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ANO LXIV FLORIANÓPOLIS, 16 DE SETEMBRO DE 2015 NÚMERO 6.888 COMISSÕES PERMANENTES COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA Mauro de Nadal - Presidente Silvio Dreveck - Vice-Presidente José Nei Alberton Ascari Ricardo Guidi Narcizo Parisotto João Amin Marcos Vieira Valdir Cobalchini Luciane Carminatti COMISSÃO DE TRANSPORTES E DESENVOLVIMENTO URBANO João Amin - Presidente Valdir Cobalchini- Vice-Presidente Darci de Matos Cleiton Salvaro Manoel Mota Luciane Carminatti Jean Carlo Leutprecht COMISSÃO DE PESCA E AQUICULTURA Neodi Saretta - Presidente Patrício Destro - Vice-Presidente Maurício Eskudlark José Milton Scheffer Dalmo Claro Luiz Fernando Vampiro Rodrigo Minotto COMISSÃO DE TRABALHO, ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO Serafim Venzon - Presidente Rodrigo Minotto - Vice-Presidente Jean Kuhlmann Natalino Lázare Manoel Mota Fernando Coruja Dirceu Dresch COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA José Nei Alberton Ascari - Presidente Gean Loureiro Vice-Presidente Cleiton Salvaro Narcizo Parisotto Serafim Venzon Luiz Fernando Vampiro Luciane Carminatti COMISSÃO DE RELACIONAMENTO INSTITUCIONAL, COMUNICAÇÃO, RELAÇÕES INTERNACIONAIS E DO MERCOSUL Rodrigo Minotto - Presidente Neodi Saretta - Vice-Presidente Kennedy Nunes Ricardo Guidi Silvio Dreveck Antonio Aguiar Valdir Cobalchini COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO Marcos Vieira - Presidente Darci de Matos - Vice-Presidente Kennedy Nunes Patrício Destro Rodrigo Minotto José Milton Scheffer Antonio Aguiar Gean Loureiro Dirceu Dresch COMISSÃO DE AGRICULTURA E POLÍTICA RURAL Natalino Lázare - Presidente José Milton Scheffer - Vice-Presidente Gabriel Ribeiro Jean Carlo Leutprecht Mauro de Nadal Manoel Mota Dirceu Dresch COMISSÃO DE ECONOMIA, CIÊNCIA, TECNOLOGIA, MINAS E ENERGIA Silvio Dreveck - Presidente Cleiton Salvaro - Vice-Presidente Darci de Matos Rodrigo Minotto Luiz Fernando Vampiro Gean Loureiro Dirceu Dresch COMISSÃO DE TURISMO E MEIO AMBIENTE Gean Loureiro - Presidente Ricardo Guidi - Vice-Presidente Gabriel Ribeiro Jean Carlo Leutprecht João Amin Maurício Eskudlark Neodi Saretta COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS Dirceu Dresch Presidente Narcizo Parisotto Vice-Presidente Ismael dos Santos Natalino Lázare Marcos Vieira Dalmo Claro Luiz Fernando Vampiro COMISSÃO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR Kennedy Nunes- Presidente Marcos Vieira - Vice-Presidente Jean Kuhlmann Ricardo Guidi João Amin Antonio Aguiar Fernando Coruja Ana Paula Lima Narcizo Parisotto COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA Romildo Titon - Presidente Maurício Eskudlark - Vice-Presidente Ricardo Guidi João Amin Antonio Aguiar Ana Paula Lima Rodrigo Minotto COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO Valdir Cobalchini - Presidente Luciane Carminatti Vice-Presidente Gabriel Ribeiro Natalino Lázare Rodrigo Minotto Serafim Venzon Gean Loureiro COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA Patrício Destro Presidente Jean Carlo Leutprecht José Milton Scheffer José Nei Alberton Ascari Patrício Destro José Milton Scheffer Romildo Titon Manoel Mota Neodi Saretta COMISSÃO DE SAÚDE Ana Paula Lima - Presidente Doutor Vicente - Vice-Presidente Cleiton Salvaro Jean Carlo Leutprecht José Milton Scheffer Fernando Coruja Dalmo Claro COMISSÃO DE PROTEÇÃO CIVIL Patrício Destro - Presidente Ana Paula Lima Vice-Presidente Jean Kuhlmann Doutor Vicente Fernando Coruja Romildo Titon Narcizo Parisotto COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Doutor Vicente - Presidente Ricardo Guidi - Vice-Presidente Ismael dos Santos Luiz Fernando Vampiro Romildo Titon Neodi Saretta Jean Carlo Leutprecht COMISSÃO DE PREVENÇÃO E COMBATE ÀS DROGAS Ismael dos Santos Presidente Narcizo Parisotto Vice-Presidente Natalino Lázare Doutor Vicente Dalmo Claro Fernando Coruja Ana Paula Lima 18ª Legislatura ESTADO DE SANTA CATARINA 1ª Sessão Legislativa

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Page 1: ESTADO DE SANTA CATARINA 1ª Sessão Legislatura Legislativa · Chapecó, Vereador Valdemir Antonio Stobe; senhora Alessandra de Lacerda Alves, fiscal Federal Agropecuária da Superintendência

ANO LXIV FLORIANÓPOLIS, 16 DE SETEMBRO DE 2015 NÚMERO 6.888

COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO

E JUSTIÇA

Mauro de Nadal - Presidente Silvio Dreveck - Vice-Presidente José Nei Alberton Ascari Ricardo Guidi Narcizo Parisotto João Amin Marcos Vieira Valdir Cobalchini Luciane Carminatti

COMISSÃO DE TRANSPORTES E

DESENVOLVIMENTO URBANO

João Amin - Presidente Valdir Cobalchini- Vice-Presidente Darci de Matos Cleiton Salvaro Manoel Mota Luciane Carminatti Jean Carlo Leutprecht

COMISSÃO DE PESCA

E AQUICULTURA

Neodi Saretta - Presidente Patrício Destro - Vice-Presidente Maurício Eskudlark José Milton Scheffer Dalmo Claro Luiz Fernando Vampiro Rodrigo Minotto

COMISSÃO DE TRABALHO,

ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO

PÚBLICO

Serafim Venzon - Presidente Rodrigo Minotto - Vice-Presidente Jean Kuhlmann Natalino Lázare Manoel Mota Fernando Coruja Dirceu Dresch

COMISSÃO DE DEFESA DOS

DIREITOS DA PESSOA COM

DEFICIÊNCIA

José Nei Alberton Ascari - Presidente Gean Loureiro – Vice-Presidente Cleiton Salvaro Narcizo Parisotto Serafim Venzon Luiz Fernando Vampiro Luciane Carminatti

COMISSÃO DE RELACIONAMENTO

INSTITUCIONAL, COMUNICAÇÃO,

RELAÇÕES INTERNACIONAIS E DO

MERCOSUL

Rodrigo Minotto - Presidente Neodi Saretta - Vice-Presidente Kennedy Nunes Ricardo Guidi Silvio Dreveck Antonio Aguiar Valdir Cobalchini

COMISSÃO DE FINANÇAS

E TRIBUTAÇÃO

Marcos Vieira - Presidente Darci de Matos - Vice-Presidente Kennedy Nunes Patrício Destro Rodrigo Minotto José Milton Scheffer Antonio Aguiar Gean Loureiro Dirceu Dresch

COMISSÃO DE AGRICULTURA

E POLÍTICA RURAL

Natalino Lázare - Presidente José Milton Scheffer - Vice-Presidente Gabriel Ribeiro Jean Carlo Leutprecht Mauro de Nadal Manoel Mota

Dirceu Dresch

COMISSÃO DE ECONOMIA, CIÊNCIA,

TECNOLOGIA, MINAS E ENERGIA

Silvio Dreveck - Presidente Cleiton Salvaro - Vice-Presidente Darci de Matos Rodrigo Minotto Luiz Fernando Vampiro Gean Loureiro Dirceu Dresch

COMISSÃO DE TURISMO

E MEIO AMBIENTE

Gean Loureiro - Presidente Ricardo Guidi - Vice-Presidente Gabriel Ribeiro Jean Carlo Leutprecht João Amin Maurício Eskudlark Neodi Saretta

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS

Dirceu Dresch – Presidente Narcizo Parisotto – Vice-Presidente Ismael dos Santos Natalino Lázare Marcos Vieira Dalmo Claro Luiz Fernando Vampiro

COMISSÃO DE ÉTICA E DECORO

PARLAMENTAR

Kennedy Nunes- Presidente

Marcos Vieira - Vice-Presidente

Jean Kuhlmann

Ricardo Guidi

João Amin

Antonio Aguiar

Fernando Coruja Ana Paula Lima

Narcizo Parisotto

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA Romildo Titon - Presidente Maurício Eskudlark - Vice-Presidente Ricardo Guidi João Amin Antonio Aguiar Ana Paula Lima Rodrigo Minotto

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA

E DESPORTO Valdir Cobalchini - Presidente Luciane Carminatti – Vice-Presidente Gabriel Ribeiro Natalino Lázare Rodrigo Minotto Serafim Venzon Gean Loureiro

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO

PARTICIPATIVA Patrício Destro –Presidente Jean Carlo Leutprecht José Milton Scheffer José Nei Alberton Ascari Patrício Destro José Milton Scheffer Romildo Titon Manoel Mota Neodi Saretta

COMISSÃO DE SAÚDE Ana Paula Lima - Presidente Doutor Vicente - Vice-Presidente Cleiton Salvaro Jean Carlo Leutprecht José Milton Scheffer Fernando Coruja Dalmo Claro

COMISSÃO DE PROTEÇÃO CIVIL Patrício Destro - Presidente Ana Paula Lima – Vice-Presidente Jean Kuhlmann Doutor Vicente Fernando Coruja Romildo Titon Narcizo Parisotto

COMISSÃO DE DEFESA DOS

DIREITOS DA CRIANÇA E DO

ADOLESCENTE Doutor Vicente - Presidente Ricardo Guidi - Vice-Presidente Ismael dos Santos Luiz Fernando Vampiro Romildo Titon Neodi Saretta Jean Carlo Leutprecht

COMISSÃO DE PREVENÇÃO

E COMBATE ÀS DROGAS Ismael dos Santos – Presidente Narcizo Parisotto – Vice-Presidente Natalino Lázare Doutor Vicente Dalmo Claro Fernando Coruja Ana Paula Lima

18ª

Legislatura ESTADO DE SANTA CATARINA 1ª Sessão

Legislativa

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2 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.888 16/09/2015

DIRETORIA LEGISLATIVA

Coordenadoria de Publicação:Responsável pela revisão dosdocumentos digitados, bem comoeditoração, diagramação edistribuição.Coordenador: Roger Luiz Siewerdt

Coordenadoria de Taquigrafiado Plenário:

Responsável pela composição erevisão das atas das sessõesordinárias, especiais, solenes e extraor-dinárias.Coordenadora: Carla Silvanira Bohn

DIRETORIA DE TECNOLOGIA EINFORMAÇÕES

Coordenadoria de Divulgação eServiços Gráficos:

Responsável pela impressão.Coordenador: Claudir José Martins

DIÁRIO DA ASSEMBLEIA

EXPEDIENTE

Assembleia Legislativa do Estado de Santa CatarinaPalácio Barriga Verde - Centro Cívico Tancredo Neves

Rua Jorge Luz Fontes, nº 310 - Florianópolis - SCCEP 88020-900 - Telefone (PABX) (048) 3221-2500

Internet: www.alesc.sc.gov.br

IMPRESSÃO PRÓPRIA - ANO XXIVNESTA EDIÇÃO: 28 PÁGINASTIRAGEM: 5 EXEMPLARES

ÍNDICE

Publicações DiversasAudiência Pública................... 2Aviso de Resultado .............. 18Extratos................................ 18Ofícios.................................. 18Portarias............................... 18Projetos de Lei ..................... 20

P U B L I C A Ç Õ E S D I V E R S A S

AUDIÊNCIA PÚBLICAAgência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e coordenadoraestadual da sanidade de equídeos, neste ato representando aSecretaria de Estado de Agricultura e do Abastecimento do Paraná; 3ºsargento Ademar Nagocsky, neste ato representando o Comando-Geralda Polícia Militar do Estado de Santa Catarina e o 2º Batalhão daPolícia Militar de Chapecó; senhor Auri Casalli, neste ato representandoo Projeto Bate Casco - Rumo ao Centenário de Chapecó; senhoraJuliana de Miranda, presidente da Associação Chapecoense da CulturaTradicionalista Gaúcha de Chapecó (ACCTG); e Jorge AugustoZandavalle Winckler, médico-veterinário do Município, neste ato repre-sentando o senhor Milton Francisco da Silva, Secretário Municipal deAgricultura de Nonoai, do Estado do Rio Grande do Sul.

ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA SIMULTÂNEA PROMOVIDA PELASCOMISSÕES DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA E DE AGRICULTURA EPOLÍTICA RURAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DESANTA CATARINA PARA DEBATER COM OS VÁRIOS SETORES DASOCIEDADE CATARINENSE SOBRE A SANIDADE EQUINA E OCONTROLE DO MORMO, REALIZADA NO DIA 19 DE JUNHO DE 2015,ÀS 17H, NA CÂMARA DE VEREADORES DE CHAPECÓ

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS (André Francisco Canalle) -Boa-tarde a todas as autoridades e aos demais presentes. Nos termosdo Regimento Interno do Poder Legislativo Catarinense, damos início àaudiência pública simultânea, convocada e presidida pelo DeputadoEstadual Cesar Valduga, Presidente da Comissão de LegislaçãoParticipativa da Assembleia Legislativa (Alesc), e pelo DeputadoEstadual Natalino Lázare, Presidente da Comissão de Agricultura ePolítica Rural da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina(Alesc) que, junto com convidados, estarão reunidos com o objetivo deinformar e debater com os vários setores da sociedade catarinensesobre “A Sanidade Equina e o Controle do Mormo”.

Quero também registrar a presença das seguintes auto-ridades: Vereador Nacir Marchesini de Chapecó; Ademil Antonio daRosa, Prefeito de Brunópolis; Sisi Blind, Prefeita de São Cristóvão doSul; Jeremias Alves do Amaral, neste ato representando o SecretárioMunicipal de Agricultura de São Cristóvão do Sul; Alexandre AudálioUnzanaro, Vereador de Brunópolis; Vereador Alando Conte de Arvoredo;Liamara Leobet, Presidente da Câmara de Vereadores de São Cristóvão;Cláudia Mota neste ato representando a Companhia Integrada deDesenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) de São Carlos; Lucianede Cássia Surdi, responsável pela área de pecuária da Companhia Integradade Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) de Chapecó; LuizHenrique Rangrab, neste ato representando a Universidade ComunitáriaRegional de Chapecó (Unochapecó); 1º tenente Ismael Piva, neste ato repre-sentando o Comandante do 6º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar deChapecó, Major Marcos Alves da Silva; Evandro Klein, neste ato repre-sentando o Núcleo de Criadores de Cavalo Crioulo do Oeste Catarinense, deChapecó; Eunico Mildenberger, coordenador da 12ª Região Tradicionalista deXanxerê; Elias Chiarello, neste ato representando o Centro TradicionalistaGaúcho (CTG) Tropeiros do Oeste, de Caxambú do Sul; GersonBrusamanello, neste ato representando o Centro Tradicionalista Gaúcho(CTG) Seara e Pampa, de Seara; Antonio Camatti Sobrinho, neste atorepresentando o Centro Tradicionalista Gaúcho (CTG) Laços daTradição, de Planalto Alegre; Joacir Pelizza, neste ato representando oCentro Tradicionalista Gaúcho (CTG) Vaqueanos do Oeste, de Chapecó;Eloir Kraker, neste ato representando o Centro Tradicionalista Gaúcho(CTG) Herança Gaúcha, de Chapecó; Ari Luckmann, neste ato repre-sentando o Centro Tradicionalista Gaúcho (CTG) Recanto dos Tropeirosde Chapecó; Servidores da Assembleia Legislativa do Estado de SantaCatarina e Imprensa.

Convido para tomar assento à mesa dos trabalhos asseguintes autoridades: Deputado Estadual Natalino Lázare, Presidenteda Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativado Estado de Santa Catarina; Deputado Estadual Cesar Valduga,Presidente da Comissão de Legislação Participativa; Deputado EstadualDirceu Dresch, membro da Comissão de Agricultura e Política Rural;senhor Valdir Crestani, Secretário Municipal de Desenvolvimento Rural eMeio Ambiente, neste ato representando o Prefeito de Chapecó, senhorJosé Claudio Caramori; Vereador Paulinho da Silva, neste ato repre-sentando os Vereadores e o Presidente da Câmara de Vereadores deChapecó, Vereador Valdemir Antonio Stobe; senhora Alessandra deLacerda Alves, fiscal Federal Agropecuária da Superintendência Federalde Agricultura no Estado de Santa Catarina, neste ato representando oMinistério da Agricultura Pecuária e Abastecimento; senhor RoniBarbosa, diretor de Qualidade e Defesa Agropecuária da Secretaria deEstado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, neste ato repre-sentando o Secretário da Pasta Moacir Sopelsa; senhor Enori Barbieri,presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola deSanta Catarina (Cidasc); senhora Pauline Sperka de Souza, técnica da

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16/09/2015 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.888 3

Neste momento, convidamos para usar a palavra o DeputadoEstadual Natalino Lázare, Presidente da Comissão de Agricultura ePolítica Rural da Alesc, e para conduzir os trabalhos.

Juliana, na Assembleia Legislativa, para que trouxéssemos esse temapertinente que está se debatendo todos os dias e que causa muitasdúvidas para todos nós, para a sociedade como um todo, Barbieri, semdúvida nenhuma, também com os órgãos governamentais aquipresentes - queremos agradecer, em nome do Poder Legislativo, danossa Comissão, porque sabendo da dificuldade que o Barbieri teriapara vir hoje, mas como o tema é muito importante, ele está aquiconosco, com a equipe técnica da Cidasc. Eu até posso também falardo trabalho fiscalizador que a Cidasc vem exercendo no Estado deSanta Catarina, diuturnamente, combatendo, fiscalizando, orientandoos nossos agricultores sobre essas preocupações da sanidade animal,que Santa Catarina é destaque no mundo inteiro principalmente pelacompetência, pelo povo ordeiro e trabalhador, não só através daprodução, mas também pelos seus órgãos governamentais, a exemploda Cidasc, que vem fazendo seu trabalho na questão da fiscalização,sendo de grande importância.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Natalino Lázare) -Boa-tarde a todas e a todos. É com muita satisfação que a Comissãode Agricultura e Política Rural, juntamente com a Comissão deLegislação Participativa, presidida pelo Deputado Estadual CesarValduga, realiza nesta tarde esta sessão.

Esta audiência está acontecendo por solicitação do DeputadoCesar Valduga, com a Comissão de Agricultura e Política Rural, que nóspresidimos, e da qual o companheiro Deputado Dirceu Dresch tambémfaz parte, para tratar do assunto em pauta, que é a doença do mormo.

Gostaria em primeiro lugar de cumprimentar o DeputadoCesar Valduga pela excelente ideia de promover esta audiência públicae este debate - ele que foi o proponente dessa reunião. Cumprimentá-lopela sua iniciativa e pela sua atuação na Assembleia Legislativa;cumprimentar o Deputado Dirceu Dresch, que é integrante da Comissãode Agricultura e Política Rural, que é desta região. Aliás, esta regiãotem uma safra de Deputados espetaculares - aqui eu vejo vocês dois,tem a Deputada Luciane Carminatti, o Deputado Mauro de Nadal, oDeputado Merisio, o Deputado Sopelsa, nosso Secretário, o DeputadoSaretta e ainda o Deputado Parisotto, olhem só a representatividadepolítica do oeste de Santa Catarina na Assembleia Legislativa. Não é àtoa que Santa Catarina detém o título de maior produtor de suínos doBrasil, dispõe de um plantel de 9 milhões de cabeças de suínos; 4,5milhões de cabeças de gado; 160 milhões de lotes de frangos,produzidos aqui no oeste, que produz ainda alimento para o restante doPaís e, evidentemente, para o exterior também.

Quero também fazer um agradecimento muito especial àsenhora Juliana de Miranda, presidente da Associação Chapecoense daCultura Tradicionalista Gaúcha (ACCTG), que em conjunto com o AuriCasalli, coordenador do Projeto Bate Casco, e com o Lenoires,presidente do Bate Casco, foram até a Assembleia Legislativa contribuirpara que, com os CTGs, as organizações, os cavalarianos, enfim, comas diversas entidades que fazem parte da luta tradicionalista, dosmovimentos gaúchos, dos criadores de cavalos - aqui temos repre-sentantes do Sul do País, expositores em feiras, que fazem asexposições -, para que pudéssemos debater este tema que preocupa atodos e, ao mesmo tempo, saber o porquê, esclarecer essa doença.

E, sem dúvida nenhuma, nesta tarde de hoje, com os órgãoscompetentes, Deputado Natalino, aqui, vamos, de uma formaresponsável principalmente, pedagógica, orientativa, sugestiva aomesmo tempo, buscar as resolubilidades e também os encaminha-mentos a posteriori desta audiência pública.

(Cumprimenta os componentes da mesa e os demais presentes.)Então, novamente manifestar a alegria da Comissão de

Agricultura e Política Rural de poder vir aqui, nesta tarde, fazer umareunião tão importante e tão concorrida sobre um assunto queaparentemente pode parecer que não seja muito relevante, mas que naverdade é porque se trata de sanidade animal, trata-se de saúde, trata-se de fato de um segmento importante da economia do nosso Estado.Nós precisamos, especialmente aqui no oeste, preservar a sanidadeanimal em todos os sentidos para que possamos continuar sendo esseceleiro de produção que alimenta o Estado, que alimenta o País e queajuda a alimentar o mundo também.

Quero também de forma muito especial agradecer aoVereador Paulinho da Silva que representa a Presidência e todos osVereadores da Câmara Municipal de Chapecó.

Cumprimento e agradeço a presença de todos, que já foramcitados pelo Deputado Natalino e pelo protocolo, que estão, aqui, nestemomento importante para buscar sanar as dúvidas e também tirar osencaminhamentos relativos deste tema que está nos preocupando,sem dúvida nenhuma, Leno. Quando o Leno foi nos procurar lá naAssembleia Legislativa, por duas vezes, junto com o Auri Casalli, foijustamente para que pudéssemos aqui dirimir as dúvidas que surgemno dia a dia no movimento tradicionalista e também naqueles quetrabalham a questão dos equinos no Estado de Santa Catarina. Nósfalarmos em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, no Paraná sobre ocavalo, culturalmente, ele é o grande companheiro - desde os pioneirosque vieram desbravar os sertões - até o dia de hoje como meio delocomoção, como meio de esporte e também de lazer.

É uma satisfação para a nossa Comissão, para a AssembleiaLegislativa, e trago a vocês um abraço do Deputado Gelson Merisio,que é o Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de SantaCatarina, que não pôde estar aqui presente; justificar também asausências do Deputado Patrício Destro, de Joinville - ele foi convidado,não pôde estar presente e mandou o seu abraço a todos -; doDeputado Leonel Pavan; e ainda do Deputado Doutor VicenteCaropreso.

E em concordância com o Deputado Dresch, num gesto dejustiça e solidariedade pela ideia desta reunião, pela ideia deste debatee pela ideia deste fórum, eu gostaria neste instante de conceder apalavra e a coordenação dos trabalhos ao Deputado Cesar Valduga. Euimagino, Deputado Dresch, que vão ficar para trás algumas ações queprecisarão ser acompanhadas de perto, e o Deputado Valduga, que foio proponente desta audiência pública, vai, com certeza, fazer osencaminhamentos necessários na Assembleia Legislativa com osórgãos do governo do Estado e do governo federal quanto a essaquestão.

A sanidade animal, o bem estar animal, é o que realmentenos preocupa, enquanto Comissão da Agricultura, Deputado Natalino.Àqueles que nos procuraram, a vocês que estão aqui, no dia de hoje,para que possamos tirar as dúvidas, de forma conjunta, e também osencaminhamentos que são muito importantes.

Diga-se de passagem, hoje o cavalo também é um meioeconômico muito importante, seja através dos criadores, dosadmiradores. São bilhões investidos na nossa economia através dosanimais, do cavalo que tem se mostrado mais do que eficiente, quandofalamos da equoterapia, porque o animal hoje serve muito para essasatividades. Ou seja, o cavalo tem se mostrado ainda mais eficiente,quando falamos da equoterapia, na questão do tratamento, Paulinho,de pessoas com doenças psicomotoras. Então, hoje é muitoimportante, também, levantar esse tema tão pertinente.

Então, a partir deste instante, com muita honra, nóspassamos a coordenação desta audiência pública ao eminenteDeputado Estadual Cesar Valduga, brilhante Deputado de Chapecó.

(O senhor Deputado Estadual Cesar Valduga assume apresidência dos trabalhos.)

Neste momento, ao darmos início a nossa audiência pública,queremos criar uma dinâmica que permita a saudação de todos quefazem parte da mesa, e também a fala dos técnicos, para quepossamos colocar o trabalho que vem sendo desenvolvido sobre omormo. Essa doença de que se fala muito e que, muitas vezes, nãoconhecemos muito bem a questão da origem, como se faz paracombatê-la, como se faz a questão da prevenção, principalmente aprevenção para que a contaminação não venha a acontecer.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -Obrigado, Deputado Natalino, que preside a Comissão de Agricultura ePolítica Rural da Alesc, a quem quero cumprimentar e mais uma vezagradecer pelo esforço, pois, até mesmo tendo compromisso,desmarcou-o para poder estar aqui hoje. O Deputado Natalino é deArroio Trinta, bem próximo de Videira, e, pela importância do tema, estános prestigiando também pela responsabilidade de presidir a Comissãode Agricultura e Política Rural, que é muito importante; ainda queroagradecer ao Deputado Dirceu Dresch, que também é membro destaComissão, por pensarmos juntos a agricultura no Estado de SantaCatarina, com responsabilidade devido à importância de tema tãorelevante. Nós queremos tratar esse tema de uma forma primeiramentepedagógica, orientativa, sugestiva, com responsabilidade, porque causamuitas dúvidas em todos nós.

Concedo a palavra ao Deputado Estadual Dirceu Dresch,membro da Comissão de Agricultura Rural e Política Rural da Alesc etambém Deputado Estadual da nossa região.

O SR. DEPUTADO ESTADUAL DIRCEU DRESCH - Boa-tarde atodos vocês, homens e mulheres da região amantes do tradicionalismo.Cumprimentar todos os componentes da mesa e - em nome dealgumas pessoas -, não vou citar todos, mas o nosso proponente daaudiência pública, Deputado Valduga, eu quero cumprimentá-lo eparabenizá-lo por trazer esse debate, por trazer todos esses órgãos,todas essas entidades aqui, para fazer os esclarecimentos e também

De forma muito especial, agradecer a presença de todosvocês aqui. Agradecer aos proponentes que nos procuraram, o Leno,coordenador do Projeto Bate Casco, junto com o Auri Casalli e a

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4 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.888 16/09/2015

buscar os encaminhamentos, pode contar comigo, Deputado, vamosestar junto nessa caminhada, nessa luta e nos encaminhamentos queesta audiência pública vai tomar; o nosso Presidente Natalino, que estáem ritmo muito grande de atividades, de reuniões na Comissão -fizemos nos últimos dias inúmeras atividades nas mais diversas áreas -ele está sempre disposto em contribuir, por isso quero cumprimentá-lo,também como Presidente; em nome do Auri Casalli, do Leno do grupoBate Casco e da Juliana cumprimentar todas as lideranças dotradicionalismo que estão aqui hoje.

Valduga e do Dirceu quero cumprimentar todos os componentes damesa e a cada um e a cada uma de vocês que se fazem presentesnesta audiência. [Taquígrafa-Revisora: Almerinda Lemos Thomé]

Eu, quando vinha para cá, disse: “Será que nós vamos terum quórum expressivo para tratar desse assunto?” E aqui ficaregistrado, pessoal, que a gente vai a uma reunião quando interessa.Por isso que esta sala está cheia. É um assunto que está interessandoo nosso grande público aqui de Chapecó.

Quero colocar também que quando se fala em termos desanidade eu não vou me deter especificamente a animais, ao cavalo;quero que vocês entendam a sanidade em geral. E a grande preocu-pação de um grupo de pessoas aqui de Chapecó e da região - opresidente da Cidasc e o Roni sabem - é porque 92% do movimento, daprodução primária aqui de Chapecó é em cima do setor proteico: ovos,perus, frangos e suínos. E o Roni sabe, como representante daSecretaria da Agricultura e sempre atuando nessa área, que a doença,a exemplo do mormo, entra e se apodera, e a gente não sabe quandoela sai. E a gente imagina o que seria do oeste de Santa Catarina seentrasse alguma doença que permanecesse por um longo tempo, o queseria da nossa região. Nós já tivemos o exemplo da peste suína, e agrande preocupação desse setor é que não entrem outras doenças eque também seja debatida hoje a questão do cavalo.

Quando olhamos para a região do oeste catarinense - porisso estamos na Comissão de Agricultura - não a vemos a não sercomo uma região que constrói o seu desenvolvimento a partir domovimento da agricultura, da produção agrícola, da agregação de valor.Então a nossa economia, Deputado e demais presentes, é baseadanesse setor da agricultura. Por isso, é extremamente importante essacaminhada, essa história que estamos fazendo de valorizar o nossocavalo, porque foi em cima do lombo de um cavalo que a nossa regiãoiniciou e é preciso manter viva essa tradição e transformá-la também.

Nós temos participado de muitas atividades aqui, seja rodeioou cavalgada e entendemos que essa é uma questão extremamenteimportante para a região. Precisamos manter acessa essa história,essa caminhada, manter acesso o tradicionalismo, que vemespecialmente do Rio Grande do Sul, e hoje está colocado em todo oPaís. E também, a partir disso, sempre falamos, principalmente hojenesses momentos difíceis para a nossa juventude, Deputados, quandoos jovens estão nos rodeios, estão na cavalgada, com seus pais,certamente estão bem cuidados, bem encaminhados. Nós precisamos,como liderança política, valorizar essa construção que vocês fazem aquina região juntos.

Então, acho que a grande preocupação e ansiedade éouvirmos e darmos também - associando-me às palavras do Dresch -um voto de confiança a essa empresa que é a Cidasc, que temconquistado não só em Santa Catarina, mas no Brasil e no mundo, osmelhores padrões de sanidade. Então leve, Barbieri, nossas palavrasno sentido de nos associarmos às palavras do Dresch em termos devalorização dessa empresa que precisa ser valorizada, porque sãoalguns os catarinenses que hoje dependem, principalmente, dessesetor proteico que está afeto a essa empresa.

