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uma publicação mensal da FEA-USP Depois do sucesso da primeira edição do Festival Solidário de Futebol, em 2009, a Comissão de Cul- tura e Extensão da FEA reuniu, no dia 16 de outu- bro, professores, alunos, funcionários e comunidade para mais um encontro de esporte e solidariedade. As partidas de futebol de campo aconteceram no Centro de Práticas Esportivas da USP (CEPEUSP) entre times mistos de alunos, professores e funcio- nários de algumas unidades da USP, além da FEA. A novidade desta segunda edição foi a participação dos times de futebol feminino da FEA e dos proje- tos sociais Recreart e Comunidade São Reminho, formados por crianças de 9 até 11 anos (categoria sub-11). Para a professora Marina Mitiyo Yamamoto, presidente da Comissão de Cultura e Extensão da FEAUSP (CCEx) e responsável pelo Festival, a es- colha do futebol como modalidade esportiva é im- portante para o sucesso do evento. “O futebol faz parte da cultura brasileira e, neste caso, tem um pa- pel primordial na integração da comunidade USP, alunos, professores e funcionários em prol de uma causa social”, diz ela. O festival teve apoio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão, do restaurante Sweden, do Clube dos 13, da Livraria Visconde de Cairú, da Copiadora RCS e da diretoria da FEA. Participaram da comis- são Moisés Santana, João Corrêa, Valdir dos San- tos, Marcos Gonçalves, Edson Wanderley de Souza, Milena Neves Ramos, Rosemeire Batista e a profes- sora Marina Mitiyo Yamamoto, do Departamento de Controladoria e Contabilidade. p.02 p.10 p.11 p.12 p.14 ANÁLISE & OPINIÃO FEA PROFESSORES FEA ALUNOS FEA FUNCIONÁRIOS FEA MIX FEA PROFESSORES PAINEL FEA PROF. E ALUNOS E AINDA... p.04 p.06 p.08 Competições de Resolução de Caso movimentam a FEA Os desafios do próximo governo Programas DINTER ampliam fronteiras da FEA Esporte e solidariedade ano 07_edição 64_nov/dez_2010 Equipes dos projetos Restart e da Comunidade São Reminho

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Page 1: Esporte e solidariedade - fea.usp.br · saram por abrigos da Prefeitura e participam agora de programa socioeducativo. Eles também foram convidados para a festa. ... rão Preto,

uma publicação mensal da FEA-USP

Depois do sucesso da primeira edição do Festival

Solidário de Futebol, em 2009, a Comissão de Cul-

tura e Extensão da FEA reuniu, no dia 16 de outu-

bro, professores, alunos, funcionários e comunidade

para mais um encontro de esporte e solidariedade.

As partidas de futebol de campo aconteceram no

Centro de Práticas Esportivas da USP (CEPEUSP)

entre times mistos de alunos, professores e funcio-

nários de algumas unidades da USP, além da FEA.

A novidade desta segunda edição foi a participação

dos times de futebol feminino da FEA e dos proje-

tos sociais Recreart e Comunidade São Reminho,

formados por crianças de 9 até 11 anos (categoria

sub-11).

Para a professora Marina Mitiyo Yamamoto,

presidente da Comissão de Cultura e Extensão da

FEAUSP (CCEx) e responsável pelo Festival, a es-

colha do futebol como modalidade esportiva é im-

portante para o sucesso do evento. “O futebol faz

parte da cultura brasileira e, neste caso, tem um pa-

pel primordial na integração da comunidade USP,

alunos, professores e funcionários em prol de uma

causa social”, diz ela.

O festival teve apoio da Pró-Reitoria de Cultura

e Extensão, do restaurante Sweden, do Clube dos

13, da Livraria Visconde de Cairú, da Copiadora

RCS e da diretoria da FEA. Participaram da comis-

são Moisés Santana, João Corrêa, Valdir dos San-

tos, Marcos Gonçalves, Edson Wanderley de Souza,

Milena Neves Ramos, Rosemeire Batista e a profes-

sora Marina Mitiyo Yamamoto, do Departamento

de Controladoria e Contabilidade.

p.02p.10p.11p.12p.14

ANÁLISE & OPINIÃO

FEA PROFESSORES

FEA ALUNOS

FEA FUNCIONÁRIOS

FEA MIX

FEA PROFESSORESPAINELFEA PROF. E ALUNOS E AINDA...

p.04 p.06 p.08

Competições deResolução de Casomovimentam a FEA

Os desafiosdo próximogoverno

Programas DINTERampliam fronteirasda FEA

Esp

orte

e

soli

dar

ied

ade

ano 07_edição 64_nov/dez_2010

Equipes dos projetos Restart e da Comunidade São Reminho

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#02

ANÁLISE E OPINIÃO

“Para dar conta da complexidade e da diversidade das demandas, minha convicção é que nada pode ser mais importante do que as nossas crenças e valores.”

Um

exc

elen

te 2

011

pa

ra t

odos

nós

Meu objetivo na Fea é Fazer uM

belo trabalho. Mas para que isso

aconteça, preciso contar com todos os

funcionários. Essa foi a mensagem que

deixei para todos os que estavam pre-

sentes na primeira reunião geral, que

conduzi como diretor da FEA, no dia

12 de novembro.

O desafio é imenso. Os números da

FEA dão uma medida do nosso dia a

dia. São três mil alunos de graduação,

500 de pós-graduação, 120 alunos es-

trangeiros, 175 mil visitas à Biblioteca,

35 eventos em média por mês. Para dar

conta da complexidade e da diversida-

de das demandas, não podemos per-

der de vista as nossas crenças e valo-

res: o bom uso dos recursos, o sentido

de coletividade, a responsabilidade, a

cobrança constante de resultados e a certeza de que tudo

é importante. Acredito mesmo que o segredo é fazer tudo,

mesmo as pequenas coisas, de maneira grandiosa.

Encerramos 2010 celebrando a avaliação da Coordena-

ção de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Ca-

pes), que conferiu notas máximas para os programas de Eco-

nomia, Administração e Controladoria e Contabilidade. Foi

uma conquista merecida que renova a nossa responsabilida-

de. Por essa razão, 2010 representa também o início de um

novo ciclo. Precisamos concentrar esforços e apurar o nosso

olhar para não apenas manter os conceitos do último triênio,

mas avançar mais. Há muito trabalho a ser feito.

