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ECONOMIA 19 de Janeiro de 2012 Mercado mensal de Rio Maior voltou Após longos anos de interregno, o mercado mensal de Rio Maior foi reactivado na segunda-feira, 16 de Janeiro. Situado num espaço central da cidade, o renovado mercado constituiu um enorme êxito quer a nível de feirantes como de visitantes e até mereceu a visita da presidente da câmara Isaura Morais e do vereador Nuno Malta. O mercado realiza-se à terceira se- gunda-feira de cada mês, pelo que o próximo terá lugar a 20 de Fevereiro. Agências funerárias modernizaram-se sem perder sentido de solidariedade e dignidade Só quem nunca passou pela dor da perda de um familiar próximo é que não sabe a necessidade de ter a seu lado um agente funerário competente, solidário e de total confiança. Há famílias muito antigas que mantêm com as suas agências funerárias uma relação que ultrapassa em muito a mera relação profissional. E nas horas difíceis de perda é fundamental percebermos que a agência funerária contratada consegue sugerir e muitas vezes antecipar o que é necessário, respeitando-nos e não tirando provento da nossa fraqueza momentânea. Há algumas pessoas que tratam do seu próprio funeral ainda em vida e a maior parte das agências está preparada para isso. Mas se a hora da partida chega inesperadamente os agentes funerários estão preparados para cumprir a sua missão. Há quem tenha aprendido com os pais. Há quem tenha aprendido trabalhando com outros. E há cada vez mais acções de formação no ramo. Mas o fundamental são as qualidades humanas e ninguém consegue ter sucesso no sector se as não tiver. Funeral, burocracia, marcação de horas, publicação de avisos, informações sobre legislação, incluindo legislação sobre faltas, assistência a quem participa nos velórios, flores, ornamentos, etc, etc, etc. Os agentes funerários têm solução para tudo e quase todos estão também preparados para confortar quem sofre. É notória a eficácia, responsabilidade e alto grau de profissionalismo num sector em que o respeito por quem parte e por quem fica é factor essencial. Especial Funerárias FOTO ARQUIVO O MIRANTE

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Mercado mensal de Rio Maior voltou Especial Funerárias FOTO ARQUIVO O MIRANTE

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Page 1: ESPECIAL FUNERÁRIAS

Economia 19 de Janeiro de 2012

Mercado mensal de Rio Maior voltou

após longos anos de interregno, o mercado mensal de Rio maior foi reactivado na segunda-feira, 16 de Janeiro. Situado num espaço central da cidade, o renovado mercado constituiu um enorme êxito quer a nível de feirantes como de visitantes e até mereceu a visita da presidente da câmara isaura morais e do vereador nuno malta. o mercado realiza-se à terceira se-gunda-feira de cada mês, pelo que o próximo terá lugar a 20 de Fevereiro.

Agências funerárias modernizaram-se sem perder sentido de solidariedade e dignidade

Só quem nunca passou pela dor da perda de um familiar

próximo é que não sabe a necessidade de ter a seu

lado um agente funerário competente, solidário e de total

confiança. Há famílias muito antigas que mantêm com

as suas agências funerárias uma relação que ultrapassa

em muito a mera relação profissional. E nas horas

difíceis de perda é fundamental percebermos que a agência

funerária contratada consegue sugerir e muitas vezes

antecipar o que é necessário, respeitando-nos e não tirando

provento da nossa fraqueza momentânea. Há algumas pessoas que tratam do seu

próprio funeral ainda em vida e a maior parte das agências

está preparada para isso. Mas se a hora da partida chega

inesperadamente os agentes funerários estão preparados para cumprir a sua missão.

Há quem tenha aprendido com os pais. Há quem tenha aprendido trabalhando com outros. E há cada vez mais

acções de formação no ramo. Mas o fundamental são

as qualidades humanas e ninguém consegue ter sucesso

no sector se as não tiver. Funeral, burocracia, marcação de horas, publicação de avisos,

informações sobre legislação, incluindo legislação sobre faltas, assistência a quem

participa nos velórios, flores, ornamentos, etc, etc, etc. Os

agentes funerários têm solução para tudo e quase todos estão

também preparados para confortar quem sofre. É notória

a eficácia, responsabilidade e alto grau de profissionalismo num sector em que o respeito

por quem parte e por quem fica é factor essencial.

Especial Funerárias

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to desenvolvida. “Existem algumas técnicas de pre-paração que já se vão aplicando em Portugal, mas ainda estamos longe do nível que já se atingiu nou-tros países, onde por exemplo, já é possível recons-tituir um corpo desfigurado. Cá é um processo que acabaria por encarecer muito os serviços”, o que es-tá a crescer é o número de pessoas que querem tra-tar do próprio funeral ainda em vida. “Os idosos em particular não querem sentir-se um fardo para as fa-mílias que vivem cada vez com mais dificuldades e vêm tratar do próprio funeral”, nota Sónia Freixo. A agência estabelece um contrato e o funeral pode ser pago em mensalidades.

Embora a maioria pense que este negócio não se ressente com a crise, já que as pessoas continuam a morrer, a gerente explica que não é bem assim. As maiores dificuldades prendem-se com o pagamen-to do funeral. Nascida em 2005, a agência O Sécu-lo está a ser gerida pelos dois irmãos e pelos pais. A agência O Século realiza mais funerais no concelho de Benavente embora preste serviço em qualquer ponto do país.

Carlos Sá - Agência Funerária Pacheco, Entroncamento

A nossa disponibilidade é total e as noites mal dormidas fazem parte da profissão

Carlos Sá abriu há dez anos a “Agência Funerária Pacheco”, no Entroncamento, onde trabalha com a esposa, Mafalda. O casal deve ter sido um dos mais jovens do país a entrar no sector. “Um dia a Mafal-da foi a casa de um cliente para tratar do funeral e quando entrou o senhor disse-lhe para não fechar

Sónia Freixo - Agência O Século - Samora Correia

Há cada vez mais pessoas a tratar do seu próprio funeral enquanto estão vivas

A seguir à família, os agentes funerários acabam por ser a segunda entidade onde se procura apoio no momento de enfrentar a morte de algum ente que-rido. A opinião é de Sónia Freixo, gerente da fune-rária O Século, localizada na Avenida O Século, em Samora Correia, concelho de Benavente.

É preciso uma “determinada sensibilidade” para se estar à frente de uma agência funerária. “É um momento delicado, as pessoas estão muito fragiliza-das e precisam de todo o apoio. Nós tentamos sem-pre ajudar”, conta Sónia Freixo, que tem de manter também algum distanciamento e sangue frio para conseguir prestar o serviço eficazmente. Hoje em dia, os dois irmãos e os pais que trabalham na em-presa já aprenderam a lidar com a morte. “Noto que por vezes custa mais aos meus pais quando temos de tratar de um funeral de alguém muito jovem”, diz Sónia Freixo.

Para além de toda a burocracia legal que é pre-ciso tratar, tal como a cerimónia religiosa, a agên-cia tem vindo a introduzir algumas novidades como o serviço de catering para as pessoas que passam a noite a velar o corpo nas casas mortuárias. “Sabe sempre bem terem um café para poderem tomar, dá algum conforto, especialmente quando está tu-do fechado à noite”.

Em Portugal, a tanatopraxia, ou seja o procedi-mento de preparação do cadáver para o velório para adiar a decomposição natural, não está ainda mui-

a porta porque estava convencido que ela ia acom-panhada pelo pai”, conta, recordando que a esposa começou a trabalhar na agência com pouco mais de 25 anos. O agente funerário garante que, a partir do momento em que alguém entra na Funerária Pache-co, pode ter a certeza que tudo irá ser feito de mol-de a libertar os familiares do falecido de tudo o que possa afectar ainda mais a sua dolorosa situação. “Tratamos de tudo, dentro do que é possível fazer não nos esquecendo de confortar um pouco as pes-soas no momento difícil que estão a viver. A forma como lidamos com as pessoas é muito importante”, refere, acrescentando que cada situação é diferente de todas as outras.

