esquema geral de esterilizacao

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  • 5/28/2018 Esquema Geral de Esterilizacao

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    Prof. Dr. Srgio N. M. Lima* &Jos Milton Mignolo*Professor Titular de Periodontia - USP - Ribeiro Preto

    Professor Titular de Implantologia da UNIFRAN

    CADERNO CIENTFICO

    Esquema Geral de Esterilizao

    Central de Recirculao de Material

    Ribeiro Preto - 2001

    DABI ATLANTE

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    Ficha catalogrfica elaborada pela bibliotecriaMaria Aparecida Silveira - CRB-8/3071

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    L71cLima, Srgio N. M.Caderno cientfico: esquema geral de esterilizao. Central de recirculao de material.Ribeiro Preto, DABI ATLANTE, 2001.

    1. Materiais dentrios - Esterilizao. 2. Esterilizao - Odontologia - Instrumentos. 3.Instrumentais odontolgicos - Esterilizao. 4. Central de recirculao de materiais odontolgicos. I. Mignolo, Jos Milton. II.Ttulo.CDU - 615.46.014.45

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    n d i c eIntroduo .........................................................................................................................................................6ESQUEMA GERAL DE ESTERILIZAO

    Material Contaminado da Bandeja ....................................................................................................................8Separao e Acondicionamento de Resduos ..................................................................................................9Pr-lavagem, Descontaminao e Enxge do Instrumento ..........................................................................10Enxge do Instrumental .................................................................................................................................12Terminais de Ar Comprimido e do Flushpara Descontaminao e Lubrificao das Turbinas de Alta-rotao ...12Secagem e Inspeo do Instrumental ............................................................................................................12REA DE PREPARO, SEPARAO DAS COLEES, EMBALAGEM,

    ESTERILIZAO E ARMAZENAMENTOSeparao das Colees de Instrumentos .....................................................................................................14Embalagem .....................................................................................................................................................14Embalagem - Equipamentos para Embalagens .............................................................................................14ESTERILIZAOEsterilizao Calor Seco - Estufa ou Forno de Pasteur ....................................................................................17Esterilizao Vapor Saturado ...........................................................................................................................17

    Armazenamento do Material Esterilizado .........................................................................................................20Esterilizao das Peas de Mo ......................................................................................................................20Cuidados com Material Contaminado .............................................................................................................22Importncia da Manuteno das Autoclaves ..................................................................................................22Manuseio do Material Descartvel ...................................................................................................................22Monitorizao da Esterilizao .........................................................................................................................23Os Principais Erros Envidenciados pelo Uso desses Indicadores ..................................................................24

    Acidentes com Perfurocortantes .....................................................................................................................24Manchas mais Comuns nos Instrumentos, suas Causas e Maneiras de Evit-las .........................................26SNTESE DE INFORMAES E PROCEDIMENTOS .......................................................................................28Importncia da Manuteno das Autoclaves ..................................................................................................29Monitorizao da Esterilizao .........................................................................................................................29Conhea a Linha de Autoclaves DABI ATLANTE .............................................................................................30

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    As normas das Secretarias da Sade dos Estados exigemhoje que quase todos os artigos odonto-mdico-hospitalares(materiais, instrumentais, etc.) que so introduzidos na boca

    do paciente devem estar estreis. Assim, uma tcnica rigorosade esterilizao deve ser praticada para todos os artigosque tenham de ser reciclados nos consultrios, clnicas,ambulatrios e laboratrios.

    A esterilizao pelo calor o mtodo mais efetivo e prticopara ser usado, com a grande vantagem de poder sermonitorizado para que o profissional tenha certeza de que omaterial que ele est usando esteja realmente estril.

    A equipe de sade deve seguir um rigoroso esquemade manipulao dos materiais e instrumentais a seremesterilizados. Mesmo usando timas autoclaves, se umesquema rigoroso de esterilizao no for seguido, aesterilizao pode ser inviabilizada.

    Infelizmente, na maioria dos estabelecimentos de atendimentoodontolgico, o profissional que trabalha na CRM estpreocupado somente com o processo de esterilizao maispropriamente dito, esquecendo-se de que se o material no

    estiver em condies de ser submetido esterilizao, seno estiver limpo ou corretamente embalado, o processo deesterilizao no ser garantido.

    O cirurgio-dentista deve estudar o esquema mais vivela ser seguido, discutir esse procedimento com sua equipeou auxiliar e, de preferncia, faz-lo por escrito e seguirrigorosamente a rotina estipulada.

    No pode existir justificativa para a quebra do esquema de

    esterilizao, o que s vezes acontece. Por exemplo, quandoa equipe necessita de um material que ainda no completouo ciclo de secagem ou mesmo de esterilizao, e o ciclo interrompido para que o material ou instrumental sejautilizado.

    Entre as alternativas pela esterilizao pelo calor, temos o calorseco ou Forno de Pasteur e o calor mido ou autoclave. A

    mais recomendada por apresentar resultados mais confiveisque outros mtodos utilizado o vapor saturado sob presso,produzido em autoclaves.

    ESTERILIZAO PELO CALOR SECO.

    15.1 No esquema um Forno de Pasteur ou Estufa

    A esterilizao ocorre pelo calor gerado em estufas eltricasprprias para o procedimento, atravs da conduo trmica.Inicialmente o calor absorvido pela superfcie exterior deum artigo e depois por camadas sucessivas at aquecer todoo material ou instrumental a ser processado.

    A morte dos microorganismos pelo calor seco ocorre por

    meio da oxidao e dessecao. O uso da estufa limitado,pois o calor seco no to penetrante quanto o vapor e asua distribuio dentro da cmara no ocorre de maneirauniforme.

    At o incio da dcada passada, no Brasil, segundolevantamento feito por MAGRO-FILHO et al. (1991), na regiode Araatuba, os meios de esterilizao mais utilizados peloscirurgies-dentistas eram: Estufa: 95%; Substncias qumicas:

    60%; Ultravioleta: 10% e Autoclave: 5%. Hoje, buscandomaior segurana nos procedimentos de esterilizao,esses nmeros esto se alterando profundamente, pois as

    vantagens do vapor saturado so numerosas frente ao calorseco ou ao mtodo qumico.

    LIMA & ITO (1985) verificaram que as principais causas doinsucesso com a esterilizao em estufas ou Forno de Pasteur(calor seco) eram:

    a) uso de temperaturas inadequadas;

    b) falhas na marcao do tempo de esterilizao;c) diferena de 20 C a 30 C entre a temperatura reale a temperatura aferida pelo termmetro bimetlico dasestufas;

    d) no aferio, pelo profissional, da temperatura da cmarade esterilizao da estufa com o termmetro de mercrio,

    I n t r o d u o

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    muito importante conhecero equipamento e a maneiracorreta de manipular os artigosa serem autoclavados, fazertestes biolgicos peridicosde sua eficincia e obedecer tcnica correta de manutenopreventiva do equipamento.

    antes dos procedimentos serem realizados;

    e) ausncia de cronmetros com alarme para marcar o tempocorreto e necessrio de esterilizao;

    f) ausncia de testes indicadores de ciclos de esterilizaodurante os procedimentos.

    Somando-se todos esses fatores de risco, o uso dasestufas pode, mesmo que involuntariamente por parte doprofissional, comprometer a biossegurana de sua clnica ouconsultrio.

    Devido a tal limitao e inexistncia, at o momento, deuma soluo, a esterilizao pelo calor seco vem sendogradativamente abandonada e substituda pelo vaporsaturado sob presso.

    Uma verdade hoje universalmente aceita:

    NUNCA DESINFETAR AQUILO QUE PODE SERESTERILIZADO.

    A autoclave utilizada para esterilizar praticamente todosos artigos utilizados no consultrio, incluindo instrumentais,gazes, algodo, fios de sutura, luvas, campos cirrgicos,aventais, etc., e tambm as pontas de alta e baixa rotao, quedevem ser sempre passveis de esterilizao em autoclave.

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    Esquema Geral de EsterilizaoA equipe de sade deve seguir um rigoroso esquemade manipulao dos materiais e instrumentais a seremesterilizados. Mesmo usando timas autoclaves, se um

    esquema rigoroso de esterilizao no for seguido, aesterilizao pode ser inviabilizada.

    Material Contaminado da BandejaTestes demonstraram que todos os instrumentos dispostos nabandeja para a cirurgia ou outro tratamento qualquer ficamcontaminados aps o atendimento; mesmo aqueles que

    no foram utilizados, estaro contaminados pela deposiodos aerossis, dispersados pelas peas de mo, jato debicarbonato e ultra-som, que so constitudos de sangue,saliva, tecidos e fluidos orgnicos, entre outros. Por essemotivo, todos os artigos estreis dispostos na bandeja tmque ser reprocessados independentemente se foi usado ouno pelo profissional.

