espaço aberto - edição 52
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Nº52 – JUL./AGO. DE 2015
ÉTICA: UMA REFLEXÃO SOBRE AS
AÇÕES HUMANASEscolhas presentes nas atitudes cotidianas de todos
P.7 HCPA é destaque em levantamento internacional
P.15 Qualificando ainda mais o time do Clínicas
EXPANSÃO
UM OLHAR NOTURNO SOBRE AS OBRASTrabalhos seguem a pleno vapor
14 20PESQUISA
Estudo do IATS analisou os dados de mais de 7 mil pessoas
MAIS UM AUXÍLIO PARA O CONTROLE DA DIABETES
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ÍNDICE
4 COMUNICAÇÃO
6 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
7 INSTITUCIONAL
10 QUALIDADE E SEGURANÇA
12 ENSINO
15 PARA VOCÊ
16 REPORTAGEM ESPECIAL
21 ASSISTÊNCIA
22 CULTURA
24 CURTAS
27 EVENTOS 28 DESTAQUES
30 MEMÓRIA 31 MURAL DE RECADOS
SUSTENTABILIDADE
Instalação de ecoponto e campanha de sustentabilidade foram as ações realizadas em junho, mês em que se comemora o dia do meio ambiente
HCPA REFORÇA SUA RESPONSABILIDADE COM O MEIO AMBIENTE
HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE (HCPA)Rua Ramiro Barcelos, 2.350 - CEP 90035-903 Porto Alegre/RS - www.hcpa.edu.br
ADMINISTRAÇÃO CENTRALPresidente: Amarilio Vieira de Macedo NetoVice-presidente Médica: Nadine ClausellVice-presidente Administrativa: Tanira Torelly PintoCoordenadora do Grupo de Enfermagem: Ana Maria Müller de MagalhãesCoordenador do Grupo de Pesquisa e Pós-graduação: Eduardo Pandolfi Passos
ESPAÇO ABERTOPublicação da Coordenadoria de Comunicação do HCPACoordenadora Responsável: Elisa Kopplin Ferraretto Reg. prof. 6784/ RSJornalistas: Camila Schäfer e Raquel SchneiderFotógrafo: Clóvis PratesProjeto Gráfico e Diagramação: Guilherme Mendes Pereira
EXPEDIENTE
ALEITAMENTO MATERNO
Clínicas já recebeu o prêmio IBCLC Care Award e é considerado amigo da criança
HOSPITAL INCENTIVA A AMAMENTAÇÃO
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Quem não gosta de contar como foi seu dia, de publicar
fotos da última viagem ou de dar sua opinião nas mídias
sociais? Cada vez mais presentes do dia a dia das pessoas
e das empresas, não há dúvidas de que estas tecnologias
chegaram para ficar. No HCPA, não é diferente. O hospi-
tal reconhece a importância das mídias sociais como canais
de comunicação e interação e incentiva seu uso. Mantém,
inclusive, perfis institucionais no Facebook, Twitter e You-
tube, divulgando informações e dialogando com o público.
As postagens são feitas pela Coordenadoria de Comunica-
ção, em sintonia com os princípios e valores institucionais.
Mas não dá para esquecer que, quando integrantes da co-
munidade interna de alguma forma mencionam o nome
do Clínicas em seus perfis pessoais - mesmo que seja só se
identificando como vinculados ao hospital – também estão
multiplicando a imagem institucional – positiva ou negati-
COMUNICAÇÃO
RECOMENDAÇÕES SÃO PRINCIPALMENTE PARA QUEM PUBLICA, COMENTA OU COMPARTILHA ALGUM CONTEÚDO ENVOLVENDO O HOSPITAL DE CLÍNICAS
HOSPITAL LANÇA GUIA DE BOAS PRÁTICAS NAS MÍDIAS SOCIAIS
Lembre-se que, nas redes sociais, todos os usuários passam a ser pessoas públicas. No momento em que se está vinculado a uma empresa ou instituição, tudo o que é postado envolvendo o nome desta pode ser interpretado como mensagem da própria instituição - mesmo que não exista nada oficial.
Em seu perfil pessoal, procure ter cuidado com suas postagens e fotos. Talvez você não queira que todas elas sejam vistas por seus colegas e chefes. Um fato divertido se compartilhado com amigos próximos pode ser mal interpretado quando visto por outras pessoas, prejudicando sua imagem como profissional sério e respeitável.
Não poste informações ou imagens relativas a pacientes. Lembre-se que você possui compromisso formal com a confidencialidade das informações do prontuário e a proteção da imagem do paciente. Mesmo em grupos fechados com fins exclusivamente profissionais, tenha cautela na troca de informações e na inclusão dos destinatários que irão interagir com você.
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HOSPITAL LANÇA GUIA DE BOAS PRÁTICAS NAS MÍDIAS SOCIAIS
va, conforme a postura adotada. Tendo isso em vista, o
HCPA lançou o Guia de Boas Práticas nas Mídias Sociais, a
ser seguido quando alguém mencionar, comentar, publi-
car ou compartilhar algum conteúdo envolvendo o hospi-
tal nas mídias sociais.
Para que todos tivessem acesso ao documento, en-
tre os dias 15 e 19 de junho foram instalados dois totens
interativos, no primeiro e segundo andares, onde as pes-
soas puderam consultar as recomendações contidas no
guia. Para Franciana Von Wurmb, agente administrativa
da Coordenadoria de Gestão da Tecnologia da Informa-
ção (CGTI), o guia é uma boa maneira de orientar a comu-
nidade interna. “Já percebi algumas pessoas reclamando
do trabalho nas redes sociais. No meu caso, é bem difí-
cil eu postar alguma coisa relacionada ao hospital. Acho
que a única vez que postei algo foi quando fiz oito anos
de casa”, comentou. Já a chefe da Seção Administrati-
va do Centro de Terapia Intensiva (CTI), Michele Sbaraini
Savaris, relembrou um episódio ocorrido há alguns anos,
envolvendo um funcionário do hospital. Segundo ela, o
profissional teria publicado fotos da Emergência, compa-
rando a área com um campo de guerra. “Acho que o
guia é importante para as pessoas terem bom senso na
hora de utilizarem as redes sociais, ainda mais quando se
identificam como sendo do hospital”, disse.
Quem ainda não consultou o guia pode acessá-lo na
intranet (página da Comunicação - link Redes Sociais).
Os debates e as discussões de ideias são valiosos. Expresse suas opiniões de forma respeitosa e tenha cuidado com temas polêmicos (religião, política, esportes e opções sexuais). Não esqueça que um dos Valores do HCPA é o respeito à pessoa, incluindo todas as individualidades.
A troca de informações por celulares, através de SMS ou WhatsApp, também deve seguir todos os cuidados já mencionados, já que esta ferramenta de comunicação pode, inclusive, facilitar o vazamento de informações confidenciais de pacientes ou funcionários do HCPA.
Você é livre para dizer o que pensa, mas evite se expor indevidamente. Pense primeiro e só depois poste a mensagem.
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O Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU) conta com cada vez mais novidades disponibilizadas para
os usuários do HCPA. Os diferentes módulos são implantados através de pilotos em áreas específicas (AGHU Beta), para
que as funcionalidades possam ser validadas de forma mais adequada e ocorra uma transição gradual. Aos poucos, as
funcionalidades envolvidas serão desativadas no AGHWeb, para que o uso definitivo ocorra apenas no sistema AGHU.
Os mais recentes módulos em implantação são Consultoria Internação, Prescrição Médica Internação, Solicitação de Exames,
Contas a Pagar, PAC, Cadastros CCIH, Sessões Terapêuticas (primeira entrega), Órteses, Próteses e Materiais Especiais,
Prontuário Online, Pregão Eletrônico, Parecer Técnico, Faturamento Internação SUS e Transplantes (primeira entrega).
A experiência da implantação dos módulos Prescrição Médica e Solicitação de Exames, por exemplo, foi avaliada de forma
positiva pelo coordenador médico da Unidade Álvaro Alvim, Antônio Carlos Gruber. “O layout ficou mais atrativo, mais
moderno e fácil de usar. Percebemos que se trata de uma ferramenta que apresenta muitas possibilidades futuras para o
desenvolvimento de novas funcionalidades e estamos satisfeitos com os resultados”, aponta.