Os proprietários da Agência Funerária Pacheco sabem que, num mercado com bastante concorrên-cia, há que saber inovar. Por isso apostam em colo-car textos diferentes nas pagelas (cartões) colocados junto ao livro de condolências para que as pessoas que se deslocam ao local de velamento possam ficar com uma recordação do falecido. “Antigamente usa-vam-se muito as rezas e as orações mas hoje em dia como há muita gente que não é católica praticante optamos por usar palavras reconfortantes: “Eu não estou longe/apenas estou do outro lado do caminho/ tu que aí estás segue em frente/Porque a vida conti-nua linda e bela como sempre”, exemplifica.

Carlos e Mafalda Sá confessam que, devido à pro-fissão que escolheram, ainda ganham algumas noi-tes mal dormidas e, quando trabalham, vestem uma espécie de segunda pele. Em relação a cerimónias marcantes, não esquecem o episódio em que fize-ram um trabalho de tanatoestética (maquilhagem estética de cadáveres) tão bem feito que o elogio público causou constrangimento. “Estávamos no velório e houve uma senhora que se aproximou do

Agências funerárias modernizaram-se sem perder sentido de solidariedade e dignidadePessoas preparadas para dar as respostas adequadas numa altura de grande fragilidade emocional das famílias

Só quem nunca passou pela dor da perda de um familiar próximo é que não sabe a necessidade de ter a seu lado um agente funerário competente, solidário e de total confiança. Há famílias muito antigas que mantêm com as suas agências funerárias uma relação que ultra-passa em muito a mera relação profissional. E nas horas difíceis de perda é fundamental percebermos que a agência funerária contratada consegue sugerir e muitas vezes antecipar o que é necessário, respeitando-nos e não tirando provento da nossa fraqueza momentânea. Há algumas pessoas que tratam do seu próprio funeral ainda em vida e a maior parte das agências está preparada para isso. Mas se a hora da partida chega inesperadamente os agentes funerários estão preparados para cumprir a sua missão. Há quem tenha aprendido com os pais. Há quem tenha aprendido trabalhando com outros. E há cada vez mais acções de formação no ramo. Mas o fundamental são as qua-lidades humanas e ninguém consegue ter sucesso no sector se as não tiver. Funeral, burocracia, marcação de horas, publicação de avisos, informações sobre legislação, incluindo legislação sobre faltas, assistência a quem participa nos velórios, flores, ornamentos, etc, etc, etc. Os agentes funerários têm solução para tudo e quase todos estão também preparados para confortar quem sofre. É notória a eficácia, respon-sabilidade e alto grau de profissionalismo num sector em que o respeito por quem parte e por quem fica é factor essencial.

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velar das pessoas em casa o que já não acontece ho-je. Por outro lado, actualmente introduzimos o café durante o velório para criar outro tipo de conforto”.

Ricardo Mendes costuma traçar um perfil psicoló-gico das pessoas com quem lida para melhor enten-der o que pretendem e não as decepcionar. Alguns dos seus amigos ainda o olham com ar de espanto quando diz qual é a sua profissão mas nunca se sentiu excluído por isso. “Se calhar as pessoas olham para mim e pensam que sou de ferro mas não sei ser de outra maneira”, explica. De todas as cerimónias que realizou houve uma marcante, em que estabeleceu um laço quase umbilical com a família de um senhor que faleceu em Angola e o corpo ficou retido 15 dias a aguardar viagem. A recompensa surgiu na forma de uma carta de agradecimento, dias após o funeral. “São momentos desses que nos confortam e nos fa-zem acreditar que vale a pena”, atesta.

Irmãos Nuno e Leonor - Agência Funerária Xavier - Alcanede e Tremês

Perante o desgosto do falecimento de alguém próximo a maioria das pessoas não sabe o que fazer

Com sede em Alcanede e dependência em Tremês a Agência Funerária Xavier, Lda, tem uma experiên-cia de quase meio século na realização dos serviços fúnebres. Arnaldo Xavier, o fundador, apostou na ac-tividade em 1965. Instalou a agência no local onde antes geria um negócio de móveis. São hoje os seus filhos, Nuno e Leonor Xavier, a assumirem a direc-ção da agência funerária com que começaram a li-dar e a ambientar-se ainda bem novos.

Estão onde são precisos. Os telefonemas podem chegar a qualquer hora do dia ou da noite. Traba-lham maioritariamente nos concelhos de Santarém, Rio Maior e Alcanena mas sempre abertos aos ser-viços que possam vir de mais longe. Profissionalis-mo, aconselhamento e simpatia é o que a agência garante junto dos familiares que perderam algum

porque mexe com os sentimentos das pessoas que estão muito fragilizadas. Mas já nos mentalizamos para este trabalho”, referem. A morte é algo que não os assusta. Qualquer falha tem um peso a triplicar e por isso os dois sócios esquecem tudo o que está à volta quando têm um funeral. “Queremos colabo-rar com toda a gente e que as pessoas se sintam à vontade connosco”, conclui José Serrano. Inovação, profissionalismo e bons preços são os ingredientes que apresentam no espaço que acabaram de abrir.

Ricardo Mendes, 30 anos, Agência Tomarense, Tomar

Este trabalho não é para qualquer um

“Nós somos a cabeça fria das famílias na altura em que nas famílias enlutadas é difícil ter a cabeça fria”. Quem o diz é Ricardo Mendes, neto de Fernan-do Mendes que abriu há 40 anos a Agência Funerá-ria Tomarense, na Avenida Cândido Madureira, em Tomar. “Cresci no meio disto, praticamente. Eu sou assim, não consigo explicar”, conta quem abraçou ao sector mais seriamente desde há alguns meses, altu-ra em que a agência foi obrigada a fazer a formação de um responsável técnico. A principal motivação prendeu-se com a possibilidade de dar continuidade a um nome que é uma referência nas agências fune-rárias de Tomar e de quem fala com orgulho. “Algu-mas pessoas ficam surpreendidas quando vêem que é um jovem que vai tratar do funeral mas basta dizer que sou o neto de Fernando Mendes para ficarem descansadas e confiarem totalmente. O meu avô é um dos meus heróis. Ele sabe que o que construiu vai ter continuidade”, conta.

Habituado a lidar com a morte desde criança, Ricardo Mendes não tem dúvidas ao afirmar que a sua profissão não é para quem quer. “Nem toda a gente é capaz de fazer este trabalho que requer uma grande sensibilidade”, diz. O jovem agente funerá-rio pretende facilitar ao máximo a vida das famílias enlutadas que o procuram e explica que o sector re-gistou inúmeras inovações. “Há 20 anos fazia-se o

corpo da falecida repousado no caixão e comentou, em alta voz, que ela estava mais bonita em morta do que quando era viva.

José Serrano e João Nunes - Funerária Central de Vialonga

Uma carrinha para transporte de familiares e amigos do falecido é a próxima inovação

Depois de ter trabalhado numa agência funerá-ria e ter acumulado alguma experiência, José Serra-no decidiu concretizar o sonho de abrir uma agên-cia própria. João Nunes, militar acabado de passar à reserva, foi convencido pelo amigo de infância e juntos decidiram criar o projecto de raiz. Uma casa, com uma grande recepção e armazém, localizada na rua principal que atravessa Vialonga foi o local esco-lhido. Pintaram o exterior de bordeaux e o interior de branco. O espaço transmite tranquilidade. “Não queríamos criar uma funerária com uma imagem pe-sada, como geralmente têm a maioria e por isso op-tamos pelo branco”, explica José Serrano. O logótipo é uma pomba que parte em direcção ao sol, já que entendem a morte como uma etapa da própria vida.

A Funerária Central de Vialonga fica no número 22 da Rua Primeiro de Maio, no Cabo de Vialonga e abriu em Dezembro. Faz todos os serviços associa-dos a funerais. Também vende uma série de imagens religiosas. Os sócios já têm algumas ideias para ino-vações que querem introduzir no sector. Em estudo, está a possibilidade de arranjarem uma carrinha que assegure o transporte da família e dos amigos do fa-lecido para as cerimónias religiosas. O pagamento do serviço também pode ser realizado em mensalidades.

