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ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO - ABRIL - 2013 APLB na melhor idade APLB na melhor idade Acesse: www.aplbsindicato.org.br [email protected] Sindicato completa 61 anos com a disposição de sempre para lutar por um ensino público, gratuito e de qualidade!

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Boletim da Rede Estadual em comemoração ao aniversário de 61 anos da APLB-Sindicato

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Page 1: Especial de Aniversário 61 anos APLB

ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO - ABRIL - 2013

APLB na melhor idadeAPLB na melhor idade

Acesse: www.aplbsindicato.org.br [email protected]

Sindicato completa 61 anos com a disposição de sempre para lutar por um ensino público, gratuito e de qualidade!

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Lá se vão 61 anos desde aquela noite em que onze educadores assinaram a ata de sessão da fundação da Associação dos Pro-

fessores Licenciados do Brasil – Secção da Bahia (APLB-BA). Graças ao livro (Mo-vimento dos Professores da Rede Públi-ca na Bahia -1952-1989), de autoria de Nilda Moreira Santos, Professora Mestra da Universidade Católica do Salvador (UCSal) feito como trabalho de Mestrado, é que tomamos conhecimento dos feitos da entidade e dos principais passos de sua fundação.

Desde a década de 1940 fomentava-se no País a ideia de criação de associa-ções em defesa do monopólio do ensino secundário para os licenciados, informa Ramakrishna Bagavan dos Santos, profes-sor de matemática formado na primeira turma da Faculdade de Filosofia em 1945 (de acordo com o trabalho de dissertação de Mestrado de André Luís Mattedi Dias “Profissionalização dos Professores de Matemática na Bahia: as Contribuições de Isaías Alves e de Martha Dantas”).

Ramakrishna era o grande articulador des-sa ideia na Bahia. E naquela quinta-feira, 24 de abril de 1952, que ficaria marcada para sempre, ele colocaria seu nome de deus do panteão hindu na ata de funda-ção da APLB.

“Nessa época eu, Raimundo Mata e Acá-cio Ferreira criamos a Associação dos Pro-fessores Licenciados, a APLB”, afirma.

No mesmo trabalho de dissertação de André Mattedi, Ramakrishna lembra de momentos memoráveis da novíssima enti-dade. “Uma certa vez, quando o governo nomeou 40 professores não licenciados, Raimundo Mata publicou uma página in-teira no Diário de Notícias analisando a posição do governo”. Sem dúvida, prin-cipalmente para a época em que isso era realmente novidade, a atitude foi desafia-dora.

Mais ousada ainda foi a expansão da ideia de Ramakrishna. Ele percorreu boa parte do Brasil com o objetivo de criar outras entidades de professores. “Eu era o pre-sidente da Associação nessa época e ti-nha ido a São Paulo manter contatos no sentido de criar outras APLB em outros estados, de forma que nós pudéssemos formar uma força nacional”.

Estatuto

Os objetivos definidos na ata de funda-ção inspiraram o primeiro estatuto da entidade, elaborado em 26 de abril de 1957, registrado no Cartório de Títulos,

A História da Asob protocolo n° 27296, registro n° 1417, Livro 19-A e publicado no Diário Oficial do Estado em 1959, quan-do da sua reorganização:

“Sociedade civil com sede em Salvador, capital do es-tado da Bahia, que se destina: a) criar o espírito de classe entre os licenciados por Faculdade de Filosofia; b) pugnar pelos mais elevados ideais da cultura e pro-gresso; c) lutar pelos direitos e regalias que são facul-tados aos licenciados por Faculdades de Filosofia; d) ser órgão representativo, judicial e extrajudicialmente de todos os licenciados por Faculdade de Filosofia a ela filiados”.

Esses objetivos, definidos pela Associação, estavam fundamentalmente vinculados aos objetivos da Facul-dade de Filosofia criada na década de 30. O Decreto--Lei n° 1190 de abril de 1939, determinava, no seu Ca-pítulo VIII – Das Regalias Conferidas aos Diplomados, que a partir de janeiro de 1943 os colégios deveriam iniciar a admissão dos professores qualificados por aquela instituição de ensino superior.

Havia uma relação umbilical entre a Associação e o Diretório Acadêmico de Filosofia. As raízes da organi-zação da categoria se confundem com o movimento dos formandos da primeira turma de Licenciatura em Filosofia, gerando o fato da própria fundação da APLB – Secção Bahia.

Entidades nacionais

Sobre a formação de entidades nacionais, Ramakrish-na explica: “A coisa foi muito mal orientada no co-meço. Da mesma forma, um decreto de 1939 criava a Faculdade Nacional de Filosofia, abrindo margem para serem criadas em outros estados. Na Bahia só foi criada em 43. E diziam que a partir de 1º de dezembro de 43 só poderiam ser professores os formados na Faculdade de Filosofia. Mas no governo de Getúlio Vargas não foi feito isso com as faculdades de Filo-sofia. Teve a de São Paulo, teve a do Rio de Janeiro, mas não houve estímulo para a criação nos outros es-tados. Ao mesmo tempo, a Lei exigia que a partir de 1º de janeiro de 1943 os professores fossem formados pelas faculdades. O número de professores formados não satisfazia às necessidades em determinadas áre-as, mas em outras sobravam. Sobravam professores de letras, de pedagogia, de psicologia, numa quan-tidade que não dava para o mercado absorver. Então vieram as lutas, em 47-48, começamos as lutas, em 52 criamos a APLB. Mas depois os próprios licenciados tiveram que ceder, deixando de ser uma associação de licenciados para se tornar uma associação de pro-fessores. Um campo mais abrangente, porque tinham que lutar pelo salário e não podiam pensar num salá-rio específico para quem era licenciado e outro para quem não era”.