A enfermeira da Unidade de Ambiente Protegido - 5º Sul Fabiane de Ávila Marek observa as vantagens da implantação do
sistema no cotidiano. “Minha unidade começou a usar há pouco o AGHU e o principal benefício que notei foi a agilidade no
momento de registrar as informações do paciente, em especial os sinais vitais. Como as informações do paciente não estão
restritas à pasta física (o prontuário de papel), fica mais fácil e acessível também que todos saibam esses dados.”
O sistema AGHU, desenvolvido no Clínicas com origem no sistema AGH (Aplicativo de Gestão Hospitalar), já está em
funcionamento em mais de 30 hospitais públicos nas cinco regiões do Brasil, graças à parceria entre o Clínicas e a Empresa
Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
AVANÇA IMPLANTAÇÃO DO AGHU
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
EXPERIÊNCIA COM NOVO SISTEMA AGRADA USUÁRIOS
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AVANÇA IMPLANTAÇÃO DO AGHU
O Hospital de Clínicas de Porto Alegre está entre os dez melhores
hospitais da América Latina no ranking Web of Hospitals, ocupando
sétimo lugar. Já entre todos os hospitais do mundo, está na posição
349º e é um dos cinco hospitais brasileiros (e o único do Rio Grande
do Sul) entre os primeiros 500 colocados. Também é o hospital geral
público brasileiro que ocupa melhor posição. O levantamento avaliou
mais de 16,5 mil instituições em todo o mundo.
O Web of Hospitals é uma ferramenta que busca reconhecer as
instituições comprometidas com a disseminação de publicações
científicas e material acadêmico. A pesquisa leva em conta o volume de
informações publicadas, o impacto e a visibilidade de tais conteúdos, a
partir do número de links externos que os referenciam. A metodologia
considera as análises quantitativas de conteúdos disponibilizados na
internet, especialmente aqueles relacionados a processos de geração
e comunicação acadêmica de conhecimento científico, avaliando as
atividades científicas, o desempenho e o impacto.
A notícia ganhou destaque nos meios de comunicação locais, além de
ter gerado grande impacto no Facebook: a postagem alcançou mais
de 48 mil pessoas, teve 1.185 curtidas, 391 compartilhamentos e 55
comentários - entre eles, o de Teresa Pinto Pouey Antunes de Oliveira:
“os profissionais da saúde do Hospital de Clínicas de Porto Alegre me
trataram, me cuidaram, me deram todo apoio e tornaram possível a
minha sobrevivência. Passei por momentos difíceis, mas tive um final
feliz graças à competência e dedicação destes profissionais. Gratidão
para sempre. Sigo em tratamento e acompanhamento clínico no
Ambulatório e não seria demais dizer que, no Clínicas, me sinto em
casa”. O material completo pode ser acessado em
http://hospitals.webometrics.info/en.
1 Instituto Nacional de Câncer (Inca)
2 Hospital Israelita Albert Einstein
3 Hospital Italiano de Buenos Aires
4 Hospital El Cruce
5 Grupo Médica Sur
6 Instituto do Coração do Hospital das Clínicas
7 Hospital de Clínicas de Porto Alegre
8 Clínica las Condes
9 Hospital San José Tec de Monterrey
10 Hospital Clínico de la Universidad de Chile
RANKING ELENCA INSTITUIÇÕES DE DESTAQUE NA DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES ACADÊMICAS E CIENTÍFICAS
INSTITUCIONAL
HCPA É DESTAQUE EM LEVANTAMENTO INTERNACIONAL
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Como seres mamíferos, os humanos necessitam amamen-
tar os filhos quando nascem e, durante toda a história
antiga, foi assim que aconteceu. No entanto, as transfor-
mações sociais e econômicas que a modernidade trouxe
modificaram a rotina de muitas mães, e o aleitamento ma-
terno acabou sendo deixado para segundo plano e se tor-
nando menos frequente que o aconselhado. Atualmente,
estudos mostram a importância desse tipo de alimentação
e a Organização Mundial de Saúde (OMS) já recomenda
que a amamentação seja exclusiva durante os seis primeiros
meses de vida do bebê e continuada até dois anos ou mais.
No hospital, para garantir que essas recomen-
dações sejam seguidas, há um grupo de profissionais
comprometidos com a promoção, proteção e apoio ao
aleitamento materno e certificados internacionalmente
como consultores em lactação pelo International Board
of Lactation Consultant Examiners (IBLCE). O Clínicas in-
clusive já recebeu o prêmio IBCLC Care Award, um re-
conhecimento internacional concedido às maternidades,
ambulatórios pediátricos e unidades de atenção básica
que, entre outros requisitos, promovem o aleitamento
materno e possuem os consultores especializados.
Estes profissionais se submetem, a cada cinco anos,
a um exame aplicado simultaneamente em diversos países
e são internacionalmente reconhecidos como especialistas
em manejo clínico do aleitamento materno. Existem hoje
cerca de 27,5 mil consultores internacionais em lactação,
em mais de cem países, e aproximadamente 80 no Brasil.
O HCPA conta com três enfermeiras (Cléa Carvalho, Olga
Bica e Marion Kohlmann), um neonatologista (Leandro
Nunes) e três professores (Elsa Giugliani, Lilian Espírito
Santo e Roberto Mário Issler) com a titulação.
Para receber o prêmio IBCLC Care Award, a ins-
tituição precisa manter pelo menos um profissional
envolvido com a proteção e promoção do aleitamento
materno de cinco a sete dias por semana. A enfermei-
ra Cléa Carvalho é quem faz este trabalho. “Eu não
conheço outro hospital público que possua um profis-
sional dedicado exclusivamente a esta função, exceto
nos Estados Unidos”, disse Lilian. Cléa presta consul-
toria para diversas áreas do hospital e também para a
comunidade externa, através do disque-amamentação.
Historicamente, o HCPA investe em promoção do
aleitamento materno. De acordo com Lilian, no final da
década de 1980 já existia um grupo multiprofissional de
promoção, que nos últimos anos culminou na criação do
Comitê de Proteção e Promoção do Aleitamento Mater-
no. O grupo oferece cursos anuais, com carga horária
de 20 horas, para capacitar os novos profissionais que
chegam e manter o título de Hospital Amigo da Criança,
conquistado pelo HCPA no final dos anos 1990.
HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇAO HCPA é considerado um Hospital Amigo da Criança
desde 1997. A iniciativa foi idealizada em 1990 pela Uni-
cef e Organização Mundial de Saúde (OMS) e preconiza
ALEITAMENTO MATERNO
CLÍNICAS JÁ RECEBEU O PRÊMIO IBCLC CARE AWARD E É CONSIDERADO AMIGO DA CRIANÇA
HOSPITAL INCENTIVA A AMAMENTAÇÃO
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CLÍNICAS JÁ RECEBEU O PRÊMIO IBCLC CARE AWARD E É CONSIDERADO AMIGO DA CRIANÇA
HOSPITAL INCENTIVA A AMAMENTAÇÃO
que a instituição hospitalar cumpra alguns critérios: os
Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno, o
Código Internacional de Proteção ao Aleitamento Mater-
no e as Boas Práticas de Atenção ao Parto e Nascimen-
to, além de garantir a presença de acompanhante para
os recém-nascidos internados. Essa iniciativa tem como
principal objetivo promover o aleitamento materno já na
primeira hora após o nascimento e sua exclusividade até
os primeiros seis meses do bebê e continuidade até os
dois anos ou mais. Anualmente, o hospital realiza uma
autoavaliação e, a cada três anos, é reavaliado pelo Mi-
nistério da Saúde para manter essa certificação.
