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Engenharia Ambiental 79 ESPÉCIES VEGETAIS ARBÓREAS X ESPAÇO FÍSICO - ANÁLISE DE UM PLANO DE ARBORIZAÇÃO Leonardo Severo da Costa 1 , Éderson Paulo Mello 1 e Nara Rejane Zamberlan dos Santos 2 (orient.) 1 Universidade Federal do Pampa; 2 Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]; [email protected]. Todo o complexo arbóreo de uma cidade constitui sua área verde, embora a arborização das vias seja considerada uma complementação, pela sua disposição nos passeios. Existem fatores limitantes no planejamento da arborização de ruas, tais como: as larguras da rua, da calçada e do recuo das casas, a presença de tubulações de água e rede elétrica, sendo que a falta de observação desses fatores resulta em uma arborização problemática (Demattê, 2006). Este trabalho objetivou avaliar as condições físicas do espaço urbano na implantação de um plano de arborização. O plano de arborização foi implantado no período 2006/2007 nas ruas centrais da cidade de São Gabriel, RS, localizada na fronteira oeste do estado. A coleta de dados se baseou em uma amostra utilizando instrumento estruturado, no qual constavam os seguintes itens: dimensão das covas, distância da cova ao meio fio, largura do passeio e presença de fiação aérea. Após a análise dos dados, verificou-se que a dimensão média das covas é de 0,32 x 0,32 m, sendo que, para Demattê (2006), a dimensão da cova deve variar entre 0,5 x 0,5 m e 1 x 1 m, pois o solo urbano é quase sempre compactado e misturado. Em relação à distância da cova ao meio fio, observou-se que todas as covas amostradas estão juntas ao meio fio. Segundo Vitória (1992) a distância mínima recomendada é de 1 m entre a árvore e o meio fio, visando proteger as árvores de danos físicos ocasionados por veículos automotores. A largura do passeio, aconselhada por Demattê (2006), de 3 m ou mais, não foi verificada, pois a largura máxima amostrada foi 2 m. Quanto à presença de fiação aérea, constatou-se que esse item provavelmente não foi considerado. Para Paiva (2000), sob fiação aérea, deve-se utilizar espécies de pequeno porte, de modo a não causar danos na rede elétrica. Se esses cuidados não forem tomados, em pouco tempo haverá à necessidade de poda, que deforma e tira a beleza natural das plantas. O levantamento realizado permitiu constatar que os processos adequados à arborização urbana, não foram observados na implantação da arborização da cidade, no que tange aos padrões sugeridos em literaturas especializadas na área. (Apoio: UFSM) IV Jornada de Iniciação Científica - Meio Ambiente -

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Engenharia Ambiental 79

ESPÉCIES VEGETAIS ARBÓREAS X ESPAÇO FÍSICO - ANÁLISE DE UMPLANO DE ARBORIZAÇÃOLeonardo Severo da Costa1, Éderson Paulo Mello1 e Nara Rejane Zamberlan dos Santos2

(orient.)1Universidade Federal do Pampa; 2Universidade Federal de Santa Maria;[email protected]; [email protected].

Todo o complexo arbóreo de uma cidade constitui sua área verde, embora a arborizaçãodas vias seja considerada uma complementação, pela sua disposição nos passeios. Existemfatores limitantes no planejamento da arborização de ruas, tais como: as larguras da rua, dacalçada e do recuo das casas, a presença de tubulações de água e rede elétrica, sendo que afalta de observação desses fatores resulta em uma arborização problemática (Demattê,2006). Este trabalho objetivou avaliar as condições físicas do espaço urbano na implantaçãode um plano de arborização. O plano de arborização foi implantado no período 2006/2007nas ruas centrais da cidade de São Gabriel, RS, localizada na fronteira oeste do estado. Acoleta de dados se baseou em uma amostra utilizando instrumento estruturado, no qualconstavam os seguintes itens: dimensão das covas, distância da cova ao meio fio, largura dopasseio e presença de fiação aérea. Após a análise dos dados, verificou-se que a dimensãomédia das covas é de 0,32 x 0,32 m, sendo que, para Demattê (2006), a dimensão da covadeve variar entre 0,5 x 0,5 m e 1 x 1 m, pois o solo urbano é quase sempre compactado emisturado. Em relação à distância da cova ao meio fio, observou-se que todas as covasamostradas estão juntas ao meio fio. Segundo Vitória (1992) a distância mínimarecomendada é de 1 m entre a árvore e o meio fio, visando proteger as árvores de danosfísicos ocasionados por veículos automotores. A largura do passeio, aconselhada porDemattê (2006), de 3 m ou mais, não foi verificada, pois a largura máxima amostrada foi 2m. Quanto à presença de fiação aérea, constatou-se que esse item provavelmente não foiconsiderado. Para Paiva (2000), sob fiação aérea, deve-se utilizar espécies de pequenoporte, de modo a não causar danos na rede elétrica. Se esses cuidados não forem tomados,em pouco tempo haverá à necessidade de poda, que deforma e tira a beleza natural dasplantas. O levantamento realizado permitiu constatar que os processos adequados àarborização urbana, não foram observados na implantação da arborização da cidade, noque tange aos padrões sugeridos em literaturas especializadas na área.

(Apoio: UFSM)

IV Jornada de Iniciação Científica- Meio Ambiente -