    Aps o atendimento, o material contaminado da bandejadeve ser embrulhado no campo e levado para a rea deesterilizao, que atualmente chamada de Centro deRecirculao de Materiais (CRM), hoje regulamentado pela

    vigilncia sanitria.

    O material considerado contaminado durante o ciclo dereprocessamento at a esterilizao. Assim, todas pessoasque manipularem esses instrumentos durante o ciclo devem

    estar com EPl (Equipamentos de Proteo Individual): luvasde borracha resistente e de cano longo, culos de proteo,mscara facial, gorro, avental impermevel, bota de borracha,etc.

    Lembrar que os EPIs devem possuir os certificados deAutorizao expedidos pelo Ministrio do Trabalho. Todas essas

    orientaes esto contidas nas Normas Regulamentadoras doMinistrio do Trabalho (NR-5, NR-6 e NR-7).

    Durante a manipulao do material contaminado nodeve haver trnsito dentro do CRI, pois poder facilitar acontaminao e a disperso dos agentes patognicos emoutros lugares da clnica.

    Artigos contaminados na bandeja deprocedimentos sendo embrulhadose encaminhados ao Centro deRecirculao dos Instrumentos (CRI).

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    S o c o n s i d e r a d o s m a t e r i a i sperfurocortantes contaminados osmateriais com fluidos ou secreesorgnicas e que possuem pontas e podemperfurar ou mesmo penetrar no interiordos tecidos. Os exemplos mais comuns soas agulhas e as lminas de bisturi.

    Os materiais perfurocortantescontaminados devem ser descartadosem coletores prprios (Norma ABNT),que possuam identificaes explcitasdo contedo contaminado (NBR

    13853/1997). O recipiente no pode serpreenchido alm de de sua capacidade,como mostra a linha pontilha da figura2. O recipiente deve ser montado de talforma que no possa mais ser abertosem que seu invlucro seja destrudo(Fig. 3).

    Todos os materiais utilizados durante o procedimento clnicodevem ser separados, de acordo com a sua destinao, parao seu processamento/acondicionamento.

    Os estabelecimentos de Servios de Sade, geradores deresduos slidos, de acordo com o artigo 4 da ResoluoCONAMA nmero 5, de 5 de agosto de 1993 so responsveispelos resduos que geram e tm a obrigao de gerenci-losdesde a sua gerao at disposio final, de acordo com oPlano de Gerenciamento de Resduos de Servios de Sade PGRSS, por eles apresentados e aprovados pela SecretariaMunicipal do Meio Ambiente SMMA.

    4.1. INFECTANTES

    So resduos que apresentam risco potencial sade pblicae ao meio ambiente, devido presena de agentes biolgicos.

    Enquadram-se neste grupo: sangue, hemo-derivados,resduos cirrgicos, anatomopatolgicos, exsudatos e perfurocortantes.

    4.1.1. MATERIAIS PERFUROCORTANTES (agulhas, brocas,lminas de bisturi e outros) devem ser colocados nos coletoresde descarte (Norma ABNT NBR13853/1997) de materiaisperfurocortantes. O profissional que estiver efetuando esse

    procedimento deve estar com EPI e tomar todo cuidado parano se ferir com os materiais perfurocortantes que estivermanipulando.

    C2 - rea de Separao e Acondicionamentode Resduos

    Fig. 1

    Fig. 2

    Fig. 4

    Fig. 3

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    Aps seu preenchimento, o coletor deveser devidamente fechado e colocado emsaco prprio para resduos infectantes.Ao ser levado para o lixo, deve seguiras normas da vigilncia sanitria domunicpio.Segundo normas internacionais de

    segurana, o coletor no pode se romperou sofrer danos ao cair de uma alturade 90cm.

    5 - Pr-lavagem, Descontaminao eEnxge do InstrumentalNenhum instrumento deve ser esterilizado, quando sobre elehouver matria orgnica.

    Entende-se por pr-lavagem o tratamento dos instrumentoscom o uso de solues detergentes. Os detergentes sotodos os produtos que contm necessariamente, em sua

    formulao, tensoativos, cuja finalidade a de limpar por meioda reduo da tenso superficial. Os principais detergentesusados para a limpeza dos instrumentais odontolgicos soos desincrustantes por sua eficincia na remoo de todamatria orgnica aderida aos instrumentos.

    Uma inovao tecnolgica de grande impacto na limpezade artigos so os detergentes enzimticos com enzimas:protease, limpase e amilase, que promovem a limpezapela ao de decomposio do sangue e fluidos corpreos

    aderidos aos artigos, inclusive atingindo locais de difcil acessoou tubos de dimetros estreitos.

    Para que os instrumentos contaminados possam sereficientemente esterilizados necessrio que estejamcompletamente limpos e secos. Por isso, o mximo decuidado com a limpeza de vital importncia. Dois mtodos

    4.1.2. MATERIAIS SLIDOS DESCARTVEIS (coletor deperfurocortantes, algodo, gorro, luvas, mscara, gaze, fio desutura, tubete de anestesia e outros) devem ser descartadosem lixeiras com tampas acionadas por pedal, forradas de sacoplstico na cor branco-leitosa (Norma ABNT-9190 e 9191:Classe II) constando smbolo de substncias infectantes,

    conforme NBR 7500.

    4.2. MATERIAIS RECICLVEIS (amlgama, prata contida emradiografias e fixadores, materiais que contenham mercrioe outros) devem ser acondicionados em recipientes rgidos einquebrveis, contendo gua e vedados por tampa rosquevelpara encaminhamento a estabelecimentos autorizados paraefetuarem sua reciclagem.

    4.3. ROUPAS CONTAMINADAS (campos operatrios, aventais,panos de campo e outros) devem ser processados, seguindotambm princpios estabelecidos pela vigilncia sanitria.

    A roupa utilizada pela equipe odontolgica oferece riscos detransmisso de contaminantes, pela possibilidade de veicularfluidos orgnicos em rea de atendimento em Sade, ondese adota os tecidos lavveis, os quais devem ser corretamente

    manipulados, tanto pelo usurio, como pelo pessoal dalavanderia.

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    - Fechar o tanque com a tampa, o que previne a formaode aerossis.

    - Selecionar o timer entre 7 a 12 minutos e ligar oaparelho.

    - Aps o processo de limpeza ultra-snica, enxaguar emgrande volume de gua os instrumentos contidos no cesto,

    removendo assim toda a matria orgnica desincrustada.- Deve-se escovar toda a superfcie dos instrumentos pararemover os detritos ainda aderidos, se houver; para completara limpeza, enxaguar novamente. Esse procedimento tambmdeve ser feito com luvas de proteo.

    As cubas de ultra-som devem ser periodicamente testadasquanto sua eficincia. Isso pode ser feito com uma tira depapel alumnio de uso domstico, que deve ser colocada

    dentro da soluo, tomando-se o cuidado de manter imersaapenas uma parte dela, deixando a outra de fora. A fita,dentro da soluo, no deve tocar nas paredes da cuba. Aps5 minutos de funcionamento da cuba ultra-snica, a parteda fita dentro da soluo deve ficar totalmente perfurada,como uma peneira.

    de limpeza dos instrumentos podem ser usados:

    a) Limpeza Manual: simples e barata; inicialmenterecomenda-se fazer a pr-lavagem dos instrumentos com guaquente ou fria (5.1) e posteriormente a imerso completa dosartigos em cesto vazado de recipiente com tampa (5.2), comsoluo desincrustante qumica ou enzimtica. Aps o tempo

    de imerso recomendado pelo fabricante, procede-se a fricomanual com escova de cerdas de nylon macias (5.3).

    Posteriormente retira-se o cesto vazado com os instrumentosque devem ser levados para a lavagem em gua corrente e paraa remoo total do detergente utilizado. Este procedimentoapresenta a desvantagem de demandar muito tempo at queos instrumentos estejam convenientemente limpos, o que invivel em uma clnica ou consultrio que atenda muitospacientes, alm de no ser um mtodo eficiente, pois facilita

    acidentes com objetos perfurocortantes, e por este motivoeste mtodo tem sido usado apenas como complemento domtodo ultra-snico.

    b) Limpeza Mecnica: o procedimento automatizado para aremoo de sujidades por meio de lavadoras com ao fsica equmica. Para desempenho deste processo, temos as lavadorasultra-snicas, e as descontaminadoras, desinfetadoras e asestabilizadoras utilizadas na rea hospitalar.

