espaÇo imÓvel

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SECOVI/RS • AGADEMI Ano VII • Edição Especial 2011 A Revista do Mercado Imobiliário Gaúcho. Edição Especial Viva bem em condomínio Viva bem em condomínio Respeito às regras, valorização dos interesses coletivos, tolerância e bom senso garantem convivência em harmonia. Respeito às regras, valorização dos interesses coletivos, tolerância e bom senso garantem convivência em harmonia. Fechamento autorizado – pode ser aberto pela ECT Revista Espaco Imovel_Edicao Especial_2010_Versao 2.indd 1 30/06/2011 10:30:33

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Revista do Mercado Imobiliário RS

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  • SECOVI/RS AGADEMI

    Ano VII Edio Especial 2011A Revista do Mercado Imobi l ir io G acho.

    Edi

    o Esp

    ecial

    Viva bem em condomnioViva bem em condomnioRespeito s regras, valorizao dos interesses coletivos, tolerncia e bom senso

    garantem convivncia em harmonia.Respeito s regras, valorizao dos interesses coletivos, tolerncia e bom senso

    garantem convivncia em harmonia.

    Viva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnioViva bem em condomnio

    PARA USO DOS CORREIOS

    REINTEGRADO AO SERVIO POSTAL EM __/__/__ RESPONSVEL:________________________ __/__/__

    MUDOU-SEDESCONHECIDOCEP

    AUSENTENO PROCURADONO EXISTE N. INDIC.

    FALECIDO REMETENTE:SECOVI/RS - AGADEMITRAV. FRANCISCO DE LEONARDO TRUDA, 98 - 9 AND.PORTO ALEGRE/RS - CEP 90010-050

    END. INSUFICIENTEINF. PORTEIRO/SINDICO

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  • Expediente

    Os artigos assinados so de responsabilidade de seus autores e no expressam, obrigatoriamente, posicionamento editorial da Revista Espao Imvel ou das diretorias do Secovi/RS e da Agademi

    CONSELHO EDITORIALMoacyr Schukster, Simone Camargo, Helena Terezinha do Amaral Gomes, Andria MartinsPRODUO EDITORIALProva ComunicaoJornalista Responsvel: Joni Ferreira Neto - RMTb 7.144

    AtendimentoMaurlia Souza de LemosTel/Fax (51) 2111 7892Editorao Eletrnica: Kauer Ideia e ImagemCtP e Impresso: Data Certa Grfica

    Revista Espao Imvel:Tiragem: 8 mil exemplaresUma publicao institucional do SECOVI/RS e da AGADEMI.Travessa Francisco de Leonardo Truda, 98 - 9 andar - Porto Alegre/RSTelefone: (51) 3221 3700 - Fax: (51) 3221 3818

    DIRETORIA EXECUTIVA DO SECOVI/RS E DA AGADEMIPresidente: Moacyr Schukster1 Vice-presidente: Gaspar FioriniVice-presidente de Condomnios: Simone CamargoVice-presidente de Comercializao: Gilberto CabedaVice-presidente Financeiro: Flvio Roberto StefaniVice-presidente de Locaes: Leandro Rossi de Moraes HilbkVice-presidente de Relaes do Trabalho: Jane Simes PiresVice-presidente: Ado Alves de OliveiraVice-presidente: Marcelo Luiz Mignone CallegaroVice-presidente: Vra Lucia HahnVice-presidente: Walter Antnio Scuccimarra Marichal

    SUPLENTESAlexandre Gilberto Cohen; Ary Costa de Souza; Hugo Del Carrir Euzbio; Joo Comerlato Neto; Mara Rosane Arnhold; Marco Aurlio Rozas Munhoz; Rafael Padoin Nen; Ricardo Brandalise; Sileini Sulzbach Mossmann; Valdir Patrcio Fin e Viviane Tomazelli

    CONSELHO FISCAL - EFETIVOSJos Cezar Coimbra Sperinde Filho; Jlio Csar Soares da Silva e Natlio Wulff

    SUPLENTESIvar Balconi; Luiz Gustavo Tarrago de Oliveira e Plnio Anele

    DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO FEDERAO - EFETIVOSMoacyr Schukster e Flvio Jos Gomes

    SUPLENTESJane Simes Pires e Simone Camargo

    CONSELHO ADMINISTRATIVO - EFETIVOSAlexandre Altenhofen Pazzini; Ingo Luiz Voelcker; Luclia Beck de Freitas; Miriam Ferreira da Silva Salvaterra e Vilson Pascoal Dalla Vecchia

    SUPLENTESAttlio Stopassola; Ivan Bento Alves; Manoela de Oliveira Freire; Nilton Mello Amaral e Rudimar Jos Joner

    CONSELHO CONSULTIVO(Ex-Presidentes; Membros Natos)Alfredo E. Mello; Aroni Becker; Avelino Miranda Viana; Ederon Amaro Soares da Silva; Fernando Sarmento Leite Barcellos; Flvio

    Jos Gomes; Gaspar Fiorini; Moacyr Schukster; Natan Sandler e Sandra Thereza Nunes

    DELEGADOS E SUB-DELEGADOS NO INTERIOR DO ESTADOBento Gonalves: Ildono Pauletto; Cachoeira do Sul: Erli Anto do Canto Calvett; Canela: Attlio Stopassola; Canoas: Ricardo Brandalise; Carazinho: Cladio Paulo Hoffmann; Encantado: Vera Lucia Sangali Sandri; Estrela: Sileini Sulzbach Mossmann; Farroupilha: Milton Carlos de Souza e Adriel Somacal; Gramado: Viviane Tomazelli; Gravata: Luciane Pessato; Guaba: Vilmar Silveira da Silva; Iju: Ccero Tremea dos Santos; Lajeado: Marco Aurlio Rozas Munhoz; Montenegro: Karl Heinz Kindel; Novo Hamburgo: Vra Lucia Hahn e Leonardo La Bradbury; Osrio: Mrcio Antnio Vieira Madalena; Passo Fundo: Mara Rosane Arnhold; So Leopoldo: Leandro Rossi de Moraes Hilbk; Santa Cruz do Sul: Roque Dick; Santo ngelo: Alexandre Altenhofen Pazzini; Tramanda/Imb: Marcelo Luiz Mignone Callegaro; Uruguaiana: Jnatas Brazeiro Fernandes; Viamo: Jos Janes da Silva Nunes

    SUPERINTENDENTEHelena Terezinha do Amaral Gomes

    Ficha tcnica:Ilustrao: Gerson Kauer -Modelos de prdios: 3D WarehouseGoogle SketchUpEdio e montagem: Kauer ideia e imagem

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  • Espao Imvel - SECOVI / RS AGADEMI - Edio Especial Morar em Condomnio/2011 03

