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A UNIÃO JOÃO PESSOA, SEXTA-FEIRA, 29 DE MAIO DE 2009 ESPECIAL CAMPINA GRANDE CAMPINA GRANDE CAMPINA GRANDE CAMPINA GRANDE CAMPINA GRANDE SÃO JOÃO O maior do mundo 26 ANOS 26 ANOS Paraíba democrática, terra amada”

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A UNIÃOJOÃO PESSOA, SEXTA-FEIRA,

29 DE MAIO DE 2009

E S P E C I A L

CAMPINA GRANDECAMPINA GRANDECAMPINA GRANDECAMPINA GRANDECAMPINA GRANDE

SÃO JOÃOO maior

do mundo

26 ANOS26 ANOS

“Paraíba democrática, terra amada”

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2 JOÃO PESSOA, SEXTA-FEIRA, 29 DE MAIO DE 2009 A UNIÃO

“Paraíba democrática, terra amada”CAMPINA GRANDEE S P E C I A L

SUPERINTENDÊNCIA DE IMPRENSA E EDITORAFundado em 2 de fevereiro de 1893 no

governo de Álvaro Machado

BR-101 - Km 3 - CEP 58.082-010 - Distrito Industrial - João Pessoa -Paraíba . PABX: (0xx83) 3218-6500 - FAX: 3218-6510 - Redação:

3218-6511/3218-6512www.para iba .pb .gov .b rwww.para iba .pb .gov .b rwww.para iba .pb .gov .b rwww.para iba .pb .gov .b rwww.para iba .pb .gov .b r

SuperintendenteNELSON COELHO DA SILVA

Diretor de OperaçõesMILTON FERREIRA DA NÓBREGA

Diretor TécnicoWELLINGTON H. VASCONCELOS DE AGUIAR

Diretor AdministrativoCRISTIANO XAVIER DE LIRA MACHADO

Editor GeralJOÃO EVANGELISTA

Editor de Cadernos EspeciaisWILLIAM COSTA

Editoração EletrônicaULISSES DEMÉTRIO eDAMASCENO JÚNIOR

CONSELHO EDITORIAL

Lena Guimarães, Genésio de Sousa, Nelson Coelho, WellingtonAguiar, Cristiano Machado, Milton Nóbrega, João Evangelista,

Linaldo Guedes, João Pinto (API), Land Seixas (Sind.Jornalistas), Juares Farias (APL), Luiz Hugo Guimarães(IHGP), Rômulo Polari (UFPB) e Thompsom Mariz (UFCG)

A UNIÃO“Olha pro céu, meu amor...”

C Campina Grande dá início, hoje, a um dosmaiores eventos realizados no Brasil. Es-tamos falando do Maior São João do Mun-do, festa popular que há tempos integra

o calendário oficial da Embratur, e que, neste ano,acontecerá de 29 de maio até 28 de junho, véspe-ra de São Pedro. São trinta dias de forró que pro-metem atrair cerca de 1,5 milhão de pessoas aoParque do Povo, área com 42.500 metros qua-drados onde acontecem os principais shows eapresentações de quadrilhas e grupos folclóricos.E haja música para tanta gente! O slogan da festaé "Em Campina, o Brasil é mais São João".

A programação musical é bem diversificada evaloriza artistas regionais e nomes conhecidos damúsica popular. Para se ter uma ideia, nesses trin-ta dias de festa estão previstas 400 atrações e maisde 500 horas de forró. Será animação durante ostrinta dias, especialmente nas vésperas e datas decomemoração dos principais santos da festa: San-to Antônio (13 de junho), São João (24 de junho)e São Pedro (29 de junho).

Além dos shows que acontecerão no palco prin-cipal da festa, localizado no Arraial Hilton Motta,campinenses e turistas poderão se divertir ao somdos trios de forró pé-de-serra, que sempre es-quentam o clima nas "Ilhas de Forró" instaladasno Parque do Povo e que levam nomes bem ca-racterísticos: Zé Lagoa, Zé Bezerra e Seu Vavá.

Lá os forrozeiros poderão dançar à vontade ao somda sanfona, triângulo e zabumba. São dezenas detrios de forrozeiros que se revezam para não dei-xar ninguém parado. É bom conseguir logo umacompanhia para o arrasta-pé.

Impossível deixar de conhecer a Pirâmide do Par-que do Povo, onde se apresentam apenas artistasregionais, responsáveis pela animação de milharesde pessoas que lotam o espaço para dançar um for-ró bem agarradinho. Para os que apreciam os for-rós mais modernos a opção é procurar o ArraialHilton Motta, onde fica o palco principal da festa,para assistir aos shows de bandas e artistas conhe-cidos nacionalmente.

Para os que preferem uma caminhada pelo Par-que do Povo, mais conhecido como o "QuartelGeneral do Forró", a dica é apreciar a decoraçãonas 163 barracas e 92 quiosques instaladas no lo-cal ou conhecer a cidade cenográfica, onde podemser vistas réplicas de prédios importantes da cida-de, como a Catedral de Nossa Senhora da Concei-ção, primeira igreja de Campina Grande e atual ca-tedral da cidade.

Há ainda Réplicas do Museu Histórico e Geográ-fico de Campina Grande e do Cassino Eldorado,locais de grandes atrações nas décadas de 30 e 50.Outra dica é conhecer a Fogueira Cenográfica, comvinte metros de altura, criada para deixar o cená-rio mais junino.

Um milhão e meio de pessoas transforma Campina Grande, a partir de hoje, em um grande arraial. É o maior São João do Mundo que chega à sua 27ª edição

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3JOÃO PESSOA, SEXTA-FEIRA, 29 DE MAIO DE 2009 A UNIÃO“Paraíba democrática, terra amada” CAMPINA GRANDE

E S P E C I A L

Marco da cultura popularMarco da cultura popularMarco da cultura popularMarco da cultura popularMarco da cultura popularA festa realizada no Palhoção do Forró, em 1983, inicia a consolidação do São João de Campina Grande como o maior de todo o país

ORIGEMORIGEMORIGEMORIGEMORIGEM

A primeira festa junina no Pa-lhoção do Forró, núcleo dofuturo Parque do Povo e do

Maior São João do Mundo, acon-teceu em 1983. Houve 113 quadri-lhas, casamento matuto, desfile decarroça. Quadrilhas destaques: a daRua da Floresta e a Xote Menina. Osanfoneiro Sivuca é atração do For-ró Entra e Sai do Campinense Clu-be. As vendas no período crescem100%.

A festa de São João de Campinaé inscrita no Calendário da Embra-tur, em 1984. Surge nessa época aQuadrilha Virgens da Seca, de ho-mens vestidos de mulher. O can-tor Capilé lança nesse ano o hinodo Maior São do Mundo.

Em 1985, Campina ingressa naera das grandes casas de show,com a inauguração do Forrock,com apresentações de Luiz Gon-zaga, Dominguinhos, Elba Rama-lho e outros.

Em 1986 é inaugurado o Parque doPovo, a grande área de lazer com des-taque para a Pirâmide do Forró, bati-zada Forródromo. Marinês retornaaos palcos campinenses no Forrock.

#O São João de Campina Grande ganha projeção nacional em 1992, coma gravação do clipe da cantora Elba Ramalho para o Fantástico, a grandeatração dominical da Rede Globo. Outro destaque é a participação daQuadrilha Virgens da Seca no programa da apresentadora Regina Casé.

O ano de 1987 é marcado pelo nas-cimento do filho de Elba Ramalho,Luan, em plena festa junina. Zé Ca-lixto, mestre da sanfona de oito bai-xos, recebe Medalha de Honra pelos25 anos de carreira.

O passeio “Forroviário” foi cria-do em 1988. Em junho desse ano,Luiz Gonzaga realizou o seu der-radeiro show em Campina Gran-de. Em 1989, o comércio campi-nense atinge recordes de vendas.Com o aumento do fluxo de tu-ristas são inaugurados novos ho-téis na cidade.

A cantora Marinês comemora osseus 40 anos de carreira na festajunina campinense de 1991. Em

1992, a festa de São João de Cam-pina atinge consagração nacional,com a gravação de um clipe da can-tora Elba Ramalho para o horárionobre do Fantástico da TV Globo.A Quadrilha Virgens da Seca apa-rece em quadro do programa daapresentadora Regina Casé. O Mu-seu Luiz Gonzaga é instalado no Par-que do Povo, nesse ano.

Em 1993, acontece A Noite dos 8Baixos, no palco do Parque do Povo,com a participação da família Ca-lixto, com Zé e Geraldo Correia.

Ainda nos anos 90 do século pas-sado, o Parque do Povo recebe ainfraestrutura básica que perma-nece até hoje, como a ampliação

do Arraial Hilton Motta, que pos-sibilitou a criação da cidade ceno-gráfica com prédios históricoscampinenses, a implantação da ci-dadezinha cenográfica Vila Novada Rainha, dispondo artesanato,cantador de viola, cordelista.

