estado do paranÁ polÍcia militar estado-maior …º-014-cfs-pm... · os fundamentos básicos do...

62
ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA __________________________________________________________________ Nota nº 141 DEP/4 Em 11/04/2014 Para o Boletim Geral CONCURSO AO CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS POLICIAIS-MILITARES TURMA 2014 EDITAL nº 0014/CFS PM/2014 DECISÃO DOS RECURSOS REFERENTES AO EXAME INTELECTUAL O Diretor de Ensino e Pesquisa, no uso das atribuições que lhe confere o Art. 50, inciso XIII do RISG/2010, e ainda, conforme previsto no Edital n° 001/ CFS PM Turma 2014 resolve: Divulgar as decisões dos recursos interpostos, tempestivamente, pelos candidatos ao CFS PM/2014, nos quais requerem revisão de questões do Exame Intelectual do concurso, após ter sido divulgada a respectiva prova e gabarito preliminar, por meio da intranet no dia 6 de abril de 2014, conforme segue: 1.RECURSO IMPETRADO CONTRA A QUESTÃO nº 03 As abreviaturas militares devem ser empregadas somente entre militares e, sempre que viável, nos documentos internos da Corporação. No tocante a forma correta de aplicação das regras para abreviaturas em documentos oficiais da PMPR analise as proposições a seguir e assinale a alternativa correta : I. O nome dos meses será abreviado com as três primeiras letras seguido de ponto, sendo a letra inicial grafada em minúsculo (jan., fev., mar., abr., etc.); II. Horas, minutos e segundos serão grafados: 7h32min5s (sete horas, trinta e dois minutos e cinco segundos);

Upload: dangthuy

Post on 30-Nov-2018

226 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

ESTADO DO PARANÁ

POLÍCIA MILITAR

ESTADO-MAIOR

DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA

__________________________________________________________________

Nota nº 141 – DEP/4 Em 11/04/2014

Para o Boletim Geral

CONCURSO AO CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS

POLICIAIS-MILITARES TURMA 2014

EDITAL nº 0014/CFS – PM/2014

DECISÃO DOS RECURSOS REFERENTES AO EXAME INTELECTUAL

O Diretor de Ensino e Pesquisa, no uso das atribuições que lhe confere o Art. 50, inciso XIII do RISG/2010, e ainda, conforme previsto no Edital n° 001/ CFS PM – Turma 2014 resolve:

Divulgar as decisões dos recursos interpostos, tempestivamente, pelos

candidatos ao CFS – PM/2014, nos quais requerem revisão de questões do Exame Intelectual do concurso, após ter sido divulgada a respectiva prova e gabarito preliminar, por meio da intranet no dia 6 de abril de 2014, conforme segue:

1.RECURSO IMPETRADO CONTRA A QUESTÃO nº 03 As abreviaturas militares devem ser empregadas somente entre militares e, sempre que

viável, nos documentos internos da Corporação. No tocante a forma correta de aplicação

das regras para abreviaturas em documentos oficiais da PMPR analise as proposições a

seguir e assinale a alternativa correta:

I. O nome dos meses será abreviado com as três primeiras letras seguido de ponto, sendo a

letra inicial grafada em minúsculo (jan., fev., mar., abr., etc.);

II. Horas, minutos e segundos serão grafados: 7h32min5s (sete horas, trinta e dois minutos

e cinco segundos);

Page 2: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

III. Os postos, graduações, funções, unidades e subunidades deverão ser grafados com a

letra inicial em maiúsculo, sendo seguidos de ponto: Cap. (capitão), Sd. (soldado); Ten.-Cel.

(tenente-coronel); Cmt. (comandante); Subcmt. (subcomandante); Cia. (companhia); Pel.

(pelotão);

IV. O mês de maio não será abreviado, mas grafado por inteiro. Ex.: 25 de maio de 2006 ou

25 maio 06.

a. (___) somente as afirmativas I e II estão corretas.

b. (___) somente a afirmativa III está correta.

c. (___) somente as afirmativas I, III e IV estão corretas.

d. (___) somente a afirmativa II está correta.

e. (___) todas as afirmativas estão corretas.

a.Impetrante:

Cb. QPM 1-0 RG

Jean Sampaio Teles 78740825

b. Análise da questão: O impetrante alega que a questão não está escrita de forma clara e objetiva, dando margem à dúbia interpretação, induzindo o candidato ao erro, no que diz respeito à alternativa I, pois não contempla a forma correta de abreviar o mês de maio. O requerimento em questão não deve prosperar, pois analisando o requerido pelo impetrante verifica-se que a alternativa IV está contemplado a forma correta de abreviar o mês de maio. Desta forma, pugno pelo CONHECIMENTO do recurso e, no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO, por não encontrar amparo na legislação vigente. 2.RECURSOS IMPETRADOS CONTRA A QUESTÃO 05 Sobre a generalidade dos armamentos, analise as questões abaixo:

I. Armamento leve é aquele que possui peso e volume relativamente reduzido, podendo ser

transportados geralmente por um só homem, ou em fardos por mais de um, além de possuir

calibre até .50 polegadas, inclusive. Por ser variado o material bélico, existe armas que não

se enquadram perfeitamente dentro deste conceito, o qual tem o objetivo de generalizar e

não particularizar.

II. Quanto ao tipo podem ser: de porte; portátil e não portátil.

III. Quando nos referimos a armas de porte, podemos citar como exemplo a pistola calibre

.40.

Assinale a alternativa correta: a. (___) as afirmativas I e II estão corretas. b. (___) somente a afirmativa I é correta.

Page 3: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

c. (___) somente a afirmação II está incorreta.

d. (___) somente a afirmação II está correta.

e. (___) todas as afirmações estão corretas.

a.Impetrantes: Cb. QPM 1-0 RG

Vera Alice Dias Carneiro 69083765

Jairo Zatta 54378947

Alexssander Antonio Medeiros dos Santos 63073989

Douglas da Fraga 85649493

Sandro Darci de Aguiar 107662901

Barbara Lee Schmeil 69538690

Eduardo Jaques da Rosa Maia 56467912

Camila Aniele Pinto 86363089

Robson de Oliveira 57282690

Valter de Oliveira Maceno 76510466

André Alfredo Sgaraboto 79710563

Aline Burakowski Teodoro 87025985

Mauricio Cardoso dos Anjos 73605075

Marco Tadeu Kosteczka 53805728

Joel Rodrigues da Silva 52360501

João Edegar França 43942409

Nelson Ferreira Marques 42337110

Josimar Sobol 78007087

Roberto Valeriano Costa 58631485

Daison Diego Baerle 69295444

Jonas Ribas dos Santos 69202381

Silvestre de Oliveira Lopes 68712378

Eduardo Wilkosz 56234055

Lucilene Costa e Silva 49275730

Angelo Jorge Leal Ferreira 58918679

Thiago Tomio Pezzoto 721050100

Berone Dekkers Kremer 66213790

Edilson Cordeiro Lapchenski 46562976

Edvaldo Borgo 525158630

Orodinei Motta de Almeida 59885200

Reginaldo Bonin de Oliveira 71661245

Fabio José de Lima 98870679

Jonascir Rogério Dalpra da Silva 72371348

Christiane de Araujo Valim 62040580

Helton Guanari da Silva 49953860

Marco Eduardo da Silva 78618000

Page 4: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

Sidnei Serafim Barbosa 69333761

Alex Thiago Santini 83779012

Maurício dos Santos Portela 72929667

Wilson Fagundes 46829026

Ricardo Wons dos Santos 61557121

Carlos Eduardo Sinque de Paula 77589740

Carolina de Fátima Morais 76615314

Niege Galvão Ferreira Leal Simioni 63824836

Alessandro da Cruz 60805601

Carlos Luciano de Paula Lopes 60685940

Luciano Antunes de Moura 43937880

Deyvison Francisco Chelis 74044883

Angélica Ana de Paula 440858288

Nildo Hoffer 63372110

b. Análise da questão:

Após análise da motivação dos candidatos, pugno pelo CONHECIMENTO dos recursos e, no mérito, DECIDO pelo DEFERIMENTO do requerido em relação à Questão nº 05 do caderno de provas A, B e C do CFS-PM/2014, e com base no item 4.2.10 do Edital n° 001 do Concurso ao CFS-PM /2014, ANULO a referida questão. 3.RECURSO IMPETRADO CONTRA A QUESTÃO 06

O policial militar deve estar preparado para enfrentar situações de violência urbana que

podem resultar em confrontos com marginais, sendo imprescindível o tirocínio do militar

para o saneamento e correção de um incidente de tiro durante a ação de enfrentamento. Um

incidente, curioso por sua forma de apresentação, é causado pelo ciclo incompleto do

ferrolho que se fecha antes do estojo ser ejetado por completo da arma, ficando preso por

sua base, tal incidente é conhecido como:

a. (___) incidente de alimentação. b. (___) incidente de apresentação. c. (___) incidente de carregamento. d. (___) incidente de extração. e. (___) incidente de ejeção.

a.Impetrante:

Cb. QPM 1-0 RG

Jonascir Rogério Dalpra da Silva 72371348

b. Análise da questão:

Page 5: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

Em relação ao requerimento de cancelamento da presente questão sob o

pretexto de “entender que a referida questão contém duas respostas: extração da munição percutida da câmara. Através do extrator. Incidente de tiro: É a interrupção o tiro resultante de uma ação imperfeita”, isso é improcedente, pois de forma clara a descrição do incidente de tiro descreve “o incidente é causado pelo ciclo incompleto do ferrolho que se fecha antes do estojo ser ejetado por completo da arma”. Ou seja, o que interrompe o funcionamento correto da arma foi um incorreto funcionamento da ejeção do estojo, dessa forma a alternativa correta é apenas a opção incidente de ejeção.”

Já nos casos de incidente de extração, como sugerido pelo candidato requerente, à arma não realiza a ciclagem seja em razão da quebra do extrator ou ainda pelo excesso de dilatação do estojo, e que na quase totalidade dos casos a arma permanecerá fechada. Ref. Bibliográfica: Coleção armamento, Mauricio Correa P. Machado, pág. 153 e 154. O requerimento em questão não deve prosperar, e desta forma, pugno pelo CONHECIMENTO do recurso e, no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO, por não encontrar amparo na legislação vigente. 4.RECURSOS IMPETRADOS CONTRA A QUESTÃO nº 07 Quanto ao manejo da arma do tipo pistola Taurus .40, modelo P24/7 é correto afirmar que:

a. (___) alimentar é o ato de inserir o carregador na arma e colocar uma munição na câmara

deixando-a em condições de disparo.

b. (___) municiar é o ato de inserir a munição no carregador da arma.

c. (___) carregar é o ato de inserir o carregador na arma e siclar o ferrolho, deixando a em

condições de disparo.

d. (___) quando a arma está carregada podemos dizer que ela se encontra com munição na

câmara e em condições de disparo.

e. (___) nenhuma das alternativas anteriores está correta.

a.Impetrantes: Cb. QPM 1-0 RG

Vera Alice Dias Carneiro 69083765

Sandro Darci de Aguiar 107662901

Ereonei Ramos 67833953

Eduardo Jaques da Rosa Maia 56467912

Robson de Oliveira 57282690

André Alfredo Sgaraboto 79710563

Eliseu Jonsson 42450146

Aline Burakowski Teodoro 87025985

Mauricio Cardoso dos Anjos 73605075

Marco Tadeu Kosteczka 53805728

Ricardo Amorim Luciano 73574820

Page 6: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

Nelson Ferreira Marques 42337110

Josimar Sobol 78007087

Roberto Valeriano Costa 58631485

Daison Diego Baerle 69295444

Jonas Ribas dos Santos 69202381

Silvestre de Oliveira Lopes 68712378

Alessandro Pinheiro da Veiga 78597860

Eduardo Wilkosz 56234055

Lucilene Costa e Silva 49275730

Angelo Jorge Leal Ferreira 58918679

Thiago Tomio Pezzoto 721050100

Edilson Cordeiro Lapchenski 46562976

Edvaldo Borgo 525158630

Orodinei Motta de Almeida 59885200

Reginaldo Bonin de Oliveira 71661245

Fabio José de Lima 98870679

Jonascir Rogério Dalpra da Silva 72371348

Christiane de Araujo Valim 62040580

Eloir Pereira Duarte Filho 52072107

Helton Guanari da Silva 49953860

Alex Thiago Santini 83779012

Maurício dos Santos Portela 72929667

Wilson Fagundes 46829026

Carolina de Fátima Morais 76615314

Niege Galvão Ferreira Leal Simioni 63824836

Alessandro da Cruz 60805601

Carlos Luciano de Paula Lopes 60685940

Luciano Antunes de Moura 43937880

Jean Sampaio Teles 78740825

Deyvison Francisco Chelis 74044883

Nildo Hoffer 63372110

b. Análise da questão: Após análise da motivação dos candidatos, pugno pelo CONHECIMENTO

dos recursos e, no mérito, DECIDO pelo DEFERIMENTO do requerido em relação à Questão nº 07 do caderno de provas A, B e C do CFS-PM/2014, e com base no item 4.2.10 do Edital n° 001 do Concurso ao CFS-PM /2014, ANULO a referida questão. 5.RECURSOS IMPETRADOS CONTRA A QUESTÃO nº 08 Sobre o tiro policial analise as proposições a seguir:

I. Independentemente da posição de tiro a cobertura deve ser valorizada em todas as ações

policiais;

Page 7: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

II. São fundamentos do tiro policial a empunhadura e o acionamento do gatilho;

III. A troca de carregador deve ser realizada somente quando a arma parar aberta após o

último disparo;

IV. A realização de disparos com empunhadura simples, numa situação real de confronto,

quando a outra mão estiver ocupada, impossibilitará o atirador de realizar a troca de

carregador, caso seja necessário, pois estará utilizando apenas uma das mãos.

Assinale a alternativa correta:

a. (___) as alternativas I e II estão corretas.

b. (___) a alternativa III está correta.

c. (___) somente a alternativa II e a III estão incorretas.

d. (___) somente a alternativa I está incorreta.

e. (___) todas as alternativas estão corretas.

a.Impetrantes:

Cb. QPM 1-0 RG

Reginaldo Bonin de Oliveira 71661245

Eloir Pereira Duarte Filho 52072107

b. Análise da questão:

Em relação ao item I: “Independentemente da posição de tiro a cobertura deve ser valorizada em todas as ações Policiais”.

Tal afirmativa é verdadeira, pois ao contrário do alegado pelos requerentes a colocação faz citação de que nas ações policiais o policial deve valorizar, o uso de cobertura, ou seja, fazer uso de algum tipo de cobertura, adequando a sua posição de tiro, seja ela em pé, ajoelhado ou deitado (independente da posição de tiro), ao tipo de cobertura disponível no cenário de atuação (poste, árvore, veículos.......). Em momento algum a frase propõe a inobservância ou exclusão de outro fundamento como o citado pelo requerente.

Em relação ao item II: “São fundamentos do tiro policial a empunhadura e o acionamento do gatilho”.

Tal afirmativa é verdadeira, pois a frase não exclui os demais fundamentos do tiro policial (posição, empunhadura, visada), pois caso essa fosse à intenção poderíamos descrever da seguinte forma:

Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho.

Outra forma simples de chegarmos a tal conclusão seria a leitura inversa da afirmativa, ex:

A empunhadura e o acionamento do gatilho são fundamentos do tiro policial.

Page 8: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

Portanto, a interpretação de exclusão de outros fundamentos, como alegado pelos requerentes é improcedente.

Em relação aos itens III e IV, essas foram interpretadas corretamente pelos candidatos requerentes, de forma que a opção correspondente a análise das proposições deixa claro que somente ”as alternativas I e II estão corretas”, era a correta. Ref. Bibliográfica: Tiro policial Técnicas sem fronteiras, Erico M. Flores e Gerson Dias Gomes, pág. 65-92.

Os requerimentos em questão não devem prosperar, e desta forma, pugno pelo CONHECIMENTO dos recursos e, no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO, por não encontrar amparo na legislação vigente. 6.RECURSOS IMPETRADOS CONTRA A QUESTÃO 09

Durante um confronto armado, o policial pode encontrar inúmeras proteções que vão desde

um simples arbusto até uma parede de concreto, no entanto elas se diferenciam entre si.