    Na prtica odontolgica, a limpeza ultra-snica o maisapropriado dos mtodos. Ele se incorpora no CRM de formaefetiva, trazendo benefcios e melhorando as condies debiossegurana.

    Utilizando o ultra-som- O aparelho de limpeza ultra-snica deve ficar preferencialmentedo lado esquerdo da cuba para facilitar o abastecimento comgua atravs da torneira giratria (5.1), e a descarga aps ouso.

    - Colocar na cuba do ultra-som (6.2) o desincrustanteou o produto enzimtico de acordo com orientao dofabricante.

    - Emergir o cesto dentro do tanque de ultra-som.

    Para clnicas e faculdades, existem cubasultra-snicas maiores. Observa-se umrecipiente com endoenzime, para pr-limpeza de peas de implante, brocas,chaves, etc., e na cuba propriamente ditao desincrustante, colocado na proporode uma colher de sopa, ou uma medida,para 2 litros de gua, que 2/3 dacapacidade da cuba ultra-snica.

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    7 - Terminais de Ar Comprimido e doFlushpara Descontaminao das Turbinas de

    Alta-rotao.

    8 - Secagem e I nspeo do

    InstrumentalNas policlnicas odontolgicas pode-se ter diversos cestos

    vazados com colees de instrumentos de cada consultriopara que no se misturem uns com outros.

    Aps o enxge colocar os cestos no escorredor (8.1) para

    que o excesso de gua seja drenado por gravidade.Os instrumentos devem ser secos com jato de ar comprimido(8.2) em grande fluxo e volume. O jato de ar oferece a

    vantagem de secar as articulaes e as reas inacessveis stoalhas absorventes.

    Deve-se evitar que os instrumentos molhados sequemnaturalmente, pois a gua contm sais minerais que,quando secos, aderem nos instrumentos, podendo danific-los causando manchas, ferrugens e corroses, durante aesterilizao por calor. Retirar os instrumentos do cesto vazadoe coloc-los sobre a bancada (8.3) recoberta com papel toalhaabsorvente (8.4) para se completar a secagem.

    Nos primeiros minutos aps odesincrustante ser colocado na cubaultra-snica, h formao de muitaespuma, em virtude de o ar disperso nagua ser eliminado pela vibrao ultra-snica. importante aguardar at queessas bolhas desapaream para que os

    instrumentos sejam colocados para apr-lavagem, pois enquanto houver ardissolvido na gua, o efeito cavitacionalser muito reduzido e ineficiente.

    6 - Enxge do InstrumentalAps o processo de limpeza ultra-snica, enxaguar emgrande volume de gua os instrumentos contidos no cesto,removendo assim toda a matria orgnica desincrustada.

    Deve-se escovar toda a superfcie dos instrumentos pararemover os detritos ainda aderidos para completar a limpeza.Esse procedimento tambm deve ser feito com luvas deproteo.

    Quando a soluo da cuba ultra-snica ficar turva/saturada,

    a soluo deve ser trocada, pois perdeu seu efeito delimpeza.

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    As figuras descrevem a seqncia de lubrificao de contra-ngulos para implante,que pode ser aplicada tambm a outras peas articuladas. O profissional estlubrificando o contra-ngulo; purgando, isto , retirando o excesso de leo;montando as peas lubrificadas com as chaves prprias e, usando o contra-ngulono micromotor para remoo efetiva do excesso de leo das engrenagens.

    Uma vez secos os instrumentos, deve-se proceder umainspeo visual criteriosa de cada artigo, observando-se falhasno processo de limpeza, pontos de corroso e danos ouquebras. Para uma melhor visualizao, utiliza-se uma lupacom refletor (8.5). Retirar os instrumentos sem condiesde uso: sujos, sem cortes, com desgastes ou com pontosde corroso, pois esses podem comprometer o trabalho doprofissional e a segurana do paciente.

    Os contra-ngulos, pontas retas e outros precisam serlubrificados aps a secagem.

    As canetas de alta-rotao devem receber um tratamentodiferenciado, conforme ser indicado posteriormente.

    Caso se faa necessrio, os instrumentos devem ser secos individualmente de formarigorosa com ar comprimido. No havendo ar comprimido, a secagem pode ser comtoalhas de papel absorvente.

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    11 - Separao das Colees deInstrumentosOs instrumentos dispostos sobre um pano de campo brancodevem ser separados para, uma vez agrupados em colees,serem embalados de forma conveniente. As coleesgeralmente so separadas de acordo com a sua utilizao nasespecialidades odontolgicas: colees para implante, paracirurgias periodontais, para endodontia, dentstica, etc.

    C3 - rea de Preparo, Separao das Colees,Embalagem, Esterilizao e Armazenamento

    12 - EmbalagemExistem uma srie de motivos que tornam necessrio oempacotamento dos instrumentos necessrio. O principal,naturalmente, manter o instrumento estril at queseja desempacotado para o uso. Assim, todo artigo queser esterilizado, armazenado e transportado dever ser

    acondicionado em embalagem criteriosamente selecionadapara a segurana do processo.

    As embalagens devem ser compatveis com as dimenses,peso e configurao do artigo.

    Instrumentos como frceps, alavanca, descoladores, podemser colocados em envelopes individuais, permitindo que oprofissional abra apenas o envelope com o instrumento queir utilizar no procedimento. Os envelopes com uma face

    transparente facilita muito esse procedimento.As embalagens aceitas universalmente so envelopes ou fitasde papel de grau cirrgico, cujas caractersticas principais so:permitir a penetrao e remoo do agente esterilizante,proteger o contedo, resistir ao manuseio normal, no sofrerdanos e impedir a penetrao de agentes patognicos.

    12.1 a 12.6 - Embalagem12.7 e 12.8 - Equipamentos paraEmbalagens12.1. PANO DE CAMPO

    Existem vrios materiais que podem servir para a confeco

    de panos de campo que so usados nas mais diferentes

    situaes, como forrar mesas cirrgicas, embalar osinstrumentais, isolar campos cirrgicos, etc. Os principais tipos

    de pano de campo so:

    -Tecido de algodo cru 100% ou algodo e polister

    - Alguns problemas tm dificultado a qualificao desses

    tecidos como embalagem. Testes demonstraram que essas

    embalagens so mais vulnerveis contaminao, portanto,

    torna-se imprescindvel que cada usurio valide a durao da

    esterilidade durante a estocagem do material.

    - No Tecido (NT) A matria prima uma trama de fibra

    de celulose ou polipropileno em camadas triplas ou a

    combinao das duas. As vantagens do uso do NT sobre o

    algodo so: a maciez, a maleabilidade, a repelncia a fluidos

    e o preo.

    A mais importante indicao para o uso do pano de campo

    como embalagem na esterilizao para forrar a parte interna

    de containers metlicos ou no a serem esterilizados em

    autoclaves para facilitar a secagem e permitir tcnica assptica

    no manuseio dos materiais.

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    12.2. PAPIS

    Normatizados pela NBR 12.946 da ABNT. O papel grau cirrgicodeve ser resistente ao calor, trao, perfurao e permevel ao

    vapor de gua durante o processo de esterilizao.

    Apresenta-se, principalmente, embalagens de papel graucirrgico mais filme laminado aplicado em envelope ou rolo

    contnuo.

    Papel Kraft

    O mais utilizado o de 60g/metro quadrado. Esse papeldeve ser de superfcie regular e no pode apresentar furosquando colocado contra a luz. Deve-se verificar a presena deamido, colocando-se iodo e observando se ocorrem manchasazuladas; se isto ocorrer, esse papel no deve ser usado, poiso amido provoca danos nos equipamentos de esterilizao

    e fragiliza o papel.As embalagens citadas nos itens 12.1 e 12.2 no possuemindicaes sobre o processo de esterilizao, portanto, devemreceber individualmente uma fita indicadora de processo.

    12.3. ENVELOPE DE PAPEL GRAU CIRRGICO/NYLON COMFECHAMENTO AUTO-ADESIVO; ROLO DE PAPEL GRAU

    CIRRGICO/NYLON E ROLO DE NYLON BILAMINADOSO uso de envelopes para empacotamento de material bastante prtico, por existirem nos mais variados tamanhos,para os mais diversos materiais e o uso deles no necessita deemprego de outros equipamentos, pois j vm em condiesde fazer seu autofechamento.

    Os rolos de papel grau cirrgico/nylon ou nylon bilaminadoso mais econmicos, mas necessitam de seladoras trmicaspara serem lacrados.