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    Nesta Edio

    Pequeno abecedrio dos condomnios

    Conhea o signifi cado da palavra condomnio

    Convivncia harmoniosa depende de motivao e boa vontade entre condminos

    Estabelecimento de critrios facilita relaes interpessoais

    Dicas que podem tornar as assembleias mais produtivas

    Obras exigem cuidados especiais

    Aumente a segurana em seu condomnio

    O Cdigo Civil e os condomnios

    Entendimentos equivocados e atitudes inadequadas so fontes de con itos

    Um bom negcio para o bolso e o bem estar das pessoas

    Morar em Condomnio

    Conceituaes

    Convivncia

    Saiba mais

    Comportamento

    Comunicao

    Orientaes

    Manuteno

    Preveno

    Legislao

    Moacyr SchuksterPresidente do Secovi/RS e da Agademi

    Aos novos condminos

    A gente, quando d um passo signifi -cativo na vida, deve se congratular e des-se sentimento que todo novo condmino deve estar tomado. O condomnio uma forma moderna de morar, e, para que isso acontea da melhor forma, preciso se se-guir algumas regras porque convivncia impe direitos e deveres. Isso deve fi car muito claro para cada pessoa que se muda para esse tipo de habitao. o motivo pelo qual o SECOVI/RS e a AGADEMI apre-sentam a sua contribuio, levando aos certamente felizes novos moradores algu-mas notcias e sugestes sobre o assunto.

    Existem regras que valem para toda a comunidade e sua observncia demonstra respeito recproco. Obedincia Lei evita confl itos. Tratamento educado aos demais condminos gera um clima ameno, onde o melhor de cada um se evidencia. Como resultado se v o fl orescimento da cama-radagem e essa a melhor atmosfera a se respirar em coletividade. Saber ouvir e pensar antes de falar estruturam uma con-duta cautelosa, um dos degraus da sabe-doria.

    O esmero com que os textos desta re-vista foram produzidos recomenda a sua leitura cuidadosa. E mant-la mo para fcil e oportuna consulta uma ideia con-veniente. Quanto mais o condmino es-tiver preparado para as lides da adminis-trao do condomnio e os problemas que comumente aparecem, tanto melhor. Mas, acima de tudo, o que se espera que aju-de a fazer com que prevalea o bom senso. Agindo assim, como se diz, no tem erro!

    Mensagem do Presidente

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  • Espao Imvel - SECOVI / RS AGADEMI - Edio Especial Morar em Condomnio/201104

    Um melhor aproveitamento do terreno e a re-duo dos custos de construo tornam o valor fi nal das unidades bem mais acessveis do que se fossem construdas individualmente.

    As despesas com manuteno e custeio de ser-vios essenciais so bem menores do que as exigi-das por uma residncia isolada.

    Maior facilidade na implantao de estratgias visando a segurana dos moradores.

    Menor onerosidade na execuo de estruturas

    Muitas so as vantagens de morar em condomnio. Con ra algumas delas:Um bom negcio para o bolso e o bem estar das pessoas

    ser repensadas. Neste quesito o alcance de novos pa-tamares vai depender da boa vontade e do grau de sociabilidade das pessoas envolvidas. J em termos de conhecimento sobre a operacionalidade condomi-nial, Simone Camargo, afi rma: vale aqui um esforo de conscientizao, seja atravs de iniciativa prpria ou por imposio do bem comum, de tal forma que todos os condminos assimilem e cumpram as regras que

    se mostram indispensveis para uma boa convivncia.

    E so, justamente, estes os pro-psitos que norteiam esta publicao. Levar ao conhecimentos dos leitores, os conceitos mais elementares para o bom andamento do dia a dia condo-minial e chamar ateno para o fato de que a soluo dos problemas pode estar em simples e efi cazes mudanas de atitudes. A soma destes fatores ir colaborar para que se Viva, muito Bem em Condomnio.

    comum ouvirmos falar que, barulho, animais, infi ltraes, uso inadequado de vagas de estaciona-mento ou garagens, brigas de vizinhos, crianas mal educadas, atitudes inadequadas, inadimplncia e falta de cuidados com bens e reas de uso comum so al-guns dos grandes problemas existentes em condom-nios.

    Segundo especialistas em administrao condo-minial, as inconvenincias acima cita-das so as consequncias de eventuais confl itos e dissabores de quem mora em uma edifi cao coletiva. Para a vi-ce-presidente de Condomnios do Se-covi/RS e da Agademi, Simone Camar-go, os desajustes nas relaes entre condminos ocorrem, principalmente, por inadequaes comportamentais ou desconhecimento sobre o que e como funciona um condomnio.

    Diz, ainda, a dirigente, que as questes comportamentais precisam

    Conhecimento ajuda a vencer obstculos

    e espaos destinados ao lazer de moradores e visi-tantes.

    Dentre os aspectos positivos de viver em con-domnio sobressaem-se, ainda, aqueles que aumen-tam as possibilidades de inter-relaes sociais. A proximidade de vizinhana amplia a troca de expe-rincia, o conhecimento de outras formas de pensar e o prazer de convvio com outras pessoas que, no mnimo, tem em comum o desejo de viver em har-monia.

    Morar em Condomnio

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  • Espao Imvel - SECOVI / RS AGADEMI - Edio Especial Morar em Condomnio/2011 05

    Conceituaes

    reas privativas e reas comuns As primeiras so as unidades individuais de cada um dos proprietrios, sejam elas casas, apartamentos, salas, lojas, conjuntos, vagas de estacionamento, etc. As segundas so as par-tes indivisveis que integram a edifi cao, tais como corredores, escadas, elevadores, reservatrios, telhados dos prdios e demais espaos de uso de todos os mo-radores.

    Assembleias - Reunio de moradores que tem por ob-jetivo a apresentao de propostas, discusso de temas de interesse do condomnio, com consequente posi-cionamento a respeito dos assuntos que estiverem em pauta. So trs os tipos de assembleias de condomnio:Assembleia Geral Ordinria: Obrigatria por lei, ela deve ser realizada anualmente e possui como principal fi -nalidade a aprovao de verbas para as despesas de condomnio do prximo exerccio e, tambm, a apre-sentao e aprovao da prestao de contas do ano imediatamente anterior. Assembleia Geral Extraordinria: Sem periodicidade regular, serve para deliberar sobre assuntos urgentes e no previstos nas Assembleias Gerais Ordinrias, po-dendo ser convocada pelo sndico ou por, no mnimo, 1/4 dos condminos, sempre que os interesses do con-domnio exigirem.Assembleia Geral Especial: Ocorre em casos especiais es-tipulados em lei em situaes que envolvam decises sobre demolio ou reconstruo da edifi cao, aliena-o do imvel, motivada por aspectos urbansticos ou em virtude de condenao da edifi cao em face de in-segurana ou insalubridade ou, ainda, pela ocorrncia de sinistro que destrua mais de 2/3 do condomnio.