Cléa Machado de Carvalho - (enfermeira consultora em Aleitamento Materno, coordenadora do Comitê de Proteção e
Promoção do Aleitamento Materno), Annelise de Carvalho Gonçalves - (professora da Escola de Enfermagem - Ufrgs), Elsa
Regina Justo Giugliani - (professora da Faculdade de Medicina - Ufrgs), Fernanda Peixoto Córdova - (enfermeira representante
da Unidade Básica Santa Cecília), Jaqueline Bianchini Consoli - (gerente administrativa da Atenção Materno-infantil),
Kátia Maria Weiss - (fonoaudióloga), Lauren Medeiros Paniagua - (fonoaudióloga da UTI Neonatal), Leandro Meirelles
Nunes - (médico pediatra da Neonatologia), Lilia Farret Refosco - (nutricionista do Banco de Leite Humano e Unidade de
Neonatologia), Lilian Córdova do Espírito Santo - (professora assistente do Serviço de Enfermagem em Neonatologia), Luciane
Bica Campello Cimador - (enfermeira representante da Unidade de Centro Obstétrico), Mário Francisco Silveira Rita - (chefe da
Unidade de Alojamento Conjunto), Márcia Costa Knoener - (enfermeira representante da Unidade de Internação Obstétrica),
Raquel Cristina Concatto - (enfermeira representante da Unidade de Neonatologia).
INTEGRANTES DO COMITÊ DE PROTEÇÃO E PROMOÇÃO DO ALEITAMENTO MATERNO DO HCPA
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As Metas Internacionais de Segurança do Paciente, lançadas em 2004 pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
através da Aliança Mundial para Segurança do Paciente, têm o objetivo de promover melhorias específicas em situa-
ções consideradas de maior risco para a assistência. Estas metas foram adotadas pela Joint Commission International
(JCI), que requer que todos os hospitais acreditados cumpram e monitorem as seis metas. O HCPA, como hospital
acreditado, adotou estas estratégias como forma de melhorar continuamente a qualidade e segurança do paciente.
Em 2014, a JCI lançou a quinta edição do seu manual de padrões, alterando alguns dos itens exigidos para as metas.
Confira a seguir essas modificações e os resultados de alguns indicadores no HCPA.
QUALIDADE E SEGURANÇA
NOVA EDIÇÃO DO MANUAL DA JCI TRAZ ALGUMAS ALTERAÇÕES NAS METAS, CONFIRA!
METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
IDENTIFICAR CORRETAMENTE OS PACIENTES Os identificadores do paciente dentro do hospital são seu nome completo e número de prontuário, presentes na pulseira de identificação. Os profissionais do hospital devem conferir os dados da pulseira e compará-los com os dados presentes nos rótulos e documentos envolvidos no cuidado que está sendo prestado ao paciente, obrigatoriamente antes de: administrar medicamentos, sangue e hemocomponentes; coletar exames de sangue ou outras amostras; procedimentos invasivos; e administrar dieta restritiva. Em 2014, foi disponibilizado um curso em EAD, para reforçar a rotina de verificação da identificação nos momentos obrigatórios. A adesão a essa rotina melhorou após a realização do curso. Para se ter uma ideia, em abril de 2013, a taxa era de 57,81%; em maio de 2014, a porcentagem passou para 70,11%.
MELHORAR A EFICÁCIA DA COMUNICAÇÃOO HCPA já tem adotado a “comunicação efetiva” para a comunicação verbal de resultados alarmantes de exames e prescrição verbal de medicamentos em situações de urgência. Na quinta edição do manual, foi incluído um padrão que solicita uniformidade de processos em três momentos da transferência de cuidado do paciente, que são: troca de informações sobre o paciente de um turno para outro entre os profissionais (passagem de plantão); transferência do paciente entre unidades dentro do hospital, especialmente quando o nível de cuidado é diferente (ex.: paciente que sai do CTI e vai para a unidade de internação aberta, ou vice-versa); transferência temporária do paciente para unidades de diagnóstico ou terapêuticas (ex.: paciente que sai da unidade para realizar exame na Radiologia ou que vai para sessão de hemodiálise).
1 2METAMETA
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METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE MELHORAR A SEGURANÇA DE
MEDICAMENTOS DE ALTA VIGILÂNCIA Existe uma lista de medicamentos considerados de “alta vigilância”. Eles têm embalagens e rótulos especiais e ficam armazenados em locais segregados. Na revisão do manual da JCI, foi solicitada a inclusão, como medicamentos de alta vigilância, daqueles que têm nomes parecidos (look-alike) e também daqueles envolvidos em erros frequentes ou graves na instituição. Confira nas unidades do hospital como ficou a listagem após a adoção do novo padrão.
REDUZIR O RISCO DE INFECÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS À SAÚDE
A JCI reforça a importância de implantação de campanhas e estratégias para a promoção da higiene de mãos, bem como o monitoramento da adesão a esta prática nos diferentes ambientes da instituição. No HCPA, a higiene de mãos é foco de campanhas anuais de reforço. A observação direta dos profissionais nas oportunidades de higienização de mãos é o indicador que avalia a adesão à meta 5. A taxa de adesão à higiene de mãos em janeiro de 2014 era de 66,7%. Em dezembro do mesmo ano, a porcentagem caiu para 62,4%.
GARANTIR A CIRURGIA/ PROCEDIMENTO NO LOCAL CORRETO, O PROCEDIMENTO CORRETO E A CIRURGIA NO PACIENTE CORRETO Na quinta edição do manual, é reforçada a atenção que deve ser dada ao momento de pausa cirúrgica (time out), que deve ocorrer imediatamente antes da incisão cirúrgica ou introdução de equipamentos/cateteres. A pausa deve acontecer com toda a equipe envolvida no procedimento e visa confirmar novamente se o paciente é o correto, qual procedimento proposto, se a antibioticoprofilaxia foi administrada, se todos os itens essenciais ao procedimento estão em sala e se os equipamentos foram testados e estão funcionando.
REDUZIR O RISCO DE DANOS AOS PACIENTES RESULTANTES DE QUEDASExiste no hospital um grupo de trabalho multiprofissional que estabelece as diretrizes para avaliação dos pacientes quanto ao risco de queda, define medidas preventivas, monitora as quedas ocorridas e implementa planos de ação para minimizar os riscos do paciente e do ambiente. Neste ano, até o final de maio, haviam sido notificadas 180 quedas, sendo que nenhuma causou dano grave aos pacientes.
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META
META
META
META
Já está disponível no Portal EAD o novo curso sobre as Metas Internacionais de segurança do Paciente, com as alterações da quinta edição do manual de padrões da JCI. Não esqueça de realizá-lo, pois é obrigatório!
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Em seu primeiro ano de atividades, o Centro de Simu-
lação em Procedimentos Minimamente Invasivos (par-
ceria entre o Hospital de Clínicas e o Instituto Simutec)
já capacitou mais de 457 membros da comunidade do
HCPA, sendo 258 doutorandos da Faculdade de Medicina
da Ufrgs. Foram realizados 712 cursos entre os diferentes
públicos, que incluem também os residentes de Cirurgia
Geral, Digestiva, Proctologia, Urologia, Cirurgia Torácica,
Cirurgia Vascular, Cirurgia Pediátrica e Ginecologia, além
de outras áreas que utilizam os simuladores endoscópicos
(Gastroenterologia, Pneumologia).
O sucesso do trabalho desenvolvido nos diversos trei-
namentos impulsionou projetos em outras especialidades,
pois há simuladores de procedimentos endoscópicos (en-
doscopia digestiva alta e baixa), fibrobroncoscopia e cirurgia
endovascular. “A ideia é contemplar residentes de todas as
especialidades cirúrgicas e de algumas especialidades clínicas
com procedimentos invasivos, como Cardiologia, Pneumolo-
gia e Gastroenterologia”, explica o coordenador do Progra-
ma de Cirurgia Robótica, professor Leandro Totti Cavazzola.
