escola secundÁria de aljustrel ano letivo...
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ESCOLA SECUNDÁRIA DE ALJUSTREL
ANO LETIVO 2011/2012
Disciplina: Sociologia
Módulo: 7
Prof.: Susana Lopes
ÍNDICE:
Cancro—definição pág. 3
Cancro e o sistema imunitário pág. 6
Cancro da próstata pág. 10
Cancro da pele pág. 17
Cancro do colo do útero pág. 21
Cancro do pulmão pág. 31
Cancro da mama pág. 43
Cancro da tiróide pág. 51
O CANCRO
O QUE É? - DEFINIÇÃO
O cancro é uma doença causada
pelo crescimento de alguns teci-
dos com proliferação de células
alteradas que invadem e des-
troem outros tecidos.
Existem várias causas para o Cancro, tais como as genéticas, os vírus,
as radiações, algumas substâncias químicas, entre outras.
As investigações recentes parecem mostrar que o Cancro tem uma
certa componente hereditária. Ao que parece, o que se herda não é
a doença, apenas a propensão de vir a padecer dela. Em muitos ca-
sos, o Cancro é desencadeado por determinados agentes, que se
chamam cancerígenos.
Todos os médicos estão de acordo ao afirmar que a principal arma
da luta contra o Cancro é a prevenção e detecção precoce.
Falamos de tumor quando se
forma uma massa de células in-
diferenciadas (cancerígenas) em
alguma parte do organismo.
Este tumor é benigno se estiver localizado, se for de cresci-
mento lento e não invadir outros tecidos; é maligno ou cance-
rígeno se invadir outros tecidos e poder provocar neles cresci-
mentos secundários, denominados metástases.
Se um Cancro for diagnosticado a tempo, pode ser erradicado por
diversos meios (normalmente através de uma intervenção cirúrgica) .
De seguida, os médicos prescrevem um tratamento com fármacos
especiais, que impedem a actividade das células cancerígenas e de-
têm a sua dispersão. Estes tratamentos à base de químicos e radia-
ção, serão abordados com maior pormenor num dos capítulos deste
mini-livro.
COMO SE DESENVOLVE O CANCRO?
As células do cancro desenvolvem-se a partir de células normais num
complexo processo denominado transformação. O primeiro passo no
processo é a iniciação, em que uma mudança no material genético
da célula a prepara para se transformar em cancerosa. Essa mudança
é causada por um agente chamado cancerígeno (pode ser um produ-
to químico, um vírus, a radiação ou a luz solar). Uma alteração gené-
tica na célula ou outro agente, conhecido como promotor, inclusive
uma irritação física crónica, podem aumentar a possibilidade de as
células se converterem em cancerosas.
O passo seguinte é a promoção; neste passo uma célula que iniciou a
sua mudança transforma-se em cancerosa.
A imagem à direita representa o desenvolvi-
mento de uma célula cancerígena.
Na página seguinte, são apresentadas algumas
das sustâncias químicas que podem ser res-
ponsáveis pelo Cancro.
O CANCRO E O SISTEMA IMUNITÁRIO
O cancro é mais propenso a desenvolver-se quando o sistema imuni-
tário não funciona normalmente, como nas pessoas com SIDA, nas
que tomam medicamentos que travam a resposta imunológica e nas
que sofrem de certas doenças auto-imunes. Contudo, o sistema
imunitário não é infalível, porque o cancro pode escapar à vigilância
protectora do sistema imunitário mesmo quando este funcione nor-
malmente.
Células do sistema imunitário
Todos nós, os vertebrados, possuímos um sistema de defesa que
nos protege das doenças causadas tanto os elementos externos
como internos. A imunidade pode ser especifica ou não especifica.
Chama-se imunidade à possibilidade de defesa de determinadas
doenças, normalmente infecciosas. Todo o organismo está munido
de um conjunto de mecanismos de defesa perante estas doenças.
A este conjunto chama-se sistema imunitário.
No caso do ser humano, a imunidade é congénita: nascemos pre-
parados para nos defendermos de algumas doenças.
Não obstante, ao longo da vida, o sistema imunitário aperfeiçoa-se e
“aprende” a defender-se de novas agressões. Por isso, distinguem-
se normalmente dois tipos de imunidade:
Inespecífica ou congénita;
Específica;
A imunidade Inespecífica
É a que possuímos quando nascemos. O seu nome faz referência ao
facto de se manifestar de igual forma perante qualquer agressor. Os
mecanismos da imunidade Inespecífica são os primeiros sistemas de
defesa com que fazemos frente a uma invasão.
A imunidade Específica
Desenvolve-se ao longo da nossa vida, em função das características
particulares do agente invasor. Este tipo de imunidade vai sendo
adquirido desde o nascimento, como consequência da exposição do
organismo a microorganismos e substâncias presentes no meio am-
biente e que superam os mecanismos de imunidade inespecíficos.
O nosso sistema imunitário reconhece as substâncias estranhas
(antigénios) e diferencia as células que fabricam proteínas contra
elas (anticorpos). Também prepara células que atacam especifica-
mente o antigénio.
Os anticorpos são as substâncias que o organismo produz para neu-
tralizar os antigénios: são proteínas que se formam especificamente
para determinado antigénio, capazes de reagir contra ele e bloquear
a sua acção.
Um antigénio é uma substância estranha reconhecida e marcada
pelo sistema imunitário do corpo para ser destruída. Os antigénios
encontram-se sobre a superfície de todas as células, mas normal-
mente o sistema imunitário de um indivíduo não reage contra as
próprias células. Quando uma célula se converte em cancerosa, no-
vos antigénios (não familiares para o sistema imunitário) aparecem
sobre a superfície dessa célula e o sistema imunitário pode conside-
rar esses novos antigénios, chamados antigénios tumorais, como
estranhos e é capaz de travar ou destruir essas células cancerosas.
Contudo, mesmo que funcione em pleno, o sistema imunitário nem
sempre consegue destruir todas as células cancerosas.
Diagnóstico de Cancro
A avaliação do cancro começa com uma história clínica e um exa-
me físico. Ambos ajudam o médico a avaliar o risco de cancro que
uma pessoa tem e a determinar os estudos necessários para o de-
tectar. Em geral, a procura do cancro faz parte do exame médico
de rotina e realiza-se fundamentalmente para detectar os cancros
da tiróide, do testículo, da boca, do ovário, da pele e dos gânglios
linfáticos.
Os exames de detecção precoce tentam a identificação do cancro
antes do aparecimento de sintomas. Se um exame dá um resultado
positivo, são precisos posteriormente outros exames para confir-
mar o diagnóstico. Um diagnóstico de cancro deve fazer-se sempre
com absoluta certeza, o que habitualmente requer uma biópsia.
Também é essencial determinar o tipo específico de cancro. Quan-
do se detecta o cancro, outros exames para determinar o estádio
do mesmo ajudam a conhecer a sua localização exacta e se já se
estendeu a outros órgãos. Tudo isso ajuda os médicos a planificar um
tratamento apropriado e a determinar o prognóstico.
Detecção precoce do Cancro
Os exames de detecção precoce servem para detectar uma eventual existência
de Cancro. Quando se detecta um cancro na sua fase inicial, habitualmente po-
de ser tratado antes que este se espalhe. Os exames de detecção precoce geral-
mente não são definitivos; os resultados são verificados ou refutados com exa-
mes e provas ulteriores.
Recomendações para a detecção precoce dos vários tipos de
Cancro
Procedimento Frequência
Radiografias do
tórax. Citologia da
expectoração.
