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Estado de bem-estar social Este artigo ou secção contém uma lista de fontes ou uma única fonte no fim do texto, mas estas não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a verificabilidade. (desde dezembro de 2009) Por favor, melhore este artigo introduzindo notas de rodapé citando as fontes, inserindo-as no corpo do texto quando necessário. Estado de bem-estar social (em inglês: Welfare State), também conhecido como Estado-providência, é um tipo de organização política e econômica que coloca o Estado (nação) como agente da promoção (protetor e defensor) social e organizador da economia. Nesta orientação, o Estado é o agente regulamentador de toda vida e saúde social, política e econômica do país em parceria com sindicatos e empresas privadas, em níveis diferentes, de acordo com a nação em questão. Cabe ao Estado do bem-estar social garantir serviços públicos e proteção à população.[1] Os Estados de bem-estar social desenvolveram-se principalmente na Europa, onde seus princípios foram defendidos pela social- democracia, tendo sido implementado com maior intensidade nos Estados Escandinavos (ou países nórdicos) tais como Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia),[2] sob a orientação do economista e sociologista sueco Karl Gunnar Myrdal. Ironicamente Gunnar Myrdal, um dos principais idealizadores do Estado de bem- estar-social dividiu, em 1974, o Prêmio de Ciências Econômicas (Premio Nobel) com seu rival ideológico Friedrich August von Hayek, um dos maiores defensores do livre mercado, economista da Escola Austríaca. Esta forma de organização político-social, que se originou da Grande Depressão, se desenvolveu ainda mais com a ampliação do conceito de cidadania, com o fim dos governos totalitários da Europa Ocidental (nazismo, fascismo etc.) com a hegemonia dos

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Estado de bem-estar social

Este artigo ou secção contém uma lista de fontes ou uma única fonte no fim do texto, mas estas não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a verificabilidade. (desde dezembro de 2009)

Por favor, melhore este artigo introduzindo notas de rodapé citando as fontes, inserindo-as no corpo do texto quando necessário.

Estado de bem-estar social (em inglês: Welfare State), também conhecido como Estado-providência, é um tipo de organização política e econômica que coloca o Estado (nação) como agente da promoção (protetor e defensor) social e organizador da economia. Nesta orientação, o Estado é o agente regulamentador de toda vida e saúde social, política e econômica do país em parceria com sindicatos e empresas privadas, em níveis diferentes, de acordo com a nação em questão. Cabe ao Estado do bem-estar social garantir serviços públicos e proteção à população.[1]

Os Estados de bem-estar social desenvolveram-se principalmente na Europa, onde seus princípios foram defendidos pela social-democracia, tendo sido implementado com maior intensidade nos Estados Escandinavos (ou países nórdicos) tais como Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia),[2] sob a orientação do economista e sociologista sueco Karl Gunnar Myrdal. Ironicamente Gunnar Myrdal, um dos principais idealizadores do Estado de bem-estar-social dividiu, em 1974, o Prêmio de Ciências Econômicas (Premio Nobel) com seu rival ideológico Friedrich August von Hayek, um dos maiores defensores do livre mercado, economista da Escola Austríaca.

Esta forma de organização político-social, que se originou da Grande Depressão, se desenvolveu ainda mais com a ampliação do conceito de cidadania, com o fim dos governos totalitários da Europa Ocidental (nazismo, fascismo etc.) com a hegemonia dos governos sociais-democratas e, secundariamente, das correntes euro-comunistas, com base na concepção de que existem direitos sociais indissociáveis à existência de qualquer cidadão.

Pelos princípios do Estado de bem-estar social, todo o indivíduo teria o direito, desde seu nascimento até sua morte, a um conjunto de bens e serviços que deveriam ter seu fornecimento garantido seja diretamente através do Estado ou indiretamente, mediante seu poder de regulamentação sobre a sociedade civil. Esses direitos incluiriam a educação em todos os níveis, a assistência médica gratuita, o auxílio ao desempregado, a garantia de uma renda mínima, recursos adicionais para a criação dos filhos, etc.

