espiritismo para todos fevereiro de 2014

12
ANO l Nº 02 Taubaté / SP Fevereiro de 2014 ABRAÇO DE FILHO Pág.05 FRAGMENTOS DE KARDEC Pág.02 Pág.03 QUE É DEUS Pág.04 BANDA LARGA E MENTE ESTREITA Pág.08 ABORTAMENTO ESPONTÂNEO Pág.06 AÇÃO OU REAÇÃO Pág.06 ABORTO NÃO REALIZADO Pág.07 Pág. 02 MEDIUNIDADE NO TEMPO DE JESUS

Upload: jornal-espiritismo-para-todos

Post on 26-Mar-2016

217 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

ANO l Nº 02 Taubaté / SP Fevereiro de 2014

ABRAÇODE FILHO

Pág.05

FRAGMENTOSDE KARDEC

Pág.02

Pág.03QUE

É DEUS

Pág.04

BANDA LARGAE MENTEESTREITA

Pág.08

ABORTAMENTOESPONTÂNEO

Pág.06

AÇÃO OUREAÇÃO

Pág.06

ABORTONÃO

REALIZADOPág.07

Pág. 02

MEDIUNIDADENO TEMPODE JESUS

02 O Espiritismo para todos Fevereiro de 2014

E X P E D I E N T EE X P E D I E N T EE X P E D I E N T EE X P E D I E N T EE X P E D I E N T EDiretoria :Acam

Colaboradores:• Diversos

Editoração Eletrônica :Antonio C. Almeida Marcondes

TEL.:3011-1013email:[email protected]

O Jornal não se responsabiliza pormatérias assinadas

SOLIDARIEDADE Enéas Martim Canhadas

Estava fazendo minhacaminhada habitual pela avenidaSumaré, quando um filhote decão, talvez de uns 40 dias devida, se tanto, abandonado alina Praça Irmãos Karman, veiopara a beira da calçada e logo,o seu focinho curioso fez comque ele descesse até o asfalto.Olhava a cena, enquanto o meucoração acelerava, prestes aver, e ao mesmo tempo nãoquerendo ver, um acontecimentoimpiedoso e quase certo.

Os carros passavam àvelocidade normal permitida ali,e o cãozinho iria virar carnemoída dentro de pouco tempo.Arriscando-me por entre algunscarros que até diminuíram amarcha e outros tantospassando direto, com cuidado fuime aproximando do animal,receoso pelo trânsito que nãoparava. O cãozinho já estavaquase no meio da avenida,totalmente indefeso e correndoum risco total, mesmo porque elepoderia ser morto até por nãoser visto pelos motoristas.

Nesse momento, um Sr.Marronzinho que acompanhavatoda a cena veio do outro lado ecom mais autoridade, foiparando o trânsito até quepeguei o filhote e, juntos fomospara a praça em lugar seguro.Perguntávamos um para o outroquem teria abandonado aquelecãozinho ali e como poderíamoscuidar do destino dele.

Nesse mesmo momento,veio do outro lado da rua uma

senhora fina e elegante,trajando um conjunto de coresmuito bem combinadas que,tomando o cãozinho no colo,disse poder levá-lo para a suaveterinária de confiança que odoaria a alguém, isto é, se nãoquiséssemos levá-lo. Perguntoua mim e ao Sr. Marronzinho seestávamos interessados emadotar o bichinho. Ele explicouque estava em serviço, senãopoderia até levá-lo. Eu perderahá pouco tempo o meu cãopastor com 11 anos de idade, fielamigo de tantas caminhadas eque me fez adquirir o saudávelhábito de caminhar pelas ruas eavenidas do meu bairro. Aindacom o coração doendo, nãoqueria adotar nenhum cão, pelomenos, não por enquanto.

Uma outra jovem senhora,simples e sorridente, carinhosa,logo pegou o cãozinho esegurando-o contra o peito, diziaque desejava muito levá-lo maso problema é que não tinhaespaço em sua casa. A senhoraelegante, gentil e educadainsistiu para que ela levasse ocãozinho. Praticamente haviatomado a decisão pela jovemque titubeava em adotar oanimal. Logo se preocupou emcomo poderia arranjar umamaneira de transportá-lo até suacasa. Prontamente, um motoristado ponto de taxi próximo, disseque deveria ter um pedaço depano no porta-malas do seucarro e afirmou que a banca dejornal do outro lado da rua, com

certeza, poderia arrumar umasacola plástica que permitiriacarregar o filhote.

Assim fora resolvida asituação encaminhando ahistória para um final feliz. Umcuidado daqui, uma atençãodali, várias pessoas juntamentebuscando solucionar aqueleproblema, para que oanimalzinho fosse rapidamenteadotado e, a partir daquele dia,tivesse um lar.

Logo depois voltei para aminha caminhada, tocado poraquele acontecimento e como,do nada, várias pessoassurgiram, prontas e bemintencionadas para por em usoa sua bondade, a sua compaixãoe num gesto muito espontâneoe simples de solidariedade,providenciar uma casa e umdestino para o filhote.

Hoje, quando me lembroda cena, não consigo deixar depensar como ser solidário é umgesto simples. Não tem regras,não precisa de normas nem decampanhas, não precisamos denos fazer muitas perguntas arespeito. Basta praticar o ato.Sim, como uma coisa muitonatural. Tão natural como osamaritano que socorreu ohomem caído à beira da estradae ainda o levou a umaestalagem, onde pudessereceber tratamento e remédios,deixando até dinheiro parapagar as despesas daquelehomem, de quem o samaritanonem sabia o nome ou a

procedência, nem que pessoaseria, nem dos seus princípiosmorais, nem de suas convicçõesreligiosas. Foi um ato tãocompleto e espontâneo como seo mundo, de fato, não tivessedivisão de países com suasfronteiras, em que as naçõesfalassem uma mesma língua esem religiões, os seres humanosnão estariam enclausurados emsuas convicções morais,defendendo este ou aqueleprincípio, e até mesmodefendendo deuses próprios,supostamente melhores do queoutros, como os combates naantigüidade, onde as guerrasque os seres humanos travavameram também guerras entredeuses.

Como já disse, de vez emquando sou tomado pelaslembranças do fato, sinto-meentão solidário e um poucomelhor do que normalmente sou.Mas sinto também que, quando

um fato como este não está tãoforte e presente na minhamente, não me vejo tãonaturalmente bom, nem tãoespontaneamente disposto apraticar o bem por mais simplesque seja.

Me lembrei do ensinamentode Aristóteles escrevendo emÉtica a Nicômaco: “as virtudessão pois, de duas espécies, aintelectual e a moral, a primeira,por via de regra, gera-se ecresce graças ao ensino – porisso, requer experiência etempo; enquanto a virtude moralé adquirida em resultado dohábito. Não é pois por natureza,nem contrariando a naturezaque as virtudes se geram emnós. Diga-se, antes, que somosadaptados por natureza arecebê-las e nos tornamosperfeitos pelo hábito.”

Sempre me pegopensando, o quanto ainda devopraticar para adquirir o hábito...

FRAGMENTOS DE KARDEC Orson Peter Carrara

Data sugere conhecermelhor o Codificador

A ocorrência dobicentenário de nascimento deAllan Kardec, o Codificador doEspiritismo, em 03 de outubro de2004 (o nascimento ocorreu em1804), sugere que, além dosdados biográficos – amplamentedivulgados e conhecidos –,ampliar-se o conhecimento deseus pensamentos, paraidentificação de seu perfilpsicológico.

Colhemos em ObrasPóstumas (1), algunsfragmentos de seus raciocínios,para homenagear a importanteefeméride.

Para conhecer seu perfilmoral, a transcrição seguintetraz preciso embasamento: “Um

dos primeiros resultados dasminhas observações foi que osEspíritos, não sendo senão asalmas dos homens, não tinhamnem a soberana sabedoria, nema soberana ciência que o seusaber era limitado ao grau deseu adiantamento, e que aopinião deles não tinha senão ovalor de uma opinião pessoal.Esta verdade, reconhecidadesde o começo, evitou-me ograve escolho de crer na suainfalibilidade e preservou-me deformular teorias prematurassobre a opinião de um só ou dealguns. Só o fato dacomunicação com os Espíritos,o que quer que eles pudessemdizer, provava a existência de ummundo invisível ambiente era jáum ponto capital, um imensocampo franqueado às nossasexplorações, a chave de umamultidão de fenômenosinexplicados. O segundo ponto,não menos importante, eraconhecer o estado desse mundoe seus costumes, se assim nospodemos exprimir. Cedo,observei que cada Espírito, emrazão de sua posição pessoal ede seus conhecimentos,desvendava-me uma face dessemundo exatamente como sechega a conhecer o estado deuma país interrogando oshabitantes de todas as classes

e condições, podendo cada qualnos ensinar alguma coisa enenhum deles podendo,individualmente, ensinar-nostudo.”

Para conhecer o métodoaplicado nos estudos eobservações sobre oEspiritismo, basta analisar estafrase: “(...) apliquei a estaciência o método experimental,não aceitando teoriaspreconcebidas, e observavaatentamente, comparava ededuzia as conseqüências, dosefeitos procurava elevar-me àscausas, pela dedução eencadeamento dos fatos, nãoadmitindo por valiosa umaexplicação, senão quando elapodia resolver todas asdificuldades da questão. Foiassim que procedi sempre emmeus anteriores trabalhos,desde os quinze anos”.