O segundo semestre de 2015 inaugura outra eta-
pa, pois passam a ser disponibilizados novos simulado-
ENSINO
NOVIDADES NO CENTRO DE SIMULAÇÃO TREINAMENTOS ESTARÃO DISPONÍVEIS PARA MAIS ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS
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NOVIDADES NO CENTRO DE SIMULAÇÃO res, com foco na realização de ultrassom (importante
para o procedimento de punção venosa orientada por
ecógrafo) e de exame abdominal “FAST” (de avalia-
ção rápida para pacientes com trauma abdominal). A
prática nestas ferramentas proporciona uma redução
significativa em complicações dos acessos venosos cen-
trais, como pneumotórax e punção arterial, e melhorias
na realização dos procedimentos. Também entram em
funcionamento simuladores de exame físico ginecológi-
co, que possibilitam a manipulação de diferentes tipos
de útero com doenças diversas. “É possível, por exem-
plo, para um residente, analisar a manifestação de um
mioma no órgão sem precisar fazer um novo exame de
toque vaginal, em uma paciente que de fato tenha o
problema, evitando exames desnecessários sem perda
da qualidade no ensino”, aponta Totti. Entre os novos
simuladores estarão ainda o de exame artroscópico
para cirurgias de joelho e ombro, de procedimentos
endo-urológicos e de histeroscopia.
A gerente de Marketing e Vendas do Instituto Si-
mutec, Solange dos Santos, relata que a parceria com o
HCPA ocasionou visitas de universidades e hospitais, tan-
to públicos, quanto privados, que demonstraram interesse
no projeto a partir desta experiência. “Recebemos visitas
de responsáveis de instituições de Brasília, São Paulo, Ma-
ranhão e do Rio de Janeiro, com feedbacks extremamente
positivos. Já planejamos abrir o nosso segundo centro em
outro estado ainda em 2015.”
EXPERIÊNCIA ALÉM DO CURRÍCULOPara os doutorandos do 11º semestre do curso de Me-
dicina da Ufrgs, são obrigatórias pelo menos oito ho-
ras de prática no Centro e, para os acadêmicos do sé-
timo semestre, há quatro horas/aula de fundamentos
básicos em cirurgia. A vivência é positiva, conforme
avalia a doutoranda do último semestre de Medicina
da Ufrgs Cláudia Scherber Giugno. “Depois de ter
completado o treinamento previsto, tive a oportunida-
de de entrar em uma cirurgia e me senti muito segura
por já ter passado pelo simulador. A gente desenvolve
muito a noção espacial e a destreza manual e percebe
a melhora entre o desempenho inicial e o final, pois
gráficos mostram essa evolução”, relata.
| 14 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 52 / Julho - Agosto / 2015
No cair da noite, o canteiro de obras da ampliação do
Hospital de Clínicas transforma-se em uma curiosa
vista: fica semelhante a uma grande cidade cheia de
luzes, já que os trabalhos seguem até às 19h e, nesta
época, o anoitecer acontece mais cedo. O espaço
conta com uma infraestrutura de dez edificações
provisórias, para dar suporte aos funcionários e às
etapas construtivas em andamento.
A obra dos anexos está progredindo de acordo com o
previsto no cronograma físico-financeiro. Atualmente,
a execução encontra-se em uma das fases mais
importantes: a infraestrutura de fundação. É possível
observar a estrutura de pilares dos subsolos.
Informações e detalhes do andamento das obras
de ampliação do Hospital de Clínicas podem ser
acompanhados no hotsite www.hcpa.edu.br/expansao.
EXPANSÃO
UM OLHAR NOTURNO SOBRE AS OBRAS TRABALHOS SEGUEM A PLENO VAPOR
mil toneladas de aço consumidas.
mil metros cúbicos de concreto utilizados (1,4 mil caminhões).
mil metros cúbicos de solo escavados.
estacas executadas para a consolidação da fundação dos edifícios.
edificações provisórias instaladas no canteiro de obras, para dar suporte aos trabalhadores e à gestão do projeto.
trabalhadores
NÚMEROS ATÉ O MOMENTO
1,3
13
142
700
17
310
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Uma das metas do Planejamento Estratégico do hospital é garantir a permanente capacitação de sua comunidade
interna. Para isso, existe a Matriz de Capacitação, um conjunto de cursos que abordam temas diretamente relacionados
às orientações estratégicas da instituição e à qualificação das práticas de assistência e segurança do paciente.
Em 2015, a Matriz de Capacitação Institucional está composta por seis cursos, na modalidade ensino a distância
(EAD), que são obrigatórios a toda a comunidade do HCPA:
A meta prevê que pelo menos 80% dos funcionários de cada área realizem todos estes cursos até o final de 2015.
Para consultar a Matriz de Capacitação completa, que contém os cursos institucionais e específicos, acesse o link
Gestão de Pessoas/Capacitação, na intranet. Para saber quais cursos você ainda precisa realizar, acesse o Portal
EAD com seu usuário e senha do HCPA.
1 Situações de incêndio e outras emergências
2 Ações de sustentabilidade
3 Direitos e deveres dos pacientes
4 Higiene de mãos como medida de prevenção de infecções novo
5 Ética e Valores institucionais novo
6 Metas Internacionais de Segurança dos Pacientes novo
MATRIZ DE CAPACITAÇÃO TRAZ CURSOS INSTITUCIONAIS E ESPECÍFICOS QUE SÃO OBRIGATÓRIOS A TODOS OS FUNCIONÁRIOS DO CLÍNICAS
PARA VOCÊ
QUALIFICANDO AINDA MAIS O TIME DO HCPA
Fique atento aos cursos novos, pois eles ganharam informações adicionais e precisam ser realizados novamente.
| 16 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 52 / Julho - Agosto / 2015
ESCOLHAS PRESENTES NAS ATITUDES COTIDIANAS DE TODOS
ÉTICA: UMA REFLEXÃO SOBRE AS AÇÕES HUMANAS
REPORTAGEM ESPECIAL
| 17 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 52 / Julho - Agosto / 2015
ÉTICA: UMA REFLEXÃO SOBRE AS AÇÕES HUMANAS
Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas para verificar a
adequação das regras propostas pela Moral e pelo Direito. A Ética não estabelece regras,
é uma reflexão sobre a ação humana.Adolfo Sánchez Vázquez – autor da obra Ética
• Curso EAD Ética e Valores Institucionais: o material integra a Matriz de Capacitação Institucional.
• Material das comissões na Intranet, através do link Institucional - Comissões - Permanentes.
• Vázques AS. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
• Glock, RS, Goldim JR. Ética profissional e compromisso social. Mundo Jovem (PUCRS, Porto Alegre) 2003; XLI (335): 2-3.
PARA SABER MAIS
| 18 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 52 / Julho - Agosto / 2015
Quando conversa com alguém, você pode ser cortês ou não. Ao trabalhar, pode
executar as atividades com mais atenção ou de forma descuidada. Em cada atitude,
há uma escolha. Para cada passo dado, uma direção diferente. Definir o que é bom ou
mau, justo ou injusto, nas mais diversas esferas da vida humana: aí reside o campo
de estudo da Ética, uma reflexão crítica sobre a caracterização de condutas consideradas adequadas
ou inadequadas. “Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas para verificar a adequação
das regras propostas pela Moral e pelo Direito. A Ética não estabelece regras, é uma reflexão sobre
a ação humana”, escreve o filósofo espanhol Adolfo Sánchez Vázquez, autor da obra Ética.
REPORTAGEM ESPECIAL
O tema, portanto permeia o dia a dia de todas as relações
humanas e está presente nas mais diversas atitudes coti-
dianas. No Hospital de Clínicas, o assunto é trabalhado em
diferentes âmbitos, através dos seguintes grupos: Comis-
são de Ética Pública, Comissão de Ética Médica, Comissão
de Ética e Deontologia em Enfermagem, Comitê de Ética
em Pesquisa em Seres Humanos, Comissão de Ética em
Pesquisa no Uso de Animais e Comitê de Bioética Clínica.
“No caso dos três últimos, encontra-se um caráter mais
prospectivo nas atividades, no sentido de desenvolver me-
didas de prevenção. Já as três primeiras comissões estão
mais ligadas ao campo da ética profissional. Existem regras,
contidas nos códigos de ética profissional,
que devem ser cumpridas”,
explica o coordenador do
Comitê de Bioética Clínica,
José Roberto Goldim.