O Sítio São João, posteriormen-te desmembrado do Parque doPovo, e as Ilhas de Forró, os lo-cais de trio de forró-pé-de serra,são ampliações marcantes do"quartel general" da folia campi-nense daquela decada. Os prefei-tos de Campina Grande, sucesso-res dos fundadores do Maior SãoJoão do Mundo, fizeram modifi-cações menores na estrutura dafesta, no layout seu, nas atraçõese acréscimos de alguns eventos.

Em 2009, o prefeito Venezianorealiza a primeira grande obra derecuperação da Pirâmide do Par-que do Povo, um dos locais po-pulares mais encantadores da fes-ta. Este ano o Maior São João doMundo tem uma das programa-ções artísticas mais arrojadas, con-ciliando o forró tradicional e oforró banda.

O Parque do Povofoi inaugurado em1986, comdestaque para aPirâmide do Forró(Forródromo)

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“Paraíba democrática, terra amada”CAMPINA GRANDEE S P E C I A L

Incendiando o comércioIncendiando o comércioIncendiando o comércioIncendiando o comércioIncendiando o comércioA rede hoteleira, bares, restaurantes e o comércio ambulante estão entre os principais beneficiários dos festejos juninos em Campina Grande

ECONOMIAECONOMIAECONOMIAECONOMIAECONOMIA

T udo bem que o foco prin-cipal da festa é o resgatedas raízes e tradições cul-

turais e religiosas do Nordeste,fazendo uma ponte entre o pas-sado e o presente. Mas é impos-sível falar sobre o Maior SãoJoão do Mundo sem destacar ocrescimento que acontece naeconomia campinense nessestrinta dias de festa.

Desde o ano de 1983, a festa deSão João atrai milhares de pesso-as para Campina Grande e foiatravés dela que o municípiopôde se tornar conhecido nacio-nalmente. Durante trinta dias deforró, a expectativa é de que maisde dois milhões de pessoas, entrecampinenses e turistas vindos deoutros estados e países passempelos 42,5 mil metros quadradosdo Parque do Povo, à procura dacultura e arrasta-pé. 'O maior SãoJoão do Mundo', também repre-senta trabalho e oportunidadepara muitos moradores. As esti-mativas da Secretaria de Desen-volvimento Econômico do muni-cípio são de que cerca de 10 milpostos de trabalho temporários,

formais e informais, sejam cria-dos durante a festa.

O custo da festa chega perto dosR$ 4 milhões. O impacto no PIBlocal dos 30 dias de forró em 2008ficou em cerca de R$ 16 milhões,conforme estudos de ImpactoEconômico feito pela Codemtur.Em 2009, as perspectivas são deque a movimentação financeiraesteja perto de R$ 25 milhões.

Por conta da ampliação na es-trutura e na divulgação do even-to, os organizadores acreditamque a edição deste ano irá supe-rar a festa de 2008, quando foramgerados 6 mil empregos. Apenasna montagem da estrutura doParque do Povo, localizado noCentro da cidade e onde fica omaior palco do evento, mais de50 pessoas foram contratadas for-malmente por uma empresa ter-ceirizada neste ano. Esse contin-gente é responsável pela monta-gem de 163 barracas e 92 quios-ques, além da réplica da Catedralde Nossa Senhora da Conceição,padroeira do município, de umacidade cenográfica e de uma fo-gueira gigante.

A economia de Campina Grande vive um de seus melhores momentos, no plano econômico, durante as festas de São João e São Pedro, devido, também, ao grande número de turistas

Festa deve gerar 10 mil empregose faturamento de R$ 25 milhões

Cada um dos estabelecimentosocupa pelo menos duas pessoas,contratadas pelos proprietários. Ouseja, para a montagem são necessá-rios cerca de 560 trabalhadores.

Durante os trinta dias do 'MaiorSão João do Mundo', marceneiros,vendedores de milho, calçados, en-feites e utensílios típicos do períodojunino, costureiras, garçons, segu-ranças particulares, sonoplastas, for-rozeiros, entregadores e vários ou-tros profissionais irão ter, formal ouinformalmente, garantido o susten-to em junho.

Cada bandeirola, palhoça, ou fi-teiro termina sendo fonte de ren-da para os moradores da cidade.Um dos restaurantes instalados noParque do Povo teve de ampliarem 25% o seu quadro de funcio-nários. "Nós temos 20 funcionári-os, mas nesse período temos queconvocar mais cinco para oferecerum serviço de qualidade", frisouum dono de barraca.

Os empregos gerados pelo 'MaiorSão João do Mundo' são percebidostambém nos postos de trabalho docomércio, indústria, restaurantes eno setor de serviços do município.Uma semana antes do início da fes-ta, por exemplo, mais de 80% dasvagas da rede hoteleira da cidade jáestavam reservadas pelos turistas.

De acordo com o sindicato dosHotéis, Restaurantes, Bares e Simi-lares, das 2.568 vagas nos hotéismais de duas mil foram preenchi-das. Ainda conforme a entidade, asexpectativas são de que o lucro e osempregos cresçam até 15%, em re-lação à edição do ano passado. Atu-almente, o setor emprega cerca detrês mil pessoas, mas esse númerosupera até quatro mil durante o mêsde junho.

A Associação Comercial e Empre-sarial (ACCG) do município acre-dita na geração de pelo menos 1,2mil vagas temporárias nos estabele-cimentos comerciais da cidade.

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5JOÃO PESSOA, SEXTA-FEIRA, 29 DE MAIO DE 2009 A UNIÃO“Paraíba democrática, terra amada” CAMPINA GRANDE

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Maior São João doMundo será divulgadoem 161 países, onde

chega o sinal da Rede RecordInternacional, que retransmiteprogramação produzida noBrasil para brasileiros residen-tes no exterior e estrangeiros.A garantia foi dada, no dia 5 des-te mês, ao prefeito de CampinaGrande, Veneziano Vital doRego, pelo jornalista MárcioNovaes, diretor de RelaçõesInstitucionais da Rede Record.

Durante a audiência com osdiretores da Record, em Brasí-lia, Veneziano apresentou aMárcio Novaes e aos demaisparticipantes o projeto do Mai-or São João do Mundo 2009,explicando detalhes do eventoe as inovações para este ano."Nós mostramos porque Cam-pina Grande faz o Maior SãoJoão do Mundo, destacandotoda a estrutura do Parque doPovo, dos bairros e dos distri-tos campinenses, além da gra-de de programação e os atrati-vos do evento", afirmou o pre-feito, na ocasião.

Veneziano disse que, duranteo encontro, Márcio Novaes en-trou em contato com os direto-res geral e de programação daemissora para repassar as in-formações do São João campi-nense e agendar uma reuniãopara discutir a participação jágarantida da Rede Record e daRede Record Internacional nafesta. Ficou acertado, ainda, quea Rede Record terá o auxílio daTV Correio, afiliada da emisso-ra na Paraíba, na captação dasimagens que serão geradas noBrasil e no exterior.

NEGOCIAÇÕESA intenção do prefeito Venezia-

no era visitar todos os grandesgrupos de Comunicação do país,apresentando o projeto do MaiorSão João do Mundo 2009 e acer-tando a participação dos órgãosde imprensa no evento. No iníciodo mês, Veneziano manteve audi-ência com o diretor geral do Gru-po Bandeirantes, Flávio Lara Re-sende, quando tratou também daparticipação dos veículos de co-municação do grupo no Maior SãoJoão do Mundo.

Atualmente, o Grupo Ban-deirantes é formado por duas

Atração interAtração interAtração interAtração interAtração internacionalnacionalnacionalnacionalnacionalO Maior São João do Mundo será divulgado, este ano, em 161 países através de sinal gerado pela Rede Record Internacional

ROMPENDO FRONTEIRROMPENDO FRONTEIRROMPENDO FRONTEIRROMPENDO FRONTEIRROMPENDO FRONTEIRAAAAASSSSS

O

redes de televisão aberta; trêscanais de televisão por assina-tura; seis redes de rádios - for-mando o maior grupo de rádi-os do país; um jornal de classi-ficados; uma distribuidora desinal e conteúdo a cabo; um selomusical com grandes sucessose a maior plataforma de inte-ratividade do Brasil.

“Caminhão” da Sorte estará em Campinapara sorteios especiais de loterias da Caixa

No período de 15 a 21 de junho o famo-so "Caminhão da Sorte" estará em Cam-pina Grande para a realização de váriossorteios das loterias da Caixa EconômicaFederal, como Loteria Federal, Lotoma-nia, Quina, Loto Fácil, Dupla Sena e Mega-Sena.

A iniciativa representa mais uma de-monstração da política de apoio da CEF aoMaior São João do Mundo, que vai ser rea-lizado de 29 de maio até o dia 28 de junho,com muitos atrativos no Parque do Povo,bairros e distritos campinenses.