Sobre aresponsabilidade que seimpunha, expõe Kardec:“compreendi logo a gravidade datarefa, que ia empreender, eentrevi naqueles fenômenos achave do problema, tão obscuroe tão controvertido, do passadoe do futuro da humanidade, cujasolução vivi sempre a procurarera, enfim, uma revoluçãocompleta nas idéias e nascrenças do mundo. Cumpria,

pois, proceder comcircunspecção e nãolevianamente, ser positivo e nãoidealista para não me deixarlevar por ilusões”.

Comentando sobre osistema de análise nascomunicações com os Espíritos:“Incumbe ao observador formaro conjunto, coordenando,colecionando e conferindo, unscom os outros, documentos quetenham recolhido. Desta forma,procedi com os Espíritos comoteria feito com os homensconsiderei-os, desde o menoraté o maior, como elementos deinstrução e não comoreveladores predestinados”.

Estabeleceu duas máximasque se imortalizaram de maneirapatente a indicar os caminhosda Doutrina Espírita: a) Fora dacaridade não há salvação,princípio que ressalta aigualdade entre as criaturashumanas, perante Deus, atolerância, a liberdade deconsciência e a benevolênciamútua; b) Fé inabalável éaquela que pode encarar arazão face a face, em todasas épocas da humanidade,ressaltando que a fé raciocinadase apoia nos fatos e na lógica.

Para concluir, nada melhorque trazer aos leitores UmaPrece de Allan

Kardec, também extraídade Obras Póstumas, ondepodemos sentir toda grandezad’alma deste nobre espírito:“Senhor! Se vos dignasteslançar os olhos sobre mim, parasatisfazer os vossos desígnios,seja feita a vossa vontade! Aminha vida está em vossas mãosdisponde do vosso servo. Paratão alto empenho, eu reconheçoa minha fraqueza. A minha boavontade não faltará, mas podemtrair-me as forças. Supri a minhainsuficiência, dai-me as forçasfísicas e morais, que me sejamnecessárias. Sustentai-me nosmomentos difíceis e com o vossoauxílio e o dos vossos celestesmensageiros esforçar-me-ei porcorresponder às vossas vistas”.

03 O Espiritismo para todos Fevereiro de 2014

Visite nossofacebook

Elias Colchões

Rua Dr. Jorge Winther, nº 318 - Centro - Taubaté

MEDIUNIDADE NO TEMPO DE JESUS Paulo da SilvaNeto Sobrinho

“Se alguém julga ser profeta ou inspirado pelo Espírito,reconheça um mandamento do Senhor nas coisas que estou

escrevendo para vocês” (PAULO, aos coríntios).A mediunidade é uma

faculdade humana que consistena sintonia espiritual entre doisseres. Normalmente, a usamospara designar a influência deum Espírito desencarnadosobre um encarnado,entretanto, julgamos que, acimade tudo, por se tratar de umaaquisição do Espírito imortal,pouco importa a situação emque se encontram esses doisseres, para que se processe aligação espiritual entre eles.

É comum que ataques aoEspiritismo ocorram por contadesse “dom”, como se eleviesse a acontecerexclusivamente em nosso meio.Ledo engano, pois, conforme jáo dissemos, é uma faculdadehumana, e assim sendo, todosa possuem, variando apenasquanto ao seu grau.

Os detratores querem, portodos os meios, fazer com queas pessoas acreditem que issoé coisa nova, mas podemosprovar que a mediunidade nãoé coisa nova e que até mesmoJesus dela pode nos darnotícias. É o que veremos aseguir.

A mediunidade e JesusQuando Jesus recomenda

a seus doze discípulos adivulgação de que o “reino doCéu está próximo” ficaevidenciado, aos queestudaram ou vivenciam essefenômeno, que o Mestre estavafalando mesmo era dafaculdade mediúnica.Entretanto, por conta dostradutores ou dos teólogos,essa realidade ficoucomprometida no texto bíblico.Entretanto, como é impossível“tapar o sol com uma peneira”,podemos perfeitamente

identificá-la, apesar de todo oesforço para escondê-la.

Sem artigo. Repisamos: alíngua grega não possuíaartigos indefinidos. Quando apalavra era determinada,empregava-se o artigo definido‘ho, he, to’. Quando eraindeterminada (caso em quenós empregamos o artigoindefinido), o grego deixava apalavra sem artigo. Entãoquando não aparece em gregoo artigo, temos que colocar, emportuguês, o artigo indefinido:UM espírito santo, e nuncatraduzir com o definido: Oespírito santo”. (Sabedoria doEvangelho, volume 1, pág 43).

Se sustentarmos aexpressão “o Espírito do Pai”teremos forçosamente queadmitir que o próprio Deusvenha a se manifestar num serhumano. Pensamento absurdocomo esse só pode ser pelafalta de compreensão dagrandeza de Deus. Dizem oscientistas que no cosmo há 100bilhões de galáxias, cada umadelas com cerca de 100 bilhõesde estrelas, fazendo doUniverso uma coisa fora doalcance de nossa limitadaimaginação, mas, mesmo que acusta de um grande esforço,vamos imaginar tamanhagrandeza.

Bom, façamos agora apergunta: o que criou tudo isso?Diante disso, admitir que esseser possa estar pessoalmenteinspirando uma pessoa é forade proposto, coisa aceitável ade povos primitivos, cujosconhecimentos não lhespermitem ir mais longe, porrestrição imposta pelo seuhábitat.

A mediunidade no

apostoladoUm fato, que reputamos

como de inquestionávelocorrência da mediunidade,aconteceu logo depois da mortede Jesus, quando os discípulosreunidos receberam ”como quelínguas de fogo” e começarama falar em línguas, de tal sorteque, apesar daheterogeneidade do povo queos ouvia, cada um entendia oque falavam em sua próprialíngua. Fato extraordinárioregistrado no livro Atos dosApóstolos, desta forma:

“Quando chegou o dia dePentecostes, todos elesestavam reunidos no mesmolugar.

De repente, veio do céuum barulho como o sopro de umforte vendaval, e encheu a casaonde eles se encontravam.Apareceram então umas comolínguas de fogo, que seespalharam e foram pousarsobre cada um deles. Todosficaram repletos do EspíritoSanto, e começaram a falar emoutras línguas, conforme oEspírito lhes concedia quefalassem. Acontece que emJerusalém moravam judeusdevotos de todas as nações domundo. Quando ouviram obarulho, todos se reuniram eficaram confusos, pois cada umouvia, na sua própria língua, osdiscípulos falarem”. (Atos 2, 1-6).

Aqui podemos identificar ofenômeno mediúnico conhecidocomo xenoglossia, que nadefinição do Aurélio é: A falaespontânea em língua(s) quenão fora(m) previamenteaprendida(s). Mas, como da vezanterior, tentam mudar osentido, para isso alteram o

artigo indefinido para o definido,quando a realidade seriaexatamente que estavam“repletos de um Espírito santo(bom)”.

Fato semelhanteaconteceu, um pouco mais tarde,nomeado como o Pentecostesdos pagãos:

“Pedro ainda estavafalando, quando o Espírito Santodesceu sobre todos os queouviam a Palavra. Os fiéis deorigem judaica, que tinham idocom Pedro, ficaram admirados deque o dom do Espírito Santotambém fosse derramado sobreos pagãos. De fato, eles osouviam falar em línguasestranhas e louvar a grandeza deDeus...” (At 10, 44-46).

Episódio que confirmaque ”Deus não faz acepção depessoas” (At 10,34), daípodermos estender àmediunidade como umafaculdade exclusiva a umdeterminado grupo religioso,mas existindo em todossegmentos em suas expressõesde religiosidade.

ConclusãoComo apregoa a Doutrina

Espírita o fenômeno mediúniconada mais é que uma ocorrênciade ordem natural. Podemosidentif icá-lo desde os maisremotos tempos da humanidade,

e não poderia ser diferente,pois, em se tratando de umamanifestação de umafaculdade humana, deverá sermesmo tão velha quanto apermanência do homem aquina Terra.

Mas, infelizmente, aintolerância religiosa, aignorância e, por vezes, a má-vontade, não permitiu quefosse divulgada da formacorreta, ficando mais por contade uma ocorrênciasobrenatural, que sóacontecia a uns poucosprivilegiados. Coube aoEspiritismo a desmistificaçãodesse fenômeno, bem como asua explicação racional.Kardec nos deixou um legadoimportantíssimo para todosque possam se interessar peloassunto, quando lança O Livrodos Médiuns , querecomendamos aos quebuscam o conhecimento dessafenomenologia, ainda muitoincompreendida em nossosdias.

Referência bibliográfica.· PASTORINO, Carlos

Torres, Sabedoria doEvangelho, volume 1, RevistaMensal Sabedoria, Rio, 1964.

· Bíblia Sagrada, EdiçãoPastoral, Paulus, São Paulo,43ª ed. 2001.

04 O Espiritismo para todos Fevereiro de 2014

QUE É DEUS ? Paulo Roberto Martins

O professor Rivail, jáutilizando desde então ocodinome “Allan Kardec”, abre ocapítulo primeiro, do livroprimeiro da codificação daDoutrina (Ensinamentos) dosEspíritos, com a pergunta títulodeste artigo.

Kardec já tomava por baseque para iniciar e ter totalempenho nas suas pesquisasespíritas, nunca seria demais amáxima frieza e o sistemáticocontrole das paixões evitandodescambar-se para areligiosidade muito forte daépoca, para a curiosidade pueril,para a sede do sobrenatural ouquaisquer manifestações destegênero. Tanta convicção tinhaneste comportamento que maisadiante advertiria os seusseguidores: “O Espiritismo serácientífico ou não subsistirá”.

Recebeu dos Espíritos que“assinam” os prolegômenos de“O livro dos Espíritos” a respostamais próxima da verdadecientífica até hoje já concebida:- Deus é a inteligência suprema,causa primeira de todas ascoisas.

