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ESPECIFICAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO DE ESGOTO SANITÁRIO SUMÁRIO 1.0 - ESCOPO 1.1 - PROCEDIMENTOS FORMAIS 1.2 - ELEMENTOS PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO 1.3 - COMPONENTES ESPECÍFICOS 1.4 - APRESENTAÇÃO 2.0 - CRITÉRIOS DE PROJETO 2.1 - NORMAS 2.2. CRITÉRIOS COMPLEMENTARES 2.3 - TERMINOLOGIA 2.4 - DIMENSIONAMENTO 2.5 - CONDIÇÕES PECULIARES ÀS POLIGONAIS ANEXO A.1 - TABELA DE IMPLANTAÇÃO DE POÇOS DE VISITA A.2 - PLANILHA DE CÁLCULO DA REDE DE ESGOTO SANITÁRIO

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ESPECIFICAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO DE

ESGOTO SANITÁRIO

SUMÁRIO

1.0 - ESCOPO

1.1 - PROCEDIMENTOS FORMAIS

1.2 - ELEMENTOS PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO

1.3 - COMPONENTES ESPECÍFICOS

1.4 - APRESENTAÇÃO

2.0 - CRITÉRIOS DE PROJETO

2.1 - NORMAS

2.2. CRITÉRIOS COMPLEMENTARES

2.3 - TERMINOLOGIA

2.4 - DIMENSIONAMENTO

2.5 - CONDIÇÕES PECULIARES ÀS POLIGONAIS

ANEXO

A.1 - TABELA DE IMPLANTAÇÃO DE POÇOS DE VISITA

A.2 - PLANILHA DE CÁLCULO DA REDE DE ESGOTO SANITÁRIO

PREFEITURA MUNICIPAL DE VITÓRIA

CADERNO DE ENCARGOS DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS Especificação para Elabor ação de Projeto de Esgoto Sanitário

1.0 - ESCOPO

1.1 - PROCEDIMENTOS FORMAIS

A CONTRATADA elaborará o projeto atendendo as normas técnicas da ABNT e

normas da Concessionária local e do Município e os serviços serão orientados,

acompanhados e fiscalizados pela SEDEC E SEMOB.

Todos os procedimentos necessários ao cumprimento de exigências para aprovação

do projeto nos Órgãos competentes serão de responsabilidade da firma contratada.

A firma contratada deverá providenciar a documentação de anuência da concepção

do projeto junto à Concessionária, objetivando a aprovação do projeto, de forma a

não prejudicar o Cronograma de Execução dos Projetos Básicos e Executivos.

Deverão ser detalhados os projetos de todas as unidades necessárias ao sistema de

esgotamento sanitário, tais como : redes coletoras de esgoto, ligações prediais,

estações elevatórias, interceptores, linhas de recalque, estação de tratamento de

esgoto, emissários, plano de manejo dos resíduos gerados e lançamento final do

efluente tratado, inclusive projeto estrutural e elétrico das unidades projetadas bem

como os manuais de operação e manutenção das unidades.

1.2 - ELEMENTOS PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO

Para elaboração dos projetos deverão ser considerados:

• Plano Diretor de Esgotamento Sanitário do Município.

• Plano de Intervenção aprovado para a área considerada, elementos

topográficos e os tipos e natureza da ocupação prevista no Plano para área a

ser beneficiada, entre outros.

• Atendimento da Concepção de Projeto contida no Plano de Intervenção

elaborado pelo Município de Vitória.

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• As cotas de terreno deverão obedecer ao projeto aprovado do greide dos

arruamentos e de galerias de águas pluviais. Os trechos nos quais este

procedimento não for observado deverão ser ressalvados em nota atribuindo-

se à firma contratada a responsabilidade pelas cotas de terreno consideradas.

• O levantamento de interferências superficiais e/ou subterrâneos nos

logradouros onde forem traçadas as redes.

• Os projetos existentes para a área, elaborados pelo Município e pela

Concessionária, propiciando a integração do mesmo ao novo projeto a ser

desenvolvido pela contratada.

• O levantamento cadastral da rede existente e avaliação para o seu

aproveitamento; neste caso, deverá ser consultada a Concessionária. Deverá

ser considerado levantamento de todas as edificações e instalações

existentes e em operação que farão parte diretamente do projeto.

• Os parâmetros de projeto, e especificações das Normas e Propostas de

Normas inerentes ao assunto.

• A padronização existente de elevatórias, poços de visita, ancoragens,

detalhes construtivos e equipamentos já implantados.