Escolheram Vialonga propositadamente por ser uma freguesia que só possuía uma agência funerá-ria. “A grande vantagem para a população residente é que agora já tem possibilidade de escolha”, apon-tam os sócios que asseguram ter preços concorren-ciais muito bons. Primam pela discrição e garantem ter a sensibilidade necessária para trabalhar no ra-mo. “É preciso ter algum feitio para este negócio

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ente querido. O serviço é personalizado, o aconse-lhamento feito seja na escolha da urna, dos artigos religiosos, passando pela preparação da sala de ve-lamento. “Noventa por cento das pessoas não sabe, à partida, o que pretende num funeral, por isso es-tamos cá”, diz Nuno Xavier. A par da realização dos funerais a Agência Xavier realiza ainda cremações em Lisboa e facilita serviços de exumação. Dispõe de um serviço de repatriamento para que o defunto seja enterrado no seu país de origem, e tem ligação privilegiada com consulados, médicos legistas, altos comissariados, linhas aéreas ou marítimas e autori-dades legais, para agilizar esses serviços. A empresa possui duas viaturas fúnebres que costumam assegu-rar uma média de 150 funerais por ano.

Leonor Xavier começou por colaborar no negócio do pai na retaguarda, no escritório a tratar de docu-mentação e a receber pessoas mas, aos poucos, foi-se adaptando a todo o tipo de serviço, desde a recepção ao cliente ao enterramento. “Tive de ir encarando a realidade”, conclui, admitindo que é pouco habitual ver uma mulher na frente de um funeral.

Funerária Lopes e Benavente - Santarém

Depois de milhares de funerais posso dizer que são todos diferentes uns dos outros

Na Urbanização Olival do Arame, junto à rotun-da da fonte luminosa de S. Domingos, em Santarém, existe um escritório amplo, moderno e acolhedor onde está instalada a funerária Lopes e Benavente

gerida pelos sócios Carlos Lopes e Acácio Benaven-te. Trata-se de uma empresa moderna, com grandes tradições no concelho. Tem um serviço permanente 24 horas por dia, todos os dias do ano. Tem também um serviço personalizado e especializado, respeitan-do todos os credos religiosos. A sua missão é ajudar as famílias enlutadas nos momentos mais difíceis das suas vidas.

Carlos Lopes começou cedo a aprender a arte dos funerais. Com dezassete anos teve o seu primeiro em-prego a lavar carros de uma agência funerária. Pouco tempo depois tirou a carta e logo começou a exercer a sério. Mais tarde abriu uma agência sua em Santa-rém e, algum tempo depois, uma segunda agência em Fazendas de Almeirim. Hoje em dia apesar das difi-culdades inerentes à profissão, não pensa mudar de ramo. “Dediquei toda a minha vida a esta profissão. Com a idade que tenho o que mais posso fazer? Só sei trabalhar nisto”, afirma o empresário, acrescen-tando que, “ao contrário do que parece, trata-se de uma actividade em que se ganha pouco”, tendo em conta as horas de dedicação e trabalho despendidas.

Com seis funcionários, três carros funerários e ou-tros três de apoio e todo um arsenal de equipamento que garante um serviço de qualidade e 100% portu-guês a quem procura dignidade no último adeus de um ente-querido, Carlos Lopes considera ter “a me-lhor agência da região”. A norma é ir ao encontro das necessidades dos clientes de acordo com as tradições e requisitos religiosos. “Trabalhamos directamente com todo o tipo de pessoas, por isso temos de iden-tificar o tipo de família com quem estamos a lidar. A partir daí vamos desenvolvendo o nosso serviço, indo ao encontro daquilo que as pessoas querem”, explica. “Estamos sempre a aprender. Se trabalha-mos cem anos nesta vida, ao fim de cem anos ainda não sabemos tudo”, conclui, explicando que nunca fez um funeral igual apesar de já ter feito milhares. Embora a sua área de actuação tenha uma maior incidência no concelho de Santarém, a funerária Lopes e Benavente asse-gura serviços em qualquer outro local do país, apos-tando sempre na inovação dos serviços.

António Vieira, José Montês e Manuel Mena - Agência Funerária Alviela

Especializados em serviços fúnebres nas freguesias rurais

A Agência Funerária Alviela nasceu em Dezem-bro de 1954, três dias depois da noite de consoada. António Vieira tinha 21 anos e trabalhava madeiras nos Móveis Alviela. Telefonaram de Alcanena a pe-dir-lhe para fazer o funeral. O jovem não hesitou, montou-se na sua bicicleta pasteleira, comprada a prestações e foi a vinte quilómetros de distância com-prar uma urna. Apesar de a mesma pesar 60 quilos trouxe-a na parte de trás do velocípede, amarrada com cordéis. A partir daí as encomendas para servi-ços idênticos começaram a chegar com frequência. A bicicleta foi trocada por uma motorizada e mais tarde por um carro. “Cheguei a ir a Amarante, onde fazem a maior parte das urnas do país, numa bici-cleta a motor e a dormir em cima dela com um cor-del preso ao pé para não ma roubarem”, recorda o empresário, agora com 78 anos.

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Actualmente a Agência Alviela tem à frente, além de António Vieira, José Montez e Manuel Mena, que se juntaram ao fundador há 16 e 6 anos, respectiva-mente. O trabalho é repartido pelas freguesias em redor de Abrã como Amiais de Baixo, Arneiro das Milhariças, Louriceira, Monsanto, Malhou, mas a agência está sempre atenta a solicitações que pos-sam vir de mais longe. O papel do agente funerário é o de ter uma acção psicológica junto dos familiares do falecido e ajudá-los, com respeito, nos momentos oportunos, com sociabilidade e simpatia. O aconse-lhamento é fundamental na escolha da urna, cujo preço varia entre 450 euros e 2.300 euros, no caso da madeira exótica mutene. Em Amiais de Baixo as famílias fazem ponto de honra que os seus entes queridos sejam enterrados com urnas de boa quali-dade, como sinal de dignificação do enterramento, exemplificam. A agência possui cerca de 15 urnas em exposição e cerca de 50 em armazém.

Enterramentos, cremações realizadas no cemité-rio dos Olivais, em Lisboa e exumações fazem parte do dia-a-dia de uma empresa com várias décadas de experiência no ramo dos serviços fúnebres.

Elisabete Santos - Agência Funerária Rainho - Entroncamento

Crescer a brincar no armazém das urnas

A “Agência Funerária Rainho” abriu portas no Entroncamento há mais de 40 anos, funcionando em novas instalações, na Rua António Lucas, des-

de Abril de 2010. Era do avô materno de Elisabete Santos que, em criança, brincava entre as urnas, no armazém. A filosofia da “Agência Rainho” assen-ta em servir as pessoas “com calma, sobriedade e com a maior seriedade possível” visto que se trata de um serviço que é prestado num momento par-ticularmente difícil para quem os procura. “Procu-ramos fazer tudo com a maior discrição uma vez que entramos em contacto directo com a vida das pessoas. Estando 24 horas à disposição de quem nos procura”, refere Elisabete Santos.

A agência trata de todo o processo fúnebre não esquecendo a burocracia que se segue a seguir às exéquias fúnebres. “Fazemos um acompanhamento no sentido de ajudar e encaminhar as pessoas em relação a questões que tenham que tratar com pen-sões e Segurança Social. Ajudamos a preencher os impressos e até os entregamos nos locais apropria-dos”, acrescenta a agente funerária. Elisabete San-tos refere que cada pessoa reage e encara a morte de maneira totalmente diferente. Quanto a ela diz que, desde que foi mãe, lhe é particularmente di-fícil fazer o funeral de uma criança. O falecimento de uma pessoa que lhe seja muito próxima também lhe faz muita confusão. É nessas alturas, “em que reage e sente como qualquer outra pessoa”. Nessas alturas não hesita em pedir ajuda.

