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02 02 02 02/ 201 201 201 2016 Mirandela Mirandela Mirandela Mirandela, , , , 11 de março de março de março de março de 201 de 201 de 201 de 2016 ________________________________________________________________________________________________________________________ OLIVEIRA E AMENDOEIRA CONTROLO DE INFESTANTES Nesta altura do ano, o solo do olival ou amendoal que não foi mobilizado, encontra-se revestido por vegetação herbácea espontânea. Este revestimento serviu de proteção do solo durante o período das chuvas, impedindo o seu impacto direto, com o consequente benefício da estrutura do solo, limitação de erosão e escorrimento superficial e os benefícios resultantes da melhoria da fertilidade biológica do solo. Após a época das chuvas, será necessário tomar decisões no que se refere ao controlo da vegetação no olival, tendo em conta a concorrência, tanto em água como em nutrientes, que o revestimento herbáceo poderá fazer, durante o verão e outono, em que normalmente não chove. Olivais e amendoais com rega Nestes olivais há todas as vantagens em manter a entrelinha com enrelvamento, praticando cortes frequentes e fazendo uma correta fertilização de manutenção do olival ou amendoal. Olivais e amendoais sem rega Nestes casos, a opção mais vantajosa será o controlo das infestantes com recurso à mobilização, que deverá iniciar-se quando a época das chuvas terminar e quando o estado de humidade no solo permitir a entrada das máquinas. Situações de solos muito pedregosos, em que a camada de pedras à superfície é impeditiva das perdas de água por evaporação, no verão, poderá justificar-se a aplicação de herbicida à totalidade do solo. Contudo, deve ser preservada a vegetação nas zonas circundantes do olival ou amendoal, taludes, muros e zonas não produtivas nas parcelas, em respeito à biodiversidade e ambiente, a ter em conta nesta altura, em que todos os produtores estão em prática de proteção integrada ou biológica. Os herbicidas a aplicar podem ser: - Aplicados à parte aérea das infestantes, podendo ser de contacto ou sistémicos. - Aplicados ao solo, para impedirem a emergência das infestantes; não tem ação sobre as ervas que já lá existam. Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte Sede: Rua da República, 133 5370 – 347 Mirandela Tel + 351 27 826 09 00 - Fax + 351 27 826 09 76 E-mail [email protected] http://www.drapnorte.ptt Divisão de Apoio ao Setor Agroalimentar Quinta Do Valongo 5370 – 078 CARVALHAIS Telefone: 278 260 900 Fax: 278 260 976 E-mail: [email protected] Estação de Avisos da Terra Quente

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02020202//// 2012012012016666 MirandelaMirandelaMirandelaMirandela, , , , 11111111 de março de março de março de março de 201de 201de 201de 2016666

________________________________________________________________________________________________________________________

OLIVEIRA E AMENDOEIRA

CONTROLO DE INFESTANTES

Nesta altura do ano, o solo do olival ou amendoal que não foi mobilizado, encontra-se revestido por vegetação herbácea espontânea.

Este revestimento serviu de proteção do solo durante o período das chuvas, impedindo o seu impacto direto, com o consequente benefício da estrutura do solo, limitação de erosão e escorrimento superficial e os benefícios resultantes da melhoria da fertilidade biológica do solo.

Após a época das chuvas, será necessário tomar decisões no que se refere ao controlo da vegetação no olival, tendo em conta a concorrência, tanto em água como em nutrientes, que o revestimento herbáceo poderá fazer, durante o verão e outono, em que normalmente não chove.

Olivais e amendoais com rega Nestes olivais há todas as vantagens em

manter a entrelinha com enrelvamento, praticando cortes frequentes e fazendo uma correta fertilização de manutenção do olival ou amendoal.

Olivais e amendoais sem rega Nestes casos, a opção mais vantajosa será

o controlo das infestantes com recurso à mobilização, que deverá iniciar-se quando a época das chuvas terminar e quando o estado de humidade no solo permitir a entrada das máquinas.

Situações de solos muito pedregosos, em que a camada de pedras à superfície é impeditiva das perdas de água por evaporação, no verão, poderá justificar-se a aplicação de herbicida à totalidade do solo.

Contudo, deve ser preservada a vegetação nas zonas circundantes do olival ou amendoal, taludes, muros e zonas não produtivas nas parcelas, em respeito à biodiversidade e ambiente, a ter em conta nesta altura, em que todos os produtores estão em prática de proteção integrada ou biológica.