Entre os desafios de 2011, temos o megaprojeto da nova

Biblioteca, uma obra muito desejada e necessária que, final-

mente, começa a se concretizar. De certa forma, a execução

das obras representa um transtorno, mas tenho certeza de

que não vai faltar paciência e colaboração. Estamos inician-

do uma campanha para captar recursos que vão garantir o

nível de serviços que desejamos implementar.

Por fim, uma discussão profunda que não pode mais ser

adiada é a renovação da graduação. Precisamos fazer um diag-

nóstico, integrar os cursos e as disciplinas e entender melhor

as necessidades até mesmo para avaliar se o que fazemos está

afinado com o que é preciso fazer, se está alinhado às tendên-

cias internacionais. Vamos descobrir juntos o que é preciso

fazer para mudar para melhor. Estamos diante dessa oportu-

nidade e vamos perseguir esse sonho com muita negociação.

Essa é a palavra! Descobri nesses poucos meses que o dire-

tor, na verdade, não manda em nada nem em ninguém. Pode-

mos inspirar as pessoas, induzir os processos e encaminhar as

ideias para os colegiados, fóruns em que as decisões são toma-

das. Vamos, portanto, descobrir juntos o caminho do futuro e

garantir a evolução rumo à excelência, a verdadeira vocação

da FEA. Desejo um grande 2011 para todos!

reinaldo Guerreiro

ProFessor do dePartaMento de Controladoria e Contabilidade e diretor da Fea

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gente vê no sorriso delas, a diferença que

isso faz”, diz Rosemeire.

Os jogadores da Comunidade São Re-

minho, vizinha à USP, e do Recreart, lo-

calizado na zona sul, também tiveram um

dia diferente. Esses projetos sociais atuam

em comunidades carentes e utilizam o

esporte para mudar a realidade das crian-

ças. Para Moisés Santana, da comissão

organizadora, o festival deve ser repetido

nos próximos anos. “Queremos ajudar

quem tem a responsabilidade de transmi-

tir para a garotada a importância da edu-

cação e do esporte no desenvolvimento

do espírito de cidadania. No Festival não

tem time vencedor, todos ganham” diz.

Promover atividades e eventos que

possam agregar ações de cunho social,

trazendo sempre a reflexão e a prática

da cidadania para a comunidade feana,

é a proposta da CCEx. “É muito grande

a mobilização para fazer dar certo. Todos

ajudam e podem ajudar. Isso é gratifican-

te”, diz a professora Marina.

#03

“O principal não são as doações, mas o carinho e a atenção. Todos ajudam e isso é muito gratificante.”

FEA X FEA

Esporte e solidariedade

o 2º Festival solidário de Fute-

bol reuniu FunCionários, ProFes-

sores e alunos da Fea, FunCioná-

rios da Fia e da FiPe, da Coor-

denadoria do CaMPus da CaPital

(CoCesP), da reitoria e da Fa-

Culdade de MediCina veterinária

e zooteCnia. O sucesso do festival atraiu muita gente e foi

encerrado com uma animada confraternização, no jardim in-

terno do FEA 1. O grupo Andarilhos, formado por funcioná-

rios terceirizados da Faculdade, garantiu o som.

Cada time doou duas cestas básicas e brinquedos que foram

entregues ao Centro de Referência da Criança e do Adolescen-

te de Osasco. O Centro cuida de 80 crianças e jovens que pas-

saram por abrigos da Prefeitura e participam agora de programa

socioeducativo. Eles também foram convidados para a festa.

Para Rosemeire Batista, secretária da Comissão de Cultura e

Extensão (CCEx) e uma das organizadoras do Festival, o que

importa não são as doações. “Para essas crianças, o mais im-

portante é o carinho e a atenção. Elas passam o dia inteiro no

abrigo, sem nenhum contato familiar. Enfrentaram maus tra-

tos de familiares e foram recolhidas por decisão judicial. É uma

emoção quando elas descem do ônibus e se deparam com um

monte de gente. Elas brincam, correm e se divertem muito. A Profa. Marina, Moisés, João, Rosemeire e Geraldo

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#04

FEA PROFESSORES E ALUNOS

As competições agregam aspectos como o aperfeiçoamento da formação dos graduandos de todos os departamentos, contato com o mercado e executivos de empresas e instituições.

Com

pet

içõe

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ara

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un

do

rea

l

Em 2010, várias competições de Re-

solução de Casos movimentaram a FEA

e mobilizaram alunos de todos os depar-

tamentos. São iniciativas que colocam

os alunos diante de problemas e desafios

reais, proporcionando a aplicação do co-

nhecimento teórico, a tomada de deci-

sões e o desenvolvimento de habilidades

analíticas e de comunicação. Tudo isso

num ambiente protegido, com a supervi-

são de professores.

Para os alunos e professores envol-

vidos nessas iniciativas, as competições

agregam diversos aspectos interessantes

como proporcionar o aperfeiçoamento da

formação dos graduandos, contato com o

mercado e executivos de empresas e instituições e maior visibi-

lidade para a FEA.

A parceria entre a FEA e a Universidade de Illinois em Urba-

na-Champaign concretizou o Concurso Internacional de Resolu-

ção de Casos e premiou os finalistas brasileiros com uma viagem

para os Estados Unidos, na primeira quinzena de setembro. Or-

ganizada pelos professores Graziella Maria Comini e Moacir de

Miranda Oliveira Junior, do Departamento de Administração,

a iniciativa foi apoiada pelo Centro de Estudos Werner Bauer e

pelo programa de internacionalização da AmBev.

A competição recebeu 60 inscrições para as 18 vagas da

FEA. As equipes foram formadas, por sorteio, com dois estu-

dantes brasileiros e dois da Universidade de Illinois. O trabalho

foi desenvolvido em São Paulo com as nove equipes finalistas

que tiveram pouco mais de um dia para preparar o case. “Os

alunos não se conheciam e tiveram que interagir com os colegas

estrangeiros. Executivos da AmBev participaram das bancas e

se surpreenderam com o nível dos trabalhos e das apresenta-

ções. O feedback foi muito positivo para todos os participantes e

para a imagem da FEA”, comenta professora Graziella.

Nos Estados Unidos, a equipe finalista visitou a Universida-

de e as empresas AmBev e Caterpillar, além de assistir a uma

partida de futebol americano. De acordo com a professora Gra-

ziella, a AmBev abriu as portas.