Com a atribuição de lidar com re-
gras aplicáveis a todos os funcionários do HCPA,
a Comissão de Ética Pública tem atua-
ção voltada para os agentes
públicos, conforme
explica seu
coordenador, Jairo Henrique Gonçalves. Entre as compe-
tências do órgão estão as de orientar e aconselhar sobre a
ética profissional do servidor no tratamento com as pessoas
e com o patrimônio, assim como receber e apurar denún-
cias sobre atos imputados aos agentes públicos, tais como
uso indevido do cargo público, enriquecimento ilícito no
exercício da função, patrocínio de interesse privado peran-
te a administração pública (tráfico de influência), violação
de sigilo, entre outros. “É importante perceber que os cui-
dados devem estar presentes nas mais diversas situações.
Cada folha de papel ou caneta que usamos no hospital é
um bem público. Não devemos, portanto, levar para casa,
por exemplo”, observa Marcia Mocellin Raymundo, uma
das integrantes da comissão.
REALIDADE PROFISSIONALJá as Comissões de Ética Médica e em Enfermagem tem
por objetivo zelar pelo cumprimento dos deveres e di-
reitos inerentes ao exercício profissional dos médicos
ou enfermeiros, respectivamente. A coordenadora da
Comissão de Ética em Enfermagem, professora Isabel
Echer, explica que o grupo também é responsável por
acolher demandas da equipe de Enfermagem e promo-
ver ações educativas. “Entre as atividades desenvolvidas
estão pareceres sobre situações encaminhadas pela
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equipe de Enfermagem, reuniões técnicas e palestras em
eventos internos e externos”, afirma.
Além da coordenadora, a comissão é formada por
três professores da Escola de Enfermagem da Ufrgs, repre-
sentando o Genf; um enfermeiro representando os chefes
de unidade; um enfermeiro representando a Associação
dos Enfermeiros do HCPA; um técnico de enfermagem e
um auxiliar de enfermagem. Isabel explica que as situações
a serem analisadas pela Comissão de Ética devem ser en-
caminhadas por escrito ou mensagem eletrônica (através
do e-mail [email protected] ) ou relatadas
pessoalmente à Comissão.
A Comissão de Ética Médica, por sua vez, tem fun-
ções fiscalizadoras, educativas e sindicantes do desempe-
nho ético da Medicina. Sua coordenadora, Maria Celeste
Wender, explica que o grupo, eleito pelos profissionais
do corpo clínico do hospital, está vinculado ao Conse-
lho Regional de Medicina. “A comissão deve averiguar
as eventuais desobediências ao Código de Ética Médica
no hospital, porém sem fazer o julgamento de tais casos.
Os membros são responsáveis pela apuração através de
sindicâncias e o encaminhamento dos casos ao Conselho
Regional de Medicina, quando houver indícios de infra-
ções”, aponta. Através de reuniões periódicas, são discuti-
das questões relativas à Ética Médica, encaminhadas pelos
diversos segmentos do Clínicas.
As leis de cada profissão têm o objetivo de proteger
os profissionais e as pessoas que deles dependem, mas há
muitos aspectos não previstos especificamente e que fa-
zem parte do comprometimento em ser eticamente ade-
quado e fazer a coisa certa. É o caso, por exemplo, de uma
auxiliar de enfermagem que, recentemente, mobilizou o
setor de Radiologia para localizar a quem pertencia uma
carteira com uma quantia significativa de dinheiro e car-
tão bolsa-família. A dona dos pertences estava com o filho
internado no hospital e o valor correspondia a doações,
conseguidas com muito esforço, para o tratamento
do paciente. Gestos como este vão além do
dever profissional e demonstram a pre-
ocupação com as pessoas em si.
• As senhas (de computadores, do sistema AGH e outros), bem como os crachás de acesso,
são pessoais e intransferíveis.
• Informações sobre pacientes são confidenciais e devem permanecer restritas às equipes assistenciais e não
devem ser comentadas em elevadores, corredores, refeitório, academia etc.
• Registros fotográficos só poderão ser realizados e divulgados mediante autorização dos envolvidos e do HCPA.
• É proibida a postagem de fotos nas redes sociais, com imagens de pacientes,
familiares e profissionais, no ambiente do HCPA.
• Na presença de pacientes e familiares, deve-se evitar falar sobre eventuais conflitos internos e assuntos que só
dizem respeito aos integrantes da equipe multiprofissional.
• Os bens do hospital não devem ser usados para fins particulares.
• Todas as pessoas, incluindo colegas, pacientes, familiares e demais pessoas devem ser tratados com respeito.
• O acesso às informações registradas em prontuários está restrito ao paciente, pessoas por ele autorizadas e à
equipe assistencial ou administrativa que necessita destas informações para o desempenho de suas atividades.
VALE LEMBRAR
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Ciente de sua responsabilidade com a saúde
da comunidade e o meio ambiente, o Clínicas
promoveu algumas ações no início de junho,
uma vez que o Dia Mundial do Meio Ambiente é
comemorado no dia 5.
A primeira foi uma campanha de sustentabilidade,
realizada na primeira semana do mês, com o
objetivo de despertar nas pessoas a consciência
e o respeito pelo meio ambiente. A cada dia, a
comunidade interna recebia uma nova dica.
Dia 1 - Impressão consciente, incentivando a imprimir
somente o necessário e dos dois lados do papel.
Dia 2 - Dia da caneca, em que as pessoas foram
convidadas a tirarem foto com suas canecas no
saguão do hospital, demonstrando a importância
de reduzir o consumo de copos descartáveis.
Dia 3 - Dedicado à carona, para estimular a prática
entre colegas que moram próximos.
Dia 4 - Dia do prato limpo, sugerindo a todos que
evitassem o desperdício de comida.
A segunda ação do mês de junho, voltada ao meio
ambiente, foi a instalação de um ecoponto para
descarte de resíduos que precisam de tratamento
especial, como óleo de cozinha, chapas de raio-x,
pilhas, baterias e objetos perfurocortantes. Ele está
localizado na área externa do Clínicas, próximo
aos banheiros públicos, e fica disponível a toda
a comunidade, interna e externa. O assunto foi
inclusive tema de reportagens na imprensa.
SUSTENTABILIDADE
HCPA REFORÇA SUA RESPONSABILIDADE COM O MEIO AMBIENTE INSTALAÇÃO DE ECOPONTO E CAMPANHA DE SUSTENTABILIDADE FORAM AS AÇÕES REALIZADAS EM JUNHO, MÊS EM QUE SE COMEMORA O DIA DO MEIO AMBIENTE
• Os perfurocortantes (seringas com agulhas) devem ser acondicionados em recipiente rígido (como caixa de leite, garrafa PET, entre outros).
• As chapas de raio-x devem ser descartadas sem os laudos.
• O óleo de cozinha deve estar acondicionado em garrafa PET.
• As pilhas e baterias devem estar em saco plástico.
CONFIRA COMO DESCARTAR CADA UM DOS RESÍDUOS NO ECOPONTO
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ASSISTÊNCIA
RESIDÊNCIA EM OFTALMOLOGIA É DESTAQUE NACIONAL
O Programa de Residência em Oftalmologia do HCPA é
o curso de especialização com a maior média nas últimas
quatro edições da Prova Nacional de Oftalmologia. Pelo
desempenho, o coordenador do programa, professor
Jacó Lavinsky, receberá, em setembro, o prêmio CBO/
Ensino 2015, concedido pelo Conselho Brasileiro de Of-
talmologia. Pela segunda vez, o HCPA recebe o destaque
principal. A prova nacional é realizada anualmente e ava-
lia os residentes dos 65 programas de especialização na
área do país, como condição para a concessão do título
de especialista em Oftalmologia.
Nos últimos dez anos, o Clínicas sempre se man-
teve entre os cinco primeiros colocados. “Essa contínua
performance dos residentes do hospital deve-se a uma
boa seleção dos candidatos, a uma preceptoria presente
nas atividades cirúrgicas e em áreas especializadas e a
uma abordagem teórica programada. Estes resultados,
portanto, são mérito do trabalho de uma equipe que
desenvolve suas atividades com dedicação e harmonia”,
observa o chefe do Serviço de Oftalmologia do HCPA,
professor Jacó Lavinsky.
