estações de tratamento de Água e sistema de abastecimento de Água em são luís

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO EDUARDO AURÉLIO DE OLIVEIRA AGUIAR IGOR MIRANDA PINTO LUÍSA FRANZEN GHIGNATTI Estações de tratamento de água e Sistema de abastecimento de água em São Luís São Luís 2014

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  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHO CENTRO DE CINCIAS TECNOLGICAS

    CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

    EDUARDO AURLIO DE OLIVEIRA AGUIAR IGOR MIRANDA PINTO

    LUSA FRANZEN GHIGNATTI

    Estaes de tratamento de gua e Sistema de abastecimento de gua em So Lus

    So Lus 2014

  • EDUARDO AURLIO DE OLIVEIRA AGUIAR IGOR MIRANDA PINTO

    LUSA FRANZEN GHIGNATTI

    Estaes de tratamento de gua e Sistema de abastecimento de gua em So Lus

    Trabalho apresentado ao Prof. Sebastio Belo Salgado da Universidade Estadual do Maranho da disciplina Saneamento e Infraestrutura para obteno de nota referente segunda avaliao.

    So Lus 2014

  • 1. Estao de tratamento de gua

    A Estao de tratamento de gua um local destinado a purificao da gua

    capitada de alguma fonte, de modo a torn-la prpria para o consumo e assim

    utiliz-la para abastecer uma determinada populao. A captao da gua bruta

    feita em rios ou represas que possam suprir a demanda por gua da populao e

    das indstrias abastecidas, levando em conta o ritmo de crescimento.

    O tratamento constitui a parte do sistema de abastecimento de gua

    destinado a adequ-la s condies necessrias ao consumo quando a quantidade

    captada no satisfatria. O tratamento realizado em estaes construdas

    especialmente para esse fim.

    A necessidade e abrangncia dos processos de tratamento recomendveis

    so definidas atravs dos dados relativos qualidade da gua no manancial e sua

    variao durante o ano.

    O tratamento da gua dispendioso e s dever ser adotado quando

    demonstrada sua necessidade e sempre que a purificao seja necessria. Dever

    compreender apenas os processos imprescindveis obteno da qualidade

    desejada, a custos mnimos.

    Os processos de tratamento de gua podem ser agrupados como segue:

    - sedimentao simples;

    - aerao;

    - coagulao;

    - decantao;

    - filtrao;

    - desinfeco (geralmente clorao);

    - alcanilizao;

    - fluoretao;

    - amolecimento;

    - remoo de impurezas.

  • Os processos acima citados podem apresentar variaes, sendo

    alguns deles bem pouco utilizados na prtica. Os mais usuais so a

    coagulao, a decantao, a filtrao e a desinfeco.

    Figura 1. Esquema de estao de tratamento de gua.

    Fonte: Companhia de Saneamento do Paran Sanepar.

    Dentre as finalidades do tratamento ou purificao da gua podem ser

    apontadas as seguintes:

    a) finalidades higinicas: remoo de bactrias, de substncias

    venenosas ou nocivas, reduo do excesso de impurezas;

    b) finalidades econmicas: reduo da corrosividade, da dureza;

    As guas provenientes de poos profundos, bem protegidos, de

    galerias de infiltrao e de bacias de acumulao ou capacitao

    frequentemente dispensam partes do tratamento, sobretudo bacteriolgico.

    2. Estaes de tratamento de guas residurias

    2.1 Estaes de tratamento de guas residurias convencionais

  • As estaes de tratamento de guas residurias nos sistemas de esgoto

    urbanos so instalaes destinadas a eliminar os elementos poluidores, permitindo

    que essas guas sejam lanadas nos corpos receptores finais em condies

    adequadas.

    O despejo de guas residurias nos corpos dgua naturais causa,

    geralmente, problemas complexos de poluio. Os cursos dgua naturais contm

    uma certa quantidade de oxignio dissolvido em funo da temperatura da gua e,

    em condies normais, so capazes de ao longo de seu curso estabilizar uma carga

    orgnica aprecivel, devido a essa capacidade natural de auto-depurao.

    Entretanto, esses processos bioqumicos auto-depurativos so limitados.

    Dependendo dessa capacidade do corpo dgua receptor e da carga de

    poluio a ser lanada, so necessrios diversos processos de tratamento das

    guas residurias, a fim de evitar, tanto quanto possvel, os efeitos da poluio.

    O tratamento das guas residurias exige para cada tipo de esgoto

    (domstico, industrial) um processo especfico, devendo ser realizado na medida

    das necessidades e de maneira a assegurar um grau de depurao compatvel com

    a capacidade auto-depurativa do corpo dgua receptor.

    Essas estaes geralmente so concebidas de modo a possibilitar a sua

    execuo em etapas, no somente em termos de vazo, mas tambm em funo do

    tratamento.