Os herbicidas a aplicar podem ser: - Aplicados à parte aérea das infestantes,

podendo ser de contacto ou sistémicos. - Aplicados ao solo, para impedirem a emergência

das infestantes; não tem ação sobre as ervas que já lá existam.

Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte

Sede: Rua da República, 133 5370 – 347 Mirandela

Tel + 351 27 826 09 00 - Fax + 351 27 826 09 76 E-mail [email protected]

http://www.drapnorte.ptt

Divisão de Apoio ao Setor Agroalimentar Quinta Do Valongo

5370 – 078 CARVALHAIS Telefone: 278 260 900 Fax: 278 260 976

E-mail: [email protected]

Estação de Avisos da Terra Quente

- Mistos, de absorção foliar e radicular, são misturas dos herbicidas anteriores, têm ação sobre as ervas existentes e impedem que nasçam outras. Não devem

Ser aplicados quando as infestantes estiverem muito desenvolvidas.

Antes de aplicar os herbicidas deve: � Ler atentamente o rótulo da embalagem, e respeitar

as doses de aplicação.

� Escolha o herbicida em função das infestantes a

combater.

� Não aplique os herbicidas em dias ventosos.

� Não aplique os herbicidas durante a floração das

infestantes para proteger as abelhas e outros insetos

auxiliares.

� Não aplique herbicidas com atomizador; utilize

pulverizadores a baixa pressão.

Nota: No amendoal só deve aplicar o herbicida após a floração.

Quando a exploração se encontra em produção

biológica, o enrelvamento natural deve ser cortado com um destroçador de correntes ou martelos ou ainda com uma gadanheira, acoplados ao trator; quando as infestantes estiverem mais desenvolvidas servem de mulching.

Para uma prática mais eficiente deve utilizar-se um inter-plantas junto ao troco da árvore.

___________________________________________

OLIVEIRA

OLHO-DE-PAVÃO

Apenas nos olivais com variedades sensíveis, e em que em anos anteriores tenham sido observados ataques desta doença, com a presença manchas nas folhas e mesmo desfolha, haverá vantagem na realização de um tratamento de primavera, utilizando um produto à base de cresoxime-metilo, difenoconazol, tebuconazol ou zirame.

Manchas de olho-de-pavão nas folhas

Deve ter em atenção que a ação dos IBE (difenoconazol e tebuconazol) é reduzida se o tempo decorrer frio nos dias a seguir à aplicação. ___________________________________________

O responsável da estação de avisos da Terra Quente

João Ilídio Lopes

HERBICIDAS HOMOLOGADOS PARA O COMBATE DE INFESTANTES EM OLIVEIRA

Substância ativa

Co

nta

cto

Sist

émic

o

Re

sid

ual

Form. Produto Comercial (a) Classif. Dose de Prod. Comercial /ha

Intervalo de

Segurança (dias)

Anuais Vivazes

Para pomares com menos de 1 ano

diquato (1) X SL REGLONE � DESSICASH 200 SL � FANDANGO � DIQUATO SAPEC � DIQUE

T; N 1,5 – 4 L -

glufosinato-amónio X EC BASTA S * 3-5 L 6-10l

quizalofope-p-etilo X EC TARGA GOLD Xn; N 1 – 3 L 1,5-3 L -

Para pomares com 2 e mais anos (acrescentam-se as substâncias ativas seguintes:)

oxifluorfena X X EC

GALIGAN 240 EC � OXIGAN 240 EC Xi; N 3 – 4 L

- GLOBAL � EMIR � FUEGO SAPEC � DAKAR Xn; N

GALIGAN 500 SC � GOAL SUPREME � SHEIK � TIGRON SUPREME

N 1 – 2 L

Para pomares com 3 e mais anos (acrescentam-se as substâncias ativas seguintes:)

flazassulfurão (2) X WG KATANA 25% WG � CHIKARA N 160 g 45

amitrol (3) X X SG MAXATA � CARAMBA Xn; N 2-3 L 2-4 L -

glifosato (sal de amónio)

X SG BUGGY 360 SG Xi; N 0,8 – 10 kg

28

X SG ROUNDUP FORTE Xi; N 0,4 – 5,3 kg

X SG GLYFOS TITAN Is

X SL TORNADO � TOUCHDOWN PREMIUM Is 2,0 – 7,0 L

X SL PINTON FORTE N 1,5 – 2,5 L

glifosato (sal de isopropilamónio)

