especial dia das mães/maio 2012

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Neste domingo comemora-se o Dia das Mães. O Jornal Opinião reproduz o depoimento de cinco mulheres, que relatam histórias especiais e diferentes sobre a experiência de ser mãe.

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Encarte do Jornnal Opinião, de Encantado/RS, do dia 11 de maio de 2012.

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Page 1: Especial Dia das Mães/Maio 2012

Neste domingo comemora-se oDia das Mães. O Jornal Opiniãoreproduz o depoimento de cincomulheres, que relatam históriasespeciais e diferentes sobre aexperiência de ser mãe.

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Não podendo ter filhos biológi-cos, o casal Ivo e Glória Villa optoupela adoção, utilizando-se doprocesso judicial. Os dois salientama importância desta forma, a fim depreservar tanto ao casal quanto aofilho então desejado, pois podemcontar com o respaldo da Lei."Há 18 anos recebemos umpresente, nossa filha, tão pequenina,com 1,850 kg, nossa alegria.Cresceu saudável, brincou, ralou ojoelho, chorou, teve dor de ouvido,dor de garganta e teve muito amor,enfim, uma criança normal. Se hádiferença entre filhos adotivos ebiológicos não posso afirmar, paramim filho é simplesmente filho, éum pedacinho nosso. Adotar éreceber, e nós ganhamos muitomais do que as pessoas possamimaginar, nos completamos.Podem haver problemas, comohá em qualquer família convencio-nal, a adolescência é uma fase maisdifícil para alguns, mais fácil paraoutros, o importante é conversarViver juntos para sempre,nem sempre é o que acontece.Os relacionamentos se desfa-zem e os filhos que ficampodem viver uma luta entreseus afetos pelo pai e pela mãe.Aparecem sentimentos derejeição, fantasias dereconciliação e osproblemas de atitude.É possível que ascrianças experimen-tem raiva, tristeza enostalgia pelo paique se foi.Tenho trêsfilhos de casamen-tos diferentes e souuma mãe comotantas outras. Ecertamente nãoeconomizarãoesforços paraque os filhosentendam adecisão,oferecendo aeles umambientesaudável parao seu desen-volvimento.Infelizmente, não posso termeus filhos debaixo da minha“asa” como gostaria, poissabemos que os filhos são domundo. Estes têm nos PAIS oseu porto seguro até que setornem independentes parasingrar os mares da vida,correr seus próprios riscos eviver suas próprias aventuras.O importante é dar apoio,conselhos e fazê-los entenderque o fato de não estarem

Glória VGlória VGlória VGlória VGlória Villaillaillaillaillamuito e contar averdade sempre.Nossaorigem é nossaidentidade.Temos queaprender aadministrar asdificuldades damelhor forma,sempre pensan-do e desejando obem, o melhor,se algunsamigos não sãoas melhorescompanhias,temos quetomar atitudesmais radicais àsvezes, afastá-losmesmo que noscuste certosofrimento, isso em qualquer situação, adotivos ou não.Hoje, nossa filha mora longe, cursa Direito, só conseguimosvê-la nas férias, isso nos deixa meio vazios, a saudade éimensa. Embora nos falemos diariamente via MSN, Skipe outelefone, sentimos a mesma “Síndrome do ninho vazio” quesentem todos os pais quando os filhos saem de casa paraestudar. Temos vários amigos, que também optaram pelaadoção, e dividimos o mesmo sentimento: quem mais ganhoucom a adoção fomos nós. Parabéns mamães neste dia especi-al!”

Janara DalpianJanara DalpianJanara DalpianJanara DalpianJanara Dalpian

comigo fisicamente, estão no meu coração e estarão até o final dosmeus dias. Certo que levarão consigo os exemplos dos pais, o queeles aprenderam e os conhecimentos da escola, mas o principalestará no interior de cada um: a capacidade de serfeliz. São meus filhos, porém nãosão iguais, pois cresceram emambientes diferentes, suaspersonalidades são diferentes esuas angústias também. O quenão mudará nunca é o meu amorincondicional por eles. Nasvezes em que posso reuni-lospercebo que falta um pouco aafinidade de quem cresceu numúnico ambiente. Nessa hora, memultiplico para dar o amor eatenção que todos precisam, masnão fácil, não!Nesse Dia das Mães não estareicom todos. Sei que vou sentir a faltadeles e também da minha neta quetem dois anos. Vamos nos reunirem outro momento e comemorarjuntos a grandiosidade da união entremãe e filhos. Ser mãe é puro amor.Um grande beijo em todas elas nessedia!

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Acredito que a mãe na sociedadeatual ocupa o mesmo papel de todosos tempos, porém, é uma mulhermais dinâmica, atualizada, formado-ra de opiniões, colabora com osustento da família. E, além de ser asecretária do lar, acarreta para siinúmeras funções. Isso, por umlado, é positivo, pois os filhos têmem suas mães exemplos, pessoascom atitude. Mas, em contrapartida,a ausência é preenchida pelascrianças, muitas vezes, com atelevisão, jogos eletrônicos, compu-tadores, pois eles estão crescendoem plena era da informática.Vejo como uma das dificuldades,hoje, na criação dos filhos, alimitação de horários, tendo queimpor limites para podermos terum contato físico maior com ascrianças, para que a gente possaandar de bicicleta, caminhar juntos,brincar na praça, contar histórias.O que digo para todas as mães éque abracem seu filhos, olhem seusfilhos nos olhos, a vida está muitocorrida, não temos uma exata noçãodo tempo e, quando a gente se dáconta, o tempo das nossas crianças