A presença do Caminhão da Sorte vaigarantir uma divulgação adicional gratui-ta à maior festa popular nordestina. Poroutro lado, a população e, sobretudo, aque-les que realizam apostas nas loterias pode-rão presenciar como são feitos os sorteios ea validação dos resultados por auditoriapopular. Outros detalhes sobre o sorteio dasloterias na cidade serão divulgados em bre-

ve pela Caixa Econômica. Desde 1980, o Caminhão da Sorte per-

corre as estradas do país, dando oportuni-dade a que a comunidade de cada local par-ticipe ativamente dos sorteios. Quem estána plateia pode acionar o dispositivo quelibera as bolas numeradas e todos os pro-cedimentos são validados, na hora, por au-ditoria popular.

O prefeito Veneziano Vital do Rego rea-firma a importância da Caixa EconômicaFederal para Campina Grande e acreditaque a vinda do Caminhão da Sorte traráainda mais benefícios para a imagem domunicípio. ''A Caixa Econômica Federal tempromovido grandes investimentos em nos-sa cidade, beneficiando de forma diretanosso povo. Acredito que a presença do Ca-minhão da Sorte irá reforçar ainda maisessa imagem de prestígio, confiança e res-peito que existe com a nossa comunidade",afirma ele.

#Outra vantagem paraCampina Grande é que,em junho, comemora-seo Dia dos Namorados,aumentando as vendastambém no setor lojista

Grande parte dos países do mundo conhecerá toda a importância e beleza do São João de Campina Grande através das telas de televisão

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“Paraíba democrática, terra amada”CAMPINA GRANDEE S P E C I A L

A Rainha e a CorA Rainha e a CorA Rainha e a CorA Rainha e a CorA Rainha e a Corte Juninate Juninate Juninate Juninate JuninaAs quadrilhas juninas vão indicar os candidatos que disputarão os títulos de realeza no concurso promovido na Pirâmide do Parque do Povo

REINO DREINO DREINO DREINO DREINO DA BELEZAA BELEZAA BELEZAA BELEZAA BELEZA

A s quadrilhas juninas que seapresentarão durante o Mai-or São João do Mundo de

Campina Grande indicarão alguns deseus componentes para participaremdo concurso que elegerá a Rainha e aCorte Junina, esta composta por umpríncipe e uma princesa. O concursoé uma iniciativa da Prefeitura Muni-cipal de Campina Grande, através dasSecretarias de Desenvolvimento Eco-nômico e de Educação e Cultura.

O concurso acontecerá na Pirâmi-de do Parque do Povo, no dia 27 pró-ximo, às 19h30. A comissão julgado-ra será composta por onze jornalis-tas da imprensa campinense. Deacordo com o coordenador de Cul-tura, Alexandre Barros Tam, a rainhaeleita será contemplada com R$150,00 e a Corte Junina com R$300,00 além de brindes.

O coordenador informou que osvencedores do concurso em 2008 irãopassar a faixa para os eleitos da edi-ção 2009. Os mesmos estarão na noi-te do dia 29 de junho em cima do pal-co principal ao lado do prefeito Vene-ziano Vital do Rego, na abertura dosfestejos juninos.

Os interessados em participar doconcurso têm até o próximo dia 20

A principal atração diurna do MaiorSão João do Mundo é o Expresso doForró. Os passeios saem, às 10h, daEstação Velha, em Campina Grande, com destino ao distrito de Galante,nos dias 13, 14, 20, 21, 23 e 27 de ju-nho, retornando às 15 horas. Os em-barques acontecerão na Estação Ve-lha, atual Museu do Algodão.

A composição terá oito vagões, to-dos animados por um trio de forró.Os percursos até Galante acontecemem aproximadamente 1h30, períodoem que os passageiros aproveitampara dançar o autêntico forró pé-de-serra e desfrutar de uma estrutura debares, banheiros, equipe médica e se-gurança especializada.

Ao chegar ao distrito de Galante, osforrozeiros terão à sua disposição ba-res e restaurantes com comidas regio-nais e típicas, shows de banda no pal-co principal e muito forró nas ilhascom trios que animam o local duran-te todo o dia. Os moradores da locali-dade promovem ainda para os turis-tas passeios a cavalo. Informaçõesadicionais pelo fone - 3341-4711.

Expresso do Forróé outra atração

para efetuar a inscrição na Secreta-ria de Educação, Esporte e Cultura(Seduc) localizada na rua Paulino Ra-poso, 347, Centro, nos turnos ma-

O Expresso do Forró sai da Estação Velha, em Campina, e vai até o distrito de Galante

nhã (das 8 horas ao meio-dia) e tar-de (das 14 horas às 18 horas). Maisinformações pelo telefone (83) 3310-6159 e 3310-6157.

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7JOÃO PESSOA, SEXTA-FEIRA, 29 DE MAIO DE 2009 A UNIÃO“Paraíba democrática, terra amada” CAMPINA GRANDE

E S P E C I A L

De olhos bem aberDe olhos bem aberDe olhos bem aberDe olhos bem aberDe olhos bem abertostostostostosSistema de vigilância eletrônica com mais de cinquenta câmeras foi instalado para garantir a tranquilidade durante o São João em Campina

SEGURSEGURSEGURSEGURSEGURANÇAANÇAANÇAANÇAANÇA

epresentantes da Polícia Mi-litar, Polícia Civil e do Corpode Bombeiros estiveram jun-

tamente com o secretário munici-pal de Desenvolvimento Econômi-co da Prefeitura de Campina Gran-de, Alex Azevedo, visitando o Par-que do Povo para identificar os lo-cais onde serão instaladas as câme-ras de segurança eletrônica.

Serão mais de cinquenta câmerasinstaladas em locais estratégicos ondehá grande fluxo de pessoas. Segundoo secretário, as câmeras ficarão nosportões de entrada e saídas do Par-que do Povo, na Pirâmide, nos cama-rotes e no Arraial Hilton Motta. To-das as imagens capturadas pelas câ-meras serão gravadas.

O comandante do II BPM, tenentecoronel Marcos Marconi, garantiuque em cada ponto onde existir câ-mera, haverá também uma guarni-ção da polícia na mesma área paraatuar de imediato no momento decada ocorrência.

"Todas as pessoas que tiveremacesso ao Parque do Povo no perío-do do São João estarão ao alcancedas câmeras de segurança", assegu-rou o tenente coronel, que avaliacomo uma “inovação espetacular”a iniciativa anunciada pelo prefeitoVeneziano Vital do Rêgo para oMaior São João do Mundo 2009.

Marconi afirmou que a cada noiteestarão presentes mais de seiscentospoliciais no Parque, além da Cavala-ria vinda de João Pessoa.

Os forrozeiros poderão circular noParque do Povo durante o São Joãocom mais segurança. Como nos anosanteriores, haverá também detecto-res de metais na entrada do Parque eo efetivo de policiais vai aumentar,conforme garantia do Comando daPM na cidade.

As câmeras começarão a funcionara partir das 18 horas e ficarão aten-tas ao público até o término das fes-tividades em cada noite. Além domonitoramento realizado por equi-pes das Polícias Militar e Civil, have-rá também um militar do Corpo deBombeiros presente na cabine, estaequipada com três telões de 42 pole-gadas e dois de 17 polegadas, acom-panhando todos os movimentos damelhor festa junina do mundo. Acabine centralizadora da gravação deimagens foi montada na parte supe-rior do Parque do Povo.

Gevisa vai inspecionar hospedagensalternativas para garantir qualidade

R

#O cadastramento de imóveisjá terminou. Os locais agoraoferecem acomodação segurapara os milhares de turistasque estarão hospedados emCampina durante os festejos

A Secretaria Municipal de Saú-de, através da Gevisa (Gerênciade Vigilância Sanitária), em par-ceria com a Secretaria de Desen-volvimento Econômico, realiza-rá a inspeção sanitária em todasas hospedagens alternativas queserão disponibilizadas para osturistas que vierem participar doMaior São João do Mundo deCampina Grande, evento quecomeça nesta sexta-feira ( 29). Oobjetivo, de acordo com a geren-te do órgão, Marisa Agra, é ga-rantir a acomodação segura dosturistas que estarão no municí-pio durante o evento.

O cadastramento dos imóveis fo-ram realizados até a quarta-feirapassada, na Codemtur (Rua Trezede Maio, 329, Edifício Work Cen-ter, segundo andar, Centro, sala206). Os proprietários que deseja-vam cadastrar seu imóvel para a

hospedagem alternativa foram ori-entados para ter em mãos os se-guintes documentos: cópia do RG,cópia do CPF, comprovante de re-sidência e o comprovante de pa-gamento, de no mínimo, a primei-ra parcela do IPTU 2009.