X SL

Teor em substância activa: 360g/L: TOMCATO � TAIFUN � BARBARIAN XL � NUFOSATE � RONAGRO � RAUDO � BUGGY � ROUNDUP � RUMBO VALLÉS � RADIKAL � CATAMARÁM � TOTALGLIF

Xi; N 1,5 – 10,0 L (ver

rótulo) 28

Car

los

Co

uti

nh

o

GLIFOSATO SELECTIS � GLIFOSATO SAPEC � MONTANA � PREMIER � GLIFOS � VERDYS � CLINIC ACE � 360 G � GLOSATO � FITOGLIFO � GLIFOCHEM � BARBARIAN SUPER 360 � RONTRAT

N

ROUNDUP ULTRA � SPASOR � ROUNDUP SUPER + � ASTEROÍDE � PITON VERDE � COSMIC � GLIFOTOP ULTRA � GLYPHOGAN � OXALIS � SATÉLITE � KARDA

Is

GLIFOPEC � MARQUI II Xi

MARQUI *

Teor em substância activa: 450 g/L: PREMIER 45 ENVISION � ENVISION 45 � ARBONAL STAR 45

Is

1,2 – 8,0 L

GLIFOS ACCELERATOR � ACCELERATOR 45 � BARBARIAN XTRA 450

N

HERBICIDAS HOMOLOGADOS PARA O COMBATE DE INFESTANTES EM OLIVEIRA (CONCLUSÃO)

Substância ativa

Co

nta

cto

Sist

émic

o

Re

sid

ual

Form. Produto Comercial (a) Classif. Dose de Prod. Comercial /ha

Intervalo de

Segurança (dias)

Anuais Vivazes

Para pomares com 3 e mais anos (acrescentam-se as substâncias ativas seguintes:)

glifosato (sal de potássio)

X SL

SUPER STING � ROUNDUP GPS Xi; N

0,6 – 8,0 L 28 ROUNDUP 48 � ROUNDUP ENERGY � ROUNDUP ULTRA MAX

Is

glifosato (sal de isopropilamónio) + piraflufena-etilo

X X SC HALCON N 2-6 L 28

tribenurão-metilo X X SG GRANSTAR 50 SX N 25-40g 42

Para pomares com 4 e mais anos (acrescentam-se as substâncias ativas seguintes:)

amitrol + tiocianato amónio (3)

X SC ETIZOL TL� TRIVIAL Xn 4-6 L -

diflufenicão + glifosato (sal de isopropilamónio)

X X X SC ZARPA � ALIADO � FUJI � TRONX SUPER Xi 4 L -

diflufenicão X X X SC LEGACY 500 SC (4) � ZENITE (5) � BATUTA (6) Is 0,3-0,6 L 28

diflufenicão +iodo sulfurão-metilo-sódio + mefenepir-dietilo (safener) (7)

X X X OD MUSKETEER Xi; N 1 L 14

LEGENDA: FORMULAÇÃO: EC – concentrado para emulsão; SL – suspensão concentrada; SC – suspensão concentrada; SG – grânulos solúveis em água; WG - grânulos dispersáveis em água; OD dispersão em óleo; CLASSIFICAÇÃO: Xn – nocivo; Xi – irritante ou sensibilizante; N – perigoso para o ambiente; Is – isento; T – Tóxico. a) A consulta destes quadros não dispensa a leitura atenta do rótulo do respetivo produto fitofarmacêutico. Chama-se a atenção para o facto de se indicarem todos os produtos comerciais referentes à substância ativa em causa, pelo que a confirmação da homologação para esta finalidade, deverá ser efetuada através da leitura do rótulo do produto. (1) Não aplicar em azeitona caída. (2) Aplicar em pré ou pós-emergência precoce das infestantes, de preferência até ás 4-5 folhas (5-15 cm de altura). (3) Não aplicar após o inicio da queda da azeitona. (4) Data limite de comercialização: 22-04-2015; Data limite de utilização das existências 22-04-2016. (5) AV n.º 3953 - Data limite de comercialização: 24-11-2015; Data limite de utilização das existências 24-11-2016. (6) AV n.º 3947 - Data limite de comercialização: 03-05-2015; Data limite de utilização das existências 03-05-2016. (4) Aplicar em pré ou pós-emergência precoce das infestantes. Realizar apenas uma aplicação por campanha e quando não existam azeitonas caídas no solo. * Ver auto classificação no rótulo.

Reproduzido por amabilidade dos nossos colegas da Estação de Avisos do Algarve