A lei básica que rege oUniverso (todas as coisas) é alei de Causa e Efeito ou Ação eReação, como é conhecida nomeio científico. Para um efeitointeligente sempre haverá umacausa inteligentecorrespondente.

Para que possamos chegarpróximos a entender o que éDeus, devemos fazer um esforçopara idealizarmos mais oumenos o que seria o Universo,começando portanto pelatomada de consciência doespaço tridimensional(comprimento, largura e altura)que ocupamos no mesmo,passando daí para a percepção

do espaço da nossa residência,bairro, cidade, estado, país,continente e planeta Terra comseus 40.000 quilômetros deextensão na circunferência. ATerra faz parte de um sistemasolar que possui apenas 9planetas com 57 satélites no totalde 68 corpos celestes. A “grossomodo” em relação a outrosastros do sistema solar, a Terrapossui um volume 49 vezesmaior que o da lua e 1.300.000vezes menor que o do sol. Épreciso que tenhamos noção desua pouca importância diante dorestante do Universo.

Nosso sistema solar fazparte de uma pequena galáxiaconhecida por Via Láctea, umaglomerado de cerca de 100bilhões de estrelas, com pelomenos cem milhões de planetase conforme os astrônomos, nomínimo cem mil com vidainteligente e mil com civilizaçõesmais evoluídas que a nossa.

As últimas observações dotelescópio Hubble (em órbita),elevaram o número de galáxiasconhecidas para 50 milhões. Em1991, em Greenwich, naInglaterra, o observatóriolocalizou um quasar (possívelninho de galáxias) com aluminosidade correspondente a1 quatrilhão de sóis.

Diante destes númerospensaríamos haver chegado naidéia do que é o Universo; ledoengano, pois estas áreas, oumelhor, volumes,representariam apenas 3% doque seria a totalidade de tudodentro do tridimensional eespaço / tempo comoconhecemos. Os espaçosinterplanetários, interestrelarese intergalácticos, obviamente,formariam a maior parte daquiloque chamamos de Universo.

Os fenômenos de aporte(transporte de matéria atravésde outras dimensões) tãoconhecidos dos pesquisadoresda paranormalidade e a anti-matéria já produzida emlaboratórios experimentais maisdesenvolvidos através doplaneta, nos dão a confirmaçãodos estudos de pesquisadoresda capacidade de um FriedrichZöllner, que no século passado, comprova a existência daquarta dimensão econseqüentemente outros tantosUniversos, quantas tantasdimensões for possívelconhecermos.

A teoria mais moderna dacriação do Universo, nos remetenão apenas para o Bigbang (agrande explosão) início de tudo,mas, para a idéia de váriosbigbangs, com Universos cíclicosatravés de quatrilhões ou maisde anos.

E aí? Será queconseguimos chegar perto daidéia da concepção e tamanhoda obra de Deus, para tentarentendê-lo?

Não seria no mínimoestranho que após estamonumental obra inteligente,

Deus colocasse em um planetaque representa um ínfimo grãode areia em uma cadeia demontanhas como o Himalaia,sua grande criação, o homem,feito sua imagem esemelhança?

Nosso grande irmão eamigo Jesus, há 2000 anos, jápassava em forma de contos eparábolas váriosconhecimentos intelectuais emorais que possuía devido aoseu grande estado evolutivo,quando em missão entre nós,confiada pelo Criador afirmou:“Na casa de meu pai existemmuitas moradas”.

Para concluirmos estanossa pequena intenção delançarmos nossos confrades naespeculação ao entendimentodo que seria Deus, iremos nosvaler da “coleção de livros”chamada Bíblia, que noentender do grande intelectuale eminente espírita Dr. CarlosImbassahy, é um livro comooutro qualquer, em que nosseus textos contém tudo que agente queira para justificar, afavor ou contra qualquer coisa.

No Antigo Testamento,Livro Gênesis, Capítulo 1

(Criação do homem), versículo26 temos: “e (por fim) disse:Façamos o homem à nossaimagem e semelhança (sic...)”.

Se tomarmos comoverdadeira a hipótese de que aBíblia é a palavra de Deus, qualseria a imagem correta do nossoCriador? Um homem ou mulher?Velho, ariano de barbas longasou de cor negra, e magro comoos etíopes (teoricamente osprimeiros hominídeos) ?

Não seria melhor tentarmosentender uma concepçãomesmo que não a conheçamosbem? Como por exemplo: o quesabemos a respeito do quesomos (espírito)? Qual aimagem fiel que temos domesmo? Ninguém sabe, oumelhor, conhecemos bem ocorpo material, e relativamenteo periespiritual, mas não oespírito.

Conforme Allan Kardec, oespírito é alguma coisa formadopor uma substância, mas cujamatéria, que afeta nossossentidos, ele não nos pode daruma idéia.

Pode-se compará-lo a umachama ou centelha cujo clarãovaria de acordo com o grau desua depuração. Sendo assim,pois, teríamos o entendimentomelhor de nossa imagem deacordo com a de Deus.

No tocante a semelhança émais fácil a sua comparaçãoquando procuramoscompreender a eternidade, jáque a palavra pressupõe algoque não tem início nem fim,como Deus; que é infinito, único,perfeito e todo-poderoso. Já aopasso que nós somos algo comosemi-eternos; tivemos umcomeço criado por Ele eevoluímos na Sua direçãoconforme o Seu desejo.

05 O Espiritismo para todos Fevereiro de 2014

ABRAÇO DE FILHOAbraço de filho deveria ser

receitado por médico.Há um poder de cura no

abraço que aindadesconhecemos.

Abraço cura ódio. Abraçocura ressentimento. Cura cansaço.Cura tristeza.

Quando abraçamossoltamos amarras. Perdemos porinstantes as coisas que nos têmfeito perder a calma, a paz, a alma...

Quando abraçamosbaixamos defesas e permitimosque o outro se aproxime do nossocoração. Os braços se abrem e oscorações se aconchegam de umaforma única.

E nada como o abraço de umfilho...

Abraço de Eu amovocê. Abraço de Que bom quevocê está aqui. Abraço de Ajude-me.

Abraço de urso. Abraçode Até breve. Abraço de Quesaudade!

Quando abraçamos, afelicidade nos visita por algunssegundos e não temos vontade desoltar.

Quando abraçamos somosmais do que dois, somos família,somos planos, somos sonhospossíveis.

E abraço de filho deveria,sim, ser receitado por médico poisrejuvenesce a alma e o corpo.

Estudos já mostram, comclareza, os benefícios dasexpressões de carinho para osistema imunológico, para otratamento da depressão e outrosproblemas de saúde.

O abraço deixou de serapenas uma mera expressão decordialidade ou convenção parase tornar veículo de paz e símbolode uma nova era de aproximação.

Se a alta tecnologia - malaproveitada - nos afastou, é oabraço que irá nos unir novamente.

Precisamos nos abraçarmais. Abraços de família, abraçoscoletivos, abraços engraçados,abraços grátis.

Caem as carrancas, ficam ossorrisos. Somem os desânimos,fica a vontade de viver.

O abraço apertado nos tira

do chão por instantes. Saímos dochão das preocupações, do chãoda descrença, do chão dopessimismo.

É possível amar de novo,semear de novo. É possívelrenascer.

E os abraços nos fazemnascer de novo. Fechamos osolhos e quando voltamos a abri-los podemos ser outros, vivendooutra vida, escolhendo outroscaminhos.

Nada melhor do que umabraço para começar o dia. Nadamelhor do que um abraço de Boanoite. E, sim, abraço de filhodeveria ser receitado por médico,várias vezes ao dia, em doseshomeopáticas.

Mas, se não resistirmos a talorientação, nada nos impede dealgumas doses únicas entre essasprimeiras, em situaçõesemergenciais.

Um abraço demorado,regado pelas chuvas dos olhos, de

desabafo, de tristeza ou de alívio.Um abraço sem hora de

terminar, sem medo, semconstrangimento.

Medicamento valioso, deefeitos colaterais admiráveis paraa alma em crescimento.

* * *Mas, se os braços que

desejamos abraçar estiveremdistantes? Ou não mais presentesaqui? O que fazer?

Aprendamos a abraçar como pensamento.

O pensamento e a vontadecriam outros braços e nossosamores se sentem abraçados pornós da mesma forma.

São forças que aindaconhecemos pouco e que nossurpreenderão quando as tivermosentendido melhor.

Abraços invisíveis a olho nu,mas muito presentes econsoladores para os sentidos doEspírito imortal, que somos todosnós.

ABORRECIMENTOSNada mais comum, nas

atividades terrenas, do que ohábito enraizado das querelas,dos desentendimentos, daschateações.

Nada mais corriqueiro entreos indivíduos humanos.

Como um campo demeninos, em que cada gesto,cada nota, cada menção se tornaum bom motivo para contendas emal-entendidos, também nasociedade dos adultos o mesmofenômeno ocorre.

Mais do que compreensívelé que você, semelhante a ummenino de pavio curto, libereadrenalina nos episódioscotidianos que desafiem a suaestabilidade emocional.

Compreensível que seagite, que se irrite, que alteie avoz, que afivele ao rostoexpressões feias de diversosmatizes.

Em virtude do nível do seumundo íntimo, tudo isso é possívelde acontecer.

Contudo, você não veio àTerra para fixar deficiências, maspara tratá-las, cultivando a saúde.

Você não se acha no mundopara submeter-se aos impulsosirracionais, mas para fazê-losamadurecer para os campos darazão lúcida.

Você não nasceu para sedeixar levar pelo destempero,pela irritação que desarticula oequilíbrio, mas tem o dever deeducar-se, porque tem na pautada sua vida o compromisso decooperar com Deus, à medidaque cresça, que amadureça, quese enobreça.