O professor Ramakrishna Bagavan dos Santos e o professor Antonio Pimenta, secretário do Diretório Acadêmico de Filosofia, tinham ideias e ideais seme-lhantes, o que facilitava a ocupação física do mesmo espaço para a APLB e o diretório.

“Ramakrishna (que você pode conhecer mais na pá-gina eletrônica http://www.yasni.com.br/i-am?name=

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APLB-SindicatoRamakrishna+Bagavan+dos+Santos&wpci) se utiliza-va muito das dependências do Diretório para fazer o movimento, porque ele não tinha uma sede própria. Ele ia lá para o diretório e utilizava as máquinas de datilografia e o mimeógrafo para fazer a expedição dos documentos da entidade recém-criada”, explica Antonio Pimenta.

Décadas de luta

A APLB percorreu os anos 50 com suas reivindicações, dificuldades várias, devido à falta de sede própria, mas manteve-se firme. Vieram os anos 60 e a entidade não se dobrou à ditadura militar. As lutas prosseguiram e são vários os fatos relatados no livro da professora Nilda Moreira Santos. Em 08 de agosto de 1967, por exemplo, o Jornal da Bahia estampou em manchete que “Professores defenderão na Assembléia Legislati-va emendas à reforma da Educação”.

Nos anos 70, as manifestações e lutas se intensifica-ram. Em 16 de junho de 1978, Sérgio Guerra, então presidente da entidade, entrevistado pelo Jornal da Bahia dizia: “Se até o próximo dia 15, quinta-feira, não houver uma resposta objetiva e positiva do governo, em relação às reivindicações da classe, fica decretada uma greve geral até a solução do problema”.

Nos anos 80 a entidade toma novo impulso, há uma grande renovação de quadros que, juntos aos antigos e bravos militantes, dão uma verdadeira injeção de ânimo no sindicato, principalmente em 88 e 89 após a promulgação da Constituição Federal. É nesse con-texto que os professores discutem nova formação es-trutural para transformar a associação em sindicato.

As transformações em nível nacional

Voltemos outra vez no tempo para entender as altera-ções dos anos 1990.

Em 1948 teve início a luta pela escola pública e gra-tuita, com o envio do primeiro projeto de Lei de Di-retrizes e Bases da Educação (LDB) ao Congresso Na-cional. Em 1959, já somavam 11 estados brasileiros com seus professores primários organizados em asso-ciações. No ano de 1960, em Recife, foi fundada a primeira Confederação: a CPPB – Confederação dos Professores Primários do Brasil.

Em 1979, a CPPB teve uma mudança substancial em seu estatuto, incorporando os professores secundá-rios dos antigos ginásios, e passou a se chamar CPB – Confederação dos Professores do Brasil. Era uma ferramenta fundamental para a articulação do movi-mento em nível nacional.

No período de 1982 a 1988, a CPB consolidou-se como entidade federativa e como principal via de or-ganização do sindicalismo docente, mesmo no perío-do em que era proibida a sindicalização para o funcio-nalismo público.

Em 1990 a CPB passou a se chamar CNTE – Confede-ração Nacional dos Trabalhadores em Educação, em um congresso extraordinário cujo objetivo foi unificar várias federações setoriais da educação numa mesma

entidade nacional. Com a unificação da luta dos Trabalhadores em Educação e o surgimento de novas regras de organiza-ção sindical, a CNTE ganha força com a filiação de 29 entidades e quase 700 sin-dicalizados em todo o país. Atualmente, a CNTE conta com 43 entidades filiadas e mais de um milhão de sindicalizados.

Associação – Sindicato

A APLB esteve presente em todas essas mudanças estatutárias e legais em nível nacional e promoveu sua própria trans-formação de associação em sindicato em 9 de junho de 1989. “Era uma necessi-dade histórica a entidade se transformar em sindicato. A transformação em sindi-cato, ela vem assim num rastro de espe-rança de que a institucionalização, com a democratização brasileira, as instituições de fato que a servissem fossem demo-cratizadas. A gente pensava assim: ‘Puxa, sendo sindicato pode-se instalar dissídio na Justiça e mesmo que os governan-tes, politicamente, não negociem, mas a Justiça julgará e provavelmente obtere-mos vitórias na Justiça”, disse Maria José Lima, que foi secretária de Imprensa da entidade de 1981 a 1983, e presidente de 1985 a 1990.

Inicialmente, a ideia foi criar o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (Sinteba). Em 28 de maio de 1989, foi manchete no Jornal da Bahia: “Professo-res criam mais um sindicato: Sinteba”. E explicava em seu texto que o sindicato teria um funcionamento jurídico diferen-te da Associação (APLB) e que os profes-sores poderiam requerer, através do sin-dicato, o dissídio coletivo na Justiça do Trabalho, após impasse nas negociações.

De acordo com Maria José Lima, desde abril daquele ano os associados já viviam a mudança do nome da APLB, com alte-rações no painel e camisetas prontas para divulgação da nova entidade. Existia em todos uma grande disposição para a mu-dança do nome, mas o debate era inten-so quanto à nova grafia.

Os professores reagiram à retirada da sigla APLB. Muitos diziam “Sinteba não diz nada”, “Que nome feio!”, “Parece fórmula de remédio”. A reação foi forte, principalmente dos professores mais an-tigos.

A maioria entendeu que seria uma boba-gem jogar fora uma sigla que já estava fortalecida há décadas, conhecida em todo o Estado não só pelos professores, como por toda a população.