    Conveno - Conjunto de normas que constituem a lei interna de um condomnio. Deve ser elaborada de acor-do com os preceitos legais e aprovada em assembleia por proprietrios que representem, no mnimo, 2/3 das fraes ideais que constituem o condomnio. Seu cum-primento obrigatrio para todos os condminos, in-clusive para aqueles que, eventualmente, no a tenham assinada.

    Despesas condominiais - Normalmente os gastos em um condomnio so divididos em dois grupos. Um de-les o das Despesas Ordinrias que compreendem os custeios com a conservao, manuteno e limpeza do condomnio, bem como salrios e encargos trabalhis-tas de funcionrios, alm de honorrios administrati-

    Pequeno abecedrio dos condomniosvos, de compra de materiais e contratao de seguros. J as Despesas Extraordinrias englobam gastos impre-vistos ou com benfeitorias, sendo que as mesmas, via de regra, devem ser aprovadas antecipadamente em Assembleia. Contudo, em situaes emergenciais o sndico poder tomar as providncias necessrias para sanar o problema e buscar, posteriormente, o endosso daquela deciso.

    Fundo de Reserva - Parcela da arrecadao do Condo-mnio, a parte das contribuies ordinrias, destinada ao atendimento de despesas no previstas no ora-mento, cuja realizao seja inadivel, porm subordina-da comprovao. A formao do Fundo de Reserva e a maneira de arrecadar as contribuies para o mesmo constituem matria a ser disciplinada pela Conveno. Geralmente na Assembleia Geral Ordinria ao serem defi nidas as parcelas ordinrias de contribuio dos condminos, aprova-se a formao do Fundo de Reser-va, bem como o limite quantitativo ou percentual que pode atingir, alm das hipteses em que lcito dele lanar mo.

    Regimento Interno Especifi caes que determi-nam regras de procedimentos e comportamento dos moradores de um condomnio visando convivncia harmnica entre as pessoas. Caso no esteja inserido no texto da Conveno, o Regimento Interno deve ser aprovado em Assembleia Geral.

    Seguro A lei determina que o conjunto de edifi caes dos prdios em condomnios, abrangendo as unidades autnomas e partes comuns, seja assegurado contra in-cndio no todo ou em parte, computando-se o prmio nas despesas oriundas do condomnio. No Rio Gran-de do Sul, nas cidades que integram a base territorial representada pelo Secovi/RS, os condomnios devem manter, cumulativamente, um seguro de vida em gru-po, com garantias para morte e invalidez permanente ou acidental para todos os empregados. A obrigatorie-dade assegurada atravs de Conveno Coletiva de Trabalho fi rmada entre o Secovi/RS e os sindicatos que representam os trabalhares em condomnios.

    Sndico Pessoa escolhida para gerenciar e represen-tar os interesses do condomnio de acordo com a lei, a conveno e o regimento interno. O mesmo dever ser eleito na forma prevista em Conveno, com mandato de at dois anos, com direito reeleio, podendo ou no ser morador do prdio.

    vos, de compra de materiais e contratao de seguros.

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  • Espao Imvel - SECOVI / RS AGADEMI - Edio Especial Morar em Condomnio/201106

    Convivncia

    Entendimentos equivocados e atitudes inadequadas so fontes de con itos

    Em 1950 cerca de 36% da populao brasileira vi-via nas cidades. Em 2000 este percentual j passava dos 81%. Vem da, a principal justifi cativa para o enorme crescimento no nmero de condomnios, hoje existen-tes nos grandes centros urbanos.

    Esta maneira de morar, onde os proprietrios pos-suem domnio conjunto sobre um determinado bem, na qual os espaos comuns so compartilhados e onde amplia-se a proximidade entre vizinhos, tem demons-

    Falta de participaoEleito sndico do

    Condomnio Parque dos Pinheiros, na zona Les-te de Porto Alegre, cujas unidades comeam a ser entregues aos adquiren-tes, Henrique Germano Mayer Rodrigues, fala sobre algumas difi culda-des para as quais est se preparando para enfren-tar. Uma delas diz res-peito a necessidade de motivao para que as pessoas participem mais

    da vida condominial, em especial s assembleias. Desinformao

    Tambm preocupa Henrique Rodrigues, o desco-nhecimento de algumas pessoas sobre como morar em condomnio. Nem todos entendem que a vida con-dominial pressupe o abandono de certas individuali-dades como escolher a cor da porta de seu apartamen-to, alterar a fachada, deixar vasos nos peitoris das janelas ou colocar o varal de roupas onde quiser. preciso haver

    DesrespeitoOs confl itos em condomnios possuem muitas nu-

    ances que nem sempre so notadas pela maioria dos moradores. Jos Maurcio Vieira da Silva, sndico do condomnio So Francisco, na zona Norte da Capital Gacha, cita a ocorrncia de algumas situaes que fo-gem aos conceitos mais elementares de educao e ci-dadania.

    trado que nem todas as pessoas esto preparadas para a modernidade de tal tipo de convivncia.

    Basta conversar com alguns sndicos para perce-ber que os problemas condominiais no esto condi-cionados, simplesmente, a questes econmicas ou culturais, mas, prioritariamente, a aspectos comporta-mentais. A potencialidade de confl itos que eles podem originar, algumas vezes, pode ser constatada antes mesmo da instalao do condomnio.

    uma reciclagem quanto a isto. preciso que cada um de ns compreenda que comprou um apartamento e no o prdio inteiro.Indisponibilidade

    Outra constatao que est sendo feita pelo sndi-co que todo mundo quer tudo mas que nem todos se oferecem para ajudar. Ao morar num condomnio as pessoas esperam ter segurana, um prdio bem con-servado, boas reas de lazer e, quem sabe, at mesmo um belo jardim. Difcil, ao que parece, fazer com que a maioria auxilie na execuo de algumas destas tarefas, diminuindo, ao mximo, a contratao de terceiros. Ou seja, quanto mais quisermos e quanto menos fi zermos por conta prpria, mais elevada ter que ser a estipula-o da taxa de condomnio.

    Henrique Germano Mayer Rodri-gues foi um dos participantes do 13 Encontro Gacho de Condo-mnios promovido pelo Secovi/RS e pela Agademi

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  • Espao Imvel - SECOVI / RS AGADEMI - Edio Especial Morar em Condomnio/2011 07

    Saiba mais

    De acordo com o dicionrio Aurlio da Lngua Portuguesa, condomnio signifi ca domnio exercido juntamente com outrem; copropriedade. Conjunto residencial, geralmente cercado e com acesso controlado, dotado de equipa-mentos comunitrios, e cujos moradores dividem diversas despesas (com pessoal, manuteno, etc.).

    Na verdade, os condomnios so conjuntos residenciais, comerciais ou mistos. Segundo o advogado, ps-Doutor em Direito, Jorge Renato dos Reis, a palavra condomnio j designa a relao jurdica que a pressupe, ou seja, o dom-nio compartilhado, o domnio com mais algum, a copropriedade ou a propriedade compartilhada.