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Índice [esconder]

1 Origem

2 Evolução

3 Estado-providência

4 Efeitos sobre a pobreza

5 Gowtianismo

6 O Estado de Bem-Estar Social no Brasil

7 Referências

7.1 Bibliográficas

8 Ver também

9 Ligações externas

[editar] Origem

A idéia de usar a "política social", como um meio para se obter a eficiência econômica, incorporou-se no Socialismo Fabiano inglês, no Socialismo Funcional Sueco e no Marxismo Austríaco (Tilton, 1991; Karlsson, 2001). O conceito de "políticas sociais produtivas" encontrou apoio nos movimentos de trabalhadores, especialmente na Suécia, onde o conceito ressurgiu durante a Grande Depressão dos anos 30 (Andersson, 2003; Kulawik, 1993). Na Suécia, a crise, em termos de efeitos sociais da Grande Depressão e de desemprego em massa coincidiu com a "questão da população" e a queda dos índices de natalidade, e modelou o discurso de uma crise social e nacional (Hirdman, 2002). Este discurso estruturou as idéias de intervenção estatal na economia como um processo de racionalização da reprodução da população e da esfera domicilar, baseadas na observação de que os custos de reprodução e de criação de filhos estavam desigualmente distribuídos entre as classes sociais (Myrdal-Myrdal, 1987). Da mesma maneira que os mercados de trabalho e a mais ampla organização da produção poderiam ser racionalizadas mediante a utilização de regulamentações sociais para se obter um nível mais alto de produtividade, também a esfera social deveria ser racionalizada através do uso de políticas sociais, como políticas familiares, sempre em benefício de maior eficiência nacional. Esta noção de "racionalização" foi incorporada no conceito de "política social produtiva".

Em 1932 o sociólogo e economista Social-democrata Gunnar Myrdal escreveu que as modernas políticas sociais diferiam totalmente das antigas políticas de auxílio à pobreza, uma vez que eram investimentos e não custos. As políticas sociais modernas seriam eficientes e

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produtivas devido à sua ação profilática e preventiva, direcionada para evitar o surgimento de problemas nos organismos político-sociais. Nesse sentido as novas políticas sugeridas por Myrdal contrastavam fortemente com as antigas políticas de "remediar a pobreza", sendo destinadas e evitar o surgimento de bolsões de pobreza e a criar maiores riquezas. Myrdal, retornando dos Estados Unidos, onde tornou-se um admirador do New Deal, escreveu um artigo intitulado Qual é o custo da Reforma Social, onde desenvolvia sua argumentação e atacava os críticos das despesas sociais, da (antiga) escola de Estocolmo.[3]

Contra as recomendações dos que pregavam uma "maior economia orçamentária" para sair da Grande Depressão, Myrdal argumentava que as políticas sociais não eram meramente uma questão de redistribuição de renda, mas eram uma questão vital para o próprio desenvolvimento econômico e tinham como objetivo principal o aumento do PIB. Estes conceitos de Myrdal sustentaram a defesa retórica de um Estado de bem-estar social que se expandiu, contra o desejo dos liberais e fundamentalistas de livre mercado, que viam as políticas sociais como "custos" e não com "investimentos" (Myrdal, 1932b; Jonung, 1991). A Social-Democracia sueca era totalmente orientada para uma maior eficiência dos mercados e via nas políticas sociais um meio de obter não só a segurança social dos indivíduos, mas sobretudo a organização eficiente da produção (Stephens, 1979; Ryner, 2002).[3]

[editar] Evolução

Hoje em dia existe na Europa, no mundo ocidental, o Estado Providência, resultado da segunda metade da II Guerra Mundial, mas filho directo da crise de 1929 (Grande Depressão). O "Welfare state" teve a origem no pensamento keynesiano e surgiu como resposta para o que se vivia na Europa. É um sistema em crise nos dias de hoje, mas que pautou toda a segunda metade do século XX.

