escola tÉcnica unisuam

8/4/2019 ESCOLA TCNICA UNISUAM

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ESCOLA TCNICA UNISUAM

CURSO TCNICO EM EDIFICAES 2011

TOPOGRAFIA I

RESUMO SOBRE

RODOVIA

DOS

IMIGRANTES

PROF:CLUDIO MESQUITA DE AZEVEDO

ALUNO:RIVALDO ROSA PIMENTEL


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A construo da Pista Descendente da Rodovia dos Imigrantes (1998 a 2002)permitiu demonstrar, pblica e mundialmente, uma misso ecolgica. A obra, por suasinovaes tecnolgicas e os cuidados ambientais, normatizados no Plano de GestoAmbiental Integrada - PGAI, foi considerada modelo de gesto em obras de infra-estrutura pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento BID, que a partir da passoua exigir o mesmo nvel de controle em todos os empreendimentos que financia ao redordo mundo.

Por esta razo, em todas as etapas dos estudos para o projeto de construo daSegunda Pista da Rodovia dos Imigrantes - a cargo do Consrcio Imigrantes, formado

pelas construtoras CR Almeida e Impregilo -, a premissa ecolgica teve fundamentalimportncia. Isto implicou na adoo de medidas preventivas inditas em todo o mundo,usadas, principalmente, nas escavaes dos tneis.

Essas medidas, aliadas a um complexo plano logstico para execuo da obraresultaram na reduo, em 40 vezes, da rea afetada da Mata Atlntica, em comparao

com a construo da primeira pista, na dcada de 1970. Naquela ocasio, foram afetados1.600 hectares da floresta, reduzidos a 40 hectares agora.


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Ecologia Se a preocupao ambiental foi o maior fator deretardo para a realizao da obra (um intervalo de 25 anos entreas duas pistas), proporcionou entretanto a aplicao de umamedida protetora indita no mundo: como a escavao dos

tneis gera a constante drenagem de muita gua, que se misturaa outros materiais e contaminaria o ambiente, a Ecoviasinstalou em cada tnel uma Estao de Tratamento de gua(ETA). As trs estaes conseguem tratar 200 mil litros/hora degua - o suficiente para abastecer uma cidade de 100 milhabitantes -, que recolhida por dutos dentro dos tneis, passa

pelo tratamento e devolvida limpa Natureza.A propsito, a construo da primeira pista, com 11 tneis e

18 viadutos, devastou 1.600 hectares da mata atlntica; a nova pista est devastandoapenas 40 hectares. A distncia entre os pilares dos viadutos (alguns com 120 m dealtura, 40 m enterrados) de 90 metros - o dobro do vo entre os pilares que sustentamos viadutos da primeira Imigrantes, o que tambm significa menor impacto ambiental.


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Nmeros Enquanto aguardamos asrespostas, fiquemos com os principaisnmeros referentes duplicao daImigrantes. Comeando pelos trs tneis:(3.146 m - o maior do Brasil -, 3.005 m e2.080 m), totalizando 8.231 metros deescavao, com equipamentos jumboAtlas Copco (nome tcnico: RocketBoomer 353ES) que usam planos de fogocomputadorizados (tm as coordenadas

bsicas do projeto armazenadas emcomputador e, a partir de feixes de raiolaser com alcance de 70 m, localizam o ponto exato a perfurar - no primeiro tnel, adiferena de pontaria foi de apenas 3 cm), sendo dotados de trs braos perfuratrizes eum brao adicional para elevao de caamba ou cesto de servio. Foi batido na obra orecorde brasileiro de escavao subterrnea em rocha, com 1 milho 260 mil m

escavados, alm de 800 mil m escavados a cu aberto, sendo usados 380 mil m deconcreto (suficientes para construir uns 80 prdios de 20 andares), 23.350 t de ao,empregando-se 595 mil m de formas. Na Baixada Santista, foram aplicados 1.600.000m de aterro sobre o mangue (procedentes da escavao dos tneis).


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Uma novidade que vem sendo implantada no Sistema Anchieta-Imigrantes a rampade escape para caminhes que perdem o freio na descida da serra: uma caixa de brita,semelhante s usadas na Frmula 1, com pedras de argila expandida. Mesmo umacarreta de 40 toneladas a 90 km/hora retida, como se verificou nos testes. O projeto do consrcio Ecoenge (Figueiredo Ferraz Consultoria e Engenharia, Geodata e In.Co.,

estas tambm italianas), com execuo pela EBEC (Grupo CR Almeida) e Impregilo,sob a superintendncia do engenheiro paranaense Jorge Luiz Coimbra Belich,experiente na construo de hidreltricas e metrs.