O cavalo, eu estava brincando com alguns amigos aqui,nesses dias de frio, as pessoas gostam tanto do seu cavalo que,quando falta cobertor, às vezes, tiram o cobertor de cima de si paracobrir o seu cavalo para ele não ficar com frio, Deputado Natalino, detanto que gosta do cavalo, do animal e o valorizam. Aqui as pessoasestão preocupadas com a doença não é, Leno, e querem saber maispara proteger e valorizar mais o seu animal. Por isso, os órgãospúblicos aqui presentes têm uma função importante.

Agradeço em nome do Prefeito, Valduga, por vocês estaremem Chapecó sediando este importante fórum.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -Muito bem, Crestani.

Agora passo a palavra ao Vereador Paulinho da Silva, nesteato representando os Vereadores e o Presidente da Câmara deVereadores de Chapecó, Valdemir Antonio Stobe.Nós estamos discutindo a sanidade do nosso Estado que é

livre de febre aftosa, e, agora, também na questão da suinoculturatemos vários títulos e não podemos colocar em risco. Por isso,Deputado Natalino, dias atrás, conversando com as entidades daagricultura, dissemos que precisaríamos fortalecer entidades como àCidasc, que tem grande dificuldade de pessoal para dar conta dotrabalho.

O SR. VEREADOR PAULINHO DA SILVA (Chapecó/SC) - (Agradece apresença de todos em nome da Câmara de Vereadores de Chapecó ecumprimenta as autoridades à mesa.)

Valduga, eu acredito ser proveitosa a audiência pública equero parabenizá-lo pelo tema, acolhendo o pedido do Lenoir e demaispessoas. Dizer para vocês que o tema é realmente importante porqueesse animal tem uma beleza esplendorosa por vários motivos, seja porquestão econômica ou de lazer. Eu ainda elencaria outro motivo, que éa questão da equoterapia, já que eu tenho um filho especial e quetambém tem necessidades nesse sentido, e o cavalo contribui para aevolução dessas crianças, desses seres humanos. Acho que só por aíjá seria uma grande coisa.

Eu estive conversando com um técnico, em Pinhalzinho, diasatrás, ele está apavorado porque é uma região com vários Municípios enão está dando conta de todo o trabalho. Tem o problema das vacascomo o da brucelose, o da tuberculose; e também o problema doscavalos agora e precisamos fortalecer os órgãos sanitários do nossoEstado, Barbieri. O grande desafio é contratar mais gente para darconta da sanidade animal, porque se não vamos estar aqui falando edepois na prática as coisas não vão acontecer e não vão conseguiracompanhar. Por isso, não podemos correr riscos.

Não vou me delongar. Parabenizo todos os presentes - achoque tem bastantes pessoas aqui -, e o interesse verdadeiro do públicoque está aqui é saber como cuidar dos seus animais, como proteger osseus animais. Então, agradeço a presença de todos vocês, sintam-seem casa, na Casa Legislativa aqui de Chapecó. Sei que tem muitagente da região, inclusive de outros Estados. Mais uma vez, Valduga,que foi Vereador conosco aqui por dois mandatos, quero parabenizá-lopelo trabalho e por ter aceitado essa provocação do Movimento, enfim,para que as pessoas tenham as informações necessárias para protegerseus animais.

A doença dos animais e a dos cavalos, como o mormo,precisam ser cuidadas desde o início para não termos grandes focosaqui na região e, depois, se tornar incontrolável e colocar em risco todaessa atividade que também, como dizia o Deputado Valduga, é umaatividade econômica hoje na região que ajuda na economia regionalcom certeza, e muito.

O nosso compromisso, hoje aqui com vocês, é o de contribuirnos encaminhamentos e estar na Assembleia Legislativa e em qualqueroutro espaço debatendo este tema.

Muito obrigado, sintam-se em casa.O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -

Muito bem, Vereador Paulinho da Silva.O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -Muito bem, Deputado Dresch. Gostaria de registrar as presenças dossenhores: Valdir Tonin, neste ato representando o CentroTradicionalista Gaúcho (CTG), Coxilha do Quero-Quero, de Chapecó;Silvio Zemijewisk, neste ato representando o Centro TradicionalistaGaúcho (CTG) Vaqueanos, de Chapecó; dos diversos Vereadores;Prefeitos; Vice-Prefeitos; Vice-Prefeitas. E convidar para fazer parte damesa o senhor Orides Luiz Pompeo, presidente do MovimentoTradicionalista Gaúcho do Estado de Santa Catarina (MTG/SC).

Agora, então, passo a palavra para suas saudações à senhoraAlessandra de Lacerda Alves, fiscal Federal Agropecuária daSuperintendência Federal de Agricultura no Estado de Santa Catarina,neste ato representando o Ministério da Agricultura Pecuária e Abasteci-mento. Nossa audiência está sendo interestadual, que bom! Olhem aimportância do tema.

A SRA. ALESSANDRA DE LACERDA ALVES - Boa-tarde atodos. Queria cumprimentar todos os membros da mesa, senhores esenhoras.

Como dinâmica, até para que a nossa audiência pública sejabastante efetiva e produtiva, primeiramente, vamos ouvir a saudação doscomponentes da mesa e em seguida abriremos para os questionamentos. Primeiramente, quero agradecer o convite feito ao Ministério

da Agricultura. Estou aqui representando o Ministério da Agricultura,mais especificamente o Serviço de Saúde Animal em Santa Catarina.Fica situada aqui na Utra/Chapecó (Unidade Técnica Regional deAgricultura), não sei se os senhores conhecem, é um pequenopedacinho do Ministério da Agricultura aqui em Chapecó, ali noMercado Público Regional. Então, já deixo o convite aqui a todos no

Concedo a palavra ao senhor Valdir Crestani, SecretárioMunicipal de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, neste ato repre-sentando o Prefeito de Chapecó, senhor José Claudio Caramori.

O SR. SECRETÁRIO MUNICIPAL VALDIR CRESTANI(Chapecó/SC) - Pessoal, respeitosamente em nome do Natalino, do

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sentido de que nós estamos ali, abertos para recebê-los na hora emque os senhores quiserem. Eu pertenço ao Serviço de Saúde Animal esou responsável no Estado de Santa Catarina pelo Programa deSanidade dos Equídeos.

Então, inicialmente, nos colocamos à disposição eagradecemos o convite da Secretaria. Estamos presentes e queremosparticipar.

Muito obrigado.Queria parabenizar pela iniciativa deste evento, porque eu

considero muito importante estreitar esses laços entre os produtores,os tradicionalistas, os criadores de equinos e os órgãos oficiais - tantoo órgão estadual, a Cidasc, quanto o Ministério da Agricultura. Vejo quemuitas vezes nós somos vistos como vilões, e isso acaba sendo muitodesagradável para gente e acho que para os senhores também. Então,é importante a gente poder se aproximar e acabar com essa visão.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -Nós que agradecemos, Roni.

Queremos aqui também registrar a presença do senhorAdemil Antônio da Rosa, Prefeito de Brunópolis; da senhora Sisi Blind,Prefeita de São Cristóvão do Sul; do Vereador Nacir Marchesini, deChapecó; do Vereador Alexandre Audálio Unzanaro, de Brunópolis; doVereador Alando Conte, de Arvoredo; e da Vereadora Liamara Leobet,Presidente da Câmara de São Cristóvão do Sul. Muito obrigado a todos.Na verdade, o serviço oficial trabalha em prol dos produtores,

dos proprietários de equinos. No momento em que nós trabalhamos nosentido de manter a saúde dos animais aqui no Estado, isso só temsentido enquanto existirem produtores, enquanto existirem proprietáriosde animais. Então nosso trabalho, na verdade, é para vocês. Eugostaria que os senhores saíssem daqui com essa imagem bem clarade que nós estamos do mesmo lado. Os nossos objetivos são comuns.Então, o nosso trabalho tem que ser em conjunto e nós precisamosmuito da participação dos senhores para conseguir realmente manter asanidade dos animais em Santa Catarina, porque são os senhores queestão o tempo todo em contato com os animais e que vão poder entãoestar nos passando informações caso detectem algum sinal de algumaanormalidade em um animal.

Passo a palavra agora para a senhora Pauline Sperka deSouza, técnica da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar)e coordenadora estadual da Sanidade de Equídeos, neste ato repre-sentando a Secretaria de Estado de Agricultura e do Abastecimento doParaná.

A SRA. PAULINE SPERKA DE SOUZA - Boa-tarde. Querocumprimentar, primeiramente, a mesa e todos os presentes. Agradeçoem nome do doutor Inácio o convite feito à Adapar para a gente estarparticipando dessa discussão e também me coloco à disposição.

Lembrando sempre do bom relacionamento que a Adapar temcom a Cidasc, ressaltando aqui a transparência com que a Cidasc vemtrabalhando nesse desenvolvimento dos casos aqui no saneamentodos focos no Estado.Mais uma vez, deixo aqui o convite. Eu estou ali na Utra/Chapecó,

no Mercado Público Regional, e temos também aqui a Cidasc e a regional deChapecó. Espero poder participar de outros eventos como este para que agente possa estar cada vez mais esclarecendo dúvidas e tentando chegar aum ponto comum em prol desse objetivo maior que é zelar pela sanidadedos animais no Estado de Santa Catarina.

Obrigada.O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -

Muito obrigado.Queremos então, para sua saudação, passar a palavra para o

senhor Enori Barbieri, presidente da Companhia Integrada deDesenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).

Muito obrigada a todos e uma boa tarde.O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -

Obrigado, Alessandra. O SR. ENORI BARBIERI - Eu quero, inicialmente, saudar oPresidente da Comissão de Agricultura e Política Rural, o DeputadoNatalino, um velho conhecido, amigo, do nosso jeito; saudar oDeputado Valduga, parabenizá-lo pela iniciativa da proposição; saudar oDeputado Dresch, também amigo de muitas lutas e batalhas.

Essa interação permite também que todos conheçam osórgãos competentes no Estado de Santa Catarina, principalmente.

Com a palavra agora o senhor Roni Barbosa, diretor deQualidade e Defesa Agropecuária da Secretaria de Estado da Agriculturae da Pesca de Santa Catarina, neste ato representando o Secretário daPasta Moacir Sopelsa. Seja bem-vindo.

(Cumprimenta todos os membros da mesa, autoridades e aos demaispresentes.)

Saudar, especialmente, a colega do Paraná que representaaqui o doutor Inácio, presidente da Adapar - um catarinense, umalemão de Itapiranga, trabalhador extremo, que não pôde estar aquihoje. Dizer que nós temos um órgão nacional de todos os executoresde defesa sanitária, que é o Fonesa, com o qual estivemos por doisdias em Brasília, inclusive tratando do mormo, e ele é o nossopresidente, uma pessoa muito competente.

O SR. RONI BARBOSA - Obrigado.Eu queria trazer a saudação do Secretário Moacir Sopelsa e

do Secretário Adjunto Airton Spies que, infelizmente, não puderam vir.Inclusive o Secretário Adjunto está hospitalizado; então eu, com muitasatisfação, desloquei-me de Florianópolis e estou aqui com muitaalegria para participar deste evento.(Cumprimenta membros da mesa e aos demais presentes.) Saúdo a Prefeita Sisi, que eu não a conheço, mas sei do seu

dilema, da sua angústia junto com seus pares lá de São Cristóvão eregião; afinal de contas, é lá que temos um foco muito ativo e que nãoconseguimos ainda debelar. Foi lá que iniciou o nosso processo, eu seique o Município passa por um trauma. Está aqui uma comitiva, hoje,que veio prestigiar esta audiência pública.

A responsabilidade pela defesa sanitária animal em SantaCatarina cabe à Secretaria da Agricultura e da Pesca e tem como órgãoexecutor a Cidasc. Essa é a estrutura do Estado.

Nós temos participado, e bastante, da área de sanidade deequídeos, e queria lembrar aos senhores que em 2010 e 2011 nóstravamos um trabalho muito intenso para conseguir convencer as auto-ridades federais - o Ministério da Agricultura - e convencer inclusive ostécnicos aqui de Santa Catarina de que nós poderíamos estender oprazo de validade do exame de anemia infecciosa para 180 dias paratrânsito estadual, mantendo 60 dias para trânsito interestadual. Issonós conseguimos, foi uma batalha muito grande, foi uma interação,uma parceria entre a Secretaria de Estado da Agricultura, a Cidasc e ossenhores da iniciativa privada, representantes desse setor.

Cumprimento, ainda, os bravos colegas da Cidasc, uma equipehoje reduzida por necessidade do Estado, Deputados - e, infelizmente, nóstemos uma ação civil pública que está no Tribunal Superior do Trabalho, emBrasília, que nos impede de abrir concurso. O nosso Governador esteve lá hápoucos dias, conversando com a Ministra que é relatora desse processo, enós conseguimos fazer com que esse processo, que seria julgado, fosseentão transformado numa conciliação no mês de agosto. E acreditamosmuito que a gente possa, no mês de agosto, solucionar o problema, e que aCidasc possa abrir concurso.Conseguimos, foi um grande feito, já faz cinco anos e está

funcionando muito bem. Temos mais de quatro mil propriedades decriadores de equinos aqui em Santa Catarina consideradaspropriedades monitoradas; está funcionando muito bem. Na área demormo queremos fazer atividade semelhante, não digo com relação àexpansão da validade do exame, não cabe discutir neste momento,mas somos parceiros para todas as atividades com relação ao mormo.

Hoje, o nosso quadro ideal de médicos-veterinários neces-sários para fazer o trabalho em Santa Catarina, proposto por umaconsultoria do governo, seria de 450 profissionais. Faltam-nos 140profissionais e teremos a saída de mais 30 até o ano que vem, numprograma de demissão incentivada de pessoas que não seaposentaram, que ficaram em função da sua remuneração, e até o anoque vem nós vamos perder mais 30 grandes e experientes colegas.Mas a equipe que está aí está dando conta de cuidar do mormo, estádando conta de cuidar da brucelose - foi relatado que não aguentammais, mas a gente está fazendo a nossa parte aqui no Estado.

Eu só queria acrescentar que a Secretaria da Agricultura,além de autorizar e fiscalizar através da Cidasc todos os eventos comaglomeração de animais, tem também o Fundo Estadual de SanidadeAnimal, no qual indenizamos os animais que são abatidos por doençasinfectocontagiosas. No caso de equinos, de julho de 2004 até agoraforam indenizados 136 equinos acometidos de anemia infecciosaequina e 1 por brucelose. Quanto aos processos de indenização pormormo, já chegou um processo lá de São Cristóvão do Sul e aSecretaria então vai indenizar esses animais, embora seja umaindenização irrisória, porque por lei estadual o Estado indeniza pelovalor do abate. Assim é para bovinos, assim é para suínos, para aves epara equinos também - e o valor de abate, infelizmente, hoje, é de R$300,00, e esse é o valor em que se faz a indenização.

Só gostaria de finalizar dizendo o seguinte: aquilo que acolega Alessandra falou sobre o Ministério não é diferente na Cidasc. ACidasc não planta, a Cidasc não cria, a Cidasc não vende; a Cidasc é oórgão executor das políticas públicas propostas pelo Ministério daAgricultura, pela Secretaria de Agricultura, para executar os programasde defesa sanitária animal e vegetal. O que é isso? A Cidasc é o órgãoque cuida do patrimônio dos catarinenses para que não entremdoenças no Estado, para que sejam eliminadas as doenças tanto deanimais como de vegetais.

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6 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.888 16/09/2015

E quando nós temos que cumprir com a nossa missão, agente cumpre com a nossa missão! Esta semana nós tivemos queinterditar um grande frigorífico de Santa Catarina, que ficou parado pordois dias - é um frigorífico que abate sete mil suínos por dia, lá emCampos Novos. Por quê? Porque havia a suspeita de uma doença quepoderia interferir em todas as nossas exportações. Não é uma coisaboa fazer isso, mas é uma coisa responsável.

O SR. JORGE AUGUSTO ZANDAVALLI WINCKLER - Boa-tardea todos.

Nós, como somos do Estado vizinho, também queremosagradecer o convite do amigo Canalle. E viemos aqui porque temosuma parceria muito grande com Santa Catarina, por mais que sejamosde Nonoai. A prova é que entre os Estados do Rio Grande do Sul e deSanta Catarina, hoje temos ali embaixo, no Porto Goio-En, essafiscalização em conjunto dos Estados.Então a Cidasc está aí cuidando para que os senhores

possam ter tranquilidade quanto a seus animais e quanto às pessoas,quando há zoonoses - que é o caso aqui do mormo. Zoonose é adoença que pode passar dos animais para os humanos. A Cidasc,obrigatoriamente, informa a Vigilância Sanitária para que visite aspropriedades e veja as pessoas - e aí é muito mais grave! Nós temosvisto, seguidamente: quando há tuberculose nos animais de umapropriedade, em 50% dos casos tem a doença nas pessoas, gente. Osanimais a gente abate, as pessoas a gente tem que cuidar e temdificuldade... Então, gente, a Cidasc está aí para ajudar vocês.

Para nós também há o pensamento positivo de que vamosdar a volta, porque, infelizmente, também no Rio Grande do Sulestourou o mormo - é o mesmo procedimento daqui. E a primeiraobrigação de todos nós, como produtores e médicos-veterinários, étermos as nossas propriedades e os nossos animais com exame.Sabemos que entre os produtores há uma queixa muito grande quantoao valor. Infelizmente, só temos o exame em São Paulo, por enquanto.Quem sabe os governos dos nossos dois Estados pudessem se unirpara que tivéssemos um laboratório mais perto - isso facilitaria oscustos para todos. [Taquígrafa-Revisora: Carla Greco Granato][Leiturista: Dulce M da Costa Faria]

E dizer para o Pompeo, que eu não cumprimentei, que desdeo início desse processo do mormo, Pompeo, o MTG tem sido umgrande parceiro. Só para os senhores terem uma ideia, eu conferi agorahá pouco o volume de exames feitos de mormo, do nosso universo decento e poucos mil cavalos que temos no Estado: já foram feitos 8.870exames, que os senhores mandaram para São Paulo. Isso prova que do quenós estamos vivendo, e depois eu vou explicar mais pontualmente, nósestamos fazendo a nossa parte - e eu acredito que a gente, até o final doano, termine com isso, porque estamos trabalhando muito forte para isso.

Mas, da mesma forma, a gente diz: parabéns a vocês quetomaram essa iniciativa. E a nossa obrigação, como produtor eprofissional, é preservar a saúde dos nossos animais e a nossa saúde.

Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -

Obrigado, Jorge.Neste momento, queremos registrar a presença do senhor 1º

tenente Ismael Piva, representando o Comandante do 6º Batalhão doCorpo de Bombeiros Militar de Chapecó, Major Marcos Alves da Silva.

Por enquanto era isso, coloco-me à disposição depois.Obrigado. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -Obrigado, Barbieri.

Agora, passamos a palavra ao senhor 3º sargento AdemarNagorsky, representando o Comando-Geral da Polícia Militar do Estadode Santa Catarina e o 2º Batalhão de Polícia Militar de Chapecó.Convidamos para fazer uso da palavra o senhor Orides Luiz

Pompeo, presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho do Estado deSanta Catarina (MTG).

O SR. 3º SARGENTO ADEMAR NAGORSKY - Em nome doComandante do 2º Batalhão de Polícia Militar, aqui representando aCavalaria, gostaria de agradecer ao Deputado Valduga e a todos osamantes do cavalo por esta oportunidade.

O SR. ORIDES LUIZ POMPEO - O meu boa-noite a todos, emespecial aos tradicionalistas que aqui estão. Se não fossem essestradicionalistas não aconteceriam os exames, como disse o presidenteda Cidasc.

Assim como o Vereador Paulinho da Silva faz uso daequoterapia por ter uma criança especial que a pratica, nós, naCavalaria, além de outros instrumentos de trabalho, temos o cavalo etrabalhamos praticando também a equoterapia. Então essa iniciativa doexame do mormo é excelente e muito importante porque lidamos comcrianças especiais e estamos no dia a dia nas ruas com o nossoinstrumento de trabalho, que é o cavalo.

Quero cumprimentar o Valduga e dar-lhe os parabéns pelainiciativa. Nós temos que trabalhar dessa forma, ter alguém que nosapoie, senão, podem ter certeza, a tradição se acaba também.

Cumprimento o Deputado Dresch, o Natalino e demais auto-ridades que estão aqui, em especial o Enori pelo trabalho que vemfazendo com a Cidasc, junto conosco, do MTG. Nós apoiamos tudo o que for feito para a prevenção dessa

doença e para o seu cuidado, colocando-nos à disposição de todos noque for preciso.

Eu também estive em Brasília esta semana discutindo oassunto da tradição, porque a nossa tradição é grande em SantaCatarina. Contratei uma universidade para fazer uma pesquisa, a fim deapresentá-la às nossas autoridades, sobre qual o movimentoeconômico do cavalo para os governos estadual e federal. Tem muitagente que não sabe: hoje, no Brasil, o cavalo emprega mais do que afábrica de automóveis. Então, não são só os tradicionalistas e, sim,aqueles que gostam do animal.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -Quero aproveitar esta oportunidade para deixar aqui o meu abraçotambém ao Benelli e a todos os representantes dos CTGs.

Nós deixamos por último as manifestações da Juliana e doAuri, que junto com o Lenoires foram as pessoas que nos procurarampara batermos casco, para promovermos esta audiência pública, a fimde que além da saudação inicial já iniciassem com questionamentos.Aqui estão as autoridades que sabem falar as palavras

corretas dizendo como vocês devem cuidar dos seus animais. Ondeestou, em Santa Catarina - amanhã já estou indo a Joinville -, eu pregopara todos os proprietários de animais: façam o exame, que é a melhorcoisa que tem. Vocês ouviram o doutor Enori dizendo que passa para oser humano. Você já imaginou alguém da sua família estarcontaminado? E o Enori depois ainda vai falar mais a respeito disso.

Assim sendo, passo a palavra à senhora Juliana de Miranda,presidente da Associação Chapecoense da Cultura TradicionalistaGaúcha (ACCTG), de Chapecó.

A SRA. JULIANA DE MIRANDA - Boa-tarde a todos. Querocumprimentar o Deputado Cesar Valduga e agradecê-lo por ter atendidoa solicitação da ACCTG - Associação Chapecoense da CulturaTradicionalista Gaúcha -, de todos os CTGs, que junto com o BateCasco, o qual também é um projeto tradicionalista, estão trabalhandopara fazer um grande desfile rumo ao centenário, que é umahomenagem ao nosso Município de Chapecó.

Então, quero parabenizar a Assembleia por ter tomado essainiciativa e dizer: continuem nos apoiando! A tradição sabe reconhecere sabe fazer a coisa certa. O Dresch falou bem: a tradição mantém afamília. Como eu disse, estive em Brasília discutindo com os Depu-tados para que a tradição continue - porque existe um Deputado Federalde São Paulo, não foi um prazer conhecê-lo, que quer acabar comnossos eventos. E nós estamos trabalhando para que isso nãoaconteça, porque o Movimento Tradicionalista de Santa Catarina - quenão se é gaúcho, porque gaúcho é para todos - movimenta umaeconomia muito forte. Então a gente vai fazer essa pesquisa e ossenhores Deputados e governantes vão recebê-la para saberem o valorque nós temos.

(Cumprimenta as autoridades da mesa e os demais presentes.)Estendo esses cumprimentos ao nosso presidente Orides

Luiz Pompeo, do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) do Estado deSanta Catarina, e a todos os patrões dos CTGs de Chapecó e região,que são defensores da nossa cultura tradicionalista, sim, e aos quaisme incluo, porque amamos a nossa cultura, e o cavalo, como todos bemsabem, é muito importante porque não tem um gaúcho que não tenha umcavalo. E foi através do cavalo que se desbravou muitos e muitosMunicípios, inclusive Chapecó, que foi desbravado à pata de cavalo.Muito obrigado, mais uma vez, Valduga, por ter tomado essa

iniciativa, o senhor, o Natalino e o Dresch, que estão em conjunto como Enori e as demais autoridades que já falaram. Então é uma preocupação muito grande a questão do mormo,

e quando foi identificado o primeiro foco dentro do Estado de SantaCatarina estávamos organizados no nosso rodeio nacional, aqui deChapecó, mas na quinta-feira véspera da abertura do nosso rodeiotivemos que transferir o rodeio. E imediatamente, conversando com aCidasc, verificamos que aquela era uma decisão responsável, porquesabemos também da gravidade dessa doença e temos, sim, que cuidardos nossos animais.

Muito obrigado e parabéns a todos. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -Convidamos agora o senhor Jorge Augusto Zandavalli Winckler, médico-veterinário do Município, neste ato representando Milton Francisco daSilva, Secretário Municipal de Agricultura de Nonoai, do Estado do RioGrande do Sul.

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Hoje, a nossa proposta aqui, com todos os tradicionalistas eamantes do cavalo, é justamente no sentido de prevenir. A nossapreocupação é conscientizar aquele que não fez o exame, talvez peloseu alto custo, o que é uma reclamação geral, pois às vezes issodificulta ao humilde proprietário que tem um ou dois cavalos, já que ficaem torno de R$ 120,00, R$ 130,00, pois o laboratório é em São Paulo.Então uma das propostas que trazemos aqui, juntamente com os meuscompanheiros Lenoires da Silva e Auri Casalli, do Projeto Bate Casco, éque se tenha um laboratório conveniado que atenda os três Estados doSul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Alessandra. E eu já precisei do Ministério da Agricultura, numa ocasiãoaqui em Chapecó, e no mesmo projeto precisei do Ministério daAgricultura lá em Santana do Livramento, em uma cavalgada que eu e omeu compadre Sebastião fizemos de Chapecó a Montevidéu, noUruguai.

A minha vida, como a vida da maioria de vocês, estáenvolvida com a tradição gaúcha, com o mundo dos cavalos. O que mepreocupa bastante neste momento, meus amigos e minhas amigas, éque temos este aparato de Estado, mas muitas vezes ele demora aresponder. Essa crítica não é contra a Cidasc, não é contra a Secretariade Estado, mas sim uma crítica contra toda a nossa estrutura políticaatual que às vezes demora a dar a resposta.

Como o nosso presidente aqui disse, com este levantamentoque está sendo feito para mostrar que o cavalo movimenta a economia- e já o parabenizo por essa atitude, Pompeo -, teremos uma provadisso, pois os números serão apresentados a todos, mostrando que ocavalo não serve simplesmente para esporte ou lazer, mas geraemprego, e essa questão do mormo afetou a economia, sim.

Solidarizo-me com o Município, com a Prefeita e com ostradicionalistas de São Cristóvão do Sul. Imaginem, meus amigos, aangústia real da população daquele Município do planalto catarinenseque também tem viva a tradição gaúcha. Eu imagino, sim, a angústiadeles neste momento.Hoje, o principal mote é fazer essa discussão entre todos os

presentes para que consigamos chegar ao objetivo comum que étrabalhar com responsabilidade e com conscientização fazendo oexame, mas também tendo o amparo do órgão competente que é aCidasc, como bem disse o presidente aqui. É preciso que tenhamos oamparo, que tenhamos mais pessoas trabalhando nisso, porque nonosso rodeio nacional nós estaremos cobrando na portaria que todosos animais entrem com o exame, junto com todos os patrões dos CTGsaqui de Chapecó, meus apoiadores e colaboradores na organização doevento. Só que para isso também precisamos de mão de obra, detécnicos, de médicos veterinários, que fiquem ao nosso lado tambémnos amparando.

Quando nós tradicionalistas falamos em projetos queacumulam cavalos, é uma grande aglomeração de cavalos. No anopassado, no Projeto Bate Casco, tivemos 350 cavalarianoshomenageando Chapecó, sendo que este ano também temos esteprojeto e pretendemos dobrar esse número. E, quando chegar ocentenário de Chapecó, queremos fazer um grande desfile, vamostentar reproduzir no desfile quem eram e como chegaram aqui essaspessoas, para mostrar isso a todos, aos nossos filhos e aos netos.

Deputados, também nos sentimos angustiados por isto, porver a possibilidade de, talvez, ser cancelado um evento desse tamanho.E não quero repetir toda a consequência econômica que hoje asanidade equina traz ao Estado de Santa Catarina. Como o peão falou,não são milhões, são bilhões, e são milhares de empregos gerados.Então temos essa preocupação.

Então uma das solicitações da ACCTG é que tenhamos oamparo da Cidasc para que possamos fiscalizar e cobrar isso noseventos oficiais. Já procuramos a Cidasc, e o motivo alegado é falta deefetivo. Até entendemos, mas também gostaríamos de ser entendidos,porque trabalhamos e queremos executar o evento de forma legal. Onosso trabalho é voluntário - somos oito CTGs, aqui em Chapecó, queorganizam o rodeio nacional - mas precisamos do órgão competente aonosso lado para fiscalizar, porque podemos chegar a um determinadomomento e perder o controle da entrada do animal, correndo o risco deter um animal contaminado lá dentro contaminando os demais. Eutrago essa solicitação em nome de todos os CTGs de Chapecó.

A Juliana já levantou a proposta - discutimos isto em conjunto- de, aproveitando a presença aqui do Ministério e de representantesdos três Estados, pensarmos na possibilidade de um laboratóriocredenciado aqui na região Sul a fim de atender essa urgência e quemsabe estender este exame a toda a população de cavalo de SantaCatarina, para o mormo ser identificado o mais rápido possível.

O diretor da Cidasc nos fala em 103 mil cavalos, mas não seise esse número é aproximado ou não, porque além dos esportistastem as pessoas que andam a cavalo. Basta cavalgar para ver isto:vocês que andam pelos campos, pela roça, encontram um monte decavalos que não estão registrados numa propriedade porque é de umcampeiro, é de alguém que usa o cavalo para levar as crianças, osnetos. Então, precisamos de uma ação que entenda o controle domormo de forma bem global, da forma dos produtores, daqueles quevivem do comércio genético de cavalos, dos tradicionalistas e daspessoas que no seu cotidiano têm dificuldade de pagar, sim, um examede mormo - custa de R$ 80,00 a R$ 150,00, dependendo de onde vocêestá, em que parte do Município e em que parte do Estado se está.Portanto, temos que ter essa ação, temos que pensar conjuntamenteem algo para facilitar isso e que barateie o custo dos exames.

Junto com o Leno e com o Auri Casalli, temos a proposta,então, do laboratório conveniado que atenda os três Estados do Sul,diminuindo com certeza o custo do exame, pois que está muitoelevado. O Auri Casalli também vai complementar minha fala com asdemais solicitações a esta audiência pública.