Analise os itens abaixo e assinale a alternativa correta:

I. Encoberta é o tipo de proteção que somente evita que o oponente veja o policial, mas

este não está protegido de um eventual disparo;

II. Cobertura é o tipo de abrigo que oferece proteção contra os disparos do oponente;

III. A Cobertura é o tipo de abrigo que oferece proteção contra os disparos do oponente;

IV. A Encoberta é o tipo de proteção que somente evita que o oponente veja o policial, mas

este não está protegido de um eventual disparo;

a. (___) as afirmativas I e III estão corretas.

b. (___) somente as afirmativas III e IV estão corretas.

c. (___) somente a afirmativa III está correta.

d. (___) todas as afirmativas estão corretas.

e. (___) as afirmativas I e IV estão corretas.

a.Impetrantes: Cb. QPM 1-0 RG

Jairo Zatta 54378947

Alexssander Antonio Medeiros dos Santos 63073989

Sandro Darci de Aguiar 107662901

Ereonei Ramos 67833953

Barbara Lee Schmeil 69538690

Camila Aniele Pinto 86363089

Mauricio Cardoso dos Anjos 73605075

Page 9: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

Marco Tadeu Kosteczka 53805728

Ricardo Amorim Luciano 73574820

João Edegar França 43942409

Josimar Sobol 78007087

Daison Diego Baerle 69295444

Silvestre de Oliveira Lopes 68712378

Alessandro Pinheiro da Veiga 78597860

Lucilene Costa e Silva 49275730

Angelo Jorge Leal Ferreira 58918679

Orodinei Motta de Almeida 59885200

Fabio José de Lima 98870679

Jonascir Rogério Dalpra da Silva 72371348

Christiane de Araujo Valim 62040580

Eloir Pereira Duarte Filho 52072107

Marco Eduardo da Silva 78618000

Alex Thiago Santini 83779012

Maurício dos Santos Portela 72929667

Carlos Eduardo Sinque de Paula 77589740

Carolina de Fátima Morais 76615314

Alessandro da Cruz 60805601

Carlos Luciano de Paula Lopes 60685940

Luciano Antunes de Moura 43937880

Jean Sampaio Teles 78740825

Deyvison Francisco Chelis 74044883

Angélica Ana de Paula 440858288

Nildo Hoffer 63372110

b. Análise da questão:

Após análise da motivação dos candidatos, pugno pelo CONHECIMENTO dos recursos e, no mérito, DECIDO pelo DEFERIMENTO dos requeridos em relação à Questão nº 09 do caderno de provas A, B e C do CFS-PM/2014, e com base no item 4.2.10 do Edital n° 001 do Concurso ao CFS-PM /2014, ANULO a referida questão. 7.RECURSO IMPETRADO CONTRA A QUESTÃO 10 De acordo com a Lei 16.575, de setembro de 2010 – LOB – existirão no âmbito da PMPR, em

caráter permanente, as seguintes comissões regidas por legislação própria:

I. Comissão de Promoção de Oficiais;

II. Comissão de Promoção de Praças;

III. Comissão de Medalhas;

IV. Comissão de Mérito.

Assinale a alternativa correta:

Page 10: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

a.(___) somente as alternativas II e III estão corretas.

b.(___) somente as alternativas I, II e IV estão corretas.

c.(___) somente as alternativas I, II e III estão corretas.

d.(___) somente as alternativas I e II estão corretas.

e.(___) todas as alternativas estão corretas.

a.Impetrante: Cb. QPM 1-0 RG

Berone Dekkers Kremer 66213790

b. Análise da questão: O presente expediente trata de recurso interposto pelo Cb. QPM 1-0 Berone Dekkers Kremer – RG 6.621.379-0, relativo à questão nº 10 da Prova escrita do Concurso ao Curso de Formação de Sargentos Policiais Militares – Turma 2014, realizado em 6 abr. 2014. Observa-se que o recursante evoca a Lei nº 6.774, de 8 de janeiro de 1.976 (Lei de Organização Básica da PMPR), indicando que em seu artigo 20 há prevista a seguinte redação:

Art. 20. Existirão, normalmente, as seguintes comissões, todas regidas por legislação própria: I - Comissão de Promoções de Oficiais; II - Comissão de Promoções de Praças; III - Comissão de Concessão de Medalhas e Diplomas.

(grifo nosso)

Mediante o dispositivo grifado acima (Art. 20, inciso III), o candidato afirma que a denominação correta do órgão em epígrafe seria “Comissão de Concessão de Medalhas e Diplomas”. Logo, aponta em observância às opções constantes na questão nº 10, que a resposta correta seria a letra “b”, “onde somente as alternativas I e II estão corretas.” Com tal argumentação, o candidato requereu a anulação da questão nº 10.

Evidencia-se, de forma límpida e inquestionável, que o recursante baseia-se em “letra morta” para o pleito suscitado, uma vez que a Lei Estadual nº 6.774, de 8 de janeiro de 1.976, foi expressamente REVOGADA pelo advento da Lei Estadual nº 16.575, de 28 de setembro de 2010 (“nova” Lei de Organização Básica da PMPR). Vejamos a redação aduzida pela Lei de Organização Básica em vigência:

Art. 69. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogada a Lei Estadual nº 6.774, de 8 de janeiro de 1976.

A Lei Estadual nº 16.575, de 28 de setembro de 2010, em seu artigo 24, trouxe nova nomenclatura ao órgão em comento, denominando-o “Comissão de Mérito”.

Page 11: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

Art. 24. Existirão, no âmbito da PMPR, em caráter permanente, as seguintes comissões regidas por legislação própria: I - Comissão de Promoções de Oficiais; II - Comissão de Promoções de Praças; III - Comissão de Mérito.

(grifo nosso)

Destarte, não há qualquer equívoco na questão 10 do Concurso ao Curso de Formação de Sargentos, onde somente as alternativas I, II e IV estão corretas. Vejamos:

De acordo com a Lei 16.575, de setembro de 2010 – LOB - existirão no âmbito da PMPR, em caráter permanente, as seguintes comissões regidas por legislação própria: I - Comissão de Promoção de Oficiais; II - Comissão de Promoção de Praças; III - Comissão de Medalhas; IV – Comissão de Mérito. Assinale a alternativa correta: a. ( ) somente as alternativas I, II e III estão corretas. b. (___) somente as alternativas I e II estão corretas. c. (___) todas as alternativas estão corretas. d. (___) somente as alternativas II e III estão corretas. e. ( X ) somente as alternativas I, II e IV estão corretas.

O requerimento em questão não deve prosperar, e desta forma, pugno pelo CONHECIMENTO do recurso e, no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO, por não encontrar amparo na legislação vigente. 8.RECURSOS IMPETRADOS CONTRA A QUESTÃO 11 Considera-se acidente em serviço, para os efeitos previstos na legislação em vigor relativa à

Policia Militar do Paraná, aquele que ocorra com Militar Estadual da ativa, quando:

I. No desempenho de atribuição funcional durante o expediente regular, ou, quando

determinado por autoridade competente, em sua prorrogação ou antecipação.

II. No cumprimento de ordem emanada de autoridade competente.

III. No decurso de viagem, em objeto de serviço, prevista em regulamento ou autorizada por

autoridade competente.

Analise os itens acima e assinale a alternativa correta:

a. (___) somente a alternativa I está correta.

b. (___) somente a alternativa II está correta.

Page 12: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

c. (___) somente as alternativas I e III estão corretas.

d. (___) somente as alternativas I e II estão corretas.

e. (___) todas as alternativas estão corretas.

a.Impetrantes: Cb. QPM 1-0 RG

Thiago Tomio Pezzoto 721050100

Berone Dekkers Kremer 66213790

b. Análise da questão:

EMBASAMENTO LEGAL

Decreto 5869 - 13 de Dezembro de 2005 Art. 1º. Considera-se acidente em serviço, para os efeitos previstos na legislação em

vigor relativa à Policia Militar do Paraná, aquele que ocorra com Militar Estadual da ativa, quando: a) no exercício de dever preconizado no art. 102 da Lei nº 1.943, de 23 de junho de

1954; b) no desempenho de atribuição funcional durante o expediente regular, ou, quando

determinado por autoridade competente, em sua prorrogação ou antecipação; c) no cumprimento de ordem emanada de autoridade competente; d) no decurso de viagem, em objeto de serviço, prevista em regulamento ou

autorizada por autoridade competente; e) no decorrer de viagem imposta por motivo de movimentação efetuada no interesse

do serviço ou a pedido; f) na extensão de exercício de adestramento, de instrução ou de manobra, regulado

em nota, plano, ou ordem; g) no deslocamento entre a residência e a Unidade em que serve ou local de trabalho

ou entre a residência e o local onde a missão deva ter início ou prosseguimento, e vice-versa; h) no atendimento à solicitação de qualquer pessoa, embora estando em horário de

folga ou para tal não haja sido escalado, ao desenvolver ação de polícia ostensiva, de preservação da ordem pública, de prevenção e combate a incêndios, de busca, de

salvamento ou de defesa civil. Está sendo questionado no recurso que a Portaria do Comando-Geral 139

de 23 de Fevereiro de 2006 define sobre atestado de origem e que se o militar sofrer o acidente em serviço, por causa de transgressão disciplinar, ele não teria direito. Muito equivocado estão os peticionários, pois em nenhum momento a questão é relacionada a atestado de origem, e sim os casos em que o Decreto Estadual nº 5869, de 2005, considera o que seria acidente em serviço, sendo que a legislação acima é clara sobre tal matéria. Igualmente fora questionado o item III, pois segundo os peticioários a conjunção “ou” traz um sentido de contrariedade e, portanto estaria incorreta.

Ressalta-se que a previsão legal de acidente em serviço está transcrita acima, sendo equivocado o questionamento do peticionário.

Desta forma, pugno pelo CONHECIMENTO dos recursos e, no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO, por não encontrarem amparo na legislação

Page 13: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

vigente.

9.RECURSO IMPETRADO CONTRA A QUESTÃO 12 Em relação à estrutura geral da PMPR, assinale a alternativa incorreta:

a. (___) Órgãos de execução são constituídos pelas unidades operacionais da Corporação e

realizam as atividades-fim da Polícia Militar; cumprem as missões ou a destinação da Corporação.

Para isso executam as diretrizes e ordens emanadas dos órgãos de direção e são apoiados, em

suas necessidades de pessoal, de semoventes, de material e de serviços, pelos órgãos de apoio.

b. (___) Órgãos de direção realizam o comando e a administração da Corporação.

c. (___) Órgãos de apoio realizam as atividades-meio da Corporação, atendendo às necessidades

de pessoal, de semoventes e de material de toda a Polícia Militar, atuando em cumprimento das

diretrizes e ordens dos órgãos de direção.

d. (___) Compete aos Órgãos de direção incumbir-se do planejamento em geral, visando à

organização da Corporação, às necessidades em pessoal e em material e ao emprego da Polícia

Militar para o cumprimento de suas missões.

e. (___) Fazem parte dos Órgãos de apoio as Diretorias, órgãos de direção setorial, estruturadas

sob a forma de sistemas para as atividades de pessoal, de ensino e pesquisa, de saúde, de

logística, de finanças e do desenvolvimento tecnológico e qualidade.

a.Impetrante:

Cb. QPM 1-0 RG

Alexssander Antonio Medeiro dos Santos 623073989

b. Análise da questão: a. – Correta conforme artigo 8º, da Lei Estadual nº 16.575.

b. – Correta conforme artigo 6º, da Lei Estadual nº 16.575.

c. – Correta conforme artigo 7º, da Lei Estadual nº 16.575.

d. – Correta conforme artigo 6º,§ 1º , da Lei Estadual nº 16.575.

e. – Incorreta conforme artigo 9º, da Lei Estadual nº 16.575.

EMBASAMENTO LEGAL

Lei Estadual nº 16.575, de 28 de Setembro de 2010, Lei Orgânica

Básica da PMPR :

Art. 9º. Os órgãos de direção compõem o Comando-Geral da

Corporação que compreende:

[...] V - Diretorias;

Art. 14. As Diretorias, órgãos de direção setorial, estruturadas sob a

forma de sistemas para as atividades de pessoal, de ensino e pesquisa,

de saúde, de logística, de finanças e do desenvolvimento tecnológico e

qualidade, compreendem:

Page 14: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

Muito embora a colocação das respostas nas provas não sejam as

mesmas, pois nos diversos tipos de provas, eram colocadas as repostas em letras

diferentes, à questão correta, neste caso incorreta, é a que fala sobre os Órgãos

de apoio, dizendo que as Diretorias e outros órgãos de Direção, são de Apoio.

O requerimento em questão não deve prosperar, e desta forma, pugno pelo CONHECIMENTO do recurso e, no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO, por não encontrar amparo na legislação vigente. 10.RECURSO IMPETRADO CONTRA A QUESTÃO 14 A licença especial é um direito concedido ao militar que no período de dez anos

consecutivos não se afastar do exercício de suas funções. Para tanto, não são considerados

como afastamentos do exercício:

I. Férias.

II. Dispensa do serviço.

III. Condenação por pena criminal.

IV. Licença para tratamento da própria saúde e da saúde de pessoa da família, até o máximo

de seis meses por decênio.

V. Licença por ferimento em serviço.

Analise os itens acima e assinale a alternativa correta:

a. (___) a alternativa V está incorreta.

b. (___) as alternativas I, II e III estão corretas.

c. (___) as alternativas II e III estão incorretas.

d. (___) as alternativas I, II, IV e V estão corretas.

e. (___) todas estão corretas.

a.Impetrante: Cb. QPM 1-0 RG

Alessandro Pinheiro da Veiga 78597860

b. Análise da questão: EMBASAMENTO LEGAL

Lei Estadual 1.943, 05 de julho de 1954

Da Licença Especial

Art. 144. Ao militar, que durante o período de dez anos consecutivos não

se afastar do exercício de suas funções, é assegurado o direito á licença

especial de seis meses, por decênio, com vencimento integral.

§ 1º. Aquele que estiver nas condições deste artigo e não quiser utilizar-

se dos favores nele mencionados, ficará, para todos os efeitos legais,

Page 15: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

com o seu acervo de serviço público acrescido do dobro do tempo da

licença que deixou de gozar.

§ 2º. Para os fins previstos neste artigo, não são considerados como

afastamento do exercício:

a) férias;

b) dispensas do serviço;

c) exercício de cargo estadual de provimento em comissão; e

d) licença para tratamento da própria saúde e da saúde de pessoas da

família, até o máximo de seis meses por decênio.

e) Licença por ferimento em serviço ou doença profissional.

Está sendo questionado no recurso que no RISG não existe a “Licença por

ferimento em serviço”, entretanto tal termo está descrito literalmente conforme

artigo 144, da Lei Estadual 1943, portanto, aqui não está se falando da existência

ou não no RISG de tal licença, mas sim, de termo previsto em legislação Estadual,

que discorre em quais casos da Licença Especial não seriam considerados como

afastamento do exercício das funções.

O requerimento em questão não deve prosperar, e desta forma, pugno pelo CONHECIMENTO do recurso e, no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO, por não encontrar amparo na legislação vigente. 11.RECURSOS IMPETRADOS CONTRA A QUESTÃO 16 Instituídas para a manutenção da ordem pública e segurança interna nos Estados, nos

Territórios e no Distrito Federal, compete às Polícias Militares, no âmbito de suas

respectivas jurisdições, assinale a alternativa incorreta:

a. (___) executar com exclusividade, ressalvas as missões peculiares das Forças Armadas, o

policiamento ostensivo, fardado, planejado pela autoridade competente, a fim de assegurar o

cumprimento da lei, a manutenção da ordem pública e o exercício dos poderes constituídos;

b. (___) atuar de maneira repressiva, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas,

onde se presuma ser possível a perturbação da ordem;

c. (___) atuar de maneira repressiva, em caso de perturbação da ordem, precedendo o eventual

emprego das Forças Armadas;

d. (___) atender à convocação, inclusive mobilização, do Governo Federal em caso de guerra

externa ou para prevenir ou reprimir grave perturbação da ordem ou ameaça de sua irrupção,

subordinando-se à Força Terrestre para emprego em suas atribuições específicas de polícia militar

e como participante da Defesa Interna e da Defesa Territorial;

e. (___) nenhumas das anteriores.

a.Impetrantes: Cb. QPM 1-0 RG

André Alfredo Sgaraboto 79710563

Aline Burakowski Teodoro 87025985

Jonas Ribas dos Santos 69202381

Antonio Carlos Lopes 64430076

Page 16: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

Edvaldo Borgo 525158630

Fábio José de Lima 98870679

Helton Guanari da Silva 49953860

Sidnei Serafim Barbosa 69333761

Maurício dos Santos Portela 72929667

Carlos Eduardo Sinque de Paula77589740

Alessandro da Cruz 60805601

Jean Sampaio Teles 78740825

b. Análise da questão: EMBASAMENTO LEGAL

DECRETO-LEI Nº 667, DE 2 DE JULHO DE 1969. Reorganiza as Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, dos Território e do Distrito Federal, e dá outras providências. Art. 3º - Instituídas para a manutenção da ordem pública e segurança interna nos Estados, nos Territórios e no Distrito Federal, compete às Polícias Militares, no âmbito de suas respectivas jurisdições: a) executar com exclusividade, ressalvas as missões peculiares das Forças Armadas, o policiamento ostensivo, fardado, planejado pela autoridade competente, a fim de assegurar o cumprimento da lei, a manutenção da ordem pública e o exercício dos poderes constituídos; b) atuar de maneira preventiva, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas, onde se presuma ser possível a perturbação da ordem; c) atuar de maneira repressiva, em caso de perturbação da ordem, precedendo o eventual emprego das Forças Armadas; d) atender à convocação, inclusive mobilização, do Governo Federal em caso de guerra externa ou para prevenir ou reprimir grave perturbação da ordem ou ameaça de sua irrupção, subordinando-se à Força Terrestre para emprego em suas atribuições específicas de polícia militar e como participante da Defesa Interna e da Defesa Territorial; e) além dos casos previstos na letra anterior, a Polícia Militar poderá ser convocada, em seu conjunto, a fim de assegurar à Corporação o nível necessário de adestramento e disciplina ou ainda para garantir o cumprimento das disposições deste Decreto-lei, na forma que dispuser o regulamento específico.