• As especificações gerais para construção de coletores e de outras unidades

do sistema, adotados pela Concessionária e pelo Município.

1.3 - COMPONENTES ESPECÍFICOS

1.3.1PROJETO BÁSICO

Descrição Detalhada da Concepção de Projeto:

• Justificativa da solução adotada.

• Definição do traçado preliminar da rede coletora a ser implantada. O traçado

da rede deverá atender a todos os domicílios, salvo aqueles já atendidos por

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redes coletoras a serem aproveitadas.

• Apresentação do cadastro da rede e do sistema que se pretende aproveitar.

Além das informações cadastrais (diâmetro, material, cotas) a firma

contratada deverá informar a respeito das condições de funcionamento da

rede.

• Apresentação do(s) ponto(s) indicado(s) pela Concessionária, para

interligação da rede coletora proposta com a rede pública se existente. NOTA:

Na inexistência de informações da Concessionária a respeito do ponto de

interligação, deverá ser apresentado um estudo comprovando a capacidade

da rede existente de receber a vazão adicional.

• Definição da necessidade de obras especiais, como elevatórias, estação de

tratamento, travessias de córregos ou canais, dentre outros. Serão

apresentados os elementos básicos destas unidades, em função de pré-

dimensionamento dos mesmos.

• Apresentação dos parâmetros de cálculo a serem adotados. Na ausência de

normas, justificar e indicar as referências.

• Pré-dimensionamento e peças gráficas dos componentes do sistema

projetado (ligações prediais, rede coletora, estações elevatórias, linhas de

recalque, estação de tratamento, lançamento final, dentre outros).

• Descrição da concepção básica, apresentando seus componentes e suas

principais características em planta topográfica, em escala 1:2000, incluindo

a delimitação das sub-bacias de esgotamento, sua contribuição em termos de

vazão e demais elementos necessários ao sistema.

• Delimitação de bacias e sub-bacias de esgotamento, caracterizando áreas,

populações e contribuições.

• Delimitação da área de projeto. Planta única de localização do sistema

projetado, em escala conveniente.

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• Indicação do início de operação da rede e determinação do alcance do

projeto.

• Dimensionamento da rede e seus órgãos acessórios (cálculo das taxas de

contribuição inicial e final definidas pela NBR 9649) e demais unidades do

sistema.

• Desenho da rede coletora, interligação com a rede existente, se prevista sua

utilização, e situação dos outros componentes do sistema em relação à rede

coletora.

• Elementos técnicos preliminares para desapropriação das áreas.

• Projeto estrutural e elétrico necessários à execução das unidades projetadas.

• Especificações de materiais e serviços.

• Quantidades de serviços de obras e materiais (inclusive memória de cálculo).

• Orçamento detalhado atendendo as diretrizes do Município.

• Deverão ser justificadas e caracterizadas construtivamente as obras ditas

especiais, tais como travessias de curso d’água, pontes, rodovias, travessias

aéreas, servidões, becos , escadarias e outras eventualmente necessárias.

1.3.2PROJETO EXECUTIVO

Detalhamento de todos os componentes do sistema, com atendimento ás normas

técnicas e recomendações da SEMOB/DSC e da Concessionária.

1.4 - APRESENTAÇÃO

1Introdução

2Memorial descritivo e justificativo

Apresentação das diretrizes de concepção básica do sistema e descrição de

todas as unidades projetadas, identificando as características principais, tais

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como : vazões de contribuição, sub-bacias, quadro resumo da rede coletora,

dimensões principais, etapas construtivas, ligações prediais, dentre outras.

3Memória de cálculo

3.1 - População de projeto

3.2 - Parâmetros e coeficientes adotados

3.3 - Cálculo das taxas de contribuição inicial e final

3.4 - Cálculo hidráulico - será apresentado em planilhas, conforme modelo

anexo, devendo contemplar todos os trechos de coletores

4O Sistema de esgotamento sanitário projetado deverá conter todos elementos

seguindo as diretrizes da Concessionária.

5Especificações de materiais e serviços

6Quantitativos de materiais e serviços de obras

7Orçamento com base em índices e tabela de preços adotada pelo Município.

8Desenhos (contendo assinatura, data, escala, número do registro no

Conselho ou Órgão de Classe do projetista, conforme a legenda indicada e

adotada pelo Município).

• Planta esquemática do sistema projetado com todas as unidades, em escala

conveniente.

