especial manaus 346 anos- 24 de outubro de 2015

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Especial Manaus 346 anos - Caderno especial do aniversario de Manaus do jornal Amazonas EM TEMPO

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Manaus346 anosAs três idades da cidade

Os indígenas aprenderam cedo a não levar a sério aquela construção de pau-a- pique que os estrangeiros

portugueses plantaram na margem esquerda do rio Negro, por volta de 1669, e chamaram de fortaleza. Há quem se arrisque a dizer que em junho ou julho daquele ano, embora até hoje seja difícil plantar o que quer que seja em uma margem inundada, ainda mais uma fortaleza. Mas foi assim. Eram apenas quatro paredes em torno de um pequeno espaço, um telhado tosco, tudo mui-to acanhado naquela imensidão de água e floresta. A novidade era um artefato de ferro que cuspia fogo e trovão. Os indígenas acreditaram que aqueles estrangeiros eram re-almente muito especiais: fazer um trovão a qualquer hora do dia e da noite! Sem chuva!

Nada naquela arrumação indicava que os estrangeiros chegavam para ficar, de tão precárias que eram as instalações e muito mais desajeita-

dos os soldados que se estapeavam, provocados por carapanãs, que não fizeram fama exatamente pela deli-cadeza, muito pelo contrário.

Mas não existe susto que sempre dure nem medo que sempre perdu-re. O canhão fazia muito barulho por nada. E os indígenas subiam e desciam o rio, rindo e rindo daquela peça de brechó. Os portugueses, no entanto, não construíram um impé-rio contando piada em botequim. Em torno do fortim, amontoaram-se gentes de todos os matizes e a ci-dade da primeira idade se construía, como se tivesse toda a eternidade para concluir sua engenharia e ar-quitetura. E tinha. E tem. E é assim que Manaus se posta diante do espelho, multiplicando suas faces. Agora, com uma pressa de quem tem fome e sede.

E o espelho era a Europa. Os meses de travessia do Atlântico e subida do Amazonas não faziam muita diferença. A segunda idade da cidade tinha o patrocínio luxuoso de

uma árvore cuja seiva amaciava o choque de capitalismo que o mundo recebia a todo vapor. Manaus es-tava conectada com a vanguarda da capital. Manaus era a Paris dos Trópicos e discutia o valor de tudo em libras. Manaus tinha dinheiro e bom gosto. Esse momento está presente ainda hoje em suas ruas, que estão sendo tomadas por mais dinheiro e menos bom gosto.

É essa terceira idade da cidade que suscita a mesma interrogação da primeira e da segunda. Manaus volta-se para o espelho de Miami, porque a Europa não tem mais o mesmo charme e a cidade america-na, que reúne todos os sotaques do mundo latino, encarna muito bem o caráter global do shopping center, o espelho de múltiplas faces, cada uma, uma história, que pode ser uma eternidade. Às vezes, uma grande cidade corre o risco se de ser apenas uma cidade grande. Mas qual é a cidade que está isenta de riscos? “Espelho meu, espelho meu...”

Manaus 346mANAUS, SÁBADO, 24 DE OUtUBRO DE 2015

5Velhos Endereços,Novos Destinos

ExpedienteEdiçãoMichele Gouvêa

Fotografias antigasAcervo Secretaria de Estado de

Cultura (SEC)/Museu da Imagem e do Som (Misam)

Fotografias atuaisIone Moreno

DiagramaçãoMario Henrique Silva

RevisãoDernando Monteiro

Tratamento de ImagensKleuton Silva

Agradecimento especial a Secretaria de Estado de Cultura do Amazonas

Para algumas imagens se faz necessáro uso de óculos 3d

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Teatro AmazonasPrincipal monumento arquitetônico e pa-

trimônio histórico do Amazonas, o Teatro Amazonas é também um dos mais im-portantes teatros do Brasil e do mundo. Ele levou 15 anos para ficar pronto e foi inaugurado em 31 de dezembro de 1896. A decoração interna é de 1894 e foi feita pelo pernambucano de Olinda, Crispim do Amaral (1858-1911), cenógrafo da Comédia Fran-cesa, pintor, músico, ator e comediógrafo.