QUALIFICAÇÃO E ATIVIDADES ESTRUTURADAS
A estrutura das atividades de ensino é um dos pilares da
conquista, conforme o professor. Entre os exemplos, está
a Reunião Científica, encontro diário em que a equipe
discute casos clínicos, bibliografia especializada e temas
de atualização. Na mesma linha, são ministrados regu-
larmente cursos de subespecialidades, de cirurgia experi-
mental e de conhecimentos básicos em Oftalmologia.
A qualificação dos membros do corpo docente e as-
sistencial é outro ponto de destaque: além da pós-gradu-
ação nos níveis de mestrado e doutorado, os integrantes
contam com número significativo de publicações e partici-
pações como ministrantes de eventos científicos nacionais
e internacionais. Já a Jornada de Oftalmologia do Hospital
de Clínicas há 32 anos apresenta anualmente programação
atualizada da área, voltada à comunidade oftalmológica.
Dentro das atividades científicas regulares estão ainda os
cursos de capacitação e aperfeiçoamento profissionais.
ESPECIALIZAÇÃO RECEBE PRÊMIO ENSINO CBO 2015
Tecnologia e qualificação da equipe são diferenciais
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NOTAS MUSICAIS PELOS CORREDORES DO CLÍNICAS
Com cada vez mais frequência, as notas musicais do
piano podem ser ouvidas pelos corredores do Clínicas.
Em uma das apresentações voluntárias, por exemplo,
um pequeno paciente saía da sala de Raio X, quando
ouviu os sons. Com o auxílio da técnica de enferma-
gem que o acompanhava, ele se aproximou e pode
acompanhar a execução do pianista.
Já em abril, os pacientes com Acidente Vascular
Cerebral (AVC) internados nos leitos de cuidados espe-
ciais da ala Norte do sexto andar do HCPA presenciaram
apresentação da residente de Neurologia Ana Claudia
de Souza, que cantou e tocou piano. A atividade foi pro-
posta pela equipe multidisciplinar da Unidade de Cui-
dados Especiais (UCE). “A música proporciona harmo-
nia do corpo e mente, auxiliando na melhora cognitiva.
Além disso, há o benefício do bem-estar também dos
profissionais e dos familiares, auxiliando ainda mais nos
cuidados dos pacientes”, observa a médica neurologista
responsável pela UCE, Andrea Garcia de Almeida.
Além de apresentações voluntárias e iniciativas li-
gadas à assistência, através de parceria com a Fundação
Médica, o hospital lançou o projeto Intervalo Musical,
com uma programação que traz um convidado para to-
car piano mensalmente.
APRESENTAÇÕES DE PIANO MOVIMENTAM E ALEGRAM O COTIDIANO DO HOSPITAL
CULTURA
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A prática de exercícios físicos pode eliminar o uso de medi-
cação adicional para pacientes com diabetes tipo 2. O es-
tudo, que está em desenvolvimento no Instituto de Avalia-
ção de Tecnologia em Saúde (Iats/HCPA), indica a possível
substituição de fármacos complementares ao tratamento
convencional (metformina é o medicamento mais utilizado
no Brasil) por uma rotina de atividade física estruturada e
supervisionada. Os pesquisadores já analisaram dados de
mais de 7 mil pessoas e irão recomendar ao Ministério da
Saúde a criação de centros públicos de treinamento para
que pacientes possam trocar um item da farmácia por há-
bitos de vida mais saudáveis.
De acordo com o pesquisador Daniel Umpierre,
autor do trabalho, os efeitos benéficos da atividade fí-
sica regular e sua contribuição para o controle da gli-
cemia (nível de glicose presente no sangue) são am-
plamente reconhecidos. Contudo, o estudo que está
em desenvolvimento irá relacionar a quantidade e a
intensidade dos exercícios praticados com os resultados
obtidos para a saúde, como aquisição de mais qualida-
de e mais tempo de vida, e com foco em pacientes com
diabetes tipo 2.
Daniel conta que a pesquisa também irá analisar o
impacto econômico relacionado aos benefícios clínicos
que o treinamento físico, estruturado e supervisionado,
gera. “Ao conhecermos estes valores, poderemos ava-
liar a viabilidade de incorporação desta terapia ao SUS,
indicando uma detalhada análise de efetividade e cus-
tos ao Ministério da Saúde”, explica o educador físico
e pesquisador. Segundo ele, estão sendo avaliados os
resultados de exercícios aeróbicos (caminhada, corrida,
ciclismo, natação), treinamento de força (musculação) e
a combinação das duas práticas, em uma amostragem
de quase 8 mil pessoas.
CULTURAPESQUISA
MAIS UM AUXÍLIO PARA O CONTROLE DA DIABETES
ESTUDO DO IATS ANALISOU OS DADOS DE MAIS DE 7 MIL PESSOAS
Laboratório de Fisiopatologia do Exercício
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CURTAS
Foram empossados no dia 15 de junho os novos membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Cipa) do HCPA - gestão 2015/2016. O presidente nomeado foi Alexandre Oliveira Nitzke. As eleições para os representantes dos trabalhadores ocorreram no mês de maio. Ao total, foram 2.737 votos.
No final de abril, o Serviço de Hemoterapia do HCPA - Banco de Sangue iniciou a implantação do novo sistema para gestão de seus hemocomponentes. Denominado de RealBlood, o software, que está interligado ao AGHWeb, permite diversas melhorias nos processos de trabalho, como maior rastreabilidade do sangue, o que proporciona mais segurança aos pacientes, bem como a implantação da padronização internacional ISBT 128 nas etiquetas, imprescindível para Acreditação AABB/ABHH de Hemoterapia.
CIPA 2015-2016
MÉTODO JAPONÊS NO MANEJO DE ESCARAS E FERIDAS BANCO DE SANGUE CONTA COM
NOVO SOFTWARE DE GESTÃO DE HEMOCOMPONENTES
Ao contrário do que é comumente disseminado, desinfetar o local do ferimento com o uso de antissépticos é uma atitude que retarda a cicatrização de escaras e feridas. Esta foi a ideia defendida pelo professor de Cirurgia Torácica da Faculdade de Medicina da Universidade de Dokkyo (Japão) Yoshihiko Mochizuki, durante palestra realizada no dia 28 de maio. Referência internacional na área, Mochizuki apresentou as bases teóricas e realizou demonstração prática do método curativo úmido desenvolvido no Japão, que, segundo ele, promove cicatrização mais rápida, menos dor, resultados estéticos melhores e taxa de infecção reduzida, além de apresentar baixo custo e envolver menor tempo de hospitalização. A indicação é para os mais variados tipos de ferimentos.
O Escritório de Inovação em Saúde do Hospital de Clínicas promoveu, no dia 28 de maio, evento para apresentar a Plataforma Thomson Reuters Integrity, disponibilizada pela Capes gratuitamente a diversas instituições brasileiras, para o desenvolvimento de fármacos e biomarcadores. Voltado a pesquisadores, professores e estudantes vinculados ao HCPA e à Ufrgs, o evento teve como ministrante Antero Macedo, representante da Thomson Reuters.
PLATAFORMA THOMSON REUTERS INTEGRITY
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Todos que, de alguma forma, atuam na criação, finalização e produção de mensagens visuais do HCPA (como público-interno, fornecedores e parceiros)
passam a contar agora com o Manual de Identidade Visual, elaborado pela equipe da Coordenadoria de Comunicação. Trata-se de documento técnico contendo um conjunto de recomendações, especificações e normas para a utilização da marca do HCPA, com o objetivo de preservar suas propriedades visuais e a correta reprodução em diversos meios, como cartazes, fôlderes e apresentações de slides. O material está disponível na intranet, em Institucional - Identidade Visual.
Estão abertas as inscrições para o primeiro concurso Poesia no HCPA: O Impossível Carinho, um projeto institucional do hospital, que surgiu a partir da iniciativa de um grupo de professores, funcionários e alunos. O objetivo é incentivar a cultura, a criatividade e a humanização, fomentando a linguagem poética e o reconhecimento de novos talentos. Qualquer pessoa que pertença à comunidade do HCPA pode se inscrever gratuitamente até o dia 31 de dezembro. Serão escolhidos três poemas de autores distintos, resultando em três autores premiados. A premiação acontecerá em evento no mês de março de 2016. Confira o regulamento do concurso na intranet.