• Planta da rede coletora e de seus órgãos acessórios na escala 1:1000.

Deverá conter, no mínimo, as seguintes informações: identificação de PV;

cotas de fundo e topo de PV, extensão do trecho declividade do coletor;

diâmetro, material do tubo, declividade, cota da geratriz inferior dos tubos

afluentes e efluentes no PV e anotação das interferências. NOTA: Quando por

necessidade o desenho for composto de mais de uma folha, estas deverão

ser perfeitamente articuladas.

• Perfil da rede coletora e de seus órgãos acessórios, nas escalas vertical

1/100 e horizontal 1/1000. Serão representados no perfil todas as

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interferências, com os principais dados de cada trecho, interferências com

outras redes, valas, dentre outras, que deverão estar perfeitamente locadas.

NOTA: O perfil poderá ser dispensado, em parte ou no total. Neste caso o

desenho da planta da rede coletora será acrescido de informações referentes

a cotas de terreno e geratriz inferior interna dos coletores afluentes e

efluentes do poço de visita.

• Detalhes que forem necessários ao bom entendimento do projeto e à

execução da obra.

• Relatório (modelo ANEXO I), referente aos projetos de elevatória, estações de

tratamento, etc., quando houver, contendo:

Apresentação;

Memorial descritivo e justificativo;

Memorial de cálculo;

Especificações de materiais e serviços;

Orçamento com base em índices e tabela de preços fornecida pelo Município,

incluindo a memória de cálculo que gerou o orçamento);

Desenhos - Plantas, cortes, detalhes, urbanização, locação, perfil hidráulico,

etc, em escala conveniente.

• ART do profissional responsável pelo projeto.

• Apresentação dos Serviços Contratados.

Os serviços serão entregues em meio digital e em duas vias devidamente e

perfeitamente encadernadas.

2.0 -CRITÉRIOS DE PROJETO

2.1 - NORMAS

Deverão ser seguidas as prescrições das normas da ABNT, considerando-se entre

elas as seguintes:

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• Anel de borracha destinado a tubos de concreto simples ou armado para

esgotos sanitários - Determinação da absorção de água (NBR 7531);

• Anel de borracha do tipo toroidal para tubos de PVC rígido coletores de

esgoto sanitário - Dimensões e dureza (NBR 9063);

• Anel de borracha do tipo toroidal para tubulações de PVC rígido para esgoto

predial e ventilação - Dimensões e dureza (NBR 9064);

• Anel de borracha para tubulações de PVC rígido coletores de esgoto

sanitário (NBR 9051);

• Cadastro de sistema de esgotamento sanitário (NBR 12587);

• Conexão para tubo coletor de fibrocimento para esgoto sanitário - Formato e

dimensões (NBR 8073);

• Conexões de PVC rígido com junta elástica, para coletor de esgoto sanitário.

Tipos e dimensões (NBR 10569);

• Critérios para lançamento de efluentes líquidos industriais no sistema coletor

público de esgotos sanitários (NBR 9800);

• Diâmetros nominais em tubulações de saneamento nas áreas de redes de

distribuição, adutoras, redes coletoras de esgoto e interceptores (NBR 7968)

• Estudo de concepção de sistema de esgoto sanitário (NBR 9448);

• Execução de rede coletora de esgoto sanitário (NBR 9814);

• Instalações prediais de esgotos sanitários (NBR 8160);

• Junta elástica de tubos de PVC rígido coletores de esgoto - verificação de

desempenho (NBR 7369);

• Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário (NBR 12209);

• Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário (NBR 12208);

• Projeto de interceptores de esgoto sanitário (NBR 12207);

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• Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário (NBR 9649);

• Projeto e assentamento de tubulações de PVC rígido para sistemas de esgoto

sanitário (NBR 7367);

• Projeto e execução de valas para assentamento de tubulação de água,

esgoto ou drenagem urbana (NBR 12266);

• Tubo cerâmico para canalizações (NBR 5645);

• Tubo de concreto armado, de seção circular para esgoto sanitário (NBR

8890);

• Tubo de concreto armado, de seção circular para esgoto sanitário -

Determinações da resistência à compressão diametral (NBR 8891);

• Tubo de concreto simples, de seção circular, para esgoto sanitário (NBR

8889);

• Tubo de concreto simples, de seção circular, para esgoto sanitário -

Determinação da resistência à compressão diametral (NBR 8894);

• Tubo de concreto simples ou armado, de seção circular, para esgoto sanitário

- Determinação do índice de absorção de água (NBR 8892);