Equipe Arquivos V (André de Geus Cervi

e Rafael Manocchio, de Administração,

e Leandro Cizotto e Ricardo de Carli, de

Economia) vencedora da XIV CRC

Prof. Moacir, profa. Graziella, Terry McKoy (Illinois) e estudantes da FEA e de Illinois

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#05

“A nossa preocupação é preparar a equipe para a apresentação. Os alunos devem argumentar e defender a recomendação. O relatório deve ser em inglês.”

Em 2009, a FEA foi convidada para participar do Invest-

ment Research Challenge (IRC), competição de resolução

de casos da Chartered Financial Analyst (CFA), organização

global que, entre outras atribuições, é responsável pela Certi-

ficação CFA de recomendação de investimentos. Em 2010, a

professora Liliam Sanchez Carrete, do Departamento de Admi-

nistração, assumiu a incumbência de preparar a equipe da FEA

para o torneio que tem como tema o Grupo Fleury.

Além da FEAUSP, participam da etapa Brasil, a FEA Ribei-

rão Preto, a Fundação Getulio Vargas SP, o IBMEC-RJ, o Ins-

tituto de Ensino e Pesquisa (Insper-SP), PUC-SP, e Mackenzie.

Os cinco integrantes da equipe vencedora ganham o direito de

participar da etapa Américas.

A divulgação do torneio e das inscrições foi feita pela Liga de

Mercado Financeiro. “Os 18 inscritos passaram por entrevista e

os selecionados estão no último ano de Economia e Adminis-

tração. A competição é muito exigente e coloca os participantes

em contato com executivos do mercado que atuam como men-

tores. A nossa preocupação é preparar a equipe para a apre-

sentação. Eles devem argumentar e defender a recomendação.

O conteúdo do relatório que deve ser em inglês não será um

problema,” explica a professora Liliam.

Para Guilherme Mendes de Araújo, líder da equipe, a opor-

tunidade é essencial para quem quer trabalhar na área de in-

vestimentos. “O trabalho é difícil, coincidiu com o período de

provas e conclusão de TCC, mas vale a pena”, diz ele, que já

participou da competição Mega Case da Procter & Gamble

A primeira Competição de Políticas Econômicas – Co-

peco –, realizada de 19 a 21 de setembro, pela Comissão

FEAUSP Educação e Futuro, levou a metodologia para a

área de macroeconomia e abriu um novo e importante es-

paço para os alunos de graduação testarem e consolidarem

conhecimentos na área econômica. Foi organizada pelo pro-

fessor Carlos Eduardo Soares Gonçalves, do Departamento

de Economia, e teve patrocínio da comissão de graduação

da FEA, da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), da

Tendências Consultoria Econômica e da BM&FBOVESPA.

A FEA júnior realiza também, duas

vezes por ano, sua Competição de

Casos (CRC). É uma das suas frentes

de atuação como entidade dedicada

à complementação da formação dos

alunos para o mercado de trabalho.

“A competição é fundamental para

os alunos colocarem os conhecimen-

tos em prática. Ela traz problemas que

acontecem nas empresas e os alunos

têm que encontrar a solução como se

fossem os profissionais responsáveis”,

explica Cristiane Gazzanel, diretora de

eventos da FEA júnior USP.

Este ano, a XIV CRC contou com

equipes da FEA, Poli, UNESP, UNI-

CAMP, MACKENZIE e Insper. O

case proposto foi Banco FEA e o Ci-

tibank foi o patrocinador. Para Rafa-

el Manocchio, integrante da equipe

vencedora Arquivos V, o prêmio não

é a única motivação para participar da

CRC. “É a experiência de ‘colocar a

mão na massa’, de enfrentar essa carga

de trabalho e de se expor para as em-

presas que patrocinam o evento para

obter um feedback”, diz ele.

Equipe IRC: Júlio Cezar Mezzalina Martins, Ana Carolina Garcia, Guilherme Mendes de Araújo, Jáder Gonçalves Pires e profa. Liliam Sanchez Carrete (foto menor)

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#06

PAINEL

“É importante não mexer no tripé que deu sustentação à economia nos últimos 12 anos: controlar as despesas do governo, não interferir no Banco Central e na taxa de câmbio.”

Os

des

afi

os d

o p

róxi

mo

gov

ern

o não serão PouCos os desaFios do

PróxiMo Governo. O aumento cres-

cente do gasto público, o ineficiente

sistema tributário, o financiamento

da Previdência e a pressão geral por

educação e saúde de qualidade pesam

na agenda da presidente eleita, Dilma

Roussef. Na fatura que ela vai receber

em 1º de janeiro de 2011 estará tam-

bém a força do voto da continuidade

que a conduziu ao cargo.

Para o professor Edgard Bruno

Cornachione Junior, chefe do depar-

tamento de Contabilidade e Atuária,

o maior impacto é o da área tribu-

tária. “Dependendo dos instrumentos

tributários que o governo venha a uti-

lizar, o impacto na carga tributária das

empresas será enorme, bem como as

consequências sobre o desenvolvimento

da nação. É preciso repensar as formas

de compatibilizar arrecadação e gastos.

Outra questão fundamental, no âmbito

da Atuária, é a reforma previdenciária,

a questão dos fundos de

pensão e o financiamen-

to da aposentadoria. A

regulação da previdência

oficial, complementar ou

privada tem impacto na

sociedade como um todo.

Com o avanço etário da

população, existe a ne-

cessidade emergencial de se operar nessa linha. A Contabili-

dade deve ser ‘a linguagem dos negócios’. Por meio de balan-

ços, relatórios, a empresa se comunica com os meios externo

e interno, expõe a sua performance. O Brasil passa por um

processo de harmonização contábil e até está na dianteira da

implantação das regras do IFRS. Essa harmonização acon-

tece também na esfera pública e o papel do governo federal

é fundamental. A qualidade da informação contábil deve ser

preservada porque só assim o Brasil pode avançar e ganhar a

confiança dos investidores locais e internacionais. O mercado

reage imediatamente diante de relatórios pouco confiáveis. A

Contabilidade está no meio dessas duas pontas: é um agente

público como ciência e como atividade, porque de um lado

existem as empresas com seus negócios, do outro, os finan-

ciadores, bancos, fundos de pensão, pessoas físicas. No meio,

tem que ter alguém falando: essa história que a empresa x está

contando é verídica, pode confiar, tomar suas decisões com

base nas informações fornecidas.”