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A História Em meio a esse debate, surgem informações de que o governo estadual que brigava naquele momento acir-radamente com a Associação, decidira não repassar os recursos para os filiados a partir da mudança do nome. A diretoria da APLB checou com outros Esta-dos o que ocorrera em situações semelhantes e ve-rificou que os problemas eram os mesmos da Bahia. Comprovou-se que em alguns lugares a alteração da sigla fazia com que o governo deixasse de repassar os descontos dos filiados à entidade.

Assim, cinco dias antes de fundar o sindicato, houve uma reunião e veio a decisão: manter a sigla APLB como marca, como nome fantasia e pela tradição, acompanhado de Sindicato dos Trabalhadores em Educação.

Houve muitas divergências internas. Os nervos es-tavam à flor da pele, e o momento era de muitos conflitos com a secretária estadual da Educação, Ma-riaugusta Rosa Rocha. Visando amenizar a situação, o governador Waldir Pires a substituiu pelo professor Joir Brasileiro. A categoria ficou satisfeita tanto com a substituição na SEC quanto com a manutenção da sigla APLB no recém-criado sindicato.

Dos anos 90 aos dias atuais as conquistas foram inú-meras e algumas delas estão pontuadas nos artigos de dirigentes do sindicato que compõem essa publi-cação.

Livro

O livro Movimento dos Professores da Rede Pública na Bahia (1952-1989), de autoria da professora Nilda Moreira Santos (atualmente professora na UCSal), foi lançado em 1995 pela Editora BDA-Bahia Ltda. A obra foi o resultado da dissertação de Mestrado da autora na Universidade Federal da Bahia.

A autora do livro enfatiza que os processos de trans-formação da APLB em Sindicato evidenciam que a His-tória do professorado baiano é uma História de luta. A História da Associação dos Professores Licenciados da Bahia é uma História de suas reivindicações. To-das as reivindicações do professorado exigem formas específicas de luta e de ação organizativa. O proces-so de desenvolvimento da estrutura da organização APLB é razão direta das ações e conquistas efetivas da categoria no percurso de sua História, em que se vinculam intimamente as reivindicações econômicas, as questões pedagógicas e as formas de organização.

O livro de 171 páginas ainda é encontrado no Sebo Brandão, localizado na Rua Ruy Barbosa, número 15, em Salvador.

Site: http://sebobrandaosalvador.livronauta.com.br

Endereços

Hoje, a APLB-Sindicato tem sua sede própria na Rua Francisco Ferraro, nº 45, no bairro Nazaré, em Salva-dor, ao lado da lateral do Colégio Central, Além da sede central em Salvador, o sindicato tem 417 núcle-os, 79 delegacias sindicais e 18 regionais em todo o

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a continua

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Estado da Bahia. Mas para chegar a essa conquista a entidade esteve provisoriamente em vários locais, dos quais vamos falar década por década.

Década de 50

Faculdade de Filosofi a

Rua Juliano Moreira, nº 1 – Centro

Colégio Estadual da Bahia (Colégio Central)

Década de 60

Pavilhão Carneiro Ribeiro

Salão de Faculdade de Filosofi a

ICEIA (Instituto Isaías Alves)

Colégio Duque de Caxias

Sala em Prédio da Câmara dos Deputados na Praça 2 de Julho (Campo Grande)

Sala em Prédio da Associação dos Funcionários Públicos na Rua Carlos Gomes, nº 40

Sala 516 do Edifício da Caixa Econômica Federal

Sala 501 do Edifício Castro Alves na Rua Carlos Gomes

1º andar em prédio na Ladeira de São Bento, nº 16

Década 70

1º andar em prédio na Ladeira de São Bento, nº 16

Rua Amparo do Tororó, nº 44

Sala 301 em prédio na Avenida Joana Angélica, nº 118

Sala nº 01, em prédio do 1º andar, no Campo da Pólvora

Sala 302 em prédio da Avenida Sete de Setembro, nº 777

Sala em Prédio da Associação dos Funcionários Públicos na Rua Carlos Gomes, nº 40

Década 80

Sala em Prédio da Associação dos Funcionários Públicos na Rua Carlos Gomes, nº 40

Sala 5 no Edifício Frei Apolônio, nº 02, Ladeira dos Barris, na Piedade

Rua Conselheiro Spínola, nº 28, nos Barris

Década 90

Sede própria: inaugurada em 5 de setembro de 1990 – Rua Francisco Ferraro, nº 45, bairro Nazaré, ao lado da lateral do Colégio Central.

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APLB, DAS GREVES E DAS LUTAS

APLB-Sindicato: força que cresce

A APLB-Sindicato nesse mês de abril faz 61 anos. Mesmo na época da ditadura militar, quando não havia liberdade nenhuma para contesta-ção, esta entidade se posicionou e, mesmo

sendo perseguida pelo regime, sempre procurou defen-der os interesses da categoria de forma vibrante e firme.Nesse período a entidade não tinha como tem hoje uma estrutura estadual, isto foi sendo construído ao longo dos anos e tem sua consolidação nos anos 80, quando ampliou seu número de filiados e com isso se fortaleceu ao longo desses anos.

A greve de 115 dias é um fato, e um marco histórico. To-dos se lembram que a categoria foi atingida por golpes desleais do governo e que resultaram em uma derrota política imensurável do PT no Estado. O ano letivo de 2013 começou com uma assembleia diante de ambien-te democrático onde a categoria por ampla margem de voto optou pela proposta da diretoria da APLB.

