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Sete lugares amplos para sete adultos. Espaço para tudo e mais alguma coisa. O Freemont éo carro perfeito para ir com os amigos à bola Texto ANDRÉ MENDES compra da Chrysler por parte | do Grupo Fiat veio dar origem a alguns modelos de que, muito provavelmente, ninguém estava à espera. A Lancia ganhou um monovolume carregado de história e com muita experiência em viagens mais longas (com base na Chrysler Voyager), o Thema transformou-se na versão luxuosa de um carro mais conhecido pelo seu visual Gangster e até a Fiat ganhou um SUV com capacidade para todo o agregado familiar, incluindo o cão, o gato e até a gaiola do periquito. Chama-se Freemont e tem como base o Dodge Journey. Soma sete lugares a bordo e está equipado com uma motorização turbodiesel de dois litros com 170 cavalos de potência, mas apenas com tração dianteira. O desenho do Journey ficou praticamente inalterado e, pelo exterior, as únicas diferenças resumem-se mesmo ao logotipo existente na grelha frontal e ao nome do carro inscrito na tampa da bagageira. As luzes das óticas traseiras são agora em LED e as jantes de liga leve podem ser de 19 polegadas, se optarmos pela sua escolha. De resto, é quase impossível distinguir estes dois modelos. O visual é o de um SUV tipicamente americano, mas com um tamanho adaptado às estradas europeias. Ainda assim, são quase cinco metros de comprimento, a largura não fica muito longe dos dois e a altura fica ligeiramente acima de 1,70 metros. Ou seja, é um carro grande. E isso deixa antever umhabitáculo bastante amplo. De facto, segundos depois de entrarmos neste modelo, fica confirmada esta teoria. Para além de uma qualidade de montagem c de uma escolha de materiais que merece uma pontuação positiva, no habitáculo do Fiat Freemont são sete os lugares disponíveis. Além disso, os existentes na terceira fila de bancos nem são tão apertados como costuma acontecer em diversos dos modelos que incluem estes dois assentos "mágicos" junto da bagageira. Ou seja, é possível considerar a hipótese de transportar dois adultos nestes lugares numa viagem mais longa e não restringir a sua utilização apenas a crianças. Mas as surpresas existentes a bordo do Freemont estão longe de acabar, especialmente quando crianças nas viagens. Senão vejamos: no tejadilho, por exemplo, há um leitor de DVD da Alpine com monitor incorporada e com a possibilidade de ligar o som ao sistema do carro, transformando assim o habitáculo do Freemont numa sala de cinema. ficam a faltar mesmo as pipocas. O sistema de ar condicionado automático tem condutas específicas e regulações independentes para quem viaja nos lugares traseiros e, para que ninguém se perca, este SUV da Fiat também inclui um sistema de navegação portátil da Tom Tom, que se pode esconder no enorme espaço de arrumação existente sob o assento do passageiro da frente quando não está a ser utilizado ou em diversos outros que vamos encontrando um pouco por toda a parte. E tem a vantagem de se poder levar para casa, com o objetivo de programar a próxima viagem ou pensar em eventuais novas aventuras.

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Sete lugares amplos para sete adultos. Espaçopara tudo e mais alguma coisa. O Freemonté o carro perfeito para ir com os amigos à bolaTexto ANDRÉ MENDES

compra da Chrysler por parte

| do Grupo Fiat veio dar origema alguns modelos de que, muito

provavelmente, ninguém

estava à espera. A Lancia ganhou um

monovolume carregado de história e com

muita experiência em viagens mais longas

(com base na Chrysler Voyager), o Thema

transformou-se na versão luxuosa de um

carro mais conhecido pelo seu visual

Gangster e até a Fiat ganhou um SUV com

capacidade para todo o agregado familiar,

incluindo o cão, o gato e até a gaiola do

periquito. Chama-se Freemont e tem como

base o Dodge Journey. Soma sete lugares a

bordo e está equipado com uma motorizaçãoturbodiesel de dois litros com 170 cavalos de

potência, mas apenas com tração dianteira.