Cancro do Pulmão
Não recomendado como prova sistemática
Exame das fezes
para detectar san-
gue oculto.
Toque rectal.
Sigmoidoscopia.
Cancro rectal e do cólon
Anualmente depois dos 50 anos.
Anualmente depois dos 40 anos.
Todos os 3 a 5 anos depois dos 50 anos.
O que é:
O cancro da próstata é um tumor maligno ou seja, as suas células
podem, em determinada altura, disseminar-se através dos vasos
sanguíneos ou linfáticos para outros locais do organismo. Esta disse-
minação acontece preferencialmente para os gânglios linfáticos, os-
sos e pulmões. O desenvolvimento do cancro da próstata é normal-
mente lento e raramente acontece antes dos 50 anos. Nas idades
mais avançadas, este tipo de cancro é frequente embora nem sem-
pre origine complicações.
Sintomas:
Problemas urinários.
Incapacidade de urinar, ou dificuldade em iniciar ou parar o fluxo de
urina.
Necessidade frequente de urinar, principalmente à noite.
Fluxo de urina fraco ou intermitente.
Dor ou ardor durante a micção.
Dificuldade em ter uma erecção.
Sangue na urina ou no sémen.
Dor frequente na zona inferior das costas, nas ancas ou na zona su-
perior das coxas.
Cancro da próstata
FORMAS DE DETECÇÃO:
Toque rectal o que é?
Depois de colocar umas luvas, o
médico insere um dedo lubrifi-
cado dentro do recto, e apalpa
a próstata, através da parede
rectal, para verificar se detecta
zonas duras ou granulosas.
Análise clínica para o antigénio específico da próstata:
Através de uma análise laboratorial, verifica-se o nível de PSA nu-
ma amostra de sangue do homem. Um nível elevado de PSA é,
geralmente, causado por HBP ou prostatite (inflamação da prósta-
ta). Também pode resultar de cancro da próstata.
Ecografia trans-rectal: o
médico insere uma sonda
no recto, para detectar zo-
nas anómalas. A sonda en-
via ondas sonoras que não
podem ser ouvidas pelos
humanos (ultra-sons). As
ondas sonoras são reflecti-
das na próstata e um com-
putador usa os ecos para
criar uma imagem-
ecografia.
FORMAS DE DIAGNÓSTICO
Cistoscopia: o médico vê o interior da uretra e da bexiga, através de um tubo fino e iluminado.
Biópsia: consiste na remoção de tecido, para procurar células cance-rígenas. O médico insere uma agulha, através do recto, até à prósta-ta, e remove uma pequena quantidade de tecido (biópsia trans-rectal). O médico retira amostras de tecido de diversas zonas da próstata. Pode ser usada uma ecografia, para guiar a agulha. Um pa-tologista, usa um microscópio para detectar células cancerígenas no tecido. A biópsia é o único método seguro de diagnosticar o cancro da próstata.
Antes de fazer uma biópsia, pode querer colocar algumas questões ao médico, como por exemplo: Onde vou fazer a biópsia? Vou ter que ir para o hospital? Quanto tempo vai demorar? Vou estar acordado? Vai doer? Quais são os riscos? Quais são as hipóteses de infecção ou de he-morragia, depois da biópsia? Quanto tempo demora a recuperação? Quando vou saber os resultados? Se eu tiver cancro da próstata, quem falará comigo acerca dos pas-sos seguintes? Quando?
Muitas pessoas com cancro da próstata, querem saber toda a infor-mação possível sobre a sua doença e métodos de tratamento; que-rem participar nas decisões relativas ao seu estado de saúde e cuida-dos médicos de que necessitam. Saber mais acerca da doença, ajuda a colaborar e reagir positivamente. O médico pode aconselhar a consulta com um médico especialista. O cancro pode ser tratado por diferentes especialistas, como sejam: urologista, oncologista e radioterapeuta. Pode ter um médico espe-cialista diferente, para cada tipo de tratamento que vá fazer. O tratamento começa, geralmente, poucas semanas após o diagnós-tico de cancro da próstata. Regra geral, tem tempo para falar com o médico sobre as opções de tratamento e, se considerar necessário, ouvir uma segunda opinião, para saber mais acerca do seu cancro, antes de tomar qualquer decisão sobre o tratamento.
PREPARAÇÃO PARA O TRATAMENTO
Antes de iniciar o tratamento, poderá querer colocar algumas questões ao médico:
O TRATAMENTO DO CANCRO DA PRÓSTATA
Qual é o estádio da doença? Qual é o grau do tumor? Quais são as minhas escolhas para o tratamento? Qual me reco-menda? Porquê? Quais são os benefícios esperados de cada tipo de tratamento?Quais são os riscos e os possíveis efeitos secundários de cada tratamento? Como poderão ser controlados os efeitos secundários? Como irá o tratamento afectar as minhas actividades normais? Afectará a minha vida sexual? Virei a ter problemas urinários? Virei a ter problemas de intestinos?
MÉTODOS DE TRATAMENTO
CIRURGIA A cirurgia é um tratamento comum, nos estádios iniciais do cancro da próstata. É um tipo de terapêutica local. O médico pode remo-ver toda a próstata ou apenas uma parte. Em alguns casos, o médi-co pode usar uma técnica conhecida como cirurgia conservadora dos nervos, que permite manter os nervos que controlam a erec-ção. No entanto, ho-mens que apresentem tumores grandes ou localizados muito per-to destes nervos, po-dem ter que fazer ou-tro tipo de cirurgia.
RADIOTERAPIA
Na radioterapia, são utilizados raios de elevada energia para matar
as células cancerígenas; é um tipo de terapêutica local. No cancro
da próstata em estádio inicial, a radioterapia pode ser o tratamen-
to primário, em vez da cirurgia; também pode ser usada após a ci-
rurgia, para destruir quaisquer células cancerígenas que possam
ter ficado na região tumoral. Em estádios avançados, a radiotera-
pia pode ser utilizada com intuito
paliativo, para ajudar a aliviar a
HORMONOTERAPIA A terapêutica hormonal impede que as células cancerígenas "tenham acesso" às hormonas naturais do nosso organismo, das quais necessitam para se desenvolverem. É uma terapêutica sisté-mica, tendo em conta que os fármacos entram na corrente sanguí-nea e circulam por todo o organismo. A terapêutica sistémica é usada para tratar tumores que tenham metastizado. Por vezes, es-te tipo de terapêutica é usado para prevenir recidivas, após a cirur-gia ou radioterapia.
OBSERVAÇÃO
Por vezes, a opção não é terapêutica, mas sim ficar sob observa-ção, quando os riscos e os possíveis efeitos secundários da cirur-gia, da radioterapia, ou da hormonoterapia não compensam os possíveis benefícios. Quem opta pela observação é, no entanto, tratado quando surge sintomatologia ou quando os sintomas pioram.
Cancro da pele
Definição
Cancro de pele é um crescimento de-sordenado de células na pele, que po-de ter várias causas, sendo um dos principais longos períodos de exposi-ção aos raios ultravioleta intensos do Sol ou de cabines de bronzeamento artificial. É o tipo mais comum de cancro correspondendo a cerca de 25% de todas as lesões neo-plásicas. O cancro de pele é um tumor formado por células da pele que so-freram alterações e multiplicaram-se de maneira desordenada e normal dando origem a um novo tecido, a neoplasia.