    O condomnio edilcio ou condomnio especial, como era denominado, que composto de propriedade privada e de propriedade comum, possui, tambm, como caracterstica a indivisibilidade e a inalienabilidade da rea comum separada da rea privativa. Logo, sempre haver a obrigatoriedade da convivncia entre os condminos no que diz respeito rea comum.

    Maurcio afi r-ma que uma mino-ria de condminos a que mais cria problemas. o caso do morador que no admite que o latido de seu ca-chorrinho desagra-da a outras pessoas ou de quem chega de madrugada fa-zendo barulho, sem querer saber que

    os outros esto dormindo. Chega a existir aqueles que vo at a entrada do condomnio assumem a direo do veculo de um visitante, conduzindo o carro at o esta-cionamento interno, mesmo sabendo que as vagas so destinadas apenas aos moradores.Incoerncia

    O sndico cita, ainda, outras situaes desagradveis, entre elas as motivadas por aqueles que se fazem de de-sentendidos: s vezes acontece de algum estacionar o carro sobre o passeio, dizendo que s para descarregar as compras. Porm, se deixar, o carro sai dali somente no dia seguinte quando o dono for trabalhar.

    Mas o mais inaceitvel, diz o sndico, so aqueles que, pagando a taxa de condomnio, raciocinam que podem fazer exigncias descabidas que no estejam relacionadas aos gastos normais. A cota condominial um rateio das despesas do condomnio, as quais so de responsabilidade de todos os moradores, e no um valor destinado a investimento em melhorias ou acrscimo de servios. Se a proposta for esta ser preciso rever o oramento, fazendo-se chamadas extras ou fundo de reservas. Obviamente que, nestes casos, o valor da cota ser muito superior quele que se destina apenas ao pa-gamento das despesas mensais.

    InadimplnciaAlis, em se tratando de cotas condominiais

    no basta que os moradores, cumpram com o dever de pagamento. Eles devem, tambm, possi-bilitar a criao de estratgias que diminuam ou, melhor ainda, evitem a ocorrncia de inadimpln-cia. Afinal, quando um condmino deixa de pagar, a parte que caberia ao mesmo, acaba sendo paga por todos que mantm suas taxas em dia.

    Como se sabe as despesas precisam ser pagas de forma integral no havendo a possibilidade de abater-se o valor correspondente aos inadimplen-tes. Mas aumentar o valor do condomnio, para os que pagam em dia, no a nica consequncia dos atrasos. Com a reincidncia, a manuteno e os servios acabam sendo prejudicados, diminuin-do a qualidade de vida no prdio e desvalorizando o patrimnio de todos. Os esclarecimentos so de Terezinha Paim, sndica do Condomnio Edifcio Erocy, no Bairro Floresta, que complementa dizen-do que todos deveriam ser conscientizados sobre estes fatos. Omisso

    Outro comentrio bastante elucidativo de Te-rezinha diz respeito a inadequada utilizao de equipamentos, espaos de lazer e demais reas de uso comum. Os casos mais corriqueiros so os de simples omisso: pessoas que, para no se incomo-dar, fazem de conta que no veem as irregularida-des cometidas por certos condminos, como se tudo aquilo no lhes pertencesse. Pior do que isto, ento, so as atitudes daqueles que alm de no zelar pelo que seu ainda ajudam a destru-los. Certos indivduos acreditam que o que de todos no de ningum. No dia em que esta mentalida-de mudar haveremos de comemorar um grande avano nas relaes condominiais.

    Convivncia

    Jos Maurcio Vieira da Silva sindico do condomnio So Francisco, em Porto Alegre

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  • A psicopedagoga Gilca Kortmann foi uma das palestrantes do mais recente Encontro Gacho de Condomnios, evento promovido anualmente pelo Secovi/RS e pela Agademi

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    Comportamento

    Convivncia harmoniosa depende de motivao e de boa vontade entre condminos

    Dentre os fatores que desencadeiam conflitos in-terpessoais em um condomnio, sobressaem-se a in-tolerncia, a no aceitao de limites, o desrespeito, a falta de princpios ticos e o excesso de individua-lidade.Insatisfaes pessoais podem gerar discrdias

    Segundo a psicopedagoga, Gilca Lucena Kort-mann, a manifestao de algumas dessas atitudes pode ser motivada por expresses emocionais resul-tantes da sensao de frustrao. Esse sentimento, que se reflete, negativamente, no relacionamento in-terpessoal, pode ser motivado por vrios fatores. Um deles a dificuldade que algumas pessoas encontram para atingir seus objetivos pessoais e profissionais. A consequncia, nestes casos, tende a ser a manifes-tao de comportamentos nocivos, tais como inveja, distores na comunicao, medo e boicote, dentre outros. Pesquisadores estudam possibilidades de mudan-as na personalidade

    Porm, as questes que envolvem a personalida-de possuem uma gama bem maior de complexidade. Doutora em Educao, Gilca Kortmann, ensina que al-guns pesquisadores entendem que a personalidade, assim como o corpo, muda ao longo do tempo. Outros rebatem que a personalidade seria como a cor dos olhos, se voc nasceu com ela, vai morrer com ela. Para outros, o melhor paralelo a altura: desenvolvida at certa idade, depois estaciona e no muda mais.

    Ao mesmo tempo, pesquisas feitas nos EUA apon-tam que a personalidade vai sofrendo alteraes at aos 30 anos, 'congelando-se' a partir desta idade. A partir da as pessoas vo ter que trabalhar com o que tm, aprendendo a prever suas prprias emoes para evitar futuros abor-recimentos. Ento, adaptar-se seria questo de sobrevivncia e fora de vontade. Quanto mais consciente o indivduo, mais perspicaz ele para observar as consequncias de seus atos. Ou seja, mais apto ele estar para manter ou alterar determinado padro de conduta. Paralelamente, a flexibilidade - caracterstica oposta rigidez - comportamental, faz com que o indivduo seja capaz ao avaliar os resultados do seu comportamento

    e de testar no-vas habilidades; sendo que am-bas compem a interao ne-cessria para as mudanas.

    Isto signi-fica que, assim como na vida, a mudana de ati-tudes compor-tamentais em um condomnio, vai depender da disponibilidade e do desprendi-mento das pessoas para o alcance deste objetivo. Encontros podem amenizar situaes de conflitos

    Gilca Kortmann diz que uma viso estratgica na mediao de situaes de conflitos, est no desafio de saber lidar com as causas que geram insatisfaes, no momento em que as divergncias se apresentam. preciso que se criem propostas que propiciem a cria-o de espaos para a individualidade e a prtica do comportamento tico. Isto pode ser feito atravs da formao de grupos de debates sobre tpicos gerais do cotidiano, de uma maneira bem informal.

