especial colono e motorista
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Correio Rural 64TRANSCRIPT
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Colono &Motorista
Especial
JULHO DE 2012
Caderno especial
com papel
100% reciclado
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A Colonização no Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul foi o Estado em que a colonização obteve maior su-cesso durante o século passado. Em
diferentes épocas a colonização esteve sob direção do Governo Central ou do Governo Gaúcho. Estes criavam colônias nas terras devolutas da união, que eram doadas (até a década de cinquenta do século passado) ou vendidas. Também existiram colônias parti-culares, geralmente surgidas em áreas pró-ximas às das colônias oficiais, em que a ter-ra era vendida por companhias particulares.
A grosso modo, a política brasileira de colonização pode ser dividida em três fases. Na primeira, que foi de 1808 a 1830 o Go-verno Brasileiro estimulou a colonização e tomou iniciativas para promovê-la, dirigin-do-a e organizando-a. Na segunda, de 1830 a 1848, a colonização foi suprimida. A par-tir da lei do orçamento de 15 de dezembro
de 1830 foi anulado todo e qualquer crédi-to para a colonização estrangeira. No Rio Grande do Sul esse período coincide com a Revolução Farroupilha (1835-1845), que paralisaria a vida econômica da Província. A última fase - dentro do período do Império - vai de 1848 a 1889, e nela o Governo Central procura incentivar apenas a imi-gração e não a colonização. O objetivo, nessa fase, era substituir a mão-de-obra escrava pela livre.
No caso do Rio Grande do Sul, é pos-sível traçar uma delimitação mais exata: entre 1848 e 1874 o governo provincial se encarregou da administração das colô-nias e da introdução de colonos. De 1874 a 1889 o governo provincial abandonou a colonização, que foi parcialmente retoma-da pelo Governo Geral. Finalmente, a par-tir de 1890 até 1914, o governo do estado
dirigiu novamente as atenções para a colo-nização. Foi principalmente nessa fase que se ocupou a região do Planalto. Fonte: RS Digital.
Crédito: Gutemberg
30 anos
Ano comemorativo...
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Rebite: o inimigo do motorista
Os horários aper-tados para en-tregar a carga ou
maior tempo na direção para faturar um pouco mais são - muitas vezes -
motivos para os carreteiros optarem pelo consumo de
rebite, substância inimiga da segurança nas estradas e preju-dicial à saúde.
Para dirigir várias ho-ras seguidas sem paradas
para descanso e assim cumprir prazos pré-determinados e faturar um extra no final de cada viagem o carre-teiro tem uma arma: o rebite. Arma porque
é apontado como um dos principais inimigos das estradas. A substân-cia, chamada de anfeta-mina, é um estimulante
do sistema nervoso central e faz com que o cérebro tra-balhe mais depressa e cause nas pessoas a impressão de
diminuição da fadiga - já que consegue executar uma ativida-
de qualquer por mais tempo - de menos sono, perda de apetite e de aumento da capacidade física e mental.
A mistura de falsas sensações faz com que os consumidores do rebite percam parcialmente os reflexos. Assim, o motorista vê o perigo, sabe que tem que pisar no freio, porém pisa fun-do no acelerador e aumenta as chances de provocar um grave acidente. Mesmo conscientes de todos esses males, muitos carre-teiros só dirigem sob efeito do rebite, numa situação fácil de ser identificada: ficam com os olhos parados, falantes e com a fisionomia cansada e às vezes nem imaginam que correm ris-co de vida pelo uso contínuo da substância.
Especialistas da saúde adver-tem que esses medicamentos po-dem causar dependência depois da segunda caixa, com danos irreversíveis à saúde. Além dis-so, as anfetaminas são remédios com tarja preta, que só podem ser vendidos sob prescrição mé-dica e com a retenção da receita.
Efeitos do uso de rebite: • dilatação das pupilas, • dor de cabeça,• tontura, • aumento de batimento cardíaco e de pressão arterial, • nariz e boca ressecados, • perda de peso e desnutrição, • ansiedade, • problemas gástricos, • inquietação motora, • sensações de pânico, • lesões irreversíveis no cérebro, • visão desfocada,• confusão de pensamento, etc.
Consequência do consumo exagerado do rebite:• irritabilidade, • agressividade,• depressão, • desorientação e descoordenação,• delírios persecutórios (achar que os outros estão tramando contra ele).