Causas: Exposição prolongada e repetida à radiação ultravioleta do Sol. Radiação ionizante, Intoxicação por produtos do alcatrão (como por cigarro)
Arsénicos (químicos) Sinais e sintomas
Como o cancro da pele pode evidenciar-se em qualquer parte do corpo e
manifestar-se sobre um sector da pele que previamente não apresentasse
qualquer tipo de lesão, qualquer mancha recente na pele, independente-
mente do seu aspecto, deve ser o mais rapidamente possível comunicada
ao médico, para que este determine a sua natureza. Todavia, por vezes, o
cancro da pele é provocado pela transformação maligna de uma lesão
benigna pré-existente, sobretudo de um nervo pigmentar e, como todos
temos nervos, qualquer um de nós pode ser afectado, sendo por isso que
devemos estar alerta.
Em condições normais, os nervos são estáveis, ou seja, não se alte-
ram com o passar do tempo, embora com os anos possam diminuir de
tamanho ou até desaparecer.
Em suma, como os nervos não costumam sofrer grandes alterações nem
provocar problemas, caso estes se manifestem, devem ser entendidos
como um sinal de alerta que necessita de uma imediata consulta médica.
É preciso ter em conta que, embora não seja possível prever quais as
alterações que possam sugerir uma possível transformação maligna, exis-
tem algumas que constituem fortes suspeitas para essa possibilidade. De
facto, deve-se consultar imediatamente um médico perante as seguintes
alterações:
Crescimento de um tumor benigno pigmentado, em especial se as
suas extremidades ficarem irregulares;
Transformação da superfície da pele, por exemplo, caso seja lisa e
começar a ficar irregular;
Escurecimento ou alteração da cor;
Manifestação de manchas ou pontos mais escuros na própria lesão
ou à sua volta produção de problemas, como por exemplo prurido,
queimaduras ou dores;
Inflamação do próprio tumor ou da pele que o rodeia; desenvolvi-
mento de uma úlcera
Aparecimento de sangue; alteração da sua consistência.
Em suma, perante qualquer alteração deste tipo, deve-se consultar um
médico o mais rápido possível. Embora, na maioria dos casos, os receios
sejam injustificados e não existam motivos para se suspeitar de um can-
cro, quando realmente se confirma a evolução maligna, quanto mais cedo
se iniciar o tratamento, maiores serão as possibilidades de cura e de elimi-
nação de qualquer perigo.
De facto, quando o tratamento é efectuado no início, o cancro da pele po-
de ser curado em mais de 90% dos casos.
Tratamento
O tratamento do cancro de pele depende do tipo de tumor, do seu estado
de evolução, do seu tamanho e da sua localização, bem como do seu es-
tado geral de saúde e antecedentes clínicos.
Na maioria dos casos, o objectivo do tratamento é remover ou destruir
completamente o tumor.
Alguns cientistas realizaram, recentemente, experiências sobre o que cha-
mou de immune-priming. Esta terapia ainda está em fase experimental,
mas tem-se mostrado eficaz em ataques de ameaças externas como ví-
rus. Mais recentemente, alguns pesquisadores têm focado os seus esfor-
ços no fortalecimento do próprio corpo produzido naturalmente "células T
helper", para identificar e conter células cancerosas, ajudando a guiar as
células que protegem o organismo. Infundiram, também, pacientes com
cerca de 5 bilhões de células T helper sem recurso a drogas ou quimiote-
rapia. Este tipo de tratamento mostrou-se eficaz, na medida em que não
apresenta efeitos colaterais graves e pode mudar a forma como pacientes
com cancro são tratados.
Um creme usado para tratar lesões pré-cancerosas da pele também re-
verte sinais de envelhecimento, segundo um estudo divulgado em Abril de
2009. Em março de 2010 uma equipa de estudo da Universidade de Dun-
dee, na Escócia, anunciou que tinha inventado um novo método menos
doloroso de tratar a pele cancro, que pode ser administrada a partir de
casa. Está, também, em desenvolvimento uma terapia com recurso a va-
cinas contra o cancro de células escamosas, na Austrália e já apresentou
resultados positivos em testes feitos com animais. Também estão a de-
senvolver uma vacina contra o melanoma.
As células dendríticas autólogas geradas a partir de sangue periférico
são um método seguro e promissor no tratamento do melanoma metastáti-
co. Porém, são necessários mais estudos ainda, para demonstrar a eficácia
clínica e impacto na sobrevida dos pacientes com melanoma com esse tra-
tamento. Desempenham um papel crucial na activação dos linfócitos- T,
responsáveis por combate a tumores. O recurso às vacinas com células
dendríticas permite expor o tumor retirado ao paciente e depois reintroduzir
as células novamente no organismo, de modo a evitar as metásteses.
CANCRO DO COLO DO ÚTERO
O que é? O colo do útero faz parte do aparelho reprodutor femini-
no e corresponde à extremidade inferior do útero.
Sistema reprodutor feminino
A parte inferior do colo encontra-se na vagina, sendo apenas visí-
vel com o espéculo.
Espéculo utilizado no exame vaginal
A área que une a parte externa do colo do útero com a parte inter-
na é muito sensível e é nesta área que se iniciam a maior parte dos
cancros do colo do útero.
O cancro do colo do útero, ao contrário de muitos outros, não tem
uma origem hereditária. É causado na sua maioria por um vírus, o
Papilomavírus Humano (HPV), capaz de transformar as células do
colo do útero, provocando lesões, que se não forem tratadas evolu-
em para cancro.
O cancro do colo do útero tem uma evolução lenta mas progressiva,
sem sinais nem sintomas até uma fase muito avançada de invasão:
Hemorragia vaginal entre as menstruações;
Hemorragia após a relação sexual;
Corrimento vaginal anormal;
Dor pélvica;
Dor durante a relação sexual.
É de extrema importância, conseguir detectar os sinais atempada-
mente, estar atenta aos sintomas e efectuar rastreio através do Tes-
te Papanicolau, pelo menos uma vez por ano. O colo do útero passa
por diversas alterações ao longo da vida da mulher (puberdade, par-
to, menopausa). A região onde a parte externa do colo do útero
(exocolo do útero) encontra a parte interna (endocolo do útero), é
muito sensível. É nesta região que começa a maior parte dos can-
cros do colo do útero.
Sintomas
O cancro no útero surge, geralmente, depois da menopausa. No
entanto, também pode ocorrer no início da menopausa. O sintoma
mais comum de cancro no útero é uma perda de sangue vaginal
anormal. A perda de sangue pode, no início, conter apenas vestí-
gios de sangue que, gradualmente, vai aumentando. Não deve ser
assumido que qualquer perda de sangue vaginal anormal seja pro-
vocada pela menopausa. Na maioria das vezes, estes sintomas não
estão relacionados com um cancro no útero, e podem, ainda, ser
provocados por tumores benignos, por exemplo. É importante
consultar o médico ginecologista, na medida em que só ele o pode
confirmar. Qualquer pessoa com estes sintomas, ou quaisquer ou-
tras alterações de saúde relevantes, deve consultar o médico, para
diagnosticar e tratar o problema tão cedo quanto possível.