De situações curiosas recorda o facto de já terem entrado na agência algumas pessoas à procura da urna onde vão descansar na eternidade. “É contra a minha essência vender uma urna ou um caixão a alguém que está vivo. Não há necessidade de tra-tar da morte enquanto estamos vivos. Temos é que aproveitar a vida enquanto estamos cá. Mas respeito os desejos dos outros”, refere. Se antes tinha algum pudor em dizer que era agente funerária, actual-mente até brinca com a situação e oferece boleia no carro funerário às colegas com quem trabalha na escola onde também dá aulas. “Já ouvi comen-tários engraçados quando vou a conduzir o carro fu-nerário. As pessoas ficam muito surpreendidas, não só por verem que é uma mulher mas que é uma mulher mais jovem”, con-ta com um sorriso franco.

José Grilo - Agência Funerária José Grilo Unipessoal, Tramagal

O meu sonho sempre foi ficar à frente de uma agência funerária

José Grilo trabalha no ramo funerário há 23 anos mas por sua vontade tinha começado mais cedo. Foi sozinho que criou a empresa em nome individual, junto ao Largo da Igreja, em Tramagal, no conce-lho de Abrantes, cujo lema passa por servir bem e respeitar a dor de cada um, não esquecendo a pala-vra de conforto num momento tão doloroso. “Sou natural da Chamusca e quando tinha os meus 15 ou 16 anos quis ficar à frente de uma agência mas era muito jovem e não tive o apoio do meu irmão mais velho que não acreditou nas minhas capacidades”, recorda. Depois de cumprir o serviço militar e estar sete anos “exilado” em França regressou para “cair” na Metalúrgica Duarte Ferreira, em Tramagal, onde exerceu a profissão de electricista. Em 1984, quando

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a empresa começou a vacilar decidiu retomar o anti-go sonho de abrir uma agência funerária.

Lidar com mortos nunca foi um problema. “Eu apareci nos Bombeiros Voluntários da Chamusca, a convite de Júlio da Conceição Moreira, comandante na altura, e foi a partir daí que comecei a lidar com a morte uma vez que, na altura, se afogavam muitas pessoas no Tejo. Tive um ano em que tirei 16 corpos do Tejo e das Lagoas”, recorda.

José Grilo considera que muita coisa mudou ao nível de exigências por parte dos órgãos governa-mentais. “Somos mais exigentes ao nível da prepa-ração dos corpos, nas capelas e os serviços são mais bem organizados”, atesta. Para o nosso interlocutor é uma desvantagem ser agente funerário num meio pequeno e ver partir aqueles com quem convive dia-riamente. “Nestes meios somos uma família. Tive aqui um caso de um jovem, falecido num acidente de moto junto aos correios. Na noite anterior à sua morte tínhamos estado a beber um copo e a brincar um com outro onde eu lhe disse que eu é que o leva-va à cova e, no outro dia, levei-o mesmo. Foi duro”, refere. Mas um dos serviços que mais o marcou foi o funeral que fez a uma menina de doze anos que via todos os dias e, sempre que o via, dizia para a mãe: “Olha, lá vem o grilo dos mortos”.

Sérgio Neves - “Hoje & Sempre”, Riachos -Torres Novas

Dispositivo electrónico nas campas para dar toda a informação sobre a mesma

Sérgio Neves, 35 anos, abriu em 2008, em Riachos - Torres Novas, a empresa “Hoje e Sempre”, detento-ra da marca Jazicampa, trabalhando em tudo o que esteja relacionado com a prestação de serviços em ce-mitérios, só não fazendo funerais. Desde o serviço de coveiro, à gestão e manutenção do cemitério, constru-ção de ossários e composição fúnebre de mármores e granitos. Filho de um coveiro e ex-encarregado do cemitério municipal de Torres Novas, foi sozinho que começou esta empresa “quase por brincadeira” mas a crescente procura levou-o a ter que arranjar três cola-boradores que se movem diariamente pela região em duas carrinhas de caixa aberta. “Actualmente já pres-tamos serviço em 36 cemitérios e temos pré-acordo com alguns da zona de Lisboa e já saiu da ideia para o projecto a criação de um cemitério privado “, recorda.

Para Sérgio Neves lidar com a morte é bastante na-tural considerando, no entanto, que é diferente fazer um funeral de alguém conhecido que morre repen-tinamente do que alguém que já estava numa fase terminal. Trabalhar sob o espectro da morte não lhe tira o sono. “Trato a morte por tu. Se tiver que fazer uma viagem a qualquer parte do país ou estrangeiro tenho que visitar o cemitério local”, atesta.

Atento à evolução do sector, o empresário está a introduzir novidades na “Hoje & Sempre”. Para além de colocar à disposição uma linha de campas a baixo custo, graças ao facto de serem produzidas em série, Sérgio Neves revela que a empresa vai passar a colocar um dispositivo electrónico nas campas, em granito ou em mármore, que permite à pessoa ou entidade que está a gerir o cemitério identificar quem está ali sepultado, quem são os familiares ou se o alvará está em dia.

Se pudesse mudar al-guma coisa na actual le-gislação não permitia a realização de funerais aos sábados, domingos e feria-dos uma vez que sente na pele o que é trabalhar sem quaisquer horários. Depois de um dia intenso de traba-lho, gosta de descontrair e juntar-se aos funcionários

e amigos, para beber uma cerveja. O humor é essen-cial para este jovem empreendedor. Mesmo que seja humor negro: “Mandei fazer uns isqueiros da marca Jazicampa que, para além do nome da empresa tem nas costas a frase “Vá fumando que eu vou esperan-do”, conta bem-disposto.

Mário Conceição, agência funerária Campeão, Santarém

Desde a morte da mãe que encara a profissão com outros olhos

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Mário Conceição lida diariamente com a morte há 43 anos mas foi desde que perdeu a mãe, há 12 anos, que passou a encarar a profissão com outros olhos. Foi o funeral mais difícil, conta sem escon-der a emoção. Diz que é sempre difícil lidar com as pessoas que perdem entes queridos mas depois de se perder uma mãe tudo muda. “Enquanto não me bateu à porta correu tudo bem. Quando a minha mãe morreu todo o rochedo se partiu. Nunca mais fui a mesma pessoa. Estava convencido que estaria preparado para a sua morte mas não estava. Hoje, muitas vezes, nem sei o que hei-de dizer porque não existem palavras que confortem”, refere.

O empresário começou a trabalhar no ramo aos 22 anos na agência funerária do sogro, no Cartaxo. Ganhava 1200 escudos por mês. Entretanto, foi con-vidado para trabalhar no Tribunal do Cartaxo, onde ganhava mais 200 escudos. Aceitou, mas continuou a trabalhar com o sogro. Na altura, participava nas autópsias aos corpos enquanto funcionário judicial, tomava apontamentos para os relatórios médicos. Quando os médicos iam embora, Mário Conceição ficava com os colegas da funerária para lavar e ves-tir o morto e realizar o funeral.

O destino levou-o a trabalhar na agência Campeão em Santarém. Em 1978 comprou-a ao antigo dono. O empresário faz um balanço positivo dos 33 anos e realça “grandes” amizades que construiu ao lon-go de mais de três décadas e o “reconhecimento” de muitos clientes. “Sinto-me honrado em contar, por exemplo, o episódio de uma senhora a quem fiz ini-cialmente o funeral da irmã e que, mais de 20 anos depois, ela veio propositadamente de Loulé [Algarve] a Santarém para eu lhe mudar as ossadas da irmã e dos pais, que estavam em Lisboa, para Loulé”, conta. Lamenta que os três filhos não dêem continuidade ao negócio. Diz que o mais difícil num funeral, muitas vezes, é a burocracia dos papéis que tem de tratar.

Manuela Henriques, agência funerária Henriques, Alcanena

Últimos desejos das pessoas devem ser realizados

Manuela Henriques gosta de realizar os últimos desejos das pessoas que antes de morrerem lhe con-fessaram como queriam que fossem os seus funerais. Um senhor, sempre que encontrava a empresária na

rua, alertava-a: “Não te esqueças, antes da urna des-cer à terra quero cinco litros de vinho despejados na cova”. Outro queria um lanche e outro ainda queria ir para o caixão como veio ao mundo. Manuela cum-priu todos estes desejos.