Entre os seus objectivos há dois essenciais: a garantia do bom funcionamento do mercado segundo o pensamento de Adam Smith e a defesa dos direitos dos cidadãos na saúde, educação e alimentação. Uma das ideias fundamentais deste pensamento é a igualdade de oportunidades. Ao longo do tempo vão-se desenvolver políticas públicas, aumentando o orçamento do Estado para essas áreas. Hoje, na Europa, 40% do PIB vai para políticas sociais. A sua origem vem de Lorenz Von Stein, jurista alemão, que elaborou nos seus ensaios a ideia de que o Estado também deve intervir na economia para corrigir os prejuízos que possam haver para os seus cidadãos. Von Stein alertava para o perigo de uma reforma social que não fossem feitas as reformas necessárias. Esta ideia remonta a meados do século XIX e, no final desse século, outro pensador, Wagner, vai criar a Lei de Wagner onde prevê o aumento da intervenção pública nessas áreas, dizendo que se não houver um aumento de administração não há crescimento económico. É nos anos 30 que se implementa o Welfare State depois de algumas experiências anteriores.

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Analisando a intervenção do Estado na sociedade francesa e inglesa, os politólogos vão definir três fases de implementação do Estado Providência:

1. Experimentação: esta fase coincide com o alargamento do direito de voto e o aparecimento de segurança social, impulsionada por Otto Von Bismarck que vai resultar na política central da Alemanha do pré I Guerra Mundial e depois da própria República de Weimar.

2. Consolidação: o Estado não poderia ficar indiferente àquilo que se passava e, por isso, chega a hora de intervir através da criação de emprego, como se pode ver nas políticas de Franklin Roosevelt

3. Expansão: nos pós-II Guerra Mundial, o Estado de bem-estar social expande-se. O modelo tinha sido bem sucedido na Suécia e seria aplicado de uma forma generalizada. Patrocinava um acordo social em três partes: o proletariado (representado pelos sindicatos), o patronato e o Estado, o mediador. Quando a política não resulta o Estado intervém e tenta resolver a situação para agradar a ambas as partes. Até aos anos 80 o processo produziu os 30 Gloriosos anos de crescimento económico e estava a ganhar o confronto com o Liberalismo capitalista, modelo em crise após os problemas financeiros de 1973 e pela guerra do Vietname, elemento destabilizador da economia dos EUA. Isso vai levar a que Margaret Thatcher diga que o Estado deixou de ter condições económicas para sustentar um Estado Providência e vai retirar os vários direitos que os cidadãos tinham adquirido ao longo de várias décadas.

Esta crise era um facto inegável e daí vão surgir duas correntes explicativas:

Explicação liberal: esta teoria defendia que se está a viver uma crise de governabilidade e a razão é o excesso de democracia, de controlo público sobre as empresas e sobre a economia. É a base da política de Cavaco Silva ou Bagão Félix.

Explicação de Esquerda: há uma sobrecarga do Estado porque existem vários grupos que lutam pelo poder e pelo controlo da economia. Para chegar ao Governo, cada grupo promete cada vez mais, despoletando os gastos públicos.

Os Neoliberais argumentam sobre o Estado Providência que este é antieconómico já que desvia investimentos, provoca improdutividade, leva a ineficácia e ineficiência do aparelho estatal e, no fundo, é a negação da liberdade e da propriedade privada. Já os Neo-marxistas argumentam que o Estado está a viver uma crise fiscal derivada de um excesso de produção e quem se apropria dos resultados de produção é o proprietário capitalista, deixando o proletariado sem lucro e sem dinheiro para pagar impostos a fim de manter o estado viável. Falam igualmente de uma crise de legitimidade, criticando as políticas de privatização total.

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Hoje em dia o futuro do Estado Providência é incerto. Estamos a viver em plena crise e aparecem já algumas reformas que tentam resolver problemas como a segurança social, mas a própria mutação demográfica na Europa não ajuda a resolver a problemática do Estado Providência. A direita diz que não há dinheiro e é preciso patrocinar reformas. A esquerda diz que dinheiro há, ele está é mal distribuído.

