresceria 5%, at chegar a um SM. Os benefcios j concedidos ficariam sem reajuste at carem para 1/2 SM, acrescido de 5% para cada ano de contribuio para o RGPS. No se poderia acumular com nenhum benefcio previdencirio, e nem com bolsa-famlia. Novas concesses s ocorreriam 6 meses aps a promulgao da PEC. Nesse perodo o INSS procederia a reviso dos atuais benefcios sem reduo de valor.

    Justificativa: A medida se aproxima de sistemas modernos de integrao entre previdncia e assistncia, com trs nveis de benefcios, iniciando por benefcio inferior ao salrio mnimo, tipicamente assistencial e universal, seguido dos benefcios crescentes at o salrio mnimo, tipicamente distributivos, e terminando com benefcios crescentes superiores ao salrio mnimo, tipicamente contributivos. menos oneroso para o Estado universalizar a previdncia, integrando os benefcios contributivos e no contributivos, aumentando o incentivo contribuio e reduzindo os custos operacionais.

    Impacto Fiscal (R$ bilhes)

    Impacto Total

    em 2016

    Reduo de Despesa

    em 2016

    Aumento de Receita

    em 2016

    Impacto Total

    em 10 anos

    2,0 2,0 0,0 99,2

    Instrumentos e Alteraes Legislativas

    PEC:

    Proposta de Emenda Constitucional, ainda por elaborar.

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    5. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

    Descrio da medida: As aposentadorias por invalidez que no houverem alcanado a

    carncia mnima de tempo para aposentadoria por idade no ficam vinculadas ao salrio mnimo.

    Justificativa: A fim de garantir a solvncia do RGPS, algumas medidas de ajustes precisam ser urgentemente tomadas nas aposentadorias por invalidez. No RGPS, cerca de 17,5% dos trabalhadores se aposentam por invalidez, apesar do Brasil ainda ser um pas cujos trabalhadores so majoritariamente jovens e se aposentem com idade baixa. Ao se fazer uma comparao internacional, verifica-se que essa taxa fica abaixo de 10% na Unio Europeia, mesmo em pases em que o trabalhador se aposenta com idade mdia cerca de 10 anos maior que a nossa. que a legislao previdenciria beneficia, em demasia, quem se aposenta por invalidez, em detrimento dos que buscam a aposentadoria por tempo de contribuio ou por ou idade. Dentre as vantagens, destacam-se as seguintes:

    1) na aposentadoria por invalidez, basta que se cumpra a carncia de 12 meses, ao passo que na aposentadoria por tempo de contribuio ou idade, a carncia de 180 meses, sem contar a exigncia dos 30/35 anos de tempo de contribuio (nas aposentadoria por tempo de contribuio) e 60/65 de idade ( nas aposentadoria por idade); h casos inclusive, de dispensa de carncia para aposentadoria por invalidez;

    2) na aposentadoria por invalidez, no h a incidncia do fator previdencirio.

    3) o aposentado por invalidez que precisar do auxlio permanente de terceiro, tem direito ao acrscimo de 25% na aposentadoria; j o aposentado por tempo ou idade que, aps se aposentar, vier a precisar do mesmo auxlio permanente de terceiros, no ter direito ao benefcio, que exclusivo daqueles que se aposentam por invalidez;

    4) a aposentadoria por invalidez sempre integral;

    Impacto Fiscal (R$ bilhes)

    Impacto Total

    em 2016

    Reduo de Despesa

    em 2016

    Aumento de Receita

    em 2016

    Impacto Total

    em 10 anos

    0,1 0,1 0,0 1,8

    Instrumentos e Alteraes Legislativas

    PEC:

    Precisa incluir na PEC do item 1.

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    6. APOSENTADORIA DOS SERVIDORES PBLICOS

    Descrio da medida: Trata-se de prever que a idade para aposentadoria por idade dos

    servidores pblicos passaria a ser a mesma do RGPS. De imediato a idade para as mulheres aumentaria para 56, enquanto que para os homens aumentaria para 61. A partir do ano seguinte, a idade de ambos aumentaria 3 meses por ano at chegar a 65 para ambos. A regra de transio para quem ingressou antes da medida comearia em 87/97, aumentando um ponto a cada dois anos para as mulheres e um ponto a cada 3 anos para os homens at alcanar 105 pontos para ambos.