CONCURSO POESIA NO HCPA: O IMPOSSÍVEL CARINHO
A pesquisa biomédica, assim como todas as ciências, exige cada vez mais recursos avançados de Tecnologia da Informação (TI) para armazenar, gerenciar, processar
e analisar grandes volumes de dados. A e-Science - área que trata da utilização de recursos avançados de TI para avanços nas pesquisas científicas - foi o tema abordado em seminário apresentado pela professora do Hospital Universitário da Universidade de Amsterdã (Holanda) Sílvia Delgado Olabarriaga, no dia 11 de junho. Na atividade, Sílvia falou sobre o trabalho desenvolvido no grupo de
pesquisa da instituição holandesa, que tem como objetivo estudar novas maneiras de disponibilizar infraestrutura avançada de TI para pesquisa biomédica.
GRAND ROUND EM NOVO FORMATO Acompanhando a tendência mundial de levar conhecimento às pessoas por meio da internet, o Grand Round, tradicional evento científico semanal do Hospital de Clínicas, está com novo formato neste ano: os debates são gravados em vídeo e disponibilizados no canal oficial do HCPA no Youtube (youtube.com/hcpaoficial). As edições são disponibilizadas sempre às quartas-feiras, como acontecia com o evento presencial, e ficam abertas a questionamentos ao longo da semana, até a publicação do programa seguinte. As perguntas podem ser feitas no campo “comentários”, abaixo do vídeo, e são respondidas pelo entrevistado da semana. O novo formato garante maior abrangência e interação, além da continuidade das atividades, visto que os espaços de eventos do hospital encontram-se em reforma. O primeiro episódio foi ao ar no dia 27 de maio, com o assunto O impacto das mídias sociais na assistência ao paciente.
E-SCIENCE: INFRAESTRUTURA DE INFORMÁTICA PARA PESQUISA
MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL
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CURTAS
Os alunos do nono semestre da Faculdade de Medicina da Ufrgs participaram da cerimônia de acolhimento, realizada na manhã do dia 1º de junho. Na ocasião, os acadêmicos receberam orientações indispensáveis a suas atividades na instituição, em áreas como segurança do trabalho, controle de infecção hospitalar, prontuário eletrônico, privacidade, sigilo, NR 32, biossegurança e interdisciplinaridade.
ACOLHIMENTO DOS ALUNOS DE GRADUAÇÃO DA UFRGS
O Grupo de Gestão de Relacionamento com o Cliente promoveu uma nova edição da Pesquisa Estimulada para medir a satisfação dos pacientes atendidos no Ambulatório e Unidades de Internação, no período de 18 a 29 de maio. Neste ano, a novidade foi o totem interativo, disponibilizado com apoio da Coordenadoria de Comunicação na saída do Ambulatório, entre os dias 25 e 29 de maio, possibilitando um novo modo de participação aos usuários. Paralelamente, o totem foi utilizado para divulgar informações sobre o risco do fumo, marcando o 31 de maio, Dia Mundial sem Tabaco.
PESQUISA ESTIMULADA DE SATISFAÇÃO DOS PACIENTES
CALENDÁRIO INSTITUCIONAL
Ao longo do ano, muitas datas são celebradas nos diferentes setores do Hospital de Clínicas. Com a intenção de valorizar as ações de promoção da saúde, a Administração Central publicou uma decisão que define o calendário institucional oficial de campanhas, eventos e ações para este ano. A Coordenadoria de Comunicação (CCom) é responsável pelo planejamento, execução e divulgação das atividades. Áreas que tiverem ações previstas devem procurar a Comunicação para as providências necessárias com a devida antecedência. É fundamental que todos os pedidos passem pela chefia, a fim de preservar o caráter institucional dessas promoções. Confira o calendário completo na intranet, link Comunicação e Eventos > Campanhas.
Um trabalho desenvolvido no Serviço de Endocrinologia do Hospital de Clínicas e apresentado no congresso da Associação
Americana de Diabetes ganhou atenção mundial em sites especializados. O estudo traz contribuições para o debate sobre o uso das sulfonilureias, drogas antigas, eficazes e disponíveis no SUS para tratamento da Diabetes Mellitus tipo 2, mas cuja segurança em termos de eventos cardiovasculares é frequentemente questionada. A pesquisa avaliou os dados disponíveis na literatura e identificou que estes medicamentos são seguros e podem ser utilizados no tratamento dos pacientes com Diabetes Mellitus.
ESTUDO SOBRE DIABETES EM DESTAQUE
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EVENTOS
26ª SEMANA DE ENFERMAGEM
O tema Cuidado ao cuidador foi a inspiração da 26ª Sema-
na de Enfermagem do Hospital de Clínicas e da Escola de
Enfermagem da Ufrgs. A programação foi aberta com uma
atividade de integração no saguão do hospital, que contou
com recital de piano e declamação de poesias por parte de
professores e funcionários da instituição. Representantes
do Conselho Regional de Enfermagem e do Sindicato dos
Enfermeiros do Rio Grande do Sul também participaram da
abertura do evento. “Queremos estimular, com a progra-
mação, a busca pelo sentimento que nos move a cuidar das
pessoas e juntos construirmos cada vez mais espaços para a
Enfermagem”, comentou, na recepção aos participantes, a
coordenadora do Grupo de Enfermagem do HCPA, profes-
sora Ana Maria Müller de Magalhães.
Com transmissão ao vivo através do site da Ufrgs,
foram realizadas conferências no Anfiteatro da Escola de
Enfermagem. A professora de Psicologia da Universidade
Federal do Espírito Santo Maria Elizabeth Barros de Barros
propôs um debate sobre a questão da gestão do trabalho
que, segundo ela, é algo que se refere a todas as pessoas.
“A gestão do trabalho não é algo inerente à função: é a
forma como cada um lida com os processos de seu coti-
diano a partir da capacidade criadora”, apontou.
Já o professor de Medicina do HCPA/Ufrgs Alvaro
Roberto Crespo Merlo apresentou a palestra Prazer e sofri-
mento no trabalho em saúde: a questão do reconhecimen-
to, em que ressaltou a importância de se prestar atenção a
situações graves e repensar a relação de trabalho. “Traba-
lhar não é apenas produzir: é transformar a si mesmo. Preci-
samos sair melhor do trabalho do que chegamos”, afirmou.
A programação contou ainda com atividades no
Espaço da Alma, voltadas ao bem-estar dos trabalhado-
res, e Mostra do Trabalho da Enfermagem Gaúcha, reali-
zada no Parque da Redenção.
ATENÇÃO PARA OS CUIDADORES EM FOCO
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DESTAQUES
A equipe da Citometria, da Unidade de Diagnóstico Personalizado do Serviço de Patologia Clínica, participou do XIV Congreso Sociedad Ibérica de Citometria, de 4 a 6 de junho, nas Ilhas Canárias (Espanha), com apresentação oral de trabalhos e pôster. Compareceram no evento as farmacêuticas bioquímicas Mariela Granero Farias e Fabiane Spagnol Pedrazzani, que apresentaram os trabalhos Use of flow cytometry to detect and measure fetal hemoglobin levels to identify fetomaternal hemorrhage in pregnant women at a teaching hospital (apresentação oral), Neutrophil CD64 expression as an important diagnostic marker of infection and sepsis in hospital patients (apresentação oral) e Prevalence of immunophenotypic markers in patients with multiple myeloma into staging III (pôster).
O professor Alexandre Zago, do Serviço de Cardiologia,
ministrou duas palestras durante o Congresso de Cardiologia Intervencionista EuroPCR 2015, realizado no
final de maio, em Paris, com a participação de mais de 11
mil cardiologistas de múltiplas nacionalidades. A primeira abordou
uma técnica inovadora para o tratamento de bifurcações em tronco de coronária esquerda, desenvolvida pelo próprio professor Zago, e a segunda foi sobre o tratamento de fratura de stent associada a aneurisma após o implante de stents farmacológicos.