A empresária, 63 anos, trabalhou durante mais de duas décadas numa fábrica de curtumes, onde era seleccionadora de peles. A agência funerária co-meçou pela mão do avô do marido que foi passan-do de geração em geração. Quando o marido ficou à frente da Agência Funerária Henriques, a esposa começou a ajudá-lo.

O momento mais difícil desta sua experiência foi a morte, inesperada, do marido há cerca de cinco anos. Confessa que nessa altura pensou desistir. Valeram--lhe os amigos que não a deixaram tomar essa deci-são. Ainda hoje agradece-lhes o apoio todo que lhe têm dado. Também as mortes da mãe e da sogra - que morreu numa altura em que Manuela Henriques es-tava junto dela - foram outros momentos marcantes.

Apesar de já ter muita experiência na sua activi-dade profissional garante que continua a ser “com-plicado” fazer funerais. O momento mais difícil é quando está perto da família enlutada.

Fernando Figueiredo, Agência Funerária Dom Fernando, Santarém

Quer construir mini complexo funerário na zona de Santarém

Foi a necessidade que levou Fernando Figueiredo a procurar emprego numa agência funerária. Fazia

segurança no Hospital Distrital de Santarém e nas antigas instalações da Raret, em Glória do Ribate-jo [concelho de Salvaterra de Magos] quando ficou desempregado. Um ex-colega contou-lhe que fazia uns funerais para uma agência e, quando surgiu a oportunidade, Fernando Figueiredo agarrou-a com unhas e dentes.

Trabalhou por conta de outrem durante 25 anos até que há cerca de seis anos decidiu abrir uma em-presa por conta própria. Diz que foi o melhor que podia ter feito. O seu próximo objectivo é construir um mini complexo funerário que vai contemplar duas capelas, florista e as instalações da empresa. O terreno já foi comprado, agora só falta avançar com a obra.

Confessa que não foi fácil adaptar-se a todo o processo relacionado com os funerais. Na sua opi-nião é preciso muita sensibilidade e honestidade com os clientes que estão mais fragilizados. Diz que lida bem com os mortos. Já fez autópsias e em-balsamentos. Faz-lhe mais confusão assistir a uma cirurgia ou ver alguém a sofrer. O que custa mais é, depois de vestir uma criança que morreu, che-gar a casa e, na manhã seguinte, vestir os filhos da mesma idade. “É impossível não fazermos uma as-sociação e pensarmos que os nossos filhos também ser vítimas de uma tragédia”, afirma.

O empresário diz que quem trabalha nesta pro-fissão é mais cauteloso, por exemplo, a conduzir na estrada. “Temos mais noção que podemos mor-rer do que as outras pessoas porque lidamos diaria-mente com a morte. Assistimos a tanta coisa todos os dias que sabemos que a mínima distracção pode ser fatal”, realça.

Além dos funerais do avô e do pai há um funeral que fica marcado na memória de Fernando Figuei-redo. “A criança tinha dois anos e era deficiente. Várias pessoas, incluindo eu, andamos a angariar tampinhas para adquirir uma cadeira de rodas pa-ra o menino. Pouco tempo depois de ter recebido a cadeira de rodas faleceu. Foi muito duro encarar essa morte”, recorda.

Fernando Figueiredo garante que não há fune-ral que não faça. Quer as pessoas tenham ou não dinheiro. Recentemente realizou o funeral de uma pessoa que estava por enterrar há dois meses. “Tem que haver boa vontade”, conclui.

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Fernando Tomé, marmorista, Alpiarça

Fez questão de construir as campas do pai e do irmão

Fernando Tomé fez questão de ser o próprio a criar as campas do seu pai e irmão já falecidos. Marmorista de profissão fazer campas por medida é o seu ofício. As do pai e do irmão foram especiais e ocuparam-lhe algum tempo. “Não tinha nada de especial em men-te. À medida que ia fazendo ia decidindo e alterando como achava que ficava melhor. Tem sempre um ou outro pormenor especial porque as pessoas também me são muito especiais”, refere, acrescentando que é “sempre difícil” colocar o nome e foto de um ente querido numa campa.

O empresário começou a trabalhar o mármore por acaso. Quando terminou os estudos, aos 15 anos, e decidiu começar a trabalhar, não sabia bem que ru-mo seguir. Começou por aprender a fazer tacos para chão mas, em conversa de amigos, disseram-lhe que quem laborasse em mármore nunca tinha falta de trabalho. Fernando Tomé ouviu os sábios conselhos. Trabalhou muitos anos numa empresa em Almeirim onde aprendeu os segredos da profissão.

Era raro o dia em que não ficava a desenvolver a técnica de trabalhar o mármore após as horas de trabalho. “Queria aprender como se fazia, como se moldava a pedra na perfeição. Começava a desenhar no mármore e nem dava pelas horas passarem”, con-ta, acrescentando que é necessário gostar desta pro-fissão para as coisas resultarem.

Com o passar dos anos percebeu que podia come-çar a trabalhar por conta própria tendo inaugurado a sua empresa, que funciona no espaço contíguo à sua casa em Alpiarça, há cerca de 13 anos. O mar-morista conta que actualmente as pessoas preferem as campas cada vez mais simples, mas há uns anos não era assim. “Normalmente as pessoas queriam o desenho de um objecto que representasse a sua profissão. Cheguei a fazer uma guitarra, motas ou colheres de pedreiros”, diz.

Fernando Tomé explica que esta é uma profissão dura e exigente e, talvez por isso, diz, não exista mui-ta gente a querer trabalhar nela. Com a ajuda de um funcionário e um carrinho são eles que transportam a pedra e colocam o produto final nas campas.

Gabriel Bento, Agência Funerária Bento & Lucas, Chamusca

“Funerais da família são sempre os mais complicados”

A Agência Funerária Bento & Lucas surgiu de uma brincadeira. Gabriel Bento trabalhava numa empresa de moagem e possuía uma camioneta de transporte. Um dia um senhor de uma agência funerária pediu--lhe a camioneta emprestada para realizar um fune-ral. Gabriel acabou por ajudar no funeral e no final ainda lhe foi proposto que comprasse a agência fune-rária. O empresário ficou entusiasmado com a ideia mas desistiu depois de conversar com a esposa. Mas o ‘bichinho’ não morreu. Em conversa com o actual sócio falou-lhe da proposta que lhe tinham feito e, em conjunto, decidiram avançar com um projecto que se tornou o projecto das suas vidas.

Os primeiros tempos ainda trabalharam com o antigo dono. “O senhor costumava fazer um fune-ral por ano, connosco ainda fez dois ou três”, conta bem-disposto. Gabriel Bento confessa que custa sem-pre realizar um funeral. O facto de trabalhar numa vila onde toda a gente se conhece faz com que os funerais sejam sempre de pessoas conhecidas e amigos. Trabalhar neste ramo é uma questão de hábito. Ao início arrepia-va-se sempre que tinha que entrar num cemitério durante a noite, agora já é uma coisa banal.

Os funerais mais com-plicados continuam a ser os dos jovens. “Nunca es-tamos à espera da morte de alguém jovem. A pri-meira ideia, mesmo que inconsciente, é pensar que pode acontecer o mesmo aos nossos filhos. São si-tuações muito complica-das”, refere. Uma autóp-sia - das centenas a que assistiu - que guarda na

memória foi a de uma criança, de quatro anos, que o pai matou acidentalmente durante uma viagem de automóvel.

Os funerais mais difíceis que fez até hoje foram os da família, sobretudo os dos pais. “O facto de mor-rerem com bastante idade podemos ficar mais con-fortados porque pensamos que é a lei da vida mas é sempre muito complicado. É uma dor muito gran-de”, sublinha.

Carlos Pimentel e Lucinda Marques - Agência Funerária Marques e Pimentel - Foros de Salvaterra

Fizemos formação em psicologia do luto para estarmos melhor preparados

A Agência Funerária Marques e Pimentel é uma empresa familiar gerida por Lucinda Marques e Carlos Pimentel, marido e mulher. A filha, Cláudia, também ajuda sempre que é preciso. O negócio começou há 29 anos quando um agente funerário pediu ajuda a Carlos Pimentel para fazer uns ‘fretes’. Mais tarde, foi-lhe proposto comprar a agência funerária e foi assim que tudo começou.