    As embalagens que utilizam nylon apresentam a vantagemde permitir a visualizao do contedo do pacote.

    12.4. SELAGEM

    Toda selagem deve promover o fechamento hermtico da

    embalagem com garantia de integridade. Realizar a selagem,dando uma margem de no mnimo 3cm em uma das bordas,para permitir uma abertura assptica. Observar a ocorrnciade rugas, queimaduras e canais aps o processo de selagem,o que indica que a temperatura escolhida para o selamentono est adequada.

    Mquinas SeladorasAparelhos destinados a promover a selagem rpida e segurade embalagens de rolo.

    - Nylon bilaminado Seladora por impulso (12.7).

    - Papel grau cirrgico/nylon Termosseladora eletrnica(12.8).

    Filmes Laminados

    Os filmes laminados so importantes na fabricao deembalagens transparentes. O lado transparente dasembalagens consiste em um filme laminado que proporcionaa visibilidade do contedo e permite que elas sejam seladaspor calor e presso.

    O lado externo do filme contm uma camada de polisterresistente e com alto ponto de fuso (250C). O lado interno

    formado por uma camada de polipropileno com grandeelasticidade e baixo ponto de fuso (160C), que entra emcontato com o papel grau cirrgico.

    Nota-se, portanto, que s a camada interna, em contato como calor, funde-se, formando uma selagem com o papel. Ofilme laminado suficientemente estvel para suportar oprocesso de esterilizao e proporciona boa proteo contra acontaminao. Alguns materiais para embalagem so selados

    com seladoras quente e outros vm com cola para facilitaro selamento do envelope.

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    O mercado oferece seladoras simples, barradas, com recursos at para embalagemindividual de pequenos instrumentos, como brocas. Outras seladoras dispemde vrios tipos de rolos de fita para embalagens, com plstico e papel, de vriosdimetros.

    Existe um grande nmero de tiposde envelopes (foto acima) queno necessitam de seladoras paraserem lacrados; basta retirar umafita e uma superfcie adesiva ficapronta para ser dobrada, selando oenvelope. Os instrumentos, aps esse

    procedimento, esto prontos paraserem autoclavados.

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    EsterilizaoAps todos os procedimentos executados pelo esquemageral de esterilizao, o material estar preparado para serintroduzido na autoclave para a esterilizao propriamente

    dita. Esterilizar eliminar toda forma de vida que existe emum instrumento.

    Na reciclagem dos instrumentos, a fase de esterilizao fundamental, pois previne a contaminao do paciente eas infeces cruzadas. Portanto, o profissional deve ter umconhecimento muito bem fundamentado sobre as tcnicasde esterilizao existentes. Para maior segurana, o ciclo deesterilizao dos instrumentos deve ser constantementemonitorizado por meios de indicadores fsicos (fitas decontrole 3M, Tecil, etc.), e a condio da esterilidade deveser testada periodicamente pelos testes biolgicos, comoesporo - testes.

    AT O PRESENTE MOMENTO, O NICO MTODO ACEITVELDE PREVENO INFECO CRUZADA TRANSMITIDA PELOSINSTRUMENTOS A ESTERILIZAO.

    15.1 - Ester i l izao Calor SecoEstufa ou Forno de PasteurO CALOR SECO UM MTODO EFICIENTE DE ESTERILIZAO,QUANDO NORMAS E TCNICAS CORRETAS FOREMSEGUIDAS.

    Estas consideraes so do trabalho de LIMA et al.(1990).

    O calor seco o mais difundido mtodo de esterilizao,

    por apresentar custo inicial mais baixo, rotina de trabalhorelativamente fcil e baixo custo de manuteno. No entanto,requer um longo tempo de esterilizao.

    A esterilizao pelo calor seco passvel de falhas pois:

    - O ciclo pode ser interrompido.

    - Ausncia de cronmetros de alerta para marcao do tempo

    de esterilizao.

    - Ausncia de termmetros de mercrio para tomada datemperatura real da cmara de esterilizao.

    - Excesso de materiais ou de carga na estufa.- Dificuldade de espera para que os instrumentos esfriemquando retirados da estufa.

    Por esses motivos, levantamentos cientficos feitos na dcadapassada demonstraram que mais de 70% dos instrumentosprocessados em estufas nos consultrios no estavamestreis.

    Somando-se a estes fatores, existe uma dificuldade muito

    grande em se adquirir testes biolgicos prticos para aferiodo Forno de Pasteur.

    15.2 - Esterilizao Vapor SaturadoAutoclavesA esterilizao em autoclave o mtodo mais antigo e ainda

    o mais eficiente para a esterilizao dos instrumentos, daspeas e dos materiais usados nos consultrios.

    A tcnica de esterilizao em autoclave foi descrita ainda nosculo XIX, por Chamberlain, em que ele preconizava o usodo vapor saturado de gua temperatura de 121C e comuma presso de 1 atmosfera ou 15 lbs.

    O princpio fsico que se aplica na autoclave o mesmo damarmita de PAPIN (sculo XVII): A gua, quando aquecidaem recipiente fechado, onde o vapor fica retido sob presso,

    atinge uma temperatura mais elevada que seu ponto deebulio, sem entrar em ebulio.

    Na autoclave, o que realmente esteriliza o calor mido da altatemperatura, e no a presso. A morte dos microorganismospela autoclave se d pela termocoagulao e desnaturao dasprotenas microbianas. A exposio direta ao vapor saturado

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    de gua a 121C, por 10 minutos, normalmente destri todasas formas microbianas de vida. Na prtica, um tempo adicional dado, por coeficiente de segurana ou porque a embalagemem que os instrumentos se encontram dificulta um pouco apenetrao do vapor saturado de gua.

    O tempo, a presso e a temperatura podem variar:

    121C - 1,0 atmosfera - 15,0 psi = 20 min.

    126C - 1,4 atmosfera - 20,0 psi = 10 min.

    132C - 2,0 atmosferas - 29,4 psi = 06 min.

    Obs.: O termopsisignificapound per square inch(libraspor polegada quadrada).

    Assim, o tempo varia de acordo com o tipo de embalageme da natureza do material que se deseja esterilizar. O tempomximo, quando do uso de uma embalagem mais volumosa,ser de 30 minutos.

    Existem, hoje, autoclaves que atingem a temperatura de132C e 30 lbs de presso, que esterilizam o material em 5minutos - as autoclaves automticas de cmara dupla. As

    autoclaves automticas efetuam todo o ciclo sem interfernciado operador, esterilizando a uma temperatura de 132C, presso de 2 Bares, ou 207 kPa ou 30 psi, dependendo daunidade usada pelo equipamento. Para completar todo o ciclode esterilizao - aquecimento, esterilizao e secagem - asautoclaves demoram em mdia 45 minutos.

    EXISTEM VRIOS TIPOS DE AUTOCLAVES, E O PROFISSIONAL

    TER QUE CONHEC-LAS BEM PARA ADQUIRIR A QUEMELHOR SE ENQUADRE S NECESSIDADES DE SUACLNICA:

    O tempo varivel dessas autoclaves o tempo levado paraexpulsar o ar do interior da cmara e torn-lo saturado de

    vapor de gua. Feito isso, ela inicia a contagem regressiva de30, 15 ou 6 minutos, conforme o tempo selecionado paraa esterilizao, seguindo a despressurizao e secagem domaterial.Muitos consultrios tm colocado a autoclave automtica oude cmara dupla na prpria sala de atendimento do paciente,pois quase no ocasiona o aquecimento do ambiente e nodeixa escapar vapor de gua. Toda gua usada canalizadapara um depsito que deve depois ser drenado.

    Existem outros tipos em que a gua recirculada noreservatrio de gua, pois ela se condensa em uma serpentina

    existente dentro do reservatrio de gua.Contudo, pelas novas normas da Secretaria da Sade doEstado, isso no indicado. Os consultrios e clnicas tmque prever e possuir um ambiente prprio para a recirculaodo material contaminado do CRM, onde dever ser instalada

    a autoclave ou estufa.

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    Autoclaves de 12 litros e de 19 litros.Caractersticas:Presses de esterilizao possveis conforme material a seresterilizado: 1,3 / 1,7 / 2,1 / 2,3 kgf cm.Temperaturas de operao: 121 / 127 / 131 / 134 C.Tempos disponveis de esterilizao: 6 / 15 e 30 minutos, conformeo material a ser esterilizado.

    Indicaes no painel das autoclaves: presso interna, temperatura,tempo restante, sensor de porta aberta, vlvula de preenchimentode gua, aquecimento, esterilizao, despressurizao, secagem efim do ciclo.