    A psicopedagoga sugere que uma pessoa do grupo prepare o tema a ser explorado, exponha os interesses ao grupo a respeito do mesmo e monito-

    re as discusses. necessrio que se estabelea linguagem adequada na comunicao das propostas. Nes-tas reunies o comportamento ti-co deve ser priorizado bem como a incorporao de modelos em todos os nveis hierrquicos de atitudes de respeito individualidade e preo-cupao com o bem-viver e o bem--estar. De acordo com a especialista, encontros deste tipo, alm de ser uma forma de acolhimento, enco-rajam os participantes a assumirem desafios em conjunto, minimizam fatores de insatisfao e agregam as competncias das pessoas em busca da eficincia coletiva.

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    Comunicao

    A impor-tncia da comu-nicao na vida c o n d o m i n i a l pode significar o sucesso en-tre morar bem e morar mal. A afirmao da presidente da Sociedade Brasileira de Fo-noaudiologia, Mara Behlau, que diz, ainda: isso no quer dizer que mo-radores de um condomnio tem que, necessariamente, serem amigos e frequen-tarem uns as casas dos outros. A necessidade de privacidade e inti-midade varia entre os seres humanos e algumas pessoas, realmen-te, preferem ficar mais quietas e isoladas, principalmente, quando esto em casa. Porm, independente das particularidades de cada morador, posturas de cordialidade, como cumprimentar vizinhos e funcionrios so consideraes mnimas que denotam boa educa-o e esto acima do estilo de comunicao que venha a ser dese-jado em um condomnio.

    Conferencista na rea de Comunicao, Mara Behlau, enten-de que as relaes pessoais entre moradores sempre podem ser melhoradas a partir de um acordo geral, cujas caractersticas varia de condomnio para condomnio. De modo geral, ensina a especia-lista, os indivduos passam a assumir postura difcil quando no tem alguma necessidade - real ou imaginria - reconhecida pelos outros ou quando acham que a sociedade est lhes 'devendo' algo. Nessas situaes, faz-se necessrio o estabelecimento de uma base de comunicao que, em determinados casos, exige, at mesmo, a participao de um elemento externo, um profissional facilitador para intermediar nas negociaes.

    Mara Behlau acredita que os sndicos podem, na maioria das vezes, assumir o papel de facilitadores da comunicao. Podem ainda ajudar a elaborar um acordo de regras de comunicao, aps discutir o que se espera e obter a anuncia dos moradores. Contu-do, fao aqui um alerta, nem todas as pessoas tm perfil para ocu-par a posio de sndico e importante reconhecer quem pode e sabe faz-lo. Sendo assim, muito importante que os condminos sejam bastante criteriosos na escolha do sndico, pois, em alguns casos, a pessoa eleita, ao invs de conciliadora, pode mostrar-se como sendo mais um elemento estressante do condomnio.

    Em todos os programas habitacio-nais, com a utilizao de recursos p-blicos, faz-se necessria a aplicao de estratgias visando ensinar aos novos moradores algumas peculiaridades a respeito do funcionamento de um con-domnio. As orientaes envolvem des-de questes bem simples, como o que uma conveno ou um regimento interno, at situaes mais complexas, como o estabelecimento de normas, manuteno predial e dinmicas de convivncia em grupo.

    Segundo a Assistente Social, Silvia Mello, o enfoque mais importante des-te tipo de trabalho conscientizar as pessoas sobre as potencialidades que elas possuem de assumir responsabili-dades, de tomar decises coletivas e de fazer as coisas acontecerem. A palavra inglesa, empowerment, a que melhor define este tipo de comportamento. Em portugus seria algo prximo a empoderamento, a tomar as rdeas daquilo que lhe pertence e conquistar novos patamares, sejam eles em ter-mos poltico, econmico ou social.

    Diretora de uma empresa que desenvolve projetos de orientaes a moradores de empreendimentos ha-bitacionais gerados atravs de recursos da Caixa Econmica Federal, no Estado, a Assistente Social, destaca a importn-cia da iniciativa: A proposta preparar as pessoas para que elas se envolvam com a comunidade e que tenham con-dies de crescer individualmente. Tan-to assim que elas tambm so orien-tadas sobre economia familiar, formas alternativas de renda e questes am-bientais, por exemplo.

    Estabelecimento de critrios facilita relaes interpessoais

    Novos condminos recebem orientaes de especialistas

    Mara Behlau destaca a importncia da comunicao para amenizar desavenas entre moradores

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    Orientaes

    Contribuio para a previdncia

    A importncia do CNPJ para os condomnios

    Documentos do condomnio

    Dicas que podem tornam as assembleias mais produtivas

    Os condomnios que remu-neram seus sndicos, atravs de pr-labores ou iseno da taxa condominial, devem recolher 20% sobre a remunerao para a Previdncia Social. A contribuio obrigatria, de acordo com de-terminao expressa na Instruo Normativa n 84/2002 do Instituto Nacional de Seguridade Social.

    Independente da contribui-o que deve ser feita pelo con-domnio, tambm o sndico, que recebe pr-labore ou iseno da taxa condominial, obrigado a efetuar o recolhimento, observa-do o limite mximo de contribui-o.

    Vale ressaltar que no basta ao condomnio recolher a contri-buio. necessria, ainda, que ela seja relacionada na GFIP e, para isso, indispensvel que seu sndico esteja inscrito no INSS como contribuinte individual ou possuir inscrio no PIS ou no Pasep.

    Antes de estabelecer o horrio, consulte os moradores para saber quais so os mais acessveis maioria dos partici-pantes.

    Ao programar a assembleia, levante informaes e junte a documentao necessria sobre os temas a serem tratados. Muitas reunies chegam ao fi m sem qualquer deliberao, por falta de subsdios.

    Prepare o ambiente onde ser realizada a reunio, de tal forma que acomodaes e questes fsicas como ventilao e iluminao no sejam defi cientes.

    O cumprimento de horrios de incio e fi m das assem-bleias deve ser seguido rigorosamente. Aguardar a chegada de outros moradores e interminveis discusses so fatores que afastam os participantes em futuras convocaes.

    Estabelea a pauta de forma sucinta e objetiva. Normal-mente as pessoas no so motivadas pelo item assuntos gerais. Tanto assim que eles costumam fi car para o fi nal da assembleia e, via de regra, a senha para esvaziamento da mesma.

    Analise com cuidado os assuntos e determine a forma de votao de acordo com a particularidade de cada um deles.

    To importante quanto a diplomacia a fi rmeza de proce-dimento no sentido de evitar debates paralelos e discusses sobre temas que no faam parte da pauta ou questes pes-soais entre moradores.