Querer diminuir a pauta de reivindicações apresenta-da pela diretoria ao governo, quando 90% delas foram atendidas, é de uma maldade extraordinária. Dizer que a diminuição da carga horária não é uma conquista da categoria é ir de encontro aos interesses; declarar que os professores readaptados que agora vão ter os mes-mo direitos dos que estão dentro da sala de aula não é uma conquista é um exagero de absurdo; propagar que os aposentandos que em seis meses que não estiverem aposentados irão esperar a aposentadoria em casa não é conquista é uma manipulação perversa; falar que não é conquista que os funcionários que ao longo dos anos, humilhados historicamente, não foram beneficiados e que dessa negociação resultou em ganho de 15% de gratificação, é uma loucura!

Essa estorinha, boato, de que APLB está ligada ao go-verno é um conto de fadas mal contado. Prova disso é que já que fizemos duas greves poderosas, uma de 57 dias e outra de 115 dias. Respeitamos a opinião dos segmentos políticos que fazem oposição à diretoria da APLB, mas não aceitamos o tipo de oposição desleal de determinados grupos que – em última análise – querem destruir o sindicato, construído com tanto zelo e ab-negação pelos profissionais em educação. Concluindo quero também dizer que APLB fez greve em todos os governos que passaram pela Bahia nos últimos 40 anos.

U m dos maiores sindicatos do Brasil - seja pelo número de filiados, seja pelas lutas ou pela visibilidade e reper-cussão que elas geram - comemora, nesse mês de abril, 61 anos de existência. Fundada como Associação dos

Professores Licenciados da Bahia, a APLB-Sindicato logo cresceu. Manteve a sua sigla original, mas passou a representar não só essa categoria, abarcando todos os trabalhadores que atuam na área da educação pública estadual: professores, pedagogos, gestores, secretários escolares e funcionários das unidades de ensino. Jun-tando as redes municipais e estadual, são quase 60 mil filiados, um verdadeiro fenômeno.

A APLB-Sindicato está espalhada por toda a Bahia. São 417 nú-cleos, um para cada cidade do estado. Hoje, a maior parte des-ses núcleos está em pleno funcionamento. Metade deles possui autonomia financeira, sede, expressivo número de filiados e con-quistas históricas nos seus currículos. A entidade classista também possui 79 delegacias sindicais e 17 diretorias regionais, integradas por lideranças eleitas diretamente, com o voto da categoria, para correr a Bahia, desenvolver a luta e garantir a organização e estru-turação da APLB. Até o final de 2013, ano do nosso congresso, cerca de trinta núcleos serão reorganizados. Podemos, pois, so-prar aos quatro ventos que na Bahia não há uma só cidade onde a APLB-Sindicato não esteja presente, encampando novas lutas e erguendo bem alto a bandeira da educação pública de qualidade, da valorização profissional e da democracia.

Foram muitas as batalhas, foram muitas as vitórias nessas mais de seis décadas, ainda que sejam registradas, não raramente, incompreensões por parte de alguns, quer por miopia política, imediatismo ou falta de maturidade, quer por inconsequência, tão ostensivamente flagrada pelos trabalhadores nas assembleias promovidas pelo nosso combativo sindicato em Salvador. Para os míopes políticos, a história, o estudo, um passeio pela dialética. Para os inconsequentes, a força da base, as repetidas derrotas.

Desde 1952 a APLB-Sindicato está nas principais frentes de luta, na Bahia e no Brasil. Na política mais geral, participou de forma destacada da campanha “O Petróleo é Nosso”, do combate à di-tadura militar, da luta pela anistia, das diretas já, do fora Collor, da cassação de ACM e de tantos outros frontes. Fez isso e, ao mesmo tempo, brigou por questões mais específicas, educacionais. Exi-giu mais recursos para a educação, democratização nas escolas, mais unidades de ensino, implantação do livro didático, carreira e valorização profissional, condições de trabalho, salários dignos para os trabalhadores da educação. Fez, nesses 61 anos, mais de trinta greves, cerca de trezentas paralisações, centenas de mani-festações, acampamentos, campanhas. É um sindicato dos mais aguerridos, valente, intransigente na luta a favor da categoria.

O velho e combativo sindicato dos educadores baianos continuará nesse rumo, respeitando a categoria, sua opinião, a luta e o suor dos trabalhadores. Seguirá crescendo, alcançando vitórias cada vez mais expressivas. Viva a APLB-Sindicato.

Jorge CarneiroDiretor da APLB-Sindicato

Nivaldino FelixDiretor de Imprensa da APLB-Sindicato

*Por Jorge Carneiro *Por Nivaldino Felix

ARTIGO

História

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EXPEDIENTE - Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia - Rua Francisco Ferraro, 45, Nazaré - CEP 40040-465 Salvador - Bahia. Telefone (71) 4009-8350 - Fax: 4009-8379 www.aplbsindicato.org.br - [email protected] Diretores Responsáveis: Coordenador-geral: Rui Oliveira - Diretores de Imprensa: Nivaldino Félix de Menezes, Luciano de Souza Cerqueira e Rose Assis Amorim Aleluia. Jornalistas José Bomfim - Reg.1023 DRT-BA - Adriana Roque - Fotos: Getúlio Lefundes Borba, Walmir Cirne, Manoel Porto - Designer: Jachson José dos Santos - Projeto Gráfico e Editoração: Jachson Jose dos Santos - Aux. de Produção: Getúlio Lefundes Borba

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APLB-Sindicato: destaque também na Rede Municipal de Salvador

N a década de 80, a APLB – como Associação dos Professores Licenciados – passou a representar as professoras da rede municipal, que eram de-nominadas “professoras primárias”. Lideranças

foram forjadas nessa época, em função da necessidade premente de enfrentar o então prefeito, que pretendia usurpar os direitos dos professores, retirando gratifica-ções. A vitória foi consagrada, tanto na manutenção dos nossos direitos, como na organização em torno da APLB, entidade que passou a representar essa aguerrida cate-goria.