Mas quero novamente reforçar o meu agradecimento aoDeputado Cesar Valduga, que nos atendeu prontamente para quechegássemos a este momento. Eu acredito que para alcançarmos umobjetivo, como disse a doutora Alessandra, temos que trabalhar juntos,discutir juntos, porque o objetivo é comum, e acho que estamos nocaminho certo. Eu, como presidente da Associação dos CTGs, estou àdisposição de todos, independentemente de bandeira de CTG, dosnúcleos, dos criadores de cavalos; somos todos parceiros, e acreditoque vamos sanar de vez, quem sabe antes do final do ano, essaquestão do mormo que nos preocupa e nos atormenta muito.

Mas, com certeza, essa não é a nossa única preocupaçãoneste momento, Juliana. Temos uma preocupação muito maior, auto-ridades presentes: ter uma estratégia. A nossa preocupação é saber seos senhores têm uma estratégia calculada, para sabermos quandovamos ter a resposta do controle do mormo. Outra coisa tambémimportante que precisamos saber é onde estão os focos do mormo,porque é um direito nosso - não deslocar! Não é descriminar oMunicípio que tem mormo, mas é nos dar o direito de não deslocarmosos nossos cavalos, os nossos animais, para a região do mormo.Depois os técnicos vão explicar como se dá a contaminação; eu nãovou explicar porque não sou técnico, mas já sei que a contaminação sedá inclusive por excremento, por fezes. Então, que nos deem estedireito ao conhecimento.

O meu muito-obrigada a todos. (Palmas.) [Taquígrafa-Revisora: Siomara G. Videira]

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -Obrigado, Juliana. Ela já fez a sua saudação, já fez os seus questiona-mentos e já fez alguns encaminhamentos, os quais já anotamos.

Quero registrar a ausência do Deputado Federal Valdir Colattonesta audiência porque ele está em Brasília, mas deixou um grandeabraço para todos nós.

Também quero registrar que por iniciativa do DeputadoNatalino foi instituído o dia 10 de maio como o Dia Estadual daEquoterapia no Estado de Santa Catarina. Foi realizado o debate naAlesc sobre esse tema, e quero parabenizar o Deputado Natalino, que éum grande Parlamentar da região, por essa iniciativa.

Secretário, entendemos que não podemos alarmar aspessoas - eu acho que são casos pontuais -, mas, em conjunto com oRio Grande do Sul e com o Paraná, temos que calcular uma estratégiade tempo e de velocidade para não termos que cancelar atividadesculturais que movimentam a economia, que fazem a cultura funcionar,porque aqui é o gaúcho, é a tradição que está forte na nossa região.

Com a palavra o senhor Auri Casalli, neste ato representandoo Projeto Bate Casco - Rumo ao Centenário, de Chapecó, para fazer asua saudação inicial e também o seu questionamento.

De coração, agradeço a todos por virem a esta audiência, àJuliana, a todos os tradicionalistas e à população dos Municípiospresentes.

O SR. AURI CASALLI - Boa-tarde a todos e a todas. Depu-tados Valduga, Natalino e Dresch, demais membros da mesa, querodizer que estou me sentindo extremamente à vontade no meio dosamigos que estão presentes nesta audiência pública, alguns deles deoutros Estados, amigos que conquistamos e preservamos no lombo dosnossos cavalos, com certeza. Já tive o prazer de cavalgar e de estar emrodeios com a maioria dos amigos que está aqui, e isso é muito bom.

Eu acho que temos que obter resultados desta audiência. Etodos nós tradicionalistas e criadores de cavalos queremos somar, nãodesejamos pressionar o governo, mas precisamos que a resolução sejarápida; queremos entender o que está acontecendo; queremos saberonde estão os focos e quantos focos têm no Estado hoje; queremossaber se atualmente há fiscais suficientes para de fato, em umabarreira sanitária, o fiscal verificar a resenha dos animais, se a

Coordenamos o Projeto Bate Casco - Rumo ao Centenário etemos também o Projeto Cavalgada Além Fronteiras, doutora

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quantidade confere com o que está no GTA. Todas essas ações têmque ser pontuais e rápidas, e não podem ser de forma corriqueira.

acreditamento com o Inmetro, que é uma nova determinação doMinistério da Agricultura, que os laboratórios têm que ser acreditadoscom os órgãos oficiais e agora ao Inmetro. No nosso laboratório deJoinville nós fazemos exames de anemia, brucelose, tuberculose. Efaremos também o acreditamento para a doença do mormo. Nós vamospreparar o nosso laboratório e, se necessário, passaremos a fazer,então, exame do mormo. Mas isso não é de um dia para o outro porquetemos que passar por todo um processo, e acreditamos que até o finaldo ano conseguiremos deixar esse laboratório pronto.

Enquanto tradicionalistas, estamos à disposição de todos. Eum orgulho que devemos ter, meus amigos: neste momento, nóstradicionalistas estamos preocupados com a resolução desseproblema. Todos que estão aqui têm a mesma angústia, que é saberse o seu animal está sujeito ao mormo e se poderá ser sacrificado,porque o animal faz parte da nossa vida e da nossa família - quem tem,sabe disso.

É difícil, Juliana, convencer um laboratório em fazer o examedo mormo em Santa Catarina porque se a gente eliminar a doença olaboratório não terá mais serviço e todo mundo irá declarar livre dadoença de novo. Então, eu acho que existe mecanismos de baratearcustos porque o custo do laboratório não vai mudar muito de São Paulopara Santa Catarina.

Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -

Obrigado, Auri.Senhor Barbieri e técnicos presentes, há o entendimento, o

consenso de abrirmos as inscrições e os questionamentos em bloco, afim de podermos ter maior agilidade e produtividade nesta audiência.Então iniciaremos as inscrições para os questionamentos, em bloco,tendo cada inscrito direito a três minutos, e depois os nossosconvidados, os representantes dos órgãos governamentais fariam...(Osenhor Enori Barbieri fala fora do microfone: “Uma sugestão, que aexplanação seja agora e as perguntas depois para que muitas dúvidassejam saneadas. Pode ser?”) Pode ser? (Presidente consulta ospresentes, que aquiescem.) Pode ser. Então, de acordo com asugestão feita e acatada por todos, a explanação será feita nestemomento e após será aberto espaço para as inscrições e os questiona-mentos.

O que vocês estão enfrentando aqui, um custo muito alto, euvou ser bem transparente, é porque vocês ainda não chegaram a seorganizar como se organizou o pessoal da metade para lá. Lá nasoutras regiões uma pessoa tem condição de fazer a coleta em bloco.Normalmente quando o material é coletado se faz exame de anemia ede mormo, barateando o custo. As Prefeituras têm ajudado ostradicionalistas com o seu médico-veterinário oficial a fazer a coleta, daíentrega isso num laboratório que tem convênio, com o de Curitibanos.Deve ter outros, mas eu sei o de Curitibanos que custa R$ 50 o exame.O laboratório de Curitibanos manda para São Paulo, que envia oresultado de volta a Curitibanos. Então, eu acho que nesse momentovocês vão ter que se organizar para poder baratear.

Com a palavra o doutor Enori Barbieri, presidente daCompanhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina(Cidasc). Bom, depois de onze anos um médico-veterinário nosso, de

São Cristovão do Sul, foi a uma propriedade rural fazer um atendi-mento, não de um cavalo, e viu lá nesse local uma égua. O dono doanimal disse: minha égua está com problemas. E o nosso médico-veterinário sem conhecer a doença, pelo treinamento, olhou esuspeitou de mormo. Coletou o material, que mandamos para SãoPaulo, e deu positivo. O exame de São Paulo é o mesmo que ossenhores estão coletando, esses 8.800 exames que já mandaram. Equando dá positivo em São Paulo, para nós, da Cidasc, ele passa a serum animal suspeito, ele não é positivo. Quando vocês mandam paraSão Paulo e dá suspeito em São Paulo, a Cidasc vai até o local, coletanovamente material desse animal, coleta material dos animais vizinhosque ele teve contato, e a Cidasc manda para o laboratório dePernambuco, oficial do Ministério da Agricultura, que é o que dá acontraprova e que diz: esse animal é positivo, esse animal é negativo.Nesse caso, gente, a grande maioria das vezes que dá positivo em SãoPaulo, ou aqui para nós é suspeito, ele é negativo.

O SR. ENORI BARBIERI - Bom, como eu cumprimentei amesa e esqueci o meu colega do Rio Grande do Sul, queriacumprimentá-lo e agradecer a visita aqui no nosso Estado de SantaCatarina.

Gente, eu sou uma pessoa muito transparente e muitotranquila. Eu já estive do outro lado e é bem melhor atirar pedra quandose está do outro lado. O Deputado Dirceu me conhece bem. Eu achoque me levaram para o governo para eu ficar quieto. Repito: eu queroser muito transparente com os senhores e dizer que nós não estamosvivendo nada de grave que gere, neste momento, uma preocupaçãomuito grande. Nós temos responsabilidades! E as coisas todas vão sermuito bem... E não quero que ninguém saia daqui hoje sem ter tiradoaté a última dúvida.

A gente iria fazer uma apresentação técnica aqui, demorada,mas a nossa equipe amanhã - a doutora Luciana, a doutora Cláudia, odoutor Diego - irá fazer um trabalho com o MTG e mostrar tecnicamentea doença, através de slides, e outras coisas. Então, essa área ficoupara amanhã, senão seriam 45 slides, uma coisa muito demorada.

Então, hoje nós temos em Xanxerê, na minha cidade, doisanimais suspeitos. Um deles, eu gostaria que fosse sigiloso porque apessoa que é dona do cavalo não sabe, só o pai dele sabe, é umcavalo de 19 anos de um campeão de laço. São dois animais emXanxerê da BR-116 para cá. E o outro é um cavalo que apareceu essasemana no Município de Iraceminha. Iraceminha é aqui para o extremooeste. Alguém de Rodeio mandou para fazer exame em São Paulo. Olaboratório de São Paulo comunica o Ministério e comunica a Cidasc.Então nós estamos aqui da BR-116 para cá com esses dois animais.

Bom, gente, faz onze anos que nós não tínhamos essadoença em Santa Catarina. Onze anos. A última vez que teve foi lá noMunicípio de Indaial com o caso de um cavalo que veio contaminado deSão Paulo. Aí foram abatidos, se não me falha a memória, de dez avinte animais, e um desses animais foi sacrificado no Município deCuritibanos.

Bom, de onde veio essa doença? Eu estou na Cidasccompletando o quinto ano e posso dizer que o Nordeste brasileiro temmuito mormo. Havia no Nordeste, em Pernambuco, um grande criadorde cavalos que vendia lotes de animais para a Cavalaria da PolíciaMilitar do Espírito Santo, para a Cavalaria de São Paulo, do Rio deJaneiro, mas esses animais estavam contaminados. Nós, do serviço dedefesa, sabíamos que não tinha essa doença em São Paulo, não tinhano Paraná, não tinha em Santa Catarina e não tinha no Rio Grande.Mas a partir dessa contaminação, dessa venda desses animais, agente sabia que era uma questão de tempo para chegar até SantaCatarina. Tanto que no ano passado a Cidasc treinou os seusveterinários, porque a grande maioria nunca tinha visto essa doença,para estarem preparados para quando a doença chegasse. E a doençachegou este ano, há sessenta dias. Ela chegou lá no vizinho Estado doParaná, no Município de São José dos Pinhais, em novembro. Naépoca, o Paraná também fez um grande trabalho, fez em torno de vintemil exames e voltou a declarar Estado livre sem a doença.

Mas nós temos um foco, aí vamos tratar esse foco. O grandeproblema está lá em São Cristovão do Sul, porque lá começou comaquele animal que mencionei anteriormente. Depois dele, nóscoletamos dos animais que tiveram contato com ele e apareceram maiscinco, que já foram sacrificados, depois coletamos novamente naregião e aparecem mais seis, que também foram sacrificados, e agorame parece que são mais sete. Esse é o foco: é uma área isolada naregião central do Estado; São Cristovão do Sul é uma cidade na BR-116, quem sobe no trevo do Patussi, o Patussi todo mundo conhece,não é? Então, é naquela região que tem o foco.

Daí surgiu um foco de um animal, que já foi sacrificado, lá noMunicípio de Rodeio. Outra eguinha, que o proprietário tinha acabadode comprar, por R$ 30 mil, para uma filha dele. E apareceu esseanimal positivo, confirmado, que foi sacrificado. E no rastrear a gentevoltou para Ponte Alta, no qual apareceu mais um animal positivo, quejá foi sacrificado. E outro animal positivo, que também já foi sacrificado,em Tijucas. Um caso isolado esse de Tijucas.

Já em Santa Catarina, como nós não tínhamos a doença háonze anos, não havia motivo de ter um laboratório no Estado porque eralivre da doença e não fazia exames. Eu quero ser sincero com ossenhores: eu não vejo neste momento necessidade de um laboratórioem Santa Catarina porque a gente vai terminar com essa doença e vaideclarar livre, de novo, sem exames. Mas, também, não posso dizerque eu vou terminar se eu não terminar.

Tivemos vários e vários suspeitos no sul do Estado, emGravatal, em Imaruí e em outros Municípios do sul, que deram positivoem São Paulo e deram negativo no Laboratório Nacional Agropecuário(Lanagro). E deve ter outro Município suspeito - talvez, Roni, você possacolaborar -, mas quero dizer que os 8.800 exames que vocêsmandaram é o que nós temos agora.

Bom, a partir do momento em que é comunicado, nós vamosaté o suspeito, coletamos os contatos. Deveremos receber estasemana o resultado de Xanxerê e na outra semana o resultado deIraceminha.

Com isso, ontem de manhã eu estava em Florianópolis econvoquei o pessoal do laboratório - nós temos um laboratório emJoinville, que está passando por um processo de

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16/09/2015 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.888 9

Gente, mormo é uma doença infectocontagiosa que causa nocavalo lesão externa e a grande maioria sem lesões externas (sic). Nosmuares - nos burros, nas mulas - as lesões são visíveis, você vê a olhonu a doença purulenta. Dessa eguinha da região de São Cristovão saiapus pelas juntas dos joelhos, pelas vistas, pelas narinas, era um casoclássico da doença. Garanto que em muitos dos outros animaissacrificados não se notava nada. E o proprietário dizia: mas o meuanimal é sadio! É que nem anemia, é sadio, mas tem a doençaincubada. O cavalo não se manifesta como os muares. Então essa éuma doença infectocontagiosa, é uma bactéria que contamina porcontato.

viral. Então, nós vamos ter novidade no futuro não muito longe,segundo o Ministério da Agricultura.

Eu não conversei sobre isso com a doutora Alessandra, masem Brasília, nesta semana, estavam reunidos, na terça-feira, o pessoaldo mormo tratando dessa nova normativa para que quando ocorra umcaso o Estado não seja trancado. Não, está trancada a região. Aquelaspropriedades que tem foco e os vizinhos que foram coletados, se passaa interditar as propriedades até que se tenha o resultado para queesses animais não coloquem em risco os outros. Então, essa é umaação sanitária.

Eu vou dar um exemplo. A eguinha lá de Rodeio andou portoda a região do Baixo Vale do Itajaí. Nós estamos com 295 amostrascoletadas, nesta semana, de cavalos que ela teve contato, queestamos enviando para o laboratório oficial. Isso é patrocinado pelaCidasc. Vejam o trabalho que dá coletar de todos os animais quetiveram contato com aquela eguinha! E todas essas propriedades estãointerditadas.

Gente, a Cidasc não tem a capacidade de fazer a vigilânciaem todos os eventos de cavalo. Somente no dia que a gentesuspendeu os eventos, que a gente teve o primeiro caso, tinham noEstado 21 eventos: o Rodeio Internacional de Chapecó, o Rodeio do TioPreto - nosso grande amigo, que está com tudo pronto para realizaresse rodeio-, os Rodeios de Festa em Campo Alegre, em Rio Negrinho,em Macieira, e outros que não sei onde. A Cidasc não tem essacapacidade. Mas quero dizer a vocês que em cada evento tem umpatrão de CTG que é responsável, que é notificado pela Cidasc, e temum responsável técnico que é veterinário do evento.

Vocês imaginem, vamos supor que o cavalo de Iraceminha dêpositivo, o dono dele vai ter que nos dizer aonde ele foi com essecavalo e quem estava lá naquele rodeio. E nós vamos, acreditem,interditar metade do extremo oeste catarinense que participou daquelerodeio. Então, gente, esse é um trabalho técnico-científico deresponsabilidade que a gente pretende... quando se coleta do vizinhoque teve contato e dá negativo, depois de sessenta dias se coleta denovo, se manda para o laboratório e se encerra o assunto.

A Cidasc determinou, após o aparecimento da doença, juntocom o Ministério da Agricultura, que tem sido parceiro - a minha amigase queixou que a gente não está falando tudo para ela, que ela é aresponsável, mas a gente vai corrigir-, que os eventos de aglomeraçãode cavalos só podem ocorrer com animais testados negativos. Gente,nenhum animal pode ir para aglomeração e a melhor coisa a fazernesse momento é não mexer com o animal se não tiver exame. Se nãotiver exame, deixa onde está. Não pode ir animal para evento se não fortestado negativo, tanto em cavalgada quanto em rodeio. E quero dizermais, a gente está cumprindo a lei, a gente não quer complicar a vidade ninguém. Se vocês fizerem um evento com animais que tematestado de negativo, não vai ter problema de transmissão de doençaporque a doença não está ali, ela é doença de contato.

Quando a gente pega um foco, enquanto se encontrarpositivo, a gente vai abrindo o eixo de coleta até que chega em ummomento em que não encontra mais nenhum positivo, se coletasessenta dias depois, está extinto o foco, está saneado o foco.

Gente, com esse trabalho a gente espera... e com a neces-sidade dos senhores coletarem e mandarem exame... porque tambémo Ministério da Agricultura, através dos seus especialistasepidemiológicos, para eles nos darem o atestado de livre novamente,eles têm todo o mapa dessas coletas onde estão sendo feitas, nósvamos ter que ter um volume necessário de exames. O Paraná,segundo o Inácio me falou, e a doutora deve saber, mandou vinte epoucos mil exames que não tinha mais positivo, voltaram a sernegativo, e daí suspenderam. Parece-me que agora, infelizmente, temum suspeito por lá. Não sei, depois a doutora pode... foram“premiados” novamente. Então, nós vamos precisar que os senhorescontinuem coletando esse material até conseguirmos eliminar os focose possamos dizer: positivo, não tem mais, coletamos uma vez,coletamos duas vezes e acabou. Aí a falamos para o Ministério daAgricultura, que estuda o caso, e ele diz: vocês estão livres, nãoprecisa mais de exame.

A Cidasc não proibiu! Quando a gente falou de proibição doevento, a proibição foi porque não dava tempo hábil para fazer exames.Era uma quinta-feira e o evento estava começando, já tinha genteacampada. A Cidasc falou em proibição, mas essa não é a palavracerta. Não existe proibição para mormo. Se o animal está negativo, alei que é feita pelo Ministério da Agricultura diz que o animal está livrepara transitar aonde quiser no Brasil. Se eu tenho um exame negativo,ninguém pode me proibir. Em Santa Catarina, nós nem proibimos aindao trânsito de animal que não tem exame. Ainda é permitido ao animal,que não tem o exame, de transitar porque é uma doença de contato ese o cara está transitando e for responsável com o animal dele, ele nãovai para o evento, não precisa... Nós ainda não chegamos a esseponto. Nós ainda estamos avaliando a gravidade. É lógico, a região quetem foco estamos recomendando que não se vá para aquela região. Epor que no oeste catarinense vocês estão apavorados? Porque ossuspeitos apareceram, agora, na semana passada, em Xanxerê, enessa semana, em Iraceminha, senão a doença estava da BR-116 paralá, ela não estava para cá. Então, ainda, como órgão sanitário, a genteestava monitorando, cuidando e vendo o resultado dos exames; a genteestava cuidando; é por isso que não tomamos atitudes mais drásticas.

Essa questão do laboratório, Casalli, temos que ter um poucode paciência, nós vamos nos preparar sim, porque quando ocorreu ocaso de Indaial, há onze anos, foi feito um laboratório de mormo naCidasc para atender às necessidades. Agora nós estamos nospreparando para a necessidade, se as coisas se agravarem, vamos terque agilizar o laboratório, eu diria que não muda muita coisa porque ocusto do exame não deve ser diferente. Talvez, por ser público, oEstado possa fazer algum patrocínio. São Paulo tem nos atendidotranquilamente sem nenhum problema, com agilidade, tal e tal.

Bom, essa doença não passa para outros animais, é umadoença dos equinos. Como o doutor Roni falou, há seis mesesconseguimos mostrar para o Ministério da Agricultura, o qual determinanormas, que em Santa Catarina precisava dar um prazo maior para aanemia, porque vocês lutaram muito por isso, e nós precisávamosavançar.

Gostaria de dizer aos senhores que a princípio era isso. Euacho que essa explanação que fiz vai facilitar as vossas perguntas, anossa equipe técnica está aqui, o doutor Roni tem pontualmente maisesclarecimentos, o pessoal do Paraná e o pessoal do Rio Grande.

Mas é o seguinte, em defesa sanitária a doença não cai docéu e nem cresce da terra, a doença vem de algum lugar, e a genteestava preparado, sabia que ia chegar, e quando chegou aqui eu disse:os gaúchos estão roubados, vai chegar lá! Não demorou trinta dias ebateu lá no Rio Grande do Sul.

Quando fizemos o inquérito epidemiológico dos cavalos sobreanemia, descobrimos que dos 103 mil cavalos, nós tínhamos 400animais positivos com anemia, e vocês fazendo exame para ir pararodeio. Nesses cavalos não tinha mais anemia. Os cavalos com anemiasão aqueles que não são testados, os cavalos de mato, os cavalos queficam em casa, e precisamos achar esses cavalos para terminar com aanemia.

Então, o que é isso? Gente, isso é coisa que alguém fazerrado. É coisa que leva animal sem Guia de Trânsito Animal (GTA).Quando fazem isso, nos deixam numa situação difícil porque o nossoserviço é de prevenção, mas também o GTA nos dá condição de saircorrendo. Esse cavalo veio de onde? Veio de lá. Passou aonde? A genteimediatamente cerca o foco e o foco fica fechado naquele local.

Então, propusemos ao Ministério que o proprietário quepermitisse fazer exame em todos os cavalos, dentro da propriedade,poderia ter uma validade de seis meses/ano. Agora o estamostrabalhando com o Ministério da Agricultura? O Ministério da Agriculturacriou uma comissão nacional de alto nível de conhecimento científicopara mexer na Instrução Normativa do mormo. Instrução Normativa: é anorma que regra os procedimentos de como agir no caso de mormo.Tecnicamente nós entendemos (como não é uma doença viral, pois ovírus se propaga muito rapidamente) que é uma bactéria detransmissão de contato. E esperamos que o Ministério reveja anorma, porque quando aparece o foco em uma região não setranque o Estado inteiro, pois tem região que não tem nada a vercom aquela em que houve o problema, porque a doença não é

Então, os senhores, neste momento, eu diria que são osmaiores fiscais que o Estado pode ter, são os senhores, de chegar norodeio e dizer para o patrão do rodeio: aqui vocês estão exigindoexame? Se não estão exigindo exame, não vou expor o meu cavalo!Não precisa a Cidasc ficar na porta, é uma coisa feia ficar fiscalizandoa porta! O patrão tem que dizer: aqui só vai entrar com exame. E opatrão se desconfiar tem que cobrar, porque se eu tivesse um cavalo -eu não tive mais porque o meu morreu de cólica e fiquei com tantapena que disse: eu não vou mais ver cavalo sofrer. O meu tratadordeixou o cavalo preso no fim de semana, encheu o coxo de milhoporque ia ficar três dias fora, matou o cavalo de cólica.

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Então, eu quero dizer que vocês têm que ser os fiscais. ACidasc está fazendo a sua parte muito firme, mas os fiscais são vocês.Não façam o evento sem exigir exame.

ouvindo as pessoas e aceitando sugestões, para que a gente possaconstruir um projeto que seja realmente pago pelo Poder Público, pelogoverno do Estado, porque hoje ele é feito de maneira particular.

Muito obrigado, um grande abraço, sucesso e muitasfelicidades a todos. Parabéns, Deputado.

Quanto vale um cavalo? Um cavalo tem o preço de umapessoa: não tem preço, é sentimental o custo dele, gente, é docoração. É quem nem o cachorro que está dentro de casa, quanto valeaquele cachorro? Para os outros pode não valer nada, mas para mim osmeus valem muito. E os cavalos de vocês, só vocês é que sabem. Nãotem dinheiro que pague uma coisa que é sentimento.

(Os Deputados Estaduais Natalino Lázare e Dirceu Dreschretiram-se do recinto.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -Dando continuidade à nossa audiência pública, comunico a todos játermos três inscritos, e a primeira inscrita é a doutora Alessandra.Então, se cada um fizer a sua parte, não vamos alardar, nós temos que

resolver o problema de São Cristovão que é muito grave, que estáatingindo pessoas, sentimentos, já são quase vinte animais a seremsacrificados. Mas vocês sendo os fiscais nós terminamos com issologo, gente. Sabe? Vamos ser responsáveis, e quero dizer querealmente a gente tem sido responsável. Agora, ainda têm algunscabeçudos por aí que acham que estão enganando a Cidasc. Estãoenganando eles mesmos! A Cidasc não tem cavalo, gente, sabe?Vamos ser parceiros. Não tem uma rigidez, se cada um fizer a coisacertinha isso aqui termina logo. O Paraná está fazendo o dever de casa,o Rio Grande do Sul certamente deve estar fazendo, porque se aqui tem103 mil cavalos, imagina lá no Rio Grande que é só gaúcho. Aqui tembastante gaúcho, mas lá tem muito mais, não é? (Risos) E o Paranádeve ter uns quatrocentos mil cavalos, não sei quanto tem lá. E no RioGrande, vocês tem noção? Cada gaúcho um cavalo no mínimo. (Risos)

Com as manifestações da mesa, muitas dúvidas serãoresolvidas; para muitos questionamentos, vamos buscar resolubilidade;e outros serão respondidos pelas falas da mesa.

Passo a palavra à senhora Alessandra de Lacerda Alves,fiscal Federal Agropecuária da Superintendência Federal de Agriculturano Estado de Santa Catarina, representando o Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A SRA. ALESSANDRA DE LACERDA ALVES - Boa-noite.Primeiramente, eu queria fazer um esclarecimento a vocês, porque nãosei se todos conhecem como funciona o trabalho do Ministério daAgricultura. Normalmente, o pessoal do Ministério da Agricultura nãotem contato direto com vocês porque o órgão executor é a Cidasc, e,então, eu queria situar vocês nisso. Nós temos o Ministério daAgricultura, cuja sede fica em Brasília, e em cada Estado existem asSuperintendências Federais de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.Dentro da Superintendência Federal de Agricultura há o Serviço deSaúde Animal, e dentro desse Serviço nós somos divididos; há várioscolegas atuando, e cada colega é responsável por um programasanitário. Eu, no caso, trabalho com o Programa de Sanidade dosEquídeos, mas nós temos programas de brucelose e tuberculose, defebre aftosa, de sanidade suídea, avícola, e assim por diante.

Obrigado. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -Muito bem, agradecemos a participação do doutor Enori. Antes depassar para a próxima intervenção registro a presença da doutoraLuciane, da doutora Cláudia, do doutor Diego, dos órgãosgovernamentais, da Cidasc, que jogaram um peso e colocaram impor-tância nessa nossa audiência pública, também da imprensa que estáaqui dando publicidade a esse tema e do Alair de Luca. O Ministério da Agricultura, lá em Brasília, também tem as

suas divisões, e temos uma divisão de sanidade equídea. As normaspartem do Ministério da Agricultura, e a Cidasc e os outros órgãosestaduais (cada Estado vai ter o seu órgão) seriam os órgãosexecutores, que são os órgãos que vão a campo, que vão executar asações de sanidade animal sob a coordenação e a supervisão doMinistério da Agricultura.

Nós temos aqui dois Deputados que também honraram ecolocaram com importância, o Natalino, de Arroio Trinta, que é oPresidente da Comissão de Agricultura, que gostaria de deixar umamensagem, pois ele ainda tem um compromisso em Videira, e oDresch que também tem outro compromisso. Então, antes de abrir paraos debates, eu passo a palavra para suas saudações finais e fiquem àvontade, Deputados. Primeiramente, com relação às questões que foram apon-

tadas pela Juliana, eu queria esclarecer algumas questões. No que serefere aos laboratórios, o que eu posso dizer é que alguns colegasveterinários têm me procurado solicitando esclarecimentos, orientaçõesporque têm interesse em montar laboratórios que realizem exames demormo aqui em Santa Catarina. Eu tenho recebido essas demandas enão tenho como dizer se isso realmente vai para frente, mas querodizer aos senhores que existe esse interesse por parte de algunsmédicos-veterinários. Não temos como dizer o tempo que isso podelevar, caso algum veterinário realmente queira montar esse laboratório,porque, como disse o Enori, primeiro é necessário a acreditação doInmetro; depois de obter essa acreditação, o laboratório tem quepassar por uma série de exames de proficiência, que são feitos peloMinistério da Agricultura.

Com a palavra o senhor Deputado Estadual Dirceu Dresch.O SR. DEPUTADO ESTADUAL DIRCEU DRESCH - Para mim

foi muito importante estar aqui, ouvir as entidades, ouvir a Cidasc.Eu estava comentando, aqui com o nosso Presidente, que na

semana que vem estamos com o Orçamento Regionalizado erodaremos pelas regiões, mas na outra semana nós vamos reunir aComissão e dar todos os encaminhamentos aos compromissos quenós vamos assumir aqui com vocês.

Eu preciso me retirar porque tenho mais dois compromissoshoje à noite já agendados, mas estamos com vocês nesta caminhada.Obrigado. (Palmas)

Com a palavra o senhor Deputado Estadual Natalino Lázare.O SR. DEPUTADO ESTADUAL NATALINO LÁZARE - Da minha

parte também tenho realmente outro compromisso, mas eu vou muitotranquilo e seguro de que o Deputado Valduga vai concluir com muitoêxito, com o brilhantismo que ele está fazendo até agora esta sessãoespecial e importantíssima.

Com relação às estratégias para o controle do mormo, nóstemos uma instrução normativa, como o Enori citou. Essa instruçãodelineia tudo o que deve ser feito com relação ao controle do mormo;no caso de haver um foco de mormo, quais ações devem serdesencadeadas.

Quero também parabenizar todos que participaram, é umconhecimento muito grande. Percebi aqui, não é, Deputado Valduga? Aaflição de todos e sobretudo o empenho que todos tem no sentido deque a sanidade animal seja realmente o princípio do nosso trabalho.