O desenho do Journey ficou praticamenteinalterado e, pelo exterior, as únicas

diferenças resumem-se mesmo ao logotipoexistente na grelha frontal e ao nome do

carro inscrito na tampa da bagageira. As luzes

das óticas traseiras são agora em LED e as

jantes de liga leve podem ser de 19 polegadas,

se optarmos pela sua escolha. De resto,

é quase impossível distinguir estes dois

modelos. O visual é o de um SUV tipicamente

americano, mas com um tamanho adaptado

às estradas europeias. Ainda assim, são quasecinco metros de comprimento, a largura não

fica muito longe dos dois e a altura fica

ligeiramente acima de 1,70 metros. Ou seja,

é um carro grande. E isso deixa antever

umhabitáculo bastante amplo.De facto, segundos depois de entrarmos

neste modelo, fica confirmada esta teoria.

Para além de uma qualidade de montagemc de uma escolha de materiais que merece

uma pontuação positiva, no habitáculo

do Fiat Freemont são sete os lugares

disponíveis. Além disso, os existentes na

terceira fila de bancos nem são tão apertadoscomo costuma acontecer em diversos dos

modelos que incluem estes dois assentos

"mágicos" junto da bagageira. Ou seja,

é possível considerar a hipótesede transportar dois adultos nestes lugares

numa viagem mais longa e não restringira sua utilização apenas a crianças. Mas as

surpresas existentes a bordo do Freemont

estão longe de acabar, especialmente quandohá crianças nas viagens. Senão vejamos:

no tejadilho, por exemplo, há um leitor

de DVD da Alpine com monitor incorporada

e com a possibilidade de ligar o som

ao sistema do carro, transformando assim

o habitáculo do Freemont numa sala de

cinema. Só ficam a faltar mesmo as pipocas.O sistema de ar condicionado automático

tem condutas específicas e regulações

independentes para quem viaja nos lugares

traseiros e, para que ninguém se perca, este

SUV da Fiat também inclui um sistema de

navegação portátil da Tom Tom, que se podeesconder no enorme espaço de arrumaçãoexistente sob o assento do passageiro da

frente quando não está a ser utilizado ou em

diversos outros que vamos encontrando

um pouco por toda a parte. E tem a vantagemde se poder levar para casa, com o objetivode programar a próxima viagem ou pensarem eventuais novas aventuras.

A motorização 2.0 de 170 cavalos peca

por ser mais ruidosa que o desejado,

especialmente a frio, mas cumpre aquilo quelhe é exigido, o que também acontece com a

caixa de velocidades de seis relações. Ou seja,

é um conjunto que não se importade percorrer grandes quantidadesde quilómetros em autoestrada com a média

do consumo apenas um pouco acima dos

sete litros de combustíveL

Para quem vai a conduzir, a única

preocupação é mesmo chegar com os pés

aos pedais e com as mãos ao volante, pois o

espaço é imenso e raramente prejudica quem

viaja na segunda fila. Aqui, se calhar, apenas

eram bem-vindos mais uns centímetros em

largura, mas (mais uma vez) o espaço é

amplo e a vontade de viajará cada vez maior.

Ainda assim, numa vertente mais

exploradora e depois de abandonar a

autoestrada, é fácil perceber que o Fremont

não tem grande apetência pelos traçadosmais sinuosos mas sim pelas retas mais

longas. Ou seja, justamente aquilo para quefoi concebido, ainda em formato Jouraeye pensando apenas nas longas Interstate

dos Estados Unidos. Os amortecedores têm

uma firmeza mais focada no conforto, e isso

faz com que a carroçaria adorne mais do que

o desejado, o que não ajuda a criar alguma

emparia com quem gosta efetivamente

de conduzir. Nota-se facilmente que este

SUV da Fiat está mais próximo de quem

gosta de apreciar a viagem e ver a paisagemdo que daqueles que querem chegar

rapidamente ao destino.

Depois de cudo isto e feitas as contas,

o melhor do Freemont é mesmo a sua relação

preço/equipamento. É que por 37.500 euros,

c possível adquirir um SUV com uma

motorização turbodiesel de dois litros

que não tem um consumo elevado, inclui

um habitáculo confortável com sete lugares

mas também todo o equipamento de que lhe

falámos ao longo deste texto. Sim, faz tudo

parte do equipamento de série. Mesmo.

Os únicos opcionais disponíveis para este

modelo são as jantes de 19 polegadas,

os estofos em pele ou o teto de abrir elétrico.

A única desvantagem deste Fiat está

mesmo no facto de nas portagens lhe

cobrarem Classe 2, devido à altura elevada

da frente, mas se optar pela utilização da Via

Verde, este problema fica também resolvido

e volta a pagar Classe 1.