A pergunta é qual resposta está incorreta, sendo questionado nos recursos que a resposta constante em “nenhuma das anteriores” estaria correta. Equivocados estão os recursos, pois para que a afirmação nenhuma das anteriores fosse a incorreta, todas as outras deveriam estar corretas, o que não acontece, pois das quatro alternativas restantes, três estão corretas (“a”, “c” e “d”) e uma incorreta (“b”).

Os requerimentos em questão não devem prosperar, e desta forma, pugno pelo CONHECIMENTO dos recursos e no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO, por não encontrar amparo na legislação vigente.

Page 17: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

12.RECURSOS IMPETRADOS CONTRA A QUESTÃO 18 Sobre o comportamento militar e com fundamentos no artigo 51 do RDE, analise a seguinte

situação hipotética e marque a alternativa correta:

O Soldado Osmar Calmo ingressou no Corpo de Bombeiros em 21 de abril de 1997; em 10

de agosto de 1997, foi punido com 5 dias de detenção; em 20 set 1997, foi punido com 4 dias

de prisão; em 29 de abril de 1998, foi punido com 6 dias de prisão. O seu comportamento em

10 de maio de 1998 será:

a. (___) bom. b. (___) insuficiente. c. (___) mau. d. (___) ótimo. e. (___) excepcional.

a.Impetrantes: Cb. QPM 1-0 RG

Talita Regina Gomes 67673352

Eduardo Jaques da Rosa Maia 56467912

Ricardo Amorim Luciano 73574820

Nelson Ferreira Marques 42337110

Antonio Carlos Lopes 64430076

Alessandro Pinheiro da Veiga 78597860

Berone Dekkers Kremer 66213790

Vanderlei Picarski 57002735

Jonascir Rogério Dalpra da Silva 72371348

Marco Eduardo da Silva 78618000

Carolina de Fátima Morais 76615314

Angélica Ana de Paula 440858288

b. Análise da questão:

O Decreto nº 4.346, de 26 de agosto de 2002, o qual aprova o Regulamento Disciplinar do Exército (R-4), em seu artigo 51, § 1º, inciso “V”, alínea “a”, discorre que para ingressar no comportamento MAU, o militar estadual tem que no período de um ano de efetivo serviço ser punido com mais de duas prisões disciplinares, no caso em tela verifca-se que: 21 Abril 1997 – comportamento Bom – Art 51, §3º; 10 agosto 1997 - 5 dias de detenção 20 setembro 1997 - 4 dias de prisão 29 abril 1998 - 6 dias de prisão

Page 18: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

Conclui-se que contando de 10 de agosto de 1997 ate 10 de agosto de 1998, ele sofreu três punições, sendo que o total delas corresponderiam a duas prisões e uma detenção, ou seja, no período inferior a um ano, o militar estadual sofre mais de duas prisões disciplinares, conforme rege o artigo 51, § 1º, inciso “V”, alínea “a”, EMBASAMENTO LEGAL

O Decreto nº 4.346, de 26 de agosto de 2002 – RDE: Art. 51. O comportamento militar da praça abrange o seu procedimento civil e militar, sob o ponto de vista disciplinar. § 1

o O comportamento militar da praça deve ser classificado em:

V - mau: a - quando, no período de um ano de efetivo serviço tenha sido punida com mais de duas prisões disciplinares; e § 3

o Ao ser incorporada ao Exército, a praça será classificada no

comportamento "bom".

Portanto os requerimentos em questão não devem prosperar, e desta forma, pugno pelo CONHECIMENTO dos recursos no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO, por não encontrar amparo na legislação vigente.

13.RECURSO IMPETRADO CONTRA A QUESTÃO 19 Com base nos conhecimentos sobre a Doutrina de Polícia Comunitária, analise as questões abaixo:

I. O modelo comunitário oferece a comunidade uma janela maior para que se possa

observar a atividade policial. Consequentemente oportuniza-se uma supervisão maior pelo

público, o que dificulta as ações de polícia comunitária.

II. A Polícia Comunitária é um serviço público, antes de ser uma força pública. É uma

atitude, na qual o policial, como cidadão, aparece a serviço da comunidade.

III. As instituições policiais brasileiras devem ser legitimas representantes da comunidade,

mesmo não havendo o encargo legal de prestarem contas à comunidade na sua forma

organizada.

Assinale a opção correta:

a. (__) Somente a afirmativa III está correta.

b. (__) As afirmativas I e III estão corretas.

c. (__) Somente a afirmativa II está correta.

d. (__) As afirmativas I e II estão corretas.

e. (__) Todas as afirmativas estão corretas.

Page 19: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

a.Impetrante:

Cb. QPM 1-0 RG

Alessandro da Cruz 60805601

b. Análise da questão:

Analisando a questão temos que: I) O modelo comunitário, por

possibilitar maior transparência e controle das atividades policiais, demonstrou,

onde foi efetivamente implantado, aumentar a relação mútua de confiança

entre polícia e comunidade, tornando essa convivência muito mais

colaborativa. Isso deve ser considerado um avanço nas questões

contemporâneas de segurança. II) Definição de Polícia Comunitária

apresentada pelo Chief Inspector MATHEW BOGGOT, da Metropolitan London

Police Department. III) O código de conduta para os funcionários responsáveis

pela aplicação da lei, adotado pela assembleia geral das nações unidas, no dia

17 de dezembro de 1979, através da resolução nº 34/169, estabelece como

regramento para os países associados que seus segmentos policiais devem

ser representantes da comunidade e a esta forma organizada deverão prestar

contas.

Referência: Curso Nacional de Multiplicador de Polícia Comunitária. – Programa Nacional de Segurança Pública com

cidadania. Brasília/DF. 2 ed. 2007

Resolução nº 34/169, de 17 de dezembro de 1979. Código de Conduta para os Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei.

O requerimento em questão não deve prosperar, e desta forma, pugno pelo

CONHECIMENTO do recurso e no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO,

por não encontrar amparo na legislação vigente.

14.RECURSOS IMPETRADOS CONTRA A QUESTÃO 20 Analise os itens abaixo: I. No caso de fiscalização de condutor com sinais de embriaguez podemos afirmar que após submetido a teste etilométrico, considerar-se-á embriagado o condutor que ultrapassar a 0,29mg/l como resultado final, considerando a margem de tolerância. II. No caso de fiscalização de condutor com sinais de embriaguez podemos afirmar que a

Page 20: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

lavratura do Auto de Infração pelo Artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro será quando ultrapassar a 0,10mg/l como resultado final, considerando a margem de tolerância. III. São Medidas Administrativas das infrações de trânsito: retenção do veículo, recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação e apreensão do veículo. IV. Quando da abordagem de condutor de veículo for constatado sinais de embriaguez e o mesmo se recusa a realizar o teste etilométrico, o policial militar deverá preencher o Termo de Constatação e conduzi-lo à Delegacia de Polícia. Assinale a alternativa correta: a. (___) as afirmativas II, III e IV estão corretas. b. (___) somente a afirmativa III está incorreta. c. (___) as afirmativas II e III estão incorretas. d. (___) as afirmativas I, III e IV estão corretas. e. (___) todas as afirmativas estão corretas.

a.Impetrantes:

Cb. QPM 1-0 RG

Vera Alice Dias Carneiro 69083765

Jairo Zatta 54378947

Talita Regina Gomes 67673352

Ereonei Ramos 67833953

Camila Aniele Pinto 86363089

Josimar Sobol 78007087

Roberto Valeriano Costa 58631485

Jonas Ribas dos Santos 69202381

Lucilene Costa e Silva 49275730

Edilson Cordeiro Lapchenski 46562976

Reginaldo Bonin de Oliveira 71661245

Jonascir Rogério Dalpra da Silva 72371348

Eloir Pereira Duarte Filho 52072107

Helton Guanari da Silva 49953860

Marco Eduardo da Silva 78618000

Wilson Fagundes 46829026

Ricardo Wons dos Santos 61557121

Carlos Eduardo Sinque de Paula 77589740

Carolina de Fátima Morais 76615314

Niege Galvão Ferreira Leal Simioni 63824836

Carlos Luciano de Paula Lopes 60685940

Jean Sampaio Teles 78740825

Angélica Ana de Paula 440858288

b. Análise da questão:

Após análise da motivação dos candidatos, pugno pelo CONHECIMENTO dos recursos e, no mérito, DECIDO pelo DEFERIMENTO dos requeridos em relação à Questão nº 20 do caderno de provas A, B e C do CFS-PM/2014, e com base no item 4.2.10 do Edital n° 001 do Concurso ao CFS-PM /2014, ANULO a

Page 21: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

referida questão.

15. RECURSOS IMPETRADOS CONTRA A QUESTÃO 21 Com base na Lei de Crimes Ambientais (9.605/98) e no Código Florestal (12.651/12), assinale a alternativa correta: a.(___) Fauna exótica são espécies nativas do nosso País. b.(___) A rinha de galo é permitida em algumas cidades do Brasil por não ser considerada crime de maus-tratos. c.(___) Quanto à tutela do meio ambiente é um bem difuso, de titularidade indeterminada, e deve estar sujeita aos interesses particulares, em prejuízo do homem e ao meio ambiente. d.(___) Verificado o crime ambiental, serão apreendidos seus produtos e instrumentos, lavrando-se os respectivos autos e poderá solicitar a presença de órgãos ambientais para a atuação administrativa. Resposta verdadeira. e (___) Sobre destinação dos animais, apreendidos envolvidos em ocorrências policiais não poderão ser libertados em seu habitat e serão somente entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, desde que fiquem sob a responsabilidade de técnicos habilitados.

a.Impetrantes:

Cb. QPM 1-0 RG

Jonascir Rogério Dalpra da Silva 72371348

Eloir Pereira Duarte Filho 52072107

Sidnei Serafim Barbosa 69333761

Deyvison Francisco Chelis 74044883

Nildo Hoffer 63372110

b. Análise da questão:

Após análise da motivação dos candidatos, pugno pelo CONHECIMENTO dos recursos e, no mérito, DECIDO pelo DEFERIMENTO do requerido em relação à Questão nº 21 do caderno de provas A, B e C do CFS-PM/2014, e com base no item 4.2.10 do Edital n° 001 do Concurso ao CFS-PM /2014, ANULO a referida questão.

16. RECURSOS IMPETRADOS CONTRA A QUESTÃO 22 Sobre as características da crise, analise as afirmativas abaixo:

I. Um evento crítico pode ocorrer a qualquer momento, em qualquer lugar e envolver

qualquer pessoa. Trata-se da imprevisibilidade da crise.

Page 22: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

II. Compressão de tempo é a característica da crise que assinala que o evento crítico deve

ser resolvido o mais rápido possível.

III. Toda crise é uma ocorrência grave, onde há o risco de morte e de danos físicos

iminentes para todos os envolvidos no evento.

Assinale a alternativa correta:

a. (___) todas as afirmativas estão corretas.

b. (___) as afirmativas I e II estão corretas.

c. (___) as afirmativas I e III estão corretas.

d. (___) somente a afirmativa I está correta.

e. (___) somente a afirmativa III está correta.

a.Impetrantes: Cb. QPM 1-0 RG

Nelson Ferreira Marques 42337110

Daison Diego Baerle 69295444

Orodinei Motta de Almeida 59885200

b. Análise da questão: De acordo com a doutrina de Gerenciamento de Crises em vigência, a expressão “compressão de tempo” (uma das características de um evento crítico) significa que, quando da sua eclosão, o tempo é escasso para a tomada de vários procedimentos importantes. Isso, entretanto, não quer dizer que a crise deve ser resolvida o mais rápido possível (conforme alternativa II). Cada crise tem seu tempo necessário para a solução. Algumas demoram mais outras menos, sem necessidade de acelerar seu processo, seja utilizando quaisquer das alternativas táticas previstas. E ainda todas as pessoas diretamente envolvidas numa crise correm risco, sejam causadores, policiais, vítimas, reféns, terceiros. Uma pessoa que tenta suicídio, como citado num recurso, também impõe risco aos envolvidos, pois, sua instabilidade mental pode levá-la a ferir quem se aproxima. Vários policiais e bombeiros militares sofreram lesões na tentativa de imobilizar um suicida, e, portanto, a alternativa III está correta.

Analisando a questão, temos que os requerimentos não devem prosperar, e desta forma, pugno pelo CONHECIMENTO dos recursos e no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO, por não encontrar amparo na legislação vigente. 17.RECURSOS IMPETRADOS CONTRA A QUESTÃO 23 Considere as seguintes proposições sobre busca e revista:

Page 23: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

I. As buscas ou revistas em automóveis somente poderão ser realizadas se houver situação

de flagrante delito que justifique o procedimento, sob pena do policial responder por

atentado à inviolabilidade domiciliar, já que, para efeitos legais, o automóvel é considerado

como uma extensão do domicílio.

II. Embora a legislação processual penal autorize, em alguns casos, que a mulher seja

revistada pelo homem, como procedimento padrão o policial masculino não deve revistar

mulheres em abordagens, sendo recomendado que acione uma policial feminina para que

esta realize a revista.

III. Existem três possibilidades de realização de busca pessoal sem mandado judicial. São

elas: em caso de prisão; quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse

de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito; e ainda, quando a

medida for necessária no curso da busca domiciliar.

IV. Na falta de policiais femininas, para a realização da revista em mulheres é possível que

os policiais solicitem o apoio de outra mulher, a qual, para a realização da busca, deverá

ficar sozinha com a pessoa a ser revista, evitando-se, dessa forma, qualquer

constrangimento à pessoa que será submetida à revista.

Assinale a alternativa correta:

a.(___) Somente as afirmativas II e III estão corretas. b.(___) Somente a afirmativa III está correta. c.(___) Somente as afirmativas I e II estão corretas. d.(___) Somente a afirmativa II está correta. e.(___) Todas as afirmativas estão corretas.

a.Impetrantes: Cb. QPM 1-0 RG

Barbara Lee Schmeil 69538690

Sidnei Serafim Barbosa 69333761

Alessandro da Cruz 60805601

Angélica Ana de Paula 440858288

b. Análise da questão:

Embora a legislação processual penal autorize, em alguns casos, que a mulher seja revistada pelo homem, como procedimento padrão o policial masculino não deve revistar mulheres em abordagens, sendo recomendado que acione uma policial feminina para que esta realize a revista.

A interpretação do Artigo 249 do Código de Processo Penal Brasileiro (a busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento ou

Page 24: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

prejuízo da diligência), bem como a do art. 183 do CPPM, de igual teor, permite o estabelecimento das seguintes conclusões:

1) A regra é que “a busca em mulher será feita por outra mulher”; 2) A obrigatoriedade da busca em mulher ser realizada por outra mulher está condicionada a não ocorrência de “retardamento ou prejuízo da diligência”, ou seja, havendo retardamento ou prejuízo da diligência, poderá a busca em mulher ser realizada pelo homem.

Portanto, a legislação processual penal autoriza sim, em alguns casos,

que a mulher seja revistada pelo homem, sendo, por consequência, correto o entendimento de que, como procedimento padrão o policial masculino não deve revistar mulheres em abordagens, sendo recomendado que acione uma policial feminina para que esta realize a revista.

Quanto ao procedimento padrão do policial masculino não revistar mulheres em abordagens, não seria outra a atitude protocolar a ser esperada da Polícia, a qual, embora eventualmente possa atuar de maneira discricionária, está vinculada ao respeito aos direitos e garantias fundamentais, máxime, no caso em questão, aos direitos assegurados no inciso X do artigo 5º da Constituição da República- são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.

Ademais, vejamos o que dizem alguns doutrinadores a respeito do tema:

1) Código de Processo Penal Anotado, Damázio Evangelista de Jesus,

Editora Saraiva, 22ª Edição atualizada, 3ª tiragem, 2007, página 203: “busca em mulher deverá ser feita, sempre que possível, por outra mulher” (sem grifo no original);

2) Processo Penal, Julio Fabbrini Mirabete, Editora Atlas, 7ª Edição revista e atualizada, 1996, página 319: “procurando resguardar o pudor das pessoas, prevê a lei que “a busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento ou prejuízo da diligência” (art. 249). A revista, portanto, pode ser feita por homem nas hipóteses mencionadas no próprio dispositivo, que não admitem a aplicação de analogia” (sem grifo no original);

3) Código de Processo Penal Comentado- Volume 1, Fernando da Costa Tourinho Filho, Editora Saraiva, 3ª Edição, revista, modificada e ampliada, 1998, páginas 452 usque 453: “se se tratar de busca a ser feita em mulher, deverá sê-lo por outra mulher [...], Todavia, sendo urgente, e não havendo nenhuma mulher para realizá-la, será feita por homem. É preciso, contudo, fique bem clara a total impossibilidade da presença de uma mulher, sob pena de abuso de autoridade.” (sem grifo no original).