[editar] Estado-providência

Este conceito de economia mista surgiu na Europa no final do século XIX e foi introduzido nos EUA nos anos 30 do século XX.

Na moderna concepção de Estado-providência, os mercados dirigem as atividades específicas do dia-a-dia da vida econômica, enquanto que os governos regulamentam as condições sociais e proporcionam pensões de reforma, cuidados de saúde e outros aspectos da rede de segurança social.

A tabela abaixo mostra, em primeiro lugar, despesas sociais em percentagem do PIB para alguns estados membros da OCDE, com e sem educação pública,[4] e o segundo, o PIB per capita (PPC US$) em 2001:

Nação Despesas de Bem-Estar

(% do PIB)

omitindo educação Despesas de Bem-Estar

(% do PIB)

incluindo educação[4] PIB per capita (PPC US$)

Dinamarca 29,2 37,9 $29.000

Suécia 28,9 38,2 $24.180

França 28,5 34,9 $23.990

Alemanha 27,4 33,2 $25.350

Bélgica 27,2 32,7 $25.520

Suíça 26,4 31,6 $28.100

Áustria 26,0 32,4 $26.730

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Finlândia 24,8 32,3 $24.430

Países Baixos 24,3 27,3 $27.190

Itália 24,4 28,6 $24.670

Grécia 24,3 28,4 $17.440

Noruega 23,9 33,2 $29.620

Polônia 23,0 N/A $9.450

Reino Unido 21,8 25,9 $24.160

Portugal 21,1 25,5 $18.150

Luxemburgo 20,8 N/A $53.780

República Tcheca 20,1 N/A $14.720

Hungria 20,1 N/A $12.340

Islândia 19,8 23,2 $29.990

Espanha 19,6 25,3 $20.150

Nova Zelândia 18,5 25,8 $19.160

Austrália 18,0 22,5 $25.370

Eslováquia 17,9 N/A $11.960

Canadá 17,8 23,1 $27.130

Japão 16,9 18,6 $25.130

Estados Unidos 14,8 19,4 $34.320

Irlanda 13,8 18,5 $32.410

México 11,8 N/A $8.430

Coreia do Sul 6,1 11,0 $15.090

É interessante comparar-se a percentagem do PIB de cada país que é investida em políticas sociais com seus respectivos Índices de Desenvolvimento Humano. Observa-se claramente que, dentre aqueles países que investiram um grande percentual do seu PIB em políticas sociais, todos eles obtiveram um IDH elevado (acima de 80%). A relação não é direta: nem sempre o país que mais investiu em políticas sociais é o melhor colocado no IDH, o que indica que não só o "investir" é importante, mas o "como investir" tem grande influência nos resultados obtidos:

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Índice de Desenvolvimento Humano Muito Elevado > 0,900

Ver artigo principal: Anexo:Lista de países por Índice de Desenvolvimento Humano

Posição País IDH

Dado de 2007

[5] Mudança comparada aos dados de 2006

[5]