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6 Velhos Endereços,Novos Destinos

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Teatro AmazonasUma questão que gerou polêmica foi a

pintura externa do teatro. Em 1897, ele foi pintado em cinza e branco como os demais prédios públicos da época atendendo a uma determinação do governador. Em 1960, o Teatro Amazonas foi pintado na cor rosa, em 1974 voltou a ser cinza e em 1990 retornou ao rosa. Desde 1997, o Teatro Amazonas recebe a cada 10 anos obras e serviços de manutenção mais intensos.

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Trata-se do prédio mais antigo de Manaus, cujo núcleo inicial e central foi construído em 1861 para servir como residência do deputado provincial e capitão da Guarda Nacional, Custódio Pires Garcia. Nele foi realizada a primeira eleição para governador do Estado quando da instalação da República no Brasil, no Congresso Constituinte em 1981. Serviu a várias repartições públicas como obras, biblioteca, escola, Poder Legislativo e corpo militar.

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8 Velhos Endereços,Novos Destinos

Palacete Provincial

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A completa transformação do edifício ocorreu no governo Eduardo Ribeiro (1892-1896), com a instalação do quartel da Força Pública, funcionando com essa finalidade até 2002, quando foi transferido para a Secretaria de Estado de Cultura (SEC) para ser restaurado e transformado em centro cultural. O palacete foi reaberto em 2009 e hoje abriga o Museu de Numismática, o Museu da Imagem e do Som do Amazonas, a Pinacoteca do Estado, o Museu de Arqueologia, o Museu Tiradentes e o Ateliê de Restauro de Obras de Arte.

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9Velhos Endereços,Novos Destinos

Palacete Provincial

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Mercado Adolpho LisboaO mercado municipal, cuja construção foi ini-

ciada ainda no Império (1823-1889), ganhou a atual feição nos primeiros anos da República (1889), por ação do prefeito e coronel Adolpho Lisboa. Foi erguido em várias etapas, governos e projetos diversos, sendo inaugurado em 15 de julho de 1883. Nos primeiros anos da República ganhou outro projeto, cuja pedra fundamental foi lançada em 1902. Tem duas frentes, sendo uma delas para o rio Negro. A fachada que dá para a rua dos Barés tem característica neorrenascentista.

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10 Velhos Endereços,Novos Destinos

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Mercado Adolpho LisboaO mercado Adolpho Lisboa foi submetido a

um processo de restauração em 2005 e ficou quase 10 anos em reforma. Ele possui quatro pavilhões, sendo dois laterais, um central e outro posterior. O local merece uma visita especial pela variedade de peixes, frutas, legumes e artesanatos. Um dos símbolos do mercado mantido após a reforma foi o sino da creolina, que era utilizado para avisar que o pescado estava em promoção e que o que não fosse vendido seria inutilizado pela creolina.

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11Velhos Endereços,Novos Destinos

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Edifício singular, em pedra, importado da Europa, praticamente integrado ao porto e cuja pedra fundamental foi lançada em 1906 pelo presidente da República Afonso Penna, o primeiro presidente a visitar a cidade. Era o auge do período da borracha. As pedras foram trazidas da Escócia. Sua torre era também um farol de orientação para barcos.

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12 Velhos Endereços,Novos Destinos

Alfândega

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Tem três pavimentos. A fachada está dividida em três corpos, com revestimento em alvenaria lisa e grande parte da fachada possui cerâmica em tom caramelo. Por anos o prédio funcionou como Alfândega do Porto de Manaus, com serviços oferecidos pela Receita Federal, no entanto, em 2014, passou para a administração da Superintendência do Ministério da Fazenda. No local hoje funciona o escritório da entidade.

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13Velhos Endereços,Novos Destinos

Alfândega

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Localizada nas imediações do antigo Bosque Municipal 22 de Junho, que depois foi campo de treinamento de tiro do 27º Batalhão de Caçadores e é atualmente uma vila residencial. Foi inaugurado em 18 de setembro de 1895 para cujo ato os convidados foram levados em coches especiais e bondes elétricos, recebendo o nome de ponte Campos Salles, que era presidente da República.

