espécies de prisão

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Espécies de Prisão Inocêncio Carvalho

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Page 1: Espécies de prisão

Espécies de PrisãoInocêncio Carvalho

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Page 8: Espécies de prisão

A exceção à regra, ou seja, a prisão não

decorrente de sentença penal condenatória,

deve de­correr de situação excepcional nas

circunstâncias legalmente defini­das na lei e

ser decorrente de mandado de prisão.

Page 9: Espécies de prisão

MANDADO DE PRISÃO

Page 10: Espécies de prisão

Quando poderá ser executado? O mandado

poderá ser executado em qualquer dia e hora,

respeitada a inviolabilidade de domicílio:

◦ Art. 283. A prisão poderá ser efetuada em qualquer

dia e a qualquer hora, respeitadas as restrições

relativas à inviolabilidade do domicílio.

Page 11: Espécies de prisão

ATENÇÃO: não é permitida a prisão do eleitor: 5

dias antes e 48 horas depois da eleição, salvo

prisão em flagrante delito ou em virtude de

sentença criminal condenatória por crime

inafiançável. Não é possível a execução de

mandado de prisão preventiva ou temporária.

Page 12: Espécies de prisão

Duas vias: uma deverá ficar em poder do preso(equivale à nota de culpa da prisão em flagrante),para que saiba o motivo pelo qual foi preso.

direitos constitucionais:

◦ LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre osquais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada aassistência da família e de advogado;

◦ LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveispor sua prisão ou por seu interrogatório policial;

Page 13: Espécies de prisão

MODALIDADES

a) prisão civil : decretada no caso de devedor dealimentos e de depositário infiel (art. 5º, LXVII); Vale apena salientar que atualmente não é mais admitidaem nosso ordenamento jurídico a prisão civil dodepositário infiel.

b) prisão disciplinar : decretadas por autoridademilitar:

a) prisão militar disciplinar (transgressão militar)

b) prisão militar investigatória - apenas para crimesmilitares próprios ou puros:

Page 14: Espécies de prisão

c) prisão administrativa (arts. 319-320 do CPP):

após a CF/88 somente pode ser decretada por

autoridade judiciária.

d) prisão penal: ocorre após o trânsito em julgado

da sentença penal condenatória em que se impôs

pena privativa de liberdade.

Page 15: Espécies de prisão

- Prisão em Flagrante

Page 16: Espécies de prisão

Prisão em Flagrante (arts. 301/309 CPP):

A prisão em flagrante é uma das espécies de prisão

cautelar (processual). É autorizada pela Constituição

Federal, no seu artigo 5º, LXI, que dispensa a

exigência de mandado judicial, donde se extrai, num

primeiro momento, a sua natureza administrativa,

vez que o auto de prisão em flagrante é lavrado pela

Polícia Judiciária. Depois, torna-se jurisdicional, na

hipótese em que o juiz, ao dela ter conhecimento, a

mantém.

Page 17: Espécies de prisão

Modalidades de flagrante (art. 302 CPP):

I e II flagrante próprio – o agente está

cometendo, ou acabou de cometer a infração

penal;

Page 18: Espécies de prisão

III flagrante impróprio (irreal, quase-flagrante) - é

preso em decorrência de perseguição que o faça

presumir ser o autor da infração. Não há fixação de

prazo pelo CPP, sendo falso as afirmações no

sentido de que seriam 24 horas. Na verdade, o CPP

não estipula prazo algum, mas é necessário que a

perseguição inicie-se em ato contínuo à execução do

delito, quando o autor passa a ser perseguido após

rápida investigação procedida pela polícia ou

particulares, mas deve ser ela incessante, sendo

admitido inclusive que esse tempo pode ser de

várias horas ou mesmo dias, desde que a

perseguição não tenha cessado nesse intervalo

(entre a execução do crime a prisão)

Page 19: Espécies de prisão

IV flagrante presumido (ficto) - é a prisão

daquele que é encontrado, logo depois da infração,

com instrumentos, armas, objetos ou papéis que

façam presumir ser o autor da infração.

Page 20: Espécies de prisão

Doutrina:

Flagrante preparado O flagrante preparado (ou

provocado), também conhecido como crime de

ensaio ou de experiência (porque tudo é uma

encenação) não se amolda em nenhuma das

modalidades anteriormente citadas. Ocorre quando

o agente é induzido, ardilosamente, à prática da

infração penal. Nesse caso, há um agente

provocador que o induz ou instiga a cometer o fato

típico, pois somente assim, poderá prendê-lo.

Page 21: Espécies de prisão

Nesses moldes, não se fala na configuração da

flagrância, mas sim, do crime impossível (artigo 17

do CP), já que, ao mesmo tempo em que o agente

provocador atua no sentido de conduzir o indivíduo

ao cometimento do delito, também age para

impedir que alcance o resultado visado. É

exatamente o que dispõe a Súmula 145 do STF:

"não há crime quando a preparação do flagrante

pela polícia torna impossível a sua

consumação".

Page 22: Espécies de prisão

Flagrante esperado a autoridade policial tem

conhecimento que o crime será praticado em dia,

hora e local conhecidos; não há agente provocador

que induz ao crime, mas o indivíduo é observado e,

ao praticá-lo espontaneamente, é preso; Ex.:

Sabendo o policial, pelas investigações, que o

delito vai ocorrer, aguarda no local adequado e na

hora H realiza a prisão em flagrante.