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19 JANEIRO 2012O MIRANTE | ESPECIAL FUNERÁRIAS | 9

Lucinda tinha 23 anos e Carlos 26. Os empresários confessam que ainda hoje é difícil a profissão que es-colheram. “Esta actividade exige muito respeito e é preciso muita calma uma vez que nem todos reagem da mesma maneira”, explica Lucinda Marques. Ape-sar de lidarem diariamente com a morte não signifi-ca que estejam melhor preparados quando esta lhe bate à porta. Lucinda Marques ainda hoje se emo-ciona ao recordar a morte, inesperada, do filho aos 18 anos, vítima de um aneurisma. “Depois de per-der um filho o trabalho é ainda mais difícil”, refere.

Entre Dezembro de 2010 e Maio de 2011 fizeram formação para lidar com o luto, na disciplina de Psi-cologia do Luto que ambos consideraram importante para conseguirem lidar ainda melhor com os clientes. “Esta é uma fase complicada na vida das pessoas e temos que ter muita sensibilidade”, afirma. Actual-mente possuem também três lojas de flores.

Lucinda Marques faz um balanço positivo das quase três décadas de actividade profissional. Ape-nas lamenta que neste ramo não haja mais união. “Existe muita falta de respeito entre colegas. Mui-

ta competição sem necessidade nenhuma para que isso aconteça. O mais importante é respeitarmos o cliente e a sua dor”, sublinha.

Manuel Gardão e Olga Rosa - Scalcovas - Pernes

Empresa aposta na venda de campas e adquiriu recentemente uma máquina para escavar

Scalcovas - Serviços Funerários, Lda., tem mais um cemitério a seu cargo. O contrato com a Junta de Freguesia do Pombalinho, Santarém, foi assi-nado esta quarta-feira para a abertura de covas no cemitério local. É mais um ponto da região onde a empresa, gerida por Manuel Gardão e Olga Rosa, apresenta o seu emblema e mostra o que vale, es-tando ainda em negociações com outras autarquias locais. A empresa aposta cada vez mais que autar-quias locais e os municípios contratem serviços es-pecializados como a da Scalcovas.

A empresa surge no mercado em Junho de 2011, com sede em Pernes, herdando a tradição familiar de Manuel Gardão que, em miúdo, acompanhou o pai que era coveiro e, mais tarde, o seu sogro, co-veiro em Azóia de Baixo. Aos serviços de abertura de covas e limpeza de terreno, levantamento de pedras, exumação de cadáveres e aprofundamento de covais, a Scalcovas disponibiliza agora de um ca-tálogo de venda de campas. “É uma oportunidade que estamos a lançar de vender este material, seja de granito, mármore ou outro. Fazemos a gravação de letras, colocação de fotografias e outros objectos e podemos acordar com o cliente fazer a sua manu-

O MIRANTE — ANO XXIV Nº1020 - 19-01-2012 - 1ª PUBLICAÇÃO

ANÚNCIO

TRIBUNAL JUDICIAL DE SANTARÉM3º JUIZO CÍVEL

Processo: 1812/07.0TB-STR-A

Incumprimento das Re-sponsabilidades Parentais

Requerente: Paula Alex-andra Trindade Augusto

Requerido: Hendrikus Gerardus Maria Van Den Berg

Nos autos acima identi-fi cados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, notifi cando Re-querido: Hendrikus Gerar-dus Maria Van Den Berg, domicilio: Rua das Arro-teias, Casais da Barroca, 2005-079 Romeira - San-tarém, com última residência conhecida -na(s) morada(s) indicada(s) para no prazo de5 dias, decorrido que seja o

dos éditos, alegar,querendo, o que tiver por conveniente, nos termos e para os efeitos do art° 181° n°2 da OTM. com a cominação de não o fazendo se considera confessados os factos.

O duplicado da petição inicial encontra-se nesta Secretaria, à disposição do citando.

Fica advertido(a) de que não é obrigatória a constitu-ição de mandatário judicial, salvo na fase de recurso. Passei o presente é mais dois de igual teor para serem afi xados.

Santarém, 11-01-2012O Juiz de Direito,

Liliana Matias BrazO Ofi cial de Justiça,

Paula Esteves

TÉCNICO SOLAR Climatização e Fotovoltaico

Empresa especialista na área de energias renováveis pretende contratar colaborador (m/f) com experiência nas áreas de climati-zação e de solar térmico.

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Page 10: ESPECIAL FUNERÁRIAS

19 JANEIRO 2012 | O MIRANTEESPECIAL FUNERÁRIAS| 10

EDITALMARIO OLÍMPIO CLEMENTE FERREIRA. Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Entroncamento: CONVOCA, para cumprimento do disposto no ponto 3, do art. 70° dos Estatutos, os Senhores Associados a reunir em Assembleia-Geral Eleitoral, na Sede Social, à Rua Brigadeiro Lino Dias Valente, n° 16, no dia 31 de Janeiro de 2012, das 20h00 às 24h00, com a seguinte Ordem de Trabalhos:Ponto Único: Eleição dos Membros da Assembleia Geral, Direção e Conselho Fiscal para o triénio 2012-2014.

Entroncamento, 17 de Janeiro de 2012.O Presidente da Assembleia Geral

(MÁRIO OLÍMPIO CLEMENTE FERREIRA).

ASSOCIACAO HUMANITARIA DE BOMBEIROS VOLUNTARIOS DO ENTRONCAMENTO

tenção”, realça Manuel Gardão.Para melhor trabalhar num meio como é um ce-

mitério e para optimizar tempo e recursos a Scal-covas investiu na compra de uma escavadora mi-ni-giratória, uma Terex TC16, que permite fazer o trabalho de dois homens na escavação de covas. “Poupa-se muito tempo, até para deixar o local en-volvente tão limpo quanto o encontrámos”, garante o empresário. Manuel Gardão trabalhou para juntas de freguesia durante 11 anos, trabalhou em nome individual durante três anos e finalmente estabe-leceu-se em parceria com Olga Rosa.

António Mendes - Agência Funerária de Vialonga

Há cada vez mais pedidos de cremação

Há já 20 anos que António Mendes tem a Agên-cia Funerária de Vialonga, concelho de Vila Franca de Xira. O director técnico encarou sempre a morte como uma realidade, mas continua a custar-lhe os funerais dos mais jovens. Acredita que o futuro pas-sará pela cremação. “É claro que também me custa a morte dos mais idosos, mas estes ao contrário dos mais novos já viveram uma vida”, nota. O trabalho no ramo é sensível, já que se trabalha com sentimen-tos e por isso o director técnico também encontra muitas dificuldades. “As pessoas estão num momento de dor profunda e às vezes é muito complicado gerir toda a situação. Não aceitam aquilo que dizemos”, refere António Mendes, que mesmo nos casos mais complicados prima por encontrar sempre as soluções que deixem os clientes satisfeitos.

A empresa, garante, faz a diferença no tratamen-to que estabelece com os clientes. Muitas vezes são mesmo chamados a dar apoio psicológico, mas a equipa possui formação no ramo.

Embora as pessoas continuem a morrer, o negó-cio também está em crise. “O problema não é reali-zar funerais, mas receber depois os respectivos pa-gamentos, especialmente quando as pessoas pedem

para esperarmos pelo dinheiro que vem da seguran-ça social”, revela.

O sonho de criar uma agência funerária começou como uma brincadeira durante um almoço de con-vívio com uns amigos numa tarde de 1992. A ideia começou a ganhar forma e o sonho tornou-se reali-dade. O primeiro ano não foi fácil. António Mendes só conseguiu realizar quatro funerais em Vialonga. “Geralmente as pessoas procuram empresas já com currículo e é muito difícil uma pessoa implantar--se”, revela. Não desistiu e hoje realiza perto de 15 funerais por mês, sendo uma funerária bastante re-conhecida no meio. A maior parte dos funerais aca-bam mesmo por ser fora de Vialonga.