Desse modo, os seusaborrecimentos diários, emborasejam admissíveis em almasinfantis e destemperadas, jácomeçam a provocar ruídosinfelizes, desconcertantes eindesejáveis, nas almas que seencontram no mundo para darconta de compromissosabençoados com Jesus Cristo ecom Seus prepostos.

Assim, observe-se.Conheça-se no aprendizado dobem, um pouco mais. Esforce-se

por melhorar-se.Resista um pouco mais aos

impulsos da fera que ainda rondaas suas experiências íntimas.

Aproxime-se um pouco maisdos Benfeitores Espirituais que oamparam.

Perante as perturbaçõesalheias, aprenda a analisar e nãorepetir.

Diante da rebeldia dealguém, analise e retire a liçãopara que não faça o mesmo.

Notando a explosão violentade alguém, reflita nasconsequências danosas, a fim denão fazer o mesmo.

Cada esforço que você fizerpor melhorar-se, por educar-se,será secundado pela ajuda deluminosos Imortais que estão, emtodo tempo, investindo no seuprogresso, para que, pouco apouco, mas sempre, você cresçae se ilumine, fazendo-se vitoriosocooperador com Deus, tendosuperado a si mesmo,transformando suas noites moraisem radiosas manhãs de pereneformosura.

* * *Quando você for visitado por

uma causa de sofrimento ou decontrariedade, sobreponha-se aela.

E, quando houverconseguido dominar os ímpetosda impaciência, da cólera, ou dodesespero, diga, de si paraconsigo, cheio de justasatisfação: Fui o mais forte.

06 O Espiritismo para todos Fevereiro de 2014

ABORTAMENTO ESPONTÂNEO Por que, para certas

mulheres que desejam muito sermães, ocorrem abortamentosespontâneos?

O que acontece, nessescasos, ao Espírito que sepreparava para reencarnarnaquele corpo que estava emformação?

Uma senhora narrou, aojornal italiano L´aurora umaexperiência muito interessante.

Ela estava grávida e feliz.Estava no quarto mês degestação. Os examespreliminares lhe haviamanunciado o sexo da criança:seria um menino, e ela seapressara a começar chamá-lode André.

Então, uma noite, elasonhou que estava deitada emum leito de hospital, semapresentar o ventredesenvolvido, próprio dagravidez.

Estranhou, pois nãoconseguia entender o queacontecera. Levantou-se e foiaté a janela do quarto. Um jardimse descortinava abaixo e neleum garotinho lhe sorria e asaudava com sua mãozinha.

Ela o olhou e lhe disse:Até breve, meu tesouro. O

nosso é somente um até breve,não um adeus.

Despertando, poucashoras depois, Giovannaprecisou ser encaminhada aoHospital da localidade, sobameaça de um abortamento.

A médica, auxiliada por suaequipe, se esforçou ao máximo,sem conseguir evitar oabortamento espontâneo.

Uma grande tristeza invadiuaquele coração materno,ansioso pelo nascimento demais um filho.

Desalentada e triste,chorou até se esgotarem aslágrimas. E o sonho da noiteanterior então teve sentido parasi: seu filhinho viera se despedir.E ela se despedira dele.

Fora o anúncio da tristezaque estava a caminho e queinvadiria aquele coraçãofeminino.

Talvez, mais tarde, em umoutro momento, ele pudesseretornar, em nova tentativagestacional. Mesmo porque,conforme o sonho, fora umadespedida temporária.

Por que ocorrem abortosespontâneos? O Codificador daDoutrina Espírita, Allan Kardec,interessou-se pela delicadaquestão.

As respostas lúcidas dosEspíritos de luz se encontramem O livro dos Espíritos.

Em síntese, esclarecem osmensageiros celestes que, asmais das vezes, esses eventosespontâneos têm por causa asimperfeições da matéria.

Ou seja, as condiçõesinadequadas do feto ou dagestante. De outras, o Espíritoreencarnante, temeroso daslutas que terá que enfrentar navida de logo mais, desiste dareencarnação, volta atrás emsua decisão.

Retirando-se o Espírito quepresidia ao fenômenoreencarnatório, a criança nãovinga, a gestação não chega atermo.

A gestação frustrada édolorosa experiência para ospais e para o Espírito emprocesso reencarnatório.

Como não existe sofrimentosem causa anterior, chega aesses corações, como medida

salutar para ajuste de débitosanteriores.

Para o Espírito querealizava a tentativa, semprepreciosa lição.

Retornará ao palco da vidaterrena, após algum tempo, emnovas circunstâncias.

Para quem aguarda onascimento de um filho, seconstitui em doloroso transe afrustração do processo dagestação.

De um modo geral, volta omesmo Espírito, superadas asdificuldades, para areencarnação.

Se forem inviáveis ascondições para ser agasalhadono ventre que elege para suamãe, engendra outras formas dechegar ao lar paterno.

É nessas circunstânciasque a adoção faz chegar a paisnão biológicos o filho inestimáveldo coração.

AÇÃO OU REAÇÃO?De um modo geral,

costumamos reclamar de tudoque nos ocorre. Reclamamos docongestionamento do trânsito,da chuva que nos surpreende àsaída do escritório, da demorano atendimento do serviçopúblico, da incompetência deprofissional contratado etc, etc...

Contudo, o que éimportante não perdermos devista é como reagimos a essescontratempos. Habitualmente,nossa reação é de irritabilidade,nervosismo, quaseagressividade.

No entanto, da forma comoencaramos as situaçõesadversas, seremos mais oumenos felizes.

Vejamos: se ao nosprepararmos pela manhã,descobrimos a camisa não tãobem passada, podemosdescarregar nossa raiva emquem consideramosresponsável.

Nossas exclamaçõesenvolverão a funcionária, aquem chamaremos deinabilidosa, irresponsável,

preguiçosa. No entanto, serãoos afetos mais próximos que nosouvirão a voz alterada e asaltercações em desequilíbrio.

Dessa forma,contaminaremos, com fluidosdeletérios, a ambiênciadoméstica.

A esposa poderá semagoar com as observações,acreditando que, no fundo, aestamos recriminando também,porque ela poderia ter revisadoo trabalho da funcionária.

Os filhos, aguardando queos conduzamos à escola, seassustam com os gritos, empleno início da manhã. O bebêchora, no berço, despertadopelo barulho.

Instala-se o caos. Por fim,solucionada a questão com aescolha de outra camisa,apanhamos as chaves do carro,ordenamos que as criançasandem rápido porque, afinal,perdemos precioso tempo.

Depois saberemos que umdos meninos recebeu falta, porter se atrasado. O outro, recebeureprimenda.

No escritório, todos nosaguardam na sala de reuniões.Estamos atrasados e a reuniãocomeça tumultuada. Que dia!

* * *Voltemos ao início da

manhã e recomecemos.Encontramos a camisa malpassada, a deixamos de lado eescolhemos outra.

Beijamos o bebê que mamatranquilo. Chamamos ascrianças, conferimos seapanharam tudo: a mochila, oagasalho e saímos tranquilos.

Todos chegam ao local dosseus deveres, sem atrasos, semirritação.

Percebemos como umasimples ação, perante uminconveniente, tem o condão depermitir horas sequentes de pazou de desarmonia?

Nossa vida é sempreassim.

Existem acontecimentossobre os quais não mantemos ocontrole, como o atraso dacondução, as bruscasalterações do clima, as ruascongestionadas, um pequeno

acidente de trânsito...Dizem que esses

correspondem a dez por cento.Mas, sobre a grande maioria,noventa por cento dassituações, temos amplogerenciamento.

A forma como encaramospequenos transtornos,determinarão horas de paz ou degrande intranquilidade.

Façamos a experiência.Em vez de reagir, de forma

negativa, vamos agir,positivamente. Contornemos,administremos, encontremossoluções para problemas que seapresentem.

Não nos estressemos, nãosobrecarreguemos nossoorganismo com cargas ruins,gozemos de tranquilidade.

Isso para sermos maisfelizes em cada um dos nossosdias, e fazermos felizes aos quenos amam.

07 O Espiritismo para todos Fevereiro de 2014

ABNEGAÇÃOA evolução espiritual é um

fenômeno bastante complexo,que se dá em sucessivas fases.

No começo, predomina anatureza corpórea.

Dominada pelos instintos, acriatura dedica seu tempo e seuinteresse a atividadescomezinhas.

Comer, vestir-se, abrigar-se, procriar e cuidar da prole, eisa que se resumem suaspreocupações.

Nesse período, o egoísmoé marcante.

Os instintos deconservação da vida e dapreservação da espécie têmabsoluta preponderância.

Com o tempo, o ser começaa desvincular-se de sua origem.

A inteligência sedesenvolve, o raciocínio sesofistica e o senso moraldesabrocha.

As invenções tornampossível gastar tempo comquestões não diretamenteligadas à sobrevivência.

Viver deixa de ser tão difícil,sob o prisma material.

Em compensação,começam os dilemas morais.

Com a razão desenvolvida,a responsabilidade surge fortenos caminhos espirituais.

O que antes era admissívelpassa a ser um escândalo.

A sensibilidade se apura ea criatura aspira por realizações

intelectuais e afetivas.Essa nova sensibilidade

também evidencia que o próximoé seu semelhante, com igualdireito a ser feliz e realizado.

Gradualmente seevidencia a igualdade básicaentre todos os homens.

Malgrado possuidores detalentos e valores diversos, nãose distinguem no essencial.

Uma chama divina os animae a todos conduzirá aos maiorescimos da evolução.