Os anos se passaram e no “currículo sindical” dos pro-fessores municipais foram registradas lutas, conquistas, avanços, organização, mas, fundamentalmente, foi se consolidando o envolvimento na luta política mais geral, de âmbito federal e estadual, contra as forças retrógradas que iam na contramão dos direitos do povo e dos traba-lhadores.

Na década de 90, por força da nova Constituição, a APLB deixou de ser associação e transformou-se em sindicato – APLB-SINDICATO – o que permitiu agregar os demais profissionais da educação, companheiros que junto com os professores fazem a Educação no nosso município.

A luta da categoria continuou, com o registro de muitos avanços, apesar de todos os percalços enfrentados, fruto da falta de políticas públicas para a Educação nas admi-nistrações municipais, situação agravada na atual admi-nistração nas suas duas gestões. Aliás, uma constatação visível em todas as áreas. Acreditamos que uma adminis-tração municipal precisa ter uma visão macro dos proble-mas para atender aos reclames da cidade e do povo de Salvador.

Entendendo o bairrismo como uma forma positiva de ter orgulho da nossa terra, pela sua beleza natural, pela sua história como a primeira capital do Brasil, pela sua arqui-tetura, pela sua importância turística no cenário nacional e mundial, é inegável que essa cidade precisa ser mais cuidada por aqueles que se elegeram para cumprir essa tarefa.

Vale a pena nos inspirarmos no que diz Leonardo Boff so-bre o significado de “cuidar”: “Cuidar é mais que um ato, é uma atitude. Portanto, abrange mais que um momento de atenção, de zelo e de desvelo. Representa uma atitu-de de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro”.

Especificamente na área da Educação as (os) professores só têm a lamentar: as escolas, em um número bastante elevado, estão com as estruturas físicas precárias.

O trabalho, que deveria ser fonte de realização e de pra-zer, passa a ser fonte de sofrimento, de apreensão, de es-tresse, e ser professor (a) transforma-se em ser alvo da marginalidade, exposto ao perigo pela ausência de “ocu-pação, de preocupação, de responsabilização e de envol-vimento” dessa administração.

Mas mesmo com todos esses problemas vividos pelos professores, temos muito a comemorar. Primeiro, pelo espírito de luta e tenacidade que se traduz nas grandes conquistas já obtidas, a exemplo de eleição direta para diretores e vice-diretores de escola pela comunidade es-colar desde 1986; criação do cargo de coordenador peda-

*Professora Elza MeloDiretora da APLB-Sindicato

ARTIGO

gógico (1994); manutenção das gratificações ameaçadas de serem retiradas em diferentes administrações; amplia-ção dessas gratificações para os que atuavam no turno noturno (AC); ajuste na gratificação dos coordenadores pedagógicos (2010); garantia de remuneração sem ne-nhum prejuízo para os professores que são readaptados em função da limitação nas atividades laborais; reajustes salariais substanciais, chegando a ser considerados como um dos maiores obtidos por qualquer categoria.

Segundo, porque essa combativa categoria continua na luta pela destinação de 10% dos recursos do PIB para a Educação, por um Plano Único de Carreira para os pro-fissionais da Educação, por exigir do Executivo Municipal a adoção imediata de políticas públicas, no sentido de solucionar os graves problemas que persistem há anos na educação municipal, com ênfase no respeito aos profes-sores e a imediata instituição do Plano de Saúde.

O terceiro exemplo de prática de democracia é a forma como os trabalhadores da Educação se organizam no sin-dicato: são eleitos representantes de escolas, que consti-tuem o elo entre a unidade escolar e a direção da APLB--Sindicato, o que significa unidade, força.

Esse processo democrático faz parte do projeto da APLB – Sindicato, qual seja, persistir na luta e no desejo de que a escola deixe de ser uma instituição que aprofunda as de-sigualdades sociais, para que essa escola possa oferecer para os filhos do povo, dos trabalhadores, uma educação de qualidade, transformadora.

Para todos nós, um grande VIVA pelos 61 anos de VIDA do sindicato!

História

*Por Elza Melo

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Lutas e conquistas, marcas registradas da APLB-Sindicato

N ascida em 1952, como Associação dos Profes-sores Licenciados da Bahia, a APLB- Sindicato reúne em seu currículo uma história de lutas e conquistas. Ao completar 61 anos, essa jo-

vem senhora, é o símbolo da luta em defesa de uma educação de qualidade socialmente referenciada hoje no nosso estado.

Durante a sua trajetória, a APLB- Sindicato esteve pre-sente em momentos decisivos para o nosso país, partici-pando ativamente das várias mobilizações sociais como foi o caso da luta pelas Diretas Já, pela convocação da Assembleia Nacional Constituinte, por uma Constituição soberana e igualitária e dos debates sobre a Lei de Dire-trizes e Bases da Educação.

Na década de 90 participamos de tantos outros movi-mentos como o Fora Collor, a luta contra o neolibera-lismo que desmontava o país com as privatizações e a retirada de direitos trabalhistas dentre outras.

Atuando com uma concepção classista, a nossa entida-de busca unir a luta econômica e a luta política e ide-ológica, elevando a consciência do/a trabalhador/a no sentido de compreender que melhorar a condição de vida do povo deve ser uma tarefa cotidiana de todos/as.Não podemos esquecer a grande conquista do Plano de Carreira em 87, da Rede Estadual, que regulamentou a nossa jornada de trabalho e estabeleceu o piso da ca-tegoria. De lá para cá foi árdua a nossa luta para manter e ampliar direitos e vantagens como o piso salarial, a distribuição da carga horária, os avanços na carreira e as gratificações por qualificação no Estatuto do Magistério e Plano de Carreira. Nos municípios há uma luta inces-sante para a implantação e implementação do Estatuto e Plano de Carreira respeitando o Piso Salarial Nacional e a redução da jornada de trabalho, já estabelecidos pela lei 11738/2008.