    As diversas fases ou graus de tratamento convencional compreendem:

    a) tratamento prvio ou preliminar: destina-se apenas remoo de

    slidos grosseiros, detritos, minerais, materiais flutuantes, leo e graxas;

    b) tratamento primrio: destina-se remoo de impurezas

    sedimentveis de grande parte dos slidos em suspenso e reduo de cerca de

    30 a 40% da demanda bioqumica de oxignio. Essa demanda definida como a

    exigncia de oxignio necessrio para o metabolismo de bactrias aerbicas e para

    transformao de matria orgnica; quanto maior o teor de matria orgnica, maior

    ser a quantidade de oxignio retirado do corpo receptor para estabiliz-lo,

    agravando, com isso, as condies de equilbrio do ecossistema;

  • c) tratamento secundrio: em adio aos tratamentos precedentes,

    pode ser adotado o tratamento secundrio, visando a obter um maior grau de

    qualidade nos efluentes;

    d) tratamento tercirio: destina-se a situaes especiais,

    complementando o tratamento secundrio sempre que as condies locais

    exigirem um grau de depurao excepcionalmente elevado. adotado

    tambm para os casos em que necessria a remoo de nutrientes dos

    efluentes finais, para evitar a proliferao de algas no corpo receptor

    (fenmeno de eutroficao).

    Muitas vezes os tratamentos primrios so necessrios e suficientes,

    produzindo efluentes compatveis com as condies das guas receptoras.

    Outras vezes, os tratamentos secundrios so necessrios e, em situaes

    especiais, os tercirios que se destinam a completar o tratamento secundrio,

    sempre que as condies locais exigirem um grau de tratamento

    excepcionalmente elevado.

    2.2 Estaes de tratamento alternativo lagoas de estabilizao

    So lagoas de diversos tamanhos e profundidade onde os efluentes

    ficam depositados e mantidos durante vrios dias (tempo conhecido como

    perodo de deteno). Nessas lagoas ocorre o seguinte processo: o simples

    contato da gua com o oxignio do ar e a ao dos raios solares sobre ela

    favorecem a criao de algas microscpicas que, simplesmente por serem

    vegetais, exercem a funo fotossinttica, que lhes prpria, e incorporam

    oxignio na gua, produzindo a digesto dos esgotos.

    As algas que se formam nas lagoas at a profundidade onde os raios

    solares penetram e absorvem quantidades apreciveis de gs carbnico,

    expelem gs oxignio. Esse oxignio serve de alimento s bactrias aerbias

    que incorporam o carbono dos efluentes. Forma-se, assim, uma espcie de

    corrente sol-algas-bactrias que purifica os efluentes em relativamente pouco

    tempo, sem desprendimento de odores.

  • 3. Sistema de abastecimento de gua em So Lus

    3.1. Histrico

    A coleta de gua em So Lus era originalmente direta dos igaraps e nascentes. Algumas famlias com maior poder aquisitivo tinham poos dgua em seus quintais. Com a necessidade de abastecer a populao cada vez maior, surgiram as primeiras fontes pblicas e galerias pela cidade, onde haviam nascentes com boa vazo.

    Com a expanso da cidade e a crescente demanda, Ana Jansen iniciou um servio de venda de gua porta-a-porta. A gua era captada no stio Barreto e vendida por grande parte da cidade. Com isso, ela criou um monoplio quanto venda do recurso. Posteriormente, ao perder mercado com seu monoplio ameaado pela implantao de uma companhia de abastecimento de gua, Ana Jansen protagonizou diversos atos de sabotagem.

    O abastecimento regular de gua em So Lus foi iniciado ainda no sculo XIX, no perodo entre o ano de 1855 e 1857, quando foi fundada a Companhia de guas do Rio Anil, que era uma empresa de iniciativa privada com a finalidade de captar gua do rio Anil para o abastecimento pblico, que manteve sua atividade at 1872, ano de sua falncia (PMISB, 2011). Aps sua falncia, foi fundada em 1874 a Companhia das guas de So Lus, que passou a explorar o servio de funcionamento de gua e incorporou a estrutura patrimonial da empresa antecessora. Aps anos de funcionamento precrio, a companhia foi extinta em 1922 (PMISB, 2011).

    Posteriormente, no ano de 1923, duas empresas dos Estados Unidos foram contratadas para prestar servio no Maranho: Ullen&Company e Brigghtman&Company. As empresas firmaram contrato na prestao dos seguintes servios: explorao e ampliao dos servios de abastecimento de gua; coleta e lanamento de esgoto; implantao dos servios de eletricidade; transporte e prensagem de algodo (PMISB, 2011). Posteriormente, o servio passou a ser exclusivo da empresa Ullen&Company, at o ano de 1946, quando seu contrato foi rompido devido a problemas no seu desempenho operacional e grande desgaste com a populao (PMISB, 2011).