Contudo, o abandono doshábitos toscos das primeirasvivências não é fácil.

Séculos são gastos naárdua tarefa de domar vícios epaixões. As encarnações sesucedem enquanto o Espíritoluta para ascender.

O maior entrave para alibertação das experiênciasdolorosas é o egoísmo, quepossui forte vínculo com oapego às coisas corpóreas.

Quanto mais se aferra aosbens materiais, mais o homemdemonstra pouco compreendersua natureza espiritual.

O Espírito necessitalibertar-se do apego a coisastransitórias.

Apenas assim ele adquirecondições de viver asexperiências sublimes a queestá destinado.

Quem deseja sair doprimitivismo deve combater o

gosto pronunciado pelos gozosda matéria.

O melhor meio para isso épraticar a abnegação.

Trata-se de uma virtudeque se caracteriza pelodesprendimento e pelodesinteresse.

A ação abnegada importana superação das tendênciasegoístas do agente.

Age-se em benefício deuma causa, pessoa ou princípio,sem visar a qualquer vantagemou interesse pessoal.

Certamente não é umavirtude que se adquire a brincar.

Apenas com disciplina edeterminação é que ela seincorpora ao caráter.

Mas como ninguém fará otrabalho alheio, é precisoprincipiar em algum momento.

Comece, pois, a praticar aabnegação.

Esforce-se em realizar umasérie de atitudes com foco nopróximo.

Esqueça a suapersonalidade e pense com

interesse no bem alheio.Esse esforço inicial não

tardará a dar frutos.O gosto pelo transitório

lentamente o abandonará.Ele será substituído pelos

prazeres espirituais.Você descobrirá a ventura

de ser bondoso, de amparar oscaídos e de ensinar osignorantes.

Esses gostos suaves etranscendentes o conduzirão aesferas de sublimes realizações.

Pense nisso.

ABORTO NÃO REALIZADOA gravidez veio na hora

indesejada, lembrava-se Laura.Veio na hora errada e

ainda trazia riscos de váriasordens.

A saúde debilitada,problemas familiares, odesemprego...

Seu primeiro impulso foi oaborto. Tomou uns chás que,em vez de resolver, a debilitaramainda mais.

Recuperada, buscou umadessas pessoas que arrancam,ainda no ventre, o chamadoproblema das mães que nãodesejam levar adiante agestação.

Naquele dia, a parteirahavia adoecido e faltara.

Laura voltou para casapreocupada, mil situações lhepassavam pela mente.

À noite, deitou-se e custoua adormecer, mas foi vencidapelo sono. No sonho, viu um belojovem pedindo-lhe algo que, namanhã seguinte não soubedefinir.

Durante todo o dia nãoconseguiu tirar aquela imagemda mente, de sorte queesqueceu a gravidez.

Na noite seguinte voltou asonhar com o mesmo jovem, sóque acordou com a agradávelsensação de tão doce quantoagradável Obrigado.

Era como se ainda visseseus lábios pronunciandopalavras de agradecimento,enquanto de seu coração

irradiava uma paz indefinível.Desistiu do aborto.Enfrentou tudo, superou

todos os riscos e saiu vitoriosa...Hoje, passados vinte e três

anos do episódio, ouveemocionada seu belo e jovemfilho pronunciar, do púlpito dasolenidade de sua formatura,ante uma extasiada multidão:

...Agradeço sobretudo àminha mãe, que me alimentou ocorpo e o Espírito, dando-menão só comida, mas carinho,companhia, amor e,principalmente, vida.

E, olhando-a nos olhos, ofilho pronunciou, num tominconfundível:

Obrigado!Ela não teve dúvidas. Foi

o mesmo Obrigado, doce eagradável de um sonho, há vintee três anos...

A mulher que nega o ventreao filho que Deus lhe confia,nega a si mesma a oportunidadede ouvir a cantiga alegre dacriança indefesa a rogar-lhecarinho e proteção.

Perde a oportunidade dedar à luz um Espírito sedento deevolução, rogando-lhe umachance de reencarnar, parajuntos superarem dificuldades eestreitarem laços de amizade eafeto.

Se você, mulher, estápassando pela mesma situaçãode Laura, mire-se no seuexemplo e permita-se ser mãe.

Permita-se sentir, daqui

alguns meses, o agradecimentono olhar do pequenino que lheroga o calor do colo e umachance de viver.

Conceda-se a alegria de,daqui alguns anos, ornamentaro pescoço com a joia maisvaliosa da face da Terra: osbracinhos frágeis da criança,num abraço carinhoso a lhedizer:

Obrigado, mamãe, por terme permitido nascer e crescer,e fazer parte desse Mundonegado a tantos filhos de Deus.

Todos nós voltaremos anascer um dia...

Se continuarmos negando

oportunidades de reencarnaçãoaos Espíritos com os quais noscomprometemos antes do berço,

talvez estejamos negando a nósmesmos a chance de uma mãeou pai, no futuro.

08 O Espiritismo para todos Fevereiro de 2014

A LIÇÃO DO BAMBU CHINÊSO bambu chinês (bambusa

mitis) é uma planta da famíliadas gramíneas, nativa doOriente.

Destacamos aqui umaparticularidade muitointeressante, relativa ao seucrescimento.

Depois de plantada asemente deste incrível arbusto,não se vê nada poraproximadamente 5 anos,exceto um lento desabrochar deum diminuto broto a partir dobulbo.

Durante 5 anos, todocrescimento é subterrâneo,invisível a olho nu.

O que ninguém vê, é queuma maciça e fibrosa estruturade raiz, que se estende verticale horizontalmente pela terra,está sendo cuidadosamenteconstruída.

Então, lá pelo final doquinto ano, o bambu chinêscresce, até atingir a alturasurpreendente de 25 metros.

Quantas coisas em nossavida são similares ao bambuchinês...

Trabalhamos, investimostempo, esforço, dedicação, e àsvezes não vemos resultadoalgum por semanas, meses ouanos.

Quem sabe, selembrarmos desta lição que anatureza nos dá, através dobambu chinês, teremos apaciência necessária para

esperar o tal quinto ano.Assim não deixaremos de

persistir, de lutar, de investir emnós mesmos, sabendo que osfrutos virão com o tempo.

Muitos ainda somosimediatistas, desejando o retornofácil, a conquista instantânea.

Esquecemos que todas asgrandes e valorosas conquistasda alma demandam tempo,exigem esforço de muitos emuitos anos, e às vezes demuitas vidas. Este hábito de nãodesistir de nossos objetivos, decontinuar tentando, de não seabalar perante os inevitáveisobstáculos, constitui umavirtude.

Continuar, persistir, manterconstância e firmeza, fazemparte da importantíssima virtudeda perseverança.

A perseverança é ocombustível dos vencedores.

Mas não dos vencedoresmundanos, de vitóriassuperficiais e transitórias. Masdaqueles que vencem a simesmos, que vencemdificuldades no anonimato.

Thomas Edison, homemperseverante, afirmouque nossa maior fraqueza estáem desistir, e que o caminhomais certo para vencer é tentarmais uma vez.

E quantas centenas devezes ele tentou fabricar sualâmpada, sem sucesso... E omais interessante é que as

muitas tentativas frustradas lhedavam mais forças ainda.

Eu não falhei. - diziaele. Encontrei 10 mil soluçõesque não davam certo.

Em outro momento afirmouque os três grandesfundamentos para se conseguirqualquer coisa são: primeiro,trabalho árduo; segundo,perseverança; terceiro: sensocomum.

Aprendamos com essesexpoentes que muitoconseguiram, não vislumbrandoapenas os louros da glória, ouapenas admirandocontemplativamente.

Respeitemo-los por suasaquisições valorosas, eenxerguemos o caminho todoque trilharam até conseguir seusucesso.

Não asseveres: É-me

impossível fazer!Não redargas: Não

consigo!Nunca informes: Sei que é

totalmente inútil aceitar.Nem retruques: É maior do

que as minhas forças.Para aquele que crê, o

impossível é tarefa que somentedemora um pouco para serrealizada, já que o possível sepode realizar imediatamente.

BANDA LARGA E MENTE ESTREITAToda banda larga é inútil,

se a mente for estreita.Eis a ideia veiculada numa

determinada campanhapublicitária nacional, que tocanuma temática bastanteinteressante.

Nos tempos dedesenvolvimento tecnológicoincessante e revolucionário; nostempos da velocidade dainformação, e da conectividadeem tempo real com o mundotodo, é necessário pensar.

Pensar se tudo isso,realmente, está sendo utilizadoem favor do desenvolvimentohumano, ou é apenas maisuma distração criada pela almaimatura do homem terreno.

Sim, pois, se pouco ounada nos acrescenta comoEspíritos, no que diz respeito aonosso progresso moral, aonosso melhor comportamento,de que nos adianta?

De que nos adianta ter afacilidade no acesso àinformação, se não sabemos oque fazer com ela?

De que adianta ficarsabendo de tantas e tantascoisas, se não sabemosselecionar o que eu quero e oque eu não quero para mim?

Toda banda larga é inútil,se a mente for estreita.

A mente estreita é esta quese perde em meio a tantaspossibilidades, sem saber paraonde ir.

Naufragam ao invés denavegarem na Web.

Gastam seu tempoquerendo saber da vida dosoutros, do que aconteceu aquiou ali, inaugurando apenas umanova forma de voyeurismo efofoca - apenas isso.

A mente estreita lê, masnão pensa sobre o que leu, nãoemite opinião, apenas aceita...

A mente estreita prefere ocontato virtual, dos perfisraramente sinceros, do que aconversaolho no olho , sembarreiras, sem máscaras.