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    CARACTERSTICAS DA ESTERILIZAO EMAUTOCLAVE

    Convencional Automtica

    Temperatura: 121C 132C

    Presso: 15 lbs. 30lbs.

    Tempo de

    esterilizao: 15 a 20 minutos 3 a 5 minutosEmpacotamento Materiais Papel, Plstico Papel grauinstrumentos: aceitveis: tecido especial cirrgico

    *In COTTONE, J.A.; TEREZHALMY, G.T.; MOLINARI, J.A. Practical infectioncontrol in dentistry. Philadelphia, Lea & Febiger, 1991.

    FALHAS MAIS FREQENTES NO USO DE AUTOCLAVES:

    - Os materiais a serem esterilizados no estarem

    completamente limpos e secos.- Empacotamento dos instrumentos em muita quantidadeou muito apertado.

    - Emprego de materiais inadequados para o empacotamentodos materiais ou instrumentos a serem esterilizados. O ideal sempre usar material prprio para o empacotamento dosinstrumentos, pois so resistentes, prticos e apresentammarcaes que so testes fsicos do ciclo de esterilizaorealizado.

    - Os pacotes de instrumentos estarem apoiados nas paredesda autoclave.

    - O desconhecimento tcnico do uso correto da autoclave.A falta de leitura atenciosa das instrues do fabricantepara uso do equipamento muito comum por parte dosprofissionais.

    - Abertura rpida da porta da cmara de esterilizao daautoclave, o que pode condensar muita gua na superfcie

    do pacote, comprometendo o armazenamento do material,ou mesmo os envelopes se ainda no estiverem secos.

    Importante:todos os materiais usados para empacotamento,como papel grau cirrgico, entre outros, somente funcionamcomo uma barreira se estiverem secos.

    - O no uso dos testes biolgicos para comprovar a efetividade

    Para que a esterilizao na autoclave seja eficiente, osseguintes itens devem ser observados:

    1. Os instrumentos devem estar limpos e secos.

    2. Os instrumentos devem estar embalados.

    3. A cmara de esterilizao da autoclave deve ser preenchidacom uma carga adequada de instrumentos pois, em caso

    de excesso, pode no ocorrer esterilizao eficiente. Nasautoclaves automticas, com carga em excesso, o ciclono se completa e a esterilizao abortada. Para oprofissional certificar-se de que a esterilizao foi perfeita,deve-se usar indicadores biolgicos para fazer o protocolocorreto de seus procedimentos de rotina. Pelas normas daSecretaria da Sade esse procedimento tem que ser feito

    semanalmente.

    4. Todo o ar da cmara de esterilizao deve ser eliminado,pois a eficincia do processo est no contato do vapor

    saturado de gua com o material ou instrumental. O vapor

    de gua bom condutor de calor, ao contrrio de ar seco. O

    vapor de gua, ao se condensar sobre o instrumento, aquece-

    o rapidamente, por libertar 80cal/g. Alm disso, tem grande

    poder de penetrao.

    importante embrulhar individualmente os instrumentospara evitar contatos e dificultar as correntes galvnicas, que

    so as responsveis pela corroso dos instrumentos. O erro

    mais comum na esterilizao em autoclaves no automticas

    a no eliminao do ar residual, ou seja, do ar que retido

    no aparelho no momento da formao do vapor de gua na

    cmara de esterilizao.

    Os recipientes metlicos, como marmitas e outros, seestiverem fechados, podem impedir a passagem do vapor,

    que no entrar em contato com o material, no cedendo,

    portanto, o calor latente necessrio para atingir a temperatura

    para esterilizao.

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    do aparelho usado. Existem leis e normas especficas para ouso peridico de testes biolgicos para comprovar a eficinciado equipamento. O no uso dos testes pode acarretar aoprofissional punies da vigilncia sanitria.

    Os instrumentos de ponta usados em Odontologia devem serempacotados de forma que as pontas no perfurem o invlucro

    dos pacotes, o que comprometeria o armazenamento.

    muito importante que os materiaisempacotados, ao serem colocados naautoclave, obedeam a uma disposiohomognea, sem tocar as paredes dacmara de esterilizao nem se acumularuns sobre os outros, para facilitar acirculao do vapor e principalmentepermitir uma secagem eficiente no ciclode secagem do equipamento.

    Armazenamento do Material EsterilizadoOs pacotes esterilizados, depois de secos, devem serremovidos da autoclave e criteriosamente armazenadosem armrios ou gavetas. Caixas ou tambores de aoprprios podem ser usados. O importante que o local dearmazenamento seja muito bem fechado.

    Uma vez rompido o invlucro de uma embalagem, todomaterial ou instrumento deve ser reembalado e submetidonovamente esterilizao, mesmo no tendo sido usado. Aose armazenar os pacotes, deve-se tomar o cuidado de colocaraqueles que tiverem a data de esterilizao mais recente porbaixo, para que sejam utilizados em primeiro lugar os queforam esterilizados h mais tempo. Hoje obrigatrio, nosenvelopes, constar a data em que foram feitas as esterilizaese seu prazo de validade. Se isso for feito com canetas comuns,a data deve ser colocada antes da esterilizao, para evitar o

    rompimento do invlucro. Segundo as Normas da Vigilncia,esse tempo seria de 8 dias.

    Semanalmente, as gavetas ou armrios devem ser desinfetadoscom produtos base de fenol. Pode-se tambm, dentro dosarmrios, ser colocadas pastilhas de cnfora para evitar aentrada de insetos, o que poderia danificar os envelopes,

    comprometendo a esterilidade do material.

    Esterilizao das Peas de MoPor muito tempo, no foi possvel esterilizar as peas demo por calor. Hoje, contudo, todos os fabricantes oferecempeas de mo que podem ser submetidas esterilizao porcalor (autoclave) sem serem danificadas. As peas de mo

    representam um dos elos da transmisso de infeces noconsultrio, sendo fundamental que sejam autoclavveis.

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    Esta alta-rotao mostra as colnias de bactrias que se formaram nas peasque no foram submetidas esterilizao em autoclave, independentemente dotempo de uso, do procedimento que foi realizado ou das condies da boca dopaciente.

    A fotografia ao lado mostra uma alta-rotao, na rea de RCM, acoplada aoterminal, onde est sendo aplicado oflush com uma soluo de hipoclorito desdio a 500ppm. Aps a lubrificao, purgado o excesso de leo que serviupara limpar e lubrificar os rolamentos ea turbina. Obtm-se o hipoclorito de sdioa 500ppm, para o reservatrio do flush,adicionando-se 25 ml de hipoclorito desdio puro (10.000 ppm) em 475 ml degua destilada ou potvel.

    Na fotografia observa-se uma alta-rotao nova, sem nenhum uso. Estapea, quando submetida ao examemicrobiolgico, mostrou-se contaminada,isto , logicamente no estava estril.Assim, antes de o profissional usarsuas pontas, necessrio esteriliz-las,

    uma vez que elas no saem da fbricaestreis.

    A alta-rotao ao lado foi usada parafazer uma odonto-seco em um terceiromolar incluso, foi limpa com detergentesou desinfetante/detergente e lubrificada.

    Outras foram limpas com lcool 70.Contudo, todas as alta-rotaes,independentemente de sua sujidade outempo de uso, estavam contaminadasquando no eram submetidas esterilizao em autoclave, seguindo arotina para as alta-rotaes.

    Para a esterilizao de alta-rotaes, micromotores, pontas retas e contra-ngulos,aps a aplicao do flush durante 30 segundos, a pea tem que ser criteriosamentelimpa. Em seguida, o leo sob presso tem que ser aplicado corretamente natubulao do ar comprimido at que toda sujidade existente na turbina e nosrolamentos seja expulsa do interior da pea, como pode ser visto na segunda

    fotografia, que mostra gotculas de sangue e saliva saindo dos rolamentos e daturbina.

    Como rotina, as peas de mo devem ser:

    - submetidas a 30 segundos de flush.

    - limpas e desinfetadas com solues base de Iodforos oucompostos de fenol.

    - lubrificadas com o leo indicado pelo fabricante.

    - purgadas, removendo-se todo o excesso de leo.

    - empacotadas e autoclavadas.

    As peas de mo empacotadas devem ser autoclavadas porum ciclo de 15 minutos de esterilizao a 132C, ou de 30minutos a 121C. O mtodo mais efetivo de esterilizaodas peas de mo a autoclave. Deve-se apenas observaras indicaes do fabricante.