Hoje, com delegacias sindicais em todos os municípios do estado da Bahia, o Sindicato tem uma atuação des-tacada obtendo conquistas em função da luta e mobi-lização da categoria. Reúne em sua base professores/as, coordenadores/as pedagógicos e funcionários/as de escola de todos os níveis e modalidades de ensino da educação básica e, por força da unidade da categoria a entidade tem se fortalecido e atuado com autonomia e independência. Destacamos a campanha “Funcionário/a de escola também é educador/a”, que contribuiu para incluir aqueles/as que atuam nas escolas como atores e atrizes do processo educativo, resguardando o respeito e a autoestima dos mesmos e lutando pela sua valori-zação.

Ressalte-se que ao longo desses anos temos consegui-do vitórias em inúmeras ações na justiça. Nas da URV e da Reclassificação dos/as aposentados/as se ganhamos em primeira instância, e hoje se encontram no Supremo, aguardando decisão. No campo da formação sindical, foram realizados muitos cursos, oficinas, palestras e ati-vidades culturais e educacionais, objetivando promover a discussão sobre temas relevantes para todos os seg-mentos da categoria.

As nossas festas juninas e o Dia do Professor/a já fazem parte do calendário do movimento sindical baiano e têm proporcionado momentos de descontração e lazer à ca-tegoria.

Com as aceleradas formas de comunicação hoje, o nos-

Marilene dos Santos Betros Especialista em Educação InclusivaEspecialista em Teoria e Pesquisa em HistóriaMestranda em Ciências da EducaçãoDiretora da Executiva Nacional da CTBvice-coordenadora da APLB-Sindicato

ARTIGO

so Sindicato vem implementando novos projetos de co-municação como a TV APLB, site, boletins eletrônicos, além da intensificação do uso das redes sociais, aproxi-mando ainda mais o sindicato da categoria.

É inegável a firme e destacada atuação da APLB-Sindica-to, legitima representante dos profissionais da educação do Estado da Bahia. Ressaltem-se as inúmeras greves tanto da rede estadual e municipais que encampamos nessas seis décadas de existência da nossa entidade. Os 115 dias de luta no ano de 2012 ficará registrada na memória da luta sindical. Assim, na área da educação, nossa entidade tem se destacado atualmente como um dos sindicatos do país que mais obtém conquistas em função da força e da mobilização da categoria. Sempre esteve e estará presente nas lutas do povo baiano e brasileiro e em defesa dos direitos dos profissionais da educação.

Falar dos 61 anos da APLB-Sindicato, é também lembrar da história de mulheres como Maria José Rocha, Euni-ce Santos (in memoriam), Marinalva Nunes, Sonia Real, Edenice Santana, Luzia Freitas, Marlede Oliveira, Ade-nice Chaves, Dilma Miranda, Suely Souza, Miralva Moi-tinho, dentre tantas outras da capital e do interior que, se fossemos citar daria um livro. Mulheres que, com luta, ousadia e persistência, deixaram e continuam deixando suas marcas nas lutas em defesa e valorização dos traba-lhadores/as em educação.

Parabéns APLB-Sindicato que, nesses 61 anos de atua-ção efetiva, não tem medido esforços para elevar a con-dição de vida da categoria e lutar por um modelo educa-cional que tenha como premissas básicas a valorização dos profissionais da educação e uma educação com a qualidade requerida pela sociedade!.

História

*Por Marilene Betros

Page 9: Especial de Aniversário 61 anos APLB

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Estadual

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APLB-Sindicato: 61 anos de luta e conquistas!

S eu contracheque está mais vistoso graças à luta dos trabalhadores em educação do Estado da Bahia, por meio da sua entidade, a APLB-Sindi-cato – que possui 80 mil sócios das redes esta-

dual e municipais – e há 61 anos vem batalhando em defesa de uma escola pública de qualidade, gratuita e eficiente.

Para a categoria, são inegáveis suas conquistas. Não existe na Bahia nenhuma entidade que nos últimos anos tenha alcançado mais conquistas do que a APLB--Sindicato. Conquistas estas fruto de muita luta e de-terminação da categoria e da sua diretoria experiente e combatente, mesmo tendo 90% dos seus dirigentes trabalhando na rede, não liberados para suas atividades sindicais.

Além de liderar as lutas no âmbito educacional, nos últi-mos 15 anos a APLB viveu momentos intensos em todas as transformações ocorridas no Brasil. Por exemplo: o sindicato combateu a política neoliberal de Fernando Henrique Cardoso, demonstrando cientificamente os equívocos da privatização e da terceirização; e esteve na linha de frente na construção de uma política que levou um operário a ser presidente da República.

A APLB-Sindicato é intransigente na defesa de uma es-cola pública de qualidade. Por isso, defendeu mais ver-ba para a educação, com a implantação do Fundeb e do Piso Salarial. O sindicato está na luta pela aprovação do Plano Nacional de Educação.

A APLB-Sindicato exige a Valorização dos Profissionais da Educação na luta pelo Piso Salarial (Formação) e Ges-tão (Carreira).

Nas redes municipais a APLB-Sindicato se enraizou e está consolidada em quase todos os 417 municípios baianos, sendo referência de luta e por isso mesmo tem influenciado a política de cada localidade.

Na Rede Estadual é inegável o desempenho do sindica-to, principalmente nos últimos 15 anos. Há conquistas do ponto de vista econômico e também político. Com-pare o contracheque de quem se aposentou em 2001 e de quem está na ativa em 2013.