Hoje, como foi questionado, se não me engano - por favor,Cláudia, você tem os dados bem certinhos e pode me corrigir -, em SãoCristovão do Sul nós estamos com oito focos. (A senhora Cláudia Motamanifesta-se fora do microfone dizendo que são nove.)

Também de minha parte, como Presidente da Comissão deAgricultura, estou à disposição na Assembleia para debater esseassunto e, se necessário, Deputado Dresch, Deputado Valduga, iremosatrás de outros mecanismos para que possamos evidentementecontribuir com essa questão. [Taquígrafa-Revisora: Sabrina Schmitz]

Ah, só um esclarecimento: denominamos de foco apropriedade onde houve pelo menos um animal positivo para mormo,certo? Para não fazer confusão entre caso e foco: caso é o animal queé positivo para mormo; foco é a propriedade onde tem pelo menos umanimal com mormo. Então dentro de um foco podemos ter váriosanimais positivos. Hoje, em São Cristovão do Sul, nós temos novepropriedades onde se detectou pelo menos um animal positivo; emRodeio, nós temos um foco; em Tijucas, um; e em Ponte Alta, dois. Sãosomente esses Municípios.

Quero parabenizar muito mesmo a palestra do Enori Barbieri,poxa, eu aprendi coisas que eu não sabia...A gente acaba aprendendo ao longo do tempo, não é, DeputadoDresch? E sempre se aprende com o seu conhecimento - parabéns pelotrabalho que a Cidasc faz como um todo. A você e a todos os seuscolegas, ao Ministério da Agricultura, parabéns pelo trabalho que vocêsrealizam.

No momento em que é detectado um foco, a Cidasc vai até apropriedade e são iniciados os procedimentos chamados desaneamento do foco. O que seriam esses procedimentos? Aidentificação do animal positivo - esse animal deve ser sacrificado. Porque ele deve ser sacrificado? Pelo que se conhece hoje (nós temosvárias pesquisas, vários trabalhos científicos), não existe tratamentoeficaz que realmente acabe com a doença.

Fiquei feliz em ouvir aqui a questão da equoterapia. Como jáfoi dito nesta reunião, eu criei no dia 10 de maio o Dia Estadual daEquoterapia. Estou desenvolvendo um projeto na AssembleiaLegislativa, e esse foi apenas o gancho para incluir a equoterapia notratamento de pessoas - que se tenha o mesmo tratamento que asApaes têm. É incluir em um programa. (Palmas.) A criação da data foiapenas o gancho, mas eu estou desenvolvendo o projeto e estou

Devem até ter ocorrido casos de animal que há algum tempoapresenta os sintomas, que normalmente são sintomas respiratórios, e

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aí você começa a tratar com antibióticos. O animal pode até apresentaruma melhora aparente, só que isso não significa o animal estar curadoda doença, e esse é o perigo, porque, se você tratar esse animal comantibióticos, primeiro, vai mascarar o resultado. Então podemos fazer oexame nesse animal que foi tratado e podemos ter resultado negativono exame. E, segundo, como eu disse, esse animal não estará curadoe continuará transmitindo a doença, e isso vai representar um grandeperigo para todo o rebanho.

como responder a vocês. A gente não tem bola de cristal para prever ocomportamento da doença e saber como isso vai acontecer. O que euposso dizer é que para isso acontecer precisa haver esse trabalhoconjunto, e saber que condição será essa para que o Ministério daAgricultura possa, novamente, reconhecer Santa Catarina como livre.Então vai ser necessário que haja a identificação e o saneamento dosfocos, como coloquei para vocês. Quer dizer, na propriedade em que háo foco, depois de sacrificar o animal você também vai ter que fazer adesinfecção e testar os outros animais - serão feitos dois exames comintervalo de 45 dias a 60 dias, até que essa propriedade seja consi-derada livre novamente.

Por isso que é muito importante a colaboração de todosnesse sentido de observar um animal com algum sintoma, porquemuitos deles são parecidos com outras doenças. [Taquígrafo-Revisor:Eduardo Delvalhas dos Santos] [Revisora: Denise V. Silva] Então, a Cidasc vai ter que demonstrar tudo isso para o

Ministério da Agricultura: que foi feito todo esse saneamento dosfocos, toda essa investigação epidemiológica, que em cada foco foifeito esse rastreamento dos animais, que foram verificados todos oscontatos do animal positivo e de quais eventos ele participou.

São sintomas muito inespecíficos, podem ser parecidos comuma gripe: há corrimento no nariz, pode haver tosse, dificuldaderespiratória; às vezes o animal apenas emagrece, fica mais prostrado,mais quieto, enfim. Também tem esses outros sintomas na pele,podem aparecer nódulos e lesões na pele com corrimentos. E aí eu queria fazer um apelo a vocês nesse sentido: tenho

observado que o pessoal da Cidasc vai a muitas propriedades foco,tenta fazer o levantamento do trânsito dos animais, e muitas vezes elesnão têm retorno nesse sentido. O proprietário, muitas vezes, informa:“Não, meu animal não sai daqui”. A gente tem que fazer orastreamento dos últimos seis meses, que é o período de incubação dadoença. “Não, em seis meses o meu animal não saiu da propriedade”.O que eu acho muito difícil, muito pouco provável, até pela tradição queexiste de os cavalos daqui participarem de rodeios, de torneios, enfim.

Então, se vocês notarem qualquer sintoma no animal, éimportante comunicar à Cidasc para que o veterinário da Cidasc possair à propriedade a fim de realmente identificar se é um sintoma domormo. Ele fará a coleta para a realização do exame, e a gente terácerteza se é ou não um caso de mormo. Muitas vezes o proprietáriopode começar a tratar o animal até melhorar, mas na verdade é umanimal positivo e que vai continuar disseminando a doença.

Com relação ao animal positivo, ele tem que ser sacrificado.Também não existe vacina para essa doença. E, a partir daí, vai seiniciar o que a gente chama de investigação epidemiológica. Em que elaconsiste? A gente vai procurar descobrir como a doença chegou àquelapropriedade. Aí vem outra questão para a qual é muito importantecontar também com a colaboração de vocês. Por quê? Para facilitaressa investigação epidemiológica, o que a gente tem que fazer? A partirdaquele animal positivo, temos de verificar por onde ele passou, tudo oque ele fez. Em quais propriedade esteve, em que eventos esteve,contato com quais outros animais ele pode ter tido, se a propriedade évizinha de cerca e se através dessa cerca ele pode ter contato com ocavalo do vizinho, enfim. A gente tem que identificar todos os contatosque esse animal teve.

Então eu queria fazer esse apelo: que vocês possam passarisso aos outros proprietários para que eles se conscientizem. A gentenão está contra, a gente está trabalhando a favor. Então é realmenteimportante informar à Cidasc, sem medo, por onde o cavalo passou. ACidasc, então, vai ter que demonstrar como foram feitos o saneamentodos focos e as investigações epidemiológicas. Aliado a isso, tambémvem a questão do número de exames realizados aqui dentro do Estado,para poder demonstrar que a maioria dos cavalos não está infectadacom o mormo. [Taquígrafa-Revisora: Carla Greco Granato] [Leiturista:Dulce M da Costa Faria]

Só fugindo um pouquinho do assunto, mas como o Enorientrou na questão da Anemia Infecciosa Equina (AIE), eu queriaesclarecer o seguinte: como eu disse para vocês, o Ministério daAgricultura normatiza as ações com relação às diferentes doenças.Com respeito à AIE, nós temos também uma normativa que prevê avalidade de 60 dias dos exames, porém, o Estado de Santa Catarinaresolveu estender essa validade para 180 dias. Mas o esclarecimentoque desejo registrar aqui é que quem normatiza o trânsito interno,dentro do Estado, é o próprio Estado, que tem essa liberalidade emfazer a sua própria legislação com relação a esse trânsito interno.Certo? Então Santa Catarina teve essa liberdade para trânsito, e dentrodo Estado nós vamos considerar a validade de 180 dias, mas para forado Estado a validade permanece de 60 dias. Para participação emeventos, essa também é uma questão que é normatizada peloMinistério da Agricultura, ou seja, deve ser respeitada a validade dos60 dias, e isso para o mormo também.

E aí vem a importância da GTA. A GTA não é um simplesdocumento que vocês têm que ir até a Cidasc: “Puxa, eu tenho que ir láfazer a GTA, dá trabalho isso”. Sim. Só que é o principal documentoque a gente tem, numa situação dessas de identificar uma doença,para conseguir rastrear esse animal, saber por onde ele andou, comque outros animais teve contato. A partir daí, a gente conseguerapidamente debelar esse e outros possíveis focos, e com issoconseguimos acabar com a doença.

Então é feita essa investigação epidemiológica, e outra partemuito importante é a questão da desinfecção. Como o Enori colocou,essa doença é transmitida através de contato com a secreção nasal oudas lesões do animal, e também através de contaminação demateriais. Qualquer material que tenha tido contato com o animalpositivo e que venha a ser utilizado por outro cavalo, pode estarinfectando esse outro cavalo. Por isso que todos os materiais quetiverem contato com o animal positivo devem ser eliminados,juntamente com o animal.

Acho que seria isso. Na verdade eu teria mais coisas a dizer,mas amanhã teremos a palestra da Cidasc - nós também tínhamospreparado algum material para entregar a vocês - e mais coisaspoderão ser esclarecidas lá. E depois eu posso divulgar nestaaudiência o meu contato, o meu e-mail, e, se vocês tiverem qualquerdúvida, fiquem à vontade para entrar em contato comigo.

Eu queria também chamar a atenção de vocês para o fato deessa doença ser passada para as pessoas. Apesar de a gente não ternenhum relato aqui no Brasil, atualmente, de transmissão parahumanos, primeiro é importante dizer que a gente não tem umdiagnóstico da doença em humanos, hoje. Então, é muito difícil para oserviço de saúde humana diagnosticar a doença. Mas ela pode, sim,ser transmitida para humanos, e inclusive coloco aqui a questão daequoterapia: imagina se acontece de um cavalo desses, deequoterapia, estar infectado por mormo? O risco que vai ser para essaspessoas portadoras de necessidades especiais, que vão utilizar esseanimal para tratamento e serão expostas a esse risco de contrair adoença? É uma doença complicada em humanos, requer tratamento delonga duração, antibióticos bem potentes, enfim. Então a gente temque realmente se proteger.

Obrigada.O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -

Nós é que agradecemos, Alessandra.Para não cometer injustiça, quero agradecer aos servidores

da Assembleia Legislativa por estarem engrandecendo o nosso eventoe prestando toda a assessoria necessária para que se possa darpublicidade a este importante tema que desenvolvemos no dia de hoje.O nosso muito-obrigado a todos os servidores da Alesc que dão todaessa cobertura e que vieram com todo este aparato para dartransparência às nossas ações.

Nós vamos limitar o tempo para oportunizar a manifestaçãode um maior número de participantes da plenária.Um esclarecimento também aqui é com relação à questão da

transmissão para animais de outras espécies. Nós temos relatos naliteratura, sim, existem trabalhos no sentido de que pode sertransmitido para outros animais que não cavalos, muares e asininos.Inclusive pode ser transmitido para cães, gatos... não é muito comum,mas existe essa possibilidade. Então é bom alertar, principalmente nosMunicípios em que há focos: é bom vocês terem esse conhecimentopara poderem evitar, realmente, o contato desses outros animais, decachorros, por exemplo, com cavalos infectados.

Agora, passamos a palavra ao senhor Orides Luiz Pompeo,presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) de SantaCatarina.

O SR. ORIDES LUIZ POMPEO - Quero cumprimentar a Prefeitade São Cristóvão do Sul, o Prefeito de Brunópolis e os demaisVereadores presentes. Obrigado por terem vindo a esta reunião, porqueé longe, mas vocês têm interesse nisso e aqui estão.

Quero dizer ao doutor Enori que tudo o que ele disse euvenho falando para os tradicionalistas em todos os eventos - mas issoserve para quem tem o seu animal. Não adianta querer enganar a

Outra questão que foi colocada é com relação a quandoSanta Catarina vai conseguir voltar a ser livre de mormo, a ter essestatus sanitário. Essa é uma questão que, infelizmente, não tenho

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12 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.888 16/09/201 5

Cidasc porque você estará enganando a si próprio - eu sempre digoisso. O Enori sabe quantas vezes o MTG tem participado disso, temconversado com a Cidasc, e que vocês façam do senhor Forcellini, queestá aqui, um exemplo, pois quando ele tem uma dúvida e nãoconsegue perguntar ao Ministério da Agricultura ou à Cidasc, ele ligapara mim lá no MTG, porque o Movimento tem as informações corretas.Eu ouvi agora um senhor dizendo que não tem as informações de ondeestão os focos, mas é fácil para nós termos essa informação, e todosvocês podem ter acesso à informação de onde está o foco dessasdoenças. A Cidasc tem declarado isso, tem trabalhado...

e à comunicação do resultado, bem como à forma de abate dosanimais. E quero dizer que é preciso conversar sobre a metodologiausada pela Cidasc em São Cristóvão do Sul. [Taquígrafa-Revisora:Siomara G. Videira] Todos nós precisamos da ajuda de vocês parareorganizar essa questão, porque segundo relatos que nos forampassados as amostras são coletadas para exames e os resultadosdemoram um bom tempo a chegar.

O primeiro foco identificado em São Cristovão do Sul foi antesda Páscoa, pegou o feriado da Páscoa; foi abatido, e a Prefeitura ficousabendo somente por causa da máquina, não houve um contato; eapós isso, chamamos o pessoal da Cidasc Regional de Caçador paraconversamos no meu gabinete, o que ocorreu. Mas após o primeirofoco infelizmente surgiram outros, e tem algumas discrepâncias nainformação. Nós temos a informação de sete focos e treze casos. Égrave! E eu acho que São Cristóvão do Sul precisa do apoio e dacolaboração da Assembleia, da Secretaria da Agricultura, do Ministérioe da Cidasc. Estamos apelando para vocês; nós precisamos conversarsobre esse assunto.

Foi muito positiva esta audiência, Deputado Valduga; osenhor está de parabéns por esta reunião. Mas eu peço à Associaçãotambém que, quando encaminhar um documento, não faça issosozinha, porque em cooperativa nós temos mais força. O MTG estáespalhado em toda Santa Catarina, não tem canto que não tenha umCTG, e todos juntos nós temos mais força para chegar à Secretaria daAgricultura, à Cidasc, ao governo, à Assembleia e falar o queprecisamos. Eu, sozinho, vou encaminhar um pedido para que façamesse laboratório, mas eu já tenho feito esse pedido muitas vezes, nãoé, Enori? Temos conversado com o governo, temos conversado comtodas as autoridades, e nós temos que encurtar a conversa entre nós,tradicionalistas, entre nós, criadores de animais. Os nossoscoordenadores de Santa Catarina, toda a semana, estão ligandopedindo informação e nós temos isso, porque a Cidasc nos dá essainformação, toda a semana. Eu já participei de mais de trinta reuniões,já sou quase médico-veterinário só de ouvir essas coisas, mas é umprazer porque cada vez aprendemos mais com esse pessoal.

Eu acredito que nós não somos privilegiados, não! É quecomo o primeiro exame foi feito em São Cristóvão a identificação emSão Cristóvão foi primeiro, mas isso não significa que a situação noEstado e em outros lugares não esteja tão grave como a nossa. Porém,como lá está grave, precisamos cercar isso.

Assim, conversamos com o seu Enori e agendamos para apróxima segunda-feira uma reunião na Câmara de Vereadores - osenhor Presidente está aqui -, a fim de discutirmos o assunto e termosmais esclarecimentos sobre isso. Porém, a reunião foi transferida parao dia 24, a pedido do seu Enori, e gostaríamos de convidar a doutoraAlessandra, representando o Ministério da Agricultura, e o Secretário daAgricultura para participarem da reunião e dialogarmos comtranquilidade, porque o entendimento pode ser melhorado.

Amanhã os senhores terão a oportunidade de fazer váriasperguntas sobre isso aos técnicos, e bem mais detalhadas do que asfeitas hoje aqui. Podem ter certeza, porque vocês vão assistir aosslides e vão ver como tudo funciona.

Mas não esqueçam de que o MTG é parceiro de todos oscriadores de cavalos e não só dos tradicionalistas. Nós temos o MTG,que é a nossa associação, mas podem ter certeza que todos vocês sãobem-vindos, todos os Prefeitos nos apoiam muito, como os da serra. Enós precisamos de que o oeste faça da mesma forma, que siga oexemplo, porque lá os Prefeitos estão ajudando a tradição gaúcha.

Acreditamos que cada um de vocês teria o mesmosentimento dos proprietários de lá. Se alguém chegar à suapropriedade e dizer que vai matar o seu animal, qual será o seusentimento pelo seu animal de estimação? Qual o sentimento de lidapelos animais que vocês têm? Em São Cristóvão do Sul não édiferente! E assim é. Este é um questionamento que temos em relaçãoà metodologia: a forma do abate dos animais precisa ser repensada emelhorada. Tivemos casos lá, inclusive está filmado e podemosmostrar; mas não quero falar aqui para não causar polêmica nestemomento.

Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -

Obrigado, Orides. Foi bom ouvir a tua fala - deu para perceber quehouve uma comunicação muito importante entre todos aqui. Eu estavafalando com o Getúlio, que percorreu muitas estâncias convidandovários gaudérios para estarem aqui devido à importância do assunto: éclaro que, para aqueles que não tiveram a oportunidade de estar aqui,depois a gente pode informá-los.

Porém, quero falar da questão da lei, da questão dametodologia e, especialmente, da questão do fluxograma, da instruçãoe do cerceamento, de como controlar esta questão do mormo. Precisamelhorar. Nós não conhecíamos a doença, nunca tínhamos ouvido falardela, e precisamos de maior informação, até mesmo aos proprietários.Muito deles me disseram: “Nós não somos contra o sacrifício, se tiverque ser feito, mas precisamos de mais orientações.” E o grande pedidoque eles fizeram a mim, enquanto autoridade do Município, foi paraterem o direito à realização de um segundo exame. Já conversamoscom o seu Enori, e eu gostaria de esse assunto ser tratado comcarinho em São Cristóvão do Sul.

Peço a quem deseja se manifestar que faça a sua inscrição,para que depois voltemos a palavra à mesa e façamos o encerramentodesta audiência pública.

Passo a palavra à senhora Sisi Blind, Prefeita de SãoCristóvão do Sul.

A SRA. PREFEITA SISI BLIND (São Cristóvão do Sul/SC) -Quero cumprimentar a mesa, em nome do nosso Deputado, queaceitou o convite da Juliana e do Auri, e desejo parabenizar a iniciativade vocês em discutir este assunto. E em nome da Assembleia,Deputado, chegou este convite para São Cristóvão do Sul, justamentenuma semana em que estávamos nos reunindo e tratando este temacom muita preocupação. Ainda cumprimento o senhor Enori, com quemtinha conversado por telefone, mas até agora não tínhamos nos vistopessoalmente; a senhora Alessandra; toda a equipe da Assembleia; etodas as pessoas presentes.

Então, o que nos trouxe aqui foi a ânsia de saber maisdisso e a vontade de colaborar com todos. Mas que se tenhacarinho e respeito pela questão que está nos afligindo e,especialmente, criando problemas emocionais - não só peladoença que transmite, mas pela emoção que temos em ver onosso animal sendo sacrificado.

Queremos dizer que tivemos, sim, um caso suspeito emhumano em São Cristóvão do Sul. Foi realizado um trabalho muitoorganizado pela Saúde - também está aqui a Secretária de Saúde -, omaterial foi encaminhado para Florianópolis, e graças a Deus deunegativo. Mas estamos preocupados, sim. E a Saúde tem feito a suaparte, doutora Alessandra, mas é necessário dizer que o Estado nãotem profissionais da área de saúde com qualificação específica para omormo. Essa é outra situação.

Estamos aqui em treze pessoas de São Cristóvão do Sul;viemos de van, são 300 quilômetros, e quero agradecer à equipe queveio - são produtores (palmas). E aos tradicionalistas presentes e aosque são amantes dos cavalos, quero dizer que aqui há proprietáriosque perderam os seus animais em situações as quais vou descreverum pouco, para que reflitamos sobre essa situação.

Enquanto estávamos ouvindo a reunião, eu anotei umapergunta: se já existia algum encaminhamento, algum estudo, algumaquestão em andamento em relação a desenvolver algum medicamento.Há possibilidade de combate, ou isso está descartado, está fora dapossibilidade porque esta bactéria não pode ser combatida commedicação?

Quero dizer, especialmente, que estamos trazendo algumaspreocupações, e nesta oportunidade reforçamos aquilo já dito peloSecretário da Agricultura: é preciso rever a lei, e essa é uma dasreivindicações do nosso pessoal de São Cristóvão do Sul. Esperamosque a Assembleia Legislativa ajude nessa situação, pois o pessoal deSão Cristóvão do Sul está questionando este valor da indenização, queé um valor irrisório, um valor muito pequeno. Era isso, muito obrigada. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -Queremos agradecer a contribuição da Prefeita de São Cristóvão do Sul,que prestigia esta audiência pública.

Além disso, eu vou expor três questões de pauta quenortearam a reunião ocorrida na semana passada com os agricultores.O Volni, que está aqui, puxou a reunião e me chamou, enquantoPrefeita, para relatar o fato. Com a palavra o doutor Silvio Zmijewisk, advogado, repre-

sentando o Centro Tradicionalista Gaúcho (CTG) Vaqueanos, deChapecó.

A outra situação questionada pelos agricultores de SãoCristóvão do Sul diz respeito à coleta do exame, à realização do exame

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O SR. SILVIO ZMIJEWISK - Quero cumprimentar o Presidentepor esta boa iniciativa e parabenizar os técnicos da Cidasc, osveterinários, o nosso vizinho, amigo e doutor que veio prestigiar esteacontecimento deflagrado pela nossa Associação e pelo Auri. E queroagradecer o pronto atendimento, porque tão logo a nossa reivindicaçãochegou à Alesc o senhor, Deputado, imediatamente providenciou paraestarmos aqui agora, até porque existe a ansiedade dos produtores,como disse a Prefeita.

O SR. JORGE AUGUSTO ZANDAVALLE WINCKLER -Respondendo ao Thiago, essa dúvida não tem procedência peloseguinte: até então nós não tínhamos no Rio Grande do Sul nenhumcaso. Agora estourou, há questão de trinta dias, no Município deRolante. O que aconteceu é que também foi feito, através da Secretariada Agricultura do Estado e do Ministério, o mesmo procedimento daqui -era um foco, e as propriedades vizinhas foram interditadas -, mas apartir dali todos os eventos do Rio Grande do Sul só ocorrerão se formostrado o exame negativo do mormo.Além de eu ser tradicionalista, de ter cavalos, tenho cavalo

de estimação, e economicamente pode-se dizer que tem alguns valoresneles. Nenhum de nós, que usamos cavalos, tem cavalo comum; temcavalo de valor significativo! Mas o valor significativo maior é o dosentimento pelo animal que nos serve na propriedade.

O que acontecia: quando nós não tínhamos nenhum caso lá,a barreira do Rio Grande do Sul exigia exame negativo do mormo paraqualquer animal que entrasse no nosso Estado. Agora, na medida emque nós temos foco, os animais que vão participar do evento de vocês -inclusive, como profissional, eu fiz exames - só virão com o examedando negativo. E, automaticamente, vindo aqui a Cidasc vai dar oretorno da GTA para o caso, para esse animal. Então não procede queteria que fazer um novo exame para entrar no Rio Grande do Sul. Opróprio exame que vem de lá, negativo, vai vir [com o cavalo] aqui emum evento que tem animais negativos, e voltará tranquilamente para oRio Grande do Sul.

Nós sabíamos pouca coisa a respeito do mormo, mas odoutor Enori trouxe algumas informações importantes, porém amanhãos técnicos vão explicar melhor isso, evidentemente. E eu acho que amaioria daqui vai estar presente lá, porque nos interessa saber odiagnóstico do mormo, que não parece ser fácil identificar; para nós, éuma doença nova, agressiva, nunca tínhamos ouvido falar.

Possivelmente estes oito mil exames realizados foram emanimais dos tradicionalistas, porque eles usam mais o cavalo. Muitasvezes os proprietários têm cinco ou seis animais e não saem dapropriedade, então os animais não têm contato com outros. Mas nósusamos os cavalos todos os fins de semana em rodeios ou emcavalgadas - estes, sim, têm contato -, e poderá acontecer atransmissão dessa doença.

(O senhor Thiago L. Spessatto manifesta-se fora domicrofone: “Foi publicada uma normativa.”)

Justo, essa normativa foi publicada até nós não termos ofoco, e aí estourou o foco - o que aconteceu foi isso. Nós estávamoslivres do foco no Rio Grande do Sul, aí a Secretaria da Agricultura fezuma normativa dizendo que somente poderiam entrar no nosso Estadoanimais com exame feito. Mas infelizmente ocorreu um caso, e entãocaiu a normativa por água abaixo. Agora vale o normal: vocês vão paralá com o exame e retornam; nós, aqui, voltamos com o exame também.

Eu vim aqui mais no sentido da curiosidade e de mostrar anossa ansiedade. E precisamos ser solidários com a atitude daPrefeita, porque o problema surgiu lá, mas eles não foram premiados,lamentavelmente. Eu até acho que foi lá onde surgiu porque a região éde cruzador, Prefeita.

Como o senhor comentou, nós estamos na mesma situaçãoque aqui, porque como não havia casos do mormo no Rio Grande doSul nós não temos laboratório. E eu, como profissional, também mandopara São Paulo, no Paddock. Por um lado, o produtor reclama do valor,mas infelizmente para nós no Rio Grande do Sul o que onera é o custodo correio, porque o material tem que ir por sedex; para nós o sedex éinterestadual, e o correio cobra um valor bastante significativo. Entãoisso onera bastante, e infelizmente, não temos o que fazer.

Eu já vi animais sendo trazidos dentro de carretas lá donordeste para cá, Presidente; esses burricos, esses jegues de lápodem vir contaminados, e talvez tenham trazido algum animal destespara cá. Eu até conheço propriedade que tem esses bichos. Comovieram? Escondidos! E dificilmente os tradicionalistas transitam com oanimal sem a GTA, sem esses exames. Nós temos essa preocupação eo trato que temos com os animais é carinhoso, mas não queremos onosso animal fora do combate porque precisamos dele para a lida. Eesta questão do trânsito maior que se dá com os animais de quesomos proprietários é exatamente porque usamos os cavalos nosrodeios, e eles ficam nesse trânsito constante.

Como profissional e criador digo que a nossa parte é a GTA,pessoal. Nós temos que ter a noção de que é GTA e não tem outrocaminho. Se nós cuidamos do nosso bicho, que tem valor estimativo, anossa obrigação é fazer o exame. Nós temos animais de R$ 5.000,00,R$ 10.000,00, R$ 15.000,00, R$ 20.000,00, e eu acho que não sãoR$ 150,00 que irão nos deixar sem fazer o exame. Então acho que anossa obrigação é fazer o exame e cuidar nos eventos; se o meuanimal é sadio, eu tenho que cobrar do evento que não participe aqueleanimal que não tem o exame. Espero que tenha sido clara a minharesposta, Thiago.

Uma reivindicação nossa como proprietários de animais éque - imaginávamos que o laboratório em Joinville fosse específico paramormo, mas eu acho que Joinville, no litoral, tem uma população menorde animais -, é que tivéssemos contato com o Rio Grande do Sul, oucom o Paraná, talvez, ou que fosse descentralizado ou interiorizadoesse laboratório para que o exame fosse feito aqui. [Taquígrafa-Revisora: Jacqueline de O. V. Bitencourt] Mas como parece que, graçasa Deus, essa doença é transitória, nós vamos fazer o sacrifício, com oprodutor, para levar os nossos exames a São Paulo ou a esse labora-tório em Joinville a fim de que, com a maior brevidade possível, nósliberemos o nosso Estado dessa doença que infesta os nossoscavalos.

Obrigado.O SR. AURI CASALLI - Eu teria uma pergunta ainda, e talvez

ele possa ajudar na resposta.Há pouco eu estive circulando ali atrás e alguém me pediu

para fazer uma pergunta que até achei pertinente. Na ocasião docontrole da aftosa, houve uma preocupação muito grande quanto aidentificar todos os animais em todas as propriedades, da possibi-lidade dos cavalos também... porque os números que o senhor colocoude 103 mil animais, eu não sei a metodologia que foi usada paracalcular esse número de cavalos.

Eu tenho o maior respeito pela pronta atitude que o senhorteve de fazer e conduzir esta audiência pública. E muito obrigado atodos pela atenção. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -Obrigado ao doutor Silvio.

Bom, a pergunta que foi transmitida pelo pessoal lá do fundoé se não teria meios de fazermos efetivamente o controle populacionalde cavalos em Santa Catarina. E outra questão - continuamos aindacom a proposta que eu e a Juliana, e também outras pessoas aqui,falamos - é sobre esse laboratório; é trazermos um laboratório aquipara o oeste, a fim de atender também, talvez, o Rio Grande do Sul e oParaná, e credenciarmos mais veterinários, porque hoje, aqui emChapecó, nós temos apenas um veterinário credenciado. Então, se nóscredenciarmos mais veterinários, poderemos baixar esse custo.

Passo a palavra ao senhor Thiago Luiz Spessatto, repre-sentando o Núcleo de Criadores de Cavalo Crioulo do Oeste Catari-nense, de Xanxerê.

O SR. THIAGO LUIZ SPESSATTO - Boa-noite a todos. A minhaquestão é simples: semana que vem nós teremos um evento e muitosamigos gaúchos virão a Chapecó para esse evento. E estão falandoque, para os animais que vierem a Chapecó com o exame negativo, navolta, será interditada a propriedade no Rio Grande do Sul. Então euqueria passar isso ao meu amigo Winckler, para saber se é assimmesmo, para saber como será isso, a fim de ele repassar asinformações aos criadores do Rio Grande do Sul que estão com essadúvida.

Essas são as duas perguntas que nós temos, e continuamoscom a nossa proposta, para que fique registrado.

O SR. ENORI BARBIERI - Primeiro, vamos começar pelocredenciamento dos veterinários. Gente, a Cidasc é o órgão quecredencia os veterinários para a coleta. E para credenciar o veterinário:qualquer veterinário que queira se credenciar é só ir até o escritório daCidasc em qualquer Município do Estado e fazer o seu cadastro, e eleestá credenciado.... [Taquígrafo-Revisor: Eduardo Delvalhas dos Santos][Revisora: Denise V. Silva] Então a Cidasc não pode sair obrigandoninguém a se credenciar, mas quem quiser ser credenciado, emqualquer escritório da Cidasc, basta o veterinário ir lá fazer o cadastro eestará liberado para coletar material e mandar para São Paulo,resolvendo o problema.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -Obrigado, Thiago.