Para garantir uma avaliação sa-tisfatória e a consequente aprova-

ção pela Gevisa, o imóvel deveriaobedecer a alguns critérios em re-lação à estrutura física, como: pos-suir paredes lisas, impermeáveis,limpas, pintura conservada, nãoapresentar mofo, umidade ou sa-litre; ausência de forro ou cober-tura (laje, forro, gesso) mal conser-vada, suja; possuir ventilação, ilu-minação e aeração adequada; ins-talações hidráulicas, pias, tornei-ras, descargas em funcionamento;instalações elétricas adequadas,fios cobertos e embutidos.

Outros aspectos observados sãoos pisos dos cômodos, que devemestar em perfeito estado de conser-vação; presença de lixo, objetos emdesuso, animais, insetos e roedoresna área interna, e/ou pátio externo;presença de mobiliário, utensíliose equipamentos em bom estado deconservação; roupas de cama,mesa, banho, fronhas limpas e hi-gienizadas; utensílios de copa/cozi-nha em perfeito estado de conser-vação. Outros itens poderão serobservados durante a inspeção,alerta a gerente da Gevisa.

A grande concentração de pessoas durante as festas juninas motivou a criação de um sistema especial de segurança para o período

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“Paraíba democrática, terra amada”CAMPINA GRANDEE S P E C I A L

s principais artistas e bandas deforró do país estarão se apresen-tando em Campina Grande du-

rante o Maior São João do Mundo. Aabertura da festa, no dia 29 de maio, terácomo principal atração a banda Aviõesdo Forró, um sucesso nacional que vemconquistando fãs até no exterior apósshows realizados nos Estados Unidos.

Outra banda de sucesso que estará nopalco do Arraial Hilton Motta será Calci-nha Preta. Com mais de 3 milhões deCD’s vendidos ao longo dos 10 anos decarreira, além de mais de 200 mil cópiasvendidas no primeiro DVD e 200 milno segundo, a Calcinha Preta participadas principais feiras agropecuárias doBrasil, divulgando seu ritmo por toda re-gião Sudeste e reunindo multidões queaplaudem e cantam suas canções emshows realizados no interior de São Pau-lo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

O Maior São João do Mundo temdatas já reservadas para artistas quenão poderiam faltar na principal fes-ta de São João do país. Zé Ramalho,

Um show de estrelasUm show de estrelasUm show de estrelasUm show de estrelasUm show de estrelasO Maior São João do Mundo, em Campina Grande, é, também, uma espécie de festival da música popular brasileira de raiz nordestina

MÚSICMÚSICMÚSICMÚSICMÚSICAAAAA

Domiguinhos, Elba Ramalho, Santa-na, Amazan e Flávio José, entre outros,estão com datas garantidas no evento eprometem atrair uma multidão ao“Quartel General do Forró”. O Parquedo Povo reserva ainda espaço para ar-tistas que tocam aquele forró mais tradi-cional e que há décadas são conhecidosdo público por apresentarem músicasque valorizam o xote e xaxado, a exem-plo de Pinto do Acordeon, Três do Nor-deste, Waldonys, a dupla Sirano e Sirino,Zé Calixto e Fuba de Taperoá. Outras atra-ções garantidas são Eliane, GeraldinhoLins, Tom Oliveira e Jorge & Mateus.

Também se apresentará no Parquedo Povo a banda Magníficos, da cidadeparaibana de Monteiro. Outras atraçõesconfirmadas são Cheiro de Menina,Mexe Ville, Forró do Bom, Mastruz comLeite, Brasas do Forró, Garota Safada, Ba-lancear, Arreio de Ouro, Caviar com Ra-padura, Forró dos Plays, Louro Santos eVictor Santos, Forró Sacode, Kedna eFogo de Menina, Ferro na Boneca, Sol-teirões do Forró e Forró do Muído.

O

Elba Ramalho está de volta ao Maior São João do Mundo com suas apresentações empolgantes. A artista ajudou a projetar o evento em escala nacional, após gravação de um clipe

Dominguinhostambém não poderiafaltar ao Maior SãoJoão do Mundo, eleque é um dos maioressanfoneiros do Brasil

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9JOÃO PESSOA, SEXTA-FEIRA, 29 DE MAIO DE 2009 A UNIÃO“Paraíba democrática, terra amada” CAMPINA GRANDE

E S P E C I A L

“Manifestaçãoda diversidadecultural brasileira”Campina Grande oferece o ce-

nário perfeito para receber osgrandes astros da música popularbrasileira. Vejam por quê:

A Catedral é uma réplica em ta-manho original da Catedral deNossa Senhora da Conceição,que fica localizada na avenidaFloriano Peixoto, no centro deCampina Grande. A réplica pos-sui 18 metros de altura.

A Fogueira Cenográfica tem 20metros de altura, com uma ilumi-nação que aparenta uma foguei-ra real. Para sua confecção fo-ram utilizados materiais comocola, poliuretano e tecidos, entreoutros. A perfeição cenográficaé tanta que muitos têm dúvidasse não foi utilizada madeira na suaconstrução.

A Vila Nova da Rainha é a repre-sentação da vila que deu origem àcidade de Campina Grande. NoParque do Povo a Vila Nova da Ra-inha possui 15 casinhas onde sãocomercializadas peças de artesa-nato. Localizada no Arraial LuizGonzaga é um espaço dedicado àspessoas que desejam fazer com-pras ou adquirir presentes paraamigos e parentes que não pude-ram estar na festa.

O Expresso Forroviário é umtrem especialmente decorado efaz o percurso até o distrito deGalante, de uma forma diferente.Em cada vagão os passageirossão acompanhados por um au-têntico trio de forró (tocadoresde sanfona, zabumba e triângu-lo) que embala os passageiros. Aviagem dura aproximadamente1h15. Na chegada em Galante osforrozeiros são recepcionadospor um grande arraial montadonaquele distrito onde o forró équem dá o ritmo.

O Casamento Coletivo, que tam-bém faz parte da programação ofi-cial do Maior São João do Mun-do é, acima de tudo, um serviçoque a Prefeitura Municipal prestaà comunidade. É que neste eventotodos os noivos têm a oportunida-de de realizar o sonho do casa-mento. Como praticamente todossão pessoas de baixa renda, asdespesas com aluguel das roupas,maquiagem, bolos, bebidas e de-coração são pagas pela prefeitura.O casamento acontece na Pirâmi-de do Parque do Povo.

O cenário mais que perfeitoA Embratur e a Unesco já anunciaram

que o Maior São João do Mundo foi re-conhecido como "manifestação autênticada diversidade cultural brasileira". O anún-cio ocorreu após análise de avaliação deuma pesquisa realizada pelos dois órgãosem Campina Grande , durante a realiza-ção da edição 2008 do evento.

N ano passado a Embratur e a Unescoouviram vários turistas estrangeiros du-rante os 30 dias da festa. De acordo coma Embratur, a pesquisa faz parte de umprojeto que conta com a cooperação téc-nica da Unesco e prevê uma série deações de planejamento e gestão da pro-moção do segmento de turismo cultural,com a finalidade de valorizar os bens cul-turais nacionais.

A empresa afirmou que o estudo "temcomo objetivo entender melhor o com-portamento deste turista para aperfeiçoaras estratégias de promoção internacionale valorizar as manifestações da culturapopular brasileira". Pela pesquisa, segun-do a Embratur e a Unesco, foi possíveldescobrir que "o turista cultural que visitao país é exigente, busca originalidade, au-tenticidade e gosta de interagir diretamentecom as manifestações populares".

Os dados apontaram indicadores interes-santes, em relação ao evento e aos turistasque estiveram em Campina Grande no anopassado. Entre pontos aprovados estão itenscomo a acessibilidade, a segurança e os es-paços de lazer dos atrativos visitados. Osfestejos juninos, segundo os turistas culturaisentrevistados, foram considerados "manifes-tações autênticas e uma representação dadiversidade cultural do Brasil".

Outros pontos observados pela pes-quisa foram a musicalidade, as danças, ahospitalidade, a gastronomia e o artesa-nato. A prefeitura da cidade informouque o reconhecimento por parte daEmbratur e da Unesco revela a harmoniacom a qual o Maior São João do Mundovem sendo conduzido, conciliando cultu-ra com modernidade e profissionalismo.

Este ano, a festa completa 26 anos eserá realizada entre os dias 29 de maio e28 de junho, no Parque do Povo, espaçoconsiderado como o “Quartel General doForró” pelos campinenses, e em outrospontos da cidade, a exemplo dos distri-tos de Galante e São José da Mata, ediversos bairros da cidade.

Nos últimos anos, por meio de parceriasentre a prefeitura, órgãos e agências daárea turística, tornou-se possível às pes-soas de qualquer parte do mundo obterinformações atualizadas sobre o São Joãode Campina Grande.