    Condomnios que tenham rendimentos ou paguem valores sujeitos incidncia do Imposto de Renda na Fonte, so obrigados a se inscreverem no Cadastro Na-cional de Pessoas Jurdicas. Independente desta obri-gatoriedade o documento necessrio, ainda, para o

    registro de empregados, tendo em vista que o Ministrio do Trabalho dispe, atravs de portaria, a oposio de carim-bo padronizado do CNPJ/MF na Carteira de Trabalho e Pre-vidncia Social, nas folhas de anotaes gerais. Alm disto, o CNPJ indispensvel para que seus funcionrios possam participar da distribuio do abono do PIS.

    Plantas das edifi caes, con-veno e regulamento interno, livro de atas e de presena nas assembleias, devem ser guarda-dos indefi nidamente passando de sndico para sndico.

    Os comprovantes de receitas e despesas devero ser arquiva-dos por cinco anos. Laudos de vistoria e relatrios de inspeo devem ser guardados de acordo com suas respectivas validades e renovados em conformidade com o que a lei determinar para cada um dos casos.

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    Manuteno

    A preocupao com a realizao de obras em condomnios deve comear antes da execuo. preciso um eficiente planejamento no sentido de evitar, ao mximo possvel, a incidncia de transtor-nos no dia a dia do condomnio. Mais importante, ainda, so os procedimentos legais de contratao e acompanhamento dos trabalhos. Diante disto vale a pena seguir algumas recomendaes como as que so descritas a seguir:

    Antes de contratar uma empresa, busque refe-rncias de trabalhos executados em outros condo-mnios. Ligue para os responsveis, mencionados nas referncias, e informe-se sobre a qualidade dos servios.

    Exija, sempre, a Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART) perante o Conselho de Engenharia e Arquitetura (CREA).

    Confira se a empresa adota os procedimentos de segurana do trabalho previstos na Norma Re-gulamentadora (NR) 18. Ela trata dos tipos de andai-mes permitidos, forma de montagem dos mesmos e dos EPIs (Equipamentos de Proteo Individual) dos operrios. A no observncia dos procedimentos ex-plicitados na NR, por parte da empresa, pode levar o condomnio a ser corresponsabilizado por aciden-tes, ficando sujeito a multas e aes indenizatrias.

    Nunca adiante parcelas de pagamento. A em-presa sempre deve ter executado mais do que, proporcionalmente, recebeu de pagamento. Isto assegura ao condomnio que a empresa conclua os trabalhos no prazo prometido e que no abandone o servio.

    Sempre contrate profissionais especializados

    Obras exigem cuidados especiais

    Na maioria dos servios de instalao de equi-pamentos, manuteno e projetos de preveno, a legislao determina a contratao de profissio-nais devidamente habilitados, ou seja, pessoas ou empresas que possam fornecer a ART (Anotao de Responsabilidade Tcnica) pelos servios pres-tados.

    Desta forma, em qualquer trabalho que venha a ser desenvolvido em um condomnio, o ideal que os sndicos contratem somente empresas es-pecializadas. O procedimento, alm da certeza de servio bem executado, assegura que o condom-nio sempre estar cumprindo as exigncias da Lei.

    Legislaes municipais estabelecem que cabe aos proprietrios a pavimentao da calada. Dizem, ainda, as legislaes, que compete ao dono do imvel a con-servao do passeio pblico de acordo com as normas estabelecidas pela municipalidade. Comumente estas normas especificam o tipo de material a ser utilizado, metragens, permisso ou no para colocao de aces-srios tais como lixeiras, floreiras, canteiros, etc.

    Os sndicos devem considerar, tambm, o fato de que a manuteno das caladas, alm de evitar eventuais penalizaes, garantir a segurana de quem s utilizam e eliminar a possibilidade de responsabili-zao por acidentes, implicam, ainda, em valorizao patrimonial.

    Execuo e manuteno das caladas so de responsabilidade dos proprietrios

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    Preveno

    Veja abaixo algumas recomendaes feitas por re-presentantes da Brigada Militar, por ocasio de eventos, destinados a sndicos e condminos, promovidos pelo Secovi/RS e pela Agademi:

    Identi cao: O ingresso de funcionrios de pres-tadoras de servios s deve ser permitido depois da identifi cao do mesmo e consulta junto ao morador so-bre a solicitao do servio prestado. Veculos tambm devem ser identifi cados atravs de anotao da placa.

    Acesso: O ideal que a entrada de entregadores de produtos, no prdio, seja proibida, sendo que algum do apartamento dever receber as encomendas na porta-ria. J os visitantes devero se apresentar, atravs de in-terfone, e s podero entrar no prdio aps autorizao do morador que estiver sendo visitado.

    Equipamentos: Sempre que as condies fi nancei-ras permitirem, deve-se priorizar a instalao de equipa-mentos como alarmes, cmeras e monitores. Uma boa iniciativa colocar uma guarita recuada do porto, com grades altas ao redor do edifcio, e sempre controlar o porto da garagem.

    Portaria: Os porteiros no devem abandonar seus postos para atender estranhos no porto ou na gara-gem. Devem, ainda, comunicar aos sndicos a ocorrncia de movimentao prxima a estes locais.

    Vigilncia: Os moradores devem atentar para os momentos em que estiverem saindo ou entrando no prdio, verifi cando a presena de pessoas suspeitas nas imediaes. Uma dica interessante estabelecer uma senha entre moradores, visando casos de perigo. A mes-ma dever ser trocada periodicamente e mantida em segredo por seus usurios.

    Pesquisas demonstram que muitos acidentes acon-tecem quando as pessoas esto em casa. Considerando que as reas de uso comum de um prdio tambm fa-zem parte do lar de cada um dos moradores, a Revista Espao Imvel relembra aos sndicos alguns procedi-mentos que podem aumentar a segurana de todos:

    Veri que constantemente as condies gerais dos pisos das reas de uso comum. Basta uma pea solta, mais escorregadia, ou a falta de um pequeno pedao num degrau de escada, para provocar uma queda de graves consequncias.

    Informe aos condminos sobre os dias em que os pisos so lavados e procure adotar uma sinalizao para quando isto estiver ocorrendo, pois eles fi cam mais lisos. Evite o uso de cera e tapetes em corredores e escada-

    Aumente a segurana em seu condomnio

    Reduza a ocorrncia de acidentes em reas de uso comum rias.

    Fios soltos, desencapados ou at mesmo estendi-dos, nas reas de circulao, so muito perigosos. Orien-te aos condminos para que no sobrecarreguem a rede eltrica das unidades. A percepo deste fato bastante simples. Quando acionamos um aparelho e ele provoca interferncia em um outro, que j est sendo utilizado, ou queda de tenso, sinal de que existe algum tipo de problema nas instalaes. Para o bem de todos os mora-dores, nunca permita que sejam feitas ligaes clandes-tinas ou por pessoas sem a devida especializao.

    Delimite as reas reservadas a recreao das crian-as evitando que elas trafeguem com bicicleta, patinete, skate ou pratiquem qualquer tipo de jogos nas reas de circulao.