Como a nossa audiência pública é interestadual, gostaria deque os representantes dos outros Estados - e a Prefeita contribuiumuito aqui com a sua manifestação - também dissessem como está oestado dos seus respectivos lugares, do Paraná e do Rio Grande doSul, a fim de trazerem informações para esta parceria que estácomeçando, e muito boa.

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Segundo, gente: não é de um dia para o outro que se montaum laboratório e se sai fazendo exame. Isso precisa de expertise,conhecimento, equipamento e liberação oficial. Não é de um dia para ooutro. Nós estamos iniciando um processo em Joinville, e aí vou dizerpor que Joinville: porque a gente já tem uma estrutura montada,estamos fazendo credenciamento, entre outras coisas, e vamosaproveitar para colocar o mormo. Então, não vamos nos ater à questãode que o problema é o laboratório, porque não é o laboratório.

caso que ele explicou, são resultados que dão positivo em São Paulo,vai o serviço oficial, coleta e manda para fazer o Western Blot emPernambuco. Eles negativaram ontem, graças a Deus, porque estavaachando que eu viria dar má notícia aqui. Mas não, eles negativaram.

No Estado do Paraná a gente teve o primeiro foco de mormoem 2013, na região norte, e em 2014 a gente teve em São José dosPinhais. De lá para cá, a gente tem uma média de dois mil exames pormês que estão sendo feitos no Estado do Paraná, então já é umavigilância que vem ocorrendo.O que a Cidasc pode fazer em Joinville... E ainda não sei,

porque a Cidasc é uma empresa que não pode fazer nada de graça - éuma empresa pública, mas é empresa. Agora, o que pode ter é umapolítica pública de governo - através da nossa Secretaria, através de umpedido da Assembleia - no sentido de patrocinar algum custo, algumacoisa, para ajudar a arcar com os custos de despesa. A Cidasc vai terum custo normal como qualquer outro, mas a questão de laboratórionão é tão simples assim, porque quem é particular visa lucro, e elesnão têm essa garantia de que esses exames vão durar por muitotempo. O Rio Grande tem um foco, ele quer terminar com o foco! Elequer acabar! Como nós queremos acabar e o Paraná está querendoacabar! Nós queremos voltar a ser área livre e não termos mais exame.Então, não vamos nos preocupar muito com a questão só do labora-tório e vamos gastar a nossa energia para terminar com o foco e fazero saneamento.

Esses animais positivos são esperados; eu não acredito queo Paraná seja um Estado abençoado e que por isso a gente está semcasos de mormo. Não. Logo vai aparecer. Não tem como. O queacontece? É o que provavelmente vocês estavam discutindo aqui: vocês- que estão sempre levando os animais a eventos, que têm essecuidado com os animais, que estão fazendo sempre o exame - acabamtendo o resultado negativo porque são amostras viciadas. Então, aproposta que fizemos ao Ministério da Agricultura, lá em Brasília, é quefosse feito um inquérito nacional de mormo, no qual a genteconseguiria pegar essas pequenas propriedades que não fazem examede mormo e que são uma possível fonte de infecção - porque estáacontecendo em todos os Estados, só queremos que os exames sejamfeitos em nível nacional. Não adianta Santa Catarina fazer, não adiantao Paraná fazer, porque o trânsito é grande.

Bom, quanto à identificação dos animais, Santa Catarinaidentificou os bovinos porque é o único Estado do Brasil que é livre defebre aftosa sem vacinação. E a forma de provar que os animais estãolivres é identificá-los, porque se tiver um bovino sem o brinco - e agente sabe que tem por aí -, para nós passa a ser um animalclandestino. Então, é um problema mais comercial do que técnico.

Quanto à demora no saneamento de foco de que vocês estãofalando, eu posso dar o exemplo do Paraná. Em 2013, a gentedemorou quase um ano para sanear o foco. É um processo longo, nãodepende só do Estado, a gente depende de laboratório do Ministério daAgricultura - são várias provas, às vezes essas provas dãoanticomplementar, tem que ser repetido, se perde amostra... No de2014, o resultado positivo veio no dia 2 de fevereiro e a gente saneouo foco no dia 8 de outubro. Então, é um tempo longo.

O Ministério da Agricultura patrocinou, em 2010, um inquéritoepidemiológico para Santa Catarina, em que coletamos em torno decinco mil amostras de material para análise da anemia, e a gentemandou esse material para o laboratório do Ministério, que fez esseexame. O Ministério patrocinou economicamente esse inquéritoepidemiológico, que agora está sendo substituído - agora, o que vai nosdar a tranquilidade de chegar a área livre serão os exames. Pelo volumede exames que nós vamos poder fazer, depois, as nossas estimativasepidemiológicas, que o Ministério vai nos ajudar a dizer se pode voltar aser livre ou não.

O que eu acho que foi um grande ganho para o programanesses últimos anos, com esses casos que estão ocorrendo, é queantigamente se fazia o exame de maleína nos animais. Não sei sevocês têm conhecimento, é aquele exame em que você faz ainoculação na pálpebra do animal, onde não se tem nenhuma medida -não é como o exame de tuberculose, que você mede primeiro, vê amedida e depois mede. [Taquígrafa-Revisora: Carla Greco Granato] Não,você só aplica, e se tiver algum edema, algum corrimento, já é consi-derado positivo. O grande ganho é que em 2013 o Ministério daAgricultura implantou o exame Western Blot, que é o mesmo exameusado para diagnosticar Aids em humano, então é um examesuperconfiável. Com esse exame que está sendo realizado, agoratemos certeza que esses animais, quando eles dão positivo no WesternBlot, são animais positivos. Antes não tínhamos essa certeza com oexame maleína, porque ele era muito subjetivo, ou seja, eu podia olharo cavalo e dizer que achava que tinha um edema, então eu achava queera positivo; e o produtor podia olhar o cavalo e dizer que achava quenão tinha; ou você aplicar, porque você fazia a leitura depois de 72horas, e aquele cavalo em 72 horas podia ter batido, podia teracontecido várias coisas, e você acabava sacrificando animais quepodiam ser negativos.

Então, eu não vejo essa necessidade até porque, gente, éclara a regra do mormo: tendo exame negativo, transita em todo oBrasil. Não é isso que vai fazer com que o cavalo possa ou não entrarem outro Estado; não é um Estado que vai dar norma, é o Ministério.Vocês tendo o exame negativo, podem ir para o Brasil inteiro. Então, eunão vejo nessa solicitação um fato pertinente para nos preocuparmoscom isso. Acho que isso, para nós que trabalhamos com defesasanitária, não é importante. E é oneroso, mais isso.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -Obrigado, Barbieri.

Vamos abrir uma exceção aqui, porque já tínhamos encerradoas inscrições. Vamos abrir a palavra para o senhor Getúlio Vieira Lopes.

O SR. GETÚLIO VIEIRA LOPES - Senhor Barbieri, o senhorfalou no começo do seu pronunciamento que tinha em Campos Novosum exame. Era do mormo, a R$ 50,00?

Então a gente tem que ver que essas ocorrências de mormonão são de todo mal, pois com isso estão se desenvolvendo novastecnologias de provas de diagnóstico e é dessa forma, infelizmente,que a ciência avança, é com essas ocorrências de doenças.

O SR. ENORI BARBIERI - Não. Vamos esclarecer, não vamosfazer propaganda aqui, gente. Não. Em Curitibanos nós temos umlaboratório que é parceiro, com o qual a gente trabalha outras doenças,chamado IPDVET. É um laboratório particular que tem convênio com oPaddock, de São Paulo, que é um laboratório que presta serviço. Eesse laboratório, desde que o veterinário seja credenciado ou habilitadona Cidasc, pega o material para mandar o exame lá nesse laboratório.Ele entrega o exame em Curitibanos e, por R$ 50,00, o laboratóriodevolve o resultado - pagando o exame em São Paulo, que hoje custaR$ 45,00 para um exame isolado ou dois, e um volume maior deexames custa R$ 37,00. Por R$ 50,00 ele devolve o resultado. Então,se tiver um médico veterinário habilitado que faça a coleta, porexemplo, em cinquenta animais, ele leva em Curitibanos com a ficha jápreenchida do Paddock, entra em contato e pode mandar buscar aqui -o custo é de R$ 50,00.

No Paraná, estamos à disposição de todos. Todas as nossasnotificações de doenças estão no site da Adapar. São notificaçõespúblicas; então, tanto de mormo, quanto de anemia, quanto de raivaestão no site, à disposição de quem quiser ver. Qualquer dúvida,estamos à disposição dos senhores.

Obrigada. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -Queremos registrar também a presença dos universitários, o que éimportante para este debate. O nosso muito-obrigado a vocês.

Agora, passo a palavra à doutora Alessandra de LacerdaAlves, fiscal Federal Agropecuária da Superintendência Federal deAgricultura do Estado de Santa Catarina, representando o Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento.

O SR. GETÚLIO VIEIRA LOPES - O.k. E peço que nas manifestações já façamos as consideraçõesfinais.O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -

O.k., Barbieri. Então, conforme já proposto, a gente gostaria aqui deouvir a senhora Pauline Sperka de Souza, técnica da Agência de DefesaAgropecuária do Paraná (Adapar) e coordenadora estadual da Sanidadede Equídeos, para que colocasse para nós como está o Estado doParaná.

A SRA. ALESSANDRA DE LACERDA ALVES - Prometo queagora serei bem breve. Aproveito esta oportunidade - e é uma situaçãoque ainda nem conversei com o Enori - para dizer que há muito tempo,desde que assumi o Programa de Sanidade Equídea, venho querendocriar aqui no Estado um comitê de sanidade equídea.

Então, neste momento em que temos aqui os representantesdo Movimento Tradicionalista Gaúcho e o presidente da Cidasc,aproveito para levar isso adiante, o que eu acho bem interessante.

A SRA. PAULINE SPERKA DE SOUZA - O Estado do Paranáestá livre de focos de mormo desde outubro de 2014. Como o doutorEnori falou, a gente estava com dois casos suspeitos - nesse mesmo

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Tendo esse comitê, nós poderíamos nos reunir regularmente e todasessas questões que hoje estão sendo levantadas aqui poderiam serdiscutidas lá, como o que a própria Prefeita de São Cristóvão do Sulcitou: que nunca tinha ouvido falar de mormo. Eu acho isso muitopreocupante, realmente.

Então nós temos que aproveitar essa possibilidade, porque eu achoque vai facilitar o controle das doenças, e por isso fazemos esse apeloa vocês para que realmente aconteça essa revisão o mais rápidopossível.

Quanto ao segundo assunto, quero me dirigir à Prefeita deSão Cristóvão do Sul e aos criadores que estão aqui. O SecretárioSopelsa já acenou a possibilidade de revermos a questão do valor daindenização, que é muito baixo realmente, e eu tenho certeza que eledeterminará essa alteração numa próxima reunião do Comitê Gestor.Nós temos um Comitê Gestor formado por dezenove entidades,inclusive pelo MTG, que faz parte e vai ser convidado, e pelos criadoresde cavalo, dentre outras entidades. Eu vou transferir a ele.

Assim, com um comitê poderemos discutir diversas doençasde equídeos, diversas situações e os anseios de vocês, até para quepossamos conhecer também as necessidades de vocês e com issotrabalhar em cima dessas situações, porque é muito diferente o quevocês vivenciam na prática do que temos na teoria. E eu querojustamente fazer este elo entre o Estado e Brasília. Eu não tenho opoder de decisão aqui, mas quero me colocar como esse elo para levaros anseios de vocês a Brasília, onde está o poder de decisão. Para encerrar, gostaria de dizer que sentei ao lado de um

senhor que me apresentou um vídeo mostrando a forma como mataramo animal, o equíno lá em São Cristóvão do Sul, e eu fiqueiimpressionado, porque aquele vídeo realmente demonstra que estáerrado. [Taquígrafa-Revisora: Siomara G. Videira]

Então espero que a gente consiga levar adiante isso, Enori, eque vocês, por favor, nos cobrem para que a gente consiga montaresse comitê.

Eu queria só dizer para a Prefeita de São Cristóvão do Sulque depois eu vou passar o meu contato a ela, pois gostaria de saberrealmente como foi essa situação lá. Porque eu não fiquei sabendocomo foi esse sacrifício e é importante que eu tenha conhecimentodisso. Então vou te passar meu e-mail, e se puder me encaminhar essevídeo inclusive...

Nós temos que tomar alguma providência a fim de alterar oprocesso de sacrifício desse animal, para que seja de forma melhor doque eu vi no vídeo desse senhor que está aqui presente.Então, é esta a manifestação por parte da Secretaria de Agricultura ePesca. Muito obrigado. (Palmas.)

Com relação ao seu questionamento sobre o segundo exame,na verdade a gente já acaba fazendo dois exames, porque é feita afixação de complemento, ou pelo laboratório credenciado, quando asuspeita parte de um exame do laboratório credenciado, sendo aí feitauma nova coleta pela Cidasc, vai para o Lanagro e lá normalmente éfeita a fixação de complemento; e a confirmação mesmo vem atravésda prova de Western Blot, como a colega citou. Então a gente acabafazendo dois exames mesmo. Portanto, hoje está uma questão bemmais segura com relação ao resultado.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -Com a palavra a doutora Alessandra de Lacerda Alves.

A SRA. ALESSANDRA DE LACERDA ALVES - Só respondendoao doutor Roni, o Ministério da Agricultura já está editando uma novanormativa que deve sair por agora. Sinceramente, eu não tenhoconhecimento do conteúdo, não sei se vai contemplar esta questão daregulamentação da propriedade monitorada, mas vou levar isso para anossa Divisão em Brasília, porém, já está para sair uma novanormativa, repito.

Quanto à questão da existência ou não de medicamento emdesenvolvimento, eu sinceramente não tenho conhecimento, não linada a respeito. O que eu posso dizer é que os trabalhos científicosexistentes hoje registram que realmente não há nenhum medicamentocapaz de curar a doença. Na verdade, não há muita pesquisa demormo, porque o mormo está erradicado de praticamente todo omundo; são pouquíssimos países, e normalmente paísessubdesenvolvidos, que ainda têm mormo.

E com relação à questão da validade do exame de 180 dias,não é o período de incubação que determina a validade do exame,porque o período de incubação é o período do momento em que oanimal se infecta e que ele vai apresentar os sintomas; isso seria maisou menos o período de incubação. Então a validade do exame não podeser medida com base no período de incubação. Inclusive a OrganizaçãoMundial de Saúde preconiza até uma validade menor no caso deexportação de animais, por exemplo, que seria de 30 dias a validade deexame.Por último, o Serviço de Saúde Animal do Ministério da

Agricultura tem a intenção de criar um programa de educação sanitária -estou falando especificamente da sanidade equídea, com a qual eutrabalho. Então, depois, eu também queria pegar o contato do MTG ede quem tiver interesse, se tem universidade aqui, eu gostaria de pegaro contato, para que possamos trabalhar juntos nessa parte daeducação sanitária, que é justamente levar informação sobre asdoenças dos equídeos para toda a comunidade. Seria isso, gente.

Muito obrigada.O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -

Temos encaminhamentos a fazer. Anotamos alguns e queremos quetenham a concordância de todos, para que esta audiência pública tenhaefetividade, resolubilidade, e encaminhamentos mostrando o porquê danossa audiência pública.

Com a palavra o senhor Auri Casalli representando o ProjetoBate Casco - Rumo ao Centenário, de Chapecó.(A senhora Denise da Silva, servidora da Comissão de Agricultura e

Política Rural da Assembleia Legislativa, manifesta-se fora domicrofone: “O animal tem que ser incinerado?”) O SR. AURI CASALLI - Rapidamente, eu acho que é

pertinente a nossa reivindicação quanto ao laboratório e àsexplicações. Por outro lado, pedimos agilidade por parte da Cidasc paraque todos façam os exames.

A SRA. ALESSANDRA DE LACERDA ALVES - Ele deve serincinerado e enterrado.Era isso. Muito obrigada pela participação de vocês. (Palmas.) Deputado, a nossa proposta, e gostaríamos que fosse levada

à Secretaria de Agricultura e ao governo, é que o governo subsidieneste período de investigação, até para estimular todos os produtores etodos os tradicionalistas a fazerem os exames. Durante esse período,que pode levar no máximo seis meses a um ano, que em parte hajasubsídio para os exames de mormo, pois assim estaríamoscontemplando e estimulando a fazer os exames aquele pessoal quenunca fez os exames e que não usa os cavalos para rodeios.Gostaríamos que essa proposta de subsidiar parte dos examesenquanto estiver na fase de investigação fosse levada ao governo.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -Obrigado, doutora Alessandra.

Passamos, agora, a palavra ao senhor Roni Barbosa, diretorde Qualidade e Defesa Agropecuária da Secretaria de Estado daAgricultura e da Pesca de Santa Catarina, que aqui representa oSecretário de Estado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina,Moacir Sopelsa.

O SR. RONI BARBOSA - Por parte da Secretaria da Agriculturae da Pesca do Estado, eu só gostaria de fazer duas rápidas manifes-tações. O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -

Muito bem, Auri.Uma dirigida à doutora Alessandra, que representa oMinistério da Agricultura, no sentido de que haja realmente amodificação, a revisão da legislação. Porque a que existe hoje é de2004 e já naquele tempo dava a possibilidade de o criador ter o examecom a validade por seis meses, mas infelizmente isso não foiregulamentado. A própria portaria diz que nesse caso de validade deseis meses seria uma propriedade monitorada, e a legislação diz que“A certificação de propriedade monitorada para mormo terá carátervoluntário e as condições para a sua realização serão objeto deregulamento específico a ser baixado pelo Ministério da Agricultura.

Com a palavra a senhora Juliana de Miranda, presidente daAssociação Chapecoense da Cultura Tradicionalista Gaúcha (ACCTG),de Chapecó.

A SRA. JULIANA MIRANDA - Só quero reforçar o nosso apelo,e o Auri Casalli, do Projeto Bate Casco, fez o pedido agora.

Deputado, representando a Associação dos CTGs, emChapecó; todos os tradicionalistas; o coordenador Campeiro da nossaregião, o seu Eurico, e o presidente do MTG; e não somente aostradicionalistas que estão representando os CTGs, mas todos que deuma forma ou de outra têm contato com cavalo, desde o mais humilde,que tem um animal em sua propriedade, até os criadores, que têmvários e vários animais em sua propriedade; quero somente reforçar onosso pedido para que a Alesc faça este apelo e que nos represente, afim de que o exame seja custeado, ajudando-nos e amparando-nos pelomenos nesse período. Deputado, se conseguirmos isso, com certeza

A gente pede que realmente aconteça essa revisão para quea gente possa desempenhar da melhor forma possível essa tarefa. Porexemplo, a doutora Alessandra mesmo falou e a gente verificou que aOrganização Mundial da Saúde Animal confere seis meses ao períodode incubação da doença. E o período de validade do exame é de doismeses para quem não é monitorado, e monitorado é de seis meses.

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será uma vitória e contemplará desde o proprietário mais humilde atéos grandes criadores.

A Ministra Kátia Abreu, que vai estar na próxima segunda-feira à noite em Florianópolis, foi muito clara no que ela disse quandoassumiu: “O meu item principal do Ministério, de verba, é a defesasanitária.” A defesa sanitária era o sexto item de recursos lá doMinistério, o gabinete era o primeiro; hoje, o primeiro item de recursosé a defesa sanitária, e a gente acredita nisso. Acredita porque ela éuma produtora rural; eu convivo com ela há dez anos, então creio queisso é possível, acredito que a gente não venha a ter cortes. O nossoorçamento deste ano, de custeio do Ministério, já está definido, poisnós fizemos o aditivo do convênio. Então nós vamos continuar o nossotrabalho.

Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -

Com a palavra, para as considerações finais, o senhor Enori Barbieri,presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola deSanta Catarina (Cidasc).

O SR. ENORI BARBIERI - Na hora em que o senhor meinterpelou sobre o preço, são três laboratórios em São Paulo. Nãocustaria alguém aqui da região que tenha laboratório entrar em contatocom um de São Paulo para fazer um convênio. Em vez de ser emCuritibanos, pode ser em Chapecó, ou pode ser com um dos outrosdois. Isso passa um pouco por vocês irem atrás disso.

Portanto, Deputado, muito obrigado. E a gente é parceiro, agente está aí para servir a sociedade, essa é a função do públiconaquilo que compete ao Estado. Mas sem vocês fazendo a vossa parte,às vezes a gente não consegue tudo. Então gente, vamos estimularaqueles que ainda pensam que ao enganar a Cidasc estão enganandoa Cidasc? Vamos estimular esse pessoal. Nesse momento difícil,vamos fazer os exames, vamos achar soluções de baratear esse custopara vocês, pois é muito caro. Eu concordo - R$ 150,00, R$ 100,00.

Prefeita, eu fiquei tão comovido com São Cristóvão do Sulque estive pessoalmente na casa do primeiro animal abatido- o cavalopertencia a uma mulher. Eu fui lá no domingo de manhã, sozinho, semvisar alguém, para conversar com aquela senhora porque fiquei muitosensibilizado, pois eu sei o que é perder um cavalo. Eu sei o quanto medoeu por dentro e imaginei a dor daquela pessoa, e por isso fui lá.Infelizmente, gente, eu não tive tempo de visitar vocês, mas na quarta-feira da próxima semana vou a São Cristóvão para debatermos emelhorarmos essa situação. Afinal de contas, nem a Cidasc e nemtodos nós somos perfeitos. Eu não vi o vídeo e não sei o queaconteceu.

Tem Município em que tiraram a coleta dos médicos e essepreço foi para até R$ 37,00, que é o preço em bloco em São Paulo. Etalvez num convênio com outro laboratório, trazendo para um laboratóriode Xanxerê, que recolha aqui e mande para lá, dê para achar umasolução mais em conta. O Estado não tem perfil de fazer isso, de ir lá,mas vocês podem. Porque é difícil. Se tivesse um laboratório no sul eoutro no norte que recolhessem e mandassem para São Paulo, vocêsteriam uma facilidade muito maior de baratear custos. É lógico, omédico-veterinário que vai coletar cobra o seu custo. Somente odeslocamento, de trinta quilômetros, vinte quilômetros, já tem custo.

Infelizmente estão voltando doenças na saúde humana.Vejam como estamos baixando a guarda no Brasil, tanto que já tinhamsido extintas doenças em saúde humana, e a volta do mormo é sinalde que alguma coisa está errada. Erradicamos no sul, mas nãoerradicou no nordeste, e ela vem de cima para baixo. Nós estamos aquino oeste com a agricultura, que é o carro chefe, e é o único continentedo mundo que não tem gripe aviária! Mas até quando? Os EstadosUnidos estão tomados de gripe aviária. Esta semana tivemos que agirdrasticamente para algumas coisas de suínos.

Mas também, se você disser: quem quer fazer um preço parao nosso CTG? -vamos falar em CTG -, coleta de todo mundo. Eu viexemplos aqui, permita-me Presidente: na região de Lages, os RTs -Responsáveis Técnicos - são profissionais de rodeios; eles organizamtudo, eles fazem a coleta quando o animal vai para o evento e elescobram uma taxa para trabalhar como responsáveis técnicos do rodeio.Eles já fazem o exame - tem um precinho tabelado. E tem uma meninalá em Lages; eu acho que ela atende dez eventos, vinte eventos,porque ela está em tudo o que é rodeio, pois ela é a responsável. Nofim ela vive disso, ganha o seu dinheirinho, e barateiam o custo paratodo mundo.

É bom que se saiba que estamos sendo pressionados a sermais vigilantes. A globalização nos leva a ser mais atentos porque otrânsito de pessoas no mundo é muito rápido; você sai daqui e acordana Europa, na Ásia, e os asiáticos estão aqui. Então é aquilo que eufalei: as doenças não nascem, elas são levadas de um lugar paraoutro. Portanto, gente, temos que ficar um pouco mais atentos nascoisas.

Às vezes a gente quer economizar no RT; pega o filho dealgum companheiro que é médico-veterinário, mas acaba gastandodepois lá no exame - muito mais. Então acho que essas coisas sãopara profissional. Vamos ser profissionais, vamos admitir que cada umtem isso, e vamos facilitar a nossa vida.

Mas quero dizer a vocês que a Cidasc é um órgão parceiro; peço acompreensão de vocês e que acreditem na Cidasc. Nós estamosemprenhados a fazer o melhor. Essa é a nossa função e esse é onosso compromisso, tanto daqueles que são do governo, e do meuporque não sou do governo, eu estou no governo. O pessoal de Xanxerême conhece, sou agricultor. Tenho diploma de médico-veterinário, massou agricultor!

Obrigado, Presidente.O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -

Obrigado, Barbieri.Estou lá na Cidasc, encontrei uma equipe de muito trabalho,de muito conhecimento; o nosso pessoal está treinado, estápreparado. Infelizmente algumas coisas ocorrem, mas nós estamosprocurando fazer o melhor para defender vocês. Eu gostaria de quevocês acreditassem no nosso trabalho. E nós não pode tudo, gente!Falou em dinheiro... Eu diria, até confortavelmente, que os convêniosque o Ministério nos proporciona. A Cidasc não deixou de conceder adiária, tem gasolina .Taquígrafa-Revisora:Jacqueline de O V Bitencourt]Mas temos uma estrutura; há cinco anos eu estou lá e diria que - quemconhece a Cidasc há trinta anos, como eu conheço, porque a minhaesposa é funcionária da Cidasc, sabe disto - hoje a Cidasc tem umaboa estrutura de trabalho, o que falta é material humano mesmo,temos que nos virar em dois.

Muito bem, daqui foram tirados vários encaminhamentos, eum que eu achei muito importante é em relação ao concurso público. OBarbieri, na sua primeira manifestação, disse que hoje realmente háessa demanda. E quero parabenizar aqueles que já são servidores daCidasc, enfim, da Secretaria da Agricultura, por fazerem um belotrabalho, mas realmente é preciso aumentar o efetivo. Então acho queessa é uma demanda, e nós vamos, enquanto Assembleia Legislativa,levar esse pedido ao governo do Estado para que, além da qualificação,pois hoje são profissionais bem qualificados dos nossos órgãos deSanta Catarina, por exemplo, da Cidasc, da Epagri, que se aumente onúmero de servidores.

Também acho que há concordância em intensificar afiscalização com barreiras móveis. Enfim, o trabalho já vem sendo feitodiuturnamente, a gente sabe.

Então acreditem na gente, a gente está à disposição detodos. Confiem. Se sentirem qualquer coisa diferente nos animais devocês, comuniquem à Cidasc. Não adianta esconder que é pior.Esconder compromete todo mundo. Vamos ser transparentes, vamosabrir isso, vamos dizer assim: oh, estou com um problema lá em casa,tem alguma coisa errada, e nós vamos ver o que é.

O SR. ENORI BARBIERI - Se eles nos ajudarem com osexames, aí passa a ser uma questão objetiva, porque o que vai nosdizer o tamanho do problema são os exames.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -Muito bem. Mas que essa parceria aumente daqui para frente, Barbieri.E tu mesmo aqui aclamou as pessoas que participam de eventos, ostradicionalistas, o movimento gaúcho, os criadores de cavalos, asfeiras e as exposições, a serem parceiros. Isso é muito importante, eacho que a audiência pública promove essa integração, essafamiliarização entre os órgãos governamentais. Fica como umencaminhamento, o que também é muito importante.

Deputado, eu quero parabenizar o senhor pelo apoio e dizerque fiz questão de vir aqui porque é a minha região, sou dessa região etive o compromisso de estar aqui. Eu fiz um esforço muito grande,como fez o doutor Roni, representando a Secretária, afinal de contasnós representamos o governo e temos compromisso com aAssembleia, poi sei que os Deputados são nossos parceiros. E eu seique os Deputados irão nos ajudar lá na Assembleia, porque nósprecisamos da ajuda da Assembleia, pois é lá que se definem os orça-mentos; e na agricultura nós temos cada vez menos gente, eprecisamos estar mais unidos, mais organizados, brigar juntos. Nósproduzimos riqueza para o nosso País, mas na hora de dividir aspessoas que fazem a divisão têm que dar um pouco para cada um, eàs vezes há coisas fundamentais.

Também ficou aqui bem encaminhado intensificar afiscalização entre os Estados, essa parceria Paraná, Rio Grande do Sule Santa Catarina, na manifestação da Prefeita e dos representantesdos órgãos governamentais - tu mesmo se propôs a ir ao Rio Grande doSul. Isso é bonito, essa integração aqui do sul, que permite - semdúvida alguma - melhorar ainda mais a questão da nossa fiscalização,

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de combater essa doença. Fica bem encaminhado, e há o entendi-mento disso. Pode ser assim, pessoal? (Não há posicionamentocontrário a esse encaminhamento.) Então isso fica acordado.

questão da audiência, acho que com uma boa conversa com oSecretário, para ver da possibilidade, porque na verdade os orçamentosjá foram votados no ano passado e precisaria ver se a Secretariatambém tem esse orçamento disponível. Então tudo é uma questão dese achar um jeito.

Algo que não ficou muito bem claro aqui é a questão - aquiteve um encaminhamento, daí temos que ver como faremos - deaumentar o prazo de validade dos exames. Daí teria que fazer umarevisão da legislação. É isso, doutor?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -Muito bem, Barbieri. Então o encaminhamento pode ser esse?

(O senhor Roni Barbosa manifesta-se fora do microfone: “Temos querevisar a legislação.”)

O SR. ENORI BARBIERI - Permita-me, Deputado, pois meesqueci de responder à doutora Alessandra sobre a condição doComitê.É uma questão de legislação, e fica como encaminhamento.

Então, nós faríamos um estudo técnico junto com os técnicoscompetentes, se assim pode ser com relação à revisão da legislação.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -Sim.

(O senhor Enori Barbieri manifesta-se fora do microfone: “Eu acho quenão é só a validade dos exames na revisão, como a abrangência...”)

O SR. ENORI BARBIERI - Nós temos no Estado, propostopela Secretaria de Agricultura, vários comitês sanitários: tem o desuínos, tem o de aves, tem comitê disso e daquilo. Acho importantesim a criação do comitê de equinos, acho que é possível a gente tratarisso mais junto aos representantes da sociedade, de associações e tal,para que a gente possa estar conversando quase que mensalmente, oua cada sessenta dias, sobre assuntos mais latentes. Então acho queisso é importante. O doutor Auri - depois podemos conversar sobre isso- é presidente de vários comitês e pode até ser feito um comitê público-privado, é possível fazer isso também, como para a agenda daaudiência foi proposta a formação do comitê sanitário de equinos. Nãosei se o Paraná tem isso?