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Ponte Eduardo Ribeiro (Avenida Constantino Nery)andre caria

diretor corporativo grupo mg

ENTREVISTA

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Erguida em ferro, vende um vão de 120 metros e encontra-se atualmente em área urbana. Deveria ter sido calcetada em paralelepípedos de madeira (1897), importados da Europa, mas as peças foram usadas na praça Dom Pedro II. Mais conhecida como Ponte dos Bilhares, foi edificada sobre o igarapé da Cachoeira Grande ou do Pensador. Desde 1896, a ponte é de responsabilidade do município de Manaus.

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15Velhos Endereços,Novos Destinos

Ponte Eduardo Ribeiro (Avenida Constantino Nery)

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A avenida foi inaugurada no final do século 19 e o nome é uma home-nagem ao ex-governador do Amazonas, Eduardo Ribeiro (1862-1900). Para que a avenida fosse construída, o igarapé Espírito Santo foi aterrado. O curso d’água saía do roadway ou porto de Manaus e seguia até o Palácio do Governo, local que hoje abriga o Instituto de Educação do Amazonas (IEA). À época, a avenida era conhecida como avenida do Palácio.

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18 Velhos Endereços,Novos Destinos

Avenida Eduardo Ribeiro

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Tradicionalmente arborizada e trafegada por bondes, com o passar dos anos as árvores frondosas foram dando espaço às fachadas comerciais e outras edificações, além de se tornar a principal avenida comercial do centro da cidade. A Eduardo Ribeiro já foi palco dos maiores eventos de Manaus, como desfiles da Semana da Pátria, Carnaval e na década de 70 abrigou dois famosos cinemas da cidade, o cine Avenida e o Odeon. Mais recentemente, a Prefeitura de Manaus anunciou a revitalização de toda a extensão da avenida.

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19Velhos Endereços,Novos Destinos

Avenida Eduardo Ribeiro

aldisio filgueirasPoeta e imortal da academia

amazonense de letras

ENTREVISTA

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Cinema GuaranyO primeiro nome do cinema Guarany foi cassino

Teatro Juliete, inaugurado em 21 de maio de 1907. Posteriormente recebeu o nome de Cine Alcazar e mais tarde passou a se chamar Cine Guarany. O cinema localizava-se na confluência da rua Leovegildo Coelho, atual Floriano Peixoto, até o prosseguimento da avenida Getúlio Var-gas, esquina com a avenida 7 de Setembro. A primeira exibição no cine Guarany foi a partida entre Brasil x Tchecoslováquia. O Guarany era o único cinema de Manaus a manter abertas as portas laterais para ventilação durante as sessões noturnas, por onde se saía para fumar no jardim.

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Cinema GuaranyExibindo filmes impróprios para menores,

o cinema Guarany entrou a década de 1980 em decadência. Em maio de 1983, os jornais anunciaram a venda e posterior demolição do prédio. E exacerbando ainda mais a derrocada do cinema, o último filme exibido no local foi o erótico “A ilha dos mil prazeres”. O fim melancólico do Guarany ocorreu em 31 de agosto de 1984. Vendi-do, o prédio começou a ser demolido em 24 de setembro do mesmo ano e no local hoje funciona uma agência do banco Itaú.

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21Velhos Endereços,Novos Destinos

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Importante logradouro público no alto da principal avenida do centro da cidade, no sítio histórico de Manaus, teve como primeiro nome praça da Princesa Imperial. Ganhou amplitude no governo de Eduardo Ribeiro (1892-1896) e ficava ao redor do palácio do Governo. Recebeu a atual denominação em 1908, em homenagem ao governador da época. O alinhamento atual data de 1928. Encontra-se na vizinhança do Instituto de Educação do Amazonas (IEA) e da Academia Amazonense de Letras (AAL).