    Justificativa: A medida se impe por razes de equidade entre os segurados de ambos os regimes, implementada conjuntamente com a majorao da idade para aposentadoria por idade da mulher pelo regime geral. Nunca existiu fundamento para tal distino, de modo que a majorao da idade para aposentadoria por idade dos servidores pblicos medida reclamada h muitos anos pela sociedade brasileira. Outrossim, em sendo aprovada a majorao da idade da mulher, para aposentadoria por idade no RGPS, equiparando-a com a idade do homem, tal majorao deve ser igualmente implementada para a servidora pblica.

    Impacto Fiscal (R$ bilhes)

    Impacto Total

    em 2016

    Reduo de Despesa

    em 2016

    Aumento de Receita

    em 2016

    Impacto Total

    em 10 anos

    0,5 0,5 0,0 25,3

    Instrumentos e Alteraes Legislativas

    PEC:

    Proposta de Emenda Constitucional, conjuntamente com a elaborada para a medida 1.

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    7. PENSO POR MORTE DO RPPS

    Descrio da medida: As regras de penso por morte para servidores pblicos passam a

    ser as mesmas aplicadas no RGPS.

    Justificativa: As regras de penso por morte no Brasil so as mais benevolentes do mundo. Isso faz com que tenhamos gastos cada vez maiores com esse tipo de benefcios. As comparaes da nossa legislao previdenciria com a maioria dos pases mostram que o Brasil possui regras injustificadamente frgeis para a concesso e manuteno das penses, bem como inadequadas em relao a vrios pontos de vista, como financeiro e de incentivos. Esse modelo decorre de uma situao passada completamente diferente da mulher na famlia e no mercado de trabalho, em que muitas eram dependentes de seus cnjuges, sendo necessrio rediscutir as regras a luz das transformaes ocorridas na sociedade.

    Impacto Fiscal (R$ bilhes)

    Impacto Total

    em 2016

    Reduo de Despesa

    em 2016

    Aumento de Receita

    em 2016

    Impacto Total

    em 10 anos

    0,6 0,6 0,0 31,9

    Instrumentos e Alteraes Legislativas

    PEC:

    PEC elaborada, mas precisa de pequenos ajustes.

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    Este trabalho de inteira responsabilidade de seus autores, no representando necessariamente a opinio da Cmara dos Deputados ou do Senado Federal ou de parlamentares, nem da Comisso Mista. Foi elaborado a partir de contribuies de Consultores de Oramento das Consultorias. Todos os direitos reservados.

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    Consultoria de Oramento e Fiscalizao Financeira CONOF/CD

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    8. APOSENTADORIA COM INTEGRALIDADE, PARIDADE OU PROGRESSO

    Descrio da medida: Trata-se de prever que servidores com direito integralidade e

    paridade teriam obrigao de contribuir com alquota de 11,5% por 35 anos para o regime prprio do Ente, ainda que j estivessem aposentados. Quem se aposentasse com progresso teria alquota de 14,5%.

    Justificativa: A medida se impe por razes de justia com os atuais contribuintes dos regimes prprios, visto que inmeros aposentados desses regimes pouco ou nada contriburam para a respectiva estabilidade financeira e atuarial. Diferentemente do que ocorre hoje na previdncia dos novos servidores pblicos, os regimes prprios foram originalmente institudos como verdadeiras vantagens do cargo para atrair o interesse de bons profissionais pelo servio pblico, de modo que a contribuio destes em geral era irrisria ou mesmo inexistente. Assim, nada mais justo que tais servidores, ainda que j aposentados, contribuam para a sustentabilidade dos respectivos regimes, em especial quando gozarem dos direitos de integralidade, paridade ou progresso.

    Impacto Fiscal (R$ bilhes)

    Impacto Total

    em 2016

    Reduo de Despesa

    em 2016

    Aumento de Receita

    em 2016

    Impacto Total

    em 10 anos

    6,8 0,0 6,8 55,1

    Instrumentos e Alteraes Legislativas

    PEC:

    Proposta de Emenda Constitucional, conjuntamente com a elaborada para a medida 1.

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    9. PENSO POR MORTE

    Descrio da medida: Trata-se de desvincular a penso por morte do salrio mnimo,

    passando a seguir mesma regra do auxlio-acidente (percentual do salrio de benefcio).