A ligao Anchieta-Imigrantes ter uma ponte estaiada com 28 metros de largura,cinco pistas e acostamento. Tal ponte sustentada por cabos de ao, sendo a segunda doEstado de So Paulo neste estilo arquitetnico: a primeira est localizada na marginal doRio Pinheiros, na Capital, por onde passa a Linha 5 do Metr.


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Superando o desnvel de 730 metros, a pista inclui nove viadutos, com 4.270 m deextenso. Na construo de dois desses viadutos, na Baixada Santista, foi usada umatecnologia indita no Brasil: o sistema de ponte empurrada, em que os mdulos dotabuleiro (com 600 t) eram deslizados sobre os pilares com o uso de macacoshidrulicos auxiliados por um sistema especial de frenagem (o processo j foi usado no

Brasil, mas em plano horizontal, sem frenagem - necessria na Imigrantes, onde ainclinao de seis graus). A frma metlica para concretagem dos mdulos foi

produzida no Brasil e os acessrios de empurre e frenagem foram importados daEuropa.

A pista descendente da Rodovia dos Imigrantes impressiona pelas solues deengenharia e ambientais uma vez que seria construda encravada na Mata Atlntica.Anova pista com aproximadamente 21km de extenso no trecho te serra,possui trs tneise seis viadutos. A escolha da tecnologia construtivas foi fundamental para a preservaodo meio ambiente,mas contriburam para otimizar o tempo da obra. Trs tecnologias

distintas foram utilizadas sendo elas a dos balanos sucessivos, a de ponte empurrada ede vigas lanadas o que proporcionou um rpido avano da obra.

Quanto a construo dos tneis foi montada uma estao o de tratamento de esgotopara tratar a gua de forma que no provocasse assoreamento dos mananciais e riachosda serra do mar.Um processo de filtragem de ciclo fechado foi tambm utilizado paratratar a gua das limpezas das betoneiras


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O setor da construo civil tem ganhado fora e importncia no cenriointernacional no que se refere busca de sua sustentabilidade e a transformao de

prticas e mtodos ultrapassados. O setor, que poderia ser considerado um dos setoresmais despreocupados com a questo ambiental e seus reais impactos no planeta, se v

agora diante de uma "onda verde", com a exploso de inmeras publicaes sobre oassunto; a realizao de vrios eventos e seminrios para difundirem o tema, enfim, umasrie de iniciativas que visam, acima de tudo, disseminar conhecimento e gerar o realengajamento do setor como um todo: desde produtores de matria-prima at as prpriasconstrutoras.

A construo civil sustentvel, como chamada essa nova tendncia, faz uso demateriais ecologicamente corretos e eficientes e de solues tecnolgicas inteligentes

para promover o bom uso e a economia de recursos, como gua e energia eltrica; areduo da emisso de gases de efeito estufa, tanto na produo de matria-primaquanto na operao normal das edificaes; a melhoria da qualidade do ar no ambienteinterno e o conforto de seus moradores e usurios.

No Brasil, a iniciativa tm evoluindo, a mais importante e recente no assunto foi acriao do Conselho Brasileiro de Construo Sustentvel - CBCS (www.cbcs.org.br),que surgiu da necessidade de integrar boas prticas de sustentabilidade e criar umamaneira estruturada de interagir com outros setores, alm de promover odesenvolvimento sustentvel por meio da gerao e disseminao de conhecimento e damobilizao da cadeia produtiva da construo e seus consumidores. Para tanto

pretende-se desenvolver metodologias adequadas realidade brasileira para avaliaoda sustentabilidade de servios e empreendimentos e promover a elaborao de

publicaes e referncias tcnicas direcionadas s empresas e profissionais do setor.

A criao de tal Conselho denota o amadurecimento do setor no Brasil, mas

necessrio salientar que em um pas como o nosso, no qual 77% das construes soauto-geridas, ou seja, acontecem sem a participao de construtoras ou agentes pblicos, necessrio que as mudanas e transformaes sejam devidamente regulamentadas,

para que realmente atinjam o maior nmero de empreendimentos possvel.

preciso, portanto, que tal preocupao seja mais que apenas uma "onda" e quedemonstre a real mudana de postura do setor, que tem papel fundamental paraassegurarmos a sustentabilidade de nosso planeta.


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