escultura móbile - cinescontemporaneos.files.wordpress.com · construiu uma escultura formada por...

2

Click here to load reader

Upload: trinhhanh

Post on 09-Nov-2018

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Escultura Móbile - cinescontemporaneos.files.wordpress.com · construiu uma escultura formada por ... da Manhã”, tratava da arte cinética, tendo como gancho os móbiles coloridos

Escultura Móbile

Etimologia

Alexander Calder, o principal exponente da Escultura Móbile

Escultura Móbile na arte contemporânea brasileira

Móbile é um termo latino que se refere a móbil (movimento).

Nas artes visuais, a noção é empregada para nomear

esculturas, em geral abstratas, composta de materiais leves,

suspensos no espaço. As peças, impulsionadas

por motores ou pela força natural das correntes de ar, se

caracterizam pelo equilíbrio, leveza e harmonia. Suas partes

giratórias criam uma experiência visual de dimensões e

formas em constante equilíbrio. Os móbiles movem-se ao

sabor da aragem mais suave, produzindo efeitos mutáveis em

função da luz. O móbile foi inicialmente sugerido por Marcel

Duchamp para uma exibição de 1932, em Paris, sobre certas

obras de Alexander Calder, que se tornou o maior exponente

da escultura móbile. (Enciclopédia Itaú Cultural)

Calder em 1923 e 1924 estudou no Art

Students League de Nova Iorque, partindo

depois, durante um ano para Paris. Realizou

sua primeira exposição em 1928, em Nova

Iorque e, no ano seguinte, apresentou suas

esculturas em madeira em Paris. Em 1932,

construiu uma escultura formada por

elementos suspensos por fios que se

equilibravam mutuamente. O artista dadaísta

Marcel Duchamp designou-a por móbile. Um

dos mais interessantes móbiles que construiu,

“Covo da Lagosta e Cauda de Peixe”, em

1939. A escala e dimensão destas esculturas

varia bastante, podendo a chegar cinco

metros, como o móbile construído no

aeroporto JFK, em Nova Iorque.

Posteriormente desenvolveu uma série de

esculturas designadas “stabiles” que diferem

das anteriores por estarem apoiadas no solo.

(Infopédia)

Page 2: Escultura Móbile - cinescontemporaneos.files.wordpress.com · construiu uma escultura formada por ... da Manhã”, tratava da arte cinética, tendo como gancho os móbiles coloridos

Em 1940 o crítico brasileiro Mário Pedrosa escreveu sobre uma exposição no Museu de Arte Moderna de

Nova York, com obras do artista americano Alexander Calder. O artigo, publicado depois no jornal “O Correio

da Manhã”, tratava da arte cinética, tendo como gancho os móbiles coloridos e agitados de Calder. O artista

se impressionou com as observações sobre seu trabalho e, por meio da amizade com Pedrosa, iniciou uma

relação com o Brasil que se desdobraria em laços pessoais e influências artísticas, que o trouxe a morar por

um período no Brasil.

Ocorreu em São Paulo em 2016, no Itaú Cultural, uma mostra com 11 peças da Fundação Calder, outras 21

de coleções brasileiras e mais 28 de artistas nacionais influenciados por ele. A exposição teve como principal

objetivo elucidar a relação dele com o Brasil e com os artistas brasileiros, especialmente os da primeira geração

do neoconcretismo, como Abraham Palatnik, Lygia Clark, Hélio Oiticica, Willys de Castro, Judith Lauand,

Lygia Pape, Waltercio Caldas, Antonio Manuel e Luiz Sacilotto. Essa influência se estende pelas gerações

seguintes, chegando a se manifestar em obras de artistas como Ernesto Neto, Franklin Cassaro, Carlos

Bevilacqua, Cao Guimarães e Rivane Neuenschwander — todos foram representados na exposição. (Jornal O

Globo)

Bibliografia

http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo4627/mobiles

Alexander Calder in Artigos de apoio Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-2017. Disponível na

Internet: https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$alexander-calder

Vídeo do trabalho de Calder: https://www.youtube.com/watch?time_continue=94&v=QMFICm6Yyxw

https://oglobo.globo.com/cultura/artes-visuais/mostra-de-alexander-calder-em-sao-paulo-evidencia-relacao-

com-brasileiros-20006141