    Justificativa: As regras de penso por morte no Brasil so as mais benevolentes do mundo. Isso faz com que tenhamos gastos cada vez maiores com esse tipo de benefcios. As comparaes da nossa legislao previdenciria com a maioria dos pases mostram que o Brasil possui regras injustificadamente frgeis para a concesso e manuteno das penses, bem como inadequadas em relao a vrios pontos de vista, como financeiro e de incentivos. Esse modelo decorre de uma situao passada completamente diferente da mulher na famlia e no mercado de trabalho, em que muitas eram dependentes de seus cnjuges, sendo necessrio rediscutir as regras a luz das transformaes ocorridas na sociedade.

    Impacto Fiscal (R$ bilhes)

    Impacto Total

    em 2016

    Reduo de Despesa

    em 2016

    Aumento de Receita

    em 2016

    Impacto Total

    em 10 anos

    0,3 0,3 0,0 29,0

    Instrumentos e Alteraes Legislativas

    PEC:

    Precisa incluir na PEC do item 1.

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    10. UNIDADE GESTORA NICA DA UNIO

    Descrio da medida: Trata-se de unificar a previdncia dos servidores da Unio em uma

    unidade gestora, atendendo ao que determina o art. 40, 20 da Constituio Federal, com capitalizao a partir da criao da Funpresp, vinculando o fluxo livre da dvida ativa para cobrir o passivo financeiro e atuarial.

    Justificativa: Muito embora prevista expressamente pela Constituio Federal, em seu art. 40, 20, a unidade gestora nica nunca foi instituda pela Unio em seu regime prprio, apesar de ser exigida dos estados e municpios para concesso de Certificados de Regularidade Previdenciria dos seus respectivos regimes prprios. A instituio de unidade gestora nica visa uniformizar critrios e procedimentos, combatendo a concesso irregular de aposentadorias e penses, A medida visa, alm disso, promover maior estabilidade financeira e atuarial do regime, pela vinculao de receitas decorrentes da cobrana da dvida ativa da Unio.

    Impacto Fiscal (R$ bilhes)

    Impacto Total

    em 2016

    Reduo de Despesa

    em 2016

    Aumento de Receita

    em 2016

    Impacto Total

    em 10 anos

    1,1 1,1 0,0 22,7

    Instrumentos e Alteraes Legislativas

    PEC ou PL:

    Proposta de Emenda Constitucional ou Projeto de Lei, ainda por elaborar.

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    11. APOSENTADORIA POR IDADE

    Descrio da medida: Trata-se de aumentar a carncia para aposentadoria por idade de 15

    para 20 anos. Aumenta de imediato para 16 anos e a partir de ento 3 meses por ano at chegar aos 20 anos de contribuio. O clculo do benefcio ser 65% mais 1% por cada ano de contribuio.

    Justificativa: O aumento da expectativa de vida, a baixa taxa de natalidade e o envelhecimento da populao brasileira agravam o desequilbrio previdencirio. Medidas de ajustes que garantam o pagamento dos benefcios so necessrias. A proposta tem como finalidade aumentar o tempo de contribuio do segurado, levando-o a aumentar o nmero de contribuies ao sistema.

    Impacto Fiscal (R$ bilhes)

    Impacto Total

    em 2016

    Reduo de Despesa

    em 2016

    Aumento de Receita

    em 2016

    Impacto Total

    em 10 anos

    0,5 0,4 0,1 11,4

    Instrumentos e Alteraes Legislativas

    Lei especfica:

    Projeto de lei. Texto elaborado, mas precisa de ajustes

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    12. PENSO POR MORTE NO RGPS

    Descrio da medida: Trata-se de estabelecer a penso por morte em 60% do salrio de

    benefcio quando o segurado deixar um nico dependente, aumentando a penso em 10% para cada dependente adicional. Para cada dependente que perdesse essa condio, a penso seria reduzida nos correspondentes 10%, no momento da perda.

    Justificativa: As regras de penso por morte no Brasil so as mais benevolentes do mundo. Isso faz com que tenhamos gastos cada vez maiores com esse tipo de benefcios. As comparaes da nossa legislao previdenciria com a maioria dos pases mostram que o Brasil possui regras injustificadamente frgeis para a concesso e manuteno das penses, bem como inadequadas em relao a vrios pontos de vista, como financeiro e de incentivos. Esse modelo decorre de uma situao passada completamente