Eu gostaria que o doutor falasse ao microfone.O SR. ENORI BARBIERI - O que estamos propondo também,

e já estamos trabalhando isso com Brasília, é quando da incidência deum foco - o foco é localizado. Há regiões que estão distantes do foco elivres disso, porque como é bactéria não tem a propagação como ovírus. Estamos solicitando ao Ministério que seja revista essa posição.Vamos dizer, dá um foco no Paraná, em São José dos Pinhais, divisacom Santa Catarina, mas o norte do Paraná está a mil quilômetros. Sãosituações que interditam um Estado.

Então são situações que nós já estamos trabalhando com oMinistério, que dá para incluir nesta revisão da Instrução Normativa; aIN normatiza todo o procedimento de ação. Então, Deputado, jáestamos trabalhando isso.

A SRA. PAULINE SPERKA DE SOUZA - Não, a gente tinha aCecaie na Instrução Normativa 45, que trata de Anemia InfecciosaEquina, e já fala que os Estados têm que ter esse comitê. No Paraná agente tinha a Cecaie, que era levada pela iniciativa privada. Nós, comoórgão de defesa, somos um dos participantes. Então a gente tambémtem que reativar e sensibilizar a iniciativa privada, vocês mesmos, parachamarem esse comitê. Legislação para isso já tem.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -O.k. Então fica assim encaminhado, porque é importante a genteencaminhar as necessidades, mas também com os devidos esclareci-mentos.

Passo a palavra à senhora Alessandra de Lacerda Alves. O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -Muito bem. Então fica encaminhada a questão da criação do comitêestadual de sanidade de equideos e também essa proposta deencaminharmos, tanto para o Paraná quanto para o Rio Grande do Sul,essa força-tarefa. Aqui se levantou a questão do Paraná, do Rio Grandedo Sul e de Santa Catarina, não só com os governos dos Estados,através das suas secretarias, mas também junto ao Ministério daAgricultura, para que possamos trazer subsídios, fazer uma parceriapara que possamos buscar essa resolubilidade num trabalho que sejaemergencial para o sul do País, enfim, para Santa Catarina, Paraná eRio Grande do Sul.

A SRA. ALESSANDRA DE LACERDA ALVES - Com relação àquestão do aumento da validade dos exames, isso é uma questão queadianto a vocês que é muito pouco provável que venha a ocorrer.[Taquígrafo-Revisor: Eduardo Delvalhas dos Santos] [Revisão: Denise V.Silva] Até porque seria aumentar o perigo de você estar propagando adoença, pois essa validade foi estabelecida com base em questões,estudos epidemiológicos já feitos a respeito dessa doença, envolveuma série de fatores, e não foi um prazo estipulado, como: “vamoscolocar sessenta dias, porque eu acho que é bonitinho sessenta dias.”Então foi feito com base em estudos técnicos; e você, ao aumentarisso, pode estar colocando mais em risco o rebanho de cavalos. Mais uma vez quero agradecer a presença do Valdir Crestani,

Secretário Municipal representando o Prefeito de Chapecó; o Paulinhoda Silva, da Câmara de Vereadores de Chapecó; a doutora Alessandra,que representa o Ministério de Agricultura; o doutor Roni Barbosa; oPresidente da Cidasc; a doutora Pauline Sperka, coordenadora estadualdo Paraná; o Eroni Barbieri; o Orides Luiz Pompeo; o Ademar, que repre-senta aqui o Comando-Geral da Polícia Militar do Estado de SantaCatarina e o 2º Batalhão da Polícia Militar de Chapecó; em especialquero agradecer ao Projeto Bate Casco, através da Juliana, do AuriCasalli e também do Eloir, por terem contribuído na questão daorganização, de trazer esse debate, promover e nos procurar para queessa audiência pública viesse a acontecer; ao Deputado Dresch, que sefez presente; e também ao presidente da nossa Comissão deAgricultura e Política Rural; e principalmente a todos vocês, CTGs,tradicionalistas, os movimentos sociais, a universidade, criadores decavalo, feirantes, exposições de feiras, enfim, que se fizerampresentes e que tornaram essa audiência pública um sucesso e,acima de tudo, de uma forma pedagógica, Eroni, pois era esse oobjetivo. Orientativa, didática e sugestiva, e aqui conhecer osrepresentantes dos nossos órgãos governamentais, tanto doParaná quanto do Rio Grande do Sul, numa parceria, numaintegração que, acima de tudo, foi muito boa.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Cesar Valduga) -Então a doutora, até por uma questão técnica, levanta essa preocu-pação, por isso mesmo que nós levantamos, pois tem que haver osestudos para que se busque essa revisão. Mas é claro que os embasa-mentos técnicos têm que acontecer para que, de uma forma racional,seja buscada a resolução com relação e esse encaminhamento. Entãotem que haver todo esse estudo, técnico e científico, principalmente.

Também foi levantada aqui a questão de que enfrentamos oproblema de pessoas que têm dificuldades financeiras para pagar ostais exames. E aqui se levantou uma proposta, inclusive o Auri Casalli ea Juliana, no sentido de reivindicar tanto ao governo do Estado quantoao Ministério da Agricultura, o governo federal, uma ação emergencial,principalmente na região sul, nas cidades ou nos Estados onde temosesses focos, esses problemas. Que possamos buscar parcerias, e aquise levantou isso na fala do Auri Casalli, que se busquem parcerias como Estado - o que já está acontecendo - a presença dos órgãosgovernamentais aqui, mas também um aporte de orçamento parasubsidiar o exame para quem tem dificuldade, ou de uma forma geral,até nós resolvermos essa questão dessa epidemia, desses focos, aténós eliminarmos isso definitivamente.

Enfim, acho que são proposições que devem ser feitas. Eunão sei se o Barbieri concorda, mas que a gente faça esse diálogo,com temos aqui a Cidasc, também com a Secretaria da Agricultura ecom o Ministério da Agricultura, se á possível essa parceria diante doquadro que estamos vivendo.

Também quero agradecer aos servidores da AssembleiaLegislativa, que conseguiram tornar esse evento eficiente e, acima detudo, prestigiado.

Dentro das prerrogativas legais, eu encerro a presenteaudiência pública. Muito obrigado pela presença de vocês e uma boa-noite.

O SR. ENORI BARBIERI - A Cidasc não tem essa possibi-lidade, porque ela não trabalha com o financeiro, com doação, etc.Acho que nessa questão é possível sim a Comissão de Agricultura, osDeputados fazerem uma solicitação ao Secretário Sopelsa, pois é aSecretaria de Agricultura que tem condições de formar políticaspúblicas de incentivo ou de alguma coisa nesse sentido e proporcionarum subsídio. Vamos dizer assim, ao invés de doar um dinheiro parafazer um CTG novo, vamos doar um dinheiro para custear os exames.

Não havendo mais nada a tratar, encerramos a audiênciapública. (Ata sem revisão dos oradores.) [Taquígrafo-Revisor: EduardoDelvallhas dos Santos] [Leiturista: Dulce M da Costa Faria]

DEPUTADO ESTADUAL NATALINO LÁZAREPRESIDENTE DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

DEPUTADO ESTADUAL CESAR VALDUGAO governo tem essa posição, através de uma política públicade ajudar, então isso depende de uma conversa, que pode serencaminhada pelo próprio Deputado. Acho que o senhor levantou essa

PRESIDENTE DA AUDÊNCIA PÚBLICA*** X X X ***

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18 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.888 16/09/201 5

AVISO DE RESULTADOOFÍCIO Nº 686/15

Florianópolis,10 de Setembro de 2015Encaminha documentação para a manutenção do título de reconheci-mento de utilidade pública da Irmandade do Divino Espírito Santo eAsilo de Órfãs São Vicente de Paula, de Florianópolis, referente aoexercício de 2014.

AVISO DE RESULTADOO Pregoeiro da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina,designado pela Portaria nº 2244/2015, comunica que, atendidas asespecificações constantes do próprio edital, a licitação modalidadePregão nº 020/2015, obteve o seguinte resultado:

Cibele FariasCoordenadora Geral

OBJETO: COLETA, TRANSPORTE E DESTINAÇÃO DE RESÍDUOSHOSPITALARES PROVENIENTES DA COORDENADORIA DE SAÚDE DAALESC.

Lido no Expediente

Sessão de 15/09/15

*** X X X ***LOTE ÚNICO OFÍCIO Nº 687/15Vencedora: Proactiva Meio Ambiente Brasil

Blumenau, 08 de Setembro de 2015Valor do Último Lance: R$ 17.212,40

Encaminha documentação para a manutenção do título de reconheci-mento de utilidade pública do Grupo Assistencial de Apoio, deBlumenau, referente ao exercício de 2014.

Florianópolis, 16 de setembro de 2015JOAO GABRIEL PEREIRA ZIMMERMANN

PREGOEIRONorberto A. Koerich Junior*** X X X ***

TesoureiroEXTRATOS Lido no Expediente

Sessão de 15/09/15

*** X X X ***EXTRATO Nº 154/2015OFÍCIO Nº 688/15REFERENTE: Inexigibilidade de Licitação nº 026/2015, celebrado em

13/08/2015. Rio do Sul, 04 de Setembro de 2015Encaminha documentação para a manutenção do título de reconheci-mento de utilidade pública da Câmara de Dirigentes Lojistas de Rio doSul, referente ao exercício de 2014.

CONTRATANTE: Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina.CONTRATADA: Fundação Carlos Jofre do AmaralOBJETO: Aquisição de cota de participação no "FÓRUM SANTACATARINA" que será realizado no dia 10 de agosto de 2014 na cidadede Itajaí, 26 de agosto em Chapecó, 24 de setembro em Criciúma, 1ºde outubro em Joinville, 14 de outubro em Lages e 17 de novembro emFlorianópolis.

Paulo José FiamonciniPresidente

Lido no Expediente

Sessão de 15/09/15

*** X X X ***VALOR: R$ 49.800,00OFÍCIO Nº 689/15FUNDAMENTO LEGAL: art. 25, “caput”, da Lei nº 8.666/93; Processo

Licitatório nº 068/2015; Atos da Mesa nºs. 094 e 128, de 09/02 e27/02/2015, respectivamente e Autorização Administrativa.

Ofício. APAR nº 062/15 Floriranópolis, 10 de Setembro de 2015Encaminha documentação para a manutenção do título de reconheci-mento de utilidade pública da Associação dos Pacientes Renais deSanta Catarina (APAR), em Florianópolis, referente ao exercício de2014.

ITEM ORÇAMENTÁRIO: Ação 1144 (Manutenção de ServiçosAdministrativos Gerais) e Item Orçamentário 3.3.90.39.00 (OutrosServiços de Terceiros - Pessoa Jurídica). Subelemento: 3.3.90. 39.55(patrocínio), do orçamento da ALESC. Juarez Alves Nunes

PresidenteFlorianópolis, 16 de setembro de 2015.Lido no ExpedienteCarlos Alberto de Lima Souza- Diretor GeralSessão de 15/09/15Thamy Soligo- Diretoria de Comunicação Social

*** X X X ***Lonarte Sperling Veloso- Coordenador de Licitações e Contratos

PORTARIAS*** X X X ***EXTRATO Nº 155/2015

REFERENTE: Contrato nº 038/2015 celebrado em 13/08/2015.PORTARIA Nº 2374, de 16 de setembro de 2015CONTRATANTE: Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina.O DIRETOR-GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, no

exercício das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 18 daResolução nº 001, de 11 de janeiro de 2006, convalidada pela LeiComplementar nº 642, de 22 de janeiro de 2015,

CONTRATADO: Fundação Carlos Jofre do Amaral.OBJETO: O presente contrato tem por finalidade:1) aquisição de cota de participação no "FÓRUM SANTA CATARINA"que será realizado no dia 10 de agosto de 2015 na cidade de Itajaí, 26de agosto em Chapecó, 24 de setembro em Criciúma, 1º de outubro emJoinville, 14 de outubro em Lages e 17 de novembro em Florianópolis.

RESOLVE: Com base no Art. 1º parágrafo único do Atoda Mesa nº 396, de 29 de novembro de2011, e do item II, da cláusula quinta doTermo de Compromisso de Ajustamento deConduta entre MPSC e a ALESC, de 25 deoutubro de 2011.

VALOR: R$ 49.800,00FUNDAMENTO LEGAL: Art. 25, “caput”, da Lei nº 8.666/93; ProcessoLicitatório nº 068/2015-LIC; Inexigibilidade de Licitação nº 026/2015; Atos daMesa 094 e 128, de 09/02 e 27/02/2015, respectivamente e; AutorizaçãoAdministrativa.

PUBLICAR que a servidora abaixo relacionada exerceAtividade Administrativa Interna, a contar de 10 de setembro de2015.Florianópolis/SC, 16 de setembro de 2015

Carlos Alberto de Lima Souza- Diretor- Geral Gab Dep Manoel MotaThamy Soligo- Diretora de Comunicação Social Matrícula Nome do ServidorAgostinho Abati- Presidente

6406 KARINA CANTO BITTENCOURT*** X X X ***Carlos Alberto de Lima Souza

OFÍCIOS Diretor-Geral*** X X X ***

PORTARIA Nº 2375, de 16 de setembro de 2015OFÍCIO Nº 685/15O DIRETOR-GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, no

exercício das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 18 daResolução nº 001, de 11 de janeiro de 2006, convalidada pela LeiComplementar nº 642, de 22 de janeiro de 2015,

Florianópolis, 10 de Setembro de 2015Encaminha documentação para a manutenção do título de reconheci-mento de utilidade pública da Sociedade Promocional do MenorTrabalhador, de Florianópolis, referente ao exercício de 2014.

RESOLVE: Com base no Art. 1º parágrafo único do Ato daMesa nº 396, de 29 de novembro de 2011, e doitem II, da cláusula quinta do Termo deCompromisso de Ajustamento de Conduta entreMPSC e a ALESC, de 25 de outubro de 2011.

Cibele FariasCoordenadora Geral

Lido no ExpedienteSessão de 15/09/15

*** X X X ***

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16/09/2015 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.888 1 9

PUBLICAR que o servidor abaixo relacionado exerceAtividade Administrativa Interna, a contar de 16 de setembro de2015.

PORTARIA Nº 2380, de 16 de setembro de 2015O DIRETOR-GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, no

exercício das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 18, incisoXI, da Resolução nº 001, de 11 de janeiro de 2006, e convalidada pelaLei Complementar nº 642, de 22 de janeiro de 2015.

Gab Dep Manoel Mota

Matrícula Nome do ServidorRESOLVE: com fundamento no art. 169, I, da Lei nº

6.745, de 28 de dezembro de 1985,6520 JADSON BERTO DA SILVEIRA

Carlos Alberto de Lima SouzaEXONERAR o servidor LUCAS ANDRÉ FERRARI,

matrícula nº 6414, do cargo de Secretário Parlamentar, código PL/GAB-62, do Quadro de Pessoal da Assembleia Legislativa, a contar de 16 deSetembro de 2015 (Gab Dep Natalino Lazare).

Diretor-Geral

*** X X X ***PORTARIA Nº 2376, de 16 de setembro de 2015O DIRETOR-GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, no

exercício das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 18 daResolução nº 001, de 11 de janeiro de 2006, convalidada pela LeiComplementar nº 642, de 22 de janeiro de 2015,

Carlos Alberto de Lima Souza

Diretor-Geral

*** X X X ***PORTARIA Nº 2381, de 16 de setembro de 2015RESOLVE: Com base no Art. 1º parágrafo único do Ato

da Mesa nº 396, de 29 de novembro de

2011, e do item II, da cláusula quinta do

Termo de Compromisso de Ajustamento de

Conduta entre MPSC e a ALESC, de 25 de

outubro de 2011.

O DIRETOR-GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, noexercício das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 18, incisoXI, da Resolução nº 001, de 11 de janeiro de 2006, e convalidada pelaLei Complementar nº 642, de 22 de janeiro de 2015.

RESOLVE: com fundamento no art. 169, I, da Lei nº

6.745, de 28 de dezembro de 1985,PUBLICAR que os servidores abaixo relacionadosexercem Atividade Administrativa Interna, a contar de 14 de setembrode 2015.

EXONERAR a servidora LUCIANA CAPISTRANO,matrícula nº 7917, do cargo de Secretário Parlamentar, código PL/GAB-36, do Quadro de Pessoal da Assembleia Legislativa, a contar de 15 deSetembro de 2015 (Gab Dep Gabriel Ribeiro).

Gab Dep Romildo Titon

Matrícula Nome do Servidor

7790 ELIZABETE ARALDI Carlos Alberto de Lima Souza

3675 ROGERIO BATISTA RIBEIRO Diretor-Geral

*** X X X ***Carlos Alberto de Lima SouzaPORTARIA Nº 2382, de 16 de setembro de 2015Diretor-Geral

*** X X X *** O DIRETOR-GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, noexercício das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 18, incisoXI, da Resolução nº 001, de 11 de janeiro de 2006, e convalidada pelaLei Complementar nº 642, de 22 de janeiro de 2015.

PORTARIA Nº 2377, de 16 de setembro de 2015O DIRETOR-GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, no

exercício das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 18, incisoXI, da Resolução nº 001, de 11 de janeiro de 2006, e convalidada pelaLei Complementar nº 642, de 22 de janeiro de 2015.

RESOLVE: nos termos dos arts. 9º e 11º da Lei nº

6.745, de 28 de dezembro de 1985, em

conformidade com as Resoluções nºs 001

e 002/2006, e alterações, e convalidada

pela Lei Complementar nº 642, de 22 de

janeiro de 2015.

RESOLVE: com fundamento no art. 169, I, da Lei nº

6.745, de 28 de dezembro de 1985,

EXONERAR a servidora RENATA RAMOS MARQUES,matrícula nº 7993, do cargo de Secretário Parlamentar, código PL/GAL-45, do Quadro de Pessoal da Assembleia Legislativa, a contar de 16 deSetembro de 2015 (Liderança do PR).

ALTERAR NÍVEL DE RETRIBUIÇÃO SALARIAL do cargode provimento em comissão de SECRETÁRIO PARLAMENTAR do servidorFABIAN FAVERO VARELA, matrícula nº 7787, de PL/GAB-56 para oPL/GAB-67, do Quadro de Pessoal da Assembleia Legislativa, a contarde 15 de Setembro de 2015 (Gab Dep Gabriel Ribeiro).

Carlos Alberto de Lima SouzaDiretor-Geral

*** X X X ***Carlos Alberto de Lima SouzaPORTARIA Nº 2378, de 16 de setembro de 2015Diretor-GeralO DIRETOR-GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, no

exercício das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 18, incisoXI, da Resolução nº 001, de 11 de janeiro de 2006, e convalidada pelaLei Complementar nº 642, de 22 de janeiro de 2015.

*** X X X ***PORTARIA Nº 2383, de 16 de setembro de 2015

O DIRETOR-GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, noexercício das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 18 daResolução nº 001, de 11 de janeiro de 2006 e pela Resolução nº 100,de 15 de fevereiro de 2002, e convalidada pela Lei Complementar nº642, de 22 de janeiro de 2015,

RESOLVE: com fundamento no art. 169, I, da Lei nº

6.745, de 28 de dezembro de 1985,

EXONERAR o servidor GERSON DIAS DO PRADO,matrícula nº 8028, do cargo de Secretário Parlamentar, código PL/GAB-52, do Quadro de Pessoal da Assembleia Legislativa, a contar de 16 deSetembro de 2015 (Gab Dep Natalino Lazare).

RESOLVE: com fundamento no art. 84, § 1º, da Lei nº

6.745, de 28 de dezembro de 1985, c/c

art. 5º, parágrafo único, da Lei

Complementar nº 36, de 18 de abril de

1991,

Carlos Alberto de Lima SouzaDiretor-Geral

*** X X X ***INCLUIR na folha de pagamento dos servidores a

seguir nominados, quotas de ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO,incidentes sobre os respectivos vencimentos, com o início de vigência epercentual enumerados na seqüência:

PORTARIA Nº 2379, de 16 de setembro de 2015O DIRETOR-GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, no

exercício das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 18, incisoXI, da Resolução nº 001, de 11 de janeiro de 2006, e convalidada pelaLei Complementar nº 642, de 22 de janeiro de 2015. Nome servidor Matr Vigência Processo nº

RESOLVE: com fundamento no art. 169, I, da Lei nº

6.745, de 28 de dezembro de 1985,Concedido Total

ARIANE CRISTINADORIGATTI

6968 3% 3% 6/9/2015 3769/2015EXONERAR o servidor GERSON MEURER, matrícula nº

8070, do cargo de Secretário Parlamentar, código PL/GAB-35, doQuadro de Pessoal da Assembleia Legislativa, a contar de 16 deSetembro de 2015 (Gab Dep Natalino Lazare).

DIEGO ROSA CORREIA 6779 6% 6% 4/9/2015 3782/2015

JERUSA NARA MOSER 3388 3% 12% 3/9/2015 3747/2015

Carlos Alberto de Lima SouzaCarlos Alberto de Lima SouzaDiretor-GeralDiretor-Geral

*** X X X ****** X X X ***

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20 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.888 16/09/201 5

PROJETOS DE LEIArt. 7º - O Poder Executivo realizará, através de seu órgão

competente, eventos culturais voltados a manifestações regionais dospaíses de origem dos refugiados com a participação dos indivíduos deque trata a presente Lei.PROJETO DE LEI Nº 0378.0/2015

Art. 8º - O órgão competente será responsável pela inclusãodos refugiados nos cadastros de Programas Habitacionais do Estado.

INSTITUI O PROGRAMA ESTADUAL DEACOLHIMENTO DE REFUGIADOS NOESTADO DE SANTA CATARINA. Art. 9º - O Poder executivo regulamentará a presente Lei por

ato próprio.Art. 1º - Fica instituído o Programa Estadual de Acolhimentode Refugiados no Estado de Santa Catarina com o objetivo de facilitar aadaptação dos mesmos no território catarinense.

Art. 10º - Esta Lei entrará em vigor na data de suapublicação.

Sala das Sessões,Parágrafo Único: Todos os direitos estabelecidos na presenteLei são extensivos aos brasileiros natos domiciliados no Estado deSanta Catarina.

Deputada Luciane CarminatiLíder da Bancada do Partido dos Trabalhadores.

Lido no ExpedienteArt. 2º - O Programa que trata a presente Lei terá comoobjetivo, dentre outros: Sessão de 15/09/15

JUSTIFICATIVAI - realização de ações governamentais de acolhimento derefugiados nos locais de ingresso dos mesmos, tais como, aeroportos,portos, rodoviários e assemelhados;

Segundo dados do Conare (Comitê Nacional para osRefugiados), órgão ligado ao Ministério da Justiça, 2.077 síriosreceberam asilo do governo brasileiro de 2011 até agosto deste ano.Trata-se da nacionalidade com mais refugiados reconhecidos no Brasil,à frente da angolana e da congolesa.

II - cadastro nos programas habitacionais do estado;III - enquadramento em Programas de Assistência Social;IV - disponibilização de cursos de língua portuguesa;

O número é superior ao dos Estados Unidos (1.243) e ao depaíses no sul da Europa que recebem grandes quantidades deimigrantes ilegais - não apenas sírios, mas também de todo o OrienteMédio e da África - que atravessaram o Mediterrâneo em busca derefúgio, como Grécia (1.275), Espanha (1.335), Itália (1.005) e Portugal(15). Os dados da Eurostat, a agência de estatísticas da UniãoEuropeia, referem-se ao total de sírios que receberam asilo, e não aosque solicitaram refúgio.

V - qualificação profissional dos jovens e adultos oriundos deterritórios mencionados na presente Lei;

VI - iniciativas de introdução dos menores no sistema regularde ensino público;

VII - incentivo à realização e participação em eventos paramanifestações culturais regionais dos países de origem dos refugiados.

VIII - concessão de incentivo para investimentos ematividades de pequeno porte e micro empreendimentos. Nas últimas semanas, a crise humanitária na Síria voltou a

ganhar projeção na imprensa internacional, com levas de refugiadosabandonando o país em direção, principalmente, à Europa. A imagem de ummenino sírio morto em uma praia da Turquia virou símbolo da tragédia.

Art. 3º - O Poder Executivo deverá instalar posto de atendimentoespecífico para a realização de cadastro voluntário dos refugiados.

§1º - O cadastro de que trata o caput deste artigo seráutilizado para triagem das necessidades específicas de cada indivíduoafim de viabilizar os objetivos do presente programa, devendo conter:

Apesar da distância - 10 mil quilômetros separam Brasil eSíria, o governo brasileiro vem mantendo uma política diferente da demuitos países europeus em relação a refugiados sírios.I - nome, idade e estado civil;

II - qualificação profissional, se houver; Há cerca de dois anos, o Conare publicou uma normativafacilitando a concessão de vistos a imigrantes daquele país. Desdeentão, muitos sírios daquele país vem escolhendo o Brasil comodestino para fugir de guerras, perseguições e pobreza.

lII - nome dos integrantes e idade dos membros da família;IV - indicação de endereço acolhedor, se houver;V - indicação de membros da família já estabelecidos no

Estado de Santa Catarina. Segundo fontes ouvidas pela BBC Brasil no Ministério dasRelações Exteriores, o número de vistos concedidos por mês a cidadãossírios em apenas uma das embaixadas brasileiras no Oriente Médio é hojequatro vezes maior do que antes do início da crise, em 2011.

§2º - Os postos de atendimento realizarão encaminhamentoàs entidades governamentais, da sociedade civil sem fins lucrativos,organizações não governamentais ou municipais conveniadas, deacordo com a necessidade individual dos refugiados. O Brasil tem recebido refugiados de todos os perfis

socioeconômicos. Há engenheiros, advogados e camponeses fugindodo quadro de violência que assola o país.

Art. 4º - O Poder Executivo poderá firmar convênios com osmunicípios, com instituições públicas e privadas, instituições religiosase afins para criação de unidades acolhedoras de refugiados. Contudo, o Brasil não tem sido o destino apenas dos

refugiados de guerra, mas já é de conhecimento público a rotineiraimigração de Haitianos para o Brasil, e em especial para SantaCatarina, fugindo da fome e miséria que maltrata o seu país.

Parágrafo Único: O órgão competente do Poder Executivorealizará campanhas periódicas de estímulo ao acolhimento derefugiados pelas famílias catarinenses.

Nosso estado conta com uma comunidade síria e libanesatradicional e tem na imigração um elemento histórico de identidaderegional que remonta há mais de um século.

Art. 5º - A Secretaria de Estado competente realizará açõessociais voltadas à capacitação e prestação de serviços gratuitos aosrefugiados.

Não podemos fechar os olhos frente às necessidades quesurgem, dentre elas, o acolhimento em condições razoáveis dosindivíduos que fogem das mazelas de seu país em busca de refúgio noBrasil. Bem como de realizar uma recepção organizada, planejada e quecontinue acolhendo os imigrantes com êxito e sucesso, como o faz demaneira mais efetiva desde o século XIX.

§1º - As ações sociais de que trata o caput deste artigoabarcarão o oferecimento de serviços essenciais, inscrição em cursosde língua portuguesa, profissionalizantes e de qualificação profissional.

§2º - Os eventos contarão com órgãos responsáveis pelaemissão de documentos no Estado de Santa Catarina.

Art. 6º - Serão empreendidas ações voltadas aoaproveitamento do potencial cultural dos refugiados, tais como:

É exatamente nesse intuito que apresentamos o presenteprojeto, a fim de criar o Programa de Acolhimento de Refugiados noEstado Santa Catarina e esperamos o apoio de nossos pares.I - conhecimentos gastronômicos;

II - dança; Deputada Luciane CarminattiIII - música; Líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores.IV - artesanato; *** X X X ***V - outras manifestações regionais. PROJETO DE LEI Nº 379/15§1º - As ações de que trata o caput deste artigo consistirão no

aproveitamento da mão de obra dos refugiados para comercialização doproduto em feiras e eventos organizadas pelo órgão competente do PoderExecutivo.

Ofício n. 2.037/2015 - GP Florianópolis, 8 de setembro de 2015A Sua Excelência o SenhorDeputado GELSON MERISIOPresidente da Assembleia Legislativa

§2º - Os valores arrecadados com a exposição e comer-cialização dos produtos e/ou com as apresentações culturaistradicionais, serão revertidos aos refugiados, afim de integrarem a suarenda, sendo vedada qualquer tipo de desconto.

NestaAssunto: Encaminhamento de projeto de lei

Senhor Presidente,Encaminho a Vossa Excelência, para apreciação dessa

augusta Assembleia Legislativa, projeto de lei que "Dispõe sobre acriação de serventias extrajudiciais nas comarcas de Correia Pinto,

§3º - O Poder Executivo poderá firmar convênios cominstituições privadas para contratação de mão de obra dos refugiadospara aproveitamento do potencial cultural de que trata a presente Lei.

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16/09/2015 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.888 2 1

Coronel Freitas, Jaguaruna, Lauro Müller, Lebon Régis, Otacílio Costa,Caibi, Caxambu do Sul, Nova Erechim, Penha, Morro da Fumaça e dáoutras providências" acompanhado de respectiva justificativa e dosdocumentos necessários a sua integral análise.

Tutelas, Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas e Tabelionato deNotas e de Protesto de Títulos.

Salienta-se que, apesar de já instalados e em funcionamentoos Ofícios de Registro Civil e de Pessoas Naturais e de Interdições eTutelas, Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas de Correia Pinto,Lauro Müller, Lebon Régis e Otacílio Costa, as Leis ComplementaresEstaduais n. 109/1994 e 181/1999 não criaram tais serviçosextrajudiciais nas referidas comarcas. Portanto, indispensável aregularização legal com a criação dos Ofícios de Registro Civil dasPessoas Naturais, Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas nascomarcas mencionadas.

Aproveito o ensejo para apresentar meus protestos deconsideração e apreço.

Cordialmente,Des. Torres Marques

Presidente e.e.Lido no Expediente

Sessão de 15/09/15 As Leis Complementares n. 109/1994 e 181/1999 tambémse omitiram em relação à criação dos Tabelionatos de Protesto deTítulos nas comarcas de Correia Pinto, Coronel Freitas, Descanso,Jaguaruna, Lauro Müller, Lebon Régis e Otacílio Costa, embora oserviço já esteja implantado nas localidades, o que torna essencial acriação do Tabelionato de Protesto de Títulos nestas comarcas. Deve-se, todavia, proceder à anexação destes Tabelionatos de Protesto deTítulos aos Tabelionatos de Notas, uma vez que a densidadedemográfica e o valor de emolumentos arrecadados não justificam ainstalação do serviço em separado.