Muitas coisas que a categoria possui hoje até passam despercebidas mas, lhe asseguro, foram conquistadas com muita luta. Recentemente, garantimos na Justiça o reconhecimento e pagamento dos profissionais das 60 horas, 20 horas e 40 horas. Anote as vitórias do sindicato e os novos objetivos.

Ganho real de salário.

Eleição direta para diretor e vice-diretor de escola, uma luta que durou mais de 20 anos.

Auxílio-alimentação. Uma reivindicação de quase 10 anos que foi conquistada de 2007 para cá.

Enquadramento dos professores readaptados no Padrão N1.

Implantação dos Padrões Mestrado e Doutorado.

Ampliação e melhoria do Planserv.

Convocação dos coordenadores pedagógicos e profes-sores concursados.

Redução do número de alunos por sala de aula.

Garantia de pós-graduação (especialização) grátis, com ampliação para Mestrado e Doutorado em 2011, com direito a bolsa de estudo.

Mudança de grau (antiga Certificação) foi realizada duas vezes em 2010.

Garantia do governo de abertura de concurso público.

Implantação do Núcleo Previdenciário na Secretaria de Educação para agilizar os processos de aposentadoria.

Estamos na luta pela:

Atividade de classe em 31,11%.

Incentivo à qualificação até 50% para quem participar de cursos que variam em 5%, 10% e 20% no intervalo de 3 em 3 anos.Cinco por cento no Avanço Horizontal a cada 5 anos.

Um por cento no Adicional de Tempo e Serviço a cada ano.

Certificação de 30% para quem atua em escolas da pe-riferia.

Hora extra incorporada para quem mudou do regime da CLT para estatutário.

Mudança de Padrão (automática) de Pleno para Especia-lização desta para Mestrado e para Doutorado.

Mudança de Grau – queremos ampliar esta conquista, por enquanto está sendo para só 28 mil professores e proporciona 15% de reajuste no salário base.

Redução da horário, com a jornada passando de 40 ho-ras para 26 horas e de 20 horas para 13 horas. Neste ano de 2013 será pago em pecúnia: o de 40 horas faz jus a 9 pecúnias; o de 13 horas a 4,5 pecúnias.

Como calcular a pecúnia: pegue sua remuneração, retire dela alimentação e transporte se for de 40 horas e divida por 90 - divida por 180 se for 20 horas – e você encontra o valor de uma pecúnia.

Licença Prêmio em pecúnia. Somente o Magistério pos-sui na Rede Estadual de Ensino da Bahia. Queremos am-pliar o benefício.

Aposentadoria – depois de dar entrada com o pedido, se em seis meses o pedido não sair a publicação no Di-ário Oficial do Estado, a pessoa pode aguardar a publi-cação em casa.

Readaptados – finalmente, após 15 anos de luta, o go-verno estadual vai enviar o projeto de lei que garante ao readaptados nenhuma perda de vantagem.

Profuncionário – quem fez ou quem concluiu o curso terá direito a uma gratificação de 15% sobre seu salário.

Abono de Permanência – Ainda neste ano (2013) esse abono será automático. A APLB fará um mutirão para liberar os existentes.

Ganhamos na Justiça a convocação dos professores e coordenadores concursados.

*O professor Rui Oliveira é coordenador-geral da APLB--Sindicato; Secretário de Política Sindical da CNTE e integrante do Conselho Estadual de Educação.

*Por Rui Oliveira

ARTIGO

História

Auxílio alimentação para todos. Conquistamos esse di-reito com muita luta.Quem se aposentou e não gozou a licença prêmio nos últimos cinco anos pode dar entrada depois do RDV para receber a licença em pecúnia. Mais uma conquista do sindicato.

A APLB entrou na Justiça contra o governo estadual, que transformou salário em subsídio do professor primá-rio; do magistério; do não licenciado e licenciatura curta.O sindicato lutou e garantiu o direito da Formação em Serviço, ou seja, o professor ou professora com forma-ção do magistério tem graduação, bem como está apto ou apta a fazer Mestrado e Doutorado.

A luta de mais de vinte anos da APLB resultou em apro-vação da eleição direta para diretor e vice-diretor. Fize-mos campanhas inesquecíveis pelo voto direto.

O sindicato mantém sua luta pela melhoria do Planserv.E ofertamos aos associados do sindicato vários convê-nios e todo tipo de assistência. Confira no site da enti-dade.

A APLB-Sindicato significa muita mobilização, quer seja nos municípios quer seja na Rede Estadual, com a rea-lização de greves, paralisações e ocupações na Assem-bleia Legislativa, câmaras municipais e Congresso Na-cional. Este é o cotidiano da APLB-Sindicato, que realiza debates qualificados sobre a política educacional nos bairros, municípios e Estado.

No ano passado, tive a honra de dirigir, com o apoio da sociedade baiana, a histórica greve dos 115 dias. Fui aplaudido e tive meu trabalho como líder sindicalista re-conhecido pelo comando de greve e o conjunto da ca-tegoria; por acadêmicos e a população de modo geral.

Page 10: Especial de Aniversário 61 anos APLB

www.aplbsindicato.org.brlb i di b

CAMPANHA SALARIAL 2013

1. Ano letivo - foi fechado um calendário único, com o início do ano letivo em abril.

2. Redução de CH – o governo se compromete a cumprir a lei do piso reservando 1/3 da jornada para AC. A implantação deverá ser feita ao longo do ano. Para os professores de 40 horas reduzirá de 28h (o que é hoje) para 26 horas em sala de aula. Caso não tenha professor para substituir, os professores receberão as duas horas em forma de pecúnia até que a situa-ção seja regularizada. No próximo ano todas as programações serão feitas com base na lei, com até no máximo 26 horas, para uma jornada de 40 horas. Haverá uma comissão, com a partici-pação da APLB para acompanhar todo o processo.