O cancro no útero surge, geralmente, depois da menopausa. No
entanto, também pode ocorrer no início da menopausa. O sintoma
mais comum de cancro no útero é uma perda de sangue vaginal
anormal. A perda de sangue pode, no início, conter apenas vestí-
gios de sangue que, gradualmente, vai aumentando. Não deve ser
assumido que qualquer perda de sangue vaginal anormal seja pro-
vocada pela menopausa. Na maioria das vezes, estes sintomas não
estão relacionados com um cancro no útero, e podem, ainda, ser
provocados por tumores benignos, por exemplo. É importante
consultar o médico ginecologista, na medida em que só ele o pode
confirmar. Qualquer pessoa com estes sintomas, ou quaisquer ou-
tras alterações de saúde relevantes, deve consultar o médico, para
diagnosticar e tratar o problema tão cedo quanto possível.
O cancro do colo do útero tem uma evolução lenta mas progressi-
va, sem sinais nem sintomas até uma fase muito avançada de inva-
são:
• Hemorragia vaginal entre as menstruações;
• Hemorragia após a relação sexual;
• Corrimento vaginal anormal;
• Dor pélvica;
• Dor durante a relação sexual.
Como pode ser detectado o cancro do colo do útero?
Um método simples, designado por citologia, é a única forma de
detecção do cancro do colo do útero. Também conhecido por tes-
te Papa Nicolau, este teste faz parte do exame ginecológico e aju-
da a detectar a presença de células anómalas no epitélio do colo
do útero, antes que estas tenham a oportunidade de evoluírem
para cancro.
Citologia vaginal
Se os resultados da citologia forem anormais, o seu médico poderá
recomendar-lhe a realização de exames médicos adicionais:
Outra citologia-para confirmar a existência de células anóma-
las;
Uma colposcopia-para examinar eventuais anomalias do colo
do útero;
Uma biópsia para avaliar a presença de células pré-
cancerosas;
Se tiver um resultado anormal numa citologia, isso significa que po-
derá ter de agir de imediato. O melhor será falar com o seu médico
e expor-lhe as suas preocupações e questões.
O que é que acontece se o resultado da citologia for anormal?
Factores de risco
Os médicos nem sempre conseguem explicar por que é que algu-
mas mulheres desenvolvem cancro do colo do útero e outras não.
Contudo, sabe-se que uma mulher com determinados factores de
risco está mais predisposta do que outras a desenvolver cancro
cervical. Um factor de risco é algo que aumenta a possibilidade de
se vir a desenvolver a doença. Estudos efectuados identificaram
alguns factores que podem aumentar o risco de desenvolver can-
cro do colo do útero. Quando presentes em simultâneo, estes fac-
tores aumentam ainda mais o risco:
A infecção por HPV é o principal fac-
tor de risco para o cancro do colo do
útero. O HPV é um conjunto de vírus
que pode infectar o colo do útero.
As infecções por HPV são muito fre-
quentes. Estes vírus podem ser
transmitidos de pessoa para pessoa através de contacto sexual,
sendo que a maioria dos adultos já foi num dado momento da sua
vida infectada com HPV. Alguns tipos de HPV podem provocar alte-
rações nas células do colo do útero, essas podem originar verrugas,
cancro e outras complicações genitais.
Os médicos devem verificar se há sinais de HPV, mesmo que não
existam verrugas ou outros sintomas. Se uma mulher tiver uma in-
fecção por HPV, o médico pode sugerir algumas formas de evitar o
contágio a outras pessoas. O exame de Papanicolau pode detectar
alterações nas células do colo do útero causadas por HPV.
O tratamento destas alterações celulares pode evitar o desenvolvi-
mento de cancro do colo do útero. Existem vários métodos de tra-
tamento, designadamente congelar ou queimar o tecido infectado.
Pode também ser utilizada medicação. A vacinação das mulheres
entre os 9 e os 26 anos protege-as de dois subtipos de infecção por
Vírus do papiloma humano (HPV)
O cancro do colo do útero é mais frequente em mulheres que não
realizam periodicamente o exame de Papanicolau. Este exame pos-
sibilita a detecção de células pré-cancerígenas. O tratamento das
alterações cervicais pré-cancerígenas previne, muitas vezes, o de-
senvolvimento de cancro.
Não realizar o exame de Papanicolau regularmente
Sistema imunitário enfraquecido
(o sistema de defesa natural do organismo): as mulheres infectadas
com VIH (o vírus que provoca SIDA) ou sob medicação inibidora do
sistema imunitário, apresentam risco aumentado de desenvolver
cancro do colo do útero. Nestas mulheres, os médicos recomendam
o rastreio regular do cancro do colo do útero.
Idade: o cancro do colo do útero ocorre com maior frequência a
partir dos 40 anos de idade.
História sexual: as mulheres que tenham tido muitos parceiros sexu-
ais apresentam risco aumentado para o desenvolvimento do cancro
do colo do útero. As mulheres que tenham tido relações sexuais
com homens que, por sua vez, tenham tido muitas parceiras sexu-
ais, apresentam também maior risco de desenvolver cancro do colo
do útero. Em ambos os casos, o risco é acrescido, uma vez que estas
mulheres têm maior risco de infecção por HPV.
As mulheres fumadoras com infecção por HPV apresentam um ris-
co acrescido de desenvolver cancro do colo do útero.
Tabagismo:
Tomar a pílula durante longos períodos de tempo (5 anos ou mais)
pode aumentar o risco de desenvolver cancro do colo do útero, em
mulheres infectadas por HPV.
Estudos efectuados sugerem que as mulheres infectadas por HPV
que tenham muitos filhos, podem apresentar risco acrescido para o
desenvolvimento de cancro do colo do útero.
Tomar a pílula durante longos períodos de tempo
Ter muitos filhos
O dietilestilbestrol (DES) pode aumentar o risco de desenvolver
uma forma rara de cancro do colo do útero e outros tipos de cancro
do aparelho reprodutor feminino, em crianças do sexo feminino
expostas a este fármaco antes do nascimento. Nos Estados Unidos,
o DES foi administrado a mulheres grávidas, entre 1940 e 1971
(actualmente não é prescrito a mulheres grávidas.)
Mais uma vez, fica a ressalva de que as mulheres que pensem estar
em risco de desenvolver cancro do colo do útero, devem debater
esta questão com o seu médico e podem, eventualmente, marcar
um exame médico completo.
Tratamento
Muitas mulheres com cancro do colo do útero exigem ter um papel
activo nas decisões sobre os cuidados médicos que lhes são presta-
dos. Querem estar o mais informadas possível sobre a sua doença e
as opções de tratamento. Contudo, o choque e a tensão que as pes-
soas habitualmente sentem após um diagnóstico de cancro fazem
com que seja difícil pensar em tudo o que gostariam de perguntar
ao médico.
Muitas vezes, é útil preparar uma lista de perguntas antes da con-
sulta.
Para tratar o cancro do colo do útero, as mulheres podem ser medi-
cadas para controlar a dor e outros sintomas.
O médico pode encaminhar os doentes para médicos especializados
no tratamento do cancro: ginecologistas, ginecologistas oncológi-
cos, médicos oncologistas e rádio-oncologistas, que são especialis-
tas que tratam o cancro do colo do útero.
O rastreio do cancro do colo do útero é um teste para exami-
nar as células do colo do útero (parte inferior do útero).
O teste utilizado é a citologia em meio líquido e se necessário
a pesquisa do Vírus do Papiloma Humano (VPH).
O rastreio regular é a melhor forma de detectar precocemen-
te alterações do colo uterino.
O que é o Rastreio do Cancro do Colo do Útero (RCCU)?
Como pode ser prevenido o cancro do colo o útero?
Através da vacinação contra o papilomavírus Humano nas idades re-
comendadas.
Com visitas regulares ao médico para fazer rastreio (teste de papani-
colau).