Em relação ao futuro, António Mendes acredi-ta que o negócio passará pela cremação. Mesmo as pessoas de idade já mostram interesse na cremação. “Não é preciso comprar lápide, flores ou ir com re-gularidade limpar a campa. Os mais novos também já não frequentam muito os cemitérios”, conclui.

“Não gosto de ganhar dinheiro com a desgraça dos outros mas alguém tem que fazer este trabalho”

Servir os clientes com empenho, contribuindo pa-ra que o momento de perda de um ente querido se torne menos doloroso é o lema da agência Funerá-ria “Tavares e Manso” que abriu em Cardigos, no concelho de Mação, em Maio de 2001. Trata-se de um negócio iniciado aos 19 anos por Nuno Tava-res, filho de uma enfermeira e de um taxista, que não quis estudar mais e tirou um ano sabático pa-ra aproveitar a vida antes de se lançar no mercado de trabalho. “Não tinha ideias de abrir uma agên-cia funerária mas o meu pai, que já tinha pensado nisso há 27 anos mas não avançou por hesitação da minha mãe, mandou-me ir assistir a funerais duran-te três meses para ver se tinha estômago para isto”,

conta. A experiência não foi decisiva mas levou Nu-no a avançar. Hoje, com 30 anos, refere que o facto de ser uma pessoa jovem a trabalhar neste negócio da morte até lhe traz vantagens quando, por exem-plo, tem que tratar de cerimónias com pessoas da sua idade. A lidar com a morte há 11 anos, Nuno Tavares diz que, apesar de ser assolado com alguns pensamentos, tem a boa sorte de dormir com faci-lidade. “A única coisa que ainda não encaro muito bem é ganhar dinheiro com a desgraça dos outros. Mas alguém tem que fazer este trabalho”, refere. A família, os animais, o cão Max, a aquariofilia e os desportos motorizados são o seu escape.

Abrir uma agência funerária num meio mais pe-queno faz com que os serviços sejam procurados, normalmente, por pessoas que já têm referências positivas sobre o seu modo de trabalhar. “Ajuda-mos não só a organizar as cerimónias fúnebres co-mo também esclarecemos e tratamos de todos os procedimentos burocráticos”, complementa. Aten-to à evolução do sector, Nuno Tavares refere que a sua agência funerária se empenha com rigor na ornamentação da capela, distribuindo pagelas de última recordação da pessoa falecida, que ficam disponíveis para quem as queira levar, prestando ainda um serviço de catering, gratuito, a todos os presentes. O serviço que mais o marcou foi o do funeral de um feto com 7 meses. “Foi a primeira vez que me deparei com um acontecimento destes.

O MIRANTE — ANO XXIV Nº1020 - 19-01-2012 - 1ª PUBLICAÇÃO

PEDROSO LEALAGENTE DE EXECUÇÃO - ANÚNCIO

N.º do Processo: 824/08.0 TBALQ

Alenquer - Tribunal Judicial - 1º Juízo

Exequente:Banco Comercial Português, S.A.

Executado(s):Maria Fatima Oliceira Semedo Cabral e

outrosValor:84.494,58 €Referenc ia in te rna :

PE/5192/2008

ANTÓNIO MANUEL PE-DROSO LEAL, Solicitador /Agente de Execução, cédula 2198, com Escritório na Rua da Fábrica nº15 r/c Esq., em Torres Novas;

FAZ SABER, que nos autos acima identifi cados, se encontra designado o dia 06 de Fevereiro de 2012, pelas 13h45, no Tribu-nal Judicial de Alenquer, paraabertura de propostas, que sejam entregues até esse momento, na Secretaria do referido Tribunal, pelos interessados na compra do imóvel abaixo indicado, pertencente à executada supra referenciada.

Valor base: 66.214,29 € Será aceite a proposta de

melhor preço acima do valor

de 46.350,00 €, correspon-dente a 70% do valor base(Artº. 889º, nº 2 do CPC)

IMOVEL A VENDER FRACÇÃO AUTÓNOMA,

designada pela letra O, situado na Praceta Diogo Lopes Se-queira, lote nº 66, correspon-dente ao 6º andar esquerdo,destinado a habitação, do prédio urbano constituído em proprie-dade horizontal, inscrito na matriz sob o artigo 1338, Fracção O, da freguesia de Carregado,descrito na Conservatória do Reg-isto Predial deAlenquer sob o nº 62/19850502, Fracção O. Valor Patrimonial: 51.426,53 euros.

Os proponentes, deverão juntar à sua proposta, onde deverá constar a sua identi-fi cação completa e indicação da respectiva residência, um cheque visado, à ordem do Solicitador de Execução, no montante correspondente a 20% do valor base do bem ou garantia bancária no mesmo valor, como caução.

11-01-2012O Agente de Execução

Pedroso LealCédula Profi ssional: 2198

Nuno Tavares, 30 anos, Funerária“Tavares e Manso” , Cardigos - Mação

Page 11: ESPECIAL FUNERÁRIAS

19 JANEIRO 2012O MIRANTE | ESPECIAL FUNERÁRIAS | 11

O MIRANTE — ANO XXIV Nº1020 - 19-01-2012 - 1ª PUBLICAÇÃO

PEDROSO LEALAGENTE DE EXECUÇÃO - ANÚNCIO

N.º do Processo: 904/09.5 TBTMR

Tomar - Tribunal Judicial - 1º Juízo

Exequente:Banco BPI, S.A.Executado(s):Marcio Dinis

do Rego Cabral e outrosValor:73.636,40 €R e f e r e n c i a i n t e r n a :

PE/8028/2009ANTÓNIO MANUEL PE-

DROSO LEAL, Solicitador /Agente de Execução, cédula 2198, com Escritório na Rua da Fábrica nº15 r/c Esq., em Torres Novas;

FAZ SABER, que nos autos acima identifi cados, se encontra designado o dia 8 de Fevereiro de 2012, pelas 9h30, no Tribunal Judicial de Tomar, para abertura de propostas, que sejam entregues até esse momento, na Secretaria do referido Tribunal, pelos interes-sados na compra do imóvel abaixo indicado, pertencente ao executado supra referenciado.

Valor base: 81.428,50 € Será aceite a proposta de

melhor preço acima do valor de 57.000,00€, correspondente a 70% do valor base (Artº. 889º, nº 2 do CPC)

IMOVEL A VENDER PRÉDIO URBANO, situado

em Ceras, Alviobeira, casa de

rés do chão e 1º andar para habitação, com a área coberta de 124,50 m2 e logradouro com 275,50 m2, confronta de norte com António dos Santos, sul com José Henriques Faria, nascente com Estrada Municipal e poente com herdeiros de Florêncio Alcobia, inscrito na matriz sob o artigo 450, freguesia de Alviobeira,descrito na Conservatória do Reg-isto Predial de Tomar sob o nº1430/20071106.

É fi el depositário o executado Márcio Dinis do Rego Cabral,com residência na Estrada Na-cional 110, nº 34, em Ceras, que o mostrará a quem se mostrar interessado.

Os proponentes, deverão juntar à sua proposta, onde deverá constar a sua identi-fi cação completa e indicaçãoda respectiva residência, um cheque visado, à ordem do So-licitador /Agente de Execução, no montante correspondente a 5% do valor anunciado para a venda do bem ou garantia bancária no mesmovalor, como caução, nos termos do artigo 897º nº 1 do CPC.

11-01-2012O Agente de Execução

Pedroso LealCédula Profi ssional: 2198

O MIRANTE — ANO XXIV Nº1020 - 19-01-2012 - 2ª PUBLICAÇÃO

ANÚNCIO

TRIBUNAL JUDICIAL DE SANTARÉM1º JUIZO CÍVEL

Processo: 171/1994Execução OrdináriaExequente: Caixa do

Crédito Agrícola Mútuo do Ribatejo

Executados: Manuel Martins Carvalho e Virgínia Saldanha Santos Júnior

A Mm° Juiz de Direito Dra. Cidalina de Sousa de Freitas, do 1° Juízo Civel - Tribunal Judicial de Santarém:

Faz saber que correm éditos de 20 dias para citação dos credores desconhecidos que gozem de garantia real sobre os bens penhorados aos executados abaixo in-dicados, para reclamarem o pagamento dos respectivos créditos pelo produto de tais bens, no prazo de 15 dias, fi ndo o dos éditos, que se começará a contar da se-gunda e última publicação do anúncio.