reForMas

O professor Simão Davi Silber, do Departamento de

Economia, divide os desafios como de curto e longo pra-

zo. “No curto prazo, é fundamental que o governo não deixe

acontecer uma farra fiscal. O aumento do gasto público já

vem ocorrendo desde o final de 2008. A crise financeira mun-

dial exigiu medidas porque era preciso agir para

amenizar o impacto. Mas o governo passou muito

da medida e haverá consequências de curto e longo

prazo. Quanto maior é o Estado, menor é o dina-

mismo. É importante que não se mexa no tripé que

deu sustentação à economia nos últimos 12 anos:

não deixar explodir as despesas do governo, não in-

terferir no Banco Central – isso seria temerário – e

não controlar a taxa de câmbio. Manter o que tem

sido feito, o que deu credibi-

lidade ao governo. Medidas

de longo prazo

seriam as de

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#07

“Precisamos também investir em infraestrutura porque estamos no limiar de um apagão logístico. Como o país vive em função do mercado internacional, não há espaço para grandes aventuras.”

um estadista. Não dá para fugir mais das reformas e a mais ur-

gente é a previdenciária. Temos também um sistema tributário

confuso, é preciso flexibilizar a legislação trabalhista, a relação

trabalho/empresas. E, juntando a isso, um investimento maciço

em educação. Nenhum país é rico com população ignorante.

Precisamos também investir em infraestrutura porque estamos

no limiar de um apagão logístico. Como o país vive em função

do mercado internacional, não há espaço para grandes aven-

turas ou mudanças. O que mais me incomoda é que tivemos

quatro mandatos e muito pouco foi feito em reformas. O avanço

em pessoas, tecnologia e infraestrutura é modesto”.

neGoCiação

Para o professor Arnaldo José França Mazzei Nogueira,

do Departamento de Administração, o Brasil encontrou um

caminho saudável que concilia interesses e favorece o cres-

cimento econômico. “O ambiente é favorável para atrair os in-

vestimentos necessários e atender interesses empresariais, finan-

ceiros, sociais e das classes trabalhadoras. Não foi à toa que, nessa

eleição, o voto foi de continuidade. Quase 20 milhões de pessoas

passaram a ter acesso ao consumo e ao crédito. Isto afeta três áre-

as importantes: o emprego, a distribuição de renda e a diminuição

da pobreza no país. Para nós, que trabalhamos com gestão, recur-

sos humanos e relações de trabalho, a necessidade de fazer uma

revisão de conceitos é urgente. Precisamos entender o que está

acontecendo no Brasil, como podemos contribuir para que esse

processo seja cada vez mais qualitativo e que, em cada instân-

cia das empresas, das universidades, na atuação dos professores,

sejam agregados elementos para diminuir a desigualdade social

no país. Ver o que é possível fazer para que o Brasil tenha outra

cara daqui a 10 anos. Na minha área, isso envolve diretamente

pensar qual é o futuro das relações do trabalho, do mercado de

trabalho, da legislação trabalhista. Ao contrário do que se dis-

cute, o momento não é favorável para uma revisão da legislação

trabalhista. A regulação das políticas públicas favoráveis à ma-

nutenção do emprego formal, à maior distribuição de renda, aos

salários e à Previdência Social deve ganhar força. Não vejo pers-

pectiva de alterações radicais na legislação trabalhista por mais

que haja pressão

sobre gargalos e

demandas. Uma

desoneração da

folha de pagamen-

tos vai gerar uma

controvérsia gran-

de. A tendência é

que os compromis-

sos desse governo

com os sindicatos

organizados se

mantenham. No

âmbito da gestão

de RH das em-

presas, o desafio

é grande. Num

governo favorável

aos sindicatos, ao

trabalhismo, vai

ser difícil continu-

ar a fazer coisas

como terceirizar,

demitir sem nego-

ciar. Como futuros

gestores e líderes,

nossos alunos te-

rão que desenvol-

ver habilidades de

negociação e de

compartilhamento.

Entender o que in-

teressa a todos no

país: a diminuição

da desigualdade e

a ampliação das

oportunidades.”

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#08

“Entre os critérios da avaliação trimestral da Capes, os projetos de inserção social são muito valorizados. Estamos contribuindo para a formação de novos núcleos.”

FEA PROFESSORES

As

nov

as

fron

teir

as

da

FE

A o ProCesso de internaCionalização da

Fea já é uMa realidade, Mas PouCa Gen-

te sabe que a FaCuldade está Presente

taMbéM no “Coração do rio Grande

do sul”. Desde agosto, os professores

Martinho Isnard Ribeiro de Almeida,

Roberto Sbragia e Hamilton Luiz Corrêa,

do Departamento de Administração, se

revezam na ponte aérea com o município

de Santa Maria, a quase 300 quilômetros

de Porto Alegre, ministrando as aulas

do curso de Doutorado Interinstitucio-

nal em Administração (DINTER Novas

Fronteiras) entre a Universidade de São

Paulo (USP), a Universidade Federal de

Santa Maria (UFSM) e a Universidade

Federal do Pampa (UNIPAMPA).

Custeada pela Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (Capes), a parceria estratégi-

ca dessas três instituições responde ao

desafio de contribuir para a redução das

desigualdades e assimetrias regionais,

por meio da forma-

ção de dou-

tores na

R e -

g i ã o

S u l ,

c a -

pac i -

t a ç ã o

de docentes do

ensino superior,

formação e conso-

lidação de grupos de

pesquisa, fortalecimen-

to das estruturas de pós-graduação existentes ou que vierem

a ser desenvolvidas e intercâmbio acadêmico, inclusive na

forma de estágios de pós-doutorado.

Com esse primeiro DINTER em andamento e com 15

vagas, a FEA está expandindo suas fronteiras. “Entre os cri-

térios da avaliação trimestral da Capes, os projetos de in-

serção social são muito valorizados. Além de receber alunos

e de formar professores para outras universidades, estamos

contribuindo para a formação de novos núcleos”, explica

professor Lindolfo Galvão de Albuquerque, coordenador da

pós-graduação em Administração.

O Departamento de Contabilidade e Atuária também

recebeu aprovação da Capes e está estruturando seu progra-

ma com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

que será a receptora, Universidade Federal de Goiás (UFG)

e Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). “O

processo seletivo está em andamento. Os candidatos fizeram

o teste Anpad e já enviaram os seus projetos de tese para

serem avaliados. Depois das provas específicas de Contabili-

dade Gerencial e Societária, serão feitas as entrevistas com

os candidatos no dia 9 de dezembro. O planejado é que as

aulas se iniciem no primeiro semestre de 2011”, explica pro-

fessor Luís Eduardo Afonso, coordenador da pós-graduação

em Contabilidade.