Page 25: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

Já o entendimento acerca do que constitui o chamado “procedimento padrão” demanda uma interpretação contextualizada, à luz do que determinam os próprios dispositivos legais que regulam a matéria, os quais estabelecem como regra, a revista em mulher ser realizada por outra mulher.

Portanto, o enunciado da questão não estabelece, quando analisado à luz da legislação que regula a matéria, o fato de que em hipótese alguma o policial masculino possa revistar uma mulher, mas sim, que o procedimento padrão é não revistar e chamar uma policial feminina para que esta realize a revista. Procedimento padrão admite exceções, como determina o CPP e CPPM (se importar retardamento ou prejuízo à diligência). Desta forma, pugno pelo CONHECIMENTO dos recursos e no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO, por não encontrar amparo na legislação vigente.

18. RECURSOS IMPETRADOS CONTRA A QUESTÃO 25 Sobre o crime de motim e sua forma qualificada, podemos afirmar que:

I. Sua diferenciação está na quantidade de pessoas envolvidas, sendo que no crime de revolta sempre será acima de 100 participantes. II. Sua diferenciação está no uso ou não do fardamento, sendo que na revolta os agentes estão fardados e no motim estes não estão fardados. III. A revolta se diferencia do motim por seus participantes estarem armados. IV. Agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la é uma das formas de praticar o motim ou revolta. V. Nos crimes de motim ou revolta é necessário o concurso de agentes, ou seja, são crimes plurisubjetivos. Após análise dos itens acima, assinale a alternativa correta:

a. (___) as afirmativas II e V estão incorretas.

b. (___) as afirmativas I e II estão incorretas.

c. (___) as afirmativas I, IV e V estão corretas.

d. (___) as afirmativas III, IV e IV estão incorretas.

e. (___) somente as afirmativas IV e V estão incorretas.

a.Impetrantes: Cb. QPM 1-0 RG

Berone Dekkers Kremer 66213790

Marco Eduardo da Silva 78618000

Nildo Hoffer 63372110

Page 26: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

b. Análise da questão:

Esta questão não deve ser anulada pelo motivo da duplicidade da digitação

do item IV, pois, isto não altera a resposta correta da questão e não prejudica o

candidato, pois a resposta correta da questão continua sendo a mesma. Não

havendo prejuízo algum a qualquer candidato a questão continua plenamente

válida.

O recurso suscita ainda que a alternativa III da questão 25 está errado.

III- A revolta se diferencia de motim por seus participantes estarem armados.

A questão é verdadeira e está de acordo com o art. 149, parágrafo único do

CPM. A questão em nenhum momento foi restritiva, sendo assim é correto falar

que os crimes de motim e revolta se diferenciam por seus agentes estarem

armados. Não prejudicando, anulando ou deixando margem para outra

interpretação.

Os requerimentos em questão não devem prosperar, e desta forma, pugno pelo CONHECIMENTO dos recursos e no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO, por não encontrar amparo na legislação vigente. 19. RECURSO IMPETRADO CONTRA A QUESTÃO 26 Assinale qual das alternativas não corresponde a uma pena principal no Direito Penal Militar: a. (___) Morte. b. (___) Detenção. c. (___) Prisão. d. (___) Reforma. e. (___) Banimento.

a.Impetrante: Cb. QPM 1-0 RG

Eduardo Wilkosz 56234055

b. Análise da questão:

O candidato alega que a questão que solicita que o candidato aponte qual

alternativa não corresponde a uma pena principal no Direito Penal Militar está

errado, pois banimento não é uma pena.

A alegação não merece guarida, pois em nenhum momento foi dito que a

resposta incorreta teria que ser outra pena, e sim, se ler com atenção o enunciado

da questão, o candidato vai perceber que se pede : “Assinale qual das alternativas

não corresponde a uma pena principal no Direito Penal Militar”, sendo assim claro

Page 27: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

fica que a intenção era saber qual das alternativas não se tratava de pena

principal.

É obvio que banimento não é uma pena, já consolidada pela CRFB/88,

sendo ainda mais simples a questão para o candidato, não gerando dúvidas

quanto à questão que não poderia ser considerada pena em conformidade com o

art. 55 do CPM.

Sendo assim o requerimento em questão não deve prosperar, e desta forma, pugno pelo CONHECIMENTO do recurso e no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO, por não encontrar amparo na legislação vigente. 20. RECURSOS IMPETRADOS CONTRA A QUESTÃO 27 Em relação à acumulação de cargos públicos por parte de militar estadual, podemos afirmar

que:

I. O militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente

será transferido para a reserva, nos termos da lei, exceto se o militar acumular dois cargos

privativos de profissionais de saúde com profissões regulamentadas.

II. A exceção constitucional prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c" da CF/88 –

possibilidade de o militar acumular dois cargos privativos de profissionais de saúde – foi

introduzida recentemente, através da Emenda Constitucional n.º 77, de 11 de fevereiro de

2014.

III. O militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função

pública civil temporária, eletiva, exceto se da administração indireta, ficará agregado ao

respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido

por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e

transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não,

excluído ex offício, nos termos da lei.

IV. Conforme remessa expressa do art. 42, §1.º da Constituição Federal é permitida a

acumulação de cargo público efetivo de militar estadual e outro de magistério.

Após análise dos itens acima, assinale a alternativa correta:

a.(___) somente as afirmativas I, II e III estão corretas.

b.(___) somente as afirmativas III e IV estão corretas.

c.(___) somente as afirmativas I e IV estão corretas.

d.(___) somente as afirmativas I e II estão corretas.

e.(___) somente as afirmativas II e IV estão corretas.

Page 28: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

a.Impetrantes:

Cb. QPM 1-0 RG

Barbara Lee Schmeil 69538690

Daison Diego Baerle 69295444

Orodinei Motta de Almeida 59885200

Ricardo Wons dos Santos 61557121

b. Análise da questão:

Preliminarmente, é essencial pontuar que os Militares Estaduais são uma categoria própria, diferenciada e separada dos Servidores Públicos, até por isto, conforme restará demonstrado, intitular um Militar Estadual de Servidor Público é cometer um erro crasso que vai de encontro ao que a própria Constituição Federal desuniu.

Desta feita, o legislador constitucional separou e organizou a Carta Maior de forma sistêmica, dividindo o diploma em: Títulos, Capítulos, Seções e Subseções, para melhor compreensão e entendimento de seus vaiares.

Portanto, nos restringindo ao que nos interessa, encontramos no Título III a “Organização do Estado”, e inserido neste, o Capítulo VII, chamado “Da Administração Pública”, que por sua vez se subdivide em “Seção I – Das Disposições Gerais”, “Seção II – Dos Servidores Públicos e “Seção III – Dos Militares dos Estados, Do Distrito Federal e dos Territórios.” Para melhor visualização da construção a que nos referimos, podemos assim representar:

TÍTULO III DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

(...) CAPÍTULO VII

DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (...)

Seção I Disposições Gerais

(...) Seção II

Dos Servidores Públicos (...)

Seção III Dos Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios

(...) Seção IV

Das Regiões

Ora, se fosse desejo do Poder Constituinte aglutinar os servidores civis e os militares, não haveria separação no próprio texto constitucional, bastaria uma subseção destinada aos militares dos Estados ou tão somente um dispositivo

Page 29: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

específico, porém, entranhado dentro da Seção II, todavia, não é isto que visualizamos na prática.

Ao apartar os militares dos demais, o poder legiferante não o fez aos ventos, na realidade, propositadamente, vez que os militares não são uma categoria pior, nem melhor que as demais, apenas são diferentes em deveres, obrigações e direitos. Aliás, este é o entendimento pacífico, indiscutível e sedimentado dos Tribunais Superiores e de todos os Tribunais Estaduais, além de incontestável na doutrina e literatura brasileira.

Portanto, para os militares estaduais, devemos nos restringir ao art. 42, §1º e §2º com suas respectivas remessas, assim retrata o texto da Lei Máxima:

Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de

Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.

§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, às disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos governadores.

Com a remessa do dispositivo ao art. 142,§§2º e 3º, também é necessária a leitura de tais dispositivos para avaliar as outras matérias também aplicáveis aos militares estaduais:

Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército

e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

§ 1º - Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no preparo e no emprego das Forças Armadas.

§ 2º - Não caberá "habeas-corpus" em relação a punições disciplinares militares.

§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo Presidente da República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", será transferido para a reserva, nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014)

III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de

Page 30: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014)

IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. 37, inciso XVI, alínea "c"; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014)

IX – Revogado. X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de

idade, a estabilidade e outras condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

Portanto, exceto no segmento de saúde, em relação às profissões

regulamentadas, previsão recentemente introduzida pela Emenda Constitucional nº 77/2014, é proibido ao militar estadual acumular cargos, vedação que obviamente se estende as funções de magistério e ao contrário do que foi desposado no recurso, não existe inciso XVI no §3º do art. 142, cujos incisos encerram-se no X.

Repita-se, não há endereçamento expresso do art. 42,§1º para aplicação aos militares estaduais do art. 37, inciso XVI, alínea “b”, aliás, o art. 142,§3º permite a aplicação exclusiva do art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. 37, inciso XVI, alínea “c”.

Itens I e II: as duas alternativas são verdadeiras, já que a Emenda Constitucional n.º 77, de 11 de fevereiro de 2014, alterou o art. 142,§3º, incisos II, III e VIII, os quais se aplicam aos militares estaduais por força do art. 42,§1º, autorizando a acumulação de dois cargos privativos de profissionais de saúde com profissões regulamentadas, aos militares.

Item III: redação equivocada e alterada propositadamente pela banca, tornando a assertiva errônea, pois se trata de “não eletiva” e “ainda que da administração direta” e não da forma como foi colocada na questão:

Art. 142, §3º (...) II - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo,

Page 31: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos da lei

Item IV: proposição inverídica. Nos termos do que foi registrado acima, não há remessa expressa do art. 42,§1º para o art. 37, XVI, “b”

Os requerimentos em questão não devem prosperar, e desta forma, pugno pelo CONHECIMENTO dos recursos e no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO, por não encontrar amparo na legislação vigente. 21. RECURSOS IMPETRADOS CONTRA A QUESTÃO 28 Da análise sistemática da Constituição Federal, é possível afirmar que:

I. Dentro do capítulo VII da CF/88 encontramos a Administração Pública, e particularmente a

Seção II, a qual trata dos servidores públicos, ali incluídos os policiais militares e bombeiros

militares, motivo pelo qual é correto afirmar que os integrantes das Polícias Militares e

Corpos de Bombeiros Militares tecnicamente são considerados servidores públicos

militares.

II. O art. 40, § 10.º da Constituição Federal, aplicável aos militares relata expressamente que

“a lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição

fictício”, motivo pelo qual os militares do Estado do Paraná não podem mais contar as férias

não gozadas como tempo para fins de inatividade.

III. É possível a combinação do regime geral de previdência e o regime próprio dos militares

estaduais.

IV. Para os policiais e bombeiros militares, o tempo de contribuição federal, estadual ou

municipal não será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço

correspondente para efeito de disponibilidade, já que dispõe de regras próprias.

V. Segundo o art. 14, § 8.º da Constituição Federal, o militar alistável é elegível; porém, se

contar com menos de 10 anos, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará

automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

Após análise dos itens acima, assinale a alternativa correta:

a.(___) somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.

b.(___) somente as afirmativas I, II e V estão corretas.

c.(___) somente as afirmativas I e IV estão corretas.

d.(___) todas afirmativas estão corretas.

e.(___) todas as afirmativas estão incorretas.

Page 32: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

a.Impetrantes: Cb. QPM 1-0 RG

Camila Aniele Pinto 86363089

Eduardo Wilkosz 56234055

Alex Thiago Santini 83779012

b. Análise da questão: O (s) candidato(s) acima elencado (s) questiona (m), principalmente o item

II, afirmando que ao contrário do que foi exposto pelo gabarito, o item estaria correto, vez que o art. 40,§10 se aplica aos militares estaduais, tanto que são proibidos de realização de contagem em duplicidade.

Conforme exaustivamente explicitado na questão anterior, não se pode realizar miscelânea dos regimes jurídicos (direitos e deveres) dos servidores públicos (regime jurídico civil) e dos militares estaduais (regime jurídico militar). Para tanto, fundamental a consciência de que os artigos 39, 40 e 41 da Constituição Federal destinam-se aos servidores públicos, enquanto que o artigo 42 é endereçado aos militares estaduais. O aproveitamento dos artigos 39, 40 e 41 para os militares estaduais, apenas será tolerado, se houver remessa expressa do artigo 42 a algum destes dispositivos.

Nesta quadra, novamente, vejamos o que informa a Constituição Federal:

Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.

§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos governadores.

Pelo que se percebe, o único dispositivo dos servidores públicos civis que

expressamente está endereçado aos militares estaduais é o art. 40, §9º, portanto, o art. 40, §10 (proíbe a contagem de tempo de contribuição ficto) não se aplica aos militares estaduais.

Em conclusão, temos que a Lei estadual que disciplina o regime jurídico dos militares estaduais pode ou não prever a contagem de tempo de contribuição em dobro (licença especial, férias, ou qualquer outra vantagem), todavia, desde a edição da Constituição Estadual em 05 de outubro de 1989, passou a vigorar o seguinte regramento:

Art. 34. São direitos dos servidores públicos, entre outros: (...)

Page 33: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

X - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que a remuneração normal, vedada a transformação do período de férias em tempo de serviço;

E o próprio comando constitucional estadual tratou de aplicar o dispositivo

aos militares estaduais: Art. 45. São servidores militares estaduais os integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar. (...) § 8º. Aplica-se aos militares estaduais o disposto nos art. 27, XI, XIII, XIV, e XV e 34, II, IV, VI, X, XI, XII, XVII, XVIII e XX desta Constituição.

Contudo, a mesma Lei Máxima do Paraná também autorizou a contagem de férias como tempo de serviço para todos os agentes públicos que não gozaram do beneficio até 1989:

Art. 37. Os servidores públicos que não gozaram férias referentes aos exercícios anteriores a 1989, inclusive, e nem por eles receberam qualquer compensação pecuniária poderão transformar o período correspondente em tempo de serviço em dobro.

Por estes motivos, inobstante a previsão legal de contagem de férias em

dobro do art. 124,§10 do Código da PMPR, tal dispositivo foi tacitamente revogado pelo art. 34, inciso X aplicável aos militares estaduais por força do art. 45, §8º, ambos da Constituição Estadual.

Todavia, o mesmo raciocínio não se encaixa em relação à licença especial, permanecendo a contabilização em dobro prevista no art. 144,§1º do Código da PMPR1 em pleno vigor, vez que não foi vedada por outra norma estadual de igual ou maior hierarquia.

Em breve síntese o item é errado sob duas perspectivas: primeiro ao afirmar que o art. 40,§10 se aplica aos militares estaduais, o que não é verdade, e por segundo, ao afirmar que as férias dos militares estaduais não podem ser contadas como acervo em dobro por vedação da Constituição Federal, o que também é um equívoco, visto que as férias tão somente não são duplicadas, por vedação da Constituição Estadual e não da Constituição Federal.

Item I: A terminologia “servidor público militar” é equivocada, já que texto constitucional é evidente ao tratar os integrantes das polícias militares e corpos de bombeiros militares como militares estaduais, esta sim, a forma legítima e constitucional de tratamento.

Item II: Nos termos da extensa fundamentação já explanada, o art. 40, §10 da CF/88 se destina aos servidores públicos e não aos militares estaduais, portanto, assertiva errada.

1 Art. 144 - Ao militar, que durante o período de dez anos consecutivos não se afastar do exercício de suas

funções, é assegurado o direito a licença especial de seis meses, por decênio, com vencimento integral.

§ 1° - Aquele que estiver nas condições deste artigo e não quiser utilizar-se dos favores nele mencionados,

ficará, para todos os efeitos legais, com o seu acervo de serviço público acrescido do dobro do tempo da

licença que deixou de gozar.

Page 34: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

Item III: Alternativa falsa. Os militares estaduais têm seu regime de previdência estatuído em Lei Estadual própria, conforme art. 42,§1º combinado com o art. 142,§3º, inciso X. As cortes superiores harmonizaram entendimento que o militar estadual possui previdência especial, sendo inadmissível a combinação com regime geral de previdência.

Item IV: Como cediço na análise supra, o único dispositivo dos servidores públicos, também administrado aos militares estaduais, é justamento o art. 40, §9 da CF/88 endereçado pelo art. 42,§1º também da carta magna. Em razão disso a frase está falsa, já que o tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de inativação dos militares estaduais.

Item V: Tal item também é errado, uma vez que, segundo o art. 14,§8º se o militar “contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade”.

Assim sendo, os requerimentos em questão não devem prosperar, e desta forma, pugno pelo CONHECIMENTO dos recursos e no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO, por não encontrar amparo na legislação vigente.