Bens penhorados:TIPO DE BEM: Outro

direitoDESCRIÇÃO: Penhora do

direito e acção na herança

ilíquida e indivisa aberta por óbito de Ana Bernardina Do-mingos que também usava Ana Maria, casada que foi com Libério Martins Carvalho sob o regime de comunhão geral de bens.

PENHORADO EM: 08-09-2010

PENHORADO A:EXECUTADOS: Manuel

Martins Carvalho, Docu-mentos de identifi cação: BI - 2005475. NIF -112403654. Endereço: Rua 1° de Maio, Foros de Benfi ca, 2080-000 Benfi ca do Ribatejo e mulher Virginia Saldanha Santos Júnior, casados no regime de comunhão geral de bens, Documentos de identifi cação: BI- 6865015, NIF 112403670. Endereço: Rua 1° de Maio, Foros de Benfi ca, 2080-000 Denfi ca do Ribatejo

Santarém, 12-12-2011O Juiz de Direito,Dr(a). Cidalina

de Sousa de FreitasO Ofi cial de Justiça,

António Duarte

N . º d a V e n d a : 2097.2011.41 - Serv. Finan-ças SARDOAL - [2097]

Prédio Rústico, sito em “Cova da Jana”, inscrito na matriz cadastral da freguesia de Mação, concelho de Ma-ção, sob o Artigo 41, Secção BD, com a área total de ha 3,940000 ; Composto de mato e com o valor patrimonial de €100,23.

Descrito na Conservatória do Registo Predial de Mação, Freguesia de Mação, sob o nº 1559/1992101

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 1.655,00.

O prazo para licitação tem início no dia 2012-03-05, pelas 10:00 horas, e termina no dia 2012-03-20 às 10:00.

N . º d a V e n d a : 2097.2011.43 - Serv. Finan-ças SARDOAL -[2097]

Prédio Rústico sito em “Horta da Ribeira”, inscrito na matriz cadastral da freguesia de Santiago de Montalegre, concelho de Sardoal, sob o Artigo 45, Secção Q, com a área total de ha 0,880000; Composto de construção rural, pinhal, olival, cultura arvense em olival e leito de curso de água; com o valor patrimonial de €156,44.

Descrito na Conservatória do Registo Predial de Sar-doal, Freguesia de San-tiago de Montalegre, sob o nº 138/19880607

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 1.848,00.

O prazo para licitação tem início no dia 2012-03-05, pelas 11:00 horas, e termina no dia 2012-03-20 às 11:00.

Teor do Edital:Almerinda da Conceição

Falcão Penteado Pombo Alves, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças SARDO-AL-2097, sito em RUA BIVAR SALGADO 64, SARDOAL, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, dos bens acima melhor identifi cados, pen-horados ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em proces-sos de execução fi scal.

É fi el depositário o Sr AU-GUSTO OLIVEIRA JORGE, residente em SANTIAGO DE MONTALEGRE, o qual deverá mostrar o bem acima identifi cado a qualquer po-tencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 09:00 horas do dia 2011-12-19 e as 19:00 horas do dia 2012-03-19.

As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, e autenti-cação enquanto utilizador registado, em www.portal-dasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutiva-mente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda.

As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário.

No dia e hora designados para o termo do leilão, a Chefe do Serviço de Finanças de-cide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011).

A totalidade do preço de-verá ser depositada, à ordem do órgão de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT).

No caso de montante su-perior a 500 unidades de con-ta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autor-izado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Identificação do Ex-ecutado:

N . º d e P r o c e s -so de Execução Fiscal: 2097200301500015 (e apen-sos)

NIF/NIPC: 123853702N o m e : A U G U S T O

OLIVEIRA JORGEMorada: - SANTIAGO DE

MONTALEGRE

A Chefe do Serviço de Finanças

Almerinda da Conceição Falcão

Penteado Pombo Alves

SERVIÇO DE FINANÇAS DE SARDOAL - 2097

ANÚNCIO

DF SANTARÉM - DGCI

O MIRANTE — ANO XXIV Nº1020 - 19-01-2012 - 1ª PUBLICAÇÃO

VENDA E CONVOCA-ÇÃO DE CREDORES

N . ° d a V e n d a : 2011.2011.226 - Predio Ur-bano registado sob oa artigo 803 da Freguesia de San-tana do Mato, destinado á habitaçãc sito em Rua 25 de Abril 47 - Santana do Mato-2100 Coruche, com a Area de Implantação do Edifi cio 131,1500m2, Area Bruta de construção 237,3000m2, Area Bruta dependente 131,1500m2 e Area bruta privativa 106,1500m2 tem o VPT de €50.610,00.

O bem encontra-se de-scrito na CRP de Coruche sob a fi cha n° 297.

Teor do Edital:Carlos Manuel Ferreira

de Sousa, Chefe de Finan-ças do Serviço de Finanças CORUCHE-2011, sito em RUA 25 DE ABRIL -QUINTA DO LAGO, CORUCHE, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.° e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.° 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima mel-hor identifi cado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fi scal.

É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) OLINDA MARIA CAR-LOTA RELVAS, residente em SANTANA DO MATO, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identificado a qualquer potencial interes-sado (249.°/6 CPPT), entre as 16:00 horas do dia 2011-12-27 e as 10:55 horas do dia 2012-03-12

O valor base da ven-da (250.° CPPT) é de €35.427,00.

As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, e autenti-cação enquanto utilizador registado, em www.portal-dasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados’, ou seguindo consecutiva-mente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda.

O prazo para licitação tem início no dia 2012-02-26, pelas 10:55 horas, e termina no dia 2012-03.12 às 10:55. As pro-postas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário.

No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças de-cide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.° da portaria n.° 219/2011).

A totalidade do preço de-verá ser depositada, á ordem do órgão de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.°/1/e) CPPT).

No caso de montante su-perior a 500 unidades de con-ta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autor-izado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.°/1/f) CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239º/2 e 242.°/1 CPPT), contados da 2.° publicação (242º/2), citando os credores descon-hecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240°/CPPT).

Identificação do Ex-ecutado:

N . ° d e P r o c e s -so de Execução Fiscal: 2011200701013793 (e apen-sos)

NIF/NIPC: 147299039Nome: OLINDA MARIA

CARLOTA RELVASMorada: R 25 DE ABRIL

47 - SANTANA DO MATO

O Chefe de Finanças,Carlos ManuelFerreira Sousa

SERVIÇO DE FINANÇAS DE CORUCHE - 2011

ANÚNCIO

DF SANTARÉM - DGCI

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O MIRANTE — ANO XXIV Nº1020 - 19-01-2012

ANÚNCIO

TRIBUNAL JUDICIAL DE ABRANTES3º JUÍZO

Processo: 454/10.7 TBABT

Interdição / InabilitaçãoRequerente: Maria do

Rosário Duarte Dias Gon-çalves

Interdito: Manuela do Rosário Duarte Dias

Faz-se saber que foi dis-tribuída neste tribunal, em 21/04/2010, a acção de

Interdição/Inabilitação em que é requerido Manuela do Rosário Duarte Dias, com residência em Rua da Roda, Nº 9, Montalvo, 2250-000 CONSTÂNCIA, para efeito de ser decretada a sua interdição.

Abrantes, 23-04-2010A Juiz de Direito

Dr(a). Luís RoqueA Ofi cial de Justiça

Alexandra Antunes Belfo

Marcou-me também pela dor que vi naqueles pais uma vez que já era o segundo filho que perdiam da-quela forma”. E também já viveu de perto uma peri-pécia que não esquece, quando, à hora marcada pa-ra o funeral, passaram-se 40 minutos e o padre não aparecia. “Foi difícil falar com ele telefonicamente, porque não tinha rede mas lá se conseguiu resolver o problema. O padre tinha-se esquecido. Afinal to-dos somos humanos”, atesta.