• Tubo de concreto simples ou armado, de seção circular, para esgoto sanitário

- Verificação da permeabilidade (NBR 8893);

• Tubo de concreto simples ou armado, de seção circular, para esgoto sanitário

- Verificação da estanqueidade de junta elástica (NBR 8895);

• Tubo de poliéster reforçado com fibras de vidro, com junta elástica, para

esgoto sanitário (NBR 10845);

• Tubo de PVC rígido coletor de esgoto sanitário - Determinação da classe de

rigidez (NBR 9053);

• Tubo de PVC rígido coletor de esgoto sanitário - Verificação da

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estanqueidade de juntas elásticas submetidas à pressão hidrostática externa

(NBR 9054);

• Tubo de PVC rígido coletor de esgoto sanitário - Verificação de

estanqueidade de juntas elásticas submetidas ao vácuo parcial interno (NBR

9055);

• Tubo de PVC rígido com junta elástica, coletor de esgoto (NBR 7362);

• Tubo e conexão de ferro fundido para esgoto (NBR 9651);

• Tubo e conexão de PVC rígido para esgoto predial e ventilação (NBR 5688);

• Tubos de poliéster, armados com fios de vidro, corrugados externamente,

com revestimento interno helicoidal de PVC rígido, para esgotos (EB 834);

• Tubos de poliéster armados com fios de vidro e enchimento de areia silicosa

utilizados em esgotos sanitários - Ensaios de condicionamento ácido (MB

588);

• Tubos de conexões de ferro fundido para esgoto e ventilação - Formatos e

dimensões (NBR 8161);

• Tubos e conexões de PVC rígido com junta elástica para coletor predial e

sistema Condominial de esgoto sanitário - Tipos e dimensões (NBR 10570);

• Além dessas, deverão ser consultadas se houver, as propostas de normas da

Concessionária e do Município, bem como documentos inerentes a esse tipo

de projeto, tais como as especificações de projeto e as especificações gerais,

para construção de coletores e galerias de esgotos sanitários da

Concessionária e do Município, já mencionados anteriormente.

2.2 - CRITÉRIOS COMPLEMENTARES

Quanto ao material das tubulações, peças especiais e conexões, bem como os tipos

de juntas que poderão ser utilizadas nas redes projetadas, deverão ser observadas

as especificações de materiais do Caderno de Encargos empregados pela

Concessionária e do Município.

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Nos logradouros principais (ruas de acesso), com faixas mais largas (maiores que

6,0 m) sujeitas a maior tráfego, e onde existam interferências tais como as galerias

de águas pluviais deverão ser previstos coletores duplos. Salvo em casos especiais

devidamente justificados e dependendo de prévia aprovação do Órgão competente.

Nos demais casos deverá ser previsto o coletor único, preferencialmente no terço do

arruamento (ver Diretrizes para Localização de Redes de concessionárias, elaborado

pelo Município).

Sempre que a tubulação projetada admitir prolongamento ou ampliação futura para

atender a novo trecho ou logradouros de outros empreendimentos, deverá ser

prevista essa possibilidade, levando a tubulação até o limite do empreendimento e

considerando a futura vazão de contribuição esperada nesse sistema.

Sempre que houver necessidade de estação elevatória deverão ser apresentados os

projetos de construção civil e de montagem eletromecânica com características, lista

de material, e números de conjuntos motor-bomba e peças especiais de barrilete.

Nesses projetos deverá constar obrigatoriamente o dimensionamento das linhas de

recalque e dos conjuntos motor-bomba, bem como dos equipamentos acessórios,

tais como painel de comando e controle, válvulas e dispositivos anti-golpe de aríete,

locação, urbanização, e detalhes do extravasor e lançamento e destino final.

2.3 - TERMINOLOGIA

- COLETOR DE ESGOTO ( ou simplesmente coletor, quando inscrito em texto

referente a sistema de esgoto).

É a tubulação que, funcionando como conduto livre, recebe contribuição de

esgoto em qualquer ponto ao longo de sua extensão.

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- COLETOR TRONCO

É um coletor de esgoto que recebe, além do esgoto proveniente dos coletores

prediais, a contribuição de vários coletores de esgotos.

- CONTRIBUINTE

É o agente produtor de esgoto.

- CONTRIBUIÇÃO DA INFILTRAÇÃO

É a parcela das águas do lençol subsuperficial que penetra nas canalizações de

esgotos, somada a certa quantidade de água que penetra pelas juntas dos

tampões dos poços de visita.