Se tens 17 anos ou menos, vai ao teu centro de saúde e informa-te
quando podes ser vacinada, no âmbito do Programa Nacional de Va-
cinação (pnv).
Na Europa, o cancro do colo do útero sucede ao cancro da mama
como a segunda causa de morte por cancro nas mulheres com ida-
des entre os 15 e os 44 anos. Diariamente, quarenta mulheres mor-
rem na Europa vítimas de cancro do colo do útero. Este número
tem vindo a diminuir nos últimos anos, graças aos programas de
prevenção, designadamente ao rastreio.
Em Portugal, mata todos os anos 200 mulheres, sendo diagnostica-
dos 900 a mil novos casos de doença. É o segundo motivo de morte
por cancro mais vulgar entre mulheres dos 15 aos 44 anos na Euro-
pa, depois do cancro da mama, e faz cerca de 40 vítimas mortais
por dia.
Tumor maligno no útero
O cancro do pulmão é dos tipos de
cancro mais frequentes.
O diagnóstico de cancro do pulmão,
levanta muitas questões, para as quais
é necessário haver respostas, claras e
perceptíveis.
A investigação constante, numa área de intervenção tão importante
como o cancro do pulmão é, inquestionavelmente, necessária; cada
vez se sabe mais sobre as suas causas, sobre a forma como se de-
senvolve e cresce, ou seja, como progride. Estão, também, a ser es-
tudadas novas formas de o prevenir, detectar e tratar, tendo sem-
pre em atenção a melhoria da qualidade de vida das pessoas com
cancro, durante e após o tratamento.
Os tumores que têm início no pulmão, dividem-se em dois grupos
principais: cancro do pulmão de não-pequenas células e cancro do
pulmão de pequenas células, dependendo de qual o aspecto das
células envolvidas, quando observadas ao microscópio. Estes dois
tipos de cancro do pulmão, crescem e metastizam de formas dife-
rentes, ou seja, têm um comportamento distinto e, como tal, são
também tratados de forma diferente.
O CANCRO DO PULMÃO
PERCEBER O CANCRO DO PULMÃO
O cancro do pulmão de não-pequenas células, é mais comum que o
cancro do pulmão de pequenas células e, geralmente, cresce e me-
tastiza mais lentamente, ou seja, tem um comportamento menos
agressivo. Existem três sub-tipos de cancro do pulmão de não-
pequenas células; a sua designação provém do tipo de células onde
o tumor se desenvolve: carcinoma de células escamosas (também
chamado carcinoma epidermóide), adenocarcinoma e cancro pul-
monar de grandes células.
O cancro do pulmão de pequenas células, por vezes chamado de
cancro das células em "grão de aveia", é menos comum que o can-
cro do pulmão de não-pequenas células. Este tipo de tumor cresce
mais rapidamente, e é mais provável que metastize para outros ór-
gãos.
Os sintomas e sinais mais comuns de cancro do pulmão incluem:
Tosse que não desaparece e que piora com o passar do tem-
po.
Dor constante no peito.
Tosse acompanhada de sangue.
Falta de ar, asma ou rouquidão.
Problemas recorrentes, com pneumonia ou bronquite.
Inchaço do pescoço e rosto.
Perda de apetite ou de peso.
Fadiga.
CANCRO DO PULMÃO: SINTOMAS DE ALERTA
Na maioria das vezes, estes sintomas não estão relacionados com
um cancro, e podem, ainda, ser provocados por tumores benignos
ou outros problemas. Só o médico poderá confirmar. Qualquer pes-
soa com estes sintomas, ou quaisquer outras alterações de saúde
relevantes, deve consultar o médico, para diagnosticar e tratar o
problema tão cedo quanto possível.
Geralmente, as fases iniciais do cancro não causam dor. Se tem es-
tes sintomas, não espere até ter dor, para consultar o médico.
Broncoscopia: o médico insere um broncoscópio (um tubo fino
e iluminado), dentro da boca ou nariz e "empurra-o" através
da traqueia, para ver as passagens de ar. Através deste tubo,
o médico pode recolher células ou pequenas amostras de te-
cido.
Aspiração por agulha: é inserida uma agulha no tumor, atra-
vés do peito, para remoção de uma amostra de tecido.
Toracocentese: usando uma agulha, o médico remove uma
amostra do fluido que envolve os pulmões, para procurar cé-
lulas cancerígenas.
Toracotomia: a cirurgia para abrir o peito é, algumas vezes,
necessária para diagnosticar o cancro do pulmão. Este proce-
dimento é uma grande operação e é sempre realizada no hos-
pital.
FORMAS DE DIAGNÓSTICO DO CANCRO DO PULMÃO
Colocar algumas questões ao médico, pode ajudar a compreen-
der melhor a situação.
• Que testes podem diagnosticar o cancro do pulmão?
• Quanto tempo depois dos testes vou saber os resultados?
• Que tipo de cancro do pulmão tenho eu?
O tratamento depende de uma série de factores, incluindo o tipo
de cancro do pulmão: cancro do pulmão de não-pequenas células
ou de pequenas células, o tamanho, a localização, a extensão do
tumor e o estado geral de saúde da pessoa. Podem ser usados
diferentes tratamentos e associações de tratamentos, para con-
trolar o cancro do pulmão e/ou para melhorar a qualidade de vida
da pessoa, através da redução dos sintomas.
O TRATAMENTO DO CANCRO DO PULMÃO
CIRURGIA
A cirurgia é uma operação para remoção do tumor. O tipo de cirur-
gia realizada depende da localização do tumor, no pulmão. Uma
operação para remoção de apenas uma pequena parte do pulmão,
chama-se ressecção segmentar ou em cunha. Quando o cirurgião
remove um lobo inteiro do pulmão, o procedimento chama-se lo-
bectomia. A pneumectomia corresponde à remoção total de um
pulmão. Alguns tumores não são operáveis, ou seja, não podem ser
removidos por cirurgia, devido ao seu tamanho ou localização; por
outro lado, algumas pessoas não podem ser submetidas a cirurgia,
por outros motivos médicos.
A quimioterapia é a utilização de fármacos anticancerígenos, para
matar células tumorais em todo o organismo. Mesmo após a remo-
ção do cancro do pulmão, as células cancerígenas podem, ainda,
estar presentes em tecidos vizinhos ou noutro local do organismo. A
quimioterapia pode ser usada para controlar o crescimento do tu-
mor ou para aliviar os sintomas. Grande parte dos fármacos anti-
cancerígenos, são administrados por injecção directa numa veia
(IV), ou através de um catéter (tubo fino colocado numa veia gran-
de, e que fica colocado enquanto for necessário). Alguns fármacos
anticancerígenos são administrados por via oral, sob a forma de
comprimidos.
QUIMIOTERAPIA
RADIOTERAPIA
Terapia por radiação, também chamada de radioterapia, envolve a
utilização de raios de elevada energia, para matar as células cance-
rígenas. A radioterapia é direccionada para uma área limitada e
afecta as células cancerígenas apenas na área onde incidiu. A radio-
terapia pode ser usada antes da cirurgia, para diminuir o tamanho
de um tumor, ou após a cirurgia, para destruir quaisquer células
cancerígenas que tenham ficado na área tratada. Muitas vezes o
médico usa a radioterapia, combinada com a quimioterapia, como
tratamento primário do tumor, em vez da cirurgia. A radioterapia
também pode ser usada para aliviar os sintomas, como por exem-
plo a falta de ar. A radiação, no tratamento do cancro do pulmão
vem, normalmente, de uma máquina (radiação externa). A radiação
também pode provir de um implante (pequeno contentor de mate-
rial radioactivo), colocado directamente no tumor ou perto deste
(radiação interna ou braquiterapia).