22. RECURSOS IMPETRADOS CONTRA A QUESTÃO 29 Ao realizar a leitura do art. 144 da Constituição Federal, tem-se o rol de competências e

atribuições dos órgãos que integram a segurança pública. É possível afirmar que:

I. Destina-se a Polícia Federal apurar infrações penais contra a ordem econômica,

democrática e de conflitos externos ou em detrimento de bens, serviços e interesses da

União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas.

II. A competência quanto a Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública atribuída a

Polícia Militar, também foi expressamente delegada pela Constituição Federal a Polícia

Rodoviária Federal e Ferroviária Federal, as quais competem, a Polícia Ostensiva nas

rodovias e ferrovias.

III. Compete à Polícia Federal exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de

fronteiras.

IV. Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem as funções de

polícia judiciária em concorrência com a Polícia Federal e a apuração de infrações penais,

exceto as militares.

V. A Constituição Federal atribuiu às Guardas Municipais o Poder de Polícia Municipal, com

atuação dentro da circunscrição do município.

Após análise dos itens acima, assinale a alternativa correta:

a.(___) somente as afirmativas I, II e III estão corretas.

b.(___) somente a afirmativa III está correta.

c.(___) somente as afirmativas II e IV estão corretas.

Page 35: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

d.(___) somente as afirmativas I e IV estão corretas.

e.(___) todas as afirmativas estão incorretas.

a.Impetrantes: Cb. QPM 1-0 RG

Alexssander Antonio Medeiros dos Santos 63073989

Nelson Ferreira Marques 42337110

Eduardo Wilkosz 56234055

Lucilene Costa e Silva 49275730

Angelo Jorge Leal Ferreira 58918679

Edvaldo Borgo 525158630

Reginaldo Bonin de Oliveira 71661245

Jonascir Rogério Dalpra da Silva 72371348

Helton Guanari da Silva 49953860

Alex Thiago Santini 83779012

Carolina de Fátima Morais 76615314

Niege Galvão Ferreira Leal Simioni 63824836

Alessandro da Cruz 60805601

Carlos Luciano de Paula Lopes 60685940

b. Análise da questão:

O (s) candidato(s) acima elencado (s) questiona (m), principalmente, o item II, afirmando que ao contrário do que foi exposto pelo gabarito, a assertiva estaria correta, vez que a art. 144,§§ 2º e 3º, atribuem à Polícia Rodoviária Federal e à Polícia Ferroviária Federal as mesmas competências da Polícia Militar, quais sejam a Preservação da Ordem Pública e a Polícia Ostensiva.

A questão não demanda grandes discussões, basta a simples leitura da Carta Magna para verificar que a missão de Polícia Ostensiva foi dedicada, com exclusividade, às Polícias Militares, aí incluídas as suas quatro fases de atuação (ordem de polícia, consentimento de polícia, fiscalização de polícia e sanção de polícia). É de se notar que a fiscalização de polícia está incluída no conceito de policiamento ou patrulhamento.

Além disto, também é delegada a Polícia Militar a Preservação da Ordem Pública, motivo pelo qual a questão é duplamente errada, já que as Polícias Rodoviária e Ferroviária Federal detêm competência única e simplesmente no patrulhamento (fiscalização de polícia), e além disto, o legislador constituinte não atribuiu a competência para Preservação da Ordem Pública às duas citadas instituições federais.

A respeito das competências da Polícia Militar, temos por obrigação citar o Parecer nº AGU/TH/02/2001 (Anexo ao parecer GM-025), adotado pelo Advogado Geral da União (atual Ministro do STF Gilmar Mendes), bem como pelo Presidente da República, e publicado juntamente com o despacho presidencial

Page 36: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

em Diário Oficial2, adquirindo desta forma caráter normativo e vinculativo a todos os órgãos e entidades da Administração Federal, que ficam obrigados a lhe dar fiel cumprimento.

(...) Com efeito, a Constituição menciona como missões policiais

militares a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública (art. 144, § 5º).

Os termos não se referem a atuações distintas senão que contidas uma na outra, pois a polícia ostensiva se destina, fundamentalmente, à preservação da ordem pública pela ação dissuasória da presença do agente policial fardado.

A menção específica à polícia ostensiva tem, no nosso entender, o interesse de fixar sua exclusividade constitucional, uma vez que a preservação, termo genérico, está no próprio caput do art. 144, referida a todas as modalidades de ação policial e, em conseqüência, de competência de todos os seus órgãos.

Surge, então, aqui, uma dúvida: por que o legislador constitucional se referiu apenas à – preservação -, no art. 144, caput, e seu § 5º, e omitiu o - restabelecimento, que menciona no art. 136, caput?

Não vejo nisso omissão mas, novamente, uma ênfase. A preservação é suficientemente elástica para conter a atividade repressiva, desde que imediata.

Com efeito, não obstante o sentido marcadamente preventivo da palavra preservação, enquanto o problema se contiver a nível policial, a repressão deve caber aos mesmos órgãos encarregados da preservação e sob sua inteira responsabilidade.

Para maior clareza, se tem preferido, por isso, sintetizar as duas idéias na palavra manutenção, daí a alguns autores, parecer até mais adequada à expressão - polícia de manutenção da ordem pública -.

Essa atuação, por fim, obedece rigorosamente à partilha federativa entre as polícias militares estaduais, do Distrito Federal e dos Territórios (estas, corporações federais).

Ao realizar a leitura do Parecer da Presidência da República, fica marcado

que a primeira competência da Polícia Militar – preservação da ordem pública – está vinculada essencialmente à atividade preventiva, todavia, a expressão “preservação” também abrange a repressão imediata (Polícia Judiciária de Repressão Imediata), ou plagiando o parecer “restabelecimento da ordem pública”. Em continuidade ao rico Parecer Vinculativo da AGU, passa-se a iluminar o significado e alcance da expressão “Polícia Ostensiva”, atribuída à Polícia Militar:

6 - Polícia ostensiva

2Diário Oficial da União nº 154-E, de 13 de agosto de 2001. p.6.

Page 37: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

A polícia ostensiva, afirmei, é uma expressão nova, não só no texto constitucional como na nomenclatura da especialidade. Foi adotada por dois motivos: o primeiro, já aludido, de estabelecer a exclusividade constitucional e, o segundo, para marcar a expansão da competência policial dos policiais militares, além do policiamento ostensivo.

Para bem entender esse segundo aspecto, é mister ter presente que o policiamento é apenas uma fase da atividade de polícia.

A atuação do Estado, no exercício de seu poder de polícia, se desenvolve em quatro fases: a ordem de polícia, o consentimento de polícia, a fiscalização de polícia e a sanção de polícia.

A ordem de polícia se contém num preceito, que, necessariamente, nasce da lei, pois se trata de uma reserva legal (art. 5º, II), e pode ser enriquecido discricionariamente, consoante as circunstâncias, pela Administração.

O consentimento de polícia, quando couber, será a anuência, vinculada ou discricionária, do Estado com a atividade submetida ao preceito vedativo relativo, sempre que satisfeitos os condicionamentos exigidos.

A fiscalização de polícia é uma forma ordinária e inafastável de atuação administrativa, através da qual se verifica o cumprimento da ordem de polícia ou a regularidade da atividade já consentida por uma licença ou uma autorização. A fiscalização pode ser ex officio ou provocada. No caso específico da atuação da polícia de preservação da ordem pública, é que toma o nome de policiamento.

Finalmente, a sanção de polícia é a atuação administrativa auto-executória que se destina à repressão da infração. No caso da infração à ordem pública, a atividade administrativa, auto-executória, no exercício do poder de polícia, se esgota no constrangimento pessoal, direto e imediato, na justa medida para restabelecê-la.

Como se observa, o policiamento corresponde apenas à atividade de fiscalização; por esse motivo, a expressão utilizada, polícia ostensiva, expande a atuação das Polícias Militares à integralidade das fases do exercício do poder de polícia.

O adjetivo – ostensivo - refere-se à ação pública da dissuasão, característica do policial fardado e armado, reforçada pelo aparato militar utilizado, que evoca o poder de uma corporação eficientemente unificada pela hierarquia e disciplina.

A competência de polícia ostensiva das Polícias Militares só admite exceções constitucionais expressas: as referentes às polícias rodoviária e ferroviária federais (art. 144, §§ 2º e 3º), que estão autorizadas ao exercício do patrulhamento ostensivo, respectivamente, das rodovias e das ferrovias federais. Por patrulhamento ostensivo não se deve entender, conseqüência do exposto, qualquer atividade além da fiscalização de

Page 38: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

polícia:patrulhamento é sinônimo de policiamento. (destacamos).

Em sintonia com o aludido Parecer, é um erro crasso restringir a atuação da

Polícia Militar ao policiamento (sinônimo de patrulhamento), já que com a nova linguagem constitucional, é legítima para atuar nas quatro fases do exercício do poder de polícia (ordem,consentimento, fiscalização e sanção), e, portanto, não está adstrita a fiscalização.

Por derradeiro, não há que se falar em Polícia Municipal, o único órgão policial responsável pela policia preventiva no âmbito municipal e estadual é a Polícia Militar. Em relação as Guardas Municipais, a Lei Máxima demarcou sua competência nos seguintes moldes:

§ 8º - Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.

Indiscutivelmente, o legislador constitucional não atribui, expressamente, poder

de polícia às Guardas Municipais. O município detém poder de polícia em determinados ramos de atividade, contudo, o constituinte federal não atribui as Guardas Municipais, os quais são vigilantes treinados e em alguns casos armados, cuja tarefa é a proteção do patrimônio e não o exercício de atividades policiais:

AÇÃO DECLARATÓRIA. MULTAS DE TRÂNSITO AUTUAÇÃO POR AGENTE DA GUARDA CIVILMUNICIPAL DELEGAÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES Inadmissibilidade. Atribuição da Guarda Municipal prevista no art. 144, § 8º da CF. Impossibilidade de exercício das funções de agente de trânsito. O Colendo Órgão Especial já assentou que a guarda municipal é apenas um corpo de vigilantes adestrados e armados para a proteção do patrimônio do Município, do seu quadro não podendo ser extraído o efetivo de agentes fiscalizadores do trânsito da urbe, menos ainda sem concurso, por policial não ser e por conseguinte não poder exercer típica atribuição de polícia. (ADIN 147.983-0/8-00). DANOS MORAIS. Inadmissibilidade. Ausência de comprovação dos elementos dano, conduta lesiva e nexo de causalidade (art. 333 do CPC). Recursos improvidos. (TJ-SP - APL: 9000002192008826 SP 9000002-19.2008.8.26.0038, Relator: Moacir Peres, Data de Julgamento: 13/02/2012, 7ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 14/02/2012)

E como já decidiu o STF, a Guarda Municipal não detém competência para atividades tipicamente policiais:

Page 39: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

RECLAMAÇÃO. ALEGADO DESCUMPRIMENTO DA DECISÃO PROFERIDA NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO N. 520.588/RJ. DESCUMPRIMENTO NÃO CONFIGURADO. RECLAMAÇÃO À QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.Relatório 1. Reclamação, sem requerimento de medida liminar, ajuizada em 8.11.2013, pela Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Rio de Janeiro, contra a Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, que, no Recurso Especial n. 855.794-AgR-Edcl/RJ, teria descumprido a decisão do Ministro Joaquim Barbosa no Recurso Extraordinário n. 520.588/RJ.O caso 2. Em setembro de 2005, a Sétima Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região negou provimento à apelação interposta pela Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Estado do Rio de Janeiro, no Mandado de Segurança n. 38466, impetrado por Edson da Silva Costa: “ADMINISTRATIVO. OAB. INSCRIÇÃO. GUARDA MUNICIPAL. I – O Impetrante-Apelado, membro da guarda municipal do Rio de Janeiro, participou do Exame da Ordem, logrando aprovação. Todavia, sua inscrição nos quadros daquela autarquia foi obstada, sob argumento de incompatibilidade das funções de advogado e policial, na forma do art. 28, V, da Lei n.º 8.906/94; II – Todavia, consoante o art. 144, § 8º, da CRFB/88, a guarda municipal tem como tarefa precípua a proteção de bem, serviços e instalações do município. Não se trata, assim, de atividade tipicamente policial; III – A regra do art. 28 e seus incisos, da Lei n. 8.906/94, que enumera os casos de incompatibilidade para o exercício da advocacia, por se tratar de norma restritiva de direitos, não comporta interpretação analógica e ampliativa para abranger hipóteses não previstas expressamente; IV – Remessa Necessária e Apelação improvidas” (fl. 22 do doc. 1). Contra essa decisão a Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Rio de Janeiro, interpôs recurso especial (fls. 1-5 do doc. 2) e recurso extraordinário (fls. 9-14 do doc. 2). Em 5.9.2006, a Ministra Relatora do Recurso Especial n. 855.794/RJ decidiu, com fundamento no art. 543, § 2º, do Código de Processo Civil, sobrestar o julgamento daquele recurso e determinar a remessa dos autos a este Supremo Tribunal Federal para julgamento do recurso extraordinário por considerar que haveria questão prejudicial à apreciação do especial (fls. 22-23 do doc. 2). Recebido o Recurso Extraordinário n. 520.588/RJ neste Supremo Tribunal Federal, seu Relator, Ministro Joaquim Barbosa a ele negou seguimento, em 11.6.2012, nos seguintes termos: “Aponta-se violação do disposto no art. 144, § 8º, da Constituição. Verifico que a fundamentação do recurso extraordinário não demonstra de que forma o acórdão recorrido teria violado referido dispositivo constitucional, tampouco desconstitui o fundamento do acórdão recorrido de que não se reconhece à guarda municipal o exercício de polícia ostensiva ou judiciária (fls. 165). Impõe-se a aplicação da Súmula 284/STF. Ademais, o recorrente pretende a apreciação por esta Corte de eventual vinculação, ainda que indireta, da atividade de guarda municipal com a atividade policial de qualquer natureza. Tal verificação demandaria a análise do art. 28 da Lei

Page 40: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

8.906/1994,o que dá margem ao descabimento do apelo extremo. Incide, no caso, o óbice da Súmula 636/STF. Do exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário” (fls. 36-37 do doc. 2). Essa decisão transitou em julgado em 28.6.2012. Recebidos os autos no Superior Tribunal de Justiça, a Ministra Relatora decidiu, em 1º.8.2013, negar seguimento ao Recurso Especial n. 855.794/RJ: “A Corte Regional, interpretando a norma contida no art. 144, § 8º, da CF/88, entendeu que a guarda municipal tem como tarefa precípua a proteção de bem, serviços e instalações do município, não se tratando, assim, de atividade tipicamente policial. Ainda que, em complemento, tenha consignado que o art. 28, V, da Lei n.º 8.906/94, por ser norma restritiva, não pode ser interpretado extensivamente para alcançar hipóteses nela não previstas, entendo que o fundamento principal do acórdão recorrido tem natureza eminentemente constitucional, daí por que, mediante de fls. 235-236, determinei o sobrestamento do recurso especial, nos moldes do art. 543, § 2º, do CPC, com a a remessa dos autos ao Supremo Tribunal Federal para julgamento do recurso extraordinário admitido. Ao recurso extraordinário, no entanto, fora negado seguimento em decisão monocrática da lavra do Ministro Joaquim Barbosa (fls. 249-250), do teor seguinte: (...) Referida decisão transitou livremente em julgado conforme certidão de fl. 251. Mantido, pois, o fundamento central do acórdão recorrido, escorado em interpretação de norma constitucional, não é possível rever o entendimento firmado pela Corte de origem em sede de recurso especial. Com estas considerações, com fundamento no art. 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso especial” (fls. 11-12 do Doc. 3, grifos nossos). Contra essa decisão a Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Estado do Rio de Janeiro, interpôs agravo regimental, ao qual a Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça negou provimento em 3.9.2013: “PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. GUARDA MUNICIPAL. INSCRIÇÃO NA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. ACÓRDÃO DECIDIDO POR FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL. 1. A Corte Regional, interpretando a norma contida no art. 144, § 8º, da CF/88, entendeu que a guarda municipal tem como tarefa precípua a proteção de bem, serviços e instalações do município, não se tratando, assim, de atividade tipicamente policial para fins de aplicação da norma contida no art. 28, V, da Lei n.º 8.906/94. 2. Decidida a questão por fundamentos de natureza eminentemente constitucional, é inviável o reexame da matéria na via do recurso especial, sob pena de se adentrar a competência do Supremo Tribunal Federal. 3. Agravo regimental não provido” (fl. 1 do Doc. 4, grifos nossos). Os embargos de declaração opostos foram rejeitados em 17.10.2013 (DJe 24.10.2013). Contra essa decisão proferida nos Embargos de Declaração no Agravo Regimental no Recurso Especial n. 855.794/RJ, a Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Estado do Rio de Janeiro, ajuíza a presente reclamação. 3. A Reclamante argumenta ter havido descumprimento do que decidido pelo Ministro Joaquim Barbosa