    Em 1947, um decreto de lei estatizou o servio, criando a autarquia estadual denominada Servios de guas, Esgotos, Luz, Trao e Prensa de Algodo SAELTPAE, que passou a explorar os servios (PMISB, 2011). Depois, entre os anosde 1964 e 1967, praticamente toda a tubulao de So Lus foi trocada, baseado em um novo projeto com o financiamento do BID. A cidade passou a ter 100km de rede de tubulaes, sendo 95% de fibro-cimento (PMISB, 2011). Foi ampliada tambm a estao de tratamento de gua do Sacavm e construdos novos reservatrios tipo stand-pipe, em concreto, com capacidade de 15.000m (PMISB, 2011).

    No ano de 1966 foi constituda a Companhia de guas e Esgoto do Maranho CAEMA, que at hoje a responsvel pelo fornecimento de gua no estado. Alm dos meios de captao de gua j utilizados, a perfurao de poos foi amplamente disseminada nesse perodo (PMISB, 2011), quando a implantao do sistema de captao subterrnea do Sacavm e Pacincia no atingiram a vazo esperada em 1975.

  • Durante a dcada de 80, diversas ampliaes foram feitas no sistema, com a expectativa de dobrar a vazo da distribuio. Meta atingida ainda no fim da dcada e que posteriormente teve uma baixa reduo at meados dos anos 2000 (PMISB, 2011). J em 2001, iniciou-se uma obra de as obras de construo de um novo projeto para atender a demanda industrial e aumento do consumo domstico, o Italus II:

    Consistia na construo de uma nova captao no rio Itapecuru, um novo tratamento e a aduo da gua para as zonas de abastecimento do municpio. O sistema Italus II foi planejado para fornecer uma vazo de 8.450 L/s (sendo 3.200 L/s em primeira etapa) e abasteceria, em conjunto com os demais sistemas do municpio, toda populao urbana e o distrito industrial de So Lus. Em 2004, as obras do sistema foram paralisadas, sendo implantado apenas um reservatrio e a casa de bombas da elevatria. Estes, atualmente encontram-se sem aplicao. (PMISB, 2011).

    Figura 2: Cronologia dos servios de gua e esgoto no Maranho

    Fonte: CAEMA,

    3.2. Situao Atual

    Os quatro municpios que ocupam a Ilha de So Lus possuem, cada

    um, seu prprio sistema de abastecimento de agua. A CAEMA a

    concessionaria responsvel por fornecer agua para o municpio de So Lus,

    a sede do municpio de So Jos de Ribamar e o Conjunto Habitacional do

    Maiobo e adjacncias, J nas sedes municipais de Raposa e Pao do

  • Lumiar, os sistemas de abastecimento de gua esto sob a responsabilidade do

    poder pblico municipal local.

    O municpio de So Lus conta atualmente com quatro sistemas: Italus

    (Itapecuru), Sacavm, Pacincia e Cidade Operria. Funcionando em conjunto com

    este sistema de abastecimento, existe a utilizao de mananciais subterrneos,

    porm o mesmo feito sem controle, e consequentemente sem o devido tratamento,

    atravs da perfurao de poos isolados que alimentam diretamente a rede de

    distribuio em todas as zonas de abastecimento do municpio, bem como dos

    povoados da rea rural e das indstrias instaladas no distrito industrial. A

    distribuio de gua realizada por redes com dimetros e materiais variados,

    existindo no municpio cerca de 1.940 km de rede de distribuio.

    Alm dos sistemas operados pela CAEMA, a Prefeitura Municipal de So

    Lus, atravs da Superintendncia de Saneamento Bsico (SUSAN), opera o servio

    de abastecimento de gua utilizando recursos hdricos subterrneos no tratados,

    na regio da Cidade Olmpica e do Plo Coroadinho. A prefeitura faz a perfurao

    de poos em diversas regies do municpio, ficando a operacionalidade destes a

    cargo da populao abastecida.

    O abastecimento de gua da maior parte do municpio de So Lus

    garantido pelo sistema produtor Italus, tendo como ponto de captao o rio

    Itapecuru, cuja bacia hidrogrfica est localizada no continente. Os demais sistemas

    produtores, em operao, tm como fonte de produo os mananciais superficiais e

    subterrneos localizados na prpria Ilha de So Lus.

    Figura 3: Porcentagem de produo dos sistemas de abastecimento de agua de So Lus

    Fonte: PMISB/2011

  • Em um estudo contratado pela CAEMAem 2003 So Lus apresentava

    um dficit dirio de 103.440 m no fornecimento de gua potvel sua

    populao, deixando de abastecer cerca de 340.000 habitantes da sua

    populao dos 868.776 habitantes, poca.