3. Tablets- Já foi contratado o fornecimento dos tablets. Esta sendo defi nida a forma de entrega.

4. Piso Salarial - Em discussão.

5. Reajuste salarial - O governo diz que está garantido o rea-juste (INPC).

6. Pagamento da Promoção (7%) – foi feito o pagamento re-troativo a novembro da primeira etapa, a segunda etapa esta

Em 14 de janeiro de 2013 foi encaminhada à Secretaria da Educação a pauta de reivindicações da categoria, aprovada em assembleia com os itens abaixo:

1. Ano Letivo;

2. Redução da carga horaria (Lei

do Piso);

3. Tablets;

4. Piso Salarial;

garantida, retroativa a março conforme o estabelecido.

7. Vale Cultura- em discussão.

8. Readaptados – Atualmente, quem está em readaptação tem grandes perdas em seus vencimentos, pois perde as vantagens. Fruto de muita discussão, já esta pronta a Minuta do Projeto de Lei (já visto pela PGE) para envio à Assembleia Legislativa a fi m de corrigir estas distorções e garantir que os readaptados tenham os seus direitos resguardados.

9. Abono de permanência – garantido aos servidores que es-tão aptos para se aposentar e continuam em atividade (deixa de recolher o FUNPREV). Os processos demoravam a serem analisados. A SEC está revendo o fl uxo da tramitação para agilizar a concessão do benefi cio incluindo aí os que já estão aposentados.

10. Profuncionário – está sendo discutida a minuta do Projeto de Lei que irá conceder aos funcionários que concluíram o curso Profuncionário uma gratifi cação de 15% (comissão com a participação da APLB).

11. Alteração de carga horária (de 20h para 40h) – conforme

5. Pagamento da Promoção (7%)

Retroativo a novembro;

6. Vale-cultura;

7. Readaptados;

8. Abono de permanência;

9. Profuncionário;

10. Alteração da carga horária;

11. Aposentadoria;

12. Redução de Carga Horária.

Após diversas reuniões de negociação apresentamos as respostas do Executivo Estadual:

AGENDA DE LUTA APROVADA NA ASSEMBLEIA DO DIA 09 DE ABRIL DE 2013

já anunciado pelo governador, será feita a alteração de carga horária ainda no mês de abril. Todos os processos que deram entrada serão analisados.

12. Aposentadoria – a portaria nº 55/2013 da PGE, publicada no DO de 21 de março, dispensa a necessidade dos processos passarem pela PGE se tiverem adequadamente instruídos, o que dará maior rapidez à tramitação dos processos. Continua valendo o afastamento de sala de aula do profi ssional que não tenha seu processo publicado depois de seis (06) meses (caso esteja devidamente instruído). Segundo a SEC os casos que estão ainda em tramitação após esse prazo é porque existem lacunas na documentação apresentada.

13. Licença-prêmio – Os professores que se aposentaram nos últimos 5 (cinco) anos e não usufruíram de alguma licença-prê-mio, mesmo depois de aposentados devem dar entrada em RDV solicitando o recebimento em forma de pecúnia;

Este é um ano de luta. Em nível nacional, nos dias 23, 24 e 25 de abril teremos uma greve nacional pela votação do PNE, que se encontra no Senado, também pelos 10% do PIB para educação, o piso salarial nacional e a profi ssionalização dos funcionários da educação.

AGENDA

09 DE ABRILTERÇA-FEIRA, ÀS 9 HORAS GINÁSIO DE ESPORTES DO SINDICATO DOS BANCÁRIOSASSEMBLEIA GERAL

12 DE ABRILSEXTA-FEIRA - VÍDEO CONFERÊNCIA

17 DE ABRIL QUARTA-FEIRA, ÀS 9 HORAS AUDITÓRIO DA APLB-SINDICATO PLENÁRIA: REDUÇÃO DE CARGA HORÁRIA

23, 24 E 25 DE ABRIL EM TODO O PAÍS GREVE NACIONAL

23 DE ABRIL – TERÇA-FEIRADIA MUNICIPAL DE LUTA – AÇÕES, ATOS E MANIFESTOS EM TODOS OS MUNICÍPIOS ENTRADA DE MANDATO DE SEGURANÇA CONTRA OS MUNICÍPIOS QUE NÃO CUMPREM A LEI DO PISO

24 DE ABRIL – QUARTA-FEIRAANIVERSÁRIO DA APLB-SINDICATO (61 ANOS) PRAÇA DA PIEDADE, ÀS 9 HORAS ATO COMEMORATIVO COM MOBILIZAÇÃO

25 DE ABRILQUINTA-FEIRA, ÀS 9 HORAS AUDITÓRIO DA APLB-SINDICATO DEBATE SOBRE CARREIRA E GESTÃO

30 DE ABRIL TERÇA-FEIRA, ÀS 9 HORASPLENÁRIA - AUDITÓRIO DA APLB-SINDICATO PLENÁRIA DOS APOSENTANDO E APOSENTADO

13 DE MAIO - DEBATE COM CRISTOVAM BUARQUE A DEFINIR TEMA - FEDERALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO

22 DE MAIOSEGUNDA-FEIRA, ÀS 9 HORAS AUDITÓRIO DA APLB-SINDICATO PLENÁRIA DE READAPTADOS

23 DE MAIOTERÇA-FEIRA, ÀS 9 HORASAUDITÓRIO DA APLB-SINDICATO PLENÁRIA DE PROFUNCIONÁRIOS

Estadual

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