é um estimulante do sistema nervoso central e faz com
que o cérebro trabalhe mais depressa e cause nas pessoas a impressão de diminuição
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Casas Familiares Rurais apresentam novas perspectivas a
jovens do campoAs Casas Familiares
Rurais possui entre os objetivos man-
ter os jovens no campo dan-do sequência ao trabalho da família. Entre as propostas está apresentaram alternati-vas para o fomento da renda e dispor de tecnologias. O êxodo rural é uma modali-dade de migração caracte-rizada pelo deslocamento de uma população da zona rural em direção às cidades, é um fenômeno que ocorre em escala mundial.
No mês de junho foi re-alizado o 4º Seminário Es-tadual das Casas Familiares Rurais, realizado em Santo
Antônio das Missões, du-rante os dias 21 e 22 de ju-nho, apresentou alternativas de plantio aos produtores ru-rais da região. O gosto pelo trabalho na CFR incentivou Márcio Müller a promover o trabalho mesmo após sua formação. Agora, ele con-tribui no monitoramento de novos jovens inseridos na proposta da pedagogia da alternância.
Aos 26 anos, Márcio já definiu seus objetivos pro-fissionais e projetos de vida:
ser agricultor e investir na qualidade da produção na propriedade de sua família, no interior de Santo Cris-to. A decisão foi tomada durante o período em que estudou na CFR de seu mu-nicípio. “Quando comecei a me capacitar, estava em um momento de definição, em que pensava se queria ou não continuar na agri-cultura. Durante o tempo de formação, surgiu a certeza e percebi que valia a pena investir na sucessão”.
Müller é um dos 185 jo-vens já formados em Casas
Familiares do Rio Grande do Sul. Outros 155 estão em formação, distribuídos em seis casas que atendem a jovens de 48 municípios gaúchos. “Ficamos uma semana na Casa Familiar e duas na propriedade apli-cando o que aprendemos. A mudança acontece aos pou-cos, é preciso diálogo com a família e ver o que deve ser alterado para que a pro-dução e a qualidade de vida melhorem”.
Márcio também pre-tende implementar uma agroindústria de polvilho e melhorar em quantidade e qualidade a produção de leite e alimentos na pro-priedade de 20 hectares da família.
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Caminhoneiro: uma profissão que passada de pai para filhoA vida nas estradas iniciou cedo, aos 15 anos,
acompanhando o pai caminhoneiro. É assim, que Jocelito Ezair de Aguiar iniciou na profissão, na
qual atuou por cerca de 20 anos.Segundo ele, naquela época era tudo mais fácil. Com
esta idade algumas vezes fez sozinho o trajeto de Ijuí à Uruguaiana transportando matérias tipo exportação.
“Naquela época as coisas eram mais fáceis. Tinha vá-rias namoradas uma em cada cidade”, relata. No entanto, o seu primeiro casamento foi cedo aos 18 anos. Jocelito lembra que naquela época era outra mentalidade. “Hoje, os profissionais dão mais valor para a família. Antes so-brava mais dinheiro, o que é diferente nos dias atuais”, afirma.
A estrada abandonou há 5 anos e atualmente é admi-nistrador de uma transportadora. O ex-caminhoneiro dei-xou as estradas para cuidar de sua empresa e raramente viaja transportando cargas.
Questionado sobre a situação das rodovias afirma que as mesmas não comportam a demanda. “Não se am-pliou as estradas e também não foram melhoradas. Hoje os caminhões possuem tecnologias avançadas, porém as rodovias continuam as mesmas”, diz. Outro gargalho é a pouca atenção dada a estes profissionais nas paradas.
“Existem muitas leis para serem cumpridas, porém são poucas para aparar”, afirma.
Jocelito também relata que chegou a usar recursos para manter-se acordado, mas esclarece alguns pontos sobre a violência no trânsito. Ele comenta que os caminhoneiros são acusados pelos acidentes, porém geralmente não são culpados. Por exemplo, os motoristas são despreparados e não tem experiência para conduzirem nas estradas, pois são ensinados em vias urbanas pelas autoescolas.
Já em relação a roubo, o administrador teve o seu ca-minhão roubado em Miracatu/SP, após uma parada num posto de combustível. O veículo foi encontrado em Rio Claro/SP. A carga foi levada, além de alguns objetos pes-soais.
Jocelito comenta ainda que o profissional autônomo terá um breve fim, pois entre as dificuldades está a Decla-ração de Imposto de Renda. A Lei de Transportes mudou. Estima-se que 60% dos caminhões sejam financiados. “Ficou impossível trabalhar com a nova legislação, por exemplo, o motorista tem que parar 11 horas num Pos-to de Combustível. Diminui a perspectiva de pagamento das dívidas. Considero equivocada a lei”. A normativa regulamentando a profissão de motorista entrou em vigor em maio de 2012.