PROJETO DE LEI Nº 379/15Dispõe sobre a criação de serventiasextrajudiciais nas comarcas de CorreiaPinto, Coronel Freitas, Jaguaruna, LauroMüller, Lebon Régis, Otacílio Costa, Caibi,Caxambu do Sul, Nova Erechim, Penha,Morro da Fumaça e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA,Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a

Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Ademais, em que pese a Lei Complementar Estadual n.109/1994 ter criado a comarca de Coronel Freitas, não previu nalocalidade o serviço de Registro Civil de Pessoas Naturais e deInterdições e Tutelas, Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas.Houve, no entanto, a instalação da Escrivania de Paz no município, queacumula os serviços de registro civil das pessoas naturais e detabelionato de notas. Logo, imprescindível se faz a transformação daEscrivania de Paz do município de Coronel Freitas em Ofício de RegistroCivil de Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas, Títulos eDocumentos e Pessoas Jurídicas, anexando-o ao Tabelionato de Notascriado pela Lei Complementar Estadual n. 109/1994, até agora nãoinstalado. E, no ato de vacância da serventia, deve haver adesacumulação automática dos serviços de Tabelionato de Notas e deProtesto de Títulos.

Art. 1º Fica criado o Ofício de Registro Civil de PessoasNaturais e de Interdições e Tutelas, Títulos e Documentos e PessoasJurídicas das comarcas de Correia Pinto, Lauro Müller, Lebon Régis eOtacílio Costa.

Art. 2º Fica criado o Tabelionato de Protesto de Títulos nascomarcas de Correia Pinto, Coronel Freitas, Descanso, Jaguaruna,Lauro Müller, Lebon Régis e Otacílio Costa, anexando-os aosrespectivos Tabelionatos de Notas.

Art. 3º Transformar a Escrivania de Paz do Município deCoronel Freitas em Ofício de Registro Civil de Pessoas Naturais e deInterdições e Tutelas, Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas,anexando-o ao Tabelionato de Notas até a vacância da serventia,quando ficará automaticamente desacumulada.

Na comarca de Jaguaruna, porque também inexistente alegislação a respeito do Ofício de Pessoas Jurídicas, indispensável acriação do serviço, o qual deverá ser anexado ao Ofício de Registro Civilde Títulos e Documentos.

Art. 4º Fica criado o Ofício de Pessoas Jurídicas na Comarcade Jaguaruna, anexando-o ao Ofício de Registro Civil e de Títulos eDocumentos.

Art. 5º Ficam criados os serviços de Registro Civil de PessoasNaturais e Interdições e Tutelas, Títulos e Documentos e PessoasJurídicas e de Protestos de Títulos nas comarcas não instaladas, deCaibi, Caxambú do Sul, Nova Erechim, Penha e Morro da Fumaça.

Demais disso, não obstante a Lei Complementar Estadualhaver criado as comarcas de Caibi, Caxambú do Sul, Nova Erechim,Penha e Morro da Fumaça, até o momento não ocorreu a devidainstalação. A mencionada lei não criou os serviços de Registro Civil dePessoas Naturais e Interdições e Tutelas, Títulos e Documentos ePessoas Jurídicas e de Protesto de Títulos nessas comarcas nãoinstaladas, apesar de, nesses locais, funcionarem Escrivanias de Paz,cuja atividade não se coaduna com a sistemática da Lei Federal n.8.935/1994.

Art. 6º Transformar, quando da instalação das comarcas deCaibi, Caxambú do Sul, Nova Erechim, Penha e Morro da Fumaça, asatuais Escrivanias de Paz Municipais em Ofícios de Registro Civil dePessoas Naturais e de Interdições e Tutelas, Títulos e Documentos ePessoas Jurídicas e Tabelionato de Notas e de Protesto de Títulos,mantida a anexação até a vacância, quando os serviços ficarão automa-ticamente desacumulados.

Faz-se necessária, pois, quando da instalação das comarcas,a transformação das Escrivanias de Paz em Ofício de Registro Civil dePessoas Naturais e de Interdições e Tutelas, Títulos e Documentos ePessoas Jurídicas e Tabelionato de Notas e de Protesto de Títulos,medida esta que encontra respaldo no art. 26, parágrafo único, da Leidos Notários e Registradores. A anexação, entretanto, deve ser mantidaaté a vacância, quando os serviços ficarão automaticamentedesacumulados.

Art. 7º Fica ressalvado aos titulares dos serviços notariais ede registro atingidos por desmembramento, desdobramento edesacumulação o direito de opção.

Art. 8º A outorga da delegação para as novas serventias serárealizada na forma da lei.

Art. 9º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Assim, e considerando a necessidade da continuada

prestação dos serviços de modo eficiente e adequado e em locais defácil acesso aos cidadãos das comarcas respectivas encaminhe-se opresente Anteprojeto para a devida apreciação.

Florianópolis,RAIMUNDO COLOMBOGovernador do Estado

JUSTIFICATIVA*** X X X ***Visa o presente projeto de lei a criação dos Ofícios de

Registro Civil de Pessoas Naturais, e de Interdições e Tutelas, Títulos eDocumentos e Pessoas Jurídicas das comarcas de Correia Pinto, LauroMüller, Lebon Régis e Otacílio Costa; a criação do Tabelionato deProtesto de Títulos nas comarcas de Correia Pinto, Coronel Freitas,Descanso, Jaguaruna, Lauro Müller, Lebon Régis e Otacílio Costa,anexando-o aos respectivos Tabelionato de Notas; a transformação aEscrivania de Paz do Município de Coronel Freitas em Ofício de RegistroCivil de Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas, Títulos eDocumentos e Pessoas Jurídicas, anexando-o ao Tabelionato de Notasaté a vacância da serventia, quando será desacumulada; a criação doOfício de Pessoas Jurídicas na Comarca de Jaguaruna, anexando-o aoOfício de Registro Civil e de Títulos e Documentos; a criação dosserviços de Registro Civil de Pessoas Naturais e Interdições e Tutelas,Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas e de Protestos de Título nascomarcas não instaladas, de Caibi, Caxambú do Sul, Nova Erechim,Penha e Morro da Fumaça e, por fim, a transformação, quando dainstalação das comarcas de Caibi, Caxambú do Sul, Nova Erechim,Penha e Morro da Fumaça, das atuais Escrivanias de Paz municipaisem Ofícios de Registro Civil de Pessoas Naturais e de Interdições e

PROJETO DE LEI N. 380/15Ofício n. 2.039/2015 - GP Florianópolis, 8 de setembro de 2015A Sua Excelência o SenhorDeputado GELSON MERISIOPresidente da Assembleia LegislativaNestaAssunto: Encaminhamento de projeto de lei

Senhor Presidente,Encaminho a Vossa Excelência, para apreciação dessa

augusta Assembleia Legislativa, projeto de lei que "Dispõe sobre acriação de serventias extrajudiciais na comarca de Palhoça e dá outrasprovidências" acompanhado de respectiva justificativa e dosdocumentos necessários a sua integral análise.

Aproveito o ensejo para apresentar meus protestos deconsideração e apreço.

Cordialmente,Des. Torres Marques

Presidente e.e.Lido no ExpedienteSessão de 15/09/15

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22 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.888 16/09/201 5

PROJETO DE LEI N. 380/15 Finalmente, oportuno consignar que os serviços notariais eregistrais sempre devem atender o binômio qualidade/eficácia. Umavez ausente, deve o Poder Público restabelecê-lo urgentemente, nãopodendo a sociedade palhocense arcar com tal prejuízo.

Dispõe sobre a criação de serventiasextrajudiciais na comarca de Palhoça e dáoutras providências.

Assim, encaminhe-se o presente Anteprojeto para a devidaapreciação.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA,Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a

Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei: *** X X X ***PROJETO DE LEI Nº 381/15Art. 1º Fica criado o 2º Ofício de Registro de Imóveis da

comarca de Palhoça. Ofício n. 2.041/2015 - GP Florianópolis, 8 de setembro de 2015Art. 2º As circunscrições geográficas dos Ofícios de Registro

de Imóveis ficam assim definidas:A Sua Excelência o SenhorDeputado GELSON MERISIO

I - Os atos do 1º Ofício de Registro de Imóveis abrangerão aslocalidades de Aririú da Formiga, Barra do Aririú, Centro, JardimEucaliptos, Pacheco, Ponte do Imaruim, Rio Grande, Furadinho, Praia deFora, Enseada de Brito e Praia do Sonho, e serão utilizados como faixadivisória os imóveis localizados no lado esquerdo da BR-101, acessosentido norte/sul;

Presidente da Assembleia LegislativaNestaAssunto: Encaminhamento de projeto de lei

Senhor Presidente,Encaminho a Vossa Excelência, para apreciação dessa

augusta Assembleia Legislativa, projeto de lei que "Dispõe sobre acriação de serventia extrajudicial na comarca de Concórdia e dá outrasprovidências" acompanhado de respectiva justificativa e dosdocumentos necessários a sua integral análise.

II - Os atos do 2º Ofício de Registro de Imóveis abrangerão aslocalidades de Alto Aririú, Aririú, Bela Vista, Brejarú, Caminho Novo,Cidade Universitária, Jardim Aquarius, Jardim Eldorado, LoteamentoParque Residencial Madri, Loteamento Pagani, Loteamento ResidencialPedra Branca, Passa Vinte, São Sebastião, Passagem do Massiambú,Massiambú e Guarda do Embaú, e serão utilizados como faixa divisóriaos imóveis localizados no lado direito da BR-101, acesso sentidonorte/sul.

Aproveito o ensejo para apresentar meus protestos deconsideração e apreço.

Cordialmente,Des. Torres Marques

Presidente e.e.Art. 3º Fica criado o 2º Tabelionato de Notas da comarca dePalhoça. Lido no Expediente

Sessão de 15/09/15Art. 4º Fica ressalvado aos titulares dos serviços notariais ede registro atingidos por desmembramento, desdobramento edesacumulação o direito de opção.

PROJETO DE LEI Nº 381/15Dispõe sobre a criação de serventiaextrajudicial na comarca de Concórdia e dáoutras providências.

Art. 5º A outorga da delegação para as novas serventias serárealizada na forma da lei.

Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA,Florianópolis, Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a

Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:RAIMUNDO COLOMBOArt. 1º Fica criado o 2º Tabelionato de Notas da comarca de

Concórdia.Governador do Estado

JUSTIFICATIVAArt. 2º O atual Tabelionato de Notas e 2º Protesto de Títulos

passa a denominar-se 1º Tabelionato de Notas e Protesto de Títulos.O Tribunal de Justiça, por seu Tribunal Pleno, com

fundamento na Carta Política de 1988, bem como no princípio dareserva legal entende necessária a modificação da estrutura orgânicados serviços notariais e de registro do Estado para a criação de novasserventias, por meio do desdobro, com a finalidade de assegurar que aprestação ocorra de modo eficiente e adequado e em locais de fácilacesso ao público.

Parágrafo único. O 1º Ofício de Protesto de Títulos,atualmente anexado ao 2º Registro de Imóveis, extinguir-se-á quandoda primeira vacância do titular.

Art. 3º Fica ressalvado aos titulares dos serviços notariais ede registro atingidos por desmembramento, desdobramento edesacumulação o direito de opção.No exame da conveniência administrativa foram levados em

consideração os dados de ordem funcional relacionados ao volume deatos praticados e a receita de emolumentos, bem com as informaçõespopulacionais e sócio-econômicas, sem olvidar as peculiaridades locaisque devem redundar, obrigatoriamente, na facilidade e na comodidadedo acesso pelo usuário.

Art. 4º A outorga da delegação para a nova serventia serárealizada na forma da lei.

Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Florianópolis,

RAIMUNDO COLOMBOReferências sobre a qualidade e a excelência do serviço

prestado pelas serventias já instaladas, de outro lado, emboraproduzam reflexos na atividade de fiscalização dos atos pelo PoderJudiciário, ex vi do art. 236, § 1º, da Constituição Federal, não podemimpedir a expansão da atividade delegada, sobretudo porque traduzemmero cumprimento do dever imposto aos delegatários. Nesse campo, aconveniência particular do delegatário cede passo ao interesse dacoletividade, notadamente para se atender ao postulado dauniversalidade da prestação do serviço público.

Governador do EstadoJUSTIFICATIVA

O Tribunal de Justiça, por seu Tribunal Pleno, comfundamento na Carta Política de 1988, bem como no princípio dareserva legal, entende necessária a modificação da estrutura orgânicados serviços notariais e de registro do Estado para a criação de novasserventias, por meio do desdobro, com a finalidade de assegurar que aprestação ocorra de modo eficiente e adequado e em locais de fácilacesso ao público.

Assim, considerando que a comarca de Palhoça possuía,quando da realização dos estudos pela comissão de Desdobro, no anode 2011, uma população de 137.334 (cento e trinta e sete mil,trezentos e trinta e quatro) habitantes, abrangendo uma área de cercade 394,66 km² (trezentos e noventa e quatro e sessenta e seisquilômetros quadrados) e apresentando um PIB per capita - em torno de11.439,86 (onze milhões, quatrocentos e trinta e nove e oitenta eseis), nada justifica a existência de apenas 01 (um) registro imobiliárioe 01 (um) tabelionato em uma das maiores cidades do Estado.

No exame da conveniência administrativa foram levados emconsideração os dados de ordem funcional relacionados ao volume deatos praticados e a receita de emolumentos, bem como as informaçõespopulacionais e sócio-econômicas, sem olvidar as peculiaridades locaisque devem redundar, obrigatoriamente, na facilidade e na comodidadedo acesso pelo usuário.

Referências sobre a qualidade e a excelência do serviçoprestado pelas serventias já instaladas, de outro lado, emboraproduzam reflexos na atividade de fiscalização dos atos pelo PoderJudiciário, ex vi do art. 236, § 1º, da Constituição Federal, não podemimpedir a expansão da atividade delegada, sobretudo porque traduzemmero cumprimento do dever imposto aos delegatários. Nesse campo, aconveniência particular do delegatário cede passo ao interesse dacoletividade, notadamente para se atender ao postulado dauniversalidade da prestação do serviço público.

Vale lembrar que o 1º Ofício de Registro de Imóveis e o 1ºTabelionato de Notas e Protestos de Títulos foram instalados nacomarca de Palhoça, respectivamente, em 25-8-1915 e 27-11-1906, ea situação fática assim permaneceu - estática - ao longo desses 99(noventa e nove) e 108 (cento e oito) anos, respectivamente.

Por outro lado, hoje a comarca de Palhoça possui 6 (seis)Varas, sendo que até 1982 tinha apenas 2 (duas) varas - Lei Estadualn. 6.069 de 31-5-1982; circunstância que demostra a evolução daesfera Judicial e, mais uma vez, a inércia do serviço Extrajudicial frenteao desenvolvimento do Município.

Assim considerando, fica criado o 2º Tabelionato de Notas dacomarca de Concórdia.

Isso porque, embora a esfera judicial tenha evoluído emconsonância com o desenvolvimento do Município de Concórdia

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16/09/2015 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.888 2 3

(atualmente somando 4 varas, as duas últimas instaladas no ano de1999), não se pode dizer o mesmo dos serviços extrajudiciais.

I - Os atos do 1º Ofício de Registro de Imóveis abrangerão osimóveis situados nas localidades do Centro, Agronômica, Prainha eJosé Mendes;O 1º Ofício de Protesto de Títulos junto ao 2º Ofício de

Registro de Imóveis e o Tabelionato de Notas e 2º Ofício de Protesto deTítulos foram instalados, respectivamente, em 29-3-1966 e 31-5-1961,em decorrência das Leis Estaduais n. 3.678 de 8-7-1965 e n. 2.714 de31.5-1961.

II - Os atos do 2º Ofício de Registro de Imóveis abrangerão osimóveis situados nas localidades de Cachoeira do Bom Jesus, Inglesesdo Rio Vermelho, Canasvieiras, São João do Rio Vermelho, Ratones,Santo Antônio de Lisboa, Barra da Lagoa, Saco Grande, Monte Verde,João Paulo, Itacorubi, Santa Mônica, Lagoa da Conceição, Joaquina,Córrego Grande, Pantanal e Trindade, além dos demais imóveis donorte da Ilha;

Logo, nesse contexto, perfeitamente viável a criação do 2ºTabelionato de Notas da comarca de Concórdia, uma vez que aequiparação esclarece a necessidade de adequação do serviçoextrajudicial ao desenvolvimento não só do próprio Município comotambém à esfera Judicial.

III - Os atos do 3º Ofício de Registro de Imóveis abrangerão osimóveis situados na parte continental;

Salienta-se, no entanto, a inoportunidade de instalação deoutro serviço de protesto de títulos no Município, ante o fato de os atosjá serem praticados por duas serventias, o que, de acordo com estudosrealizados, mostra-se-ia inviável.

IV - Os atos do 4º Ofício de Registro de Imóveis abrangerãoparte dos imóveis anteriormente pertencentes ao 2º Ofício de Registrode Imóveis, situados no Saco dos Limões, Costeira do Pirajubaé,Campeche, Ribeirão da Ilha e Pântano do Sul, além dos imóveis do sulda Ilha situados nas localidades do Rio Tavares, Morro das Pedras,Armação, Matadeiro, Lagoinha do Leste, Solidão, Saquinho,Naufragados, Caeira da Barra do Sul, Praia de Fora, Ponta Caiagangaçu,Sertão, Praia da Costeira, Tapera e Carianos;

O atual Tabelionato de Notas e 2º Protesto de Títulos passa adenominar-se 1º Tabelionato de Notas e Protesto de Títulos.

Impende gizar que o 1º Ofício de Protesto de Títulos,atualmente anexado ao 2º Registro de Imóveis, extinguir-se-á quandoda primeira vacância do titular. V - Os atos do 5º Ofício de Registro de Imóveis abrangerão os

imóveis situados nas localidades de Pantanal e Córrego Grande.É ressalvado aos titulares dos serviços notariais e de registroatingidos por desmembramento, desdobramento e desacumulação odireito de opção.

Art. 3º O 4º Ofício de Registro de Imóveis da comarca da Capital seráinstalado imediatamente, enquanto a instalação do 5º Ofício deRegistro de Imóveis ocorrerá apenas na vacância do 2º Ofício deRegistro de Imóveis.[m1]

Logo, a teor do caput do art. 4º e do inciso II, art. 30, da Lein. 8.935/94, plausível a implantação de mais cartórios na comarcaaludida que irá, em tese, solver a necessidade de melhor otimizar osserviços registrais e notariais da comarca.

Art. 4º Fica ressalvado aos titulares de serviços notariais e deregistro atingidos por desmembramento, desdobramento edesacumulação o direito de opção.Finalmente, oportuno consignar que os serviços notariais e

registrais sempre devem atender o binômio qualidade/eficácia. Umavez ausente, deve o Poder Público restabelecê-lo urgentemente, nãopodendo a sociedade arcar com tal prejuízo.

Art. 5º A outorga da delegação para a nova serventia serárealizada na forma da lei.

Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Assim, encaminhe-se o presente Anteprojeto para a devida

apreciação.RAIMUNDO COLOMBOGovernador do Estado

*** X X X *** JUSTIFICATIVAPROJETO DE LEI Nº 382/15 Visa o projeto de lei a criação, por desdobramento, do 4º e do

5º Ofícios de Registro de Imóveis da comarca da Capital.Ofício n. 2.043/2015 - GP Florianópolis, 8 de setembro de 2015A Sua Excelência o Senhor O Tribunal de Justiça, por seu Tribunal Pleno, com

fundamento na Carta Política de 1988, bem como no princípio dareserva legal, entende necessária a modificação da estrutura orgânicados serviços notariais e de registro do Estado para a criação de novasserventias, por meio do desdobro, com a finalidade de assegurar que aprestação ocorra de modo eficiente e adequado e em locais de fácilacesso ao público.

Deputado GELSON MERISIOPresidente da Assembleia LegislativaNestaAssunto: Encaminhamento de projeto de lei

Senhor Presidente,Encaminho a Vossa Excelência, para apreciação dessa

augusta Assembleia Legislativa, projeto de lei que "Dispõe sobre acriação de serventias extrajudiciais na comarca da Capital e dá outrasprovidências" acompanhado de respectiva justificativa e dosdocumentos necessários a sua integral análise.

No exame da conveniência administrativa foram levados emconsideração os dados de ordem funcional relacionados ao volume deatos praticados e a receita de emolumentos, bem como as informaçõespopulacionais e sócio-econômicas, sem olvidar as peculiaridades locaisque devem redundar, obrigatoriamente, na facilidade e na comodidadedo acesso pelo usuário.Aproveito o ensejo para apresentar meus protestos de

consideração e apreço. Referências sobre a qualidade e a excelência do serviçoprestado pelas serventias já instaladas, de outro lado, emboraproduzam reflexos na atividade de fiscalização dos atos pelo PoderJudiciário, ex vi do art. 236, § 1º, da Constituição Federal, não podemimpedir a expansão da atividade delegada, sobretudo porque traduzemmero cumprimento do dever imposto aos delegatários. Nesse campo, aconveniência particular do delegatário cede passo ao interesse dacoletividade, notadamente para se atender ao postulado dauniversalidade da prestação do serviço público.

Cordialmente,Des. Torres Marques

Presidente e.e.Lido no Expediente

Sessão de 15/09/15

PROJETO DE LEI Nº 382/15Dispõe sobre a criação de serventiasextrajudiciais na comarca da Capital e dáoutras providências. A luz dessas premissas, mostra-se conveniente e oportuna,

na comarca da Capital, a implantação de 2 (dois) novos Ofícios deRegistro de Imóveis, por desdobramento de um já existente.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA,Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a

Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Já no ano de 2011, quando entabulados os estudos pelaComissão de Desdobro do Tribunal de Justiça do Estado de SantaCatarina, o 2º Ofício de Registro de Imóveis atendia a uma populaçãode 140.382 (cento e quarenta mil e trezentos e oitenta e dois)habitantes e abrangia as seguintes áreas:

Art. 1º Ficam criados os 4º e 5º Ofícios de Registro deImóveis da comarca da Capital.

Art. 2º As circunscrições geográficas dos Ofícios de Registrode Imóveis ficam assim definidas:

LOCALIDADES POPULAÇÃOCACHOEIRA DO BOM JESUS (LESTE) 2.471CACHOEIRA DO BOM JESUS (CENTRO) 1.651INGLESES (NORTE) 906INGLESES (SUL) 2.420INGLESES (CENTRO) 4.552CANASVIEIRAS 8.693SÃO JOÃO DO RIO VERMELHO 10.756RATONES 1.120

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24 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.888 16/09/201 5

SANTO ANTÔNIO 1.653BARRA DA LAGOA 4.925SACO GRANDE 7.607MONTE VERDE 6.429JOÃO PAULO 4.774ITACORUBI 15.665SANTA MÔNICA 1.658LAGOA DA CONCEIÇÃO 5.624SACO DOS LIMÕES 14.670CÓRREGO GRANDE 10.563PANTANAL 5.496COSTEIRA DO PIRAJUBAÉ 9.341CAMPECHE (CENTRO) 3.533CAMPECHE (NORTE) 3.032CAMPECHE (SUL) 4.498CAMPECHE (LESTE) 4.373RIBEIRÃO DA ILHA 1.444PÂNTANO DO SUL 2.520TOTAL 140.382

Diante disso, mais de 140.382 (cento e quarenta mil,trezentos e oitenta e dois) cidadãos são obrigados a se dirigir a umaúnica serventia extrajudicial, às vezes distantes mais de 20 Km desuas residências, para realizarem atos jurídicos onerosos, circunstânciaque não se coaduna com o princípio da prestação do serviço público de

forma cômoda e em local de fácil acesso ao público.Afora isso, dados comparativos com outros Ofícios de

Registro de Imóveis de comarcas de mesmo porte demonstram que onúmero de matrículas do 2º Ofício de Registro de Imóveis é muitosuperior à média, conforme se observa:

COMARCA POPULAÇÃO ÁREA(KM²)

Nº DE MATRÍCULAS

1º RI 2º RI 3º RI 4º RI TotalCapital 396.723 433 71.101 92.731 35.100 192.932Blumenau 292.972 520 36.717 33.442 29.996 100.155Joinville 487.003 1.131 115.698 29.372 30.296 173.366Lages 177.231 2.644 25.986 7.781 17.413 17.074 68.254

Não há dúvida, portanto, de que o 2º Ofício de Registro deImóveis registra um excedente de serviço que comporta o desdobropara permitir, além da redistribuição equitativa voltada à isonomia entreos delegatários, que a prestação ocorra de modo eficiente e queproporcione comodidade e fácil acesso aos cidadãos.

PROJETO DE LEI Nº 383/15Dispõe sobre a criação de serventiaextrajudicial na comarca de Tubarão.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA,Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a

Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Quanto aos emolumentos arrecadados pela serventia,impende registrar que, por conta do desdobro, não sofrerão diminuiçãosignificativa que comprometa a sanidade financeira ou inviabilize o seuexercício, haja vista a quantidade de matrículas que remanescerá sob aresponsabilidade do Ofício ser suficiente para permitir que o delegatárioaufira uma remuneração digna e condizente com quem exerce, pordelegação, uma parcela do poder estatal.

Art. 1º Fica criado o 3º Tabelionato de Notas da comarca deTubarão.

Art. 2º Fica ressalvado aos titulares dos serviços notariais ede registro atingidos por desmembramento, desdobramento edesacumulação o direito de opção.

Art. 3º A outorga da delegação para a nova serventia serárealizada na forma da lei.Além disso, a instalação do 5º Ofício de Registro de Imóveis

da comarca da Capital ocorrerá apenas quando da vacância do 2º Ofíciode Registro de Imóveis, visando, com isso, minorar o impacto financeirodo desdobro.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Florianópolis,

RAIMUNDO COLOMBONeste contexto, propõe-se o desmembramento da

circunscrição geográfica relativa ao 2º Ofício de Registro de Imóveispara a formação do 4º e do 5º Ofícios de Registro de Imóveis dacomarca da Capital.

Governador do EstadoJUSTIFICATIVA

O Tribunal de Justiça, por seu Tribunal Pleno, com fundamento naCarta Política de 1988, bem como no princípio da reserva legal, entendenecessária a modificação da estrutura orgânica dos serviços notariais e deregistro do Estado para a criação de novas serventias, por meio dodesdobro, com a finalidade de assegurar que a prestação ocorra de modoeficiente e adequado e em locais de fácil acesso ao público.

Ante o exposto, encaminhe-se o presente Anteprojeto para adevida apreciação.

*** X X X ***PROJETO DE LEI Nº 383/15

No exame da conveniência administrativa foram levados emconsideração os dados de ordem funcional relacionados ao volume deatos praticados e a receita de emolumentos, bem como as informaçõespopulacionais e sócio-econômicas, sem olvidar as peculiaridades locaisque devem redundar, obrigatoriamente, na facilidade e na comodidadedo acesso pelo usuário.

Ofício n. 2.045/2015 - GP Florianópolis, 8 de setembro de 2015A Sua Excelência o SenhorDeputado GELSON MERISIOPresidente da Assembleia LegislativaNestaAssunto: Encaminhamento de projeto de lei Referências sobre a qualidade e a excelência do serviço

prestado pelas serventias já instaladas, de outro lado, emboraproduzam reflexos na atividade de fiscalização dos atos pelo PoderJudiciário, ex vi do art. 236, § 1º, da Constituição Federal, não podemimpedir a expansão da atividade delegada, sobretudo porque traduzemmero cumprimento do dever imposto aos delegatários. Nesse campo, aconveniência particular do delegatário cede passo ao interesse dacoletividade, notadamente para se atender ao postulado dauniversalidade da prestação do serviço público.

Senhor Presidente,Encaminho a Vossa Excelência, para apreciação dessa

augusta Assembleia Legislativa, projeto de lei que "Dispõe sobre acriação de serventia extrajudicial na comarca de Tubarão e dá outrasprovidências" acompanhado de respectiva justificativa e dosdocumentos necessários a sua integral análise.

Aproveito o ensejo para apresentar meus protestos deconsideração e apreço.

Cordialmente, Assim considerando, fica criado o 3º Tabelionato de Notas dacomarca de Tubarão.Des. Torres Marques

Isso porque, embora a esfera judicial tenha evoluído emconsonância com o desenvolvimento do Município de Tubarão(atualmente somando 8 varas, as últimas 4 varas em 1999 e 2002),não se pode dizer o mesmo dos serviços extrajudiciais.

Presidente e.e.Lido no Expediente

Sessão de 15/09/15

Coordenadoria de Publicação - Sistema Informatizado d e Editoração

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16/09/2015 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.888 2 5

O 1º Tabelionato de Notas e Protesto de Títulos instalou-sena comarca em 1876, o Tabelionato de Protestos em 1957 e o 2ºTabelionato de Notas e Protestos de Títulos em 2011.

235,627 km² (duzentos e trinta e cinco mil e seiscentos e vinte e setequilômetros quadrados) e apresentando um PIB per capita - em torno deR$ 14.927,40 (quatorze mil novecentos e vinte e sete reais e quarentacentavos), nada justifica a existência de apenas 02 (dois) tabelionatosem uma cidade que apresenta grande demanda empresarial, principal-mente na indústria cerâmica e carbonífera.

Logo, neste contexto, perfeitamente viável a criação do 3ºTabelionato de Notas da comarca de Tubarão.

É ressalvado aos titulares dos serviços notariais e de registroatingidos por desmembramento, desdobramento e desacumulação odireito de opção.

Ademais, levando-se em consideração os critériospopulacionais ou de área, existem algumas comarcas até mesmo commenos habitantes que possuem mais de dois Tabelionatos de Notas eProtesto de Títulos, como por exemplo Itajaí, que tem uma área de289km² e já possui 03 Tabelionatos.

A outorga da delegação para a nova serventia será realizadana forma da lei.

Assim, encaminhe-se o presente Anteprojeto para a devidaapreciação. Logo, a teor do caput do art. 4º e do inciso II do art. 30, da

Lei n. 8.935/94, plausível a implantação de mais dois tabelionatos nacomarca de Criciúma, um de Notas e outro de Protesto de Títulos, oque irá, em tese, otimizar os serviços notariais da comarca.

*** X X X ***PROJETO DE LEI Nº 384/15

Ofício n. 2.047/2015 - GP Florianópolis, 8 de setembro de 2015Os serviços notariais e de registro, nos termos do art. 4º, da

Lei n. 8.935/94, "serão prestados de modo eficiente e adequado, emdias e horários estabelecidos pelo juízo competente, atendidas aspeculiaridades locais, em local de fácil acesso ao público...", ou seja, aprestação do serviço público delegado deve atender, da melhor formapossível, a população que dele necessita, compreendendo-se nestecritério desde o horário de atendimento, a eficiência do serviço, como adisponibilidade de livre acesso ao público à atividade notarial e deregistro.