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    2 So equiparados aos proprietrios, para os fi ns deste arti-go, salvo disposio em contrrio, os promitentes compradores e os cessionrios de direitos relativos s unidades autnomas.

    Art. 1.335 - So direitos do condmino: I - usar, fruir e livremente dispor das suas unidades; II - usar das partes comuns, conforme a sua destinao, e con-

    tanto que no exclua a utilizao dos demais compossuidores; III - votar nas deliberaes da assemblia e delas participar,

    estando quite. Art. 1.336 - So deveres do condmino: I - contribuir para as despesas do condomnio na proporo

    das suas fraes ideais, salvo disposio em contrrio na conven-o; (Redao dada pela Lei n 10.931, de 2004)

    II - no realizar obras que comprometam a segurana da edi-fi cao;

    III - no alterar a forma e a cor da fachada, das partes e esqua-drias externas;

    IV - dar s suas partes a mesma destinao que tem a edifi ca-o, e no as utilizar de maneira prejudicial ao sossego, salubri-dade e segurana dos possuidores, ou aos bons costumes.

    1 O condmino que no pagar a sua contribuio fi car sujeito aos juros moratrios convencionados ou, no sendo pre-vistos, os de um por cento ao ms e multa de at dois por cento sobre o dbito.

    2 O condmino, que no cumprir qualquer dos deveres estabelecidos nos incisos II a IV, pagar a multa prevista no ato constitutivo ou na conveno, no podendo ela ser superior a cinco vezes o valor de suas contribuies mensais, independen-temente das perdas e danos que se apurarem; no havendo dis-posio expressa, caber assemblia geral, por dois teros no mnimo dos condminos restantes, deliberar sobre a cobrana da multa.

    Art. 1337 - O condmino, ou possuidor, que no cumpre rei-teradamente com os seus deveres perante o condomnio pode-r, por deliberao de trs quartos dos condminos restantes, ser constrangido a pagar multa correspondente at ao quntuplo do valor atribudo contribuio para as despesas condominiais, conforme a gravidade das faltas e a reiterao, independente-mente das perdas e danos que se apurem.

    Pargrafo nico: O condmino ou possuidor que, por seu reiterado comportamento anti-social, gerar incompatibilidade de convivncia com os demais condminos ou possuidores, po-der ser constrangido a pagar multa correspondente ao dcuplo do valor atribudo contribuio para as despesas condominiais, at ulterior deliberao da assemblia.

    Art. 1.338 - Resolvendo o condmino alugar rea no abrigo para veculos, preferir-se-, em condies iguais, qualquer dos condminos a estranhos, e, entre todos, os possuidores.

    Art. 1.339 - Os direitos de cada condmino s partes comuns so inseparveis de sua propriedade exclusiva; so tambm inse-parveis das fraes ideais correspondentes as unidades imobili-rias, com as suas partes acessrias.

    1 Nos casos deste artigo proibido alienar ou gravar os bens em separado.

    2 permitido ao condmino alienar parte acessria de

    So equiparados aos proprietrios, para os fi ns deste arti-go, salvo disposio em contrrio, os promitentes compradores e os cessionrios de direitos relativos s unidades autnomas.

    - So direitos do condmino: I - usar, fruir e livremente dispor das suas unidades; II - usar das partes comuns, conforme a sua destinao, e con-

    tanto que no exclua a utilizao dos demais compossuidores;

    Captulo VII - Do Condomnio EdilcioSeo I - Disposies Gerais

    Art. 1.331 - Pode haver, em edifi caes, partes que so pro-priedade exclusiva, e partes que so propriedade comum dos condminos.

    1 As partes suscetveis de utilizao independente, tais como apartamentos, escritrios, salas, lojas, sobrelojas ou abri-gos para veculos, com as respectivas fraes ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprie-trios.

    2 O solo, a estrutura do prdio, o telhado, a rede geral de distribuio de gua, esgoto, gs e eletricidade, a calefao e re-frigerao centrais, e as demais partes comuns, inclusive o acesso ao logradouro pblico, so utilizados em comum pelos cond-minos, no podendo ser alienados separadamente, ou divididos.

    3 A cada unidade imobiliria caber, como parte insepa-rvel, uma frao ideal no solo e nas outras partes comuns, que ser identifi cada em forma decimal ou ordinria no instrumento de instituio do condomnio. (Redao dada pela Lei n 10.931, de 2004)

    4 Nenhuma unidade imobiliria pode ser privada do aces-so ao logradouro pblico.

    5 O terrao de cobertura parte comum, salvo disposio contrria da escritura de constituio do condomnio.

    Art. 1.332 - Institui-se o condomnio edilcio por ato entre vi-vos ou testamento, registrado no Registro de Imveis, devendo constar daquele ato, alm do disposto em lei especial:

    I - a discriminao e individualizao das unidades de pro-prieda-de exclusiva, estremadas uma das outras e das partes comuns;

    II - a determinao da frao ideal atribuda a cada unidade, relativamente ao terreno e partes comuns;

    III - o fi m a que as unidades se destinam. Art. 1.333 - A conveno que constitui o condomnio edilcio

    deve ser subscrita pelos titulares de, no mnimo, dois teros das fraes ideais e torna-se, desde logo, obrigatria para os titulares de direito sobre as unidades, ou para quantos sobre elas tenham posse ou deteno.

    Pargrafo nico: Para ser oponvel contra terceiros, a conven-o do condomnio dever ser registrada no Registro de Imveis.

    Art. 1.334 - Alm das clusulas referidas no art. 1.332 e das que os interessados houverem por bem estipular, a conveno determinar:

    I - a quota proporcional e o modo de pagamento das contri-buies dos condminos para atender s despesas ordinrias e extraordinrias do condomnio;

    II - sua forma de administrao; III - a competncia das assemblias, forma de sua convocao

    e quorum exigido para as deliberaes; IV - as sanes a que esto sujeitos os condminos, ou pos-

    suidores; V - o regimento interno. 1 A conveno poder ser feita por escritura pblica ou por

    instrumento particular.

    O Cdigo Civil e os condomniosO atual Cdigo Civil, Lei n 10.406/02, que entrou em vigor em janeiro de 2003, promoveu signifi cativas modifi caes na

    Lei n 4.591/64, que trata dos Condomnios e Incorporaes. Confi ra a seguir os artigos do Cdigo Civil, de 1.331 a 1.358, que dizem respeito as questes condominiais:

    Legislao

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    Legislao

    14

    impor e cobrar as multas devidas; VIII - prestar contas assemblia, anualmente e quando exi-

    gidas; IX - realizar o seguro da edifi cao. 1 Poder a assemblia investir outra pessoa, em lugar do

    sndico, em poderes de representao. 2 O sndico pode transferir a outrem, total ou parcialmente,

    os poderes de representao ou as funes administrativas, me-diante aprovao da assemblia, salvo disposio em contrrio da conveno.