1 Norway 0,971 ▲ +0,001

2 Australia 0,970 ▲ +0,002

3 Iceland 0,969 ▲ +0,002

4 Canada 0,966 ▲ +0,001

5 Ireland 0,965 ▲ +0,001

6 Netherlands 0,964 ▲ +0,003

7 Sweden 0,963 ▲ +0,002

8 France 0,961 ▲ +0,003

9 Switzerland 0,960 ▲ +0,001

10 Japan 0,960 ▲ +0,002

11 Luxembourg 0,960 ▲ +0,001

12 Finland 0,959 ▲ +0,004

13 United States 0,956 ▲ +0,001

14 Austria 0,955 ▲ +0,003

15 Spain 0,955 ▲ +0,003

16 Denmark 0,955 ▲ +0,002

17 Belgium 0,953 ▲ +0,002

18 Italy 0,951 ▲ +0,001

19 Liechtenstein 0,951 ▲ +0,001

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Posição País IDH

Dado de 2007 Mudança comparada aos dados de 2006

20 New Zealand 0,950 ▲ +0,002

21 United Kingdom 0,947 ▲ +0,002

22 Germany 0,947 ▲ +0,002

23 Singapore 0,944 ▲ +0,002

24 Hong Kong 0,944 ▲ +0,001

25 Greece 0,942 ▲ +0,004

26 South Korea 0,937 ▲ +0,004

27 Israel 0,935 ▲ +0,003

28 Andorra 0,934 ▲ +0,001

29 Slovenia 0,929 ▲ +0,005

30 Brunei 0,920 ▲ +0,001

31 Kuwait 0,916 ▲ +0,004

32 Cyprus 0,914 ▲ +0,003

33 Qatar 0,910 ▲ +0,005

34 Portugal 0,909 ▲ +0,002

35 United Arab Emirates 0,903 ▲ +0,007

36 Czech Republic 0,903 ▲ +0,004

37 Barbados 0,903 ▲ +0,004

38 Malta 0,902 ▲ +0,003

[editar] Efeitos sobre a pobreza

A evidência empírica sugere que os impostos e as transferências de renda podem reduzir consideravelmente a pobreza na maioria dos países, cujo bem-estar dos estados comumente constituem pelo menos um quinto do PIB.[6][7]

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País Taxa de pobreza absoluta

(limiar fixado em 40% da renda média E.U.A.)[6] Taxa de pobreza relativa[7]

Pré-transferência Pós-transferência Pré-transferência Pós-transferência

Suécia 23,7 5,8 14,8 4,8

Noruega 9,2 1,7 12,4 4,0

Países Baixos 22,1 7,3 18,5 11,5

Finlândia 11,9 3,7 12,4 3,1

Dinamarca 26,4 5,9 17,4 4,8

Alemanha 15,2 4,3 9,7 5,1

Suíça 12,5 3,8 10,9 9,1

Canadá 22,5 6,5 17,1 11,9

França 36,1 9,8 21,8 6,1

Bélgica 26,8 6,0 19,5 4,1

Austrália 23,3 11,9 16,2 9,2

Reino Unido 16,8 8,7 16,4 8,2

Estados Unidos 21,0 11,7 17,2 15,1

Itália 30,7 14,3 19,7 9,1

[editar] Gowtianismo

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Criticisms

The examples and perspective in this section may not represent a worldwide view of the subject. Please improve this article and discuss the issue on the talk page. (October 2009)

This article's Criticism or Controversy section(s) may mean the article does not present a neutral point of view of the subject. It may be better to integrate the material in those sections into the article as a whole. (August 2010)

Critics of the welfare state argue that such a system will make citizens dependent on the system and less inclined to work. However, certain studies indicate there is no association between economic performance and welfare expenditure in developed countries,[20] and that there is no evidence for the contention that welfare states impede progressive social development. R. E. Goodin et al., in The Real Worlds of Welfare Capitalism,[21] compares the United States, which spends relatively little on social welfare (less than 17 per cent of GDP), with other countries which spend considerably more. This study claims that on some economic and social indicators the United States performs worse than the Netherlands, which has a high commitment to welfare provision.

However, the United States, until the Financial crisis of 2007–2010 which brought a significant fall in GDP, led most welfare states on certain economic indicators, such as GDP per capita, with the notable exception of Scandinavian countries, where Norway for example has significantly higher GDP per capita.[22] Until the recession of 2008 brought about a significant rise in unemployment in the USA, the United States also had a low unemployment rate and a high GDP growth rate, at least in comparison to other developed countries (its growth rate, however, is lower than many welfare states which grow from a lower base and may benefit from recent economic liberalizations, further U.S. GDP per capita is sometimes 20-30% higher than that of welfare states).[22] The United States also had led some welfare states in the ownership of consumer goods. For example, compared to some welfare states, it has more TVs per capita,[23] more personal computers per capita,[24] and more radios per capita.[25].