Terapêutica Fotodinâmica (PDT), um tipo de terapêutica por laser,
envolve o uso de um químico especial, que é injectado na corrente
sanguínea e absorvido pelas células, em todo o organismo. O quími-
co deixa rapidamente as células normais, mas permanece nas célu-
las cancerígenas, durante mais tempo. Um raio laser, dirigido para o
tumor, activa o químico que mata, então, as células que o absorve-
ram. A terapêutica fotodinâmica pode ser usada para reduzir os sin-
tomas de cancro do pulmão, por exemplo, para controlar as perdas
de sangue ou para aliviar problemas respiratórios, devido a vias res-
piratórias obstruídas, quando o tumor não pode ser removido pela
cirurgia. A terapêutica fotodinâmica também pode ser usada para
tratar tumores muito pequenos, em pessoas para quem os trata-
mentos usuais para o cancro do pulmão não são adequados.
Para muitas pessoas com cancro do pulmão, a participação em en-
saios clínicos (estudos de investigação) é uma opção. Em alguns es-
tudos, todas as pessoas recebem o novo tratamento; noutros, as
diferentes terapêuticas são comparadas: algumas pessoas recebem
o novo tratamento e outras recebem a terapêutica habitual
(padrão). Através da investigação, estão a ser explorados novos mé-
todos, possivelmente mais eficazes, de tratar o cancro do pulmão.
TERAPÊUTICA FOTODINÂMICA
O cancro do pulmão de não-pequenas células, pode ser tratado de
diversas formas. A escolha do tratamento depende, principalmente,
do tamanho, localização e extensão do tumor. A cirurgia, é o trata-
mento mais comum para este tipo de cancro do pulmão. A crio ci-
rurgia, um tratamento que congela e destrói o tecido cancerígeno,
pode ser usada para controlar os sintomas, nos estádios mais avan-
çados do cancro do pulmão de não-pequenas células. A radiotera-
pia e a quimioterapia, também podem ser usadas para atrasar o
progresso da doença e para controlar os sintomas.
O cancro do pulmão de pequenas células, metastiza rapidamente.
Em muitos casos, quando a doença é diagnosticada, as células can-
cerígenas já se disseminaram para outras partes do organismo. Para
atingir as células cancerígenas, em todo o organismo, quase sempre
é feita quimioterapia. O tratamento também pode incluir radiotera-
pia, dirigida ao tumor no pulmão ou a tumores noutras partes do
corpo, tal como o cérebro. Alguns doentes fazem radioterapia ao
cérebro, apesar de não ter sido encontrado qualquer tumor. Este
tratamento, chamada radioterapia profilática ao crânio, é feito para
prevenir que se formem tumores no cérebro. A cirurgia, faz parte
do plano de tratamentos de um pequeno número de pessoas com
cancro do pulmão de pequenas células.
TRATAMENTO DO CANCRO DO PULMÃO DE NÃO-PEQUENAS CÉ-
LULAS
TRATAMENTO DO CANCRO DO PULMÃO DE PEQUENAS CÉLULAS
Que tratamentos são recomendados para mim?
Que ensaios clínicos são adequados para o meu tipo de tu-
mor?
Terei de ser internado para fazer o tratamento? Durante
quanto tempo?
De que modo poderão as minhas actividades normais ser alte-
radas durante o meu tratamento?
Tendo em conta que, provavelmente, o tratamento do cancro da-
nifica células e tecidos saudáveis surgem, assim, os efeitos secun-
dários. Alguns efeitos secundários específicos dependem, princi-
palmente, do tipo de tratamento e sua extensão (se são tratamen-
tos locais ou sistémicos). Os efeitos secundários podem não ser os
mesmos em todas as pessoas, mesmo que estejam a fazer o mes-
mo tratamento. Por outro lado, os efeitos secundários sentidos
numa sessão de tratamento podem mudar na sessão seguinte. O
médico irá explicar os possíveis efeitos secundários do tratamento
e qual a melhor forma de os controlar.
Antes de iniciar o tratamento, poderá querer colocar algumas
EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
A cirurgia do cancro do pulmão é uma grande operação. Após a
cirurgia do pulmão, o ar e os fluidos tendem a acumular-se no pei-
to. Muitas vezes, a pessoa necessita de ajuda para se virar, tossir e
respirar profundamente. No entanto, estas actividades são impor-
tantes, para recuperação, porque ajudam na expansão do restante
tecido pulmonar e porque ajudam a eliminar o excesso de fluido e
ar. Depois de uma cirurgia para o cancro do pulmão, é comum ha-
ver dor ou fraqueza no peito e no braço, bem como falta de ar.
Para readquirir a energia e força "normais", podem ser necessárias
várias semanas ou meses.
A quimioterapia, afecta tanto as células normais como as cancerí-
genas. Os efeitos secundários dependem, essencialmente, dos fár-
macos específicos e da dose (quantidade de fármaco administra-
da). Os efeitos secundários mais comuns da quimioterapia são náu-
seas e vómitos, perda de cabelo, feridas na boca e cansaço.
CIRURGIA
QUIMIOTERAPIA
RADIOTERAPIA
A radioterapia, tal como a quimioterapia, afecta tanto as células
normais como as células cancerígenas. Os efeitos secundários da
radioterapia dependem, principalmente, da zona do corpo que
está a ser tratada e da dose de tratamento. Os efeitos secundários
mais comuns da radioterapia são: garganta seca e inflamada, difi-
culdade em deglutir, cansaço, alterações na pele, no local do tra-
tamento e perda de apetite. A radioterapia no cérebro, pode pro-
vocar dor de cabeça, alterações na pele, cansaço, náuseas e vómi-
tos, perda de cabelo, problemas com a memória e processos inte-
lectuais.
A terapêutica fotodinâmica torna a pele e os olhos sensíveis à
luz, durante aproximadamente 6 semanas, ou mais, após o trata-
mento. A pessoa deverá ser alertada para evitar a luz do sol, di-
recta e luz forte interior durante, pelo menos, 6 semanas. Se a
pessoa tiver que sair de casa, é necessário usar roupa protectora,
incluindo óculos de sol. Outros efeitos secundários da PTD po-
dem incluir tosse, dificuldade em engolir, dor ao respirar e falta
de ar. Deverá falar com o médico, relativamente ao que fazer se
a pele apresentar bolhas, vermelhidão ou inchaço. Se tal aconte-
cer, avise o seu médico.
Em qualquer estádio da doença, podem ser administrados medi-
camentos para controlar a dor e outros sintomas do cancro, bem
como para aliviar os possíveis efeitos secundários do tratamento.
Estes tratamentos são designados como tratamentos de suporte,
para controlo dos sintomas ou cuidados paliativos.
TERAPÊUTICA FOTODINÂMICA
CANCRO DO PULMÃO: ACOMPANHAMENTO
Actualmente, com o avanço e melhoria na detecção e tratamento
precoces do cancro, muitas pessoas ficam curadas.
Depois de tratar o cancro do pulmão, é importante fazer avaliações
gerais periódicas do estado de saúde; mesmo quando se pensa que
o cancro foi completamente removido ou destruído, por vezes a
doença reaparece: basta uma célula cancerígena não ter sido de-
tectada e ter permanecido no organismo, após o tratamento, para
que o cancro volte a aparecer, no mesmo local ou não.