    Art. 1.349 - A assemblia, especialmente convocada para o fi m estabelecido no 2 do artigo antecedente, poder, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, destituir o sndico que praticar irregularidades, no prestar contas, ou no adminis-trar convenientemente o condomnio.

    Art. 1.350 - Convocar o sndico, anualmente, reunio da as-semblia dos condminos, na forma prevista na conveno, a fi m de aprovar o oramento das despesas, as contribuies dos con-dminos e a prestao de contas, e eventualmente eleger-lhe o substituto e alterar o regimento interno.

    1 Se o sndico no convocar a assemblia, um quarto dos condminos poder faz-lo.

    2 Se a assemblia no se reunir, o juiz decidir, a requeri-men-to de qualquer condmino.

    Art. 1.351 - Depende da aprovao de 2/3 (dois teros) dos votos dos condminos a alterao da conveno; a mudana da destinao do edifcio, ou da unidade imobiliria, depende da aprovao pela unanimidade dos condminos. (Redao dada pela Lei n 10.931, de 2004)

    Art. 1.352 - Salvo quando exigido quorum especial, as delibe-raes da assemblia sero tomadas, em primeira convocao, por maioria de votos dos condminos presentes que represen-tem pelo menos metade das fraes ideais.

    Pargrafo nico. Os votos sero proporcionais s fraes ide-ais no solo e nas outras partes comuns pertencentes a cada con-dmino, salvo disposio diversa da conveno de constituio do condomnio.

    Art. 1.353 - Em segunda convocao, a assemblia poder deliberar por maioria dos votos dos presentes, salvo quando exi-gido quorum especial.

    Art. 1.354 - A assemblia no poder deliberar se todos os condminos no forem convocados para a reunio.

    Art. 1.355 - Assemblias extraordinrias podero ser convo-cadas pelo sndico ou por um quarto dos condminos.

    Art. 1.356 - Poder haver no condomnio um conselho fi scal, composto de trs membros, eleitos pela assemblia, por prazo no superior a dois anos, ao qual compete dar parecer sobre as contas do sndico.

    Seo III - Da Extino do CondomnioArt. 1.357 - Se a edifi cao for total ou consideravelmente

    destruda, ou ameace runa, os condminos deliberaro em as-semblia sobre a reconstruo, ou venda, por votos que repre-sentem metade mais uma das fraes ideais.

    1 Deliberada a reconstruo, poder o condmino eximir--se do pagamento das despesas respectivas, alienando os seus direitos a outros condminos, mediante avaliao judicial.

    2 Realizada a venda, em que se preferir, em condies iguais de oferta, o condmino ao estranho, ser repartido o apu-rado entre os condminos, proporcionalmente ao valor das suas unidades imobilirias.

    Art. 1.358 - Se ocorrer desapropriao, a indenizao ser repartida na proporo a que se refere o 2 do artigo antece-dente.

    sua unidade imobiliria a outro condmino, s podendo faz-lo a terceiro se essa faculdade constar do ato constitutivo do con-domnio, e se a ela no se opuser a respectiva assemblia geral.

    Art. 1.340 - As despesas relativas a partes comuns de uso exclusivo de um condmino, ou de alguns deles, incumbem a quem delas se serve.

    Art. 1.341 - A realizao de obras no condomnio depende: I - se volupturias, de voto de dois teros dos condminos; II - se teis, de voto da maioria dos condminos. 1 As obras ou reparaes necessrias podem ser realizadas,

    independentemente de autorizao, pelo sndico, ou, em caso de omisso ou impedimento deste, por qualquer condmino.

    2 Se as obras ou reparos necessrios forem urgentes e im-portarem em despesas excessivas, determinada sua realizao, o sndico ou o condmino que tomou a iniciativa delas dar ci-ncia assemblia, que dever ser convocada imediatamente.

    3 No sendo urgentes, as obras ou reparos necessrios, que importarem em despesas excessivas, somente podero ser efe-tuadas aps autorizao da assemblia, especialmente convoca-da pelo sndico, ou, em caso de omisso ou impedimento deste, por qualquer dos condminos.

    4 O condmino que realizar obras ou reparos necessrios ser reembolsado das despesas que efetuar, no tendo direito restituio das que fi zer com obras ou reparos de outra natureza, embora de interesse comum.

    Art. 1.342 - A realizao de obras, em partes comuns, em acrscimo s j existentes, a fi m de lhes facilitar ou aumentar a utilizao, depende da aprovao de dois teros dos votos dos condminos, no sendo permitidas construes, nas partes co-muns, suscetveis de prejudicar a utilizao, por qualquer dos condminos, das partes prprias, ou comuns.

    Art. 1.343 - A construo de outro pavimento, ou, no solo comum, de outro edifcio, destinado a conter novas unidades imobilirias, depende da aprovao da unanimidade dos cond-minos.

    Art. 1.344 - Ao proprietrio do terrao de cobertura incum-bem as despesas da sua conservao, de modo que no haja da-nos s unidades imobilirias inferiores.

    Art. 1.345 - O adquirente de unidade responde pelos dbitos do alienante, em relao ao condomnio, inclusive multas e juros moratrios.

    Art. 1.346 - obrigatrio o seguro de toda a edifi cao con-tra o risco de incndio ou destruio, total ou parcial.

    Seo II - Da Administrao do CondomnioArt. 1.347 - A assemblia escolher um sndico, que poder

    no ser condmino, para administrar o condomnio, por prazo no superior a dois anos, o qual poder renovar-se.

    Art. 1.348 - Compete ao sndico: I - convocar a assemblia dos condminos; II - representar, ativa e passivamente, o condomnio, pratican-

    do, em juzo ou fora dele, os atos necessrios defesa dos inte-resses comuns;

    III - dar imediato conhecimento assemblia da existncia de procedimento judicial ou administrativo, de interesse do condo-mnio;

    IV - cumprir e fazer cumprir a conveno, o regimento interno e as determinaes da assemblia;

    V - diligenciar a conservao e a guarda das partes comuns e zelar pela prestao dos servios que interessem aos possui-dores;

    VI - elaborar o oramento da receita e da despesa relativa a cada ano;

    VII - cobrar dos condminos as suas contribuies, bem como

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    Ano VII Edio Especial 2011A Revista do Mercado Imobi l ir io G acho.

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    Viva bem em condomnioViva bem em condomnioRespeito s regras, valorizao dos interesses coletivos, tolerncia e bom senso

    garantem convivncia em harmonia.Respeito s regras, valorizao dos interesses coletivos, tolerncia e bom senso

    garantem convivncia em harmonia.

    PARA USO DOS CORREIOS

    REINTEGRADO AO SERVIO POSTAL EM __/__/__ RESPONSVEL:________________________ __/__/__

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    END. INSUFICIENTEINF. PORTEIRO/SINDICO

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    Revista Espaco Imovel_Edicao Especial_2010_Versao 2.indd 16 30/06/2011 10:31:14