esqueleto análise pragmática e semântica das frases de caminhão

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ESQUELETO - ANÁLISE PRAGMÁTICA E SEMÂNTICA DAS FRASES DE CAMINHÃO Máximas de Grice: Quantidade, qualidade, relevância, modo. Eu só dou carona pra quem dá pra mim. Violando a máxima de modo, porque não está claro. Dar: palavra homonímia (aspecto semântico), com isso produziu ambiguidade. “De um ponto de vista filosófico, o fato de as contrapartes naturais possuírem elementos em sua significação que não correspondem aos símbolos formais é considerado como uma imperfeição das línguas naturais, sendo tais elementos de significação excrescências indesejáveis. A presença de tais elementos tem como resultado o fato de que os conceitos no interior dos quais eles aparecem não possam ser clara e precisamente definidos e que não possa ser, em algumas circunstâncias, atribuído um valor de verdade definido pelo menos para algumas afirmações que os envolvem; a indefinição destes conceitos não é só objetável em si mesma, mas deixa em aberto o caminho para a metafísica – não podemos estar seguros de que nenhuma destas expressões em línguas naturais não seja metafisicamente ‘marcada’.” (“Logic and Conversation", parte das William James Lectures (1967), de H.P. Grice. A tradução deste artigo foi feita por João Vanderley Geraldi. Foi publicada no volume IV, intitulado Pragmática – Problemas, Criticas, na coleção Fundamentos Metodológicos da Lingüística, organizada por Marcelo Dascal, em 1982, no Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP, pag. 01)

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Esqueleto Análise Pragmática e Semântica Das Frases de Caminhão

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Page 1: Esqueleto Análise Pragmática e Semântica Das Frases de Caminhão

ESQUELETO - ANÁLISE PRAGMÁTICA E SEMÂNTICA DAS FRASES DE CAMINHÃO

Máximas de Grice: Quantidade, qualidade, relevância, modo.

Eu só dou carona pra quem dá pra mim.

Violando a máxima de modo, porque não está claro.Dar: palavra homonímia (aspecto semântico), com isso produziu ambiguidade.

“De um ponto de vista filosófico, o fato de as contrapartes naturais possuírem elementos em sua significação que não correspondem aos símbolos formais é considerado como uma imperfeição das línguas naturais, sendo tais elementos de significação excrescências indesejáveis. A presença de tais elementos tem como resultado o fato de que os conceitos no interior dos quais eles aparecem não possam ser clara e precisamente definidos e que não possa ser, em algumas circunstâncias, atribuído um valor de verdade definido pelo menos para algumas afirmações que os envolvem; a indefinição destes conceitos não é só objetável em si mesma, mas deixa em aberto o caminho para a metafísica – não podemos estar seguros de que nenhuma destas expressões em línguas naturais não seja metafisicamente ‘marcada’.” (“Logic and Conversation", parte das William James Lectures (1967), de H.P. Grice. A tradução deste artigo foi feita por João Vanderley Geraldi. Foi publicada no volume IV, intitulado Pragmática – Problemas, Criticas, na coleção Fundamentos Metodológicos da Lingüística, organizada por Marcelo Dascal, em 1982, no Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP, pag. 01)