Regularmente, o médico monitoriza, ou seja, avalia a recuperação
e verifica se houve recorrência da doença. Para tal, deverão ser
realizados alguns exames, que podem incluir exame físico, radio-
grafia (raio-X) ao tórax ou testes laboratoriais. As avaliações gerais,
ajudam a assegurar que não houve alterações de saúde.
Se houver uma recidiva, o médico irá decidir com a pessoa, quais
os novos objectivos do tratamento e um novo plano de tratamen-
tos.
Durante os exames médicos de acompanhamento ou follow-up, o
médico também observa outros problemas, como a ocorrência de
efeitos secundários da terapêutica anticancerígena que possam
surgir algum tempo após o tratamento (por vezes meses, ou anos).
Os exames regulares ajudam a assegurar que quaisquer alterações
na saúde são detectadas e tratadas, se necessário.
Se surgir qualquer problema de saúde no período entre as consul-
tas marcadas, deverá contactar o médico.
Colocar algumas questões ao médico, pode ajudar a compreender
melhor a situação.
Após o tratamento, com que frequência deverei ser reavalia-
do? Que tipo de cuidados continuados deverei ter?
Estarei eventualmente apto a voltar às minhas actividades
normais?
Quem vai estar envolvido com o meu tratamento e reabilita-
ção? Qual é o papel de cada membro da equipa médica que
me vai seguir?
Qual tem sido a sua experiencia no tratamento de doentes com
cancro do pulmão?
Existem grupos de apoio na área, com pessoas com quem eu
possa falar? Existem organizações onde eu possa obter mais
informação sobre o cancro, especialmente cancro do pulmão?
Número de casos novos por ano: 150 000
Número de mortes por ano: 44 000
CANCRO DA MAMA
O que é o cancro da mama?
O cancro da mama é um tumor maligno que se
desenvolve nas células do tecido mamário. É muito mais frequente
nas mulheres, mas pode também atingir os homens (nestes a per-
centagem é mínima). O cancro da mama apresenta-se como uma
massa dura e irregular que, quando apalpada se diferencia o resto
da mama pela sua consistência.
O cancro da mama é o cancro mais comum nas mulheres, sendo es-
te responsável por 27% dos casos de cancro das mulheres e a sua
incidência esta a crescer gradualmente.
A incidência em mulheres de raça branca é um pouco maior que nas
mulheres de raça negra. No mundo onde a incidência de cancro da
mama é mais alta, é nos EUA, Canadá, Europa Ocidental e Austrália,
o risco maior verifica-se aos 65 anos.
Como é feito o diagnóstico clinico do cancro da mama?
O diagnóstico clinico é o médico que irá submeter a mulher a um
exame clinico e fará algumas perguntas sobre a história familiar, pois
o cancro é hereditário. Será feita então a apalpação das mamas com
a mão, para sentir a presença de nódulo. Os exames que o médico
poderá solicitar são:
é um procedimento (cirúrgico ou não) para colher uma amostra do
nódulo suspeito. O tecido retirado é analisado ao microscópio. Este
principal exame das mamas, realizado através de raio X especifico
para examinar as mamas. Este exame permite ao médico saber o
tamanho, localização e as características do nódulo, com apenas al-
guns milímetros.
este exame informa se o nódulo é sólido ou contém líquido
(quisto).
Mamografia
Ultra-sonografia (ecografia)
Citologia aspirativa
com uma agulha fina e uma seringa, o médico aspira uma quantida-
de do líquido ou pequena porção do tecido do nódulo para o exame
microscópico. Este exame esclarece se é um quisto, que não é can-
cro, ou um nódulo sólido, que pode ou não corresponder a um can-
cro.
Biópsia
Receptores hormonais (estrogénio e progesterona)
caso a biopsia permita o diagnóstico de um cancro, estes testes reve-
lam se as hormonas podem ou não estimular o crescimento. O medi-
co através desta informação pode decidir se é ou não aconselhável
incluir no plano terapêutico um tratamento à base de antagonistas
daquelas hormonas, (medicamentos que contrariam o efeito).
O diagnóstico precoce do cancro da mama é fundamental, aumenta
as hipóteses de cura, pois evita que este se espalhe para outras
partes do corpo. Pois assim favorece o prognóstico, a recuperação
e a reabilitação.
Para que o diagnostico seja precoce é importante que:
Faça um auto-exame das mamas mensalmente, após o perío-
do menstrual,
Vá ao médico especialista em patologia mamária uma vez por
ano,
Participe em programas de rastreio.
Cuidados a ter para detectar o cancro da mama
Os sintomas
Aparecimento o nódulo/ endurecimento da mama ou debai-
xo do braço (na axila),
Mudança no tamanho ou no formato da mama,
Alteração na coloração ou na sensibilidade da pele da mama
ou da aréola,
Corrimento pelo mamilo, com ou sem sangue,
Retracção da pele da mama ou do mamilo.
Se sentir alguma alteração nas mamas deve consultar o seu
médico.
Se na biopsia detectar um tumor maligno, outros testes laboratoriais
serão feitos no tecido para obter mais informação a respeito do tu-
mor. Podem ser solicitados raios X, exames ao sangue, ecografia, cin-
tilo grama (exame onde uma pequena quantidade de produto radio-
activo é utilizado para obter imagens), estes exames é para verificar
se o tumor esta noutra parte do corpo.
Vários tipos de cancro da mama
Quase todos os tumores malignos da mama têm origem nos ductos
ou nos lóbulos da mama, que são tecidos glandulares. Os dois mais
frequentes são o carcinoma ductal e o carcinoma lobular.
Carcinama ductal “in situ” (CDIS): é o tumor da mama não invasivo
mais frequente. Praticamente todas as mulheres com CDIS podem ser
curadas. A mamografia é o melhor método para diagnosticar o cancro
da mama nesta fase precoce.
Carcinoma Lobular “in situ” (CLIS): Embora não seja um verdadeiro
cancro, o CLIS é por vezes, classificado como um cancro da mama não
invasivo. Os especialistas pensam que o CLIS não se transforma num
carcinoma invasor, mas as mulheres com esta neoplasia têm maior
risco de desenvolver cancro da mama invasor.
Este cancro da mama é o mais frequente.
Tem origem nos ductos e invade os teci-
dos vizinhos.
Nesta fase pode disseminar-se através
dos vasos linfáticos ou do sangue, atingindo outros órgãos. Cerca de
80 por cento dos cancros da mama invasores (ou invasivos) são carci-
nomas ductais.
Tem origem nas unidades produtoras de leite, ou seja, nos lóbulos. À
semelhança do CDI, pode disseminar-se para outras partes do corpo.
Cerca de dez por cento dos cancros da mama invasores são carcino-
mas lobulares.
Este é um cancro agressivo, mas raro.
Há ainda outros tipos de cancro da mama mais raros, como o Carci-
noma Medular, o Carcinoma Mucinoso, o Carcinoma Tubular e o Tu-
mor Filóide Maligno, entre outros.
Carcinoma ductal invasor (CDI)
Carcinoma lobular invasor (CLI)
Carcinoma inflamatório da mama
Como se trata o cancro da mama?
A escolha entre as diversas opções de tratamento depende do estádio
da doença, do tipo do tumor e do estado geral de saúde da paciente.
O especialista em patologia mamária é o profissional médico mais in-
dicado para avaliar e escolher o tratamento mais adequado a cada
caso.