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’’ “As nuvens são como chefes: quando desaparecem, o dia fica lindo”.
“Perigo não é um cavalo na pista, é um burro na direção”.
“Nunca peça por cargas mais leves, e sim por ombros mais fortes”.
“Pobre é igual barbante: quando não está esticado, tá no rolo”.
“Se barba fosse respeito, bode não tinha chifre”.
“Perca um minuto da vida. Não perca a vida em um minuto”.
“Não sou mágico, mas vivo de um truck”.
“Aos que
falam de mim
pelas costas,
obrigado. É sinal que
estamos sempre
na frente”
‘‘Se a vida fosse
fácil, bebê
não nascia
chorando”
Frases de caminhoneiro
A felicidade é a única coisa que podemos dar sem possuir”.
“Quem toma decisões está sujeito a erros. Quem não toma, já errou”.
“Nasce o Sol e a Lua e o show continua”.
“Marido de mulher feia detesta feriado”.
“Ainda sou criança, só mudei de brinquedo”.
‘‘Se a vida fosse fácil, bebê não nascia chorando”
“Na frente, a felicidade; atrás, poeira e saudade”!
“Dê valor as pessoas que estão por perto, pois saudade não será o suficiente para que elas voltem”.
“O maior erro do ser humano é conquistar o coração de outro, sem ter a intenção de amá-lo”.
“Alguns homens amam tanto suas mulheres que, para não gastá-las, usam a dos outros”.
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A agricultura de precisão: tecnologia permite conhecer cada metro quadrado da lavoura
Com a globalização da economia e a competitividade de preço dos produtos agrícolas, surgiu a neces-
sidade de se obter níveis de competitivida-de internacionais. Além disto, a busca pela conservação dos recursos naturais, impõe à atividade agrícola novos métodos e técnicas de produção, aliados à eficiência e maior
controle dos resultados obtidos no campo, em relação ao que se pratica hoje. Além dis-so, a agricultura moderna está relacionada ao plantio de extensas áreas de monocultu-ra, e um dos principais problemas que refle-te diretamente na produtividade agrícola de extensas áreas é a distribuição inadequada de calcário, semente, adubo, herbicida e in-
seticida no terreno. Este fato tem acarretado zonas de baixa produção de grãos e cereais dentro da área cultivada.
Como uma resposta para minimizar estes problemas e com o avanço da tecno-logia, foi possível que satélites, computa-dores e sensores auxiliassem a agricultura. Surgiu, então um novo sistema de produção
que, há alguns anos já é utilizada pelos agri-cultores de países de tecnologia avançada, chamado de Precision Agriculture, Preci-sion Farming e no Brasil de Agricultura de Precisão. Este sistema vem resgatar a capa-cidade de conhecer cada metro quadrado da lavoura, que foi perdido à medida que as áreas cultivadas foram crescendo.
A AP é uma tecnologia que utiliza em conjunto sinais de satélite e softwares para interpretação de dados geoproces-sados, isto é, recolhe e reuni informações da área cultivada, sempre com a localização precisa.
O uso racional dessas tecnologias, utilizadas como fer-ramentas de acompanhamento, controle e análise, permitem verificar as variações espaciais e temporais dos fatores li-mitantes à produção, orientando no processo de tomada de decisão na aplicação localizada de insumos e no manejo diferenciado das culturas no campo de produção. Assim, pode-se determinar “qual, quando e onde” o insumo deve ser aplicado e “como” fazê-lo, permitindo identificar locais específicos com diferentes potenciais de produtividade, po-dendo-se determinar ou não, desde que econômica e tecni-camente viáveis, investimentos em insumos ou na correção
Conceitos sobre Agricultura de Precisãode fatores limitantes à produção, visando a maximização da produtividade e minimização dos impactos ambientais. O principal conceito é aplicar no local correto, no momento adequado, as quantidades de insumos necessários à produ-ção agrícola, para áreas cada vez menores e mais homogê-neas, tanto quanto a tecnologia e os custos envolvidos per-mitirem.
Entre algumas vantagens do sistema, estão: uso racional de insumos agrícolas; minimização dos impactos ambien-tais; maximização da qualidade, produtividade e do retorno financeiro.
Os objetivos da AP são principalmente a diminuição de custos de produção, aumento da produtividade e diminuição de impacto ambiental. Isso só é possível porque qualquer operação é sempre localizada e nas proporções necessárias.
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