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    Importncia da Manuteno dasAutoclavesAs autoclaves so equipamentos que no do defeitos se asmanutenes preventivas forem feitas seguindo-se as normasdos fabricantes. importante ler o manual de instrues e

    seguir os parmetros e as substncias indicadas para sualimpeza peridica.

    No usar gua que no for destilada fundamental e, nomximo a cada 200 ciclos, realizar uma ampla limpezana cmara de esterilizao e fazer pelo menos dois cicloscom uma soluo detergente indicada pelo fabricante, quenormalmente acompanha a autoclave nova para os primeirostempos de uso.

    Testes para esterilizao em autoclave foram feitos comtodas as peas de mo fornecidas pela DABI ATLANTE S/A,sem que nenhum dano fosse causado a estas pontas. Oscuidados fundamentais com a esterilizao das peas dealta-rotao esto na pr-limpeza criteriosa, usando flush,aplicao de leo sob presso, remoo do excesso de leoe autoclavagem.

    Existe uma evidente tentativa dos profissionais de sade emtornar sua atividade e o tratamento realizado nos pacientesmais humanizado. Alm da melhora em todo visual queest ocorrendo nos consultrios, o controle de infeces,ou seja, a observao dos elos do Sistema BEDA, umacorreta esterilizao, desinfeco, anti-sepsia, cercadas debarreiras/bloqueios, talvez sejam as formas mais enfticasde humanizao.

    Muitos pacientes esto intranqilos em relao possibilidadede contrarem uma doena infecto-contagiosa no consultrio.Principalmente depois da notcia de que uma pacientecontraiu AIDS por intermdio de seu dentista (revista People,1990). Assim, a sociedade espera que o cirurgio-dentista esua equipe trabalhem de luvas, mscara e usem instrumentosesterilizados.

    Precisamos ter muito cuidado em nossos consultrios, poisnos hospitais, os problemas se avolumam, principalmenteem relao s infeces hospitalares, que tm custado vidase milhes de dlares de prejuzo, em todos os hospitais eclnicas do mundo.

    Cuidados com Material ContaminadoDeve-se evitar o armazenamento de material contaminado

    dentro do consultrio. O material contaminado, retiradoda bandeja, deve ser imediatamente processado, isto ,

    pr-lavado com desincrustante e, em seguida, lavado em

    gua corrente e secado. EM NENHUMA CIRCUNSTNCIA O

    MATERIAL CONTAMINADO DEVE SER ARMAZENADO.

    Manuseio do Material DescartvelO material descartvel deve ser separado do materialreutilizvel. Deve ser retirado da bandeja e colocado emlugar separado. Os materiais descartveis como gaze,toalhas de papel, campos cirrgicos de NT, gorro, mscara,etc., removidos devem ser jogados em lixeiras com tampas,revestidas com sacos plsticos branco leitoso com indicaode material contaminado, de tal modo que o material nuncafique exposto. Ao final do perodo de trabalho, o saco deveser criteriosamente fechado e descartado como materialcontaminado.

    Os materiais perfurocortantes, como agulhas de anestesiae sutura, lminas de bisturi, instrumentos de metal e outrosdevem ser descartados dentro de recipientes prpriosconforme j visto neste trabalho.

    As taas de borracha para polimento acumulam sanguee saliva em seu interior e so consideradas descartveispela dificuldade de serem limpas convenientemente para aesterilizao ou desinfeco. Portanto, devem ser descartadasaps cada paciente. No mercado internacional j existem

    contra-ngulos de profilaxia que so descartveis.

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    Uma das maneiras mais lgicas e segurasde evitar acidentes com perfurocortantesou com o lixo descartado realizartodos os procedimentos em um ambienteprprio, sem trnsito de pessoas, comequipamentos prprios e estando semprecom EPI.

    Monitorizao da EsterilizaoA preocupao das pessoas em relao transmisso dedoenas nos servios de sade tem aumentado muito, ecada dia mais pacientes fazem perguntas com referncia aocontrole de infeces feito nos consultrios odontolgicose mdicos. Os profissionais de sade esto conscientes daimportncia de proporcionar biossegurana a seus pacientes,a si prprio e sua equipe.

    A esterilizao dos instrumentos uma parte essencial do

    SISTEMA BEDA ( B- barreiras; E- esterilizao; D-desinfecoe A- anti-sepsia) de Controle da Infeco, em qualquerambiente: consultrios, clnicas e laboratrios. Assim, umcuidado constante na esterilizao efetuar testes para

    verificar se os procedimentos de esterilizao esto eficientes.Uma vez por semana, indicadores biolgicos ou esporo-testesdevem ser utilizados, junto com o material a ser esterilizado,

    Nota importante: Atualmente, por fora da legislao,o profissional o responsvel pelo encaminhamentode seu lixo contaminado. Se em prdios, deve informarsndico e funcionrios e, em caso de residncias, o rgoresponsvel pela coleta do lixo. Se houver um acidentecom o lixo antes de ser coletado pelo departamento delimpeza, a responsabilidade ser do profissional ou dainstituio a que ele pertence.

    para se estar seguro de que o procedimento foi correto.

    O monitoramento pode ser efetuado pelo uso de indicadores.Os indicadores so classificados em biolgicos e nobiolgicos.INDICADORES BIOLGICOS: so representados pelosesporos bacterianos/fngicos e vrus. Os mais utilizados e

    comercializados so: ampolas da 3M, o Attest, ou em formade tiras ou fitas de celulose impregnadas com esporosbacterianos. Os esporo-testes, aps passarem pelo ciclo deesterilizao, devem ser incubados por no mnimo 48 horas,o que vai revelar se os esporos foram ou no destrudos.

    Os esporos so as mais difceis formas de vida a seremdestrudas, quer por meios fsicos ou qumicos. Assim, quandoos esporos so destrudos, significa que todas outras formasmicroscpicas de vida foram mortas, incluindo at o HIV da

    AIDS, o HVB da Hepatite B e bactrias da tuberculose.QUANDO OS ESPOROS ESTIVEREM VIVOS, SIGNIFICA QUEA ESTERILIZAO FOI INCORRETA.

    Na primeira imagem vemos a incubadora da 3M (Steam Incubator), que acelera a

    multiplicao dos esporos se eles no tiverem sido mortos pela ao da autoclave. Aocolocarmos a ampola do Attest na incubadora, o meio de cultura se rompe e banhaos esporos que esto na fita. Se os esporos estiverem mortos, o meio de cultura nose altera (detalhe na foto esquerda). Se os esporos no forem eliminados, eles semultiplicam e alteram a cor do meio de cultura (foto da direita), indicando que aautoclave no esterilizou o material.

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    INDICADORES NO BIOLGICOS: so tiras ou fitas decelulose impregnadas com substncias qumicas sensveisa determinadas temperaturas. Quando a temperatura atingida, a cor do material muda. A fita 1222 da 3M, porexemplo, possui faixas brancas que aps passarem pelaautoclave ficam escuras, mostrando que o material passoupelo ciclo de esterilizao no equipamento.

    Existem muitos testes no biolgicospara verificar se o material passou pelaautoclave, contudo o mais importantee recomendado pela CE (ComunidadeEuropia) o de Bowie-Dick, pois oscientistas acreditam ser esse teste o maisimportante dos testes no biolgicos.Todas as autoclaves da DABI ATLANTES/A foram submetidas a todos os testes,

    biolgicos e no biolgicos, durantemeses de funcionamento ininterruptomostrando-se sempre eficientes esem problemas de falhas. Todos osprocedimentos de manuteno foramseguidos rigorosamente, conformeinstrues do fabricante.

    Os Principais Erros Evidenciados peloUso desses IndicadoresEntre 5% e 10% das amostras encaminhadas por profissionaisa um servio de testes biolgicos podem apresentar fracasso.Isto pode ocorrer em muitos pontos, no ciclo da esterilizaodos instrumentos:

    1. Erro na escolha do ciclo de esterilizao.

    2. Empacotamento de forma incorreta, o que pode impediros instrumentos de serem atingidos pelo vapor saturado degua super aquecido.

    3. Defeito no equipamento, com alterao nos parmetrosde temperatura ou presso.

    4. Defeito no sistema de fechamento da porta, com perda

    de presso.

    Nota: s vezes o dentista ou outro profissional tm dificuldadeem encontrar os indicadores para monitoramento, uma vez

    que eles so muito pouco usados pelos dentistas e caros.Neste caso, o profissional pode, periodicamente, encaminhar

    uma coleo de seus instrumentos para testes microbiolgicos

    em um laboratrio de anlise.