Outras instituições demonstraram interesse em cursos si-

milares de Contabilidade, mas de acordo com as regras da Ca-

pes, cada programa pode desenvolver apenas um DINTER por

vez. “Nossa expectativa é que o curso possa ter uma contri-

buição efetiva para a formação de doutores em Contabilidade

da região Centro-Oeste, carente de docentes com titulação

de doutor. Ou seja, há um caráter bastante importante de

descentralização do conhecimento e de aprimoramento dos

quadros de docentes das universidades federais envolvidas no

processo. Este caráter social é parte do Departamento, por

suas características de liderança e pioneirismo na área contábil

do país”, afirma professor Luís Eduardo.

O Departamento de Economia, por sua vez, está estrutu-

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pela professora Clandia Maffini Go-

mes, que fez o doutorado na FEAUSP

com a orientação do professor Isak

Kruglianskas, então chefe do Departa-

mento de Administração que, não por

acaso, foi o professor da aula inaugural.

ParCeria

A parceria envolve o

Programa de Pós-Gradua-

ção em Administração da

FEA, que lidera o proje-

to no papel de promotora

conferindo a expertise aca-

dêmica fundamental para

a capacitação e o desenvol-

vimento das Instituições de

Ensino Superior (IES).

A Universidade Federal de Santa

Maria (UFSM), com o Programa de

Pós-Graduação em Administração,

atuará como receptora das atividades

fora de sede do DINTER. Esse progra-

ma apresenta uma estru-

tura em nível de mestrado

capaz de sediar, com qua-

lidade acadêmica, o de-

senvolvimento do curso.

A Universidade Federal

do Pampa (UNIPAMPA),

que é uma IES recém-

criada, localizada na me-

tade sul do Rio Grande do Sul, fronteira

do Estado com o Uruguai, se caracteriza

pela importância estratégica no desenvol-

vimento econômico e social da região e

pela carência de professores com forma-

ção stricto sensu.

#09

“A acolhida tem sido calorosa e somos bastante valorizados. O interesse e a dedicação têm sido excepcionais. Dá orgulho em contribuir para alavancar as competências locais.”

rando uma proposta de DINTER com a Universidade Fede-

ral do Piauí (UFPI), em Teresina (PI).

Projetos reGionais

Não deixa de ser uma aventura, mesmo nos dias de hoje,

se deslocar para a distante Santa Maria. Depois de quase

duas horas de voo até Porto Alegre, tem mais outro tanto

em avião pequeno e a incerteza de pousar num aeroporto

que não tem instrumentos. “Quando chove, o jeito é arru-

mar uma caminhonete o que leva mais tempo e atrasa tudo”,

conta professor Martinho de Almeida, coordenador e profes-

sor do DINTER.

Cada professor se encarrega de 60 horas presenciais por

semestre e os alunos terão que fazer duas disciplinas obri-

gatórias na FEA. A seleção privilegiou os professores mais

antigos das universidades gaúchas que até o momento não

tinham tido oportunidade de fazer um doutorado. “É muito

gratificante para todos. A região é carente e a cooperação

veio em boa hora. Os projetos apresentados são de bom nível

e refletem a realidade da região. Os professores são experien-

tes, dão consultorias. Há muito interesse na gestão de peque-

nas empresas e cooperativas”, comenta professor Martinho.

O professor Roberto Sbragia foi convidado para ministrar

a disciplina Gestão da Inovação. “A acolhida tem sido calo-

rosa e somos bastante valorizados. O pessoal é de bom para

excelente nível e o rendimento tem sido muito bom, apesar

da sobrecarga nos períodos em que lá estamos dando aulas. O

interesse e a dedicação têm sido excepcionais. Dá orgulho em

contribuir para alavancar as competências locais”, diz profes-

sor Roberto.

A estrutura curricular básica do DINTER da Adminis-

tração foi projetada para desenvolver a linha de pesquisa Es-

tratégias e Organizações. O curso foi alinhado ao mestrado

da UFSM que, por sua vez, tem sua área de concentração

definida em Estratégia e Competitividade. Esse alinhamento

permitirá um maior aproveitamento da troca de expertise e de

experiências entre os programas parceiros.

Vale destacar que as portas da UFSM foram abertas

Prof. Martinho de Almeida

Prof. Roberto Sbragia

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#10

FEA PROFESSORES

“Os alunos se sentiram prestigiados com o interesse do professor Mesut, que também estava interessado em aprender com eles.”

Pre

sen

ça

ma

rca

nte O professor e pesquisador da Universidade de Wiscon-

sin-Milwaukee (Estados Unidos) Mesut Akdere foi convi-

dado para ministrar uma disciplina no curso de pós-gradua-

ção da FEA. Foram duas semanas muito ricas e de trabalho

intenso, de 14 a 29 de setembro, em torno do tema – Hu-

man Research Development (HRD) ou Desenvolvimento

de Recursos Humanos.

Tendência nos Estados Unidos e na Ásia, mas pouco co-

nhecida no Brasil que está mais ligado à linha européia, a

abordagem reúne desempenho organizacional, capacitação

gerencial, gestão da qualidade, liderança, treinamento e edu-

cação. Falando dessa conexão com entusiasmo, o professor

Mesut encantou a turma de alunos formada por alunos da

FEA, dos cursos de pós-graduação em Administração e em

Controladoria e Contabilidade, e da FECAP (Fundação Es-

cola de Comércio Álvares Penteado).

“O objetivo desse curso foi trazer essa perspectiva para

a FEA, uma abordagem inovadora que privilegia o agente

humano. Foi interessante provocar essa reflexão no contex-

to tecnicista como o da Contabilidade. Conheci o professor

Mesut, que é um pesquisador dessa área em congressos inter-

nacionais, e ele demonstrou interesse em conhecer o Brasil.

Ele trouxe oxigênio novo para a pós”, comenta Edgard Cor-

nachione, chefe do Departamento de Contabilidade e Atuá-

ria e responsável pela aula inaugural do curso.

Para os participantes, a dinâmica e a metodologia do cur-

so foram um capítulo à parte, com apresentações de vídeos,

d e b a t e s

e muita

r e f l e x ã o

sobre as

experiên-

cias abor-

dadas. “O

professor

Mesut se

preocupou

também em conhecer o ambiente em-

presarial brasileiro e, sempre que possí-

vel fazia comparativos entre os cenários

dos Estados Unidos, da Turquia, seu

país de origem, e o Brasil. E o fato de

ser ministrado em inglês, aspecto que,

a princípio gerou um certo receio, aca-

bou se transformando em uma experi-

ência enriquecedora para todos”, apon-

ta Renato Azevedo, que atuou como

assistente do professor.