A tecnologia está à nossadisposição para nos ajudar. É oconhecimento intelectualengendrando o progresso moral,propiciando o adiantamento doser humano, e não suadestruição.

Achamada informação nunca foitão fácil e farta, é certo, mas seráela, por si só, suficiente?

O que mudou em nós,seres humanos, as agilidadestecnológicas da nova era?Tornamo-nos melhores? Maiscaridosos? Mais dispostos a nosvermos todos na Terra comoirmãos?

Talvez para alguns sim, osde mente larga e coração amplo.

Tantas comunidades dobem na rede, tantas propostasnobres ligando pessoas em todoo mundo!

Inúmeras mensagens de

consolo, de esclarecimento,diariamente cruzam os aresvirtuaisda internet, e levamcarinho e alegria a muitos laresinfelizes.

São muitos os exemplos decomo os avanços intelectuaispodem ser bem utilizados emfavor do desenvolvimentohumano.

Sejamos nós estes demente larga, que querem etrabalham pelo bem comum, dasmais diferentes formaspossíveis, e que se utilizam demais este instrumento, paraviver o amor.

O Universo é acondensação do amor de Deus,e somente através do amorpoderá ser sentido, enquantopela inteligência serácompreendido.

Conhecimento esentimento unindo-se,harmonizam-se na sabedoriaque é a conquista superior queo ser humano deverá alcançar.

Busquemos ap len i tude i n te lec to -mora l ,conforme tão bem acentua onobre Codificador doEspiritismo, Allan Kardec.

09 O Espiritismo para todos Fevereiro de 2014

A CADA UM SEGUNDO SUAS OBRAS

Mateus, 16:27

“E então dará a cada“E então dará a cada“E então dará a cada“E então dará a cada“E então dará a cadaum seum seum seum seum segundo as suasgundo as suasgundo as suasgundo as suasgundo as suas

obrobrobrobrobrasasasasas.....”””””

Nessa sentença de Jesusestão sintetizadas todas as leisque regem as questões ético-morais.

Mas de que maneira essajustiça se estabelece?

Que mecanismo coordenaessa distribuição, com justiça?

Primeiro é importantelembrar que a justiça doshomens está calcada nalegislação humana, com baseem códigos legais criados pelospróprios homens.

Quando há um litígioqualquer, um grupo de pessoasespecializadas nesses códigosanalisa o processo, julga edefine as penalidades aplicáveisao réu.

A duração das penastambém é estabelecida pelo juiz.

Então podemos concluirque a justiça dos homens sealicerça no arbítrio, segundo avisão dos magistrados.

Mas com a justiça divina édiferente.

As conseqüências dos atosse dão de forma direta e natural,sem intermediários.

Em caso de uma faltaqualquer, a penalidade seestabelece de maneira natural,e cessa também naturalmente,com o arrependimento efetivo ea reparação da falta.

Importante destacar que najustiça divina não há dois pesose duas medidas. As leis sãoimutáveis e imparciais, e nãopodem ser burladas.

Um exemplo talvez tornemais fácil o entendimento.

Se alguém resolve beberuma dose considerável deveneno, as conseqüências logosurgirão no organismo, demaneira direta e natural.

Não é preciso que alguémjulgue o ato e decida o que vaiacontecer com o organismo doindivíduo. Simplesmente oresultado aparece.

Castigo? Não.Conseqüência natural derivadado seu ato, da sua livre escolha.

Os efeitos produzidos nocorpo físico não fazem distinçãoentre o pobre ou o rico, oreligioso ou o ateu, a criança ouo adulto.

As leis divinas nãocontemplam exceções, nemconcessões. São justas eequânimes. E essasconseqüências duram tantoquanto a causa que as produziu.

Uma vez passado o efeitodo veneno, resta consertar oestrago e seguir em frente.Por isso a necessidade dareparação.

Nesse caso devemosconsiderar que a lei dareencarnação se torna umanecessidade, para que cada umreceba conforme suas obras,segundo a justiça divina.

Se a pessoa bebe venenoe morre, as conseqüências doseu ato a seguirão no mundoespiritual, pois ela sai do corpomas não sai da vida.

Por vezes, é necessáriorenascer num novo corpomarcado pelos estragos que oveneno produziu.

Castigo? Certamente não.Conseqüência direta e natural.

No campo moral a justiçadivina se dá da mesma maneira,distribuindo a cada um segundosuas obras, sem intermediários.

Mas como conhecer essasleis?

Ouvindo a própriaconsciência, que é onde seencontra esse código divino.

Não é outro o motivo queleva a pessoa corrupta, injusta,violenta, hipócrita, a tentaranestesiar a consciênciausando drogas, embriagando-separa aplacar o clamor que vemda sua intimidade. Uma vez maispodemos considerar que Jesusrealmente é o maior de todos ossábios.

Numa sentença sintéticaele ensinou tudo o queprecisamos saber paraconquistar a nossa felicidade.

Sim, porque se asconseqüências dos nossos atossão diretas e naturais, podemospromover, desde agora,conseqüências felizes para logomais. E se hoje sofremos asconseqüências de atos infelizesjá praticados, basta colher osresultados, sem se queixar dasorte, e agir com uma condutaético-moral condizente com oresultado que desejamos obterlogo mais.

Pense nisso!Nas leis divinas não existem

penas eternas. Asconseqüências infelizes duram

tanto quanto a causa que asproduziu.

Assim, como depende decada um o seu aperfeiçoamento,todos podem, em virtude dolivre-arbítrio, prolongar ouabreviar seus sofrimentos, comoo doente sofre, pelos seusexcessos, enquanto não lhespõe termo. Dessa forma, se vocêdeseja um futuro mais feliz,busque ajustar seus atos a suaconsciência, que é sempre umguia infalível onde estão escritasas leis de Deus.

E, se em algum momentosurgir a dúvida de como agircorretamente: faça aos outros oque gostaria que os outros lhefizessem, e não haveráequívoco.

A CAIXA DE PANDORAConta a mitologia grega

que, no início da criação, o titãPrometeu foi designado pelosdeuses para organizar a matériaem confusão, dando origem ànatureza e às demais formas devida animal.

Prometeu, no entanto,pediu ao seu irmão que cuidassede tudo.

Depois de organizar aTerra, o ar e as águas, fez ohomem. E porque os homens sesentissem muito sós, com aajuda dos demais deuses crioua mulher.

Casou-se com a primeiralinda mulher que criou, a quemchamou Pandora.

Disse à sua esposa quetudo o que existia em seu reinopertencia a ela também, e queela poderia usufruir de tudo, masnão poderia tocar numa caixaque ele guardava num doscantos do quarto.

Dizer a Pandora que não atocasse foi o suficiente paradespertar-lhe a curiosidade. Noprimeiro momento em que ela seviu só, na enorme mansão,buscou a caixa e a abriu.

Assim que levantou atampa do baú, saíram de suaintimidade as misérias maisvariadas.

Misérias físicas como alepra, a gota, as enxaquecas, ocâncer, entre outras

enfermidades, que estavamfechadas, escaparam e sedisseminaram sobre aHumanidade inteira.

A inveja, a cólera, oorgulho, o egoísmo, misériasmorais que também estavamguardadas, se espalharam portodos os cantos da Terra.

Pandora, assustada,fechou a caixa imediatamente,sem se dar conta de que nofundo estava guardada aesperança.

Os homens, assustadoscom tantas misérias morais efísicas que pairam sobre aHumanidade, pensam que Deusse esqueceu do gênerohumano, relegando-o à própriasorte.

No entanto, ainda restapara todos nós a esperança.

Um dia, num país distante,a esperança se vestiu de homeme surgiu como um sol parareverter a situação daHumanidade sofrida.

Ficou conhecido comoJesus, o Cristo.

Mas, descuidada, boaparte dos homens somente Oconsegue ver como umderrotado, vencido na cruz domartírio, sem chance de ajudar.

Esquecidos de que Elerompeu a lápide do túmulo esurgiu vivo, afirmando paraquem O quisesse ouvir:

Eu estou aqui! E, em outraoportunidade, afirmou: Nuncaestareis a sós.

Jesus continua vivo evelando pela Humanidade, aquem chamou de Seu rebanho.

Qual raio de esperança,surgiu trazendo a mensagem daBoa Nova e a espalhou por todoo planeta.

Falou-nos do reino deDeus. Cantou as bem-aventuranças eternas. E jamaisse teve notícias de que Ele setenha deixado contaminar pelasmisérias humanas.

Jesus, portanto, é amensagem viva de esperança.Vive e vela por nós.

São dEle estaspalavras: Vinde a mim vós queestais cansados, que Eu vosaliviarei.

Se as misérias físicas emorais estão se tornandoinsuportáveis, abramos a nossacaixa de Pandora e deixemossair dela a grande esperança:

Jesus!Não há mal que dure para

sempre.O deserto de Atakama, o

mais árido do mundo, situado noChile, ao receber as primeirasgotas de água refrescante, apósquase um século sem chuvas,em pouco tempo fica recobertode lindas flores multicoloridas.

Assim também acontece

com as almas maisempedernidas. Ao se abrirempara receber os primeiros raiosdo sol das almas, Jesus, mudam

a paisagem ressecada, para setornarem campos floridos,espalhando bênçãos por ondepassem.

10 O Espiritismo para todos Fevereiro de 2014

DAR GRAÇAS POR TUDOO Apóstolo Paulo, com sua

lucidez inconfundível,recomendou que devemos dargraças a Deus por tudo o quenos acontece, tanto pelas coisasboas como pelas que nospareçam ruins.

Talvez seja por esse motivoque um certo homem agiasempre dessa maneira.Agradecia por tudo, e tinha acerteza de que Deus sempre oprotegeria.