    3.2.1. Os principais sistemas de abastecimento de guas em So

    Lus

    3.2.1.1. Sistema Italus

    O sistema Italus constitudo por captao direta no rio Itapecuru,

    adutora de gua bruta, estao de tratamento, elevatria de gua tratada e

    adutora de gua tratada at a cmara de transio do Tirirical, de onde

    partem diversas sub-adutoras por gravidade que iro abastecer os

    reservatrios setoriais das zonas de abastecimento.

    3.2.1.1.1. Manancial utilizado

    O manancial explorado o rio Itapecuru, com captao localizada no

    municpio de Bacabeira e tem como vazo mnima de 33,4 m3/s.

    3.2.1.1.2. Captao e estao elevatria de gua bruta

    constituda por uma captao direta na margem esquerda do rio

    Itapecuru e tem como funo de elevar as guas captadas at a estao de

    tratamento de gua. A captao realizada por meio de uma estrutura onde

    esto abrigados os equipamentos de comando e quatro conjuntos moto-

    bombas, sendo um de reserva tendo capacidade de produo de 2000 L/s.

    Figura 4 e 5: Estrutura de Captao de aguas no rio Itapecuru e sistema de bombas

    Fonte: PMISB/2011

    3.2.1.1.3. Adutora de gua bruta

  • A adutora de gua bruta interliga a captao estao de tratamento, possui

    dimetro de 1,20 m e extenso de 7,282 km, sendo 80 m em ao e o restante em

    ferro fundido.

    3.2.1.1.4. Estao de tratamento de gua

    Localizada no Km 56 da BR-135, a estao de tratamento de gua do sistema

    Italus do tipo convencional, compreendendo as seguintes fases: pr-clorao,

    floculao, decantao, interclorao, filtrao, ps-clorao e correo de pH.

    3.2.1.1.5. Adutora de gua tratada

    A adutora de gua tratada do sistema Italus interliga a elevatria de gua

    tratada cmara de transio do Tirirical, possuindo dimetro de 1,20 m e extenso

    total de 57,900 km, incluindo tubos de ferro fundido dctil e ao.

    Figura 5: Caminhamento da adutora de agua tratada

    Fonte: PMISB/2011

    Segundo a CAEMA diversos problemas foram constatados na adutora de

    gua tratada, o que vem reduzindo significativamente a quantidade de gua

    disponvel para distribuio no municpio de So Lus. Um problema ntido diz

    respeito s sangrias indevidas ao longo da adutora, para o abastecimento de gua

    para localidades perifricas do municpio. Estima-se que atualmente esto

    implantadas 22 delas.

  • 3.2.1.2. Sistema Sacavm

    Como citado no texto do PMISB, O Sistema Sacavm utiliza

    mananciais superficiais e subterrneos. As guas dos mananciais superficiais

    so encaminhadas ETA para tratamento convencional e as guas

    subterrneas so reunidas em um reservatrio, onde se juntam s guas

    tratadas superficiais para, em seguida, serem cloradas e fluoradas, e depois

    distribudas.

    Os mananciais superficiais produtores so: represa do Batat, riacho

    Maracan, riacho da Prata e riacho Me Isabel. A complementao da vazo

    provida por poos tubulares existentes na rea da ETA Sacavm, alm de

    reforo advindo do sistema Italus. O sistema composto por elevatrias de

    gua bruta, adutoras de gua bruta dos mananciais superficiais e

    subterrneos, estao de tratamento, estaes elevatrias de gua tratada,

    adutoras de gua tratada, reservatrios e rede de distribuio.

    De acordo com o estudo Estimativa da disponibilidade hdrica

    superficial e subterrnea das bacias das barragens Batat e Prata na Ilha de

    So Lus Estado do Maranho`, desenvolvido pela empresa ALTRAN

    TCBR, a barragem de acumulao do Batat tem capacidade de acumular a

    vazo mdia de 351,07 L/s.

    3.2.1.2.1. Estaes elevatrias de gua bruta

    De maneira geral a captao de gua superficial no complexo

    Sacavm utiliza de bombeamento das guas da represa Batat para o riacho

    Me Isabel, de onde realizado o recalque de gua bruta para a ETA. Alm

    desta elevatria, duas elevatrias de menor porte podem recalcar gua do

    riacho Me Isabel diretamente para a estao de tratamento do Sacavm.

    3.2.1.2.2. Adutoras de gua bruta

    A adutora principal de gua bruta superficial possui dimetro de 400

    mm e extenso de 114 m em ferro fundido. Em relao s guas

    subterrneas, parte dos poos possuem linhas adutoras por recalque, que se

    interligam individualmente uma adutora comum, por gravidade. Esta adutora

  • encaminha as guas captadas para o reservatrio/poo de suco da estao

    elevatria de gua tratada, onde se juntam s guas tratadas superficiais para, em

    seguida, serem cloradas.