De cima para baixo, ZéRamalho, Flávio José e

Santana, o Cantador, trioque empresta ainda mais

qualidade artística aoelenco de astros

escalado para animar oMaior São João do

Mundo. Cada um ao seuestilo, os três artistas

trazem na bagagemmúsicas que convidampara dançar e sonhar odoce sonho do sertão

mítico do Nordestebrasileiro

Conheça um pouco mais do Maior São João do MundoSERVIÇO#

Tempo do evento: 1983 – 2009 - 27ª versão

Duração do evento: 30 dias (29 de maio a 28 de junho)

Área do Parque do Povo: 42,5 mil metros quadrados – localizado no centro da cidade

Barracas: 163 no Parque do Povo e 92 quiosques

Pirâmide – Espaço em forma de uma pirâmide com capacidade para 8 mil pessoas

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10 JOÃO PESSOA, SEXTA-FEIRA, 29 DE MAIO DE 2009 A UNIÃO

“Paraíba democrática, terra amada”CAMPINA GRANDEE S P E C I A L

Eliminando contratemposEliminando contratemposEliminando contratemposEliminando contratemposEliminando contratemposPlano adotado pela STTP tem o objetivo de proporcionar maior conforto, segurança e comodidade para os usuários de transportes públicos

TRÂNSITOTRÂNSITOTRÂNSITOTRÂNSITOTRÂNSITO

Gerência de Operação eFiscalização de Transportesda STTP apresentou, no

iníco da semana, o plano de açãode transportes públicos que seráexecutado para o Maior São Joãodo Mundo, no período de 29 demaio à 28 de junho, com o objeti-vo de proporcionar um maior con-forto, segurança e comodidadepara os campinenses e turistas queparticipam dos 30 dias dos feste-jos juninos.

A gerência da STTP e a equipede fiscalização e apoio vão garan-tir o atendimento de ônibus, táxie mototáxi, em locais devidamen-te sinalizados e operação de fisca-lização para coibir abusos. Esteano além das atividades na área doParque do Povo, a equipe atuarátambém no distrito de Galante. Oatendimento dos transportes cole-tivos foi elaborado com base naprogramação de shows estabeleci-da pela Coordenadoria de Turis-mo e de Eventos da PrefeituraMunicipal e das viagens do tremdo forró.

Os embarques e desembarquesnos horários especiais de atendi-mento serão em intervalos médi-os de 30 minutos tanto no interiorcomo fora do terminal de integra-ção para as linhas ainda não con-templadas com o novo sistema.

Durante o evento os embarquese desembarques fora do terminalserão realizados na Rua Lino Go-mes, antigo Cine São José, pelasseguintes linhas:

Rotas 101-111 - destino aos bair-ros Conceição, Alto Branco e Na-ções

Rota 202 - destino ao bairro cas-telo Branco

Rota 903 - destino São José daMata

Rota 910 - destino Jenipapo-Cui-tés e Jardim Continental

A partir da meia-noite a paradade ônibus da Rua Marques doHerval será desativada, e as rotas303 (Olegário Maciel e Bodocon-gó), 505 (Palmeira), 903 (Mutirão)e 903 (São José da Mata) atende-rão dentro do Terminal de Integra-ção, no sentido da Rua D Pedro IIem itinerário indicado adiante. Asdemais linhas operarão normal-mente dentro do terminal.

No distrito de Galante a organi-

zação do atendimento por ônibusse dará conforme orientações detrânsito estabelecidas para o local.A empresa operadora do transpor-te coletivo na localidade atenderáem caráter especial nos dias deshows e viagens no trem do forró.

MUDANÇAS DE ITINERÁRIODurante todo o evento, a partir

das 18 horas, não será permitidoo tráfego de ônibus pela Rua Tre-ze de Maio, devendo todas as li-nhas trafegarem seguindo pelaAvenida Floriano Peixoto.

A partir da meia-noite, a paradada Rua Marquês do Herval, serádesativada por motivo de seguran-ça, e as rotas 303 (São José da Mata)e 505 (Jenipapo e Cuités) deverãoseguir o seguinte itinerário:

Rotas 303 - 903 Mutirão e SãoJosé da Mata: Terminal (Platafor-ma 03), Rua Pedro II, Rua Nilo Pe-çanha, Rua João Suassuna e seguenormal.

Rota 505, Jenipapo e Cuités - Ter-minal (Plataforma 05), Rua PedroII, Rua Nilo Peçanha, Rua 15 deNovembro e segue normal.

A partir das 23h30, com base natabela de horários programadospara atendimento extra, as linhas

abaixo farão o seguinte itinerário,após embarcarem na Rua Lino Go-mes, antigo Cine São José:

Rotas 077-090 A- 901- 911- 092- Ruas Lino Gomes da Silva, Se-bastião Donato, Av. Floriano Pei-xoto, Rua Irineu Joffily, Rua Trezeda Maio, Rua Vidal de Negreiros,Rua Floriano Peixoto, Terminal deIntegração e seguem normal.

SISTEMA DE TÁXISOs pontos de parada para táxi

serão sinalizados e fiscalizados pe-los agentes de trânsito para evitaro estacionamento de veículos par-ticulares. Os pontos de táxi duranteo evento estarão localizados nos se-guintes pontos:

Rua José do Patrocínio com pro-longamento até o cruzamento dasRuas Lino Gomes da Silva e Sebas-tião Donato.

Rua Dr. João Moura - a partir ocruzamento com a Rua SebastiãoDonato entre as Ruas Otacílio deAlbuquerque e Miguel Couto.

Ponto para três veículos próxi-mo a Clipsi na Rua Treze de Maio

SISTEMA DE MOTOTÁXIAs paradas para mototáxi esta-

rão sinalizadas para o permissio-

nário do sistema, e fiscalizadaspelos agentes de trânsito para evi-tar que veículos particulares oumototaxistas clandestinos inva-dam esses locais. Os pontos paramototáxi regulamentado estarãolocalizados nos seguintes pontos:

Rua Treze de Maio - Em frente aClipsi.

Rua Dr. João Moura.Rua Sebastião Donato entre as

ruas Frei Caneca e Otacílio de Al-buquerque (lado esquerdo da Se-bastião Donato).

FISCALIZAÇÃOA fiscalização do sistema trans-

porte será realizada por uma equi-pe composta por 15 fiscais, sob asupervisão da gerência e utilizan-do uma viatura e uma motocicle-ta, além dos rádios comunicado-res. A equipe estará disposta atra-vés de escala rotativa para exerceras seguintes atividades durante oevento:

Controle dos horários de ônibusno terminal e na Rua Lino Gomes- antigo Cine São José. Controledos pontos de táxi e mototáxi lo-calizados na Rua Treze de Maio.Controle do transporte regular efiscalização do irregular no distri-to de Galante. Fiscalização de clan-destinos.

TERMINAL DE INTEGRAÇÃODurante o evento o Terminal de

Integração operará normalmente.O Sitrans, responsável pela bilhe-tagem no terminal, providenciaráequipe de funcionários que farãoa venda de passagens, controle deentrada e saída no terminal juntoàs catracas. O terminal contarácom a parceria e apoio da políciamilitar.

Durante os principais dias de fes-ta a segurança interna do termi-nal e os serviços gerais de limpezaterão escalas extras. Todas as ativi-dades serão monitoradas e acom-panhadas durante os trinta dias defestas pela gerência com vistas aestabelecer modificações necessá-rias para o atendimento à comu-nidade.

Segundo a gerente de transpor-tes da STTP, Marília Santiago, in-formações sobre o plano de trans-portes podem ser obtidas pelo te-lefone 3341-1517.

A

Campina Grande está preparada para receber turistas, sem descuidar de sua população

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11JOÃO PESSOA, SEXTA-FEIRA, 29 DE MAIO DE 2009 A UNIÃO“Paraíba democrática, terra amada” CAMPINA GRANDE

E S P E C I A L

Nem tão altas assimNem tão altas assimNem tão altas assimNem tão altas assimNem tão altas assimCurador do Meio Ambiente recomenda que Sudema e Coordenadoria do Meio Ambiente fiscalizem a tradicional queima de madeira

FOGUEIRFOGUEIRFOGUEIRFOGUEIRFOGUEIRAAAAASSSSS

endo em vista a polui-ção ambiental e o co-mércio ilegal da lenha

que toma proporções insus-tentáveis durante o períodojunino, o Ministério Públicodo Estado da Paraíba, atra-vés da Promotoria de Prote-ção ao Meio Ambiente, reco-menda que órgãos como aSudema e a Coordenadoriado Meio Ambiente intensifi-quem a fiscalização quantoao uso das fogueiras.

De acordo com informaçõesdo curador do Meio Ambien-te, Marcio Teixera de Albu-querque, a Lei nº 9.605/98 eLei Municipal 4129 de 7 deagosto de 2003 dispõe do ar-tigo 225 da Constituição Fe-deral, que indica que é asse-gurado a todo cidadão ummeio ambiente sadio, impon-do-se ao poder público e a co-letividade o dever de defen-dê-lo e preservá-lo para pre-sentes e futuras gerações.