Page 41: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

no Recurso Extraordinário n. 520.588/RJ. Sustenta que “o Superior Tribunal de Justiça ao receber os autos do mandado de segurança [teria] se neg[ado] a julgar o Recurso Especial n.º 855.794, sob o fundamento de que é impossível rever o entendimento firmado pela Corte de Origem quando escorado em interpretação de norma constitucional” (fl. 2 da petição inicial). Salienta que, “após a decisão desse Pretório Excelso no sentido de que a análise do Recurso Especial não depende[ria] do julgamento do Recurso Extraordinário, mais uma vez, a Ministra Relatora do Recurso Especial [teria] se escor[ado] no entendimento de que cabe[ria] ao STF analisar, precipuamente, a norma constitucional, inobservando a autoridade da decisão proferida por este este Tribunal Superior”(fls. 7-8 da petição inicial). Argumenta que, “ainda que o Superior Tribunal de Justiça entenda que necessário se faz, a priori, o julgamento do Recurso Extraordinário por este conter questão prejudicial à apreciação do Recurso Especial, quando o STF entender que não há a alegada prejudicialidade, a primeira Corte te[ria] o dever/obrigação de julgar o Recurso Especial, ainda que seja para desprovê-lo no mérito” (fl. 8 da petição inicial). Pondera que isso decorreria do que dispõe o art. 543, § 3º, do Código de Processo Civil. Pede seja “a presente Reclamação Constitucional julgada procedente para cassar o acórdão proferido nos autos dos embargos de declaração no Recurso Especial n.º 855.794, e, consequentemente, determinar que a Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça julgue o referido recurso especial” (fl. 8 da petição inicial). Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO. 4. A reclamação é instrumento constitucional processual posto no sistema como dupla garantia formal da jurisdição: primeiro, para o jurisdicionado que tenha recebido resposta a pleito formulado judicialmente e que vê a decisão proferida afrontada,fragilizada e despojada de seu vigor e de sua eficácia; segundo, para o Supremo Tribunal Federal (art. 102, inc. I, alínea l , da Constituição da República) ou para o Superior Tribunal de Justiça (art. 105, inc. I, alínea f, da Constituição), que podem ter as suas respectivas competências enfrentadas e menosprezadas por outros órgãos do Poder Judiciário e a autoridade de suas decisões mitigada diante de atos reclamados. Busca-se, por ela, fazer com que a prestação jurisdicional mantenha-se dotada de seu vigor jurídico próprio ou que o órgão judicial de instância superior tenha a sua competência resguardada. Ela não se presta a antecipar julgados, a atalhar julgamentos, a fazer sucumbir decisões sem que se atenha à legislação processual específica qualquer discussão ou litígio a ser solucionado juridicamente. 5. A presente reclamação não pode ter seguimento. Diferente do que pretende fazer crer a Reclamante, o Ministro Joaquim Barbosa, Relator do Recuso Extraordinário n. 520.588/RJ, não decidiu que “o recurso excepcional não prejudicaria o julgamento do recurso especial, aplicando obliquamente o artigo 543, § 3º, do Código de Processo Civil” (fl. 2 da petição inicial). O recurso extraordinário interposto pela ora Reclamante não foi conhecido pela deficiência de sua

Page 42: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

fundamentação e teve seu seguimento negado com base na Súmula 284 deste Supremo Tribunal Federal, segundo a qual: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia”. O Ministro Relator do Recuso Extraordinário n. 520.588/RJ acrescentou, ainda, que o exame da matéria demandaria a análise do art. 28 da Lei 8.906/1994, o que faria incidir o óbice da Súmula 636 deste Supremo Tribunal Federal, que dispõe: “Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida”. Não se aplicou, assim, o art. 543, § 3º, do Código de Processo Civil, pois não se decidiu que o recurso extraordinário não seria prejudicial ao julgamento do especial. Teve-se, então, o julgamento do próprio extraordinário. A decisão no Recurso Extraordinário n. 520.588/RJ não impôs procedimento a ser adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, não sendo, por isso mesmo, por ele descumprida. Ademais, o Superior Tribunal de Justiça não deixou de julgar o recurso especial, como quer fazer crer a Reclamante. Ao contrário, aquele Superior Tribunal, exercendo competência que lhe foi atribuída pelo art. 105, inc. III, da Constituição da República, negou provimento ao recurso. A Ministra Relatora do Recurso Especial n. 855.764/RJ salientou que, “mantido, pois, o fundamento central do acórdão recorrido, escorado em interpretação de norma constitucional, não [seria] possível rever o entendimento firmado pela Corte de origem em sede de recurso especial”. Essa decisão foi mantida no agravo regimental e nos embargos de declaração pela Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, autoridade apontada como reclamada. A deficiência na fundamentação do recurso extraordinário interposto pela ora Reclamante resultou na negativa de seu seguimento. 6. A inicial da reclamação revela, apenas, a pretensão da Reclamante em ver alterada a decisão proferida no Recurso Especial n. 855.794/RJ, contrária aos seus interesses. No entanto, o acerto ou desacerto da decisão reclamada não pode ser apurado pela via estreita da reclamação, pois esta não pode ser utilizada como sucedâneo recursal. Nesse sentido a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal: Rcl 9.545-AgR/SP, Relator o Ministro Dias Toffoli, Plenário, DJ 14.5.2010; Rcl 7.971-AgR/PA, de minha relatoria, Plenário, DJ 11.12.2009; Rcl 5.207-AgR/PI, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Plenário, DJ 29.10.2009; Rcl 5.703-AgR/SP, de minha relatoria, Plenário, DJ 16.10.2009, Rcl 6.109-ED/TO, Relator o Ministro Celso de Mello, Plenário, DJ 13.3.2009; Rcl 4.003-AgR/RJ, Relator o Ministro Celso de Mello, Plenário, DJ 6.3.2009;Rcl 3.954-AgR/CE, Relator o Ministro Cezar Peluso, Plenário, DJ 7.11.2008; Rcl 5.684-AgR/PE, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Plenário, DJ 15.8.2008; Rcl 5.828/SP, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 4.3.2008; Rcl 5.830/GO, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 26.2.2008; Rcl 5.494-MC/ES, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ 28.9.2007; Rcl 4.703/SC, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ

Page 43: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

23.3.2007; Rcl 4.499-MC/BA, Relator o Ministro Celso de Mello, decisão monocrática, DJ 5.9.2006; Rcl 4.154/SC, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, decisão monocrática, DJ 31.3.2006; Rcl 2.680/MG, Relator o Ministro Gilmar Mendes, decisão monocrática, DJ 15.12.2005; Rcl 1.852-AgR/RN, Relator o Ministro Maurício Corrêa, decisão monocrática, DJ 8.3.2002; Rcl 1.852/RN, Relator o Ministro Maurício Corrêa, decisão monocrática, DJ 4.6.2001; Rcl 603/RJ, Relator o Ministro Carlos Velloso, decisão monocrática, DJ 12.2.1999; e Rcl 724-AgR/ES, Relator o Ministro Octavio Gallotti,decisão monocrática, DJ 22.5.1998. 7. Pelo exposto, nego seguimento à presente reclamação (art. 38 da Lei n. 8.038/1990 e art. 21, § 1º, do Regimento interno do Supremo Tribunal Federal). Publique-se. Brasília, 14 de novembro de 2013.Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora. (STF - Rcl: 16723 RJ , Relator: Min. CÁRMEN LÚCIA, Data de Julgamento: 14/11/2013, Data de Publicação: DJe-239 DIVULG 04/12/2013 PUBLIC 05/12/2013)

Face ao exposto, como a Constituição Federal não atribuiu às Guardas Municipais o Poder de Polícia, a alternativa é falsa.

Item I: Ao contrário do que foi argumentado na alternativa, a Polícia Federal não se destina a apuração de infrações penais contra a ordem econômica, democrática e de conflitos externos e sim, apurar as infrações penais contra a ordem política e social. Afirmação inverídica.

Item II: Reforçando o entendimento já debatido, a Constituição Federal não atribuiu expressamente à Polícia Rodoviária Federal e Ferroviária Federal, a Polícia Ostensiva (termo que não se confunde com policiamento ou patrulhamento) nas rodovias e ferrovias, tão menos, atribuiu legitimidade expressa para a preservação da ordem pública. Item incorreto.

Item III: Reprodução textual do art. 144,§1º, inciso III da CF/88: “exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras”, portanto, alternativa correta.

Item IV: a Lei Maior não outorgou às polícias civis estaduais competência para o exercício da polícia judiciária da União, ao contrário, no art. 144,§1º, inciso IV, manteve exclusividade para a Polícia Federal e no art. 144,§4º, deixou latente a vedação para a polícia civil atuar: “às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.” Item falso.

Item V: Os municípios detêm legitimidade para o exercício da Polícia Administrativa na esfera de suas atribuições, e, portanto o município possui Poder de Polícia. Contudo, conforme exame rigoroso da matéria já explanado antes, os Guardas Municipais, os quais são sentinelas para defesa do patrimônio municipal, não são Policiais Municipais, tampouco o legislador constituinte atribuiu expressamente esta competência para tais organizações, conforme induzia equivocadamente o enunciado da questão, motivo pelo qual é falsa.

Page 44: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

Portanto, os requerimentos em questão não devem prosperar, e desta forma, pugno pelo CONHECIMENTO dos recursos e no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO, por não encontrar amparo na legislação vigente.

23. RECURSOS IMPETRADOS CONTRA A QUESTÃO 30 O Soldado PM Ares, pertencente ao 54.º Batalhão de Polícia Militar, quando de serviço na

rádio patrulha, por volta das 22h, após discussão, veio a efetuar disparos de arma de fogo

contra seu companheiro de serviço Soldado PM Hermes, o qual veio a falecer. Na sequência,

o Oficial CPU 1.º Tenente Apolo, buscando o paradeiro do Soldado PM Hermes, verificou

manchas de sangue no tapete e camburão da viatura, pedaços de tecido indicando ser do

fardamento do Soldado PM Hermes, além de marcas nos braços do Soldado PM Ares,

indicando a ocorrência de luta corporal. Neste momento, o Soldado Ares recebeu voz de

prisão pelo Oficial CPU, sendo autuado em flagrante delito. Durante o interrogatório de Ares,

este confessou o crime, indicando um revólver calibre .32, de numeração e identificação

suprimida, utilizado para prática do ilícito, o qual estava escondido em sua residência. Na

sequência, a equipe da P/2, sob comando da 1.º Sargento Têmis, às 2h da manhã, adentrou

na residência de Ares, realizou busca domiciliar sem autorização da justiça e apreendeu a

arma objeto do delito.

Após análise do texto, assinale a alternativa correta:

a.(___) A garantia de não produzir provas contra si significa que o acusado em processo não está obrigado a dizer a verdade, dispositivo que não se aplica aos militares, que têm o dever de falar a verdade. Neste caso, o militar estadual ou confessaria o crime ou permaneceria calado. b.(___) O advogado do Soldado PM Hermes poderá ingressar junto à Justiça Militar com todos os

meios cabíveis visando a liberdade de seu cliente, inclusive o habeas corpus.

c.(___) Por se tratar de crime doloso contra a vida, a investigação será conduzida mediante

Inquérito Policial na Delegacia de Polícia, e o Soldado Ares será julgado pelo Tribunal do Júri.

d.(___) Segundo a Constituição Federal, ninguém será preso salvo em flagrante delito ou por

ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, exceto nos casos de

transgressão disciplinar e crimes impropriamente militares. Portanto, no presente caso, o Oficial

CPU poderia efetuar a prisão pelo crime, mesmo que não estivesse em flagrante delito.

e.(___) Até o término das diligências iniciais, o presidente do auto de prisão em flagrante poderá manter o Soldado Ares incomunicável, pois não há contraditório e ampla defesa nesta fase; contudo, tão logo encerre seu interrogatório, deverá ser imediatamente comunicada a família ou alguém por ele indicado.

a.Impetrantes: Cb. QPM 1-0 RG

Jairo Zatta 54378947

Talita Regina Gomes 67673352

Douglas da Fraga 85649493

Page 45: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

Sandro Darci de Aguiar 107662901

Ereonei Ramos 67833953

Barbara Lee Schmeil 69538690

Eduardo Jaques da Rosa Maia 56467912

Valter de Oliveira Maceno 76510466

Aline Burakowski Teodoro 87025985

Mauricio Cardoso dos Anjos 73605075

Ricardo Amorim Luciano 73574820

Joel Rodrigues da Silva 52360501

João Edegar França 43942409

Nelson Ferreira Marques 42337110

Josimar Sobol 78007087

Daison Diego Baerle 69295444

Jonas Ribas dos Santos 69202381

Silvestre de Oliveira Lopes 68712378

Lucilene Costa e Silva 49275730

Angelo Jorge Leal Ferreira 58918679

Berone Dekkers Kremer 66213790

Edilson Cordeiro Lapchenski 46562976

Reginaldo Bonin de Oliveira 71661245

Jonascir Rogério Dalpra da Silva 72371348

Christiane de Araujo Valim 62040580

Helton Guanari da Silva 49953860

Ricardo Wons dos Santos 61557121

Carlos Eduardo Sinque de Paula 77589740

Alessandro da Cruz 60805601

Carlos Luciano de Paula Lopes 60685940

Deyvison Francisco Chelis 74044883

b. Análise da questão:

A Comissão do concurso, avaliando a questão de número 30 do caderno de provas “A” verificou a existência de erro de digitação, a qual acarreta a anulação da questão. No tema proposto pela Banca Avaliadora, o candidato deveria apreciar um caso fictício em que um militar estadual de serviço veio a praticar homicídio contra seu companheiro também em serviço. No item “b” do Caderno “A” a proposição original era a seguinte:

“b. ( ) O advogado do Soldado PM Ares poderá ingressar junto à Justiça Militar com todos os meios cabíveis visando a liberdade de seu cliente, inclusive o habeas corpus.”

Ocorre que por equívoco, no caderno de provas, a redação foi impressa da seguinte forma:

“b. ( ) O advogado do Soldado PM Hermes poderá ingressar junto à Justiça Militar com todos os meios cabíveis visando a liberdade de seu cliente, inclusive o habeas corpus.”

Page 46: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

Por óbvio, com a redação apresentada em que houve troca dos nomes, seria absurdo que o militar falecido constituísse patrono e quanto mais, impetrasse qualquer remédio constitucional, motivo pelo qual se deve anular a questão aventada.

Após análise da motivação dos candidatos, pugno pelo CONHECIMENTO dos recursos e, no mérito, DECIDO pelo DEFERIMENTO do requerido em relação à Questão nº 30 do caderno de provas A, B e C do CFS-PM/2014, e com base no item 4.2.10 do Edital n° 001 do Concurso ao CFS-PM /2014, ANULO a referida questão. 24. RECURSOS IMPETRADOS CONTRA A QUESTÃO 31 Após análise do texto anterior, assinale a alternativa correta:

a.(___) Quando a infração deixar vestígios será dispensável o exame de corpo de delito, podendo

supri-lo a confissão do acusado.

b.(___) O Soldado Ares também poderá incidir nas penas do crime de posse irregular de arma de

fogo de uso permitido, prevista no art. 12 do Estatuto do Desarmamento.

c.(___) O caso em tela é de flagrante presumido ou ficto, ou seja, quando o autuado é encontrado,

logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da

infração.

d.(___) A busca domiciliar comandada pela 1.º Sargento Têmis é ilegal, vez que realizada no

período noturno e sem autorização judicial, devendo neste caso responder por abuso de

autoridade e a prova passa a ser considerada ilícita devido ao vício em sua colheita.

e.(___) A confissão do acusado é prova suficiente para condenação; todavia, poderão ser

levantadas outras circunstâncias que atenuem a pena.

a.Impetrantes: Cb. QPM 1-0 RG

Barbara Lee Schmeil 69538690

Ricardo Amorim Luciano 73574820

b. Análise da questão:

A comissão examinadora buscou no item “d” avaliar os conhecimentos do candidato relacionados às hipóteses autorizadoras da busca domiciliar, assim, imprescindível trasladar o texto constitucional:

Art. 5º (...) XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela

podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

É possível extrair da norma máxima brasileira as cinco hipóteses de realização de busca residencial, assim discriminadas: 1) com consentimento do morador; 2) por determinação judicial, apenas durante o dia; 3) flagrante delito, a

Page 47: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

qualquer hora do dia; 4) desastre a qualquer hora do dia; 5) para prestar socorro, também independente de horário.

No caso simulado, o militar além do flagrante delito pelo crime de homicídio, também estava em flagrante delito pela infração penal do art. 16, parágrafo único, inciso I do Estatuto do Desarmamento cujo armamento era mantido em sua residência:

Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem: I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato;

Portanto, existindo flagrante delito, a busca domiciliar pode ser realizada,

independente de horário ou do consentimento ou não do morador. Item a: O item é contrário ao texto do Código de Processo Penal que define

a obrigatoriedade na realização de exame de corpo de delito, diante da existência de vestígios: Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. Assertiva falsa.

Item b: Por conta do art. 16 do Estatuto do Desarmamento, já apontado, verifica-se que o agente irá incidir nas penas do crime de porte ou posse de arma de fogo de uso restrito e não de uso permitido, conforme propunha a alternativa, escopo que torna a afirmativa incorreta.