    3.2.1.2.3. Estao de tratamento de gua ETA

    A estao de tratamento de gua do sistema Sacavm recebe guas

    superficiais do riacho Me Isabel / barragem do Batat. As guas subterrneas so

    encaminhadas diretamente para reservatrio/poo de suco da estao elevatria

    de gua tratada, onde recebem clorao.

    3.2.1.2.4. Estaes elevatrias de gua tratada

    O sistema Sacavm possui trs estaes elevatrias de gua tratada. As trs

    elevatrias em conjunto possuem capacidade de bombeamento de

    aproximadamente 600 L/s.

    3.2.1.2.5. Adutoras de gua Tratada

    O reservatrio R-1 alimentado por duas adutoras: uma com dimetro de 600

    mm e 7.259 m de extenso, em ferro fundido dctil, e outra com dimetro de 500

    mm e 6.711 m. o reservatrio R-2 existe uma derivao, com dimetro de 500 mm e

    780 m.

    3.2.1.3. Sistema Pacincia

    O sistema Pacincia utiliza gua subterrnea de poos tubulares, agrupados

    em duas baterias de poos: o Pacincia I e o Pacincia II. As guas dos poos so

    encaminhadas para o tanque de contato/poo de suco da estao elevatria do

    sistema Pacincia. Neste tanque as guas recebem desinfeco e correo do pH,

    sendo a seguir recalcadas para o reservatrio R-6C, que abastece a Zona III.

    3.2.1.3.1. Manancial utilizado

    A bateria de poos do Pacincia I e II constitui-se de 16 poos em operao.

    A capacidade de explorao dos poos da ordem de 800 L/s, sendo explorados

    cerca de 450 L/s.

    3.2.1.3.2. Estaes elevatrias de gua bruta

  • constituda de trs conjuntos moto-bombas com vazo de 432 m3/h.

    Essa elevatria, que recebe as guas extradas dos poos do Pacincia II,

    recalca a sua vazo para o tanque de contato/estao elevatria principal do

    sistema Pacincia.

    3.2.1.3.3. Adutoras de gua bruta

    Cada poo do sistema Pacincia possui uma linha adutora por

    recalque. Essas linhas se interligam, individualmente, a uma adutora comum

    (em cada sistema, Pacincia I e II), por gravidade que encaminha as guas

    captadas at o tanque de contato/estao elevatria principal do sistema

    Pacincia.

    3.2.1.3.4. Estao elevatria de gua tratada

    O poo de suco da elevatria principal do sistema Pacincia funciona

    tambm como tanque de contato, processando o tratamento, tanto das guas

    provenientes do Pacincia I e II, atravs de desinfeco e correo de pH.

    Esta elevatria recalca para o reservatrio apoiado R-6C, alm de possuir

    uma derivao para a rede de distribuio do conjunto habitacional da

    COHAB ANIL IV e para os reservatrios R-04 e R-05.

    3.2.1.3.5. Adutoras de gua tratada

    O transporte de gua entre a estao elevatria principal do sistema

    Pacincia e o R-6C feito por recalque, atravs de uma adutora existente em

    ao e ferro fundido dctil, com dimetro de 600 mm e comprimento de 2.514

    m.

    3.2.1.4. Sistemas Cidade Operria, Maiobo e So Raimundo

    O sistema Cidade Operria utiliza manancial subterrneo, atravs de

    poos tubulares com profundidades variando de 50 m a 250 m, com

    capacidade de explorao de 300 L/s e uma vazo explorada de 200 L/s.

    Alguns poos tm suas guas encaminhadas para o reservatrio R-14, outros

    poos recalcam para o reservatrio R-15 e alguns poos injetam diretamente

    na rede de distribuio da Zona VII-B. O sistema Maiobo, que se encontra

    nos municpios de Pao do Lumiar e So Jos do Ribamar, tambm utiliza de

  • manancial subterrneo e abastece a rede de distribuio da zona de VII-A.

    Atualmente possui 08 poos em operao com capacidade de explorao em torno

    de 170 L/s.

    O sistema de produo So Raimundo responsvel pelo abastecimento do

    bairro de mesmo nome, utiliza manancial subterrneo atravs de poos tubulares,

    cujas guas so lanadas em um poo de suco e recalcadas para o reservatrio

    de distribuio do bairro. A capacidade de explorao do sistema de 56 L/s e a

    vazo explorada de 45 L/s.

    3.2.1.5. Sistema de Poos isolados

    Cerca 30% da gua disponibilizada pela CAEMA provm de poos

    distribudos em todas as zonas de abastecimento totalizando 267 unidades A

    Prefeitura Municipal possui cadastro 117 poos perfurados, excluindo os poos

    perfurados e operados por particulares.