Um dia ele saiu em umaviagem de avião. Durante aviagem, quando sobrevoavam omar, um dos motores falhou e opiloto teve que fazer um pousoforçado no oceano.

Quase todos morreram,mas o homem conseguiuagarrar-se a alguma coisa queo conservasse em cima da água.

Ficou boiando à derivadurante muito tempo até quechegou a uma ilha não habitada.Ao chegar à praia, cansado,porém vivo, agradeceu a Deuspor tê-lo livrado da morte.

Naquele lugar deserto eleconseguiu se alimentar depeixes e ervas.

Derrubou algumas árvorese, com muito esforço, construiuuma cabana. Não era bem umacasa, mas um abrigo tosco, compaus e folhas, que significavaproteção.

Ele ficou todo satisfeito emais uma vez agradeceu aDeus, porque agora podiadormir sem medo dos animaisselvagens que talvez existissemna ilha.

Um dia, ele estavapescando e quando terminou,havia apanhado muitos peixes.Assim, com comida abundante,estava satisfeito com o resultadoda pesca e mais uma vezagradeceu ao Criador.

Porém, ao voltar para suahumilde cabana, qual não foi suadecepção, ao ver que suamorada estava pegando fogo.

Sentou-se em uma pedrachorando e dizendo em prantos:

Deus! Como é que o

Senhor podia deixar istoacontecer comigo? O Senhorsabe que eu preciso muito destacabana para me abrigar, e adeixou se acabar em cinzas.

Deus, o Senhor não temcompaixão de mim?

Naquele mesmo instanteuma mão pousou no seu ombroe ele ouviu uma voz dizendo:

Vamos, rapaz?Ele se virou para ver quem

estava falando com ele, e qualnão foi sua surpresa quando viuà sua frente um marinheiro todofardado dizendo:

Vamos logo, rapaz, nósviemos buscá-lo.

Mas, como é possível?Como vocês souberam que euestava aqui?- Falou o homemsurpreso.

Ora, amigo, falou omarinheiro, vimos os seus sinaisde fumaça pedindo socorro. Ocapitão ordenou que o navioparasse e me mandou vir buscá-lo naquele barco ali adiante.

Os dois entraram no barco

e assim o homem foi para onavio que o levaria são e salvode volta para os seus queridos.

Já em segurança, o homemagradeceu uma vez mais a Deuse pediu perdão pela falta deconfiança na Sua providência emisericórdia.

Em qualquer dificuldade

recorda o poder da oração eroga inspiração ao céu,realizando sempre o melhorpara que o melhor se faça em tie através de ti, sem esqueceresque todo apelo encontraresposta, conforme omerecimento de quem pede e aforma como pede.

RECOMEÇAR E DAR A VOLTA POR CIMAÉ impressionante como

algumas pessoas sabem agircom inteligência e bom sensodiante das situações adversasque a vida lhes apresenta.

Há algum tempo, um atorfamoso sofreu um assalto e foiferido gravemente, ficando emcoma por muito tempo. Os diasse passaram, os meses sesomaram e, apesar daslimitações impostas ao corpofísico, continuou lutando combravura.

Gerson Brenner não sedeixou vencer pela soma deacontecimentos amargos ecomeçou a grande luta para dara volta por cima e continuarvivendo, ainda que com graveslimitações nos movimentos docorpo.

Um narrador de futebol,não menos famoso, sofreu umacidente de automóvel e ficoupor longo tempo sem contatocom o mundo exterior.

Apesar das barreirasimensas que tentavam isolá-lodo mundo, Osmar Santosempreendeu uma batalhaacirrada e, depois de longotempo, conseguiu se comunicarcom o mundo através da arte,pintando quadros.

Ele conseguiu dar a voltapor cima e reinventar sua vida.

Um dia, um acidente deultraleve matou a esposa de umcantor popular e o jogou numleito de hospital com gravesferimentos na medula e nocérebro.

Poucos acreditavam queele sairia dessa.

Mas Herbert Viana deu avolta por cima, demonstrandorara coragem e uma disposiçãoinabalável.

Surpreendendo médicos eenfermeiros, ele aparececantando e dedilhando suaguitarra para alegrar aenfermaria repleta de pacientesque, como ele, enfrentam horasseguidas de fisioterapia.

Assim como essas pessoasfamosas, há também muitosheróis anônimos que dão a voltapor cima e vencem situações deextrema dificuldade.

E, ao contrário do quemuita gente pensa, essas sãoatitudes de pessoas que sabemusar a razão e o bom senso.

Percebem que não hácomo vencer, senão aceitandoo desafio que as Leis maioreslhes oferecem, com resignaçãoe coragem.

Esses são os verdadeirosvencedores, pois transformamuma situação aparentementesem saída, numa nova maneirade encarar a vida.

É como se admitissem a simesmas: Se Deus me ofereceuesta situação difícil é porquepreciso aprender alguma liçãocom ela. E é isso que vou fazer.

Nesse caso, é a obediênciaconsentida pela razão, e aresignação aceita pelo coração.

Essa é a posição de umfilho que confia no seu Pai e Delesempre espera o melhor, aindaque esse melhor chegue comaparência de desgraça.

Um filho que confia num Paiamoroso e justo e procura retirarde cada situação uma lição amais, um aprendizado útil,mesmo que seja umademonstração de coragem, defé, de humildade, de confiança.

E você? Já pensou naslições que Deus espera queaprenda com as situações quelhe apresenta?

Se ainda não haviapensado, pense agora, ainda hátempo.

Considere que as provassempre guardam relação com otipo de aprendizagem queprecisamos demonstrar e são

proporcionais ao nosso grau deevolução.

Assim, se é a nossapaciência que deve ser testada,teremos uma provacorrespondente. Se é ahumildade, uma prova em quepossa ser demonstrada, e assimpor diante.

Conforme nos recomendouo grande Apóstolo Paulo deTarso, aprendamos a dar graçaspor tudo.

A flor agradece, com o seuperfume, a terra escura que lhepermitiu nascer e florescer.

A borboleta dá graças aocasulo desprovido de belezaque lhe permitiu efetuar asensível metamorfose, bailandono ar e contribuindo com apolinização.

Quando o enfermorecupera a saúde, bendiz a dorque lhe trouxe a lição doequilíbrio.

Por todas essas razões,aprendamos a agradecer atempestade que renova, a lutaque aperfeiçoa, o sofrimento queilumina.

Lembrando sempre que aalvorada é dádiva do céu quesurge após a noite escura naTerra.

11 O Espiritismo para todos Fevereiro de 2014

Vi meu pai morrendo naminha frente e não entendiporque Deus o matou... Edesse dia em diante não maisacredito em Deus.

Frases como esta sãouma constante.

Quando não conseguimosentender o fenômeno da vidae da morte, revoltamo-noscontra Deus, como a criançase revolta contra a mãequando esta a obriga a beberum remédio amargo.

A idéia falsa de um Deusperverso e caprichoso, quemata uns antes dos outros, quecastiga alguns e privi legiaoutros, que dá a riqueza apoucos enquanto muitos vivemna miséria, é a responsávelpela revolta de muitos.

Concebendo um Deustemível, possuidor de todos osvícios humanos, pensamos que

esse ser invisível está sempreà espreita para nos pregar umapeça.

A nossa visão, aindamíope, no que diz respeito àsleis que regem a vida, nos fazsofrer, como filhos ingratos quenão compreendem as atitudesdos pais amorosos que têmcomo único objet ivo afelicidades dos seus.

Enclausurados na conchado egoísmo, não percebemosque nossos bem-amados nãosão os únicos que saem decena na vida física e só nosincomodamos com Deusquando Ele mataum dosnossos.

Indiferentes às leis queregem a matéria, não vemosque tudo o que nasce, um diatem que morrer, ou melhor, setransformar.

E o nosso corpo físico

também é matéria, e como taltem que se dissolver um dia.Mas, quando isso acontece,esquecemos de que somosEspíritos imortais e não apenasum corpo que desaparece napoeira do chão.

Fomos feitos à imagem esemelhança de Deus e, porisso mesmo, viveremos portoda a eternidade.

O que nos tem causadoinsegurança é pensar queDeus é a nossa imagem esemelhança e que, portanto, éportador de todos os vícioshumanos.

Somos Espíritos. E comotal somos imortais. Mas, paraque atinjamos a perfeição, épreciso mergulhar na carneatravés da reencarnação.

Ao homem é dado morreruma só vez, assegura oEvangelho. Ao Espírito não é

possível a morte.Um dia, num futuro ainda

distante, não precisaremosmais entrar nem sair da carne,porque já teremosdesenvolvido em nós a imageme semelhança do Pai.

Jesus, após a morte docorpo, surge com todavitalidade, em Espírito, paralegar à Humanidade a certezada Imortalidade.

Dessa forma, não nosiludamos. O túmulo não é o fimda vida. É apenas o começo deuma nova fase de aprendizadopara o Espírito imperecível.

Compreendendo asabedoria e a perfeição dasLeis Divinas, mudaremos anossa reação diante da partidade um ser querido. E diremoscom segurança:

Vi meu amado deixando ocorpo físico, na minha frente,

e entendi porque Deus olevou... É que Deus o ama maisdo que eu e o quer, por algumtempo, no mundo dos Espíritos.Desse dia em diante, esperoansioso a oportunidade de umreencontro feliz. E por essemotivo, mais acredito e confioem Deus...

O que chamamos morte,nada mais é do que umfenômeno biológico natural.

Seja pelo desgaste normaldos órgãos físicos ou de outraforma qualquer, todosdeixaremos o corpo evoltaremos à pátria espiritualde onde partimos um dia.