Ainda conforme o promo-tor de Justiça, Marcio Teixe-ra, o artigo 62, II do Decreto6.514/2008 prevê a poluiçãoatmosférica como infraçãoadministrativa punindo oinfrator com multa. Já o ar-tigo 308 da Lei Municipal nº4.129, proíbe a preparaçãode fogueiras nos logradou-ros públicos pavimentadoscom asfalto.

Portanto, a promotoria es-pecializada do Meio Ambien-te aconselha que se promovauma efetiva fiscalização paracoibir o comércio ilegal da le-nha e empreenda a fiscaliza-ção com o intuito de apurara prática de crime ambientalde poluição atmosférica, pos-to que, a Sudema, órgão téc-nico e fiscalizador, avalie apotencialidade lesiva produ-zida pela utilização da lenhanesta época do ano. Já a Co-ordenadoria do Meio Ambi-ente deve promover a fisca-lização com o objetivo deimpedir a preparação de fo-gueiras nos logradouros compavimento asfáltico.

Atendendo a um convite da Se-cretaria de Desenvolvimento Eco-nômico da Prefeitura Municipalde Campina Grande, através dosecretário Alex Azevedo, a Asso-ciação Campinense de Imprensa(ACI) poderá contar com um es-tande no “Quartel General doForró”, localizado na Rua da Im-prensa, com o objetivo de ofere-cer um espaço destinado a todosos jornalistas.

Segundo o presidente da ACI,Antonio Nunes, neste local a im-prensa regional, nacional e atémundial poderá dispor de umaestrutura capaz de executar asações de divulgação junto ao MaiorSão João do Mundo, além de for-talecer e integrar todos os profis-sionais de imprensa junto aogrande evento.

Ainda conforme Antonio Nu-nes, a ACI também estará promo-vendo neste sábado ( 30), a partirdas 16h10, a transmissão dos jo-gos do Campinense Clube noCampeonato Brasileiro da Série B."Convido todos os forrozeiros etorcedores do Campinense Clubepara se fazer presente à nossa as-sociação e consequentemente fes-tejar a abertura do Maior São Joãodo Mundo e uma possível vitóriado nosso representante estadualem uma competição tão impor-tante nacionalmente", disse o pre-sidente da ACI.

"O Maior São João do Mundosempre foi um marco históricona cidade de Campina Grande,pois desde a sua fundação que acidade passou a ser conhecidamundialmente, tendo suas mani-festações culturais divulgadaspara o Brasil e para o Mundo,enfatiza Antonio Nunes, ressal-tando que este ano espera queestas práticas sejam ainda maisvalorizadas, com as apresenta-ções de quadrilhas, amostra deartesanato e um maior espaçopara os artistas de origem parai-bana e nordestina, como é o casodos que desenvolvem a poesiapopular do cordel.

ACI participa dacobertura do MaiorSão João do MundoT

Gustavo CorreiaSUCURSAL DE CAMPINA

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12 JOÃO PESSOA, SEXTA-FEIRA, 29 DE MAIO DE 2009 A UNIÃO

“Paraíba democrática, terra amada”CAMPINA GRANDEE S P E C I A L

É DISSO QUE OO legado de Zé CalixtoO legado de Zé CalixtoO legado de Zé CalixtoO legado de Zé CalixtoO legado de Zé Calixto“Quando o homem precisa vencer, ele enfrenta cangaceiro, touro brabo, qualquer onça. O brasileiro é mesmo um herói”, diz Zé Calixto

PERSONALIDPERSONALIDPERSONALIDPERSONALIDPERSONALIDADE IADE IADE IADE IADE I

é Calixto começa a vida artís-tica em Campina Grande,através do compositor Antô-

nio Barros, no trio o "Mata Sete eSeu Conjunto", estreando em pro-gramas de emissoras de rádio noRecife. O grupo desfeito, Barros vaitentar a sorte no Rio de Janeiro, pro-metendo levar Calixto assim que ascoisas melhorassem.

Dito e feito, meses depois Calix-to é chamado de Campina ao Rio.Oito dias de viagem de ônibus,poeira, sofrimento horrível. "Masquando o homem precisa vencerele enfrenta cangaceiro, touro bra-bo, qualquer onça. O brasileiro émesmo um herói", filosofa.

Antônio Barros apresenta-o aodiretor artístico e produtor dagravadora Phillips. "Quando eleme viu tocar imediatamentemandou bater o contrato para euassinar. Uma semana depois ZéCalixto entra no estúdio para gra-var dois discos de 78 rotaçõescom "Forró de Seu Dedeu", "Pol-quinha Brejeira","Bodocongó","Xote em Fá".

No final de1959, Zé Calixto vema Campina para casar-se. De voltaao Rio, a gravadora Phillips pedemais músicas para completar o re-pertório do primeiro disco long-play, "Zé Calixto e Sua Sanfona deOito-Baixos", com as músicas queele já lançara e mais "Forró em SerraBranca", "Brasileirinho", de WaldirAzevedo, "Espinha de Bacalhau",de Severino Araújo, "Bossa Novaem Oito-Baixos".

Segundo Calixto, nos anos 60 di-ficilmente ouvia-se falar de forró.Entre os primeiros que ouviu falar,"Forró em Limoeiro" de Jackson doPandeiro. "Daí por diante começaa onda de forró, daí surgindo ZéCalixto, Geraldo Correia, Zé Ara-gão e outros."

"A Bossa Nova, no começo dosanos 60, estava bradando emtodo o Brasil, Eu, morando noRio, tomei conhecimento daque-le clima, do ritmo... Eu, com ins-piração para compor, criei essechoro 'Bossa Nova em Oito-Bai-xos'. Talvez o único a usar essenome em música com sanfona

Xico NóbregaSUCURSAL DE CAMPINA

de oito baixos", acredita.Gravar choros como "Brasileiri-

nho" e "Espinha de Bacalhau" eminstrumento limitado como a san-fona de oito-baixos, não é paraqualquer um. Zé Calixto realizaessa proeza única na MPB. Diz eleque tudo isso é música que não tema ver com esse instrumento. "Maso instrumentista paraibano sempreé um pouco enxerido", ufana-se.

Naquela época Zé Calixto grava-va um disco por ano. Quando es-tourou a revolução de 1964, as coi-sas pioram para si e muitos outros."A circulação de verbas diminui, aliberdade da nação fica um poucoracionada, os meus discos passama vender menos. Fiquei gravandoum ano, outro não".

Em 1970-71, a Phillips abre mãode todo elenco regional de forró.Saem Jackson do Pandeiro, Geni-val Lacerda, Elino Julião, Messias

Holanda... Zé Calixto entre eles.Desde os anos da década de 70,

as coisas mais estreitaram-se paraos sanfoneiros de oito-baixos. Me-nos, um pouco, para Gérson Filho,no seu tempo um dos líderes devenda da RCA Victor. Zé Calixtodiz que outro que viveu uma fasemaravilhosa foi Abdias que comodiretor da CBS, gravou mais queCalixto.

UMA RARIDADE DE ZÉ CALIXTOÉ um disco compacto simples, do

início da carreira de Zé Calixto, comduas músicas gravadas com o seuregional em homenagem ao cente-nário da Cidade Rainha da Borbo-rema: "Parabéns Campina Gran-de", cantada por um Joab, e "Cam-pina Grande Centenária", um cho-rinho de autoria de Zé Calixto eJulinho do Acordeon.

Calixto entoa a homenagem"Campina Grande Centenária":"Campina Grande cidade querida/Seu filho se orgulha de contar suahistória./ És um berço querido quevivo embalado (...)/ Para nós cam-pinenses que te conhecemos/ Que-remos bem alto seu nome elevar/Nesse dia do seu centenário/ Vie-mos alegre te homenagear/ Cam-pina Grande não tem vaidade/És arealidade entre outras mil/ Tu és oorgulho da nação, és o coração/Dos sertões do Brasil".

"O forró subiu muito, mas o for-ró na sanfona de oito-baixos está

um pouco esquecido. Quantosexistem hoje em atividade? Eu,Zé Calixto, morando no Rio, Ge-raldo Correia, em Campina Gran-de, o meu irmão Luizinho Calix-to, morando em Fortaleza, que euacho a maior autoridade na san-fona de oito-baixos no Brasil. Estátocando acordeão muito bem",lamenta Calixto.

Não há sanfoneiros de oito-bai-xos cantores, com raríssimas exce-ções. Apenas se tem notícias dosirmãos de Zé Calixto, Luizinho eBastinho. Este, compositor e pro-dutor, com sequelas de acidente decarro, não mais toca nem canta.