Item c: Proposição correta. O caso posto a mesa, se amolda ao caso de flagrante ficto ou presumido, encampado pelo art. 302, inciso III, do Código de Processo Penal:

Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: (..) III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;

Por conta do exposto, o item é correto. Item d:Nos termos do que foi trabalhado acima, a alternativa é falsa, visto

que existia um cenário de flagrância, que no caso da posse de arma de fogo de uso permitido ou restrito, classifica-se como crime permanente, ou seja, aquele cujos efeitos se protraem no tempo. Calha observar os presentes acórdãos do

Page 48: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

Tribunal de Justiça do Estado do Paraná e do Superior Tribunal de Justiça sobre casos semelhantes:

APELAÇÃO CRIMINAL. POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO

RESTRITO (ART. 16, DA LEI Nº 10.826/03). 1) DESCLASSIFICAÇÃO DO FATO PARA A FIGURA DESCRITA NO CAPUT DO MESMO ARTIGO. IRRELEVÂNCIA. IDENTIDADE DE PENA. AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL. NÃO CONHECIMENTO. 2) NULIDADE DO PROCESSO. ILICITUDE DA PROVA PRODUZIDA. AUSÊNCIA DE MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO. DESNECESSIDADE. CRIME PERMANENTE. ARTIGO 5º, XI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PRISÃO EM FLAGRANTE. 3) ATIPICIDADE DA CONDUTA. ABOLITIO CRIMINIS. ALTERAÇÕES AO ESTATUTO DO DESARMAMENTO QUE NÃO MAIS CONTEMPLAM A POSSE DE ARMA E MUNIÇÕES DE USO RESTRITO OU COM NUMERAÇÃO SUPRIMIDA COMO CAUSA EXTINTIVA DA PUNIBILIDADE. ORIGEM ILÍCITA. IMPOSSIBILIDADE DE REGISTRO. 4) ALEGADA AUSÊNCIA DE POTENCIAL OFENSIVO E INAPLICABILIDADE DA PENA. INEXISTÊNCIA DE DOLO. DESNECESSIDADE. CRIME DE PERIGO ABSTRATO E DE MERA CONDUTA. APLICAÇÃO DE PENA DECORRENTE DA PRÁTICA DE ATO TÍPICO. 5) ERRO DE PROIBIÇÃO. DESCONHECIMENTO DA ILICITUDE DO FATO. ALEGAÇÃO NÃO ACOLHIDA. IMPOSSIBILIDADE DE ALEGAR DESCONHECIMENTO DA LEI. DESARMAMENTO AMPLAMENTE DIVULGADO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E, NA PARTE CONHECIDA, DESPROVIDO. 1) Em relação à dosimetria da pena, inócua a desclassificação do delito do parágrafo único, inciso IV, do artigo 16, Código Penal para o caput, do mesmo dispositivo legal, uma vez que as penas são as mesmas. 2) Não há de se cogitar de ilicitude da prova, em decorrência da alegada violação de domicílio, uma vez que o delito de posse ilegal de arma de fogo é crime permanente e, por conseguinte, afasta a necessidade de mandado de busca e apreensão (artigo 5º, XI, CF). 3) "É considerada atípica a conduta relacionada ao crime de posse de arma de fogo, seja de uso permitido ou de uso restrito, incidindo a chamada abolitio criminis temporária nas duas hipóteses, se praticada no período compreendido entre 23 de dezembro de 2003 a 23 de outubro de 2005. Contudo, este termo final foi prorrogado até 31 de dezembro de 2008 somente para os possuidores de arma de fogo de uso permitido (art. 12), nos termos da Medida Provisória nº 417 de 31 de janeiro de 2008, que estabeleceu nova redação aos arts. 30 a 32 da Lei nº 10.826/03, não mais albergando o delito de posse de arma de uso proibido ou restrito - previsto no art. 16 do referido Estatuto."(STJ, HC 139547 / SP - HABEAS CORPUS 2009/0117608-1 - Relator (a) Ministro JORGE MUSSI - QUINTA TURMA - Data do Julgamento 26/08/2010 - Data da Publicação/Fonte DJe 04/10/2010) 4) O tipo penal em comento é considerado crime de perigo abstrato e de mera conduta, de sorte que, para a sua consumação, basta que o agente esteja na posse de munição e/ou arma de fogo com numeração suprimida, sendo irrelevante o fato de estar municiada ou não para a configuração do delito. 5) Inaplicável a tese de erro sobre a ilicitude do fato, haja vista que o próprio art. 21, do Código Penal, preceitua que é defeso alegar o desconhecimento da lei, precipuamente no caso dos autos, em que houve ampla divulgação acerca do Estatuto do Desarmamento e a realização do Referendo, em outubro de 2005. Consequentemente, a tipicidade leva à incidência da sanção.

(TJ-PR - ACR: 7621930 PR 0762193-0, Relator: Lidia Maejima, Data de Julgamento: 05/05/2011, 2ª Câmara Criminal, Data de Publicação: DJ: 633)

HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO.

DESCABIMENTO. COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DESTE

Page 49: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. MATÉRIA DE DIREITO ESTRITO. MODIFICAÇÃO DE ENTENDIMENTO DO STJ, EM CONSONÂNCIA COM O DO STF. PROCESSO PENAL. POSSE DE ENTORPECENTE PARA USO PRÓPRIO E PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO COM NUMERAÇÃO RASPADA. AUSÊNCIA DE INDÍCIOS DE AUTORIA DELITIVA. REVOLVIMENTO DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. INVIABILIDADE NA VIA ELEITA. PRISÃO EM FLAGRANTE. CRIME PERMANENTE. AUSÊNCIA DE NULIDADE. DENÚNCIA ANÔNIMA. POSSIBILIDADE DE INVESTIGAÇÕES PRELIMINARES. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. PRISÃO CONCRETAMENTE FUNDAMENTADA. RECEIO FUNDADO DE REITERAÇÃO CRIMINOSA. MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO. INSUFICIÊNCIA. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA NA ESPÉCIE. ORDEM DE HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDA. 1. O Superior Tribunal de Justiça, adequando-se à nova orientação da primeira turma do Supremo Tribunal Federal, e em absoluta consonância com os princípios constitucionais - notadamente o do devido processo legal, da celeridade e economia processual e da razoável duração do processo -, reformulou a admissibilidade da impetração originária de habeas corpus, a fim de que não mais seja conhecido o writ substitutivo do recurso ordinário, sem prejuízo de, eventualmente, se for o caso, deferir-se a ordem de ofício, nos feitos em andamento. 2. Por demandar revolvimento de matéria fático-probatória, a verificação de suposta ausência de indícios de autoria delitiva é operação inviável na estreita via do habeas corpus, ação constitucional de rito célere e cognição sumária. 3. Tratando-se de crime permanente, não há se falar em ilegalidade da prisão em flagrante por violação de domicílio, uma vez que a Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso XI, autoriza a entrada da autoridade policial, seja durante o dia, seja durante a noite, independente da expedição de mandado judicial. 4. Conquanto não preste como fundamento exclusivo à instauração de inquérito policial, tampouco - e por razões mais fortes - ao início de persecutio criminis, a denúncia anônima é elemento hábil para a apuração preliminar de fatos apontados como criminosos, a serem confirmados posteriormente por outros meios de prova. 5. Na hipótese, as instâncias ordinárias salientaram que o Paciente já foi condenado pelo crime de tráfico de drogas e está sendo investigado por homicídio, a revelar fundado receio de reiteração criminosa, o que é argumento suficiente para a manutenção da custódia visando a garantia da ordem pública. 6. Impossível a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, pois o receio fundado de reiteração da prática criminosa demonstra serem insuficientes para acautelar a ordem pública. 7. A existência de condições pessoais favoráveis tais como primariedade, bons antecedentes, ocupação lícita e residência fixa, não tem o condão de, por si só, desconstituir a custódia antecipada, quando presentes outros requisitos de ordem objetiva e subjetiva que autorizem a decretação da medida extrema. 8. Ordem de habeas corpus não conhecida.

(STJ - HC: 273141 SC 2013/0211291-7, Relator: Ministra LAURITA VAZ, Data de Julgamento: 22/10/2013, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe 05/11/2013)

Item e:Não é possível buscar uma condenação penal tendo como suporte

exclusivo a confissão do acusado. Portanto, a confissão tem valor relativo, devendo ser confrontada com outros elementos de prova na convicção do magistrado. Sustenta o art. 197 do Codex Processual Penal:

Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo,

Page 50: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância.

Além disto, no exemplo imaginário, o personagem confessou durante a fase

investigativa (auto de prisão em flagrante), e mesmo que fosse durante a ação penal já instalada, poderia a qualquer momento se retratar nos ditames do art. 200 do diploma processual penal. Com efeito, a alternativa é falsa.

Portanto, os requerimentos em questão não devem prosperar, e desta forma, pugno pelo CONHECIMENTO dos recursos e no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO, por não encontrar amparo na legislação vigente. 25. RECURSO IMPETRADO CONTRA A QUESTÃO 32 Em relação ao Estado de Defesa e Estado de Sítio previstos na Constituição Federal é

possível afirmar que:

I. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de

Defesa Nacional, decretar estado de sítio para preservar ou prontamente restabelecer, em

locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e

iminente instabilidade institucional.

II. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de

Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de

defesa no caso de declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada

estrangeira.

III. O decreto que instituir o estado de sítio, que será de no máximo 30 dias, poderá restringir

o direito a reunião, sigilo de correspondência e o sigilo de comunicação telegráfica e

telefônica.

IV. A vigência do estado de defesa, como consequência da declaração de estado de guerra,

sujeitará as pessoas a obrigação de permanência em localidade determinada; detenção em

edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns; e intervenção nas

empresas de serviços públicos.

Após análise dos itens acima, assinale a alternativa correta:

a.(___) somente a afirmativa I está correta.

b.(___) somente as afirmativas I e II estão corretas.

c.(___) somente as afirmativas III e IV estão corretas.

d.(___) todas as afirmativas estão corretas.

e.(___) todas as afirmativas estão incorretas.

a.Impetrante: Cb. QPM 1-0

Page 51: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

Berone Dekkers Kremer 66213790

b. Análise da questão:

O candidato acima questiona a validade da questão. Percebe-se na presente formulação, que a simples leitura da Constituição Federal permite concluir que houve inversão entre os conceitos de Estado de Sítio e Estado de Defesa(temas previstos no programa)em todos os itens. Vamos ao que redige a Constituição Federal:

Seção I DO ESTADO DE DEFESA

Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o

Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.

§ 1º - O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:

I - restrições aos direitos de: a) reunião, ainda que exercida no seio das associações; b) sigilo de correspondência; c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de

calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes. § 2º - O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias,

podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.

§ 3º - Na vigência do estado de defesa: I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será

por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial;

II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e mental do detido no momento de sua autuação;

III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário;

IV - é vedada a incomunicabilidade do preso. § 4º - Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República,

dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta.

§ 5º - Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias.

§ 6º - O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez dias contados de seu recebimento, devendo continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa.

§ 7º - Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa.

Page 52: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

Seção II DO ESTADO DE SÍTIO

Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:

I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;

II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o

estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.

Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas necessárias a sua execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de publicado, o Presidente da República designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas.

§ 1º - O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira.

§ 2º - Solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso Nacional para se reunir dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato.

§ 3º - O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das medidas coercitivas.

Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:

I - obrigação de permanência em localidade determinada; II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes

comuns; III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das

comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei;

IV - suspensão da liberdade de reunião; V - busca e apreensão em domicílio; VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; VII - requisição de bens. Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a difusão de

pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa.

Por se tratar de simples transcrição da norma constitucional, desnecessária maiores discussões.

Sendo assim, o requerimento em questão não deve prosperar, e desta forma, pugno pelo CONHECIMENTO do recurso e no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO, por não encontrar amparo na legislação vigente.

Page 53: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

26. RECURSOS IMPETRADOS CONTRA A QUESTÃO 33 A respeito do crime e da contravenção penal, analise as assertivas abaixo:

I. Constitui crime a infração penal apenada com reclusão ou detenção, acompanhada ou não

de multa, e contravenção penal aquela punida com prisão simples juntamente com multa ou

somente com multa.

II. Os crimes são de ação penal pública condicionada, incondicionada ou ação penal

privada, sendo admitida para os crimes a punição pela tentativa; já as contravenções penais

não admitem tentativa e são todas de ação penal pública incondicionada.

III. Nos crimes, a pena máxima para cumprimento é de 30 (trinta) anos, sendo admitido o

erro de tipo e o erro de proibição; em relação às contravenções penais, admite-se o erro de

direito e a pena máxima de cumprimento é de 5 (cinco) anos.

IV. A conduta prevista no art. 28 da Lei Federal n.º 11.343/2006, que previu o crime de porte

de drogas, por não ser sancionada com a pena de reclusão, tampouco com a de detenção, é

considerada uma contravenção penal.

Após análise dos itens acima, assinale a alternativa correta:

a.(___) somente as afirmativas I e II estão corretas.

b.(___) somente as afirmativas I e III estão corretas.

c.(___) somente as afirmativas II e IV estão corretas.

d.(___) somente as afirmativas I, II e III estão corretas.

e.(___) todas as afirmativas estão corretas.

a.Impetrantes: Cb. QPM 1-0 RG

Camila Aniele Pinto 86363089

Ricardo Amorim Luciano 73574820

Jonas Ribas dos Santos 69202381

Silvestre de Oliveira Lopes 68712378

Christiane de Araujo Valim 62040580

Helton Guanari da Silva 49953860

Maurício dos Santos Portela 72929667

Nildo Hoffer 63372110

b. Análise da questão: O (s) candidato (s) acima elencado(s) questiona (m) as alternativas em que

se estabelecem as características típicas do crime e das contravenções penais. Para não restar sombra de duvida, essencial a transcrição dos principais

dispositivos do Código Penal e da Lei de Contravenções Penais, as quais foram exploradas na questão.

Item I: Alternativa verdadeira. As sanções previstas no código penal, estão

relacionadas no art. 33 e 49, já as penas das contravenções, encontram-se no art. 5 da LCP.

Page 54: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

Item II: Asssertiva correta. Também basta a leitura do art. 4º (não e punível

a tentativa) e art. 17 (define que a ação penal e publica) da Lei Contravenções Penais. Em relação à ação penal dos crimes, estão definidos no art. 24 e seguintes do Código de Processo Penal; a punição pela tentativa de crime, esta albergada pelo art. 14, inciso II do Código Penal.

Item III: Proposição verdadeira. A pena máxima para cumprimento de crimes esta no art. 75 do Código Penal, sendo admitido o erro de tipo no art. 20 bem como o erro de proibição no art. 2, ambos do Código Penal; já as contravenções, admitem o erro de direito no art.8 e prevêem a pena máxima de cumprimento no art. 10, ambos da Lei de Contravenções Penais.

Item IV: afirmação incorreta. O porte de drogas para consumo pessoal, inobstante sofrer despenalização na atual Lei de Drogas, não deixou de ser crime, alias, conforme já salientou o próprio Supremo Tribunal Federal no RE 430105 QO/RJ.

Os requerimentos em questão não devem prosperar, e desta forma, pugno pelo CONHECIMENTO dos recursos e no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO, por não encontrar amparo na legislação vigente. 27. RECURSOS IMPETRADOS CONTRA A QUESTÃO 34 Criminosos sequestram a filha de 5 anos de idade de Tibúrcio, gerente de um banco, e

exigem que ele abra o cofre e os auxilie na subtração de soma em dinheiro. Durante esse

período, a quadrilha mantém, em local ignorado, a criança sob a mira de armas de fogo.

Caso Tibúrcio se recuse, os criminosos ameaçam matá-la. No dia seguinte, durante

patrulhamento rotineiro, uma equipe policial-militar percebe a movimentação estranha no

banco e, ao abordar os suspeitos, constata o crime e prende todos os autores. Em seguida,

a menina é libertada pela Polícia Militar. Quanto ao gerente do banco, é correto afirmar:

a.(___) Responderá pelo crime consumado, uma vez que a conduta foi típica, ilícita e culpável, porém ficará isento de pena em face do perdão judicial. b.(___) Responderá por tentativa imperfeita, uma vez que o crime não se consumou por circunstâncias alheias à sua vontade. c.(___) Estará afastada a tipicidade da sua conduta, pois não agiu com dolo, além do que não houve ação ou omissão diante da coação física irresistível imposta. d.(___) Estará afastada a ilicitude da sua conduta, pois agiu em estado de necessidade. e.(___) Estará afastada a culpabilidade, pois agiu mediante coação moral irresistível, não lhe sendo exigível conduta diversa.

a.Impetrantes: Cb. QPM 1-0 RG

Aline Burakowski Teodoro 87025985

Jonascir Rogério Dalpra da Silva 72371348

Carolina de Fátima Morais 76615314

Page 55: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

b. Análise da questão: O (s) candidato (s) acima elencado(s) questiona (m) a alternativa “d” correta

de que na hipótese fictícia restaria afastada a culpabilidade diante da coação moral irresistível.