É o tratamento inicial mais comum e o principal tratamento local. O
tumor da mama será removido, assim como os gânglios linfáticos da
axila. Estes gânglios filtram a linfa que flui da mama para outras par-
tes do corpo e é através deles que o cancro pode alastrar. Existem
vários tipos de cirurgia para o cancro da mama, que são indicados de
acordo com a fase evolutiva do tumor, a sua localização ou o tama-
nho da mama.
Utiliza raios de alta energia que têm a capacidade de destruir as cé-
lulas cancerosas e impedir que elas se multipliquem. Tal como a ci-
rurgia, a radioterapia é um tratamento local. A radiação pode ser
externa ou interna.
É a utilização de drogas que agem na destruição das células malig-
nas. Podem ser aplicadas através de injecções intramusculares ou
endovenosas ou por via oral.
Cirurgia
Radioterapia
Quimioterapia
Hormonoterapia
tem como finalidade impedir que as células malignas continuem a
receber a hormona que estimula o seu crescimento. O tratamento
pode incluir o uso de drogas, que modificam a forma de actuar das
hormonas, ou a cirurgia, que remove os ovários - órgãos responsáveis
pela produção dessas hormonas. Da mesma maneira que a quimiote-
rapia, a terapia hormonal actua nas células do corpo todo.
Vem auxiliar os métodos de tratamento para que a paciente tenha
melhor qualidade de vida. É feita através da cirurgia plástica de re-
construção e dos serviços médicos de apoio (fisioterapia, psicologia,
etc.).
Não necessariamente. Há diferentes tipos de cirurgia usados no tra-
tamento de cancro da mama:
Reabilitação
O tratamento cirúrgico é para tirar a mama?
Tumorectomia
É a cirurgia que remove apenas o tumor. Em seguida, aplica-se a tera-
pia por radiação. Às vezes, os gânglios linfáticos das axilas são retira-
dos como medida preventiva. É aplicada em tumores mínimos.
Quadrantectomia
É a cirurgia que retira o tumor, uma parte do tecido normal que o
envolve e o tecido que recobre o peito abaixo do tumor. É, pois, um
tratamento que conserva a mama. A radioterapia é aplicada após a
cirurgia.
Mastectomia simples ou total
É a cirurgia que remove apenas a mama. Às vezes, no entanto, os
gânglios linfáticos mais próximos também são removidos. É aplicada
em casos de tumor difuso. Pode manter-se a pele da mama, que au-
xiliará muito a reconstrução plástica.
É a cirurgia que retira a mama, os gânglios linfáticos das axilas e o te-
cido que reveste os músculos peitorais.
Mastectomia radical modificada
Mastectomia radical
É a cirurgia que retira a mama, os músculos do peito, todos os gân-
glios linfáticos da axila, alguma gordura em excesso e pele. Raramen-
te utilizada.
CANCRO DA TIRÓIDE
O cancro da tiróide é um tumor maligno.
A tiróide é o nome de uma pequena glândula que se localiza na regi-
ão anterior do pescoço, logo abaixo do "maça-de-adão". Essa glându-
la possui um importante papel no controle do metabolismo do orga-
nismo.
Se os níveis das hormonas da tiróide no sangue estiverem baixos, o
nosso corpo funciona de uma forma mais lenta. O cancro da tiróide
não é um tipo de cancro comum e afecta mais pacientes que sofre-
ram algum tipo de radiação para a ca-
beça ou pescoço.
A voz rouca
Dificultar a respiração ou a deglutição.
No entanto, esse tipo de cancro não costuma apresentar sintomas,
é descoberto pela própria pessoa através de auto-exames, ou pelo
médico, em exames de rotina.
O cancro da tiróide tem grandes probabilidades de ser totalmente
retirado mediante cirurgia. No entanto, este tipo de cancro pode
voltar a aparecer ou atingir outras partes do corpo, mesmo muito
tempo depois de ter sido removido. Por isso, os médicos recomen-
dam os pacientes que já tiveram cancro de tiróide, realizem exames
de controlo frequentemente. Esses exames de rotina são para ava-
liar, garantirem que o tumor não tenha reaparecido noutro órgão.
O cancro da tiróide ocorre com mais frequência nas pessoas que te-
nham sido submetidas à radioterapia na cabeça ou pescoço. Como
qualquer doença, é importante que se esteja atento para os sinais
iniciais apresentados pelas doenças de tiróide.
A prevenção é sempre o melhor remédio para qualquer tipo de doen-ça. No caso específico de cancro, já são bem conhecidas as consequên-cias que o tabagismo e o alcoolismo, por exemplo, trazem ao organis-mo. No caso de cancro de tiróide, o levantamento do histórico pessoal e familiar do paciente, assim como um bom exame físico são elemen-tos importantes para o diagnóstico de câncer de tireóide.
Prevenção e Factores de Risco
Os factores considerados de risco são:
• Idade - os jovens com menos de 20 anos apresentam uma maior incidên-cia de câncer de tireóide em nódulo detectado;
• Sexo – as mulheres costumam apresentar 30% mais câncer de tireóide
que os homens;
• Nódulo associado à dor ou dificuldade constante para engolir ou nódulo associado à rouquidão constante;
• Radiação externa na região do pescoço durante a infância ou adolescên-cia. Essa radiação costuma ser decorrente de casos de realização de raio-x1\ frequentes durante a infância, sem colete de chumbo;
• Nódulo endurecido, irregular e firme;
• Presença de gânglios no pescoço;
• Antecedente familiar de cancro de tiróide.
Números oficiais:
Apesar de pouco frequente, a taxa de incidência anual do cancro da tiróide em todo o mundo varia entre 10 casos por cada 100 mil indi-víduos. A incidência de novos casos de cancro da tiróide é duas a quatro vezes mais elevadas nas mulheres do que nos homens. Na União Europeia, o carcinoma da tiróide afecta cerca de 25 mil indiví-duos todos os anos. Em Portugal, há 88 casos em homens e 445 em mulheres e, em termos de mortalidade, 21 casos em homens e 54 em mulheres.
Diagnóstico do cancro da tiróide
Geralmente, os pacientes que procuram um médico porque apre-sentam um nódulo no pescoço ou porque o bócio começou a cres-cer rapidamente. Uma vez que o nódulo foi descoberto, o médico fará um levantamento histórico do paciente e verificar se há algum sintoma que possa ser atribuído a nódulo da tiróide, tais como:
Tosse;
Dificuldade para engolir;
Sensação de falta de ar ou alterações da voz.
Se julgar necessário, pedirá também outros exames.
- Ultra-som da tiróide: as ondas sonoras apresentarão um gráfico da tiróide e este exame permite que o médico visualize o conteúdo do nódulo, principal-mente se é líquido ou sólido.
- Cintilografia da tiróide: a cintilografia permite detectar possíveis células anor-mais na tiróide.
- Outros exames de imagem como: Ressonância Magnética, Tomografia Com-putadorizada, Fdg-Pet Scan.
- Biópsia: uma pequena quantidade de tecido da tiróide será retirada por meio de uma agulha fina e o material será analisado microscopicamente. A biópsia é um dos métodos mais utilizados para o diagnóstico do cancro por ser mais sim-ples, seguro e de baixo custo.
Mesmo sendo maligno, o cancro da tiróide, geralmente tem crescimento lento e se o paciente começa rapidamente os tratamentos, as vantagens de cura são grandes.
Trabalho elaborado por:
Turma de Animação Sociocultural 12º ano
Disciplina de Sociologia
Prof.ª: Susana Lopes