    Acidentes com PerfurocortantesAs picadas acidentais de agulha so responsveis por umagrande parte dos ferimentos que ocorrem nos consultrios.No entanto, h poucas informaes disponveis no que serefere aos fatores de risco passveis de controle.

    Situaes em que ocorrem os ferimentos:

    Durante o descarte de agulhas usadas (23,7% de todosos ferimentos).

    Durante a administrao de injees parenterais ouanestesias (21,2%).

    Manuseio de campo da sala ou lixo, contendo agulhassem protetores (16,1%).

    Recolocao de protetores em agulhas depois do uso(12,0%).

    Outras situaes (16,5%).

    Durante os estudos, as agulhas usadas foram descartadas,sem ou com o protetor ou a seringa, em latas de metal de

    boca larga ou em garrafas de 1000ml, de gargalo estreito.Muitos acidentados relataram que o seu ferimento ocorreudurante o descarte de uma agulha num desses recipientesdemasiadamente cheios de agulhas. Muitos ferimentostambm ocorreram na ocasio do esvaziamento dessesrecipientes.

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    Recomenda-se a no recolocao do protetor em agulhasusadas e a disponibilidade e promoo do uso de umsistema eficiente para descarte de agulhas. Muitos casosgraves de hepatite B originaram-se de uma picada acidentalde agulha.

    O tratamento dispensado aos funcionrios aps o acidenteforam:

    Tratamento no especfico: em 26,8% dos funcionrios.

    Administrao de toxide de ttano: em 33,9% dosfuncionrios.

    Administrao de imunoglobulinas: em 16,0% dosfuncionrios, em doses variadas.

    Testes para antgenos da hepatite B: realizado em 23pacientes. Em dois casos determinou-se sorologia positivapara HVB no paciente em que a agulha havia sido usada.Em um dos tcnicos que sofreu o acidente houve odesenvolvimento da hepatite B.

    COMENTRIOS GERAIS:

    Deve-se considerar que o cirurgio-dentista e seu auxiliar tmgrandes chances de sofrer acidentes com perfurocortantesem seu trabalho, durante atendimento do paciente, poissempre realiza seus tratamentos em um local pequeno

    (cavidade bucal), sem muita visibilidade e quase sempreutilizando perfurocortantes, quando no brocas em altasrotaes com grande capacidade de se enroscarem nasluvas e ocasionarem acidentes profundos com instrumentose pontas contaminadas.

    Assim, considera-se que os acidentes com picadas de agulhaocorrem no somente em hospitais, mas em todos os lugaresonde agulhas e outros perfurocortantes so manipulados,

    como consultrios dentrios, farmcias, ambulatrios eclnicas. As agulhas de sutura tambm provocam muitosacidentes, no somente ao cirurgio mas em auxiliares, ao semanipular os instrumentos cirrgicos para sua reciclagem. Ocirurgio-dentista, em muitas circunstncias, perfura a luva eo dedo ao suturar retalhos livres de espessura total.

    Muitas vezes tem-se constatado que as agulhas de anestesia

    so convenientemente eliminadas logo aps o uso, mas aspequenas e finas agulhas atraumticas de sutura permanecemna bandeja cirrgica, o que pode causar acidente na auxiliarao remover o material para as cubas de pr-lavagem emdesincrustantes.

    A grande maioria do pessoal ligado sade no se preocupa

    muito quando sofre uma picada de agulha, procurandominimizar o problema ou ignor-lo. A maioria somente sepreocupa quando o acidente ocorre com uma agulha quereconhecidamente foi usada em um paciente portador deuma doena infecto-contagiosa grave.

    Existem trabalhos demonstrando a transmisso das seguintesdoenas por picadas acidentais de agulha:

    HEPATITE B.

    PANARCIO HERPTICO.

    SEPTICEMIA ESTREPTOCCICA.

    SEPTICEMIA ESTAFILOCCICA.

    TUBERCULOSE.

    SFILIS.

    INFECO por VARICELA-ZOSTER.

    FEBRE MACULOSA das Montanhas Rochosas.

    MALRIA.

    AIDS, etc.

    Conduta para a preveno de ferimentospor picadas de agulha e medidas a seremtomadas quando estes ocorrem:

    Todo pessoal envolvido deve tomar conhecimento das

    seqelas em potencial de ferimentos por picadas de agulhae de condutas para sua preveno. Isso pode ser feito pelaincluso de todos os empregados novos, inclusive dentistas,em programas de orientao inicial. Essas orientaesdevem ser repetidas periodicamente a todo pessoal. Oassunto poderia tambm ser revisto periodicamente emboletins informativos nas instituies que tm esse meio de

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    i i d i L l lt i i fi i t d t

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    comunicao, ou por meio de murais.

    NOS LOCAIS ONDE AS AGULHAS SO USADAS, POSTERSCOLOCADOS EM LUGARES DE DESTAQUE FUNCIONAMMUITO BEM.

    A RECOLOCAO do protetor ou recolocao na embalagem,

    de agulhas usadas, deve ser fortemente desaconselhada,exceto em casos especiais, quando o descarte imediato no possvel.

    No caso de ocorrer picada acidental de agulha, a no ser quepor uma agulha no utilizada, o ferimento deve ser relatado,se em instituies. Em caso de consultrios dentrios,deve-se procurar um mdico infectologista e realizar ummonitoramento dos acontecimentos subseqentes.

    O PROFISSIONAL OU MEMBRO RESPONSVEL DE UMAEQUIPE DEVE ANALISAR O MOTIVO QUE LEVOU AO ACIDENTEE TENTAR MUDAR OS MEIOS DE PREVENO. A PESSOA QUESOFREU O ACIDENTE COM O PERFUROCORTANTE DEVE FICARSOB A RESPONSABILIDADE DE UM MDICO INFECTOLOGISTAO MAIS RPIDO POSSVEL, POIS, SE HOUVER NECESSIDADEDE UM COQUETEL ANTI-VIRAL, ESSE DEVE SER APLICADO NOMXIMO 2 HORAS APS O ACIDENTE PARA SER EFETIVO.

    OS INSTRUMENTOS PODEM APRESENTAR PROBLEMASDURANTE SUA RECICLAGEM (ESTERILIZAO).

    Os problemas encontrados no instrumental durante suareciclagem so:

    MANCHAS e CORROSES. Vamos enumerar suas causas maiscomuns e tentar evit-las.

    As causas mais comuns de manchas e corroses nosinstrumentos so:

    - Contato prolongado com compostos iodados, sangue,fluidos orgnicos, cloreto de clcio, cloreto de ferro, bicloretode mercrio e, o mais comum, tempo muito longo entre ouso e o incio da limpeza.

    - Lavagem manual ou ultra-snica insuficiente, quando restosde matria orgnica podem permanecer nos pontos maisretentivos, principalmente de instrumentos periodontais deraspagem e curetagem. Nesses instrumentos, os restos decemento, dentina e outros ficam firmemente aderidos naparte ativa dos instrumentos, tornando estes pontos os maiscrticos para corroso, perda do fio e fraturas.

    - Precipitao do contedo mineral da gua (gua dura)sobre os instrumentos, facilitando as correntes galvnicasdurante a esterilizao.

    - Permanncia, na superfcie dos instrumentos, deprodutos desincrustantes da pr-lavagem, que no foramsuficientemente removidos na fase de lavagem em guacorrente.

    - Utilizao de detergentes comerciais que podem atacar oao inoxidvel, como por exemplo o Solupan.- Permanncia muito prolongada em substnciasdesincrustantes.

    - Utilizao de gua de torneira, com sais minerais e matriaorgnica, na autoclave, produzindo vapor com impurezas. Agua deve ser destilada.

    - Secagem inadequada, empacotamento de instrumentosmidos ou substncias precipitadas sobre os instrumentos.

    Manchas mais comuns nos instrumentos,suas causas e maneiras de evit-las

    MANCHAS SUPERFICIAIS1) TIPO: aurolas de colorao superficial sem contornodefinido, lembrando as cores do arco-ris.

    CAUSAS: so aurolas e manchas de gua, provenientesde:

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    a) ons de metais pesados ferro mangans cobre presentes observando se o tempo e a maneira de uso indicados pelo

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    a) ons de metais pesados - ferro, mangans, cobre, presentesna gua de limpeza ou na caldeira da autoclave.

    b) Alta concentrao de substncias minerais como clcio esubstncias orgnicas.

    SOLUO: podem ser removidas fisicamente - usar guadesmineralizada ou destilada.

    2) TIPO: resduos amarelos ou marrom escuro, presentes nospontos de difcil limpeza. No devem ser confundidos commanchas de ferrugem.