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22 Velhos Endereços,Novos Destinos

Praça Antônio Bittencourt (Congresso)ione moreno

sub-editora de fotografia efotografa exclusiva do projeto

ENTREVISTA

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Local tradicional dos eventos cívicos por ostentar mastro com a bandeira nacional e ter sido palco do Congresso Eucarístico Diocesano (1942), da Igreja Católica, razão pela qual a população passou a chamá-la de praça do Congresso. Sofreu várias intervenções, sendo descaracterizada na década de 80, quando perdeu sua amplitude, circulação de veículos e, principalmente, a função de centro cívico e ponto de encontro de intelectuais e artistas.

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Praça Antônio Bittencourt (Congresso)

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Prédio do AtléticoRio Negro Clube

O clube que teve início pelas mãos de 11 jovens pertencentes a famílias tradicionais de Manaus nasceu em 13 de novembro de 1913, em meio ao declínio econômico proporcionado pelo fim do Ciclo da Borracha. Teve sua primeira sede na rua Henrique Martins. Ao longo do tempo, o clube centenário teve várias sedes, mas acabou se estabelecendo no terreno onde, à época, existia o cemitério São José, primeiro cemitério municipal de Manaus e que compreendia até a praça da Saudade. O cemitério foi removido do local por questões “estéticas” e deu lugar ao prédio do Atlético Rio Negro Clube.

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Prédio do AtléticoRio Negro Clube

A doação do terreno foi feita pelo prefeito Antonio Maia, em 22 de maio de 1938. A sede foi construída com recursos próprios dos rionegrinos e com doações de simpatizantes do time “barriga-preta”. As obras no local ti-veram início já em 38 e a sede do clube, cujo projeto foi feito pelo engenheiro e arquiteto Aluisio de Araújo, foi inaugurada em 1942. Todos os anos, em 13 de novembro, é feito o ritual conhecido como “Porto de Honra”, quando pessoas ligadas ao clube brindam mais um aniversário do Rio Negro Clube com vinho do Porto.

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25Velhos Endereços,Novos Destinos

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O nome faz alusão a um dia importante para a história dos amazonenses. Em 10 de julho de 1884, no Estado, foi decretada a liberdade aos escravos da então província. O marco libertário aconteceu 4 anos antes do movimento abolicionista que ocorreu no Brasil com a assinatura da Lei Áurea. Pela rua 10 de Julho, que fica paralela ao Teatro Amazonas, trafegavam bondes e já era possível vislumbrar, além de prédios com belas fachadas, uma das igrejas mais tradicionais de Manaus, a Igreja de São Sebastião.

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Rua 10 de Julho

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Com o passar dos anos, a rua 10 de Julho perdeu em arborização, mas ganhou em atrativos culturais e de serviços. A via que, há anos abrigou a funcionalidade da Santa Casa de Misericórdia, hoje abriga um dos mais tradicionais bares da cidade, o bar do Armando, além de lojas de artesanato e produtos diversos, hotéis, restaurantes e uma vasta rede de entretenimento gastronômico e cultural na área central de Manaus. Aliado a isso, continua interligando vias do Centro ao Teatro Amazonas e à Igreja de São Sebastião.

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27Velhos Endereços,Novos Destinos

Rua 10 de Julho

Paula Pedrosadiretora executiva Paulo

Pedrosa Headhunter

ENTREVISTA

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Rua Saldanha Marinho O nome da rua é uma homenagem a

Joaquim Saldanha Marinho, que após for-mar-se em direito, ocupou vários cargos de relevância política, tal como de depu-tado-geral na Província do Amazonas. Na época, os administradores eram escolhidos e nomeados pelo governador do Estado. Saldanha Marinho era também jornalista e sociólogo. Ele exerceu ainda a presidência da província de São Paulo. A rua Saldanha Marinho era repleta de casarões ecléticos habitados por velhas famílias coloniais.

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Rua Saldanha Marinho A Saldanha Marinho, que durante a Re-

pública guardou entre suas mangueiras e paralelepípedos uma história muito rica da Manaus de antigamente, não lembra em nada a mansidão de outros tempos. Em meio ao vaivém frenético, sobretudo, a partir dos anos 60, a rua abriga lojas de confecção, sapatarias, uma agência dos Correios, um supermercado, algumas moradias e outros empreendimentos co-merciais. De antigamente, apenas algumas poucas árvores foram mantidas.

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