- COLETOR PÚBLICO

Canalização pertencente ao sistema público de esgoto sanitário.

- DESPEJO INDUSTRIAL

Efluente líquido decorrente do uso de água para fins industriais e serviços

diversos.

- ELEVATÓRIA

Unidade destinada ao abrigo e proteçã0 do conjunto de tubos, peças, conexões,

equipamentos e dispositivos destinados à elevação de efluentes.

- ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO (ETE)

É a unidade ou conjunto de unidades destinadas a condicionar os esgotos

sanitários de forma tal que produza o efluente final tratado compatível com as

exigências ambientais, com relação ao corpo receptor.

- EXTRAVASOR

Canalização destinada a escoar eventuais excessos de esgoto.

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- FOSSA SÉPTICA

Unidade de sedimentação e digestão de fluxo horizontal, de funcionamento

contínuo, destinada a tratamento primário de esgoto sanitário.

- GRUPAMENTO DE EDIFICAÇÕES

Conjunto de duas ou mais edificações em um lote.

- LIGAÇÃO PREDIAL

Trecho de canalização compreendido entre o coletor público e o ramal de ligação

domiciliar.

- POÇO DE VISITA

Dispositivo destinado a permitir a inspeção, limpeza e desobstrução das

canalizações de esgotos.

- REDE DE ESGOTO SANITÁRIO

Conjunto de canalizações do serviço público de esgotos sanitários.

- SISTEMA SEPARADOR ABSOLUTO

Sistema de esgotamento constituído por uma rêde coletora que recebe apenas

esgoto doméstico e industrial.

- SISTEMA UNITÁRIO

Sistema de esgotamento constituído por uma rede única, destinada a coletar os

esgotos doméstico e o industrial, as águas pluviais dos logradouros, dos telhados

e pátios e as águas de drenagem do subsolo.

2.4 - DIMENSIONAMENTO

PARÂMETROS DE PROJETOS

P = População (dados iniciais do IBGE, atualizados pela projetista, e (ou) de

acordo com critério estabelecidos e fornecidos pelo Municipio.

A = Área de abrangência (ha)

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q = Consumo per capta - l/hab.dia

C = Coeficiente de retorno água x esgoto - 0,80

K1 = Coeficiente de vazão máxima diária - 1,20

K2 = Coeficiente de vazão máxima - horário - 1,50

N.º de hab/residência = valor médio de 4 hab/res a ser confirmado com

atualização de dados populacionais executados pela projetista.

Vmax = Velocidade máxima geral (m/s) - 5,0 m/s

Vmin = Velocidade mínima geral (m/s) - 0,50 m/s

Lâmina d’água máximo - 75 %

Qmin = Vazão mínima de dimensionamento (l/s) - 1,50 l/s

Para todos os trechos da rede serão sempre estimadas as contribuições de início e

fim do período, QI e QE respectivamente, como definidas na NBR 9649.

O valor de QI a considerar em qualquer trecho não deve ser inferior a 1,5 l/s.

Os diâmetros a empregar são os previstos nas normas e especificações brasileiras

para os diversos materiais considerando como mínimo o de 150 mm.

Cada trecho deve ser verificado pelo critério de tensão trativa média de valor

mínimo Tt = 1,0 Pa , calculada para vazão inicial.

As lâminas d’água devem ser calculadas admitindo o escoamento em regime

uniforme e permanente, sendo o seu valor máximo, para a vazão final igual ou

inferior a 75% do diâmetro do coletor, calculadas a partir da fórmula de Manning,

com coeficiente n de 0,013. A declividade mínima dos coletores é definida pela

fórmula: Imin = 0,0055 (Qi)-0,47 (Qi em l/s), e a velocidade crítica por Vc = 6 (9* Rh )

0,5

Deverão ser atendidas as condições de controle de remanso.

Devem ser projetados poços de visita ( PV ) em todos os pontos singulares da rede

coletora, tais como no início de coletores, nas mudanças de direção, de declividade,

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de diâmetro e de material, na reunião de coletores e onde há degraus. Em alguns

casos como nas cabeceiras de rede, poderão ser utilizados modelos simplificados de

poços de visita.

O recobrimento mínimo dos coletores será o estabelecido na NBR 9649. A critério do

Município poderá este recobrimento ser reduzido, sem prejuízo das ligações

domiciliares, desde que seja executado um reforço em concreto, para proteção, ou

mudança das especificações das tubulações.