A gestão 2015-2016 da Academia Sul-
rio-grandense de Medicina tem como presidente desde abril o chefe do Serviço
de Imunologia do HCPA, professor Luiz
Fernando Jobim. Também compõem a diretoria os professores do Clínicas Gilberto Schwartsmann (primeiro vice-presidente), Luiz Lavinsky (segundo vice-presidente), Carlos Henrique Menke (primeiro secretário) e Sérgio Roberto Haussen (segundo secretário).
Entre os dias 21 e 24 de abril, foi realizado o 19th World Congress on Disaster & Emergency Medicine, na Cidade do Cabo (África do Sul). Participaram do evento a enfermeira Ivana Trevisan, do Serviço de Enfermagem em Centro Cirúrgico (Secc), e a médica do Serviço de Emergência Silvana Dal Ponteque. Ivana apresentou o pôster Disaster management: legacy in a university hospital in Brazil, referente a sua dissertação de mestrado, sob orientação da professora Regina Rigatto Witt, enquanto Silvana expôs o pôster Response to a flood in Porto Alegre, Brazil.
EQUIPE DA CITOMETRIA EM CONGRESSO NA ESPANHA
CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA
ACADEMIA SUL-RIO- GRANDENSE DE MEDICINA
WORLD CONGRESS ON DISASTER & EMERGENCY MEDICINE
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A coordenadora da Comissão do Processo de Enfermagem do HCPA, professora Amália de Fátima Lucena, recebeu prêmio de melhor trabalho científico apresentado na 10th Bienniel Conference of the Association for Common European Nursing Diagnoses, Interventions and Outcomes. O evento foi realizado na cidade de Berna (Suíça), entre 16 e 18 de abril, com a participação de mais de 200 membros inscritos, procedentes de 26 países. O estudo premiado se intitula Nursing outcomes classification: evaluation of the acute and chronic pain on patients on paliative care e foi desenvolvido na Unidade de Cuidados Paliativos do HCPA, durante o mestrado da acadêmica Bruna S. Mello. Também participaram do encontro as professoras Miriam de Abreu Almeida, Eneida Rabelo da Silva e Isabel Cristina Echer, juntamente com as enfermeiras Luciana R. Correa Pinto, Luciana B. de Lima, Myrna D Avilla e Aline Nomura, que apresentaram um total de 14 trabalhos.
Três trabalhos realizados no hospital foram apresentados no International Forum on Quality and Safety in Healthcare, um dos eventos mais importantes no mundo nas discussões sobre qualidade da assistência e segurança do paciente. Representaram o HCPA a coordenadora do Grupo de Enfermagem, professora Ana Maria Müller de Magalhães; a adjunta da VPM Beatriz Schaan; e a assessora de Planejamento e Avaliação Ethel Maris Schroeder Torelly. O evento aconteceu de 22 a 24 de abril, em Londres (Inglaterra), organizado em parceria entre o Institute for Healthcare Improvement e o BMJ Quality and Safety. Os trabalhos apresentados foram Educational strategy to improve the adherence to the patient correct identification process (de Melissa Prade Hemesath, Ethel Maris Schroeder Torelly, Helena Barreto dos Santos e Ana Maria Muller de Magalhães), Reduction of cardiac arrest with a medical emergency team in an academic hospital (de Beatriz Schaan, Thais Crivellaro Dutra Buttelli, Igor Gorski Benedetto, Geris Mazzutti e Marcio Boniatti) e Improvement of surgical checklist in Ophthalmology in a university hospital in Brazil (de Magda Pereira Mulazzani, Rosane Vargas Muniz, Leticia S. dos Santos Erig, Betânia Bohrer e Ethel Torelly).
RECONHECIMENTO
Durante o Simpósio Latino-Americano de Oncologia Gastrointestinal (Slago), realizado em Viña del Mar (Chile), de 15 a 17 de abril, o professor Gilberto
Schwartsmann, chefe do Serviço de Oncologia do HCPA, foi agraciado com o Life Achievement Award, por sua contribuição ao ensino, pesquisa e desenvolvimento da Oncologia na América Latina. Um coquetel em sua homenagem foi realizado no dia 27 de maio, no Serviço de Oncologia, e reuniu mais de 60 pessoas, entre
elas a vice-presidente médica do hospital, Nadine Clausell, chefes de serviço, professores, representantes da Ufrgs, amigos e familiares.
TRABALHO DA ENFERMAGEM PREMIADO NA SUÍÇA
QUALIDADE E SEGURANÇA EM LONDRES
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MEMÓRIA INSTITUCIONAL
UM OLHAR SOBRE O PASSADO
Você também pode contribuir com este espaço: basta enviar a sugestão de foto junto da descrição do momento a que ela se refere para o e-mail [email protected], com o assunto “Foto para o Espaço Aberto”.
PARTICIPE!
No dia 19 de julho deste ano, é comemorado o 44º aniversário do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. A data remete à publicação, no Diário Oficial da União, em 1971, do estatuto da instituição. A materialização de um sonho ganhou forma na construção de um hospital que, hoje, é referência em suas mais diversas áreas de atuação. Mais de quatro décadas depois, este projeto ganha novos contornos e se expande, crescendo em tamanho, mas principalmente, em experiência e na busca por um futuro cada vez melhor nas áreas da assistência, ensino e pesquisa - conquistas que ainda serão a marca de muitos outros aniversários!
Construção inicial Prédio na década de 1970
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MURAL DE RECADOS
Fui internada no Hospital de Clínicas aos dez anos de idade e tive de ficar no hospital até os 20 anos. Hoje, com 53, continuo me tratando nesse hospital. Ao longo destes 43 anos foram em
torno de 18 cirurgias e diversos tratamentos. O que posso dizer é que considero o Clínicas como a minha segunda casa. Tenho muito respeito, admiração e enorme carinho por todos que ao
longo desses anos cuidaram de mim com tanta dedicação. Me emociono em ver o crescimento do HCPA e o carinho dos funcionários pelos pacientes. Muito obrigada a todos!
IVONE KRECH
Gostaria de agradecer e parabenizar o atendimento que minha filha teve
neste hospital, primeiramente na Zona 6 e depois no CCA. Muito
obrigada ao médico Diego Tarasconi, da equipe da professora Adriani
Galão, pelo atendimento atencioso e competente, e a todos os atendentes
e técnicos de enfermagem pela competência, carinho e cuidado com
os pacientes. Continuem assim!
MARIA DO CARMO ABREU
Na minha última consulta (de muitas, que duraram 16 anos), ao sair desse
hospital, eu olhei pra trás e passou um filme na minha cabeça. Quantas coisas eu vivi aqui. Quantos momentos aflitos e de tristezas, mas quantos momentos
felizes! Foi onde recebi inúmeros sopros de vida e onde conheci muitos anjos, que me deram mais uma chance. Não tenho palavras para agradecer a esse hospital e seus profissionais. Aqui eu vi e vivi muito sofrimento, mas todas
as vezes que fiquei internada (por longos períodos) também vi gestos
incríveis, pessoas se doando por outras, coisas que jamais vou esquecer! Fiquei
muito emocionada e triste de ter de me despedir, mas se hoje eu tenho condições de dizer alguma coisa, de fazer alguma coisa, de ter todos os
movimentos do meu corpo, isso eu devo ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre!
MAIARA FERRARI
Estive hospitalizado por conta de uma cirurgia da coluna e
gostaria de parabenizar o pessoal do oitavo andar, os médicos da
Neurocirurgia, a Enfermagem e as equipes da Nutrição e Dietética, da Higienização e da Recepção pelo ótimo atendimento. Eu e minha família agradecemos por tudo.
JOÃO SEVERO LOPES
Apesar de todo o “caos” que a Emergência sofre, pude perceber como o corpo clínico supera as dificuldades com resiliência, dedicação e atenção. Fiquei quatro dias ali internada, segura, sentindo-me protegida. Agradeço pelo esforço e dedicação de todos, dos médicos,
enfermeiras, atendentes, enfim, todos que deram muito de si para nós. Obrigada.
MARIA HELENA D’AMORE POSSER
Prédio na década de 1970