Pois é, meninas. Soumãe solteira e tenhouma filha linda de umnamorado que não seinteressa por ela e nuncame deu a força que euprecisava. Você acorda,olha para o outro lado dasua cama de casal - queestá vazio - e pensa: Sermãe solteira num paíscomo o Brasil não écoisa das mais fáceis.Vivi uma faserebelde na adolescên-cia, sem ouvir osconselhos de minhamãe e sempre achandoque “não ia dar emnada”. E deu. Aconte-ceu de eu engravidare causar um choquena família e mudartotalmente minhavida. As pessoasnem imaginam os problemasque passamos: preconceitos, pessoasachando que as mães solteiras estãonessa condição por serem desajuizadas ouvulgares, ou sem-vergonha, tantas coisasmais.Muitas vezes, sem suporte familiar, semapoio dos amigos e, desaprovada na socie-dade, a mulher tem que trilhar seu caminhosozinha com o bebê e sente o desamparolhe atacar por todos os lados.Mas, hoje em dia, temos muitos recursospara não termos filhos sem planejamento:as escolas ensinam, os pais falam, ospostos de saúde distribuem preservativosetc... e eu não dei importância. E nesse

Raquel CadorRaquel CadorRaquel CadorRaquel CadorRaquel Cadoreeeee

já passou..., e o que estávamos fazendo? Aqualidade do tempo quando estamos com nossosfilhos é muito importante, vamos demonstrarnosso amor, isso fica para sempre e faz toda adiferença!!!A todas as mães, deixo um abraço e minhahomenagem especial para minha mãe Dalva, aquem amo incondicionalmente e fico tranquilasó em saber que ela está por perto...Tenho doisfilhos: a Gabriela,de 10 anos, e oAntonio, de cincoanos. Ser mãe éum aprendizadoconstante..., é aminha vida. Agorasou a Raquel mãeda Gabi e do Toni,e isso é emocio-nante...

TTTTTami Vami Vami Vami Vami Valcanoveralcanoveralcanoveralcanoveralcanover

momento difícil, quemesteve sempre do meu lado enão me abandonou, foi minhafamília, justamente aquela aquem eu não dei ouvidos.Nesse Dia das Mães, deixouma mensagem, primeiro atodas as meninas: pensem bemantes de ter um filho. Filho nãoé boneca. Ele chora, come,adoece e precisa de carinho esempre é melhor se prevenirdo que ter um filho no momen-to errado. Minha filha é tudopara mim, mas gostaria de terplanejado antes.Para todas as mães, umabraço e para a minha, emespecial, meu obrigado decoração e que Deus te abençoesempre pelo que tem feito pormim. Eu te amo Mãe!

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44444 ESPECIALA presença da mãe na família é de fundamentalimportância para que a criança se sinta segura eamparada, principalmente, nos primeiros anos devida.Mas nem sempre é possível a presença constan-te da mãe no seio familiar. Muitas vezes, ela tem deabdicar do convívio com seus filhos, marido, casapara ajudar no sustento da família ou até mesmopara se realizar profissionalmente, o que por si só,exige demais tanto da mãe quanto de seus filhos.Porém, quando a ausência se dá por motivosalheios a sua vontade, pode não se tratar de umaexigência, e sim de uma necessidade, de umaobrigação imprescindível, como aconteceu comigo,quando me acidentei de carro, em 2008.Uma necessidade que me fez repensar a vida. Eunão tive escolha, não tive conflitos de culpa, porémuma angústia muito grande tomou conta de mim.Durante os 13 dias que fiquei hospitalizada emPorto Alegre, longe das minhas filhas, tudo o queeu queria era poder voltar para elas. Angustiava-mesaber a falta que eu estava fazendo em casa. Apesarde saber que elas estavam sendo bem cuidadas ecercadas de carinho por todas as pessoas queridasque nos ajudaram, eu sabia que eu - a mãe - é quedeveria estar lá, cuidando delas.Na época, minhas filhastinham três e quatro anos, umaidade em que a presença damãe é fundamental para odesenvolvimento emocional ecomportamental da criança. Amãe é o seu norte, e minhasfilhas estavam sem, umadelas chegou a adoecer.Quando retornei para casa,estava presente e ausente aomesmo tempo, pois continua-va em recuperação, não podiaatendê-las. Essa foi a piorparte, as coisas não fluíamnormalmente, a rotina ficou

VVVVVanessa Zaninianessa Zaninianessa Zaninianessa Zaninianessa Zaniniatrapalhada, a ansiedade tomou conta dasminhas filhas. A mais nova tinha medo de mever ali, deitada, sem poder ser a mãe faz-tudoque elas conheciam e, principalmente, quenão podia mais pegá-las no colo. Tivemostodos de crescer, minhas filhas tiveram deamadurecer sem os meus cuidados, sem aminha presença no dia a dia delas, sembrincar, sem dar banho, sem acompanhá-lasna escola, enfim. E eu tive de engolir constan-temente o choro para que elas não me vissemtão mais frágil do que já estava.A lição que eu tirei disso tudo em relaçãoàs minhas filhas é que, apesar de meu maridoter sido um pouco mãe, as dindas, tias e avósterem sido um pouco mãe, mãe só tem umamesmo!E a mensagem que eu deixo para todas asmães é que aproveitem o máximo do seutempo com seus filhos. Nossa presença éessencial na vida deles, para que se tornemadultos felizes, íntegros e seguros.