    CAUSAS:

    a) Resduos proticos que j estavam incrustados noinstrumento antes da lavagem.

    b) Uso repetido de detergentes com gua suja, onde osresduos em suspenso se agregam aos instrumentos.

    c) Resduos depositados em solues qumicas desinfetantesvelhas, no renovadas.

    SOLUO: limpar sempre os depsitos ou cubas de lavagem ede desinfeco. Os resduos desaparecem quando esfregadosou limpos com agentes de limpeza neutros (no corrosivos).Se no forem eliminados, depois de certo tempo, podemproduzir corroso e deteriorao do instrumento.

    3) TIPO: colorao amarelada em todo corpo doinstrumento.

    CAUSA: superaquecimento durante o processo deesterilizao.

    SOLUO: aferir com termmetro de mercrio temperaturareal de esterilizao, que deve estar entre 159C e 164C.

    4) TIPO: manchas localizadas de cor cinza-azulada.

    CAUSA: utilizao de substncias qumicas detergentes, quepodem agir como corrosivos para metais.

    SOLUO: o detergente deve ser trocado freqentemente,

    observando-se o tempo e a maneira de uso indicados pelofabricante. Caso o problema persista, o detergente deve sertrocado.

    CORROSES

    1) TIPO: pontos de corroso. Progridem rapidamente ecausam a deteriorao de todo o instrumento em poucotempo, facilitando sua quebra. o mais freqente.

    CAUSA: provocadas geralmente por ons halogneos, queatuam na superfcie do instrumento. Provm de soluessalinas, cloretos, iodo e tambm de resduos de secrees,ou ainda de detergentes, desincrustantes ou soluesdesinfetantes sujas ou alteradas.

    SOLUO: se o contato direto com solues halognicasfor inevitvel, deve-se providenciar a imediata lavagem dosinstrumentos.

    2) TIPO: fissuras por tenses internas ou externas; nocompreendem rachaduras por esforo.

    CAUSAS:

    a) Utilizao inadequada do instrumento.

    b) Mudanas bruscas na temperatura durante aesterilizao.

    c) Presena de grandes concentraes de ons de cloro nagua.

    SOLUO: manter os instrumentos abertos no processode lavagem e fechados, no primeiro dente, durante aesterilizao.

    3) TIPO: corroso nas articulaes de pinas ou tesouras.

    CAUSA: limpeza inadequada, pela prpria dificuldade deacesso rea.

    SOLUO: imerso, por 12 horas, em soluo de lcool etlicoe soluo aquosa de amnia, em partes iguais.

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    S t d I f P di t

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    Sntese de Informaes e ProcedimentosSegundo as atuais normas das Secretarias da Sade dosEstados, todos os artigos odonto-mdico-hospitalares queso introduzidos na boca do paciente devem estar estreis.

    Dessa forma, torna-se fundamental o domnio e a prticade rigorosas tcnicas para a esterilizao de todos os artigosque tenham que ser reciclados nos consultrios, clnicas,ambulatrios e laboratrios.

    Dos mtodos conhecidos para esterilizao, a esterilizao porcalor o mtodo mais prtico e eficiente, com a vantagemde poder ser monitorado, dando ao profissional ainda maiscerteza da esterilidade dos materiais e instrumentos queest utilizando em seu ambiente de trabalho. E, entre as

    alternativas de esterilizao por calor, a mais recomendadae eficiente a de vapor saturado sob presso, produzido emautoclaves.

    As vantagens das autoclaves so numerosas em relaoaos demais mtodos de esterilizao e a sua aquisiohoje constitui um investimento e um comprometimentoprofissional com a biossegurana de consultrios e clnicas.

    Toda equipe de sade deve seguir um rigoroso esquema de

    manipulao dos materiais e controle de todo o processode esterilizao.

    Deve haver registros das esterilizaes feitas, do equipamentousado e da pessoa que executou os procedimentos deesterilizao, pois a data de vencimento das embalagens e oresponsvel pela esterilizao devem estar escritos na etiquetado invlucro do material estril.

    Esquema geral de esterilizao:1. Material contaminado da bandeja: depois de utilizado,deve ser embrulhado no campo e levado para a reade esterilizao, que atualmente chamada de rea deRecirculao dos Materiais (RCM) e regulamentada pela

    vigilncia sanitria.

    2. O material descartvel: agulhas, lminas de bisturi e outrosmateriais descartveis devem ser colocados em recipientesprprios para descarte de materiais perfurocortantes, como

    os Descartex, e eliminados com a indicao de materialcontaminado. O profissional que efetuar esses procedimentosdeve estar sempre com EPI (Equipamento de ProteoIndividual) e tomar todo cuidado para no se ferir com osinstrumentos perfurocortantes que est manipulando.

    3. Pr-lavagem com desincrustantes: os instrumentos quevo ser recirculados devem ser colocados em cubas ultra-snicas com desincrustantes ou enzimas proteolticas para a

    pr-lavagem. As alta-rotaes, micromotores e contra-ngulosno devem ser colocados nas cubas ultra-snicas.

    4. Lavagem em gua corrente:todo material pr-lavadodeve ser retirado do recipiente ultra-snico com luvas plsticascomerciais e abundantemente lavados em gua corrente. Oprofissional deve ainda inspecionar todos os instrumentos,se possvel com lupa, certificando-se de que toda sujidade

    foi eficientemente removida e que o instrumento est emperfeitas condies de uso.

    5. Secagem do material: o material, para ser eficientementeesterilizado, precisa estar completamente limpo e seco.A secagem pode ser feita com papel toalha ou jato de arcomprimido, de preferncia em um escorredor que drene a

    gua para a cuba da pia.

    6. Embalagem: os materiais e instrumentos devemser embalados em envelopes prprios, com plsticotermorresistentes, nylon, papel grau cirrgico.

    7. Esterilizao:a esterilizao deve ser feita em autoclave

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    ou estufa seguindo cuidados e tcnicas e obedecendo s Monitorizao da Esterilizao

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    ou estufa, seguindo cuidados e tcnicas e obedecendo sdeterminaes do fabricante. Tambm importante lembrarque os procedimentos de manuteno e testes de aferioda eficincia do funcionamento da autoclave e estufas soessenciais para a garantia da esterilizao e conservao doaparelho.

    8. Armazenamento do material: todo instrumentalesterilizado, devidamente etiquetado com data de esterilizaoe prazo de validade desta deve ser armazenado em local

    seguro, muito bem fechado, como gavetas ou armrios.Semanalmente, os locais de armazenamento podem serdesinfetados com produtos base de fenol. Podem aindaser colocadas pastilhas de cnfora para evitar insetos que

    danifiquem as embalagens.

    Todos esses procedimentos devem ser realizados emrea prpria para os procedimentos de esterilizao,que pode ser chamada de Centro de Recirculao dosMateriais (CRM).

    Importncia da Manuteno dasAutoclavesAs autoclaves so equipamentos que no do defeitos se asmanutenes preventivas forem feitas seguindo-se as normasdos fabricantes. importante ler o manual de instrues eseguir os parmetros e as substncias indicadas para sualimpeza peridica.

    No usar gua que no for destilada fundamental e, nomximo a cada 200 ciclos, realizar uma ampla limpezana cmara de esterilizao e fazer pelo menos dois cicloscom uma soluo detergente indicada pelo fabricante, quenormalmente acompanha a autoclave nova para os primeirostempos de uso.

    Monitorizao da EsterilizaoUm cuidado constante nos processos de esterilizao efetuartestes para verificar se os procedimentos esto eficientes.

    Uma vez por semana, indicadores biolgicos ou esporo-testesdevem ser utilizados, junto com o material a ser esterilizado,

    para se estar seguro de que o procedimento foi correto.

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    Conhea a Linha de Autoclaves DABI ATLANTE

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    Conhea a Linha de Autoclaves DABI ATLANTE

    Todas as caractersticas do modelo 19L, mais a exclusivabomba de vcuo que, removendo todo o ar da cmara deesterilizao antes do incio do processo, permite que o vaporsaturado penetre em toda a superfcie dos instrumentais,mesmo nas partes de acesso mais difcil, como pequenosorifcios dos dutos das peas de mo. Na implantodontia,a Autoclave 19L Vacuum apresenta grandes vantagens naesterilizao de campos cirrgicos e instrumentais. Outrorecurso disponvel o uso do ps-vcuo na secagem dos

    instrumentais, que ganham condies de uso ainda maisbiosseguras e vida til prolongada.

    19L Vacuum

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