Não há método ou professor desanfona de oito-baixos, popular-mente conhecido por fole pé-de-bode, no Nordeste antigo. Pelo me-nos é o que garante Zé Calixto."Não tem método, nem professor,mas é o instrumento que se deu aoluxo de ter sido o primeiro de LuizGonzaga, de Zé Gonzaga, os quaisaprenderam com o pai Januário"

A primeira música que Zé Calix-to assina tem justamente o título de"Forró de Seu Dedeu", seu pai e seumestre da sanfona de oito baixos.Depois vieram o "Forró em Cam-pina Grande", "Forró em SerraBranca", "Forró em Bodocongó".Nesse primeiro disco a maioria dasmúsicas são as que seu pai tocava,sem dono, motivo popular, de do-mínio público.

"André de Sapato Novo", umdos maiores sucessos de Zé Calix-to, gravado por muitos, entre elesJacó do Bandolim e Evandro e seuBandolim, originou-se da caso deum humilde músico carioca quetocava com a mesma roupa e sa-pato. No dia ele apareceu para to-car todo arrumado, um do conjun-to chamou a atenção: -O quê ra-paz, André veio de sapato novo!Daí veio a melodia.

Zé Calixto fez muito sucesso comforrós e choros de outros composi-tores, como Valdir Azevedo, Do-minguinhos, Sivuca e outros. "Bra-sileirinho", "Baião delicado", "Graú-na", "Pisa mansinho", "Vai pormim", "Homenagem à velha-guar-da", de Sivuca, muitos forrozinhose choros de Dominguinhos, e ain-da o frevo "Vassorinhas". Além doseu "hino nacional", "Escadaria" dePedro Raimundo.

Genival Lacerda (à esquerda), Jackson do Pandeiro e Zé Calixto, na Rádio Nacional, no Rio

Z

#Zé Calixto nunca gravoucantando, só acompanha. O seufilho músico, Carlinhos, o apóiano baixo, mas só discretamente."Como o trabalho é dirigido aopé-de serra, a base é sanfona,triângulo e zabumba", explica

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13JOÃO PESSOA, SEXTA-FEIRA, 29 DE MAIO DE 2009 A UNIÃO“Paraíba democrática, terra amada” CAMPINA GRANDE

E S P E C I A L

Elba: a princesaElba: a princesaElba: a princesaElba: a princesaElba: a princesado cancioneirodo cancioneirodo cancioneirodo cancioneirodo cancioneiro

A artista mantém íntima

ligação com as raízes da

música popular brasileira,

principalmente em sua

vertente nordestina,

cantando versos eivados do

mel do romantismo e do

puro fel da crítica social

PERSONALIDPERSONALIDPERSONALIDPERSONALIDPERSONALIDADE IIADE IIADE IIADE IIADE II

cantora Elba Ramalho nas-ceu na cidade Conceição doPiancó, no Alto Sertão da Pa-

raíba, em 17 de agosto de 1951. A suafamília a trouxe menina para morarem Campina, onde na juventudeatuou nos famosos Corais Faladosfundados pela professora de Portu-guês, Elizabeth Marinheiro, comquem excursionou no início dos anos70 pelo Brasil e a Península Ibérica.

Daqui Elba saiu definitivamente,em meado daquela década, para seruma "estrela" no Rio de Janeiro, con-forme desabafara a uma corifeia(personagem de destaque do espe-táculo coralista) rival, depois de tersido cortada pelo regente do coralpor "desafinação" com o restante doconjunto vocal, para uma viagem deapresentação num festival em PortoAlegre-RS, em 1970.

A família de Elba Ramalho mudou-se para Campina Grande no começodos anos 50, para a Rua Filipe Cama-rão, surgida desde a praça da antigaIgreja de Nossa Senhora da Guia (hojePraça do Trabalho), na direção da li-nha do trem e da Indústria de CaféSão Braz. Os Ramalho moraram emduas casas nessa rua. Parece que as-sim que eles chegaram de Conceiçãohabitaram na casinha de nº 145.

D. Maria do Carmo Almeida deQueiroz, 93 anos, moradora na re-dondeza da rua Felipe Camarão, con-ta que morou sete anos naquela casi-nha nº 145 da qual o povo já diziaque a mãe da cantora Elba Ramalhotinha morado lá. "A casa tem sala dafrente, dois quartos, corredor, sala dejantar, cozinha e área de serviço. De-pois me disseram que eles se muda-ram para outra casa na mesma rua ecalçada", informa a nonogenária.

A segunda casa onde a família deElba Ramalho morou na mesmarua Felipe Camarão, onde a canto-ra fez imagens para uma reporta-gem de televisão, é bastante conhe-cida dos moradores da rua, sobre-tudo os mais antigos contemporâ-neos da falecida mãe da cantora.Apenas foi remodelada a frente.

Conceiçãodo Piancólembra desua filha

AXico NóbregaSUCURSAL DE CAMPINA

Os moradores hoje falamcom orgulho da ilustre mora-dora da Felipe Camarão. Con-vidada a falar sobre reminis-cências da juventude de ElbaRamalho em Campina Gran-de, Jude toda contente da"honra" de dar uma entrevis-ta sobre a cantora: "Elba temo sangue bom mesmo". De-pois de correr a ver um retra-to com a artista.

Em seguida, Jude levou-nos à casa de Ana Lúcia, ir-mão de Lourdinha, mani-cures de Elba Ramalho notempo em que ela moravana rua Felipe Camarão.Lembram-se dela tocandoviolão na calçada junto à ja-nela da casa dos seus paisdas manicures, Seu Leopol-do e D. Dora. D. Geni, amãe de Elba, por sinal, deuassistência a essa famíliaquando ficou órfã de pai."A primeira vez Elba Rama-

lho se apresentou na televi-são, a mãe dela veio assistirem nossa casa onde a tele-visão pegava melhor", lem-bra Ana Lúcia.

Essas duas moradoras daRua Felipe Camarão têmduas lembranças marcantesda juventude da futura can-tora: uma delas é o vaivémde Elba Ramalho, indo evindo de casa à rua com oinseparável amigo Trubana.Os irmãos da jovem Elba,não olhavam com bonsolhos essas investidas dairmã nos movimentos mu-sicais e teatrais de Campi-na Grande naquele tempo.O amigo de juventude Tru-bana que a viu subir ao es-trelato na MPB, recém fale-cido, não acompanha mais,pelo menos em matéria, osucesso nacional e interna-cional da amiga nos palcosdo Brasil e do mundo.

No seu show memorávelna Praça da Bandeira no Fes-tival de Inverno de Campi-na Grande deste ano, a can-tora Elba Ramalho, entre ashomenagens e referênciasque fez aos "irmãozinhoscampinenses", citou a "que-rida mestra" Elizabeth Ma-rinheiro quem a iniciara nospalcos, entre o final dos anos60 e início dos anos 70. Aprofessora Elizabeth Mari-nheiro desde 1959 revolucio-nara as aulas de Portuguêscom os Coros Estudantis,através das leituras em vozalta. Em 1969 foram criadosos Corais Falados ManuelBandeira e Cecília Meireles,com suas famosas apresen-tações em Campina Grande,na Paraíba e pelo Brasil.

Em 1970 nasceu a Funda-ção Artístico-Cultural Ma-nuel Bandeira (Facma),onde Elba despontou.

Elba Ramalho, em seu novo CD,mostrou que se mantémsintonizada com as angústias eos sonhos do homem e damulher contemporâneos

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14 JOÃO PESSOA, SEXTA-FEIRA, 29 DE MAIO DE 2009 A UNIÃO

“Paraíba democrática, terra amada”CAMPINA GRANDEE S P E C I A L

O afilhado do velho LuaO afilhado do velho LuaO afilhado do velho LuaO afilhado do velho LuaO afilhado do velho LuaDominguinhos foi apresentado ao mundo artístico por Luiz Gonzaga, e até hoje honra a memória do padrinho com sua arte de primeira linha

PERSONALIDPERSONALIDPERSONALIDPERSONALIDPERSONALIDADE IIIADE IIIADE IIIADE IIIADE III

festa do 44º aniversário denascimento de Luiz Gonzaga,em 13 de dezembro de 1956,

no seu casarão do bairro Cachambido Rio de Janeiro, teve algo especialalém dos ilustres convidados do mun-do artístico e jornalístico carioca: há50 anos o aniversariante apresentouartisticamente o jovem conterrâneopernambucano José Domingos daSilva, Dominguinhos, de apenas 15anos de idade, que ele conhecera anosantes tocando em trio formado porirmãos, na cidade Garanhuns-PE.

Dominguinhos, porém, só lançouo seu primeiro disco, oito anos depois,em 1964. De lá para cá já são mais de600 discos gravados, nas fases vinil eCD, e músicas suas na voz de cente-nas de 600 intérpretes. Ele é um dosmais respeitados instrumentistas bra-sileiros, e o mundo só não tem oprivilégio de ouvir a sanfona encan-tadora e a voz desse discípulo mor doRei do Baião, por um simples moti-vo: o artista não viaja de avião.