A Sua Excelência o SenhorDeputado GELSON MERISIOPresidente da Assembleia LegislativaNestaAssunto: Encaminhamento de projeto de lei

Senhor Presidente,Encaminho a Vossa Excelência, para apreciação dessa

augusta Assembleia Legislativa, projeto de lei que "Dispõe sobre acriação de serventias extrajudiciais na comarca de Criciúma e dá outrasprovidências" acompanhado de respectiva justificativa e dosdocumentos necessários a sua integral análise.

Em sendo assim, fica estampado o benefício à comunidadelocal, no que se refere ao melhor atendimento possível na prestaçãodesse serviço essencial. Com certeza, a instalação da aludida serventiaextrajudicial facilitará o acesso da população.Aproveito o ensejo para apresentar meus protestos de

consideração e apreço. Finalmente, oportuno consignar que os serviços notariais eregistrais sempre devem atender o binômio qualidade/eficácia. Umavez ausente, deve o Poder Público restabelecê-lo urgentemente, nãopodendo a sociedade arcar com tal prejuízo.

Cordialmente,Des. Torres Marques

Presidente e.e.Lido no Expediente Assim, encaminhe-se o presente Anteprojeto para a devida

apreciação.Sessão de 15/09/15

PROJETO DE LEI Nº 384/15 *** X X X ***Dispõe sobre a criação de serventiasextrajudiciais na comarca de Criciúma e dáoutras providências.

PROJETO DE LEI Nº 385/15Ofício n. 2.063/2015 - GP Florianópolis, 8 de setembro de 2015A Sua Excelência o Senhor

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA, Deputado GELSON MERISIOFaço saber a todos os habitantes deste Estado que a

Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Presidente da Assembleia LegislativaNesta

Art. 1º Ficam criados o 3º Tabelionato de Notas e o 3ºTabelionato de Protesto de Títulos da comarca de Criciúma, a sereminstalados de forma desacumulada, sem limitação do local das sedes.

Assunto: Encaminhamento de projeto de leiSenhor Presidente,Encaminho a Vossa Excelência, para apreciação dessa

augusta Assembleia Legislativa, projeto de lei que "Dispõe sobre acriação de serventias extrajudiciais na comarca de São José e dá outrasprovidências" acompanhado de respectiva justificativa e dosdocumentos necessários a sua integral análise.

Art. 2º Fica ressalvado aos titulares dos serviços notariais ede registro atingidos por desmembramento, desdobramento edesacumulação o direito de opção.

Art. 3º A outorga da delegação para a nova serventia serárealizada na forma da lei. Aproveito o ensejo para apresentar meus protestos de

consideração e apreço.Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Florianópolis, Cordialmente,

RAIMUNDO COLOMBO Des. Torres MarquesGovernador do Estado Presidente e.e.

JUSTIFICATIVA Lido no ExpedienteO Tribunal de Justiça, por seu Tribunal Pleno, com

fundamento na Carta Política de 1988, bem como no princípio dareserva legal, entende necessária a modificação da estrutura orgânicados serviços notariais e de registro do Estado para a criação de novasserventias, por meio do desdobro, com a finalidade de assegurar que aprestação ocorra de modo eficiente e adequado e em locais de fácilacesso ao público.

Sessão de 15/09/15

PROJETO DE LEI Nº 385/15Dispõe sobre a criação de serventiasextrajudiciais na comarca de São José e dáoutras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA,Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a

Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:No exame da conveniência administrativa foram levados em

consideração os dados de ordem funcional relacionados ao volume deatos praticados e a receita de emolumentos, bem como as informaçõespopulacionais e sócio-econômicas, sem olvidar as peculiaridades locaisque devem redundar, obrigatoriamente, na facilidade e na comodidadedo acesso pelo usuário.

Art. 1º Ficam criados o 2º Ofício de Registro de Imóveis e o 3ºOfício de Registro de Imóveis da comarca de São José

Art. 2º As circunscrições geográficas dos Ofícios de Registrode Imóveis ficam assim definidas:

I - Os atos do 1º Ofício de Registro de Imóveis abrangerão osimóveis situados nas localidades que abrangem o Distrito do CentroHistórico de São José, as quais, segundo a Lei Municipal n. 3.514 de5-6-2000 com as alterações da Lei Municipal n. 4.600 de 20-12-2007,correspondem aos bairros: Centro, Praia Comprida, São Luiz, Roçado,Bosque das Mansões, Ponta de Baixo, Fazenda Santo Antônio,Forquilhinha, Flor de Nápolis, Picadas do Sul, Distrito Industrial,Potecas, Forquilhas, Sertão do Maruim e Colônia Santana; e os imóveissituados no Município de São Pedro de Alcântara;

Referências sobre a qualidade e a excelência do serviçoprestado pelas serventias já instaladas, de outro lado, emboraproduzam reflexos na atividade de fiscalização dos atos pelo PoderJudiciário, ex vi do art. 236, § 1º, da Constituição Federal, não podemimpedir a expansão da atividade delegada, sobretudo porque traduzemmero cumprimento do dever imposto aos delegatários. Nesse campo, aconveniência particular do delegatário cede passo ao interesse dacoletividade, notadamente para se atender ao postulado dauniversalidade da prestação do serviço público.

II - Os atos do 2º Ofício de Registro de Imóveis abrangerão osimóveis situados nas localidades que abrangem o Distrito de Barreiros,as quais, segundo a Lei Municipal n. 3.514 de 5-6-2000 com asalterações da Lei Municipal n. 4.600 de 20-12-2007, correspondem

Assim, considerando que o município de Criciúma, quando darealização dos estudos pela Comissão de Desdobro, no ano de 2011,possuía uma população de 192.308 (cento e noventa e dois mil,trezentos e oito) habitantes, abrangendo uma área de cerca de

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26 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.888 16/09/201 5

aos bairros de: Serraria, Jardim Santiago, Areias, Ipiranga, Real Parque,Jardim Cidade de Florianópolis, Pedregal, Barreiros, Nossa Senhora doRosário e Bela Vista;

significativa que comprometa a sanidade financeira ou inviabilize o seuexercício, haja vista a quantidade de matrículas que remanescerá sob aresponsabilidade do Ofício ser suficiente para permitir que o delegatárioaufira uma remuneração digna e condizente com quem exerce, pordelegação, uma parcela do poder estatal

III - Os atos do 3º Ofício de Registro de Imóveis abrangerão osimóveis situados nas localidades que abrangem o Distrito Sede, asquais, segundo a Lei Municipal n. 3.514 de 5-6-2000 com asalterações da Lei Municipal n. 4.600 de 20-12-2007, correspondemaos bairros de Campinas e Kobrasol.

No que toca à criação do 2º Tabelionato de Notas e do 2ºTabelionato de Protesto de Títulos, devem ser instalados em separado,porquanto expressamente vedada a acumulação dos serviços (art. 26,caput, da Lei n. 8.945/1994).Art. 3º Ficam criados o 2º Tabelionato de Notas e o 2º

Tabelionato de Protesto de Títulos da comarca de São José. Por outro lado, é necessário definir a situação da Escrivaniade Paz de Campinas que sem dar causa a elevação do distrito deCampinas em sede de comarca, teve prejuízo em suas atribuições,razão pela qual se definiu nova circunscrição geográfica ampliando-se aárea de abrangência. Dessa maneira, a competência original daEscrivania de Paz de Campinas para o registro civil seria mantida e osatos das pessoas naturais do Ofício do Registro Civil das PessoasNaturais, das Pessoas Jurídicas, e de Títulos e Documentos abrangerãoas localidades de Praia Comprida, Centro, Roçado, Bosque dasMansões, Ponta de Baixo, Fazenda Santo Antônio, São Luiz, DistritoIndustrial e Picadas do Sul.

Art. 4º Ficam definidas as circunscrições geográficas dasEscrivanias de Paz do Distrito de Campinas, do Distrito de ColôniaSanta Teresa e Registro Civil, Títulos e Documentos e PessoasJurídicas:

I - Os atos da Escrivania de Paz do Distrito de Campinasabrangerão Campinas e Kobrasol;

II - Os atos da Escrivania de Paz do Distrito de Colônia SantaTeresa abrangerão as localidades de Colônia Santana, Colônia SantaTereza, Flor de Napolis, Forquilhas, Forquilhinha, Potecas, Sertão doMaruim, bem como as áreas rurais norte e sul do município de SãoJosé; Do mesmo modo, impende gizar que os atos da Escrivania de

Paz do Distrito de Colônia Santa Teresa abrangerão as localidades deColônia Santana, Colônia Santa Tereza, Flor de Napolis, Forquilhas,Forquilhinha, Potecas, Sertão do Maruim, bem como as áreas ruraisnorte e sul do município de São José.

III - Os atos das pessoas naturais do Ofício do Registro Civildas Pessoas Naturais, das Pessoas Jurídicas, e de Títulos eDocumentos abrangerão as localidades de Praia Comprida, Centro,Roçado, Bosque das Mansões, Ponta de Baixo, Fazenda Santo Antônio,São Luiz, Distrito Industrial e Picadas do Sul. Finalmente, oportuno consignar que os serviços notariais e

registrais sempre devem atender o binômio qualidade/eficácia. Umavez ausente, deve o Poder Público restabelecê-lo urgentemente, nãopodendo a sociedade josefense arcar com tal prejuízo.

Art. 5º Fica ressalvado aos titulares dos serviços notariais ede registro atingidos por desmembramento, desdobramento edesacumulação o direito de opção.

Art. 6º A outorga da delegação para as novas serventias serárealizada na forma da lei.

Assim, encaminhe-se o presente Anteprojeto para a devidaapreciação.

Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. *** X X X ***Florianópolis, PROJETO DE LEI Nº 386/15

RAIMUNDO COLOMBO Ofício n. 2.065/2015 - GP Florianópolis, 8 de setembro de 2015Governador do Estado A Sua Excelência o Senhor

JUSTIFICATIVA Deputado GELSON MERISIOO Tribunal de Justiça, por seu Tribunal Pleno, com

fundamento na Carta Política de 1988, bem como no princípio dareserva legal, entende necessária a modificação da estrutura orgânicados serviços notariais e de registro do Estado para a criação de novasserventias, por meio do desdobro, com a finalidade de assegurar que aprestação ocorra de modo eficiente e adequado e em locais de fácilacesso ao público.

Presidente da Assembleia LegislativaNestaAssunto: Encaminhamento de projeto de lei

Senhor Presidente,Encaminho a Vossa Excelência, para apreciação dessa

augusta Assembleia Legislativa, projeto de lei que "Dispõe sobre acriação de serventias extrajudiciais na comarca de Joinville e dá outrasprovidências" acompanhado de respectiva justificativa e dosdocumentos necessários a sua integral análise.

No exame da conveniência administrativa foram levados emconsideração os dados de ordem funcional relacionados ao volume deatos praticados e a receita de emolumentos, bem como as informaçõespopulacionais e sócio-econômicas, sem olvidar as peculiaridades locaisque devem redundar, obrigatoriamente, na facilidade e na comodidadedo acesso pelo usuário.

Aproveito o ensejo para apresentar meus protestos deconsideração e apreço.

Cordialmente,Referências sobre a qualidade e a excelência do serviço

prestado pelas serventias já instaladas, de outro lado, emboraproduzam reflexos na atividade de fiscalização dos atos pelo PoderJudiciário, ex vi do art. 236, § 1º, da Constituição Federal, não podemimpedir a expansão da atividade delegada, sobretudo porque traduzemmero cumprimento do dever imposto aos delegatários. Nesse campo, aconveniência particular do delegatário cede passo ao interesse dacoletividade, notadamente para se atender ao postulado dauniversalidade da prestação do serviço público.

Des. Torres MarquesPresidente e.e.

Lido no Expediente

Sessão de 15/09/15

PROJETO DE LEI Nº 386/15Dispõe sobre a criação de serventiasextrajudiciais na comarca de Joinville e dáoutras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA,Assim, considerando que a comarca de São José, formadapelos municípios de São José (sede) e São Pedro de Alcântara,possuía, já no ano de 2011, quando entabulados os estudos pelaComissão de Desdobro do Tribunal de Justiça do Estado de SantaCatarina, uma população de 209.804 (duzentos e nove mil e oitocentose quatro) habitantes, abrangendo uma área de cerca de 151,137 km²(cento e cinquenta e um mil, cento e trinta e sete) e apresentando um PIBper capita - em torno de 20.553 (vinte mil, quinhentos e cinquenta e três),nada justifica a existência de apenas 01 (um) registro imobiliário e 01 (um)tabelionato em uma das maiores cidades do Estado.

Faço saber a todos os habitantes deste Estado que aAssembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica criado o 4º Ofício de Registro de Imóveis dacomarca de Joinville.

Art. 2º As circunscrições geográficas dos Ofícios de Registrode Imóveis ficam assim definidas:

I - Os atos do 1º Ofício de Registro de Imóveis abrangerão osimóveis confrontados, ao norte, com o estado do Paraná; ao sul, com aRua XV de Novembro; ao Oeste com o município de Campo Alegre e àLeste com o Oceano Atlântico;Logo, a teor do caput do art. 4º e do inciso II, art. 30, da Lei

n. 8.935/94, plausível a implantação de mais cartórios na comarca deSão José que irá, em tese, solver a necessidade de melhor otimizar osserviços registrais e notariais da comarca que não acompanharam namesma sintonia o desenvolvimento populacional.

II - Os atos do 2º Ofício de Registro de Imóveis abrangerão osimóveis situados nos bairros Anita Garibaldi, Atiradores, Centro,Floresta (sentido centro/bairro - o lado direito do bairro Santa Catarinapertence à 2ª circunscrição e o lado esquerdo pertence à 3ªcircunscrição), Glória (sentido centro/bairro - o lado direito da Rua XVde Novembro pertence à 1ª circunscrição e o lado esquerdo à 2ªcircunscrição), Itinga, Morro do Meio, Nova Brasília, Profipo, SantaCatarina (sentido centro/bairro - o lado direito da rua Santa Catarinapertence à 2ª circunscrição e o lado esquerdo pertence à 3ªcircunscrição), São Marcos e Vila Nova.

Salienta-se, no entanto que com a criação do 2º e do 3ºOfício de Registro de Imóveis há a necessidade de redefinição dascircunscrições geográficas dos serviços registrais. Para tanto,considerou-se a densidade populacional e a concentração depropriedades na localidade.

Quanto aos emolumentos arrecadados pela serventia,impende registrar que, por conta do desdobro, não sofrerão diminuição

Coordenadoria de Publicação - Sistema Informatizado d e Editoração

Page 27: ESTADO DE SANTA CATARINA 1ª Sessão Legislatura Legislativa · Chapecó, Vereador Valdemir Antonio Stobe; senhora Alessandra de Lacerda Alves, fiscal Federal Agropecuária da Superintendência

16/09/2015 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.888 2 7

III - Os atos do 3º Ofício de Registro de Imóveis abrangerão osimóveis situados no início da Rua XV de Novembro, esquina com a Ruado Príncipe, em direção ao sul até a Rua Ministro Calógeras, seguindopor esta e pela Rua Santa Catarina até a rua Waldemiro José Borges(Km 4) e por esta seguindo até a divisa com Araquari; seguindo peladivisa do município na direção norte até a Lagoa do Saguaçu; por estaseguindo na direção oeste até o Rio Cachoeiras na confluência do RioBucarein, seguindo para o norte pelo Rio Cachoeira até atingir o inícioda Rua XV de Novembro.

PROJETO DE LEI Nº 387/15Ofício n. 2.092/2015 - GP Florianópolis, 8 de setembro de 2015A Sua Excelência o SenhorDeputado GELSON MERISIOPresidente da Assembleia LegislativaNestaAssunto: Encaminhamento de projeto de lei

Senhor Presidente,Encaminho a Vossa Excelência, para apreciação dessa

augusta Assembleia Legislativa, projeto de lei que "Dispõe sobre acriação de serventia extrajudicial na comarca de São Bento do Sul e dáoutras providências" acompanhado de respectiva justificativa e dosdocumentos necessários a sua integral análise.

IV - Os atos do 4º Ofício de Registro de Imóveis abrangerãoos imóveis situados nos bairros Rio Bonito, Dona Francisca,Pirabeiraba, Zona Industrial Norte, Vila Nova, Costa e Silva, Glória,Jardim Sofia, Jardim Paraíso e Vila Cubatão.

Art. 3º Fica criado o 4º Tabelionato de Notas da comarca deJoinville.

Aproveito o ensejo para apresentar meus protestos deconsideração e apreço.

Cordialmente,Art. 4º Fica ressalvado aos titulares de serviços notariais e deregistro atingidos por desmembramento, desdobramento edesacumulação o direito de opção.

Des. Torres MarquesPresidente e.e.

Lido no ExpedienteArt. 5º A outorga da delegação para as novas serventias serárealizada na forma da lei. Sessão de 15/09/15

PROJETO DE LEI Nº 387/15Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Dispõe sobre a criação de serventiaextrajudicial na comarca de São Bento doSul e dá outras providências.

Florianópolis,

RAIMUNDO COLOMBO

Governador do Estado O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA,Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a

Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:JUSTIFICATIVA

O Tribunal de Justiça, por seu Tribunal Pleno, comfundamento na Carta Política de 1988, bem como no princípio dareserva legal, entende necessária a modificação da estrutura orgânicados serviços notariais e de registro do Estado para a criação de novasserventias, por meio do desdobro, com a finalidade de assegurar que aprestação ocorra de modo eficiente e adequado e em locais de fácilacesso ao público.

Art. 1º Fica criado o 2º Tabelionato de Notas da comarca deSão Bento do Sul.

Art. 2º Fica ressalvado aos titulares dos serviços notariais ede registro atingidos por desmembramento, desdobramento edesacumulação o direito de opção.

Art. 3º A outorga da delegação para a nova serventia serárealizada na forma da lei.

No exame da conveniência administrativa foram levados emconsideração os dados de ordem funcional relacionados ao volume deatos praticados e a receita de emolumentos, bem com as informaçõespopulacionais e sócio-econômicas, sem olvidar as peculiaridades locaisque devem redundar, obrigatoriamente, na facilidade e na comodidadedo acesso pelo usuário.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Florianópolis,

RAIMUNDO COLOMBOGovernador do Estado

JUSTIFICATIVAO Tribunal de Justiça, por seu Tribunal Pleno, com

fundamento na Carta Política de 1988, bem como no princípio dareserva legal, entende necessária a modificação da estrutura orgânicados serviços notariais e de registro do Estado para a criação de novasserventias, por meio do desdobro, com a finalidade de assegurar que aprestação ocorra de modo eficiente e adequado e em locais de fácilacesso ao público.

Referências sobre a qualidade e a excelência do serviçoprestado pelas serventias já instaladas, de outro lado, emboraproduzam reflexos na atividade de fiscalização dos atos pelo PoderJudiciário, ex vi do art. 236, § 1º, da Constituição Federal, não podemimpedir a expansão da atividade delegada, sobretudo porque traduzemmero cumprimento do dever imposto aos delegatários. Nesse campo, aconveniência particular do delegatário cede passo ao interesse dacoletividade, notadamente para se atender ao postulado dauniversalidade da prestação do serviço público.

No exame da conveniência administrativa foram levados emconsideração os dados de ordem funcional relacionados ao volume deatos praticados e a receita de emolumentos, bem como as informaçõespopulacionais e sócio-econômicas, sem olvidar as peculiaridades locaisque devem redundar, obrigatoriamente, na facilidade e na comodidadedo acesso pelo usuário.

A implantação de mais um registro imobiliário na comarca deJoinville, revela-se à luz de critérios ligados ao volume de serviço ou darenda da região, bem como a dados populacionais e sócio-econômicos,conveniente e oportuna ao aprimoramento dos serviços extrajudiciais láprestados.

Referências sobre a qualidade e a excelência do serviçoprestado pelas serventias já instaladas, de outro lado, emboraproduzam reflexos na atividade de fiscalização dos atos pelo PoderJudiciário, ex vi do art. 236, § 1º, da Constituição Federal, não podemimpedir a expansão da atividade delegada, sobretudo porque traduzemmero cumprimento do dever imposto aos delegatários. Nesse campo, aconveniência particular do delegatário cede passo ao interesse dacoletividade, notadamente para se atender ao postulado dauniversalidade da prestação do serviço público.

Segundo dados colhidos quando da realização dos estudospela Comissão de Desdobro, no ano de 2011, do Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística - IBGE, o número de habitantes de Joinville erade 515.288 (quinhentos e quinze mil e duzentos e oitenta e oito),abrangendo uma área de cerca de 1.146,87 km² (um milhão cento equarenta e seis mil e oitenta e sete quilômetros quadrados) eapresentando um PIB per capita - em torno de 26.865,04 (vinte e seismil, oitocentos e sessenta e cinco e quatro centavos). Assim considerando, fica criado o 2º Tabelionato de Notas da

comarca de São Bento do Sul.Neste contexto, a criação do 4º Ofício de Registro de Imóveis,cuja circunscrição geográfica abrangerá os imóveis situados nos bairrosRio Bonito, Dona Francisca, Pirabeiraba, Zona Industrial Norte, VilaNova, Costa e Silva, Glória, Jardim Sofia, Jardim Paraíso e Vila Cubatão,mostra-se bastante apropriada à melhoria da prestação dos serviços àpopulação joinvilense. O mesmo se diga quanto à criação de mais umTabelionato de Notas.

Isso porque, no que toca ao caso específico, equiparando-seas esferas Judicial e Extrajudicial, observa-se que, na década de 80,com a Lei Estadual n. 6.899 de 5 de dezembro de 1986, criou-se a 2ªVara de São Bento do Sul e hoje existem 3 (três) Varas na comarca. Poroutro lado, o único Tabelionato de Notas e Protestos de Títulos foiinstalado em São Bento do Sul em 30-1-1879, sem quaisqueradaptações, desde então, ao crescente desenvolvimento do Municípioao longo desses 135 (cento e trinta e cinco) anos.

Finalmente, convém ressaltar que o objetivo dodesdobramento ora promovido, antes de corrigir falhas, é aprimorar aprestação dos serviços à população catarinense, com agilidade eeficiência, de modo que eventuais reclamações sequer cheguem aocorrer.

É ressalvado aos titulares dos serviços notariais e de registroatingidos por desmembramento, desdobramento e desacumulação odireito de opção.

Logo, a teor do caput do art. 4º e do inciso II do art. 30 da Lein. 8.935/94, plausível a implantação de mais um cartório na comarcaaludida, o que irá, em tese, solver a necessidade de melhor otimizar osserviços notariais da comarca de São Bento do Sul.

Ante o exposto, encaminhe-se o presente Anteprojeto para adevida apreciação.

*** X X X ***

Sistema Informatizado de Editoração - Coordenadoria d e Publicação

Page 28: ESTADO DE SANTA CATARINA 1ª Sessão Legislatura Legislativa · Chapecó, Vereador Valdemir Antonio Stobe; senhora Alessandra de Lacerda Alves, fiscal Federal Agropecuária da Superintendência

28 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.888 16/09/201 5

Finalmente, oportuno consignar que os serviços notariais eregistrais sempre devem atender o binômio qualidade/eficácia. Umavez ausente, deve o Poder Público restabelecê-lo urgentemente, nãopodendo a sociedade arcar com tal prejuízo.

Art. 3º Ficam criados o 3º Tabelionato de Notas e o 3ºTabelionato de Protesto de Títulos da comarca de Chapecó.

Art. 4º Fica ressalvado aos titulares dos serviços notariais ede registro atingidos por desmembramento, desdobramento edesacumulação o direito de opção.Assim, encaminhe-se o presente Anteprojeto para a devida

apreciação. Art. 5º A outorga da delegação para as novas serventias serárealizada na forma da lei.*** X X X ***

PROJETO DE LEI Nº 388/15 Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Florianópolis,Ofício n. 2.095/2015 - GP Florianópolis, 8 de setembro de 2015

RAIMUNDO COLOMBOA Sua Excelência o SenhorGovernador do EstadoDeputado GELSON MERISIO

JUSTIFICATIVAPresidente da Assembleia LegislativaVisa o presente projeto de lei a criação, por desdobramento,

dos 2º e 3º Ofícios de Registro de Imóveis, bem como do 3ºTabelionato de Notas e do 3º Tabelionato de Protesto de Títulos dacomarca de Chapecó.

NestaAssunto: Encaminhamento de projeto de lei

Senhor Presidente,Encaminho a Vossa Excelência, para apreciação dessa

augusta Assembleia Legislativa, projeto de lei que "Dispõe sobre acriação de serventias extrajudiciais na comarca de Chapecó e dá outrasprovidências" acompanhado de respectiva justificativa e dosdocumentos necessários a sua integral análise.

O Tribunal de Justiça, por seu Tribunal Pleno, comfundamento na Carta Política de 1988, bem como no princípio dareserva legal, entende necessária a modificação da estrutura orgânicados serviços notariais e de registro do Estado para a criação de novasserventias, por meio do desdobro, com a finalidade de assegurar que aprestação ocorra de modo eficiente e adequado e em locais de fácilacesso ao público.

Aproveito o ensejo para apresentar meus protestos deconsideração e apreço.

Cordialmente,No exame da conveniência administrativa foram levados em

consideração os dados de ordem funcional relacionados ao volume deatos praticados e a receita de emolumentos, bem como as informaçõespopulacionais e sócio-econômicas, sem olvidar as peculiaridades locaisque devem redundar, obrigatoriamente, na facilidade e na comodidadedo acesso pelo usuário.

Des. Torres MarquesPresidente e.e.

Lido no ExpedienteSessão de 15/09/15

PROJETO DE LEI Nº 388/15Dispõe sobre a criação de serventiasextrajudiciais na comarca de Chapecó e dáoutras providências.

Referências sobre a qualidade e a excelência do serviçoprestado pelas serventias já instaladas, de outro lado, emboraproduzam reflexos na atividade de fiscalização dos atos pelo PoderJudiciário, ex vi do art. 236, § 1º, da Constituição Federal, não podemimpedir a expansão da atividade delegada, sobretudo porque traduzemmero cumprimento do dever imposto aos delegatários. Nesse campo, aconveniência particular do delegatário cede passo ao interesse dacoletividade, notadamente para se atender ao postulado dauniversalidade da prestação do serviço público.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA,Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a

Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Ficam criados os 2º e 3º Ofícios de Registro de

Imóveis da comarca de Chapecó.Art. 2º As circunscrições geográficas dos Ofícios de Registro

de Imóveis ficam assim definidas:I - Os atos do 1º Ofício de Registro de Imóveis abrangerão os

municípios de Caxambu do Sul e Guatambu e serão utilizados comofaixa divisória os imóveis que estão localizados (sentido norte/sul) nocruzamento entre a rua São Pedro e Avenida Getúlio Vargas, seguindo-se pela sua lateral leste e no sentido sul até a EMC 260 e, nesta, aleste, até a EMC 020, seguindo por esta, novamente no sentido sul,até o limite do município;

A implementação de dois novos Ofícios de Registro deImóveis e dois Tabelionatos revela-se à luz de critérios ligados aovolume de serviço ou da renda da região, bem como a dadospopulacionais e sócio-econômicos, conveniente e oportuna aoaprimoramento dos serviços extrajudiciais prestados.

Quando da realização dos estudos pela Comissão doDesdobro, no ano de 2011, o 1º Ofício de Registro de Imóveis atendiaa totalidade da população de 203.308 (duzentos e três mil, trezentos eoito) habitantes, abrangendo uma extensa área de cerca de 1.253,59km² (um mil duzentos e cinquenta e três e cinquenta e novequilômetros quadrados) e apresentava um PIB per capita - em torno de89.886 (oitenta e nove mil, oitocentos e oitenta e seis).

II - Os atos do 2º Ofício de Registro de Imóveis abrangerão omunicípio de Planalto Alegre, iniciando, no sentido norte/sul, nocruzamento entre a rua São Pedro e Avenida Getúlio Vargas (sentidonorte/sul), seguindo-se pela lateral oeste e no sentido sul até a EMC260 e nesta, a leste, até a EMC 020, seguindo por esta, novamente,no sentido sul, até o limite do município. Abrangerão também, nosentido leste/oeste, partindo do limite oeste do município pela BR-283na sua lateral sul, seguindo pela Avenida Senador Atílio Fontana e RuaSão Pedro até o cruzamento com a Avenida Getúlio Vargas.

Oportuno gizar que a Vice-Corregedoria-Geral da Justiça,consoante aprofundado estudo realizado nos autos n. CGJ-E 374251-2010.2, verificou flagrante desproporção entre diversos municípios comíndice populacional praticamente igual ou inferior ao município deChapecó, que contam com número maior de serventias, dentre algunsJoinville, Capital, Blumenau, São José, Criciúma, Lages, etc.

III - Os atos do 3º Ofício de Registro de Imóveis abrangerão osmunicípios de Cordilheira Alta e Nova Itaberaba, iniciando, no sentidoleste/oeste, pela BR-283, na sua lateral norte, seguindo pela AvenidaSenador Atílio Fontana e rua São Pedro até o cruzamento com a RuaJardim Europa até BR-283, sentido leste, até o limite do município.

Senão vejamos:

COMARCA POPULAÇÃODA

COMARCA

ÁREA(km²)

REGISTRODE

IMÓVEIS

Nº DE MATRÍCULAS

1º RI 2º RI 3º RI 4º RI TotalBaln. Camb. 94.344 46 02 96.243 35.545 131788

Tubarão 97.386 300 02 20.024 59.418 79.442Itajaí 163.218 289 02 28.411 43.208 71.619Lages 177.231 2.644 04 25.986 17.413 17.074

Criciúma 214.010 236 02 77.223 12.063 89.286Blumenau 292.972 520 03 36.717 33.442 29.996 100.155

Portanto, nada justifica a existência de apenas 01 (um)registro de imóveis, cujo número de matrículas existentes naquelaserventia, em 29/06/2011, era de 86.269.

Logo, a teor do caput do art. 4º e do inciso II do art. 30, daLei n. 8.935/94, plausível a implantação de mais cartórios na comarcade Chapecó, o que irá, em tese, otimizar os serviços registrais enotariais da comarca que não acompanharam na mesma sintonia odesenvolvimento populacional.

No tocante à criação de mais dois Tabelionatos, um de notase outro de protestos, salienta-se que atualmente a comarca deChapecó possui 2 (dois) Tabelionatos de Notas e Protestos de Títulos e13 (treze) varas judiciais.

Finalmente, oportuno consignar que os serviços notariais eregistrais sempre devem observar o binômio qualidade/eficácia. Umavez ausente, deve o Poder Público restabelecê-lo urgentemente, nãopodendo a sociedade arcar com tal prejuízo.E, assim, mostra-se inegável a inércia do desenvolvimento da

esfera extrajudicial em relação ao crescimento do município e da esferajudicial.

Assim, encaminhe-se o presente Anteprojeto para a devida apreciação.*** X X X ***

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