Pois bem, a presente questão é baseada em exemplo clássico da doutrina, que reiteradamente utiliza o caso fictício acima para exemplificar a exculpante em face da não exigibilidade de conduta diversa. Assim nos ensina Fernando Capez:

31.3. Exigibilidade de conduta diversa Introdução: de acordo com a teoria da normalidade das circunstâncias concomitantes, de Frank, para que se possa considerar alguém culpado do cometimento de uma infração penal, é necessário que esta tenha sido praticada em condições e circunstâncias normais, pois do contrário não será possível exigir do sujeito conduta diversa da que, efetivamente, acabou praticando. Conceito: consiste na expectativa social de um comportamento diferente daquele que foi adotado pelo agente. Somente haverá exigibilidade de conduta diversa quando a coletividade podia esperar do sujeito que tivesse atuado de outra forma. (...) b) Moral irresistível: há crime, pois, mesmo sendo grave a ameaça, ainda subsiste um resquício de vontade que mantém o fato como típico. No entanto, o agente não será considerado culpado. Quando o assaltante, apontando uma arma de fogo, diz para a vítima “a bolsa ou a vida”, não está excluindo-lhe totalmente a vontade, embora a tenha pressionado de modo a inviabilizar qualquer resistência. Assim, na coação moral irresistível, há fato típico e ilícito, mas o agente não é considerado culpado, em face da exclusão da exigibilidade de conduta diversa.

Portanto, sem sombra de dúvida, no caso exposto na questão, o gerente do banco terá afastada a culpabilidade, vez que estava sob coação moral irresistível, não lhe sendo exigível conduta diversa.

Sendo assim, os requerimentos em questão não devem prosperar, e desta forma, pugno pelo CONHECIMENTO dos recursos e no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO, por não encontrar amparo na legislação vigente. 28.RECURSOS IMPETRADOS CONTRA A QUESTÃO 35 A respeito das imunidades parlamentares, analise as assertivas a seguir:

I. A Imunidade Parlamentar é outorgada a senadores e deputados federais, não alcançando

os parlamentares estaduais e vereadores.

II. De acordo com o art. 53 da CF, os deputados e senadores são invioláveis, civil e

penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos, mesmo fora do Congresso

Nacional e ainda que não relacionados com o exercício da atividade.

Page 56: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

III. A Imunidade Processual dos senadores e deputados federais ocorre desde a diplomação,

antes de tomar posse. O processo e julgamento correm junto ao Supremo Tribunal Federal,

independe da infração penal, bem como não importa se praticada antes ou durante o

exercício da atividade parlamentar.

IV. Imunidade Prisional significa que o parlamentar federal, em regra, não poderá ser alvo de

prisão temporária, preventiva ou decorrente de flagrante delito, exceto o encarceramento

provisório em decorrência de flagrante por crime inafiançável.

Após análise dos itens acima, assinale a alternativa correta:

a.(___) somente a afirmativa III e IV estão corretas.

b.(___) somente as afirmativas I e III estão corretas.

c.(___) somente as afirmativas II e IV estão corretas.

d.(___) somente as afirmativas I e II estão corretas.

e.(___) todas as afirmativas estão corretas.

a.Impetrantes: Cb. QPM 1-0 RG

Barbara Lee Schmeil 69538690

Alex Thiago Santini 83779012

Wilson Fagundes 46829026

b. Análise da questão:

O (s) candidato (s) acima elencado(s) questiona (m) todas as alternativas, alegando a existência de erros na questão.

No item I, a alternativa é inverídica, vez que as imunidades parlamentares não ficam restritas aos senadores e deputados federais, alcançando parte destas imunidades também os deputados estaduais e vereadores.

No item II, a alternativa é errônea, vez que a imunidade material aproveita os deputados e senadores, quando suas opiniões, palavras e votos, estão relacionados com o exercício da atividade. Segundo entendimento há tempos pacificado pelos Tribunais Superiores, caso não exista tal vínculo, a imunidade é afastada. EMENTA: EMBARGOS DECLARATÓRIOS CONVERTIDOS EM AGRAVO REGIMENTAL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. DENÚNCIAS APRESENTADAS POR DEPUTADO EM CAMPANHA ELEITORAL PARA CARGO DIVERSO. IMUNIDADE PARLAMENTAR. ART. 53, DA CONSTITUIÇÃO. NÃO ABRANGÊNCIA. ENUNCIADO 279 DA SÚMULA/STF. Quando as palavras desabonadoras são proferidas fora do recinto destinado à representação parlamentar, a jurisprudência do STF exige um liame entre as declarações questionadas e o exercício de atividade política relacionada ao mandato, ainda que com este não guardem correlação formal. No caso em apreço, as graves denúncias imputadas pelo deputado-agravante ao magistrado-agravado foram apresentadas em comícios eleitorais, quando aquele agia, não no exercício de suas típicas funções político-parlamentares, mas na qualidade de candidato a cargo de Prefeito, interessado exclusivamente em inviabilizar candidatura alheia. Disso decorre a

Page 57: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

ausência do liame necessário à incidência da imunidade. Do contrário, transmutar-se-ia a garantia em ilegítima vantagem eleitoral em face dos adversários do ofensor. Precedentes. Todavia, superada a questão prejudicial, a solução da causa, nos termos do enunciado 456 da Súmula/STF, ainda exigiria o exame da legislação ordinária e de fatos controvertidos, o que não é possível na instância extraordinária. Agravo regimental a que se nega provimento. (STF - AI: 657235 MA , Relator: Min. JOAQUIM BARBOSA, Data de Julgamento: 07/12/2010, Segunda Turma, Data de Publicação: DJe-020 DIVULG 31-01-2011 PUBLIC 01-02-2011 EMENT VOL-02454-07 PP-01790)

CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IMUNIDADE PARLAMENTAR MATERIAL. ENTREVISTA JORNALÍSTICA. NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE A MANIFESTAÇÃO E O EXERCÍCIO DO MANDATO. PRÁTICA PROPTER OFFICIUM. INEXISTÊNCIA DE DEVER DE REPARAÇÃO CIVIL. AGRAVO DESPROVIDO. 1. A imunidade parlamentar material, que confere inviolabilidade, na esfera civil e penal, a opiniões, palavras e votos manifestados pelo congressista (CF, art. 53, caput), incide de forma absoluta quanto às declarações proferidas no recinto do Parlamento. 2. Os atos praticados em local distinto escapam à proteção absoluta da imunidade, que abarca apenas manifestações que guardem pertinência, por um nexo de causalidade, com o desempenho das funções do mandato parlamentar. (...) (STF - RE: 606451 DF , Relator: Min. LUIZ FUX, Data de Julgamento: 23/03/2011, Primeira Turma, Data de Publicação: DJe-072 DIVULG 14-04-2011 PUBLIC 15-04-2011 EMENT VOL-02504-01 PP-00173)

O item III está em plena sintonia com a Constituição Federal, já que desde a diplomação os deputados federais e senadores passam a gozar de imunidade processual, sendo processados com exclusividade pela Corte Suprema, independente se o delito foi praticado antes ou durante o mandato, porém, no último caso, a ação poderá ser suspensa pela respectiva Casa Legislativa:

Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.

§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.

§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.

§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.

Page 58: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

O item IV também está correto, pois se trata da previsão expressa do art. 53,§2º da CF/88, acima descrito, o qual proíbe qualquer forma de prisão cautelar, exceto a prisão em flagrante por crime inafiançável.

Portanto, os requerimentos em questão não devem prosperar, e desta forma, pugno pelo CONHECIMENTO dos recursos e no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO, por não encontrar amparo na legislação vigente. 29. RECURSO IMPETRADO CONTRA A QUESTÃO 36 Em relação às excludentes de ilicitude, analise as alternativas a seguir e assinale a única

falsa:

a.(___) No estado de necessidade, na relação entre o valor do bem sacrificado e do bem

protegido, o Brasil adota a teoria unitária no artigo 24, § 2.º do Código Penal e teoria diferenciadora

nos artigos 39 e 43 do Código Penal Militar.

b.(___) Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários,

repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.

c.(___) Se a provocação constituir uma mera brincadeira de mau gosto, não passar de um desafio,

geralmente tolerado no meio social, não se autorizará a legítima defesa.

d.(___) Contra investidas de animais não cabe estado de necessidade, mesmo quando o animal é

um instrumento nas mãos do dono.

e.(___) A agressão injusta na legítima defesa será observada sob a ótica de quem repele e não de

quem ataca.

a.Impetrante: Cb. QPM 1-0 RG

Berone Dekkers Kremer 66213790

b. Análise da questão: Item a: alternativa verdadeira. Enquanto no Código Penal Militar a diferença entre o bem sacrificado e o bem protegido podem configurar excludente de ilicitude ou excludente de culpabilidade (Teoria Diferenciadora), no Código Penal comum, em todas as hipóteses, o estado de necessidade irá se amoldar a uma excludente de ilicitude (Teoria Unitária). Item b: cópia integral do artigo 25 do Código Penal, o qual conceitua legítima defesa. Item c: não se admite alegação de legítima defesa, quanto inexiste uma injusta agressão, tratando-se de uma brincadeira ou um mero desafio, conforme já assentado pela doutrina e jurisprudência. Item d: Alternativa falsa. Segundo a doutrina de CAPEZ, indicada como fonte bibliográfica3:

3Capez, Fernando. Curso de Direito Penal – Parte Geral; volume 1; 15.ª Edição. Editora Saraiva.

Page 59: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

Agressão: é toda conduta humana que ataca um bem jurídico. Só as pessoas humanas, portanto, praticam agressões. Ataque de animal não a configura, logo, não autoriza a legítima defesa. No caso, se a pessoa se defende do animal, está em estado de necessidade. Convém notar, contudo, que, se uma pessoa açula um animal para que ele avance em outra, nesse caso existe agressão autorizadora da legítima defesa, pois o irracional está sendo utilizado como instrumento do crime (poderia usar uma arma branca, uma arma de fogo, mas preferiu servir-se do animal).

Destarte, cabe estado de necessidade contra ataque de animais, já que se encaixa no conceito estabelecido pelo Código Penal, além de confirmado pela doutrina e jurisprudência. Item e: alternativa lógica. A legítima defesa aproveita o que está sofrendo a injusta agressão e vem a se defender, e não o que está praticando a agressão, portanto verdadeira, já que para configurar a agressão injusta deve-se levar em conta, a interpretação daquele que se defendeu.

O requerimento em questão não deve prosperar, e desta forma, pugno pelo CONHECIMENTO do recurso e no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO, por não encontrar amparo na legislação vigente. 30. RECURSO IMPETRADO CONTRA A QUESTÃO 38 Em relação às excludentes de ilicitude, analise as alternativas a seguir:

I. Na legítima defesa, a injusta agressão precisa ser de natureza criminosa, e o agressor

deve ter consciência da injustiça de seu comportamento.

II. Na legítima defesa, “atual” significa a agressão presente, que está em progressão, está

acontecendo; e “iminente” é aquela que está prestes a se concretizar.

III. Na legítima defesa, devem-se utilizar os meios menos lesivos, que se encontram à

disposição do agente, porém hábeis a repelir a agressão.

IV. O policial militar que durante troca de tiros com marginais vem a atingir os criminosos

para salvaguardar reféns atua em legítima defesa de terceiros e não no estrito cumprimento

de um dever legal.

Após análise dos itens acima, assinale a alternativa correta:

a.(___) somente as afirmativas I, III e IV estão corretas.

b.(___) somente as afirmativas I, II e III estão corretas.

c.(___) somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.

Page 60: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

d.(___) todas as afirmativas estão corretas.

e.(___) todas as afirmativas estão incorretas.

a.Impetrante:

Cb. QPM 1-0 RG

Joel Rodrigues da Silva 52360501

b. Análise da questão: Item I: alternativa infundada. Para configuração da legítima defesa a lei penal exige que seja uma injusta agressão, porém não necessariamente de natureza criminosa. A assertiva também é falsa, pois não é necessário que o agressor tenha consciência da ilicitude do fato, basta, para tanto, imaginar a situação hipotética em que o agente acometido de doença mental, sem consciência de seus atos,vem a praticar uma injusta agressão. Neste exemplo, apesar de o agente não ter consciência da injustiça de sua conduta poderá ter sua ação repelida em virtude da legítima defesa. Item II: correta. Conceitos simples quanto ao significado de “atual” e “iminente”. Item III: afirmação verdadeira. Vejamos como define CAPEZ, o elemento iminente na legítima defesa:

Meios necessários: são os menos lesivos colocados à disposição do agente no momento em que sofre a agressão. Exemplo: se o sujeito tem um pedaço de pau a seu alcance e com ele pode tranquilamente conter a agressão, o emprego de arma de fogo revela-se desnecessário4.

Item IV: assertiva correta. O estrito cumprimento de um dever legal é conceituado como excludente de ilicitude em que o servidor tem uma obrigação prevista em lei, a qual determina que ele pratique aquele ato. Assim, não há previsão em lei para que os policiais lesionem ou matem quem quer que seja, contudo, para repelir injusta agressão, é dever do policial atuar na defesa de si próprio ou de terceiros. Em resumo, o único quem tem por lei obrigação de matar é o carrasco (em crimes militares em tempo de guerra), e quando o fizer, estará no estrito cumprimento de um dever legal, já o policial atua em legítima defesa própria ou de terceiros. O policial militar, quando efetua uma prisão, está no estrito cumprimento de um dever legal, já que a norma determina que o agente policial efetue a prisão daquele que pratica uma infração penal, inobstante a restrição de liberdade imposta ao preso.

O requerimento em questão não deve prosperar, e desta forma, pugno pelo CONHECIMENTO do recurso e no mérito, DECIDO pelo seu INDEFERIMENTO, por não encontrar amparo na legislação vigente.

4Capez, Fernando. Curso de Direito Penal – Parte Geral; volume 1; 15ª Edição. Editora Saraiva, p. 310.

Page 61: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

31.RECURSOS IMPETRADOS CONTRA A QUESTÃO 39 Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:

a.(___) O agente incurso na Lei Federal n.º 4.898/1965 (Lei de Abuso de Autoridade) estará sujeito

somente a sanções penais e administrativas, sendo que as sanções civis serão promovidas

mediante processo autônomo.

b.(___) Mesários durante o pleito eleitoral, por não serem servidores públicos efetivos, não são

considerados autoridade, não podendo ser submetidos às regras da Lei de Abuso de Autoridade.

c.(___) Ingressar em domicílio durante a noite, sem autorização do morador, e no caso de flagrante

delito, constitui abuso de autoridade.

d.(___) Nos casos da Lei Federal n.º 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), são vedadas as penas de

cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o

pagamento isolado de multa.

e.(___) A Lei Federal n.º 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) configura como violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento

a.Impetrantes: Cb. QPM 1-0 RG

Valter de Oliveira Maceno 76510466

Marco Tadeu Kosteczka 53805728

Joel Rodrigues da Silva 52360501

Nelson Ferreira Marques 42337110

Roberto Valeriano Costa 58631485

Edvaldo Borgo 525158630

Vanderlei Picarski 57002735

Fabio José de Lima 98870679

Marco Eduardo da Silva 78618000

Ricardo Wons dos Santos 61557121

Carlos Eduardo Sinque de Paula 77589740

Luciano Antunes de Moura 43937880

Angélica Ana de Paula 440858288

Marcos Antonio Medeiros 64443690

b. Análise da questão: Item a: assertiva errada, já que conforme a Lei Federal nº 4.898/1965 o agente incurso na regra estará sujeito às sanções penais, administrativas e civis, sem a necessidade de uma demanda autônoma para buscar a indenização cível. Item b: enunciado falso, vez que segundo o conceito de autoridade atribuído pela Lei Federal nº 4.898/1965:

Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração.

Page 62: ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR …º-014-CFS-PM... · Os fundamentos básicos do tiro policial são: empunhadura e acionamento do gatilho. Outra forma simples de

Frente a tal disposição, mesmo no exemplo de mesários que não auferem qualquer vantagem patrimonial e exercem a função por curto espaço de tempo, de forma precária, é considerado autoridade. Item c: alternativa inverídica, pois uma das exceções constitucionais do art. 5º, XI, é exatamente o flagrante delito, em que não necessidade de consentimento do morador, tão pouco determinação judicial, além de não ter de respeitar horários. Item d: afirmação verdadeira.Trata-se de compilação integral do art. 17 da Lei Federal nº 11.340/2006: “É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e

familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa.”

Item e: A lei Maria da Penha, também protege a mulher dos danos patrimoniais: Art. 5o Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:

Nesta quadra, inclusive os danos de ordem patrimonial são protegidos pela norma legal, motivo pelo qual a assertiva é falsa.

Após análise da motivação dos candidatos, pugno pelo CONHECIMENTO dos recursos e, no mérito, DECIDO pelo DEFERIMENTO PARCIAL do requerido em relação à Questão nº 39, alterando o gabarito do caderno de provas C do CFS-PM/2014, com base no item 4.2.10 do Edital n° 001 do Concurso ao CFS-PM /2014.

Assinado no original

Cel. QOPM Douglas Sabatini Dabul, Diretor de Ensino e Pesquisa.