2.5 - CONDIÇÕES PECULIARES ÀS ÁREAS DE INTERESSE SO CIAL

A experiência obtida na execução de sistemas de esgotamento sanitário pelo

Município de Vitória, mostra que a ocupação desordenada e subnormal existe nas

áreas de interesse social, nas periferias da área urbana, região dos morros e

palafitas. Nessas áreas, devem ser consideradas, a topografia desfavorável, a

ocorrência de rochas , declividades e cotas elevadas, becos, servidões, escadarias e

fundo de vales, permitindo que sejam adotadas as opções de projeto apresentadas

abaixo:

2.5.1 - PROFUNDIDADE MÍNIMA

A profundidade mínima deve ser tal que compatibilize o aproveitamento das

instalações de esgoto domiciliares existentes com a condição de “caimento” da rede.

Nas vias de pedestres, devido a dificuldade de se executar escavações profundas, o

recobrimento mínimo definido pela NBR9649 poderá ser reduzido, sem prejuízo das

ligações prediais.

2.5.2 - ELIMINAÇÃO DE VALAS NEGRAS

Nas áreas de interesse social é comum existirem valas onde o esgotamento

sanitário se dá a céu aberto (valas negras). A solução para o afastamento desses

lançamentos será feita projetando-se redes, que levem em consideração as

instalações domiciliares existentes.

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2.5.3 - TERRENOS ROCHOSOS

Será admitida a utilização de rede superficial em terrenos rochosos onde a

escavação se tornar difícil. Neste caso a rede deverá receber proteção adequada

contra danos estruturais, como, por exemplo, a utilização de envelopamento em

concreto.

2.5.4 - REDE AÉREA E SUPERFICIAL

As características topográficas dos assentamentos, bem como a ocupação do

espaço, proporcionam situações em que a solução mais viável, evitando remoções,

é a de execução de rede de esgotamento sanitário aérea, devidamente ancorada,

apoiada e protegida.

2.5.5 - ESPAÇAMENTO ENTRE POÇOS DE VISITA

O espaçamento entre poços de visita ou caixas de inspeção será feito em razão da

especificidade de cada local.

2.5.6 - CADASTRAMENTO DAS REDES EXISTENTES

As redes existentes, que pelas suas condições possam ser aproveitadas, devem ser

incluídas nos projetos a serem executados.

2.5.7 - MATERAIS DAS TUBULAÇÕES

Recomenda-se a utilização, nas áreas de acentuada declividade, de tubos de pvc

tipo vinilfort e em situações especiais, de tubos de ferro fundido.

2.5.8 - FUNDO DE VALES

Nos fundos de vales e nos talvegues e em locais de caminhamentos peculiares, será

utilizado o sistema condominial de coletores, que permitirá o esgotamento de áreas

confinadas e sua ligação à rede coletora básica.

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2.5.9 - CAIXA DE GORDURA

Será prevista para cada lote a caixa de gordura

2.5.10 - DIAMETRO MINIMO

Será permitido a utilização do diâmetro mínimo de 100 mm, nas redes secundárias

condominiais.

2.5.11 - CAIXAS DE LIGAÇÃO

Os efluentes dos lotes serão reunidos em caixas de ligação.

2.5.12 - LIGAÇÃO INTEGRADA

As caixas de ligação serão interligadas na rede condominial por intermédio das

caixas de inspeção, e dessas o esgoto será conduzido à rede publica.

2.5.13 - ESCADARIAS

Na implantação das escadarias, serão previstas preferencialmente as escadas

hidráulicas para águas pluviais e separadamente inseridas as tubulações de esgoto

sanitário.

2.5.14 - SOLUÇÀO INTEGRADA E CONDOMINIAL

Em razão da especificidade da ocupação das áreas das periferias, morros e

palafitas, da topografia irregular, da existência de fundo de vales, da necessidade da

universalização do sistema a ser implantado e importância de esgotamento de todas

as edificações, em alguns casos e determinadas áreas, as ligações domiciliares

serão conjuntas, e serão utilizadas caixas de gordura, caixas de ligação, e caixas de

inspeção, que serão interligadas por tubulações de uso comum passando por fundo

de lotes e de vales, até alcançar a rede publica principal, caracterizando o sistema

integrado e condominial.

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ANEXO

A1 - TABELA DE IMPLANTAÇÃO DE POÇOS DE VISITA.

A2 - PLANILHA DE CÁLCULO DA REDE DE ESGOTO SANITÁRIO