    O excessivo nmero de poos na rea urbana do municpio deixa

    subentendido fragilidade do sistema de abastecimento de gua, tanto em

    quantidade como em qualidade. Cabe salientar que a gua proveniente destes

    poos no possui tratamento, ou seja, cerca de 30% da gua distribuda no

    municpio no recebe sequer desinfeco.

    3.2.1.6. Sistemas operados pela Prefeitura Municipal de So Lus

    Segundo informaes da SUSAN, o sistema de abastecimento administrado

    pela Prefeitura de So Lus, no bairro Cidade Olmpica, composto por 5 poos

    tubulares que produzem uma vazo total de 350 m3/h. Este sistema abastece cerca

    de 8.900 domiclios, beneficiando em torno de 35.000 habitantes. Este sistema tem

    sua operao terceirizada, sendo a contratada para os servios a empresa

    Consterra Empreendimentos e Construes LTDA.

    O sistema que abastece o Plo Coroadinho tambm utiliza manancial

    subterrneo, com 6 poos tubulares. Segundo informaes da Prefeitura, estima-se

    uma populao abastecida da ordem de 6.720 habitantes. Porm estas informaes

    no so cofiveis por no h hidrometrao e nem tarifao da gua distribuda.

  • 3.2.2. A (i)regularidade do Abastecimento de gua

    Em relao intermitncia na distribuio de gua, a situao atual

    bastante crtica, sendo que a maior parte do municpio opera em regime de

    intermitncia de 24 x 24 horas, ou seja, os domiclios recebem gua 24 horas

    e ficam outras 24 horas sem abastecimento pblico. Apenas as zonas de

    abastecimento ZIII e ZIV operam com regime integral de abastecimento. A

    constante intermitncia acaba por incentivar a utilizao de guas

    subterrneas por parte dos usurios do sistema pblico.

    De acordo com os tcnicos do setor operacional da CAEMA a

    irregularidade no abastecimento destas reas atribuda em alguns casos

    falta de interligaes com a rede principal. Tambm sempre relatada a

    necessidade de incremento na produo de gua, entretanto, observa-se que

    possivelmente os problemas no esto relacionados produo de gua e

    sim s elevadas taxas de perda observada no processo de abastecimento.

    Como a intermitncia no fornecimento de gua pratica comum no

    municpio, setores que demandam de um volume de gua elevado, tais como

    hotelaria e restaurantes, utilizam frequentemente do comercio paralelo de

    gua, com a compra de gua em caminhes pipa.

    3.2.3. Qualidade da gua Tratada

    A Portaria n. 518 de 2004 do Ministrio da Sade estabelece padres

    de qualidade de gua para consumo humano. Em relao qualidade da

    gua distribuda em So Lus, em mdia, 85% das amostras analisadas

    estiveram em acordo como o padro de potabilidade estabelecido para este

    parmetro. Segundo a Portaria MS 518/2004, o valor mnimo de 95% das

    amostras analisadas demonstrando ausncia de Coliformes Totais. O mesmo

    observado nas anlises de cloro residual, com incidncia de

    aproximadamente 15% de analises fora do padro.

    Cabe salientar que boa parte do municpio esta recebendo gua

    subterrnea sem nenhum tipo de tratamento, estima-se que cerca de 35% da

  • gua distribuda no vem atendendo aos padres estabelecidos pela Portaria do

    Ministrio da Sade. A prtica da fluoretao da gua distribuda recente no

    municpio e tambm no vem apresentando ndices de atendimento satisfatrios.

    Segundo Cristovam Teixeira Filho, diretor operacional da CAEMA, o

    tratamento da gua feito o seguinte processo:

    "O primeiro produto que colocado o sulfato de alumnio, para

    aglomerar toda a sujeira e essa sujeira decantar. Coloca-se tambm o cloro,

    que mata parte dos microrganismos. Tem tambm flor e a cal hidratada

    para reduzir a acidez na gua. Esses so os principais produtos que

    utilizados no tratamento da gua".

    O processo feito em tanques, onde a gua passa por todo o tratamento para

    a retirada de impurezas, e ainda decantada e filtrada. So filtros gigantes que

    levam pedra, areia e carvo para fazerem o processo de filtrao.

    3.2.4. Potencial Hdrico

    Em relao aos mananciais de abastecimento de gua, So Lus bem

    servido, sendo o rio Itapecuru com elevada disponibilidade hdrica, com vazo

    mnima maior que a atualmente requerida para o abastecimento do municpio. O

    complexo de mananciais superficiais que abastecem o Sistema Sacavm vem

    apresentando reduo em sua capacidade. A Ilha de So Lus apresenta um grande

    potencial hdrico subterrneo, sendo uma fonte que poder ser melhor explorada

    pelo sistema de abastecimento pblico.