Para o professor Edgard, aumentar

a presença de professores visitantes se

transformou numa meta. “Os alunos se

sentiram prestigiados com o interesse

do professor Mesut, que também esta-

va interessado em aprender com eles.

Mesmo com a barreira da língua, o

intercâmbio abre a cabeça das pessoas

para visões diferentes e desperta para a

inovação”, comenta professor Edgard.

Conhecer o Brasil tem sido uma mo-

tivação constante entre os visitantes es-

trangeiros, mas o interesse do professor

Mesut era ainda maior. “Como sua es-

posa é meio brasileira, eles queriam res-

gatar os parentes desse lado da família.

O interessante é que encontraram um

primo que é marido de uma funcionária

da FEA, Cleusa Soares”, conta Renato.

Além de conhecer e se reunir com

familiares, a visita propocionou ao pro-

fessor Mesut a oportunidade de conhe-

cer iguarias como água de coco e caldo

de cana. “Simpático e falante, ele real-

mente se tornou uma presença marcan-

te na FEA”, lembra Renato.

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#11

“O evento teve um altíssimo nível de discussão e excelente ambiente de networking.”

FEA ALUNOS

Feamais debate economiao FeaMais, ProGraMa de relaCionaMento CoM ex-alunos

da Fea, enCerrou o ano CoM uM evento esPeCial: o Pai-

nel Internacional Economic Conjuncture and Impacts of Inco-

me Distribution in the Emerging Countries, que aconteceu no

dia 9 de novembro, na sala da Congregação, reunindo espe-

cialistas da área financeira, alunos e ex-alunos da Faculdade.

O evento foi organizado em parceria com o IE Business

School e contou com a participação de Júlio Callegari, eco-

nomista-sênior do banco JP Morgan e ex-aluno da FEA;

Ignácio Muñoz Alonso, professor do IE e CEO da Addax

Capital; e Jordana Viotto, jornalista do Grupo Folha, con-

vidada para conduzir o painel. Edgard Cornachione, profes-

sor e chefe do Departamento de Contabilidade e Atuária da

FEA, abriu o evento.

Alonso falou sobre a mudança estrutural na base da econo-

mia global, depois das transformações nas grandes economias

emergentes. Para ele, a China é o símbolo desta grande mu-

dança. “Há uma onda de transferência da produtividade do

centro para a periferia, o que representa um quadro geral de

mudança na balança de poder e influência dos países desen-

volvidos para as economias em desenvolvimento”, afirmou.

Callegari argumentou que os EUA devem se recuperar

dentro de dois anos e serão novamente uma grande força

econômica. “Não subestimem a economia dos Estados Uni-

dos”, disse. Sobre a China, sua opinião é que o país é uma

grande promessa, mas que, para ser potência econômica,

precisa se preocupar com o envelhecimento da sociedade.

“A China tem mais ou menos dez anos antes da população

ativa envelhecer. Os chineses vão ficar velhos, antes de ficar

ricos”, afirmou.

Por isso, países como o Brasil, podem e devem aproveitar

essa onda de crescimento, que impulsiona principalmente a

venda de commodities, riqueza que a China e o mundo estão

comprando. Mas para manter esse crescimento precisam se

preocupar, e muito, com as bases estruturais da economia.

“Em termos de mudanças estruturais é frustrante não ter o

que dizer. Falta investimento em ino-

vação, educação e infraestrutu-

ra. E no caso do

Brasil, se

o novo

g o -

verno

n ã o

se pre-

o c u p a r

em mudar essa

realidade, teremos grandes

problemas no futuro”, alerta.

Para Milton Junior Daré, da área de

eventos e captação do Feamais, a in-

tenção foi trazer um tema atual para ser

debatido na faculdade por ex-alunos

que trabalham em bancos e áreas de

bens de consumo. “A qualidade do de-

bate foi muito boa, o tema foi elogiado

e, mais importante: o feedback foi exce-

lente, tanto por parte dos palestrantes

quanto dos participantes”, diz.

O evento foi o primeiro da nova gestão

do Feamais, que também está utilizando

uma nova logomarca. “O evento teve um

altíssimo nível de discussão e excelente

ambiente de networking”, diz Mário Lúcio

Corrêa Neto, gestor do programa.

Os palestrantes Ignácio Alonso e Júlio Callegari (da esq. para dir.)

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#12

FEA FUNCIONÁRIOS

“O modelo da FEA é peculiar. Ao longo do tempo, foram construídos métodos e processos de trabalho que se incorporaram à cultura da instituição.”

Com

pa

rtil

ha

nd

o ex

per

iên

cia

s

a assistênCia téCniCa de CoMuni-

Cação e desenvolviMento (atCed)

da Fea desenvolveu e Consolidou

nesses sete anos de atividades, uM

jeito PróPrio de atender as deMan-

das da FaCuldade, de Fazer CirCu-

lar a inForMação e, PrinCiPalMente,

de CoMPartilhar o ConheCiMento.

Integrando conceitos de compe-

tência, comunicação integrada e de

educação corporativa, a ATCeD, da

FEA, criada pela professora Maria

Tereza Fleury quando assumiu a di-

retoria, abriu espaço para um mode-

lo de atuação pioneiro na USP, que

tem despertado a atenção de

outras unidades e que

se tornou

referên-

cia em

l e v a n t a -

mentos de

benchmarking.

Várias uni-

dades da USP já se interessaram pela

experiência da FEA, entre elas, os Institutos de Matemáti-

ca e Estatística (IME) e de Astronomia, Geofísica e Ciên-

cias Atmosféricas (IAG) e a Escola de Enfermagem de São

Paulo, além da Fundação Getulio Vargas.

Atendendo convite da Escola de Enfermagem de

Ribeirão Preto (EERP), Lu Medeiros, responsável pela

ATCeD, fez uma apresentação do trabalho desenvolvido

pela área no dia 13 de setembro. “Não existe padrão na

USP para uma assistência técnica voltada para comuni-

cação. Algumas vezes, a assistência equivale a uma área

de eventos ou até agrega áreas de informática e de audio-

visual. O modelo da FEA é peculiar. Ao longo do tempo,

foram construídos métodos e processos de trabalho que se

incorporaram à cultura da instituição e geraram produtos

que são conhecidos na USP. O mais importante, porém,

é que ao ampliar o acesso à informação, o aprendizado

propiciou a conectividade entre os públicos da FEA e a

área se transformou em uma das ferramentas que ajudam

a compartilhar conhecimento”, explica Lu Medeiros.

