escravidão africana no brasil

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ESCOLA ESTADUAL “MHS SANTA RITA PB” A ESCRAVIDÃO AFRICANA NO BRASIL COLONIAL Professor: ELLINGTON ALEXANDRE

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ESCOLA ESTADUAL “MHS SANTA RITA PB”

A ESCRAVIDÃO AFRICANA NO BRASIL COLONIAL

Professor: ELLINGTON ALEXANDRE

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CONTEXTO HISTÓRICO

• Ao longo de mais de trezentos anos (1559-1888), os escravos negros foram responsáveis pela produção de boa parte das riquezas no Brasil, no qual milhões de africanos foram tirados de suas terras para uma viagem na qual aproximadamente a metade morria de fome, doenças e maus-tratos, ou, já em terras americanas de banzo .

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O Comércio de Escravos Negros

• Na África, os escravos eram adquiridos por traficantes a preços baixos e revendido a preços altos na América.

• O tabaco, a aguardente, ouro, marfim, tecidos, cavalos, armas e outros produtos serviam de moeda de troca.

• Quando chegavam à América portuguesa, os escravos eram colocados à venda em mercados.

• Ficavam a mostra em exposição sendo tratados como mercadorias.

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A captura dos escravos• No início, os comerciantes

portugueses capturavam os africanos.

• Mais tarde os chefes africanos passaram a organizar as incursões ao interior, atacando aldeias, preparando emboscadas para conseguirem cativos para venderem nas feitorias no litoral para esperar o embarque.

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ROTAS DOS ESCRAVOS PARA O BRASIL

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• Não existe um número exato, mas estima-se que entre 1531 a 1855 cerca de 4 milhões de africanos desembarcaram no Brasil.

• A travessia para o Recife durava em média 35 dias, para a Bahia 40 dias e para o Rio de Janeiro 60 dias.

• Em razão das péssimas condições de viagem, inclusive acorrentados nos porões dos navios, o índice de mortalidade era alto, por isso os navios que transportavam os negros ficaram conhecidos como tumbeiros.

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Transporte: navios negreiros

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ORIGEM DOS ESCRAVOS

• A maioria dos africanos trazidos à colônia portuguesa como escravos pertencia a dois grandes grupos étnicos:

01. os bantos , originários de Angola, Moçambique e Congo, e que se tornaram mais numerosos no centro-sul e no Nordeste;

02. os sudaneses , provenientes da Guiné, da Nigéria e da Costa do Ouro, e que foram levados principalmente para a região da Bahia.

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Os escravos que vinham para o Brasil eram de várias etnias. Vejamos:

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O DIA-A-DIA DOS ESCRAVOS

• Moravam em habitações coletivas, as senzalas coberta com sapé e feita de madeira e barro, quase sempre sem privacidade.

• Os escravos começavam o trabalho ao raiar o dia e só paravam ao escurecer.

• Seu principal alimento era a mandioca. • Os escravos viviam e trabalhavam vigiados por capatazes e

feitores. • Quando fugiam, eram perseguidos pelos capitães-do-

mato, que recebiam certa quantia por cada escravo que era capturado e devolvido ao senhor.

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Os castigos físicos

Os principais castigos físicos sofridos pelos escravos eram: o Tronco – Os escravos ficavam presos imobilizados por horas

e as vezes dias, o que provocava inchaço das pernas, formigamento e forte dores;

o Bacalhau – Espécie de chicote de couro cru, que rasgava a pele; muitas vezes os feitores passavam sal nos ferimentos, tornando a dor ainda maior;

o Vira-mundo – Instrumento de ferro que prendia mãos e pés;

o Gargalheira – Colar de ferro com várias hastes em forma de gancho.

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INSTRUMENTOS DE TORTURA

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ANÚNCIOS DE ESCRAVOS

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DISTINÇÕES ENTRE OS ESCRAVOSBoçais: escravos recém chegados da África, que

desconheciam a língua portuguesa e o trabalho na colônia, eram mais baratos.

Ladinos: entendia a língua portuguesa e já havia aprendido a rotina de trabalho, eram mais caros.

Negros do eito: trabalhavam nas lavouras em média 15 horas por dia, viviam sob a fiscalização do feitor, e quando desobedeciam eram castigados em público para servir de exemplo aos outros.

Negros de ganho: realizavam trabalhos temporários nas cidades em troca de pagamento, que era revertido parcial ou totalmente aos seus donos.

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• Devido o excesso de trabalho, a má alimentação, as péssimas condições de higiene e os castigos físicos que sofriam deterioravam rapidamente a saúde dos escravos.

• A vida útil do escravo era de 5 a 10 anos de trabalho.

• Já os escravos domésticos, escolhidos entre os mais bonitos, dóceis e confiáveis, recebiam roupas melhores, alimentação mais adequada e certos cuidados, viviam mais tempo.

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Os escravos trabalhavam...

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A RESISTÊNCIA

• As principais formas eram:1. Empreendiam fugas para os quilombos;2. Adoeciam (banzo);3. Suicídio;4. As mulheres provocavam abortos;5. Assassinavam feitores, patrões.6. Colocavam fogo no canavial;7. Quebravam máquinas do engenho, etc.

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OS QUILOMBOS

Grande parte do escravos negros fugitivos reuniram-se em comunidades chamadas de quilombos.

A maior parte dos quilombos organizaram-se no Nordeste (Sergipe, Alagoas e Bahia).

Os habitantes do quilombos eram chamados de quilombolas. Dentre os quilombos mais conhecidos, destacam-se os da Serra

da Barriga, região situada entre os atuais estados de Alagoas e Pernambuco.

Eram cerca de dez quilombos, unidos sob o nome de Palmares, que resistiram durante quase todo o século XVII aos ataques do governo e dos senhores de escravos.

Palmares chegou a ter entre 20 mil e 30 mil habitantes e seu líder mais importante foi Zumbi.

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• Cultivavam milho, feijão, cana-de-açúcar, mandioca e realizavam comércio com os povoados próximos.

• Palmares representava uma ameaça para os senhores de engenho e juntamente com o governo contrataram Domingos Jorge Velho, um bandeirante paulista para atacar e destruir o quilombo em 1692.

• Os quilombolas resistiram bravamente, mas diante de 6 mil homens, foram derrotados.

• Zumbi conseguiu fugir, mas foi morto em 1695, cortaram-lhe a cabeça que foi exposta em praça pública, na cidade do Recife.

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Localização do Quilombo de Palmares

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Domingos Jorge Velho

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DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

• A memória de Zumbi permaneceu viva como símbolo de resistência negra à violência da escravidão.

• O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado atualmente como o Dia da Consciência Negra.

• Do passado ao presente a luta contínua dos movimentos negros tem lhes propiciado algumas conquistas sociais, entre elas citamos:

o reconhecimento do direito dos descendentes de quilombolas às terras dos antigos quilombos.

A definição do racismo como crime inafiançável e imprescritível (punição penal)

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Novo Olhar – História = Marco Pellegrini• História Global – Gilberto Cotrin• História – projeto Araribá• História e Vida Integrada _ Nelson Piletti e

Claudino Piletti• WWW. Wikipédia.com.br• www.infoescola.com

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OBRIGADA PELA ATENÇÃO E ATÉ A PRÓXIMA!!!