    3.2.5. Potencial dos Sistemas Produtores

    Em relao ao sistema produtor de gua, o Italus foi concebido com

    capacidade de captao, tratamento e aduo de 2.100 L/s, sendo possvel uma

    ampliao para 3.000 L/s. Atualmente, devido a diversos problemas estruturais e

    operacionais, a produo deste sistema no chega a 1.800 L/s, sendo

    imprescindveis obras de melhorias em todas as unidades, principalmente na

    adutora de gua tratada.

    J o sistema Sacavm foi concebido para tratamento de 600 L/s, sendo que

    atualmente recebe em torno de 200 L/s de gua bruta. Neste sistema, h de se

  • considerar melhorias no sistema de acumulao e captao da barragem do

    Batat para incremento desta produo. Os demais sistemas atualmente em

    operao contribuem com cerca de 35% da gua distribuda, contudo no

    apresentam-se como soluo adequada de abastecimento.

    3.2.6. Perspectivas

    Dentre os principais projetos de interesse para o PMISB est o

    Programa Bacanga. Este programa tem por objetivo a recuperao da

    qualidade da gua do lago do Bacanga e a ampliao dos servios de

    saneamento populao, por meio da implantao e melhoria dos sistemas

    de abastecimento de gua, coleta e tratamento de esgotos e drenagem

    pluvial. Em relao ao abastecimento pblico de gua, o Programa Bacanga

    consiste na ampliao de redes de distribuio na margem esquerda do rio

    Bacanga, prevendo-se as seguintes intervenes:

    a) Ampliao de sub-adutoras, com derivaes pontuais apenas para

    atender todos os setores de distribuio;

    b) Setorizao da rede de distribuio, estabelecendo presso mxima de

    operao de 40 m.c.a e mnima de 6,0 m.c.a.;

    c) Implantao de vlvulas controladoras de vazo, para cada setor de

    abastecimento;

    d) Implantao de macro medidores na sada do reservatrio R-16 e na

    entrada de cada setor de distribuio;

    e) Ampliao da rede de distribuio com o objetivo de atender toda a rea

    de projeto;

    f) Universalizao da micromedio, com padronizao das ligaes

    existentes;

    As perspectivas operacionais para cada sistema so as seguintes:

    3.2.6.1. Perspectivas do Sistema Italus

    O sistema Italus, implantado de forma planejada, possui, no geral,

    suas unidades adequadamente instaladas, observando-se que todas as

  • unidades previstas de captao, aduo, tratamento e reserva do Italus foram

    implantados.

    O problema das rupturas que ocorrem na adutora de gua tratada,

    principalmente ao longo do trecho na regio do Campo de Perizes vem sendo

    remediado pela substituio de 18 km desta adutora, entre o Campo de Perizes e o

    Estreito do Mosquito. Alm disto, neste trecho, esta sendo previsto uma ampliao

    do dimetro da tubulao, substituindo o tubo de 1.200 mm por um dimetro de

    1.400 mm, o que aumentara a vazo do abastecimento.

    Outro ponto crtico diz respeito derivao na adutora de gua tratada para

    abastecimento do municpio de Bacabeira. Trata-se de um ponto onde no h

    controle rigoroso das presses e vazes exportadas, sendo um ponto onde h ainda

    a necessidade da implantao de solues para o abastecimento dois municpios.

    Outro problema diz respeito s ETAS que se encontram em precrias

    condies, clamando por obras estruturais e melhorias operacionais para que

    possam atuar em plena capacidade.

    Quanto utilizao do aqufero subterrneo no existem restries

    continuidade de seu aproveitamento, ressaltando-se que os poos situam-se em

    rea reservada para este fim.

    3.2.6.2. Perspectivas do Sistema Pacincia

    O sistema Pacincia (I e II) utiliza aqufero subterrneo, concebido deste seu

    incio como uma srie de poos unificados forma integrados com processo de

    tratamento. Trata-se de um sistema a ser mantido e que inclusive poder prever a

    implantao de novos poos.

    3.2.6.3. Perspectivas do Sistema Cidade Operria e So Raimundo

    Os sistemas Cidade Operria e So Raimundo, que utilizam manancial

    subterrneo, possuem alguns poos que recalcam diretamente na rede de

    distribuio e outros que alimentam os reservatrios de distribuio. A gua

    distribuda no possui tratamento nem controle de qualidade adequado.

  • Os poos destes sistemas no se situam em rea reservada para este

    fim, estando dispersos na regio. Ambos os sistemas no apresentam

    condies estruturais e operacionais adequadas e com o risco de

    comprometimento da sade dos usurios. Em carter de urgncia deve ser

    implementada a desinfeco da gua distribuda a populao e futuramente,

    deve-se planejar sua interligao ao sistema Italus.