Assim, tenhamos acerteza de que a separação éapenas temporária. E que, maiscedo ou mais tarde,tornaremos a reencontrarnossos amores dos quaissentimos saudades.

quando o objetivo é nos fazerrefletir sobre algo que possa sermodificado em nós, para opróprio crescimento espiritual.

Tenhamos em nossoscorações a fé raciocinada, ootimismo e a esperança,lembrando sempre que a oraçãoé recurso abençoado, que nosdá coragem e nos impulsiona aagir. Assim nos sentiremos

E AGORA, QUE ESTÁS ESPERANDO?

fortalecidos para seguir emfrente sem nos determos diantedos obstáculos, vencendo tantoas barreiras que encontramosdentro de nós mesmos quantoos fatores externos quedificultam a caminhada.

Não duvidemos da nossacapacidade de fazer o melhor.

É sempre possível fazer umtanto mais.

No livro bíblico Atos dosApóstolos, está registrado oepisódio em que Saulo de Tarso,inicialmente perseguidor dosprimeiros cristãos, seguia emviagem a Damasco quando lheapareceu Jesus.

Após essa visão gloriosa,ele se sentiu profundamentetocado pelo amor do Cristo.Estando em Damasco, recebeua visita de Ananias, arauto doNazareno naquela cidade.

No diálogo que entreambos se estabeleceu,perguntou-lhe, em certomomento, o velho Ananias: Eagora, por que te deténs?

Revendo seus conceitos,Saulo atendeu ao chamado deJesus e se transformou emvaloroso discípulo do Evangelho.

A partir do momento emque assimilamos oconhecimento sobre a realidadeespiritual e as leis Divinas, é dese esperar que façamos algo aesse respeito.

Nossa conduta deveriaentão ser pautada de acordocom as verdades queconhecemos.

Conveniente seria que nosmovimentássemos sempre emdireção ao que julgamos corretorealizar. Por que, então, nosdetemos?

Se sabemos que a vidanão termina no túmulo, que aalma sobrevive à morte do corpo

físico, não deveríamosdesperdiçar tempo com coisasinsignificantes, levando nossaexistência como se nãohouvesse amanhã.

Como podemos passar avida preocupados em amealhartesouros na Terra, e temosconsciência de que os únicostesouros que levaremosconosco, ao morrermos, serãoas virtudes morais queconquistamos durante nossaexistência?

Cabe-nos refletir eidentificarmos os fatores queestão dificultando ou até mesmoparalisando nossa marcha.

A sociedade nos impõepadrões de comportamento, dosquais, algumas vezes,discordamos, mas acabamosagindo contra os nossosprincípios, por necessidade desermos aprovados.

É natural que tenhamosmedo de agir de forma diferenteda maioria. Aprisionamo-nos,com facilidade, na situação emque estamos, porque éconfortável e seguro.

Um dos fatores que dificultaa caminhada é o egoísmo.

Ainda vivemos muito emfunção de nós mesmos, o quenos impede de enxergar asnecessidades do outro. Essa éuma dificuldade que precisa seridentificada e vencida.

O orgulho também aparece

como um fator paralisante.É comum estarmos

envolvidos em uma tarefadignificante, em algo que faz bemao próximo e também a nósmesmos, até que alguém sejainconveniente conosco, o que ésuficiente para nos fazer desistir.

O orgulho não permite queouçamos com agrado as críticasque nos são dirigidas, mesmo

12 O Espiritismo para todos Fevereiro de 2014

E DEPOIS?O ser humano é o único

dotado de razão, por isso échamado de racional.

Ser racional é raciocinarcom sabedoria, é saberdiscernir, é pensar, utilizando obom senso e a lógica antes dequalquer atitude.

Todavia, boa parte de nósnão agimos com a sabedorianecessária para evitarproblemas e dissaboresperfeitamente evitáveis.

Costumeiramente, agimosantes e pensamos depois,tardiamente, quandopercebemos que os resultadosda nossa ação nos infelicitam.

Paulo, o Apóstolo, que tinhaa lucidez da razão, adverte comsabedoria: Tudo me é lícito, masnem tudo me convém.

Quis dizer com isso quetudo nos é permitido, mas que arazão nos deve orientar de quenem tudo nos convém.

Do ponto de vista físico,quando comemos ou bebemosalgo que nos faz mal, nãopensamos no depois, mas odepois é fatal.

Se nosso organismo é frágila certos tipos de alimento,

devemos pensar nasconsequências antes de ingeri-los, mesmo que a nossa vontadediga o contrário.

P e r g u n t e m o - n o s : Edepois? Como será depois?

Lembremos dagaseificação, do mal estar e deoutros distúrbios que advirão.

Se temos vontade de fazeruso de drogas, sejam elassocialmente aceitas ou não,pensemos antes nodepois. Será que suportareicorajosamente as enfermidadesdecorrentes desses vícios? Ouserá um preço muito alto poralguns momentos de satisfação?

Quando sentimos vontadede usar o cartão de crédito, pelafacilidade que ele oferece,costumamos pensar no depois?Pensar em como vamos pagara conta?

Quando recebemos oconvite das propagandas parao consumo desenfreado,ponderamos racionalmentesobre a necessidade daaquisição, ou compramos antespara constatar, logo mais, quenão necessitamos daqueleobjeto?

No campo da moral não édiferente. Quando surgir avontade de gozar algunsmomentos de prazer,pensemos: E depois?

Quais serão asconseqüências desse ato quedesejo realizar? Será que assuportarei corajosamente, semreclamar de Deus, nem jogar aresponsabilidade sobre osoutros?

Certo dia, conversandocom um fiscal aposentado,ouvimo-lo falar a respeito dovazio que sentia na intimidade e

da consciência marcada pelosatos inconsequentes quepraticara durante a vida.

Buscou, na atividadeprofissional, tirar proveito detodas as situações. Arranjavatudo com algum jeitinho e muitapropina, mas nunca haviapensado no depois.

E o depois chegou. Avelhice o alcançou como alcançaas pessoas honestas, mas a suaconsciência trazia um pesodescomunal, e uma sensaçãodesconfortável lhe invadia aalma.

Não conseguia olhar nosolhos dos filhos e netos, sempensar no quanto havia sidoinescrupuloso. Sem pensar notipo de sociedade que haviaconstruído para legar aos seusafetos.

Dessa forma, antes detomar qualquer atitude,questionemos a nós mesmos: Edepois?

É melhor que resistamospor um momento e tenhamos pazinterior, do que gozar um minutoe ter o resto da vida para searrepender.

A GENIALIDADE E A REENCARNAÇÃOConta-se que um jovem

médico procurou o notávelcompositor Mozart e lheperguntou como deveriaproceder para escrever umasinfonia.

O grande músico lherespondeu que ele era muitojovem para pensar em escreversinfonias e lhe sugeriu quetentasse antes escreverbaladas.

Indignado com aobservação, o rapazretrucou: Como pode me dizerque sou jovem, se o senhorescreveu sinfonias com apenasdez anos! Realmente, concluiuMozart, eu as escrevi com aquelaidade, mas não perguntei aninguém como fazê-lo.

A resposta do alegremúsico austríaco nos conduz adestacar o prodígio que sãoalgumas crianças.

O famoso Rembrandt já erapintor antes de aprender a ler.Miquelângelo, a quem devemosa maravilha das pinturas daCapela Sistina, no Vaticano, foiconsiderado um artistacompleto, aos oitos anos, porseu mestre.

O célebre escritor francêsVictor Hugo revelou-seliterariamente aos treze anos.

Crianças outrasdemonstraram bem cedo suagenialidade, qual seja a dedominar várias línguas, como oalemão, francês, latim, grego ehebraico; compor, pintar;escrever poemas ou outraspeças literárias.

Os Espíritos nos explicamcom clareza que tais fenômenosde prodígio são devidos aoprogresso anterior da alma, a

uma lembrança do passado,entendendo-se como passadoas vidas anteriores do Espírito.

Equivale pois a dizer quenada do que se aprenda éperdido, em tempo algum.

Plenamente concorde coma Lei do Progresso, tais fatos noslevam a reflexões em torno dostalentos de que somosportadores, convidando-nos aatentar para o que possamos tertrazido de vidas passadas.

Descortina-se a razão poisque renascemos não somentepara resgatar débitos, acertarproblemas do ontem mastambém para amadureceravanços iniciados em outrasencarnações.

Aqueles que mais sabem,que trazem melhoresmensagens de vida e maioresexperiências, são convidados atrabalhar em prol da vida maisbela e elevada. É desta formaque benfeitores da Humanidaderetornam vez ou outra aocenário da Terra, revestidos deuma roupagem carnal diferente,para atender seus irmãos.

Quem haja se evidenciadonas artes e tenha brindado omundo com produçõesbelíssimas, pode retornar parase dedicar ao bem do próximo,exercitando a sensibilidade deoutra forma. Quem tenha seesmerado na Ciência, poderetornar servindo à comunidadeem outro campo, totalmentediverso, sem perder jamais, emmomento algum, o queaprendeu, exercitou, lecionou.

Isso também explica afacilidade de algumas pessoaspara determinadas áreas dosaber, das artes, da indústria, do

comércio, das relaçõeshumanas. ParafraseandoLavoisier: Nada se perde... tudose transforma. E diríamos: paramelhor.

O fenômeno do Espírito

retornar à carne, em outro corpoespecialmente preparado paraele, se chama reencarnação.

A reencarnação constituiexcelente oportunidade deaperfeiçoamento, concedida por

Deus, para o Espírito.Assim, vale a pena

aproveitar cada minuto dapresente existência, fazendo omelhor que estiver ao nossoalcance.