Socialists criticize welfare state programs as concessions made by the capitalist class in order to divert the working class and middle class away from wanting to pursue a completely new socialist organization of the economy and society, for which it had been historically used in Germany by Bismarck along with his anti-socialist laws. Furthermore, socialists believe social programs are an attempt to "patch up" the ineffective capitalist market economy, therefore only treating the symptoms rather than the cause. By implementing public or cooperative ownership of the means of production, socialists believe there will be no need for a welfare state.[26] Marxists further argue that welfare states and modern social democratic policies limit the incentive system of the market by providing things such as minimum wages,

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unemployment insurance, taxing profits and reducing the reserve army of labor, resulting in capitalists have little incentive to invest; in essence, social welfare policies cripple the capitalist system and its incentive system, the only solution being a socialist economic system.[27]

Another criticism characterizes welfare as theft of property or forced labor (i.e. slavery). This criticism is based upon the classical liberal human right to obtain and own property, wherein every human being owns his body, and owns the product of his body's labor (i.e. goods, services, land, or money). It follows that the removal of money by any state or government mechanism from one person to another is argued to be theft of the former person's property or a requirement to perform forced labor for the benefit of others, and thus is a violation of his property rights or his liberty, even if the mechanism was legally established by a democratically elected assembly.[citation needed] In April, 2010, the Associated Press reported that 47% of US households will pay no federal income taxes at all for 2009.[28] In his book, The Servile State, English political writer Hilaire Belloc makes his case for the natural instability of pure capitalism and discusses how (as he believes) attempts to reform capitalism will lead almost inexorably to an economy where state regulation has removed the freedom of capitalism and thereby replaced capitalism with what he calls the Servile State. According to Belloc, the Servile State shares with ancient slavery the fact that positive law (as opposed to custom or economic necessity by themselves) dictates that certain people will work for others, who likewise must take care of them. Ergo, according to Belloc, the welfare state may leads to a kind of serfdom where one group works to support another group that does not work.

A third criticism is that the welfare state allegedly provides its dependents with a similar level of income to the minimum wage. Critics argue that fraud and economic inactivity are apparently quite common now in the United Kingdom and France[citation needed]. Some conservatives in the UK claim that the welfare state has produced a generation of dependents who, instead of working, rely solely upon the state for income and support; even though assistance is only legally available to those unable to work. The welfare state in the UK was created to provide certain people with a basic level of benefits in order to alleviate poverty, but that as a matter of opinion has been expanded to provide a larger number of people with more money than the country can ideally afford. Some feel that this argument is demonstrably false: the benefits system in the UK provides individuals with considerably less money than the national minimum wage, although people on welfare often find that they qualify for a variety of benefits, including benefits in-kind, such as accommodation costs which usually make the overall benefits much higher than basic figures show.[29][30]

A fourth criticism of the welfare state is that it results in high taxes. This is usually true, as evidenced by places like Denmark (tax level at 48.9% of GDP in 2007)[31] and Sweden (tax level at 48.2% of GDP in 2007)[31].

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A fifth criticism of the welfare state is the belief that welfare services provided by the state are more expensive and less efficient than the same services would be if provided by private businesses. In 2000, Professors Louis Kaplow and Steven Shafell published two papers, arguing that any social policy based on such concepts as justice or fairness would result in an economy which is Pareto inefficient. Anything which is supplied free at the point of consumption would be subject to artificially high demand, whereas resources would be more properly allocated if provision reflected the cost.

The most extreme criticisms of states and governments are made by anarchists, who believe that all states and governments are undesirable and/or unnecessary. Some socialist anarchists believe that while social welfare gives a certain level of independency from the market and individual capitalists, it creates dependence to the state, which is the institution that, according to this view, supports and protects capitalism in the first place. Nonetheless, according to Noam Chomsky, "social democrats and anarchists always agreed, fairly generally, on so-called 'welfare state measures'" and "Anarchists propose other measures to deal with these problems, without recourse to state authority."[32] Some socialist anarchists believe in stopping welfare programs only if it means abolishing government and capitalism as well.[33]