    3.2.6.4. Perspectivas do Sistema de Poos isolados

    Os poos isolados foram medidas adotadas como solues isoladas

    para de fornecimento de gua em reas onde o abastecimento era

    insuficiente ou inexistente, ou seja, ao invs de solucionar os problemas

    apontados e ampliar a rede, a CAEMA vem pulverizando suas aes de forma

    no integrada. A gua proveniente dos poos isolados no possui tratamento

    e medida que o sistema de distribuio for ampliado, estes devem ser

    desativados.

    3.2.6.5. Perspectivas dos Sistemas operados pela Prefeitura

    Os sistemas operados pela Prefeitura so, de forma geral, medidas

    paliativas de abastecimento pblico de gua, exceto o sistema Cidade

    Olmpica. No h controle da quantidade de gua distribuda populao que

    tambm no paga pelo servio. A gua distribuda no passa por nenhum tipo

    de tratamento, comprometendo a sade da populao.

    De forma geral, todas as reas do municpio demandam medidas que

    visam:

    a) Ampliao da rede de distribuio;

    b) Modernizao das unidades elevatrias;

    c) Setorizao da rede de distribuio;

    d) Reduo de perdas;

    e) Controle operacional eficiente e reduo de custos;

  • f) Reduo de vazamentos e substituio de redes obsoletas;

    g) Controle de estanqueidade e presses nas tubulaes;

    h) Desequilbrios de distribuio por falta de um centro de controle;

    i) Eliminao das ligaes clandestinas.

    Alm destas intervenes, cabe destacar os seguintes temas:

    Macromedio

    No uma prtica comum em So Lus. No sistema Italus realizada

    rotineiramente apenas na captao de gua bruta e sada da elevatria de

    gua tratada, com medies semanais, na chegada cmara de transio do

    Tirirical. No sistema Sacavm, a macromedio realizada apenas na sada

    da ETA. Nos outros sistemas h apenas a estimativa da vazo a partir do

    tempo de operao das bombas.

    Micromedio

    Apenas 38% das moradias possuem hidrmetro instalado.Tal fato,

    impossibilita o controle do consumo efetivo de gua tornando impraticvel o

    controle das perdas fsicas e aes que promovam a minimizao destas.

    Qualidade da gua distribuda

    Com exceo aos sistemas Italus, Pacincia e Sacavm, os outros

    sistemas no possuem nenhum tipo de tratamento, sendo a gua distribuda a

    populao in natura.

    4. Concluso acerca do sistema de abastecimento de gua de

    So Lus

    O sistema apresenta baixo ndice de cobertura de rede de distribuio de

    gua, ou seja o ndice de atendimento por rede de gua de 94%, relativamente

    baixo, visto tratar-se de uma metrpole. Alm disso, somente 60% dos domiclios

    esto regularmente interligadas ao sistema de distribuio. O restante da populao

  • utiliza formas alternativas de abastecimento de gua, com possibilidade de

    consumo de uma gua sem a qualidade desejada.

    A irregularidade no sistema de distribuio de gua tambm um

    problema constante, sendo a maior parte da populao de So Lus atendida

    por um regime de fornecimento de gua de 24/24h, ou seja, dia sim, dia no.

    A qualidade da gua que chega ao consumidor duvidosa devido

    contaminao que a gua sofre durante o percurso desde a captao at o

    consumo final. Alm disso, grande parte da populao atendida por poos

    sem nenhum tipo de tratamento e controle da gua distribuda.

    O elevado percentual de perda de gua, que gira em torno de 68% no

    sistema compromete tambm o abastecimento da populao, bem como o

    reduzido ndice de macro e micromedio, no sendo possvel um controle de

    macromedio confivel para se medir o volume de gua distribudo,

    comprometendo economicamente a concessionria CAEMA, pois a mesma

    fica impossibilitada de fazer a cobrana adequada do consumo de agua.

  • 5. Referncias

    Estao de tratamento de gua. Disponvel em:

    . Acesso em 10 de maio de 2014.

    MASCAR, J.L.; YOSHINAGA, M. Infra-estrutura urbana. 1. ed. Porto Alegre: Mais

    Quatro, 2005.

    Plano de Saneamento para a cidade de So Lus. Disponvel em:

    http://www.saoluis.ma.gov.br/custom_files/File/Arquivos%20Pref%2003_06_2013/Pr

    oduto_II_Diagnostico.pdf. Acesso em 11 de maio de 2014.

    Plano Municipal Integrado De Saneamento Bsico - PMISB de So Lus MA. Disponvel em: http://www.saoluis.ma.gov.br/custom_files/File/Arquivos%20Pref%2003_06_2013/Produto_VI_Relatorio_Sintese.pdf. Acesso em 10 de maio de 2014.

    Veja como funciona o sistema de tratamento de gua em So Lus. c <

    http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2013/11/veja-como-funciona-o-sistema-de-

    abastecimento-de-agua-de-sao-luis.html>. Acesso em 10 de maio de 2014.