Dessa forma, a agilidade e a riqueza do ambiente da FEA

estão presentes no informativo Semana na FEA, que foi o ponto

de partida, e tem no jornal Gente da FEA um registro histórico

significativo do que acontece na instituição desde 2003.

Para Ida Mara Brunelli, assistente acadêmica da EERP

e responsável pela comunicação, o convite foi formulado

com o objetivo de conhecer a experiência da FEA no uso

da comunicação para melhorias internas, uma das metas

do programa de gestão da diretora, professora Sílvia Hele-

na De Bortoli Cassiani.

“Foi constituída uma comissão com o objetivo inicial

de desenvolver um novo portal, um veículo de comunica-

ção interna para disseminar os principais eventos acadê-

micos e administrativos e desenvolvimento de uma nova

logomarca. Ficamos impressionados com o trabalho que

vem sendo realizado, os resultados positivos alcançados

e a estrutura disponível. A apresentação de Lu Medeiros

nos motivou e inspirou”, afirma Ida Mara.

Lu Medeiros: “Modelo da FEA é peculiar”

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#13

“Minha visão para a FEA é que ela seja o referencial entre as unidades da USP. Vamos fazer da FEA o lugar ideal para se trabalhar.”

Orgulho em trabalhar na FEAdePois de 12 anos, olGa Maria zulzke de Miranda está

de volta à assistênCia téCniCa adMinistrativa (atad).

Com a mesma energia e disposição, assumiu a área no início

de novembro e já imprimiu o seu ritmo ao trabalho.

Na primeira reunião geral com os funcionários, convoca-

da pelo diretor da FEA, professor Reinaldo Guerreiro, no dia

12 de novembro, sua apresentação foi arrematada com um

calendário das reuniões que pretende realizar com diferentes

grupos de funcionários. O objetivo da ação é ouvir as pessoas

e levantar um diagnóstico com as oportunidades de melhoria

que podem ser implementadas.

Com 32 funcionários diretos e 40 indiretos, a ATAd é

responsável pelas áreas de Protocolo, Zeladoria, Gráfica, Ma-

nutenção, Recursos Audiovisuais, Veículos e Recursos Hu-

manos. “A Assistência Administrativa é um mundo comple-

xo que interfere naturalmente em todas as áreas e na própria

dinâmica da FEA. Afinal, todos nós queremos um ambiente

limpo, em que os banheiros, fechaduras e equipamentos fun-

cionem. Queremos prestar um serviço de qualidade e sermos

valorizados pelo que representamos para a Faculdade. Por

isso, minha visão para a FEA é que ela seja o referencial en-

tre as unidades da USP. Vamos investir no contínuo aperfei-

çoamento dos processos e fazer da FEA o lugar ideal para se

trabalhar”, afirma Olga.

Para atingir esse objetivo, a nova assistente destacou que

o fundamental é cumprir as “regras do jogo”. “Dos funcio-

nários esperamos participação, colaboração, envolvimento,

responsabilidade, compromisso, iniciativa e criatividade.

Gosto de lembrar uma frase que ouvi de um executivo da

AMBEV: ‘Boas ideias não respeitam organograma’. Mas, por

outro lado, a FEA também deve fazer a sua parte: estabelecer

as diretrizes; definir metas e indicadores; garantir boas con-

dições de trabalho, desenvolvimento pessoal e transparên-

cia das ações; valorizar funcionários; divulgar informações e

manter a comunicação interna”, acrescenta.

Além das reuniões programadas, Olga acredita que incen-

tivar o trabalho em equipe e praticar a

política de portas abertas para todos os

funcionários é o melhor caminho. “Sou

apenas a facilitadora do processo. Por

isso, quero ouvir as pessoas e trabalhar

com elas, priorizando as tarefas, apro-

veitando o potencial de cada um e re-

conhecendo o esforço e o empenho”,

afirma Olga.

A nova assistente encontrou pra-

ticamente a mesma estrutura que co-

ordenou de 1994 a 1998, período em

que também fez o mestrado na FEA e

teve a oportunidade de aplicar os novos

conhecimentos adquiridos. Olga traba-

lhou na Unicamp e na USP e, em abril

deste ano, concluiu o doutorado em

Administração na FEA, apresentando

a tese sobre o Programa de Qualidade

e Produtividade da USP, um dos temas

que mais a entusiasma. “Foi muito pra-

zeiroso receber o convite para voltar à

FEA”, conclui Olga.

Olga de Miranda, pronta para novos desafios

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#14

FEA MIX

Escultura da artista Tomie Ohtake é o símbolo da conexão da FEA com todos aqueles que fizeram e ainda fazem parte da Faculdade.

Sustentabilidade

Autor: professor José Eli da Veiga, da FEAUSP

Editora Senac - patrocínio do Itaú Unibanco

O lançamento aconteceu dia 24 de novembro, no Centro de Cultura Judaica, em São Paulo, como

parte do evento Diálogos Itaú de Sustentabilidade. Os impactos que a emergente consciência de susten-

tabilidade está tendo sobre a economia, a política e a sociedade em geral foram debatidos por especia-

listas convidados: Eduardo Giannetti da Fonseca, economista e professor do Insper, a senadora Marina

Silva e Sérgio Abranches, cientista político e comentarista da CBN.

lançaMentos

Curso de Contabilidade para Gesto-

res, Analistas e outros Profissionais

Autores: professores Márcio Luiz Bo-

rinelli (FEAUSP) e Renê Coppe Pi-

mentel (FIPECAFI) - Editora Atlas

Autores orientam profissionais a

utilizar a Contabilidade em processos de tomada de decisão e

em consonância com as práticas internacionais. O livro oferece

ainda questões discursivas, testes elaborados pelos autores e uti-

liza um exercício-exemplo construído com base numa empresa

fictícia, na qual ilustra o desenvolvimento de todas as demons-

trações contábeis e suas respectivas análises.

livros

esCultura ConCluída

Depois de alguns con-

tratempos e dificuldades, a

instalação da nova escultu-

ra da artista Tomie Ohtake

foi concluída. Sem nunca

deixar de lado a confiança

depositada no projeto, a

Instituição concluiu a obra

e agora tem, em seu jardim

frontal, o símbolo da co-

nexão da FEA com todos

aqueles que fizeram e ainda

fazem parte da Faculdade.

síMbolo

Educação Corporativa: Fundamentos,

Evolução e Implantação de Projetos

Autores: Marisa Éboli e André Luiz Fis-

cher, da FEA, Wilson Amorim e Fábio

Moraes -Editora Atlas

No lançamento que aconteceu no dia

dia 24 de novembro, no Auditório da

Febraban, o economista Ricardo Amorim coordenou debate

sobre o tema Desafios à Formação em um Cenário de Acele-

ração da Economia. Participaram André Luiz Fischer, um dos

organizadores do livro; Cláudia Costin, da Secretaria Municipal

de Educação do Rio de Janeiro; e Cláudio Moura, especialista

em educação.