O segundo dos dez filhos de seuFrancisco Domingos da Silva (Chi-cão), pequeno agricultor, músico eafinador de sanfona, de dona Mariade Farias (Mariinha), José Domin-gos de Moraes, nasceu no dia 12 defevereiro de 1941, no Alto da BelaVista, na cidade serrana de Gara-nhuns-PE. Desde cedo, os irmãosNenen (o apelido de José), Valdomi-ro e José da Silva acompanhavam opai nos forrós pelo interior pernam-bucano, em conjunto musical comacompanhamento de sanfona, ban-jo e tambora, no qual destacava-seum tal de Luz Gonzaga da Silva,Lula Preto, mestre de uma geraçãode músicos desse tempo.

Lula Preto estimulou os filhos dosanfoneiro Chicão, ainda meninos,a formarem um trio musical, comMoraes na sanfona, Zé Domingosno pandeiro e Valdomiro no melê(instrumento feito de câmara de arde carro). A curiosidade dessa for-mação inicial é Zé Domingos, o fu-turo sanfoneiro Dominguinhos, to-cando pandeiro.

Ao contrário de Santana, a mãe deLuiz Gonzaga que não queria ver seufilho Luiz Gonzaga envolver-se comsanfona, dona Mariinha pegou seustrês filhos músicos mirins e levou-os

AXico NóbregaSUCURSAL DE CAMPINA

para tocarem na feira de Garanhuns.Igual aos artistas de feira, o trio usouum chapéu emborcado para angari-ar dinheiro dos assistentes. Como erade se esperar, os feirantes fizeramuma roda em volta dos filhos de seuChicão e as pratinhas começaram acair no chapéu.

A coisa no entanto não melhora-va na vida da família numerosa deseu Chicão e dona Mariinha. A so-

lução foi enviar os seus pequenosartistas para um internato na cida-de de Olinda-PE. Os meninos mú-sicos fizeram umas apresentaçõeslocais e ficaram conhecidos, apontode ganharem uma sanfona de pre-sente de um ilustre dono da RádioClube de Pernambuco. O trio apre-sentava-se de calça preta e camisabranca com gravatinha borboleta;daí o apelido "Os Pingüins".

A estadia deles durou pouco emOlinda. Os meninos sentiam muitasaudade de casa. Houve um desen-tendimento com a direção do inter-nato, o estopim para seu Chicão edona Mariinha trazerem Moraes, ZéDomingos e Valdomiro, de volta paracasa. Nesse retorno o destino reser-vou-lhes um encontro com o Rei doBaião que mudaria a vida de Zé Do-mingos para sempre.

Dominguinhos segue atradição dos grandessanfoneiros populares doBrasil, dando nó em pingod’água quando toca xotese baiões. É ator de belascomposições, e jáacompanhou artistas dasmais variadas formações,incluindo a chamada“música erudita”

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15JOÃO PESSOA, SEXTA-FEIRA, 29 DE MAIO DE 2009 A UNIÃO“Paraíba democrática, terra amada” CAMPINA GRANDE

E S P E C I A L

Nasceu para ser grandeNasceu para ser grandeNasceu para ser grandeNasceu para ser grandeNasceu para ser grandeDo sistema primitivo de produção agrícola à criação de sofisticados programas de computador, Campina sempre esteve à frente do seu tempo

MEMÓRIAMEMÓRIAMEMÓRIAMEMÓRIAMEMÓRIA

A primeira notícia que setem do núcleo populacio-nal donde surgiu a futu-

ra cidade de Campina Grande éuma referência numa carta doentão governador da Paraíba,avisando ao Rei de Portugal queum tal Teodósio de OliveiraLedo, capitão-mor dos sertõesPiranhas e Piancó, tinha aldea-do uns índios da nação Ariússertanejos, no lugar que cha-mam “Campina Grande”.

Depois vieram missionáriosfranciscanos catequizar os índi-os e construir a capela no localda atual catedral de N. Sra. daConceição, em torno da qualforam surgindo as casas e a fei-ra. Com anos a feira adquiriuimportância regional, comer-cializando, sobretudo, os produ-tos do Brejo paraibano, comofarinha, rapadura, aguardente.

Nesse tempo, o povoado deCampina Grande dependia ecle-siástica e juridicamente de SãoJoão do Cariri. Mas na hora deescolher entre um e outro povoa-do para erigir a Vila, Campinasaiu na frente. A sua feira, o cli-ma e a sua localidade, num en-troncamento de estradas de li-gação das províncias (estados)nordestinos, foram determinan-tes para a escolha da vila.

Em 1821 há cerca de cem ca-sas na Vila Nova da Rainha, emtorno da igreja. Pouco antes desua emancipação política, em1864, Campina Grande tinhaapenas um prédio público, aCasa da Câmara e duas escolasprimárias para meninos e meni-nas. A nova cidade de CampinaGrande não passa de um aglo-merado de pouco mais de 300casas, distribuídas em 4 ruas, 3largos, 8 becos.

O código de postura urbanaproibia vozerios, batuques edescantes (poesia, canto, canti-ga) em horas próprias de silên-cio e descanso dos habitantes denove horas da noite às cinco damanhã. Proibia a criar ovelhas,porcos, cachorros e cabras, sol-tos na rua. Exceto cabras queamamentam crianças, com can-gas de 4 palmos no pescoço,para não invadirem os roçadoscircunvizinhos.

Da casa de farinha à primeira indústriaEmancipada há 143 anos, o núcleo

urbano de Campina Grande foi se for-talecendo pouco a pouco. Os fazendei-ros se deslocam para a nova cidadepara comercializar algodão. A pecuá-ria bovina e a cultura da mandioca,herança dos índios, determinam o de-senvolvimento da nova cidade. Oscolonos pobres sem fazendas de reba-nhos, escravos, recorrem à indústria ecomércio de farináceos.

“A farinha contribuiu admiravel-mente para o progresso campinense.Ela foi a primeira etapa da evoluçãocomercial, e, graças a ela, na aldeia secriou a freguesia e se ergueu a vila”,analisa o historiador EpaminondasCâmara. Do encontro de elementoscomo fazendeiros, escravos, pequenosagricultores, almocreves, tropeiros etangerinos dos sertões nordestinos,surge o comércio em Campina Gran-de, fortalecido no século 20.

Surgida no entroncamento de estra-das interligando as regiões do Nordes-te, Campina Grande ainda dispõe do

seu grande açude, hoje Açude Velho, paradessedentar as boiadas e tropas de burrotransportando algodão e peles para os por-tos do Litoral. Entra em cena um dina-marquês chamado Cristiano Lauritzenque sobe a serra da Borborema nos anos80 do século 19, vendedor de joias. Casa-se com a filha do homem rico do lugar eentra na política.

Ele não tira da cabeça a ideia de trazera linha férrea à cidade que o adotara, apartir do entroncamento de Itabaiana.Imagina aquelas levas de tropeiros, tan-gerinos, ao invés de irem ao litoral des-pachar suas mercadorias, ficarem ali mes-

mo em Campina Grande a despacha-rem os seus produtos, como algodãoe pele. Os tropeiros e tangerinos volta-vam para os sertões levando os pro-dutos do Brejo paraibano: farinha,açúcar, rapadura, aguardente, fumo,além de produtos do nosso artesa-nato, como selas, arreios, alpercar-tas, facas de ponta.

O TREM DETERMINA PROGRESSO Cristiano Lauritzen está tão convic-

to que o futuro de Campina Grande éa linha férrea, que empenha-se no Riode Janeiro, capital federal, a sensibili-zar os homens públicos. O trem che-ga a CG 1907 em meio a grande festapopular. Lauritzen estava certo. A ci-dade passa a ser o maior centro ex-portador de algodão do Nordeste.

O ciclo do “ouro branco” destaca-sedurante toda segunda metade do sé-culo 20, atrai levas de nordestinos e deoutros estados e até países. Na décadade 40 havia dezenas de escritórios deexportação de algodão em CampinaGrande. Cine-teatros, cinemas, cabaréde luxo (o Eldorado), surgiram sob obrilho da riqueza do “ouro branco”.

Há anos Campina Grande tornou-se conhecida nacional e internacionalmente como uma cidade de gente criativa e empreendedora

#A farinha contribuiu admiravelmentepara o progresso campinense.Ela foi a primeira etapa daevolução comercial da cidade.

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“Paraíba democrática, terra amada”CAMPINA GRANDEE S P E C I A L

É DISSO QUE O

Forró de sol a sol. Milho e queijoassados, pamonha e canjica noponto. Cerveja gelada ou umacachacinha da boa também vaibem. Com churrasquinho, melhorainda. Gente alegre e bonita naspraças e nas ruas, com encontromarcado no Parque do Povo.É o São João de Campina, omaior e melhor do mundo.

POVO GOSTA!

A UNIÃO

“Paraíba democrática, terra amada”