Page 23: Espécies de prisão

Flagrante forjado reconhecido pela doutrina

como um flagrante totalmente artificial e criminoso.

Ex.: policial que ao vistoriar veículo coloca drogas

dentro dele para incriminar o seu proprietário.

Trata-se de prisão ilegal, combatida por meio de

relaxamento.

Page 24: Espécies de prisão

Flagrante prorrogado nada mais é do que a possibilidade

conferida à polícia de postergar a prisão em flagrante, com o

objetivo de obter maiores informações sobre a estrutura, o

funcionamento e os agentes de uma organização criminosa.

Essa modalidade de prisão em flagrante tem cabimento em

duas hipóteses: quando se tratar de crime organizado (Lei

9.034/95, atr. 2º, IIs previstos na Lei 11.343/06 (artigo 53

da Lei de Drogas). Nas duas, a autoridade policial pode

retardar a prisão para efetuá-la no momento mais adequado,

ou seja, quando possível identificar e responsabilizar maior

número de criminosos. A principal diferença entre elas está

no seguinte: na primeira (crime organizado) não há qualquer

controle por parte do Ministério Público ou judicial, o que se

vê na segunda (tráfico de drogas), na qual se exige prévia

autorização judicial e oitiva do parquet.

Page 25: Espécies de prisão

art. 306 CPP - o APF tem que ser lavrado no

prazo de 24h, e caso o autuado não possua

advogado, enviar-se-á cópia à Defensoria Pública;

Page 26: Espécies de prisão

Prisão Preventiva (art. 311 e seguintes do CPP)

É a modalidade mais utilizada, atualmente, no

processo penal brasileiro. Para facilitar a

análise dessa modalidade de prisão, deve-se

proceder às seguintes perguntas:

- Quando? Inquérito Policial ou Ação Penal

- Quem? Requerimento do MP ou do querelante

Representação da Autoridade Policial

Ofício pelo juiz

Page 27: Espécies de prisão

Desde que (pressupostos) Prova da Existência do

Crime + Indícios Suficientes de Autoria

- Por que? (necessidade, fundamentos, razões,

motivos) art. 312 CPP

GOP (garantia da ordem pública) ou

GOE (garantia da ordem econômica) ou

CIC (conveniência da instrução criminal) ou

AALP ( assegurar a aplicação da lei penal) ou

Page 28: Espécies de prisão

Maria da Penha, lei 11340/06 (art. 313, inc IV);

Garantia da ordem pública o agente pratica

crimes reiteradamente; Deve ser visualizada pelo

binômio gravidade da infração + repercussão

social;

Garantia da ordem econômica criminalidade

voltada para a ordem econômica;

Conveniência da instrução criminal visa garantir

a produção probatória e a existência do devido

processo legal; Ex.: ameaça de testemunhas,

destruição das provas do crime;

Page 29: Espécies de prisão

Assegurar a Aplicação da Lei Penal visa

assegurar ao Estado o seu direito de punir. Ex.:

fuga do país para não ser alcançado pela lei

penal.

Page 30: Espécies de prisão

- Quais crimes? (art. 313)

DOLOSOS

Punidos com reclusão = TODOS

Punidos com detenção: * quando o indiciado não

estiver suficientemente identificado;

* quando o indiciado for

reincidente em crime doloso;

* descumprimento de medida protetiva de urgência

(IV, art. 313), seria mais bem colocado como

fundamento;

Page 31: Espécies de prisão

art. 314.: se o agente praticar o delito amparado por

alguma excludente de ilicitude, não será cabível a

prisão preventiva;

Art. 316: quando cessar o motivo que justifica a

preventiva, esta deve ser revogada;

Page 32: Espécies de prisão

ATENÇÃO:

Não cabe prisão preventiva em: crimes:

CULPOSOS,

CONTRAVENÇÕES PENAIS E INFRAÇÕES

PENAIS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO.

Page 33: Espécies de prisão

Prisão Temporária:

Tem por objetivo garantir a investigação criminal

feita por meio de IP. Artigo 1º da Lei nº 7.960/89.

Prazo: Regra geral: * 5 dias, prorrogáveis por mais

5, em caso de extrema e comprovada necessidade;

Crime hediondo: 30 dias (prorrogáveis).

Page 34: Espécies de prisão

Local - deve permanecer em local separados

dos demais presos;

Quando? Somente durante o IP.

Quem? JUIZ desde que haja:

* Requerimento do MP

ou

* Representação da AP;

Page 35: Espécies de prisão

Quais crimes (pressupostos)? Art. 1º, III, a a o;

Desde que? PEC + ISA ou PEC + PAP (prova da

autoria ou participação)

Fundamentos: art. 1º, inc. III+ inc I ou II;

art. 2º § 7º - findo o prazo, deverá o preso ser

colocado em liberdade, prescindível autorização

judicial, a própria AP pode conceder a liberdade;

Page 36: Espécies de prisão

Prisão decorrente de pronúncia (art. 413 §3º)

mesmos fundamentos da prisão preventiva;

Prisão decorrente de sentença condenatória

recorrível (art. 387 § un) mesmos fundamentos

da prisão preventiva;

Page 37: Espécies de prisão

Insta mencionar, que estas duas últimas

modalidades de prisão não podem mais ser

utilizadas automaticamente, eis que para que se

tornem prisão é necessário um mandado

fundamentado com base nos requisitos da

prisão preventiva.

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