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enContros MusiCais

Música clássica na FEA foi a novidade do segundo semes-

tre. Em três concertos, realizados nos dias 15/9, 19/10 e 10/11,

funcionários, professores e alunos tiveram oportunidade de ou-

vir obras de autores diversos como Mozart, Sarti, Yuri Prado e

Puccini, entre outros. Quinteto de metais, piano e voz, flautas e

outras formações se apresentaram no auditório FEA 5.

Os encontros musicais foram organizados pelos professo-

res Michael Alpert, do Laboratório de Música de Câmara da

ECA-USP, e Edson Luiz Riccio, presidente da CCInt-FEA.

A parceria com a FEA é recente e, para o próximo ano, o

objetivo é continuar os encontros mensais, trazendo boa mú-

sica e cultura para os feanos.

#15

“A expectativa é que haja interesse pelo assunto, propiciando pesquisas bilaterais entre doutorandos brasileiros e os de universidades no mundo islâmico.”

Finanças islâMiCas

A FEA recebeu em outubro a visita de quatro executivos do

Banco Islâmico de Desenvolvimento, que são também professo-

res de Finanças em universidades dos Estados Unidos (Illinois)

e da Inglaterra.

A iniciativa do encontro foi da parceria entre o Banco ABC

BRASIL e a FIPECAFI, interessados em difundir os conceitos

de Finanças Islâmicas, tão distintos dos conhecidos conceitos

de finanças ocidentais. “O objetivo foi promover a aproximação

entre a FEA, a Câmara de Comércio Árabe Brasileira e insti-

visita

tuições financeiras interessadas em explorar os instrumentos

financeiros de finanças islâmicas em suas dependências no ex-

terior, além de promover discussões sobre carga tributária dos

instrumentos financeiros de finanças islâmicas no Brasil e se-

minários sobre o tema nos três departamentos da Faculdade.

A expectativa é que haja interesse pelo assunto, propiciando

pesquisas bilaterais entre doutorandos brasileiros e os de univer-

sidades no mundo islâmico”, explica o professor Nelson Carva-

lho, um dos organizadores da visita.

Cultura

Prof. Salman Syed Ali fala sobre Finanças Islâmicas no auditório da FIPECAFI

Músicos do Departamento de Música da ECA-USP que se apresentaram na FEA

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“ E s s e

d e s e m -

p e n h o

reflete a

qualidade

do ensino

na FEA,

colocan-

do-a no

p a t a m a r

de instituições internacionais, respeitadas por suas contri-

buições ao desenvolvimento do conhecimento e por sua

atuação acadêmica”, diz o professor Reinaldo Guerreiro,

diretor da FEAUSP.

Segundo o professor Reinaldo, os resultados do triênio

2007/2009 mostram que “os três departamentos traçaram e

cumpriram metas como aumentar a publicação de trabalhos,

a participação em eventos acadêmicos, o intercâmbio e a in-

serção social. A FEA pode e deve comemorar essa merecida

conquista. Merecemos a posição, mas não podemos nos en-

ganar. O trabalho continua.”

O pró-reitor de pós-graduação da USP, professor Vahan

Agopyan, prestigiou o evento e fez uma apresentação deta-

lhada sobre os programas de pós-graduação da USP. Ao des-

tacar a capacidade alcançada nos últimos 10 anos, enfatizou

que o desafio será muito maior para o futuro que já começou.

A festa foi especial para toda a FEA, mas principalmente

para os professores Dante Aldrighi, Lindolfo Galvão de Al-

buquerque e Luís Eduardo Afonso, coordenadores da pós-

graduação dos departamentos de Economia, Administração

e Contabilidade e Atuária da FEA.

FEA MIX

“Os três departamentos traçaram e cumpriram metas como aumentar a publicação de trabalhos, a participação em eventos acadêmicos, o intercâmbio e a inserção social.”

#16

Gente da FeaUma publicação mensal da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo Assistência de Comunicação e DesenvolvimentoNov/Dez 2010_tiragem 2.000 exemplares

Av. Prof. Luciano Gualberto, 908Cidade Universitária - CEP 05508-900

Diretor da FEA Reinaldo Guerreiro

Coordenação GeralLu Medeiros

AssistênciA de coMunicAção e desenvoLviMento dA FeA-usP

Edição: Printec coMunicAção LtdA.

vAnessA GiAcoMetti de Godoy – MtB 20.841Antonio cArLos de Godoy – MtB 7.773

Reportagem:dinAurA LAndini e cAMiLA BroGLiAto riBeiro

Projeto Gráfico: eLos coMunicAção e edeMiLson MorAis

Layout e Editoração Eletrônica: cAroL issA

Fotos:cAMiLA rosA, MiLenA neves e PrisciLA HAtsue cAssiMiro

Para CoMeMorar o deseMPenho de

seus três ProGraMas de Pós-Gradua-

ção na avaliação trienal da CaPes

– Coordenação de aPerFeiçoaMen-

to de Pessoal de nível suPerior, a

Fea realizou dia 23 de noveMbro,

uM evento esPeCial que reuniu Pro-

Fessores, alunos e FunCionários da

FaCuldade, aléM de FunCionários de

outras instituições universitárias

e Conselhos.

Foi o momento de celebrar uma

conquista importante. A Capes confe-

riu a nota máxima, 7, para os progra-

mas de pós-graduação em Economia

e Administração da FEA e nota 6

para o programa de pós-graduação

em Controladoria e Contabi-

lidade da Faculdade, a mais

alta do país. O programa de

Administração da FEA foi o

único do Brasil que recebeu a

nota máxima. Na área

de Economia, apenas

os programas da FEA

e da FGV-RJ fo-

ram ava-

l i a d o s

com a

n o t a

máxima.

O time da pós-graduação: Dante Aldrighi, Lindolfo de Albuquerque e Luís Eduardo Afonso